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Reportagens produzidas para o Diário do Grande ABC.

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4 DIÁRIO DO GRANDE ABC Esportes Domingo, 13 de agosto de 2006

vôlei showbol

Viola dá espetáculo e paulistasvencem cariocas no Poliesportivo

Anderson Amaral

■ Os craques da seleção paulis-ta derrotaram os rivais cario-cas por 9 a 8, ontem à noite, nodesafio de showbol disputadono ginásio Poliesportivo deSão Bernardo. Com dois gols,o atacante Viola foi o destaquedo confronto. Como nos velhostempos de Corinthians e Pal-meiras, Viola driblou, recla-mou do árbitro e fez jogadasque levantaram o bom públicoque compareceu ao ginásio.

“O time paulista demons-

trou muita raça e vibração. Fe-lizmente, saímos com a vitó-ria. Mas o mais importante éque o público que compareceuao ginásio ficou satisfeito como espetáculo a que assistiu”,disse o atacante, em meio a de-zenas de crianças que pediamum autógrafo ao final do jogo.

A vitória dos paulistas, noentanto, foi suada. No primei-ro tempo, a equipe de Viola,Palhinha, Rincon e Ronaldão,entre outros, chegou a estarperdendo por 4 a 1, mas foipara o intervalo derrotada por

5 a 4 pelo time carioca, comDjair, Paulo Nunes e Gonçal-ves. Na segunda etapa, os pau-listas equilibraram a partida eigualaram o placar em 7 a 7com um gol de Viola. JoãoPaulo, ex-Guarani, fez o gol davirada para os paulistas.

Djalminha, artilheiro doprimeiro confronto entre asduas seleções, vencido pelospaulistas, fez quatro gols peloscariocas e liderou a artilhariado jogo de ontem. Pela seleçãopaulista, Paulo Sérgio tambémmarcou dois gols. ■■

Brasil sofre, mas bate Finlândiae está na fase decisiva da Liga

Ana Carolina Rodrigues

■ A Seleção Brasileira de vôleise classificou ontem pela ma-nhã para a fase final da LigaMundial depois de vencer por 3sets a 1 – parciais de 22/25,25/19, 25/19 e 25/20 – o pri-meiro confronto com a equipe

da Finlândia em partida realiza-da em Brasília. Com a vitória, otime de Bernardinho carimbouo passaporte para Rússia, ondeocorrem as partidas decisivasno fim deste mês. Hoje, nova-mente às 10h, a seleção volta aoginásio Nilson Nelson para o se-gundo embate contra os finlan-

deses. Além da partida destamanhã, o Brasil terá pela frentemais dois duelos contra Portu-gal (dias 19 e 20 deste mês) pelaprimeira fase pelo Grupo B.

Os jogadores brasileiros en-contraram ontem algumas difi-culdades no começo da partida,mas conseguiram impor seu rit-mo de jogo no segundo e tercei-ro sets, apesar dos erros de sa-que e ataque. Mas a vitória só foiassegurada depois de um tempoestratégico pedido por Bernar-dinho na metade do quarto set.Após a conversa com a equipe, oBrasil, que não conseguia abriruma boa vantagem sobre o ad-versário, marcou quatro pontosseguidos e fechou a partidanum ataque de Anderson, con-quistando assim sua nona vitó-ria em nove jogos no Mundial emantendo a invencibilidadeque já dura há mais de um ano.

Enterro – Foi sepultado na ma-nhã de ontem no cemitério SãoCaetano o corpo da ex-jogadoraNatália Manfrin, ex-São Caeta-no e que atualmente estava noOsasco. Ela e o quarto goleirodo São Paulo, Weverson Saffio-ti, morreram na madrugada desexta-feira em decorrência deum acidente de carro na rodo-via Régis Bittencourt. Outrostrês atletas que estavam no veí-culo ficaram feridos. ■■

Homenagem: mãe usou uma camisa de Natália durante funeral

Claudinei Plaza

Estrelas: Djalminha (d), dos cariocas, se livra da marcação de Ronaldão no Poliesportivo

Sérgio Alberti/Especial para o Diário

Pais e filhos se unem pelo esporteCarreira vitoriosa de Servílio de Oliveira no boxe e William, no vôlei, serve de exemplo aos rebentos

Kati Dias

T al pai, tal filho. Antiga-mente, o lema era leva-do a sério. Muitos paispreparavam os filhos

para assumir a sua profissão egarantir o sustento da família.Hoje, os rebentos têm mais li-berdade para escolher o rumoprofissional. Mas os jovens quetêm pais atletas, porém, têm fei-to o caminho inverso. Inspira-dos pelas glórias conquistadaspelos chefes de família, esco-lhem o esporte como objetivode vida.

O ex-boxeador Servílio deOliveira, coordenador de boxeda AD São Caetano, não tem doque reclamar. Dois de seus cincofilhos seguiram seus passos. Oex-pugilista conquistou a únicamedalha olímpica da modalida-de, um bronze no México, em1968. Gabriel de Oliveira seaventurou no esporte com o ob-jetivo de superar o pai. No en-tanto, deixou os treinamentosaos 21 anos, quando se formouem Educação Física. Mas nãodesistiu do esporte. Hoje estácom 32 e comanda a SeleçãoBrasileira de Boxe.

