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RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CENTRAIS ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA S.A. CNPJ/MF 83.878.892/0001-55 Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013

DFAC - Demonstracoes financeiras

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Demonstracoes finaceiras disponiveis no sítio da cvm. Distribuidora de energia eletrica do estado de santa catarina.

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  • RELATRIO ANUAL DA ADMINISTRAO E DEMONSTRAES

    FINANCEIRAS

    CENTRAIS ELTRICAS DE SANTA CATARINA S.A.

    CNPJ/MF 83.878.892/0001-55

    Exerccios Findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013

  • Mensagem da Administrao

    A Celesc gosta de gente e cuida de gente. Somos uma grande famlia, em que um cuida do outro. Por isso, l

    fora, somos reconhecidos por prover energia para os catarinenses, mantendo-nos atentos s suas necessidades.

    Prestes a comemorar 60 anos de histria, reafirmamos nossa responsabilidade e trabalhamos para assumi-la em

    todos os nveis como decorrncia de nosso compromisso no apenas com o xito de nosso negcio, mas

    especialmente com as pessoas e o meio ambiente.

    Com satisfao, fechamos o ano de 2014, avanando nos caminhos de transformao traados nos ltimos anos e

    que permite enfrentar os desafios inerentes ao Setor. Em funo disso, novos processos tm sido definidos,

    construdos e seguidos por meio de uma rotina de trabalho rduo e planejamento estratgico adequado.

    Os ltimos tempos trouxeram vrias mudanas e ainda dificuldades para o setor brasileiro de energia, em

    especial para o segmento de distribuio. O emprego de fontes trmicas para gerao, com custo muito acima da

    fonte hdrica, normalmente a mais usada no Pas, impacta simultaneamente no meio ambiente, com mais emisso

    de carbono na atmosfera, e sobre o equilbrio econmico-financeiro das distribuidoras por conta de despesas

    superiores quelas previstas.

    A despeito de todos os problemas, continuamos no caminho certo. Isso aparece com evidncia em vrios fatos

    relevantes. Um deles o ndice de satisfao de 86% de nossos consumidores, resultado da Celesc na Pesquisa

    ABRADEE 2014, organizada pela Associao Brasileira de Distribuidoras de Energia Eltrica, que consulta a

    opinio direta de consumidores em toda rea de concesso.

    Destaque-se que a Celesc foi a distribuidora pblica com os melhores resultados nessa Pesquisa, tendo sido

    finalista ainda em duas grandes categorias: Melhor Distribuidora Nacional e na Regio Sul. Por si s, um

    grande resultado corporativo, mas outros prmios e reconhecimentos vieram agregar relevncia ao nosso

    desempenho.

    Aps avaliao feita pela Comissin de Integracin Energtica Regional CIER, organismo que agrega companhias de energia da Amrica Latina e Caribe, fomos agraciados com o terceiro lugar na categoria Melhor

    Distribuidora de energia. No Pas, a Agncia Nacional de Energia Eltrica ANEEL nos concedeu o Prmio IASC como a segunda melhor distribuidora brasileira, de acordo com a avaliao do consumidor residencial. O

    Prmio visa justamente estimular a melhoria dos servios prestados.

    O ano terminou com mais dois grandes xitos. Em novembro, durante o Encontro Nacional dos Contadores do

    Setor de Energia Eltrica, a Celesc recebeu o prmio de primeiro lugar na categoria Holding pela qualidade da

    apresentao das demonstraes financeiras. Esse Prmio conferido anualmente pela Associao Brasileira dos

    Contadores do Setor de Energia Eltrica ABRACONEE, que analisa os Relatrios Anuais e premia as companhias cujas Demonstraes Financeiras se destacam nos quesitos contedo, elaborao das demonstraes

    financeiras e do relatrio de administrao, e balano social, entre outros.

    No mesmo ms, a Celesc Distribuio virou referncia depois de se tornar vice-campe geral no V Rodeio

    Nacional de Eletricistas, realizado em Santos/SP, obtendo tambm o primeiro lugar em Inovao Tecnolgica no

    Frum Tcnico do evento e tendo vrios eletricistas entre os melhores nas tarefas. Foi o melhor resultado de

    todas as 26 concessionrias participantes, considerando o desempenho geral e por tarefas.

  • Na rea especfica de gesto, fundamental registrar a evoluo da Celesc no Prmio Nacional de Qualidade PNQ, passando de 297 pontos em 2013 para 549 pontos em 2014. Isso representa melhoria de mais de 84%, o

    que aproxima a Celesc das empresas com melhor desempenho (800 pontos) no ranking final, com mximo de

    1.000 pontos. Realizado anualmente pela Fundao Nacional de Qualidade FNQ, o Prmio avalia critrios de gesto e sua smula fornece uma ferramenta valiosa: o Diagnstico de Maturidade da Gesto, com detalhamento

    do sistema de gesto da empresa, revelando os eixos fragilizadores e os potencializadores.

    Por fim, para coroar o esforo coletivo, a Celesc recebeu oficialmente a certificao pela norma de

    responsabilidade socioambiental NBR 16001:12, tornando-se a primeira empresa do Setor Eltrico brasileiro a

    conquistar esse selo. A certificao indica que a empresa cumpre os principais requisitos de um sistema de gesto

    eficaz de responsabilidade socioambiental, considerando as condies legais e ticas da companhia, a

    preocupao com a cidadania, o desenvolvimento sustentvel, a resoluo de conflitos e a transparncia nas

    atividades.

    Internamente, mantivemos foco na eficincia operacional, aproveitando melhor nossos recursos e melhorando

    processos. Em termos reais, as despesas com pessoal, manuteno, servios de terceiros e outros (PMSO) foram

    reduzidas em 9,9% desde 2012. Nos ltimos quatro anos, tivemos economia de mais de R$200 milhes em

    processos operacionais, o que representa 51% dos recursos investidos (R$391 milhes) na Celesc Distribuio

    em 2014, uma conquista difcil de imaginar em tempos idos. Um aspecto relevante, nesse sentido, a automao,

    uma busca constante em nossos projetos, pois permite aumento de eficincia e mais qualidade nos servios.

    Mas as melhorias de processos so muitas. Em 2014, por exemplo, conseguimos aprovar antecipadamente uma

    srie de ferramentas fundamentais no contexto interno de gesto: o Oramento anual, o Contrato de Gesto que

    regula o relacionamento entre o Conselho de Administrao e a Diretoria Executiva no que tange s obrigaes

    das partes e aos objetivos e metas acordados, o Acordo de Desempenho que abrange as metas corporativas

    relacionadas ao Contrato de Gesto e a reviso do Plano Diretor, que rene as diretrizes de longo prazo

    estabelecidas para a Celesc. Esses avanos nos permitem comear o novo ano mais preparados para atingir

    nossas metas e nossos objetivos.

    Apesar das dificuldades pelas quais atravessa o Setor Eltrico Brasileiro, terminamos o ano com excelentes

    indicadores econmico-financeiros. O EBITDA Consolidado alcanou R$1,0 bilho e o Lucro Lquido atingiu

    R$513,0 milhes. Esse desempenho reflete, entre outros efeitos, a contabilizao de ativos financeiros setoriais

    (ativos regulatrios) no valor de R$452,8 milhes e reverso de proviso jurdica relevante de R$221,6 milhes.

    Se desconsiderarmos os efeitos no-recorrentes do perodo, ainda assim, o EBITDA teria somado R$541

    milhes (alta de 22% em relao ao EBITDA Ajustado de 2013) e o Lucro Lquido do exerccio registrado

    R$253,5 milhes (27% acima do lucro de 2013, tambm ajustado pelos mesmos efeitos).

    O resultado no ajustado equivale a um lucro de R$12,55 por ao ordinria e de R$13,80 por ao preferencial,

    sendo que a Administrao prope Assembleia Geral de Acionistas a manuteno do percentual de distribuio

    de dividendos (payout) de 30%, o que representa um valor total de R$146 milhes, sendo R$3,57 por ao

    ordinria e R$3,93 por ao preferencial.

    Tudo isso demonstra que temos a sustentabilidade como princpio norteador de nossa estratgia e linha de

    atuao. Em virtude do empenho mtuo de diretoria e empregados, podemos dizer que esses conceitos e essas

    prticas esto cada vez mais fortes na cultura da Empresa.

    Qualquer tomada de deciso ou direcionamento de negcios leva em conta os benefcios para a companhia, seus

    stakeholders e a sociedade, de acordo com nosso compromisso com o Pacto Global, iniciativa da Organizao

  • das Naes Unidas para promover dilogo entre empresas, sindicatos, organizaes no governamentais e outros

    parceiros visando ao desenvolvimento de um mercado global mais inclusivo e sustentvel.

    Ou seja, permanecemos com olhos atentos sobre ns mesmos, mas sem esquecer de cuidar de nosso contexto

    externo. Com isso, reunimos a fora necessria para abrir portas para o futuro, investindo tambm em novos

    negcios nas reas de Gerao e Transmisso, ou Telecomunicaes e Servios; afinal, temos o maior parque de

    fibra tica instalada e o maior cadastro de consumidores de Santa Catarina. Queremos ultrapassar a funo de

    Distribuidora para nos destacar como player de energia no Pas e no continente latino-americano.

    Assim, aprendendo com os prprios erros a amadurecer e a melhorar a cada dia, trilhamos um caminho de

    sucesso como pessoas, como catarinenses e como cone corporativo.

    Muita energia para todos ns!

    Cleverson Siewert

    Diretor Presidente

    Pedro Bittencourt Neto

    Presidente do Conselho de Administrao

    1. Apresentao

    Senhores Acionistas,

    Apresentamos o Relatrio Anual da Administrao e as Demonstraes Financeiras da Centrais Eltricas de

    Santa Catarina S.A. Celesc, relativos ao exerccio social encerrado em 31 de dezembro de 2014, acompanhados do Relatrio dos Auditores Independentes, da Manifestao do Conselho de Administrao e do Parecer do

    Conselho Fiscal. As Demonstraes Financeiras foram elaboradas e esto sendo apresentadas de acordo com o

    padro contbil estabelecido pelo International Accouting Standards Board IASB, denominado International Financial Reporting Standards IFRS, introduzido no Brasil pela Lei no 11.638, de 28 de dezembro de 2007, consubstanciado na Instruo da Comisso de Valores Mobilirios CVM no 457, de 13 de julho de 2007, pelos pronunciamentos aprovados pelo Comit de Pronunciamentos Contbeis CPC e pelas normas especficas aplicveis as concessionrias de servio pblico de energia eltrica estabelecida pela Agncia Nacional de

    Energia Eltrica ANEEL.

    2. Perfil Empresarial

    A Celesc uma sociedade de economia mista, fundada em 9 de dezembro de 1955 por meio do Decreto Estadual

    no 22, para atuar nas reas de gerao, transmisso e distribuio de energia. A Companhia tem presena

    consolidada entre as maiores do setor de energia eltrica do Pas. Em 2006, em ateno ao modelo preconizado

    pela atual legislao que rege o Setor Eltrico Nacional, a Companhia foi estruturada como Holding, estreando

    como um dos 100 maiores grupos empresariais do Pas.

