Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
DESPERTANDO O INTERESSE DOS ALUNOS NAS AULAS ATRAVÉS DA TV MULTIMÍDIA
Autora: Schuster, Maria de Fátima Ferreira Orientador: Ricardo Antunes de Sá
Resumo
Este artigo tem como objetivo fazer uma reflexão de como vem sendo ministradas as aulas de língua portuguesa da 6ª série, bem como analisar e buscar alternativas didático-pedagógicas para despertar o interesse dos alunos e melhorar o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, utilizando recursos tecnológicos disponíveis na escola. O artigo é o resultado do trabalho realizado no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, área de pedagogia, no período de 2010/2012. Ao longo deste artigo foram focalizadas também as várias etapas desenvolvidas no período de estudo: pesquisa, elaboração do projeto de intervenção, produção do material didático-pedagógico, intervenção do projeto na escola e realização do GTR (Grupo de Trabalho em Rede) pelo professor PDE juntamente com um grupo de professores da rede estadual.
Palavras-chave: Professor – aluno – tecnologia – interesse – aprendizagem.
1. Introdução:
O ato de aprender e de fazer aprender é foco norteador da educação formal.
Além de levar a uma reflexão sobre o desinteresse dos estudantes pelos estudos,
este artigo tem a finalidade de apresentar as várias etapas de estudos realizados
durante o período destinado ao Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE
2010/2012. Ao longo de todo esse tempo, observamos as salas de aula, o pátio do
Colégio durante os intervalos de recreio e o laboratório de informática.
A escolha do tema a ser abordado deu-se em razão da experiência e da
observação que temos realizado de um número significativo de alunos de 5ª a 8ª
série em relação aos seus desinteresses pelas aulas; distraindo-se com frequência,
levando também outros alunos a distanciarem-se das explanações e atividades
diárias, gerando muitas vezes, indisciplina e pouca aprendizagem.
Diante dessa problematização, questionamos:
• O que leva esses adolescentes a não se interessarem pelos estudos?
• Quais as metodologias e os recursos que os professores têm utilizado em
sala de aula?
• Que tecnologia está sendo utilizada pelos professores para melhorar a
aprendizagem?
O objetivo geral do trabalho foi de analisarmos e buscarmos alternativas
didático-pedagógicas para melhorarmos o desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem, utilizando os recursos tecnológicos disponíveis na escola.
Pesquisando a Escola
Inicialmente realizamos uma pesquisa diagnóstica na escola com o objetivo
de obter dados dos professores e dos alunos (questionários) do Colégio Estadual
Professora Irmã Antonia Bortoletto Bianchini – Lapa - Pr, sobre o que tem levado
grande parte dos estudantes ao desinteresse pelos estudos. Nessa pesquisa, os
professores de língua portuguesa demonstraram dificuldade em despertar o
interesse dos alunos para a leitura e até mesmo de realizar a hora da leitura em sala
de aula.
Na pesquisa também foi constatado que alguns professores sentiam
bastante dificuldade em trabalhar com os recursos tecnológicos em suas aulas. A
partir desta percepção, convidamos um dos professores de Língua Portuguesa, que
se demonstrava mais desconfortável com as dificuldades manifestadas acima, para
realizar a implantação do projeto Despertando o interesse dos alunos através da TV
Multimídia em uma de suas turmas de 6ª série.
Dessa forma, pretendíamos aproximar esse professor do laboratório de
informática, auxiliando-o a buscar os recursos capazes de aprimorar cada vez mais
o uso dessas tecnologias em suas aulas, como também, buscarmos novas
metodologias no intuito de incentivarmos os alunos a participarem ativamente de
suas aulas.
2. A tecnologia no processo ensino-aprendizagem
É comum encontrarmos adolescentes e pré-adolescentes agressivos,
rebeldes e resistentes tanto em casa, como na escola. Na verdade nesta fase há um
desinteresse quase que generalizado e tudo o que se refere à organização, respeito,
assiduidade e compromisso na maioria das vezes é pouco valorizado pelos
adolescentes.
A mudança é muito grande quando chega a adolescência, pois inúmeras
descobertas surgem, fazendo-o desinteressar-se pela família e pela vida escolar e
sua atenção volta-se para o convívio da “tribo”, roupas da moda e as músicas do
momento.
Alguns pais não sabem como tratar ou lidar com seus filhos adolescentes,
tornando-se difícil a convivência diária. Nesta fase meninos e meninas testam seus
pais a todo o momento, sentem necessidade de romperem os limites. Na escola
alguns professores também são desafiados e uma parte considerável dos alunos
não se interessa pelas atividades escolares.
Alguns educadores procuram conhecer e respeitar as mudanças que
ocorrem na adolescência e ganhar confiança da turma. Investem na qualidade do
relacionamento com os alunos como um dos fatores determinantes para a
aprendizagem. De acordo com a psicopedagoga Nádia Bossa, a escola tem que
acolher as sugestões dos estudantes, analisá-las e ver se são viáveis. Assim eles se
sentem considerados e respeitados.
Tornar a aula interessante é um grande desafio para os professores, mas é
necessário investir em todos os recursos disponíveis na escola.
Para Moran (2000, p.24):
Aprendemos pelo prazer, porque gostamos de um assunto, de uma mídia, de uma pessoa. O jogo, o ambiente agradável, o estímulo positivo podem facilitar a aprendizagem. Aprendemos mais quando conseguimos juntar todos os fatores: temos interesse, motivação clara; desenvolvemos hábitos
que facilitam o processo de aprendizagem; e sentimos prazer no que estudamos e na forma de fazê-lo.
Desde 2003, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná vem ampliando
a rede de inovações tecnológicas com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino.
Atualmente a maioria das escolas públicas do Estado do Paraná possui
computadores, acesso a internet, TV multimídia (último equipamento ofertado até o
momento, às escolas estaduais do Paraná, para auxiliar na educação), e outras
ferramentas que podem ser aproveitadas para facilitar a aprendizagem.
As escolas da rede estadual possuem laboratório de informática, podendo
acessar os conteúdos digitais através do Portal Dia-a-dia Educação.
O Portal Dia-a-dia Educação disponibiliza objetos de aprendizagem que, se
forem utilizadas para fins educacionais não ferem a Lei dos Direitos Autorais, desde
que sejam citadas as referências. Esses objetos, encontrados no Portal estão
referenciados e foram publicados somente para esse fim, não sendo permitida sua
comercialização. Para utilizar as imagens, áudios e vídeos em outras mídias o
interessado deverá consultar o autor da obra para obter a sessão dos direitos
autorais.
A TV Multimídia faz parte de um projeto do governo do Estado do Paraná
que contemplou as 22.000 salas de aula com esse equipamento. Aos professores
foram distribuídos pen drives de 2G, pois assim os mesmos poderiam pesquisar e
selecionar conteúdos e levar até aos alunos através da TV Multimídia.
A TV multimídia é uma ferramenta para uso pedagógico. Além dos atributos
que normalmente encontramos numa TV, como entradas para DVD, VHS e saídas
para caixas de som, a TV multimídia possui entradas para cartão de memória e para
pendrive.
As crianças e adolescentes têm intimidade com os computadores, além de
interesse em navegar pela internet. Essa é uma característica que não deve ser
desperdiçada pelo professor, empregando a tecnologia para apresentar e aprofundar
os conteúdos curriculares.
Trazer para a sala de aula um pouco do mundo virtual que tanto fascina os
alunos, poderá contribuir positivamente para que os educandos aprendam de forma
prazerosa. A definição de ações que serão feitas no computador ou outro
instrumento tecnológico, aliadas às experiências dos professores, podem contribuir
muito para melhorar a aprendizagem de nossos alunos.
