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"http://www.saltoquantico.com.br/" http://www.saltoquantico.com.br/ http://www.slideshare.net/Naspereira/a-prova-cientfica-da-existncia-de-deus A existncia de Deus

Apresentamos nesta edio o tema no57 doEstudo Sistematizado da Doutrina Esprita, que e st sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Fed erao Esprita Brasileira, estruturado em seis mdulos e 147 temas. Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questes propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se se gue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder s questes e s depois leia o texto referido. As respostas cor respondentes s questes apresentadas encontram-se no final do texto abaixo. Questes para debate 1. Quais so os princpios fundamentais da Doutrina Esprita mais relevantes? 2. Os materialistas opem tese da existncia de Deus um argumento interessante que e les consideram irrespondvel. Que argumento esse? 3. Qual o principal argumento apresentado pelo Espiritismo como prova da existnci a de Deus? 4. Como a Doutrina Esprita conceitua Deus? 5. Eram ateus os gnios da Fsica Albert Einstein e Isaac Newton? Texto para leitura A existncia de Deus um dos princpios bsicos do Espiritismo 1. Um dos princpios bsicos da Doutrina Esprita o da existncia de Deus como o Criador necessrio de tudo o que existe. Outro, igualmente fundamental, o da existncia dos Espritos, como criaturas suas; e outro ainda o princpio da natureza espiritual da alma humana, considerada como Esprito encarnado, que constitui a individualidade consciente, permanente e imperecvel do homem. 2. Tudo o mais que os Espritos revelaram a pluralidade dos mundos habitados, a en carnao e a reencarnao, a lei de causa e efeito, o princpio da necessidade das provaes mo meio de progresso e das cruciantes expiaes , tudo isso, que revela a suprema sab edoria do Criador, decorrncia natural daqueles princpios bsicos. Fulge, no entanto, luminoso e frente de todos, o princpio da existncia do Eterno Criador. 3. Kardec iniciou O Livro dos Espritos com um captulo inteiramente consagrado a Deus e s provas de sua existncia. Nesse livro, o Codificador perguntou aos Espritos ond e se pode encontrar a prova de que Deus existe, e eles assim responderam: Num axi oma que aplicais s vossas cincias. No h efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que no obra do homem e a vossa razo responder (L.E., questo 4). 4. Em A Gnese , sua ltima obra, aps explicar, no captulo I, o carter da revelao espr Codificador trata novamente da existncia de Deus, logo na abertura do captulo II, mostrando que ela constitui o mais importante princpio da Doutrina Esprita. Deus no se mostra, mas se revela por suas obras 5. O codificador do Espiritismo examina em seguida a opinio dos que opem tese da e xistncia de Deus o pensamento de que as obras ditas da Natureza so produzidas por foras materiais que atuam mecanicamente, em virtude das leis de atrao e repulso, sob cujo imprio tudo ocorre, quer no reino inorgnico, quer nos reinos vegetal e anima l, com uma regularidade mecnica que no acusa a ao de nenhuma inteligncia livre. O hom em dizem tais opositores movimenta o brao quando quer e como quer. Aquele, porm, q ue o movimentasse no mesmo sentido, desde o nascimento at morte, seria um autmato. Ora, as foras orgnicas da Natureza so puramente automticas. 6. Tudo isso verdade, redargiu Kardec, mas essas foras so efeitos que ho de ter uma causa. So elas materiais e mecnicas, mas so postas em ao, distribudas, apropriadas s n cessidades de cada coisa por uma inteligncia que no a dos homens. A aplicao til dessa s foras um efeito inteligente, que denota uma causa inteligente. 7. O Espiritismo d o homem uma idia de Deus que, com a sublimidade da Revelao, est co nforme mais perfeita e justa racionalidade. 8. Convence-nos da existncia do Criador sem necessidade de recorrer a outras prov as que no as que provm da simples contemplao do Universo, onde Deus se revela atravs

de leis sbias e de obras admirveis que constituem um conjunto grandioso de tanta h armonia e onde h perfeita adequao dos meios aos fins, que se torna impossvel no ver p or trs de to portentoso mecanismo a ao de uma Suprema Inteligncia, como os Espritos Su periores fizeram questo de asseverar na resposta dada pergunta de abertura de O Li vro dos Espritos : Deus a inteligncia suprema, causa primria de todas as coisas (O Livr os Espritos, pergunta 1). A mecnica celeste no se explica por si mesma 9. Assim o compreendem, numa inata intuio de sua existncia e de seu poder, todos os que no se deixaram empolgar totalmente pelo terrvel entorpecer da inteligncia e do sentimento humanos, que o orgulho, reconhecendo no harmonioso mecanismo que ent retm os movimentos universais a existncia imprescindvel de um primeiro motor transc endente. A mecnica celeste no se explica por si mesma escreveu Lon Denis -,e a existn e um motor inicial se impe. A nebulosa primitiva, me do Sol e dos planetas, era an imada de um movimento giratrio. Mas quem lhe imprimira esse movimento? Respondemo s sem hesitar: Deus. 10. Assim como o reconheceu Lon Denis, j ento iluminado pela luz do Espiritismo, f-l o tambm Albert Einstein, com todo o rigor do seu raciocnio lgico, puramente matemtic o. Por muito raciocinar em busca da verdade, Einstein adquiriu um alto grau de i ntuio que o levou, do mesmo modo que a muitas coisas, tambm ao reconhecimento da ex istncia de Deus, como fonte necessria da energia que d o primeiro impulso a tudo o que se move no Universo. 11. Muito antes de Einstein, igualmente Isaac Newton teve de reconhecer a existnc ia necessria de uma causa transcendente e de um primeiro motor para explicar o mo vimento dos planetas. Apesar de descobrir a grande lei da gravitao universal, que viria aparentemente resolver esse milenar problema, no fim de seu livro Princpios matemticos de filosofia natural o grande matemtico declarou-se impotente para expli car aqueles movimentos somente pelas leis da Mecnica. Respostas s questes propostas 1. Quais so os princpios fundamentais da Doutrina Esprita mais relevantes?R.: A exi stncia de Deus como o Criador necessrio de tudo o que existe; a existncia dos Esprit os; a natureza espiritual da alma humana, considerada como Esprito encarnado; a p luralidade dos mundos habitados; a reencarnao e a lei de causa e efeito. 2. Os materialistas opem tese da existncia de Deus um argumento interessante que e les consideram irrespondvel. Que argumento esse?R.: Eles opem tese da existncia de D eus o pensamento de que as obras ditas da Natureza so produzidas por foras materia is que atuam mecanicamente, em virtude das leis de atrao e repulso, sob cujo imprio tudo ocorre, quer no reino inorgnico, quer nos reinos vegetal e animal, com uma r egularidade mecnica que no acusa a ao de nenhuma inteligncia livre, porque as foras or gnicas da Natureza seriam, segundo eles, puramente automticas. 3. Qual o principal argumento apresentado pelo Espiritismo como prova da existnci a de Deus?R.: Segundo o ensino esprita, a prova de que Deus existe pode ser encont rada num axioma aplicvel s cincias: no h efeito sem causa. Procuremos a causa de tudo o que no obra do homem e a razo nos responder. Aos materialistas, Kardec disse que as foras orgnicas da Natureza, que eles consideram automticas, so na verdade efeito s que ho de ter uma causa. So elas materiais e mecnicas, mas so postas em ao, distribu as, apropriadas s necessidades de cada coisa por uma inteligncia que no a dos homen s. 4. Como a Doutrina Esprita conceitua Deus?R.: Deus , segundo o Espiritismo, a intel igncia suprema, a causa primria de todas as coisas. 5. Eram ateus os gnios da Fsica Albert Einstein e Isaac Newton?R.: No. Einstein reco nhecia a existncia de Deus como fonte necessria da energia que d o primeiro impulso a tudo o que se move no Universo e Newton, muito antes dele, declarou-se impote nte para explicar os movimentos dos astros somente pelas leis da Mecnica. Bibliografia: O Livro dos Espritos,de Allan Kardec, item 1. A Gnese,de Allan Kardec, cap. II, itens 1 a 6. O Grande Enigma,de Lon Denis, FEB, 6a. edio, pp. 70 e 238. INCLUDEPICTURE "http://www.espirito.org.br/portal/cursos/cbe-adep/analfinet.gif" \* MERGEFORMATINET 1. Deus: provas da sua existncia e atributos

A prova da existncia de Deus temo-la neste axioma: No h efeito sem causa. a) Provas da existncia de Deus INCLUDEPICTURE "http://www.espirito.org.br/portal/cursos/cbe-adep/4provas.jpg" \ * MERGEFORMATINET Sendo Deus a prova primria de todas as coisas, a origem de tudo o que existe, a base sobre que repousa o edifcio da criao, tambm o ponto que importa c onsiderarmos, antes de tudo. Vemos, constantemente, uma imensidade de efeitos, cuja causa no est na humanidade, pois a humanidade impotente para produzi-los, ou, sequer, para os explicar. A c ausa est acima da humanidade. a essa causa que se chama Deus, Jeov, Al, Fo-Hi, Gran de Esprito, etc. Outro princpio igualmente elementar e que, de to verdadeiro, passou a axioma, o de que todo o efeito inteligente tem de decorrer de uma causa inteligente. Os efeitos referidos acima no se produzem ao acaso, fortuitamente e em desordem. Desde a organizao do mais pequenino insecto e da mais insignificante semente at lei que rege os mundos que circulam no espao, tudo atesta uma ideia directora, uma c ombinao, uma providncia, um equilbrio, que ultrapassam todas as combinaes humanas. A c ausa , pois, soberanamente inteligente. A um pobre beduno, ignorante, que orava muito a Deus, algum perguntou como poderia acreditar nele. - Pelas suas obras, disse. E explicou: - No conheces a origem de uma jia pelo sinete do joalheiro? No sabes de quem uma ca rta, pela letra do envelope? No afirmas que um camelo, e no um co passou pela estra da, olhando simplesmente o rasto deixado pelo animal? Assim tambm eu sei que Deus existe pelas suas obras. - Como? Explique melhor. - muito fcil. As estrelas do cu no so obra dos homens, que l no poderiam t-las coloc . Logo, s podem ser obra de Deus, e, portanto, ele existe. Com respeito ao conceito de Deus segundo o espiritismo, sabendo-se que limitar D eus a uma definio impossvel, a doutrina esprita procura partir de dados racionais, p ara no cair no terreno das ideias imaginrias e msticas, que tornam ininteligveis os princpios e as causas. Da a importncia de estudarmos os atributos da Divindade, com o adiante veremos, a fim de compreendermos racionalmente o assunto. Allan Kardec, em O Livro dos Espritos, na primeira pergunta, prope uma questo aos espr itos sobre a Divindade, de forma lgica; no usa a forma Quem Deus?, que daria um se ntido de personificao, ou seja, uma ideia antropomrfica, mas busca a natureza ntima, Que Deus? Ao que os esprito a essncia das coisas, formulando a proposio desta forma s, sabiamente, respondem: Deus a inteligncia suprema, causa primria de todas as coisas . Achando-nos numa regio habitada exclusivamente por povos chamados selvagens, se d escobrirmos uma esttua digna de Fdias no hesitaremos em dizer que, sendo incapazes de t-la feito os selvagens, ela obra de uma inteligncia superior destes. Pois bem, lanando um olhar em torno de si, sobre as obras da natureza, reconhece o observador no haver nenhuma que no ultrapasse os limites da mais portentosa inte ligncia humana. Ora, visto que o homem no as pode produzir, porque elas so produto de uma inteligncia superior humanidade, a menos que se sustente que h efeito sem c ausa. A isto opem alguns o seguinte raciocnio: as obras ditas da natureza so produzidas p or foras materiais, que actuam mecanicamente, em virtude das leis de atraco e repul so; as molculas dos corpos inertes agregam-se e desagregam-se sob o imprio dessas l eis. As plantas nascem, brotam, crescem e multiplicam-se sempre da mesma maneira , cada uma na sua espcie, por efeito daquelas mesmas leis; cada corpo assemelha-s e aos corpos que o originaram; o crescimento, a florao, a frutificao, a colorao achamse subordinados a causas materiais, tais como o calor, a electricidade, a luz, a humidade, etc. O mesmo se d com os animais. Os astros formam-se pela atraco molecu lar e movem-se perpetuamente nas suas rbitas por efeito da gravitao. Essa regularid ade mecnica no emprego das foras naturais no acusa a aco de qualquer inteligncia livre . O homem movimenta o brao quando quer e como quer; aquele, porm, que o movimentas se no mesmo sentido, desde o nascimento at morte, seria um autmato. Ora, as foras o rgnicas da natureza so puramente automticas. Tudo isso verdade, mas essas foras so efeitos, que ho-de ter uma causa, e ningum pre

