DEZEMBRO E O SOLSTÍCIO

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/7/2019 DEZEMBRO E O SOLSTCIO

    1/4

    DEZEMBRO E O SOLSTCIO :

    de Yule ao Natal, via Saturnlia...

    Chegados ao ltimo ms do ano, tempo de deixar registo da celebrao maiscarismtica na cultura de muitos milhes de habitantes deste pequeno masdiversificado globo_ para o bem como para o mal, ainda... _ o nosso planeta azul.

    Ver-se- que no s a festa dos cristos que impera como celebrao donascimento de Jesus. Melhor: compreender-se-, para alguns que odesconheceriam, onde enraza tal festejo, e vrios cambiantes que ele pde

    tomar... e ainda toma. Como tem sido habitual, de aqui e de acol, a est umapequena seleco do que nos permitido ler sobre o tema:

    SATURNLIA

    "Nem sempre o dia 25 de Dezembro foi dia de Natal. A origem da celebrao destedia parece ser muito antiga mas a filiao mais directa provm, como tantas outrascoisas, dos Romanos. Estes celebraram durante muito tempo uma festa dedicadaao deus Saturno que durava cerca de quatro dias ou mais. Nesse perodo ningumtrabalhava, ofereciam-se presentes, visitavam-se os amigos e, inclusivamente, osescravos recebiam permisso temporria para fazer tudo o que lhes agradasse,sendo servidos pelos amos. Era tambm coroado um rei que fazia o papel deSaturno. Esta festa era chamada Saturnlia e realizava-se no solstcio de Inverno.

  • 8/7/2019 DEZEMBRO E O SOLSTCIO

    2/4

    Convm lembrar aqui que o solstcio de Inverno era uma data muito importantepara as economias agrcolas e os Romanos eram um povo de agricultores. Fazia-se tudo para agradar aos deuses e pedir-lhes que o Inverno fosse brando e o solretornasse ressuscitado no incio da Primavera. Como Saturno estava relacionadocom a agricultura fcil perceber a associao do culto do deus ao culto solar.Mas outros cultos existiam tambm, como o caso do deus Apolo, consideradocomo "Sol invicto", ou ainda de Mitra, adorado como Deus-Sol. Este ltimo, muito

    popular entre o exrcito romano, era celebrado nos dias 24 e 25 de Dezembro dataque, segundo a lenda, correspondia ao nascimento da divindade. Em 273 oImperador Aureliano estabeleceu o dia do nascimento do Sol em 25 de Dezembro:Natalis Solis Invicti (nascimento do Sol invencvel). somente durante o sculo IV que o nascimento de Cristo comea a ser celebradopelos cristos (at a a sua principal festa era a Pscoa) mas no dia 6 de Janeiro,com a Epifania. Quando, em 313, Constantino se converte e oficializa oCristianismo, a Igreja Romana procura uma base de apoio ampla, procurandoconfundir diversos cultos pagos com os seus. Desistindo de competir com aSaturnlia, deslocou um pouco a sua festa e absorveu o festejo pago donascimento do Sol transformando-o na celebrao do nascimento de Cristo. O PapaGregrio XIII fez o resto: mais fcil mudar o calendrio do que mudar a apetnciado povo pelas festas..." (obvius)

    Mas indo ainda mais atrs no tempo, podemos considerar que Yule umacelebrao com registo desde os tempos do neoltico, seno, vejamos:

    YULE

    "Yule uma celebrao do Norte da Europa que existe deste dos tempos pr-Cristos. Os pagos Germnicos celebravam o Yule desde os finais de Dezembroat aos primeiros dias de Janeiro, abrangendo o Solstcio de Inverno. Foi a primeirafesta sazonal comemorada pelas tribos neolticas do norte da Europa, e at hojeconsiderado o inicio da roda do ano por muitas tradies Pags. Actualmente umdos oito feriados solares ou Sabbats do Neopaganismo. No Neopaganismomoderno, o Yule celebrado no Solstcio de Inverno, por volta de dia 21 deDezembro no hemisfrio Norte e por volta do dia 21 de Junho no hemisfrio Sul.Na Pennsula Ibrica costume festejar-se o Yule Ibrico, organizadoconjuntamente pela Ordem Portuguesa de Wicca e pela Ordem Espanhola de Wicca.(in Wikipedia)

    Yule (Solstcio de Inverno)Hemisfrio Sul: 21 de JunhoHemisfrio Norte: 21 de DezembroTambm conhecido como Natal, Ritual de Inverno (meio do Inverno), Yule e AlbanArthan, o Sabbat do Solstcio do Inverno a noite mais longa do ano, marcando apoca em que os dias comeam a crescer e as horas de escurido a diminuir. ofestival do renascimento do sol e o tempo de glorificar o Deus. *O aspecto do Deusinvocado nesse Sabbat por certas tradies da "Bruxaria" (o termo comum,sobretudo do Brasil, que denomina os actuais adeptos do neopaganismo ) Frey, oDeus escandinavo da fertilidade, deidade associada paz e prosperidade. Sotambm celebrados o amor, a unio da famlia e as realizaes do ano que passou.

