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103
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano Serviço Social Autônomo PARANACIDADE
Plano Diretor
Municipal: MUNICÍPIO DE
RONCADOR volume I
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano Serviço Social Autônomo PARANACIDADE
104
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Nº 002/2010 REF. TOMADA DE PREÇOS Nº 01/2010
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CARLOS ALBERTO RICHA Governador MUNICÍPIO DE RONCADOR Prefeito AGUINALDO LUIS CHICHETTI MARÍLIA PEROTA
PPllaannoo DDiirreettoorr
MMuunniicciippaall:: MMUUNNIICCÍÍPPIIOO DDEE
RROONNCCAADDOORR
vvoolluummee II
105
CONSULTORIA CONTRATADA JCASTRO & PERTSCHI ARQUITETURA E URBANISMO LTDA. COORDENAÇÃO GERAL Susanne C. Pertschi Arquiteta e Urbanista CREA/Nº47.408/D – PR - CAU A82535-2 COORDENAÇÃO FÍSICO TERRITORIAL Mônica Janke de Castro Arquiteta e Urbanista, CREA/Nº 34.116/D – PR - CAU A27114-4 EQUIPE DA CONSULTORIA Adilson Luiz Borges Engenheiro Cartógrafo CREA/Nº16.667/D – PR Brasilio Vicente de Castro Neto Advogado OAB/Nº 38688-PR Karlo Josip Pertschi Economista E Contador
106
SUMÁRIO - VOLUME I
LISTA DE TABELAS ..................................................................................................................... vi
LISTA DE FIGURAS .....................................................................................................................vii
LISTA DE MAPAS ....................................................................................................................... viii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ............................................................................................ix
APRESENTAÇÃO PLANO DE TRABALHO ........................................................................................... 01
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 04
1.1. ASPECTOS GERAIS............................................................................................................... 04
1.2. PLANO DE TRABALHO .......................................................................................................... 07
1.3. FASES DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL ............................................................................... 07
1.3.1. 1ª Fase ....................................................................................................................... 07
1.3.2. 2ª Fase ....................................................................................................................... 07
1.3.3. 3ª Fase ....................................................................................................................... 07
1.3.4. 4ª Fase ....................................................................................................................... 08
1.3.5. 5ª Fase ............................. ......................................................................................... 08
2. DETALHAMENTO DAS FASES DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL ................................................ 08
2.1. FASE 1 – PLANO DE TRABALHO E METODOLOGIA ............................................................... 08
2.2. FASE 2 - ANÁLISE TEMÁTICA INTEGRADA ........................................................................... 09
2.3. FASE 3 - DEFINIÇÃO DE DIRETRIZES E PROPOSIÇÕES .......................................................... 11
2.4. FASE 4 – PROPOSIÇÃO DA LEGISLAÇÃO BÁSICA (MINUTAS DE ANTEPROJETOS DE LEI) .... 13
2.5. FASE 5 – PLANO DE AÇÃO E INVESTIMENTOS (PAI) ............................................................. 15
2.6. Entrega do Material Final à Prefeitura Municipal e à SEDU/Paranacidade ........................ 16
3. METODOLOGIA ........................................................................................................................... 17
3.1. PESQUISA ............................................................................................................................. 17
3.2. DIAGNÓSTICO ....................................................................................................................... 22
3.3. PROGNÓSTICO E PROPOSIÇÕES ........................................................................................... 23
3.4. CAPACITAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA MUNICIPAL E DA COMISSÃO DE
ACOMPANHAMENTO ........................................................................................................... 24
3.5. AUDIÊNCIA PÚBLICA E CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA CIDADE ........................................... 25
4. EQUIPE TÉCNICA, COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO, CONSULTORIA E FISCALIZAÇÃO
E SUPERVISÃO ................................................................................................................................... 30
5. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ................................................................................................... 36
107
APRESENTAÇÃO ANÁLISE TEMÁTICA – FASE 2 ......................................................................................
6 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO .............................................................................................. 37
6.1 ANTECEDENTES HISTÓRICOS .................................................................................................. 37
6.2 ASPECTOS REGIONAIS ............................................................................................................ 38
6.3 O MUNICÍPIO .......................................................................................................................... 45
6.4 DISTRITO DE ALTO SÃO JOÃO ................................................................................................. 53
6.5 ASSENTAMENTOS ................................................................................................................... 55
6.6 VILA RURAL ............................................................................................................................. 55
7 ASPECTOS AMBIENTAIS ...................................................................................................... 57
7.1 MEIO FÍSICO ................................................................................................................................. 57
7.1.1 Clima e Ventos ............................................................................................................ 57
7.1.2 Hidrografia .................................................................................................................. 57
7.1.3 Solo e Subsolo ............................................................................................................. 61
7.1.4 Pedologia ..................................................................................................................... 62
7.1.5 Hipsometria ................................................................................................................. 64
7.1.6 Declividades ................................................................................................................ 65
7.1.7 Exposição de Vertentes ............................................................................................... 66
7.2 MEIO BIOLÓGICO ......................................................................................................................... 71
7.2.1 Flora ............................................................................................................................ 71
8 DEFESA CIVIL ...................................................................................................................... 75
9 ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS ......................................................................................... 75
9.1 ASPECTOS ECONÔMICOS ............................................................................................................ 76
9.1.1 Atividades Econômicas ............................................................................................... 76
9.1.2 Atividades Turísticas ................................................................................................... 82
9.1.3 Emprego e Renda ........................................................................................................ 86
9.2 POPULAÇÃO E EVOLUÇÃO DA OCUPAÇÃO .................................................................................. 87
9.2.1 Uso e Ocupação do Solo ............................................................................................. 87
9.2.2 População .................................................................................................................... 92
9.3 DENSIDADE DEMOGRÁFICA ......................................................................................................... 94
10 ASPECTOS SÓCIO-ESPACIAIS ........................................................................................................ 98
10.1 PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO ........................................................................................ 98
10.2 CÁLCULO DA ÁREA DE EXPANSÃO URBANA ............................................................... 99
10.3 HABITAÇÃO ............................................................................................................... 100
108
11 ASPECTOS DE INFRA-ESTRUTURA E SERVIÇOS PÚBLICOS ........................................................ 103
11.1 SISTEMA VIÁRIO ........................................................................................................ 104
11.2 TRANSPORTE ESCOLAR, INTERMUNICIPAL E DE CARGA .......................................... 109
11.3 SANEAMENTO ........................................................................................................... 115
11.3.1 Drenagem Urbana ..................................................................................................... 115
11.3.2 Abastecimento de Água ............................................................................................ 115
11.3.3 Esgotamento Sanitário .............................................................................................. 116
11.3.4 Resíduos Sólidos ........................................................................................................ 116
11.4 ENERGIA ELÉTRICA E ILUMINAÇÃO PÚBLICA ........................................................... 121
11.5 COMUNICAÇÕES ....................................................................................................... 123
11.5.1 Telefonia ................................................................................................................... 123
11.5.2 Correios ..................................................................................................................... 123
11.5.3 Imprensa ................................................................................................................... 123
11.6 EQUIPAMENTOS SOCIAIS E COMUNITÁRIOS............................................................ 125
11.6.1 Escolas e Centros de Educação Infantil ..................................................................... 125
11.6.2 Saúde e Assistência Social ......................................................................................... 131
11.6.3 Cultura, Esporte e Lazer ............................................................................................ 143
11.6.4 Equipamentos e Serviços institucionais .................................................................... 144
12 MAPA SÍNTESE .................................................................................................................. 147
13 CARTA DE APTIDÕES ..........................................................................................................148
14 ASPECTOS INSTITUCIONAIS ................................................................................................ 153
14.1 UNIDADES ADMINISTRATIVAS .................................................................................. 153
14.2 ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO VIGENTE ........................................................................... 154
14.2.1 Lei Orgânica ............................................................................................................... 154
14.2.2 Zoneamento de Uso de Ocupação do Solo Urbano da Sede ................................... 155
14.2.3 Lei do Sistema Viário ................................................................................................. 158
14.2.4 Código Tributário do Município ............................................................................... 158
14.2.5 Lei do Perímetro Urbano .......................................................................................... 158
14.2.6 Lei do Código de Posturas ......................................................................................... 158
14.2.7 Lei do Parcelamento ................................................................................................. 159
14.2.8 Lei do Meio Ambiente e Lei da Arborização Pública ................................................ 159
14.2.9 Sistemas de Informações Municipais ....................................................................... 160
15 ESTADO ATUAL DE ARRECADAÇÃO DO MUNICÍPIO E CAPACIDADE DE INVESTIMENTO ........162
109
15.1 CAPACIDADE DE INVESTIMENTO .............................................................................. 162
16 PARTICIPAÇÃO POPULAR ................................................................................................... 167
17 CONDICIONANTES, DEFICIÊNCIAS E POTENCIALIDADES ...................................................... 174
18 DIRETRIZES E PROPOSIÇÕES...............................................................................................177
18.1 DIRETRIZES PARA O ESTABELECIMENTO DE UMA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO
URBANO E RURAL ............................................................................................................................. 178
18.2 DIRETRIZES PARA O ESTABELECIMENTO DE UMA SISTEMÁTICA PERMANENTE E
PARTICIPATIVA E PLANEJAMENTO E GESTÃO MUNICIPAL .............................................................. 179
18.2.1. Readequação da Estrutura Administrativa e Fortalecimento Institucional ............. 180
18.2.2. Organização do Sistema de Informações do Município para o Planejamento e
Gestão Pública Municipal.......................................................................................... 182
18.2.3. Conselho de Desenvolvimento Municipal ................................................................ 185
18.2.4. Participação popular ................................................................................................ 186
18.2.5. Construção de Indicadores de Monitoramento ....................................................... 187
18.3 DIRETRIZES PARA A DINAMIZAÇÃO E AMPLIAÇÃO DAS ATIVIDADES ACONÔMICAS191
18.4 DIRETRIZES PARA AÇÕES SOCIAIS ............................................................................. 192
18.5 DIRETRIZES PARA AÇÕES AMBIENTAIS ..................................................................... 193
18.6 DIRETRIZES PARA O ORDENAMENTO DO SOLO E SISTEMA VIÁRIO -
MACROZONEAMENTO URBANO E RURAL ....................................................................................... 193
19 PLANO DE AÇÃO E INVESTIMENTO (PAI) ............................................................................205
20 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................217
SUMÁRIO - VOLUME II
LISTA DE TABELAS ................................................................................................... vi
LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................vii
LISTA DE MAPAS ......................................................................................................vii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ..........................................................................ix
1. CONJUNTO DE MINUTAS DE ANTEPROJETO DE LEI
MINUTA DE ANTEPROJETO DE LEI DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL (PDM) ........... 1
MINUTA DE ANTEPROJETO DE LEI DO PERÍMETRO URBANO ............................... 38
MINUTA DE ANTEPROJETO DE LEI DO PARCELAMENTO DO SOLO URBANO ........ 44
110
MINUTA DE ANTEPROJETO DE LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E SISTEMA
VIÁRIO MUNICIPAL ................................................................................................ 65
MINUTA DE ANTEPROJETO DE LEI DO CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES E OBRAS
MUNICIPAL ............................................................................................................ 99
MINUTA DE ANTEPROJETO DE LEI DO REGULAMENTO DO CÓDIGO DE
OBRAS .................................................................................................................. 162
MINUTA DE ANTEPROJETO DE LEI DO CÓDIGO DE POSTURAS ........................... 194
2. REFERÊNCIAS ................................................................................................. 244
LISTA DE TABELAS
TABELA 01: DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO ..................................................................................... 46 TABELA 02: PRINCIPAIS INDICADORES COM CONTRIBUIÇÃO NEGATIVA DO GRUPO DE MUNICÍPIOS PARANAENSES COM BAIXO GRAU DE DESENVOLVIMENTO-1991/2000 ...................... 51 TABELA 03: PRINCIPAIS INDICADORES COM CONTRIBUIÇÃO POSITIVA DO GRUPO DE MUNICÍPIOS PARANAENSES COM BAIXO GRAU DE DESENVOLVIMENTO-1991/2000 ...................... 52 TABELA 04: ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) E SEUS COMPONENTES .................... 76 TABELA 05: EFETIVO DE PECUÁRIA E AVES REFERENTE AO PERÍODO DE 2009 ............................... 77 TABELA 06: PRODUTOS CULTIVADOS ............................................................................................... 78 TABELA 07: NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS SEGUNDO AS ATIVIDADES ECONÔMICAS 2006 ..... 78 TABELA 08: POPULAÇÃO OCUPADA SEGUNDO AS ATIVIDADES ECONÔMICAS 2000 ...................... 86 TABELA 09: POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA) SEGUNDO ZONA E SEXO ..................... 86 TABELA 10: DENSIDADES DOS SETORES RURAIS .............................................................................. 94 TABELA 11: PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO ........................................................................................... 99 TABELA 12: LARGURA DAS VIAS DA ÁREA URBANA ....................................................................... 105 TABELA 13: DADOS TRANSPORTE COLETIVO.................................................................................. 109 TABELA 14: DADOS TRANSPORTE ESCOLAR ................................................................................... 110 TABELA 15: DADOS DA EDUCAÇÃO ................................................................................................ 128 TABELA 16: NÚMERO DE ATENDIMENTOS MENSAIS ..................................................................... 133 TABELA 17: CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS ......................................................................................... 152 TABELA 18: DADOS DA RECEITA POR FONTES ................................................................................ 165 TABELA 19: DADOS DAS DESPESAS POR NATUREZA ....................................................................... 166 TABELA 20: ITENS QUE FALTAM NA SUA RUA................................................................................. 167 TABELA 21: QUANTO AOS EQUIPAMENTOS PÚBLICOS PERTO DA SUA CASA, QUAIS EXISTEM? ........................................................................................................................................ 168 TABELA 22: QUANTO AOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS, SERVIÇOS E INDÚSTRIAS, QUAIS ESTÃO LOCALIZADOS PRÓXIMOS DA SUA RESIDÊNCIA? .................................................... 169
111
TABELA 23: QUANTO ÀS ESCOLAS, CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL E POSTOS DE SAÚDE, O QUE VOCÊ ACHA QUE FALTA NA SUA CIDADE? (RURAL) ............................................................ 169 TABELA 24: QUANTO ÀS ESCOLAS, CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL E POSTOS DE SAÚDE, O QUE VOCÊ ACHA QUE FALTA NA SUA CIDADE? (SEDE) ................................................................... 170 TABELA 25: QUANTO ÀS ESCOLAS, CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL E POSTOS DE SAÚDE, O QUE VOCÊ ACHA QUE FALTA NA SUA CIDADE? (VILA COPEL) ........................................................ 170 TABELA 26: CASO VOCÊ FOSSE PREFEITO O QUE VOCÊ FARIA PARA SEU MUNICÍPIO (RURAL) ........................................................................................................................................... 171 TABELA 27: CASO VOCÊ FOSSE PREFEITO O QUE VOCÊ FARIA PARA SEU MUNICÍPIO (SEDE) ....... 171 TABELA 28: CASO VOCÊ FOSSE PREFEITO O QUE VOCÊ FARIA PARA SEU MUNICÍPIO (DISTRITO ALTO SÃO JOÃO) ............................................................................................................ 171 TABELA 29: VOCÊ POSSUI DOCUMENTO DO TERRENO COMO REGISTRO DE IMÓVEIS, ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA? ................................................................................. 172 TABELA 30: TODO CIDADÃO PODE COLABORAR COM O FUTURO DE SUA CIDADE. CONTRIBUA VOCÊ TAMBÉM COM A SUA SUGESTÃO (RURAL)... .................................................... 172 TABELA 31: TODO CIDADÃO PODE COLABORAR COM O FUTURO DE SUA CIDADE. CONTRIBUA VOCÊ TAMBÉM COM A SUA SUGESTÃO (SEDE)... ...................................................... 173 TABELA 32: TODO CIDADÃO PODE COLABORAR COM O FUTURO DE SUA CIDADE. CONTRIBUA VOCÊ TAMBÉM COM A SUA SUGESTÃO (DISTRITO ALTO SÃO JOÃO)... ..................... 173 TABELA 33: PRINCIPAIS CONDICIONANTES, DEFICIÊNCIAS E POTENCIALIDADES DO MUNICÍPIO DE RONCADOR ............................................................................................................ 175
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 01: LOCALIZAÇÃO DA MESORREGIÃO CENTRO OCIDENTAL DO PARANÁ ........................... 39 FIGURA 02: MUNICÍPIOS QUE INTEGRAM A MESORRAGIÃO CENTRO OCIDENTAL DO PARANÁ ............................................................................................................................................ 40 FIGURA 03: FLUXOS MIGRATÓRIOS DO PARANÁ.............................................................................. 42 FIGURA 04: SANEPAR ...................................................................................................................... 104 FIGURA 05: ANTENA TELEFÔNICA .................................................................................................. 123 FIGURA 06: ESCOLA MUNICIPAL JOÃO PAULO ............................................................................... 126 FIGURA 07: CMEI ANJO DA GUARDA .............................................................................................. 126 FIGURA 08: CMEI PEDRO GLUCHAK ............................................................................................... 127 FIGURA 09: HOSPITAL ..................................................................................................................... 131 FIGURA 10: POSTO DE SAÚDE - CENTRO ........................................................................................ 132 FIGURA 11: POSTO DE SAÚDE – JD. ANCHIETA............................................................................... 132 FIGURA 12: CENTRO DE SAÚDE DA CRIANÇA E DA MULHER ......................................................... 132 FIGURA 13: CLÍNICA MUNICIPAL DE FISIOTERAPIA ........................................................................ 132 FIGURA 14: CRAS – CENTRO DE REFERÊNCIA DA CRIANÇA E DA MULHER .................................... 137 FIGURA 15: CEDESC – CENTRO DE EDUCAÇÃO SOCIAL E CULTURAL ............................................. 137 FIGURA 16: CCI – CENTRO DE CONVIVÊNCIA DO IDOSO ............................................................... 138 FIGURA 17: CLUBE 20 DE MARÇO .................................................................................................. 143 FIGURA 18: CAMPO DE FUTEBOL CLUBE 20 DE MARÇO ................................................................ 143 FIGURA 19: GINÁSIO DE ESPORTES SILVESTRE KUCHLA ................................................................. 144 FIGURA 20: GINÁSIO DE ESPORTES 5 DE NOVEMBRO ................................................................... 144 FIGURA 21: RODOVIÁRIA ................................................................................................................ 145 FIGURA 22: DELEGACIA .................................................................................................................. 145 FIGURA 23: MÓDULO POLICIAL ...................................................................................................... 145 FIGURA 24: PREFEITURA MUNICIPAL ............................................................................................. 145 FIGURA 25: CÂMARA MUNICIPAL .................................................................................................. 146 FIGURA 26: CONSELHO TUTELAR ................................................................................................... 146
112
FIGURA 27: CTG – CENTRO DE TREINAMENTO DE TRADIÇÕES GAÚCHAS ..................................... 146 FIGURA 28: ROTARY ........................................................................................................................ 146 FIGURA 29: CAPELA MORTUÁRIA ................................................................................................... 147 FIGURA 30: SUBESTAÇÃO COPEL ................................................................................................... 147 FIGURA 31: FLUXOGRAMA DE SOLICITAÇÃO DE ALTERAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL ..................................................................................................................................... 187 FIGURA 30: PERFIL DAS VIAS .......................................................................................................... 204
LISTA DE MAPAS
MAPA 01: LOCALIDADES - MUNICIPAL ............................................................................................. 47 MAPA 02: USO DO SOLO, EQUIPAMENTOS PÚBLICOS E PAVIMENTAÇÃO DO DISTRITO SÃO JOÃO E VILA RURAL ......................................................................................................................... 54 MAPA 03: VILA RURAL UNIÃO .......................................................................................................... 56 MAPA 04: HIDROGRAFIA -MUNICIPAL .............................................................................................. 59 MAPA 05: HIDROGRAFIA - URBANA ................................................................................................. 60 MAPA 06: PEDOLOGIA - MUNICIPAL ................................................................................................ 67 MAPA 07: HIPSOMETRIA - MUNICIPAL ............................................................................................. 68 MAPA 08: DECLIVIDADE - MUNICIPAL .............................................................................................. 69 MAPA 09: VERTENTES - MUNICIPAL ................................................................................................. 70 MAPA 10: VEGETAÇÃO- MUNICIPAL ................................................................................................. 73 MAPA 11: VEGETAÇÃO - URBANA .................................................................................................... 74 MAPA 12: ATIVIDADES ECONÔMICAS - MUNICIPAL ......................................................................... 80 MAPA 13: ATIVIDADES COMERCIAIS - URBANA ............................................................................... 81 MAPA 14: POTENCIAIS TURÍSTICOS - MUNICIPAL ............................................................................ 85 MAPA 15: USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - URBANO ........................................................................... 90 MAPA 16: BAIRROS - URBANO ......................................................................................................... 91 MAPA 17: EVOLUÇÃO DA OCUPAÇÃO - URBANO ............................................................................. 93 MAPA 18: SETORES CENSITÁRIOS - MUNICIPAL ............................................................................... 96 MAPA 19: SETORES CENSITÁRIOS - URBANO ................................................................................... 97 MAPA 20: CONJUNTOS HABITACIONAIS E OCUPAÇÃO IRREGULAR- URBANO............................... 102 MAPA 21: SISTEMA VIÁRIO - MUNICIPAL ....................................................................................... 107 MAPA 22: PAVIMENTAÇÃO - URBANO............................................................................................ 108 MAPA 23: TRANSPORTE ESCOLAR - MUNICIPAL ............................................................................ 113 MAPA 24: ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO - URBANO ..................................................................... 114 MAPA 25: INFRAESTRUTURA - MUNICIPAL .................................................................................... 118 MAPA 26: ABASTECIMENTO DE ÁGUA - URBANO .......................................................................... 119 MAPA 27: REDE DE COLETA DE LIXO - URBANO ............................................................................. 120 MAPA 28: ILUMINAÇÃO PÚBLICA - URBANO ................................................................................. 122 MAPA 29: COMUNICAÇÕES - URBANO .......................................................................................... 124 MAPA 30: EQUIPAMENTOS PÚBLICOS - MUNICIPAL ...................................................................... 129 MAPA 31: EQUIPAMENTOS PÚBLICOS - URBANO .......................................................................... 130 MAPA 32: SÍNTESE .......................................................................................................................... 150 MAPA 33: APTIDÕES ....................................................................................................................... 151 MAPA 34: MACROZONEAMENTO E SISTEMA VIÁRIO MUNICIPAL ................................................. 196 MAPA 35: MACROZONEAMENTO E SISTEMA VIÁRIO URBANO ..................................................... 197 MAPA 36: MACROZONEAMENTO E SISTEMA VIÁRIO DISTRITO ALTO SÃO JOÃO E VILA RURAL UNIÃO ............................................................................................................................................. 198
113
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
APAE: ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS
CFB: CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIA
COHAPAR: COMPANHIA DE HABITAÇÃO DO PARANÁ
COMDEC: CONSELHO MUNICIPAL DA DEFESA CIVIL COMEC: COORDENAÇÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA COPEL: COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA CRAS: COORDENADORIA REGIONAL DE ASSITÊNCIA SOCIAL EMATER: EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL EMBRAPA: EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA
IAPAR: INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ
IAP: INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ
IBAM: INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRÇÃO MUNICIPAL
IBGE: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
IDH-M: ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL
INCRA: INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA
IPARDES: INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
IPTU: IMPOSTO PREDIAL TERRITORIAL URBANO
LDO: LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
LOA: LEI DO ORÇAMENTO ANUAL
MINEROPAR: MINERAIS DO PARANÁ S/A
NBR: NORMA BRASILEIRA
PDM: PLANO DIRETOR MUNICIPAL
PDU: POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO E NACIONAL PARA O ESTADO DO PARANÁ
PDUOS: PLANO DIRETOR DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
PIB: PRODUTO INTERNO BRUTO
PMRI: PREFEITURA MUNICIPAL DE RONCADOR
PPA: PLANO PLURIANUAL
PRDE: PLANO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO
SANEPAR: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ
SEMA: SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS
SETR: SECRETARIA DE ESTADO DOS TRANSPORTES
SEDU: SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO URBANO
SIMEPAR: SISTEMA METEOROLÓGICO DO PARANÁ
SUDERHSA: SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS E
SANEAMENTO AMBIENTAL
O Brasil é considerado um país com urbanização recente, uma vez que até a década de 40
sua população era mais rural do que urbana. Só com o início da industrialização do país é
que esse quadro começou a reverter. As políticas desenvolvimentistas nos anos 50, 60 e 70
114
do século XX, fomentaram o processo industrial e a migração da população rural para a zona
urbana, incrementando o crescimento das cidades e a conseqüente demanda por moradia
nestes centros.
As Constituições de 1967 e 1969, não demonstraram preocupação com o crescimento das
cidades, o urbanismo e a legislação pertinente. Até 1977, nenhuma Constituição Estadual
continha qualquer preceito sobre a matéria urbanística. De 1967 até 1975, conforme relata
Bayer (1977), foram propostas nove leis orgânicas dos municípios dispondo sobre a
organização municipal e sua competência. A Lei Orgânica dos Municípios era o instrumento
adequado para definir uma política urbanística em âmbito estadual e dotar os municípios de
capacidade de regular o processo de urbanização.
Nesse período, um dos maiores avanços na área foi à aprovação da Lei Federal nº. 6.766/79,
que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano, a proteção do patrimônio cultural e
questões ambientais.
Somente na Constituição Federal de 1988, através dos artigos 182 e 183, que tratam do
capítulo relativo à Política Urbana, foi possível assegurar uma maior autonomia aos
municípios, que passaram a ter maior liberdade para a gestão local.
O artigo 182 estabeleceu que a política de desenvolvimento urbano fosse executada pelo
poder público municipal, através do planejamento territorial e gestão urbana. Tem por
objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, promover o bem
estar de seus habitantes, garantindo o direito à Cidade para todos os que vivem nela,
definindo que o instrumento básico dessa política é o Plano Diretor.
Esses artigos foram regulamentados somente em 10 de julho de 2001, com a aprovação da Lei N°
10.257, denominada Estatuto da Cidade, que determina que o Plano Diretor é instrumento da
política urbana para cidades com mais de 20.000 habitantes; integrantes de regiões metropolitanas e
aglomerações urbanas; onde o poder público pretenda utilizar os instrumentos previstos no parágrafo 4° do
Artigo 182 da Constituição Federal (parcelamento ou edificação compulsórios, imposto sobre a propriedade
predial e territorial urbana progressivo no tempo, desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida
pública); cidades integrantes de áreas de especial interesse turístico; cidades inseridas em áreas de influência
de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.
115
A Constituição do Estado do Paraná de 1989, em seu Capítulo II, artigos 150 a 153, que
tratam da Política Urbana, prevêem que o Plano Diretor deverá conter: normas relativas ao
desenvolvimento urbano; políticas de orientação da formulação de planos setoriais; critérios
de parcelamento, uso e ocupação do solo e zoneamento, prevendo áreas destinadas a
moradias populares, com garantias de acesso aos locais de trabalho, serviço e lazer;
proteção ambiental; ordenação de usos, atividades e funções de interesse zonal.
No ano de 2006, foi aprovada a Lei Estadual nº. 15229, baseada no artigo 141, da
Constituição Estadual, que dispõe sobre as normas para execução do sistema das diretrizes e
bases do planejamento e desenvolvimento estadual. Em especial o capítulo III, artigo 3º, que
orienta a elaboração, a implementação e o controle dos Planos Diretores Municipais, que
deverão observar as disposições do Estatuto da Cidade. No 4º artigo ficou estabelecido que
o governo de estado “somente firmará convênios de financiamento para projetos e obras de
infra-estrutura, equipamentos e serviços com municípios” que possuam Plano Diretor
aprovado pela Câmara de Vereadores ou em execução. O Plano Diretor é o estabelecimento
de diretrizes gerais de política urbana, que nortearão o ordenamento urbano e rural, e o
desenvolvimento sustentável do Município de Roncador, o qual deverá ser revisto, pelo
menos, a cada 10 (dez) anos, nos termos do § 3° do artigo 40, da Lei do Estatuto da Cidade.