tende afirmar que elas constituem a Divindade. Elas so materiais e mecnicas; no so, por si mesmas, inteligentes, tambm isso verdade; mas so postas em aco, distribudas, a propriadas s necessidades de cada coisa, por uma inteligncia que no a dos homens. A aplicao til dessas foras um efeito inteligente, que denota uma causa inteligente. A existncia do relgio atesta a existncia do relojoeiro; o engenho do mecanismo ates ta-lhe a inteligncia e o saber. Quando um relgio nos d o momento preciso, a indicao d e que necessitamos, j nos ocorreu dizer: "A est um relgio bem inteligente"? Outro tanto ocorre com o mecanismo do Universo. Deus no se mostra, mas revela-se pelas suas obras. A existncia de Deus , pois, uma realidade, comprovada no s pela revelao como pela evid cia dos fatos. Os povos selvagens nenhuma revelao tiveram; no entanto, crem, instin tivamente, na existncia de um poder sobre-humano. O sentimento instintivo que todos os homens tm da existncia de Deus tambm uma prova de que ele existe e uma consequncia do princpio de que no h efeito sem causa. Esse sentimento no fruto de uma educao, resultado de ideias adquiridas, pois ele univers al, encontra-se mesmo entre os selvagens, a quem nenhum ensino foi ministrado a respeito. Questionam alguns se a causa primria da formao das coisas no estaria nas propriedade s ntimas da matria. Porm, indispensvel sempre uma causa primria, e atribu-la a essas ropriedades seria tomar o efeito pela causa, j que tais propriedades so tambm um ef eito. Alguns atribuem a formao primria a uma combinao fortuita da matria, isto , ao acaso. I to constitui um absurdo, uma insensatez, pois o acaso cego e no pode produzir os efeitos que a inteligncia produz. Um acaso inteligente j no seria um acaso. E, alm d isso, o que o acaso? Nada. E o nada no existe. H um provrbio que diz: Pela obra se conhece o autor! Vede a obra, e procurai o auto r (....). O homem orgulhoso nada admite acima de si. Procurando a obra primria do Universo, reconhece-se no seu autor uma inteligncia suprema, uma inteligncia super ior humanidade. Seja qual for o nome que lhe dem, essa inteligncia superior a caus a primria de todas as coisas. Para crer-se em Deus basta lanar o olhar para as obr as da criao. O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existncia de Deus ne gar que todo o efeito tem uma causa, e adiantar que o nada pode fazer alguma coi sa. Se Deus est em toda parte, porque no o vemos? V-lo-emos quando deixarmos a Terra? T ais perguntas formulam-se todos os dias. primeira fcil responder: por serem limitadas as percepes dos nossos rgos vitais, ela os tornam inaptos viso de certas coisas, mesmo materiais. Os nossos rgos materiais no podem perceber as coisas de essncia espiritual. Unicamen te com a viso espiritual que podemos ver os espritos e as coisas do mundo imateria l. Somente a nossa alma, portanto, pode ter a percepo de Deus. Dar-se- que ela o ve ja logo aps a morte? As comunicaes com os espritos nos dizem que a viso de Deus constitui prerrogativa da s mais purificadas almas, e que bem poucas, ao deixarem o envoltrio terrestre, se encontram no grau de desmaterializao necessrio a tal efeito. Uma pessoa que se ache no fundo de um vale, envolvida por densa bruma, no v o Sol. No entanto, pela luz difusa, percebe que h sol. Se entra a subir a montanha, med ida que for ascendendo o nevoeiro ir-se- tornando mais claro, a luz cada vez mais viva. Contudo, ainda no ver o Sol. S depois de se achar elevado acima da camada br umosa, e de ter chegado a um ponto onde o ar esteja perfeitamente lmpido, ela o c ontempla em todo o seu esplendor. O mesmo se d com a alma. O envoltrio perispritico, conquanto nos seja invisvel e imp alpvel , em relao a ela, verdadeira matria, ainda grosseira de mais para certas perce pes. Ele, porm, se espiritualiza, medida que a alma se eleva em moralidade. As impe rfeies da alma so quais camadas nevoentas, que lhe obscurecem a viso. Nenhum homem, por conseguinte, pode ver Deus com os olhos da carne. Se essa graa fosse concedida a alguns s seria no estado de xtase. Tal possibilidade, alis, exclu sivamente pertenceria a almas de eleio, encarnadas em misso, no em expiao. Mas como os espritos da mais elevada categoria tm ofuscante brilho, pode dar-se que espritos m enos elevados, encarnados ou desencarnados, maravilhados com o esplendor de que aqueles se mostram cercados, suponham estar vendo o prprio Deus.

Do livro "Onde Est Deus?", do poeta esprita Jos Soares Cardoso, extramos a poesia ab aixo, que reflecte a percepo do poeta no sentir a Divindade. ONDE EST DEUS? "Onde est Deus?", pergunta o cientista, Ningum O viu jamais. "Quem Ele ?". Responde pressa, o materialista: "Deus somente uma inveno da f!". O pensador dir, sensatamente: "No vejo Deus, mas sinto que Ele existe! A natureza mostra claramente Em que o poder do Criador consiste". Mas o poeta dir, com a segurana De quem afirma porque tem a certeza: "Eu vejo Deus no riso da criana, No cu, no mar, na luz da natureza! Contemplo Deus brilhando nas estrelas, No olhar das mes fitando os filhos seus, Nas noites de luar claras e belas, Que em tudo pulsa o corao de Deus! Eu vejo Deus nas flores e nos prados, Nos astros a rolar no infinito, Escuto Deus na voz dos namorados, E sinto Deus na lgrima do aflito! Percebo Deus na frase que perdoa, Contemplo Deus na mo que acaricia. Escuto Deus na criatura boa E sinto Deus na paz e na alegria! Eu vejo Deus no mdico salvando, Pressinto Deus na dor que nos irmana. Descubro Deus no sbio procurando Compreender a natureza humana! Eu vejo Deus no gesto da bondade, Escuto Deus nos cnticos do crente. Percebo Deus no sol, na liberdade, E vejo Deus na planta e na semente! Eu vejo Deus, enfim, em toda parte, Que tudo fala dos poderes teus, Descubro Deus nas expresses da arte, No amor dos homens tambm sinto Deus! Mas onde eu sinto Deus com mais beleza, Na sua mais sublime vibrao, No no corao da natureza, dentro do meu prprio corao!".(5) b) Atributos da Divindade No dado ao homem sondar a natureza ntima de Deus. Para compreend-lo, ainda nos falt a um sentido prprio, que s se adquire por meio da completa depurao do esprito. Mas se no pode penetrar na essncia de Deus, o homem, desde que aceite como premiss a a sua existncia, pode, pelo raciocnio, chegar a conhecer-lhe os atributos necessr ios, porquanto, vendo o que ele absolutamente no pode ser, sem deixar de ser Deus , deduz da o que ele deve ser. Sem o conhecimento dos atributos de Deus, impossvel seria compreender-se a obra d a criao. Esse o ponto de partida de todas as crenas religiosas. E por no se terem re portado a isso, como o farol capaz de as orientar, que a maioria das religies err ou, cristalizando nos seus dogmas. As que no atriburam a Deus a omnipotncia, imagin aram muitos deuses; as que no lhe atriburam soberana bondade, fizeram dele um Deus cioso, colrico, parcial e vingativo. A inferioridade das faculdades do homem no lhe permite compreender a natureza ntim a de Deus. Na infncia da humanidade, o homem o confunde muitas vezes com a criatu ra, cujas imperfeies lhe atribui; mas, medida que nele se desenvolve o senso moral , o seu pensamento penetra melhor no mago das coisas; ento, faz ideia mais justa d

a Divindade e, ainda que sempre incompleta, mais conforme razo. Se no pode compreender a natureza ntima de Deus, pode o homem formar minimamente u ma ideia de alguma da sua perfeio e compreend-la melhor medida que se eleva acima d a matria, entrevendo-a pelo pensamento. Podemos, assim, dizer que Deus a suprema e soberana inteligncia, imutvel, imateria l, nico, omnipotente, soberanamente justo e bom. Tudo isto, por certo, no expressa exactamente todas as capacidades da Divindade, pois h coisas acima do homem mais inteligente, as quais a linguagem humana, restrita s ideias e sensaes, no tem meios de exprimir. Todavia, a razo diz que Deus deve possuir em grau supremo essas qua lidades, porquanto se uma lhe faltasse, ou no fosse infinita, j ele no seria superi or a tudo, no seria, por conseguinte, Deus. Para estar acima de todas as coisas, Deus tem que se achar isento de qualquer vicissitude e de qualquer das imperfeies que a imaginao possa conceber. Vejamos agora cada um desses atributos de Deus, conforme o ngulo esprita. 1. DEUS A SUPREMA E SOBERANA INTELIGNCIA limitada a inteligncia do homem, pois que no pode fazer, nem compreender, tudo o q ue existe. A de Deus, abrangendo o infinito, tem que ser infinita. Se a supusssem os limitada num ponto qualquer, poderamos conceber outro ser mais inteligente, ca paz de compreender e fazer o que o primeiro no faria, e assim por diante, at ao in finito. 2. DEUS ETERNO Isto , no teve comeo e no ter fim. Se tivesse tido princpio, houvera sado do nada. Ora sendo o nada coisa alguma, coisa nenhuma pode produzir. Ou, ento, teria sido cri ado por outro ser anterior e, nesse caso, este ser que seria Deus. Se lhe supusss emos um comeo ou fim, poderamos conceber uma entidade existente antes dele, e capa z de lhe sobreviver, e assim por diante, ao infinito. 3. DEUS INFINITAMENTE PERFEITO impossvel conceber Deus sem o infinito das sua qualidades, sem o que no seria Deus , pois sempre se poderia conceber um ser que possusse o que lhe faltasse. Para qu e nenhum ser possa ultrapass-lo, faz-se mister que ele seja infinito em tudo. 4. DEUS IMUTVEL Se estivesse sujeito a mudanas, nenhuma estabilidade teriam as leis que regem o U niverso. 5. DEUS IMATERIAL Isto , a sua natureza difere de tudo o que chamamos matria. De outro modo, no seria imutvel, pois estaria sujeito s transformaes da matria. Deus carece de forma aprecive l pelos nossos sentidos, sem o que seria matria. 6. DEUS NICO A unicidade de Deus consequncia do facto de serem infinitas as suas qualidades. No poderia existir outro Deus, salvo sob a condio de ser igualmente infinito em toda s as coisas, visto que, se houvesse entre eles a mais ligeira diferena, um seria inferior ao outro, subordinado ao poder desse outro e, ento, no seria Deus. 7. DEUS OMNIPOTENTE Ele o porque nico. Se no dispusesse do soberano poder, algo haveria mais poderoso ou to poderoso quanto ele, que ento no teria feito todas as coisas. As que no houves se feito, seriam obra de outro deus. (4) 8. DEUS SOBERANAMENTE JUSTO E BOM A providencial sabedoria das leis divinas revela-se nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, no permitindo, dada essa caracterstica, que se duvide da sua jus tia, nem da sua bondade. O facto de ser infinita uma qualidade exclui a possibilidade de uma qualidade co ntrria, porque esta a apoucaria ou anularia. Um ser infinitamente bom no poderia c onter a mais insignificante parcela de malignidade, nem o ser infinitamente mau conter a mais insignificante parcela de bondade, do mesmo modo que um objecto no pode ser de um negro absoluto com a mais ligeira nuana de branco, nem de um branc o absoluto com a mais pequena mancha preta. Deus, pois, no poderia ser simultaneamente mau e bom, porque, ento, no possuindo qu alquer dessas duas qualidades no grau supremo, no seria Deus. No poderia ele, por conseguinte, deixar de ser infinitamente bom ou infinitamente mau. Ora, como as suas obras do testemunho da sua sabedoria, da sua bondade e da sua solicitude, co