O filho mais novo de Servílio,Ivan de Oliveira, o Pitu, tambémse inspirou na trajetória do pai.Mas fez um caminho diferentede Gabriel. Realizou alguns trei-namentos, mas não subiu aosringues. “Fiz testes para jogarfutebol, mas não deu certo. Um

dia, o Gabriel me chamou paraajudá-lo na academia. Desdeentão, não parei mais”, revelouPitu, que é o treinador de Valde-mir Pereira, o Sertão.

Servílio se sente privilegiadoem ver dois de seus filhos viven-do do boxe. “Eles sempre me vi-ram envolvidos com o esporte, eera inevitável que um deles op-tasse por este caminho”, disse.Idéia que é compartilhada pelotécnico William Carvalho, ex-levantador da lendária equipeda Pirelli/ Santo André. “Foiuma opção natural”, afirmou.O ex-jogador viu a única filha,Stephany Carvalho, seguir suaprofissão. O sonho da atleta eraser levantadora como o pai, masteve de mudar de posição porcausa da estatura (1,68m). Ago-ra, se transformou em líbero.

Para Stephany, escolher o vô-lei foi uma influência natural, jáque a mãe, Ciça, também foi jo-gadora. “Sempre ia aos giná-sios. Vi meu pai jogando e de-pois como técnico. Na escola, fa-zia de tudo, mas o vôlei faloumais alto”, afirmou a atleta, quedefendeu o Brasil Telecom naúltima temporada. Coinciden-temente, o time que era treina-do por William. Mas ela garanteque nunca foi discriminada pe-las companheiras por ser filhado técnico. “Elas sempre me res-peitaram e sabiam que eu esta-va lá pelas minhas qualidadestécnicas, não pelo meu sobreno-me”, explicou. ■■

Bernardinho: uma sombra para Bruno■ O levantador Bruno MossaRezende, de 19 anos, tem ori-gem ilustre. O atleta é nadamais, nada menos, que filhode Bernardinho, técnico daSeleção Brasileira de VôleiMasculino. Desde que despon-tou como profissional, o le-vantador sempre teve de lidarcom o fato de ser filho dele.Tanto que, quando estreou noCimed/SC, chegou a dizer quea seleção estava bem longe deseus planos. “Procuro fazer omelhor pelo meu time e, parafalar a verdade, ainda nãopenso na seleção. Se um diafor chamado, tenho certezaque será por merecimento,

não por eu ser o filho do técni-co”, disse o levantador duran-te a Superliga Masculina.

Mas Bruno já tinha provadoque era um atleta promissor.Em 2005, foi vice-campeãomundial com a Seleção Juve-nil. Durante a Superliga, dei-xou de ser promessa e se trans-formou em realidade. Foi elei-to o melhor levantador dacompetição e o pai dele nãoteve mais desculpas para nãochamá-lo. Dias depois, foiconvocado para a seleção denovos. No dia 5 de junho, numamistoso contra a Espanha,pai e filho defenderam juntosa equipe verde-amarela pela

primeira vez. Após a partida,vencida pelo Brasil por 3 sets a0, o treinador confessou queteve um sentimento diferentequando viu Bruno pronto paraentrar em quadra. “No iníciosenti um pouco a emoção depai. Mas depois que começouo jogo, passei a pensar apenascomo técnico. O que me cha-mou a atenção nele foi a matu-ridade para alguém tão jovem.Fiquei satisfeito e aliviado porele ter lidado bem com a pres-são”, disse o comandante.

A performance impressio-nou tanto o pai, que Bruno foinovamente chamado, destavez, para a equipe principal

que disputa a Liga Mundial.Apesar do atleta não entrarem quadra, já que Ricardinhoé o absoluto na posição e Mar-celinho seu eterno reserva, elejá sentiu o gostinho de vestir acamisa amarelinha. A cobran-ça é inevitável, mas o levanta-dor, que também é filho da ex-musa Vera Mossa, entende ofato como parte do crescimen-to dele. “Sempre sofri cobran-ça por ser filho do Bernardi-nho, mas eu sou igual a cente-nas de jogadores e, comoqualquer um, tenho de provarque mereço uma vaga na sele-ção pela minha capacidade”,completou. — KDBruno não escapa das cobranças do exigente Bernardinho

Alexandre Arruda/Divulgação

Em família:Stephany

(acima)seguiu ospassos do

pai William (e)e defendeu

a BrasilTelecom

na últimatemporada;

Pitu (d)não lutou

boxe comoServílio (e),

mas étreinador

do pugilistaSertão na

modalidade

Fotos: Andrea Iseki

Diego Tardelli éum dos muitoscasos no futebol

Anderson Rodrigues e Divanei Guazzelli

■ A imagem de Diego Tardelli éconstantemente ligada à deEmerson Leão. Uma relação depai e filho, repetida atualmenteno São Caetano, que disputa oBrasileiro. Mas não há compati-bilidade sanguínea, apesar daforte amizade em campo. O ata-cante, no entanto, teve em casao empurrão para iniciar no fute-bol. “A influência veio cedo,com meu pai (Tadeu Martins),que foi jogador e hoje é técnico(treinou Avaí, Londrina, entreoutras equipes). Me ensinou osprimeiros passos com a bola”,contou o jogador.

