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Curso de Especialização em Recursos Humanos - Gestão de Pessoas e Competências. ANIELE PEQUENO ALVES DESPESAS x LUCRO Uma análise da terceirização de serviços nas empresas. Londrina 2012

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Curso de Especialização em Recursos Humanos - Gestão de Pessoas e Competências.

ANIELE PEQUENO ALVES

DESPESAS x LUCRO Uma análise da terceirização de serviços nas empres as.

Londrina

2012

ANIELE PEQUENO ALVES

DESPESAS x LUCRO Uma análise da terceirização de serviços nas empres as.

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Recursos Humanos – Gestão de Pessoas e Competências do Centro Universitário Filadélfia - UNIFIL, como requisito para obtenção do título de especialista. Orientador: Prof. Ms. Silas Barbosa Dias.

Londrina

2012

ANIELE PEQUENO ALVES

DESPESAS x LUCRO Uma análise da terceirização de serviços nas empres as.

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Recursos Humanos - Gestão de Pessoas e Competências, banca examinadora do Centro Universitário Filadélfia - UNIFIL, à banca examinadora para obtenção do título de Especialista.

Aprovada em: _________/_________/___________

_______________________________ Prof. Ms. Silas Barbosa Dias

Orientador

_______________________________ Profa. Dra. Damares Tomasin Biazin

Membro da Banca Examinadora

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Deus Eterno porque até aqui Ele tem me sustentado e me

abençoado com longos dias de prosperidade e paz. Ao meu amado esposo José

Osvaldo pelo apoio, dedicação e carinho. A minha mãe e irmão pelo incentivo

constante. Ao pequeno Lucas que acabara de nascer trazendo alegria e novo

sentido às nossas vidas.

ALVES, Aniele Pequeno. Despesas X Lucro: Uma análise da terceirização de s erviços nas empresas. Monografia (Especialização em Recursos Humanos - Gestão de Pessoas e Competências). Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL. Londrina, Pr, 2012.

RESUMO

Esta monografia apresenta um estudo quanto à terceirização de serviços nas empresas, entendendo que na atualidade esta tem sido uma prática constante nas organizações para reduzir custos, aumentar sua eficiência e se manter competitiva no mercado. Para entender o tema se faz necessário conhecer seu contexto histórico, sua influência no mercado de trabalho e os aspectos positivos e negativos de quem a utiliza. Muito mais que seguir uma tendência, o grande objetivo deste estudo é conhecer todas as variáveis pertinentes à terceirização de serviços, obtendo conhecimentos e informações fundamentais para uma tomada de decisão planejada e mais adequada à realidade de cada empresa. A pesquisa foi realizada por meio de levantamento bibliográfico de autores variados, extraídas de livros, artigos, revistas e mídias eletrônicas, considerando produções de até 15 anos de publicação. PALAVRAS-CHAVES: Terceirização; Prestador de serviços; Tomador de Serviços; Custos para empresa.

ALVES, Aniele Small. Profit X Expenditure: An analysis of outsourcing in companies. Monograph (Specialization in Human Resources - Human Resources and Skills). University Center Philadelphia - UNIFIL. Londrina, Pr, 2012.

ABSTRACT

This monograph presents a study on the outsourcing of business services, understanding that today this has been a constant practice in organizations to reduce costs, increase efficiency and remain competitive in the market. To understand the subject is necessary to know its historical context, its influence on the labor market and the positives and negatives of whoever uses it. Much more to follow a trend, the major objective of this study is to know all the variables relevant to outsourcing of services, obtaining knowledge and information essential for decision-making and planned more appropriate to the reality of each company. The research was conducted through a literature review of various authors, drawn from books, articles, magazines and electronic media, considering productions of up to 15 years of publication. KEYWORDS: Outsourcing; service provider; Policyholder Services and costs for business.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 6

2. METODOLOGIA ..................................................................................................... 8

3. O MERCADO DE TRABALHO E OS FATORES PREDOMINANTES PARA A

PROPAGAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS ............................................ 9

3.1 O mercado de trabalho contemporâneo ............................................................... 9

3.2 Impactos da legislação trabalhista sobre o mercado de trabalho ........................ 9

4. O QUE É TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS? ..................................................... 12

4.1 O surgimento da terceirização de serviços ........................................................ 12

4.2 A terceirização de serviços no Brasil ................................................................. 13

4.3 Conceituando a terceirização ............................................................................. 14

5. A TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS NA PRÁTICA ............................................. 18

5.1 Aspectos positivos da terceirização de serviços ................................................ 18

5.2 Aspectos negativos da terceirização de serviços ............................................... 19

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 21

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 22

6 1. INTRODUÇÃO

Na atualidade muito se discute quanto ao alto índice de mortalidade das

empresas no Brasil. Os fatores que contribuem para tal situação são diversos,

porém sabe-se que o elevado custo pago pelas empresas no que se refere à folha

de pagamento e encargos sociais / trabalhistas tem determinado o declínio de

pequenas e médias empresas no país.