Este Plano Diretor cria possibilidades de desenvolvimento urbano e rural que valorizam as
funções sociais da cidade e da propriedade urbana, determinando em caráter definitivo e
objetivo as condições de desenvolvimento auto-sustentável, compatível com o meio
ambiente, gerando resultados econômicos e sociais que determinarão a qualidade de vida
de hoje e para o futuro do Município.
O Plano Diretor Municipal, portanto é baseado no Estatuto da Cidade (Lei Federal
10.257/2001) e no processo participativo, onde a comunidade tem a oportunidade de
discutir a “cidade que queremos” nas reuniões comunitárias e audiências públicas. A
participação efetiva da população deve ocorrer com os mais diversos setores da sociedade,
representada por integrantes das entidades da sociedade civil organizada, conselhos
municipais e representantes de Associações de Moradores, ONGs, vereadores e secretarias
municipais.
Para a elaboração do produto final do Plano Diretor Municipal deve ser feita a Leitura da
116
Realidade Local, que consiste na fusão da Leitura Técnica e da Leitura Comunitária, que
originará as Diretrizes e Proposições, que por sua vez definirão as leis municipais. Na Leitura
Técnica são levantadas as principais condicionantes e potenciais de desenvolvimento do
Município através de dados técnicos e pesquisas com os moradores, entidades e órgãos
públicos. A Leitura Comunitária é realizada por meio de reuniões com a comunidade com o
objetivo de destacar as principais necessidades e pontos fortes que podem ser apontados no
Município.
As Diretrizes e Proposições definem os aspectos gerais sobre o desenvolvimento municipal
quanto aos aspectos econômicos, sociais ambientais e urbanísticos. Nessa etapa são
estudados os traçados viários, áreas de expansão urbana e áreas de ocupação restrita devido
a encostas ou cursos d'água, áreas de interesse histórico-cultural, áreas de lazer e convívio
social, entre outros aspectos.
Por fim, as leis municipais devem traduzir os anseios da população e as novas diretrizes do
Município. As leis devem ser encaminhadas à Câmara Municipal para apreciação e
aprovação.
1. INTRODUÇÃO
O presente Plano de Trabalho apresenta as atividades, métodos e técnicas, produtos e
cronograma físico, para a execução do Objeto do Contrato de elaboração do Plano Diretor
Municipal (PDM), entendido como preceitua a Lei Federal 10.257/01 – Estatuto da Cidade,
principal instrumento orientador da política de desenvolvimento urbano e de expansão
urbana, abrangendo toda a área do Município, definindo diretrizes tanto no âmbito urbano
como no rural.
1.1. ASPECTOS GERAIS
O Brasil é considerado um país com urbanização recente, uma vez que até a década de 40
sua população era mais rural do que urbana. Só com o início da industrialização do país é
que esse quadro começou a reverter. As políticas desenvolvimentistas nos anos 50, 60 e 70
do século XX, fomentaram o processo industrial e a migração da população rural para a zona
117
urbana, incrementando o crescimento das cidades e a conseqüente demanda por moradia
nestes centros.
As Constituições de 1967 e 1969, não demonstraram preocupação com o crescimento das
cidades, o urbanismo e a legislação pertinente. Até 1977, nenhuma Constituição Estadual
continha qualquer preceito sobre a matéria urbanística. De 1967 até 1975, conforme relata
Bayer (1977), foram propostas nove leis orgânicas dos municípios dispondo sobre a
organização municipal e sua competência. A Lei Orgânica dos Municípios era o instrumento
adequado para definir uma política urbanística em âmbito estadual e dotar os municípios de
capacidade de regular o processo de urbanização.
Nesse período, um dos maiores avanços na área foi à aprovação da Lei Federal nº. 6.766/79,
que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano, a proteção do patrimônio cultural e
questões ambientais.
Somente na Constituição Federal de 1988, através dos artigos 182 e 183, que tratam do
capítulo relativo à Política Urbana, foi possível assegurar uma maior autonomia aos
municípios, que passaram a ter maior liberdade para a gestão local.
O artigo 182 estabeleceu que a política de desenvolvimento urbano fosse executada pelo
poder público municipal, através do planejamento territorial e gestão urbana. Tem por
objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, promover o bem
estar de seus habitantes, garantindo o direito à Cidade para todos os que vivem nela,
definindo que o instrumento básico dessa política é o Plano Diretor.
Esses artigos foram regulamentados somente em 10 de julho de 2001, com a aprovação da
Lei N° 10.257, denominada Estatuto da Cidade, que determina que o Plano Diretor é
instrumento da política urbana para cidades com mais de 20.000 habitantes; integrantes de
regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; onde o poder público pretenda utilizar os
instrumentos previstos no parágrafo 4° do Artigo 182 da Constituição Federal (parcelamento
ou edificação compulsórios, imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo, desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública);
cidades integrantes de áreas de especial interesse turístico; cidades inseridas em áreas de
influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de
âmbito regional ou nacional.
118
A Constituição do Estado do Paraná de 1989, em seu Capítulo II, artigos 150 a 153, que
tratam da Política Urbana, prevêem que o Plano Diretor deverá conter: normas relativas ao
desenvolvimento urbano; políticas de orientação da formulação de planos setoriais; critérios
de parcelamento, uso e ocupação do solo e zoneamento, prevendo áreas destinadas a
moradias populares, com garantias de acesso aos locais de trabalho, serviço e lazer;
proteção ambiental; ordenação de usos, atividades e funções de interesse zonal.
No ano de 2006, foi aprovada a Lei Estadual nº. 15229, baseada no artigo 141, da
Constituição Estadual, que dispõe sobre as normas para execução do sistema das diretrizes e
bases do planejamento e desenvolvimento estadual. Em especial o capítulo III, artigo 3º, que
orienta a elaboração, a implementação e o controle dos Planos Diretores Municipais, que
deverão observar as disposições do Estatuto da Cidade. No 4º artigo ficou estabelecido que
o governo de estado “somente firmará convênios de financiamento para projetos e obras de
infra-estrutura, equipamentos e serviços com municípios” que possuam Plano Diretor
aprovado pela Câmara de Vereadores ou em execução. O Plano Diretor é o estabelecimento
de diretrizes gerais de política urbana, que nortearão o ordenamento urbano e rural, e o
desenvolvimento sustentável do Município de Roncador, o qual deverá ser revisto, pelo
menos, a cada 10 (dez) anos, nos termos do § 3° do artigo 40, da Lei do Estatuto da Cidade.
Este Plano Diretor cria possibilidades de desenvolvimento urbano e rural que valorizam as
funções sociais da cidade e da propriedade urbana, determinando em caráter definitivo e
objetivo as condições de desenvolvimento auto-sustentável, compatível com o meio
ambiente, gerando resultados econômicos e sociais que determinarão a qualidade de vida
de hoje e para o futuro do Município.
O Plano Diretor Municipal, portanto é baseado no Estatuto da Cidade (Lei Federal
10.257/2001) e no processo participativo, onde a comunidade tem a oportunidade de
discutir a “cidade que queremos” nas reuniões comunitárias e audiências públicas.
O Plano Diretor será compatibilizado com os seguintes instrumentos: Lei Orgânica do
Município; Planos Setoriais do Governo Estadual; Plano Regional em que se insere o
Município; Lei de Responsabilidade da Gestão Fiscal; Recomendações das Conferências das
Cidades e a Agenda 21 para o Estado do Paraná. O trabalho também estará em
119
compatibilizado com a Lei Estadual nº. 15.229/2006 e com os instrumentos orçamentários
da Lei de Responsabilidade na Gestão Fiscal: Lei do Plano Plurianual – PPA, Lei de Diretrizes
Orçamentárias – LDO e Lei do Orçamento Anual do Município – LOA.
A data de início do serviço coincide com a data de assinatura de contrato, que data de 04 de
fevereiro de 2009 e o prazo de execução é de 180 dias, finalizando em 04 de agosto de 2010.
1.2. PLANO DE TRABALHO
O Plano de Trabalho é um documento que serve de roteiro para a execução do Plano Diretor
Municipal – PDM de Roncador, contendo descrição das atividades, métodos e técnicas,
etapas e ainda uma descrição dos produtos a serem entregues, além do cronograma físico
(com prazo máximo) para conclusão de cada Fase.
O Plano de Trabalho pode ser alterado, caso haja necessidade, em face de situações
posteriores que o justifiquem, estas justificativas deverão constar no próprio Plano de
Trabalho e no relatório sucinto da Fase.
1.3. FASES DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL
O trabalho é composto das seguintes fases:
1.3.1. 1a Fase: Entrega do documento constando o Plano de Trabalho, as
proposições para a organização e realização da Primeira Audiência Pública,
iniciar o processo de capacitação da equipe interna (Subitem 7.1 “i” e “ii”) e da
Comissão de Acompanhamento (Subitem 7.2 “i”), entregar o relatório sucinto
da fase e cópia da ART do responsável técnico – Coordenador (a) do Plano
Diretor Municipal, conteúdo programático do processo de capacitação da
Equipe Técnica Municipal – ETM e da Comissão de Acompanhamento – CA
referente a esta fase, relatório sucinto da fase (2). Prazo: 10 dias.
1.3.2. 2a Fase: Entrega do documento constando a Avaliação Temática Integrada,
conteúdo programático do processo de capacitação da Equipe Técnica
Municipal – ETM e da Comissão de Acompanhamento – CA referente a esta
120
fase, realização 1ª Audiência Pública, relatório e os dados da 1ª Audiência
Pública (lista de presenças, ata, fotos, etc.). Prazo: 60 (sessenta) dias.
1.3.3. 3a Fase: Entrega da versão final do documento constando a Definição de
Diretrizes e Proposições, conteúdo programático do processo de capacitação da
Equipe Técnica Municipal – ETM e da Comissão de Acompanhamento – CA
referente a esta fase, relatório sucinto das atividades (3) desenvolvidas nessa
fase, realização da 2ª Audiência Pública, incluindo dados sobre a 2a Audiência
Pública (4). Prazo: 120 (cento e vinte) dias.
1.3.4. 4a Fase: Entrega da versão final do documento constando a Legislação Básica
(Minutas dos Anteprojetos de Leis), e os Instrumentos Relativos ao Processo de
Planejamento da Gestão Municipal, conteúdo programático do processo de
capacitação da Equipe Técnica Municipal – ETM e da Comissão de
Acompanhamento – CA referente a esta fase e relatório sucinto das atividades(3)
desenvolvidas nessa etapa. Prazo: 160 (cento e sessenta) dias
1.3.5. 5a Fase: Entrega da versão final do documento constando a Proposta de
Plano de Ação e Investimentos e os produtos finais das fases anteriores,
realização da 3ª Audiência Pública, os dados relativos à 3ª Audiência Pública (4),
finalização do processo de capacitação da equipe interna e da Comissão de
Acompanhamento, assim como Relatório Final caracterizando todas as
atividades executadas desde o início do trabalho, para aprovação do Município
e supervisão da SEDU/PARANACIDADE. Inclui-se também a realização da
Conferência Municipal da Cidade (5). Prazo: 180 (cento e oitenta) dias.
(1) Vide subitem específico (2) No relatório sucinto das atividades serão apontadas as situações e experiências enfrentadas pela Equipe
Técnica Municipal ou consultoria, ao longo do desenvolvimento do processo de construção do PDM. (3) No relatório sucinto das atividades serão apontadas as situações e experiências enfrentadas pela (4) Vide subitem específico (5) Vide subitem específico
2. DETALHAMENTO DAS FASES DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL
2.1. FASE 1 – PLANO DE TRABALHO E METODOLOGIA
O início desta fase é dado a partir da assinatura do contrato e leitura do Termo de
Referência, sendo seguido da designação através de portaria da equipe municipal. Esta fase
ainda inclui as proposições para a organização e realização da Primeira Audiência Pública.
121
O 1° Treinamento da Equipe Técnica, bem como da Comissão de Acompanhamento, são feitos nesta
fase, a qual é concluída com a entrega do relatório sucinto da fase constando também o conteúdo
programático do processo de capacitação da Equipe Técnica Municipal – ETM e da Comissão
de Acompanhamento – CA referente a esta fase, bem como a cópia da ART do responsável
técnico – Coordenador (a) do Plano Diretor Municipal.
O primeiro produto entregue pela Consultoria, ou a primeira atividade da Equipe Técnica
Municipal responsável pela coordenação do PDM, será o Plano de Trabalho, contendo:
a) O detalhamento da metodologia geral do trabalho;
b) A definição dos objetivos e atividades a serem desenvolvidas em cada uma das fases do
PDM;
c) O detalhamento da metodologia de participação;
d) O fluxograma das atividades desenvolvidas em cada uma das fases;
e) O cronograma das fases apontando a entrega dos produtos, as Audiências Públicas, as
reuniões regionalizadas, os seminários de capacitação dos técnicos municipais e da Comissão
de Acompanhamento;
f) O organograma e o detalhamento das responsabilidades de todos os agentes sociais
envolvidos (sociedade civil, Prefeitura Municipal, consultoria e órgãos de outras esferas de
governo).
A partir do Plano de Trabalho elaborado pela a Consultoria, a Prefeitura Municipal deverá
levantar os recursos financeiros e humanos necessários à implementação do processo
participativo. Sob a coordenação da Prefeitura Municipal deverão ser detalhados os
processos de mobilização e comunicação da sociedade, de modo a viabilizar a construção
coletiva do PDM.
2.2. FASE 2 - ANÁLISE TEMÁTICA INTEGRADA
A Análise Temática Integrada (ATI) pressupõe as seguintes etapas: Levantamento de Dados,
Sistematização, Análise e Diagnóstico do Município, realizadas por meio de duas leituras:
Leitura Técnica e Leitura Participativa. A primeira terá como objetivo o levantamento e a
organização, no território, de dados e informações necessárias à construção de um
diagnóstico da situação atual do Município. Para isso, será necessário inicialmente realizar o
122
Levantamento de Dados e Informações, obtidos em campo, além das existentes na
Prefeitura Municipal, na Emater, na Sanepar, na SEDU/PARANACIDADE, na Copel, Cohapar e
nos demais órgãos que possuam informações.
Deverá ser utilizada a Base Aerofotogramétrica em meio digital, sendo necessário, a Base
Cartográfica será atualizada e redesenhada, com os loteamentos existentes, aprovados ou
não, pela consultoria.
Com base nestes dados serão avaliados os seguintes temas, representados em mapas
correspondentes:
2.2.1. Aspectos Regionais;
2.2.2. Aspectos Ambientais, tendo como referência as bacias e micro-bacias
hidrográficas;
2.2.3. Aspectos Sócio-econômicos;
2.2.4. Aspectos Sócio-espaciais;
2.2.5. Aspectos de Infraestrutura e Serviços Públicos;
2.2.6. Aspectos Institucionais.
A Leitura Participativa terá como objetivo levantar, organizar e mapear, no território, as
demandas coletivas dos diferentes grupos sociais. Para isso, serão realizadas várias oficinas
participativas onde devem ser registradas as impressões da população feitas geralmente por
região, com o objetivo de coletar informações, mas principalmente iniciar um processo de
um sistema permanente e participativo de planejamento e gestão, estas informações serão
coletadas através de questionários entregues nas reuniões e das atas das reuniões. Ressalta-
se a importância da participação dos vereadores do Município, tendo em vista o contato
com a comunidade e a troca de informações com a comunidade, incluindo a divulgação das
reuniões do Plano Diretor, normalmente as reuniões com os moradores são feitas
informalmente, tendo em vista a abrangência ser maior.
De posse desses dados, as informações serão interpretadas, sintetizadas e sobrepostas, objetivando
analisar o Município sob os mais diversos aspectos, ou seja, é nesta etapa que será feita a Leitura da
Cidade.
123
Será elaborada a análise individualizada de cada informação, sua inter-relação e sua inserção
no contexto geral, permitindo uma visão ampla das condicionantes, deficiências e
potencialidades locais. Com esse método, por meio da produção de um Mapa Síntese, será
possível evidenciar as condicionantes (limitações) e oportunidades locais.
Todas as informações coletadas serão convenientemente espacializadas em mapas, em
escala adequada para a demonstração da informação, apresentados em formato A4 e/ou A3
e em meio digital.
2.3. FASE 3 - DEFINIÇÃO DE DIRETRIZES E PROPOSIÇÕES
Com base nas avaliações efetuadas, serão definidos eixos estratégicos que nortearão a
construção do PDM, através de diretrizes e proposições para curto, médio e longo prazo,
visando ações prioritárias nas áreas institucionais, sócio-econômicas, ambientais, físico-
espaciais, de infra-estrutura e serviços públicos. Nesta etapa, além das ações prioritárias,
serão definidos, os instrumentos previstos no Estatuto da Cidade indicados para o
Município;
Nesta fase será feita uma nova rodada de oficinas participativas com a equipe técnica,
comissão de acompanhamento e comunidades locais para debates e definição das propostas
para a “cidade que queremos”. Esta etapa é importante, pois, são decididos os pontos que
entrarão ou não no PDM devendo obedecer ao conteúdo mínimo estabelecido no Estatuto
da Cidade.
As Diretrizes e Proposições deverão incluir:
2.3.1. Política de Desenvolvimento Urbano e Rural;
2.3.2. Estabelecimento de uma sistemática permanente e participativa de
planejamento e gestão municipal;
2.3.3. Definição de mecanismos referentes ao manejo da valorização imobiliária e
inclusão territorial;
2.3.4. Racionalização da ocupação do espaço urbano, de expansão urbana e rural;
2.3.5. Distribuição eqüitativa dos usos, atividades, infra-estrutura social e urbana e
densidades construtivas e demográficas;
124
2.3.6. Estruturação e hierarquização do sistema viário urbano e rural, compatível
com o zoneamento e articulado com o transporte coletivo;
2.3.7. Conservação do meio ambiente, saneamento ambiental e proteção ao
patrimônio natural, paisagístico, histórico, artístico, cultural, arqueológico e
demais elementos que caracterizem a identidade do Município;
2.3.8. Procedimentos e instrumentos a serem adotados nos projetos de
parcelamento, edificações e consultas prévias, liberações de alvarás, laudo de
conclusão de obras e “habite-se”;
2.3.9. Democratização da gestão administrativa e territorial, com a definição de
processos e recursos necessários para a atualização permanente dos
instrumentos de política e planejamento territorial, a institucionalização e o
funcionamento dos mecanismos previstos no Estatuto da Cidade;
2.3.10. Procedimentos e instrumentos visando à regularização fundiária sustentável,
identificando parâmetros e ações para regularizar áreas ocupadas
irregularmente, quando for o caso.
Estas diretrizes estarão articuladas e espacializadas em mapa, em escala apropriada,
constituindo um Macrozoneamento, abrangendo o território de todo o Município. O
Macrozoneamento embasará o futuro Zoneamento, quando cada macrozona dará origem a
distintas zonas, que definirão o uso e a ocupação do solo do Município e subsidiará a
definição das estratégias de intervenção contidas no Plano de Ação e Investimentos (PAI). O
PAI deverá estar em concordância com a Lei do Plano Plurianual – PPA, Lei de Diretrizes
Orçamentárias – LDO e Lei do Orçamento Anual do Município – LOA.
2.4. FASE 4 – PROPOSIÇÃO DA LEGISLAÇÃO BÁSICA (MINUTAS DE ANTEPROJETOS DE
LEI)
2.4.1. Minuta de Anteprojeto de Lei do Plano Diretor Municipal: onde serão
estabelecidas as Diretrizes e Proposições de Desenvolvimento Municipal
indicadas, acompanhada de mapas em escala apropriada, incluindo Capítulos
sobre: Macrozoneamento (Organização Espacial), articulada à inserção
ambiental englobando o uso, o parcelamento e a ocupação do território, a infra-
estrutura e os equipamentos sociais; Planejamento e Gestão do
Desenvolvimento Municipal, definindo os instrumentos que auxiliarão o Poder
125
Municipal na tarefa de planejar e gerenciar o desenvolvimento; Sistema de
acompanhamento e controle do plano;
2.4.2. Minuta de Anteprojeto de Lei do Perímetro Urbano e do Perímetro de
Expansão Urbana, que delimita/m as áreas urbanas e de Expansão Urbana do
município, onde o Município irá prover os espaços de equipamentos e serviços,
bem como exercer o seu poder de polícia e de tributação municipal. Compete
ao município, quando necessário, efetivar e custear a materialização dos
vértices do(s) polígono(s) que delimita(m) o(s) Perímetro(s) Urbano(s)
(monumentalização/ implantação dos marcos). Compete a Consultoria executar
o levantamento dos dados dos marcos do(s) perímetro(s) urbano(s), contendo
de forma detalhada o memorial descritivo da poligonal levantada, seus
respectivos ângulos, rumos ou azimutes e distâncias calculadas, bem como as
informações de localização e as coordenadas de cada um dos vértices que
deverão estar referenciados à Rede de Alta Precisão do Estado do Paraná –
SEMA/IBGE acompanhada de mapa em escala apropriada.
2.4.3. Minuta de Anteprojeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural, que
divide o território do município em zonas e áreas, define a distribuição da
população neste espaço em função de infra-estrutura existente e das
condicionantes ambientais;
2.4.4. Minuta de Anteprojeto de Lei do Sistema Viário Urbano e Rural,
hierarquizando e dimensionando as vias públicas, bem como sua definição para
novos parcelamentos.
2.4.5. Minuta de Anteprojeto de Lei do Parcelamento do Solo Urbano, a qual define
os procedimentos relacionados com os loteamentos, desmembramentos e
remembramentos de lotes urbanos e demais requisitos urbanísticos: tamanho
mínimo dos lotes, a infra-estrutura que o loteador deverá implantar bem como
o prazo estabelecido para tal, a parcela que deve ser doada ao poder público
com a definição de seus usos (assegurando ao município a escolha das áreas
mais adequadas), a definição das áreas prioritárias e das áreas impróprias ao
parcelamento, proposição de áreas para loteamentos populares (Zonas
Especiais de Interesse Social – ZEIS), bem como demais instrumentos previstos
no Estatuto da Cidade;
2.4.6. Minuta de Anteprojeto de Lei do Código de Edificações e Obras
regulamentando as normas edilícias no município;
126
2.4.7. Minuta de Anteprojeto de Lei do Código de Posturas, regulamentando o
Poder de Polícia do Município sobre temáticas referentes às posturas
municipais;
2.4.8. Minutas de Anteprojetos de Leis específicas para utilização dos instrumentos
previstos na Lei Federal nº. 10.257/01 e outras que se mostrarem necessárias
para implementação das propostas previstas no Plano Diretor Municipal – PDM.
Os instrumentos que poderão ser propostos serão, dentre outros: planos,
programas e projetos setoriais; planos de desenvolvimento econômico e social;
imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU; contribuição de
melhoria; incentivos e benefícios fiscais e financeiros; desapropriação; servidão
administrativa; tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano; instituição de
unidades de conservação; instituição de zonas especiais de interesse social;
concessão de direito real de uso; concessão de uso especial para fins de
moradia; parcelamento, edificação ou utilização compulsórios; usucapião
especial de imóvel urbano; direito de superfície; direito de preempção; outorga
onerosa do direito de construir e de alteração de uso; transferência do direito
de construir; operações urbanas consorciadas; regularização fundiária; estudo
prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança
(EIV).
2.4.9. Inclui-se nesta etapa propostas para a instauração ou aperfeiçoamento do
processo de planejamento e gestão municipal;
2.5. FASE 5 – PLANO DE AÇÃO E INVESTIMENTOS (PAI)
Indica as ações e os projetos prioritários, considerando os aspectos quantitativos e
qualitativos, tendo em vista a implementação do Plano Diretor Municipal, apresentando a
hierarquização de investimentos em infra-estrutura, equipamentos comunitários e ações
institucionais, com a estimativa de custos aproximados, para próximos 10 (dez) anos em
compatibilidade com a projeção orçamentária, incluída a previsão de capacidade de
endividamento municipal e a possibilidade de busca de outras fontes de recursos.
Para a análise da capacidade de endividamento e de investimento do município, a
consultoria utilizará planilha modelo disponibilizada pelo PARANACIDADE.
127
No PAI, com apoio do conhecimento dos aspectos: funcional – competências e atribuições;
institucional – interrelações internas e externas e legais – instrumentos e normas
reguladoras – do Município deverão ser propostas:
2.5.1. Adequação da estrutura organizacional da Prefeitura Municipal visando à
implementação do Plano Diretor Municipal e a gestão do desenvolvimento
municipal e conseqüente acompanhamento, controle, avaliação e atualização
permanente do mesmo;
2.5.2. Organização de sistema de informações para o planejamento e gestão
municipal, para que a Prefeitura Municipal possa produzir os dados necessários,
com a freqüência definida, para concepção dos indicadores propostos para o
Planto Diretor Municipal.
2.5.3. Formulação de Indicadores para o monitoramento e avaliação sistemática do
nível de erro e acerto das diretrizes definidas.
2.6. Entrega do Material Final à Prefeitura Municipal e à SEDU/Paranacidade
Serão entregues à Prefeitura Municipal os seguintes documentos:
2.6.1. Plano de Trabalho
2.6.2. Documento contendo a Análise Temática Integrada;
2.6.3. Documento contendo a Definição de Diretrizes e Proposições;
2.6.4. Documento contendo a Legislação Básica (Minutas de Anteprojetos de Leis);
2.6.5. Documento contendo os instrumentos relativos ao Processo de Planejamento
e Gestão Municipal;
2.6.6. Documento contendo a Proposta de Plano de Ação e Investimentos;
Todos os documentos serão ajustados aos resultados das Audiências Públicas do Plano Diretor
Municipal.
Em cada etapa constará o conteúdo programático dos treinamentos e a listagem dos
128
técnicos municipais (integrantes da ETM) e dos integrantes da Comissão de
Acompanhamento da Elaboração do Plano Diretor Municipal.
O documento com a versão final, de todos os produtos, será apresentado em um único
volume, com três vias encadernadas, em papel formato A4, e em meio digital, em 3 CD’s ou
DVD’s.
Todo material produzido, decorrente da execução das atividades, ficará em posse do
Município e será de propriedade do mesmo. Destas três vias uma será encaminhada à
SEDU/PARANACIDADE, juntamente com seu respectivo arquivo digital. As outras duas serão
encaminhadas ao Município, quando uma ficará na Prefeitura Municipal e a outra será
entregue oficialmente à Câmara de Vereadores.
3. METODOLOGIA
A metodologia para a elaboração do Plano Diretor está baseada no Termo de Referência da
SEDU/PARANACIDADE e também no método “CDP – Condicionantes Deficiências e
Potencialidades” que tem a finalidade de sintetizar os dados levantados, através da leitura
técnica e leitura participativa, realizada com os Técnicos da Prefeitura e com a Comunidade
Local.
3.1. PESQUISA
A primeira etapa para a elaboração do Plano Diretor Municipal é o conhecimento pleno da
realidade do Município, em todos os seus aspectos, por parte da equipe, por meio de
pesquisas junto à população, junto aos órgãos públicos atuantes no Município e através de
visitas a campo. Todas as informações obtidas serão organizadas, tabuladas e compiladas,
além de devidamente espacializadas, objetivando facilitar a leitura da realidade municipal.
As informações a serem consideradas serão as seguintes:
129
3.1.1 Aspectos Regionais: Os aspectos regionais envolvem a contextualização das principais
características da Região Oeste do Paraná, e com especial atenção ao Município de Santana
do Itararé.
