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 W. Raymond Drake Deuses e Astronautas no Antigo Oriente Círculo do Livro ÍNDICE 1  O universo habitado 2  Em busca dos seres extraterrestres 3  Deuses espaciais da Índia antiga 4  Heróis espaciais da Índia antiga 5  Histórias espaciais em sânscrito 6  Astronautas no Tibete 7  Astronautas na velha China 8  Astronautas no antigo Japão 9  Reis espaciais no antigo Egito 10  Deuses espaciais no antigo Egito 11  A pirâmide e a esfinge 12  O êxodo 13  Reis espaciais da Babilônia 14  Deuses espaciais da Babilônia 15  Astronautas na Babilônia bíblica 16  Deuses ou astronautas? Capítulo Um O UNIVERSO HABITADO Naqueles tempos maravilhosos em que a Terra era jovem e a natureza resplendia de novidade, seres celestiais desceram das estrelas para ensinar as artes da civilização ao homem simples, criando a Idade de Ouro cantada por todos os poetas da antiguidade. Durante séculos a humanidade gozou duma cultura brilhante e prosperou sob o governo benigno dos reis espaciais, que possuíam uma ciência psíquica afinada com as forças do universo e os poderes existentes dentro da alma humana. Esses seres adoravam o Sol, o divino Andrógino, símbolo do Criador; faziam ensinamentos sobre a vida depois da morte, a reencarnação, a ascensão através de existências em diferentes dimensões até a união com Deus. O desenvolvimento da Terra era promovido pelos planetas solares numa oitava de evolução acima; orlavam a Federação Galáctica, cujas miríades de mundos floresciam em deslumbrante esplendor. Em ocasiões especiais desciam à Terra e compartilhavam seus arcanos secretos e sua tecnologia com os iniciados eleitos. O homem evolui pelo sofrimento. Assim como a luz exige a escuridão para realizar a iluminação, assim a lei divina decreta que o bem deve ser temperado pelo mal. Deus é verdade eterna e absoluta, além de todas as vicissitudes dos homens mortais, mas os místicos suspeitam que Deus, embora perfeito, precisa duma perfeição mais profunda e por isso em seu sonho promove a existência de uma seqüência interminável de universos, cada um deles condicionado pela natureza de seu predecessor, a fim de ele poder aprender por delegação com a experiência de todas as criaturas, humanas, espíritos, em todos os planetas de todos

Deuses e Astronautas No Antigo Oriente - W. Raymond. Drake

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  • W. Raymond Drake

    Deuses e Astronautas no Antigo Oriente

    Crculo do Livro

    NDICE

    1 O universo habitado2 Em busca dos seres extraterrestres3 Deuses espaciais da ndia antiga4 Heris espaciais da ndia antiga5 Histrias espaciais em snscrito6 Astronautas no Tibete7 Astronautas na velha China8 Astronautas no antigo Japo9 Reis espaciais no antigo Egito10 Deuses espaciais no antigo Egito 11 A pirmide e a esfinge12 O xodo 13 Reis espaciais da Babilnia14 Deuses espaciais da Babilnia 15 Astronautas na Babilnia bblica16 Deuses ou astronautas?

    Captulo UmO UNIVERSO HABITADO

    Naqueles tempos maravilhosos em que a Terra era jovem e a natureza resplendia de novidade, seres celestiais desceram das estrelas para ensinar as artes da civilizao ao homem simples, criando a Idade de Ouro cantada por todos os poetas da antiguidade. Durante sculos a humanidade gozou duma cultura brilhante e prosperou sob o governo benigno dos reis espaciais, que possuam uma cincia psquica afinada com as foras do universo e os poderes existentes dentro da alma humana. Esses seres adoravam o Sol, o divino Andrgino, smbolo do Criador; faziam ensinamentos sobre a vida depois da morte, a reencarnao, a ascenso atravs de existncias em diferentes dimenses at a unio com Deus. O desenvolvimento da Terra era promovido pelos planetas solares numa oitava de evoluo acima; orlavam a Federao Galctica, cujas mirades de mundos floresciam em deslumbrante esplendor. Em ocasies especiais desciam Terra e compartilhavam seus arcanos secretos e sua tecnologia com os iniciados eleitos.O homem evolui pelo sofrimento. Assim como a luz exige a escurido para realizar a iluminao, assim a lei divina decreta que o bem deve ser temperado pelo mal. Deus verdade eterna e absoluta, alm de todas as vicissitudes dos homens mortais, mas os msticos suspeitam que Deus, embora perfeito, precisa duma perfeio mais profunda e por isso em seu sonho promove a existncia de uma seqncia interminvel de universos, cada um deles condicionado pela natureza de seu predecessor, a fim de ele poder aprender por delegao com a experincia de todas as criaturas, humanas, espritos, em todos os planetas de todos

  • os planos de sua Criao. O homem precisa de Deus, e coisa maravilhosa, a mais maravilhosa de todas! Deus precisa do homem; do contrrio no o teria criado. A vida no iluso, nem o universo alguma brincadeira csmica da Divindade; do inseto mais rudimentar ao arcanjo mais sublime, de um gro de p a uma galxia, tudo tem significado. A breve vida de cada homem, suas alegrias e pesares, contribuem com seu propsito para o plano divino. Esse conceito de existncia pode ser discutido, mas parece to prximo quanto a falibilidade humana pode se aproximar da verdade infinita. Poder o homem, que no se conhece a si mesmo, conhecer o Criador?Especulaes esotricas desse gnero no so destitudas de relevncia para o estudo dos astronautas, nossas almas irms atravs do universo vivente. O homem est no limiar duma idade nova de afinidade csmica com as estrelas e agora tem de esquecer sua filosofia geocntrica egosta; tem de expandir-se at a conscincia csmica e compreender sua unidade com toda a criao. Para reorientar seus pensamentos de modo a abranger todos os seres sensveis em todas as dimenses do universo, o homem deve humilhar-se e comear no princpio. No princpio era Deus.Todas as religies falam dos anjos da luz combatendo os poderes das trevas pela posse da alma do homem. Esse conflito entre o bem e o mal no plano espiritual poder simbolizar de fato a guerra no cu descrita por Apolodoro, Hesodo e Ovdio, exemplificada pela Torre de Babel no Genesis e por lendas em todo o mundo.Em todo o universo poucos homens so santos, muitos so pecadores, a maioria tem virtudes contrabalanadas por vcios; em todos os estdios da evoluo ningum totalmente bom nem totalmente mau.Os malficos invasores de Jpiter, ou de suas luas, arrancaram os saturninos da Idade de Ouro e impuseram uma tirania, levando revolta dos gigantes da Terra. Lendas existentes em todo o mundo concordam em que houve guerra na Terra e no cu com fantsticas armas nucleares, aeronaves e mortferos raios laser, queimando cidades e fazendo explodir montanhas com raios de eletricidade, des-truio visvel ainda hoje. Mais tarde, como por castigo divino, um cometa devastou a Terra, a "civilizao maravi-lhosa foi destruda, o clima ficou frio, deformaes nas tenses espaciais interromperam as comunicaes entre os planetas, a maioria dos homens pereceu e os poucos sobre-viventes mergulharam na barbrie. Aps sculos de isola-mento, as velhas cincias e tecnologias foram em grande parte esquecidas, embora fragmentos da antiga sabedoria fossem preservados atravs das geraes por iniciados em todos os pases, inclusive por feiticeiros atualmente. Me-mrias tribais truncadas e o folclore imaginaram os astro-nautas como deuses com poderes sobre-humanos, exultando em batalhas areas ou descendo Terra para novas aventuras amorosas.A conscincia humana adivinhava que o homem no estava s no universo, que em alguma parte no cu, em cima, existiam seres de grande benevolncia que podiam ajudar a humanidade. Certas pessoas supra-sensveis afirmavam possuir influncia junto aos deuses, compuseram uma teologia e uma comunicao por meio da orao e, a partir de seu ritual e da sua moral, desenvolveram a religio.

  • Essa novel interpretao do passado confunde peritos e leigos igualmente; uns e outros, por motivos diferentes, a rejeitam como fico cientfica que merece muito pouca considerao. O domnio extraterrestre da nossa Terra h milnios pressupe planetas habitados por seres muito mais adiantados do que ns e senhores de uma cincia que transcende a nossa cincia atual. Os astrnomos e bilogos que sugerem a existncia de vida em outras partes do universo tm o cuidado de acentuar que nenhum dos mundos nossos vizinhos pode ser habitado, que no h certeza da existncia de planetas em volta das estrelas prximas e que, se existem super-homens em outras galxias, a viagem atravs de milhares de anos-luz parece improvvel. Os arquelogos sorriem ao desenterrar esqueletos e no espaonaves, esquecendo-se de que em poucas centenas de anos toda a nossa aviao se dissolveria em poeira. Os historiadores dizem que os clssicos nunca mencionam astronautas, que Plato e Tito Lvio no deviam conhec-los? Talvez eles os conhecessem, se os lermos adequadamente? Os metodologistas raramente consideram as lendas verdadeiras. Eles presumem um significado mais primitivo ou sugerem simbolismos religiosos. Schliemann acreditou na Ilada e descobriu Tria; Sir Arthur Evans, fascinado pela idia de Teseu matando Minotauro, desenterrou Cnosso e a civilizao minica de Creta; mas os sbios ainda consideram os velhos deuses personificaes de foras naturais, antropomorfismos de disposies humanas, sem dvida um vo de inteligncia acima da maioria de ns atualmente. possvel que o maior obstculo para aceitar o advento dos astronautas resida na religio dogmtica. Os telogos acreditam que a nica preocupao de Deus o homem na Terra; se existem homens em outras partes, Cristo deve ser crucificado milhes de vezes em todos os mundos do universo? Imersos em seus prprios assuntos, a maioria dos brilhantes especialistas so intolerantes em relao a quaisquer novos conceitos que contradigam suas prprias filosofiazinhas.O homem da rua orgulha-se do seu senso comum, artigo extremamente incomum; geralmente vive em estado de transe, embrutecido pelos prazeres e pelas dores da existncia cotidiana, e tem o crebro lavado pela presso da propaganda, da imprensa e da televiso. As pessoas comuns mantm-se uma gerao atrs das ltimas descobertas, tendo como preocupao principal viver conforme as convenes sociais de sua comunidade. Acreditam apenas no que vem e sabem apenas o que querem saber. A conscincia de grupo evolui lentamente, a educao em massa promete esclarecimento, mas a histria sangrenta do nosso sculo XX faz a pessoa mediana desconfiada de novas idias e desiludida com a tradio do passado em que a nossa civilizao est baseada; com o crebro toldado pelos telogos pregando doutrinas surradas e os cientistas ameaando sua vida com bombas cada vez maiores, ela sente que seu mundo estaria melhor sem eles. O homem comum raciocina com uma lgica slida, no deformada pelas questes que perturbam a teologia e a cincia; quando olha o cu esplendoroso, sente a maravilha do universo e sabe que Deus no criou essas estrelas brilhantes apenas para os homens as olharem. Como seus antepassados na antiguidade, ele sente que toda a criao palpita de vida e sente que, seja