Ao primeiro alarme de dificuldade financeira muitas empresas optam pela

redução de seu quadro de funcionários, entendendo que os Recursos Humanos da

empresa são grandes geradores de despesas. Para Chiavenato (2000) ainda é

predominante a mentalidade de que onde se tem pessoas, inevitavelmente se tem

despesas. Como se as pessoas nada produzissem dentro da empresa, a não ser

provocar e acumular gastos.

Quando são demitidos, muitos trabalhadores têm buscado sua sobrevivência

em atividades informais, sem nenhum respaldo legal ou trabalhista. “A existência do

setor informal tem aumentado significativamente nos últimos anos e geram impactos

significativos sobre os diferentes aspectos da economia. Pelo lado fiscal, um elevado

grau de informalidade significa um elevado grau de sonegação e perda de base

tributária” (REIS; UlYSSEA, 2005, p.1).

Já para as empresas que demitem, a ausência desse pessoal tem sido

suprida pela contratação de trabalhadores terceirizados e temporários, que podem

executar tarefas e funções nos mais variados setores da empresa.

Conforme demonstra Pires (2004) a terceirização de serviços tem se tornado

uma prática comum entre as empresas que operam no mercado nacional, dentre os

fatores que influenciam esta decisão estão à produtividade, tecnologia,

especialização de serviços, flexibilidade e redução de custos operacionais.

Um estudo realizado por Fernandes e Carvalho Neto (2005) com 513

presidentes, diretores e altos executivos, dentre 179 das 500 maiores empresas do

Brasil, concluiu que em grande número das empresas brasileiras, a quantidade de

trabalhadores terceirizados é superior ao número de seus empregados.

Com base no aumento significativo da prática de terceirização de serviços nas

empresas, verifica-se uma nova realidade no mercado de trabalho: onde

7 trabalhadores executam funções na empresa, mas não possuem vínculos

empregatícios duradouros e empresas que se eximem das obrigações patronais,

ficando tudo averbado junto a um contrato de prestação de serviços com tempo

previamente determinado. Ou seja, configura-se assim uma gradativa redução do

emprego formal no país.

A partir desta realidade, este estudo busca saber quais os reais resultados

que as empresas podem obter com esta prática? Será que no final das contas esta

redução de custos com pessoal será realmente um ganho para a empresa?

Conhecer os pontos positivos e negativos da redução do emprego formal e da

terceirização de serviços se faz necessário, pois muito mais que seguir uma nova

tendência de mercado, as empresas precisam conhecer os resultados já obtidos e

suas consequências, para assim tomar decisões mais adequadas e assertivas à

necessidade da empresa.

Dentre os objetivos desta análise está conhecer esta tendência do mercado

de trabalho, apontando as influências que a determinam e analisando a partir de

pesquisas e produções de outros autores as consequências que ela pode trazer

para as empresas que buscam redução de custos.

O tema que ora se propõe “Despesas X Lucro – Uma análise da terceirização

de serviços nas empresas” é bastante complexo, e portanto, não há pretenção em

esgotá-lo, e sim, trazer uma reflexão acerca do mesmo, para que o presente

trabalho possa contribuir, ainda que de forma modesta, as pesquisas e estudos da

área.

Esta monografia está estruturada em seis capítulos, onde no primeiro e

segundo capítulos estão respectivamente a introdução e a metodologia que foi

aplicada a pesquisa. Para o terceiro capítulo estão evidenciadas as influencias do

mercado de trabalho e legislação trabalhista atual para a pratica da terceirização. No

quarto capítulo é apresentado o contexto histórico, apontando o conceito de vários

autores sobre o que é a terceirização de serviços. Já no quinto capítulo é possível

identificar pontos positivos e negativos que as empresas percebem na prática da

terceirização. Para o sexto capítulo estão evidenciadas as considerações finais do

trabalho.

8 2. METODOLOGIA

Para a consecução do estudo foi desenvolvida pesquisa de caráter

bibliográfico buscando produções de outros autores que contribuam com a

construção do trabalho e que sejam relevantes ao tema. Conforme aponta Carvalho

et al. (2002, p.100) a “pesquisa bibliográfica é a atividade de localização e consulta

de fontes diversas de informação escrita, para coletar dados gerais ou específicos a

respeito de determinado tema”.

Para Marcantônio, Santos e Lehfeld (1997) na pesquisa bibliográfica busca-se

fontes para recuperar informações armazenadas em documentos, e assim chega-se

a bibliografia necessária à pesquisa.