3.1.2 Aspectos Naturais:
3.1.2.1 Meio Físico: O levantamento de dados relativos ao meio físico compreende:
3.1.2.1.1 Clima e Ar:
▪ Climatologia – análise dos principais fatores meteorológicos – temperatura,
pluviosidade – índices pluviométricos locais e respectivas séries históricas (umidade
relativa do ar, ventos etc.);
3.1.2.1.2 Água:
▪ Hidrografia – identificação das sub-bacias e respectivo mapeamento,
levantamento da existência de vegetação nas áreas de preservação permanente;
disponibilidade de mananciais, análise de usos múltiplos da água;
3.1.2.1.3 Solo e Subsolo
▪ Geologia – descrição da geologia local; caracterização das unidades estratigráficas
e litológicas locais (formações rochosas); avaliação de condicionantes geológicos e
respectivas áreas críticas e potenciais;
▪ Geomorfologia – descrição das unidades geomorfológicas locais; análise do relevo
(hipsometria, declividades e exposição de vertentes à insolação), avaliação de
condicionantes geomorfológicos e respectivas áreas críticas e potenciais;
▪ Pedologia: caracterização das classes de solos locais; determinação das classes de
fragilidade e erodibilidade dos solos; avaliação de condicionantes pedológicos e
respectivas áreas críticas e potenciais;
3.1.2.2 Meio Biológico: O levantamento de dados relativos ao meio biológico
compreende:
3.1.2.2.1 Flora
▪ Vegetação - identificação da vegetação municipal; áreas verdes – análise da
arborização de ruas (espécies, plantio, poda, conflitos com espaço físico disponível e
redes de infra-estrutura, danificação dos passeios, impactos sobre a paisagem etc.);
3.1.2.2.2 Fauna
▪ Identificação da fauna local;
3.1.2.3 Sistema Antrópico
130
3.1.2.3.1 Aspectos Espaciais
O levantamento de dados relativos ao sistema antrópico – aspectos espaciais –
compreendem:
3.1.2.3.2 Uso e Ocupação do Solo
▪ Urbano – caracterização da ocupação (evolução da ocupação, densidade
populacional, tipologias – residenciais, industriais, comerciais, de serviços,
institucionais, especiais – áreas e edificações importantes para o patrimônio
histórico e cultural etc.); análise do parcelamento do solo e suas tendências de
crescimento; aspectos atuais dos loteamentos (classificação em regulares,
irregulares ou clandestinos, dimensão, infra-estrutura existente, características
socioeconômicas etc.); vazios urbanos; análise dos cadastros imobiliários; análise
dos impactos ambientais e socioeconômicos decorrentes do uso e ocupação do solo
urbano; identificação das condicionantes do uso do solo urbano e respectivas áreas
críticas e potenciais;
▪ Rural – caracterização da evolução da ocupação local e do uso do solo rural
(agricultura, pecuária, silvicultura, mineração etc.); análise evolutiva da
espacialização das atividades primárias e suas tendências de crescimento; aspectos
atuais da ocupação rural; análise dos cadastros imobiliários; análise dos impactos
ambientais e socioeconômicos decorrentes do uso e ocupação do solo rural;
identificação das condicionantes do uso do solo rural e respectivas áreas críticas e
potenciais;
3.1.2.3.3 Infraestrutura
▪ Circulação – urbana e rural: caracterização do sistema viário (hierarquia de vias,
características básicas das vias - tipo de pavimentação, passeios, infra-estrutura,
sinalização etc.); análise de fluxos e pontos de conflito viário urbano; caracterização
do sistema de transporte escolar, intermunicipal e de cargas (linhas, características
básicas: pontos e paradas, atendimento etc.);
▪ Saneamento – abastecimento de água: análise do sistema na área urbana e rural
(mananciais, captação e reservação, redes de distribuição e respectiva área de
atendimento, identificação do uso da água por tipologia - comercial, industrial,
residencial, agricultura, pecuária, entre outras, índices de abastecimento de água
etc.); esgotamento sanitário: análise do sistema na área urbana e rural (redes de
coleta e respectiva área de atendimento, tratamento e lançamento de efluentes,
usuários por tipologia – comercial, industrial e residencial, locais com deficiência ou
131
rede de esgoto inexistente, pontos de lançamento de esgoto, estação de tratamento
de esgoto); drenagem urbana: análise do sistema (redes e respectiva área de
atendimento, erosões decorrentes das redes de drenagem, previsão de ampliação
da rede; resíduos sólidos: análise das áreas atendidas (rota e freqüência de coleta,
tratamento e disposição final, aterros, pontos irregulares de despejo, índices de
coleta de resíduos, coleta seletiva, etc.);
▪ Energia: identificação do sistema na área urbana e rural (redes de alta e baixa
tensão, iluminação pública e respectiva área de atendimento, consumo de energia
por tipologia de consumidores etc.);
▪ Comunicações: identificação do sistema de telefonia urbana e rural (rede -
convencional e celular - linhas, postos de serviços, telefones públicos etc. - e
respectiva área de atendimento etc.); identificação dos serviços de correios e
telégrafos (agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT – e
respectiva área de atendimento etc.);
3.1.2.3.4 Aspectos Sócio-Econômicos
O levantamento de dados relativos ao sistema antrópico – aspectos sócio-
econômicos – compreendem:
▪ Demografia - caracterização da população urbana e rural (histórico do crescimento
populacional, densidade demográfica, taxas de crescimento, projeções
demográficas, aspectos migratórios, perfil sociocultural etc.)
▪ Educação – análise dos serviços na área urbana e rural (equipamentos - escolas,
creches etc., índices de matriculados, evasão escolar, etc.); análise de demanda de
serviços de educação e atendimento infantil;
▪ Saúde e Assistência Social – análise dos serviços área urbana e rural
(equipamentos - postos de saúde, hospitais etc. - públicos - municipais, estaduais e
federais - e privados e respectivas áreas de atendimento, índices de mortalidade,
atendimentos/mês, coeficientes de incidência de doenças etc.); análise de demanda
de serviços de saúde e assistência social e previsões institucionais de ampliação dos
serviços;
▪ Cultura, esportes e lazer – análise dos serviços na área urbana e rural
equipamentos - centros culturais, esportivos e/ou de lazer - públicos - municipais,
estaduais e federais - e privados e respectivas áreas de atendimento, etc.); análise
de demanda de serviços de cultura, esportes e lazer e previsões institucionais de
ampliação dos serviços;
132
▪ Habitação - análise das condições habitacionais na área urbana e rural (condições
da habitabilidade, tipologia das construções, infra-estrutura implantada, programas
habitacionais etc.);
▪ Setores Produtivos – atividade agrossilvopastoril (culturas, produção); análise da
atividade extrativo-mineral (produtos, produção); atividade industrial, comercial e
de serviços: (produtos, tecnologias, produção), identificação de áreas críticas e
potenciais para indústrias não poluidoras; atividade turística (produtos, mercado e
desempenho, potencialidades);
▪ Renda e Ocupação da População: análise da renda e ocupação urbana e rural
(população economicamente ativa, oportunidades de emprego, classes de renda
etc.); previsões institucionais de geração de emprego e aumento da renda; avaliação
das condições de emprego e renda;
3.1.2.3.5 Aspectos Institucionais
O levantamento de dados relativos ao sistema antrópico – aspectos institucionais
compreendem:
▪ Estrutura Administrativa: administração pública – análise da estrutura
administrativa municipal (unidades, atuação, funcionários por unidade, etc.); análise
da situação de recursos humanos no município (número de funcionários,
qualificação dos profissionais, necessidades de readequação do quadro de pessoal);
análise de necessidades de treinamento e formação profissional para gestão local;
▪ Base Tributária e Financeira – análise da situação financeira do município
(arrecadação municipal, receitas, despesas, investimento); análise da economia
municipal e novas fontes de arrecadação;
▪ Estrutura Normativa e Legal - caracterização e análise da legislação pertinente nas
esferas federal, estadual, regional e municipal relacionada ao meio ambiente, uso e
ocupação do solo urbano e rural, infra-estrutura e serviços urbanos e regionais,
serviços sociais, administração pública, base tributária e financeira.
Todas as informações citadas serão relacionadas, tabuladas e estarão convenientemente
espacializadas em mapas, em escala adequada para a demonstração da informação,
apresentados em formato A4 e/ou A3 e em meio digital. Na seqüência, as informações serão
analisadas, conforme especificado no item diagnóstico.
133
3.2 DIAGNÓSTICO
Baseado nas informações coletadas na pesquisa será elaborado o diagnóstico. O diagnóstico
será formulado por meio de uma visão da realidade local, das formas de produção do espaço
e das possibilidades ou necessidades de expansão.
Esta fase deve possibilitar respostas imediatas a algumas questões, tais como: definição do
grau de urbanização da área, desenvolvimento do processo de urbanização e determinação
das características de zonas específicas, obtidas através da análise do sistema viário,
equipamentos urbanos e comunitários, perímetro urbano, parcelamento do solo, vazios
urbanos, padrões e gabaritos das edificações, densidades populacionais, áreas
potencialmente preserváveis, áreas de intervenções prioritárias e outras.
A partir das informações obtidas por meio do levantamento de dados e de seus
cruzamentos, é possível definir potencialidades, condicionantes e deficiências das áreas
municipais (HARDT, 1998). Para isso, as informações coletadas serão sobrepostas
objetivando melhorar a análise e conclusões das mesmas.
Para a análise dos elementos positivos, negativos e limitantes do Município, será utilizado o
método denominado de CDP – Condicionantes, Deficiências e Potencialidades, tendo
objetivo é identificar as principais ações a serem propostas para o Município.
As Deficiências são carências que necessitam de ações imediatas, os fatores Condicionantes
possuem restrições necessitando de atenção especial e as Potencialidades significam os
aspectos positivos do Município que necessitam de ações que favoreçam seu
desenvolvimento e sua otimização.
134
3.3 PROGNÓSTICO E PROPOSIÇÕES
Nesta fase, depois de realizada a leitura técnica e a leitura participativa, as equipes técnica
municipal e da consultoria, elaborarão as propostas para o município, objetivando fazer uso
das potencialidades relacionadas, amenizando as deficiências encontradas, considerando
sempre as condicionantes municipais. Serão criados os cenários tendencial, ideal e de
desenvolvimento estratégico para o município, os quais comporão o documento desta fase.
Serão elaboradas minutas de leis municipais, elencados os projetos prioritários, formas de
planejamento e gestão municipal, além do sistema de acompanhamento e controle do PDM.
De acordo com MEIRELLES (1983) as limitações urbanísticas competem às três entidades estatais, resguardando à União a elaboração
do Plano Nacional de Urbanismo e de normas gerais de urbanismo; aos Estados, a elaboração do Plano Estadual de Urbanismo e de
normas urbanísticas regionais e supletivas e complementares das federais; aos municípios, por fim, elaborar e executar o Plano Diretor
do Município e leis e, ou instrumentos complementares responsáveis por promover o ordenamento urbano.
No âmbito federal, a União é competente para legislar a respeito de urbanização nos limites
e parâmetros constantes na Constituição Federal de 1988, especificamente através dos
artigos 182 e 183, que tratam do capítulo relativo à Política Urbana. Esses artigos asseguram
maior autonomia aos municípios, que passaram a ter maior liberdade para a gestão local,
uma vez que a política de desenvolvimento urbano será executada pelo poder público
municipal, através do planejamento territorial e da gestão urbana, objetivando o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade, promovendo o bem estar de seus
habitantes, garantindo o direito à Cidade para todos os que vivem nela (IBAM, 1993).
Na abordagem municipal, os municípios possuem a atribuição de editar e executar o Plano Diretor ou plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado, o qual se constitui num “complexo de normas legais e diretrizes técnicas para o desenvolvimento global e
constante do Município, sob os aspectos físico, social, econômico e administrativo, desejado pela comunidade local” (MEIRELLES, 1983).
Trata-se de um processo contínuo de planejamento (não estático), que estabelece as prioridades nas realizações do governo local,
ordena o crescimento da cidade e disciplina as atividades urbanas em benefício da coletividade.
Baseado na definição das macrozonas será elaborada a Legislação Básica que compreenderá
a elaboração das Minutas de Anteprojetos das Leis: Lei do Plano Diretor Municipal, Lei de
Uso e Ocupação do Solo, Lei dos Perímetros Urbanos (Perímetros de Expansão Urbana), Lei
do Parcelamento do Solo, Lei do Sistema Viário, Lei do Código de Edificações e Obras e Lei do
Código de Posturas.
135
Na seqüência, baseado na estrutura atual, será proposto o Processo de Planejamento e
Gestão Municipal, que contará com a adequação da estrutura organizacional da Prefeitura
Municipal e organização de sistema de informações. Para isso, o quadro técnico da
prefeitura poderá necessitar de modernização, necessitando ser re-estruturado e
capacitado, em face da tecnologia e das atividades que os novos produtos irão requerer
numa rotina inicial de inovações incrementais (SILVA et al, 2002).
Por fim, procurando indicar as ações e os projetos prioritários para o município, será
elaborada a Proposta de Plano de Ação e Investimentos.
3.4 CAPACITAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA MUNICIPAL E DA COMISSÃO DE
ACOMPANHAMENTO
Os membros da Equipe Técnica Municipal, bem como os membros da Comissão de
Acompanhamento, serão capacitados pela Consultoria, ao final de cada uma das fases do
PDM. Estes eventos estão previstos em cada fase e terão objetivos diferentes para os dois
grupos, sempre por meio de reuniões de explicativas e reuniões de trabalho.
3.4.1 Equipe Técnica Municipal
Comporão os temas da capacitação, no caso do grupo formado por funcionários e servidores
municipais: (i) conceito e finalidade do Plano Diretor, (ii) retomada e análise da metodologia
utilizada na construção de cada uma das fases, (iii) reavaliação do Plano de Trabalho, (iv)
aprofundamento dos instrumentos do Estatuto da Cidade.
3.4.2 Comissão de Acompanhamento
Na capacitação programada para a Comissão de Acompanhamento, as questões abordadas
envolverão temas como: (i) conceito e finalidade do Plano Diretor, (ii) embasamento
técnico-administrativo-legal do PDM, (iii) competências, organização e funcionamento da
136
Comissão de Acompanhamento da elaboração do PDM, (iv) criação, atribuições, composição
e funcionamento do Conselho de Desenvolvimento Municipal, (v) objetivos da participação e
do controle social na implementação do processo permanente de planejamento.
3.5 AUDIÊNCIA PÚBLICA E CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA CIDADE
As Audiências Públicas e a Conferência Municipal da Cidade serão realizadas durante o
processo de elaboração do plano diretor, objetivando garantir a gestão democrática para o
Município. Para isso, serão realizadas em locais públicos, mediante ampla divulgação (como
apregoa a legislação pertinente), incentivando a participação dos órgãos colegiados de
política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal, a sociedade civil organizada e a
população de forma geral. Nas audiências e na conferência serão expostas e discutidas as
principais propostas para o Município. Durante o processo será promovida a publicidade e o
acesso, à qualquer interessado, quanto aos documentos e informações produzidos.
3.5.1 PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO
O estatuto da cidade prioriza a participação da população a de associações representativas
dos vários segmentos da comunidade, de modo a garantir o controle direto de suas
atividades e o pleno exercício da cidadania.
As audiências públicas e os debates servirão para se definir a metodologia da elaboração do
plano diretor, possibilitando a participação em todas as etapas definidas. Assim a
participação deve ser ajustada a cada etapa na elaboração do plano diretor, considerando as
especificidades dos objetivos a serem alcançados. Esse é um processo cíclico e contínuo.
Parte-se para a mobilização da sociedade, anunciando-se o início da elaboração das regras e
do processo do plano diretor municipal. Feita a mobilização, efetua-se a capacitação da
população para que esta possa entender o que é o plano diretor, e a sua importância como
instrumento para resolução dos problemas da sua cidade. Essa capacitação realiza-se dentro
da prefeitura e estimula a interação entre as diversas áreas envolvidas, é a troca de saberes
entre técnicos e lideranças da sociedade civil. Essa interação proporciona uma melhor leitura
da cidade como um todo, identificando as principais questões locais, dimensionando e
qualificando pontos fundamentais para o processo de planejamento urbano.
137
Após a leitura da cidade a consultoria deve discutir as estratégias, supervisionada pela
equipe técnica municipal, o qual deve integralizar a leitura da cidade feita pela consultoria
com a realidade da comunidade. E estabelecer se as propostas da consultoria podem tornar
ou não reais. Essas propostas tornam-se leis caso aprovadas na câmara e a cidade passa a
vivenciar exigências da comunidade geral. A sociedade deve fazer um monitoramento na
prefeitura sobre aquelas leis em que ela deu sua opinião.
3.5.1.1 1ª Audiência Pública do Plano Diretor Municipal
A 1ª Audiência Pública do Plano Diretor Municipal englobará apresentações e debates
referentes ao Plano Diretor Municipal, contemplando as seguintes pautas:
3.5.1.1.1 Propostas para a implementação de processo de planejamento
local e estratégias para a elaboração do Plano Diretor Municipal -
PDM, em observação aos requisitos constitucionais e legais,
respeitando ainda as resoluções do Conselho Nacional das Cidades;
3.5.1.1.2 O que é o Estatuto da Cidade? Quais cidades são obrigadas a ter o
Plano Diretor? Porque o Município de Santana do Itararé é
obrigado a fazer o plano diretor?
3.5.1.1.3 Mobilização e importância da participação comunitária no Plano
Diretor Municipal – PDM, definindo o que é e para que serve o
plano diretor?
3.5.1.1.4 Identificação de entidades, associações e movimentos sociais
atuantes no município;
3.5.1.1.5 Criação de Comissão de Acompanhamento da Elaboração do Plano
Diretor Municipal – PDM, sua composição e atribuições;
3.5.1.1.6 Sondagens iniciais sobre as necessidades e aspirações comunitárias
afetam ao Plano Diretor Municipal – PDM;
3.5.1.1.7 Participação da comunidade através de questionários a respeito do
Município, objetivando conhecer os principais anseios e sugestões
da população.
3.5.1.1.8 Na1ª audiência já serão mostrados alguns mapas do Município bem
como serão mostradas algumas imagens, ilustrando o tema;
138
A 1ª Audiência Pública do Plano Diretor Municipal respeitará os pressupostos da Resolução
nº. 25 do Conselho Nacional das Cidades, devendo para isso, seguir as seguintes orientações:
convocação por edital com ampla divulgação (com antecedência mínima de 15 dias), além
de convocação da Audiência Pública através de panfletos e divulgação na rádio local. A
Audiência será realizada na Câmara Municipal, às 18:00 horas, objetivando maior número de
participantes; Execução de Ata; Gravação da audiência (Resolução nº. 25, art. 8, inciso V);
Lista de Presença, esclarecendo número da audiência, data e horário, local, descrevendo
Nome, endereço, telefone, email, função e entidade de cada participante; disponibilização,
com antecedência mínima de 15 dias, à população em geral, do conteúdo que será discutido
e demonstrado na Audiência; Discussões e debates aos presentes; Publicação e divulgação
dos resultados a toda a população, bem como inclusão na Minuta do Anteprojeto de Lei do
Plano Diretor Municipal dos resultados da Audiência Pública.
3.5.1.2 2ª Audiência Pública do Plano Diretor Municipal
A 2ª Audiência Pública do Plano Diretor Municipal respeitará os pressupostos da Resolução
nº. 25 do Conselho Nacional das Cidades, devendo para isso, seguir as seguintes orientações:
convocação por edital com ampla divulgação (com antecedência mínima de 15 dias), além
de convocação da Audiência Pública através de panfletos e divulgação na rádio local. A
Audiência será realizada na Câmara Municipal, às 18:00 horas, objetivando maior número de
participantes; Elaboração de Ata; Gravação da audiência (Resolução nº. 25, art. 8, inciso V);
Lista de Presença, esclarecendo número da audiência, data e horário, local, descrevendo
Nome, função e entidade de cada participante; Disponibilização, com antecedência mínima
de 15 dias, à população em geral, do conteúdo que será discutido e demonstrado na
Audiência; Discussões e debates aos presentes; Publicação e divulgação dos resultados, a
toda a população, bem como inclusão na Minuta do Anteprojeto de Lei do Plano Diretor dos
resultados da Audiência Pública.
3.5.1.2.1 Apresentação dos resultados tabulados referentes à 1ª Audiência
Pública do Plano Diretor Municipal;
3.5.1.2.2 Apresentação da síntese do diagnóstico da realidade municipal,
baseando-se no produto da Fase 2 - Avaliação Temática Integrada;
139
3.5.1.2.3 Apresentação dos cenários construídos com base nas diretrizes e
proposições do PDM, de acordo com o produto da Fase 3 -
Diretrizes e Proposições;
3.5.1.2.4 Manifestação da Sociedade Civil com sugestões para o
aprimoramento das diretrizes e proposições apresentadas.
3.5.1.3 3ª Audiência Pública do Plano Diretor Municipal
A 3ª Audiência Pública do Plano Diretor Municipal respeitará os pressupostos da Resolução
nº. 25 do Conselho Nacional das Cidades, devendo para isso, seguir as seguintes orientações:
convocação por edital com ampla divulgação (com antecedência mínima de 15 dias), além
de convocação da Audiência Pública através de panfletos e divulgação na rádio local. A
Audiência será realizada na Câmara Municipal, às 18:00 horas, objetivando maior número de
participantes; Execução de Ata; Gravação da audiência (Resolução nº. 25, art. 8, inciso V);
Lista de Presença, esclarecendo número da audiência, data e horário, local, descrevendo
Nome, função e entidade de cada participante; Disponibilização, com antecedência mínima
de 15 dias, à população em geral, do conteúdo que será discutido e demonstrado na
Audiência; Discussões e debates aos presentes; Publicação e divulgação dos resultados, a
toda a população, bem como inclusão na Minuta do Anteprojeto de Lei do Plano Diretor dos
resultados da Audiência Pública.
3.5.1.3.1 Apreciação das Proposições para a Legislação Básica (Minutas de
Anteprojetos de Leis);
3.5.1.3.2 Aprovação das ações, dos projetos prioritários e dos investimentos
públicos municipais necessários à implementação do PDM, baseado
no produto da Fase 5 - Plano de Ação e Investimentos;
3.5.1.3.3 Avaliação dos Produtos Finais do Plano Diretor Municipal – PDM.
3.5.2 Conferência Municipal da Cidade
Será realizada uma Conferência Municipal, em conjunto para a 3º. Audiência, tendo como
tema o Plano Diretor Municipal com os seguintes objetivos:
3.5.2.1 Entrega do Plano Diretor Municipal ao Município;
3.5.2.2 Garantir a instauração de um processo permanente de planejamento,
visando obter o comprometimento do poder público municipal com a
140
implementação do PDM construído coletivamente e na sua atualização
permanente;
3.5.2.3 Criar o Conselho de Desenvolvimento Municipal, a partir da experiência da
Comissão de Acompanhamento – CA da Elaboração do Plano Diretor
Municipal – PDM e dos demais Conselhos Municipais existentes, definindo
sua composição e suas atribuições;
3.5.2.4 Obter o comprometimento da Câmara de Vereadores com a aprovação do
PDM construído coletivamente.
4. EQUIPE TÉCNICA, COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO, CONSULTORIA E
FISCALIZAÇÃO E SUPERVISÃO
4.1.1. EQUIPE TÉCNICA MUNICIPAL
A Equipe Técnica Municipal participará ao longo de todo processo de elaboração do PDM, e
garantirá as condições de realização de todas as tarefas e atividades necessárias à
construção deste projeto. A Equipe Técnica Municipal terá como competências:
a) Coordenar e desenvolver o PDM no caso de sua elaboração por técnicos do próprio
município;
b) Assegurar a construção do processo do PDM de acordo com os fins propostos no Termo
de Referência, subsidiando a consultoria com dados, informações e apoio logístico
(equipamentos audiovisuais tais como projetores multimídia, retroprojetores etc...);
c) Aprovar, propor alterações e/ou complementações nos documentos entregues pela
consultoria ao longo das diversas etapas do processo, subsidiando, entre outros objetivos, o
faturamento e o pagamento da mesma;
d) Dar conhecimento aos demais gestores da administração municipal a respeito do
processo de construção do PDM;
e) Convocar a participação de outras secretarias ou órgãos do poder público e/ou convidar
agentes representantes da sociedade civil para subsidiar a elaboração do relatório de
avaliação;
f) Mediar e fazer a interlocução entre o poder executivo municipal e a consultoria durante o
processo;
g) Coordenar o processo de participação da sociedade civil na elaboração do PDM;
h) Tornar público o processo de revisão do PDM, instrumentalizando os meios de
comunicação com informações.
141
A composição da Equipe Técnica Municipal dependerá da estrutura organizacional da
Prefeitura Municipal e do perfil dos recursos humanos com potencial para participação,
efetivos e comissionados. Durante o processo de construção do PDM, os funcionários da
Prefeitura, integrantes da Equipe Técnica, terão parte de seu tempo de trabalho reservado
para dedicar-se às tarefas relacionadas à construção do PDM.
Poderão compor a Equipe Técnica Municipal: técnicos de diversas Secretarias Municipais e
necessariamente os vinculados à Secretaria/ Assessoria/ Departamento de Planejamento, de
Urbanismo, de Obras ou Serviços Públicos, Meio Ambiente. Em função das atribuições
previstas para esta equipe, seus integrantes devem preferencialmente ter um perfil técnico,
cuja formação pode ser: Arquiteto ou Arquiteto Urbanista, Engenheiro, Advogado,
Administrador, Economista, Sociólogo, Assistente Social, Fiscais de Obras, Posturas e
Finanças, técnicos que trabalham com expedição de alvarás, pessoal do Cadastro Técnico
Imobiliário e Econômico, entre outros.
A Equipe Técnica terá um coordenador, o qual terá como função principal a integração da
equipe técnica e Comissão de Acompanhamento com o Paranacidade e com a Consultoria. É
o coordenador que deve agendar com a Equipe Técnica e com a Comissão de
Acompanhamento, os treinamentos, as reuniões técnicas, é ele quem deverá se
responsabilizar perante as ações que dependem do Município para a Elaboração do Plano
Diretor, como por exemplo, a coleta de dados.
A Equipe Técnica Municipal, para acompanhamento e fiscalização da elaboração do PDM,
nomeada pelo Decreto Nº 07/2010, é composta dos seguintes membros:
NOME SECRETARIAS
Maria Gabriela Batista
Secretaria de Desenvolvimento do Município
Vânia Cararo Damião
Secretaria de Desenvolvimento do Município
Josué Mariot Junior
Secretaria de Administração e Planejamento
Eliceia Costin
Secretaria de Administração e Planejamento
Adão Mario Vojivoda
Secretaria de Serviços Públicos
Simone Aparecida Gonçalves
Secretaria Municipal de Saúde
Cecília Pereira
Secretaria Municipal de Educação
142
Rodrigo Braga
Secretaria Municipal de Fazenda
João Istschuk Sobrinho
Secretaria Municipal de Fazenda
Ednéia Mendonça Cardoso
Secretaria Municipal de Fazenda
Carlos Augusto Garcia
Coordenação Geral de Governo
Roberta Barco Lopes
Coordenação Geral de Governo
obs. A Equipe técnica municipal foi alterada no decorrer do trabalho.
4.1.2. COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR
MUNICIPAL
O objetivo da Comissão é acompanhar e opinar nas diferentes fases do processo de
elaboração do Plano Diretor Municipal e posteriormente contribuir na criação, definição de
atribuições, composição e funcionamento do Conselho de Desenvolvimento Municipal.
Devem integrar esta Comissão, o coordenador da Equipe Técnica Municipal, representantes
da Câmara de Vereadores e dos segmentos organizados da sociedade civil local, como por
exemplo, Conselhos Municipais e de Bairro, Associações de Moradores.
Esta Comissão, juntamente com a Equipe Técnica Municipal, acompanhará e opinará nas
diferentes fases do processo correspondentes à elaboração do PDM, e posteriormente,
contribuirá na criação, definição das atribuições, composição e funcionamento do Conselho
de Desenvolvimento Municipal.
Esta Comissão deverá ser formalmente criada até a Primeira Audiência Pública e terá como
atribuições:
4.1.2.1. Elaborar o seu Regimento Interno;
4.1.2.2. Acompanhar as oficinas locais, regionais e as audiências públicas, em
todas as fases do processo;
4.1.2.3. Contribuir na construção coletiva do PDM;
4.1.2.4. Cumprir as prerrogativas estabelecidas pelo Estatuto da Cidade no que
diz respeito à participação da sociedade e construção de um PDM
democrático;
4.1.2.5. Auxiliar na mobilização da sociedade durante o processo de
construção participativa do PDM.
