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DESVIOS NA PAISAGEM Pedro Victor Brandão

Desvios na Paisagem | Pedro Victor Brandão

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Catálogo de obras da exposição individual 'Desvios na Paisagem', de Pedro Victor Brandão. Portas Vilaseca Galeria. Setembro de 2012.

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DESVIOS NA PAISAGEM

Av Ataulfo de Paiva_1079_loja 109_subsolo | Leblon_RJ | 21 2274-5965www.portasvilaseca.com.br

Pedro Victor Brandão

INAUGURAÇÃO05 de Setembro 2012 [quarta-feira] 19h [EXPOSIÇÃO06 de Setembro a 06 de outubro [seg a sex] 11-19h [sáb] 11-14h[

24cm

15cm

24cm

15cmFRENTE

VERSO

Sangramento

Desvios na Paisagem

A exposição apresenta sentidos pictóricos a partir de alterações nos procedimentos do sistema fotográfico, trazendo o olhar do públi-co para paisagens criadas em tempos dilatados. Há o desvio do domínio do visível de seu aspecto objetivo. O conjunto de séries aponta para questionamentos sobre permanência, urbanidade seletiva, visibilidade, acaso e a natureza manipulável da imagem técnica hoje. Os trabalhos foram desenvolvidos entre 2008 e 2012 e são parte de uma pesquisa maior sobre os diversos processos de geração, construção e entendimento das imagens. A observação do entorno se dá como processo contínuo e o uso da fotografia e seus dispositivos constroem campos de significação entre visualidade e memória.

Duas das cinco séries mostradas levam em conta o acaso em seus motivos de criação. Dupla paisagem é apresentada aqui em três dípticos. Cada um deles compreende um lapso de tempo de dez anos, em que o ano inicial é a data da captura da imagem e o ano final corresponde ao ano em que o filme foi revelado e teve suas cópias ampliadas. Nesse período de latência, colônias de mofo foram cultivadas dentro das bobinas. Essa série é como um engenho contaminado em que traços do passado são sobrepostos por essa variável biológica, produtora de resultados imprevisíveis: rizomas nas paisagens-teste (lua ou sol, céu, encosta de morro, e alguns fotogramas velados) des-figuram totalmente o sentido indicial, numa ocupação caótica planejada, mas não controlada.

Outro procedimento auto-organizado é utilizado para criar Vista para o nada. Mostro duas imagens dessa série em que a sugestão de paisagem pode levar o leitor a imaginar possíveis cenas. Não há nenhum instante retratado. A imagem surge da interação de um líquido revelador entre um negativo e um positivo de filmes fotográficos instantâneos vencidos e previamente velados pela luz. Com originais de 9x12 cm, paisagens químicas tomam dimensões fractais ao serem ampliadas em até 1400%.

Do químico para o numérico, a série Não Civilizada também estreita os laços da fotografia com a pintura num momento de realização liquefeita em bits. Em nove impressões quero lembrar que a arquitetura também tem seus prazos de validade. São paisagens de um tempo que nunca existiu, ainda que seja verossímil. Qualquer traço de ocupação civilizatória é removido numa operação de ressíntese, compilada por um plugin; e aplicada como uma série de retoques em que busco construir a visibilidade de uma ordem inexistente (tanto num passado não habitado ou num futuro distante, já sem ruínas).

clock_gettime(CLOCK_REALTIME, &perf_tmp); perf_edge_points -= perf_tmp.tv_nsec + 1000000000LL*perf_tmp.tv_sec;

// fill edge_points with points that are near already filled points // that ensures inward propagation // first element in pair is complexity of point neighbourhood vector<pair<int, Coordinates>> edge_points(0);

get_edge_points(data_points, edge_points); size_t edge_points_size = edge_points.size();

(Um trecho do código do algoritmo Resynthesizer)

Essa série reflete sobre a ordem urbana atual aplicada com o choque, definindo uma urbanidade sem margens, como se todas as subjetividades tivessem que passar por um centro de operações. O uso e o entendimento dos espaços urbanos são condicionados à cri-ação de uma imagem de estabilidade falsa, tão virtual quanto os retoques processados digitalmente.

Também pensando nos processos de apagamento, desenvolvo desde 2010 a série Curta, composta por fotografias não fixadas e expostas à luz ultravioleta, partindo de uma investigação sobre perenidade e esgotamento de práticas sociais persistentes no contemporâ-neo. O suporte fotográfico que se deteriora com agilidade serve como metáfora para a incerteza (ou desconfiança) dos conceitos impressos nele. Na imagem apresentada aqui abro o escopo dessa série para a discussão sobre territórios especulados. Na imagem, temos uma vista do centro da cidade de dentro do Museu do Amanhã, empreendimento importado como uma nave hipertecnológica que, quando estiver pronta, promete levar o espectador para o futuro ano de 2061. Este museu é icônico para a operação urbana consorciada “Porto Maravilha”, atualmente tida como a maior parceira público-privada da América Latina.