Para tal, foi utilizada como fonte de pesquisa conhecimentos extraídos de

livros, artigos, revistas e mídias eletrônicas, considerando produções de até 15 anos

de publicação. Ou seja, produções do ano 1997 até 2012. A fim de trazer citações

de conteúdos mais próximos a realidade dos dias atuais.

De acordo com Biazin e Scalco (2008) os objetivos da pesquisa bibliográfica

devem proporcionar aprendizado mais profundo sobre uma determinada área, trazer

um levantamento de trabalhos produzidos anteriormente e identificar métodos já

utilizados para resolução de um determinado problema.

Após o levantamento bibliográfico e sua respectiva análise o material foi

sintetizado em redação no padrão de monografia, apresentada de forma descritiva.

9 3. O MERCADO DE TRABALHO E OS FATORES PREDOMINANTE S

PARA A PROPAGAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS.

3.1 O mercado de trabalho contemporâneo.

O mundo se transforma a cada dia, impulsionado, principalmente, por cinco

fatores identificados por Chiavenato (2002, p. 51-52), como sendo “o formidável

avanço tecnológico, a enorme ênfase na informação, a gradativa e incessante

globalização da economia, o desenvolvimento dos serviços e a importância cada vez

maior do conhecimento”. Essa rápida e contínua evolução mundial impacta em todos os setores da

economia, afetando diretamente as empresas e a forma como gerenciam seus

negócios. Por sua vez, as mudanças no mundo empresarial influenciam o mercado

de trabalho no que se refere às oportunidades que são oferecidas e a sociedade, na

medida em que novos perfis profissionais são requeridos.

Para Camarano (2000) a situação econômica agravada pela excessiva

concorrência e carência de recursos financeiros, obrigou as empresas a passarem

por um processo de reestruturação, no sentido de se adaptarem aos novos tempos,

sob pena de não conseguirem sobreviver; com a crise foram obrigadas a procurar

nas empresas de prestação de serviços uma parceria para a realização de diversas

atividades, que elas mesmas realizavam.

Em consequência a esta situação o mercado de trabalho passou por

constantes mudanças, dentre as quais a disseminação acentuada de diferentes

formas de trabalho, a efetiva garantia de direitos do trabalhador e a escassez de

mão de obra qualificada disponível.

3.2 Impactos da legislação trabalhista sobre o merc ado de trabalho.

O grande número de tributos e encargos trabalhistas que incidem sobre a

folha de pagamento no Brasil é um dos grandes responsáveis pela dificuldade de

ampliação no número de empregos e pelo elevado grau de informalização do

trabalho.

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Para Camarano (2000) na mesma proporção que há aumento nos custos com

encargos trabalhistas, também ocorre à redução na oferta de trabalho formal, pois

as empresas de forma geral não estão dispostas a ter seus custos fixos ampliados,

principalmente no que se refere à folha de pagamento.

Neste sentido, se o aumento do emprego e da formalização afeta

positivamente a arrecadação da Previdência Social e propicia um maior poder

aquisitivo da classe trabalhadora, seria interessante que o governo incentivasse a

criação de novos postos de trabalho, reduzindo os custos com encargos trabalhistas.

Segundo Pinheiro (2000) os encargos sociais e contribuições pagas pelo

empregador para financiamento das políticas públicas beneficiam de forma indireta o

trabalhador, que incluem: a Previdência Social - INSS ou Plano de Seguridade

Social do Servidor Público – PSS, o FGTS, o PIS/PASEP, o salário-educação

(emprego no setor privado empresarial) e o sistema S (emprego no setor privado

empresarial). Ainda, fica a cargo do empregador o pagamento de encargos

trabalhistas, que são valores pagos diretamente ao empregado mensalmente ou no

final de seu contrato de trabalho, que podem incluir também benefícios não

expressos em valores. Dentre estes benefícios estão: o 13º Salário, férias

remuneradas, 1/3 sob férias, contribuições para fundo de garantia e tempo de

serviço, repouso semanal remunerado, em caso de dispensa do funcionário, aviso

prévio (cumprido ou indenizado), indenização compensatória de 50% sob o saldo do

FGTS (40% para o trabalhador e 10% como multa para o governo), vale transporte,

vale refeição, horas extras e encargos sob a folha de pagamento, INSS parte da

empresa, Sistema S (SESI, SESC, SENAI, SENAC, SEBRAE), entre outros.