Tardelli sempre conviveu noambiente dos boleiros. Com aajuda do pai, apareceu no Bar-barense. Chamou a atenção doSão Paulo, que adquiriu seus di-reitos federativos.

Herdeiros da bola – A saga fa-miliar no futebol já marcou acarreira de jogadores comoPelé, pai do ex-goleiro Edinho;do ex-zagueiro Djalma Dias, paido meia Djalminha e, mais re-centemente, do ex-lateral Wla-dimir, pai do também lateralGabriel. ■■

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Hugo ganhou sua nonamedalha de ouro e o Brasilatingiu a marca inédita de30 medalhas num Pan

Thales Stadler

Janeth não levouo ouro, masganhou oreconhecimentoaté mesmo dasnorte-americanas

Thales Stadler

Anderson Rodrigues

Kati Dias

Enviados ao Rio

L ágrimas de ale-gria, de triste-

za e de despedi-da se misturaram ontem noRio. Dois atletas do GrandeABC emocionaram o País pe-la primeira vez nestes JogosPan-Americanos no Rio. Hu-go Hoyama, de São Bernar-do, e Janeth Arcain, de San-to André, foram as estrelasbrasileiras do dia.

O mesa-tenista comemo-rou dois recordes, com umouro, enquanto a jogadorade basquete abandonou asquadras com uma de prata.

O dia 24 de julho ficarámarcado na história do es-porte brasileiro. Hugo levou

o País a 30 medalhasdouradas (superandoSanto Domingo-2003) e,de quebra, embolsou sua no-na na carreira, ultrapassan-do Gustavo Borges, que pa-rou na oitava.

Na disputa por equipe,contra a Argentina, ele trans-formou a monótona torcidado tênis de mesa numa gran-de festa no Riocentro. “Ti-nha certeza que o Brasil te-ria a melhor participação dahistória em casa. E vemmais!”, disse, emocionado.

Janeth se despediu do es-porte deu um show na finaldo basquete contra os Esta-dos Unidos. Cuba ficou como bronze. O ouro não veio,mas a jogadora foi aclamadapelo público e pelas compa-nheiras após a decisão. “Se

eu cho-rei ou sesorri, o im-portante éque emoçõeseu vivi”, disse ajogadora de 38anos, ao lem-brar a famosacanção de Ro-berto Carlos.Mais informações

nas páginas 2, 3

e 4

Corinthians,de Carpegiani,pega o FigueiraPágina 5

Edmundo voltaao Verdão hojecontra o VascoPágina 5

Hugo bate recordes eJaneth dá adeus no Rio

foto

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Sta

dler

Falcão dáshow e Brasilgoleia no RioPágina 2

Maurício Dueñas/France Presse

Grande ABC leva Paísàs lágrimas no Pan

QUARTA-FEIRA,25 DE JULHO DE 2007

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Janeth querdar um tempona disciplina ecurtir a vida

Após anos de árdua rotina,ex-atleta espera relaxar

Aposentadoria provocarámudanças na seleção

Kati Dias

Enviada ao Rio

O roteiro da despedidada ala Janeth Arcainda Seleção Brasileira

não saiu conforme o planeja-do. O esperado ouro nãoveio, mas não faltou emo-ção quando o cronômetrofoi zerado. Enquanto os Es-tados Unidos comemora-vam a vitória por 79 a 66nos Jogos Pan-Americanosno Rio, ontem à tarde, naArena Multiuso, as brasilei-ras se uniram em torno da jo-gadora para chorar.Guerreira, Janeth engoliu

as lágrimas e pediu às compa-nheiras que cumprimentas-sem as vencedoras de cabeçaerguida e saudassem a torcida.Era um momento de festa, ape-sar de tudo. Depois de curtir aemoção do momento, a agorajogadora aposentada decidiudar um tempo.

Após 25 anos de disciplina,Janeth quer curtir cada instan-te sem ter de suportar a co-brança rotineira da vida de umatleta de alto-rendimento.

“Quero tirar férias, colocaras pernas para o alto. Dormirtarde, comer pipoca. Coisassimples da vida, mas que umatleta nem sempre pode fa-zer”, explicou.

O próximo passo é se dedi-car de corpo e alma ao CFE(Centro de Formação Esporti-

va) Janeth Arcain, com unida-des em Santo André e Mauá.Ela não decidiu se continua co-mo técnica ou apenas como di-rigente. “Não sei se vou gostardestas novas funções, mas te-nho certeza de uma coisa: que-ro ser comentarista”, disse.

Janeth não escondeu que fi-cou chateada em ficar com aprata. “Desde que a gente seencontrou, falava para as me-ninas visualizarem o ouro. In-felizmente, não veio”.

OUTRO ADEUSO dia também foi de despe-

dida para o técnico AntônioCarlos Barbosa. Ele será super-visor das categorias inferioresda equipe verde-amarela. Pau-lo Bassul assume o time que,em setembro, disputará o Pré-Olímpico do Chile. A competi-ção vale vaga para a Olimpía-da de Pequ im (2008).

A saída de Janeth foi doloro-sa para a seleção. Além de per-der uma das principais jogado-ras, a equipe deixa de ter suareferência em quadra.