A chamada “requalificação urbana” associa empreiteiras e um banco federal a várias esferas da administração pública municipal e as novas características da região serão definidas exclusivamente pelo mercado imobiliário, levando em conta a expulsão de moradores pobres para garantir a permanência frente ao mar de uma elite de novos moradores-proprietários, além de turistas extasiados que chegam de navio. Títulos de investimento imobiliário aquecem o mercado numa legítima venda do espaço público, ao mesmo tempo em que novas ruínas se anunciam. Uma vez completamente apagada, a imagem funciona como signo frágil do que foi um presente de comodificação de um território público.

Por último, exponho instantes de queda iminente, congelados em WYBINWS (traduzido como “o que você compra não é o que você vê”). Esse título vem de uma brincadeira com o acrônimo WYSIWYG (o que você vê é o que você obtém), que em computação, caracteriza toda e qualquer interface de software amigável, em que a edição de um determinado usuário faz na tela corresponde ao resultado final do arquivo. Atrás de uma película refratora aproveitada de monitores quebrados estão cenas em que a força da gravidade é determinante. A película impede que as pequenas fotografias sejam vistas de frente. Sem um esforço de visão periférica, um observador apressado pode somente perceber um suporte precário. Talvez haja aí uma negação ao poder de sedução da imagem para contestar seu lugar num mercado de ambiguidades.

Todas as cinco séries criam uma demanda de leitura. Procuro verter tempos e espaços para confundir a pura objetividade fotográfica e apontar a desconstrução do instante. Deixando de lado as realidades que a fotografia poderia confirmar, junto com suas capacidades rep-resentativas, busco fazer o leitor atentar com mais cuidado para os defeitos e qualidades sutis das imagens e dos imaginários que o cercam.

Pedro Victor BrandãoSetembro de 2012

Série Dupla Paisagem

Série de impressões autônomas feitas a partir de uma colônia de mofo que foi cultivada em filmes que esperam 10 anos para ser revelados. Um espaço biológico é contraposto a um tempo instantâneo.

S/ título #3 e #4 (2000-2010)Impressão em gelatina e prata com viragem em selênio (Papel Ilford Multigrade Deluxe MDG.M44 Pearl)Díptico50 x 75 cm (cada imagem)Edição de 3 + 1PACópia 1/32010

S/ título #5 e #6 (2001-2012)Impressão em gelatina e prata com viragem em selênio (Papel Ilford Multigrade Deluxe MDG.M44 Pearl)Díptico50 x 75 cm (cada imagem)Edição de 3 + 1PACópia 1/32010

S/ título #7 e #8 (2001-2012)Impressão em gelatina e prata com viragem em selênio (Papel Ilford Multigrade Deluxe MDG.M44 Pearl)Díptico50 x 75 cm (cada imagem)Edição de 3 + 1PACópia 1/32012

Série WYBINWYS (O que você compra não é o que você vê)

Um artifício ótico faz com que essa série de imagens só possa ser acessada por seus cantos, nunca de frente. Uma reflexão sobre disponibilidade e construção de imaginários a partir de imagens “congeladas” por rápidas velocidades.

O título WYBINWYS é acrônimo para what you buy is not what you see, em português, o que você compra não é o que você vê, aludindo às origens do processamento linguístico de dados em computadores e à criação de itens virtuais de consumo.

PuloMadeira, película refratora, acrílico, parafusos de aço e fotografia em gelatina e prata16 x 20 x 2,5 cmCópia única2012

DesmoronamentoMadeira, película refratora, acrílico, parafusos de aço e fotografia em gelatina e prata24,5 x 14,5 x 2,5 cm Cópia única2012

ChuvaMadeira, película refratora, acrílico, parafusos de aço e fotografia em gelatina e prata26 x 15 x 2,5 cmCópia única2012

QuedaMadeira, película refratora, acrílico, parafusos de aço e fotografia em gelatina e prata27 x 18,5 x 3 cmCópia única2012

Série Vista Para o Nada

Usando a polaróide, crio uma imagem abstrata: uma paisagem química que dimensiona a pintura auto-organizada.