143
A Comissão de Acompanhamento – CA, nomeada pelo Decreto 07/2010, é composta dos
seguintes membros:
NOME ÓRGÃOS
Márcia Cristina Vieira de Jesus
Eurico Machado Associação Comercial e Industrial de Roncador:
Ildefonso Keller
Celso Augusto Ficagna
Rotary Club de Roncador
Cerli Aparecida Alves dos Santos Associação de Moradores
Luiz Polinarski
Central de Associações de Produtores do Município de
Roncador
Mariano Almeida Machado Conselho Municipal de Turismo
Fernando Borda Representante das Cooperativas
Norberto de Freitas Velasques Representante das Instituições Financeiras
Elzo Nunes Alves Representante da EMATER
Dionísio Oliveira Cardoso
Edison José Pietrowski
Edna Aparecida Assis Korpan
Vilma Martelli
Antonio Donizete da Silva
Osvaldo Lavezzo
Jose Luzia Fonseca
Pedro Ferreira de Castro
Nilton Cesar Campos
Representantes do Poder Legislativo
obs. A Comissão de Acompanhamento foi alterada no decorrer do trabalho.
4.1.3. CONSULTORIA
A Consultoria, de acordo com o Termo de Referências, deverá:
4.1.3.1. Cumprir todas as etapas previstas no Termo de Referência para a
elaboração do PDM;
144
4.1.3.2. Elaborar o PDM baseado nas prerrogativas previstas no termo de
Referência e na legislação ambiental pertinente;
4.1.3.3. Promover os treinamentos da Equipe Técnica e da Comissão de
Acompanhamento;
4.1.3.4. Entregar os documento constantes no presente Plano de Trabalho,
assim como o conteúdo programático do processo de capacitação da
Equipe Técnica e da Comissão de Acompanhamento referente à cada uma
das fases e relatórios das fases;
4.1.3.5. Conduzir as Audiências Públicas e a Conferência Municipal da Cidade;
A equipe técnica da empresa consultora é composta pelos seguintes membros descritos a
seguir cujos serviços a serem executados são:
NOME
FORMAÇÃO 3°
GRAU
RESPONSABILIDADE PELOS SERVIÇOS
(a)
PERÍODO ESTIMADO DEPARTICIPAÇÃO
N° de dias úteis Carga horária total
SUSANNE C. PERTSCHI Arquiteta
Urbanista Coordenador geral 180 540 horas
MÖNICA J. DE CASTRO Arquiteta
Urbanista
Análise Temática Integrada; Diretrizes
e Proposições; Legislação Básica; Plano
de Ação e Investimentos
180 540 horas
ADILSON LUIZ
BORGES
Engenheiro
Cartógrafo
Análise Temática Integrada; Diretrizes
e Proposições 90 360 horas
JOÃO PAULO PERON Engenheiro
Cartógrafo
Análise Temática Integrada; Diretrizes
e Proposições 90 360 horas
BRASILIO VICENTE DE
CASTRO NETO Advogado Legislação Básica 30 120 horas
VANESSA JANKE DE
CASTRO Advogada Legislação Básica 30 120 horas
KARLO JOSIP
PERTSCHI
Economista e
Contador
Análise Temática Integrada –
Capacidade de Endividamento e Plano
de Ação e Investimentos
30 120 horas
IVAN KARLO PERTSCHI Turismólogo Análise Temática Integrada; Diretrizes
e Proposições 30 120 horas
ALEXANDRE WITHERS
PROSDOCIMO Administrador
Análise Temática Integrada; Diretrizes
e Proposições 30 120 horas
4.1.4. FISCALIZAÇÃO
145
A fiscalização da execução dos serviços será feita pelo coordenador da Equipe Técnica. O
PARANACIDADE supervisionará o andamento dos serviços sempre que julgar necessário,
através da visita de seus técnicos, os quais deverão ter livre acesso aos escritórios e/ou aos
locais onde os serviços estiverem sendo realizados. A fiscalização e supervisão
compreenderá o direito de:
4.1.4.1. Verificar os serviços em andamento;
4.1.4.2. Interromper qualquer trabalho em conflito com o Termo de
Referência, contrato e demais documentos licitatórios;
4.1.4.3. Aceitar alterações na seqüência das atividades, conforme venha a ser
requerido por motivo de força maior;
4.1.4.4. Aprovar ou não os métodos de trabalho propostos pela contratada;
4.1.4.5. Exigir, sem aviso prévio, a retirada de qualquer empregado da
contratada que possa prejudicar o desenvolvimento dos serviços, e
4.1.4.6. Emitir instruções técnicas ou administrativas, conforme sejam
requeridas para uma condução mais adequada dos serviços de consultoria.
No desempenho destas tarefas, a Equipe Técnica e o técnico do PARANACIDADE contarão
com a total colaboração da consultoria.
Qualquer serviço, material e/ou produto ou parte do mesmo exigido no Termo de
Referência, que a fiscalização verifique incongruência, defeitos, vícios e/ou incorreções
deverá ser prontamente refeito, corrigido, e/ou substituído pela consultoria para possibilitar
seu pagamento.
5. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
A execução dos trabalhos ocorrerá com um prazo previsto de 180 (cento e oitenta) dias
contados a partir da assinatura do contrato, de acordo com cronograma que segue:
146
FASES
4/2/
2010
PLA
NO
SU
SPEN
SO T
EMPO
RA
RIA
MEN
TE
13/1
2/20
10
30/3
/201
1
26/0
4/20
111
26/4
/201
1
26/5
/201
1
Plano de Trabalho
1ª Audiência Públ ica Municipa l
Treinamento da Equipe Técnica Municipa l
e Comissão de Acompanhamento
Levantamento de dados e Informações
Aval iação da Temática Integrada
Treinamento da Equipe Técnica Municipa l
e Comissão de Acompanhamento
Definição de Diretrizes e Propos ições
Treinamento da Equipe Técnica Municipa l e
Comissão de Acompanhamento
2ª Audiência Públ ica Municipa l
Propos ição da Legis lação Bás ica
Treinamento da Equipe Técnica Municipa l
e Comissão de Acompanhamento
Processo de Planejamento e Gestão Municipa l
Treinamento da Equipe Técnica Municipa l
e Comissão de Acompanhamento
Proposta de Projetos de Investimentos
3ª Audiência Públ ica Municipa l
Conferência Municipa l da Cidade
Elaboração do Volume Fina l
Entrega à Pref. Munic. e à SEDU/Paranacidade
3ª
FASE
0/1/1900
7/4/2011
1ª Audiência Pública Municipal
2/3/2010
12/5/2011
2ª Audiência Pública Municipal
3ª Audiência Pública Municipal
12/5/2011Treinamento da Equipe Técnica Municipal e da Comissão de Acompanhamento
Treinamento da Equipe Técnica Municipal e da Comissão de Acompanhamento
28/4/2011
Estas datas estão sujei tas a a l teração conforme disponibi l idade da SEDU/ PARANACIDADE e Prefei to Municipa l , e de acordo com desenvolvimento
Treinamento da Equipe Técnica Municipal e da Comissão de Acompanhamento
Treinamento da Equipe Técnica Municipal e da Comissão de Acompanhamento
do trabalho.
5ª
FASE
4ª
FASE
10/3/2011
Treinamento da Equipe Técnica Municipal e da Comissão de Acompanhamento
Datas Previstas para as Audiências Públicas e treinamentos dos Técnicos Municipais e da Comissão de Acompanhamento
7/4/2011
1ª F
ASE
2ª F
ASE
obs. O cronograma foi ajustado no decorrer do trabalho.
71.1 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
7.1 ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Por volta de 1920, a Comissão Exploradora do trecho de Guarapuava – Campo Mourão,
encarregada de demarcar a estrada que faria a ligação do Paraná ao Mato Grosso, instalou
um acampamento onde hoje se localiza a sede do Município de Roncador. Com a derrubada
das matas, foram surgindo as primeiras plantações, como também as criações de suínos.
147
A colonização de Roncador teve início em 1923, com a chegada das primeiras famílias dos
senhores João Mariano e Jorge Rodrigues Monteiro, seguido pela família Mendes em 1927,
em 1933 pela família Kovalek e em 1936 pela família Vogivoda.
Em 1927, foi criada a primeira estrada para carroças, em empreitada com o Governo do
Estado, Dr. Afonso Camargo. A partir daí, começaram a chegar mais famílias de diferentes
regiões e estado.
O Professor Sr. Paulo Schner, foi o responsável por lecionar as primeiras letras às crianças
em 1934. Em 1944, a Sra. Verônica Zola é nomeada como primeira professora estadual a
lecionar em Roncador. Com o crescimento progressivo do vilarejo, em 1952, dá-se a
abertura do Colégio Nossa Senhora da Graça pela Congregação das Irmãs da Imaculada
Virgem Maria.
Com a chegada da família do Sr. Casemiro Maybuk, em 1936, deu-se início ao comércio com
a abertura da primeira casa comercial que continha produtos trazidos de Guarapuava e
Ponta Grossa.
Roncador é elevado à categoria de Distrito de Campo Mourão pela Lei n° 613 de 27 de
janeiro de 1951. Nesta mesma época instala-se o Cartório de Registro Civil, sendo o Sr.
Hotílio Caetano Pinto o seu cartorário; acontecem também as nomeações do primeiro
delegado, Sr. Varcílo Korpan e do primeiro Juiz de Paz, o Sr. Paulo Kovalek.
Com a Lei n° 4245 de 25 de julho de 1960, Roncador foi elevado à categoria de município.
Por intermédio do Decreto n° 31.473 de 18 de agosto de 1960, do governador Moisés
Lupion, foi nomeado o primeiro prefeito, Sr. João Otales Mendes, o qual transferiu seu cargo
para o primeiro prefeito eleito de Roncador, o Sr. Eleutério Gaudino Andrade, nas eleições
de 05 de novembro de 1961, data esta em que se comemora a emancipação política do
município.
7.2 ASPECTOS REGIONAIS
O Município de Roncador pertence de acordo com a divisão do Instituto Paranaense de
Desenvolvimento Econômico e Social – IPARDES, à Região Centro-Ocidental Estado do
Paraná (figura 01). Toda a extensão da mesorregião está localizada no terceiro planalto, que
148
é constituído por derrames basálticos. É composta por 25 municípios, conforme
demonstrado na figura 02. Possui como principais divisas geográficas o Rio Piquiri,
configurando-se como limite a oeste, e o Rio Ivaí, como limite a leste. A mesorregião
encontra-se nos domínios fitogeográficos de três biomas distintos: a Floresta Estadual
semidecidual (FES), A Floresta Ombrófila Mista (FOM) e em pequenas proporções as Estepes
(Cerrado) (IPARDES, 2004).
FIGURA 01: LOCALIZAÇÃO DA MESORREGIÃO CENTRO OCIDENTAL
Fonte: IPARDES, 2004
149
As primeiras ocupações da mesorregião são do período colonial, em função dos
exploradores espanhóis e de bandeirantes. Porém, de acordo historiadores, a ocupação
efetiva da região é anterior ao início do século XX, sobretudo nos anos 50 e 60, no contexto
da expansão da fronteira agrícola paranaense, com o advento das colônias de povoamento
implantadas tanto pelas companhias privadas quanto pelo poder público estadual (IPARDES,
2004).
A ocupação da região é semelhante a outras partes do Estado do Paraná, principalmente
devido à comercialização das terras, em pequenas frações por meio de loteamentos. Esses
empreendimentos atraíram para a região milhares de trabalhadores, que, juntamente com
suas famílias, formaram pequenas e médias propriedades voltadas à produção para
consumo próprio e para comercialização. Os principais produtos comercializados na região
eram milho, arroz, feijão, hortelã, algodão, entre outros, bem como a suinocultura e a
exploração da madeira.
FIGURA 02 – MUNICÍPIOS QUE INTEGRAM A MESORREGIÃO CENTRO- OCIDENTAL
Fonte: IPARDES, 2004
150
Quanto à população, a mesorregião Centro-Ocidental alcançou o início da década de 70
cerca de 530 mil habitantes, representando uma área razoavelmente populosa do interior
do Estado, tendo a maior parte da população residindo no meio rural. Entre 1970 e 1980 a
mesorregião foi uma das que evidenciaram as mais altas taxas de decréscimo populacional,
tanto em termos rurais quanto ao que se refere ao conjunto da população. No período entre
1995 e 2000 a mesorregião continuou a registrar perdas consideráveis de população.
Embora a mesorregião receba consideráveis fluxos imigratórios, particularmente vindos de
outras áreas do Estado, suas perdas são bem mais volumosas, provocando um saldo
negativo nas trocas populacionais (FIGURA 03) (IPARDES 2004).
Com relação aos aspectos de infraestrutura, nas áreas urbanas da mesorregião, o
abastecimento de água potável e a coleta de lixo atendem a grande maioria da população. O
esgotamento sanitário é bastante precário na maioria das cidades. Na Área Rural, as
condições de saneamento são bastante precárias. (IPARDES, 2004).
FIGURA 03: FLUXOS MIGRATÓRIOS DO PARANÁ
Fonte: SEDU, 2004
151
Quanto à estrutura setorial municipal, a agricultura representa 15% do emprego formal em
12 dos 25 municípios da mesorregião. Em 16 municípios a participação administrativa
superou 30%, refletindo a baixa formalização das atividades privadas, principalmente nos
municípios de menor porte. É importante destacar que esta é uma das mesorregiões do
Estado com maior dependência de atividades agropecuárias no que se refere à ocupação,
tendo importância inclusive na geração de emprego formal. Por outro lado é a mesorregião
com menor participação da indústria no total da ocupação.
Em função do desenvolvimento da agricultura, em Campo Mourão localiza-se a sede da
Cooperativa Agropecuária Mourãoense (COAMO), a maior cooperativa da América Latina.
Possuindo 18 mil associados e atuando em 50 municípios, apresenta importante estrutura
agroindustrial. Com destaque para o processamento de soja e algodão, é a maior
exportadora de produtos agrícolas e agroindustriais do Estado. A produção que mais se
destaca é a de soja.
Quanto às indústrias, merecem destaque as agroindústrias e cooperativas. No comércio e
serviços, na Mesorregião Centro Ocidental merecem destaque as atividades voltadas ao
mobiliário, derivados de mandioca, vestuário, e desdobramento de madeira. (IPARDES,
2004).
Quanto à educação, no que diz respeito à taxa de freqüência à Centro de Educação Infantil
pelas crianças de 0 a 3 anos, verifica-se que nove Municípios atingem uma freqüência
superior a média do Estado que é de aproximadamente 10%. O Município melhor
classificado é o de Rancho Alegre, que possui freqüência escolar à Centro de Educação
Infantil de aproximadamente 17,6%. O indicador de freqüência à escola por parte das
crianças de 4 a 6 anos, correspondente à pré-escola, atinge a média de 53,3% no Estado. Na
mesorregião, 16 municípios ultrapassam a média Estadual, sendo que 9 atendem a mais de
60% das crianças dessa faixa etária. Merece destaque o Município de Fênix por apresentar
taxa de 90,6% de freqüência escolar.
No que tange à freqüência ao ensino das crianças de 7 a 14 anos, a média verificada no
Estado é de 95,7%. Possuindo 18 municípios com taxas superiores a esse valor, destaca-se
Quarto Centenário com 99,1%. Com relação à freqüência por parte dos jovens de 15 a 17
anos, a média do Estado atinge 73,1%. Na mesorregião oito municípios ultrapassam esse
valor, cabendo destacar Boa Esperança com 82,1%. A freqüência à escola por parte dos
152
jovens de 18 a 22 anos é inferior a 40% em todos os municípios da mesorregião, com
exceção de Peabiru, onde 41,1% dos jovens dessa faixa etária freqüentam escola. Ainda que
parcela importante deste grupo possa estar freqüentando a educação de jovens e adultos –
o antigo supletivo –, dado o significativo número de alunos matriculados nessa modalidade
de ensino em municípios da região, não se pode descartar a possibilidade de que parte deles
possa estar cursando o ensino superior (IPARDES, 2004). Outro indicador relevante para
caracterizar o grau de instrução da população regional é o número médio de séries
concluídas pela população de 15 anos ou mais. Esse indicador não apresenta grande
variação entre os municípios da região Centro-Ocidental. De modo geral, a população adulta
não conseguiu completar as oito séries do ensino fundamental: a média de séries concluídas
no Estado é 6,5. (IPARDES, 2004).
O coeficiente de mortalidade infantil, de acordo com o IPARDES (2011) no Município é da
ordem de 7,41, enquanto que no Estado é de 11,65. No que diz respeito à saúde, quanto à
mortalidade infantil, na mesorregião Centro-Ocidental, a maioria dos municípios registrou
coeficientes bem superiores ao do Estado, cerca de 20,3 óbitos de menores de um ano por
mil nascidos vivos. O perfil de mortalidade da mesorregião Centro-Ocidental acompanha a
média do Estado, registrando, em 2000, mais de 61% de óbitos associados a apenas três
grupos de causas: doenças do aparelho circulatório (39,2%), neoplasias (12,2%) e doenças do
aparelho respiratório (10,2%) (IPARDES, 2004).
No que diz respeito à saúde, quanto à mortalidade infantil, na mesorregião Centro-
Ocidental, a maioria dos municípios registrou coeficientes bem superiores ao do Estado,
cerca de 20,3 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos. O perfil de mortalidade
da mesorregião Centro-Ocidental acompanha a média do Estado, registrando, em 2000,
mais de 61% de óbitos associados a apenas três grupos de causas: doenças do aparelho
circulatório (39,2%), neoplasias (12,2%) e doenças do aparelho respiratório (10,2%)
(IPARDES, 2004).
Neste contexto insere-se o Município de Roncador, com 11.544 habitantes (IBGE, 2010),
área territorial de 741, 053 Km² (ITCG, 2008), distante da Capital 427,06 km (SETR, 2008).
Quanto à tipologia, o Município é considerado em transição do urbano de pequena
dimensão. Seu grau de urbanização é 61,73%, ficando acima da média da região da ordem
de 54,16% e abaixo do Estado, 81,40%. O nível de centralidade, baseado nas informações do
153
IBGE 2000, é fraco ou muito fraco (IPARDES, 2003). O Município possui forte
interdependência com o Município de Campo Mourão conferindo a ele o papel
concentrador das funções urbanas mais complexas.
7.3 O MUNICÍPIO
Com área total de 741, 053 km² (IPARDES, 2010), o território do Município de Roncador
ocupa apenas 9% com a Sede do Município e 1,28% pelo Distrito de Alto São João, o
restante, considerado como área rural. No Município são identificadas 33 localidades
denominadas de: São Domingos, Gomes, Rio Azul, Cateto, Cancan de Cima, Cancan do Meio,
Canan de Baixo, Jararaca, Barro Preto I, Barro Preto II, Macaco, Rio das Barras I, Rio das
Barras II, Mato Queimado, Rio Bonito, Palmital 43, Faxinalzinho, Barriquinha, Mosqueteiro,
Aterrado Alto, Formoso, Santo António, Vista Alegre, Cruzamento, Gleba VIII, III Estrelas,
Água da Cruz, Água do Alípio, Moringa, Beira Rio, Mandaçaia, Alto São João, Palmital de
baixo (mapa 01).
Segundo dados da Prefeitura Municipal de Roncador (PMR) as localidades mais
desenvolvidas são: Santo Antônio, São João, Rio Bonito, Barriquinha, Rio Formoso, Palmital
43, Mosquiteiro, Cateto, Vista Alegre e Macaco.
Quanto aos dados populacionais, Roncador possuía em 2010, segundo dados do IBGE,
11.544 habitantes e densidade demográfica de 15,58 hab./km² (IPARDES, 2010). De acordo
com dados da contagem populacional, o número de habitantes no Município em 2007 era
de 12.265 habitantes. O Município é integrante da Associação dos Municípios do Centro do
Paraná – AMOCENTRO – composta por 16 Municípios da região, sendo eles: Altamira do
Paraná, Boa Ventura de São Roque, Campina do Simão, Cândido de Abreu, Guarapuava,
Iretama, Laranjal, Manoel Ribas, Mato rico, Nova Tebas, Palmital, Pitanga, Roncador, Rosário
do Ivaí, Santa Maria do Oeste e Turvo.
TABELA 01 – DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO
Localização Centro - Ocidental do Estado do Paraná
154
Coordenadas Geográficas Latitude 24° 36' 10'' Sul Longitude 52° 16' 30'' Oeste Fonte: IBGE, 2008
Área 741 053 Km² (ITCG, 2008)
Limites
Norte: Iretama e Luiziana Sul: Mato Rico e Pitanga Leste: Nova Tebas e Palmital Oeste: Nova Cantu
Comarca Iretama (TJPR, 2008)
População 11.544 hab. (IBGE, 2010) Urbana: 7.126 hab. (IBGE, 2010) Rural: 4.418 hab. (IBGE, 2010)
Eleitores 8.440 eleitores (TSE, 2010)
Distância à Capital do Estado 427,06 km (SETR, 2008)
Feriados 29 de junho – Padroeiro São Pedro 5 de novembro - Aniversário do Município (PMR, 2010) 6 de dezembro – Padroeiro São Nicolau
Mapa 01 – Localidades
155
Quanto à agricultura, merece destaque no Município a produção de soja, milho e feijão. Na
pecuária, é destaque o efetivo de galináceos, bovinos e suínos. Quanto à produção de
origem animal, merece destaque a produção de leite, ovos de galinha e casulos do bicho da
seda. (IPARDES, 2009).
A população de Roncador, segundo dados do IPARDES (2010) concentra-se em grande parte
na área urbana (61,72%). A taxa de crescimento populacional total é negativa (-1,57%) (IBGE
2007). Quanto aos dados relativos a emprego, verifica-se que cerca de 50,76% da população
é economicamente ativa. Destes, de acordo com dados do IPARDES (2009),
aproximadamente 44,62%, trabalha na agropecuária, seguido pelo comércio, reparação de
veículos automotivos, objetos pessoais e domésticos (10,98%) e educação (4,79%). O índice
156
de desemprego no Município de Roncador é de 11,5% em relação à população
economicamente ativa (IPARDES, 2000).
Quanto à renda, de acordo com dados do IPARDES (2008), a média é de 1,92 salários
mínimos mensais enquanto que a média do Estado é de 2,91 salários mínimos mensais, o
que demonstra as condições de pobreza da população. Em 2000, segundo dados do
IPARDES, o Município de Roncador possuía taxa de pobreza da ordem de 46,25% - sendo
bastante superior à média do estado, da ordem de 21%.
Quanto aos dados de educação no Município de Roncador a taxa de alfabetização é da
ordem 81,40%, taxa baixa, considerando a média do Estado de 90,5% (IPARDES, 2000).
O Município de Roncador, no que tange o indicador de freqüência à escola de crianças de 4 a
6 anos, registra índice de 311 alunos matriculados. Quanto à matricula de crianças de 7 a 14
anos, o Município registra o índice de 2.161. Por fim, com relação à matrícula na escola por
parte dos jovens de 15 a 17 anos, no Município são 535 alunos (IPARDES, 2009). A taxa de
analfabetismo de 15 anos ou mais 18,6% enquanto que a taxa do Estado é de 9,5% (IBGE,
2000).
O Município de Roncador possui 1 Posto de Saúde, localizado na Avenida Afonso Camargo,
Jardim Anchieta, 1 Centro de Saúde localizado na Rua São Paulo, 1 Clínica de Fisioterapia sita
à rua São Paulo, 1 Posto de Atendimento localizado no Distrito Alto São João e 1 Unidade de
Pronto Atendimento 24 horas na Rua São Paulo (PMR, 2010).
Quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), composto por
alfabetização e taxa de freqüência escolar, longevidade e renda, no Brasil o índice é de 0,
701, enquanto que o índice no Paraná é de 0, 786 e no Município de Roncador é de 0, 726
(IPARDES, 2000).
A rede de abastecimento de água atende no total 2.853 unidades em diversas categorias,
sendo essas residenciais, comerciais, industriais, locais de utilidade publica e poder publico.
No que diz respeito ao esgotamento sanitário nenhuma unidade possui rede (SANEPAR,
2010).
157
Com relação aos aspectos de moradia e infra-estrutura, não há registros de pessoas vivendo
em favelas, entretanto, existem famílias residindo em áreas precárias – suscetíveis à
inundações e também em áreas de preservação ou áreas invadidas.
No que tange a infra-estrutura viária, a região é acessada pela Rodovia Federal BR 158 e
Estadual PR 238 e PR 462.
De acordo com classificação do IPARDES (2010), quanto à tipologia dos municípios segundo
indicadores sócio-econômicos e demográficos, o Município de Roncador está classificado
como Município com índice Médio Baixo de Desenvolvimento. Os municípios que integram
esse grupo são em geral agrícolas, rurais, com renda baixa e baixa densidade demográfica. A
receita municipal per capita desse grupo é a menor se comparada com os demais grupos
heterogêneos e conseqüentemente a mais baixa do Estado. A agricultura é basicamente
autônoma (52,73%) e familiar (cerca de 88,59% dos casos). Quanto à infra-estrutura, o grupo
registra os piores índices de todo o Estado.
Observando-se a tabela 02, é possível verificar que todos os indicadores analisados desse
grupo, quando comparados com os dados referentes aos valores médios dos demais
municípios, possuem grande discrepância, o que contribuem negativamente para a
classificação dos municípios.
Os municípios que integram esse grupo possuem características heterogêneas, podendo ser
destacados os seguintes dados: percentual do valor adicionado fiscal total do Estado
(0,03%); responsáveis pelo domicílio com menos de 1 salário mínimo e sem rendimento
(50,23%); proporção de pessoas residentes em domicílios rurais (79,93%); taxa de
crescimento da população rural (-1,64); taxa de urbanização (26,31%); percentual de pessoas
ocupadas na agricultura em relação ao total dos ocupados (77,29%); percentual de pessoas
ocupadas na agricultura na posição na ocupação de "autônomo” (52,73%); percentual de
pessoas ocupadas na agricultura com domicílio urbano (7,11%); percentual de responsáveis
pelo domicílio com até 3 anos de estudo (51,34%); percentual de domicílios com
abastecimento de água (36,82%).
No que diz respeito à educação e a infância, merece destaque o indicador do percentual de
crianças em idade escolar que estão fora da escola (15,97%), considerado alto se comparado
158
com a média estadual (9,75%); e os responsáveis pelo domicílio com até 3 anos de estudo e
sem instrução, da ordem de 51,34%, também considerado acima da média do Estado
(42,75%).
Os indicadores de moradia e ambiente mostram que quanto à situação de saneamento
básico, os municípios integrantes desse grupo, são precários, principalmente quando
analisado o percentual de municípios sem esgotamento sanitário (cerca de 13,30% enquanto
que a média do Estado é de 4,10%).
Quanto aos indicadores de domicílios com abastecimento de água e com coleta de lixo, os
municípios apresentaram índices melhores que os do Estado.
Quanto ao indicador da economia, o valor de 0,03% é o menor registrado dentre todos os
grupos, enquanto que o da renda (responsáveis pela família com até 1 salário mínimo) é o
maior (50,23%).
O fato da grande maioria dos moradores incluídos no grupo classificado como Baixo Grau de
Desenvolvimento (IPARDES 2003) trabalhar na agricultura – com salários baixos – contribui
como aspecto negativo do grupo. Isso é agravado, considerando que os trabalhadores rurais
concentram suas despesas no meio urbano, onde o custo de vida é mais alto (tabela 02).
TABELA 02 - PRINCIPAIS INDICADORES COM CONTRIBUIÇÃO NEGATIVA DO GRUPO DE
MUNICÍPIOS PARANAENSES COM BAIXO GRAU DE DESENVOLVIMENTO - 1991/2000
BLOCO INDICADORES COM CONTRIBUIÇÃO NEGATIVA
BAIXO GRAU DE DESENVOL VIMENTO (57 munic.)
VALORES MÉDIOS POR MUNICÍPIO (399 munic.)