“Janeth sempre foi uma dasprincipais jogadoras da equi-pe, mas nem sempre pudemoscontar com ela. O time alcan-çou um nível que consegue di-vidir responsabilidades e seadaptará à nova realidade”,afirmou Barbosa, que aindanão vê nas atletas que ficaramuma estrela que brilhará comoJaneth, Paula ou Hortência. ▲

▼ A retirada de Janeth Ar-cain das quadras provoca-

rá grandes mudanças naSeleção Brasileira. Es-

ta é a opinião de Ma-gic Paula, que

acompanhou adecisão do ouro

contra os Esta-dos Unidos

como co-mentaris-

ta.“Quando

deixei a seleção, sabia que otrabalho seguiria com a Jane-th. Ela não teve a mesma sor-te”, explicou Paula, um dosprincipais ídolos da modalida-de ao lado de Hortência.

Paula acredita que a equipese focará na coletividade, mascrê que a liderança será dividi-da por duas atletas: a armado-ra Adrianinha e a ala Micaela.

O novo técnico da seleção,Paulo Bassul, terá dores de ca-beça para definir o time que jo-gará o Pré-Olímpico do Chile,em setembro. Além de não po-der contar com Janeth, Adria-ninha revelou que não partici-pará do torneio em razão de

problemas pessoais. KD

Títulos internacionais:Mundial (1994)Pan-Americano (1991)Sul-Americano(1989/1991/1993/1995/1999)

Nome: Janeth dos Santos ArcainPosição: alaNascimento: 11/4/1969Naturalidade: Carapicuíba (SP)Altura: 1,82mClubes em que jogou: Higienópolis (SP), BCN (SP), Cica/ Divino/Jundiaí(SP), Constecca/Sedex (SP), Leite Moça/Sorocaba (SP), Arcor/Santo An-dré (SP), Vasco da Gama (RJ), São Paulo Guaru (SP), Unimed Ourinhos(SP), Houston Comets (EUA) e Ros Casares Valência (Espanha).

Títulos em clubes:Tetracampeã WNBA Houston Comets

(1997/1998/1999/2000)Sul-Americano de Clubes - Arcor/ Santo André - 1999Tetracampeã nacional (1999/2001/2002/2004)

Principais resultados pela Seleção Brasileira:

Jogos OlímpicosSétimo lugar em Barcelona (Espanha - 1992) - 85 pontos/ 5 jogosMedalha de prata em Atlanta (EUA - 1996) - 142 pontos/ 8 jogosMedalha de bronze em Sydney (Austrália - 2000) - 164 pontos/ 8 jogosQuarto lugar em Atenas (Grécia - 2004) - 144 pontos/ 8 jogosCampeonato Mundial AdultoDécimo lugar (Malásia - 1990) - 124 pontos/ 8 jogosCampeã (Austrália - 1994) - 149 pontos/ 8 jogosQuarto lugar (Alemanha - 1998) 182 pontos/ 9 jogosSétimo lugar (China - 2002) - 143 pontos/ 9 jogosQuarto lugar (Brasil - 2006) - 119 pontos/ 9 jogos

Jogos Pan-AmericanosPrata em Indianápolis (EUA - 1987) - 12 pontos/ 5 jogosOuro em Havana (Cuba - 1991) - 87 pontos/ 6 jogosPrata no Rio (Brasil - 2007) 68 pontos/ 5 jogos

Campeonato Sul-Americano AdultoCampeã (Chile - 1989) - 55 pontos/ 5 jogosCampeã (Colômbia - 1991) - 92 pontos/ 6 jogosCampeã (Bolívia - 1993) - 102 pontos/ 4 jogosCampeã (Brasil - 1995) - 117 pontos/ 5 jogosCampeã (Brasil - 1999) - 47 pontos/ 3 jogos

Pontos na SeleçãoBrasileira Adulta:

2.348

Pontos na WNBA:

2.933

Recordista mundialem Olimpíadas:

535 pontosem quatro participações

QUARTA-FEIRA, 25 DE JULHO DE 2007 DIÁRIO DO GRANDE ABC

▼ ESPORTES 3

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Alerta do céu faz nascer um campeãoApós infarto, Maia vira nadador e se torna o brasileiro mais velho a cruzar o Canal da Mancha

Fotos: Arquivo Pessoal

Kati Dias

Uminfarto sofrido há no-ve anos foi o divisor deáguas na vida do jorna-

lista e empresário Paulo Maia,de 50 anos. Fumante invetera-do e sedentário convicto, Maiaresolveu abandonar os maushábitos após receber a segundachance dos céus. “Tinha de ti-rar a b... da cadeira e fazer algu-ma coisa. Não podia correr,nem jogar futebol porque já ti-nha operado os dois meniscos.Sobrou a natação”, disse.

Após incorporar o esporte àsua vida, Maia resolveu enca-rar outro desafio: ser o atletamais velho a cruzar o famosoCanal da Mancha, braço demar que separa a Inglaterra daFrança. Apenas 11 brasileiroshaviam completado a jornada.

E para ser o 12º a finalizar opercurso de 33 km que sepa-ram a cidade de Dover (Ingla-terra) de Calais (França), Maiaprecisaria de muita ajuda.