Sem Título #4C-print (Papel Fuji Crystal Archive Type II Matte)126x166 cmEdição de 3 + 1 PACópia 1/32012

Sem Título #1C-print (Papel Fuji Crystal Archive Type II Matte)80 x 60 cmEdição de 10 + 1 PACópia 1/102008

Sem Título #5C-print (Papel Fuji Crystal Archive Type II Matte)80 x 60 cmEdição de 10 + 1 PACópia 1/102012

Série Curta

Sem Título #3.1 (Territórios especulados - Porto Maravilha)Impressão em gelatina e prata não fixada, exposição à luz UV, tempo(Papel Ilford Multigrade Deluxe MDG.M44 Pearl)100 x 100 cmcópia única2012

A série Curta trata de incongruência documental, fotodegradação e de iminentes quedas/ transformações em práticas sociais contemporâneas. Os processos fotoquímicos em haletos de prata e outros sais que ainda praticamos hoje trazem uma rotina química em soluções líquidas de reveladores, interruptores, branqueadores e fixadores (com viragens metálicas opcionais). Uma lavagem final deixa o papel impresso sem resíduos.

Nego o domínio da ferramenta e pulo as etapas da fixação e lavagem da imagem. Quando expostas à luz em altas cargas de raios ultra-violeta (preferencialmente o sol, mas lâmpadas emissoras especiais também podem ser usadas), as fotos continuam a reagir quimicamente, fazendo o papel oxidar e apresentar ao final de um tempo variável uma perda total da ima-gem ( fato que reporta ao futuro de todas as imagens).

Estendo simbolicamente essa degradação aos conceitos impressos nessas superfícies. São dinâmicas sociais e existenciais que vejo em franca obsolescência, como a memória cibernética e suas crises temporárias, em que dados são fluxos que podem ser interrompidos; os direcionamentos dados por leis que regulam o direito do autor em diferentes momentos da história; o entretenimento industrial apoiado em sistemas de propaganda, entre outros direcionamentos de nossa cultura que em qualquer momento presente podem se esvair de sentido como as imagens que desaparecem.

Série Não Civilizada

Nesta série, reconstruo paisagens “originais” digitalmente. Uma busca por imagens que não exisitiram em tempo nenhum.

Leme #1Impressão em jato de tinta (Ultrachrome K3) sobre papel de algodão (Hanhe mülhe Photo Rag 308)20 x 25 cm Edição de 5 + 1 PAcópia 1/52010

Corcovado #1Impressão em jato de tinta (Ultrachrome K3) sobre papel de algodão (Hanhe mülhe Photo Rag 308)20 x 25 cm Edição de 5 + 1 PAcópia 1/52010

Lagoa Rodrigo de Freitas #1Impressão em jato de tinta (Ultrachrome K3) sobre papel de algodão (Hanhemülhe Photo Rag 308)25 x 20 cm Edição de 5 + 1 PAcópia 1/52010

Botafogo #1Impressão em jato de tinta (Ultrachrome K3) sobre papel de algodão (Hanhe mülhe Photo Rag 308)20 x 25 cm Edição de 5 + 1 PAcópia 1/52010

Corcovado #4Impressão em jato de tinta (Ultrachrome K3) sobre papel de algodão (Hahnemülhe Photo Rag 308)20 x 25 cm Edição de 5 + 1 PAcópia 1/52010

Pedra da Gávea #1Impressão em jato de tinta (Ultrachrome K3) sobre papel de algodão (Hahnemülhe Photo Rag 308)20 x 25 cm Edição de 5 + 1 PAcópia 1/52009

Corcovado #2Impressão em jato de tinta (Ultrachrome K3) sobre papel de algodão (Hahnemülhe Photo Rag 308)20 x 25 cm Edição de 5 + 1 PAcópia 1/52008

Pedra do Urubu #1Impressão em jato de tinta (Ultrachrome K3) sobre papel de algodão (Hahnemülhe Photo Rag 308)20 x 25 cm Edição de 5 + 1 PAcópia 1/52008

Corcovado #3Impressão em jato de tinta (Ultrachrome K3) sobre papel de algodão (Hahnemülhe Photo Rag 308)20 x 25 cm Edição de 5 + 1 PAcópia 1/52008

Pedro Victor BrandãoCurrículo

Verbete Biográfico1985. Artista visual e fotógrafo. Formado na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (em cursos livres de 2005 a 2009 e no pro-grama Aprofundamento, em 2010). Em 2009, graduou-se em Fotografia pela Universidade Estácio de Sá. Desde 2005 desenvolve trabalhos autorais que versam sobre ressignificações da imagem fotográfica hoje. Em 2011 faz sua primeira exposição individual dentro do projeto Ocupação Cofre, na Casa França-Brasil, com a série Pintura Antifurto. Entre as exposições coletivas que par-ticipou destacam-se Novíssimos (Galeria IBEU/ 2012 – Rio de Janeiro); Novas Aquisições 2010/ 2012 (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro/ 2012); Sem Título #1 - Experiências de Pós-Morte (Galeria Oscar Cruz/ 2011 – São Paulo); Abotoados pela Manga (galpão da Ilustre/ 2010 – São Paulo) e Por aqui, formas tornaram-se atitudes (SESC Vila Mariana/ 2010 – São Paulo). Em 2008, ganhou o 3º Prêmio do 1º Salão de Artes Visuais de Petrópolis e em 2010 é premiado no XI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia, com o projeto O Transitório Fóssil. Seus trabalhos integram coleções públicas e particulares. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