Economia X9 - % valor adicionado fiscal total/total do Estado
0,03 0,25
Renda X11 - % responsáveis pelo domicílio c/ menos de 1 SM e sem rendimento
50,23 37,21
Agricultura X17 - % estabelecimentos c/ conservação de solos
29,34 54,83
População X21 - taxa de crescimento da população total X26 - razão de dependência urbana X27 - razão de dependência rural
-0,38 62,82 64,60
0,45 56,79 56,66
X28 - % pessoas ocupadas na agricultura 77,29 53,96
159
Mercado de Trabalho
em relação ao total dos ocupados X32 - % mão-de-obra feminina ocupada na agricultura
38,88
30,02
Inserção Urbana
X35 - % pessoas ocupadas na agricult. c/ domicílio urbano
7,11 26,96
Educação e Infância
X42 - % crianças fora da escola X43 - % de responsáveis pelo domicílio c/ até 3 anos de estudo e sem instrução
15,97 51,34
9, 75 42,75
Moradia e Ambiente
X45 - % domicílios sem sanitário X46 - % domicílios com abastecimento de água X48 - % domicílios com coleta de lixo
13,30 36,82 29,34
4,10 68,59 64,49
FONTES: IPARDES, SEFA/PR, IBGE, DMF, MTE-RAIS, SESA/ISEP/CIDS, COMEC, COHAPAR, COPEL NOTA: Dados trabalhados pelo IPARDES.
Os indicadores de Contribuição Positiva (tabela 03) são a taxa de crescimento do valor
adicionado da indústria; a taxa de crescimento do valor adicionado de serviços; a taxa de
crescimento do PIB municipal; a taxa de crescimento do PIB municipal per capita; a taxa de
crescimento da população urbana; e o número de famílias que moram em favelas.
TABELA 03 - PRINCIPAIS INDICADORES COM CONTRIBUIÇÃO POSITIVA DO GRUPO DE
MUNICÍPIOS PARANAENSES COM BAIXO GRAU DE DESENVOLVIMENTO - 1991/2000
BLOCO INDICADORES COM CONTRIBUIÇÃO POSITIVA
BAIXO GRAU DE DESENVOLVIMENTO (Valores Médios) (57 municípios)
VALORES MÉDIOS POR MUNICÍPIO (399 municípios)
Economia X2 - taxa de crescimento do valor adicionado da indústria;
6,89 5,51
X3 - taxa de crescimento do valor adicionado de serviços
3,70 2,75
X6 - taxa de crescimento do PIB municipal
5,72
4,43
X7 - taxa de crescimento do PIB municipal per capita
5,19 3,60
População X22 - taxa de crescimento da população urbana
6,43 3,48
Moradia e Ambiente
X49 – número médio de famílias que moram em favelas
48,95 276,92
FONTES: IPARDES, SEFA/PR, IBGE, DMF, MTE-RAIS, SESA/ISEP/CIDS, COMEC, COHAPAR, COPEL NOTA: Dados trabalhados pelo IPARDES.
160
7.4 DISTRITO DE ALTO SÃO JOÃO
O Distrito de Alto São João foi criado pela Lei 27/1977. Sofreu alterações de acréscimo de
perímetro de acordo com a Lei 160/1988 e 326/1995. De acordo com o IBGE (2000) possui
149 habitantes. O uso do solo do Distrito é basicamente residencial, com poucas atividades
comerciais e de serviço, localizadas principalmente na Rua Apolinário Szychovski, em geral
voltadas a atender à comunidade local (mapa 02). Os equipamentos públicos existentes no
Distrito são: Posto de Saúde e Escola (mapa 02). Grande parte das ruas não possui
pavimentação, exceção apenas para parte da Rua Apolinário Szychovski que possui
pavimento em pedra poliédrica.
Quanto à infraestrutura, a área do Distrito possui rede de água abastecida por um poço
artesiano, iluminação pública e coleta de lixo em todas as ruas (mapa 02).
Mapa 02 – Uso do Solo, Equipamentos Públicos e Pavimentação do Distrito São João e Vila
Rural
161
7.5 ASSENTAMENTOS
No Município de Roncador existe apenas um assentamento implantado pelo INCRA, o
Assentamento Rio Azul. Abriga 33 famílias que retiram da agricultura sua subsistência.
Implantado em área de aproximadamente 455 hectares, foi oficialmente instalado em 17 de
setembro de 2001. No assentamento merece destaque a produção de leite, grãos, soja,
milho feijão, arroz, mandioca e trigo (PMR, 2011).
7.6 VILA RURAL
162
No Município de Roncador existem 2 Vilas Rurais, A Vila Rural João Pereira Chagas,
conhecida como Vila Rural União e Vila Rural Euclides Hugo Ossak, conhecida como Vila
Rural São João.
A Vila Rural São João que recebeu a denominação Vila Rural Euclides Hugo Ossak, por meio
da Lei Municipal 410/1998, possui 38 lotes e uma área institucional, além de área verde. Os
moradores de ambas as vilas rurais retiram do solo parte de seu sustento. O mapa 02
demonstra que todos os lotes estão sendo utilizados para moradia e sustento dos
moradores da Vila. As ruas são em leito natural.
A Vila Rural União, situada na localidade de Faxinalzinho, que recebeu a denominação de
Vila Rural João Pereira Chagas pela Lei Municipal 411/1998, possui 36 lotes e uma área para
equipamento comunitário. O mapa 03 demonstra que todos os lotes estão sendo utilizados
para moradia e sustento dos moradores da Vila. As ruas são em leito natural.
MAPA 03 – VILA RURAL UNIÃO
163
81.1 ASPECTOS AMBIENTAIS
8.1 MEIO FÍSICO
1.5 Clima e Ventos
O clima da região em que está situado o Município de Roncador é classificado como
Subtropical Úmido Mesotérmico (Cfa) (FERREIRA 1999), de verões quentes, geadas pouco
freqüentes e chuvas com tendência de concentração nos meses de verão. (MAACK, 1968).
As médias anuais de temperatura dos meses mais quentes são inferiores a 22ºC e dos meses
mais frios, inferiores a 18ºC. A temperatura média anual é de 16ºC, com chuvas entre 1.600
e 1.900 mm e umidade relativa do ar de 80%, sem deficiência hídrica (SIMEPAR, 2004).
1.6 Hidrografia
O sistema natural de drenagem considera o conjunto de rios, córregos e as depressões
topográficas que formam a macro e microdrenagem. Todos esses conjuntos de elementos
naturais são considerados como área crítica, uma vez que as várzeas estão sujeitas à
inundações e caso sejam ocupadas podem causar deslizamentos ou erosões (KLÜPPEL,
164
1992).
Através do Mapa de Hidrografia do Município (mapa 04) é possível observar os principais
cursos d’água, corpos d’água e as bacias que banham o Município. Estes elementos são
determinantes para o planejamento urbano de um Município, uma vez que delimitam áreas
com restrições a ocupações.
O Município de Roncador está localizado na Macrobacia do Rio Ivaí. A área territorial está
divida por três Bacias, sendo a região norte ocupada pela Bacia do Rio Formoso, grande
parte da porção oeste pertencente à bacia do Rio Cantu e a região leste inserida na Bacia do
Rio Muquilão (mapa 04).
A sede do Município (perímetro urbano) está inserida na Bacia do Rio Cantu e o Distrito de
Alto São João pertencem à Bacia do Rio Muquilão (mapa 05).
Segundo a Lei 4771/1965 que instituiu o Código Florestal, para áreas ao longo dos rios ou de
quaisquer cursos d’água, deve existir uma faixa de preservação permanente entre 30,00 e
500,00 metros de cada lado dos cursos d’água, que são definidas de acordo com a largura
dos mesmos. De acordo com a mesma lei, ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d’água
naturais ou artificiais, nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados “olhos d’água”,
deve-se preservar uma faixa de 50,00 metros ao redor dos mesmos, essas faixas detectam
áreas impróprias à ocupação, garantindo assim, a proteção dos fundos de vales.
Desta forma, observa-se no Mapa de Hidrografia Municipal (mapa 04) que, de acordo com o
Código Florestal Brasileiro, o Rio Muquilão, o Rio das Barras, o Rio Cantu e Rio Cancan
devem respeitar a faixa não edificável de 50,00 metros para cada lado de suas margens, por
se enquadrar no quesito de rios com largura de 10,00 a 50,00 metros. Os demais rios do
Município de Roncador devem atender a faixa não edificável de 30,00 metros para cada lado
das margens, uma vez que possuem até 10,00 metros de largura.
Na área interna ao perímetro urbano, conforme demonstrado no mapa 05 existe rios com
faixa de preservação de trinta metros e outros com preservação de cinqüenta metros.
Também são verificadas algumas nascentes que devem ter seus raios de 50,00 metros
preservados.
167
1.7 Solo e Subsolo
O Município de Roncador, assim como cerca de 60% do Estado do Paraná pertence à Bacia
do Paraná, que inclui o Terceiro Planalto Paranaense do Estado. O Terceiro Planalto
Paranaense – Planalto de Trapp, possui solos com baixo teor de argila, baixa ocorrência de
metais pesados, textura arenosa e regiões planas, cujas altitudes estão compreendidas entre
as maiores do estado (IPARDES, 2004).
De acordo com Mineropar, o Município de Roncador faz parte da formação Serra Geral, do
Grupo São Bento, do período Jurássico-Cretáceo, caracterizada por: Efusívas básicas
toleíticas, com basaltos maciços e amigdalóides, afaníticos cinzentos a pretos, raramente
andesítitos. Derrames de vulcanismo de fissura continental (MINEROPAR, 2005).
O Município de Roncador, de acordo com dados da Mineropar, apresenta os seguintes
solos: CHa1 – CAMBISSOLO HÚMICO Alumínico típico, álico (Antigo Ca4); LVdf4 – Latossolo
VERMELHO Distroférrico típico, álico (Antigo LRa3); LVdf6 – LATOSSOLO VERMELHO
Distroférrico Típico, álico (Antigo LRa5); LVdfl3 – LATOSSOLO VERMEHO Distroférrico típico
(Antigo LRd1); LVdfl10 – LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico (Antigo LRd5); LVdfl2 –
LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico Típico (Antigo LRd6); RLe2: Associação NEOSSOLO
LITÓLICO Eutrófico típico + NITOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico (Antigo Re8); RLe12 –
Associação NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico chernossólico + CHERNOSSOLO ARGILÚVICO
Férrico saprolítico + NITOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico (Antigo Re9); NVdf7 –
Associação NITOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico + LATOSSOLO VERMELHO
Distroférrico típico + NEOSSOLO LITOLICO Eutrófico típico (Antigo TRd4); NVef2 –
NITOSSOLO VERMELHO Eutroférrioco típico (Antigo TRe2).
1.8 Pedologia
O mapa de pedologia do Município foi elaborado com base nos dados obtidos junto a
MINEROPAR, na base de dados de 1971.
168
Abrangendo grande parte da porção oeste do Município, observa-se a presença do solo
LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico Álico, que são caracterizados como solos
profundos, com boa aeração, permeabilidade e capacidade de retenção de água, quando em
estado natural. Apesar de serem de baixa fertilidade natural e possuírem elevados teores de
alumínio trocável, tem um bom potencial produtivo devido à boa capacidade de troca de
cátions que apresentam, pois são solos bem supridos de matéria orgânica; uma vez corridos
e adubados, respondem com produções compensadoras (mapa 06).
Na região sul e leste do Município, abrangendo as Comunidades de Cancan de Baixo, Gleba
VIII, III Estrelas, Água do Alípio, Água da Cruz, Beira Rio, Mandaçaia e Palmital de Baixo é
possível observar a presença do Solo Associação do NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico
chernossólico + CHERNOSSOLO ARGILÚVICO Férrico saprolítico + NITOSSOLO VERMELHO
Distroférrico tíupico. São solos que se forem bem manejados, podem ser utilizados com
pastagens, pois são de alta fertilidade natural e não apresentam problemas de alumínio
trocável.
Localizado na porção norte e centro sul do Município, próximo as Comunidades de Formoso,
Aterrado Alto, Barro Preto I, Mosqueteiro, Santo Antonio, Barriquinha, Cancan de Cima,
Macaco e Rio das Barras I, existe a Associação NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico +
NITOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico. Esses solos se bem manejados, podem ser
utilizados com pastagens.
Em uma pequena porção da região sul existe o Solo Associação NITOSSOLO VERMELHO
Distroférrico típico + LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico + NEOSSOLO LITÓLICO
Eutrófico típico. A única limitação ao uso agrícola que possui, refere-se à deficiência de
fertilidade. Trigo, soja, milho e arroz são culturas mais comuns no domínio desta unidade de
mapeamento.
Na região oeste, delimitando o Município há a presença do solo LATOSSOLO VERMELHO
Distroférrico típico, álico. Apesar de ser de baixa fertilidade natural e apresentarem elevados
teores de alumínio trocável, respondem bem a adubações e calagens, possuindo, por
conseguinte, bom potencial construtivo.
169
Na região central do Município, próximo a área urbana verifica-se a presença do solo
CAMBISSOLO HÚMICO Alumínico típico, álico. Essa pequena utilização está diretamente
relacionada com a baixa fertilidade natural dos solos e com a dificuldade de mecanização.
Presente na região oeste, junto às comunidades São Domingos, Rio Azul e Gomes, o solo
LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico, álico possui excelente características físicas e
poucas características químicas. Quando adubado e corrigido, tem respondido com
razoáveis produções.
Na porção leste do Município, verifica-se a presença de solo LATOSSOLO VERMELHO
Distroférrico típico. Apresenta além de boas condições físicas, um relevo bastante favorável
à mecanização. Possui elevada capacidade de retenção de água e boa permeabilidade.
Na região da Comunidade Faxinalzinho, Vista Alegre e Cruzamento existe a presença do solo
LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico. Apesar de possuir uma fertilidade natural que
varia de média a baixa, uma vez corrigidos e adubados, é bastante produtivo.
Em uma pequena porção da região leste do Município existe o solo NITOSSOLO VERMELHO
Eutroférrico típico que é apto para agricultura em geral, pois a principal limitação que
apresentam refere-se à susceptibilidade à erosão, mas esta pode ser controlada eficazmente
mediante o emprego de práticas conservacionistas intensivas. São muito utilizados com soja,
milho, hortelã, trigo, feijão, banana, café e capim-colonião.
1.9 Hipsometria
Através do mapa de hipsometria (mapa 07) é possível verificar que o Município possui
variação de altitude de 500m a 933m. O mapa apresenta estas variações de altitude no
Município de acordo com as classes hipsométricas que consideraram as curvas de nível com
eqüidistância de 20m em 20m, resultando em 12 classes.
De acordo com o mapa 07, verifica-se que as maiores altitudes estão localizadas na porção
central do Município, abrangendo as comunidades de Aterrado Alto, Formoso, Barro Preto I,
Santo Antônio, Barriquinha, Faxinalzinho, Cancan de Cima, Macaco, Rio das Barras I, Mato
Queimado e Rio Bonito. Próximo as várzeas dos rios municipais estão localizadas as menores
170
altitudes do Município.
Na área urbana verifica-se que as classes hipsométricas variam entre 788 e 645 metros,
favorecendo a ocupação devido à uniformidade na topografia (mapa 07). Estas regiões são
mais propícias à urbanização, por não apresentarem restrições à implantação da infra-
estrutura urbana. Há maiores inconvenientes na urbanização de regiões extremas, como
aquelas de altitudes muito elevadas e aquelas de altitudes muito baixas, esta última pela
possibilidade de apresentar áreas suscetíveis a alagamentos e problemas com o escoamento
natural das águas (PUPPI, 1991).
As áreas com maiores altitudes, apesar de encarecerem e dificultarem a implantação de
infra-estrutura urbana podem ser utilizadas para a localização de reservatórios do sistema
de abastecimento d’água, servir como obstáculo natural para o isolamento de áreas
insalubres, ou ainda para fins turísticos (PUPPI, 1991).
1.10 Declividades
A partir da elaboração do mapa de declividades (mapa 08) é possível observar áreas com
maior ou menor declive dentro do Município e conseqüentemente áreas mais ou menos
aptas à ocupação. No mapa de declividades do Município, foram classificadas 4 classes de
inclinações do terreno que variam de 0% a maior que 30%.
As regiões representadas no mapa 08 através da cor marrom significam declividades acima
de 30%, ou seja, o distanciamento entre as curvas é inferior a 66,66m, dificultando, dessa
forma a implantação de infra-estrutura urbana relacionada ao saneamento (abastecimento
de água, sistema de esgoto, drenagem urbana) e sistema viário, entre outros. No Município
são poucas as áreas nessa classe de declividade, normalmente próximas aos cursos d’água.
As regiões representadas pela cor vermelha identificam declividades entre 20% e 30%, ou
seja, a distância entre as curvas varia de 100 metros a 66,66 metros. No Município é possível
detectar a presença de áreas isoladas com declividades entre 20% e igual ou superior a 30%.
De acordo com a Lei 6766 de 19 de dezembro de 1979 – Lei Federal do Parcelamento do
Solo Urbano – “O parcelamento do solo para fins urbanos não será permitido em terrenos
com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas as exigências
171
específicas das autoridades competentes”.
Nas regiões em que prevalecem as cores laranja e amarela, foram identificadas as
declividades que variam de 10% a 20% e de 10% a 0%, respectivamente. A cor laranja
determina que as curvas estão distantes entre si, 100 e 200 metros e a cor amarela
determina que as curvas estão a mais de 200 metros de distância.
De acordo com o Mapa de Declividades, é possível diagnosticar que a maior parte do
Município e o quadro urbano possuem baixa declividade (entre 0% e 10%, e 10% e 20%),
significando que a região é plana, com relevo uniforme, favorecendo, dessa forma a
ocupação urbana.
Terrenos com declividade de 0 a 10% (até 6 graus de inclinação do terreno), são
considerados aptos ao uso agrícola (lavoura e pastagem), permitindo a utilização de
implementos mecanizáveis em concordância com as normas técnicas de uso e conservação
dos solos. Nesta categoria estão ainda incluídas as áreas inundáveis, que apresentam
limitações para o uso agrícola. O relevo ondulado com declividade de 10 a 20% (até 12
graus), é considerado apto para agricultura não-mecanizada e reflorestamento,
apresentando restrições ao uso de mecanização agrícola devido à vulnerabilidade erosiva.
1.11 Exposição de Vertentes
Com base na carta de exposição de vertentes (mapa 09), é possível observar as regiões que
apresentam as vertentes com diferentes exposições, ou seja, norte, sul, leste e oeste. Dentre
elas, a que apresenta mais restrições quanto à ocupação urbana é a vertente Sul. Segundo
PUPPI (1991) a vertente sul aliada às altas declividades, constitui locais insalubres e/ ou com
pouca insolação.
As orientações Norte, Leste e Oeste, aliadas às pequenas declividades, oferecem maior
incidência de raios solares, principalmente no inverno, e estão expostas a ventos mais
brandos e secos.
De acordo com o mapa 09, verifica-se que a maior parte do Município possui a exposição de
vertentes leste seguido de oeste de norte e de sul. Na área urbana (sede do Município),
verificam-se as vertentes leste e oeste propícias à ocupação.
175
8.2 MEIO BIOLÓGICO
2.5 Flora
A Região está localizada em três biomas distintos: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta
Ombrófila Mista e em pequenas proporções as Estepes (Cerrado).
No mapa de vegetação municipal (mapa 10), é possível identificar as áreas mais propícias à
ocupação urbana e as áreas que apresentam restrições ou importância para preservação.
O Mapa 10 foi elaborado com base nos dados da base do Ministério do Exército (1995) e na
imagem de Satélite SAD 69. Com base nessas informações, foram verificadas áreas de
florestas, matas e bosques, erva tropical, cerrado, macega e agreste, pomar, vinhedo,
plantação e áreas reservadas para futura RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural).
176
De acordo com o mapa 10 grande parte da área municipal é coberta por áreas de plantação.
Na porção oeste do Município verifica-se a presença de áreas de floresta ou mata. Segundo
informações obtidas pela prefeitura, a área de pasto, que antes era maioria, deu lugar à
plantação, que hoje é a principal atividade econômica do Município. Existe a previsão da
criação de 3 RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Nacional), conforme espacializadas no
mapa 10.
Na área urbana do Município, de acordo com o mapa 11, elaborado a partir de dados da
base e levantamento no local, verifica-se que a maioria das ruas possui arborização pública.
São verificadas áreas isoladas com pequenos pastos e vegetação de baixo porte. Ao longo de
alguns cursos d’água, é verificada a presença de vegetação de grande porte. Na porção oeste
da Área Urbana, tem-se a maior parte ocupada pela cultura. Em uma pequena porção da
parte leste existe uma área de reflorestamento.
Em geral as áreas de preservação ou recuperação das áreas de mata ciliar, ou seja, da
formação vegetal nas margens dos rios, córregos, lagos, represas e nascentes estão sendo
respeitadas.
179
91.1 DEFESA CIVIL
Os desastres são resultados de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem,
sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos, materiais e ambientais e
conseqüentes prejuízos econômicos e sociais.
Os dados da Defesa Civil (2010) referem-se a dados históricos de desastres no Município,
tais como desastres naturais relacionados com o incremento das precipitações hídricas,
enchentes ou inundações graduais, enxurradas ou inundações bruscas, desastres naturais
relacionados com a geomorfologia, o intemperismo, a erosão e a acomodação do solo,
escorregamento ou deslizamento, desastres humanos, entre outros. A Comissão Municipal
da Defesa Civil – COMDEC – é o órgão responsável pelo planejamento, articulação,
coordenação, mobilização e gestão do Sistema de Defesa Civil, no âmbito do Município. Ela
foi instituída no dia 04 de fevereiro de 2009, composta pelo presidente, Rodrigo Braga;
Adjunto, Maria Santina Ribeiro da Luz Silva; Diretor de Operações, Paulo Geovanny da Silva;
Secretário, Maria Gabriela Batista; Representantes do Graf, Macir Lavezzo Bonfim, Kacia
Regina Martins, Irineu Silvério de Oliveira, Vicente Presnal, Adão Mario Vogivoda,
Agremenon Cardoso.
A Defesa Civil conta hoje com 12 agentes e um sargento do 5º GB de Campo Mourão. Todos
os agentes passaram por treinamento e curso de formação com carga horária de estágio de
200 horas, pelo Corpo de Bombeiro de Campo Mourão, com média 7,0 para aprovação.
Desde o início de seu funcionamento, em 04 de agosto de 2010, foram registradas 170
ocorrências, tendo uma delas um forte temporal, que resultou em quedas de 40 pontes e
bueiros, mais alagamento de quatro residências.
101.1 ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS
De acordo com dados do IBGE (2000), o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-
M) de Roncador é de 0,701. O índice no Município é inferior à média estadual (0,786) e à
média brasileira (0,764), o que permite concluir que o Município encontra-se abaixo dos
parâmetros estaduais e federais.
180
O IDH-M é composto pelos dados da educação (alfabetização e taxa de freqüência escolar),
longevidade e renda da população. Esse índice aponta o desempenho da melhoria das
condições de vida da população. A tabela 04 demonstra o IDH do Município e seus
componentes.
TABELA 04 – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) E SEUS COMPONENTES
Município Roncador
Esperança de Vida ao Nascer (anos) 66,08
Taxa de Alfabetização de Adultos (%) 81,40
Taxa Bruta de freqüência Escolar (%) 82,69
Renda Municipal Per Capita (R$) 143,17
Índice de Esperança de Vida 0,685
Índice de Educação 0,818
Índice de Renda 0,601
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 0,701
Ranking Estadual 332
FONTE: IPARDES, 2010
10.1 ASPECTOS ECONÔMICOS
1.5 Atividades Econômicas
Segundo dados do IPARDES (2010) o valor adicionado referente à Produção Primária, com
base no ano de 2009, é de 76%, seguido do comércio e serviços com 19%, da indústria de 3%
e de recursos e autos de 2%. O valor adicionado bruto segundo os ramos de atividades é de
34% da agropecuária, 5% da indústria e 61% dos serviços (IPARDES, 2008).
A economia do Município baseia-se na agropecuária, com predomínio de pequenas
propriedades que produzem soja, milho e feijão, seguido da criação de rebanho de bovinos e
galináceos (tabela 05). De acordo com dados do IPARDES (2004), o valor da produção
municipal foi de R$ 29.297,00 que representa 3,96% da participação na mesorregião e 0,42
na participação do Estado.
Segundo dados da COAMO (2010) a área utilizada para produção agrícola em 2010 foi de
72.730 hectares, quando foram produzidos 26.245 Kg/ha.
181
TABELA 05 - EFETIVO DE PECUÁRIA E AVES (2012)
EFETIVO NÚMERO
Rebanho de bovinos 43.979
Rebanho de eqüinos 904
Galináceos (galinhas, galos, frangos (as) e pintos) 677.845
Rebanho de Ovinos 2.120
Rebanho de Vacas Ordenhadas 3.068
Rebanho de bubalinos 28
Rebanho de suínos 5.644
Rebanho de caprinos 682
Rebanho de muares 119
FONTE: IPARDES (2010)
Os produtores recebem apoio dos Programas: SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural, PAA – Programa de Aquisição de Alimentos, PRONAF – Programa Nacional de
Agricultura Familiar, PNAE – Programa Nacional Alimentação Escolar.
Quanto à produção de origem animal, merece destaque a produção de leite, ovos de
galinha, casulos de bicho da seda e mel de abelha.
A tabela 06 demonstra a produção no Município em relação à área e a produção. Merece
destaque, em termos de área destinada para produção, aveia, batata inglesa e feijão.
TABELA 06 – PRODUTOS CULTIVADOS (2009)
Cultura Área em ha Produção (t)
Arroz 50 85
Aveia 1.500 3.000
Batata Doce 1 19
Batata Inglesa 140 2.800
Café 75 68
Cana de Açúcar 12 720
Feijão 2.300 2.985
Fumo 40 88
Laranja 40 400
FONTE: IPARDES, 2010
A produção agrícola do Município de Roncador é comercializada em cooperativas,
associações e agroindústrias da região. Quanto ao comércio, o mesmo destina-se a atender
182
a população da cidade. Dentre as atividades verificadas encontram-se comércio de gêneros
vestuário, alimentícios, farmacêuticos.
A tabela 07 demonstra as atividades econômicas no Município e o respectivo número de
estabelecimentos. De acordo com essas informações no Município estão instaladas
indústrias de produtos alimentícios, de bebida e álcool etílico, indústria metalúrgica e da
madeira e do mobiliário, lojas de matérias de construção, postos de combustíveis, serviços
de mecânica, mercearias, lojas de variedades, lanchonetes, bares, entre outros. Os mapas 12
e 13 mostram a localização das principais atividades comerciais, industriais e de serviços do
Município e da Sede.
TABELA 07 – NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS SEGUNDO AS ATIVIDADES ECONÔMICAS –
2006
ATIVIDADES ECONÔMICAS ESTABELECIMENTOS
Indústria de produtos minerais não metálicos 1
Indústria metalúrgica 4
Indústria de materiais de transporte 1
Indústria da madeira e do mobiliário 3
Indústria de papel, papelão, editorial e gráfica 1
Indústria de borracha, fumo, couro, peles, prod. simp. e ind. diversa
1
Indústria têxtil, do vestuário e artefatos de tecidos 1
Indústria de produtos alimentícios, de bebida e álcool etílico
8
Construção civil 2
Comércio varejista 88
Comércio atacadista 5
Administradoras de imóveis, valores mobiliários, serviços técnicos profissionais
4
Transporte e comunicações 2
Serviços de alojamento, alimentação, reparo, manutenção, radiodifusão e televisão
27
Serviços médicos, odontológicos e veterinários 4
Ensino 1
Administração Pública e Direta 2
Agricultura, silvicultura, criação de animais, extração vegetal e pesca
98
FONTE: IPARDES (2010)
De acordo com dados da prefeitura Municipal (2011) o município de Roncador possui hoje
595 estabelecimentos comerciais divididos em várias atividades econômicas, onde
183
predomina os ramos de confecção, seguido de mercados e mercearias, oficinas mecânicas,
auto-elétricas e manutenção e bares. Apesar de ser expressiva a quantidade de atividades
comercias e de serviços instaladas na cidade, grande parte da população realiza atividades
comerciais em Campo Mourão, influenciando fortemente a economia local. Dentre algumas
razões está a diversidade de produtos e serviços ofertados a preços mais baixos.