As novas tecnologias proporcionam muitas facilidades, mas também trazem
novas exigências, impondo adaptações na maneira do professor desenvolver suas
aulas: integrando os recursos tecnológicos às metodologias e atividades. O
professor deve adaptar cada novo recurso à realidade da escola em que atua;
alguns desses professores têm facilidade em utilizar esses recursos, mas outros
sentem dificuldade, necessitando de um tempo maior e muita dedicação para
trabalhar com esses recursos e acompanhar essas mudanças ou inovações
tecnológicas que ocorrem rápidas demais.
Essas mudanças afetam diretamente os professores, que se vêm
pressionados tanto pelos alunos como pelas escolas a se atualizarem e utilizarem as
tecnologias em suas aulas. A exigência dos alunos por aulas dinâmicas e atrativas
se faz mais necessário a cada dia. O quadro de giz ainda é bastante usado, mas os
professores aos poucos estão utilizando os computadores, a TV e os vídeos. Max
Haetinger sugere:
Para saber o que realmente motiva os nossos alunos, precisamos entender sua linguagem, seu contexto, o nicho sociocultural a que pertencem, respeitando sempre as diferenças. Conhecer o mundo infantil é fundamental para organizar e propor atividades interativas que promovam a participação e integração não somente dos estudantes, mas também dos professores (HAETINGER, 2003, p.29).
A educação necessita de novas práticas curriculares e metodologias
inovadoras que vão ao encontro às necessidades da sociedade.
Ao planejar suas aulas é obrigação do professor buscar todas as
informações possíveis sobre o conteúdo, que metodologia usar, a forma de
avaliação e também escolher os recursos que poderão melhor auxiliá-lo na
apresentação destes.
Moran (2000, p.29) nos diz:
Avançaremos mais se aprenderemos a equilibrar planejamento e criatividade, organização e adaptação a cada situação, aceitar os imprevistos, a gerenciar o que podemos prever e a incorporar o novo, o inesperado. Planejamento aberto, que prevê, que está pronto para mudanças, para sugestões, adaptações. Criatividade que envolve sinergia, pôr as diversas habilidades em comunhão, valorizar as contribuições de cada um, estimulando o clima de confiança, de apoio.
Refletirmos sobre o processo ensino-aprendizagem induz o professor a
buscar meios para ensinar melhor seus alunos, levando-os a uma aprendizagem
significativa. Os alunos através de uma metodologia organizada, bem planejada e
com o uso das tecnologias disponíveis na escola podem contextualizar conteúdos e
com isso produzir textos, interpretar, pesquisar, produzir e desenvolver projetos,
apresentar trabalhos em grupo, debater sobre temas estudados e outros,
internalizando o conhecimento de forma muito mais significativa e prazerosa.
Quando o aluno sente prazer no que está produzindo o mesmo sente-se capaz,
fazendo da escola um espaço de crescimento, resultando em aprendizagem.
Segundo Perrenoud (2000, p.128)
Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento e senso-crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e de pesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura e a análise de textos e de imagens, a representação de redes, de procedimentos e de estratégias de comunicação.
O uso das tecnologias na escola não deve ser usado apenas como algo
ilustrativo e sim como maneira de desenvolver habilidades que serão úteis aos
alunos em qualquer situação. Deve propiciar uma mudança que vise a
aprendizagem e não o acúmulo de informações.
O vídeo está diretamente ligado à televisão e muitas vezes as crianças e
adolescentes o associam ao lazer ou entretenimento. Para os alunos, vídeo significa
descanso e não aula. Precisamos aproveitar esses meios para atrair nossos alunos
para os assuntos relacionados ao conteúdo de aula.
Em relação às imagens, Costa nos diz que:
[...] houve um tempo no qual a imagem era um mero adereço na educação, na divulgação científica e na produção literária, porém, hoje, os mais diversos campos do saber, da produção e da comunicação se apóiam na linguagem visual e na representação imagética (2005, p.35).
Cada vez mais os educadores precisam atualizar seus conhecimentos a fim
de estarem preparados para desenvolver o aprendizados de seus alunos; e para que
isso aconteça é de suma importância atualizarem-se constantemente a cerca das
potencialidades da tecnologia.
Apesar das escolas apresentarem-se equipadas, nota-se grande dificuldade
por parte dos educadores; falta tempo para dedicarem-se à aprendizagem de
trabalhar com esses equipamentos. Faltam também profissionais que orientem de
forma mais efetiva os professores, pois o número desses profissionais não consegue
atender a demanda de educadores. A sociedade do conhecimento exige um novo
perfil de educadores: comprometidos, competentes, críticos, abertos a mudanças,
exigentes e interativos.
3. Desenvolvimento
O que levaria esses adolescentes a não se interessarem pelos estudos?
Quais as metodologias e os recursos que os professores estavam utilizando para
repassar os conteúdos aos alunos de 5ª a 8ª série em sala de aula? Que tecnologia
estava sendo utilizada pelos professores para melhorar a aprendizagem?
Foi realizado um levantamento de dados de aprovação, evasão e
reprovação (fornecidos pela secretaria da escola) nos anos de 2008 e 2009, como
podemos observar nos quadros a seguir:
Anos de referência (2008 e 2009):
Alunos 2008 2009matriculados 354 344Aprovados 259 271
Reprovados 65 48Desistentes 16 25
Quadro 1 - Demonstrativo de Aprovação, Evasão e Repetência.
ÍNDICE DE EVASÃO 2008 E 2009 POR TURNO/SÉRIE – Não está claro se os
dados são de 2008 ou também de 2009. Abaixo aparece como sendo de 2008.
ANO 2008/Turno Série Turmas Alunos EvadidosManhã 5ª. 2 4Manhã 6ª. 2 4Manhã 7ª. 2 2Manhã 8ª. 1 1Tarde 5ª. 2 3Tarde 6ª. 1 1Tarde 7ª. 1 0Tarde 8ª. 1 1
Quadro 2 - Evasão 2008
ANO 2009/Turno Série Turmas Alunos EvadidosManhã 5ª. 2 5Manhã 6ª. 2 5Manhã 7ª. 2 3Manhã 8ª. 1 2Tarde 5ª. 2 5Tarde 6ª. 2 3Tarde 7ª. 1 1Tarde 8ª. 1 1
Quadro 3 - Evasão 2009
Com relação à evasão escolar por turno, podemos observar que no turno
matutino o número de alunos evadidos é maior do que no turno vespertino. Tal
observação é notória tanto no ano de 2008 como no ano de 2009.
MANHÃ TARDEDISCIPLINA 5ª. 6ª. 7ª. 8ª. 5ª. 6ª. 7ª. 8ª.
Artes 10 11 03 01 07 08 01 01
Ciências 11 10 04 02 08 12 01 01Ed.Física 02 03 02 01 06 05 01 00Geografia 12 11 06 02 09 09 01 01História 12 12 07 02 08 10 01 01
LEM-Inglês 08 11 05 01 10 15 01 01L. Portug. 08 10 03 02 09 13 01 01
Matemática 04 12 07 02 02 14 01 01Quadro 4 - ÍNDICE DE REPROVAÇÃO POR DISCIPLINA - ANO: 2008
MANHÃ TARDEDISCIPLINA 5ª. 6ª. 7ª. 8ª. 5ª. 6ª. 7ª. 8ª.