Formação2012 • Universidade de Verão @ Capacete Entretenimentos (coord. Daniel Steegmann Mangrané)2011 • Composições Políticas @ Panorama de Dança 2011 (org. Isabel Ferreira, Cristina Ribas & Laura Burocco)

→ Colaboratório Errorista→ YESLAB

2010 • Programa Aprofundamento – Escola de Artes Visuais do Parque Lage2009 • Graduação Politécnica em Fotografia – UNESA2006 • (Incompleto) Escola de Belas Artes, Bacharelado em Pintura – UFRJ

Escola de Artes Visuais do Parque Lage - Cursos Livres:2009 → Arte Sonora – Franz Manata e Saulo Laudares2008 → Desenvolvimento de Projetos – Franz Manata2007 → Fotografia Expandida – Denise Cathilina2006 → Filosofia da Arte – Fernando Cocchiarale e Anna Bella Geiger

Prêmios2010 • XI Prêmio de Fotografia Marc Ferrez – O Transitório Fóssil – FUNARTE. Rio de Janeiro.2008 • 1º Salão de Artes Plásticas de Petrópolis – Do nada ao pré existente – Centro Cultural Municipal Raul de Leoni. Rio de Janeiro.2002 • 4º Concurso de Fotografia do Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Dia de outono morto – Solar da Imperatriz. Rio de Janeiro.

Exposições Individuais2012 • Desvios na Paisagem – Galeria Portas Vilaseca. Rio de Janeiro.2011 • Ocupação Cofre – Pintura Antifurto – Casa França-Brasil. Rio de Janeiro. Exposições Coletivas2012 • Novíssimos – Galeria de Arte IBEU. Rio de Janeiro.

• [edições] | UM – Galeria Portas Vilaseca. Rio de Janeiro.• Novas Aquisições 2010/2012 – Coleção Chateaubriand – Museu de Arte Moderna. Rio de Janeiro.• Acervo – Galeria Portas Vilaseca. Rio de Janeiro.• Vênus Terra – Galeria TAC. Rio de Janeiro.

2011 • 10 X USO – Inhame. Rio de Janeiro.• Sem Título #1, Experiências Pós Morte – Galeria Oscar Cruz. São Paulo• O Rapozo e as Uvas – Ocupação. Rio de Janeiro

2010 • entre-vistas – Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Rio de Janeiro.• Open House – Rio de Janeiro.• Por aqui, formas tornaram-se atitudes – SESC Vila Mariana. São Paulo.• Abotoados pela Manga – São Paulo.• Projeto Apartamento III @ Grajaú – Rio de Janeiro.• 12º Salão Nacional de Artes de Itajaí - Poéticas Pessoais em Construção – Pavilhão Marejada. Santa Catarina.• Com afeto, Rio – Galeria Oscar Cruz. São Paulo.• Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome – Rio de Janeiro.

2009 • Por um lugar para viver – Barracão Maravilha Arte Contemporânea. Rio de Janeiro.• Arte Sonora @ NAT – EAV Parque Lage. Rio de Janeiro.

2008 • Montanhas, Marinhas e outras Miragens – Galeria Entre-Tanto. Rio de Janeiro.• Aluga-se – Laura Marsiaj Arte Contemporânea. Rio de Janeiro.• NÀU – Instituto dos Arquitetos do Brasil. Rio de Janeiro.• 1º Salão de Artes Plásticas de Petrópolis – Centro Cultural Municipal Raul de Leoni. Rio de Janeiro.• Apartamento I @ Lapa – Rio de Janeiro.

2007 • UniversidArte XV – Universidade Estácio de Sá. Rio de Janeiro.2006 • Luz Própria – EAV Parque Lage. Rio de Janeiro.

DESVIOS NA PAISAGEM

Agradecimentos: Eduardo Araujo Almeida, Daisy Xavier,Franz Manata, Idalina Silva, Jaime Portas Vilaseca,

Maria Alice Rabelo, Saulo Laudares e a toda minha família.

Realização: Portas Vilaseca GaleriaDesign: Bernardo Landeira

Produção: Ligia Forny GermanoIluminação: Paulo Denizot

Montagem: William CardosoImpressões: Estúdio Lupa, Speed Lab e Fotosfera

Molduras: Moldurax e Gambiarra Objetos

+ 55 21 2274-5965 Av. Ataulfo de Paiva 1079_Loja 109 subsolo _ www.portasvilaseca.com.br