  • O acionista majoritrio o Estado de Santa Catarina, detentor de 50,18% das aes ordinrias da Companhia,

    correspondentes a 20,20% do Capital Total. O Capital Social atualizado, subscrito e integralizado, de

    R$1.017.700.000,00, representado por 38.571.591 aes nominativas, sem valor nominal, sendo 40,26% de aes

    ordinrias com direito a voto e 59,74% de aes preferenciais, tambm nominativas, sem direito a voto. A estrutura

    acionria da Celesc em nmero de aes dos acionistas com mais de 5% de qualquer espcie ou classe, em 31 de

    dezembro de 2014, est apresentada no quadro a seguir:

    Base Acionria em 31 de dezembro 2014

    Acionista Aes Ordinrias Aes Preferenciais Total

    Quantidade % Quantidade % Quantidade %

    Estado de Santa Catarina 7.791.010 50,18 191 - 7.791.201 20,20

    Angra Partners Volt Fundo Investimento Aes 5.140.868 33,11 437.807 1,90 5.578.675 14,46

    Celos Plus Fundo de Investimento 1.340.274 8,63 230.800 1,00 1.571.074 4,07

    Gerao L. Par Fundo de Investimentos 257.600 1,66 1.624.700 7,05 1.882.300 4,88

    Centrais Eltricas Brasileiras - Eletrobras* 4.233 0,03 4.142.774 17,98 4.147.007 10,75

    Poland FIA - - 2.828.400 12,49 2.828.400 7,46

    TP Partners Public Equities Fund, LP - - 1.605.402 6,97 1.605.402 4,16

    Outros 993.152 6,39 12.124.380 52,61 13.117.532 34,01

    Total 15.527.137 40,26 23.044.454 59,74 38.571.591 100

    Fonte: DEF/DPPRI Capital Social: R$1.017.700.000,00 e Capital Autorizado: R$1.340.000.000,00

    *Cia de Capital Aberto

    Na atual estrutura societria a Companhia possui duas subsidirias integrais, a Celesc Gerao S.A. Celesc G e a Celesc Distribuio S.A. Celesc D. Alm disso, detm participaes na Companhia de Gs de Santa Catarina S.A. SCGS, na Empresa Catarinense de Transmisso de Energia Eltrica ECTE, na Dona Francisca Energtica S.A. DFESA, na Companhia Catarinense de gua e Saneamento Casan, e na Usina Hidreltrica Cubato, conforme quadro a seguir:

    Fonte: DEF/DPRI * No Operacional/Projeto em Desenvolvimento

    2.1. Empresas do Grupo

  • 2.1.1. Subsidirias Integrais

    2.1.1.1. Celesc Distribuio S.A. Celesc D

    Com presena consolidada entre as melhores do setor eltrico do Pas, a subsidiria responsvel pelos servios de

    distribuio de energia eltrica em 92% do territrio de Santa Catarina. Seus servios chegam a 264 dos 295

    municpios catarinenses e ao municpio de Rio Negro, no Paran, atendendo a 2,7 milhes de unidades

    consumidoras. A Celesc D atua ainda no suprimento de energia eltrica para o atendimento de quatro

    concessionrias e 11 permissionrias, responsveis pelo atendimento dos demais 31 municpios catarinenses.

    Na ltima pesquisa Revista Exame Melhores & Maiores 2014, com ranking baseado nos balanos de 2013, a

    Celesc alcanou a 99a posio em Vendas, no Brasil, com um faturamento global de R$4,9 bilhes, e apareceu

    como 11a Estatal em Receita Bruta.

    No ranking das 50 Maiores em Servios, a concessionria passou da 31a posio em 2013 para a 28a em 2014. No

    que diz respeito arrecadao de impostos, o montante de R$921,7 milhes colocou a empresa na 15a posio no

    Pas. Na Regio Sul, a empresa se manteve na 7a posio, em termos de faturamento bruto.

    Em Santa Catarina, os indicadores mostram a empresa na 2a colocao na riqueza criada por empregado; na 3a por

    vendas lquidas; e 8a no aumento de vendas. No setor classificado como Energia pela Revista Exame, nas 50

    Maiores Estatais por Vendas, a Celesc est na sexta colocao, atrs da Petrobras, da Cemig Distribuio, da Itaipu

    Binacional, Copel Distribuio e Cemig GT.

    Uma pesquisa indita realizada pelo Instituto Mapa e divulgada em junho, apontou a Celesc entre as empresas que

    lideram os vinte principais segmentos da indstria catarinense. Os resultados foram consolidados com base em

    entrevistas com executivos, empresrios e formadores de opinio ligados economia. Os entrevistados indicaram

    as empresas de acordo com critrios como gesto inovadora; conquista de mercados; superao das adversidades

    do seu segmento; e contribuio para o desenvolvimento econmico de Santa Catarina.

    2.1.1.2. Celesc Gerao S.A. Celesc G

    Com forte atuao no segmento de gerao de energia eltrica, nfase nas reas de operao e manuteno de

    usinas e comercializao de energia eltrica, a Celesc G possui um parque de gerao composto por doze

    empreendimentos de gerao prpria, sendo nove Pequenas Centrais Hidreltricas PCH e trs Centrais Geradoras Hidreltricas CGH, e quatro empreendimentos (PCHs) construdos em parceria com investidores privados. Com as recentes obras de ampliao da Usina Pery, em agosto de 2013 e inaugurao da Usina

    Rondinha, em junho de 2014, a potncia instalada passou a somar 112,27 MW.

    Central Geradora Localidade

    Capacidade

    Instalada

    (MW)

    Garantia

    Fsica

    (MW)

    Data de Vencimento

    da Concesso

    PCH Garcia Rio Garcia Angelina/SC 8,92 7,10 07/07/2015

    PCH Ivo Silveira Rio Santa Cruz Campos Novos/SC 2,60 1,81 07/07/2015

    PCH Palmeiras Rio dos Cedros Rio dos Cedros/SC 24,60 16,70 07/11/2016

    PCH Bracinho Rio Bracinho Schroeder/SC 15,00 8,80 07/11/2016

    PCH Cedros Rio dos Cedros Rio dos Cedros/SC 8,40 6,75 07/11/2016

    PCH Salto Rio Itaja-Au Blumenau/SC 6,28 5,25 07/11/2016

    PCH Pery Rio Canoas Curitibanos/SC 30,00 14,08 09/07/2017

    Total (MW) 95,80 60,49

    Fonte: DGT/DPNN

  • Foi excluda da deciso em relao adeso s regras editadas pela MP no 579/12, a Usina Pery, com

    questionamento realizado em mbito judicial por meio de Ao Ordinria com pedido de liminar na Justia

    Federal, com objetivo de discutir o mrito relativo ao direito de prorrogao da concesso pelos 20 anos,

    conforme previsto no Artigo no 26, 7

    o da Lei Federal n

    o 9.247, de 26 de dezembro de 1996, ou alternativamente,

    a prorrogao pelo regime hbrido, recomendado pela ANEEL, sendo o pedido acolhido e havendo suspenso do

    prazo de assinatura do Termo Aditivo ao Contrato de Concesso.

    A Unio recorreu desta deciso por meio de Agravo de Instrumento cujo pedido de efeito suspensivo foi negado

    no Tribunal Regional Federal TRF da 4a Regio (Porto Alegre). Em 17 de fevereiro de 2014, ocorreu deciso favorvel proferida pelo Vice-Presidente do TRF-4 nos autos da Ao Cautelar interposta pela Celesc G,

    atribuindo-se novamente efeito suspensivo ao caso, at deciso final e encerramento do processo. Atualmente o

    processo encontra-se em fase de apreciao dos Recursos Excepcionais s Instncias Superiores do Superior

    Tribunal de Justia STJ e Supremo Tribunal Federal STF.

    As PCHs com trmino de concesso aps 2017 e as demais Centrais Geradoras Hidreltricas CGH so apresentadas a seguir:

    Central Geradora Localidade

    Capacidade

    Instalada

    (MW)

    Garantia

    Fsica

    (MW)

    Data de Vencimento

    da Concesso

    PCH Caveiras Rio Caveiras Lages/SC 3,83 2,77 10/07/2018

    PCH Celso Ramos Rio Chapecozinho Faxinal dos Guedes/SC 5,40 3,80 23/11/2021

    CGH Rio do Peixe Rio do Peixe Videira/SC 0,52 0,50 (*)

    CGH Pirai Rio Pirai Joinville/SC 0,78 0,45 (*)

    CGH So Loureno Rio So Loureno Mafra/SC 0,42 0,22 (*)

    Total (MW) 10,95 7,74

    Fonte: DGT/DPNN

    (*) Centrais geradoras que no possuem prazo determinado de concesso

    Em atendimento ao previsto na Lei Federal no 12.783 de 11 de janeiro de 2013, a Celesc G protocolou na

    ANEEL, em julho de 2013, o requerimento para conhecer as condies para renovao antecipada da concesso

    da PCH Caveiras que tem vencimento em julho de 2018.

    Visando obter maior flexibilidade na comercializao de energia eltrica, a Celesc G tambm protocolou na

    ANEEL, em novembro de 2013, o requerimento solicitando a alterao do regime de explorao das Usinas

    Palmeiras e Caveiras para Produtor Independente de Energia Eltrica PIE.

    Por meio da Resoluo Autorizativa no 4.529, de 4 de fevereiro de 2014, a Celesc G teve o regime de explorao

    da concesso dessas usinas modificados, passando de servio pblico para PIE.

    2.1.2. Participaes

    2.1.2.1. Companhia de Gs de Santa Catarina S.A. SCGS

    A Companhia de Gs de Santa Catarina SCGS, sociedade de economia mista criada em 25 de fevereiro de 1994 por meio da Lei Estadual no 8.999 de 19 de fevereiro de 1993, responsvel pela distribuio de gs natural

    canalizado, com exclusividade no Estado de Santa Catarina, conforme estabelece a Lei no 9.493 28 de janeiro de

    1994, que promulgou a concesso desse servio de acordo com o disposto na Constituio Federal.

    O contrato de concesso para explorao desses servios foi firmado em 28 de maro de 1994 com prazo de

    vigncia de 50 anos, contados dessa data.

  • Alm da Celesc, so seus acionistas a Gaspetro, subsidiria da Petrobras responsvel pela participao em

    empreendimentos relacionados rea de gs; a Mitsui Gs e Energia do Brasil, empresa privada incorporada ao

    Grupo Mitsui em abril de 2006 com a aquisio da Gaspart/Gs Participaes, e a Infrags Infraestrutura de Gs para a Regio Sul, empresa constituda em 13 de dezembro de 1990, com o objetivo especfico de viabilizar

    a implantao da infraestrutura para o fornecimento do gs natural na regio Sul.

    2.1.2.2. Empresa Catarinense de Transmisso de Energia S.A. ECTE

    A ECTE tem como objeto social principal a prestao de servios de planejamento, implantao, construo,

    operao e manuteno de instalaes de transmisso de energia eltrica, incluindo os servios de apoio e

    administrativos, programaes, medies e demais servios necessrios transmisso de energia eltrica.

    Por meio do Contrato de Concesso de Servio Pblico de Transmisso de Energia Eltrica no 88/2000 ANEEL, datado de 1o de novembro de 2000, celebrado com a Unio, a ANEEL, outorgou ECTE a concesso de Servio

    de Transmisso de Energia Eltrica, pelo prazo de 30 anos, que consiste na implantao, manuteno e operao da

    Linha de Transmisso de 525 kV, com 252,5 km de extenso, com origem na subestao de Campos Novos e

    trmino na subestao de Blumenau, no estado de Santa Catarina. A Celesc detentora de 30,88% de participao

    no Capital Social da Companhia.