  • o que for que os astrnomos possam dizer, naquelas profundezas estreladas do espao vivem seres sbios e apaixonados, fracos e pecadores, humanos como ele mesmo.O conceito de astronautas descendo na Terra atravs da histria, se fosse provado, revolucionaria os nossos pontos de vista sobre o passado, inspiraria o nosso presente e prometeria um futuro glorioso; a humanidade acordaria dum sonho para a realidade csmica. Finalmente o homem descobriria seu verdadeiro eu e subiria regenerado at seus irmos nas estrelas; a humanidade ascenderia a um plano mais alto, mais perto de Deus.Antes que possamos compreender a coexistncia de astronautas, devemos primeiro encontrar-nos a ns mesmos e avaliar a posio da nossa Terra no universo; devemos abrir os olhos, destapar os ouvidos, sintonizar nossas almas com a maravilha csmica da Criao; devemos expandir-nos alm do espao e do tempo para abraar a eternidade.O universo real o que Deus pensa, no o que o homem imagina. A mente finita do homem sintetiza informaes percebidas pelos seus cinco sentidos, ampliadas pela cincia num padro que ele denomina cosmos; na medida em que a sua percepo se intensifica, a sua concepo se expande em grandeza. Se a viso do homem fosse sensvel a freqncias inferiores da radiao, ele se maravilharia com aquelas estrelas escuras detectadas pelos radioastrnomos e seria cego para as maravilhosas constelaes que semeiam o cu. Para uma minhoca o universo deve parecer uma escurido unidimensional; alguns maravilhosos seres adiantados de Srio talvez percebam uma infinidade de vibraes que lhes permitam experimentar uma criao transcendente alm de tudo o que podemos imaginar.Muito do que existe no vemos, muito do que vemos no existe. Os astrnomos no podem ver o vazio em que se diz que as galxias vo declinando, os fsicos no podem ver dentro do tomo; a luz que vemos de inumerveis estrelas foi emitida h milhes de anos, e muitas j explodiram depois disso: agora e o que agora? nossos sentidos so estimulados por radiaes delas, nosso crebro computa uma configurao baseada em seu banco de memria e constri uma realidade. Esotericamente tudo o que vemos sempre somos ns mesmos, um segredo profundssimo.A cincia esotrica dos cosmlogos confronta fenmenos observveis no cu e, desfilando para trs atravs do tempo, prope teorias plausveis para explicar a origem do universo; a cincia esotrica dos ocultistas comea com Deus e, pensando para a frente, adivinha como o universo evoluiu at o dia presente. A nossa filosofia materialista, ofuscada pelos benefcios prticos da cincia, que transformou o mundo, tende a desprezar os ocultistas, que operam nos reinos do esprito, mas na maravilha infinita da Criao a cincia e o ocultismo constituem pontos de vista diferentes da manifestao de Deus, em quem vivemos e nos movemos, e uma e outro tm igual validade. Pode ser que superinteligncias em outras galxias percebam o universo e suas origens em termos alm da nossa compreenso; a concepo deles e a nossa so relativas realidade; s Deus, o Criador, sabe a verdade.O ocultismo a cincia da revelao divina. O ocultista olha a divindade como o todo, e nenhuma manifestao pode existir fora de Deus. Desde seu prprio esprito o Absoluto

  • principia cada dia csmico envolvendo a mente atravs de mirades de formas at as vibraes mais grosseiras da matria; quando a involuo est completa, comea a evoluo; atravs de idades sem conta a matria evolui para formas mais puras e mais complexas, que gradualmente se atenuam at o esprito puro, de volta a Deus, que ento medita sobre a experincia durante uma noite csmica, quando nada existe. Alguns hindus acreditam que o dia de Brama dura quinze milhes de anos e seguido duma noite de igual durao, quando o Absoluto retira a sua manifestao inteiramente para dentro de si mesmo e reside no infinito. Ao fim desse perodo, o Absoluto invoca um novo universo, um refinamento do anterior: dia e noite, em sucesso interminvel, alm da compreenso do homem.O ritmo fundamental atividade e inatividade manifesta-se desde os universos at os tomos, inclusive no prprio homem, e a base de todas as doutrinas secretas. Os ensinamentos hindus mais elevados, entretanto, insistem em que este princpio no se aplica ao prprio Absoluto, que est constantemente criando e sustentando em sua mente milhes de universos em diferentes estdios de evoluo; quando noite numa srie, pode ser meio-dia em outra. A mudana rtmica, a ascenso e a queda influenciaram profundamente as filosofias dos antigos; Herclito ensinou que o universo se manifestava em ciclos; os esticos acreditavam que o mundo se movia num ciclo interminvel atravs dos mesmos estdios; os seguidores de Pitgoras afirmavam que cada universo repetia todos os outros interminavelmente, na eterna repetio pregada por De Siger na Idade Mdica e por Ouspensky atualmente. Os iogues ensinam a evoluo cclica em progresso infinita.Escritos orientais, os sublimes Upanixades, acentuam que todo o nosso universo palpita com a Vida Una, adivinhada pelos filsofos chineses, o inspirado Meister Eckhard, msticos de todas as religies, Espinosa, Kant e os nossos fsicos modernos. Os tomos tm conscincia, toda a matria viva; alguns supra-sensveis afirmam que os prprios planetas so seres maravilhosos; ns infestamos e influenciamos a nossa Terra vivente como micrbios. Os ocultistas crem que dentro do nosso prprio universo exis-tem universos co-espaciais de freqncias vrias, planos astrais habitados pelos chamados mortos e almas que es-peram o renascimento, e tambm dimenses diferentes povoadas por devas, espritos da natureza, fadas, dementais, raas de seres em uma corrente de evoluo diferente da do prprio homem.A progresso cclica inclui o homem tambm. A alma humana evolui por metempsicose, reencarnando vida aps vida em ascenso para a perfeio em Deus. Essa doutrina maravilhosa foi ensinada pelos sacerdotes egpcios, pelos mistrios de Elusis da Grcia, por Pitgoras, Plato, Virglio, os druidas, os sbios hindus, os iogues tibetanos, os magos persas, a cabala judaica e os antigos padres cristos gnsticos. Muitas grandes almas como Francis Bacon, Paracelso, Giordano Bruno, Schopenhauer, Goethe, Gandhi e quase todo o Oriente atualmente acreditaram m reencarnao governada pelo carma, a lei de causa e efeito. O homem sofre por seus prprios pecados. A Terra uma escola de treinamento qual a alma volta para aprender suas lies, e depois renascer num planeta mais altamente desenvolvido,

  • ascendendo atravs duma cadeia de mundos, assimilando experincia.Os ocultistas, os iogues e os mdiuns como Swedenborg acreditavam em inumerveis mundos habitados em vrios estdios de evoluo; muitos planetas estavam apa-rentemente ligados em associaes, agrupados em federa-es galcticas e possivelmente at em organizaes maio-res. Para as nossas mentes sarcsticas esta concepo cheira a fico cientfica, com suas guerras interplanetrias e rivalidades galcticas, mas atrs da fantasia est a verdade csmica. Tradies ocultistas falam de adeptos e mestres residentes na Terra que em segredo e silncio dirigem a evoluo do nosso planeta; diz-se que mantm comunicao teleptica ou astral com avatares em mundos vizinhos, e so todos subordinados a seres celestiais no Sol, que provavelmente obedecem a alguma grande inteligncia que controla a galxia, obedecendo ela mesma a uma entidade mais alta ainda e subindo atravs duma hierarquia quase at o infinito e inefvel Absoluto. H razo para crer que alguns desses super-seres tm aparecido na Terra por encarnao ou manifestao astral, ou que aterraram aqui em astronaves; aqui ensinaram ao homem verdades csmicas, as artes e tcnicas da civilizao, e promoveram a evoluo humana de acordo com o plano divino.O pensamento convencional condicionado pela concepo judaico-crist da interveno de Deus na histria humana como a suprema revelao do Criador, e pela filosofia materialista do nosso sculo XX, ridiculariza o sublime desgnio csmico dos ocultistas como maluquice, mas quando os astrnomos olham o espao galctico e os fsicos sondam o interior dos ncleos atmicos surpreendem-se ao verificar que o seu novo conhecimento se aproxima muito da velha e transcendente cincia secreta, das filosofias hermticas dos iniciados ocultistas.Todas as grandes religies do mundo expressam o anelo de homens e mulheres, atravs dos sculos, de descobrir a verdade da existncia terrestre. Suas almas inquiridoras pairavam alm das circunstncias materiais e ansiavam por inspirao, por satisfao, naquele silencioso e doce mistrio que transcende o universo. O homem se maravilhava diante das mirades de estrelas que povoavam o cu, dos milagres da natureza em todos os seus aspectos, da procisso de humanidade desde o passado remoto atravs dos altos e baixos da histria e avanando para os planaltos velados do futuro, do cortejo de nobres feitos, do drama da paixo mortal, do milagre infinito da prpria vida. A lgica, a filosofia, a cincia, os triunfos do intelecto humano permitem ao homem modelar instrumentos para modificar o seu ambiente e inventar sistemas persuasivos de padres de pensamento que explicam o universo aparente, mas quanto mais sua percepo se agua mais a ignorncia do homem se intensifica, at que o verdadeiro sbio no sabe nada.A sabedoria traz a humildade. Neste torturado sculo xx, que comeou numa idade de ouro e agora marcha aos tropees para o suicdio, os horftens no vem objetivo em suas vidas e, como os cnicos pagos do passado, comem bem e se divertem, porque amanh vo morrer. O masoquismo esquizofrnico, a louca correria para a destruio em massa, to manifestos na criminalidade nacional e nos conflitos internacionais, so prova de uma humanidade consumida

  • por tenses ntimas e medo do futuro, terrvel ignorncia do universo em infinita expanso. A cincia reduziu o homem terreno de rei da Criao a uma formiga insignificante; Deus, de Pai benigno que era, recuou para a distncia de uma mente inexprimvel e inimaginvel, ocupada a conjurar um universo de mundos incontveis em dimenses interminveis, onde a Terra menos que poeira.Em seus coraes, nunca na histria os homens foram to religiosos; as crueldades com os homens e animais, aceitas pela sociedade mais requintada de um sculo atrs, hoje so condenadas como as orgias da Roma de Nero. Os capitalistas e os comunistas lutam entre si pelo domnio do mundo, mas atrs do clamoroso materialismo est a nsia de beneficiar toda a humanidade; embora os mtodos difiram, na anlise csmica a melhora do homem certamente obter a bno de Deus. Os homens so humanos, a vida luta contra a ignorncia. As pessoas no podem mais aceitar os poeirentos dogmas do passado sem discusso; a humanidade tem seguido tantos falsos messias, e hoje os homens procuram a verdade e no encontram resposta. Espantam-se de ver que cinco religies rivais em dois mil anos culminaram em esterilidade espiritual, e, ofuscados pelas iluses do esclarecimento moderno, destroem as velhas imagens e descobrem que suas almas mergulharam em um nada do qual no parece haver sada. A humanidade hoje espera uma mensagem; os homens olham as estrelas silenciosas e brilhantes e escutam. A Terra suspira de canseira. A salvao deve vir do espao. errado criticar a religio, censurar os sacerdotes zelosos, ter pena dos iludidos por eles e zombar dos dogmas tortuosos que sufocam as almas dos homens. A religio deve adequar-se evoluo do homem. O dolo de pedra do selvagem primitivo representa para ele alguma fora oculta que ele no pode compreender; com efeito, os feiticeiros parecem possuir restos duma antiga cincia que transcende a nossa prpria sofisticao. A concepo de um deus ou salvador personalizado como Osris, Orfeu, Crisna, Buda ou Cristo deu o mais profundo conforto espiritual a incontveis milhes de pessoas cuja inteligncia limitada no podia conceber o Absoluto infinito e informe; os ensinamentos dos livros sagrados e as vidas de homens e mulheres santos inspiraram multides em sua peregrinao da escurido para a luz; os homens esto eir diferentes estdios de evoluo; a orientao de admirveis mestres atravs das geraes prova sem dvida alguma a presena de poderes superiores e demonstra a beneficncia de Deus.A existncia de super-homens no cu foi aceita pelos povos da antiguidade em todo o mundo; em reao contra o paganismo, a Igreja Crist destronou os velhos deuses e fechou as mentes dos homens para o universo vivente. Durante dois milnios os cristos foram condicionados a crer que a Terra era o centro da Criao e o homem a nica preocupao de Deus. Embora os astrnomos modernos ensinem que as velhas concepes so falsas e que a nossa Terra um planeta inferior de um sol ano perto da beira da Via-Lctea, apenas uma de incontveis galxias, essa concepo mal chegou a permear a conscincia contempornea, pois o conhecimento de astronomia da maioria das pessoas atualmente parece que pouco melhor do que a ignorncia dos primitivos Padres da Igreja; alguns

