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DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE ABSORÇÃO SONORA
Placas de LecaMIX
MAXIT, Préfabricação em Betão Leve S.A.
Albergaria-a-Velha
Dezembro de 2004
praceta da rua da república, nº 17, 2º dto . alagoas . 3810-160 aveiro . cont nº 196 368 146 . tlf 234 311 813 . tlm 919 994 074 . [email protected]
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Edição: 1 Data: 04-12-02 Elaborado: Verificado: Aprovado Autenticada Página 1 de 13 Revisão: 0 Data: 04-12-02
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Índice
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 2 2. DADOS DO CLIENTE.......................................................................................................................... 2 3. DADOS DO PRODUTO ANALISADO .................................................................................................. 2 4. DEFINIÇÕES ....................................................................................................................................... 3 5. CONDIÇÕES DE MEDIÇÃO................................................................................................................ 4 6. EQUIPAMENTO USADO ..................................................................................................................... 5 7. EXECUÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS DO ENSAIO................................................................... 5 8. CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 9 ANEXO I – LOCALIZAÇÃO (EM PLANTA) DOS PONTOS DE MEDIÇÃO NA CÂMARA....................... 10 ANEXO II – MEDIÇÕES DOS TEMPOS DE REVERBERAÇÃO COM A AMOSTRA NA CÂMARA ........ 11
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1. INTRODUÇÃO
Este relatório visa a determinação do coeficiente de absorção sonora da placa de LecaMIX,
desenvolvida pela MAXIT, Préfabricação em Betão Leve S.A.
Para tal, foi efectuado um ensaio em câmara reverberante, segundo a norma EN ISO 354 – “Medição
da absorção sonora em câmara reverberante”.
Os dados resultantes do ensaio tiveram tratamento estatístico que permitiu avaliar a validade do
ensaio e a determinação do coeficiente de absorção sonora pretendido.
2. DADOS DO CLIENTE
MAXIT, Préfabricação em Betão Leve S.A.
Estrada Nacional Nº 1
Apartado 19
3854-909 Albergaria-a-Velha
Telefone: 234 529 410
Fax: 234 523 868
E-mail: [email protected]
URL: www.maxit.pt
3. DADOS DO PRODUTO ANALISADO
PLACAS DE LECAMIX
• Comprimento: 65 cm
• Largura: 65 cm
• Altura: aprox. 8cm
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Figura 1 – Bloco Sonicbloco Super.
4. DEFINIÇÕES
Tempo de reverberação, Tr: intervalo de tempo durante o qual, num processo de reverberação, a
energia por unidade de volume do campo sonoro se reduz a um milionésimo do seu valor inicial, e é
expresso em segundos (s).
Área de absorção sonora equivalente de um compartimento fechado: área de uma superfície
absorvente perfeita na qual, para idênticas condições de incidência, a potência sonora dissipada
seria igual à que é dissipada no compartimento. Para a câmara reverberante vazia, denota-se este
parâmetro por A1 e para a câmara reverberante com a amostra denota-se por A2 e é expressa em m2.
Coeficiente de absorção sonora, α: quociente entre a energia absorvida e a energia incidente
numa determinada superfície.
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5. CONDIÇÕES DE MEDIÇÃO
Para medição do tempo de reverberação na câmara reverberante, é necessária uma fonte de ruído
capaz de criar um campo sonoro difuso. No caso concreto deste ensaio, recorreu-se a um sinal
produzido por um sonómetro. Desta forma é gerado um pulso de ruído para cada banda de
frequência, que é ampliado pela fonte sonora e transmitido para o espaço da câmara reverberante.
Os tempos de reverberação são calculados a partir da resposta da câmara a essa solicitação.
O ensaio foi realizado na câmara reverberante do LVAI (Laboratório de Vibrações e Acústica
Industrial) do IDIT (Instituto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica) do EUROPARQUE, em
Santa Maria da Feira, no dia 17 de Maio de 2004.
A câmara reverberante cumpre os requisitos da norma EN ISO 354. Trata-se de um espaço de
grandes dimensões, com as seguintes características:
• Comprimento: 9,28 m
• Largura: 4,80 m
• Altura: 7,07 m
• Volume: 318 m3 , incluindo a zona da porta
• Superfícies: 288 m2
As paredes e tecto apresentam-se com acabamentos finais, de reboco estanhado revestido a
Aquaplas e o pavimento é revestido a betonilha afagada. Existem seis lâmpadas com respectivo
suporte difusor metálico suspensas no tecto, bem como três quadros eléctricos metálicos fixos ao
pavimento. A porta é metálica e devidamente vedada à entrada de ruídos parasitas exteriores à
câmara, quer pelo tratamento das juntas e batentes, quer pela constituição e massa da mesma. O
pavimento central encontra-se desligado do resto da estrutura, já que se apoia em sistemas de
suspensão elásticos. A junta de separação é materializada em poliestireno expandido.
As condições ambientais no interior da câmara reverberante durante as medições eram:
• Temperatura do ar: 24,7 ºC
• Humidade relativa ambiente: entre 65% e 75%
• Celeridade do som no ar: 346 m/s
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Os pontos de medição estão descritos no desenho incluído no Anexo I e consistiram na
consideração de:
• Três posições da fonte sonora (A, B, C) posicionada com um ângulo de 120º com a
horizontal e orientada para o centro geométrico imaginário do volume paralelepipédico da
câmara.