    O sistema ECTE integra a Rede Bsica do Sistema Interligado Nacional SIN, cuja coordenao e controle da operao de transmisso de energia eltrica, sob a fiscalizao e regulao da ANEEL do Operador Nacional do

    Sistema Eltrico ONS, pessoa de direito privado, sem fins lucrativos, entidade autorizada pelo Ministrio de Minas e Energia MME.

    2.1.2.3. Dona Francisca Energtica S.A. DFESA

    Concessionria produtora independente de energia eltrica, a DFESA proprietria da Usina Hidreltrica Dona

    Francisca, construda no rio Jacu, no Rio Grande do Sul, com capacidade instalada de 125 MW e energia

    assegurada de 80 MW. O empreendimento foi inaugurado em maio de 2001. O contrato de concesso da DFESA

    data de 28 de agosto de 1998 e tem prazo de vigncia de 35 anos. A Celesc detm 23,03% das aes ordinrias

    da empresa.

    2.1.3. Outras Participaes

    2.1.3.1. Companhia Catarinense de gua e Saneamento S.A. Casan

    A Casan, criada em 31 de dezembro de 1970 pela Lei Estadual no 4.547, e constituda pelo Decreto n

    o SSP

    30.04.71/58, de 2 de julho de 1971, uma empresa de economia mista, atuando como concessionria na

    prestao de servios de abastecimento de gua e na coleta e tratamento de esgoto. A empresa est presente em

    201 municpios catarinenses e um paranaense. A Celesc detentora de 15,48% do Capital Social.

    2.1.3.2. Usina Hidreltrica Cubato S.A.

    A UHE Cubato um projeto, com potncia instalada estimada em 50 MW, a ser instalado no rio Cubato,

    contando com um reservatrio de aproximadamente 4,1 km no municpio de Joinville no estado de Santa

    Catarina. O projeto foi desenvolvido pela Celesc, em conjunto com as empresas Inepar (40%) e Desenvix (20%),

    sendo esta a primeira UHE no Brasil com concesso outorgada por meio de processo licitatrio, em 1996.

  • Atualmente, o projeto revisado da UHE Cubato est em anlise na ANEEL, sendo as alteraes referentes

    otimizao do arranjo, com modificaes no sistema de aduo, localizao da casa de fora em caverna e canal

    de fuga. A conexo ao SIN se dar pelo seccionamento da Linha de Transmisso 138kV Joinville So Bento e da construo de uma linha de 2,5 km de extenso que interligar a usina subestao seccionadora.

    3. Cenrio Econmico

    3.1. Macroeconomia

    O setor pblico consolidado fechou 2014 com dficit primrio de R$32,5 bilhes, resultado que equivale a

    0,63% do Produto Interno Bruto PIB. Se considerarmos os gastos com juros, no conceito nominal, houve dficit de R$343,9 bilhes ou 6,7% do PIB; tornando-se o pior resultado registrado na srie histrica do Banco

    Central BC.

    Entre os fatores determinantes dessa trajetria destacam-se as elevaes da taxa Sistema Especial de Liquidao

    e Custdia Selic e do ndice de Preos ao Consumidor Amplo IPCA no ano, que incidem sobre parcela significativa do endividamento lquido, e o resultado das operaes de swap cambial no perodo.

    No contexto internacional, o ano foi marcado pela queda dos preos das commodities, em especial o petrleo tipo

    Brent, que perdeu metade do seu valor em dlares. A desacelerao econmica mundial no atingiu apenas a

    demanda por energia, impactando negativamente nos pases emergentes, como o Brasil, que dependem da

    exportao de itens no manufaturados para equilibrar a Balana de Servios e Rendas historicamente deficitria.

    Com isso, o saldo da Balana Comercial brasileira em 2014 foi negativo em US$3,9 bilhes, pior resultado desde

    1999, enquanto o resultado global do Balano de Pagamentos terminou positivo em US$10,8bilhes,

    compensado pelos Investimentos Estrangeiros Diretos IED.

    3.2. Economia Catarinense

    O ano de 2014 ficou marcado pela desacelerao tambm da economia catarinense. Segundo a Federao

    Catarinense das Indstrias FIESC, no houve expanso da produo industrial no estado como reflexo da queda do consumo e dos investimentos.

    No setor externo, a economia catarinense apresentou expanso das exportaes, impulsionada, sobretudo, pela

    recuperao dos Estados Unidos (ainda que incipiente), pela desvalorizao cambial e pela recuperao dos

    preos das carnes.

    O estado foi o maior gerador de postos de trabalho em 2014, segundo a avaliao da FIESC, a manuteno das

    contrataes mostra uma expectativa do industrial catarinense na recuperao da economia, porm se espera que

    2015 seja um ano de ajuste econmico e marcado por incertezas quanto recuperao das principais economias

    mundiais.

    3.3. Mercado de Energia Eltrica em SC

  • O volume de energia eltrica distribuda pela Celesc D somou 23.337 GWh (mercado cativo + livre) em 2014,

    registrando crescimento de 5,6% em relao a 2013. No perodo, as classes Residencial e Comercial, que

    respondem por 39,7% do consumo total, apresentaram desempenho bastante superior ao do exerccio de 2013.

    O bom resultado explicado principalmente pelo clima. O incio e o fim de 2014 apresentaram temperaturas

    bastante elevadas, intensificando o uso de aparelhos de ar condicionado e desse modo aumentando o consumo de

    energia eltrica nas residncias e no comrcio.

    Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE, o ndice da produo fsica acumulado no ano foi de -2,2%. Apesar de o fator econmico ser o grande responsvel pelo consumo da classe industrial, foi

    verificado um crescimento de 2,1% na energia distribuda para as indstrias. Tal resultado observado devido s

    novas unidades consumidoras instaladas em Santa Catarina.

    No ambiente do mercado livre, o consumo no ano foi de 5.830 GWh, com crescimento de 3,3% no comparativo

    com 2013. Mais de 50% das indstrias j esto inseridas nesse ambiente, o que faz com que as migraes

    ocorram cada vez em menor nmero.

    4. Ambiente Regulatrio

    O setor de distribuio de energia eltrica refletiu, basicamente, o novo perfil da energia comprada pelas

    distribuidoras, com presena cada vez maior de energia gerada em termeltricas, cujo custo maior que a gerada

    em hidreltricas. Em 31 de julho, a ANEEL, por meio da Nota Tcnica no 252/2014, definiu o reajuste mdio de

    23,21% para as tarifas de energia eltrica dos 2,6 milhes de consumidores atendidos na rea de concesso da

    Celesc D.

    O reajuste, que passou a ser praticado a partir de 7 de agosto de 2014, teve um efeito mdio de 22,42% para os

    consumidores conectados em alta tenso (industriais) e de 22,76% para aqueles conectados em baixa tenso, em

    especial os consumidores residenciais.

    Por questes ambientais, o Governo Federal reduziu a construo de usinas que necessitam de grandes

    reservatrios, favorecendo a gerao trmica, uma nova tendncia, que impactou nos preos praticados pelo

    mercado.

    No reajuste tarifrio de 2014, o custo previsto para compra de energia teve uma majorao de 22,64%, respondendo

    por 49,40% no custo final ao consumidor.

    5. Grupo Celesc em 2014

    5.1. Desempenho do Mercado

    5.1.1. Distribuio de Energia Eltrica

    Em dezembro de 2014, a Celesc D atendia a 2.680.418 unidades consumidoras em sua rea de concesso,

    registrando crescimento anual de 3,5%, dentro da mdia dos anos anteriores.

    O grfico a seguir auxilia na ilustrao dos dados comparativos na rea atendida, sem considerar o consumo

    prprio:

  • Fonte: DCL/DPCM

    Nota: Demais classes correspondem ao consumo do poder pblico, iluminao pblica, servio pblico e revenda.

    No considera o consumo prprio.

    6. Investimentos

    O volume de investimentos das subsidirias integrais do Grupo Celesc, em 2014, foi de R$401.139 mil ante aos

    R$365.950 mil em 2013.

    Do total investido em 2014 o maior volume (R$390.518 mil) foi destinado expanso e melhoria do sistema,

    eficincia operacional e modernizao da gesto Celesc D.

    Investimento por Segmento

    2014 2013 (%)

    Distribuio de Energia Eltrica 390.518 336.463 16,07%

    Gerao de Energia Eltrica 10.621 29.487 (63,98%)

    Total Geral 401.139 365.950 9,62%

    Fonte: DEF/DPCO

    6.1. Distribuio de Energia Eltrica

    6. 1.1. Expanso do Sistema

  • Para atender o crescimento de mercado bem como buscar o cumprimento dos ndices de qualidade impostos pela

    ANEEL, o sistema eltrico de distribuio recebeu investimentos que totalizaram R$346.924.

    O sistema eltrico de alta tenso, composto pelas linhas de transmisso e subestaes, interligadas nas tenses de

    69 kV1 e 138kV, teve importantes investimentos que, ao final do ano, contabilizaram R$73 milhes. Foram

    energizadas cinco novas subestaes, alm da ampliao na capacidade de transformao de outras dezenove

    subestaes. Essas obras representaram acrscimo de 364 MVA2 capacidade de atendimento atual do sistema

    de alta tenso, totalizando atualmente 6.813 MVA.

    Subestaes Concludas: SE 138 kV Papanduva rea Industrial, SE 138 kV Curitibanos, SE 138 kV Joinville

    Perini, SE 138 kV Monda, SE 138 kV Xanxer Iguau.

    Subestaes Ampliadas: SE 69 kV Coqueiros, SE 138 kV Cambori Morro do Boi, SE 138 kV Blumenau

    Bairro da Velha, SE 138 kV Videira, SE 34,5 kV Papanduva, SE 138 kV Canoinhas, SE 34,5 kV Jaragu Nereu

    Ramos, SE 138 kV Roado, SE 138 kV Timb, SE 69 kV Ubatuba, SE 138 kV Brusque Rio Branco, SE 138 kV

    Rio do Sul II, SE 69 kV Cricima, SE 138 kV Brusque.

    Novas Linhas de Transmisso: LT 138kV Joinville Perini, LT 138 kV Canoinhas Papanduva, LT 138 kV Pinhalzinho So Miguel do Oeste II, LT 138 kV Araquari BMW, LT 69 kV Forquilhinha Forquilhinha Rede Bsica.

    O sistema eltrico de mdia e baixa tenso, por sua vez, recebeu investimentos de R$104 milhes, para a

    construo de novos alimentadores, ampliao e melhoria das redes eltricas existentes, em toda a rea de

    concesso da empresa.

    6.1.2. Automao e Novas tecnologias

    Ao longo dos ltimos anos, a Celesc D fez importantes investimentos para incorporar novas tecnologias. Um

    deles, com a implantao do projeto de Automao da Distribuio, possibilita Celesc D controlar a rede de

    Mdia Tenso, indo alm das subestaes, j telecontroladas. Em 2014, a Celesc D fechou o ano com 528

    religadores telecomandados e a previso para os prximos anos de alcanar at trs mil religadores instalados

    na rede, com investimentos de R$100 milhes. Assim, ser possvel telecontrolar toda rede de Mdia Tenso por

    meio dos Centros de Operao da Distribuio CODs, trazendo mais agilidade na recomposio do sistema eltrico e na identificao de problemas na rede.

    Em 2014, a rea de Medio realizou a operao das leituras remotas de aproximadamente 10 mil pontos do

    grupo A, com taxa de sucesso nas leituras acima de 98%. Tambm foi obtida recuperao de receita, por meio do

    Centro de Operao da Medio COM, sendo observada assertividade de 75% nos casos com suspeita de fraudes e/ou irregularidades tcnicas nas medies, aps anlise do sistema e de especialista em perdas no

    tcnicas da rea de medio.