ncluir-se- que, no podendo ser ao mesmo tempo bom e mau, sem deixar de ser Deus, e le necessariamente tem de ser infinitamente bom. A soberana bondade implica na soberana justia, porquanto, se ele procedesse injus tamente, ou com parcialidade, numa s circunstncia que fosse, ou em relao a uma s de s uas criaturas, j no seria soberanamente justo e, em consequncia, j no seria soberanam ente bom. Deus , pois, a inteligncia suprema e soberana, nico, eterno, imutvel, imaterial, omn ipotente, soberanamente justo e bom, infinito em todas as qualidades, e no pode s er diferente disso. Tal o eixo sobre que repousa o edifcio universal. Esse o farol cujos raios se est endem sobre o Universo inteiro, grande luz capaz de guiar o homem na pesquisa da verdade. Tal tambm o critrio infalvel para avaliar as doutrinas filosficas e religiosas. Para apreci-las, dispe o homem de medida rigorosamente exacta nos atributos de Deus, e pode afirmar a si mesmo que toda a teoria, todo o princpio, todo o dogma, toda a crena, toda a prtica que estiver em contradio com um s que seja desses atributos, qu e tenda, no tanto a anul-lo, mas, simplesmente, a diminu-lo, no pode estar com a ver dade. Em filosofia, em psicologia, em moral, em religio, s h de verdadeiro o que no se afa ste, nem um til, das qualidades essenciais da Divindade. A religio perfeita ser aq uela de cujos artigos de f nenhum esteja em oposio quelas qualidades; aquelas cujos dogmas todos suportem a prova dessa verificao sem nada sofrerem. Que Deus? A viso cientfica e filosofica-religiosa do Espiritismo INCLUDEPICTURE "http://www.adepr.org.br/core/ob_getImage.php?foto_imagem=../jorn al/70_capa.jpg&image_w=&w_reducao=180&h_reducao=180&waterMark=&recorte=" \* MERG EFORMATINET Albert Einstein: A religio sem cincia cega INCLUDEPICTURE "http://www.adepr.org.br/core/ob_getImage.php?foto_imagem=../jorn al/70_capa2.jpg&image_w=&w_reducao=180&h_reducao=180&waterMark=&recorte=" \* MER GEFORMATINET 2009: A felicidade nasce, cresce e mora dentro do ser humano A revista Superinteressante n 220, de dezembro de 2005 informa que grande nmero de cientistas cr no ser papel da cincia provar a existncia de Deus, exatamente o que a firma Kardec: as instituies cientficas no tm, e no tero nunca o que dizer nesta quest comunicabilidade dos espritos) ... como no lhes compete decidir se Deus existe ou no (O que o Espiritismo, Allan Kardec). Mesmo assim, eles falam, seno em nome da cincia, ao menos em seus prprios. Meno parte , pela importncia extraordinria de suas descobertas, incluindo a Lei da Relativida de, est Albert Einstein. Atribui-se a ele diversas manifestaes em que transparecem suas idias sobre Deus e sua religiosidade. Vejamos algumas delas. Um nico acaso de struiria a cincia. Uma das mais famosas a seguinte: Deus no joga dados com o Unive rso. Em outra ocasio escreveu: Eu afirmo que a religiosidade csmica a mais forte e a mais poderosa de todas as ferramentas de pesquisa cientfica. Cincia sem religio incompleta. A religio sem cincia cega. Todas as religies, artes ou cincias, so frutos da mesma rvore, cuja aspirao ... permitir que o indivduo se eleve alm da simples exis tncia fsica, e seja livre. Disse mais: No podemos permitir que a lgica seja nossa de usa: ela tem msculos poderosos, mas, lhe falta personalidade. A mente intuitiva u m presente sagrado, e a lgica uma serva fiel; infelizmente ns criamos uma sociedad e que honra a serva fiel, e esquecemos o presente sagrado. Saber que existe algo insondvel, sentir a presena de algo profundamente racional, radiantemente belo, algo que compreendemos apenas em forma rudimentar, esta expe rincia que considero a atitude genuinamente religiosa. Neste sentido, e neste sen tido somente, que perteno aos homens profundamente religiosos, definiu-se, por fi m. Como afirmou Luiz Pasteur Um pouco de cincia nos afasta de Deus. Muito, nos apr oxima . Mas de que elementos ou evidncias os cientistas tiram estas concluses? Examinemos algumas elocubraes. CAOS: A desordem no o estado natural da matria, mas o que precede a emergncia ou ec loso de uma ordem mais elaborada. A ordem profunda est oculta sob o caos aparente. ENERGIA CSMICA UNIVERSAL: cientistas pretendem encontrar evidncias reais de partcul a elementar prevista teoricamente e responsvel por promover a massa s outras partcu las; um elemento universal ocupando todos espaos e apelidada pelos cientistas de p

artcula-deus . Foram detectados vestgios desse elemento aps coliso de partculas subatmi as levadas a velocidades prximas da luz desintegrando-se e voltando a se material izar sob outra forma (1). As sete razes pelas quais um cientista cr em Deus Importante fazer um passeio pelo trabalho do Dr. Cressy Morrison, ex-presidente da Academia de Cincias de New York e reproduzido e comentado por Eliseu F. Mota Jn ior (2). Recomendamos a leitura integral direto da fonte visto que o espao no perm ite acompanhar toda a fundamentao cientfica do ilustre professor americano, mas to s omente a sntese de cada argumentao. So elas: Por uma determinada lei, lgica, ns podemos provar que nosso Universo foi projetado e executado por uma inteligncia engenheira; O talento da vida para executar a sua proposta toda a manifestao de uma inteligncia suprema; A sabedoria animal fala irresistivelmente de um bom Criador, que infunde instint os a todas as suas desamparadas e pequenas criaturas; O homem tem alguma coisa mais do que um instinto animal o poder da razo; A proviso para toda vida revelada na fenomenal maravilha dos genes; Pela economia da Natureza, somos forados a perceber que somente uma sabedoria inf inita poderia ter previsto e preparado com tamanha prudncia administrativa; O fato de que o homem pode conceber a idia de Deus j , por si mesmo, a grande prova da existncia de Deus. ANTIMATRIA E OS BURACOS NEGROS (3) - Buracos negros so pontos singulares de um siste ma binrio entre uma galxia e uma antigalxia (antimatria). O buraco vai absorvendo e co ndensando at um ponto mximo e ento explode formando nova galxia em espiral. Quando d a imploso teramos a antigalxia em extino sendo engolida (movimento de gua no escoadour o de um tanque). No ponto singular, j se extinguiu tudo, ento explode e o outro br ao do binrio comea encolher, sempre comtransformao de energia em matria e vice-versa ( matria em antimatria e vice-versa). A ao para explodir a antigalxia seria Deus e o ef eito, a Criao . BIG BANG - Em 1983, Andrei Linde criou teoria da expanso inflacionria do universo segundo a qual existe a sopa de plasma sem tomos ou galxias, com temperaturas e de nsidades diferentes e variveis. Quando certa regio chega ao mximo de densidade, exp lode num Big Bang. E sempre tem havido estes e a sim com formao de matria, galxias, e tc. Isto estaria de acordo com as informaes do Esprito de Galileu no captulo VI de A Gnese - diversos centros de criaes simultneas ou sucessivas (4). A COMPOSIO DO UNIVERSO - Ele composto por 72% de energia escura, 23% de matria escu ra, 4,6% de tomos e menos de 1% de neutrinos, ou seja, menos de 5% de matria como a conhecemos (5). Mais recentemente reacendeu nos Estados Unidos a polmica que confronta a teoria d a evoluo das espcies de Charles Darwin e a do criacionismo, segundo a qual o homem foi criado por Deus como um ser especial, parte de todos os demais seres e numa p oca muito mais recente do que afirma a cincia. Como alternativa, surgiu uma teoria intermediria que pretende unir a idia da criao d ivina com os conhecimentos cientficos. Surgida no final de 2005 numa escola pblica de Dover Pensilvnia, entre cientistas partidrios do protestantismo, o Design Inte ligente pressupe que algumas tarefas complexas como a viso, a coagulao e transporte celular s encontram explicao se for admitida a interveno de uma fora superior, isto , eus. Michel J. Beche, professor da Universidade de Lihgh, Pensilvnia, autor de A caixa preta de Darwin defende os colegas acuados pelas alas cientficas mais ortodoxas qu e os acusam de fazer ressurgir o criacionismo, ao declarar: diferente justificar uma f com argumentos cientficos de descobrir uma teoria cientfica que pode ser comp atvel com a f . Mas h quem duvide mesmo desta perfeio propalada por uns e outros, embora creditas a origens diferentes. o caso da biloga Vera Volferini, professora da UNICAMP. Em s ua opinio no existem ainda argumentos cientficos que sejam tranqilamente aceitos pela maioria dos pesquisadores. O ser humano no um projeto perfeito . E exemplifica: a anatomia da prstata que predispe aos tumores ou por que no termos mais que cinco de dos? Para alguns a inclinao religiosa ou simplesmente as manifestaes da f em Deus resultam

