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Despertando o que há de melhor em seu marido

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Toda esposa deveria ler este livro. Norm Wright explora uma das coisas mais importantes que uma mulher pode fazer pelo marido.

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Todos os direitos em língua portuguesa reservados por:

© 2011, BV Films Editora Ltdae-mail: [email protected] Visconde de Itaboraí, 311 – Centro – Niterói – RJCEP: 24.030-090 – Tel.: 21-2127-2600www.bvfilms.com.br / www.bvmusic.com.br

É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o devido consentimento por escrito.

Bringing Out The Best in Your Husband© Copyright 2010 by H. Norman WrightOriginally published in the USA by Regal Books.A Division of Gospel Light Plublications, Inc.Ventura, CA 93006 U.S.A.All Rights Reserved

As passagens bíblicas utilizadas ao longo deste livro foram retiradas majoritariamente das versões bíblicas de João Ferreira de Almeida e Nova Versão Internacional.

Editor Responsável: Claudio RodriguesCoeditor: Thiago RodriguesCapa e editoração: Chayanne MaiaraTradução: Marco Antonio CoelhoRevisão de Texto: Mitsue Siqueira Ana Carolina Salerno Ariana Fátima Baptista ISBN: 978-85-61411-84-81ª edição – Agosto/2011Impressão: Imprensa da FéClassificação: Vida Cristã / Relacionamento

Impresso no Brasil

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1. Seu Chamado à Motivação 07

2. O Marido Desmotivado (O que não é muito bom) 33

3. Para Motivá-lo, Você Precisa Entendê-lo 63

4. Maridos Falam Abertamente 91

5. O que Não Fazer (ou os piores erros que você poderia cometer) 117

6. Sexo e Romance – Sim! Eles Despertam o que Há de Melhor 139

7. Esposas que Motivam Seus Maridos Falam Abertamente 163

8. Homens Motivados por Suas Esposas Falam Abertamente 189

9. O Poder de uma Mulher de Oração 207

Notas Finais 223

Sumário

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Seu Chamadoà Motivação

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“ObrigadO pOr acreditar em mim”. Essas são palavras que dizem tudo – que fazem toda a diferença na vida de um homem! Sempre que um marido reage dessa forma, sua esposa está cumprindo seu chamado.

Quando Kenny Rogers cantou aquela música que diz “Ela acredita em mim... sim, ela acredita em mim”, ele deu valor a quem merecia – a uma esposa que buscou despertar o melhor em seu marido.

Quando foi a última vez que o homem da sua vida disse para você: “Obrigado por acreditar em mim” ou “Obrigado por des-pertar o que há de melhor em mim” ou “Sua motivação é o que faz minha vida ser diferente”? Se você não ouviu palavras pare-cidas ultimamente, leia o que esses maridos dizem sobre como suas esposas despertam o melhor neles:

Minha esposa me motiva se disponibilizando a me aju-dar com os detalhes que passam despercebidos quando estou sob pressão devido à urgência dos meus projetos. Ela toma providências para que seus compromissos per-mitam que ela faça parte da minha vida. Sou capaz de confiar nela incondicionalmente. Ela está comprometida a erguer nosso casamento. Mostra um interesse genuíno no que é importante para minha vida, até mesmo se não é um interesse dela. O que eu espero dela é encorajamento, e isso ela faz muito bem.

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Seu Chamado à Motivação

Ela me liga várias vezes durante a semana no meu ho-rário de trabalho para saber como eu estou e para dizer que acredita em mim. Isso ajuda tanto, especialmente se estou passando por um dia estressante. Ela também liga para compartilhar suas aflições e para me dar a chance de encorajá-la. E isso me encoraja de volta, porque me faz perceber que ela realmente se importa com o que eu tenho a dizer. Faz com que sinta que ela precisa de mim. Ela me ajudou a me tornar quem sou hoje.

Ela entende minha dor física, me apoia com sua energia e faz o que pode para resolver algumas coisas que faço a fim de facilitar minha vida. Ela apoia decisões que eu tomo e me ajuda a implementar e realizar o curso da ação que escolhemos. Está sempre lá para conversar e dar voz à sua opinião. Nós conseguimos conversar sobre muitas coisas de uma forma analítica.

Minha esposa faz pelo menos três coisas, que eu me lem-bre, que me ajudam a crescer. Todas as vezes que eu faço algo que, para ela, eu fiz bem, ela faz observações positi-vas. Por exemplo, quando eu prego, ela fala que apresentei a mensagem muito bem. Quando eu não faço tão bem assim, ela me lembra que sempre posso melhorar. Ela me ajuda a ficar motivado dizendo que tem certeza de que eu farei melhor da próxima vez. E mais, para comemorar meus sucessos, é ela quem toma a iniciativa de uma noite de amor. É uma experiência maravilhosa.

Minha esposa me motiva ao passar tempo comigo e indo a lugares que eu gosto (mostras de arte, jogos, cinema e assim por diante). Ela se ocupa fazendo sempre algo (obri-gações diárias, passando tempo com as crianças). Isso é

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bom porque me ocupo com outras coisas ou até mesmo ajudando-a, então tudo em casa flui bem, sem que ne-nhum de nós fique triste ou faça críticas ao outro. Ela vai ao encontro de todos os meus desejos e necessidades de formas íntimas. Isto é satisfatório e é algo que eu pro-curo. Conversamos de quinze minutos a uma hora toda noite, e ela tem tanto um bom ouvido quanto compro-misso com suas responsabilidades, que correspondem ao seu jeito aberto e honesto de ser. Ela é muito amável, fiel, dedicada, segura e comprometida a fazer o casamento e a família funcionarem. E nosso relacionamento não é uma competição.