    Ainda em 2014, por meio de edital, foram contratados mais quatro mil pontos de telemedio para instalao em

    clientes do tipo monmio e para atender ainda ao crescimento vegetativo do grupo A da Celesc D no perodo

    2014/2015.

    1 kV - Kilovolt

    2 MVA - Megavolt Ampre

  • 6.1.3. Eficincia Energtica

    Em 2014, foram investidos R$38 milhes para viabilizar aes de eficincia energtica, beneficiando

    principalmente comunidades de baixa renda, hospitais filantrpicos e consumidores residenciais, por meio dos

    projetos abaixo mencionados. Estimativas apontam que o Programa de Eficincia Energtica gerou reduo de

    aproximadamente 161.000 MWh/ano, o que equivale ao consumo mensal de 780 mil residncias.

    Projeto Baixa Renda Sou Legal, T Ligado! 2 Substituio de lmpadas, sistema de trocador de calor para consumidores com tarifa social;

    Projeto Baixa Renda Calamidade Pblica Nova etapa da substituio de refrigeradores e sistemas de aquecimento solar em municpios atingidos pelas chuvas em 2008 e declarados em rea de calamidade pblica;

    Projeto Comrcio e Servios "Hospitais Filantrpicos II" (39 hospitais) Substituio de refrigeradores, sistemas de iluminao, motores eltricos, autoclaves e condicionadores de ar em hospitais;

    Projeto Poder Pblico Banho de Sol 4 Instalao de sistema de aquecimento solar em 116 instituies sem fins lucrativos;

    Projeto Residencial Bnus Eficiente II Substituio de refrigeradores e freezers para consumidores residenciais;

    Projeto Baixa Renda Energia do Bem Substituio de lmpadas, sistema de aquecimento solar, refrigeradores e trocadores de calor para consumidores com tarifa social;

    Projeto Baixa Renda Energia do Bem 2 Substituio de lmpadas e trocadores de calor para consumidores com tarifa social na regio de Tubaro e Cricima;

    Projeto Baixa Renda Energia do Bem 3 Substituio de lmpadas e trocadores de calor para consumidores com tarifa social na regio de Videira e Joaaba;

    Projeto Industrial "Indstria + Eficiente" Substituio de 505 motores e 2 chillers (sistema de resfriamento de ambiente) em indstrias.

    6.1.4. Capacitao Profissional

    Em 2014, a Celesc D somou 15.000 participaes em treinamentos internos e externos. O nmero total de

    horas/aula de treinamento chegou a mais de 110 mil horas, com investimento em capacitao de mais de R$2,3

    milhes. As aes desenvolvidas so de carter empresarial, sendo elas presenciais ou distncia, cujos valores

    so a economicidade, a relao custo-benefcio e o retorno em qualidade e produtividade, salvo as exigncias

    legais.

    A Celesc D tambm investiu em 2014, R$348 mil em auxlio-estudante e R$297 mil em custeio de ps-

    graduao aos seus empregados, que consiste em reembolsos entre 75% e 100% dos valores gastos com

    formao escolar (ensino mdio, graduao, ps-graduao), como forma de incentivar a continuidade dos

    estudos estimulando a profissionalizao e o aperfeioamento pessoal.

  • Alguns destaques na rea: a formao de 118 eletricistas de distribuio, aprovados no concurso de 2013.

    Realizao do primeiro mdulo do Programa de Desenvolvimento Gerencial PDG, bem como o lanamento do projeto piloto do Programa Individual de Desenvolvimento PID. Tambm foi realizada capacitao de 120 novos atendentes comerciais, curso de projetista de redes de distribuio entre outros treinamentos presenciais.

    6.1.5. Pesquisa e Desenvolvimento P&D

    Na busca de inovaes para superar os desafios tecnolgicos e de mercado na rea de energia eltrica, o

    Programa de P&D da Celesc D tem investido predominantemente no seu principal foco de negcio: a

    distribuio de energia eltrica. Em 2014, foram investidos mais de R$20,2 milhes no Programa.

    Atualmente, esto em desenvolvimento trinta e quatro projetos de pesquisas, que somam investimento de R$64,2

    milhes e outros quatro projetos que esto em fase de contratao, no valor total de R$16,2 milhes. Alm disso,

    mais quatro projetos foram aprovados na

    ltima chamada pblica, voltados otimizao de poda e roada e ao armazenamento de energia eltrica,

    totalizando R$34,9 milhes.

    Para as novas contrataes de projetos, o foco a gerao de novos negcios para a Celesc, visando tornar vivel

    o processo autossustentvel e a busca de novas receitas.

    6.1.6. Desempenho dos Indicadores de Qualidade do Fornecimento de Energia

    A Celesc D cumpre sempre o padro de qualidade do servio estabelecido pela a ANEEL para os indicadores de

    Durao Equivalente de Interrupo por Unidade Consumidora DEC e de Frequncia Equivalente de Interrupo por Unidade Consumidora FEC.

    Essa condio coloca a Celesc D entre as mais eficientes do Setor Eltrico Brasileiro em decorrncia de aes

    que envolvem planejamento robusto, investimentos eficazes e melhorias contnuas.

    Em relao a 2013, apresentou melhora de 2,2% no DEC e de 1,6% FEC. O DEC de 2014 indica um sistema

    eltrico de confiabilidade, estando disponvel, em mdia, 99,8% das horas de um ano aos seus consumidores. O

    grfico a seguir, mostra a evoluo desses indicadores:

    Fonte: DDI/DPOP/DVOD

  • Indicador 2014 2013

    DEC3 15,15 15,49

    FEC4 10,45 10,62

    O modelo de planejamento, cujas anlises tcnicas so focadas no horizonte dos prximos cinco a dez anos, a

    base para dimensionar os investimentos fundamentais e assegurar que o sistema eltrico esteja adequado

    demanda. Nas anlises so avaliadas as estruturas do

    sistema de Alta e de Mdia Tenso que necessitam de reforos, substituio de equipamentos ou novas obras.

    Esses investimentos compem o Plano de Desenvolvimento da Distribuio PDD, submetido avaliao e acompanhamento por parte da ANEEL.

    O bom desempenho desses indicadores ganha ainda mais significado medida que a ANEEL, para melhorar

    continuamente o atendimento sociedade, periodicamente rev os limites para DEC e FEC. Assim, o desafio

    imposto s empresas cresce a cada ano para promover a melhoria contnua dos servios prestados. Para o perodo

    2013/2016, a ANEEL exige melhoria de 20% nesses indicadores.

    6.1.7. Perdas na Distribuio

    De acordo com a ltima Reviso Tarifria Peridica da Celesc D, a perda regulatria da distribuio foi definida

    em 7,40%. Desse total, 6,34% referem-se ao volume de perdas tcnicas e 1,06% s perdas no tcnicas.

    Em 2014, as perdas globais representaram 7,85% da energia injetada no sistema de distribuio da

    concessionria, 6,36% referentes s perdas tcnicas definidas pelo PRODIST5 Mdulo 7 (2013) e 1,49%

    correspondem s perdas no tcnicas, conforme apresentado no grfico a seguir:

    Fonte: DCL/DPCM/DVME

    6.2. Gerao de Energia Eltrica

    No ano de 2014, a Celesc G gerou 62,49 MW mdios de energia eltrica, totalizando a produo lquida de

    547,41 GWh, que atingiu o fator de capacidade de 58,50%.

    3 Quantidade de horas ao ano

    4 Quantidade de vezes ao ano

    5 Procedimentos de Distribuio de Energia Eltrica no Sistema Eltrico Nacional

  • A quantidade de energia gerada em 2014 foi 12,51% maior do que em 2013, principalmente pela ampliao da

    PCH Pery, que entrou em operao no decorrer do ano de 2013, sendo 2014 o primeiro ano inteiro de operao.

    A menor afluncia contribuiu negativamente para grande parte das outras usinas. A PCH Salto reduziu sua

    produo de energia em 49,9%

    devido ao baixo desempenho no segundo semestre de 2014, perodo no qual ficou indisponvel por motivos de

    manuteno e melhorias.

    No quadro a seguir, possvel acompanhar o desempenho de cada uma das usinas que formam o parque de

    gerao da Celesc G, nos anos de 2013 e 2014, referentes ao volume de gerao lquida:

    Produo Anual

    Usina 2014 2013 Variao (%)

    Palmeiras 127,34 134,94 -5,63%

    Cedros 44,95 46,09 -2,47%

    Salto 15,73 31,39 -49,89%

    Bracinho 70,62 71,42 -1,12%

    Pira 3,97 4,67 -14,99%

    So Loureno 2,47 2,14 15,42%

    Garcia 64,54 60,82 6,12%

    Caveiras 27,99 26,28 6,51%

    Pery 127,64 41,28 209,21%

    Ivo Silveira 21,98 22,12 -0,63%

    Rio do Peixe 3,99 4,04 -1,24%

    Celso Ramos 36,21 41,34 -12,41%

    TOTAL (GWh) 547,43 486,53 12,51% Fonte: DCL/DPCM/DVCM

    7. Desempenho Econmico-Financeiro

    O Lucro Lquido do Grupo Celesc no exerccio findo em 31 de dezembro de 2014 foi de R$513,1 milhes, que

    representa um aumento de 157,98%, se comparado ao mesmo perodo de 2013 (Lucro Lquido de R$198,9

    milhes).

    Por meio dos indicadores econmicos, as informaes consolidadas do desempenho da Companhia em 31 de

    dezembro de 2014 em relao ao mesmo perodo do ano anterior, so as seguintes:

  • Dados Econmico-Financeiros

    31 de 31 de

    dezembro dezembro AH

    2014 2013

    Receita Operacional Bruta ROB 8.519.569 6.727.904 26,63%

    Receita Operacional Lquida ROL 6.246.243 4.872.377 28,20%

    Resultado das Atividades 787.005 145.027 442,66%

    EBITDA 1.003.218 353.298 183,96%

    Margem EBITDA (EBITDA/ROL) 16,06% 7,25% 8,81 p.p.

    Margem Lquida (LL/ROL) 8,21% 4,08% 4,13 p.p.

    Resultado Financeiro 47.510 151.284 -68,60%

    Ativo Total 6.364.567 5.627.763 13,09%

    Imobilizado 232.350 221.129 5,07%

    Patrimnio Lquido 2.343.458 2.137.462 9,64%

    Lucro Lquido 513.055 198.874 157,98%

    Fonte: DEF/DPCO

    O Grupo Celesc encerrou o exerccio de 2014 com uma Receita Operacional Bruta ROB de R$8.519,6 milhes aumento de 26,63% em relao a 2013 num valor de R$6.727,9 milhes.

    A Receita Operacional Lquida ROL evoluiu 28,20%, fechando o exerccio de 2014 em R$6.246,2 milhes em relao ao mesmo perodo de 2013 num valor de R$4.872,4 milhes.

    O EBITDA ajustado no exerccio de 2014 atingiu o valor de R$947,0 mil e a Margem do EBITDA ajustado

    passou de 7,15% no mesmo perodo de 2013 para 15,16% em 2014.