Artes 04 14 05 00 04 09 02 02Ciências 06 11 03 01 05 07 00 02
Ed. Física 03 03 01 01 00 03 00 02Geografia 03 12 04 00 06 06 01 02História 06 14 04 01 06 08 01 02
LEM-Inglês 05 17 05 00 06 09 02 02L.Portug. 06 17 04 01 06 07 01 02
Matemática 05 11 03 01 06 05 00 02Quadro 5 - ÍNDICE DE REPROVAÇÃO POR DISCIPLINA - ANO: 2009
Quanto à reprovação por disciplina, as 5ª e 6ª Séries apresentam um
número considerável de alunos reprovados em todas as disciplinas nos anos de
2008 e 2009. Já nas 7ª e 8ª séries o número de reprovados é bem menor em todas
as disciplinas.
Esses dados apontaram que nas 5ª e 6ª séries houve um número
considerável de alunos reprovados em todas as disciplinas nos dois anos
mencionados, sendo que nas 6ª séries o número de alunos retidos foi maior. Já nas
7ª e 8ª séries o número de reprovados foi bem menor em todas as disciplinas.
Observamos também que no ano de 2005, o Colégio Estadual Professora
Irma Antonia Bortoletto Bianchini obteve média 3,3 no IDEB. Em 2007, sua média
passou para 3,4 e no ano de 2009, permaneceu com a média 3,4, sendo que a meta
projetada para 2009 era de 3,5, não atingindo a meta esperada. Para 2011 a meta
projetada era atingir 3,8 e em 2013 será de 4,2. Os dados apresentados
(reprovação e desistência) nos anos de 2008 e 2009 contribuíram para o resultado
do IDEB nos últimos anos.
Na seqüência, foram aplicados questionários a professores e alunos de 6ª
série já que esta apresentou um número elevado de reprovação em 2008 e 2009.
Para a realização da pesquisa foram entrevistados 15 estudantes de 6ª série do
turno matutino e 15 estudantes do turno vespertino.
APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA DIAGNÓSTICA:
Na apresentação dos dados algumas questões puderam ser apresentadas
através de gráficos e outras não, pois as respostas foram de forma discursiva.
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
PAIS AVÓS OUTROS
Gráfico I - Com quem você mora?
Como podemos observar, 94% dos alunos entrevistados moram com os pais e
6% destes, afirmaram morar com os avós.
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
ÓTIMO BOM RUIM
Gráfico II - Seu relacionamento com sua família é:
Neste mesmo item solicitou-se aos estudantes que explicassem as respostas
dadas conforme o Gráfico 2.
Com relação ao relacionamento com a família, as explicações dos alunos
foram: 13 respostas apresentaram a justificativa que os estudantes consideram o
relacionamento com a família ótimo porque convivem bem com todos, existe ajuda
mútua, são elogiados quando merecem, são felizes e possuem ótimos pais;16
respostas conceituaram o relacionamento familiar como bom, pois apesar de, às
vezes, discordarem em alguns momentos, sentem-se amados e felizes convivendo
juntos; e 1 resposta mostrou o relacionamento ruim, o estudante comentou que em
sua família existem muitas brigas e pouca brincadeira.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
SEMPRE ÀS VEZES NUNCA
Gráfico III - Sua família se preocupa com o seu rendimento escolar?
No gráfico 3, os estudantes responderam sobre a preocupação da família
com o rendimento escolar. As explicações dos estudantes foram: 24 respostas
apontaram que a família sempre está preocupada, sendo que a maioria mostra que
a preocupação maior é da mãe: que pergunta das atividades de casa,ajuda quando
têm dificuldades, olha os cadernos e observa as notas. Algumas respostas
mostraram a preocupação dos pais com o futuro dos filhos. Seis (6 ) respostas
apontaram que a família às vezes se preocupa com o rendimento escolar, portanto,
nem sempre. Os alunos explicaram que quase não conversam e brigam muito.
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
SIM NÃO
Gráfico IV - Repetiu alguma série?
Neste gráfico solicitou-se aos alunos que repetiram que citassem qual/quais
série(s) que repetiram. Dos 10 alunos que repetiram (conforme o Gráfico IV), 3
destes repetiram a 2ª e a 3ª série; 2 alunos repetiram a 2ª; 3ª alunos repetiram a 3ª;
1 aluno repetiu a 5ª e 1 aluno a 6ª.
Os motivos das reprovações são vários: não se acha inteligente; não fazia
os deveres; não gostava de estudar; falta de interesse; gostava de bagunça e não
sabia ler.
Quanto a questão 5 (cinco) - Quais são as dificuldades que você
encontra para estudar? Pode marcar mais de uma alternativa:
A maioria dos estudantes assinalou que encontram dificuldade nas
disciplinas, sendo que a maior dificuldade está nas disciplinas de inglês (18
estudantes, matemática (8 estudantes) e geografia (8 estudantes);
Um pequeno número admitiu ter dificuldades no relacionamento com
professores (3 estudantes), preguiça (3 estudantes), falta de tempo (1 estudante),
outras (5 estudantes).
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
SIM NÃO
Gráfico V - Pretende cursar o Ensino Médio?
Dentre os 28 estudantes que pretendem cursar o Ensino (conforme o
gráfico acima), a maioria considera que é necessário estudar para ter um futuro
melhor, outros disseram que “gostam de estudar”. Justificaram que estando na
escola, “não ficam na rua e aprendem mais”; “quero crescer como pessoa e escolher
um trabalho que goste”.
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
SIM NÃO
Gráfico VI - Pretende cursar uma universidade?
Neste item solicitou-se aos estudantes que respondessem por que gostariam
de cursar uma universidade. Vinte e seis responderam que gostariam e as respostas
mais encontradas foram: Porque minha família quer que eu tenha um futuro melhor;
porque minha família quer que eu tenha um bom emprego; porque gosto de estudar;
porque quero ser formada; porque quero ajudar minha mãe. Dos quatro itens que
não manifestaram o desejo de cursar uma universidade, três responderam que não
gostam de estudar e um não respondeu o porquê.
Com relação a pergunta número 08 (oito) : Qual a disciplina que você
encontra: maior dificuldade, por quê? E menor dificuldade, por quê?
As disciplinas mais citadas como difíceis foram: inglês (onze estudantes),
em seguida aparece matemática (oito estudantes), depois geografia (cinco
estudantes) e finalmente português (dois estudantes). A maioria disse que considera
a disciplina de inglês como difícil, que não entende e matemática não consegue
prestar atenção. Na disciplina de matemática um aluno admitiu não saber dividir.
Alguns estudantes afirmaram não ter dificuldade, considerando fáceis as
disciplinas: matemática (dez estudantes), em seguida história (cinco estudantes),
depois educação física e o português (quatro estudantes).Na seqüência ciências
(três estudantes) e finalmente inglês (dois alunos). Os estudantes justificaram que
acham a disciplina fácil, tendo facilidade, estudam, se dedicam e assim entendem
melhor.
Com relação a pergunta número 09 (nove): Para você o que é uma boa
aula e / o que é uma aula ruim? As principais respostas dadas foram:
Uma boa aula: É quando aprendemos; é quando o professor é atencioso,
respeitoso e não tem preguiça de explicar até a gente entender; é quando os alunos
se concentram na matéria; é uma aula calma, alegre, produtiva e sem gritos; é uma
aula com professor bem humorado; é quando conseguimos tirar boa nota.