Nem sempre eu tenho respostas positivas quando pergunto aos homens como suas esposas despertam o que há de melhor neles. Alguns lamentam a falta de motivação por parte delas:

Atualmente minha esposa não faz muita coisa no sentido de motivação. Eu não sei se ela não quer ou se talvez eu não esteja permitindo que ela faça. Nós temos um ao ou-tro, ambos somos novos convertidos, conversamos sobre a Bíblia e isso é motivador. Acho que gostaria de ouvi-la di-zer que me ama. Ela só diz se eu disser. Portanto, eu digo muito mais vezes. Quando eu tenho um dia ruim, gosto de relaxar. Eu só queria ser motivado em alguns dos meus sonhos. Ela é a melhor parte da minha vida, e eu também queria aprender a motivá-la melhor.

Minha esposa não me motiva com palavras. Sou comu-nicativo e realmente preciso dessa motivação. Eu queria que ela me recebesse quando eu entro em casa no final do dia. Eu queria que ela dissesse que tem orgulho de mim e que eu faço um bom trabalho. Eu queria que ela

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me perdoasse de verdade quando eu confesso uma falha e peço perdão. Um abraço ou um beijo inesperado na bo-checha me motivariam muito. Algumas palavras e ações que ocorreram no passado me frustraram, e parece que nós ainda não superamos essa frustração. Nunca fui infiel, mas poderia ter sido da mesma forma que ela. Nós fomos aconselhados. O conselho foi para ter paciência; deixá-la ver Deus me transformando; amá-la como Cristo amou a Igreja. Estou tentando fazer isso. Cheguei à conclusão de que faço qualquer coisa por ela. Eu espero que o Senhor transforme seu coração este ano.

Hoje, não há motivação. Nenhuma! Seus elogios ocasio-nais por tarefas bem feitas são tudo, menos motivação. Eu ficaria muito empolgado se ela simplesmente reconheces-se a importância da minha carreira e parasse de me des-motivar por persegui-la. Provavelmente, eu morreria de alegria se ela tivesse uma iniciativa e buscasse formas de eu seguir meu chamado causando menos impacto na vida da nossa família.

Seu marido tem uma necessidade real de motivação, e ele de-seja recebê-la de você. A motivação é, em muitos casos, a forma de despertar o que há de melhor nele. De certa forma, é como se você pudesse ser uma líder de torcida para ele.

Defin inDo a Motivação

Por meio da motivação, toda mulher recebe um poder que via-biliza a mudança, o crescimento e a satisfação da capacidade de seu marido. Mas é difícil motivar se você não sabe o que real-mente significa motivação.

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Para motivar, você precisa ter atitudes otimistas. Uma das melhores definições da palavra “otimismo” é “tendência ou dis-posição para esperar a melhor consequência possível ou insistir no aspecto mais esperançoso de uma situação”. Quando essa é a sua atitude ou perspectiva, você é capaz de motivar a ou-tros. Motivar é “inspirar; continuar em um caminho escolhido; transmitir coragem ou confiança”.

Pensa-se em motivação como elogio e reforço, mas ela é mui-to mais do que isso. O elogio é limitado; é uma recompensa verbal que enfatiza a competição; deve ser conquistado e, muitas vezes, a pessoa é elogiada somente por ter sido a melhor em al-guma situação. A motivação, por outro lado, é dada sem limites. Ela envolve a percepção de algo especial em uma pessoa que os outros não dão valor e envolve a afirmação de algo que outros perceberam mas nunca pensaram em mencionar. Bruce Larson compartilha esta experiência:

Cedo, em uma manhã, eu tive que pegar um avião de Newark, Nova Jersey, para Syracuse, Nova York, chegan-do tarde na noite anterior por conta de uma conferência que liderei e a caminho de outra.

Eu estava cansado. Não tinha programado meu tempo de forma sábia, e estava totalmente despreparado para os compromissos diante de mim. Depois de levantar cedo e tomar um café com pressa, eu dirigi até o aeroporto com um humor que era tudo, menos bom. Na hora que o avião decolou, eu me senti desconsolado.

Sentado com um caderno aberto no meu colo, eu orei: “Ó Deus, ajuda-me. Faça-me escrever algo útil para o Teu povo em Syracuse”.

Nada. Eu esbocei frases a esmo me sentindo pior e cada vez mais culpado. Tal situação é uma forma de insanidade

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temporária. Ela renega tudo o que sabemos sobre Deus e sobre Sua habilidade de redimir qualquer situação.

Lá pela metade do breve voo, uma aeromoça veio pelo corredor distribuindo café. Todos os passageiros eram ho-mens, pois as mulheres pensam muito bem antes de voar às sete horas da manhã. Quando a aeromoça se aproxi-mou do meu assento, eu a ouvi exclamar: “Ei! Alguém está usando loção pós-barba. Eu não resisto a quem passa loção. Quem está usando?”.

Avidamente, eu acenei com minha mão e anunciei: “Sou eu!”.