    A movimentao do Lucro Lquido do Exerccio antes dos Juros, Impostos, Resultado Financeiro e

    Depreciao/Amortizao EBITDA Ajustado est detalhada a seguir:

    Conciliao do EBITDA - R$ MIL

    31 de 31 de

    dezembro dezembro

    2014 2013

    Lucro/Prejuzo lquido

    513.055 198.874

    IRPJ e CSLL corrente e diferido

    321.460

    97.437

    Resultado financeiro

    (47.510) (151.284)

    Depreciao e amortizao

    216.213

    208.271

    1.003.218

    353.298

    (-) Efeitos No Recorrentes

    Proviso Teste Impairment em Controlada

    14.253

    33.555

    Reverso Teste Impairment em Controlada

    (70.437)

    (38.501)

    (=) EBITDA Ajustado por Efeitos No Recorrentes

    947.034

    348.352

    Fonte: DEF/DPCO

    8. Desempenho Social

    O Grupo Celesc procura assumir princpios e compromissos em parceria com diferentes entidades para ampliar a

    atuao social e desenvolver processos de melhoria contnua na gesto. Dessa forma, torna-se solidria e ativa

    nos temas relevantes ao desenvolvimento da sustentabilidade.

  • O processo para Certificao NBR 16001:12 Norma de Responsabilidade Socioambiental foi o grande destaque de 2014. Aps ser aprovada em todas as etapas de avaliao da NBR 16001:12, a Celesc D foi

    recomendada para obter o Selo de Sistema de Gesto em Responsabilidade Socioambiental.

    O resultado foi recebido em 19 de dezembro de 2014, aps concluso da auditoria externa da ABNT, para

    verificar se a Celesc D atendia aos requisitos da norma de referncia e a certificao foi recebida formalmente

    em janeiro de 2015, tornando-se a primeira empresa do Setor Eltrico Brasileiro a obter essa certificao.

    A NBR16001:12 a similar brasileira da norma internacional de responsabilidade social ISO 26000, com carter

    tripartite, construda por equipe multidisciplinar, envolvendo representaes de pases, ONGs, empresrios e

    empregados. A ISO 26000 tem carter orientativo, baseada no dilogo e na transparncia, no respeito s partes

    interessadas e aos direitos humanos, entre outros.

    A certificao recebida por unidade de negcios, ou seja, a primeira a receber a certificao foi a

    Administrao Central da Celesc D. A prxima etapa desenvolver o plano de expanso para certificao para

    16 Agncias Regionais bem como de usinas, almoxarifados e outras estruturas descentralizadas. A concluso

    desse processo deve ocorrer at 2017.

    Em 2014, outro destaque importante foi a consolidao do Programa Celesc Voluntria, que visa difundir e

    fortalecer o conceito de cidadania empresarial entre a fora de trabalho da Celesc D, despertando a conscincia e

    a participao crescente dos empregados, mostrando que podem ser agentes de transformao, com base nas

    seguintes diretrizes:

    Manter, preservar e/ou reter talentos;

    Oportunizar para a fora de trabalho outro olhar sobre aqueles que esto margem de polticas pblicas e em situao de risco social;

    Estreitar laos com a comunidade;

    Integrar a fora de trabalho;

    Melhorar a imagem da Empresa diante de seus stakeholders.

    Em 2014, o Programa Nossa Energia para Construir Cidadania, foi estendido s Agncias Regionais So Miguel

    do Oeste, Joinville, Joaaba, Blumenau, Concrdia, Mafra, Lages, Chapec, Itaja e Lages, somando 19 aes

    voluntrias ao longo do ano. No total foram 32 mil pessoas beneficiadas, 350 voluntrios e 22 mil horas de

    voluntariado.

    Outro destaque do ano foi a doao de R$1,15 milho pela Celesc D para as entidades filantrpicas contempladas

    pelo projeto Bnus Eficiente II, desenvolvido por meio do Programa de Eficincia Energtica PEE. Esse projeto viabiliza a troca de geladeiras e freezers antigos por equipamentos novos e mais econmicos, com at

    50% de desconto. Todo o volume arrecadado foi revertido em prol de dez entidades beneficentes de Santa

    Catarina, localizadas em diferentes regies do estado.

    O Grupo Celesc investe ainda em outros projetos de responsabilidade social, tais como:

    8.1. Energia do Futuro O projeto viabiliza a construo de coletor solar com o uso de produtos reciclveis

  • (caixas tetrapak e garrafas pet), contribuindo para a reduo do consumo de energia eltrica em residncias de

    famlias com baixo poder aquisitivo e gerando trabalho e renda para famlias cooperativadas pelo prprio projeto

    para trabalhar na fabricao dos coletores.

    8.2. Jovem Aprendiz Atende Lei Federal no 10.097, de 19 de dezembro de 2000, que prev a preparao de jovens para o primeiro emprego, a partir da experincia nas diversas empresas do Pas. Em 2009, a Celesc D

    promoveu avanos no projeto e em parceria com o Ministrio Pblico Estadual MPE, instituiu que os jovens participantes do projeto, passassem a ser indicados exclusivamente por instituies ou entidades de acolhimento

    criana e ao adolescente.

    E a partir de 2010, em mais uma iniciativa inclusiva, passou a inserir jovens com deficincia auditiva e fsica. O

    Jovem Aprendiz um projeto permanente da Celesc D, com renovao das turmas de jovens atendidos.

    8.3. Compromissos Voluntrios:

    8.3.1. Programa na Mo Certa uma iniciativa da Childhood Brasil que visa mobilizar governos, empresas e organizaes do terceiro setor em torno do enfrentamento mais eficaz da explorao sexual de crianas e

    adolescentes nas rodovias brasileiras. A frota de veculos da Celesc possui adesivos com informaes sobre o

    Disque 100, canal de denncias exclusivo do Na Mo Certa. Conhea o programa acessando:

    www.namaocerta.org.br/

    8.3.2. Pacto Global uma iniciativa proposta pela Organizao das Naes Unidas para encorajar empresas a adotar polticas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade. Esse pacto promove dilogo entre

    empresas, organizaes das Naes Unidas, sindicatos, organizaes no governamentais e demais parceiros,

    para o desenvolvimento de um mercado global mais inclusivo e sustentvel.

    Para que esse objetivo seja atendido, busca-se a mobilizao da comunidade empresarial internacional por meio

    da adoo de 10 princpios relacionados a direitos humanos, trabalho, meio ambiente e corrupo. Vale ressaltar

    que o Pacto Global, apesar de ter como propulsor as Naes Unidas, no uma agncia desse sistema e nem

    mesmo um instrumento regulador ou um cdigo de conduta.

    A Celesc, desde 2006 signatria do pacto e procura realizar aes e projetos; e gozam de consenso universal e

    se baseiam no que segue:

    i) Direitos Humanos

    Princpio 1 As empresas devem apoiar e respeitar a proteo dos direitos humanos reconhecidos internacionalmente;

    Princpio 2 Certificar-se de que no so cmplices em abusos dos direitos humanos.

    ii) Trabalho

    Princpio 3 As empresas devem defender a liberdade de associao e o reconhecimento efetivo do direito negociao coletiva;

    Princpio 4 A eliminao de todas as formas de trabalho forado ou compulsrio; Princpio 5 A erradicao efetiva do trabalho infantil; e Princpio 6 A eliminao da discriminao no emprego e ocupao.

    iii) Meio Ambiente

    Princpio 7 As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva sobre os desafios ambientais;

  • Princpio 8 Desenvolver iniciativas a fim de promover maior responsabilidade ambiental; Princpio 9 Incentivar o desenvolvimento e a difuso de tecnologias ambientalmente sustentveis;

    iv) Combate a Corrupo

    Princpio 10 As empresas devem combater a corrupo em todas as suas formas, inclusive extorso e propinas.

    8.3.3. Objetivos de Desenvolvimento do Milnio ODM A Celesc assumiu o compromisso com programa da Organizao das Naes Unidas ONU que visa consolidar conceitos bsicos de cidadania assim como melhorar a qualidade de vida de todos no planeta. Em 2012, a Companhia realizou o II Simpsio Estadual

    Objetivos do Milnio, em parceria com o Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento PNUD e com o movimento nacional Ns Podemos.

    8.3.4. Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupo Empresa Limpa Pacto criado para unir empresas com o objetivo de promover um mercado mais ntegro e tico e erradicar o suborno e a corrupo no

    pas. Como signatria, a Celesc D assume o compromisso de divulgar a legislao brasileira anticorrupo para

    seus funcionrios e partes interessadas, a fim de que ela seja cumprida integralmente. Alm disso, elas se

    comprometem a vedar qualquer forma de suborno, trabalhar pela legalidade e transparncia nas contribuies a

    campanhas polticas e primar pela transparncia de informaes e colaborao em investigaes, quando

    necessrio. O pacto foi assinado em 2006 e permanente, as aes da campanha O que voc tem a ver com a corrupo? so aes que fortalecem este pacto. Informaes em: http://empresalimpa.org.br.

    8.3.5. O que voc tem a ver com a corrupo? Em 2013, a Celesc oficializou seu apoio campanha nacional, por meio da assinatura de Termo de Cooperao e Adeso com o Ministrio Pblico de Santa Catarina MPSC e com a Coordenao Estadual da campanha. O apoio na disseminao da campanha feito por meio de aes de

    estmulo aos seus pblicos de interesse, divulgando materiais de conscientizao a respeito do tema, veiculao

    de mensagens referentes ao projeto nas faturas de energia e nas Agncias de Atendimento, alm de debates com

    todos os empregados. Em 2014 realizamos 4 palestras com o objetivo de disseminar entre a fora de trabalho,o

    conceito de tica e cidadania empresarial e reforar a conduta tica como um valor da companhia.

    8.3.6. Cadastro das Empresas Pr-tica A Celesc D faz parte do Cadastro Nacional de Empresas Comprometidas com a tica e a Integridade, iniciativa da Controladoria Geral da Unio CGU e do Instituto Ethos, que avalia e divulga as empresas voluntariamente engajadas na construo de um ambiente de integridade

    e confiana nas relaes comerciais, incluindo aquelas que envolvem o setor pblico. Em 2014 a empresa

    participou de discusses sobre o tema e se mantm no cadastro aprimorando processos. Mais informaes:

    www.cgu.gov.br/empresaproetica

    8.3.7. Pacto Nacional pela Erradicao do Trabalho Escravo Lanado em 2005, rene empresas brasileiras e multinacionais que assumiram o compromisso de no negociar com quem explora o trabalho escravo. A gesto

    do Pacto realizada pelo Comit de Coordenao e Monitoramento, composto pelo Instituto Ethos, o Instituto

    Observatrio Social IOS, a Organizao Internacional do Trabalho OIT e a ONG Reprter Brasil. Alm de restringir economicamente os empregadores que cometem este crime, o Pacto prev a promoo do trabalho

    decente, a integrao social dos trabalhadores em situao de vulnerabilidade e o combate ao aliciamento. Mais

    informaes: www.pactonacional.com.br

    8.3.8. Programa SOS Desaparecidos A Celesc D se associou em 2014 ao programa de busca e divulgao de desaparecidos no estado, da Polcia Militar de Santa Catarina PMSC. Atendendo ao compromisso estabelecido com o rgo estadual, a Celesc D iniciou, em 15 de julho de 2014, a adesivagem da frota, composta por cerca de

    mil veculos, para dar mais visibilidade ao programa. O apoio se d tambm por meio de mensagem na fatura de

    energia e disseminao de fotos dos desaparecidos em seu site e nas lojas de atendimento, alm de debates e

  • aes de conscientizao sobre o tema junto aos seus pblicos de interesse. Em menos de dois anos de atuao, o

    SOS Desaparecidos localizou mais de cem pessoas e recebeu mais de duas mil solicitaes de ajuda do Brasil e

    tambm do exterior. Desde a sua criao, em outubro de 2012, se tornou uma referncia no Pas, e outros estados

    tm buscado conhecer melhor o programa.