Uma aula ruim: É quando não conseguimos aprender e tiramos notas
baixas; é uma aula com baderna, brigas e gritos de alunos; quando o aluno tem
preguiça de fazer as atividades; é quando o professor grita, não dá atenção e os
alunos não o respeitam;
Com relação a pergunta número 10 (dez): Quais são seus planos para o
futuro as principais respostas foram: Estudar, arrumar emprego,casar, ser feliz;
trabalhar de veterinário,ter uma família, ter minha casa e ser feliz; trabalhar, ajudar
meus pais, avós, minha família; fazer faculdade e ter um futuro melhor, cursar uma
boa faculdade e quem sabe casar e ter filhos; não namorar, ter um bom emprego; ter
amigos legais, ter meu dinheiro e minha casa. Muitos estudantes mostram-se
preocupados em no futuro ter uma profissão. As mais citadas foram: advogado,
professor, veterinário, policial, médico, jogador de futebol, estilista, dentista,
mecânico e cozinheira.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
SIM NÃO ÀS VEZES
Gráfico VII - A escola está correspondendo às suas expectativas?
O gráfico acima indica que 80% dos respondentes acham que a escola
está correspondendo às suas expectativas. As justificativas são: porque fazem um
bom trabalho e os professores ensinam bem; quatro estudantes responderam que
sempre estão fazendo com que a gente aprenda; cinco estudantes responderam
que para eles é a melhor escola; quatro estudantes justificaram que é uma escola
muito boa; porque somos uma equipe; na escola aprendo muitas coisas; três
estudantes responderam sim, mas não justificaram. Às vezes, porque tem
professor que ofende os alunos, resposta de um aluno. Gostaria que tivesse mais
aprendizado, oficinas e menos violência. Três estudantes afirmaram que a escola
não está correspondendo às suas expectativas por que: a violência tomou conta da
escola; há falta de respeito entre os alunos; drogas. Dois estudantes responderam
não, mas não explicaram.
Quanto a pergunta 12 (doze): O que você gostaria que melhorasse na
Escola em relação à disciplina, acabar com brigas e com violência e para as
aulas serem mais prazerosas os estudantes responderam:
- Disciplina na Escola: Acabar com as brigas, xingamentos, gritos e violência;
alunos não correrem no corredor; não jogar lixo no pátio; professores não deixarem
alunos saírem da sala por qualquer motivo; saber falar, saber ouvir; impor ordem,
respeito e educação; alguns professores coordenassem melhor a sala de aula.
- Acabar com as brigas e violência: Palestras e cartazes; ter mais inspetores de
alunos, porque queremos uma escola boa; conscientização, mais amizade; chamar
os pais; filmes; chamar a polícia e o conselho tutelar.
- Aulas prazerosas: professores serem mais divertidos, acrescentar brincadeiras
nas aulas; colocar ordem e não permitir bagunça na sala; alunos permanecerem nas
salas, sem andar no corredor; alunos prestando atenção nas aulas, com educação e
respeito; assistir filmes na aula; aulas diferentes.
Com relação à pergunta 13 (treze). Em sua opinião, qual é a função da
escola? As principais opiniões foram: Ensinar os alunos; ensinar e se necessário
revisar; ajudar os alunos a entenderem os conteúdos; ensinar a respeitar; ensinar e
unir as crianças e adolescentes; proporcionar conhecimento aos alunos.
Com relação à pergunta 14 (catorze): Cite pontos positivos e negativos
da escola que você estuda, os estudantes responderam:
Pontos positivos: professores que explicam; aprendizagem, conhecimento;
queimada no pátio (brincadeira); educação física; diretores; inspetor; aulas de
ciências, de português; livros novos; recreio; escola boa, estruturada; ótimo lanche;
laboratório de informática; pessoas com boa educação.
Pontos negativos: brigas, xingamentos, violência; alunos mal educados; falta
de bolas; professor antipático; pessoas que fazem intriga; pouco uso das TVs; mato
aos redores da escola; desrespeito, desigualdade; alunos que não gostam de
estudar.
Quanto a pergunta 15 (quinze). Quando você sente dificuldade em algum
conteúdo, você procura o professor para tirar suas dúvidas? Por que? Os estudantes
responderam:
Aluno 1 - Sim, se você não sabe, tem que perguntar a um especialista, que é ele;Aluno 2 – Sim, porque se não perguntar, não aprendemos;Aluno 3 – Sim, para não tirar notas baixas;Aluno 4 – Sim, porque eu tenho que estudar; Alunos 5 e 6 – Sim, porque têm muitas atividades que eu não consigo entender; Alunos 7 e 8 – Sim, porque eu quero aprender; Alunos 9 e 10 – Sim, porque é muito difícil; Alunos 11, 12 e 13 – Sim, quando eu estou com dúvidas ou não sei; Alunos 14 e 15 – Sim, porque os professores ajudam;Aluno 16 e 17 – Sim, porque os professores têm a função de nos ensinar; Aluno 18 – Sim, peço explicações quando não entendo a matéria e assim não fico com dúvidas.Aluno 19 – Sim, porque se ficar errado no caderno fica difícil estudar para as provas;Alunos 20, 21, 22,23 e 24 – Sim, peço explicações quando não entendo;Alunos 25, 26 e 27 – Sim ;
Aluno 28 - Não, tenho vergonha;Aluno 29 – Não, porque é difícil;Aluno 30 – Não, porque tento me virar sozinha.
Através das repostas, a maioria dos estudantes demonstra interesse em
aprender, perguntando quando não entendem ou ficam com dúvidas, apostando no
professor, que tem a função de ensinar os alunos. Um número muito pequeno dos
estudantes afirma não perguntar quando não sabem.
Na pergunta 16 (dezesseis): Você nota interesse de seus colegas pelas aulas? Explique: os estudantes responderam:
Aluno 1 - Sim, porque querem aprender;Aluno 2 – Sim, são interessados nas aulas; Aluno 3 - Alguns sim, outros não, pois gostam de bagunça; Aluno 4 - Meus amigos sim, outros não;Aluno 5 – Uns sim, outros não.
Aluno 6 – Sim, porque às vezes nos respeitam.Os alunos 7, 8 e 9 responderam sim e não explicaram.Aluno 10 – Não, só querem brincar. Aluno 11 - Não, porque eles só vêm para a escola para bagunçar;Aluno 12 – Não, porque se tivessem interesse se comportariam melhor;Aluno 13 – Não, ficam brigando e não fazem as atividades em silêncio;Aluno 14 – Não, alguns não querem estudar;Aluno 15 – Não, alguns não querem estudar;Aluno 16 – Não, porque às vezes só eu faço os deveres;
Aluno 17 – Não, porque eles só vêm para a escola para brincar, correr na sala.Os alunos 18, 19 e 20 responderam não, porque ficam fazendo bagunça;Aluno 21 – Não, só querem bagunça;Aluno 22 – Alguns se interessam pelas aulas, outros não;Aluno 23 – Alguns não se interessam pelas aulas e fazem bagunça;Os alunos 24, 25, 26, 27, 28, 29, e 30 responderam não e não explicaram.
Mais da metade dos alunos entrevistados observa pouco interesse dos
colegas pelas aulas, apontando algumas atitudes desses alunos que justificam esse
desinteresse como: brincadeiras durante as aulas, bagunça e brigas. Mas, apesar
destes não se interessarem, existem alguns alunos que se mostram comprometidos
com os estudos.
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
SIM NÃO ÀS VEZES
Gráfico VIII - Você costuma reservar um tempo em casa para se dedicar às tarefas escolares ou estudo para as avaliações?
No gráfico acima podemos observar que 50% dos alunos entrevistados
dedicam um tempo em casa para a realização das tarefas escolares; 36,7% não
dedicam tempo para as tarefas escolares em casa e 13,3 dos entrevistados
responderam que às vezes.
Com relação ao tempo em casa que os alunos costumam reservar para
dedicarem-se às atividades escolares podemos observar no Gráfico VIII que: 15
estudantes responderam sim, para estudar mais; sempre, porque gosto de fazer as
tarefas, porque gosto de estudar. Alguns não explicaram. 11 estudantes
responderam não sem justificativa. Quatro (4) estudantes responderam às vezes, só
quando tem prova; porque eu fico muito tempo na rua.