A aeromoça imediatamente se aproximou e cheirou meu pescoço. Enquanto me deleitava com tão repentina atenção, eu apreciava os olhares cobiçosos dos passageiros próximos a mim.

Durante o restante do voo, a aeromoça e eu fazíamos uma brincadeira agradável cada vez que ela passava pelo meu assento. Ela fazia algum comentário e eu respondia todo bobo. Vinte e cinco minutos depois, quando o avião se preparou para pousar, eu percebi que minha insanidade temporária havia desaparecido. Apesar de eu ter falhado de todas as formas — na organização do tempo, na pre-paração, na atitude — tudo tinha mudado. Agora eu sabia de verdade que amava a Deus e que Ele me amava, apesar da minha falha.

Além disso, eu me amava, amava as pessoas ao meu re-dor e as pessoas que me esperavam em Syracuse. Eu estava como o gadareno endemoniado depois que Jesus o tocou: vestido, lúcido e sentado aos pés de Jesus. Eu olhei para o caderno no meu colo e vi a folha cheia de ideias que talvez seriam úteis durante o final de semana.

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Deus, eu meditei, como isto aconteceu? Então, depois disso, eu percebi que alguém tinha entrado em minha vida e virado uma chave. Era uma chave pequena, virada por uma pessoa bem improvável. Mas aquele simples ato de encorajamento, aquela atenção imerecida e inesperada, havia me colocado nos eixos novamente.1

Motivar é reconhecer que seu marido tem valor e dignidade, mesmo quando ele erra. Significa prestar atenção enquanto ele está compartilhando algo com você. É ouvi-lo de modo que ele saiba que está sendo ouvido. Quando um marido é motivado, ele faz o seu melhor.

a arte Do ouvir

O caminho para o coração de alguém se faz pelo ouvir. Hoje em dia, homens e mulheres têm poucas pessoas que os ouvem realmente. Muitas vezes, a maioria de nós está mais preocupada com o que vai dizer quando a outra pessoa parar de falar. Isto é uma violação das Escrituras. Tiago nos fala para sermos prontos a ouvir (Tiago 1:19). Provérbios 18:13 diz: “O que responde antes de ouvir comete estultícia que é para vergonha sua”.

Embora muitos de nós tenhamos circuitos sociáveis, nossos circuitos internos estão obstruídos. Perguntou-se a um homem o que sua esposa poderia fazer para despertar o seu melhor, e ele respondeu: “Ouvir. Ouvir sem julgar ou sem ter preconceito; ouvir e aceitar. Ouvir somente para me entender. Ouvir em vez de me criticar”.

Isto requer que se ouça não somente com os ouvidos, mas também com os olhos. Meu filho Matthew, portador de sérias do-enças mentais, tinha apenas poucas palavras em seu vocabulário.

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Joyce (minha esposa) e eu não tínhamos certeza se aquelas pa-lavras tinham algum significado. Então, aprendemos a ouvir o que ele não conseguia falar ao observar o que ele fazia, como ele se mexia e pelo piscar dos seus olhos, que, quando vacilava, in-dicava o começo de um ataque epilético. Matthew me ensinou a ouvir de uma nova forma – o que me ajudou a ministrar melhor às pessoas que aconselho.

A maioria de nós deve não somente que aprender a ouvir; devemos ter em nossa mente que a forma com a qual ouvimos precisa se adaptar à pessoa com quem se está falando. Homens e mulheres têm estilos diferentes de ouvir, portanto é válido conhecer essas diferenças. As mulheres tendem a responder e retornar mais enquanto ouvem. Tais respostas geralmente são um “Eu estou aqui”, ou “Eu estou entendendo” ou ainda “Eu estou ouvindo”. Entretanto, os homens não somente dizem me-nos enquanto estão ouvindo, mas o retorno deles geralmente significa “Eu concordo com você”. Você nunca se deparou com essas formas diferentes de retorno? A maioria das mulheres já. Elas aprendem que, quando estão ouvindo um homem, ele não precisa de tanto retorno quanto uma mulher precisaria. Quando elas ouvem silenciosamente a um homem, ele talvez responda com palavras como “Obrigado por realmente me ouvir. Para mim é bom não ser interrompido enquanto tento organizar meus pensamentos”.

Habilidades fracas de audição têm um impacto maior do que muitas esposas imaginam. Um dos principais anseios de qual-quer pessoa é ser ouvida. Por isso, ser um bom ouvinte é um dos maiores presentes que podemos dar ao outro. Para um homem, o que acaba com este presente é a mulher que dá conselhos que ele não pediu, que pensa sobre o que vai dizer enquanto ele está falando e que interrompe ou termina as frases por ele. Ou-tras atitudes que acabam com esse dom são dizer que está “tudo

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bem” somente para ignorar o que realmente aconteceu ou focar a atenção em pontos irrelevantes de uma conversa deixando de lado o assunto principal.

A verdadeira motivação é uma mistura da arte de ouvir com a confirmação de que o que seu marido faz ou diz tem sentido. É fazê-lo saber que você se importa com ele. Quando você o motiva, você também o respeita. Você transforma coisas ruins em boas ao descobrir o que há de positivo nas situações, assim como ao identificar os pontos fortes dele e ao se focar em seus esforços e contribuições.²

Isso significa que você encontrou algo de valor para reconhe-cer enquanto todos já se desesperaram! A motivação estimula o seu marido. Ela foca em qualquer recurso que possa ser transfor-mado em benefícios ou forças.