Ele recrutou um dos princi-pais especialistas brasileirosna prova: o bicampeão mun-dial de maratonas aquáticasIgor de Souza. O nadador an-dreense atravessou o Canalpor três vezes (uma em 1996 eem 1997 – ida e volta).

DESAFIOCARO

A conversacom Igor foi du-ra. Experiente,o nadador avi-sou que ele de-veria estar bempreparado paradesafiar o Ca-nal. Mas não eraapenas o treinamento físico,mas mental e espiritual. Emais: a travessia não seria ba-rata. Na aventura, o empresá-rio gastou mais de R$ 60 milentre treinamento, viagem etravessia.

Maia já participava do circui-to paulista de águas abertas,

organizado pela FederaçãoAquática Paulista – travessiasem rios e mares, mas Igor in-tensificou a preparação. “Masa vontade de vencer o canalera muito maior”, disse. Maiaestava tão focado no Canalque acabou conquistando o vi-ce-campeonato do circuito.

NA HORAO empresá-

rio viajou no iní-cio de setem-bro, junto como mentor Igor.As gél idaságuas do canal

– que chegou a16 ˚Cno dia da tra-

vessia de Maia – não assustouo nadador. A travessia foi nodia 22 de setembro. Maia en-trou na água às 6h40 (horáriolocal), na praia de Shakespeqa-re. O empresário não pôdeusar roupas especiais para seproteger do frio. Além da sun-ga, óculos e touca, Maia usou

um mix de lanolina e vaselinapara proteger pontos estratégi-cos, como rins e pulmões.

As primeiras quatro horas fo-ram duras. “Eu me pergunta-va: O que estou fazendo aqui?.Chegou um ponto em que eunão sentia mais o meu corpo”,disse. Mas ele entendeu que oequilíbrio mental e emocionalera o mais importante. E estefoi o propósito do treinamen-to. “Mentalizei todas as mi-nhas dores como se fosse umgrande gelo se derretendo. En-trava pelas minhas artérias emforma de energia”, disse. Maiademorou 13h49min para atra-vessar o canal. “Quando saí,olhei para o mar e, ali, de pé,chorei. O choro do vitorioso”,lembrou.

As dificuldades de atraves-sar o Canal da Mancha fica-ram para trás. Tanto que Maiaplaneja um novo desafio:“Quero contornar a Ilha de Ma-nhattan, em Nova York(EUA)”, completou. ▲

Osvaldo Ventura

▼ A carioca radicada em San-tos, Renata Agondi, foi a úni-ca vítima brasileira do Canalda Mancha no dia 23 deagosto de 1988. Tricampeãpaulista de Maratonas Aquá-ticas, a atleta seguiu com aamiga Judith Russo parauma excursão pela Europa.Além de atravessar o Canalda Mancha, o plano de Rena-ta era participar da Traves-sia do Imperador, do Transi-meno-Turim e de Capri-Ná-poles, todos na Itália.

Depois de completar estasprovas, Renata viajou até ocanal. Após nadar por maisde dez horas, Renata não su-portou o frio e a fadiga e mor-reu próximo à costa france-sa. Judith, sua acompanhan-te, foi presa por omissão desocorro. Logo depois, Judithfoi solta e o caso se transfor-mou em um longo processona Justiça francesa.

De acordo com o nadadorIgor de Souza, o caso de Re-nata serviu para modificaras regras das duas federa-ções inglesas que adminis-tram a travessia. KD

Maia, aos 50 anos, atravessou os 33km entre a Inglaterra e a França

Igor usa sua experiência hoje para ajudar nadodores de águas abertas

Andreense venceu o Canal por três vezesO nadador precisou investir alto no sonho de cruzar o Canal da Mancha: gastou cerca de R$ 60 mil para pagar passagens, hospedagem, treinamento e custos da própria travessia

Maia precisou de 13 horas para completar o desafio de vencer o Canal

‘Tinha de tirara b... dacadeira efazer algumacoisa pelaminha vida’

Morte da brasileiraRenata Agondi mudou

regras da travessia

▼ O andreense Igor de Souza éum dos maiores especialistasem águas abertas do Brasil.Após ser estrela do circuitomundial de águas abertas e fa-turar o bicampeonato de mara-tonas aquáticas, Igor assumiuuma função mais burocráticae utiliza toda a sua experiêncianos torneios e circuitos deáguas abertas da FAP (Federa-ção Aquática Paulista) e da CB-DA (Confederação Brasileirade Desportos Aquáticos).

Igor também encontra tem-po para orientar nadadoresque sonham em cruzar o Ca-nal da Mancha. Embora com-pare o desafio à escalada doMonte Everest, no Himalaia, onadador acredita que este nãotenha sido o percurso mais difí-cil de sua carreira.

