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Destaques Boletim editado pela Assessoria de Imprensa da Reitoria n o 61, 05 de Jun. 2012 USP declara mais de mil hectares de seus campi como reservas ecológicas Medida publicada em portaria reitoral estabelece 23 áreas, que serão objeto de conservação, restauração e pesquisas M ais de 11 milhões de metros quadrados de áreas verdes, localizadas nos campi da USP em São Paulo, Pirassununga, São Carlos, Lorena, Ribeirão Preto e Piracicaba, acabam de ser declarados como reservas ecológicas. De acordo com a portaria nº 5.648, de 5 de ju- nho de 2012, assinada pelo reitor João Gran- dino Rodas, “ficam declaradas em caráter de preservação permanente e destinadas apenas à conservação, restauração, pesquisa, exten- são e ao ensino, as áreas situadas nos campi da Universidade de São Paulo, denominadas Reservas Ecológicas da USP”. Ao todo, serão 1.116 hectares referentes a 23 áreas localizadas nos seis campi: duas na Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, em um total de dois hectares; 13 no campus de Pirassununga, perfazendo 800 hec- tares; três em São Carlos, somando 35 hecta- res; uma em Lorena, com seis hectares; duas em Ribeirão Preto, com 98 hectares; e duas no campus de Piracicaba, totalizando 22 hectares. Nesta localidade, além das duas áreas, ficam incluídas as áreas de reserva legal e preserva- ção permanente já existentes, com 153 hecta- res. O montante de áreas declaradas como re- servas ecológicas nos campi representa ini- ciativa inédita da Universidade nos últimos quarenta anos. A única vez que uma área foi declarada como reserva na USP foi na déca- da de 70. O local fica próximo ao Instituto de Biociências (IB), na Cidade Universitária, e tem extensão de 10,2 hectares. A condição de re- serva propiciou grande número de pesquisas, aulas de campo e, hoje, passa por processo de recuperação natural da floresta, que se encon- trava parcialmente degradada. “Na atual gestão, a USP avançou no cui- dado do meio ambiente graças a duas impor- tantes ações: pela determinação, conforme portaria nº 5.931, de 19/07/11, de que as ati- vidades de cunho ecológico já existentes e a serem criadas na Universidade ficassem sob a supervisão do superintendente de gestão am- biental; que redundou, em fevereiro de 2012, na criação da Superintendência de Gestão Ambiental, pelo Conselho Universitário; e na declaração de cerca de mil hectares de seus campi como reservas ecológicas, que propicia- rá, tanto à atual geração, quanto às vindouras, local ímpar para o desenvolvimento de ensino e pesquisa, bem como para o lazer ambiental”, destaca o reitor. Cerrado A maioria das recém-declaradas reservas ecológicas é composta por fragmentos de flo- restas e cerrados, que ainda mantêm integri- dade estrutural e funcional. Há áreas que se encontram menos preservadas e que serão objeto de trabalhos de restauração, como, por exemplo, a floresta de Ribeirão Preto que, em 2011, teve grande parte de sua extensão afe- tada por um incêndio. A USP tem competência em restauração de ecossistemas e realizará, a partir de 28 de junho, um seminário interna-

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DestaquesBoletim editado pela Assessoria de Imprensa da Reitoriano 61, 05 de Jun. 2012

USP declara mais de mil hectares de seus campi como reservas

ecológicasMedida publicada em portaria reitoral estabelece 23 áreas, que

serão objeto de conservação, restauração e pesquisas

Mais de 11 milhões de metros quadrados de áreas verdes, localizadas nos campi da

USP em São Paulo, Pirassununga, São Carlos, Lorena, Ribeirão Preto e Piracicaba, acabam de ser declarados como reservas ecológicas. De acordo com a portaria nº 5.648, de 5 de ju-nho de 2012, assinada pelo reitor João Gran-dino Rodas, “ficam declaradas em caráter de preservação permanente e destinadas apenas à conservação, restauração, pesquisa, exten-são e ao ensino, as áreas situadas nos campi da Universidade de São Paulo, denominadas Reservas Ecológicas da USP”.

Ao todo, serão 1.116 hectares referentes a 23 áreas localizadas nos seis campi: duas na Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, em um total de dois hectares; 13 no campus de Pirassununga, perfazendo 800 hec-tares; três em São Carlos, somando 35 hecta-res; uma em Lorena, com seis hectares; duas em Ribeirão Preto, com 98 hectares; e duas no campus de Piracicaba, totalizando 22 hectares. Nesta localidade, além das duas áreas, ficam incluídas as áreas de reserva legal e preserva-ção permanente já existentes, com 153 hecta-res.

O montante de áreas declaradas como re-servas ecológicas nos campi representa ini-ciativa inédita da Universidade nos últimos quarenta anos. A única vez que uma área foi declarada como reserva na USP foi na déca-da de 70. O local fica próximo ao Instituto de Biociências (IB), na Cidade Universitária, e tem extensão de 10,2 hectares. A condição de re-

serva propiciou grande número de pesquisas, aulas de campo e, hoje, passa por processo de recuperação natural da floresta, que se encon-trava parcialmente degradada.

“Na atual gestão, a USP avançou no cui-dado do meio ambiente graças a duas impor-tantes ações: pela determinação, conforme portaria nº 5.931, de 19/07/11, de que as ati-vidades de cunho ecológico já existentes e a serem criadas na Universidade ficassem sob a supervisão do superintendente de gestão am-biental; que redundou, em fevereiro de 2012, na criação da Superintendência de Gestão Ambiental, pelo Conselho Universitário; e na declaração de cerca de mil hectares de seus campi como reservas ecológicas, que propicia-rá, tanto à atual geração, quanto às vindouras, local ímpar para o desenvolvimento de ensino e pesquisa, bem como para o lazer ambiental”, destaca o reitor.