Um estudo realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) revela que metade das micro e pequenas empresas brasileiras não conseguem sobreviver mais do que dois anos antes de baixar suas portas. Para as empresas que não estão enquadradas na legislação do Simples, isto se deve, em grande parte, em razão do peso da carga tributária, como por exemplo, os encargos sobre a folha de pagamentos, que representam considerável desembolso por parte dos empresários, incentivando a contratação informal e resultando em baixa competitividade do produto brasileiro. Vale destacar que a contratação de um empregado sujeita a empresa ao pagamento equivalente a 67,53% referente aos encargos trabalhistas e previdenciários sobre o salário, além de outros adicionais e benefícios garantidos pela CLT e Convenção Coletiva de Trabalho. O percentual acima mencionado considerado para empresas não optantes pelo Simples é composto de: férias e 1/3 (11,11%), décimo terceiro salário

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(8,33%), INSS por sua alíquota máxima (28,8%), INSS sobre férias e décimo terceiro (5,6%), FGTS (8,5%), FGTS sobre férias e décimo terceiro salário (0,94%) e FGTS calculado sobre a rescisão (4,25%). Se considerarmos um empregado cujo salário mensal é de R$ 1,500,00, haverá um custo por parte da empresa de, no mínimo, R$ 1.013,00 além do próprio salário. Isso sem mencionar o pagamento de horas extras, adicional noturno, adicional de insalubridade, periculosidade, etc. bem como os encargos previdenciários e FGTS sobre tais verbas. (MOYA, 2004, p.22).

A partir destas informações o empregador paga em média 100% do salário

nominal do trabalhador em encargos trabalhistas, salvo acordo coletivo de cada

categoria, podendo este índice ser ainda maior.

Segundo Neri (2002) o que diferencia os trabalhadores com e sem carteira de

trabalho assinada é o seu relacionamento com o governo em termos do pagamento

de impostos sobre a folha, especialmente sua contribuição com a previdência social,

pois 95% dos trabalhadores com carteira assinada contribuem com o INSS, já os

trabalhadores informais possuem um índice de apenas 5% que contribuem com o

INSS.

Para Moya (2004) a solução para esta situação seria a elaboração de um

conjunto de medidas, tais como, a flexibilização das normas trabalhistas e a redução

da carga tributária sobre a folha de pagamento. Pois, estes aspectos são

fundamentais para estabelecer o crescimento sustentável da economia brasileira,

mediante a diminuição da informalidade, fortalecimento do consumo e redução do

risco de crédito da população economicamente ativa. Entretanto, mais importante

ainda é que a administração pública renuncie a arrecadação em favor do

contribuinte e aguarde a implementação destas medidas mais ousadas para cumprir

suas obrigações, como por exemplo, a concessão de benefícios previdenciários.

Portanto, a complexidade das leis trabalhistas e seu elevado custo para as

empresas, são algumas das principais razões para elevadas taxas de desemprego,

aumento do trabalho informal e contratação de serviços terceirizados no mercado de

trabalho brasileiro.

12 4. O QUE É TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS?

4.1 O surgimento da terceirização de serviços.

A terceirização de serviços nas empresas não é uma prática recente, pois há

vários anos as empresas buscam parceiros para executar funções através da

prestação de serviços, onde na maioria das vezes as empresas contratadas são

especialistas em determinadas funções e atuam de forma pontual e específica nas

empresas.

De acordo com Druck (apud Hirata, 1998) a terceirização de serviços nasceu

no Japão, onde ocorreu uma situação de discriminação muito grande entre os

próprios trabalhadores; o contingente efetivo, identificado com a empresa, se

diferencia e é diferenciado dos demais subcontratados, até mesmo pela cor dos

uniformes, uso de alas diferentes nos restaurantes, vestiário, etc. Criou-se, assim,

uma divisão entre eles, os de primeira e os de segunda categoria, impossibilitando

uma convivência social e mesmo de identidade de classe entre os operários,

desestruturando os coletivos de trabalho e excluindo a maioria dos 'privilégios' que o

emprego estável possui.

Para Leiria e Saratt (1995) o método de contratar terceiros surgiu nos Estados

Unidos antes da Segunda Guerra Mundial e consolidou-se como técnica de

administração empresarial a partir da década de 50 com o desenvolvimento

acelerado da indústria.

Já para Giosa (2003) a partir da década de 60 até aproximadamente 1989, a

terceirização era conhecida como contratação de serviços de terceiros e vinha

sendo aplicada apenas para reduzir custo de mão-de-obra. As pequenas e médias

empresas mais ágeis, e percebendo o momento de mudança, aproveitaram-se da

situação e começaram a conquistar parcelas significativas do mercado. Mas logo,

as grandes organizações tiveram que buscar novas saídas que as colocassem

novamente no mercado de forma competitiva.

Assim algumas empresas passaram a transferir para terceiros a incumbência pela execução das atividades secundárias. Surge então o outsourcing, expressão em inglês, que significa terceirização, referenciado sempre pela concepção estratégica de implementação (GIOSA, 2003, p.13).