de uma programao gentica. Isto confere at certo ponto com os Espritos que atuaram na codificao esprita (questes 5 e 6 de OLE) para os quais a crena na existncia de um Ser Superior intuitiva no homem, se bem que a afirmao deles implique uma profundidade e anterioridade muito maior do que a soluo da cincia. Os atributos de Deus segundo o Espiritismo Para o Espiritismo, como praticamente tambm para todas as demais religies, a crena na existncia de um ente supremo um princpio fundamental, o mais importante de todo s, razo de ser do universo e do homem. Na Introduo de O Livro dos Espritos, Allan Ka rdec compara: Deus para o universo o que o sol para o nosso sistema e quem no o r econhece no pecador irremissvel, mas um cego que encontrar a cura. E na primeira qu esto formulada aos Espritos nesta obra, o codificador comea, sem trocadilhos, pelo princpio de tudo, ao indagar aos Espritos Superiores justamente Que Deus? Chamamos a ateno para o detalhe de no usar quem o que levaria a pressupor algum com caracters ticas humanas, conceituao limitadora e vigente durante muitos sculos no seio das re ligies e que ainda hoje subsiste. Os Espritos responderam: Suprema inteligncia do u niverso, causa primria de todas as coisas. Mais adiante, na questo 13, encontramos os seus principais atributos: eterno (sem comeo nem fim, diferente dos humanos que so apenas imortais pois que foram criado s); imutvel (se no o fosse, o universo no teria estabilidade); imaterial (razo de su a estabilidade); nico (a crena ou possibilidade politesta colocaria em risco a orga nizao universal pela diviso de poder); onipotente (a supremacia de poder confere-lh e a criao e manuteno dos mundos e dos seres); soberanamente justo e bom (a justia no mais elevado grau no exclui a bondade com idntica caracterstica, proporcionando equ ilbrio nas aes divinas). Alm destes poderamos citar: onipresente (atravs da irradiao sua energia csmica ou ter, segundo alguns filsofos), onisciente (tudo sabe por esta r em toda parte) e infinitamente misericordioso (no simplesmente perdoando , mas por desejar sempre o soerguimento espiritual de suas criaturas, abrindo-lhes oportu nidades renovadas de progresso). Portanto, Deus tudo pode, tudo sabe; fora geradora de tudo o que existe e, em ltim a anlise, o responsvel por nossas vidas e destinos, dentro do conjunto maior, embo ra pelo livre-arbtrio, possa o homem construir parcialmente o seu presente e futu ro. Pouco antes, na questo 10, os Espritos explicam que no atual estgio de desenvol vimento, o homem incapaz de compreender a natureza ntima de Deus, o que s se dar qu ando tiver se aproximado da perfeio. Allan Kardec, em comentrio questo 16, repete o pensamento de Toms de Aquino e aduz que No sabemos tudo o que ele , mas sabemos aqui lo que no pode ser... . Por definio, Deus por ser infinito, desconhecido. medida que o homem descobre as c oisas, julga presunosamente que j sabe tudo, mas, na realidade, somente v o mundo c omo um curioso diante do mecanismo do relgio, esquecendo que algum o construiu. Ou seja, o que para ele causa, j um efeito. Por isso na pergunta n 7, consta que as p ropriedades da matria tm uma causa anterior, primria , isto , Deus. Bem mais frente, na 244, recebe-se a informao de que somente os Espritos Puros pode m ver Deus. Talvez essa viso entre a em sentido figurado, mas o grande filsofo espri ta Leon Denis, em Cristianismo e Espiritismo faz uma afirmao semelhante ao dizer que Deus no tem forma, mas pode revestir uma para aparecer s almas elevadas . Os estudos espritas apontam para uma descoberta de Deus cada vez mais ampla e def initiva, tanto atravs da perquirio filosfica (a lgica nos demonstra a existncia de Deu s como fato), do sentimento religioso (a orao e a f estabelecem ligaes palpveis com o iador) e pela pesquisa cientfica (ainda que uma causa, o Big Bang, por exemplo, s e tomado como responsvel pelo comeo de tudo, no deixar de ser apenas uma causa imedi ata, no porm a real que provocou aquela e os demais efeitos decorrentes). Deus no a penas a energia por excelncia em que tudo vive e se move, mas uma conscincia absol uta dotada de atributos que vo muito alm da fora de coeso do universo. Isto a cincia ainda est por reconhecer. HYPERLINK "http://luzespirita.livreforum.com/t27-estudo-011-provas-da-existencia -de-deus" \l "27" Estudo 011 - Provas da Existncia de Deus INCLUDEPICTURE "http://illiweb.com/fa/empty.gif" \* MERGEFORMATINET luzespiritaem Dom Abr 25, 2010 11:15 am PROVAS DA EXISTNCIA DE DEUS

Allan Kardec colocou logo no incio de "O Livro dos Espritos" um captulo que trata e xclusivamente de Deus. Com isso pretendeu significar que o Espiritismo se baseia em primeiro lugar na idia de um Ser Supremo. Os Espritos definiram Deus como "(.. .) a Inteligncia Suprema, causa primria de todas as coisas." Ora, nesse conjunto i menso de mundo se coisas que constituem o Universo, tal a grandeza, a magnitude, e so tais a ordem e a harmonia, que, tudo isso, pairando infinitamente acima da capacidade do homem, s pode atribuir-se a Onipotncia criadora de um Ser Supremamen te inteligente e sbio, Criador necessrio de tudo que existe. Deus, porm, no pode ser percebido pelo homem em sua divina essncia. Mesmo depois de desencarnado, dispon do de faculdades perceptivas menos materiais, no pode ainda o Esprito imperfeito p erceber totalmente a natureza divina. Pode, entretanto o homem, ainda no estagio de relativa inferioridade, em que se encontra, ter convincentes provas de que D eus existe, mas advindas por dois outros caminhos, que transcendem aos dois sent idos: o da razo e o do sentimento. Racionalmente, no possvel admitir um efeito sem causa. Olhando o Universo imenso, a extenso infinita do espao, a ordem e harmonia a que obedece a marcha dos mundos inumerveis; olhando ainda os seres da Natureza' , os minerais com suas admirveis formas cristalinas, o reino vegetal em sua exube rncia, numa variedade de plantas quase infinita, os animais com seus portes altiv os ou a fragrncia de certas flores e as mirades de insetos", sondando tambm o mundo microscpico com incontveis formas unicelulares; toda essa imensido, profuso e belez a nos obriga a crer em Deus, como causa necessria. Mas se preferirmos contemplar apenas o que o nosso prprio corpo, quanta harmonia tambm divisaremos na nossa roup agem fsica, nas funes que se exercem revelia de nossa vontade num ritmo perfeito. N as maravilhas que so os nossos sentidos; os olhos admiravelmente dispostos para r eceber a luz refletida nos corpos, condicionando no plano fsico a percepo dos objet os e das cores; o ouvido, adredemente estruturado percepo de sons, melodias e gran diosas sinfonias; o olfato, o gosto, o tato, outros tantos sentidos que nos perm item instruir-nos sobre a objetividade das coisas. Toda essa perfeio, a harmonia d a natureza humana e ao mundo exterior ao homem, s pode ser Criaro de um Ser Suprem amente Inteligente e sbio, o qual Chamamos Deus. pelo sentimento, mais do que pel o raciocnio, que o homem pode compreender a existncia de Deus. Porm, h no homem, des de o mais primitivo at o mais civilizado, a idia inata da existncia de Deus. Acima, pois, do raciocnio lgico prova-nos a existncia de Deus a intuio que dele temos. E, J esus, ensinando-nos. a orar no-Lo revelou como o Pai: "Pai Nosso, que ests no Cu, Santificado seja o teu nome" (...) O Espiritismo, portanto, tem na existncia de Deus o princpio maior, que est na base mesma desta Doutrina. Sem pretender dar ao homem o conhecimento da Natureza ntim a de Deus, permite-se argumentar que prova a Sua existncia a realidade palpitante e viva do Universo. Se este existe, h de ter um divino Autor. ATIVIDADES 01 - Relatar a evoluo da idia de Deus ao longo da histria humana. 02 - Identificar Deus como Pai e Criador ( citando provas ) ENTREVISTA CONCEDIDA POR GERSON SIMES MONTEIRO A MARCOS LEITE, ASSESSOR DE IMPRENSA DA RDIO RIO DE JANEIRO Tema: Deus na Viso Esprita MARCOS LEITE (ML) Eu gostaria, inicialmente, que voc falasse para os ouvintes da Rdio Rio de Janeiro sobre Deus na Viso Esprita. GERSON (G) Falar da figura de Deus constitui sempre uma tarefa muito difcil, embora agradvel, tendo em vista a distncia que, em todos os aspectos, separa os homens, criaturas finitas e imperfeitas, da incomensurvel grandeza e perfeio do Criador. Por isso, escreveu com acerto o professor Milton O'Reiily de Souza: Deus, a idia mais alta do pensamento humano, simples, como motivo de crena e adorao e se torna complexo como motivo de conhecimento e explicao . Assim, Deus melhor se sente do que se entende. como disse Lon Denis: "H coisas

que de to profundas s se sentem, no se descrevem". ML A idia de Deus, ao que vejo, varia muito, de acordo com a evoluo espiritual de cada criatura. isso? G Sim, essa circunstncia foi exposta com muita beleza e profundidade pelo professor Rubens Romanelli, da seguinte forma: "Viviam num edifcio de sete andares, moradores cujos olhos jamais tinham contemplado a luz do sol, a no ser atravs das vidraas diversamente coloridas de cada pavimento. Encerrados nos limites de seu pequeno mundo, cada qual fazia uma idia diferente quanto cor da luz solar. Os moradores do primeiro pavimento diziam que era vermelha, porque vermelhos eram os vidros atravs dos quais se habituaram a vla. Os do segundo pavimento diziam, por sua vez, que era alaranjada, porque alaranjados eram os vidros pelos quais ela diariamente se filtrava. Os do terceiro diziam, pela mesma razo, que era amarela. Os do quarto diziam que era verde. Os do quinto, azul. Os do sexto, anil e os do stimo diziam que a luz solar era violeta. Certo dia, porm, um morador mais inteligente e indagador resolveu sair do edifcio, e surpreendido com a luz do sol, que l no alto se decompunha na policromia do arco-ris, compreendeu logo que cada morador havia apreendido somente uma parcela da verdade. Tudo se passava exatamente como se cada um deles, em seu prprio pavimento, tivesse a viso limitada a uma faixa apenas, dentre as sete faixas luminosas do espectro solar. A luz do sol era realmente da cor sob que cada qual a tinha visto, mas era tambm muito mais do que isso: era a sntese das sete cores. Assim como cada morador via o sol, assim tambm cada criatura humana v Deus. Situado em diferentes faixas de evoluo, cada um o ver sob um aspecto diferente, segundo a colorao do seu entendimento. Chegar, no entanto, um dia em que a criaturatranscender os augustos limites do seu mundo e compreender Deus em sua essncia, na sntese de seus atributos". ML Quer dizer, ento, que os homens sempre se abstiveram de estudar a figura de Deus por no poderem entend-lo? G Sim. Isso no impediu, absolutamente, que os grandes pensadores de todos os tempos, os maiores filsofos e estudiosos nos campos da cosmologia e da metafsica, tivessem dedicado sua inteligncia e seu tempo pesquisa e ao entendimento da figura do Criador de todas as coisas e seres do Universo, este tomado no sentido amplo. Criaram at uma cincia para isso: a TEODICIA. Dois assuntos principais foram objeto do exame desses estudiosos: a) a existncia de Deus, e b) a essncia de Deus. DEUS EXISTE? O grande filsofo da Frana, Descartes, baseia-se no chamado argumento ontolgico, para afirmar que sim: eu tenho idia de um ser, de um ente perfeito; este ente perfeito tem que existir, porque se no existisse faltar-lhe-ia a perfeio da existncia e ento no seria perfeito. o argumento pela evidncia. Outro vulto notvel do pensamento francs foi Voltaire. Seu raciocnio prtico, ao afirmar: "O Universo me espanta e no posso imaginar que este relgio exista e no tenha relojoeiro". Assim, diante da realidade do Universo, foroso reconhecer que ele foi feito por algum. Se esse algum no foi o homem, s pode ter sido Deus, mas este nos concede sempre o benefcio da dvida, no mesmo? Deve-se, porm, ao famoso S. Tomaz de Aquino, autor da no menos famosa Summa Theolgica, a prova da existncia de Deus mais convincente, baseada nos argumentos metafsicos. ML Antes de cit-los, Gerson, voc poderia dizer por que so chamados metafsicos? G Metafsica quer dizer: estudo das cincias no fsicas, e faz parte da Filosofia, cujo objeto o estudo das causas primeiras ou primrias, das causas supremas. Dessas causas uma a maior, Deus. Argumentos metafsicos so assim sutis, transcendentes.