Cerrado

A maioria das recém-declaradas reservas ecológicas é composta por fragmentos de flo-restas e cerrados, que ainda mantêm integri-dade estrutural e funcional. Há áreas que se encontram menos preservadas e que serão objeto de trabalhos de restauração, como, por exemplo, a floresta de Ribeirão Preto que, em 2011, teve grande parte de sua extensão afe-tada por um incêndio. A USP tem competência em restauração de ecossistemas e realizará, a partir de 28 de junho, um seminário interna-

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cional sobre o tema, com atividades teóricas e práticas, nos campi de São Paulo, Pirassunun-ga e Ribeirão Preto.

No campus de São Paulo, uma das áreas declaradas como reserva, que fica entre o IB e o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), pos-sui vegetação de campo cerrado, que cobria uma pequena porção da metrópole antes da urbanização.

Segundo o superintendente de Gestão Am-biental da Universidade, Welington Braz Carva-lho Delitti, “o objetivo é estabelecer as áreas de conservação da fauna, flora e processos ecoló-gicos em relação às demandas da Universida-de, conservando e restaurando, ao máximo, a biodiversidade nativa dos campi. Pretende-se estabelecer bases para o manejo integrado dos recursos da USP em um cenário com diversas demandas de espaço”. Essas reservas devem ser objeto de inúmeras ações acadêmicas nos próximos anos, resultando em dissertações, te-ses e trabalhos de iniciação científica, além de atividades de ensino e extensão.

“Às vésperas da Conferência Rio+20 [Con-ferência das Nações Unidas sobre Desenvolvi-mento Sustentável, que se realizará entre 20 e 22/06], a USP reafirma seu papel de liderança na gestão integrada de recursos, conciliando seu desenvolvimento com a conservação, de tal forma que a criação das reservas transcen-de os limites da Universidade e transforma-se em exemplo e mensagem educativa para a so-ciedade”, pondera Delitti.

Delimitação e gestão

Após a portaria do reitor, o próximo passo para que se estabeleçam as reservas ecológi-cas será a elaboração de documentos técnicos. Essa tarefa estará a cargo das Superintendên-cias de Gestão Ambiental e do Espaço Físico, juntamente com as Prefeituras dos campi. O trabalho consistirá no levantamento topográ-fico e no mapeamento das futuras reservas. Durante o processo, outras áreas poderão ser

incluídas. O prazo para a conclusão da docu-mentação é de, no máximo, 180 dias.

A partir da conclusão da documentação téc-nica, será formado um Conselho Gestor Multi-disciplinar, que irá elaborar um plano de mane-jo das reservas ecológicas. Os planejamentos farão parte dos Planos Diretores Socioambien-tais, que deverão ser desenvolvidos em toda a USP, seguindo um modelo já estabelecido na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Quei-roz” (Esalq), em Piracicaba. O Conselho Gestor Multidisciplinar terá regimento próprio e seus membros serão designados pelo reitor. A no-meação será divulgada em portaria específica.

Reserva ecológica

A Superintendência de Gestão Ambiental

A Superintendência de Gestão Ambien-tal foi criada, pelo Conselho Universitário, em fevereiro de 2012 e tem como compe-tências planejar, implementar, manter e promover a sustentabilidade nos campi da USP. Entre os programas desenvolvidos, destacam-se: - USP Recicla, que está sendo reestrutura-do; - Desenvolvimento de Planos Diretores So-cioambientais para todos os campi da USP; - Manejo de áreas silvestres;- Apoio à pesquisa, ensino e extensão diri-gidos à sustentabilidade.Segundo o superintendente da área, We-lington Braz Carvalho Delitti, estão sendo formados, dentro da estrutura da Supe-rintendência, o Conselho de Gestão Am-biental da USP, com a missão de discutir, sugerir e opinar sobre os projetos e deman-das apresentados à Superintendência; e a Rede Acadêmica de Sustentabilidade, que deverá congregar pesquisadores, laborató-rios, cursos e atividades de extensão foca-dos no tema, que passarão a receber, prio-ritariamente, apoio da Superintendência.

Exp

edie

nte

Reitor: João Grandino Rodas; Vice-Reitor: Hélio Nogueira da Cruz; Pró-Reitora de Graduação: Telma Maria Tenório Zorn; Pró-Reitor de Pós-Graduação: Vahan Agopyan; Pró-Reitor de Pesquisa: Marco Antônio Zago; Pró-Reitora de Cultura de Extensão Universitária: Maria Arminda do Nascimento Arruda; Vice-Reitor Executivo de Administração: Antonio Roque Dechen; Vice-Reitor Executivo de Relações Internacionais: Adnei Melges de Andrade; Chefe de Gabinete: Alberto Carlos Amadio; Procurador Geral: Gustavo Ferraz de Campos Mônaco; Secretário Geral: Rubens Beçak;

Superintendente de Assistência Social: Waldyr Antonio Jorge; Superintendente de Comunicação Social: Alberto Carlos Amadio; Superintendente do Espaço Físico: Antonio Marcos de Aguirra Massola; Superintendente de Gestão Ambiental: Wellington Braz Carvalho Delitti; Superintendente Jurídico: Luis Camargo Pinto de Carvalho; Superintendente de Relações Institucionais: Wanderley Messias da Costa; Superintendente de Saúde: Marcos Boulos; Superintendente de Segurança: Luiz de Castro Júnior; Superintendente de Tecnologia da Informação: Gil da Costa Marques.

Este boletim é uma publicação da Assessoria de Imprensa da Reitoria www.imprensa.usp.br / e-mail: [email protected].