Motivar também significa que você espera o melhor de seu marido. Veja o que aconteceu com este jovem rapaz porque o diretor de sua escola esperou mais dele:

Eu me lembro muito bem do dia que tivemos uma assem-bleia escolar. Três amigos e eu saímos escondidos do audi-tório da escola. Todos nós estávamos bêbados. Sabíamos que estávamos a salvo: todo mundo estava na assembleia. E então, advinha quem passou por ali? O diretor. Nós fomos pegos em flagrante. Meus amigos fugiram em três direções diferentes e me deixaram parado lá. O diretor me pegou pela gola da camisa e me levou pelo corredor na frente de todo o auditório, logo que a assembleia estava terminando. Eu pensei que ia morrer. Centenas de alunos me viram naquela situação humilhante.

Ele me levou para sua sala e me advertiu verbalmente sem pena. Parecia que aquilo ia durar para sempre. Talvez tenha durado somente dez ou quinze minutos. Eu mal podia esperar para sair dali. Daquele momento em diante,

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eu odiei aquele cara. Eu esperei que ele advertisse os meus amigos, mas ele nunca o fez. Ele sabia quem nós éramos, mas não fez nada. Um dia eu o vi no corredor e perguntei por que ele não foi atrás dos outros. Não era justo ele ter me escolhido.

Em vez de me dar uma resposta ali mesmo, ele me pe-gou pela gola da camisa e me levou de volta ao escritório. Ele me pôs sentado, mas a advertência não levou mais que um minuto dessa vez. Eu nunca me esquecerei do que ele disse: “Eu desejo o melhor para os seus amigos. Não sei o que vai acontecer com eles, mas você poderia ser dife-rente. Eu espero mais de você do que isto. Você não está nem aí para nada. Quando vai fazer o que realmente deve fazer?” Ele se virou e saiu. Parecia que eu tinha levado um tapa na cara. Ele estava certo; eu não estava nem aí. E, nestas situações, só há uma direção para a qual você pode ir — para baixo.

Eu estava no ensino médio naquela época. Eu comecei a estudar mais nas minhas aulas e fiz um novo grupo de amigos. No meu último ano eu tive média A. Antes, mi-nhas médias finais sempre eram C e D. Decidi que queria ir para a faculdade mas, quando fiz a minha solicitação, não consegui entrar. Minhas notas foram muito ruins nos períodos anteriores. Meu diretor escreveu uma carta de recomendação a meu respeito e, como resposta, a univer-sidade concordou em me admitir para um período expe-rimental. Eu escolhi a minha profissão por causa daquele homem. Ele se transformou em um mentor; um segundo pai para mim.

Dois anos atrás, eu fiz um discurso em seu funeral. Eu nunca me esquecerei dele. Sempre serei diferente por causa dele. Ele me deu uma lição de vida.³

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Nós vivemos em uma cultura orientada pelo erro. Nos torna-mos habilidosos caçadores de falhas. Em contraposição, motivar não é uma postura orientada pelo erro. Para motivar, você pre-cisa ir de encontro à nossa cultura e não se “conformar com este mundo”. O homem (ou homens) da sua vida diria(m) que você está mais disposta a apontar os erros, as fraquezas e as dúvidas dele(s) do que seus pontos fortes? A resposta para essa pergunta diz muito!

Motivar De verDaDeDeMonstra ace itação

Motivação e a aceitação andam, muitas vezes, de mãos dadas. A história seguinte ilustra dramaticamente o que a motivação e a aceitação fazem por um homem:

Peter Foster era piloto da Força Aérea Real Britânica. Esses homens [pilotos] eram os melhores de toda a Inglaterra — os mais brilhantes, saudáveis, confiantes e dedicados, e muitas vezes os homens mais bonitos do país. Quando andavam pelas ruas com seus uniformes ornados, a popu-lação os tratava como deuses. Todos os olhos se voltavam para eles. As garotas invejavam quem tinha a sorte de an-dar ao lado de um daqueles pilotos.

Entretanto, o cenário em Londres estava distante desta ideia romântica, pois os alemães atacavam com crueldade. Eles bombardearam Londres por cinquenta e cinco noites consecutivas. Em grupos de duzentos e cinquenta, cerca de mil e quinhentos homens chegavam a cada noite e aba-lavam a cidade.

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Os Hurricanes e os Spitfires da Força Aérea, aviões nos quais pilotos como Foster voavam, pareciam mosquitos incomodando os grandes bombardeiros alemães. O Hur-ricane era ágil e eficaz, ainda que tivesse uma falha terrível em seu design. A única hélice ficava na parte da frente, a uma pequena distância da cabine do piloto, e as man-gueiras de combustível se contorciam ao longo da cabine do piloto em direção ao motor. Com um golpe direto, a cabine se transformaria em um inferno em chamas. O piloto poderia ser ejetado mas, em um ou dois segundos necessários para encontrar a alavanca, o calor derreteria cada parte de seu rosto: seu nariz, suas pálpebras, seus lá-bios e até suas bochechas.

Esses heróis da Força Aérea Real Britânica muitas vezes enfrentavam uma série de vinte a quarenta cirurgias para remodelar o que uma vez havia sido o rosto deles. Cirur-giões plásticos faziam milagres, ainda que o que sobrasse do rosto fosse, essencialmente, uma cicatriz.

