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Filiada às entidades Dezembro de 2016 FAPESP COBAP Órgão informativo da ADMAP - Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas do Vale do Paraíba Entidade fundada em 23/08/1999 - http://www.vozdoaposentado.org.br A diretoria e funcionários da Admap desejam a todos os aposentados, pensionistas e idosos Boas Festas! Vamos à luta contra a reforma da Previdência do governo Temer O governo Temer quer acabar com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros. Além de impor uma idade mínima de 65 anos para se aposentar, a reforma ataca pensões e benefícios assistenciais. Confira na página 4 Fotos: Tanda Melo

Dezembro de 2016 Vamos à luta contra a reforma da Previdência do governo Temer · 2016-12-19 · Ocupações e dias de luta No dia 30 de junho, quando Temer já estava no poder,

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Page 1: Dezembro de 2016 Vamos à luta contra a reforma da Previdência do governo Temer · 2016-12-19 · Ocupações e dias de luta No dia 30 de junho, quando Temer já estava no poder,

Filiada às entidades

Dezembro de 2016FAPESP COBAPÓrgão informativo da ADMAP - Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas do Vale do Paraíba

Entidade fundada em 23/08/1999 - http://www.vozdoaposentado.org.br

A diretoria e funcionários da Admap desejam a todos os aposentados, pensionistas e idosos Boas Festas!

Vamos à luta contra a reforma da Previdência

do governo TemerO governo Temer quer acabar com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros. Além de impor uma idade

mínima de 65 anos para se aposentar, a reforma ataca pensões e benefícios assistenciais. Confira na página 4

Fotos: Tanda Melo

Page 2: Dezembro de 2016 Vamos à luta contra a reforma da Previdência do governo Temer · 2016-12-19 · Ocupações e dias de luta No dia 30 de junho, quando Temer já estava no poder,

Michel Temer (PMDB) assumiu a Presidência após o impeachment de Dilma Rousseff (PT)

Dilma cai, Temer assume. Crise é jogada em nossas costas

A cada dia, um novo escândalo...

O ano de 2016 pode ser con-siderado como um dos mais turbulentos da história do país.

A crise econômica se somou a uma crise política sem prece-dentes.

Com baixíssimos índices de popularidade e praticamen-te sem condições de aprovar medidas no Congresso, Dilma Rousseff (PT) foi afastada da Presidência em maio, quando foi aberto o processo de impea-chment. Em seu lugar, assumiu interinamente o vice-presidente Michel Temer (PMDB).

Em agosto, o Senado julgou e concluiu o impedimento da pre-sidente e Temer foi empossado definitivamente.

Sem defesa da classeO PT protestou muito contra a

deposição de Dilma, chamando a medida de “golpe”. Mas a classe trabalhadora não saiu em defesa da petista, até porque seu governo vinha promovendo uma série de ataques e um ajuste fiscal violento contra a população mais pobre.

Desta forma, Temer, uma vez garantido no Palácio do Planalto, se sentiu à vontade para apro-fundar a pauta contra os nossos direitos.

Plano de austeridadeTemer não perdeu tempo para

impor aos brasileiros um perver-so plano de austeridade, com corte de investimentos sociais,

A crise política foi alimentada pela revelação de inúmeros casos de cor-rupção, por meio da operação Lava Jato e outras investigações a cargo da justiça.

Dezenas de políticos foram presos, como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o ex-ministro da Fazenda Antônio Pallocci e o ex-go-vernador do Rio Sérgio Cabral.

Em delações premiadas, o mar de lama é escancarado, envolvendo todos os grandes partidos, como PT, PMDB, PSDB, DEM e tantos outros.

privatizações e propostas que re-tiram direitos, como a reforma da Previdência (leia mais na pág. 4).

A PEC do teto dos gastos, por exemplo, define o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos, prevendo apenas a repo-sição da inflação. A iniciativa vai aprofundar a caos em áreas sen-síveis, como saúde e educação.

Fora todos eles“Sempre dissemos que o impeach-

ment não resolveria nada. Por isso, levantamos a bandeira do ‘Fora todos eles’, exigindo a saída de Dilma, Temer, Renan, Aécio e todo esse Con-gresso corrupto e a convocação de eleições gerais”, disse o diretor da Admap Josias de Oliveira Mello.