Em menor proporção Roncador exerce influência no comércio de Mato Rico, distante 22 km,
principalmente devido a existência de alguns bancos.
Mapa 12 – Atividades Econômicas - Municipal
185
1.6 Atividades Turísticas
No atual modelo de economia globalizada o Turismo evoluiu de tal forma que já responde
pela produção de 10% de toda a riqueza do planeta, superando a indústria química e a
automobilística; e apesar de trazer impactos positivos na economia, também traz outros,
menos vantajosos, tais como: impactos negativos no meio ambiente natural, no patrimônio
histórico-cultural, e no modo de vida dos habitantes locais. Portanto, é mais do que
justificável o aproveitamento do potencial turístico local com a devida responsabilidade,
refletida em estudos de possíveis impactos e um processo de planejamento que construa
um destino turístico sustentável e de longo prazo.
O Turismo pode ser definido como “as atividades de pessoas que viajam para lugares
afastados de seu ambiente usual, ou neles permaneçam por menos de um ano consecutivo,
a lazer, a negócios ou por outros motivos”.
Atualmente, a indústria do turismo é constituída por organizações dos setores públicos,
privados e, ainda, da comunidade local, que normalmente estão agrupadas, com o objetivo
de oferecer um produto turístico que satisfaça às necessidades dos turistas. E, como em
qualquer atividade também possui uma alta competitividade, exigindo cada vez mais a
especialização em diversos setores que envolvem a atividade em um destino.
Esta competitividade de um destino turístico é o resultado de ações integradas do governo,
do setor privado e da comunidade. O governo exerce papel importante nesta atividade, pois
tem a responsabilidade por boa parte dos serviços relacionados à infra-estrutura básica
como rodovias, ferrovias, portos, além da formulação de políticas que estabeleçam
condições fiscais e financeiras favoráveis, sendo que o planejamento conjunto com o setor
privado e a comunidade deve ser uma regra constante. O setor privado tem seu papel
também quando fornece instalações e atrações, ou seja, fornece parte da infra-estrutura e a
comunidade fornece outros atrativos, como os culturais, além da mão-de-obra necessária
para a recepção dos visitantes.
Enfim, para que seja alcançado o êxito da atividade turística em qualquer localidade é
necessário que os agentes dos setores públicos, privados e a própria comunidade trabalhem
186
de forma cooperada e coordenada para que possam oferecer um destino turístico de
qualidade que tanto satisfaça a demanda, como também toda a comunidade local.
A satisfação da demanda turística é atualmente um dos maiores desafios do setor, o que
proporciona gradativamente estudos das mais diversas segmentações que sejam capazes de
adequar a atividade turística ao local e à demanda.
Dentro destas segmentações surge uma forte tendência na atualidade, inclusive no Brasil,
que são os atrativos do setor rural. O turismo rural alia ao produto turístico características
diferenciadoras que são a nostalgia e a tranqüilidade proporcionadas pela vida no campo.
O Brasil caracteriza-se pela introdução desta atividade como alternativa de exploração
econômica. Trata-se de um mercado que está surgindo para os produtores e que pode ser
futuramente o alicerce para o desenvolvimento rural. A grande carência ainda está na falta
de informações sobre o que realmente oferecer ao turista e como gerenciar esta atividade,
dificultada pelo seu caráter multidisciplinar que exige uma gestão cooperada para o
desenvolvimento da mesma.
Neste ponto fica evidenciada a importância do conhecimento profundo das características
locais e dos impactos potenciais, para que dentro de um processo de planejamento
cooperado, possa ser desenvolvida esta atividade altamente rentável que serve de alicerce
para a economia local bem como para a melhoria da qualidade de seus habitantes.
O Município possui algumas atividades turísticas voltadas às agroindústrias, sendo que, duas
delas oferecem produtos derivados de pimenta e um orquidário. Há também uma pista de
caminhada na Comunidade Barriquinha e trilhas de MotoCross na estrada que acessa a
Pousada Parque das Gabirobas, que também oferece atividades de turismo rural. O
município possui cachoeiras localizadas em diversas Comunidades: Alto São João, Barro
Preto, Formoso, Cateto, Mosquiteiro, Rio Azul e Vista Alegre. A maioria das cachoeiras não
está diretamente ligada ao turismo, mas representam uma potencialidade turística para o
Município. (Mapa 14)
188
1.7 Emprego e Renda
Quanto aos dados relativos a emprego, de acordo com a Tabela 08, verifica-se que
aproximadamente de 50,76% da população é economicamente ativa (IBGE, 2000). Destes,
de acordo com dados do IBGE (2000), aproximadamente 50,4%, trabalha na agropecuária,
seguido pelos serviços (26,8%), pelo comércio (12,4%) e 9,9 na indústria (tabela 09). O índice
de desemprego no Município de Roncador é de 11,5% em relação à população
economicamente ativa (IPARDES, 2000).
TABELA 08 - POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA) SEGUNDO ZONA E SEXO (2000)
URBANA RURAL MASCULINO FEMININO PEA TOTAL
3.088 2.772 3.959 1.901 5.860
FONTE: IBGE, 2000 - Censo Demográfico - Resultados da amostra.
NOTA: PEA de 10 anos e mais.
TABELA 09 - POPULAÇÃO OCUPADA SEGUNDO AS ATIVIDADES ECONÔMICAS (2000)
ATIVIDADES ECONÔMICAS Nº DE PESSOAS EMPREGADAS
Agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e pesca. 2.615
Indústria extrativa, distribuição de eletricidade, gás e água 4
Indústria de transformação 246
189
Construção 263
Comércio, reparação de veículos automotivos, objetos pessoais e domésticos.
644
Alojamento e alimentação. 133
Transporte, armazenagem e comunicação. 150
Intermediações financeiras, atividades imobiliárias, aluguéis, serviços prestados às empresas.
111
Administração pública, defesa e seguridade social. 235
Educação 281
Saúde e serviços sociais 81
Outros serviços coletivos sociais e pessoais 140
Serviços domésticos 257
Atividades mal definidas 29
TOTAL 5.189
FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Resultados da amostra
O valor do Produto Interno Bruto (PIB) é mais alto que a média do Estado, ou seja, enquanto
no Município é da ordem de R$ 11.503,00 a média do Estado é de R$ 9.993,00. De acordo
com dados do IBGE (2003), a média de renda per capita da população é de R$143,17 por
mês enquanto que a média do Estado é de R$ 321,40, o que demonstra as condições de
pobreza da população. De acordo com o PRDE (2006) na grande maioria dos municípios do
estado do Paraná, a renda dos chefes de domicílios é inferior à média da região sul. O
Município de Roncador possui taxa de pobreza de 46,25%. Entende-se por taxa de pobreza
renda familiar per capita de até 1/2 salário mínimo (IPARDES, 2008). Esta pode ser uma das
explicações do grande decréscimo populacional do Município nos últimos anos.
Nesse contexto de grandes diferenças sociais, os desafios para a grande maioria dos
municípios, quanto à redução da pobreza e, conseqüentemente, quanto ao alcance de
ganhos no IDH-M, têm suas possibilidades associadas principalmente a investimentos do
poder público nas áreas tradicionais da saúde e da educação. Uma vez que intervenções que
se reflitam na renda têm determinantes muito mais complexos e fortemente condicionados
a decisões do setor privado.
10.2 POPULAÇÃO E EVOLUÇÃO DA OCUPAÇÃO
2.5 Uso e Ocupação do Solo
O mapa de uso e ocupação do solo da área urbana, mapa 15, foi feito de acordo com
levantamento a campo, classificando os usos em: residencial, comércio e serviços,
190
equipamentos e serviços públicos, industrial, habitação popular e vago.
Para o planejamento da cidade, as informações contidas na carta de uso do solo permitem o
conhecimento da situação atual da cidade, caracterizando-se como uma das fontes utilizadas
para a confecção do zoneamento de uso do solo, identificando e definindo as tendências de
ocupação e os parâmetros urbanísticos. Segundo PUPPI (1981) estes critérios têm como
finalidade a regulamentação urbanística, assegurando o destino adequado a cada parcela do
solo, a funcionalidade, a homogeneidade, a regularização do tráfego, a organização e a
salubridade ambiental.
De acordo com o mapa 15, é possível observar que a as atividades urbanas na Sede do
Município estão bem distribuídas. Nota-se também que na área central são poucos os vazios
urbanos encontrados, sendo localizado mais na região oeste no bairro Jardim Anchieta. Do
total da área ocupada no Município, o uso predominante é o residencial. Verifica-se a
concentração do uso comercial e de serviços principalmente na Avenida São Pedro e na
Avenida Santo Antônio (mapa 15).
As indústrias estão localizadas principalmente na área periférica do perímetro urbano, mais
especificamente na região leste, o que favorece a qualidade de moradia da cidade,
minimizando os inconvenientes decorrentes dos ruídos, poluição, tráfego pesado, dentre
outros (mapa 15).
Quanto aos equipamentos sociais, comunitários e serviços públicos, observando o mapa do
uso do solo atual urbano (mapa 15), é possível perceber que os mesmos estão bem
distribuídos na área urbana. Esse é um fator positivo, pois são atividades que visam o
atendimento à população geral e devem ser implantados nos locais mais acessíveis,
principalmente nas áreas residenciais e onde for verificada a demanda.
O Município possui Lei de Uso e Ocupação do Solo aprovada em 1996. Porém a mesma não
é aplicada na aprovação de projetos.
O zoneamento, em termos legislativos, é um instrumento do planejamento territorial, o qual
deve ser aprovado pela Câmara Municipal de Vereadores. A importância do zoneamento
também nas áreas rurais pode ser evidenciada, na determinação de áreas mais propícias
191
para lavoura ou reflorestamento ou recreações dentro outros usos.
O zoneamento determina, por meio de um estudo detalhado, quais as formas de circulação,
principais vias, terminais de transporte, locais com demanda para equipamentos sociais.
Através deste instrumento, são determinados para cada zona, as taxas e os índices de
ocupação, recuos e afastamentos das edificações, além da definição das atividades a serem
implantadas em determinados tipos de vias.
A área urbana esta dividida em três bairros, são eles: Centro, Jardim Anchieta e Parque
Industrial, conforme espacializado no mapa 16. A aprovação do Loteamento Vila Anchieta
ocorreu por meio da Lei 19/1976, denominando a área como Vila Anchieta I e II. A Lei
312/1994 alterou o nome do loteamento para Jardim Anchieta.
Mapa 15 – Uso e Ocupação do Solo Urbano Sede
193
2.6 População e Evolução da Ocupação
A população do Município de Roncador é de 11.544 habitantes segundo dados do IBGE
(2010), distribuindo-se em 7.126 habitantes na área urbana e 4.418 habitantes na área rural
do Município. No ano de 2000, a população era de 13.632 habitantes e na contagem
populacional de 2007 (IBGE) 12.265 habitantes. Essas informações indicam o decréscimo
populacional no Município.
De acordo com a Prefeitura Municipal (2011), a ocupação da sede do Município ocorreu,
conforme demonstrado no mapa 17, no ano de 1942, na margem sul do córrego Roncador e
da Rodovia PR 239.
Entre os anos de 1942 e 1950 a ocupação continuou a ocorrer ao longo da Rodovia,
194
deslocando-se até quatro quadras para dentro. De 1950 a 1970 a ocupação se estendeu
duas quadras para o centro e passou a ocupar a outra margem norte do Córrego Roncador e
da PR 239.
A partir de 1970 a 1994 a área urbana já ganhava o desenho que se tem hoje. Em 1994 até
2010 foram poucas as ocupações, justificadas pelas taxas negativas de crescimento que o
Município apresenta (mapa 17).
MAPA 17 – EVOLUÇÃO DA OCUPAÇÃO - URBANO
195
9.3 Densidade Demográfica
Para representar a densidade demográfica, foram utilizados os perímetros dos setores
censitários (IBGE, 2009). Observando o mapa dos setores censitários do Município (mapa 18)
é possível identificar a densidade da ocupação em diferentes regiões. A densidade municipal
(IPARDES, 2010) é de 15,58 hab/km², considerando área total do Município de 741,053 km2.
Segundo o IBGE o Município é dividido em dois Códigos, o Código 05 e o Código 10. De
acordo com a análise do mapa dos setores censitários do Município (mapa 18) observa-se
que o Código 05 possui 16 sub-setores e o Código 10 possui 06 sub-setores, todos
pertencentes à Área Rural.
A maior densidade da área rural ocorre no setor 9, com 0,30 hab/ha. (Tabela 10). Esse setor
abrange a localidade de Barro Preto I. O setor censitário com menor densidade é o Setor 15,
com 0,02 hab/há que abrange a comunidade de São Domingos.
TABELA 10 – DENSIDADES DOS SETORES RURAIS
Tipo do Setor Número do Setor Densidade
Rural 09 0,30 hab/ha
Rural 10 0,12 hab/ha
Rural 11 0,18 hab/ha
Rural 12 0,07 hab/ha
Rural 13 0,05 hab/ha
Rural 14 0,04 hab/ha
Rural 15 0,02 hab/ha
Rural 16 0,08 hab/ha
Rural 17 0,09 hab/ha
Rural 18 0,06 hab/ha
Rural 19 0,13 hab/ha
Rural 20 0,22 hab/ha
196
Rural 21 0,25 hab/ha
Rural 22 0,11 hab/ha
Rural 23 0,08 hab/ha
Rural 24 0,18 hab/ha
Rural 02 0,29 hab/ha
Rural 03 0,25 hab/ha
Rural 04 0,05 hab/ha
Rural 05 0,08 hab/ha
Rural 06 0,11 hab/ha
FONTE: IBGE, 2000
A área urbana está divida em 8 setores censitários (mapa 19). Dentre eles o que possui
maior densidade é o de número 4 com 28,53 hab/ha, localizado na região periférica sul do
perímetro urbano, abrangendo os conjuntos de habitações populares. De acordo com a
literatura, 25 habitantes por hectare na área urbana é um bom referencial em termos de
densidade devido às seguintes razões: proporção de condições favoráveis à vida associativa
e definição de característica urbana; prevenção contra a dilatação do perímetro urbano sem
necessidade aumentando a demanda por infra-estrutura e assim onerando a prefeitura com
custos desnecessários. O setor com menor densidade na área urbana é o setor 6, localizado
entre o Centro e o Bairro Anchieta, com 16,70 hab/ha.
No Distrito Alto São João existe apenas um setor censitário com densidade de 0,31 hab/ha.
198
De acordo com definições do IBGE para efeito da confecção do Censo de 2007, consideram-
se:
- Em situação urbana, as áreas urbanizadas ou não, correspondentes às cidades
(sedes municipais), às vilas (sedes distritais) ou às áreas urbanas isoladas, desde
que aprovadas por Lei Municipal sua inclusão ao Perímetro Urbano.
199
- Em situação rural toda a área situada fora do perímetro urbano, inclusive os
aglomerados rurais de extensão urbana, os povoados e os núcleos.
- Aglomerado rural isolado – povoado é a localidade situada em área legalmente
definida rural caracterizada por um conjunto de edificações permanentes e
adjacentes, formando área continuamente construída, com arruamentos
reconhecíveis ou dispostos ao longo de uma via de comunicação, possuindo pelo
menos 1 (um) estabelecimento comercial de bens de consumo freqüente e 2
(dois) dos seguintes serviços ou equipamentos: 1 (um) estabelecimento de ensino
de primeiro grau, de primeira a quarta série, em funcionamento regular; 1 (um)
posto de saúde, com atendimento regular e 1 (um) templo religioso de qualquer
credo, para atender aos moradores do aglomerado e/ ou áreas rurais próximas.
111.1 ASPECTOS SÓCIO-ESPACIAIS
11.1 PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO
De acordo com dados do IBGE, a população de Roncador no ano de 2000 era de 13.632
habitantes e no ano de 2010, 11.537, tendo registrado no período variação de -15.32%. De
acordo com os estudos desenvolvidos pelo IPARDES no ano de 2000, a projeção da
população municipal para o ano de 2010 era de 9.375 habitantes. No entanto a população
de acordo com o IBGE para 2010 foi de 11.544, cerca de 18% superior à projeção.
Esta diferença verificada nos dados do Ipardes levou em consideração o Censo Demográfico
de 1996 e 2000.
Em 2007, a partir de dados da Contagem Populacional, pode-se observar que a taxa de
crescimento reduziu ainda mais, tendo decréscimo de população, com redução de 685
pessoas na área urbana e 682 pessoas na área rural. A população é distribuída em 50% na
área urbana e 50% na área rural, o que se verifica na maioria dos municípios brasileiros,
principalmente devido a jovens que abandonam o campo em busca de empregos na área
urbana, ou em Municípios que tenham maior oferta de empregos.
TABELA 11 – PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO
200
Ano Base
Pop. Urbana Pop. Rural Pop. total Taxa Crescimento Pop. Total
Taxa Crescimento
(IBGE) (IBGE) (IBGE) (IBGE) - anual* (IPARDES) (IPARDES)
*
2000 6.826 6.806 13.632 0, 692%** 12.191 ND
2007 6.141 6.124 12.265 -1,43%** 10.224 -2,30%**
2010 7.120 4.417 11.537 -1,98%** 9.375 -2,77%**
2020 5.711** 3.543** 9.254 ** ND ND ND
Fonte: IBGE (Contagem Populacional 2007 Censo 2000, Censo 2010); IPARDES (Projeção da População 2000 - 2010). ND – dado não disponível. * - taxa de crescimento anual. ** - dados calculados pelo autor, a partir dos dados dos anos anteriores e taxa de crescimento anual.
11.2 CÁLCULOS DA ÁREA DE EXPANSÃO URBANA
Cálculo 1 – a partir da densidade máxima de um setor
Densidade máxima atual = 28,53 hab/ha
População urbana prevista para o ano 2020 = 9.254 habitantes – dados do IBGE**
Acréscimo da população urbana (2010-2020) = - 2.283 habitantes – dados do IBGE
Considerando a densidade máxima urbana atual em relação à projeção da população urbana para o
ano 2020: a cidade deve ter um decréscimo de população, de acordo com dados de população dos
últimos 10 anos.
De acordo com análise destes dados e considerando a densidade populacional, dever-se-ia
considerar a possibilidade de redução de perímetro urbano. Porém como observado no
mapa de uso e ocupação do solo, isso não é possível, pois as edificações são bastante
espalhadas, não possuindo grandes vazios urbanos em áreas periféricas do perímetro
urbano. Verificou-se que a maioria das áreas consideradas vagas dentro do perímetro
urbano, não possui suas áreas cadastradas na Prefeitura Municipal, para efeito de cobrança
de IPTU, ou seja, são consideradas pelo Código Tributário Municipal, como áreas rurais ou
áreas de chácaras.
201
Neste contexto, devido a necessidade de áreas para novos equipamentos públicos ou
ampliação dos existentes ou ainda implantação de conjuntos habitacionais, sugere-se a
ampliação do perímetro urbano, para regiões mais aptas à expansão urbana.
11.3 HABITAÇÃO
A Área Urbana do Município de Roncador é composta por loteamentos residenciais e
habitacionais. Atualmente, na Área Urbana a média da dimensão dos lotes é de 360,00m²
(PMR, 2011). Segundo dados da PREFEITURA MUNICIPAL (2011) os menores lotes do
Município possuem dimensão de 125,00m². Cabe salientar que essas dimensões são as
oficiais, ou seja, referem-se aos lotes decorrentes dos processos protocolados na Prefeitura
para análise e aprovação, excluindo-se aqui as subdivisões irregulares ou partes ideais.
Segundo dados da Prefeitura Municipal (2011), o Município possui lei que regulamenta a
aprovação de loteamentos, muito embora poucos empreendedores respeitem a legislação
vigente. Grande parte dos investidores parcela as terras sem obedecer a legislação, deixando
o ônus da regularização e solução de problemas oriundos da falta de planejamento para o
Município.
Atualmente existem no Município 09 conjuntos habitacionais sendo eles: Conjunto
habitacional COHPAR (40 unidades), Conjunto Madre Paulina (21 unidades), Conjunto Sol
Nascente (104 unidades), Conjunto Pedro Otales Mendes (119 unidades), Conjunto Vitória
(98 unidades), Conjunto Morada do Sol (44 unidades), Conjunto PSH (65 unidades) Conjunto
Geraldo Peron (24 unidades) e Conjunto Morada Feliz (26 unidades) (mapa 20), totalizando
541 unidades.
Quanto às áreas de ocupações irregulares, de acordo com a Prefeitura Municipal (2011),
estão concentradas em três locais: no Jardim Anchieta próximo ao cemitério, à norte do
Jardim Anchieta e outra no parque industrial (mapa 20).
MAPA 20 – CONJUNTOS HABITACIONAIS e OCUPAÇÕES IRREGULARES
202
11. ASPECTOS DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS PÚBLICOS
Quanto à rede do sistema de abastecimento d’água, verificou-se que, toda a área habitada
do Município tem acesso ao abastecimento, sejam através de rede vinculada a SANEPAR ou
através de poços artesianos, fontes e rios. (Figura-04).
A área urbana e o Distrito Alto São João são atendidos pela coleta de resíduos sólidos e
iluminação pública. Não existe rede de esgotamento sanitário no Município.
De uma forma geral, o saneamento no meio rural, necessita de ações e extensão dos
serviços de água (implantação de poços artesianos e recuperação de nascentes), lixo e fossa
séptica e sumidouro. As conseqüências do padrão atual de uso da terra sobre a qualidade
das águas tendem a ser agravadas por condições inadequadas de esgotamento doméstico,
com riscos crescentes para as condições de saúde da população.
Observam-se na Área Urbana algumas regiões de densidade muito baixa ou pouco ocupada,
que de acordo com PUPPI (1981), geram gastos excessivos com a extensão da infra-estrutura
urbana (rede viária, saneamento, iluminação pública entre outros). Para a determinação da
necessidade de áreas de expansão, deverão ser utilizadas primeiramente as regiões com
baixas densidades já existentes, buscando uma ocupação mais homogênea e a otimização da
infra-estrutura urbana.
Quanto aos equipamentos públicos de educação, saúde, esporte, cultura e lazer, estão
disponibilizados em toda a Área Urbana.
203
Figura 04: Sanepar
Fonte: O Autor (2011)
11.1 SISTEMA VIÁRIO
Em Roncador a população tem enfrentado grandes problemas devido à falta de readequação
e manutenção das estradas rurais, cascalhadas, não cascalhadas e/ou vicinais que dão
acesso às propriedades. Com grandes dificuldades para viabilização de recursos para
construção, ampliação e manutenção das estradas existentes, as administrações municipais
acabam enfrentando sérias restrições orçamentárias frente aos investimentos necessários e
o possível comprometimento das receitas disponíveis, procurando adequar-se
constantemente às restrições impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
O Município apresenta como eixos principais de acesso, a rodovia federal BR-158 no sentido
norte; e as rodovias estaduais PR-239 no sentido oeste da região e PR-462 no sentido norte.
O mapa 21 espacializa as principais estradas no interior. São vias normalmente cascalhadas
com a função de escoar a produção e servir de trajeto para o transporte escolar. As demais
estradas são consideradas vicinais, de acesso local.
204
Quanto à Área Urbana, grande parte das vias públicas possui largura mediana entre 11 m e
21 m (mapa 22).
TABELA 12 - LARGURA DAS VIAS DA ÁREA URBANA
NOME DAS RUAS LARGURA – CAIXA DA RUA (M)
1. RUA BOM PRINCÍPIO 7 A 18
2. RUA PRESIDENTE VARGAS 18
3. AVENIDA AFONSO CAMARGO 19
4. RUA ANITA GARIBALDI 7 A 20
5. RUA BANDEIRANTE 21
6. RUA GENERAL CARNEIRO 18
7. RUA PIRATININGA 19
8. AVENIDA PRESIDENTE CASTELO BRANCO 22 A 29
9. AVENIDA BRASÍLIA 30
10. RUA MASSAROTO 20
11. AV. POETA TARAS CHEVTCHENKO 30
12. RUA SETE DE SETEMBRO 15 A 21
13. RUA MUNHOZ DA ROCHA 10 A 16
14. RUA PROJETADA 11 A 18
15. RUA PROJETADA A 19
16. RUA PROJETADA B 11
17. RUA PROJETADA C 11
18. RUA PROJETADA D 11
19. RUA PROJETADA E 11
20. RUA PROJETADA F 12
21. RUA PROJETADA G 12
22. RUA PROJETADA H 12
23. RUA PROJETADA E (2) 8 A 22
24. RUA PAULO KOVALER 9 A 11
25. RUA SÃO JOAQUIM 19
26. RUA SANTA CATARINA 20
27. RUA AMAZONAS 10 A 19
28. AVENIDA SANTO ANTONIO 20
29. RUA RIO DE JANEIRO 19 A 26
30. RUA SÃO PAULO 16 A 19
31. RUA PARANÁ 17 A 19
32. RUA CURITIBA 18 A 21
33. RUA SERGIPE 10 A 21
34. RUA PADRE ZYGMUNT SUPIETA 24 A 31
35. RUA ESPÍRITO SANTO 20
36. RUA VISCONDE DO RIO BRANCO 11 A 20
37. RUA PADRE JOÃO IRENAR MALANIAK 18
38. RUA MARECHAL FLORIANO 7 A 19
39. TV. IRMA MELANIA UHREN 19
40. AVENIDA SÃO PEDRO 15 A 31
41. RUA MARECHAL DEODORO 17 A 21
42. RUA PONTA GROSSA 15 A 23
205
43. RUA PARANAGUÁ 13 A 20
44. TV. ANTÔNIO MARTINS QUINTAL 15
45. RUA EDEMAR FELISBINO CAETANO PINTO 9 A 15
46. TV. JOSE MARMATIUK 11
47. TV. JOAO ROSA 11
FONTE: LEVANTAMENTO DE DADOS DO AUTOR, 2011.
Analisando a tabela acima, verifica-se que a grande maioria das vias possui boa largura para
o fluxo municipal. De acordo com dados da PREFEITURA MUNICIPAL (2011), o Município
possui Lei de Sistema Viário que estabelece a largura das vias.
Quanto à situação das vias públicas da área urbana, segundo o Plano de Gerenciamento
Integrado de Resíduos Sólidos realizado no Município em 2010, 8 km das vias são asfaltados,
com estado de conservação muito bom, 6 km são de calçamento irregular com estado de
conservação bom e 35 km não possui pavimentação, com estado de conservação regular.
O projeto de novas ruas, ou seja, o sistema viário de um município deve apresentar boas
condições para a implantação das redes hidráulico-sanitárias e outras de serviços públicos,
observando sua boa localização quanto às declividades naturais, já que para a drenagem
natural e o sistema de esgoto há escoamento por gravidade.
O DNIT desenvolveu novo traçado da BR 158 que vem de Campo Mourão e vai para Palmital.
Esse novo traçado facilitará o escoamento da produção diminuindo distâncias, otimizando
custos e tempo de viagem. A obra não tem prazo para ser iniciada.
Mapa 21 – Sistema Viário Municipal
207
11.2 TRANSPORTE COLETIVO, TRANSPORTE ESCOLAR E DE CARGA
O transporte coletivo municipal é disponibilizado conforme tabela 13. De acordo com dados
da Prefeitura Municipal (2011) o serviço atende a demanda municipal.
TABELA 13: DADOS TRANSPORTE COLETIVO MUNICIPAL
Linha/ nº Roteiro
LINHA JARDIM ANCHIETA
01 – 7:00 hs Saída Pátio – Rua Marechal Deodoro – Av.