Peter Foster se tornou um daqueles “pilotos derrota-dos”. Depois de muitos procedimentos cirúrgicos, o que restou de seu rosto era indescritível. O espelho no qual ele se olhava diariamente não podia esconder os fatos. À medida que o dia de sua alta do hospital se aproximava, também crescia sua ansiedade a respeito de ser aceito pela família e pelos amigos.

Ele sabia que um grupo de pilotos com ferimentos pa-recidos tinha voltado para casa somente para ser rejeitado pelas esposas e namoradas. Alguns se divorciaram, pois as esposas não conseguiram aceitar a nova imagem externa de seus maridos. Alguns se isolaram recusando-se a deixar suas casas.

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Por outro lado, havia um segundo grupo de pilotos que voltavam para casa, recebiam a garantia de amor e aceitação por parte de seus familiares e continuavam im-portantes. Muitos se tornaram executivos e profissionais liberais, líderes em suas comunidades.

Peter Foster estava no segundo grupo. Sua namora-da garantiu a ele que nada havia mudado, exceto alguns poucos milímetros de pele. Ela garantiu que o amava não somente por causa da camada de pele de seu rosto. Eles se casaram pouco antes de Peter sair do hospital.

“Ela se tornou o meu espelho”, disse Peter a respeito de sua esposa. “Ela me mostrou uma nova imagem de mim mesmo. Mesmo agora, independente de como eu me sinta, quando eu olho para ela seu sorriso acolhedor e amoroso me diz que eu estou bem”, confidencia.4

Muitas vezes nós ouvimos falar sobre os efeitos positivos de uma mãe que encoraja seu filho. Eu me lembro de um dia ouvir uma entrevista com Scott Hamilton, que se tornou um nome familiar na patinação no gelo profissional. Nas Olimpíadas de Inverno de 1992, Scott trabalhou como comentarista nos even-tos de patinação no gelo. Durante esse tempo na TV, ele com-partilhou sua relação especial com a mãe, que faleceu antes que ele ganhasse uma medalha de ouro nas olimpíadas. Ele disse: “A primeira vez que patinei no U.S. Nationals, eu caí cinco vezes. Minha mãe me deu um abraço apertado e disse: ‘É só o seu pri-meiro campeonato nacional. Não é nada de mais’. Minha mãe sempre me deixou ser eu mesmo. Três anos depois, eu ganhei o meu primeiro Campeonato Nacional. Ela nunca disse que eu deveria fazer melhor ou que eu precisava evoluir. Ela só me dava motivação”.

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Outro homem disse: “Minha mãe era uma pessoa muito apoiadora. Ela acreditava que eu poderia fazer qualquer coisa, mesmo quando eu não podia. Ah, ela dava sua opinião e muitos conselhos, mas sem julgar. Ela me valorizava como pessoa, e não pelo que eu fazia ou poderia fazer. No tempo certo, eu senti que poderia fazer qualquer coisa a que me propusesse. Mas o melhor presente que ela me deu foi seu amor incondicional”.

Motivar significa que você tem fé no potencial de seu mari-do. Você o motiva ao confiar, mesmo quando ele parece incapaz.

Talvez você tenha um sonho para seu marido. Você consegue ver coisas que ele não vê, tal como potenciais não explorados. Já ouviu falar no peixe de quatro olhos? É uma criatura de apa-rência muito estranha. Eu acho que ninguém quer um assim no aquário. É um peixe nativo das águas equatoriais da região oeste do Atlântico. Anableps é o seu nome científico. (Não coloque o nome de um de seus filhos de Anableps!) Esse nome significa “aquele que olha por cima”, por causa da sua estrutura ocular incomum. Esta criatura única tem dois olhos empilhados. As metades de cima e de baixo de cada globo ocular operam inde-pendentemente e têm córneas e íris separadas. Então, se encon-trasse um desses em seu habitat natural, você veria seus olhos superiores, que ficam fora da água. Isso o ajuda a encontrar co-mida, assim como a identificar os inimigos do ar.

Mas lembre-se: este peixe também tem olhos inferiores. Es-tes ficam dentro da água, como acontece com a maioria dos peixes. Por um lado, o peixe nada como qualquer outro. Mas os Anableps têm a vantagem de ver o que os outros peixes não conseguem por causa dos seus olhos superiores. Eles veem dois mundos. Se você fosse assim, tivesse quatro olhos, dois para ver a realidade e dois para ver o mundo das possibilidades, você seria uma motivadora e tanto!5

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John Maxwell, em seu livro Be a People Person, diz que preci-samos antever que os outros farão o seu melhor. “Quando tra-balho em grupo eu sempre tento olhar para as pessoas não da forma que elas são, mas como poderiam ser. Ao prever que este olhar se tornará real, para mim fica fácil motivá-las à medida que elas se desenvolvem. Aumente seu nível de expectativa e você aumentará o nível de conquista delas.”6

Talvez a melhor forma de descrever a motivação seja pelo exemplo da jardinagem. Eu cultivei flores e vegetais por alguns anos. Uns foram bons; outros eu prefiro esquecer! Houve épocas que eu cultivei tomates. Há uma forma certa e uma forma er-rada de cultivá-los. A forma certa é certificar-se de que tem um bom solo com variedade de nutrientes. Você precisa de água, cultivo, e fertilizantes nas quantidades certas. Você também pre-cisa fortificar a planta ou usar fios de arame para que elas cres-çam. Elas precisam de apoio, ou então seus galhos se quebram. Às vezes é preciso colocar uma capa protetora e, acima de tudo, ter cuidado com insetos, especialmente pragas.