• Três posições do conjunto sonómetro-tripé, numa diagonal à zona de amostra (x, y, z).
• Três orientações distintas do microfone do sonómetro (1, 2, 3).
6. EQUIPAMENTO USADO
• Sonómetro Bruel & Kjaer tipo 2231 (Classe 1, de acordo com as normas CEI 651) com
controlo metrológico pelo LNEC.
• Conjunto de filtros de banda e terço de oitava da Bruel & Kjaer, tipo 1625.
• Microfone de 12mm da Bruel & Kjaer, tipo 4155.
• Fonte sonora da Bruel & Kjaer tipo 4224.
• Calibrador sonoro da Bruel & Kjaer, tipo 4230 (classe 1, de acordo com a norma CEI 942)
• Tripé de fixação portátil Gitzo, com cabeça Bruel & Kjaer.
• Impressora Bruel & Kjaer para sonómetro tipo 2231.
• Protecção auricular.
• Câmara fotográfica digital.
7. EXECUÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS DO ENSAIO
O ensaio começou por se fazerem as medições do tempo de reverberação com a câmara vazia,
excepto a presença do técnico e equipamento, cujo volume foi desprezado, mas não a absorção
sonora equivalente (considerou-se a absorção sonora de uma pessoa de pé).
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Figura 2 – Medição dos tempos de reverberação com a câmara vazia.
Os valores recolhidos para as várias posições descritas para o ensaio resultaram, após uma análise
estatística simples (média aritmética) nos seguintes valores:
Quadro 1 – Tempo de reverberação médio e desvio-padrão da câmara sem amostra.
Frequência (Hz)
Tr1 médio (s) Desvio-padrão
63 7.58 0.1 125 6.88 0.1 250 6.33 0.0 500 5.69 0.0 1000 5.05 0.0 2000 4.40 0.0 4000 3.03 0.1
Após a medição destes valores foi colocada a amostra no chão, com as dimensões de 4,00m x
2,50m, ou seja, uma área de amostra de 10 m2.
As medições prosseguiram com a amostra na câmara reverberante. Os resultados das medições
encontram-se no Anexo II. Após tratamento estatístico simples (média aritmética e desvio-padrão)
resultaram os valores expostos no Quadro II.
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Figura 3 – Medição do tempo de reverberação na posição da fonte B e do sonómetro x.
Quadro II – Tempo de reverberação médio e desvio-padrão da câmara com amostra.
Frequência (Hz)
Tr2 médio (s) Desvio-padrão
63 7.06 0.45 125 6.44 0.43 250 4.80 0.20 500 3.50 0.15
1000 3.31 0.04 2000 2.90 0.06 4000 2.11 0.04
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Tempo de reverberação médio com e sem amostra
0.00
1.00
2.00
3.00
4.00
5.00
6.00
7.00
8.00
63 125
250
500
1000
2000
4000
Frequência (Hz)
Tr
(s)
Sem amostraCom amostra
Figura 4 – Tempo de reverberação médio com e sem amostra.
Através da fórmula de Sabine,
∑∑ +⋅⋅=
jj
iii AeqS
VTrα
16.0
em que:
Tr – tempo de reverberação para a frequência em análise (s)
V – volume do compartimento (m3)
αi – coeficiente de absorção sonora do elemento i para a frequência em análise
Si – área do elemento i (m2)
Aeqj – Área de absorção equivalente do elemento j
relacionou-se a diferença entre os tempos de reverberação sem e com a amostra na câmara e
obteve-se o coeficiente de absorção para a amostra de placas, resumido no Quadro III:
Quadro III – Coeficiente de absorção sonora da amostra de placas LecaMIX
Frequência (Hz) α 63 0.07
125 0.08 250 0.28 500 0.59
1000 0.56 2000 0.63 4000 0.79
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Coeficiente de absorção sonora da amostra
0.00
0.20
0.40
0.60
0.80
1.00
1.2063 12
5
250
500
1000
2000
4000
Frequência (Hz)
alfa
8. CONCLUSÃO
Para uma maior facilidade de utilização destes resultados na Acústica Ambiental e de Edifícios,
normalmente os valores são resumidos às bandas de oitava normalizadas entre os 125 Hz e os 4
kHz. Assim, o coeficiente de absorção sonora para as placas de LecaMIX, é:
Frequência (Hz)
α 125 0.08 250 0.28 500 0.59 1000 0.56 2000 0.63 4000 0.79
Aveiro, 2 de Dezembro de 2004
O Técnico responsável pelo ensaio e relatório:
Eng. Nuno França
Licenciado em Engenharia Civil (FCTUC)
Mestre em Construção de Edifícios (FEUP)
Docente de Acústica do Departamento de Engenharia Civil do Instituto Politécnico de Tomar
Responsável Técnico do Laboratório de Edificações do LEC – Laboratório de Engenharia Civil, IPT
α
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ANEXO I – LOCALIZAÇÃO (EM PLANTA) DOS PONTOS DE MEDIÇÃO NA CÂMARA
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ANEXO II – MEDIÇÕES DOS TEMPOS DE REVERBERAÇÃO COM A AMOSTRA NA CÂMARA
Listagem da folha de cálculo – 2 páginas