    9. Desempenho Meio Ambiente

    A integrao do conceito de desenvolvimento sustentvel estratgia corporativa, a busca do melhoramento

    contnuo do desempenho ambiental de obras e servios, e a oferta sociedade de servios que contemplem de

    forma permanente s variveis socioambientais so alguns dos Princpios de Poltica Responsabilidade

    Socioambiental da Celesc D incorporados no momento do planejamento e execuo em planos e programas

    socioambientais, visando minimizar e/ou mitigar os impactos de seus empreendimentos e atividades.

    Na Celesc D, a concepo de novos projetos tem se pautado pela melhoria contnua do desempenho

    socioambiental. Por isso, alm do diagnstico ambiental, o estudo contempla a identificao dos impactos sociais

    e econmicos que podero ser gerados pela implantao do empreendimento. Aps a identificao, so estudadas

    medidas para tratamento dos impactos ambientais e sociais, mediante a realizao de aes para eliminar,

    minimizar e compensar impactos negativos, consolidadas na forma de programas ambientais, que visam tambm

    assegurar a qualidade ambiental da rea de influncia, o monitoramento ambiental e a mitigao dos impactos

    negativos no entorno dos empreendimentos.

    O nmero de programas ambientais e suas extenses variam conforme as caractersticas de cada empreendimento

    como porte, abrangncia e especificaes tcnicas. O controle dos programas ambientais realizado pela equipe

    de superviso ambiental, que verifica a conformidade do empreendimento frente s condicionantes estabelecidas

    nas licenas ambientais concedidas.

    As aes da Celesc D no implicam em desapropriao de reas de servido institudas por ocasio da

    implantao de linhas de transmisso, reas essas que so indenizadas por restrio de uso. Entretanto, a Celesc

    D investe na preservao e recuperao de patrimnio artstico e cultural, quando necessrio, em funo do porte

    do empreendimento ou de indcios da existncia de vestgios arqueolgicos, por meio de estudos arqueolgicos

    para a implantao de novos empreendimentos de linhas e subestaes e, quando for ocaso, de salvamento de

    patrimnio artstico e cultural local.

    Para que seja realizado o fornecimento de energia eltrica em uma nova unidade consumidora, necessrio

    tambm que o interessado apresente todas as anuncias dos rgos competentes, nas esferas municipal, estadual

    e federal, quando aplicvel, comprovando a regularidade quanto ocupao do imvel.

    Em observncia Poltica Nacional de Resduos Slidos, instituda pela Lei Federal no 12.305, de 2 de agosto de

    2010, foi elaborada em 2014 uma Instruo Normativa IN interna que define as diretrizes e os procedimentos para o gerenciamento dos slidos gerados nas atividades administrativas e operacionais da Celesc D. A

    normativa orienta sobre o planejamento do gerenciamento dos resduos desde o descarte de material ou

    equipamento, passando por sua segregao, coleta, acondicionamento, armazenagem e transporte at sua

    destinao final.

    O correto gerenciamento dos resduos propicia a reduo deles na fonte, a correta segregao na origem,

    reduzindo custos e riscos associados sua gesto, alm de estabelecer procedimentos adequados ao manejo dos

    resduos slidos provenientes das atividades e servios exercidos, de acordo com as legislaes e normas tcnicas

    vigentes.

  • A implantao dos procedimentos para o gerenciamento dos resduos slidos, institudos pela instruo

    normativa, dever acontecer no decorrer de 2015, em consonncia com o plano de expanso do Sistema de

    Gesto de Responsabilidade Socioambiental para as Agncias Regionais. A unidade da Administrao Central da

    Celesc D obteve recentemente a Certificao da NBR 16.001:12.

    9.1. Inventrio de Gases de Efeito Estufa GEE

    Outro destaque na rea de Meio Ambiente a elaborao do Inventrio de Gases de Efeito Estufa GEE, considerando a estrutura e forma de gesto da Companhia. Segundo as Especificaes do Programa Brasileiro

    GHG Protocol, podem ser utilizadas duas abordagens para consolidao dos limites organizacionais: controle

    operacional e participao societria. Nos inventrios relativos a 2012 e 2013 do Grupo Celesc optou-se pela

    abordagem por controle operacional para a consolidao das emisses de GEE (FGV & WRI).

    O Inventrio de Emisses de GEE da Celesc compreende as emisses da Celesc e suas subsidirias Celesc D e Celesc G por serem as empresas em que a companhia possui o controle 100% operacional e, consequentemente, a gesto sobre as fontes de emisses. Os inventrios esto disponveis no Registro Pblico de

    Emisses no portal: www.registropublicodeemissoes.com.br.

    9.2. Programa de Proteo de Aves na Rede

    O Programa de Proteo de Aves na Rede da Celesc D surgiu em 2002 em virtude da crescente participao de

    aves, principalmente do pssaro Joo-de-barro (Furnarius rufus), em acidentes com a rede de distribuio de

    energia eltrica, causando interrupes no fornecimento de energia e, em muitos casos, a morte de aves. As

    principais atividades do programa so a retirada de ninhos inativos que apresentam risco potencial de acidentes

    com a rede eltrica de distribuio e, em seguida, a instalao de afastadores (inibidores) da formao de ninhos

    prximos aos isoladores da rede.

    O Programa de Proteo de Aves na Rede da Celesc de 2014 foi autorizado pela Fundao do Meio Ambiente FATMA por meio da Autorizao Ambiental AuA no 30/2014. Os trabalhos de campo foram realizados no perodo de 07 de julho a 31 agosto 2014, seguindo todas as orientaes do programa, sendo removidos 9.576

    ninhos e instalados 6.163 peas de afastadores de ninho.

    9.3. Riscos Ambientais

    Na etapa de planejamento do sistema eltrico e no desenvolvimento de atividades administrativas so utilizados

    insumos nos quais so relacionados como potenciais riscos e impactos ao meio ambiente a poluio do solo,

    poluio do ar, depleo de recursos naturais.

    Para a etapa de instalao de subestaes, linhas de transmisso e rede de transmisses h potenciais impactos

    socioambientais, tais como: afugentamento da fauna, danos biodiversidade, poluio do ar, poluio do solo,

    compactao do solo, perdas para a sociedade em funo possveis conflitos com proprietrios de reas vizinhas

    s subestaes e implantao de faixas de servido para as linhas de transmisso.

    Para a operao e manuteno de subestaes, linhas de transmisso e redes de transmisso, correlacionam-se

    como alguns impactos socioambientais a poluio visual; supresso da vegetao e danos biodiversidade pela

    manuteno de faixas de servido, perdas econmicas vizinhos de subestaes e proprietrios de reas

    atingidas pelas faixa de servido; riscos sade, segurana da comunidade e riscos de interrupo de energia

    eltrica em decorrncia de vandalismo, condies climticas adversas e crescimento da vegetao; gerao de

    resduos slidos perigosos e outros resduos classificados como no inertes e inertes.

  • 10. Mercado de Capitais

    O Capital Social da Celesc atualizado, subscrito e integralizado, em 31 de dezembro de 2014 era de

    R$1.017.700.000,00 mil, representado por 38.571.591 aes nominativas, sem valor nominal, sendo 15.527.137

    aes ordinrias (40,26%) com direito a voto e 23.044.454 aes preferenciais (59,74%), tambm nominativas,

    sem direito a voto.

    A Companhia encerrou o ano com 5.907 acionistas, sendo 5.338 pessoas fsicas e 569 pessoas jurdicas. O grupo

    controlador detm 24,27% do Capital Total e as demais aes so detidas, basicamente, por grandes fundos de

    penso, clubes de investimento, investidores institucionais e pessoas fsicas com perfil de investimento de longo

    prazo. Os investidores estrangeiros encerraram 2014 representando 19,87% do Capital Social total da Celesc,

    detendo um volume de 7.664.709 aes preferenciais.

    Desde abril de 2013, a Companhia conta com a atuao da corretora Brasil Plural como agente Formador de

    Mercado (Market Maker) objetivando fomentar a liquidez das aes preferenciais (CLSC4) em circulao no

    mercado. No ano, essa classe de aes registrou 15.856 negcios, envolvendo a quantidade de 5.823.500 aes e

    tendo sido negociada em todos os 248 preges da bolsa de valores brasileira.

    10.1. Desempenho da Celesc no Mercado Acionrio

    O principal ndice da Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa, apresentou retorno negativo de 2,91% e queda no

    volume financeiro de 2,5% no ano de 2014 em relao a 2013. Alm da menor liquidez, as aes sofreram forte

    volatilidade em virtude do processo eleitoral, valorizando o ndice em aproximadamente 38% entre os meses de

    maro e setembro de 2014, para em seguida, retornar a pontuao prxima do fechamento de 2013.

    Destaca-se para o perodo a influncia das aes da Petrobras, que em meio s denncias de corrupo e ao

    processo da Operao Lava Jato perdeu R$87,2 bilhes em valor de mercado no ano. O ndice de Energia

    Eltrica IEE, que mede o comportamento das principais aes do setor eltrico, mesmo com todas as adversidades acometidas pelas

    condies hidrolgicas e por instabilidade regulatria e financeira, apresentou valorizao de 3,5% em 2014.

    Diante desse cenrio, as aes preferenciais da Companhia apresentaram desempenho negativo com

    desvalorizao de 12,76% no ano, includos os ajustes de proventos. As aes ordinrias valorizaram 2,63% no

    ano em relao ao fechamento de 2013.

    O quadro a seguir apresenta as cotaes finais em 31 de dezembro de 2014 e respectivas variaes percentuais

    das aes da Celesc e dos principais indicadores de mercado.

    Desempenho *

    Fechamento em Variao %

    31 de dezembro

    de 2014

    Em 12 meses

    Celesc PN R$14,90 -12,76%

    Celesc ON R$39,82 2,63%

    IBOVESPA 50.007 -2,91%

    IEE 27.161 3,47% Fonte: DEF/DPRI

    *Variaes percentuais com ajuste a proventos

  • 10.2. Relaes com Investidores

    Em 2014, a equipe de Relaes com Investidores da Celesc manteve a agenda positiva de apresentaes para o

    mercado de capitais por meio de realizao de reunies pblicas e privadas com acionistas, investidores,

    analistas de mercado e imprensa especializada.

    Foram realizadas reunies com analistas e representantes de alguns dos principais bancos de investimentos do

    pas, alm de quatro apresentaes junto Associao dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado

    de Capitais APIMEC, realizadas nas sedes de Porto Alegre/RS, Braslia/DF, Rio de Janeiro/RJ e So Paulo/SP. A cada fechamento de trimestre, foi realizada uma teleconferncia para apresentao e discusso dos resultados

    da Companhia e de suas subsidirias integrais.

    No perodo de junho a novembro, a Companhia participou do 10o processo de seleo para o ndice de

    Sustentabilidade Empresarial ISE/2014 da BM&FBOVESPA. Apesar de no ter sido selecionada para compor a carteira terica do ndice, a Celesc conseguiu superar seu desempenho em relao aos anos anteriores em seis

    das sete dimenses, ficando dentre elas, acima da mdia da carteira em trs dimenses: Geral, Natureza do

    Produto e Social.