  • sbios como Santo Agostinho e o venervel Bede, familia-rizados com os escritos gregos, tinham conhecimento dos planetas, da esfericidade da Terra e de fenmenos dos cus, mas os pontos de vista deles sobre questes cientficas foram suprimidos pela Igreja. Durante dois mil anos a cincia esteve adormecida. At hoje os cientistas, que deviam estar mais bem esclarecidos, parecem relutantes em abandonar sua idia preconcebida de que s existe vida na Terra, embora devamos admitir que um nmero cada vez maior, compreendendo a irracionalidade dessa crena, ensine agora que deve existir vida atravs de todo o universo, mas no nos outros planetas do nosso sistema solar. Dizem que informaes telemetradas dos nossos satlites artificiais provam cientificamente que no pode existir vida aqui na nossa prpria Terra; fotografias de foguetes mostram o nosso mundo deserto como a Lua, com uma atmosfera de hidrognio irrespirvel. Visto que acreditamos nesses mesmos instrumentos quando negamos a vida em Marte, cientificamente ns no devemos existir.Os cientistas no se levam a srio a si mesmos, nem so levados a srio pelas pessoas que eles tentam impressionar. To rpida a avalancha de novos conhecimentos, que todo o mundo sabe que o que um cientista jura ser verdade hoje ele prprio desdenhar amanh. A descrena fundamental hoje nos astronautas pode ser devida ao padro de pensamento geocntrico imposto pela religio.Muitos cristos sinceros rejeitam a vida em outros planetas argumentando que ento Cristo deveria ser crucificado em cada estrela do cu, embora o Papa Pio XII declarasse que os homens de outros mundos podero viver num estado de graa sem a redeno pelo Filho de Deus, unia sutileza teolgica acima da compreenso da maioria dos leigos. A Igreja Protestante da Alemanha declarou que Deus teria criado o homem atravs do universo para louvar suas maravilhas, mas a maioria acha essa afirmao difcil de conciliar com o cristianismo.A cincia moderna torna o mistrio de Cristo mais profundo. Ns nos perguntamos se Deus, criador de in-contveis mundos em muitas dimenses, possivelmente contrabalanado por um universo de antimatria, iria se encarnar num nico ser na nossa pequenina Terra com um objetivo que ainda no est bem esclarecido. O nascimento da Virgem e a ressurreio no se limitam ao cristianismo, mas so comuns maioria das religies da antiguidade. Alguns telogos especulam sobre se a crucificao de Cristo no poderia representar o assassinato de Tamus, o deus babilnio da fertilidade, ou o Rei Mortal de muitos cultos antigos. Os pergaminhos do mar Morto surpreendem-nos, no mencionando Cristo nem o cristianismo, e suas doutrinas essnias sugerem que parte da doutrina crist se originou um sculo antes. Nada se encontra sobre Cristo em fontes contemporneas, surpreendente numa era de escritores clssicos. Quase tudo o que sabemos sobre ele vem dos Evangelhos, redigidos por escritores imaginosos dcadas mais tarde. Alguns eruditos, conquanto aceitem a realidade do homem Jesus, crem que foi um piedoso patriota judeu, lder de um movimento de resistncia contra os romanos, pelo que foi crucificado; outros alegam que Cristo sobreviveu cruz, viveu em Roma e morreu na ndia. Argumentos convincentes sugerem que o Jesus histrico foi

  • realmente Apolnio de Tiana, o grande mestre espiritual que h mil e novecentos anos errou pelo mundo ento conhecido, fez milagres, curou doentes e ressuscitou mortos, a quem os imperadores construram templos e adoraram como a um Deus.Voltaire disse: "Se Deus no existisse, o homem o inventaria". Talvez o cristianismo seja um mito necessrio evoluo do homem durante esta Idade Pscea perdida! Negar Cristo no negar Deus; a nossa concepo de Deus transcende sua humanizao na Terra numa gloriosa expanso que abrange todos os seres sensveis em todos os mundos de todos os reinos de todos os universos. A doce imagem de Cristo oculta um mistrio alm da nossa compreenso, a humanidade no limiar do espao sobe em espiral para uma nova oitava de evoluo; a alma inquisitiva do homem ergue-se acima dos credos dogmticos de ontem para a religio csmica de amanh.

    Captulo DoisEM BUSCA DOS SERES EXTRATERRESTRES

    A cincia, como a religio, refuta os astronautas e, enquanto muitos cientistas especulam sobre planetas habitados a anos-luz de distncia, a maioria hesita em admitir seres em qualquer outra parte do nosso sistema solar e ridiculariza a descida de seres extraterrestres na Terra. Como a Igreja, a cincia oficial arroga-se presunes que no podem ser provadas: a crena fundamental do cientista que a natureza do universo e sua evoluo podem ser descobertas pelo homem com o mesmo mtodo cientfico que transformou o nosso mundo moderno. A cincia supe um universo espao-tempo, composto de massa e energia, e governado por leis imutveis. Essa concepo seria contestada pelos santos, operadores de milagres, que vem a Criao como uma manifestao de Deus, ou pelos adeptos da magia, que consideram o universo uma grande mente. Os nossos ocultistas evocam fenmenos psquicos e supem a existncia de super-homens nas estrelas que manipulam foras alm do nosso conhecimento. A cincia com todos os seus instrumentos maravilhosos percebe apenas uma estreita fresta do universo real; s Deus pode conhecer a sua prpria Criao.Hoje a cincia terica mergulha em profundezas to esotricas como a religio, expandindo-se em uma rea da ignorncia cada vez maior, enquanto a religio se fecha na verdade interior que transcende a discusso. A antiga afirmao orgulhosa da cincia de que conhece a realidade dissolve-se num sonho. O slido tomo desaparece em centenas de partculas, vibraes de energia que beiram o pensamento puro. A cincia no pode conhecer o mundo real; os fsicos no podem ver o elctron; o astrnomo v as estrelas no como elas existem agora, mas como eram h milhes de anos. A teoria da relatividade de Einstein no est inteiramente provada, o princpio da incerteza parece introduzir na fsica os problemas religiosos de destino versus livre-arbtrio; h uma crescente reao contra a teoria da evoluo de Darwin; em vez do desenvolvimento gradual atravs de idades sem conta, parece que ocorreram mutaes sbitas atravs de cataclismos e mudanas nos raios csmicos. Alguns pensadores sugerem que o homem

  • no indgena da nossa Terra, mas que chegou aqui h muitos milnios, vindo de outro planeta.O raciocnio cientfico baseia-se na lgica dedutiva e intuitiva, segundo a metodologia cientfica dos gregos. Recentemente Goedel provou aos matemticos com clareza magistral que a lgica dedutiva tem de ser incompleta, uma vez que possvel fazer legitimamente perguntas sem respostas aparentes, e a lgica dedutiva procura generalizar uma teoria partindo de fatos que no podem ser inteiramente verdadeiros, uma vez que no pode incluir completamente o futuro nem provas alm da sua experincia. A lgica no digna de confiana. Muitas descobertas fundamentais so feitas por inventores prticos desembaraados do treino cientfico. Simon Newcomb provou conclusivamente que mquinas mais pesadas que o ar no podiam voar. E, enquanto ele teorizava brilhantemente, William e Orville Wright construam seu aeroplano, o Kitty Hawk, e voavam nele. Muitas grandes invenes nasceram por acaso, por pura sorte ou sbita intuio, desafiando a lgica, inspiradas por fontes ocultas ou pela mente subconsciente do homem. Se o homem no pode conhecer-se a si mesmo, como pode conhecer o universo?Os cientistas consideram que suas experincias tm lugar em um sistema isolado cuja evoluo, dominada pelo princpio de Carnot, tende ao equilbrio termodinmico no estado final de entropia; Giorgio Piccardi, professor de geofsica em Florena, provou em uma brilhante srie de experincias que a metodologia da pesquisa baseada nas condies iniciais falsa. Ensaios qumicos efetuados com estrita preciso, dia aps dia, ano aps ano, mostraram que os resultados variam surpreendentemente de acordo com os fenmenos solares e os campos de fora extraterrenos; a Terra gira em volta do Sol, que se desloca atravs do espao no sentido da constelao de Sagitrio. A Terra, pois, desloca-se em uma trajetria espiral, atravessando linhas de fora criadas pela Via-Lctea, cujo campo galctico em movimento influenciado por toda a matria e energia mveis do universo. Cada ser humano uma concreo de energia eltrica. Um homem pode influenciar uma estrela, que influencia o homem. Isso no ocultismo, astrologia ou misticismo; toda a experincia, toda a paixo humana se efetua contra o fundo de todo o universo. Toda a Criao est em constante mudana; a nossa Terra e tudo o que nela existe so influenciados por foras csmicas, cujas intensidades totais no podemos medir, mas cujas variaes alteram resultados preconcebidos, tanto no mundo da matria como em nossas mentes.A cincia, como a religio, tem dado muito humanidade; seu domnio e manipulao do mundo fsico tem revolucionado as vidas dos homens para o bem ou para o mal; o mtodo cientfico a glria do intelecto humano. Devemos reconhecer que ao considerarmos os seres extra-terrestres no presente e no passado estamos lidando com fenmenos fora da experincia da cincia e da religio geocntricas; a apreciao de ambas essas disciplinas poder trazer esclarecimentos, mas a revelao s pode vir do espao. Embora a cincia ortodoxa, mesmerizada por seus espectroscpios, negue a existncia de seres em outros planetas solares, os cientistas compreendem que, uma vez

  • que todas as estrelas parecem compor-se dos mesmos noventa e dois elementos bsicos da nossa prpria Terra, provvel que existam formas de vida atravs de todo o uni-verso. Alguns astrnomos crem que os planetas So pro-dutos derivados da criao das estrelas, resultado da concreo de tomos nascidos da energia csmica. A lenta velocidade angular do nosso Sol dizem que devida sua famlia de planetas, porque na nossa prpria galxia deve haver milhes de sis como o nosso e mais ou menos da mesma idade, a maioria deles provavelmente com planetas. Os biolgos declaram que a vida aparece onde quer que as condies favoream o seu desenvolvimento e consideram a prpria vida como um fenmeno eletroqumico e no um fenmeno espiritual. A atmosfera primeva da Terra consistia em amnia, nitrognio e hidrognio, com um pouco de oxignio e bixido de carbono a altas temperaturas, carregada de tempestades eltricas que sintetizavam aminocidos no mar, os quais evoluam para substncias orgnicas, cujas clulas se reproduziam, produzindo atravs de idades sem conta as mirades de formas de vida atual. Essa evoluo deve ocorrer em todos os planetas semelhantes Terra; enquanto os habitantes de alguns devem viver em uma idade da pedra, os povos de outros mundos podem ter atingido uma tecnologia muito superior nossa.Atravs de sua histria a nossa Terra tem sido bombardeada por chuvas de pedras do cu, a maioria das quais se inflama e reduz a p na atmosfera superior; alguns sideritos, compostos de ferro e nquel, juncam o fundo do oano, outros aerlitos, no metlicos, esto muitas vezes misturados com rochas terrestres; em raras ocasies gigantescos meteoros tm produzido imensas crateras em todo o mundo. Em 1836 o qumico Berzelius analisou pedras cadas na Frana e ficou espantado de verificar que a substncia carbnica continha considervel quantidade de gua, muito surpreendente numa matria do espao. Mais tarde, Berthelot examinou fragmentos do meteorito Orgueil, de 1864, e encontrou substncias orgnicas. As sugestes de que tais descobertas evidenciavam vida extraterrestre foram ridicularizadas pelos astrnomos, os quais argumentaram que, visto que a cincia acreditava no poder existir vida no espao, por conseguinte no existia vida no espao. Em 1961, motivados pela pesquisa espacial em curso, o Professor Nagy e seus colegas reexaminaram fragmentos do meteorito Orgueil e verificaram que sua microestrutura era de origem viva, contendo hidrocarbonetos, que mais tarde analisaram como complicadas cadeias de substncias graxas, e at hormnios sexuais, anlogos, mas no completamente idnticos aos do metabolismo terrestre. A anlise de meteoritos em museus de todo o mundo acusou diversos vestgios minsculos, mas inconfundveis, de compostos orgnicos. Esses meteoritos podem ser fragmentos do suposto planeta Maldek, entre Marte e Jpiter, que se acredita ter explodido, desfazendo-se em asterides; essas chuvas meteorticas devem cair em Marte, em Vnus e na nossa Lua. Em tempos idos as estrelas cadentes tinham significao flica, as pessoas acreditavam que elas inseminavam a Terra recumbida. Isso pode ser que seja verdade. Pode ser que a vida seja levada nas correntes espaciais de planeta para planeta. Os nossos cientistas concordam agora com os antigos em que deve existir vida

