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PAINEL DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA DEZEMBRO 2016

DEZEMBRO 2016 - ISAE | Escola de NegóciosISAE | Escola de ... · novembro de 2016, taxa mais elevada desde setembro de 2003, como pode ser observado no gráfico 4. Em 2015, no mesmo

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Atento ao quadro de instabilidade econômica e com o intuito de auxiliar nas tomadas de decisões do mercado, o ISAE reuniu profissionais das áreas financeira e econômica e criou o Comitê Macroeconômico, com o objetivo de agregar valor à sociedade por meio de pesquisas, análises e interpretações de dados macroeconômicos. O Comitê Macroeconômico é coordenado por Rodrigo Casagrande, professor do Mestrado em Governança e Sustentabilidade do ISAE, e Fabio Alves da Silva, executivo de finanças da Renault. É composto por profissionais que possuem competências complementares, provenientes de diferentes instituições, como ISAE, Banco Central do Brasil, Renault e SEBRAE. O comitê também conta com a participação de alunos do CFO Strategic, programa do ISAE em parceria com o IBEF (lnstituto Brasileiro de Executivos de Finanças), que capacita o profissional de finanças com foco nas pessoas que impulsionam as ações e potencializam os resultados, além de alunos do Programa de Mestrado em Governança e Sustentabilidade do ISAE. Equipe TécnicaAndré AlvesAdriano BazzoChristian BundtLuciano De ZottiJeferson Marcondes Coordenação TécnicaFabio Alves da Silva Coordenação GeralRodrigo Casagrande

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Brasil

• Atividade Econômica: recessão persiste mesmo com leve melhora do consumo das famílias.• Inflação: desacelera refletindo os fundamentos da recessão.• Mercado de Trabalho: em persistente deterioração.• Setor Público: repatriação melhorou o resultado de outubro.

Paraná

• Atividade Econômica: recuo da produção industrial pressionado pelos setores de derivados de petróleo e de minerais.• Inflação na capital paranaense em queda.• Produção Agrícola: crescimento da produção da maioria das commodities.• Balança Comercial paranaense segue positiva com viés de baixa.

PERSPECTIVA DO MERCADO SEGUNDO A PESQUISA FOCUS – 02/12/2016

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Atividade Econômica: recessão persiste mesmo com leve melhora do consumo das famílias.

O PIB do 3º trimestre de 2016 apresentou redução de 0,8% na comparação com o trimestre anterior (gráfico 1) e retração de 2,9% em comparação com o mesmo período de 2015. De modo geral, a expectativa de estabilização não se efetivou e a recessão se mantém constante. Em outubro a produção industrial retraiu 1,1% em comparação com setembro, a maior queda desde 2013. O que mais impactou essas quedas foram os produtos alimentícios (-3,1%) e os veículos automotores (-4,5%). O consumo das famílias fechou 0,4% melhor que o segundo trimestre, no entanto fatores como juros em patamares elevados e alta taxa de desemprego inibiram a reação da economia. A expectativa é de que avanços nas aprovações da PEC 55 (PEC dos Gastos), assim como o andamento do projeto de reforma da previdência social possam atenuar esse cenário em 2017.

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Inflação: desacelera refletindo os fundamentos da recessão

O IPCA-15 fechou em 0,26% no mês de novembro, abaixo das projeções de mercado. A inflação recuou para 7,64%, ante 8,27% observado em outubro. As maiores contribuições de alta no mês vieram dos grupos transportes, saúde, cuidados pessoais e habitação. O grupo alimentação, bebidas e serviços registraram queda, refletindo a recessão econômica. Vale ressaltar que o principal componente que tem pesado na redução da taxa de inflação em 2016 é a menor alta de preços administrados, ao contrário do que aconteceu em 2015. De acordo com o Boletim Focus, o IPCA (índice oficial) deve continuar desacelerando e encerrar 2016 no patamar de 6,7%, e 2017 em 4,9%. O gráfico 2 mostra a trajetória de redução do IPCA.

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Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 13,75% a.a., sem viés.

Trata-se da continuidade da série de cortes iniciados em 2016 (gráfico 3) e prevista para 2017, em ritmo mais lento do que o considerado anteriormente pelo mercado, mas adequado ao momento de incerteza quanto ao rumo da economia americana sob o comando Trump e a aprovação dos ajustes fiscais propostos pelo governo Temer. A trajetória favorável da inflação indica ao mercado que a SELIC deve encerrar 2017 no patamar de 10,5%, o que pode ser um sinal positivo para a retomada do crescimento. Mesmo não tendo impacto imediato e direto nos juros bancários, representa um volume menor de recursos despendidos com a dívida pública e menor pressão sobre o Dólar com implicação benéfica sobre a inflação futura. Mesmo com esta redução, o Brasil continua na liderança do ranking mundial de juros reais.

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Mercado de Trabalho: em persistente deterioração

O mercado de trabalho está em constante deterioração. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), foram fechados cerca de 75 mil empregos formais de trabalho em outubro. O IBGE divulgou que a taxa de desemprego chegou a 11,8% em novembro de 2016, taxa mais elevada desde setembro de 2003, como pode ser observado no gráfico 4. Em 2015, no mesmo período a taxa estava em 8,9%. A Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) apresentou o número de 12 milhões de desempregados em outubro de 2016, 33% acima de 2015, quando a pesquisa considerou 9 milhões de desempregados. O aumento do número de desempregados deve-se, essencialmente, à queda da produção industrial e a redução de postos de trabalho no setor de comércio e serviços.