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
SIM NÃO MAIS OU MENOS
Gráfico IX - Gosta de ler?
Quanto ao gráfico acima, podemos constatar que 73,3% dos alunos
entrevistados, gostam de ler; 10% dos alunos não gostam de ler e 16,7%
responderam que mais ou menos.
Quanto à questão número 18 (dezoito) - Quais as leituras que lhe agradam?
A maioria dos estudantes optou por histórias em quadrinhos (14 estudantes), em
seguida romances (10 estudantes), revistas e jornais (cinco estudantes), literatura
infantil (02 estudantes) e outros (13 estudantes).
Observação: Os estudantes puderam optar por mais de um tipo de leitura.
Com relação a questão número 19 (dezenove) – De todos os seus
professores, quantos utilizam as TIC? Os estudantes responderam que de 9 dos
professores de 6ª série, 5 utilizam as TIC e 4 professores não utilizam.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
CONCORDO DISCORDO
Gráfico X - A utilização das tecnologias contribui para motivar os alunos durante as aulas, facilitando assim a aprendizagem dos conteúdos. Diante dessa afirmação você (aluno) concorda
ou discorda? Por quê?
Neste mesmo item solicitamos aos estudantes que explicassem as
respostas dadas conforme o gráfico acima. Os estudantes responderam:
Sim, porque a gente aprende mais; porque conseguimos responder melhor
os testes; porque todos gostam de tecnologia; porque ajuda muito; dá prazer às
aulas; fica mais fácil; desperta o interesse pelas aulas; servem para motivar os
alunos têm mais gosto em vir para a escola. 5 estudantes responderam sim e não
souberam justificar e 4 estudantes responderam não e também não justificaram.
A pesquisa também obteve informações de 07 (sete) professores regentes,
das disciplinas de: português, matemática, história e ciências, onde foram
observados o planejamento das aulas, metodologias utilizadas, recursos
tecnológicos utilizados e dificuldades encontradas para lecionar. Apresentamos
algumas das respostas dos professores utilizando gráficos e algumas através de
texto descritivo, para um melhor entendimento.
Com relação a pergunta 1 _ Há quanto tempo atua no magistério? E neste
estabelecimento de ensino? 1 professor atua no magistério há 24 anos, 2
professores há 23 anos, 1 professor há 18 anos, 1 há 15 anos, 1 a 09 anos e 1
professor atuando há 08 anos no magistério. Quanto a atuação no Colégio Irma
Antonia B. Bianchinni 1 professor atua há 14 anos, 1 professor há 08 anos, 1
professor há 06 anos, 2 professores há 04 anos e 02 professores não responderam
há quanto tempo atuam no estabelecimento.
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
SIM NÃO NÃO RESPONDEU
M
Gráfico I _ Pergunta no. 2 – Você planeja suas aulas? Como? Utiliza os recursos
tecnológicos disponíveis na Escola? Quais?
Dos 7 professores entrevistados, seis responderam sim, que planejam suas
aulas, Um professor afirmou que possui um caderno diário, onde prepara suas aulas
e sempre busca coisas novas, que aproveitam a hora atividade para preparar suas
aulas e que usam a internet, vídeos, atlas, biblioteca, rádio e às vezes TV.1
professor não respondeu sim ou não quanto ao planejamento das aulas e uso de
recursos tecnológicos em suas aula, mas respondeu que utiliza em suas aulas muito
desenho, pintura e recortes para mudar um pouco;
Atualmente está difícil despertar a atenção de alguns alunos em sala de
aula. Na pergunta 3, perguntamos aos professores o que estão fazendo para tornar
as aulas mais atrativas; e as respostas foram:
Professor 1 – Procuro dialogar muito com as turmas, também faço o
possível para motivar os alunos em relação ao futuro.
Professor 2 – Gosto muito de fazer brincadeiras e procuro trazer jogos
educativos para a sala;
Professor 3 – Procuro fazer com que os alunos observem os fenômenos da
natureza e procurem respostas (explicações);
Professor 4 – Torno minhas aulas mais atrativa com explicações,
colocando-os na realidade em que o conteúdo está sendo aproveitado;
Professor 5 – Procuro usar exemplos de acordo com a realidade dos alunos
e muitas vezes ensino brincando;
Professor 6 – Levo para a sala de aula atividades diferenciadas em todas
as aulas.
Professor 7 – Não respondeu.
Mesmo não sendo fácil despertar a atenção dos estudantes nos dias de
hoje, os professores procuram motivar seus alunos através de brincadeiras, jogos,
explanações, aulas diferenciadas e trabalhar levando em consideração a realidade
dos alunos, da escola.
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
SIM NÃO
Gráfico II – Pergunta no. 4 - Sente-se realizado em sua profissão? Justifique sua resposta:
Nesta mesma questão solicitamos que os professores justificassem suas
respostas. As justificativas foram:
Professor 1 – Sim. Gosto do que faço, mas devido a falta de valorização por
parte do sistema, sinto-me frustrada;
Professor 2 – Sim, saber que consegui atingir meus objetivos, pelo menos
com alguns alunos é muito bom;
Professor 3 – Sim, a tarefa de ensinar faz com que o professor aprimore
seus conhecimentos e contribua para a aprendizagem dos alunos;
Professor 4 – Sim, formar cidadãos críticos e conhecedores de sua
realidade é essencial;
Professor 5 – Sim, quando consigo atingir meus objetivos (transmitir
conhecimentos);
Professor 6 – Sim, às vezes fico desanimada, quando alguns alunos são
indisciplinados e não querem aprender.
Professor 7 – Não. Os alunos estão muito desmotivados e desinteressados,
isso faz com que não nos realizemos; muito direito ao aluno e pouca
responsabilidade.
A maioria dos professores entrevistados demonstra satisfação em trabalhar
com os alunos, apesar de alguns serem indisciplinados. Uma professora apresentou
descontentamento com seu trabalho, pelo desinteresse demonstrado pelos alunos.
Quanto a questão 5 – Quais as maiores dificuldades que você encontra
para lecionar em sua disciplina? O que propõe para superá-las?
As dificuldades apontadas pelos professores foram: fazer com que o aluno
desperte a atenção pela leitura, bem como também fazer o momento de leitura em
sala de aula; um professor colocou que sua dificuldade é com alunos
questionadores, informados sobre o mundo que os cerca, mas desinteressados em
aprender; 3 professores acham que a indisciplina dos alunos torna difícil o trabalho,
salas de aula superlotadas também dificultam, espaço para o professor fazer
observações, dar sugestões e em seguida o sistema deveria procurar solucionar os
problemas que lhe cabem.
Para 5 professores, o problema maior está na falta de interesse dos
estudantes (e é um grande número de desinteressados); não têm vontade de
raciocinar, falou em pensar, tudo se torna difícil, impossível; alguns alunos
apresentam déficit de atenção, só querem olhar para fora, não lêem e não têm
interesse em qualquer atividade que faça; os alunos de hoje são muito agitados,
gostaria que fossem mais calmos e também mais educados e menos agressivos.
Sinto que para alguns está faltando o básico: “família atuando”, há necessidade de
mais tempo para preparar as aulas e mais ajuda pedagógica.
Na pergunta 6 – Na sala de aula, como ocorre a relação
professor/aluno? Os professores responderam:
Professor 1 - Em alguns casos, a relação com a maioria dos alunos é muito
boa e em outros casos é péssima, pois há alunos que não respeitam;
Professor 2 – Nem todos os alunos vêm para aprender.