ML Voc nos dizia que Tomaz de Aquino, uma das maiores inteligncias que o Mundo j conheceu, provou a existncia de Deus pelos argumentos metafsicos. Quais so eles? G Tomaz de Aquino nos diz que a existncia de Deus pode ser provada por cinco vias, que so a do movimento, da causalidade, dos seres contingentes, dos graus de perfeio dos seres e da ordem do mundo. Esses argumentos assim se sintetizam: 1 Se no mundo existe movimento ou mudana, que caracteriza o vir-a-ser, deve existir um motor primeiro que no seja movido por nenhum outro, pois se tudo fosse movido, teramos o efeito sem causa; 2 H uma causa absolutamente primeira, transcendente s causas em geral; assim, se existem as causassegundas, d eve existir a causa primeira, porque as causas segundas so efeitos. ML Lembramos aqui que os Espritos definiram Deus como a Causa primria de todas as coisas. G Exatamente. Causa primria ou primeira. Mas vamos aos outros argumentos: 3 - Existem seres contingentes, que no possuem em si mesmos a razo de sua existncia, que so mas poderiam no ser; se existem seres contingentes, deve existir um ser necessrio; 4 - Nas coisas existem vrios graus de perfeio, referentes beleza, bondade, inteligncia, verdade; ento deve haver um ser infinitamente perfeito, porque o relativo exige o absoluto; 5 - Prova pela ordem do mundo, pela organizao complexa do Universo, pelo governo das coisas, tudo devido a uma inteligncia ordenadora, superior, absoluta, necessria. ML Estamos vendo que somente com sofismas e manifesta incredulidade se poder negar a existncia de Deus. Do outro lado, estamos vendo que o Espiritismo se estrutura em conceitos filosficos dos mais elevados. Com relao a Deus, que prova nos oferece o Espiritismo quanto sua existncia? G Voc viu, Marcos, que as provas citadas no repugnam inteligncia mais lcida e mais lgica e o Espiritismo nada lhes tem a opor. Quanto existncia de Deus, se no houvesse motivos outros para admiti-la, este seria bastante, conforme est na Questo 4 de O Livro dos Espritos : Onde se pode encontrar a prova da existncia de Deus? Resposta: "Num axioma que aplicais s vossas cincias. No h efeito sem causa. Procurai a Causa de tudo que no obra do homem e a vossa razo responder". E Kardec acrescenta: "O universo existe, logo tem uma causa". Por isso, repetimos: Deus a causa primria de todas as coisas. ML Parece que Meimei tem uma pgina que bem ilustra esse assunto... G verdade. H uma pgina simples, mas interessante, de Meimei, na obra "Idias e Ilustraes", psicografada por Chico Xavier, captulo 47, que vem a calhar. Ela conta que um velho rabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho cada noite, que, certa vez, o rico chefe da grande caravana chamou-o sua presena e lhe perguntou: - Por que oras com tanta f? Como sabes que Deus existe, quando se nem ao menos sabes ler? O crente fiel respondeu: - Grande senhor, conheo a existncia de nosso Pai Celeste pelos sinais DELE. - Como assim? Indagou o chefe, admirado. O servo humilde explicou-se: - Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?- Pela letra. - Quando o senhor recebe uma jia, como que se informa quanto ao autor dela? - Pela marca do ourives. O empregado sorriu e acrescentou: - Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe,

depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi? - Pelos rastros, respondeu o chefe, surpreendido. Ento, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrandolhe o cu onde a L ua brilhava, cercada por multides de estrelas, exclamou, respeitoso: - Senhor, aqueles sinais, l em cima, no podem ser dos homens! Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e comeou a orar tambm. No h dvida, caros ouvintes, de que s o orgulho tolo do homem pode negar a existncia de Deus. Isso, entretanto, constitui atitude passageira, pois todos um dia o encontraro, de vez que cada um de ns tem D'ELE a intuio de sua existncia, como est na Questo 5 de O Livro dos Espritos . ML No havendo para o crente nenhuma dvida quanto existncia de Deus, podemos defini-lo? Podemos conhecer sua natureza? G Comecemos por esclarecer que definir limitar, o que impossvel com a figura de Deus: Infinito, Absoluto, Eterno. Por isso j dissemos que Deus se sente, no se define, no se pode conhecer em sua estrutura ntima. Isso no impede, entretanto, que especulemos, no bom sentido, pois o homem um ser eminentemente metafsico. J o Livro dos Espritos nos informa que Deus a "inteligncia suprema, a causa primria de todas as coisas", o que nos leva a examinar o que seja inteligncia, o que seja causa. Sabemos que o esprito constitui o princpio inteligente do Universo, mas que sua natureza ntima ainda nos desconhecida (Questo 23 de O Livro dos Espritos ). A inteligncia, atributo essencial do esprito, , segundo Claparede, a capacidade de resolver problemas novos por meio do pensamento, a capacidade de adaptao a situaes novas. Outro autor nos diz que a faculdade pela qual a alma conhece as coisas de maneira imaterial, o que vem a dar no mesmo. Isso quer dizer que, diante da dificuldade, o homem pensa, reflexiona e procura resolv-la, super-la da melhor maneira para ele prprio. Entretanto, a inteligncia no homem limitada, s em Deus suprema, nenhuma outra se lhe pode igualar. A prova dessa inteligncia superior est na obra de Deus, o Universo infinito (Questo 9 de O Livro dos Espritos ). A noo de causa tambm importante para conceituar o Criador, na medida em que isso possvel. Causa um conceito filosfico importante e se define com tudo quanto concorre para que uma coisa exista. Como a existncia de todas as coisas e seres se deve a Deus, diz-se que El e a causa primria, principal, eficiente, de que dependem todas as outras causas. ML Pelo que estamos vendo, tm razo aqueles que afirmam ser o espiritismo uma doutrina profunda, embora seja tambm muito clara e convincente. Assim, satisfaz tanto ao homem simples como ao intelectualizado. No mesmo? G Estamos de pleno acordo com voc. Mas continuemos. Da natureza de Deus sabemos apenas que espiritual. Para melhor entend-lo, porm, costumamos adjetiv-lo, pois o adjetivo, limitando-o, torna-o mais acessvel nossa compreenso limitada. Por isso citamos os chamados atributos de Deus, como est na Questo 13 de O Livro dos Espritos : "Deus eterno, no teve princpio, nem ter fim, por isso chamado o INCRIADO; infinito, isto , nada o limita; imutvel, pois no est sujeito a mudanas de qualquer espcie; imaterial, portanto puro Esprito; nico, pois se houvesse mais de um, teramos deuses, no Deus; onipotente, porquanto nada lhe impossvel; nico e soberano, nada se lhe ope; soberanamente justo e bom, pois a todos concede suas graas, sem parcialidade e com amor. Poderamos acrescentar a esses os chamados atributos entitativos

ou metafsicos, assim enunciados pelos filsofos: simplicidade, infinitude, unicidade, imensidade, eternidade. Como disse o filsofo Garcia Morente, no podemos saber o que Deus, sua essncia ou natureza, apenas quem Deus, ou seja, atestar sua existncia. Ns, espritas, reconhecemos nossa inferioridade moral e procuramos sentir DEUS, como Criador e Senhor dos nossos destinos, o Pai amantssimo que nos destina um futuro glorioso, que estamos longe de poder prover, apenas imaginamos. ML Como disse Emmanuel no livro "Fonte Viva": "No perguntes se Deus um foco gerador de mundos ou se uma fora irradiando vidas. No possumos ainda a inteligncia suscetvel de refletir-lhe a grandeza, mas trazemos o corao capaz de sentir-lhe o amor. Procuremos, assim, Nosso Pai acima de tudo e Deus, Nosso Pai, nos escutar . Sabemos que Deus distinto de sua Criao, como est esclarecido na Q. 77 de O Livro dos Espritos . Por esse motivo o Espiritismo repele o pantesmo. Por outro lado, imanncia e transcendncia so noes inseparveis, segundo o exige a prpria razo. Gerson, voc pode nos explicar melhor esse aspecto da apreciao que estamos fazendo, com o devido respeito figura divina? G Para comear, dizemos que o Espiritismo dualista, de vez que admite a separao, em essncia, substancial de Deus, o Criador, de sua criao. Imanncia de Deus significa sua presena espiritual em tudo, como causa final e universal, de vez que Ele o Criador de todas as coisas e seres. Por isso disse o apstolo Paulo: "em Deus temos a Vida, o movimento, o Ser". Entretanto, a imanncia de Deus no impede sua absoluta independncia em relao ao Universo, que Ele criou, e isso que denominamos de transcendncia.Assim, imanncia e transcendncia se completam na na tureza divina, pois sem a primeira, Deus se faria estranho ao Universo e no seria, por isso, infinito nem perfeito. Sem a transcendncia, Deus seria idntico ao Universo e tambm imperfeito, como o prprio Universo em evoluo. Assim, em resumo: Deus, por suas leis, eternas como Ele, est presente na Criao, por efeito de sua imanncia, sem se confundir com o Universo criado por Ele (Questo 77 de O Livro dos Espritos ), isto porque as leis de Deus permitem a ligao de todas as coisas ao Seu poder e Sua perfeio; entretanto, por Sua transcendncia, Deus continua distante do Universo, independente de tudo quanto cria. ML Como voc j fez em relao ao entendimento da figura divina e de sua existncia, poderia ilustrar com uma historieta a questo da presena de Deus em todas as coisas? Assim, o assunto ficar bem mais interessante, no mesmo? G Sem dvida, Marcos. H o episdio de um sbio hindu que, inspirado, dizia ao discpulo: - Meu filho, em tudo podemos notar a existncia, a presena de Deus, sustentando-nos a felicidade e a segurana. Na beleza da flor, no verde da mata, no azul do cu, na majestade do oceano, no animal que passa, no brilho das estrelas, no sorriso da criana... Em toda a Criao, h sinais da Sublime Presena, convidando-nos confiana e oferecendonos conforto e ale gria. Impressionado com tais raciocnios, o discpulo deixou a casa do mestre, e, retornando ao lar, divagava: Sim, Deus est presente em tudo: nesta flor que desabrocha deslumbrante, naquela cascata que canta a sublimidade da Criao, no Sol que ilumina o Mundo... . Despertando do seu deslumbramento ntimo, avistou um elefante furioso que corria pela estrada em sua direo. Montado no animal, um homem advertia, desesperado, aos gritos: - Sai da frente! Sai da frente! Ah! - suspirou, tranqilo, o crente. Deus est em tudo. Nada h a