  • em toda parte.Os nossos maiores telescpios pticos no so poderosos o bastante para distinguir se existem quaisquer planetas em volta de Alfa Centauri, a estrela mais prxima, a quatro anos-luz de distncia, e at recentemente tal deteco parecia impossvel. Os radioastrnomos observaram perturbaes nos sinais do Sol quando os planetas Jpiter e Saturno ocupavam certas posies, sugerindo que periodicamente sua gravitao exercia maior influncia sobre a radiao do Sol. Perturbaes peridicas nas emanaes de outras estrelas no binrias sugeriram um fenmeno semelhante e h uma certeza razovel de que a estrela de Barnard, distante seis anos-luz, tem uma companheira invisvel e que a Tau Ceti, distante onze anos-luz, tambm tem planetas. Os astronautas russos acreditam que os lampejos de luz laser da estrela Cygnus 61, em 1894 e 1908, foram respostas a um aparente sinal da Terra, na realidade a erupo do Krakatoa, em 1883. As estrelas giram rapidamente ao tempo de sua criao; depois, em certo momento, diminuem de velocidade, exaurida sua energia pelos planetas acompanhantes. A observao infere que para saber se uma estrela tem planetas basta apenas medir a velocidade de sua rotao; a oscilao no movimento de uma estrela pode agora ser considerada prova de companheiros planetrios no detectados.Os biologistas provam que a substncia fundamental de todas as formas de vida o cido desoxirribonuclico, ADN, cuja molcula espiralada contm em cdigo toda a informao da hereditariedade encadeada como um fio de contas. Esse polmero compe-se de acar, cido fosfrico e bases nitrogenosas. A descoberta do ADN em outros planetas seria geralmente aceita como prova de vida. A Administrao Nacional de Aeronutica e Espao da Amrica, mantendo seu programa para o primeiro desembarque do homem na Lua e sondas para Marte e Vnus, est realizando pesquisas intensivas para descobrir vida no espao. Uma tcnica notvel de espectroscopia de absoro poderia detectar a presena de base nitrogenosa e por conseguinte vida em amostras de solo; por isso os americanos inventaram o sistema multivador de deteco de vida, um laboratrio biolgico em miniatura, com meio quilo de peso apenas, que pode efetuar quinze experincias separadas. Ao pousar num planeta so sopradas amostras de solo atravs do multivador, so injetados solventes em cmaras de reao, lmpadas fluorescentes acendem-se em seqncia, medida a fluorescncia e as medidas so telemetradas para a Terra para decifrao. O microscpio Vidicon transmitir fotografias de microrganismos da superfcie de um planeta; Gulliver, uma sonda bioqumica de radioistopo com a forma de um pequeno cone, desenrola trs fios de quinze metros recobertos por uma susbtncia viscosa, depois enrola-os de volta para dentro de um caldo de cultura. Em quatro horas os organismos vivos devem comear a crescer, produzindo aumento do gs radiativo; a radiatividade ento registrada por um contador Geiger, cuja informao imediatamente transmitida de volta Terra.Os aminocidos, componentes das protenas, quando aquecidos a vapor, podem ser detectados por meio de espectrometria. Os exobiologistas da ANAE (NASA) tencio-nam depositar espectrmetros miniaturizados em massa na

  • superfcie dum planeta, os quais constataro o espectro de qualquer molcula biolgica e o transmitiro de volta Terra. Dizem eles que essa experincia poder detectar uma forma de vida no conhecida por ns. Outro dispositivo engenhoso uma Armadilha Wolf (do nome de seu inventor, o Professor Wolf Vishniac). Consiste essa cha-mada armadilha num tubo destinado a sugar poeira por meio de vcuo, poeira que ser imersa num meio de cultura. Se crescerem bactrias, elas produziro uma mudana na intensidade da luz em uma clula fotoeltrica, cuja variao de sinais ser transmitida para a Terra. Uma nova possibilidade o lanamento dum espectrofotmetro ultravioleta para comparar as cores dos espectros das pro-tenas e dos peptdios para estabelecer a presena de mo-lculas orgnicas; espera-se tambm detectar organismos vivos no espao por meio de cromatografia gasosa. Os cientistas propem-se usar uma mistura de luciferina e lucifran, extradas dos vagalumes, cujo brilho produzido por sua reao com ATP (trifosfato de adenosina), que se encontra em todas as clulas vivas. Quando a mistura entrar em contato com qualquer quantidade de ATP, as substncias qumicas brilharo e o resultado transmitido para a Terra ser interpretado como encontro com clulas vivas. Essas tcnicas notveis mostram que a Administrao Nacional de Aeronutica e Espao reconhece a possibilidade de vida extraterrestre e utiliza todos os artifcios da cincia para provar sua existncia.O astrnomo russo Joseph Shklovsky, aps brilhante anlise da nossa galxia, supe que, se a distncia entre duas civilizaes for de cerca de dez anos-luz, s trs estrelas, a Epsilon Eridani, a Tau Ceti e a Epsilon Indus tm probabilidade de possuir seres inteligentes capazes de se comunicarem conosco. Os americanos, escutando na freqncia de hidrognio de mil quatrocentos e vinte megaciclos, afirmam que receberam fortes impulsos dessas estrelas. O professor americano Robert N. Bracewell apia Shklovsky e produziu grficos mostrando que, na suposio de que uma civilizao tecnolgica dure dez mil anos, dentro dum raio de mil anos-luz deve haver cerca de cinqenta mil civilizaes. A essa distncia os sinais de rdio seriam demasiado fracos para deteco, e sugere-se que foguetes com radiossondas a uma velocidade de cento e sessenta mil quilmetros por segundo poderiam em alguns sculos aproximar-se de civilizaes distantes, emitir sinais, registrar e reenviar sinais recebidos e talvez televisionar para outros mundos um mapa dos cus onde a sonda se originou.No comeo de abril de 1964 os russos lanaram sua Sonda 1 com destino desconhecido e em abril de 1965 Gennady Sholomitsky anunciou que tinham descoberto uma nova civilizao a milhes de quilmetros de distncia no espao. Emisses de radioondas de uma fonte misteriosa conhecida por CTA-102 seguem um padro regular de lampejos a cada cem dias, sugerindo controle por seres inteligentes. Os radioastrnomos de Jordrell Bank mostram-se cticos e atribuem as pulsaes a uma quasar, mas o Dr. Nikolai Kardashev sustenta que as emisses so extremamente pequenas e devem ser de origem inteligente. Cientistas de Moscou consideram esta a descoberta mais notvel da radioastronomia. Esses sinais lembram as pulsaes do espao recebidas por Tesla e Marconi no princpio do

  • sculo.Os milhares, talvez milhes de civilizaes da nossa galxia certamente anunciaro a sua existncia a estrelas do seu permetro como o nosso prprio Sol e provavelmente enviaro radiossondas para explorar o nosso sistema solar. H cerca de trinta anos Stormer e Van der Pol detectaram ecos anormais, repeties de sinais da Terra vrios minutos depois de sua emisso; Bracewell acredita que eram repetidos por uma sonda automtica extraterrestre a milhes de quilmetros de distncia.Shklovsky acha que possvel que inteligncias supremas modifiquem as prprias estrelas. Declara ele que algumas estrelas da rara srie espectral S revelam vagos vestgios de tecncio, que no se encontra naturalmente na Terra, pois um p branco-prateado, produzido num reator nuclear. O perodo de vida do tecncio radiativo de apenas duzentos mil anos, e difcil compreender como possa existir em estrelas com milhares de milhes de anos de idade. Shklovsky pergunta se super-homens no tero manufaturado milhes de toneladas de tecncio e impreg-nado com ele a atmosfera de algumas estrelas para mani-festarem ao universo vigilante a realidade de inteligncia no espao. Uma empresa to fantstica de assombrar, mas quem sabe que tecnologia os super-homens no possuem? Os russos perguntam-se se as grandes inteligncias csmicas no sero, na realidade, engenheiros estelares, capazes de modificar e controlar o desenvolvimento de estrelas e com incrveis raios laser faz-las explodir como supernovas.A prova de seres inteligentes no nosso prprio sistema solar pode existir nas luas de Marte: Fobos, a nove mil e trezentos quilmetros do centro de Marte, e Deimos, a vinte e quatro mil quilmetros, esto mais perto de seu planeta do que qualquer dos satlites naturais conhecidos.Shklovsky nota que os nicos corpos celestes do sistema solar que se movem em volta dum planeta mais rpido do que este gira sobre seu eixo so Fobos e os satlites artificiais da Terra; acentua que Fobos, com um dimetro de dezesseis quilmetros, e Deimos, com oito quilmetros, parecem objetos pequenos demais para um sistema planetrio; nenhum dos dois tem a clssica cor vermelha de Marte; a acelerao da rotao de Fobos sugere retardamento na atmosfera marciana e final queda no planeta, como acontecer com os nossos prprios satlites artificiais. A densidade das luas demasiado pequena para satlites naturais e sugere cascas ocas de ao, com uma espessura de oito centmetros apenas, segundo clculos de Andr Avignon. A ausncia de peso no espao tornaria a construo de tais luas artificiais tecnicamente possvel. Shklovsky sugere que Fobos e Deimos so monumentos de alguma raa marciana de eras passadas girando em volta dum planeta morto, como os nossos prprios satlites podero ficar girando em volta da Terra depois que perecer o ltimo homem. Fotografias tiradas pela sonda espacial americana Mariner IV sugerem que a superfcie de Marte deserta, sem os famosos canais. Pelo menos uma foto revelou uma construo quadrangular, que encoraja a crena na possibilidade de inteligncia em Marte.Embora os cientistas se mostrem cticos, supostas comunicaes de seres espaciais com pessoas supra-sensveis na Terra insistem em que gente como ns habita no s os