208
Paraná – Gralha Azul – Rua Curitiba – Av. São Pedro – Jardim Anchieta – Afonso Camargo – Clube 20 de março – Volta Rua São Pedro. (3x no período da manhã)
02- 11:00 hs Saída Pátio – São Pedro – Paraná – Gralha Azul – Curitiba – São Pedro – Jardim Anchieta – São Pedro Gralha Azul – COAMO. (4x no período da manhã)
03- 17:00 hs Saída Pátio – Gralha Azul – São Pedro – Jardim Anchieta – São Pedro – Gralha Azul – COAMO – São Pedro – Jardim Anchieta. (3x no período da tarde)
Fonte: PMR, 2011. O transporte escolar no Município atende diariamente no período da manhã, tarde e noite,
transportando alunos da zona rural até as escolas mais próximas, tanto nas comunidades
quanto na sede, percorrendo aproximadamente 1805.27 km diários. O serviço é
disponibilizado aos alunos da educação infantil, ensino fundamental e médio, e superior,
atendendo ao todo 1.096 alunos. No total são ofertadas 21 linhas (tabela 14), sendo parte
delas terceirizadas e parte com a frota própria do Município (mapa 23).
Na Área Rural, as localidades atendidas são: Santo Antônio, Barriquinha, Jararaca,
Faxinalzinho, Vista Alegre, Rio Bonito, Cateto, Palmital 43, Aterrado Alto, Mosquiteiro, Água
da Cruz, Cruzamento, III Estrelas, Beira Rio, Palmital de Baixo e Alto São João. (tabela 14)
(PMR, 2011).
Os alunos são divididos em duas partes de acordo com a comunidade onde residem. Os
alunos moradores das comunidades Gleba VIII, Rio Bonito, III Estrelas, Rio Liso, Água da Cruz,
Palmital de Baixo, Mandaçaia e Beira Rio freqüentam a escola de Alto São João. Os alunos
que residem nas comunidades restantes freqüentam as escolas localizadas no centro da
cidade. (PMR, 2011).
TABELA 14: DADOS TRANSPORTE ESCOLAR
LOCALIDADE (LINHA)
ESCOLA DE DESTINO
LOCALIDADE QUANT. DE ALUNOS
KM
Rogério (Santo Antônio/Barriquinha)
Centro Santo Antônio/ Barriquinha
70 73 km
Antonio da Silva (Jararaca) Centro Jararaca 70 40 km
Josmar Ferreira de Castro (Rio Bonito)
Alto São João Rio Bonito 85 26,84 km
Penga (Cateto) Centro Cateto 80 52,48 km
209
Eugênio (Palmital 43) Centro Palmital 43 40 42,13 km
Ass. Rio Azul – Moacir Nicodemos (Ass. Rio Azul)
70 48,00 km
Chochodolak (Aterrado Alto / Fazenda São João)
Centro Aterrado Alto 42 55,60 km
Tião (Mosquiteiro) Centro Mosquiteiro 30 49,22 km
Vista Alegre - Sakoman 70 54,00 km
LINHA 01- (Três estrelas – gleba oito 38 Km dia – 03 viagens do dia).
Alto São João Alto São João/Três Estrelas.
35 114 km
LINHA 02- ( Alto São João, Água da Cruz, Rio Liso, 33Km por viagem ao dia)
Alto São João Alto São João/Rio Liso
65 99 km por dia
LINHA 03 ( Alto São João, Beira Rio e Pamital de baixo, 36Km por viagem – 03 viagens ao dia, sendo 108Km por dia)
Alto São João Alto São João /Beira Rio
30 133 km
LINHA 04 (Rio Bonito – Alto São João 16,3Km por viagem – 03 viagem ao dia, total de 48,9Km ao dia)
Centro Rio Bonito/ Alto São João
75 60Km
LINHA 05(Fazenda São Luiz, Fazenda Guarita, Fazenda Fertimourão, Fazenda Gomes e Fazenda Campo Verde).
Centro Roncador/J. Monteiro
30 156 km
LINHA 06 (Gleba 08 até Alto São João)
Alto São João Gleba 08/Alto São João.
60 94km
LINHA 07 (Roncador à Iretama)
Centro Roncador/Iretama 42 82km
LINHA 08(Fazenda do Diamiro até a estrada mestra de Alto São João.
Centro Rio das Barras/Alto são João.
25 20 km
Ademir Rodrigues (Roncador/ Pitanga e vice-versa)
Centro Roncador/ Pitanga 44 218 km
Valdemar Ornelas (Roncador, Campo Mourão e vice-versa)
Centro Roncador/Campo Mourão
48 225 km
Valdecir Dias Lima (Roncador, Campo Mourão e vice- versa
Centro Roncador/Campo Mourão
50 220 km
Toninho(Jardim Anchieta, escola Ulisses,escola General,escola Monteiro
Centro Jardim Anchieta/Centro.
35 12 km
210
Lobato,etc.)
TOTAL DE LINHAS Centro 21 TOTAIS ALUNOS 1.096
1.805.27
FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL (2011)
De acordo com Lei Federal, o Estado deve oferecer transporte para os alunos da Rede
Estadual de ensino, e os Municípios aos alunos da Rede Municipal, uma vez que a
organização, a manutenção e o desenvolvimento dos órgãos e instituições oficiais são
incumbências de estados e municípios. Todos os níveis de ensino devem ter meios de acesso
para os estudantes.
No caso do Ensino Fundamental, os sistemas devem oferecer vagas em escolas a até 2 km da
residência dos alunos, ou arcar com este transporte. Por meio do FNDE, a União mantém um
programa de Transporte Escolar em apoio aos sistemas de ensino, mediante repasse de
recursos.
Merece análise específica o transporte de cargas no Município, principalmente nos meses de
colheita e consequentemente escoamento da produção. Atualmente as principais vias
utilizadas dentro da Área Urbana pelos caminhões para escoar a produção são a PR239, Av.
São Pedro, Av. Santo Antonio e Rua Curitiba. Essas ruas são utilizadas para saída da
produção principalmente devido à localização da COAMO e da CEVALE (mapa24).
Como as vias utilizadas pelos caminhões são também utilizadas para o trânsito local, pois
acessam várias residências e comércios, devem-se encontrar alternativas para minimizar os
efeitos negativos dos fluxos. As alternativas são a sinalização especial, redutores de
velocidade ou desvio do tráfego. O desvio de tráfego apesar de mais oneroso e impactante
é a melhor solução, pois, se bem estudado, pode possibilitar a solução de todos os
problemas que envolvem a questão.
213
11.3 SANEAMENTO
11.3.1 Drenagem Urbana
Em geral, o pavimento tradicional não permite o escoamento das águas da chuva, o que
acarreta uma quantidade significativa de águas pluviais. A drenagem de águas pluviais
consiste na construção de galerias, tubulações enterradas ou abertas que procuram afastar
rapidamente a água da chuva para fora do ambiente urbano.
O sistema de escoamento das águas pluviais é composto de: captação, rede e lançamento
final. As águas de chuva entram pelos pontos de captação - bocas-de-lobo e bueiros -
escoam através das redes, canais ou galerias até desaguarem nos córregos receptores.
De acordo com os dados obtidos junto à Prefeitura Municipal de Roncador (2011), observa-
se que existe no Município rede de drenagem urbana. A maioria das galerias não foi
dimensionada para atender ao volume de água das chuvas, o que torna a rede de drenagem
precária. Soma-se à isso, o fato que somente parte da Área Urbana possui a rede, o que
corresponde à parte do Centro e do Parque Industrial. O Bairro Vila Anchieta não possui
rede de drenagem.
11.3.2 Abastecimento de Água
De acordo com dados da SANEPAR, 2.476 economias são atendidas pela rede de água,
representadas por 2.255 unidades domiciliares, 149 comerciais, 6 industriais, 20 de utilidade
pública e 46 do poder público.
O sistema de abastecimento de água possui 1 manancial subterrâneo de abastecimento
214
público localizado na zona rural, e 2 reservatórios, sendo um apoiado e um elevado,
localizados na Avenida São Pedro. O tratamento é realizado no reservatório apoiado, onde a
água “in natura”, oriunda do manancial subterrâneo, recebe aplicação de cloro e flúor (mapa
25).
Segundo dados da Sanepar (2011) toda a Área Urbana possui rede de abastecimento de
água (mapa 26).
Quanto ao abastecimento de água na Área Rural, de acordo com dados da prefeitura
Municipal (2011), a maioria das comunidades possui poços artesianos, porém muitos deles
não estão em funcionamento, devido à falta de investimentos para instalação da rede de
distribuição. As comunidades que necessitam de investimentos urgentes em relação à água
tratada, especificamente na instalação/extensão de rede são: Formoso, Barriquinha, Santo
Antônio, Vista Alegre, Cruzamento e Assentamento Rio Azul (mapa 25).
O Distrito de Alto São João também é atendido pela Sanepar, onde o mesmo é composto por
um manancial subterrâneo e um reservatório elevado, onde é efetuado o tratamento
através de aplicação de cloro e flúor.
11.3.3 Esgotamento Sanitário
Quanto ao sistema de tratamento de efluentes domésticos (esgoto), o município não dispõe
de rede instalada para o atendimento da demanda. O esgoto é destinado à fossas sépticas
individuais. Há previsão de implantação da rede coletora de esgotamento sanitário no
Município de Roncador para o ano de 2014 (PMR 2011)
11.3.4 Resíduos Sólidos
Com base no Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos realizado pelo
Município em 2010, são coletadas 5 ton/dia de lixo. A população atendida pela coleta é de
aproximadamente 6.500 habitantes (mapa 27).
A coleta de resíduos acontece diariamente no período da manhã, somente na Área Urbana.
Na Área Rural, os moradores em geral enterram ou incineram o lixo produzido. Para o
215
recolhimento do resíduo a Prefeitura disponibiliza 1 caminhão Ford F 14.000/98 com
capacidade para 12 toneladas, 1 caminhão Ford F 14.000/88 com capacidade de 10
toneladas, 1 caminhão Chevrolet F 11.000/87 para 5 toneladas e 1 C-60/79 para 6 toneladas
que coleta entulhos fazendo 20 viagens semanais, totalizando a distância de 600 km/mês.
Toda coleta é de responsabilidade da Prefeitura Municipal com veículo próprio.
Nenhum resíduo sólido passa por tratamento. Todo o lixo é encaminhado para o aterro
controlado Municipal localizado a 2 km da área urbana – sentido Nova Cantu. Todo resíduo é
disposto em valas sem impermeabilização.
Não há separação de resíduos de reciclagem, havendo uma coleta informal sem autorização
da administração pública.
Mapa 25 – INFRAESTRUTURA MUNICIPAL
218
No que diz respeito à varrição das ruas municipais, de acordo com dados da Prefeitura
Municipal (2011), a mesma é realizada quando necessária, por 4 funcionários. As ruas que
recebem esse serviço são: Espírito Santo, Marechal Floriano, Marechal Deodoro, Ponta
Grossa, Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Curitiba, Avenida São Pedro e Avenida
Santo Antônio.
O Município dispõe de uma legislação própria, a lei 345/96, de uso e ocupação do solo, que
regulamenta a limpeza urbana municipal de lotes e calçadas.
219
11.4 ENERGIA ELÉTRICA E ILUMINAÇÃO PÚBLICA
O Município de Roncador está interligado a Rede de Distribuição de Energia Elétrica,
operado pela COPEL – Companhia Paranaense de Energia. De acordo com dados da COPEL
(2010), todas as edificações são atendidas pela rede de energia elétrica, tanto na área
urbana quanto na área rural. Atualmente no Município estão cadastrados junto à COPEL
(2010) 2.350 consumidores residenciais, 1.237 consumidores rurais, 316 consumidores
comerciais, seguidos dos poderes públicos (74), industrial (39) e serviços públicos (4),
totalizando 4.020 consumidores. O consumo total do Município é da ordem de 994.306 Kwh,
sendo o mais representativo o uso rural (406.759Kwh) seguido do consumo na Área
Residencial (276.498 Kwh). Segundo análise, o sistema tende às necessidades da população.
Existem no Município 2 subestações uma localizada na Rua Pe. Benedito Melnyk e outra na
Estrada Roncador a Campo Mourão (mapa 28).
O sistema de iluminação pública em ruas, praças, avenidas, jardins, vias, estradas e outros
logradouros de uso comum e livre acesso são, geralmente, de propriedade do Município
(COPEL, 2010).
MAPA 28- ILUMINAÇÃO PÚBLICA URBANA
220
11.5 COMUNICAÇÕES
11.5.1 Telefonia
A empresa que disponibiliza os serviços de telefonia fixa é a Oi Telecomunicações que
atende a todas as solicitações de novas ligações, dentro da área urbana e rural, para a
disponibilização do serviço. Quanto à rede de telefonia todas as regiões da Área Urbana são
atendidas. (Figura–05). Na Área Rural, existem telefones públicos isolados. Atualmente o
Município é atendido pela telefonia celular através das empresas Oi, Tim, Vivo e Claro (mapa
29).
221
Figura 05: Antena Telefônica
Fonte: O Autor (2011)
11.5.2 Correios
O Município possui uma Agência de Correio localizada na área central do perímetro urbano e
uma Agência Comunitária localizada no Distrito de Alto São João onde as correspondências
são recebidas e mandadas por malotes até o a Área Urbana de Roncador.
11.5.3 Imprensa
Circulam no Município os seguintes jornais: Panorama Regional (Rua Espírito Santo), que
possui circulação semanal e Tribuna do Interior, com circulação diária e distribuição com
veículo oficial do Município (Campo Mourão). O Município possui duas rádios, uma
denominada Princesa AM – 820 Khz, localizada na Rua São Paulo e outra denominada Nova
FM – 106,3 Mhz localizada na Avenida São Pedro. Denominada Liberdade FM – 87,9 Mhz a
Rádio Comunitária, localizada-se na Rua São Paulo.
MAPA 29 – COMUNICAÇÕES
222
11.6 EQUIPAMENTOS SOCIAIS E COMUNITÁRIOS
Os equipamentos sociais e comunitários possuem dois portes, os com área de abrangência
local e os com área de abrangência regional.
Os Equipamentos Sociais e Comunitários com Área de Abrangência Local são aqueles em que
suas dimensões e/ou atividades e/ou características não extrapolam aos níveis do cotidiano
com ligações diretas, funcionais ou espaciais, com uso residencial, sendo que sua demanda
de atendimento é composta apenas pela comunidade do entorno imediato, como é o caso
de Centro de Educação Infantis, escolas, postos de saúde, praças.
Os Equipamentos Comunitários com Área de Abrangência Regional, como é o caso, por
exemplo, dos cemitérios, parques, rodoviárias, hospitais, universidades, são aqueles que,
por suas dimensões e/ou atividades e/ou características, implicam em maior concentração
223
de pessoas ou veículos, e níveis altos de ruído. A abrangência regional pode ir além dos
limites da Região Administrativa, podendo, inclusive, englobar mais de uma cidade.
A localização dos equipamentos sociais e comunitários constitui um importante fator dentro
da composição urbanística, uma vez que deve prestar atendimento a toda área definida pelo
seu raio de abrangência.
As informações a respeito dos equipamentos urbanos foram obtidas através de pesquisa de
campo e dados fornecidos pela Prefeitura Municipal (2011). Os equipamentos sociais e
comunitários estão representados em mapa (mapa 30 e 31). De acordo com a Divisão de
Administração da Rede Física do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná a área
de abrangência de equipamentos de abrangência local deve ser de 1,5 km (de raio).
11.6.1 Escolas e Centros de Educação Infantil
De acordo com as informações da Prefeitura Municipal (2011), atualmente no Município
existem 14 estabelecimentos (Figuras 06 a 08) destinados a atender a demanda educacional
presencial e 02 estabelecimentos que ofertam a educação à distância, entre Escolas e
Centros de Educação Infantil que são:
Escola Municipal Monteiro Lobato;
Colégio Estadual General Carneiro;
Escola Municipal João Paulo I;
Escola Municipal Afonso Camargo;
Colégio Estadual de Alto São João;
Escola Rural Municipal Leonel Bini e Escola Estadual Do Palmital do 43;
Colégio Nossa Senhora das Graças e Educação Infantil;
Centro Municipal de Educação Infantil Pedro Gluchak;
Centro Municipal de Educação Infantil Anjo da Guarda;
Centro Municipal de Educação infantil Jesus Menino;
Colégio Estadual Ulysses Guimarães;
Centro Municipal de Educação Infantil Dente de Leite;
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais APAE;
Instituto Tecnológico de Desenvolvimento Educacional (ITDE);
Centro de Estudos e Pesquisas de Educação a Distância (CEPED).
224
Figura 06: Escola Municipal João Paulo
Fonte: O Autor (2011)
Figura 07: CMEI Anjo da Guarda
Fonte: O Autor (2011)
Figura 08: CMEI Pedro Gluchak
Fonte: O Autor (2011)
Na Área Rural, existe uma Escola no Distrito de Alto São João e na Comunidade do palmital
43. As crianças das comunidades de Rio Bonito, Gleba VIII, III Estrelas, Rio Liso, Água da Cruz,
Palmital de Baixo, Mandaçaia e Beira Rio estudam na escola do Distrito Alto São João. As
crianças das demais comunidades estudam nas escolas da Área Urbana.
Segundo dados do IBGE (2000) a taxa de freqüência escolar das crianças entre 0 e 3 anos é
de 2,01%; de 4 a 6 anos é de 49,76%; de 7 a 14 anos 94,26%; de 15 a 17 anos 71,93%; de 18
a 22 anos 33,28% e mais de 22 anos 5,23%. De acordo com o IBGE (2000), taxa bruta de
freqüência escolar é de 82,69% enquanto que a taxa do Paraná é de 82,90%.
225
A tabela 15 demonstra os índices da educação dentre eles, taxa de aprovação, taxa de
reprovação, taxa de abandono e IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) das
escolas municipais e estaduais. O IDEB foi criado em 2007 para medir a qualidade de cada
escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho do
estudante e em taxas de aprovação. Assim, para que o IDEB de uma escola ou rede cresça é
preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e freqüente a sala de aula. O índice é medido
a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das metas municipais e
estaduais, tenha nota 6 em 2022 – correspondente à qualidade do ensino em países
desenvolvidos. O IDEB geral do Município é de 4,8.
Tabela 15: Dados da Educação – ano base 2009
Escola Municipal Ensino Fundamental Afonso Camargo Séries Iniciais
Modalidades Taxa de Aprovação
IDEB (*)
Ensino Fundamental 1º ao 5 º ano
95% 3,09
Escola Municipal Ensino Fundamental João Paulo I Séries Iniciais
Ensino Fundamental 1º ao 5º ano
92,98% 4,5
Escola Municipal de Ensino Fundamental Monteiro Lobato Séries Iniciais
Ensino Fundamental 1º ao 5º ano
93,03% 5,2
Fonte: PMR, 2011
O Município possui os programas do Governo do Estado Paraná Alfabetizado, e o EJA
(Educação de Jovens e Adultos - fase I).
O Município tem encontrado dificuldades no atendimento a crianças de 0 a 5 anos devido à
falta de espaço físico para a permanência dessas crianças. De acordo com SANTOS (1988) os
Centros de Educação Infantil devem estar localizados próximos às edificações residenciais,
perto de praças e parques, em ruas classificadas como locais, além de estarem protegidas de
fontes de poluição.
A carência na área da Educação no Município refere-se principalmente à falta de espaço
físico e precariedade de algumas instalações.
228
11.6.2 Saúde e Assistência Social
O Município de Roncador disponibiliza atendimento médico à população em 1 Unidade
Básica da Saúde da Família, localizado no Prolongamento da Avenida São Pedro, Quadra 03,
Lote 23, Jardim Anchieta, 1 Centro de Saúde localizado na Rua São Paulo, 1 Clínica de
Fisioterapia sita à Rua São Paulo, 1 Posto de Atendimento localizado no Distrito Alto São
João e 1 Unidade de Pronto Atendimento 24 horas na Rua São Paulo (Figuras 09 a 13). Nas
unidades de assistência ambulatorial são ofertados os serviços de atenção básica:
imunização, controle de pressão arterial, glicemia, curativos, acompanhamento de pacientes
crônicos e coleta de material citopatológico. Na unidade de saúde do Jardim Anchieta está
implantada uma Equipe de Estratégia de Saúde da Família (PMR, 2011).
Figura 09: Hospital
Fonte: O Autor (2011)
Figura 10: Posto de Saúde - Centro
Fonte: O Autor (2011)
Figura 11: Posto de Saúde – Jd. Anchieta Figura 12: Centro de Saúde da Criança e da Mulher
229
Fonte: O Autor (2011)
Fonte: O Autor (2011)
Figura 13: Clínica Municipal de Fisioterapia
Fonte: O Autor (2011)
Os principais programas estaduais e federais utilizados para informações de saúde: SCNES
(Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), SIA (Sistema de Informação
Ambulatorial – FPO, BPA, VERSIA, DEPARA) SIAB (Sistema de Informação e Atenção Básica).
SISPRENATAL WEB – Programa de Acompanhamento de Gestantes e Puerperais, SISVAN
(Sistema de Vigilância e Avaliação Nutricional), SIM (Sistema de Mortalidade); SINASC
(Sistema de Natalidade), SINAN (Sistema de Notificação de Agravos), SISFAD (Programa de
Informação e Prevenção de Dengue), SINAVISA (Sistema de Informação em Vigilância
Sanitária), HORUS (Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica) HIPERDIA –
Programa de Acompanhamento de Hipertenso e Diabético, CADSUS (Cadastro dos Usuário
do SUS), API – Programa de Vacinas Aplicadas, EDI – Programa de Estoques de Insumos,
SIAIU – Programa de Vacinas, REDE MÃE PARANAENSE, HANSENIASE, TUBERCULOSE, BOLSA
FAMILIA, LEITE DAS CRIANÇAS, DST/AIDS, PLANEJAMENTO FAMILIAR.
Atualmente o Município possui em seu quadro de funcionários lotados na Secretaria de
Saúde, 26 Agentes Comunitários, 08 Auxiliares de Enfermagem, 01 Coordenador de Combate
230
a Dengue, 04 Dentistas, 07 Enfermeiros, 02 Fisioterapeutas, 03 Médicos, 06 Motoristas, 01
Técnico de vigilância sanitária, 10 Agentes de Endemia, 01 Atendente de Odontologia, 04
Bioquímicos, 01 Médico Veterinário e 03 Técnico em Enfermagem.
TABELA 16: NÚMERO DE ATENDIMENTOS - MÉDIA MENSAL
Médicos 1.200 consultas
Gestantes 90 consultas
Imunização 400 vacinas
Coleta de material citopatológico 60
Coleta de exames laboratoriais 800
Consultas TFD (tratamento fora de
domicilio) Curitiba
45
Atendimentos de pacientes com diabete e
hipertensão
300
Consultas de enfermagem 600
Atendimentos de tuberculose 3
Atendimento de Hanseníase 5
Acompanhamento nutricional leite das
crianças
207
Acompanhamento nutricional bolsa família 1.060
Inalação 200
Curativos 150
Sutura 0
Aferição de pressão arterial 2.000
Visitas ACS (agente comunitária de saúde) 750
Visitas Vigilância Sanitária 30
Visitas enfermeiro 120
A Secretaria de Saúde é responsável pela Vigilância Sanitária que realiza inspeção em
estabelecimentos e inspeção domiciliar (dengue).
De acordo com dados do IPARDES (2009), considerando óbitos segundo tipos de doenças em
menores de um ano, as principais doenças são do aparelho circulatório, seguido de causas
externas e neoplasias (tumores). De acordo com dados do MINISTÉRIO DA SAÚDE (2000) as
231
principais causas de morte no Município estão relacionadas a doenças do aparelho
circulatório, respiratório, neoplasias e doenças infecciosas (IPARDES, 2009).
O coeficiente de mortalidade infantil, de acordo com o IPARDES (2011) no Município é da
ordem de 7,41, enquanto que no Estado é de 11,65. Taxas de mortalidade infantil com
índices elevados podem ser interpretadas de maneira geral, pela incidência de níveis de
saúde e bem-estar, desenvolvimento socioeconômico e de condições de vida insatisfatórios,
podendo ainda, significar nutrição inadequada da gestante, más condições de higiene
sanitária e ambiental, pouca informação quanto à situação de gravidez, baixo nível de
escolaridade, ausência de programas de saúde específicos, entre outros.
Segundo dados da Prefeitura Municipal (2011) e análise da situação da saúde do Município,
verificou-se a necessidade de ampliação dos espaços físicos e/ou adequação dos mesmos
para o atendimento. A estrutura física dos espaços destinados à saúde é precária e na
grande maioria não atendem à RD50 da Vigilância Sanitária.
PROTEÇÃO BASICA - De acordo com dados da Prefeitura Municipal (2011), na área social, é
disponibilizado Órgão Gestor da Assistência Social; o CRAS – Centro de Referência da Assistência
Social; CRAS VOLANTE; Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF; o CEDESC –
Centro de Educação Social e Cultural; CCI – Centro de Convivência do Idoso; Programa Mãezinha
Feliz; Programa Bolsa Família, SCFV - O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos;
Programa Família Paranaense; Benefício Eventual: Auxílio Funeral, Auxílio Natalidade e Cesta Básica;
BPC – Beneficio de Prestação Continuada e Leite das Crianças.
PROTEÇÃO ESPECIAL MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE – Serviço De Acolhimento Institucional (Casa
Lar), Conselho Tutelar, Prestação de Serviço à Comunidade – PSC, Liberdade Assistida – LA.
Órgão Gestor Municipal - a Política e o Comando Único
O órgão gestor municipal tem a função de coordenar a execução da Política de Assistência
Social no seu âmbito de jurisdição. A política é efetivada através deste órgão gestor, que faz
o comando único das ações na prática. Defini o quanto o Poder Público pretende
comprometer-se com a questão da assistência social enquanto política pública. Mantem
inter-relação de complementariedade e interdependência com as demais áreas. A Norma
Operacional Básica - NOB, que define a operacionalização da política de assistência social,
apontar alguns princípios para o Órgão Gestor Municipal, que cabem aqui destacar:
232
elaboração do diagnóstico sócio-econômico do Município; apresentação dos critérios de
partilha dos recursos ao Conselho Municipal; identificação dos recursos e as ações da
assistência social nos outros órgãos públicos; definição de uma Política Municipal de
Assistência Social em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Assistência
Social; elaboração do Plano Municipal de Assistência Social, antecedendo o prazo de
elaboração do orçamento municipal; conhecimento e organização da rede pública e privada
da assistência social; manutenção do funcionamento do Conselho Municipal de Assistência
Social; implementação de um sistema de supervisão, acompanhamento e avaliação das
ações e da prestação de contas da rede pública e privada da assistência social no Município.
O CRAS - Centro de Referência da Assistência Social é uma unidade pública estatal localizada
em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada ao atendimento
socioassistencial de famílias. É o principal equipamento de desenvolvimento dos serviços
socioassistenciais da Proteção Social Básica. Constitui espaço de concretização dos direitos
socioassistenciais nos territórios, materializando a política de assistência social. Possibilita,
em geral, o primeiro acesso das famílias aos direitos socioassistenciais e, portanto, à
proteção social. Estrutura-se, assim, como porta de entrada dos usuários da política de
assistência social para a rede de Proteção Básica e referência para encaminhamentos à
Proteção Especial. Desempenha papel central no território onde se localiza ao constituir a
principal estrutura física local, cujo espaço físico deve ser compatível com o trabalho social
com famílias que vivem no seu território de abrangência e conta com uma equipe
profissional de referência. As principais atuações do CRAS: Presta serviços continuados de
Proteção Social Básica de Assistência Social para famílias, seus membros e indivíduos em
situação de vulnerabilidade social, por meio do PAIF tais como: acolhimento,
acompanhamento em serviços socioeducativos e de convivência ou por ações
socioassistenciais, encaminhamentos para a rede de proteção social existente no lugar onde
vivem e para os demais serviços das outras políticas sociais, orientação e apoio na garantia
dos seus direitos de cidadania e de convivência familiar e comunitária; Articula e fortalece a
rede de Proteção Social Básica local; Previne as situações de risco no território onde vivem
famílias em situação de vulnerabilidade social apoiando famílias e indivíduos em suas
demandas sociais, inserindo-os na rede de proteção social e promover os meios necessários
para que fortaleçam seus vínculos familiares e comunitários e acessem seus direitos de
cidadania.(figura 14)
233
CRAS VOLANTE – Equipe Volante consiste em uma equipe adicional que integra um Centro
de Referência de Assistência Social (CRAS) em funcionamento, com objetivo de prestar
serviços no território de abrangência do referido CRAS, para famílias referenciadas a este
CRAS. Essas famílias vivem em locais de difícil acesso, distantes desta unidade física, ou
estão dispersas no território. A equipe volante é responsável por realizar a busca ativa
destas famílias, desenvolver o Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF)
e demais serviços de Proteção Básica, que poderão ser adaptados às condições locais
específicas, desde que respeitem seus objetivos. A Equipe Volante é ainda responsável por
incluir as famílias no Cadastro Único, realizar encaminhamentos necessários para acesso a
renda, para serviços da Proteção Especial e para serviços de outros setores, sempre que
couber. Conforme a Tipificação de Serviços Socioassistenciais o atendimento às famílias
residentes em territórios de baixa densidade demográfica, com espalhamento ou dispersão
populacional (áreas rurais, comunidades indígenas, quilombolas, calhas de rios,
assentamentos, dentre outros), no âmbito do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à
Família, pode ser realizado por meio de Equipes Volantes.