A travessia teve um motivo

sentimental. Ele queria enten-der por que sua amiga RenataAgondi – uma nadadora expe-riente – morreu no canal. “Elasabia o que deveria fazer. Preci-sava entender o que tinha

acontecido, o que fazer”, disse.Antes de partir pela primei-

ra vez para a travessia do ca-nal, em 1996, Igor fez inúme-ros estudos: a temperatura eas condições do mar. “O mar

muda constantemente. Paraatravessar 1 km, o nadador, àsvezes, gasta duas horas”, expli-cou Igor, que fez o melhor tem-po do ano – 11h06min – e ga-nhou um relógio Rolex. A em-presa premia o melhor da tem-porada. “Minha marca foi pés-sima pela condição do mar,tanto que consegui baixá-la noano seguinte”, disse. Em 1997,ele foi e voltou. De Dover paraCalais, Igor nadou por 9h31.Na volta, fez em menos tem-po: 9h02. Nas maratonas aquá-ticas não existem recordes porcausa das condições do mar.

Ele voltou ao Canal váriasvezes como treinador. Alémde Paulo Maia, mais dois pupi-los atravessaram: Marcelo Lo-pes e Marta Izo, que fizeram atravessia em 2004 e em 2006,respectivamente. KD

DOMINGO, 25 DE NOVEMBRO DE 2007 DIÁRIO DO GRANDE ABC

▼ ESPORTES 7

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Kati Dias

O apelido da lutadoraÉrica Juliano, a Cam-burão, diz quase tu-

do. “Já fui muito briguenta e jáparei algumas vezes na polí-cia”, explicou a atleta de Catan-duva, que ontem disputou adecisão no torneio de boxe dosJogos Abertos, na Praia Gran-de, na categoria até 72 kg.

A boxeadora, que foi supera-da por Andréia Bandeira, deSão Bernardo, revelou que ga-nhou o apelido de um amigo.Mas garantiu que o boxe aju-dou a controlar a agressivida-de. “Agora, eu só bato nos rin-gues”, disse.

Érica, de 28 anos, começoua treinar há cinco anos e estáno segundo casamento. Ela ga-rantiu que sua agressividadenão foi o motivo do fim da pri-meira união.

Entretanto, alguns torcedo-res de Catanduva afirmaramque ela foi presa por bater emum de seus maridos. “Isso élenda. Já fui para a cadeia porbrigar, mas não com ele. Masse algum dia ele pisar na bola,eu parto para cima”, brincou.

A atleta tem dois filhos, umde 9 anos e outro de 7 anos, eafirmou que com suas crias é

muito zelosa. “Só perco a ca-beça com quem folga comigo.Já meus filhos são a minha vi-da”, afirmou.

A lutadora, no entanto, nãoteve um bom resultado na deci-são e teve de se conformarcom a prata. Terminou o due-lo sem conseguir acertar um

golpe na adversária e o con-fronto terminou em 18 a 0 pa-ra a atleta de São Bernardo.

Ao ouvir o resultado no fimdo terceiro round, Camburãose indignou. “Treinei o ano in-teiro para isto?”, disse a atleta,que aproveitou para reclamarda situação precária em que

treina em Catanduva.

TALENTOEnquanto isso, a lutadora

paraense Tayanna Taygma, re-presentante de São Bernardo,era só alegria. A atleta da cate-goria até 56 kg conquistou o bi-campeonato nos Jogos e já so-

nha com a profissionalização.“Penso em me tornar profissio-nal por causa da organizaçãoda categoria e do nível técnico.No amador, infelizmente, agente depende dos dirigentes,que não dão a mínima para oboxe feminino”, explicou aatleta de apenas 18 anos. ▲

Boxeadora que ‘bate em marido’garante a prata nos Jogos AbertosÉrica Camburão, de Catanduva, perde de Andréia Bandeira, de São Bernardo

Humberto (c) revelou que o melhor jogador do mundo da Fifa em 2004 pediu a ele que não assinasse com ninguém

▼ CLASSIFICAÇÃOSão Bernardo e SãoCaetano brigam pontoa ponto pelo título naclassificação geral. Aúltima contagem deontem apontavaempate em 190 pontos.Os três últimos dias decompetição definirão ocampeão. São Bernardotenta quebrar ahegemonia de SãoCaetano, que desde1998 – com exceção de2003 –, ficou comtodos os títulos.

▼ BADMINTONO badminton será aúltima modalidadeextra a estrear. Oesporte será disputadono ginásio Caiçara, apartir das 16h. Ascidades de Amparo,Campinas, Jaboticabal,Ribeirão Pires, Osasco,Praia Grande, Santos eSão Bernardo disputamas medalhas nascategorias simples edupla, tanto nomasculino quanto nofeminino, além dadupla mista. Amodalidade não valepara a pontuação geral,mas distribui medalhas

▼ TÊNIS DE MESAO mesa-tenista HugoHoyama, de SãoBernardo, foihomenageado ontempela Prefeitura de PraiaGrande e seu nomeserá dado ao centro deexcelência damodalidade, que serácriado na cidade.

Fotos: João Pires/Divulgação

▼ A dupla Rodrigo e Heval-do Moreira, de São Caeta-no, bateu a parceria forma-da por Lula e Adriano, deSantos, por 2 sets a 0 – par-ciais de 18/16 e 18/11 –,ontem pela manhã, e fatu-rou o ouro nos Jogos Aber-tos do Interior de PraiaGrande.

No torneio feminino,Guarulhos, com AndréaTeixeira e Carla, assegu-rou o primeiro lugar no pó-dio ao derrotar, na final,as santistas Maria Eliza eVal, por 2 sets a 1, parciaisde 18/12, 15/18 e 15/12.