13 4.2 - A terceirização de serviços no Brasil.

A terceirização no Brasil tem sido utilizada primordialmente para reduzir

custos e retirar obrigações trabalhistas das empresas. No entanto, no campo das

relações de trabalho, a terceirização se manifesta de formas distintas: como maneira

de rebaixar a remuneração do trabalho e dos benefícios, sem necessariamente

sonegar a legislação trabalhista; como relação de emprego triangular, utilizando-se

de agências de intermediação de mão de obra, via contratação temporária; “como

forma de mascarar a relação de emprego, por meio da contratação de cooperativas,

pessoas jurídicas, autônomos, trabalho de estagiários; e como expressão da

informalidade” (KREIN, 2007, p. 17).

Segundo Neri (2002) no Brasil, o termo empregado – terceirização – não é

uma tradução literal do empregado em países de língua inglesa – outsourcing – cujo

significado literal é fornecimento vindo de fora. Em português, é possível que

terceirizar tenha como origem a idéia de um trabalho realizado por terceiros, no

sentido amplo em que se usa a expressão como referência a algo feito por outros.

De acordo com Queiroz (1998) a terceirização propriamente dita foi

gradativamente implantada com a vinda das primeiras empresas multinacionais,

principalmente as automobilísticas no início da década de 80. Essas fábricas

adquiriam as peças de outras empresas, guardando para si a atividade fundamental

de montagens de veículos. Neste caso, um dos fatores que determinou a

disseminação do fenômeno da terceirização foi a brutal concorrência entre as

empresas, que foram levadas à especialização, fazendo com que contratassem os

serviços de outras empresas para a realização de atividades não ligadas ao negócio

principal.

Para as empresas brasileiras a redução dos custos do negócio se faz tão

necessária que em grande parte dos processos acaba sendo – ou transparece ser –

o principal objetivo da terceirização. É importante destacar que um dos fatores que

determinou a disseminação do fenômeno da terceirização foi a brutal concorrência

entre as empresas, que foram levadas à especialização, fazendo com que

contratassem os serviços de outras empresas para a realização de atividades não

ligadas ao negócio principal.

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As empresas que tem por atividade a limpeza e conservação são

consideradas pioneiras na terceirização no Brasil, pois existem desde

aproximadamente 1967. De acordo com Martins (2003) em meados dos anos 70, o

trabalho temporário se tornou cada vez mais frequente nas empresas brasileiras,

pois elas buscavam mão de obra mais barata e tentavam burlar a legislação

trabalhista que garantia alguns benefícios ao trabalhador. E foi neste contexto que

surgiu a primeira norma que tratou efetivamente de terceirização de serviços,

embora não tivesse este nome declarado – Lei n. 6.019, de janeiro de 1974, que

regulou a prática do trabalho temporário nas empresas.

4.3 Conceituando a terceirização.

A terceirização de serviços é o processo pelo qual uma empresa deixa de

executar uma ou mais atividades realizadas por trabalhadores diretamente

contratados por ela e as transfere para outra empresa. Este é um fenômeno das

sociedades capitalistas e, apesar de conservar características gerais que se

reproduzem em todos os países nos quais é adotada, apresenta particularidades

nas diferentes localidades onde se desenvolve.

Para conceituar o tema terceirização é preciso conhecer os conceitos de

emprego e empregador para que se elabore exclusão, os limites jurídico-

trabalhistas da chamada relação.

Conforme aponta Neri (2002, p.41) o art. 2° da CLT : “considera-se

empregador a empresa individual ou coletiva que, assumido os riscos da atividade

econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços”. Já o artigo

3° da CLT: “considera-se empregado toda pessoa físi ca que prestar serviço de

natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste mediante salário”.

Dessa definição legal, obtêm-se quatro requisitos para a caracterização do

empregado: É necessário ser pessoa física (pessoalidade), não eventual (não

eventualidade da prestação), ser subordinado (dependência hierárquica), receber

salário (remuneração) e prestar os serviços pessoalmente (contrato intuitu

personae).

15 Conforme aponta Giosa (2003) o processo de terceirização está associado à

focalização, que é a estratégia das empresas de concentrar suas atividades naquilo

que é o foco principal do negócio, facilitando a gestão empresarial e diminuindo

assim a diversidade das formas de organização da produção e do trabalho. Com a

terceirização as empresas têm condições de reduzir custos e melhorar o

desempenho e a qualidade, vez que elas realizam um menor número de processos

o que é importante para enfrentar a concorrência.

De modo geral a “terceirização tem entre suas principais justificativas o

caráter econômico, que é permitir a focalização da produção em busca do aumento

da produtividade, da qualidade e redução de seus custos totais” (QUEIROZ, 1998,

p.29).