temer, porquanto a Majestade Divina est presente tambm naquele elefante furioso que se aproxima. O nobre animal tambm faz parte da Criao... . Mal teve tempo de formular semelhante raciocnio, foi violentamente colhido pelo paquiderme, que o atropelou como um trem expresso, jogando-o distncia. Com contuses generalizadas, sentindo mil dores, foi socorrido por seu mestre, que ouvira o barulho. Medicado, ainda gemendo de dor, o discpulo comentou queixoso: - Mestre, o senhor disse que Deus est em todas as manifestaes da Natureza, at nos animais. Veja como fiquei por confiar em que o Senhor Supremo estava naquele elefante furioso!... O sbio sorriu e respondeu: - Meu filho, realmente Deus est presente em tudo. At mesmo naquele elefante furioso. Entretanto, voc se esqueceu de que o TodoPoderoso estav a presente tambm naquele homem que gritava a plenos pulmes: "Sai da frente! Sai da frente!...". ML - Uma historia bem sugestiva essa, que voc nos transmitiu. Deus, de fato, est presente em tudo. Gostaramos que voc, agora, nos dissesse alguma coisa a respeito de outro problema intimamente ligado a Deus, ou seja, a compreenso que devemos ter da existncia do Bem e do Mal. Eu pergunto: existe o mal? Deus o seu autor? Se no , porque permite a existncia do mal? G Ns, espritas, sabemos que Deus puro amor e jamais nos criaria para o sofrimento. Deus, portanto, no o autor do mal, fruto apenas de nossa imperfeio. Comeamos por dar alguns conceitos emitidos por estudiosos desse assunto, que tanto tem preocupado filsofos e religiosos em todos os tempos: O Bem essncia do Criador, o mal, essncia da criatura S. Paulo. O Mal a medida da inferioridade dos mundos e dos seres Gustave Geley. O que o Mal? Deus que adormece na conscincia humana Victor Hugo. Fundamentalmente considerada, a dor uma lei de equilbrio e educao Leon Denis. O Mal a ausncia do Bem Allan Kardec. Ainda de Lon Denis esta definio, que consideramos muito boa: "O Mal o Menos evoludo para o Mais, o Inferior para o Superior, a Alma para Deus". Emmanuel afirma, em O Consolador , pergunta 135, que "o mal essencialmente considerado, no pode existir para Deus, em virtude de representar um desvio do homem, sendo zero na sabedoria e na previdncia Divina". ML So conceitos muito interessantes esses que voc citou, do mal. Entretanto, gostaramos de conhecer alguma explicao que fosse aceitvel a respeito da existncia do mal e sua utilidade. G Vejamos a opinio, por exemplo, do prof. Carlos Toledo Rizzini, em seu timo livro "Evoluo para o Terceiro Milnio": "Para progredir foi permitido ao Esprito humano violar a Lei, promover a desordem ao redor de seus prprios passos, de modo a conhecer as conseqncias do erro e afastar-se dele. Deus disps, portanto, que durante certo tempo lhe fosse possvel abusar e errar para aprender, pagando o preo do sofrimento. a dor o fator que traz o homem de volta ao regao divino, depois que se desviou do rumo traado pela Lei". D. Ludegero Jaspers, em seu Manual de Filosofia, afirma que "Deus recusaria ao homem a liberdade, nobre prerrogativa, se no lhe desse possibilidade de agir e, portanto, de errar. Por isso Ele d mrito ao homem que resiste ao mal". Outro professor de Filosofia, R. Jolivet, em seu livro Cursos de

Filosofia , assim se exprime: "O mal resulta da criatura finita, que pecacriando-o , embora ele no seja absolutamente necessrio: o homem tem livre-arbtrio, que Deus respeita, garantindo sua liberdade. Ele peca voluntariamente. Essa liberdade, mesmo falvel, um bem: o poder determinar-se, ser o fruto de seus erros e acertos. A criatura assume, sozinha, a responsabilidade do mal. Assim, o mal serve ao bem, til. Seria absurdo se existisse sem nenhuma utilidade. meio de reparao, fonte de mrito: o homem corrige-se e segue o bem. Que o bem? o que nos faz realizar a perfeio de nossa natureza. Esse fim ltimo est na conquista da felicidade". Como vemos, esses conceitos se enquadram nos da filosofia esprita, segundo a qual o Esprito, criado simples e ignorante, dotado de liberdade ou livre-arbtrio, que lhe permite escolher, optar entre o que certo, segundo a Lei de Deus, e o que a contraria, ou seja, o mal. Pelo resgate das culpas, atravs do arrependimento, da expiao e da reparao, o Esprito se redime e alcana a felicidade. ML - Sabemos que o mal pode ser fsico, moral e metafsico. Gerson, o que voc pode nos dizer do mal fsico? Como conceitu-lo na problemtica esprita? G O mal fsico consiste na dor fisiolgica e tem funo de regenerao e reparao. Andr Luiz nos esclarece, em sua obra "Ao e Reao", Captulo XIX, que h trs formas de dor, dor essa a respeito da qual afirmou Vtor Hugo: "Dor! Chave dos Cus!": DOR-EVOLUO mola do progresso, atuando de fora para dentro, aprimorando o ser, por isso atinge os prprios animais irracionais; DOR-EXPIAO que vem de dentro para fora, marcando a criatura no caminho dos sculos, detendo-a em complicados labirintos da aflio, por regener-la perante a Justia. Regenera o Esprito, provocando-lhe o arrependimento, sujeitando-a a expiao e o levando reparao das faltas; DOR-AUXLIO que evita o mal maior, a queda no crime ou concorre, freqentemente, "para o servio preparatrio da desencarnao, a fim de que no sejamos colhidos por surpresas arrasadoras, na transio da morte". Sobre esta modalidade de dor, temos uma sugestiva pgina de Humberto de Campos, intitulada "A Molstia Salvadora", componente do livro Reportagens do Alm Tmulo . o caso de um esprita, casado, com filhos, que se v enredado por moa leviana, que o induz a abandonar o lar, para viver com ela. Embora assistido por um Esprito amigo, o confrade est prestes a fazer a vontade da moa, sentindo-se fraquejar. ento que outro esprito, mais sbio e experiente, aconselha o protetor do moo a provocar nele uma doena sria, que o joga numa cama de hospital. A moa, quando o v prostrado, mal dissimula o desapontamento e some para sempre...ML Na verdade, de quantos tombos nos livra a Espiritualidade, com seus recursos maravilhosos, no mesmo? E o Mal Moral, existe? G Tanto o mal fsico como o moral so obras do procedimento dos homens, comeam e terminam entre eles. Deus no cria o mal. Com referncia ao MAL MORAL, diremos que consiste na violao do dever, dos princpios ticos, das leis divinas, estando ligado ao nosso direito de liberdade e vontade, expressa atravs do livre-arbtrio, levando um grande filsofo, Leibniz, a afirmar que "o mal moral, no homem, consequncia de um grande bem - o livre-arbtrio; condio para o mrito". Ele argumenta que o mal metafsico o limite puro e simples, que resulta da ausncia de perfeio no exigida pela Natureza: a planta no v, o homem no voa. O mal metafsico apenas um limite e Deus s poderia evit-lo deixando de criar. A criatura limitada necessariamente e mais vale existir assim a no existir . Luciano dos Anjos, no seu livro DEUS O ABSURDO , afirma: "O mal metafsico no existe; no tem realidade, nem objetivo e nem

abstrao; ele no pode ser dentro da criao perfeitssima de Deus. preciso demonstrar pelo raciocnio a sua necessidade de NO SER". ML Na verdade, ficamos confusos com o problema, procurando soluo para ele em nossa inteligncia finita. claro que h uma explicao aceitvel, mas no atinamos com ela, no mesmo? G claro que sim, pois no podemos duvidar da perfeio do Criador. O assunto, entretanto, estar no rol daqueles que no nos dado conhecer ainda, como est nas Questes 10 e 17 de O Livro dos Espritos . Isso no impede, porm, que nosso pensamento procure o porqu das coisas, na nsia de aumentar, sempre e sempre, o nosso conhecimento. O filsofo Battista Mondim, em seu livro "Introduo Filosofia", afirma: "O termo criao quer evidenciar a inexistncia total do Mundo antes de sua produo por parte do Ser subsistente. Por meio do ato criador, o Ser subsistente comunica seu ser ao Mundo. Trata-se, porm, bvio, de uma comunicao limitada. O Ser subsistente no cria um outro ser subsistente, mas um ser contingente. Por esse motivo o Mundo no iguala a perfeio de Deus e muito menos se identifica com sua realidade. O mundo simplesmente participa da perfeio do Ser subsistente, ou seja, possui, de modo particular, limitado, imperfeito, aquela perfeio que no ser subsistente se realiza do modo total, ilimitado e perfeito. H, entretanto, uma tenso permanente no Mundo para voltar sua fonte primitiva, ao Ser subsistente. Isso explica o profundo dinamismo que o permeia, a transformao constante e a evoluo maravilhosa que o anima: o Mundo est a caminho, na direo de Deus". ML Muitos assuntos de grande interesse para a melhor compreenso da figura de Deus, Nosso Pai e Criador, foram comentados nesta entrevista. Agora perguntamos a voc: de que recursos dispe, ento, o homem e, em particular, o esprita, para progredir moral eintelectualmente, at que se possa defrontar com o Criador, tornando-se, como Jesus, "um com o Pai", como est no Evangelho de Joo? G Marcos, dispomos, todos ns, graas ao Espiritismo, do conhecimento explicitado da Lei de Deus, desdobrada em 10 partes. "Para abranger todas as circunstncias da vida, o que essencial", como diz a Questo 648 do Livro dos Espritos. A observncia dessas leis o caminho certo, seguro e nico para essa finalidade. Podemos dizer que Deus a Lei e que essa Lei est escrita no em livros perecveis, mas em nossas conscincias; entretanto, por acrscimo de misericrdia, ela revelada aos homens periodicamente. A ltima vez que isso se deu foi com o advento do Espiritismo, que o nclito Missionrio Allan Kardec codificou para todos ns. Lembramos que a primeira dessas leis a de Adorao resume exatamente o mandamento maior de Jesus, que nos mandou amar a Deus sobre todas as coisas, de todo nosso esprito. Essa lei nos mostra como ter acesso, embora indireto, ao Pai Celestial, atravs da prece, do culto interno, quando, ajoelhados, lhe entregamos nossos coraes, sem vaidades, sem orgulho, sem egosmos, sem mgoas e nem ressentimentos. ML Vamos terminando esta entrevista, mas antes pediramos ao nosso Gerson que nos oferecesse, como fecho de ouro, uma produo potica sobre Deus. G - Voc veio ao encontro de nosso desejo e aqui est uma bela poesia de Maria Dolores, intitulada Deus Caridade, obra prima da nossa irm, que ela oferece como lembrana aos companheiros da Doutrina Esprita e est publicada em Antologia da Espiritualidade, edio FEB: DEUS CARIDADE No guardes e nem fales, corao, Palavras de azedume ou desesperao. O verbo que escarnece, esfogueia, envenena, Traz em si mesmo a dolorosa pena

De amarga frustrao! Muitas vezes, ns mesmos, trilha afora No pensamento que se desarvora, Nas teias da iluso sem motivo ou sem base, Para sair do mal e regressar ao bem Precisamos apenas de uma frase Do carinho de algum! Na dor que nos renova, Quantas vezes na vida a gente espera Simplesmente um sorriso, Para fazer o esforo que preciso,A fim de no perder nas lgrimas da prova A paz da f sincera!... Pensa nisso e abenoa Aquela prpria mo que te espanca ou aguilhoa Fel, tristeza, amargura, Transformam desventura em maior desventura! Se a mgoa te domina, Observa a lio da Bondade Divina! Se o homem tala o campo nos horrores da guerra, Deus recama de verde as lceras da Terra. Cerre-se a noite fria, Deus recompe sem falta os fulgores do dia. Atire-se um calhau frente na espessura, Deus protege a corrente E a fonte lava a pedra a beijos de gua pura E prossegue indulgente. Doce, clara, bendita, Fertilizando o campo em que transita. Isola-se a semente pequenina Na clausura do cho E eis que Deus a ilumina E ela faz a alegria e a fartura do po! Que a poda fira a planta a golpes destruidores E Deus reveste o tronco em aurolas de flores!... Conquanto seja em tudo a Justia Perfeita Que nos premia, ampara, aprimora e indireita Pelo poder do amor incontroverso, Deus quer que a Lei do amor seja cumprida Para a glria da vida, Nas mais remotas plagas do Universo! Serve, pois, corao, tolerncia, paz, bondade e Unio; Embora desprezado, annimo, sozinho, Agradece em silncio, a injria, o pranto, o espinho E serve alegremente... Dor nova ascenso Vida Superior!... Rende-te a Deus e segue para a frente, Pois Deus Caridade e a Caridade ardente Tudo cobre de amor!... PROVAS DA EXISTNCIA DE DEUS Allan Kardec colocou logo no inicio de O Livro dos Espritos um captulo que trata exclusivamente de Deus. Com isso pretendeu significar que o Espiritismo se basei a em primeiro lugar na idia de um Ser Supremo. Os Espritos definiram Deus como (...) a Inteligncia Suprema, causa primria de todas as coisas. (01) Ora, nesse conjunto imenso de mundos e coisas que constituem o U niverso, tal a grandeza, a magnitude, e so tais a ordem e a harmonia, que, tudo i sso, pairando infinitamente acima da capacidade do homem, s pode atribuir-se a On ipotncia criadora