Depois de fazer tudo isso, você pode tirar muitas semanas de folga sem fazer nada, certo? Não, você tem que cuidar das plantações de tomate, consistentemente, ao invés de esporadica-mente, ou elas não produzirão a safra.

Motivar é como cuidar de plantações de tomate. Dá traba-lho — trabalho constante e consistente — para que seja eficaz.7 Quando se é motivadora, você é como um explorador ou um mergulhador de águas profundas em busca de um tesouro per-dido. Cada homem tem um reservatório de capacidades ainda não desenvolvidas. Sua tarefa como esposa é procurar por essas fontes não desenvolvidas em seu marido, descobri-las e expandi--las. Ao descobrir seus pontos fortes, você manterá o foco nestes. Você refletirá sobre eles e se preocupará com sua descoberta. Talvez, à primeira vista, essa descoberta seja dura e imperfeita.

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Caça-talentos e olheiros de times fazem isto a todo tempo. Eles veem um talento raro e uma habilidade não desenvolvida, mas, com sabedoria, veem além daquilo. Eles olham para o futuro e veem o que aconteceria se todo o potencial fosse cultivado e desenvolvido. É dessa forma que você olha para o seu marido?

O poema seguinte captura essa ideia de uma forma única:

Deus, ao longo dos anosDe nossa vida de casadoTu tens segurado uma coroaUm pouco acima da cabeça do meu marido.Ele estava simplesmente muito ocupado,Amando e servindo, para perceber.Mas eu vi.Não somente vi — Eu acompanhei seu crescimento até a coroa.8

Motivar seu marido significa que você o estima e o respeita por acreditar nele; a sua motivação o ajudará a viver como me-recedor de honra.

Eu comecei a praticar esportes bem tarde. Escolhi raquetebol assim que completei quarenta anos. Uma das razões pelas quais eu me envolvi neste esporte foi um pastor de jovens que traba-lhou comigo alguns meses. No início eu estava bem desmoti-vado, principalmente quando percebi a desenvoltura de alguns daqueles jovens jogadores. Mas Tom foi paciente e ficava em-polgado quando eu fazia qualquer coisa certa. Ele me motivou; ele acreditou em minha habilidade; ele viu em mim o que eu poderia me tornar, e isto fez muita diferença. Quase vinte anos depois, eu ainda jogava. Eu conquistei confiança, e alguns da-queles jovens não conseguiam mais me ganhar!

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seja uM catal isaDorPara a MuDança

Você é como o fogo refinador. O que você percebe e motiva pode ser lapidado de um modo positivo. Qualquer movimen-to conduzido a uma direção saudável e benéfica precisa de sua atenção e apoio.9 Você diz: “Vai em frente. Você consegue!”

Uma das qualidades do caráter que capacitam uma pessoa a motivar é a gentileza. Isso significa que, ao descobrir alguma sensibilidade ou vulnerabilidade de outra pessoa, você não se mostra severo, rude ou rigoroso. Quando você descobre uma parte tenra e sensível em seu marido, você a protege ao invés de passar por cima dela. Enquanto pensa em formas de motivá-lo, pergunte a si mesmo:

• Eu sou gentil, especialmente com aquelas áreas sensí-veis?

• Eu o estou tratando como gostaria de ser tratada?• Eu estou edificando esperança na vida dele?• Ele se sente seguro comigo em relação a essas áreas sen-

síveis?

O poeta escocês Sir Walter Scott descreveu o poder das pala-vras gentis em seu poema “Lord of the Isles”:

Ó! Muitas lanças jogadas a esmoEncontram marcas que a âncora nunca fez!E muitos com uma palavra, a esmo falada Podem acalmar, ou ferir, um coração partido!

(Em tradução livre.)

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Uma esposa uma vez compartilhou comigo que ajudava o marido a tomar algumas providências para que ele seguisse em frente na vida. Ela disse que seria muito fácil falar a mesma coi-sa e criticar, o que teria um efeito negativo no relacionamento deles. Ela sabia que o marido era capaz de manter seu corpo de forma saudável, assim como era capaz de terminar a faculdade se ela o motivasse da forma certa. Eis aqui como ela fez isso.

Eu me esforçava muito para fazer boas refeições com bai-xo teor de gordura. Eu preparava somente duas porções, então não havia aquele monte de comida na mesa implo-rando para ser devorada. Eu nunca comprava essas comi-das prejudiciais à saúde. Meu marido ama pipoca, o que virou um lanche para ele.

Meu marido é um atleta excelente que gosta de se exer-citar quando tem tempo. Ele prefere esportes competi-tivos. Embora a mensalidade da academia fosse cara, eu o apoiei totalmente nesse investimento. Mesmo sabendo que ele não gostava muito de caminhadas, frequentemen-te eu o chamava para caminhar comigo. Ele chamava esses momentos de “caminhadas de amor”.