  • planetas em volta do nosso prprio Sol, mas tambm outros mundos em volta de incontveis estrelas. O universo inteiro palpita de vida.O maior impedimento para a aceitao de seres extraterrestres a ignorncia da realidade pelo homem. Cada homem o centro de seu prprio universo particular conhecido por seus cinco sentidos, sintetizado numa mente condicionada pela educao e pela experincia. O universo dum homem a quintessncia de seus prprios pensa-mentos; alguns intuitivos tentam humildemente transcender seu ponto de vista egocntrico aspirando a ver o universo pelos olhos do Criador, mas verificam que no podem esca-par priso do eu e reduzem Deus sua prpria imagem. Como todos os homens tm faculdades sensoriais semelhan-tes e em qualquer momento d histria so condicionados por padres de cultura semelhantes, segue-se que a expe-rincia geral produz concordncia comum quanto aparente natureza do universo, cuja aparncia muda de acordo com o novo conhecimento. A nossa cosmologia atual difere enormemente da Terra chata e das esferas celestes con-cntricas pressupostas por Ptolomeu, mas daqui a dois mil anos a nossa prpria concepo de um universo finito em expanso pode parecer ridcula. natural para o homem limitar o universo prova de suas prprias percepes sensoriais ampliadas por instrumentos engenhosos e negar a realidade a domnios fora de sua percepo imediata. A observao restrita pode ser equiparada atitude mental rgida; algumas pessoas acham os fenmenos ocultos inaceitveis para a cincia, e, entretanto, durante milhares de anos tem-se acumulado uma vasta literatura dedicada descrio de dimenses e estados de existncia fora do conhecimento normal.A afirmao dos ocultistas de que existem mundos invisveis em reinos astrais e planos etreos habitados por devas, fadas e os chamados mortos foi por muito tempo, ridicularizada pelas pessoas comuns, que acreditavam no senso comum, e pelos cientistas materialistas, mesmeriza- dos por seus prprios instrumentos. O estudo dos tomos insubstanciais, a descoberta de dezenas de partculas subatmicas, o novo estado da matria conhecido como plasma e a maior conscincia dos campos vibratrios revolucionaram a concepo cientfica da matria, aproximando-a dos ensinamentos dos antigos filsofos hermticos e dos iogues do Tibete. Os fsicos agora admitem que o que denominamos universo fsico apenas o espectro de vibra-es apreendidas pelos nossos sentidos fsicos; lgico supor que podem existir freqncias de matria alm da nossa tangibilidade, exatamente to reais como essas estrelas escuras que no podemos ver. Pode existir matria em oitavas co-espacialmente umas dentro das outras; dentro da nossa prpria Terra podem interpenetrar-se outros mundos habitados por seres quentes e apaixonados, que podem manifestar-se aos nossos sentidos como aparies, ou, inversamente, seres terrenos podem por acaso desaparecer em outra dimenso. O fato que os ocultistas afirmam existir outro mundo co-espacial da Terra, um mundo cuja capital Sambal, uma gloriosa cidade eterna coexistente com o nosso deserto de Gobi; alguns adeptos dessa teoria afirmam que visitam esse reino em seu corpo astral.Os ensinamentos dos ocultistas outrora escarnecidos so

  • hoje levados avante por pesquisadores ultramodernos, os paracientistas que afirmam ter contato com seres da Vnus etrea que gozam duma civilizao maravilhosa muito superior nossa. interessante notar que a Doutrina Secreta e essa obra profunda que Oahspe falam de seres etreos descendo em naves de fogo de seu plano para o nosso prprio plano material h muitos e muitos milhares de anos. A filosofia hermtica ensinava que com o tempo a nossa prpria Terra seria espiritualizada por vibraes cada vez mais sutis, passando da nossa atual oitava grosseira a um plano etreo e ficando cada vez mais requintada, at a absoro por Deus.Alguns paracientistas de fronteira acreditam que os aparecimentos e desaparecimentos de UFOS so manifes-taes de astronaves de mundos invisveis, cujos coman-dantes tm o poder de retardar suas freqncias fsicas para se materializarem diante de ns.. Alguns supra-sensveis afirmam possurem a capacidade de viajar em seus corpos etreos e falam de aventuras inspiradoras em mundos alm da percepo normal.A realidade de planetas etreos assusta as nossas mentes condicionadas ao plano materialista; entretanto, a sua aceitao explicaria facilmente muitos fenmenos ocultos, episdios maravilhosos da Bblia e da literatura religiosa, bem como muitas estranhas manifestaes na histria que nos intrigam. Talvez alguns dos deuses do passado de fato "descessem" Terra, vindos do "cu", essas paragens interiores dentro do nosso universo fsico.At h pouco tempo, os fsicos acreditavam que Deus, quando criou o universo, decidiu solenemente construir seus tomos com um ncleo de prtons carregados posi-tivamente e nutrons no carregados, em volta do qual giravam elctrons carregados negativamente, criando um universo positivo habitado por gente positiva as nossas positivas pessoas. Por que Deus havia de mostrar tal pre-dileo pelo positivo, quando toda a Criao, segundo parece, funciona no equilbrio dos opostos, a dualidade do bem e do mal, do certo e do errado, da luz e da escurido? Isso incomodava certos filsofos, que raciocinavam que, pelo princpio fundamental universal da simetria, devia existir um universo negativo, espelho do nosso prprio universo. Essa suposio fantstica parecia ser uma das maluquices mais levianas da cincia, como a levitao e a quadratura do crculo, e era reprovada pela Igreja. Acusar Deus de criar um universo canhoto era indubitavelmente um pecado mortal.Em 1957, Madame Wu, sem a inibio da nossa teologia crist, congelou cobalto radiativo e surpreendeu-se ao verificar que seus eltrons emitiam anti-simetricamente em relao direo prevista; dois sino-americanos, T. D. Lee e C. N. Yang, mais tarde descobriram que a rotao de certos elctrons era assimtrica em relao matria convencional, sugerindo desse modo a existncia de matria negativa em relao nossa, como se fosse por assim dizer o seu reflexo em um espelho. Novas pesquisas dos raios csmicos e partculas, acelerados eii cclotrons, revelaram antiprtons, antinutrons, elctrons positivos ou postrons, sugerindo antimatria paralela. No momento da Criao provavelmente uma partcula de matria positiva e uma partcula de antimatria entraram em coexistncia e foram

  • imediatamente repelidas pela antigravidade, pois estes opostos ao se tocarem aniquilam-se, mergulhando no vazio primevo. Para que a totalidade da Criao seja uniforme, cada tomo de matria positiva deve ser equilibrado por um tomo equivalente de antimatria, do contrrio a Criao seria desequilibrada e tal desequilbrio levaria sua destruio, alm de ferir o nosso senso inato de harmonia. No universo de antimatria as nossas leis de fsica seriam s avessas; a antigravidade faria as mas "carem" para cima, anticlulas fabricariam anti-homens e fabulosas antimulheres.Alguns astrnomos atualmente conjeturam que algumas das galxias que enfeitam os cus podero ser de antimatria, e suas colises com galxias positivas podero ser o que causa aquelas exploses de energia que partem do espao. Os fsicos esto correndo para isolar a antimatria, e o vencedor poder fazer uma antibomba que acabar com tudo.Mas em 1966 esse princpio de simetria foi seriamente contestado. Um grupo de fsicos em Brookhaven, Long Island, sob a direo do Dr. Paolo Franzini, com sua mulher, Dra. Juliet Lee-Franzini, o Dr. Charles Balty e o Dr. Lawrence Kirsch, analisaram meio milho de fotografias de colises atmicas dentro dum tanque de hidrognio pesado lquido. Quando uma partcula chamada mson eta decai sob um processo eletromagntico, eles verificaram diferenas inesperadas nas velocidades das partculas positivas e negativas. Os fundamentos matemticos da fsica moderna baseada na teoria da relatividade e na mecnica quntica esto agora abertos discusso. O nosso universo parece estranhamente torto.Em 1964 os americanos descobriram que as observaes do mson K pareciam indicar a direo em que o tempo voa. O Dr. F. R. Stannard, fsico do University College, de Londres, sugere no nmero de Nature de agosto de 1966 que possvel que estejamos rodeados por outro universo, invisvel, onde o tempo corre para trs. O nosso universo aparentemente enviesado pode ser equilibrado por outro governado pelas mesmas leis fsicas, mas no qual o tempo invertido; a totalidade da Criao seria assim simtrica, em concluso. Essa teoria pressupe um universo faustiano completamente isolado do nosso; um homem faustiano poderia passar atravs de ns, podem existir galxias faustianas no cu que parecem absorver a luz em vez de emiti-la. Do nosso ponto de vista, os habitantes faustianos pareceriam viver de diante para trs, ficando mais jovens em direo ao seu nascimento; tais seres pareceriam estar viajando, por assim dizer, do nosso futuro para trs. A interao desses universos complementares pode ser sugerida pelo comportamento peculiar dos msons K; estes decaem rapidamente em outras partculas, mas a proporo parece viver muito mais tempo do que deveriam viver. Teoriza-se que alguns msons K do um salto de tempo para o universo faustiano, onde ficam mais jovens, depois saltam de novo para trs. Outra partcula esquiva, o quark (partcula elementar da matria), hipoteca um novo nvel de realidade com idias estranhas de espao e tempo, mesmo de causalidade. Na ndia fotografias mostraram que um raio csmico neutrino atingindo um ncleo atmico na rocha formava, no um mson, mas dois, sugerindo que tinha sido produzido no apenas um muon, mas tambm um boson,

  • que logo decaa em outro muon; os fsicos, agora com seus formidveis aceleradores, esperam tremendos desenvolvimentos que levem ao controle da gravidade. Essas concepes esotricas confundem o nosso entendimento. Entretanto, os extraterrestres, com suas tecnologias adiantadas, provavelmente possuram tcnicas nucleares alm da nossa imaginao.Alguns pesquisadores afirmam que os UFOS vm no de outros planetas, mas da nossa prpria Terra. A cincia ridiculariza as pretenses de que a nossa Terra oca, mas h quem afirme que aberturas existentes no plo Norte e no plo Sul do acesso fantstica civilizao de Agharta, muitos quilmetros abaixo da superfcie, povoada por lemurianos e atlantes, cujos continentes pereceram h milnios. Dizem que esses subterrneos chegam nossa superfcie por tneis secretos e para observarem o nosso mundo tambm de discos voadores; agora esto mais preo-cupados do que nunca com as nossas bombas de hidrognio, que podero destruir-nos e destruiro a eles tambm. Essa teoria poder parecer estranha para o padro de pensamento a que estamos condicionados, enquanto no recordarmos as lendas gregas dos ciclopes e suas oficinas subterrneas, onde eles fabricavam armas maravilhosas para a guerra entre os deuses e os gigantes, e tambm as histrias medievais de intrusos de uma terra sombria, os ensinamentos rosacruzes sobre lemurianos que viviam sob o monte Shasta, na Califrnia, e o mistrio de Shaver sobre uma suposta comunicao de super-homens do interior da Terra. A descoberta que fez o Almirante Byrd, de uma regio sem gelo, com montanhas, florestas, lagos e rios, onde aparentemente se entrava por uma abertura no plo Norte, parece indicar a existncia de um mundo subterrneo. O aumento do interesse pela Antrtica e pelos UFOS que foram vistos mergulhar nas profundezas do mar sugere a existncia de outros reinos fascinantes dentro d nosso mundo surpreendente.Alguns matemticos insinuam seriamente que os UFOS so, na realidade, mquinas do tempo da nossa prpria Terra, vindos de muitos milhares de anos no futuro. O nosso conceito minkovskiano do universo aceito, do seu espao-tempo governado pelas teorias da relatividade de Einstein, contestado pelos modelos complexos de Kurt Goedel, que, embora compatveis com a relatividade geral, no obstante pressupem a existncia do futuro com linhas de tempo "abertas" e "fechadas", permitindo a volta de seres vivos do futuro.Seja qual for a dimenso em que os astronautas se originem, as lendas de todos os pases parecem mostrar que desde h milhares de anos seres dotados de sabedoria transcendente tm intervindo nos negcios humanos. O homem pode aprender muito com as estrelas, mais que com a histria. O que foi ser novamente; o futuro est no passado. O segredo do destino do homem pode ser encontrado no antigo Oriente.