Professor 3 – Às vezes têm alguns atritos, mas nada que não seja
solucionável. Professor 4 – Minha relação com os alunos é amigável, sem
afetar a parte profissional.
Professor 5 – Meu relacionamento com os alunos é bom, os alunos através
da curiosidade da disciplina se interessam pelo mesmo.
Professor 6 – Olhos nos olhos, agindo com respeito e exigindo respeito.
Professor 7 – Procuro sempre ficar próximo do aluno, auxiliando no
momento da produção de texto e nas atividades propostas.
Dos professores entrevistados, a maioria se relaciona bem com seus alunos.
Às vezes ocorrem desentendimentos com um ou outro aluno, mas que são
resolvidos no momento oportuno. É absolutamente normal em uma sala de aula,
encontrarmos opiniões, idéias diferentes.
Quanto à questão número 7 - Como você direciona o atendimento aos
alunos que apresentam dificuldade na aprendizagem? Faz uso de algum tipo
de tecnologia? Explique: Os professores responderam:
Professor 1 – Em ciências a dificuldade seria de o aluno ser alheio à
disciplina.
Professor 2 – O professor tenta despertar o interesse, estimular esses
alunos.
Professor 3 – Procuro orientá-los individualmente nas produções de textos e
nas leituras.
Professor 4 – Acompanho mais de perto o processo ensino aprendizagem
do aluno.
Professor 5 – Procuro dar mais atenção e atendê-lo dentro de suas
necessidades, sê possível.
Professor 6 – Atendo individualmente e oriento-o a buscar soluções.
Professor 7 – Tento fazer o melhor possível, mas há alunos que não se
interessam por nada; encaminham também para o apoio pedagógico que
utiliza vários recursos.
Respondendo a questão acima, a maioria dos professores afirmou que tenta
despertar o interesse dos alunos com dificuldades na aprendizagem,
acompanhando, orientando-os individualmente, mas nenhum educador mencionou
se usa algum tipo de tecnologia em sala de aula. Através da fala dos professores
ficou claro a indignação dos mesmos quanto ao desinteresse dos alunos pelas
aulas.
Interpretação dos resultados:
Sem dúvida a escola existe para que as pessoas aprendam. “Aprender”,
diferente de só ouvir, mas refletir, questionar, fazer relações, agir, buscar as
soluções dos problemas. Atualmente vivemos num mundo de conflitos, inquietudes,
ausência de valores e mudanças constantes.
Conscientes da necessidade de melhorar o processo ensino aprendizagem
no Colégio Irma Antonia Bortoletto Bianchini, aplicamos um questionário aos alunos,
a fim de verificarmos o nível de aceitação da escola por parte destes; o interesse
dos pais pela escola e aprendizagem de seus filhos; o relacionamento
aluno/professor; as dificuldades encontradas para estudar; qual é a função da
escola; foi solicitado também para que os estudantes apontassem pontos positivos e
negativos da escola.
Através do questionário a maioria dos estudantes afirmou que a família está
sempre preocupada com a aprendizagem, principalmente por parte das mães nota-
se maior incentivo. Percebemos através das repostas que os estudantes têm
vontade de estudar, cursar uma universidade e que a maioria dos pais se mostra
preocupados com o futuro dos filhos. Apesar da consciência dessa maioria, nem
todos os estudantes podem contar com a ajuda da família, visto não terem bom
relacionamento familiar, pois falta diálogo e brigam muito.
A função da escola segundo os alunos respondentes é ensinar, ajudar os
alunos a entenderem os conteúdos e, se necessário revisar todas as partes não
entendidas, oportunizando o conhecimento a todos.
Os alunos destacaram pontos positivos da escola como: escola boa, bem
estruturada, professores que explicam a matéria, ótimo lanche, laboratório de
informática, educação física. E também pontos negativos: muitas brigas, violência,
alguns alunos mal educados, que vêm para a escola só para bagunçar, brigar,
professor antipático, mato aos arredores da escola, pouco uso das TVs e alunos que
não gostam de estudar.
Respondendo o questionário a maioria dos alunos apoia o uso das
tecnologias em sala de aula, porque assim aprende-se mais, dá prazer às aulas e os
alunos têm mais gosto em freqüentar a escola.
Foi elaborado também um questionário para os professores que atuam na
escola de 02 a 14 anos.
A maioria dos professores respondeu que planeja suas aulas, aproveitando
a hora atividade para preparar suas aulas. Utilizam a internet, vídeos, atlas, rádio e
às vezes TV. Também a maioria afirmou que gosta do que faz, que a tarefa de
ensinar faz com que o professor aprimore seus conhecimentos e contribua para a
aprendizagem dos alunos, mas às vezes sentem-se frustrados, devido a falta de
valorização por parte do sistema ou desanimados muitas vezes quando os alunos
são indisciplinados e não querem aprender.
Conforme os dados apresentados as principais dificuldades que os
professores sentem em lecionar são: fazer com que os alunos despertem o gosto
pela leitura, trabalhar com alunos agressivos, agitados, mas a maior dificuldade está
na falta de interesse, pois há um número elevado de alunos desinteressados, sem
vontade de estudar.
A relação professor/aluno na maioria das vezes é boa, mas devido ao
desinteresse, agressividade e desrespeito de alguns alunos, essa relação às vezes
torna-se péssima.
Projeto de Intervenção na Escola
Após a interpretação dos resultados foi realizada a seleção de professores
da disciplina de língua portuguesa para a realização do trabalho de intervenção na
escola. Os professores de língua portuguesa foram selecionados por demonstrarem
dificuldade em despertar o interesse dos alunos para a leitura e até mesmo de
realizar a hora da leitura em sala de aula.
Também através da observação de dados obtidos nos relatórios finais
confirmaram um número significativo de alunos de 6ª série ficou retido nessa
disciplina nos anos de 2008 e 2009. Pressupondo que a leitura e a escrita são
parâmetros que norteiam o desenvolvimento também das outras disciplinas, é
imprescindível investirmos em motivação tanto para o corpo docente como para o
corpo discente.
No terceiro período foi elaborado pelo professor PDE um caderno
pedagógico com o título Uso da TV Multimídia em sala de aula na disciplina de
Língua Portuguesa. Esse caderno foi elaborado com o objetivo de auxiliar os
professores de língua portuguesa de 6ª séries na utilização da TV Multimídia em
sala de aula.
Para facilitar o trabalho de professores com maior dificuldade em utilizar o
computador iniciamos a primeira unidade com uma parte introdutória apresentando
textos falando sobre o Computador e o uso da Internet em sala de aula, seguido de
atividades práticas no laboratório de informática, oportunizando dessa forma do
professor conhecer melhor esse recurso tecnológico: o que é um Computador, como
funciona, quais são suas partes.
Apresentamos também atividades de pesquisa, onde o professor pode
pesquisar no google, glossário de termos encontrados na internet; e também na
escola onde trabalha pesquisar se o corpo docente está utilizando o laboratório de
informática e se está, de que forma. Os objetivos dessas atividades foram: saber o
que é um computador, suas funções e suas partes; conhecer a importância do
laboratório de informática; reconhecer os termos usados na informática e o
significado de cada um; observar o uso do computador e do laboratório de
informática pelo corpo docente.