    No site da Celesc (www.celesc.com.br/ri) esto disponveis todos os documentos arquivados nos rgos

    reguladores (CVM e BM&FBOVESPA) bem como demais informaes financeiras, releases de resultados,

    desempenho operacional das subsidirias, histrico de dividendos, apresentaes realizadas, agenda e calendrio

    de eventos corporativos, fatos relevantes e comunicados ao mercado, alm dos relatrios de sustentabilidade no

    padro GRI6, o Balano Social da Companhia, entre outras informaes.

    11. Demonstrao do Valor Adicionado DVA

    A Demonstrao do Valor Adicionado tem por objetivo evidenciar a gerao da riqueza gerada empresa durante

    um perodo e sua distribuio. A demonstrao est estruturada em duas partes: gerao e distribuio do valor

    adicionado.

    Na gerao de valor evidencia-se o quanto a empresa agrega aos insumos adquiridos de terceiros bem como o

    valor agregado recebido em transferncia.

    A distribuio do valor adicionado evidencia a quem se destina a riqueza gerada pela empresa, evidenciando,

    deste modo, sua contribuio econmica e social.

    A Demonstrao do Valor Adicionado do Grupo evidencia gerao de valor de R$3.895,5 milhes em 2014 e

    R$2.860,0 milhes em 2013. Houve um aumento de 36,21% no valor adicionado em 2014 o que mostra a

    importncia da Celesc para a sociedade em geral.

    Consolidado

    2014 2013

    Receitas 8.514.277 6.711.386

    6 Global Reporting Initiative

  • Vendas Brutas de Produtos e Servios 8.172.645 6.424.448

    Receita com a Construo de Ativos 346.924 303.456

    Perda Estimada em Crdito de Liquidao Duvidosa (5.292) (16.518)

    Insumos Adquiridos de Terceiros (4.680.309) (3.868.360)

    Custo das Mercadorias e Servios Pblicos Vendidos (4.411.804) (3.301.417)

    Materiais, Energia, Servios de Terceiros e Outros Operacionais (281.418) (334.678)

    Gastos com a Construo de Ativos (346.924) (303.456)

    Perdas/Recuperao de Valores de Ativos 359.837 71.191

    Valor Adicionado Bruto 3.833.968 2.843.026

    Depreciao, Amortizao e Exausto (218.183) (209.155)

    Valor Adicionado Lquido Produzido pela Entidade 3.615.785 2.633.871

    Valor Adicionado Recebido em Transferncia 279.732 226.163

    Resultado de Equivalncia Patrimonial 38.517 24.939

    Receitas Financeiras 241.215 201.224

    Valor Adicionado Total a Distribuir 3.895.517 2.860.034

    Distribuio do Valor Adicionado

    Pessoal (568.314) (565.958)

    Impostos, Taxas e Contribuies (2.608.271) (1.967.367)

    Financiadores - -

    Remunerao de Capitais de Terceiros (205.877) (127.835)

    Juros e Variaes Cambiais (191.734) (114.657)

    Aluguis (14.143) (13.178)

    Remunerao de Capitais Prprios (513.055) (198.874)

    Juros sobre Capital Prprio e Dividendos (121.851) (50.211)

    Lucro/Prejuzo Retido do Exerccio (391.204) (148.663)

    Valor Adicionado Distribudo (3.895.517) (2.860.034)

    12. Governana Corporativa

    O trabalho realizado ao longo do ano trouxe importantes conquistas, com destaque para os desdobramentos do

    Plano Diretor Celesc 2030, que orienta o desenvolvimento das empresas do Grupo pelos prximos 15 anos, por meio do Programa Eficincia Mxima, plano estratgico com o detalhamento de aes e metas.

    Esses instrumentos, assim como o Contrato de Gesto de Resultados, que regula a relao entre o Conselho de

    Administrao e a Diretoria Executiva, direcionam a linha estratgica da Celesc para a agregao de valor,

    atendimento s demandas do ambiente e desempenho eficiente, conforme as diretrizes dos acionistas.

    Os resultados so monitorados em um sistema que permite o acompanhamento dirio dos gestores e peridico

    por todo o quadro de pessoal.

    Em junho de 2014, a Celesc completou doze anos de Nvel 2 de Governana Corporativa GC da Bolsa de Valores de So Paulo. Em 2012, a Celesc recebeu o Prmio tica nos Negcios, categoria de Comunicao e

  • Transparncia. Outro reconhecimento relevante foi sua incluso no Cadastro Empresa Pr-tica, iniciativa da

    Controladoria Geral da Unio e do Instituto Ethos para divulgar as empresas engajadas na construo de um

    ambiente de integridade e confiana nas relaes comerciais.

    A Celesc possui polticas consolidadas para as seguintes reas: Divulgao de Informaes e de Negociao de

    Aes; Gesto Estratgica de Riscos e Controles Internos; Relacionamento com Fornecedores; Responsabilidade

    Social e Comunicao Corporativa. Esse contedo est acessvel para todos os interessados no portal:

    http://www.celesc.com.br/ri/

    Dentre todas as aes realizadas a partir da adeso ao nvel diferenciado de GC, destacam-se:

    tag along de 100%, enquanto a exigncia de 80%, isto , na alienao do controle acionrio, os acionistas minoritrios tm direito de vender sua participao por valor idntico ao do acionista controlador;

    melhoria na prestao das informaes trimestrais e anuais, como ITR, DFP, Relatrio de Referncia, Release e Fact Sheet;

    divulgao de calendrio anual de eventos corporativos; circulao de 75,5% das aes no mercado, enquanto a exigncia de 25%; aprovao do novo estatuto em 2013, dando sinergia entre as empresas do grupo. E o mais importante, o compromisso estatutrio da criao do Plano Diretor;

    distino entre Presidente do Conselho de Administrao e Presidente da Empresa; uso da Cmara de Arbitragem do Mercado para solucionar problemas entre acionistas e empresa ou ento entre acionistas controladores e minoritrios.

    13. Estrutura de Governana

    13.1. Conselho de Administrao

    O Conselho de Administrao o primeiro nvel da escala administrativa. Formado por treze integrantes, sendo

    trs independentes e um eleito pelos empregados, que tem a misso de cuidar e valorizar o patrimnio bem como

    maximizar o retorno dos investimentos realizados.

    Em outubro de 2014, o ento conselheiro Marcelo Gasparino da Silva, representante independente do Acionista

    Majoritrio, renunciou ao cargo, ficando sua vaga em aberto at janeiro de 2015. A composio do Conselho em

    31 de dezembro de 2014 est no quadro adiante.

    Pedro Bittencourt Neto (Presidente) Representante do Majoritrio Independente

    Antnio Marcos Gavazzoni Representante do Majoritrio

    Cleverson Siewert Representante do Majoritrio

    Derly Massaud de Anunciao Representante do Majoritrio

    Milton de Queiroz Garcia Representante do Majoritrio

    Andriei Jos Beber Representante do Majoritrio Independente

  • Representao em aberto Representante do Majoritrio Independente

    Carlos Roberto Innig Representante dos Minoritrios

    Jorge Luiz Pacheco Representante dos Minoritrios

    Rafael Zanon Guerra de Arajo Representante dos Minoritrios

    Roosevelt Rui dos Santos Representante dos Minoritrios

    Wilfredo Joo Vicente Gomes Representante dos Preferencialistas

    Jair Maurino Fonseca Representante dos Empregados

    Fonte: SEGC

    13.2. Conselho Fiscal

    Tem como sua principal funo analisar as Demonstraes Financeiras, bem como discutir tais resultados com os

    Auditores Independentes. Em 2014, em substituio ao conselheiro Carlos Antonio Vergara Cammas assumiu o

    seu suplente, Alosio Macrio Ferreira de Souza.

    Paulo da Paixo Borges de Andrade (Presidente) Representante do Acionista Majoritrio

    Antonio Ceron Representante do Acionista Majoritrio

    Luiz Hilton Temp Representante do Acionista Majoritrio

    Alosio Macrio Ferreira de Souza

    Representante dos Preferencialistas

    Telma Suzana Mezia Representante dos Minoritrios Ordinaristas

    Fonte: SEGC

    13.3. Diretoria Executiva

    A Diretoria Executiva formada por oito diretores, indicados e aprovados pelo Conselho de Administrao. A

    reviso do Estatuto Social permitiu estruturar a Holding, que passou a concentrar a presidncia das subsidirias

    integrais e as atividades funcionais, como processos administrativos e financeiros. Em 31 de dezembro de 2014,

    a Diretoria Executiva estava assim formada:

    Cleverson Siewert Diretor Presidente

    Andr Luiz Bazzo Diretor de Gesto Corporativa

    Antnio Jos Linhares Diretor de Assuntos Regulatrios e Jurdicos

    Eduardo Cesconeto de Souza Diretor Comercial

    nio Andrade Branco Diretor de Gerao, Transmisso e Novos Negcios

  • James Alberto Giacomazzi Diretor de Distribuio

    Jos Carlos Oneda Diretor de Finanas e Relaes com Investidores

    Rubens Jos Della Volpe Diretor de Planejamento e Controle Interno

    Fonte: SEGC

    14. Balano Social

  • 1 - BASE DE CLCULO 2014 Valor (mil reais) 2013 Valor (mil reais)

    - Receita Lquida (RL) 6.246.243 4.872.377

    - Resultado Operacional (RO) 787.005 145.027

    - Folha de Pagamento Bruta (FPB) 549.749 528.754

    2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS Valor (mil reais) % sobre FPB % sobre RL Valor (mil reais) % sobre FPB % sobre RL

    - Alimentao 28.147 5,12 0,45 22.400 4,24 0,46

    - Encargos Sociais Compulsrios 97.942 17,82 1,57 90.387 17,09 1,86

    - Previdncia Privada 24.461 4,45 0,39 22.737 4,30 0,47

    - Sade 38.694 7,04 0,62 32.198 6,09 0,66

    - Segurana e sade no trabalho 2.578 0,47 0,04 2.648 0,50 0,05

    - Educao 494 0,09 0,01 473 0,09 0,01

    - Cultura - - - - - -

    - Capacitao e Desenv. Profissional 1.585 0,29 0,03 1.310 0,25 0,03

    - Creches ou Auxlio-creche 1.239 0,23 0,02 1.129 0,21 0,02

    - Participao nos Lucros ou Resultados 32.690 5,95 0,52 12.009 2,27 0,25

    - Outros 39.851 7,25 0,64 66.265 12,53 1,36

    Total - Indicadores Sociais Internos 267.681 48,71 4,29 251.556 47,58 5,16

    3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS Valor (mil reais) % sobre RO % sobre RL Valor(mil reais) % sobre RO % sobre RL

    - Educao 2.664 0,34 0,04 1.922 1,33 0,04

    - Cultura 13.016 1,65 0,21 22.485 15,50 0,46

    - Sade e Saneamento 450 0,06 0,01 199 0,14 -

    - Esporte 15.000 1,91 0,24 31.826 21,94 0,65

    - Combate Fome e Segurana Alimentar 190.500 24,21 3,05 236.649 163,18 4,86

    - Outros 1.245 0,16 0,02 1.070 0,74 0,02

    Total das Contribuies p/ a Sociedade 222.875 28,32 3,57 294.151 202,82 6,04 - Tributos (excludos os encargos sociais) 2.456.308 312,11 39,32 1.796.570 1.238,78 36,87

    Total - Indicadores Sociais Externos 2.679.183 340,43 42,89 2.090.721 1.441,61 42,91