    Captulo TrsDEUSES ESPACIAIS DA NDIA ANTIGA

    Os povos da antiguidade imaginavam que suas civilizaes comearam no Oriente e maravilhavam-se com aquelas

  • terras encantadas do levante onde imperadores governavam em ureo esplendor, escravas se tornavam rainhas, santos homens realizavam milagres, e entre cujas multides atravs das idades se encarnavam aqueles divinos salvadores para ensinar humanidade o amor de Deus. Ainda hoje, no nosso sculo XX materialista, apesar da nossa decantada cincia e do nosso ceticismo, sentimos nossas almas empolgadas pelo fabuloso Oriente e sentimos aquele verniz de sofisticao que vela o mistrio imemorial do prprio homem.As mais antigas fontes de sabedoria do mundo devem estar na ndia, cujos iniciados h muito tempo sondaram os segredos do cu, a histria da Terra, as profundezas da alma do homem, e formularam aqueles sublimes pensamentos que iluminaram os magos de Babilnia, inspiraram os filsofos gregos e exerceram sua sublime influncia sobre as religies do Ocidente. Quando os rias invadiram a ndia, vindos de sua terra desconhecida no norte, e por volta de 2.000 a.C. subjugaram os restos duma civilizao cuja origem remontava aos prprios deuses, h milnios sem conta, herdaram aquelas tradies ocultas da Lemria e da Atlntida que falavam de intercmbio csmico com mestres do espao. Sculos mais tarde, ondas de rias de pele clara migraram das plancies superpovoadas do Ganges e, ladeando o Himalaia, espraiaram-se para o norte at a Prsia, para o oeste at a Grcia e at a Glia, trazendo sua cultura e seus deuses, e o snscrito, a lngua da civilizao, raiz da lngua que falamos atualmente. Se homens do espao desceram na Terra em eras passadas, como sugerem lendas amplamente difundidas, esses deuses do cu certamente dominaram a ndia antiga.Enquanto os cientistas do nossa Terra quatro mil e quinhentos milhes de anos e os paleontologistas desen-terram crnios humanos de um milho de anos, os histo-riadores restringem a civilizao a seis milnios, imaginando que por enormes espaos de tempo os homens viveram no limbo duma Idade da Pedra, em uma civilizao suspensa, at que o destino subitamente arrancou o Homo sapiens da escurido para a luz; os arquelogos de vez em quando descobrem artefatos que as tcnicas do carbono 14 e do potssio-argnio datam de incrvel antiguidade, mas, na ausncia de registros contemporneos, essas relquias so postas de lado. Os telogos pregam que Deus criou o homem para louvar suas maravilhas e vagamente acusam o Criador de esperar-milhes incontveis de anos enquanto se divertia a observar idades geolgicas de brontossauros se banhando toa nos pntanos antes de colocar seus bonecos neste palco terreno. Se Deus realmente esperou uma tal imensidade de tempo antes de criar o homem, seremos to importantes aos seus olhos como os insetos que criou primeiro e que continuaro infestando o nosso planeta muito depois que o ltimo ser humano se tiver dissolvido em p? A falta de documentos escritos da distante antiguidade impede de fato o estudo cientfico, que obedece sua prpria disciplina de fatos, mas a pobreza de provas diretas sujeitas a exames atentos no refuta inteiramente a existncia de civilizaes antiqussimas. Tria ficou perdida durante trs milnios, at Schliemann desenterrar a coroa de Helena, o rosto que lanou ao mar mil navios e queimou as torres altssimas de llion. A Babilnia de Nabucodonosor, rei

  • dos reis, deixou um monte de entulho sob o lodo da Mesopotmia, a bela Pompia perdeu-se para a histria at que foi desenterrada pela p. Quem sabe que cidades afundadas, outrora cheias de vida, apodrecem no fundo do oceano, que populosas metrpoles jazem engolidas pelas areias do deserto? Daqui a dez mil anos pode ser que homens das cavernas saiam de seus abrigos subterrneos perto do Tmisa para construir uma nova Londres, inteiramente ignorantes de sua prpria capital reduzida a poeira por bombas nucleares. Os historiadores futuros podero pr em dvida a existncia da nossa orgulhosa civilizao, e do nosso sculo xx talvez no reste mais nada que adulteradas lembranas folclricas de mquinas voadoras e guerras areas com armas fantsticas que assombraro os nossos descendentes atravs de sculos de escurido, at que a cultura humana ascenda novamente. S os adeptos da Cincia Secreta preservariam em seus ensinamentos ocultistas tradies da nossa era perdida.A evoluo do limo do mar at o homem pensante, pregada por Darwin e todos os seus discpulos, encontra provas impressionantes na histria natural e aceita pelos cientistas em geral, mas o fato de no se ter encontrado o "elo perdido" depois de um sculo de busca leva-nos hoje a especular se o homem no teria sido criado imagem de Deus, como sugerem as Escrituras, ou seja, se a nossa Terra no teria sido colonizada por seres de outros planetas, talvez das estrelas. No fim dos tempos os habitantes da Terra podero povoar outros mundos, pois o destino da vida povoar todo o universo como o lquen subindo pelas rochas nuas. Os iogues falam de uma cadeia de mundos com ondas de vida passando de um planeta para outro, e a biologia extraterrestre torna isso crvel. O tempo no nosso universo apenas relativo; parece no haver razo lgica para a nossa Terra no ter sido habitada pela primeira vez por colonos de outros mundos h milhes de anos. Se o Imprio Planetrio se dissolveu e devido a um cataclismo csmico cessou a comunicao com o mundo pai, os colonos isolados na Terra teriam ficado entregues a si mesmos para evolurem por conta prpria, com apenas uma vaga lembrana folclrica de sua origem csmica. Essa especulao no fico cientfica, mas digna de pensamento srio. Fotografias tiradas pela sonda espacial americana Mariner IV sugerem que Marte talvez no seja habitado, embora existam ainda controvrsias a respeito dos marcianos. Ao fim deste sculo grupos de homens e mulheres podero desembarcar l. Se a profetizada guerra de bombas de hidrognio devastar a nossa Terra, os colonos isolados em Marte se acasalaro para sobreviverem, deixando descendentes que povoaro o planeta. Teria sido assim a origem do homem na Terra?Os Livros Sagrados de Dzyan ensinam que os primeiros homens na Terra eram filhos dos homens celestes ou pitris, que significa pais, antepassados lunares que desceram Terra vindos da Lua, a qual exerce, segundo se acredita, uma sutil influncia psquica e fsica sobre o nosso mundo. Dizem que esses relatos antiqiissimos so a fonte dos livros sagrados da China, da ndia, do Egito e de Israel; dizem tradies que o texto, escrito na lngua sacerdotal secreta, chamada senzar, foi ditado aos atlantes por seres divinos, provavelmente astronautas. As estncias descrevem a evoluo do homem desde a primeira raa at a nossa quinta raa, parando na

  • morte de Crisna, h cerca de cinco mil anos. Essa doutrina dos senhores da chama dirigindo os assuntos humanos e dos filhos da sabedoria enviados da Lua, despida de sua significao oculta, poder ser uma lembrana folclrica truncada dos venusianos que primeiro desembarcaram na Lua e depois colonizaram a Terra. Os gnani iogues acreditam que a primeira e a segunda raas-troncos ocuparam pases tropicais que agora esto cobertos de gelo nos plos Norte e Sul, embora a doutrina secreta situe a segunda raa nos Hiperbreos, a Terra da Primavera cantada pelos gregos, que se acreditava ficar no noroeste da Europa. A terceira raa, de lemurianos, que viveu h cerca de dezoito milhes de anos (cronologia ridicularizada pelos cientistas ignorantes da cincia oculta), habitava uma vasta rea que compreendia grande parte dos atuais oceanos Indico e Pacfico, inclusive a Australsia.O crnio neandertalide de um homnida, meio macaco, meio homem, desenterrado em Broken Hill, na frica do Sul, parecia ter um buraco de bala num lado; o lado oposto do crnio parecia ter sido esfacelado pela sada da bala. Em 1962 paleontlogos russos descobriram na Yukusia, regio do nordeste da Sibria, um bisonte de tempos pr-histricos, perfeitamente conservado, o qual tinha na testa um buraco circular que os cientistas acreditaram ter sido produzido por um projtil de alguma arma de fogo semelhante s nossas prprias armas. Na opinio do Professor Konstantin Flerov, o bisonte no podia ter sido usado como alvo por um caador moderno, pois o animal no morrera do ferimento: o exame mostrou que o ferimento curou. Quem o alvejou?Os lemurianos durante "milhes" de anos fizeram um vasto progresso material, e dizem que construam aeronaves utilizando foras que ns no descobrimos; parece provvel que houvesse intercmbio com planetas interiores, particularmente com Vnus. Muitos lemurianos esclareci-dos, advertidos do cataclismo que destruiu Mu, migraram para o continente da Atlntida. O Livro de Dzyan descreve as dinastias divinas da primitiva Atlntida declarando que os "reis da luz" ocupavam "tronos celestes", descrio adequada para um ser extraterrestre em uma nave espacial. Os atlantes tambm atingiram uma civilizao extremamente brilhante, pervertida pela magia negra, e por volta de 9.000 a.C. (alguns ocultistas interpretam a data como 900.000 a.C.) este continente por sua vez foi engolfado pelo mar, segundo a narrao de Plato no Timeu. Dzyan declara que os "grandes reis do rosto deslumbrante" enviaram seus veculos (Viwan) para salvar os escolhidos da Atlntida, sugerindo que esses iniciados foram transladados para Vnus. Essa tradio foi o que provavelmente inspirou as profecias do Novo Testamento de que no Dia do Juzo o cu se abrir e o Filho do Homem aparecer com seus anjos para salvar seus filhos da Terra condenada; sem dvida, uma memria racial da interveno celeste na queda da Atlntida.Muitos dos lemurianos fugiram para os cumes das montanhas que depois da convulso se tornaram as ilhas do Pacfico; geraes posteriores migraram para uma nova terra que tinha surgido do mar ao norte. A epopia hindu Ramiana declara que os primeiros homens da ndia foram maias que deixaram a Lemria e posteriormente se fixaram no De, conquistando por fim todo o subcontinente.As mais antigas tradies asiticas falam de um vasto mar

  • interior h muito tempo, no norte do Himalaia, no centro do qual havia uma ilha de maravilhas, governada pelos filhos de Deus, os elvins, possivelmente astronautas que controlavam os elementos, exerciam domnio sobre a terra, a gua, o ar e o fogo, e possuam uma cincia psquica que revelavam a iniciados escolhidos. O conhecimento desse arcano pode ter sido um eco da sabedoria csmica dos planetas, cujos fragmentos durante milnios sem conta foram preservados na cincia mutilada dos mgicos que previam o tempo, dos feiticeiros e dos xams de todo o mundo que persistem em confundir os nossos cientistas atualmente.A mitologia indiana acreditava que a Terra era o centro de uma srie de esferas concntricas, correspondentes Lua, ao Sol, a Mercrio, Vnus, Marte, Jpiter e Saturno. Os hindus conheciam um stimo planeta, que pode ter sido Urano, redescoberto por Herschel em 1781 da nossa era; suas intricadas observaes dos planetas e estrelas distantes resultaram na fixao do calendrio, na inveno do zodaco, no clculo da precesso dos equincios e na predio de eclipses milhares de anos antes dos babilnios, que herdaram as cincias deles, sugerindo que os antigos astrnomos da ndia possuam instrumentos pticos, perdidos para os seus descendentes, ou receberam os seus conhecimentos de astronautas. Alm do cu havia as esferas dos santos, dos filhos de Brama e das divindades, todas contidas em uma concha csmica. Em volta desta havia camadas de gua, por sua vez rodeadas de fogo, ar, a mente, tudo contido em Brama, infinito, alm do espao e do tempo. Esse sistema de esferas foi transmitido aos gregos, inspirou os epiciclos de Ptolomeu, formou a cosmogonia de Dante, da Igreja e dos sbios medievais, e persistiu at as descobertas revolucionrias de Coprnico e dos nossos astrnomos modernos.A mais antiga arte da astrologia, praticada desde uma antiguidade distante, parece provar que as primeiras civilizaes possuam uma cincia em muitos respeitos mais adiantada do que a nossa moderna astronomia, que deve ter-se desenvolvido atravs de milnios precedentes, provando a evoluo cultural do homem atravs de vastos espaos de tempo, ou ento essa sabedoria recndita deve ter sido trazida Terra por astronautas. Os antigos viam o universo como um pensamento supremo, uma criao de fluido mental que se cristalizava nos corpos celestes, nos fenmenos da natureza e no prprio homem; toda a Criao atravs de todos os planos visveis e invisveis era contida na mente do Criador, no sonho de Brama. Os astrlogos acreditavam que cada estrela emitia raios poderosos que influenciavam a mente do homem de modo menos fantasioso nossos radioastrnomos medem a radiao eletromagntica de estrelas visveis e invisveis. Quando um homem nascia, aquelas constelaes determinadas im-primiam um certo padro no seu crebro, como o programa em um computador, o qual iria dirigir a tendncia bsica de sua vida, como o cdigo dos cromossomos e seus genes molda seu corpo fsico ou como as instrues gravadas num mssil o "prendem" infalivelmente ao seu alvo, seja ele Marte ou Moscou. Os primeiros povos da ndia, como os tibetanos, acreditavam que a alma que reencarna realmente escolhe a hora e o lugar de seu nascimento, quando as