Para Neri (2002) há duas formas não excludentes de terceirização. Na

primeira, a empresa deixa de produzir bens ou serviços utilizados para a confecção

de seus produtos e passa a comprá-los de uma ou mais empresas diferentes, o que

provoca a desativação parcial ou total de setores que anteriormente funcionavam no

seu interior. A outra forma é a contratação de uma ou mais empresas para executar,

dentro da “empresa-mãe”, tarefas anteriormente realizadas por trabalhadores

contratados diretamente. Essa segunda forma de terceirização pode referir-se tanto

a atividade-fim como a atividade-meio. Entre as últimas podem estar, por exemplo,

limpeza, vigilância, alimentação.

Diante deste quadro, a terceirização surge como instrumento e/ou alternativa

eficiente para tornar as empresas mais flexíveis, enxutas e principalmente, mais

competitivas.

Segundo Giosa (2003) a mudança no contexto externo, a concorrência

acirrada, o encarecimento do capital disponível para financiamentos e um

consumidor cada vez mais consciente de seus direitos, fez com que as empresas

repensassem suas formas de organização, mudando suas estruturas operacionais,

ocasionando assim uma reestruturação empresarial.

Neste contexto se apresenta favorável a prática da terceirização, onde a

transferência de atividades burocráticas a terceiros tem se revelado uma estratégia

de sucesso. Ao transferir a terceiro determinadas atividades, como alimentação dos

funcionários, manutenção e limpeza, conservação de máquinas e veículos,

16 transporte, entre outros que não constituem a atividade principal da empresa, esta

terá grandes ganhos de produtividade, de qualidade e redução de custos.

Para Pagnoncelli (1997) existem quatro fundamentos para a terceirização:

a) Tamanho: uma decisão estratégica – a reestruturação da empresa em relação ao

seu tamanho é decisão estratégica no processo de terceirização, comportando duas

regras: as atividades- meio devem ser subcontratadas e, ao invés das pessoas

procurarem pelas empresas, estas é que devem ir até os consumidores;

b) Terceira onda: para onde nos leva? – representa a transferência do trabalho para

onde as pessoas se encontram, pois, com o avanço tecnológico, o sistema industrial

tradicional é substituído pela sociedade da informação;

c) Vantagem competitiva através da especialização – com a execução somente da

atividade-fim as empresas tem mais tempo e condições de oferecer seus serviços e

produtos com maior qualidade, tronando-se, assim mais competitiva no mercado;

d) Flexibilidade para sobreviver no futuro – para garantir a sobrevivência no mercado,

as empresas devem buscar uma administração estratégica flexível, terceirizando o

maior número possível de serviços.

De acordo com Giosa (2003) terceirizar é saudável, é estratégico, é negocio e

agiliza. Ela garante que a empresa se volte para sua missão básica, onde todas as

suas operações serão adequadas a um modelo diferenciado de administração.

Para Delgado (2003) pode-se compreender a terceirização como relação

trilateral que possibilita à empresa tomadora de serviços (“empresa cliente”)

descentralizar e intermediar suas atividades acessórias (atividades-meio), para

empresas terceirizantes (“empresa fornecedora”), pela utilização de mão de obra

terceirizada (“emprego terceirizado”), o que, do ponto de vista administrativo, é tido

como instrumento facilitador para a viabilização da produção global, vinculada ao

paradigma da eficiência nas empresas.

Segundo Castro (2000) terceirização é uma moderna técnica de

administração de empresas que visa ao fomento da competitividade empresarial

através da distribuição de atividades acessórias a empresas especializadas nessas

atividades, a fim de que possam concentrar-se no planejamento, na organização, no

controle, na coordenação e na direção da atividade principal das empresas.

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Na terceirização uma empresa, mediante contrato, entrega a outra certa

tarefa para que a realize, através de seus empregados. Através da terceirização

uma empresa desconcentra suas atividades, atribuindo a terceiros a execução de

determinadas atividades secundárias. É um procedimento adotado no intuito de

reduzir os custos e aumentar a lucratividade e a competitividade.

Para Giosa (2003) a terceirização é a tendência de transferir para terceiros

atividades que não fazem parte do negócio principal da empresa. Nesta prática, as

empresas contratadas são denominadas como parceiras e executam funções dentro

das organizações, mas em essência são empresas autônomas e independentes.

Para tal, o conceito de parceria é entendido em uma visão de relacionamento

comercial, reflete uma relação de extrema confiança entre a contratante e a

contratada.

De acordo com Martins (2003) a terceirização consiste na possibilidade de

contratar terceiro para a realização de atividades que não constituem objeto principal

da empresa. Esclarece o autor que essa contratação pode envolver tanto a

produção de bens como serviços, como ocorre na necessidade de contratação de

serviços de limpeza, vigilância ou até de serviços temporários.