  • 8/7/2019 DEZEMBRO E O SOLSTCIO

    3/4

    Nesse Sabbat os "bruxos" dizem adeus Grande Me e bendizem o Deus renascidoque governa a "metade escura do ano". Nos tempos antigos, o Solstcio do Invernocorrespondia Saturnlia romana (17 a 24 de dezembro), a ritos de fertilidadepagos e a vrios ritos de adorao ao sol.Os costumes modernos que esto associados ao dia cristo do Natal, como adecorao da rvore, o acto de pendurar o visco e o azevinho, queimar a acha deNatal, so remanescentes dos costumes pagos que datam da era pr-crist. (O

    Natal, que acontece alguns dias aps o Solstcio de Inverno e que celebra onascimento espiritual de Jesus Cristo, realmente a verso cristianizada da antigafesta pag da poca do Natal.)A queima da acha de Natal originou-se do antigo costume da fogueira de

    Natal que era acesapara dar vida e poder ao sol, que, pensava-se, renascia no Solstcio do Inverno.Tempos mais tarde, o costume da fogueira ao ar livre foi substitudo pela queimadentro de casa de uma acha e por longas velas vermelhas gravadas com esculturasde motivos solares e outros smbolos mgicos. Como o carvalho era considerado arvore Csmica da Vida pelos antigos druidas, a acha de Natal tradicionalmentede carvalho. Algumas das tradies da 'Bruxaria' moderna ou neo-pag usam aacha de pinheiro para simbolizar os Deuses agonizantes Attis, Dionsio ou Woden.Antigamente as cinzas da acha de Natal eram misturadas rao das vacas, paraauxiliar numa reproduo simblica, e eram espargidas sobre os campos paraassegurar uma nova vida e uma Primavera frtil.Pendurar visco sobre a porta uma das tradies favoritas do Natal, repleta desimbolismo pago, e outro exemplo de como o Cristianismo moderno adaptouvrios dos costumes antigos da Religio Antiga dos pagos. O visco era consideradoextremamente mgico pelos druidas, que o denominavam "rvore Dourada".Acreditavam que ela possua grandes poderes curadores e concedia aos mortais oacesso ao Submundo. Houve um tempo em que se pensava que a planta viva, que na verdade um arbusto parasita com folhas coriceas sempre verdes e frutosbrancos revestidos de cera, era a genitlia do grande deus Zeus, cuja rvoresagrada o carvalho. O significado flico do visco originou-se da idia de que os

    seus frutos brancos eram gotas do smen divino do Deus em contraste com osfrutos vermelhos do azevinho, iguais ao sangue menstrual sagrado da Deusa. Aessncia doadora de vida que o visco sugere fornece uma substncia divinasimblica e um sentido de imortalidade para aqueles que o seguram na poca doNatal. Nos tempos antigos, as orgias de xtase sexual acompanhavamfreqentemente os ritos do deus-carvalho; hoje, contudo, o costume de beijar sobo visco tudo o que restou desse rito.A tradio relativamente moderna de decorar rvores de Natal um costume quese desenvolveu dos bosques de pinheiro associados Grande Deusa Me. As luzese os enfeites pendurados na rvore como decorao so, na verdade, smbolos do

  • 8/7/2019 DEZEMBRO E O SOLSTCIO

    4/4

    sol, da lua e das estrelas, como aparecem na rvore Csmica da Vida. Representamtambm as almas que j partiram e que so lembradas no final do ano. Ospresentes sagrados (que evoluram para os actuais presentes de Natal) eramtambm pendurados na rvore como oferendas a vrias deidades, como Attis eDionsio.Outro exemplo das razes pags das festas de Natal est na moderna personificaodo esprito do Natal, conhecido como Santa Claus (o Pai Natal) que foi, em

    determinada poca, o deus pago do Natal. Para os escandinavos, ele j foiconhecido como o "Cristo na Roda", um antigo ttulo nrdico para o Deus Sol, querenascia na poca do Solstcio de Inverno.Colocar bolos nos galhos das macieiras mais velhas do pomar e derramar cidracomo uma libao consistiam num antigo costume pago da poca do Natalpraticado na Inglaterra e conhecido como "beber sade das rvores do pomar".Diz-se que a cidra era um substituto do sangue animal oferecido nos temposprimitivos como parte de um rito de fertilidade do Solstcio do Inverno. Apsoferecer um brinde mais saudvel das macieiras e agradecer-lhe por produzirfrutos, os fazendeiros ordenavam s rvores que continuassem a produzirabundantemente.Os alimentos pagos tradicionais do Sabbat do Solstcio do Inverno so o peruassado, nozes, bolos de fruta, bolos redondos de alcaravia, gemada e vinho quente

    com especiarias.Incensos: louro, cedro, pinho e alecrim.

    Cores das velas: dourada, verde, vermelha, branca.

    Pedras preciosas sagradas: olho-de-gato e rubi.

    Ervas ritualsticas tradicionais: louro, fruto do loureiro, cardo santo, cedro,camomila, sempre-viva, olbano, azevinho, junpero, visco, musgo, carvalho,pinhas, alecrim e slvia." (portalmagiko)

    ...e paz na terra aos homens de boa-vontade...