O jogador de São Caeta-no, Hevaldo Moreira, sen-tiu um gostinho especialao ganhar de Lula e Adria-no, vice-campeões dos Jo-gos Pan-Americanos deWinnipeg, no Canadá, em1999.

“Já tínhamos perdido pa-ra eles na final dos Abertosdo ano passado. Foi umarevanche saudável”, con-tou o atleta que disputa ocircuito nacional de vôleide praia.

OUTRO LADOLula lamentou a derrota esalientou a qualidade dosadversários. “Eles jogarammuito bem. O título estáem boas mãos”, disse. KD

▼ Após conquistar o ouro nokatá masculino (apresentaçãosem luta), São Bernardo per-deu pontos por disputar a pro-va com dois atletas irregulares.Santos levou o caso ao ComitêDirigente, que puniu a cidade.

Com isso, o município doGrande ABC acabou em séti-mo na classificação final mas-culina e Santos foi a campeã.No entanto, São Bernardo deua volta por cima no feminino,já que ficou com o título geral.

“A gente apenas comuni-cou a organização do eventoque eles estavam competindocom atletas irregulares. Asprovidências foram tomadas”,explicou o técnico de Santos,João Cardoso.

Os caratecas Marco AurélioSá (campeão no katá indivi-

dual e por equipe) e WillianCosta (campeão por equipe)foram punidos porque, ante-riormente, teriam disputadouma competição representan-do outra cidade, segundo os di-rigentes de Santos.

A regra dos Jogos diz que ne-nhum atleta pode competir en-tre os dias 1º de maio e 31 dedezembro por outro municí-pio que não seja o que está re-presentando nos Abertos.

Na final de ontem entre oshomens, 37 cidades estive-ram na disputa. São Bernar-do foi campeão por equipe, se-guido por Suzano e Franca.Os pontos do katá fizeram fal-ta no cálculo final. José Car-los de Oliveira, técnico daequipe, não se conformoucom a decisão. KD

▼ O ala/pivô Humberto sedespediu do futsal de SãoCaetano nos Abertos, na der-rota por 1 a 0, na prorroga-ção (1 a 1 no tempo normal)diante de São José dos Cam-pos, ontem à tarde, no giná-sio Falcão. E, coincidente-mente, fez seu último jogo pe-lo time do Grande ABC no lo-cal que leva o nome de seu fu-turo companheiro.

Na próxima segunda-feira,Humberto será apresentadocomo novo reforço doMalwee/Jaraguá e jogará aolado de Falcão. A decisão do

torneio será entre São Bernar-do e São José dos Campos.

O atleta, por sinal, foi indi-cado pelo brasileiro, que jáfoi eleito o melhor do mun-do da Fifa em 2004. “Foi oFalcão que veio falar comigosobre o interesse doMalwee. Ele pediu para queeu não fechasse novo contra-to com ninguém”, afirmou oala/pivô, que passou por inú-meras mudanças em sua cur-ta carreira.

Humberto começou a car-reira no futebol de campo, noSão Paulo. Mais uma coinci-

dência com Falcão. Enquantoo astro desistiu de vez dos gra-mados após se desentendercom o técnico Emerson Leão,que na época comandava o ti-me, o agora ex-jogador deSão Caetano desistiu dos cam-pos por questões financeiras.

Há um ano, outra revira-volta na vida de Humberto.O técnico Fernando Cabralresolveu tirar o jogador dadefesa e coloca-lo no ataque.“Foi muito complicado meacostumar, mas aos poucosganhei mais movimenta-ção”, afirmou. KD

Cinara Piccolo/Divulgação

RÁPIDAS

São Caetano écampeão novôlei de praia

masculino

São Bernardo perde título nomasculino após irregularidade

Indicado por Falcão, Humbertoagora vai atuar no Jaraguá do Sul

Vice-campeã no litoral, a pugilista Érica Camburão começou na treinar há cinco anos e fez questão de salientar que não é mais agressiva

Apresentação de atleta de São Bernardo durante as disputas na Baixada

▼ CARATÊ ▼ FUTSAL

▼ NA AREIA...

SEXTA-FEIRA, 26 DE OUTUBRO DE 2007 DIÁRIO DO GRANDE ABC

▼ ESPORTES 7

Page 7: DGABC

Kati Dias

O ciclismo brasileirocorre contra o tem-po. A menos de três

meses para a abertura dosJogos Pan-Americanos doRio, em julho, a CBC (Con-federação Brasileira de Ci-clismo) ainda não definiuos atletas que representa-rão o Brasil nas modalida-des de pista, estrada, moun-tain bike e BMX (bicicross,categoria inspirada no mo-tocross, que também estaráno programa da Olimpíadade Pequim-2008). A situa-ção mais crítica está na pro-va de pista, que possui omaior número de vagas,com 18 (quatro femininas e14 masculinas).

A falta de velódromos dei-xa o técnico da seleção, oparanaense Adir Romeu, demãos atadas. “Temos ape-nas três equipamentos comnível de excelência paratreinamento, o que inviabili-za a especialização do ciclis-ta e a realização de provas.Por isso, as equipes prefe-rem focar nas provas de es-trada”, explicou o treina-dor. Os três velódromos ci-tados por Romeu ficam em

Curitiba(Paraná),Caieiras eAmericana(São Paulo). AUSP (Universidadede São Paulo) tambémpossui o seu, que está de-sativado há uma década.