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Balança Comercial: Saldo positivo reflete baixa produção industrial e câmbio apreciado

As exportações brasileiras superaram as importações em US$ 4,75 bilhões em novembro conforme dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (gráfico 5). Na comparação com o mesmo período de 2015 as exportações apresentaram aumento de 17,5%, considerando a média diária. Destacam-se o aumento das vendas de manufaturados (41,8%) e semimanufaturados (21,3%). Por outro lado caíram as exportações de produtos básicos (-5,5%). No grupo de manufaturados, as exportações de plataformas para extração de petróleo, açúcar refinado, automóveis de passageiros e geradores elétricos, foram os itens que mais se destacaram. No grupo de semimanufaturados aumentaram as vendas especialmente de ferro e aço, açúcar em bruto, madeira serrada e ferro fundido. As importações caíram puxadas por combustíveis e lubrificantes (-46,9%), bens de capital (-22,4%) e bens de consumo (-0,8%), enquanto que cresceram as aquisições de bens intermediários (1,2%). A melhora do saldo das exportações reflete a recessão econômica, a consequente queda na atividade industrial e também a pressão que a alta do dólar (gráfico 6) exerce inibindo a aquisição de bens importados.

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Setor Público: repatriação melhorou o resultado de outubro

O setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 39,6 bilhões em outubro. Porém, excluindo os R$ 45 bilhões arrecadados com receitas da repatriação no mês, o resultado primário seria de déficit de R$ 5,4 bilhões. O governo central apresentou superávit de R$ 40,8 bilhões, enquanto os governos regionais registraram superávit de R$ 0,3 bilhão e as estatais registraram superávit de R$0,2 bilhão. O déficit nominal está em 8,8% do PIB no acumulado dos últimos 12 meses e a dívida bruta em 74% do PIB, conforme gráfico 6 abaixo.

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PARANÁ - Recuo da produção industrial pressionado pelos setores de derivados de petróleo e de minerais não metálicos

De acordo com o IBGE houve uma redução de 9,1% na produção industrial paranaense no mês de setembro quando comparado com setembro de 2015, puxada principalmente pelo setor de derivados de petróleo, que teve uma retração de 40,4%, juntamente com o setor de minerais não metálicos com uma redução de 34,6%. Com impacto positivo, destacam-se os setores de máquinas e equipamentos, com aumento de 22,9%, bem como o setor de produto de madeira, com incremento de 9%, e o de fabricação de bebidas, com 8,7% de avanço conforme demonstrado no gráfico 7.

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Melhora da Intenção de Consumo das Famílias

De acordo com a FECOMERCIO/PR a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) paranaenses, elaborada pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), indicou 88,8 pontos em outubro de 2016, 1,1% acima de setembro que fechou em 87,8 pontos. Na comparação com 2015 a retração foi de 5,2 pontos (-4,9%). Quando se compara o ICF Brasil versus o ICF Paraná, o indicador Brasil está 14,9 pontos abaixo do Paraná (20,2%). Segundo o INC, o ideal é que o indicador apresente medidas acima de 100 pontos representando um nível ótimo de consumo.

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Melhora da Produção Agrícola Paranaense

O Departamento de Economia Rural do Paraná – (DERAL) aponta que a variação na produção da maioria das commodities é positiva para 2016 (gráfico 9). O arroz irrigado apresenta crescimento de 43% em relação a 2015, enquanto a produção do milho incremento de produção estimado de 29% e a produção de soa um crescimento acumulado de 11%, superando as expectativas de mercado. Como ponto negativo, a produção de amendoim teve uma redução de 2% na safra deste ano em relação a 2015, juntamente com arroz sequeiro com queda de 4% no total de produção. Em geral, as condições climáticas de 2016 têm contribuído para um bom desempenho da agricultura paranaense.

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Balança Comercial Paranaense segue positiva com viés de baixa

O estado do Paraná apresentou queda nas exportações e importações em relação ao mês anterior, divulgou o MDIC - Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior (gráfico 10). Quanto às exportações, a queda foi de 16,14%, fechando o valor total em torno de 1 bilhão de dólares, sendo que o item com maior participação nas exportações foi a Soja com 22,19%. Quanto às importações, apresentou uma queda acentuada em torno de 5,8% comparada ao mês anterior, fechando em US$ 981 milhões. Mesmo com a queda nas exportações a balança comercial está positiva em torno de US$ 66 milhões. Em relação ao mês anterior houve uma redução de 66%.

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Índice de Preços - IPCA

Houve um recuo no IPCA da capital paranaense em torno de 0,2%, enquanto o IPCA Brasil teve um aumento de 0,26%. Os itens que tiveram grande influência, conforme gráfico 11, foram os alimentos, com queda de 0,33%, e o setor de transportes, que teve um barateamento de 0,32%. Em contrapartida, , aumentos nos preços de despesas pessoais (0,56%), saúde (0,22%) e habitação (0,20%) pressionaram o indicador. No ano, Curitiba acumula inflação de 4,12% e nos últimos 12 meses o índice está em 6,45% em melhor situação que a inflação nacional de 7,64%.

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