de um Ser Supremamente inteligente e sbio, Criador necessrio do tudo que existe. Deus, porm, no pode ser percebido pelo homem em sua divina essncia. Mesmo depois d e desencarnado, dispondo de faculdades perceptivas menos materiais, no pode ainda o Esprito imperfeito perceber totalmente a natureza divina. Pode, entretanto o homem, ainda no estgio de relativa inferioridade em que se en contra, ter convincentes provas de que Deus existe, mas advindas por dois outros caminhos, que transcendem aos dos sentidos: o da razo e o do sentimento. Racionalmente, no possvel admitir um efeito sem causa. Olhando o Universo imenso, a extenso infinita do espao, a ordem e harmonia a que obedece a marcha dos mundos inumerveis; olhando ainda os seres da Natureza, Os minerais com suas admi rveis formas cristalinas, o reino vegetal em sua exuberncia, numa variedade de pla ntas quase infinita, Os animais com seus portes altivos ou a fragrncia de certas aves e as mirades de insetos; sondando tambm o mundo microscpico com incontveis formas unicelulares; toda essa imensido, profuso e beleza nos obriga a crer em Deus, como causa necessria. Mas se preferirmos contemplar apenas o que o nosso prprio corpo, quanta harmonia tambm di visaremos na nossa roupagem fsica, nas funes que se exercem a revelia de nossa vont ade num ritmo perfeito. Nas maravilhas que So os nossos sentidos; os olhos admiravelmente dispostos para receber a luz refletida nos corpos, condicionando no piano fsico a percepo dos objetos e das cores; o ouvido, adredemente estruturado a percepo de sons, melodias e grandiosas sinfonias; o olfato, o gosto, o tato, outros tantos sentidos que nos permitem instruir-nos sobre a objetividade das coisas. Toda essa perfeio, a harmon ia da natureza humana e do mundo exterior ao homem, s pode ser criao de um Ser Supr emamente Inteligente e Sbio, o qual chamamos de Deus. pelo sentimento, mais do que pelo raciocnio, que o homem pode compreender a existncia de Deus. Porm, h no homem, desde o mais primitivo at o mais civilizado, a idia inata da existncia de Deus. Acima, pois, do raciocnio lgico prova-nos a existnci a de Deus a intuio que dele temos. E, Jesus, ensinado-nos a orar no-lo revelou como o P ai: Pai Nosso, que ests no Cu, Santificado seja o teu nome (...) (02) ESDE Estudo Sistematizado da Doutrina Esprita Programa II Unidade 1 Sub-unidade 1 O Espiritismo, portanto, tem na existncia de Deus o princpio maior, que est na base mesma desta Doutrina. Sem pretender dar ao homem o conhecimento da Natureza Inti ma de Deus, permite-se argumentar que prova a sua existncia a realidade palpitante e vi va do Universo. Se este existe, h de ter um divino Autor. TEXTO 2 (...) A histria da idia de Deus mostra-nos que ela sempre foi relativa ao grau de intelectualidade dos povos e de seus legisladores, correspondendo aos movimentos civilizadores, a poesia dos climas, as raas, a florescncia de diferentes povos; e nfim, aos progressos espirituais da Humanidade. Descendo pelo curso dos tempos, assistimos sucessivam ente aos desfalecimentos e tergiversaes dessa idia imperecvel, que, as vezes fulgurante e out ras vezes eclipsada, pode, todavia, ser identificada sempre, nos fastos da Humanidad e. (05) Nos movimentos revolucionrios que aos poucos foram transformando a mentalidade

da sociedade humana; as custas das idias, opinies e conceitos emitidos pelos sbios, filsofos, cientistas ou religiosos, podemos dizer que se de um lado (...) a igno rncia havia humanizado Deus (...) a Cincia diviniza-o (...) (04) por outro. (...) Outrora, Deus foi homem; hoje Deus Deus. (...) O Ser Supremo, criado a ima gem do homem, hoje v apagar-se pouco a pouco essa imagem, substituda por uma reali dade sem forma. (...) Outrora, Jpiter empunhava o raio, Apolo conduzia o Sol, Net uno senhoreava os mares... Na idolatria dos budistas, Deus ressuscitava um morto sobre o Tumulo de um santo, fazia falar um mudo, ouvir um surdo, crescer um carvalho numa noite, e mergir d gua um afogado... Desvendava a um esttico as zonas do terceiro cu, imunizava do fog o, so e salvo, um santo mrtir, transportava um pregador, num abrir e fechar de olhos, a cem lguas de distncia, e derrogava, a cada momento, as suas prprias, eternas leis... (. ..) A maioria dos crentes em Deus o conceituam como um super-homem, alhures asse ntado acima das nossas cabeas, presidindo os nossos atos. (...) (04) Na realidade, pouco sabemos sobre a natureza divina. (...) Ele no o Varouna dos rias, o Elim dos egpcios, o Tien dos chineses, o Ahoura-Mazda dos persas, o Brama ou Buda dos indianos, o Jeov dos hebreus, o Zeus dos gregos, o Jpiter dos latinos, nem o que os pintores da Idade Media entronizaram na cspide dos cus. Nosso Deus um Deus ainda desconhecido, qual o era para os Vedas e para os sbios do Arepago de Atenas. (...) (04) No entanto, no estado evolutivo em que nos encont ramos podemos sentir (...) que Deus no abstrao metafsica (...) ideal que no existe (...). N Deus um ser vivo, sensvel, consciente. Deus uma realidade ativa. Deus e nosso pai , nosso guia, nosso condutor, nosso melhor amigo; por pouco que lhe dirijamos nossos apelos e que lhe abramos nosso corao, Ele nos esclarecer, com sua luz, nos aquecer no seu amo r, expandir sobre ns sua Alma imensa, sua Alma rica de todas as perfeies; por Ele e nEl e somente nos sentiremos felizes e verdadeiramente irmos; fora dEle s encontraremos obscuridade, incerteza, decepo, dor e misria moral. (...) . (03) Tal o conceito que a nossa inteligncia, na fase evolutiva em que se encontra, po de fazer de Deus. Texto Extrado do Programa II do ESDE Editado Pela FEB www.cura.metafisica.nom.br FONTES DE CONSULTA 01 - KARDEC, Allan, In: O Livro dos Espritos. Trad. de Guillon Ribeiro. Rio de Ja neiro, FEB, 76. ed., 1995. Perg. 1. pg 51. 02 - Perg. 09 e comentrio, pg. 53. 03 - DENIS, Lon. Ao de Deus no Mundo e na Histria. In: . O Grande Enigma. 7. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1983. Pg. 106. 04 - FLAMMARION, Camille. Deus. In: Deus na Natureza. Trad. De M. Quinto. 5. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1987. pgs. 383-384. 05 - Pg. 385. Procura-se Deus Em pleno sculo 21, a humanidade continua tentando conciliar f e razo. Mas ser que al gum dia a cincia ter condies de provar que foi mesmo Deus (ou alguma outra entidade superior) quem criou o Universo e determinou os rumos da evoluo? por Texto Rodrigo Cavalcante HYPERLINK "http://twitter.com/share" Tweet

O zologo Richard Dawkins e o paleontlogo Simon Conway Morris tm muito em comum: lec ionam nas mais prestigiadas universidades da Gr-Bretanha (Dawkins em Oxford e Mor ris em Cambridge) e compartilham opinies e crenas cientficas quando o tema a origem da vida. Para ambos, a riqueza da biosfera na Terra explicada mais do que satis fatoriamente pela teoria da seleo natural, de Charles Darwin. Os dois tambm concord am que, caso a HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=hist%F3ria" \t "_sel f" histriado nosso planeta pudesse ser reproduzida em outro lugar, a evoluo provavelme nte seguiria um rumo bem parecido ao observado por aqui, inclusive com o apareci mento de animais de sangue quente, como ns. Num encontro realizado na Universidad e de Cambridge em outubro, porm, eles protagonizaram um novo round de um debate q ue divide a humanidade desde que o mundo mundo: Deus existe? Morris, cristo convi cto, afirmou na palestra promovida pela Fundao John Templeton (cuja misso explorar a s fronteiras entre teologia e HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=ci%EA ncia" \t "_self" cincia ) que a misteriosa habilidade da natureza para convergir em cri aturas morais e adorveis como os seres humanos uma prova de que o processo evolut ivo obra de Deus. J o agnstico Dawkins disse que o poder criativo da evoluo reforou s ua convico de que vivemos num mundo puramente material. O debate entre Dawkins e M orris, como j foi dito, no novo, longe disso. De um lado, bvio que sempre haver bilh s de pessoas que acreditam em Deus. Ao mesmo tempo, dificilmente vamos viver par a comprovar Sua existncia (ou inexistncia). Entender alguns laos que unem HYPERLINK " http://super.abril.com.br/busca/?qu=ci%EAncia" \t "_self" cinciae HYPERLINK "http://su per.abril.com.br/busca/?qu=religi%E3o" \t "_self" religioe mostrar como essa relao vem mudando ao longo dos tempos o tema desta reportagem. Durante muitos sculos, Deus (e s Ele) foi apresentado como o principal responsvel p elo sucesso da aventura humana sobre o planeta nas artes, nos livros, nas escola s e nas igrejas. At que a HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=ci%EAncia" \t "_self" cinciacomeou a mostrar que isso no era necessariamente verdade. Na dcada d e 1860, a teoria da seleo natural e da evoluo das espcies, de Charles Darwin, lanou as primeiras dvidas consistentes acerca da influncia divina sobre a ordem da vida na Terra. Com o passar dos anos, mais e mais pesquisadores passaram a defender que o destino da humanidade era abandonar gradativamente a f e a HYPERLINK "http://sup er.abril.com.br/busca/?qu=religi%E3o" \t "_self" religioem nome da HYPERLINK "http://s uper.abril.com.br/busca/?qu=cren%E7a" \t "_self" crenaem explicaes objetivas para os fe enos naturais. No fim do sculo 19, os cientistas acreditavam estar muito prximos de uma descrico completa e definitiva do HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/? qu=Universo" \t "_self" Universo , escreveu o fsico britnico Stephen Hawking. No sculo 20, Nietzsche, Marx, Freud, Sartre e outros chegaram a apostar na morte de Deus e no incio de uma era da razo . No preciso ser um especialista para saber que es se triunfo no se concretizou. Ao contrrio. O que se observa hoje uma revalorizao da f, inclusive entre os cientistas, como Simon Morris. Ao longo da HYPERLINK "http://s uper.abril.com.br/busca/?qu=hist%F3ria" \t "_self" histria, a relao do homem com o sa grado tem se mostrado um trao extremamente persistente , diz Oswaldo Giacoia Jnior, professor de HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=hist%F3ria" \t "_self" histriada filosofia moderna e contempornea da Universidade Estadual de Campinas, a U nicamp. Nos regimes socialistas em que a HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca /?qu=religi%E3o" \t "_self" religioera proibida as pessoas substituam a f por uma ideo logia. Cabe, ento, HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=ci%EAncia" \t "_self" cinc iaprovar a existncia de Deus? O paleontlogo americano Stephen Jay Gould acredita que nenhuma teoria (nem mesmo a da evoluo) pode ser vista como uma ameaa s crenas religi osas, porque essas duas grandes ferramentas da compreenso humana trabalham de form a complementar, e no oposta: a HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=ci%EA ncia" \t "_self" cinciapara explicar os fenmenos naturais e a HYPERLINK "http://super.a bril.com.br/busca/?qu=religi%E3o" \t "_self" religiocomo pilar dos valores ticos e da busca por um sentido espiritual para a vida . por pensar assim que ele sempre se colocou do lado dos pesquisadores que so contra misturar HYPERLINK "http://super.ab ril.com.br/busca/?qu=ci%EAncia" \t "_self" cinciacom HYPERLINK "http://super.abril.com .br/busca/?qu=religi%E3o" \t "_self" religio(leia mais no quadro da pgina ao lado). Quem Deus? O cabelo e a barba grisalhos denunciam a idade, mas o corpo forte e musculoso. O