A solução encontrada pe-lo treinador foi fazer umalista e convocar 25 atletaspara treinamento. Algunsjá estão em Curitiba, outrosestão em ação na Volta Ci-clística do Estado de SãoPaulo, que termina hoje. Es-tes ciclistas terão de se apre-sentar após o feriado de 1ºde maio para o início dostreinamentos, que visará,além dos Jogos, no Rio, oPan-Americano de Ciclis-mo, na Venezuela, entre osdias 23 e 27 de maio. O tem-po é curto, mas Romeu crêque será suficiente para for-mar a equipe e iniciar a pre-paração específica.

O técnico do Cesc/ SãoCaetano, o argentino Eduar-do Triguini, não está tão oti-mista quanto o treinador daseleção e se mostrou preo-cupado com o escasso tem-po de treinamento. “A faltade competições específicas

faz comque o Brasildê um tiro no es-curo nesta modalida-de. Não dá para saber co-mo será o desempenho dosbrasileiros na prova”, disseo argentino, ao lembrar queos países adversários já es-tão com os grupos em trei-namento há mais de umano.

Nesta lista, o único quepraticamente tem lugar ga-rantido na seleção brasilei-ra é o paulista Luciano Pa-gliarini. Atualmente, o atle-ta defende a Saunier DuvalProdi, da Espanha. Fatoque o coloca na frente dosdemais ciclistas brasileiros.

Velocista por vocação, ociclista Francisco Chamor-ro, da Cesc/ São Caetanonem poderá pleitear umadas vagas. Argentino de nas-

cimento,mas brasileirode coração, o atletatentou se naturalizar parabrigar por uma das vagas.Porém, a documentaçãonão saiu à tempo. Além deficar de fora da lista dos pré-convocados, Chamorro nãopôde disputar a Volta deSão Paulo.

Já a situação do técnicoMauro Ribeiro, responsávelpela equipe da categoria es-trada, é mais confortável. Amodalidade possui 11 vagas(cinco femininas e seis mas-culinas). Desde o começo de2007, o treinador, que tam-

bém é super-visor da equipeFlying Horse/ Caloi/ São Ber-nardo, tem avaliado os ciclis-tas nas principais provas dis-putadas no Brasil, como aVolta do Rio de Janeiro e aVolta de São Paulo. Ambassão acompanhadas de pertopor fiscais da UCI (União Ci-clística Internacional). Pelomenos um ciclista que estana Volta paulista tem um péna seleção: Pedro Nicácio, de

São José dos Campos, queé especialista no Km contra oRelógio.

Apesar da definição tar-dia da seleção, Mauro Ribei-ro acredita que os brasilei-ros darão conta do recado.“Temos bons profissionais.Cada um sabe o que faz ena seleção eles apenas se-rão lapidados”, disse.▲

Edmilson Magalhães 19/4/07

Atletas do Grande ABC brigam por vaga

▼ GRANDE ABC NO PAN

Seleção quedefenderá o Brasil no Rioainda não está pronta

Ciclismolutacontrao tempo

André Henriques 22/4/07

▼ Mac Donald Fernandes, doCesc/ São Caetano, carregaconsigo o lema dos ciclistasque disputam provas de longadistância: “A estrada é que fazo vencedor”. Porém, o atletaaposta na pista para fazer suaestréia nos Jogos Pan-America-nos do Rio, em julho. Para tan-to, Fernandes, um dos 25 pré-convocados pelo técnico AdirRomeu, deixou a família emSanto André e mudou-se paraCaieiras para intensificar sua

preparação para o evento.A especialidade dele é a pro-

va de madison, na qual dois ci-clistas, de cada equipe, se en-frentam na pista alternada-mente. “Esta é a prova mais pe-rigosa do ciclismo, porque, emalta velocidade, o atleta temde tocar no selim (parte detrás da bicicleta) do compa-nheiro para continuar na pro-va”, explicou Fernandes, queaproveitou para explicar a ori-gem do seu nome. O ciclista

deixou claro que seus pais nãoeram fanáticos pela rede norte-americana de fast-food. “Meupai sempre gostou muito deler e meu nome foi inspiradoem um escritor escocês chama-do Peter Mac Donald. Na reali-dade, não é um nome, mas umsobrenome”, complementou ociclista.

Outro atleta da região queestá na disputa por um lugarno Pan é Roberson Figueiredo,da Flying Horse/Caloi/São

Bernardo. Velocista nato, o ci-clista foi poupado da Volta Ci-clística Estado de São Paulo pa-ra se dedicar totalmente aostreinamentos, no Velódromode Curitiba (PR).

FIM DA LINHA

A chegada da Volta Ciclísti-ca do Estado de São Paulo seráhoje, a partir das 10h30, emfrente à Raia Olímpica daUSP. KDMac Donald, de S.Caetano, troca a estrada pela pista para ir ao Pan do Rio

DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2007 DIÁRIO DO GRANDE ABC

▼ ESPORTES 3