STF barra direito à desaposentaçãoOs ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram, em outubro, que aposentados que voltaram ao mercado de trabalho não têm direito à correção do valor de seus benefícios por terem contribuído mais tempo com a Previdência, a chamada desaposentação. A decisão foi “contaminada” pela crise econômica e a falsa alegação de que a Previdência Social “quebraria” com o reconhecimento desse direito.Nada mais mentiroso.

2º Congresso Mundial dos AposentadosA Cobap, em parceria com a Anfip e Sindnapi, realizou o 2º Congresso Mundial dos Aposentados. O evento, ocorrido de 8 a 13 de junho, em Araxá (MG), contou com a participação de uma delegação da Admap.O Congresso reuniu especialistas de diversos países, que compartilharam a realidade de seus sistemas previdenciários.

Tucanos envolvidos no roubo de merendaO governo do Estado de São Paulo, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB), se viu envolvido num escândalo de desvio de recursos relacionados à merenda das crianças da rede estadual. O presidente da Assembleia Legislativa, o também tucano Fernando Capez, foi apontado com um dos principais beneficiários da fraude, mas foi absolvido, em dezembro, por uma CPI controlada pelos governistas. Acabou em pizza!

Desemprego castigaAs políticas econômicas recessivas de Dilma e, depois, Temer afundaram o país, que contabilizou 12 milhões de desempregados em 2016. Economistas preveem que o quadro pode se agravar no próximo ano.

RETROSPECTIVA 2016

Eduardo Cunha continua preso acusado de participar do Petrolão

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Aposentados e pensionistas vão à luta eresistem a ataques contra direitos

Nova diretoria tomaposse em setembro

Associação disponibilizanovos benefícios aos sócios

Em mais esse ano, os apo-sentados e pensionistas ligados à Admap foram à luta contra os ataques realizados pelos go-vernos Dilma/Temer contra os nossos direitos.

Em janeiro, uma delegação da Associação participou do ato do Dia Nacional do Aposentado, em Aparecida.

Àquela altura, a então presi-dente Dilma já articulava a sua reforma da Previdência.

Ocupações e dias de lutaNo dia 30 de junho, quando

Temer já estava no poder, partici-pamos da ocupação da Superin-tendência do INSS, em São Paulo.

O protesto, organizado pela Fapesp e Cobap, repudiou o fim do Ministério da Previdência, a proposta de idade mínima de 65 anos para a aposentadoria e a redução das pensões.

Em julho, foi a vez de São José dos Campos. Os manifestantes fizeram passeata e ocuparam a agência da av. João Guilhermino.

A Admap ainda participou dos dias de luta, convocados pelas centrais sindicais, contra os ata-ques do governo Temer.

A Admap não para de pensar em novos benefícios para os seus associados.

Este ano, inauguramos o cur-so de informática, que já formou a primeira turma.

Uma assembleia com a pre-sença dos associados elegeu, no dia 11 de agosto, a nova direto-ria da Admap, que comandará a entidade até 2019.

A reunião aconteceu no Sin-

RETROSPECTIVA 2016

Protesto contra o governo Temer e a reforma da Previdência realizado em São José dos Campos, no dia 20 de julho

Lauro discursa em frente ao INSS em São Paulo, em junho Aposentados participam de protesto na Ericsson, em novembro

Tanda MeloRodrigo Zaim

Além disso, inauguramos um salão de beleza em Jacareí e um atendimento médico em Caça-pava. Novos convênios também foram realizados, garantindo bons descontos para os sócios.

dicato dos Metalúrgicos.Com o resultado, Lauro da

Silva se mantém como presiden-te da Associação. Na vice-presi-dência, assumiu a pensionista Zélia Alcântara.