    4 - INDICADORES AMBIENTAIS Valor (mil reais) % sobre RO % sobre RL Valor (mil reais) % sobre RO % sobre RL

    - Investimentos Relac.c/ a Produo/Operao da Empresa 5.364 0,68 0,09 7.895 5,44 0,16

    - Investimentos em Programas e/ou Projetos Externos 213.083 27,08 3,41 211.063 145,53 4,33

    Total dos Investimentos em Meio Ambiente 218.447 27,76 3,50 218.958 150,98 4,49

    - Quanto ao estabelecimento de "metas anuais" para (X) no possui metas ( ) cumpre de 51 a 75 % (X) no possui metas ( ) cumpre de 51 a 75 %

    minimizar resduos, o consumo em geral na produo/

    operao e aumentar a eficcia na utilizao de ( ) cumpre de 0 a 50 % ( ) cumpre de 76 a 100 % ( ) cumpre de 0 a 50 % ( ) cumpre de 76 a 100 %

    recursos naturais, a empresa:

    5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL 2014 2013

    - N de empregados(as) ao final do perodo 3.287 3.030

    - N de admisses durante o perodo 352

    201

    - N de empregados(as) terceirizados 2.093

    2.861

    - N de estagirios(as) 255

    276

    - N de empregados(as) acima de 45 anos 1.761

    1.574

    - N de mulheres que trabalham na empresa 587

    473

    - % de cargos de chefia ocupados por mulheres 23,07

    24,50

    - N de negros(as) que trabalham na empresa 49

    97

    - % de cargos de chefia ocupados por negros(as) 1,02

    1,50

    - N de pessoas com deficincia ou neces. especiais 15 32

    6 - INFORMAES RELEVANTES QUANTO AO 2014 Metas 2015

    EXERCCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL

    - Relao entre a maior e a menor remunerao na Empresa 27,10 16,91

    - Nmero total de acidentes de trabalho 80 -

    - Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela [ ] direo [X] direo [ ] todos os [ ] direo [X] direo [ ] todos os

    empresa foram definidos por:

    e gerncias empregados

    e gerncias empregados

    - Os padres de segurana e salubridade no ambiente [ ] direo [ ] todos os [X] todos + [ ] direo [ ] todos os [X] todos+

    de trabalho foram definidos por: e gerncias empregados Cipa e gerncias empregados Cipa

    - Quanto liberdade sindical, ao direito de negociao coleti- [ ] no se [ ] segue as [X] incentiva [ ] no se [ ] seguir [X] incentiva

    e representao interna dos(as) trabalhadores (as), a empresa: envolve normas da OIT e segue a OIT envolve as normas da OIT e seguir a OIT

    - A previdncia privada contempla: [ ] direo [ ] direo [X] todos os [ ] direo [ ] direo [X] todos os

    e gerncias empregados

    e gerncias empregados

    - A participao nos lucros ou resultados contempla: [ ] direo [ ] direo [X] todos os [ ] direo [ ] direo [X] todos os

    e gerncias empregados

    e gerncias empregados

    - Na seleo dos fornecedores, os mesmos padres ticos e de [ ] no so [X] so [ ] so [ ] no sero [X] sero [ ] so

    responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa: considerados sugeridos exigidos considerados sugeridos exigidos

    - Quanto participao de empregados(as) em programas de

    trabalho voluntrio, a empresa:

    [ ] no se

    envolve [ ] apoia

    [X] organiza e

    incentiva

    [ ] no se

    envolve [ ] apoiar

    [x] organizar e

    incentivar

    - Nmero total de reclamaes e crticas de na Empresa no Procon na Justia na Empresa no Procon na Justia

    consumidores(as): 911.801 151 2.146 40 0 1200

    - % de reclamaes e crticas solucionadas: na Empresa no Procon na Justia na Empresa no Procon na Justia

    99,99% 0,01% 0% % 0% 0%

    - Valor Adicionado total a distribuir (em mil R$): Em 2014: 3.895.517 Em 2013: 2.860.034

    - Distribuio do Valor Adicionado (DVA): 66,96% governo 14,59% colaboradores 68,79% governo 19,79% colaboradores

    5,28% terceiros 10,04% retido 3,13% acionistas 4,46% terceiros 5,20% retido 1,76% acionistas

    7 - OUTRAS INFORMAES

    CNPJ: 83.878.892/0001-55 UF: SC Coordenao: Viviani Bleyer Remor - Fone: (48) 3231-5520

    E-mail: [email protected]

    Setor Econmico: Holding de Capital Aberto Contador: Jos Braulino Sthelin - Fone: (48) 3231-6030

    E-mail: [email protected]

    CRC/ SC: 18.996/O-8

    "ESTA EMPRESA NO UTILIZA MO-DE-OBRA INFANTIL OU TRABALHO ESCRAVO, NO TEM ENVOLVIMENTO COM PROSTITUIO

    OU EXPLORAO SEXUAL DE CRIANA OU ADOLESCENTE E NO EST ENVOLVIDA COM CORRUPO"

    "NOSSA EMPRESA VALORIZA E RESPEITA A DIVERSIDADE INTERNA E EXTERNAMENTE"

  • 15. Auditores Independentes

    Conforme disposies contidas na Instruo CVM no 381, de 14 de janeiro de 2003, e ratificadas pelo Ofcio

    Circular CVM/SEP/SNC no 02, de 20 de maro de 2003, a Celesc informa que o Auditor Independente no

    prestou qualquer tipo de servio alm daqueles estritamente relacionados atividade de auditoria externa.

    16. Agradecimentos

    Registramos nossos agradecimentos aos membros da Administrao e do Conselho Fiscal pelo apoio prestado no

    debate e encaminhamento das questes de maior interesse. Nossos reconhecimentos dedicao e empenho do

    quadro funcional, extensivamente a todos os demais que, direta ou indiretamente, contriburam para o

    cumprimento da misso da Celesc.

    Florianpolis, 27 de maro de 2015.

    A Administrao

  • DEMONSTRAES FINANCEIRAS

    CENTRAIS ELTRICAS DE SANTA CATARINA S.A.

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    BALANOS PATRIMONIAIS

    Em 31 de dezembro de 2014 e 2013

    (valores expressos em milhares de reais)

    Controladora Consolidado

    Ativo 2014 2013 2014 2013

    Circulante

    Caixa e Equivalentes de Caixa (Nota 7) 16.916 30.006 449.789 664.506

    Contas a Receber de Clientes (Nota 9) - - 1.016.683 788.205

    Estoques - - 8.710 11.958

    Tributos a Recuperar ou Compensar (Nota 13) 4.102 6.976 53.876 98.957

    Dividendos a Receber (Nota 10) 129.451 42.941 14.212 2.771

    Ativo Indenizatrio concesso (Nota 12) - - 2.890.451 -

    Outras Contas a Receber (Nota 10) 19 2.038 763.772 107.673

    150.488 81.961 5.197.493 1.674.070

    No Circulante

    Ttulos e Valores Mobilirios (Nota 8) 137.478 121.443 137.478 121.443

    Contas a Receber de Clientes (Nota 9) - - 6.398 7.170

    Outros Crditos com Partes Relacionadas (Nota 14) 4.262 15.191 4.262 15.191

    Tributos Diferidos (Nota 18) - - 130.068 316.517

    Tributos a Recuperar ou Compensar (Nota 13) - - 18.732 10.418

    Depsitos Judiciais (Nota 24) 16.640 8.781 144.685 143.761

    Ativo Indenizatrio Concesso (Nota 12) - - - 2.682.713

    Outras Contas a Receber - - 2.003 2.960

    Investimentos em Controladas e Coligadas (Nota 15) 2.160.922 1.964.198 195.621 181.471

    Intangvel (Nota 17) 7.960 8.463 102.037 250.920

    Imobilizado (Nota 16) 56 61 232.350 221.129

    2.327.318 2.118.137 973.634 3.953.693

    Total do Ativo 2.477.806 2.200.098 6.171.127 5.627.763

    As Notas Explicativas so parte integrante das Demonstraes Financeiras

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    BALANOS PATRIMONIAIS Em 31 de dezembro de 2014 e 2013

    (valores expressos em milhares de reais)

    Controladora Consolidado

    Passivo 2014 2013 2014 2013

    Circulante Fornecedores (Nota 19) 1.928 1.285 689.343 557.854 Emprstimos e Financiamentos (Nota 20) - - 322.586 199.686 Debntures (Nota 21) - - 4.120 4.631 Salrios e Encargos Sociais 669 899 120.371 109.474 Tributos e Contribuies Sociais (Nota 22) 1.426 4.684 169.288 167.486 Dividendos e Juro sobre Capital Prprio a pagar 122.219 47.657 122.219 47.657 Taxas Regulamentares (Nota 23) - - 113.208 174.621 Outros Passivos de Partes Relacionadas (Nota 14) - - 15.106 14.263 Passivo Atuarial (Nota 25) - - 170.853 172.275 Outros Passivos 216 221 36.128 43.713 126.458 54.746 1.763.222 1.491.660 No Circulante Emprstimos e Financiamentos (Nota 18) - - 233.879 178.953 Debntures (Nota 21) - - 298.768 298.402 Tributos Diferidos (Nota 18) - - 15.412 13.633 Taxas Regulamentares (Nota 23) - - 185.105 112.159 Proviso para Contingncias (Nota 24) 7.890 7.890 296.517 505.805 Passivo Atuarial (Nota 25) - - 1.032.291 887.214 Outros Passivos - - 2.475 2.475 7.890 7.890 2.064.447 1.998.641 Patrimnio Lquido (Nota 26) Capital Social 1.017.700 1.017.700 1.017.700 1.017.700 Reservas de Capital 316 316 316 316 Reservas de Lucros 1.321.557 922.665 1.321.557 922.665 Ajuste de Avaliao Patrimonial (20.485) 190.313 (20.485) 190.313 Dividendos Adicionais a Distribuir 24.370 6.468 24.370 6.468 2.343.458 2.137.462 2.343.458 2.137.462 Total do Passivo 2.477.806 2.200.098 6.171.127 5.627.763

    As Notas Explicativas so parte integrante das Demonstraes Financeiras

    CENTRAIS ELTRICAS DE SANTA CATARINA S.A.

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  • DEMONSTRAES DE RESULTADOS Em 31 de dezembro de 2014 e 2013

    (valores expressos em milhares de reais)

    Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013 Receita (Nota 28.1) - - 6.246.243 4.872.377 Receita das Vendas e Servios - - 5.446.423 4.568.921 Receita de Construo CPC 17

    -

    -

    346.924

    303.456 Receita Parcela A CVA - - 452.896 -

    Custos (Nota 28.2) - - (5.225.067) (4.052.547) Custo das Vendas e Servios - - (4.878.143) (3.749.091) Custo de Construo CPC 17 - - (346.924) (303.456)

    Lucro Bruto - - 1.021.176 819.830 Despesas com Vendas (Nota 28) - - (154.191) (214.430) Despesas Gerais e Administrativas (Nota 28) (29.098) (34.360) (319.089) (346.646) Outras Receitas/Despesas, Lquidas (Nota 28) 16 - 200.592 (138.666) Resultado de Equivalncia Patrimonial (Nota 15) 524.620 191.277 38.517 24.939

    Resultado Operacional 495.538 156.917 787.005 145.027

    Receitas Financeiras (Nota 28.3) 19.737 67.369 241.215 267.469 Despesas Financeiras (Nota 28.3) (2.220) (1.548) (193.705) (116.185) Resultado Financeiro 17.517 65.821 47.510 151