  • influncias estelares prognosticam a futura experincia que o indivduo precisa para as suas novas lies na escola de treinamento da Terra.A cincia esotrica que inspirou essa crena pressupe uma inteligncia do mais alto nvel, superior mente mediana da atualidade, que v as estrelas como convenientes lmpadas no cu e ridiculariza os horscopos, confundindo as tolices escritas pelos colunistas dos jornais com a verdadeira cincia da astrologia. Os anais da velha astrologia hindu mostram seus horscopos romantizados com mais fantasia do que fatos, mas a arte dos astrlogos assim mesmo revela resqucios de alguma antiga cincia, uma cincia psquica universal de grande antiguidade que transcende muito a nossa. S agora a fsica ultramoderna, com sua fisso dos tomos e sua pesquisa sobre as ltimas partculas, est chegando concluso de que a chamada matria slida apenas manifestao de um pensamento supremo. Os radioastrnomos esto registrando emisses de estrelas visveis e invisveis que afetam seus receptores e essas ondas de rdio e suas freqncias mais sutis devem gravar-se indelevelmente na mente subconsciente do homem. As extraordinrias pesquisas do Professor Giorgio Piccardi, da Universidade de Florena, sobre a qumica csmica, provam que os campos de energia do espao modificam a matria fsica nas experincias qumicas e exercem uma poderosa influncia sobre as clulas vivas do crebro e do corpo, fato de que h muito suspeitavam os psiquiatras.Se nossos prprios cientistas de reconhecido gnio, em resultado de estudos empricos, se esto voltando para o cosmos e se perguntam se as radiaes planetrias no afetaro a matria e o homem, ambos concrees de ener-gia, os iniciados de tempos antigos que levaram a astrologia a tal refinamento matemtico e filosfico devem ter desenvolvido uma supercincia que lhes permitiria con-quistar o espao, controlar os elementos, desafiar a gravi-dade, voar mais rpido que a luz, agir como deuses, como astronautas! A astrologia, mesmo na forma tristemente aviltada como praticada atualmente, as provas de origem milenar de seres de sabedoria transcendente, os homens do espao, os heris das epopias indianas, a penetrao do nosso novo conhecimento, tudo d s lendas hindus mara-vilhosa significao; suas revelaes tornam-se verdadeiras.A literatura mais antiga do mundo provavelmente o Rig-Veda, que significa "conhecimento em verso", compreendendo dez mil invocaes aos deuses, escritas em snscrito por volta de 1.500 a.C., embora certos dados astronmicos do texto sugiram 4.000 a.C., e a mitologia represente personificaes de deuses em um naturalismo de imensa antiguidade, registrando acontecimentos celestes de muitos milhares de anos antes. Sanscritistas como o Dr. Max Mller concordam em que os Vedas so muito mais antigos do que Homero e formam a verdadeira teogonia da raa ariana; em comparao, a cosmogonia e a teogonia de Hesodo e do Genesis parecem imagens toscas da sublimidade vdica. Os primeiros rias eram um povo alegre e brincalho como os primeiros gregos, adorando a natureza e as estrelas, conscientes da maravilha da vida. S muitos sculos depois suas almas simples despertaram para os problemas religiosos da existncia humana. Ao que parece, viviam em inocncia natural como Ado e Eva antes de

  • provarem a ma do conhecimento e se tornarem conscientes de si mesmos.O Rig-Veda canta o culto da natureza com vrios deuses, mas o refinamento de seu pensamento revela uma penetrao mstica que transcende muito a cultura no-sofisticada dos rias e deve emanar de uma civilizao muito mais antiga ou dos deuses, isto , dos astronautas. Em linguagem potica os Vedas pregam um monismo total, o Deus nico que paira sobre os muitos. A essncia universal, o Absoluto, sonhando a existncia do universo por um perodo finito de tempo, de cento e cinqenta e quatro milhes de milhes de anos segundo se dizia, era Brama, que sustentava cada estrela e cada tomo; o Pai dos Deuses, um ser pessoal, era Dyaus-Pitar (Deva-Deus, Pitar-Pai), helenizado para Zeus-Pater, em latim Jpiter, o Pai do Cu, adorado sob vrios nomes pelos celtas, os egpcios, os babilnios, os mexicanos, os chineses e os povos nativos de todo o mundo. O cu era um reino fsico no firmamento, embora o pensamento esotrico geralmente o supusesse composto de vibraes etreas mais sutis do que a matria terrestre. O Pai do Cu ("Pai nosso que estais no cu", no nosso pai-nosso) era provavelmente um rei espacial de algum planeta adiantado do nosso prprio sistema solar, um pontinho infinitesimal de todo o universo imaginado por Deus, o Brama Absoluto. Dyaus-Pitar governou toda a Terra numa idade de ouro; os hindus, como os japoneses, os egpcios e os romanos, acreditavam que as primeiras dinastias da Terra foram divinas.O Rig-Veda descreve Dyaus como "um touro rubro e berrando para baixo", evocando os touros alados de Babilnia e Nnive, que para as mentes dum povo agrrio de natureza simples possivelmente simbolizava poderosas espaonaves. Dyaus tambm comparado a "um corcel negro recoberto de prolas", uma aluso ao cu estrelado, que lembra Pgaso, o cavalo alado dos gregos em que Belerofonte fez guerras areas, tambm simbolismo de seres espaciais. Um poema refere-se a "Dyaus sorrindo atravs das nuvens"; em snscrito clssico a palavra que significa sorriso relacionada com "brancura deslumbrante" e "relmpago". Esse lirismo poderia simbolizar uma espaonave brilhante dardejando atravs dos cus.Um deus mais poderoso da mitologia pr-indiana men-cionado nos Vedas, Varuna, era relacionado com corpos celestes do firmamento; ele controlava a Lua, as estrelas e o vo das aves, e tinha autoridade moral sobre os homens, mas nos poemas posteriores foi suplantado pelo deus-guerreiro Indra. Parece existir uma notvel semelhana com as lendas gregas; "Varuna", que significa "o cu abrangido", era Ouranos (Urano), suplantado por Indra, isto , Saturno (Cronos). A comparao reforada pelo fato de que mais tarde Indra foi destronado e exilado, em correntes, e, de acordo com Ovdio, Saturno foi usurpado por Zeus (Jpiter) e aprisionado na Gr-Bretanha. Talvez possamos interpretar isso como simbolizando a dominao da nossa Terra em idades passadas por sucessivos invasores do espao, como sugerem as idades de Ouro, Prata e Ferro dos poetas clssicos.Indra tornou-se o deus das batalhas a dardejar pelo cu num carro areo com a velocidade do pensamento, puxado por corcis com crinas de ouro e pele brilhante; ele fazia guerra

  • aos asuras (no-deuses) e destruiu suas cidades com raios como bombas nucleares, lembrando a guerra entre os deuses e os gigantes, descrita nas mitologias grega e cltica, sugerindo conflito entre homens espaciais, talvez contra a Terra.Em suas batalhas Indra era ajudado pelos maruts, ou deuses da tempestade, representados com jovens guerreiros que rodavam em carros dourados, empunhavam raios e corriam como os ventos. Associado a Indra havia Vayu, deus do vento, que disparava atravs do cu mais rpido do que a luz em uma carruagem brilhante puxada por uma parelha de cavalos rubros com olhos como o Sol. Savitri, o deus do Sol, era transportado por rpidos corcis que atravessavam os cus e irradiavam inspirao para os homens. Visnu atravessava os trs mundos com trs passadas e Puxan, "o melhor piloto do ar", cortava o vazio com ofuscante rapidez a servio de outra divindade solar, Surya. No Konarak, ndia, encontram-se algumas das mais belas esculturas das oito rodas descritas como um transporte da deusa do Sol, Surya, para o cu. Os deuses mais freqentemente invocados eram os dois asvins, que guiavam um carro fulvo, brilhante como ouro polido, armado de raios; algumas vezes eles "flutuavam por sobre o oceano, conservando-se fora da gua" em um veculo estranhamente descrito como "tricolunar, triangular e tricclico, bem construdo", no qual salvaram Bhujya do mar num navio que veio do espao. Os asvins, filhos do cu, eram eternamente jovens, saltando para o Sol no piscar de um olho, acompanhados da bela Surya; os dois muitas vezes desciam Terra para livrar pessoas de dificuldades e agiam como mdicos divinos. Os efeitos dos dois asvins e sua popularidade geral tornam-nos idnticos aos discoros gregos, Castor e Plux, a So Miguel e So Jorge, cavaleiros celestes que vinham em auxlio dos homens. Esses seres celestiais invocados pelos Vedas residiam no firmamento, no como espritos insubstanciais, mas como espaonautas reais dum planeta prximo, que desciam em suas espaonaves rutilantes e privavam com os povos da velha ndia.Os hinos do Rig-Veda exaltam seres celestiais menores que ocasionalmente desciam Terra para amar ou fazer guerra, exatamente como os deuses e deusas da Grcia. Os gandarvas, segundo o Visnu Purana, eram seguidores de Indra, o rei da Tempestade; derrotaram os nagas, os homens-serpentes da Lemria, apoderaram-se de suas jias e usurparam seu reino no Deco; sua ptria nas regies espaciais sobrevive na expresso "cidade dos gandarvas", um dos sinnimos de "miragem" em snscrito. As apsaras, tentadoras esposas dos deuses, eram ninfas sedutoras das "guas" do espao. Os poetas indianos pintavam as apsaras sorrindo para seus bem-amados no mais alto dos cus; belas e voluptuosas, essas ninfas areas eram amantes dos gandarvas e constituam as recompensas que o cu da ndia oferecia aos heris que caam em combate, tal como as huris no paraso seduziam os muulmanos fanticos fiis de Maom. s vezes uma apsara descia Terra e enamorava-se de um homem mortal, como Urvasi, que, de acordo com o Satapatha Brahmana, desposou seu amante terreno, Pururavas, deu-lhe um filho e depois voltou ao cu. Esse romance constituiu o tema de Vikramarvasi ou Urvasi conquistada pelo valor, brilhante e pungente pea do

  • dramaturgo clssico do sculo V, Kalidasa. Ficamos perplexos ao ler na crnica medieval De nugis curialium, de Walter de Mapes, a respeito do patriota saxo Edric, o Bravo, que em 1070 d.C. se enamorou de uma linda donzela do espao, com quem se casou e que apresentou na corte de Guilherme, o Conquistador; o filho deles, Alnodus, tornou-se famoso por sua sabedoria e piedade. Infelizmente, a esposa espacial desapareceu no cu, deixando Edric inconsolvel, ao contrrio de Urvasi, que posteriormente voltou para o marido e viveu feliz com ele. Recordamos os "scubos", "demnios" femininos da Idade Mdia, que seduziam homens mortais, e as arrebatadoras mulheres espaciais como Aura Rhanes, que encantou Truman Bethuram na Amrica. Quem sabe se as apsaras no eram mulheres reais de outros planetas que desposavam heris da ndia antiga? O Rig-Veda menciona uma raa de sacerdotes chamados bhrigus, a quem Matarisvan deu o fogo secreto roubado do cu. Essa verso indiana de Prometeu sugere, com outras lendas semelhantes da Grcia, um conflito de mbito mundial na antiguidade distante entre os povos da Terra e os homens do espao.Olhados com a nossa percepo moderna, os maravilhosos hinos dos Vedas revelam uma notvel afinidade com aquelas manifestaes do cu que nos empolgam atualmente.