No inverno passado, ele decidiu que queria uma estei-ra. Por meses, nós procuramos nos jornais tentando en-contrar uma usada mas, por fim, eu o motivei a comprar uma nova. Fico feliz que nós tenhamos conseguido — ele fez ótimo proveito. Agora, seu peso não varia dez quilos todos os anos e ele está em boas condições físicas.

A outra parte da mudança foi relacionada à educação. Meu marido trabalhava em tempo integral nos anos que cursava a faculdade, e foi impossível concluir o curso. O trabalho sempre teve prioridade sobre os estudos.

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Despertando o que há de Melhor em Seu Marido

Depois de um tempo casado comigo ele pensou em mudar de emprego, mas não sentia confiança para entrar no mercado de trabalho sem a graduação.

Nós buscamos um programa na faculdade especial-mente feito para pessoas que trabalhavam. Era um curso intensivo e caro que garantia a graduação em pouco mais de um ano. A princípio meu marido não queria. O di-nheiro, o tempo e o estresse pareciam devastadores.

Eu havia lecionado em algumas faculdades e garanti que o ajudaria em cada etapa do processo. Expliquei que poderíamos financiar sua educação se apertássemos o or-çamento e adiássemos por um ano o desejo de ter filhos. Prometi fazer o que eu pudesse em casa e assumi outras responsabilidades a fim de que ele tivesse tempo para es-tudar.

Ele entrou no curso. Eu digitava trabalhos, discutia os projetos com ele, o ajudava a fazer pesquisas bibliográfi-cas, fazia perguntas na época de provas, e o incentivava no decorrer do ano.

Meu marido se graduou com honra! Ele tem um diplo-ma e um bom emprego. Não acredito que ele teria con-seguido essa graduação naquele ponto da vida se nós não tivéssemos nos casado. Minha presença o motivou porque estávamos construindo um futuro juntos. Acredito tam-bém que meu apoio prático aliviou o estresse e as difi-culdades daquele ano. Fico emocionada ao ver o sucesso dele.10

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Seu Chamado à Motivação

Talvez você seja como algumas mulheres com quem conver-sei, ou melhor, mulheres que conversaram comigo! Elas dizem:

“Por que só eu tenho que motivar? Eu preciso de motiva-ção tanto quanto ele, sinto muita necessidade disso.”

“Isso se parece com o que escuto há anos. As mulheres têm que dar, dar e dar. Educa-se alguns maridos, mas ou-tros são egoístas. Eles querem se satisfazer o tempo todo. E quanto mais eu faço, mais ele quer!”

“Isso me parece unilateral. Muitas de nós, mulheres, pas-sam a vida loucas por satisfação. Por que você não traba-lha com os maridos para que eles sejam mais dedicados?”

Essas perguntas são boas, honestas. Eu tenho duas respostas.Primeira: este não é um livro direcionado aos homens. Ele

foi escrito para motivar mulheres a despertar o que há de me-lhor no homem de suas vidas. Se fosse escrito para os homens, provavelmente seria mais direto. É verdade que os maridos pre-cisam muito crescer e se desenvolver como motivadores de suas esposas. Em um casamento, muitas vezes o homem funciona como um termostato. Ele influencia na temperatura deste rela-cionamento. A maioria dos homens cresceu de uma forma que os limitou emocionalmente e os fez deficientes nos relaciona-mentos; e eu estou falando de mim também. Nós temos muito a aprender! E podemos aprender. Mas há outros livros e outras contribuições feitas expressamente para os homens, incluindo o parceiro deste volume — Despertando o que Há de Melhor em Sua Esposa. Mas o livro que você está segurando nas mãos agora é, no entanto, somente para mulheres.

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Despertando o que há de Melhor em Seu Marido

Segunda: como cristãos, motivar não é uma escolha para ne-nhum de nós. Esta decisão não é nossa. As Escrituras dizem que outros saberão que somos cristãos por meio do amor que demonstramos uns pelos outros. Uma das formas com a qual refletimos este amor é a motivação. Observe o que a Palavra de Deus nos manda fazer.

Em Atos 18:27, a palavra “animar” significa “motivar ou convencer”. Em 1 Tessalonicenses 5:11, a palavra “edificar” sig-nifica “estimular outra pessoa nas obrigações comuns da vida”.

Veja as palavras encontradas em 1 Tessalonicenses 5:14: “Ro-gamo-vos, também, irmãos, que admoesteis [prevenir e acon-selhar seriamente] os desordeiros [os desocupados e os indisci-plinados]; consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos, e sejais pacientes para com todos [sempre mantendo a calma]”.

As Escrituras usam uma variedade de palavras para descre-ver tanto nosso envolvimento com os outros quanto nosso re-lacionamento atual. A palavra “encorajar” (parakaleo) significa “suplicar ou estimular”. Sua intenção é criar um ambiente de urgência para ouvir e responder a uma diretriz. É um verbo ati-vo. Paulo usou palavras que representam essa ideia em Romanos 12:1 e 1 Coríntios 1:4.

A palavra “animar” (paramutheomai) significa “consolar, con-fortar e alegrar”. Este processo inclui entender, redirecionar pen-samentos e tirar o foco do que é negativo para o que é positivo. No contexto do versículo explicitado anteriormente, a mensa-gem se refere ao indivíduo desanimado (“consoleis os de pouco ânimo”) que está desmotivado e prestes a desistir. Motivar é uma forma de emprestar sua fé e esperança para uma pessoa até que ela as desenvolva por si só.