Assim, do prisma empresarial, o desenvolvimento de novas técnicas de

administração para melhor gestão de negócios, consequentemente, com redução de

custos e aumento da lucratividade através do aumento da produção, “alimenta cada

vez mais a contratação de serviços prestados por outras empresas, ao invés da

contratação de novos empregados, os quais poderiam até gerar problemas

trabalhistas” (NASCIMENTO, 2001, p. 174).

Buscando unificar conceitos, pode-se concluir que a terceirização é uma

forma de contratação de mão de obra especializada em atividade não essencial,

porém relevante para a empresa tomadora de serviços, a fim de que esta possa

concentrar suas “forças” nas atividades-fim da empresa, buscando melhores

resultados de produção, menor custo e maior lucratividade.

18 5. A TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS NA PRÁTICA.

5.1 Aspectos positivos da terceirização de serviços .

A adoção pela terceirização traz diversas vantagens para as empresas, pois

elas podem focalizar sua atenção na sua área de atuação específica e, por

conseguinte, obtém ganhos de competitividade no mercado.

Dentre as vantagens da terceirização Giosa (2003) destaca a redução de

custos, pois os tomadores de serviços reduzem o quadro de empregados, com isto,

carecem de menos espaço físico, tem menos preocupação com a qualificação dos

trabalhadores e percebe a gradativa redução das despesas com encargos

previdenciários e trabalhistas.

Conforme aponta Lacombe e Heliborn (2003) a redução de pessoal permite

uma redução proporcional no pessoal de apoio, especialmente nas áreas de pessoal

e serviços administrativos. Isto diminui os custos fixos e, consequentemente, os

riscos do negócio.

Quando as empresas conseguem reduzir seus custos, elas podem empregar

seus recursos em tecnologia e desenvolvimento, o que, consequentemente a torna

mais preparada frente à concorrência.

A terceirização também propicia a criação de novas empresas e com elas

novos empregos, e em contrapartida, aumenta a arrecadação de impostos, como o

ISS na área de serviços, o que também é mais interessante para o próprio governo.

Há fomento de criação de novas empresas, inclusive do trabalho autônomo,

trazendo o aumento de profissionais no mercado.

No primeiro momento, não se pode negar a existência da supressão de empregos, mas, num contexto geral, se a terceirização proporcionar resultados positivos na empresa, haverá melhoria geral para a sociedade, inclusive com a geração de vantagens sociais, pois com o aumento de competitividade serão gerados novos postos de trabalho, formando-se inclusive novas categorias, contribuindo também para o desenvolvimento das relações entre capital e trabalho (MARTINS, 2003, p. 46-47).

Os empresários encontram na terceirização uma forma de diminuir os

encargos trabalhistas e previdenciários, pois quando terceirizam serviços deixam de

19 ter responsabilidade de custear a folha de pagamento deste pessoal e os custos

inerentes a ela.

De acordo com Martins (2003) a empresa que optar pela terceirização de

serviços poderá concentrar seus recursos e esforços na sua própria área produtiva,

na área em que é especializada. Trata-se de um processo de transferência para

terceiros especializados, que têm a incumbência da realização de atividades

acessórias ou de apoio, liberando a empresa tomadora para maior aperfeiçoamento.

Neste sentido, a empresa poderá seu trabalho em incremento da

produtividade e na qualidade do produto ofertado ao cliente, reduzindo inclusive,

custos com treinamentos e qualificação de seus profissionais.

Com a busca pela melhoria da produtividade e da qualidade do produto as

empresas podem alcançar custos mais baixos e consequentemente maior

competitividade. Também através do processo da terceirização, a empresa pode

sofrer uma reestruturação, suprimindo ambientes ociosos, diminuindo custos fixos e

eliminando desperdícios.

5.2 Aspectos negativos da terceirização de serviços .

Dentre os aspectos negativos da terceirização esta a possibilidade da queda

da qualidade dos serviços prestados que ficam a cargo da empresa terceirizada, de

maneira que, possuindo dependência total da empresa tomadora de serviços, pode

se apresentar em situação de falência, por exemplo, e vir a comprometer a atividade

da tomadora.

De acordo Martins (2003, p.46) “um dos principais riscos da terceirização é

contratar empresas inadequadas para realizar os serviços, sem competência e

idoneidade financeira, pois poderão advir problemas principalmente de natureza

trabalhista” Outro risco é o de pensar a terceirização apenas como forma de reduzir

custos. Se esse objetivo não for alcançado, ou no final a terceirização não der certo,

implicará no desprestígio de todo o processo.