    Captulo QuatroHERIS ESPACIAIS DA NDIA ANTIGA

    Contando com mgica fantasia as aventuras de Rama em busca de Sita, sua mulher, raptada, o Ramiana empolgou o povo da ndia durante milhares de anos; geraes de contadores de histrias itinerantes recitavam seus vinte e quatro mil versos para auditrios maravilhados, cativados pelo brilhante panorama do passado fantstico, as paixes de amor herico, as tragdias da vingana, as batalhas areas entre deuses e demnios, efetuadas com bombas nucleares; a glria de nobres feitos, a empolgante poesia da vida, a filosofia do destino e da morte. Essas histrias maravilhosas foram narradas pelo sbio Narada ao historiador Valmiki, que encadeou os pitorescos incidentes num fascinante poema pico salpicado de prolas de sabedoria, cuja perene inspirao anima os indianos atualmente. Alguns eruditos datam o Ramiana de antes de 500 a.C., outros de antes de 5.000 a.C., embora, como as histrias foram contadas por menestris atravs dos tempos, os acontecimentos devam ter ocorrido numa antiguidade distante.Rama, filho de Dasaratha, rei de Ayodha (Oudh), no norte da ndia, estava casado com a casta Sita, ainda hoje dolo das mulheres indianas. O rei dispunha-se a nomear Rama seu herdeiro, quando a rainha o persuadiu a nomear, em vez dele, seu outro filho, Bharata, e a banir Rama por catorze anos. Rama vivia feliz com Sita na floresta de Dandaka; quando o rei morreu, Bharata nobremente ofereceu o trono a Rama, que o recusou, consagrando-se a uma cruzada contra os gigantes e demnios que infestavam a floresta. O chefe gigante Ravana arrebatou Sita para a ilha de Lanka (Ceilo), onde foi encontrada por Hanuman, senhor dos macacos, amigo de Rama. Rama e seus seguidores, ajudados por Hanuman, com suas hordas de macacos, invadiram

  • Lanka pelo ar. Rama duelou com Ravana no cu em carros celestes e destruiu-o com msseis aniquiladores para reconquistar Sita. Posta em dvida a sua fidelidade, Sita purificou-se pelo ordlio do fogo e voltou com Rama para Ayodha, onde os dois governaram numa gloriosa idade de ouro.Em sua maravilhosa traduo (inglesa) do Ramiana, Romesh Dutt descreve o pai de Rama, o Rei Dasaratha, como "originrio de antiga raa solar", descendente de reis do Sol, seres celestiais, que governaram a ndia, ttulo ainda hoje conferido ao micado do Japo. Enquanto Rama e Laksman estavam na floresta caando um gamo encantado, Ravana apoderou-se de Sita desamparada.

    Sentou-a no seu carro celeste puxado por velozes jumentos aladosDa cor e brilho do ouro, rpidos como os corcis celestes de Indra,Depois elevou o carro celeste por cima da colina e do vale do bosque.Como uma serpente nas garras de uma guia, Sita contorcia-se, gemendo dolorosamente.

    Durante o vo foram atacados por Jatayu numa "ave" gigante como um avio de caa.O gigante Ravana aprisionou Sita em sua fortaleza no Ceilo. Hanuman voou atravs do estreito at a ilha e deu a Sita um testemunho de Rama, que, comandando um grande exrcito e ajudado pelos seres celestiais, lanou um assalto areo contra a cidadela.

    O bravo Matali dirigia o carro de guerra, como raio solar, puxado por corcis,Para onde o honrado e justo Rama procurava o inimigo em fatal refrega.Ele deu ao sublime Rama brilhantes armas celestiais.Quando o justo luta, os deuses assistem os honrados e valentes."Toma este carro", disse Matali, "que os deuses propcios te fornecem;Toma, Rama, estes corcis celestiais, monta o carro de ouro de Indra."

    Rvana em seu carro de guerra e Rama em seu carro celeste empenharam-se num duelo pico, uma luta furiosa e demorada. Os ventos silenciaram em mudo terror e o prprio Sol empalideceu.

    A luta continuou dbia, at que Rama em sua iraBrandiu a mortfera arma de Brama, flamejante de fogo celeste,Arma que a Santa Angostya tinha dado ao seu heri,Alada como o dardo de fogo de Indra, fatal como o raio do cu.Envolto em fumaa e relmpagos, partindo do arco cintado,Ela trespassou o corao de ferro de Ravana e prostrou o heri sem vida.Bnos do cu brilhante choveram sobre o filho de Raghni."Campeo dos honrados e justos! Tua tarefa est concluda!"

  • Depois da purificao de Sita nas chamas, Rama levou-a para casa num carro areo, um carro enorme de dois andares, lindamente pintado, munido de janelas e adornado de bandeiras e flmulas, e tendo vrios compartimentos para os passageiros e a tripulao. O veculo emitia um som melodioso ouvido em terra.

    "V, meu amor!", exclamou Rama quando no carro, Pushpa voador,Tirado por cisnes, os exilados, de volta ptria, deixaram o campo de batalha.

    O feliz casal, reunido, voou do Ceilo atravs da ndia e por cima do Ganges, de volta a Ayodha; Rama ia dando uma descrio pitoresca da histrica paisagem de colinas e rios que deslizavam rapidamente embaixo.

    Voando pelo ter sem nuvens vinha o carro Pushpa de Rama,E ento milhares de vozes jucundas gritaram o alegre nome de Rama.Cisnes prateados por ordem de Rama desceram suavemente do arE o carro pousou em terra... carro de flores divinamente belo.

    (Para os mortais maravilhados as astronaves brilhantes ao sol deviam parecer cisnes de prata.)A suspeita de que Sita teria cedido seduo de Ravana obcecava Rama. E exilou sua mulher para a floresta, onde ela encontrou um eremitrio e deu luz dois meninos gmeos. Anos mais tarde Rama descobriu-a e aos filhos e, torturado pelo remorso, implorou-lhe que voltasse a Ayodha e provasse sua virtude.

    Deuses e espritos e imortais esplndidos vieram quela real Yajna,Homens de todas as raas e naes, reis e chefes de nobre fama.Sita viu os esplendorosos seres celestiais, os monarcas vindos de longe.Viu seu real senhor e marido, resplendente como astro do cu.

    A inabalvel fidelidade de Sita, em meio mais negra suspeita e s mais duras tribulaes, fazem dela ainda hoje a inspirao das mulheres indianas, que durante sculos tm seguido submissamente o seu abnegado exemplo.Profundamente desgostosa, Sita no pleiteou sua causa alegando inocncia, mas pediu Me Terra que a aliviasse do fardo da vida.Ento a Terra se fendeu e abriu, como as folhas se abrem desvendando a flor,E de dentro subiu um tronco de ouro, sustentado por nagas cobertos de jias.

    Rama continuou vivo, mais solitrio do que nunca. Teve uma conferncia secreta com um mensageiro celeste (pensamos nos profetas bblicos encontrando-se com o "Senhor"). Seu irmo Laksman inadvertidamente interveio

  • e, como castigo, perdeu a vida. Anos mais tarde Rama deixou Ayodha e entrou no cu. Pode ser que tenha sido trasladado para o cu como Elias.O Drona Parva, p. 171, regozija-se dizendo que, quando Rama governou seu reino, os rixis, os deuses e os homens viviam todos juntos na Terra; o mundo tornou-se extremamente belo. Rama (e provavelmente seus descen-dentes) governou em seu reino durante onze mil anos. Nessa poca andavam pela nossa Terra seres celestes de outros planetas, segundo se menciona em textos egpcios e gregos.O nome de Rama abenoado atravs da ndia. Gandhi, assassinado, morreu invocando "Rama!" Todos os outonos a histria de Rama e Sita representada em festivais de dez dias atravs de toda a ndia.H uma notvel semelhana entre o Ramiana e a Ilada, ambas as epopias contam a histria de um marido em busca de sua mulher seqestrada, cujo rapto causa guerras ferozes e ateia fogo ao mundo. Os heris so inspirados pelos deuses, que intervm nos negcios humanos e dirigem o destino dos homens. Intriga-nos saber que ambos, o Ramiana e a Ilada, tm uma fascinante afinidade com um poema pico encontrado em antigos textos ugarticos em Ras Shamra, onde, por volta do dcimo quarto sculo antes de Cristo, um heri semtico, o Rei Kret (que sugere a Creta minica), perde a noiva para um inimigo e assalta a cidade deste para reav-la. Talvez a civilizao h milhares de anos fosse mundial; essa epopia encontrada em muitos pases sobre um prncipe e sua noiva seqestrada, que provocam uma guerra e a destruio de uma grande cidade, parece ter uma origem histrica comum.A maravilhosa epopia do Ramiana, inspirao da maior literatura clssica do mundo, intriga-nos principalmente na atualidade por suas freqentes aluses a veculos areos e bombas aniquiladoras, que ns consideramos serem invenes do nosso prprio sculo XX, impossveis no passado distante. Os estudiosos da literatura snscrita no tardam a fazer uma reviso das suas idias preconcebidas e descobrem que os heris d antiga ndia estavam aparentemente equipados com aviao e msseis mais sofis-ticados do que os nossos atualmente. O captulo 31 do Samaranganasutradhara, atribudo ao Rei Bhojadira, do sculo XI, contm descries de aeronaves notveis, como a mquina-elefante, a mquina-ave-de-madeira que viajava no cu, a mquina vimana-de-madeira que voava no ar, a mquina-porteiro, a mquina-soldado, etc., denotando diferentes tipos de aeronaves para diferentes fins. O poeta no havia descrito os mtodos para construir as mquinas; "qualquer pessoa no iniciada na arte de construir mquinas causar transtornos". Uma maneira bastante eufmica de falar!Ramachandra Dikshitar, em seu fascinante livro War in Ancient ndia (A guerra na ndia antiga), traduz o Samar como dizendo que estas mquinas podiam atacar objetivos visveis e invisveis, subindo, cruzando milhares de lguas em diferentes direes na atmosfera e subindo mesmo at as regies solares e estelares. "O carro areo feito de madeira leve, parecendo uma grande ave, com corpo durvel e bem formado e tendo mercrio dentro e fogo no fundo. Tem duas asas resplendentes e impelido pelo ar. Voa nas regies

  • atmosfricas por grandes distncias e leva vrias pessoas com ele. A construo interior parece o cu criado pelo prprio Brama. Tambm so usados na construo dessas mquinas ferro, cobre, chumbo e outros metais." Apesar de sua aparente simplicidade, o Samar acentua que e