A palavra “ajudar” (anechomai) primeiramente contém a ideia de “preocupar-se com, dedicar-se a, prestar assistência ou dar apoio espiritual e emocional”. É mais uma aproximação pas-

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Seu Chamado à Motivação

siva do que um envolvimento ativo. Essa palavra remete a andar ao lado de uma pessoa e apoiá-la. O contexto de 1 Tessaloni-censes 5:14 parece fazer referência àqueles que são incapazes de sustentar a si mesmos.

Primeira Tessalonicenses 5:11 declara: “Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis”. Hebreus 3:13 diz que nós devemos motivar “uns aos outros todos os dias” (NVI). Neste versículo, a motivação é associada a proteger os cristãos das calúnias. Hebreus 10:25 diz: “Não deixemos de reunir-nos como igreja... mas encora-jemo-nos uns aos outros” (NVI). Desta vez, motivar significa manter de pé alguém que, se deixado sozinho, cairia. Sua moti-vação aos outros e, no contexto deste livro, a motivação ao seu marido, serve como o fundamento de uma armação de suporte. Um dos meus versículos favoritos é Provérbios 12:25: “A ansie-dade no coração deixa o homem abatido, mas uma boa palavra o alegra”.

A Palavra de Deus é clara a respeito do que você deve fazer. Para motivarmos consistentemente, é preciso refletir as quali-dades de 1 Coríntios 13. Aqui estão elas, amplificadas de uma forma única:

• Paciência (ser tolerante com as fraquezas, imperfeições e defeitos do seu marido);

• Bondade (ser delicada e atenciosa com seu marido);• Não ter ciúme (das amizades verdadeiras com outras

pessoas ou dos talentos e dons especiais de seu marido);• Não ter orgulho demais (da aparência pessoal ou das

conquistas na tentativa de competir com seu marido);• Não ser arrogante (não desprezar a aparência ou as con-

quistas do seu marido; não o menosprezar);

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Despertando o que há de Melhor em Seu Marido

• Não ser rude (levar em consideração as necessidades e sentimentos do seu marido);

• Não ser insistente (ceder e considerar as necessidades e interesses do seu marido);

• Não se irritar (não implicar com seu marido; ser aces-sível);

• Não ser rancorosa (não guardar ressentimento; perdo-ar);

• Não se alegrar no erro (não se alegrar na desgraça do seu marido; não calcular ou contabilizar seus erros);

• Alegrar-se no certo (ser confiável; não tentar esconder nada do seu marido);

• Suportar tudo (apoiar seu marido em tempos difíceis);• Crer em tudo (confiar em seu marido);• Esperar em tudo (não se entregar ao pessimismo; man-

ter atitudes positivas);• Resistir a tudo (não ceder às pressões da vida; estar dis-

posta a ficar ao lado do seu marido enquanto ele en-frenta problemas pessoais).11

Um marido descreveu porque se sentia motivado por sua es-posa. Ele disse: “Eu estava lendo a Bíblia um dia e encontrei esta passagem. Ela resumiu tudo melhor do que eu resumiria”.

Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis. O coração do seu marido está nela confia-do; assim ele não necessitará de despojo. Ela só lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida (Provérbios 31:10-12).

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Seu Chamado à Motivação

Eu espero que você já seja uma mulher cujo valor “excede ao de rubis”; uma mulher que motiva incessante e persistentemen-te seu marido. Mas se você ainda puder melhorar, crie coragem e reflita honestamente nas perguntas encontradas no final de cada capítulo. Elas são estímulos que abrem os olhos e os ouvidos do seu entendimento e que ajudam a modificar a forma com a qual você se comunica com seu marido. Se fizer este exercício, os resultados lhe surpreenderão!

Descubra a MotivaDora eM você

1. Quando foi a última vez (se é que já houve algu-ma) que seu marido lhe agradeceu por você ter acreditado nele? Quais foram as circunstâncias?

2. O que é mais típico de você — dizer ao seu mari-do o que ele fez de errado ou o que ele fez correta-mente? Qual comportamento dele mais te irrita?

3. Reflita sobre as conversas que fizeram diferença, tanto para melhor quanto para pior, no relacio-namento com seu marido. Que palavras ou frases específicas te fazem lembrar de quando a conversa foi boa e de quando foi ruim?

4. Hipoteticamente falando, se você depositasse um real em uma conta bancária toda vez que recla-ma com seu marido sobre o que ele fala ou sobre como ele age, você compraria um carro de luxo, um guarda-roupas ou uma sacolinha com com-pras de mercado? Que palavras ou frases, se ba-nidas de seu vocabulário, iriam zerar o valor dessa conta bancária?

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5. Reveja a lista das quinze qualidades que definem o amor (em 1 Coríntios 13:4-7). Escolha as carac-terísticas mais problemáticas no relacionamento com seu marido. Se você ainda não escreve um diário de oração, compre um caderno e deixe-o sempre por perto, em um lugar onde você pos-sa passar um tempo com Deus. Usando o diário, escreva uma oração pedindo a Ele para melhorar a qualidade que você gostaria que se fortalecesse. Pense nos tipos de discursos ou nas atitudes que refletiriam esta qualidade para seu marido. (Este é um exercício espiritual para ser feito repetidas vezes enquanto Deus mostra novas maneiras de amar e motivar seu marido e lhe capacita a fazer isto.)

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