Já como desvantagem ao trabalhador está diminuição, ou até mesmo a

extinção do emprego duradouro, no qual tinha remuneração certa por mês,

passando a incerta, além da perda do benefícios sociais decorrentes do contrato

20 de trabalho e das normas coletivas da categoria e também o custo das demissões

que ocorrem na fase inicial.

Por outro lado, Castro (2000) destaca que o desligamento de empregados

para a formação de empresas prestadoras de serviços representa um risco para as

empresas, pois tal medida pode ensejar a desconsideração de contratos civis de

prestação de serviços firmados com ex-empregados, para determinar como contrato

de trabalho, reconhecendo-se o vínculo empregatício.

Recentemente a terceirização tem gerado para as empresas problemas de

natureza trabalhista, “seja porque o próprio terceiro reclama o reconhecimento do

vinculo empregatício, ou porque, os empregados do terceiro, em face da

inadimplência deste, reclamam do tomador de serviços seus direitos trabalhistas”

(IORIO, 1996, p.37).

Ao optar por terceirizar serviços às empresas se dispõem a ter um parceiro

realizando atividades que dizem respeito a sua empresa e por essa razão devem

acompanhar todo o processo de trabalho da terceirizada, pois ainda que tenha um

contrato de prestação de serviços regulando esta relação, a empresa contratante

pode ser a maior prejudicada em situações de conflito.

21 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

A terceirização de serviços está hoje inserida nos conceitos da administração,

sendo muitas vezes alternativa de sobrevivência para empresas que a utilizam como

mecanismo de redução de despesas, especialmente redução de custos com a mão

de obra.

Com a terceirização as empresas podem obter muitos benefícios, podem se

tornar mais ágeis, eficientes, ganharem em qualidade e competitividade no mercado,

pois ao terceirizar alguns serviços as empresas podem focar seu trabalho

exclusivamente na atividade-fim da empresa, ou seja, quando uma empresa de

confecção terceiriza seu departamento de segurança, ela esta optando por focar sua

atenção em fabricar roupas, deixando para a terceirizada a responsabilidade de

recrutar, contratar e gerenciar os profissionais e os equipamentos de segurança.

No entanto, pontos negativos da terceirização também são vivenciados

quando se percebe a falta de compromisso dos funcionários terceirizados com a

filosofia e política da empresa ou quando ocorre a contratação de empresas que não

são idôneas e consequentemente toda a responsabilidade jurídica e trabalhista do

trabalho fica a cargo da empresa contratante. Isso pode ocorrer também quando se

contrata profissionais libeirais ou autonomos para executar atividades temporárias

na empresa.

Para o empregado da empresa prestadora de serviços há muitas

desvantagens, como a inexistência das relações trabalhistas, pois os empregados

perdem a possibilidade de acesso à carreira e ao salário da categoria, situação que

se agrava quando os trabalhadores exercem atividades nas mesmas condições e ao

lado de empregados registrados pela tomadora. Pode ocorrer também a

inviabilização de uma maior relação no ambiente de trabalho, porque são vinculados

a uma empresa, mas estão dispersos em várias tomadoras de serviços,

enfraquecendo o convívio e as ações coletivas da ação sindical, sobretudo os

movimentos grevistas e rebaixamento da força de trabalho em função da

terceirização.

Outro fator importante para o aumento da terceirização de serviços está nos

elevados custos que a contratação e manutenção de um funcionário representa para

22 as empresas no Brasil, pois cerca de 100% do salário nominal do trabalhador é

destinado ao pagamento de impostos e encargos, além de custear benefícios

exigidos pela legislação trabalhista. Sendo assim, verifica-se uma tendência a

diminuição do emprego formal, onde as empresas pretendem reduzir seus custos e

responsabilidade frente à complexidade das atuais leis trabalhistas, evitando

diretamente as ações judiciais que podem ocorrer entre empregadores e

trabalhadores.

Nesse sentido, a propagação da terceirização de serviços nas empresas ao

mesmo tempo em que diminui gastos com a força de trabalho, também promove a

divisão entre os trabalhadores, dentre muitos outros aspectos negativos para a

empresa. Sendo amparada por uma legislação ambígua (baseada nos vagos

conceitos de atividade-fim e atividade-meio), a terceirização faz agravar o

desemprego e a proporciona a dissolução da forma legal de trabalho.

Por todas as razões apresentadas, conclui-se que implantar um programa de

terceirização pode ser um instrumento benéfico a ser utilizado pelas empresas, a fim

de que tenham perfil para que sejam competitivas em um mercado globalizado,

concentrando-se naquilo que ela faz melhor. No entanto, deve ser pensado e

implantado em meio a um planejamento estratégico pautado na análise de todas as

variáveis do processo, buscando sempre melhoria e aprimoramento da gestão

empresarial.

23

REFERÊNCIAS

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