Na Unidade II, o Caderno apresentou o uso do Computador e a TV
Multimídia, fazendo um breve comentário sobre a TV Multimídia, o uso do pendrive e
alguns passos para se chegar a objetos de aprendizagem, disponibilizados no Portal
Dia a Dia Educação. As atividades dessa unidade fazem com que o professor reflita
sobre o texto: TV Multimídia na sala de aula – Professora Rosangela Menta Mello
com também na prática (laboratório de informática) buscar nos sites: Portal do
Professor do MEC, Portal Dia a dia educação e youtube, seleção de material
audiovisual. Os objetivos dessas atividades foram: conhecer a TV Multimídia e
buscar e selecionar material audiovisual no Portal do Professor do MEC, Dia a dia
educação e youtube.
Aproveitando o conhecimento adquirido com os conteúdos e atividades das
unidades I e II, o professor regente aplicou as atividades a seus alunos.
Como os conteúdos selecionados pelo professor regente (que se dispôs a
realizar a implementação na escola) foi Poesia e Paródia, as atividades da Temática
III foram desenvolvidas de acordo com estes conteúdos.
Após a elaboração do Caderno Pedagógico, iniciamos a intervenção do
projeto na escola utilizando esse caderno.
O professor regente foi acompanhado pelo professor PDE em suas
atividades, auxiliando-o no laboratório de informática nas aulas destinadas a hora
atividade, oportunizando esse professor a trabalhar com o computador, pendrive e
TV Multimídia. Realizadas as atividades das Unidades I e II, o professor pôde
colocar em prática seu conhecimento, aplicando-as a seus alunos de 6ª Série.
A professora regente realizou as atividades com seus alunos de forma
satisfatória, mas apresentou certa dificuldade em trabalhar com os alunos a
apresentação dos trabalhos em sala de aula, pois as equipes mostram-se
acanhadas, tímidas diante da filmagem. Durante os ensaios os alunos foram
melhorando, aperfeiçoando cada vez mais a atividade escolhida, no caso uma
paródia que deveria ser feita e apresentada em grupos. A professora PDE e a
professora regente puderam perceber o progresso dos grupos quanto ao
desenvolvimento do trabalho pelos alunos. Atribuímos o fato dos alunos mostrarem-
se tímidos na apresentação durante a filmagem, devido a faixa etária dos mesmos
(6ª série com idade entre 11 e 14 anos) e também porque na escola os professores
não costumam filmar as apresentações.
GTR (Grupo de Trabalho em Rede)
O GTR (Grupo de Trabalho em Rede) sendo uma das atividades propostas
pela SEED a ser desenvolvida pelo professor PDE, foi uma ótima oportunidade de
crescimento profissional desses professores da rede pública a refletirem,
socializarem experiências, darem e receberem sugestões, enriquecendo suas
práticas pedagógicas.
O Curso foi dividido em três temáticas.
Iniciamos a Temática I com a apresentação do Projeto “Despertando o
interesse dos alunos através da TV Multimídia”, para leitura. Em seguida foram
propostas atividades: Um fórum e um diário, os quais apresentaram como objetivo a
promoção de uma discussão e interação sobre o Projeto de Intervenção
Pedagógica, entre os participantes e tutora (professora PDE).
Durante a realização das atividades os participantes interagiam. A
participação dos professores do grupo foi muito significativa, enriquecendo e
contribuindo para a continuidade do projeto:
De acordo com o Projeto, percebemos que os próprios alunos respondem que se houvesse mais utilização dos recursos tecnológicos, jogos em sala, atividades criativas, a aula seria mais prazerosa. Hoje nossos alunos têm acesso a informação muito rápida, porém o conhecimento deve ser mediado pelo professor. Em suas mãos, percebemos o ipod, smartphones, mp10. Todos estes equipamentos facilitam o acesso à informação, cabe ao professor também utilizar dos recursos disponíveis para tentar chamar a atenção para o saber sistematizado. Para tanto, precisamos estar dispostos a aprender. Professora F.L.P.
A partir da análise deste projeto percebemos que, em muitas vezes os
recursos pedagógicos não são utilizados como deveriam, pois muitos destes
profissionais que atuam nessa área desconhecem as formas de unir a
comunicação e a informática, utilizando-as como alternativas pedagógicas,
isto é, explorando-as de modo a enriquecer o processo educativo.
Todos os envolvidos com educação precisam desenvolver um olhar atento
às tecnologias digitais, buscando pensar, refletir e planejar ações
pedagógicas, inovadoras, com cautela, mas que sejam capazes de sinalizar
alguma mudança/transformação efetiva, nos processos educativos formais e
não formais. O educador em qualquer espaço em que atue, precisa
aprender a organizar o seu planejamento fazendo bom uso da tecnologia,
ou seja, usando-a crítica e criteriosamente, de maneira a selecionar sempre
o melhor recurso para o objetivo. Porém falta de tempo, para realizar suas
tarefas no seu cotidiano, oferecer-lhe variadas formas de utilização dos
recursos disponíveis na formação estes professores, só assim estarão
preparados para um bom desempenho em sua prática pedagógica. Desta
forma os professores se sentiram mais preparado para auxiliar os alunos no
laboratório de informática, e fazendo que o saibam buscar, escolher e
desfrutar este mundo. Daí a necessidade de uma educação voltada, sim,
para desenvolvimento científico e tecnológico, mas também para a
diminuição das diferenças sociais e culturais, através da melhoria da
qualidade do ato pedagógico. Hoje o que eu percebo é que os adolescentes
estão perdendo o interesse pelos estudos por vários fatores: violência na
escola, talvez por falta de incentivo da família, condição econômica, ou até
mesmo por alguns educadores descompromissados com educação.
Professora T.F.C.B.
Na Temática II, apresentamos a Produção Didático-pedagógica para que a
mesma fosse analisada e discutida, gerando contribuições. Muitas foram as
contribuições dos participantes, os quais interagiram com o grupo e sugeriram as
atividades propostas aos professores na escola em que atuavam.
Algumas contribuições nessa temática foram:
Após a leitura do Caderno Pedagógico, refletimos sobre a importância de
trazer um estudo sistematizado, desde “o que é um computador, até mesmo
exemplos de como preparar uma aula utilizando a TV Multimídia”. Como
pedagoga, poderei separar para as reuniões pedagógicas, momentos de
estudo no laboratório sobre os recursos tecnológicos. Professora F.L.P.
[...] durante a leitura da Produção Didático-pedagógica, fiz uma retrospectiva
da postura dos professores que lecionam na escola onde atuo: há
professores que trabalham com as tecnologias, utilizando a TV, o laboratório
de informática, enfim, procuram sempre recursos para tornar suas aulas
produtivas e prazerosas. No entanto, há também aqueles que não as
utilizam e não demonstram nenhuma vontade em melhorar sua prática.
Assim sendo, sua Produção Didático-pedagógica será de grande valia para
nossa realidade, pois também poderei sugerir as atividades e ações aos
professores, principalmente àqueles que por algum motivo deixam de utilizar
os recursos tecnológicos. “Podemos utilizar a hora-atividade dos
professores e juntos manusear o computador, navegar na internet visitando
os endereços que você sugeriu e também procurando atividades
diversificadas que ornem a aula mais rica e atraente”. Professora. R. A. F.A.
Na Temática III, trabalhamos com a implementação pedagógica do Projeto
desenvolvido na escola. Após a apresentação das ações da implementação foi
realizada uma atividade com os professores participantes do GTR, como refletir e
opinar sobre as atividades propostas no material didático e a segunda vivenciando a
prática, onde os professores postaram experiências. Os componentes do grupo
participaram ativamente das discussões proporcionando uma rica troca de
experiências.