s traos da face transmitem a autoridade de quem no hesitar em agir sobre o mundo ca so seja necessrio. Para bilhes de ocidentais, a pintura de Michelangelo no teto da capela Sistina, no Vaticano, a sntese perfeita de Iav, o Deus bblico, aquele que cr iou tudo em 6 dias . Como diz o escritor americano e ex-jesuta Jack Miles, autor de Deus, uma Biografia, mesmo quem no acredita continua moldando seu carter por infl uncia dessa imagem. Miles faz uma anlise surpreendente da HYPERLINK "http://super.ab ril.com.br/busca/?qu=B%EDblia" \t "_self" Bblia, ao tratar de Deus como um personag em literrio. O resultado que, como protagonista do livro mais influente da HYPERLI NK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=hist%F3ria" \t "_self" histria, Iav revela u ma personalidade que oscila bastante em relao sua criao como no momento em que orden a o dilvio, para tentar consertar tudo. Mas esse Deus apenas uma entre inmeras concepes de divindades. No h sequer consenso e m torno do nmero de deuses. Para mais de 750 milhes de hindus, existem centenas de les, como Brahma, Shiva e Krishna, para ficar nos mais conhecidos. Em rituais xa mnicos de origem indgena, os deuses incorporam at em plantas e animais. E para mais de 350 milhes de seguidores do budismo, no h sequer uma divindade a cultuar apenas Buda, um homem que atingiu a iluminao e virou guia espiritual. Como, ento, a HYPERLI NK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=ci%EAncia" \t "_self" cinciapode encontrar D eus? Apesar disso, os estudiosos sabem que h algo em comum entre essas crenas. Sem exceo, elas acreditam que h uma ordem, uma espcie de propsito (ou, se voc preferir, sentid o) no HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=Universo" \t "_self" Universo. Nenhuma HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=religi%E3o" \t "_self" relig iotrabalha com o pressuposto de que o acaso e a indiferena regem as nossas vidas. Cu riosamente, foi a busca por essa ordem que acabou impulsionando o avano da prpria HY PERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=ci%EAncia" \t "_self" cincia. Da geometria ao acaso No sculo 18, a maioria dos filsofos e cientistas acreditava piamente que a humanid ade estava prestes a decifrar (integral e definitivamente) a ordem do Cosmos. Na poca, havia motivos de sobra para tamanho otimismo: fazia mais de 100 anos que I saac Newton publicara Princpios Matemticos da Filosofia Natural, considerada at hoj e a obra mais importante da HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=hist%F3 ria" \t "_self" histriada fsica. Nela, Newton no apenas descreveu como os corpos se de slocam no espao e no tempo, mas desenvolveu a complexa matemtica necessria para ana lisar esses movimentos. Segundo essa teoria, as leis do HYPERLINK "http://super.ab ril.com.br/busca/?qu=Universo" \t "_self" Universoeram estveis e previsveis, como se tivessem sido projetadas por um craque da geometria. Em 1794, o escritor, poeta e artista plstico ingls William Blake resumiu essa idia ao desenhar Deus (um velho barbudo, como o de Michelangelo) criando o mundo com um compasso na mo. A metfora d o Deus gemetra deriva da velha idia platnica de um HYPERLINK "http://super.abril.com. br/busca/?qu=Universo" \t "_self" Universodualista, em que h a necessidade de existi r uma ordem, mas continua influenciando a HYPERLINK "http://super.abril.com.br/bus ca/?qu=ci%EAncia" \t "_self" cinciaat hoje , diz o brasileiro Marcelo Gleiser, autor de O Fim da Terra e do Cu e professor de fsica e astronomia da Faculdade de Dartmout h, nos EUA. A imagem de Deus, nesse sentido, era perfeitamente compatvel com a viso cientfica d o mundo da poca. Os problemas s surgiam quando algum tentava juntar as mais recente s descobertas da HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=ci%EAncia" \t "_se lf" cinciacom a HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=hist%F3ria" \t "_self" histriabblica da Criao. Afinal, o estudo das camadas geolgicas que formaram a Terra j ovava que nosso planeta tinha milhes de anos e no 5 mil, de acordo com os clculos d e Santo Agostinho. Mas bastava esquecer detalhes como esse para que todos fossem d ormir felizes, conscientes de que o HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu =Universo" \t "_self" Universotinha sido mesmo obra do Criador. At que... Se havia uma ordem no HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=Universo" \t "_self" Universo, nada mais natural que ela comandasse todas as foras da natureza. E o homem, claro, era visto como o exemplo mximo da perfeio da vida sobre a Terra. Mas Charles Darwin apresentou sua teoria sobre a seleo natural das espcies e coloco u em xeque a idia de que Deus era o responsvel por tudo isso que est a. Vale lembrar que Darwin nunca disse que o homem descendia dos macacos apenas que homens e ma

cacos eram parentes evolutivos com um ancestral comum (os paleantroplogos estimam , hoje, que esse tatarav viveu em algum momento entre 4 milhes e 6 milhes de anos atrs ). Ainda assim, muita gente no aceitou a idia de que as espcies vivas, incluindo a nossa, possam ter se desenvolvido graas apenas seleo natural, tendo evoludo quase po r acaso em meio a tantas outras espcies. O fato que o estudo da HYPERLINK "http://s uper.abril.com.br/busca/?qu=hist%F3ria" \t "_self" histriada vida em nosso planeta c omprovou que, durante milhes de anos, outras espcies reinaram por aqui sem que hou vesse nenhuma necessidade da existncia dos homens. Como bem resume o cientista am ericano Carl Sagan no seriado de televiso Cosmos, recentemente relanado em DVD pel a super, se a HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=hist%F3ria" \t "_self " histriado HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=Universo" \t "_self" Univers ofosse condensada em apenas um ano, o aparecimento da espcie humana teria ocorrido nos ltimos instantes do dia 31 de dezembro. E o avano da fsica deixou claro que, se o HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca /?qu=Universo" \t "_self" Universofosse um relgio, nem sequer o tempo marcado por el e seria preciso. Em 1905, Albert Einstein publicou seu estudo da Teoria da Relat ividade que, resumidamente, ps fim idia de tempo absoluto. A estabilidade perfeita das leis de Newton comeou a se despedaar para sempre. Logo em seguida, o estudo d a mecnica quntica revelou que no possvel sequer prever a posio exata de partculas su icas, obrigando os cientistas a se contentar em trabalhar com probabilidades. Ap esar de ter ajudado a destruir a velha noo de ordem no espao e no tempo, Einstein a creditava cegamente que a natureza funcionava (ou deveria funcionar) segundo reg ras bem definidas e no de maneira aleatria, como num grande jogo de azar. Numa car ta para o fsico Max Born, Einstein escreveu: Voc cr em um Deus que joga dados e eu, na lei e na ordem absolutas. Se para um cientista como Albert Einstein no era fcil lidar com o acaso e o caos, imagine para os que acreditam na HYPERLINK "http://sup er.abril.com.br/busca/?qu=religi%E3o" \t "_self" religio. Do ponto de vista da fsica pura, porm, importante ressaltar que todo esse papo de criao do HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=Universo" \t "_self" Univers otem pouca (ou nenhuma) importncia. No fosse pela descoberta da teoria do big-bang ( segundo a qual ele surgiu aps uma grande exploso), nem sequer haveria a necessidad e de provar que houve uma hora zero , afinal o tempo e o espao so mesmo relativos, no mesmo? Curiosamente, o big-bang passou a ser considerado por muitos fiis a evidncia cientfica de que a HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=B%EDblia" \t "_se lf" Bbliaest certa ao descrever o incio de tudo . Talvez para tentar explicar a incompat bilidade existente entre a fsica das partculas subatmicas e a Teoria da Relatividad e, muitos pesquisadores tm discutido atualmente a chamada Teoria das Supercordas, que prope uma explicao unificada capaz de preencher essas lacunas. De qualquer mane ira, essa tese mais um desejo de encontrar uma ordem do que algo validado cienti ficamente , diz o fsico Marcelo Gleiser. E se a HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=ci%EAncia" \t "_self" cinciacons eguisse achar essa tal ordem no HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=Uni verso" \t "_self" Universo, ser que isso seria a prova da existncia de Deus? Ou ser q ue a busca pelo divino no passa de uma necessidade inventada pelo homem para colo car um sentido em tudo (afinal, at onde se sabe, somos os nicos animais que tentam entender por que existe a morte)? Nas ltimas dcadas, o que se tem visto um acirra mento das diferenas entre aqueles que acreditam que a complexidade da vida s pode ser explicada por uma inteligncia superior e aqueles que defendem que a inclinao pa ra acreditar em Deus apenas um trao biolgico da nossa espcie, ou seja, somos progra mados para ter f. o que veremos nas prximas pginas. Deus vai escola Dover, no estado americano da Pensilvnia, uma daquelas cidades to pequenas que mal d para avistar seu ncleo urbano da altura mdia de vo de um jato comercial. A pacata vida de seus 1814 habitantes, a maioria descendente de alemes, quase nunca foi n otcia nos grandes jornais dos EUA. Tudo mudou no dia 18 de outubro deste ano, qua ndo teve incio o julgamento sobre a grade curricular de uma escola pblica local qu e decidiu dedicar parte das aulas de biologia ao estudo de uma teoria conhecida em ingls como intelligent design (algo como projeto ou desenho inteligente, numa traduo livre para o portugus). Seu principal carto de visita o fato de se contrapor tese de Darwin sobre a seleo natural e a evoluo das espcies. Como a Constituio america

a garante a total separao entre a Igreja e o Estado, alguns pais acharam que a dir eo do colgio estava muito perto de misturar HYPERLINK "http://super.abril.com.br/bus ca/?qu=ci%EAncia" \t "_self" cinciae HYPERLINK "http://super.abril.com.br/busca/?qu=re ligi%E3o" \t "_self" religio, apelaram para a interveno da Justia e o debate pegou fog o no pas. Nas salas de aula em questo, as crianas e jovens aprendem que vrias tarefas altamen te especializadas e complexas do organismo humano como a viso, o transporte celul ar e a coagulao, entre outras s podem ser explicadas pela ao de uma fora maior ou, em outras palavras, pela interveno de um ser superior, capaz de bolar o tal desenho i nteligente do nosso corpo e da nossa mente. Para a maioria dos bilogos do planeta , contudo, essa tal inteligncia no passa de um novo nome para um velho conceito: o criacionismo bblico, segundo o qual estamos na Terra apenas porque samos da pranc heta (ou da imaginao) divina para nos reproduzir Sua imagem e semelhana . Se, como j foi dito no incio do texto, h muitos cientistas que no vem motivos