Nova diretoria se apresenta durante posse, em setembro

Aposentados aprendem informática em curso oferecido pela Admap

Rodrigo Correia

Tanda Melo

Tanda Melo

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Voz do Aposentado, órgão informativo da ADMAP (Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas) do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Região Serrana, entidade fundada em 23/08/1999. Responsabilidade: Diretoria da entidade. Sede: Praça Carlos Maldonado Campoy, 8, Centro, São José dos Campos, telefone: (12) 3922-1341. Subsede Jacareí: Rua José de Medeiros, 80, Centro, telefone: (12) 3951-9768. Subsede Caçapava: Avenida Coronel Alcântara, 500, Centro, telefone: (12) 3652-6001. Email: [email protected]. Presidente: Lauro da Silva. Vice-presidente: Zélia Alcântara Amaro Antonio. Diretoria: José Nunes (secretário-geral), José Benedicto Rodri-gues (primeiro secretário), Josias de Oliveira Mello (tesoureiro), Isnard Rodolfo (primeiro tesoureiro), Gilberto Carlos da Silva (diretor), Dirceu Arloche (diretor), Antônio Carlos Magalhães (diretor). Conselho Fiscal: João Roberto Faria (titular), Inês de Oliveira (titular), Homero Paula da Silva (titular), José Clemente de Melo (suplente), Merenice Maria das Dores (suplente), Sebastião Francisco Ribeiro (suplente). Redação e editoração eletrônica: Rodrigo Correia - MTb 33.582-SP. Impressão: Gráfica MonteArt.

Reforma da Previdência de Temer queracabar com o direito à aposentadoria

ENVIADA AO CONGRESSO

A reforma da Previdência, enviada ao Congresso pelo pre-sidente Michel Temer (PMDB), inviabiliza, na prática, o acesso à aposentadoria para milhões de trabalhadores brasileiros.

As novas regras preveem uma idade mínima de 65 anos para homens e mulheres conseguirem o benefício.

Mesmo assim, atingir essa idade não garante que o trabalhador receba o benefício integral: para

isso, são necessários incríveis 49 anos de contribuição!

Para um segurado receber 100% do benefício teria de tra-balhar, por exemplo, dos 16 aos 65 anos sem nunca ter ficado desempregado. O tempo mínimo de contribuição é de 25 anos, mas, neste caso, o beneficiário receberia apenas 76% do valor.

Pensões e pedágioA reforma de Temer também

reduz os valores das pensões, assim como pretendia fazer a ex-presidente Dilma Rousseff com a Medida Provisória 664, de 2015.

Nas pensões por morte, o valor pago à viúva ou ao viúvo será de 60% da aposentadoria do falecido, mais 10% para cada filho até 18 anos (não podendo passar 100%).

Apesar de Temer haver prome-tido que a reforma não atingiria quem está no mercado de traba-lho, as medidas afetam a todos.

Homens a partir de 50 anos e mu-lheres a partir de 45 anos teriam de pagar um “pedágio” para se aposentar, trabalhando 50% mais tempo do que o que faltar pelas regras atuais.

A mentira do déficitPara tentar “vender” a reforma

à opinião pública, o governo in-venta uma enorme mentira, o tal “déficit da Previdência”.

Como estipula a Constituição Federal, a Previdência é parte da Seguridade Social, que também recebe verbas de loterias e de impostos como a Cofins e CSLL. Portanto, não existe déficit.

Além disso, o governo tira dinheiro da Previdência com os mecanismos da DRU (Desvin-culação das Receitas da União), que deve tirar R$ 100 bilhões em 2016, e da desoneração da folha de pagamento das empresas (aproxi-madamente R$ 30 bilhões/ano).

Mobilização“Será preciso tomar as ruas em

protestos e fazer uma Greve Geral para derrotar essa reforma, unificando toda a classe trabalhadora. A Admap vai ser linha de frente para defender direitos”, disse o presidente da Admap Lauro da Silva.

Os principais ataques da reforma da Previdência

A reforma impõe uma idade mínima para a aposentadoria.Ninguém mais vai conseguir se aposentar antes de com-pletar 65 anos de idade. Na prática, muitos trabalhadores vão morrer sem conseguir se aposentar.

Idade mínima de 65 anos

A proposta de reforma da Previdência também proíbe o acúmulo de aposentadoria e pensão, tendo a pessoa que fazer a opção por uma delas. Trata-se de um grande ataque, porque, evidentemente, são direitos diferentes.

Não acumulaçãode benefícios

A pensão por morte sofrerá redução de até 40% do valor recebido pelo falecido(a), no caso de cônjuges sem filhos ou se estes já tiverem mais de 18 anos. O valor do benefício também pode ser inferior ao salário mínimo.

Corte nas pensões

A idade mínima para requerer os benefícios assistenciais, destinados a famílias caren-tes e deficientes físicos, passa de 65 para 70 anos. O valor desses benefícios tam-bém poderá ser menor que o salário mínimo.

Assistência social na mira

Ao contrário da promessa, a reforma atingirá a todos. Homens a partir de 50 anos e mulheres a partir de 45 anos terão um “pedágio” para se aposentar, trabalhando 50% mais tempo do que o que faltar pelas regras atuais.

Ataquescontra todos