Dentre as postagens dos professores participantes do GTR, nesta Temática,
destacamos as principais idéias:
[...] já que existem formas de melhorar nossa dinâmica didática com a
utilização mais freqüente do laboratório para pesquisas, despertando o
interesse dos alunos, quando a tecnologia pode ser um fator diferencial para
implantar nos conhecimentos, já que as crianças que possuem acesso a
tecnologia resistem a aulas monótonas e enquadradas no estilo antigo de
ensinar, hoje o aluno está em sala, porém em off-line. Precisamos utilizar os
recursos que estão em nosso alcance para nos sentir mais úteis na
profissão e conseguir um aluno mais motivado. O aluno está cercado de
inovações tecnológicas; por esta razão o professor precisa maximizar seus
resultados elaborando suas aulas mais criativas, dinâmicas e participativas,
tornando a aula monótona em super-divertida, mudança de cenário, ou seja,
hoje a aula será o laboratório, hoje a aula será baseada em uma curta
metragem, hoje trouxe vários slides para vocês descobrirem sobre tal
assunto, etc. O professor precisa motivar seus alunos para o melhor
aproveitamento e aprendizado. Professor E.B.O.
De fundamental importância para o momento histórico da educação, haja
vista estarmos querendo ou não, nessa nova era digital e necessitamos
inteirarmos acerca das novas tecnologias de informação e comunicação; a
internet está aí, é global, não temos como fugir da realidade. Quem ainda
encontra-se aquém, precisa correr atrás do prejuízo, pois como justificarmos
nossa função “docentes atrasados” em certos conhecimentos em relação
aos discentes. E acredito que, tanto na escola em que atuo, como em
tantas outras ainda há muito o que aprender-se para que então, possam-se
aplicar tais metodologias nas salas de aulas em prol da melhoria da
qualidade da aprendizagem de nossos alunos. Com a disponibilização e
interação da referida produção, os docentes poderão dispor das atividades,
ações estas importantíssimas para nossa realidade escolar. Professora
S.C.R.
O compromisso social da educação é imensurável, sendo necessário que o
professor formador se assuma como pesquisador de sua prática
pedagógica, fazendo indagação, questionando o seu saber e buscando
respostas através de pesquisas realizadas no cotidiano de suas atividades
docentes. O professor neste contexto deve sentir necessidade de buscar
meios de renovação dos métodos para melhorar o processo de ensino-
aprendizagem no qual está inserido. Professora J.R.M.
4. Considerações finais
Assim como o professor quer alunos interessados, os alunos por sua vez
esperam do professor aulas interessantes. Com freqüência encontramos alunos
desmotivados em sala de aula, principalmente na fase da pré-adolescência ou da
adolescência. Muitos alunos conseguem manter o interesse outros nem tanto, mas
precisamos atingir a todos os estudantes.
Durante o GTR (Grupo de Trabalho em Rede) os professores participantes
puderam refletir e analisar o trabalho deste PDE e de seus colegas de escola;
trocaram ideias, sugestões de atividades, adaptando-as à sua realidade escolar,
fazendo da TV Multimídia e de outros recursos tecnológicos seus aliados que podem
auxiliar nas atividades diárias em sala de aula. Nas mediações realizadas no GTR,
percebemos que a interação professor/professor na escola é de suma importância,
pois uns têm mais facilidade, outros menos, mas um pode ajudar o outro, inclusive o
aluno, já que este demonstra desembaraço no que diz respeito às tecnologias. E
isso é que enriquece o trabalho de um ambiente escolar; essa troca, esse
aprendizado em conjunto, pode melhorar e muito nosso desempenho, nossa
metodologia e até o relacionamento com todos na escola.
Através deste trabalho pudemos perceber que as aulas expositivas em
excesso acabam desmotivando os estudantes; desse modo vale buscar atividades
diferenciadas, relacionadas à integração da tecnologia na sala de aula. Utilizando
recursos tecnológicos disponíveis na escola como a internet, o pendrive, a TV
Multimídia e outros, o professor pode inovar suas aulas, despertando a atenção de
seus alunos e, consequentemente, atingindo os objetivos didático-pedagógicos
como professor.
Durante o período destinado ao PDE, observamos que houve mudanças
significativas de alguns professores, quanto à utilização dos recursos tecnológicos
disponíveis na escola. Observamos também que só usar as tecnologias por usar,
não resulta em melhorias na aprendizagem. Para que a aprendizagem realmente
aconteça, é necessário que o professor invista em um conjunto de ações, como:
comprometimento, bom planejamento, tempo para preparar suas aulas e materiais
didático-pedagógicos, metodologia diferenciada aliada aos recursos tecnológicos e
uma compreensão crítica do uso da tecnologia.
A finalidade do projeto foi: incentivar os professores de língua portuguesa a
utilizarem a TV Multimídia para despertar o interesse dos alunos em suas aulas.
Para iniciar o trabalho, foi selecionada uma professora de língua portuguesa e uma
turma de 6ª série, pois entendíamos que partindo do trabalho desse profissional com
sua turma, outros professores poderiam se interessar e integrar a proposta do
projeto às suas práticas de sala de aula.
Observamos desde o início do estudo realizado, a dificuldade que alguns
educadores têm quanto à utilização do computador e da TV Multimídia, mas que
serão superadas se estes recursos tecnológicos forem usados com mais freqüência
no preparo das aulas.
Através do Grupo de Trabalho em Rede, percebemos que os professores de
outras escolas da rede pública também sentem essa dificuldade. Durante o trabalho
em rede discutimos, trocamos experiências e sugestões, sentindo a riqueza que a
TV Multimídia pode proporcionar às aulas.
Esperamos que o trabalho iniciado neste projeto se propague, prossiga,
auxiliando os educadores a olharem a escola com novas perspectivas de integração
das tecnologias na sala de aula: novas propostas e mudança da prática diária, a fim
de possibilitarmos aos nossos alunos melhores condições didático-pedagógicas
para a sua aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BELLONI, Maria Luiza. A televisão como ferramenta pedagógica na formação de professores. Educação e pesquisa. V. 29, no. 2, p. 287 – 301, jul / dez. 2003.
CAVALCANTE, Meire. Adolescentes: entender a cabeça dessa turma é a chave para obter um bom aprendizado. Revista Nova Escola: A revista de quem educa, n, 175, set, 2004.
CORNACHIONE Jr. E. B. Informática Aplicada às áreas de contabilidade, administração e economia. 3. ed.. São Paulo: Atlas, 2001.
COSTA, Cristina. Educação, imagem e mídias. São Paulo: Cortez,2005.v.12.(Aprender e ensinar com textos)
FRIGOTTO, G. A. Formação e profissionalização do educador frente aos novos desafios. Florianópolis: VIII ENDIPE, 1996. p. 389-406.
HAETINGER, Max. Criatividade: criando arte e comportamento. Porto Alegre: Instituto Criar,1998.
_______________. Informática na educação: um olhar criativo. Porto Alegre: Instituto Criar, 2003.
_______________. O universo criativo da criança na educação. Porto Alegre: Instituto Criar, 2005.
MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos; BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 13. ed. Campinas: Papirus, 2007.
PINHEIRO, Tatiana. Tecnologia na aula. Revista Nova Escola: São Paulo, n, 228, dez, 2009.
PARANÄ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Diretoria de Tecnologias Educacionais. TVMULTIMIDIA: Pesquisando e Gravando Conteúdos no Pen Drive. Curitiba, SEED-PR, 2008.
PERRENOUD, Philipe. Utilizar novas tecnologias. Porto Alegre: Artes Modernas, 2000.
POLATO, Amanda. Tecnologia + conteúdos = oportunidades de ensino. Revista Nova Escola: São Paulo, n, 23, jun/jul, 2010.TORNACHI, Alberto. O que a escola faz com a tecnologia? E o que a tecnologia faz com a escola? Revista TV Escola: São Paulo, p, 24-25, mar/abr, 2010.