CEDSC – Centro de Educação Social e Cultural: Possibilita o desenvolvimento integral de
crianças e adolescentes, em situação de risco pessoal e social, incentivando a ampliação de
conhecimentos, através de atividades culturais, educativas, esportivas, artísticas e de lazer,
além de apoio e orientação às famílias por meio de ações sócio-educativas. Atende 150
crianças com faixa etária de 7 a 14 anos, encaminhados pela Secretaria de Assistência Social,
Conselho Tutelar ou Ministério Publico (figura 15).
CCI – Centro de Convivência do Idoso - Os Grupos de Convivência para Terceira Idade têm
como objetivo fortalecer a autonomia, as relações familiares e comunitárias dos idosos e o
lazer, através de atividades recreativas, palestras, cursos, atividades físicas e bailes
semanais. O grupo REJUVENESCER de Roncador tem 150 integrantes cadastrados com faixa
etária de 60 anos acima (figura 16).
Figura 14: CRAS – Centro de Referência da Assistência Social
Figura 15: CEDESC – Centro de Educação Social e Cultural
234
Fonte: O Autor (2011)
Fonte: O Autor (2011)
Figura 16: CCI – Centro de Convivência do Idoso
Fonte: O Autor (2011)
Rede Mãe Paranaense – A Rede Mãe Paranaense é um conjunto de ações que envolve a captação
precoce da gestante, o seu acompanhamento no pré-natal, com no mínimo 7 consultas, a realização
de 17 exames, a classificação de risco das gestantes e das crianças, a garantia de ambulatório
235
especializado para as gestantes e crianças de risco, a garantia do parto por meio de um sistema de
vinculação ao hospital conforme o risco gestacional.
Programa Mãezinha Feliz – Visa cuidar da gestante, garantindo-lhe atendimento pré natal de
qualidade, logo após seja constatada a gravidez. O programa conta com parceria de técnicos
como enfermeira, psicólogo e assistente social funcionários da rede pública municipal e
dentista e fisioterapeuta que prestam serviços voluntários. Os atendimentos as gestantes
acontecem todas terças e quartas para oficina na produção do enxoval e sexta feira
orientações com os técnicos acima mencionados. As atividades são realizadas no CRAS.
Bolsa Família: Programa de transferência direta de renda com condicionalidades, que
beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. A depender da renda
familiar por pessoa (limitada a R$ 140), do número e da idade dos filhos, o valor do benefício
recebido pela família pode variar entre R$ 22 a R$ 200. Em nosso município 1.060 famílias
são beneficiadas com o programa, totalizando um repasse mensal no valor de R$ 93.177,00.
PAIF: O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF consiste no trabalho
social com famílias, de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva
das famílias, prevenir a ruptura dos seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de
direitos e contribuir na melhoria de sua qualidade de vida. Prevê o desenvolvimento de
potencialidades e aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo. Fundamenta-se
no fortalecimento da cultura do diálogo, no combate a todas as formas de violência, de
preconceito, de discriminação e de estigmatização nas relações familiares. Tem por
princípios norteadores a universalidade e gratuidade de atendimento, cabendo
exclusivamente à esfera estatal sua implementação. Serviço ofertado necessariamente no
Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). O trabalho social com famílias, assim,
apreende as origens, significados atribuídos e as possibilidades de enfrentamento das
situações de vulnerabilidade vivenciadas por toda a família, contribuindo para sua proteção
de forma integral, materializando a matricialidade sociofamiliar no âmbito do SUAS.
SCFV - O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos no âmbito do Sistema Único
da Assistência Social (SUAS), é um serviço socioassistencial continuado voltado às crianças,
aos adolescentes e as pessoas idosas, identificados nas situações prioritárias dentro do
236
território do CRAS. Objetiva complementar o trabalho social com famílias e prevenir a
ocorrência de situações de vulnerabilidade e risco social. É um serviço realizado em grupos,
organizado a partir de percursos, de modo a garantir aquisições progressivas aos seus
usuários, de acordo com seu ciclo de vida, com o objetivo de: Assegurar espaços de convívio
familiar e comunitário e o desenvolvimento de relações de afetividade e sociabilidade;
Valorizar a cultura de famílias e comunidades locais pelo resgate de suas culturas e a
promoção de vivências lúdicas; Desenvolver o sentimento de pertença e de identidade;
Promover a socialização e convivência. Por meio: Da criação de espaços de reflexão sobre o
papel das famílias na proteção de seus membros; Do estímulo e orientação dos usuários na
construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais e coletivas, na família e
no território; Da organização por percursos, conforme as especificidades dos ciclos de vida;
Das trocas culturais e de vivências; Do incentivo a participação comunitária, a apropriação
dos espaços públicos e o protagonismo no território.
LEITE DAS CRIANÇAS: O Programa Leite das Crianças do Paraná é destinado à diminuição da
desnutrição, sendo prioritário o atendimento de crianças de 6 a 36 meses de idade,
pertencentes a famílias com renda média per capita mensal inferior a meio salário mínimo.
O município beneficia 203 crianças com 01 litro de leite/dia.
PROGRAMA FAMÍLIA PARANAENSE – Programa estratégico que tem como atribuição,
articular as políticas públicas de várias áreas do Governo, visando o desenvolvimento, o
protagonismo e a promoção social das famílias que vivem em maior situação de
vulnerabilidade e risco no Paraná. Objetiva estabelecer uma rede integrada de proteção às
famílias através da oferta de um conjunto de ações intersetoriais planejadas de acordo com
a necessidade de cada família e das especificidades do território onde ela reside. O publico
alvo são famílias em maior situação de vulnerabilidade e risco, que ultrapassam o simples
critério da insuficiência de renda .
BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA – (Auxilio Funeral, Auxílio Natalidade e Cesta
Básica). São benefícios da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), de caráter
suplementar e provisório, prestados aos cidadãos e às famílias em virtude de morte,
nascimento, calamidade pública e situações de vulnerabilidade temporária. A oferta de
Benefícios Eventuais pode ocorrer mediante apresentação de demandas por parte de
indivíduos e familiares em situação de vulnerabilidade, ou por identificação dessas situações
no atendimento dos usuários nos serviços socioassistenciais e do acompanhamento
237
sociofamiliar no âmbito da Proteção Social Básica (PSB) e Proteção Social Especial (PSE).
Configuram-se como elementos potencializadores da proteção ofertada pelos serviços de
natureza básica ou especial, contribuindo dessa forma, com o fortalecimento das
potencialidades de indivíduos e familiares.
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA – BPC O Benefício de Prestação Continuada da
Assistência Social – BPC-LOAS, é um benefício da assistência social, integrante do Sistema
Único da Assistência Social – SUAS, pago pelo Governo Federal, cuja a operacionalização do
reconhecimento do direito é do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS e assegurado por
lei, que permite o acesso de idosos e pessoas com deficiência às condições mínimas de uma
vida digna. É destinado ao seguinte publico: Pessoa Idosa – IDOSO, que deverá comprovar
que possui 65 anos de idade ou mais, que não recebe nenhum benefício previdenciário, ou
de outro regime de previdência e que a renda mensal familiar per capita seja inferior a ¼ do
salário mínimo vigente e Pessoa com Deficiência – PcD, que deverá comprovar que a renda
mensal do grupo familiar per capita seja inferior a ¼ do salário mínimo, deverá também ser
avaliado se a sua deficiência o incapacita para a vida independente e para o trabalho, e esta
avaliação é realizada pelo Serviço Social e pela Pericia Médica do INSS. Para o cálculo da
renda familiar per capita é considerado o conjunto de pessoas composto pelo requerente, o
cônjuge, o companheiro, a companheira, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou
o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde
que vivam sob o mesmo teto. O benefício assistencial pode ser pago a mais de um membro
da família desde que comprovadas todas a condições exigidas. Nesse caso, o valor do
benefício concedido anteriormente será incluído no cálculo da renda familiar. O benefício
deixará de ser pago quando houver superação das condições que deram origem a
concessão do benefício ou pelo falecimento do beneficiário. O benefício assistencial é
intransferível e, portanto, não gera pensão aos dependentes.
PROTEÇÃO ESPECIAL
Prestação de Serviço à Comunidade – PSC , Liberdade Assistida - LA Os serviços tem por finalidade
prover atenção socioassistencial e acompanhamento a adolescentes e jovens em cumprimento de
medidas socioeducativas em meio aberto, determinadas judicialmente. Deve contribuir para o
acesso à direitos e para a resignificação de valores na vida pessoal e social dos adolescentes e jovens.
Para a oferta dos serviços faz-se necessário a observância da responsabilização face ao ato
infracional praticado, cujos direitos e obrigações devem ser assegurados de acordo com as
238
legislações e normativas específicas para o cumprimento da medida. Na sua operacionalização é
necessário a elaboração do Plano Individual de Atendimento (PlA) com a participação do adolescente
e da família, devendo conter os objetivos e metas a serem alcançados durante o cumprimento da
medida, perspectivas de vida futura, dentre outros aspectos a serem acrescidos, de acordo com as
necessidades e interesses do adolescente.
SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL (CASA LAR): Acolhimento em diferentes tipos de
equipamentos, destinado a famílias e/ou indivíduos com vínculos familiares rompidos ou
fragilizados, a fim de garantir proteção integral. A organização do serviço deverá garantir
privacidade, o respeito aos costumes, às tradições e à diversidade de: ciclos de vida, arranjos
familiares, raça/etnia, religião, gênero e orientação sexual. O atendimento prestado deve ser
personalizado e em pequenos grupos e favorecer o convívio familiar e comunitário, bem
como a utilização dos equipamentos e serviços disponíveis na comunidade local. As regras
de gestão e de convivência deverão ser construídas de forma participativa e coletiva, a fim
de assegurar a autonomia dos usuários, conforme perfis. Deve funcionar em unidade
inserida na comunidade com características residenciais, ambiente acolhedor e estrutura
física adequada, visando o desenvolvimento de relações mais próximas do ambiente
familiar. As edificações devem ser organizadas de forma a atender aos requisitos previstos
nos regulamentos existentes e às necessidades dos usuários, oferecendo condições de
habitabilidade, higiene, salubridade, segurança, acessibilidade e privacidade.
CONSELHO TUTELAR: órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e dos adolescentes em seu
artigo 131 da Lei Federal 8069/90. O Conselho Tutelar exerce uma política de atendimento
voltada à criança e ao adolescente, para fins específicos, em face de sua natureza, de sua
função equiparada a de um servidor público, mas não vinculado ao regime estatutário ou
celetista. De acordo com Lei Federal 8069/90 em ser Art. 136. São atribuições do Conselho
Tutelar: atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105,
aplicando as medidas previstas atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as
medidas; requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social,
previdência, trabalho e segurança; representar junto à autoridade judiciária nos casos de
descumprimento injustificado de suas deliberações; encaminhar ao Ministério Público
notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança
ou adolescente; encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas para o
239
adolescente autor de ato infracional; expedir notificações; requisitar certidões de
nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário; assessorar o Poder
Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de
atendimento dos direitos da criança e do adolescente; representar, em nome da pessoa e da
família, contra a violação dos direitos representar ao Ministério Público para efeito das
ações de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de
manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural.
11.6.3 Cultura, Esporte e Lazer
O Município de Roncador possui os seguintes equipamentos de cultura, esporte e lazer:
Campos de Futebol, Quadras esportivas, Ginásio de Esportes, Clube 20 de Março, Biblioteca
Cidadã e um Centro de Eventos (mapa 30), (figuras 17 a 20).
Figura 17: Clube 20 de Março
Fonte: O Autor (2011)
Figura 18: Campo de Futebol Clube 20 de Março
Fonte: O Autor (2011)
144
11.6.4 Equipamentos e Serviços Institucionais
O Município de Roncador possui os seguintes equipamentos e serviços Institucionais:
Rodoviária, Distrito Policial Militar, Delegacia, Sanepar, Prefeitura Municipal, Secretária de
Obras Públicas, Câmara Municipal, Cemitério, D.E.R., Conselho Tutelar, CTG, Casa da
Amizade, Biblioteca Cidadã, Hospital, Posto de Saúde, Centro Médico da Criança e da
Mulher, Campo de Futebol, Ginásio de Esportes, Quadra esportiva, Clube 20 de Março,
Centro de Eventos, Centro de Atividades da Terceira Idade, Igreja São Nicolau, Igreja São
Pedro, Salão Paroquial São Pedro, Centro Catequético Paroquial, Igreja Nossa Senhora do
Carmo, Correio, Telepar, Subestação. (figuras 21 a 31).
Figura 19: Ginásio de Esportes Silvestre Kuchla
Fonte: O Autor (2011)
Figura 20: Ginásio de Esportes 5 de Novembro
Fonte: O Autor (2011)
145
Figura 21: Rodoviária
Fonte: O Autor (2011)
Figura 22: Delegacia
Fonte: O Autor (2011) Figura 23: Módulo Policial
Fonte: O Autor (2011)
Figura 24: Prefeitura Municipal
Fonte: O Autor (2011)
146
O cemitério está localizado na porção nordeste da área urbana. Com covas de dimensões
2,5m x 1,5m. Não possui mapa com denominação nas covas. (PMR 2011).
Figura 25: Câmara Municipal
Fonte: O Autor (2011)
Figura 26: Conselho Tutelar
Fonte: O Autor (2011)
Figura 27: CTG – Centro de Tradições Gaúchas
Fonte: O Autor (2011)
Figura 28: Rotary
Fonte: O Autor (2011)
147
12. MAPA SÍNTESE
No mapa síntese (mapa 32), foram reunidas informações do meio natural relativas às
declividades, vertentes, drenagem natural e vegetação, e do meio antrópico relativas à
mancha urbana e ao sistema viário. A sobreposição destas informações permite diagnosticar
áreas que apresentam maiores ou menores restrições à ocupação, tendo como finalidade a
realização de uma carta de aptidões definindo áreas mais propícias ao uso ou à conservação.
Quanto às declividades, foram reunidas todas as classes, desde as mais favoráveis até as
mais restritivas (maiores que 30%), a fim de identificar as áreas mais problemáticas para a
ocupação urbana e implantação de infra-estrutura. Foram locadas as vertentes com
Figura 29: Capela Mortuária
Fonte: O Autor (2011)
Fonte: O Autor (2011)
Figura 30: Subestação Copel
148
orientação sul, mais problemática quanto à insolação e não recomendáveis à ocupação
urbana.
Com relação à vegetação, foram locados todos os tipos de uso do solo, como florestas,
matas e bosques, que aliadas às diferentes declividades, constituem-se em áreas com
maiores ou menores restrições à ocupação. Além destas informações, foi locada a mancha
urbana, identificando a área já ocupada com o sistema viário municipal, que permite a
visualização da acessibilidade e das condições das vias com relação às declividades e outros
aspectos citados anteriormente.
Quanto às declividades, vertentes e sistema viário tem-se que com o aumento da população,
se não houver um controle, pode ocorrer o aumento da ocupação de regiões impróprias,
com maiores declividades, que oneram e trazem complicações para os serviços públicos,
dificultam o sistema viário e, quando aliadas às vertentes com orientação para o Sul, não
possuem boa insolação. Também as áreas com declividades muito baixas podem apresentar
problemas, se não houver um controle e direcionamento do aumento da sua ocupação,
podem ocorrer maiores conflitos com relação ao retardamento do escoamento das águas,
favorecendo alagamentos e dificultando o sistema de esgotos.
13. CARTA DE APTIDÕES
Baseado nas informações contidas no mapa síntese foi desenvolvido o mapa de aptidões
(mapa 33), que apresenta regiões mais propícias à ocupação e outras com restrições. Os
critérios utilizados para elaboração da carta de aptidões decorrem dos aspectos naturais
mais restritivos à urbanização, relacionados às vertentes sul, que apresentam deficiências
quanto à insolação causando áreas insalubres; altas declividades que trazem complicações
para os serviços públicos, dificultando o sistema viário e, aliadas às vertentes com orientação
para o Sul, não possuem boa insolação; drenagem superficial, onde áreas muito próximas a
cursos d’água podem estar sujeitas a inundações naturais e erosão; e vegetação, nas áreas
com cobertura vegetal de significativa importância que devem ser preservadas.
Todos estes critérios foram relacionados à ocupação urbana, definindo um diagnóstico das
áreas mais propícias e mais restritivas, e possibilitando uma projeção da situação atual, onde
um provável aumento da ocupação de forma desordenada e contrária a estas aptidões pode
149
ampliar conflitos existentes e gerar maiores problemas relacionado aos fatores
anteriormente relacionados.
As áreas diagnosticadas como aptas ao uso ou a conservação, foram divididas em: área apta
ao uso intensivo, área apta ao uso extensivo, área apta à conservação intensiva, área apta à
conservação extensiva. A classificação das áreas apresenta-se na tabela 17.
Mapa 32 – Síntese
151
0 a 10% 10% a 20% 20% a 30% Superior a 30%
Vertente Sul U- U- C- C+
Floresta, Mata, Bosque C+ C+ C+ C+
Plantação U- U- C- C+
Fundo de Vale C+ C+ C+ C+
Áreas Urbanizadas U+ U+ U- C-
Os índices foram assim determinados:
U+ - Define áreas aptas ao uso intensivo, ou seja, aquelas que por suas características
naturais, encontram-se mais aptas à urbanização. Estão inclusas nestas regiões as áreas já
urbanizadas com baixa e média declividade, que não apresentam problemas quanto à
insolação, preservação da cobertura vegetal e altas declividades, que dificultam a
implantação da infra-estrutura urbana. A área urbana, de acordo com o mapa de aptidões, é
a única área classificada como apta à ocupação intensiva. O aumento da ocupação nas áreas
determinadas de aptas ao uso intensivo não tende a causar conflitos, desde que para isso
sejam determinados parâmetros adequados.
U- - Define as áreas aptas ao uso extensivo, ou seja, aquelas que possuem algumas restrições
quanto à sua urbanização. Fazem parte destas áreas as regiões de baixa e média
declividades, que apresentem cobertura vegetal do tipo erva tropical, cerrado, macega,
pomar ou cultura temporária, que não necessitam de parâmetros rígidos de preservação, ou
ainda possuam vertente com orientação sul, prejudicando a insolação. Grande parte do
Município, de acordo com o mapa de aptidões, está classificada como apta ao uso extensivo.
Em muitos casos, o aumento da ocupação nas áreas aptas ao uso extensivo pode causar
alguns conflitos relacionados às declividades e à insalubridade da vertente sul.
C- - Define as áreas de conservação extensiva, ou seja, aquelas onde as condições naturais
devem ser mantidas pelo fato de não apresentarem restrições à urbanização, no que se
refere às dificuldades que apresentam e à própria necessidade de sua conservação. Fazem
parte destas regiões as áreas já urbanizadas que apresentam altas declividades, uma vez que
a infra-estrutura urbana já foi instalada; as áreas com média declividade, com cobertura
vegetal do tipo erva tropical, cerrado, macega, pomar ou cultura temporária ou vertente sul
e ainda as áreas de florestas ou bosques que se localizam em baixas declividades, definindo
parâmetros mais rígidos no caso de ocupações. As áreas de altas declividades agravam a
insalubridade de locais que possuem vertente com orientação sul.
152
C+ - Define áreas de conservação intensiva, onde as condições do meio natural devem ser
conservadas pelas dificuldades impostas à urbanização. Fazem parte destas regiões todas as
áreas próximas aos fundos de vale, respeitando as faixas de preservação junto aos cursos e
corpos d’água, as áreas de florestas ou bosques com declividades acima de 30% (exceto as já
urbanizadas, consideradas aptas à conservação extensiva), devido às restrições da Lei
6766/1979 e relativas às dificuldades de implantação de infra-estrutura urbana. Grande
parte da área municipal deve ser destinada à conservação intensiva. A ocupação
indiscriminada e sem parâmetros adequados das áreas de conservação intensiva tende a
causar sérios conflitos com relação à preservação dos fundos de vale, das áreas de florestas
e com declividades acima de 30%, pelo fato da necessidade de conservação das condições
do meio natural e das dificuldades impostas à urbanização e implantação de infra-estrutura.
14. ASPECTOS INSTITUCIONAIS
14.1 UNIDADES ADMINISTRATIVAS
A administração municipal é formada de acordo com a Lei 335/1996, que estabelece órgãos
integrados na estrutura administrativa da Prefeitura e entidades dotadas de pessoa jurídica
própria. A Estrutura Administrativa da Prefeitura de Roncador é constituída de Secretarias e
Departamentos, além de assessorias. Ao todo são 8 secretarias responsáveis pelas diversas
áreas.
Ao todo são 386 funcionários. Destes, 24% possui o ensino médio completo e 34% o superior
completo. Os demais não concluíram o ensino médio (PMR, 2011).
A Prefeitura Municipal dispõe em seu quadro de pessoal de apenas uma arquiteta - 20 horas
- responsável por: acompanhar os assuntos relativos ao planejamento urbano, trâmites de
Alvará de Construção e Conclusão de Obras, aprovação de parcelamentos e projetos de
obras realizadas pelo Município.
De acordo com dados da PREFEITURA MUNICIPAL (2011), os Alvarás de Construção, as
Certidões de Conclusão de Obras são analisados pela Secretaria de Administração e
Planejamento e emitidos pelo Departamento de Tributação, vinculado àquela secretaria.
153
De acordo com as informações da Prefeitura Municipal (2011), o Plano Diretor deverá ser
gerenciado pela Secretaria Administração e Planejamento, que será responsável pela
aplicação da legislação e fiscalização da implementação do Plano.
Segundo dados da PREFEITURA MUNICIPAL (2011), para implantação do Plano Diretor será
necessário a contratação de um profissional, de nível superior, uma vez que o Município não
dispõe de técnicos suficientes. Haverá necessidade de capacitação continuada destes
profissionais que já estão recebendo informações por meio dos treinamentos da Equipe
Técnica.
14.2 ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO VIGENTE
As leis que tratam de assuntos pertinentes ao Plano Diretor são: Lei Orgânica, Código de
Posturas, Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano, Lei do Perímetro Urbano, Lei do Sistema
Viário, Lei do Meio Ambiente, Lei do Parcelamento e Código de Obras Municipal.
14.2.1 Lei Orgânica
A Lei Orgânica do Município de Roncador, Lei Municipal nº01/1990, estabelece normas
gerais para o Município. Dentre essas normas, as que merecem destaque para a elaboração
do Plano Diretor Municipal estão descritos nos capítulos relativos à Política Urbana, da
Habitação e do Saneamento e do Meio Ambiente.
Quanto à política urbana, a Lei Orgânica prevê o desenvolvimento das funções sociais da
cidade e o bem estar de seus habitantes. Prevê também o usucapião para áreas com 250m².
O Artigo 90 prevê que o Plano Diretor é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana.
Os artigos que tratam da habitação e do saneamento determinam que o Município instituirá
junto com o Governo do Estado, cronograma de saneamento básico, tanto na área urbana
quanta na área rural, para promover a saúde pública.
Quanto ao Meio Ambiente, a Lei Orgânica prevê que o Município deverá proteger e fiscalizar
o meio ambiente. Determina ainda que a administração municipal deverá elaborar e
154
executar a política local de preservação ambiental.
14.2.2 Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo
A primeira Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo aprovada no Município, a Lei
303/1993, tratava apenas da área urbana. Determinava os usos permitidos, permissíveis e
tolerados para as zonas. Os usos permissíveis deveriam ter a anuência da prefeitura e de
todos os vizinhos envolvidos. Definia também os critérios para obtenção de Alvará de
Construção. Determinava também o número de vagas de estacionamento e o percentual da
área construída para área de lazer. A Lei trazia ainda as tabelas com os usos permitidos,
permissíveis e tolerados, bem como os parâmetros para as zonas. Apesar da Lei citar como
Anexo o mapa com as zonas, o mesmo não foi localizado nos arquivos da Prefeitura.
Essa Lei foi alterada pela Lei 347/1996 que também considerou apenas o perímetro urbano.
Essa Lei criou o Conselho de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente com a atribuição de
analisar pedidos de novos usos e novos parâmetros construtivos. Definiu também formas de
obtenção de Alvará de Construção e de Funcionamento. Zoneou a cidade em zona central,
estrutural, de sérico, industrial, residencial 1 e 2 e de preservação ambiental. Classificou as
atividades comerciais, de serviços e industriais segundo classes para poder enquadrá-las nos
zoneamentos. Reservou um capítulo para a Arborização Urbana no qual apenas proibiu o
corte de árvores e determinou a representação da vegetação existente no lote quando da
aprovação de projetos. Determinou ainda a quantidade de vagas de estacionamento para
cada atividade, bem como a área mínima necessária para recreação em usos habitacionais.
Não foi localizado mapa com o zoneamento.
A Lei 356/1996 aprovou alteração de altura na esquina da Rua Marechal Floriano com a Rua
Rio de Janeiro. Essa lei foi aprovada especificamente para um imóvel, conferindo à Lei o
direito do privilégio à um único proprietário.
A Lei 385/1997 alterou o tamanho mínimo dos lotes em Roncador de 360m² e testada de
12,00metros para 160m² e testada mínima de 8,00 metros. A Lei 680/2004 alterou a testada
mínima do lote para 7,00 metros, permanecendo a área mínima. Por fim, a Lei 818/2006
alterou a área mínima do lote para 100m² e testada de 8,00m. Esta última fere a Lei Federal
que determina a área mínima do lote de 125m².
155
De acordo com dados da Prefeitura Municipal (2011) são poucos os proprietários que
solicitam alvará de construção. Quando isso ocorre, os técnicos apenas verificam o projeto
quanto aos afastamentos mínimos e recuo. Como não há mapa de zoneamento, o mesmo
não é consultado.
Verificou-se junto à Prefeitura Municipal que em média são emitidos apenas 20 Alvarás de
Construção por ano, dentre residenciais, comerciais, serviços e industriais. São vários os
motivos pelos quais os munícipes não solicitam alvará de construção.
Dentre eles, estão a falta de fiscalização das obras pela Prefeitura, os altos custos das taxas
municipais, o fato de não haver conhecimento por parte dos munícipes da necessidade da
obtenção do Alvará de Construção e o convênio estabelecido com o INSS, que acarreta no
pagamento do Imposto sobre execução obra, tão logo seja emitido o Alvará de Construção.
O problema referente à não solicitação de autorização junto a Prefeitura Municipal, pode ser
resolvido com a ajuda de um fiscal de obras que fiscalizaria e notificaria as obras que não
tivessem a documentação aprovada. A questão da não obtenção de licenças e não existência
de fiscais é a mais importante para ser solucionada, uma vez que é através do
acompanhamento do crescimento da cidade e do respeito a legislação vigente que será
possível a transformação do Município, de acordo com as intenções propostas no Plano
Diretor Municipal.
No Município não existe o Programa Casa Fácil, em parceria com o Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) que possibilita redução nas taxas e serviços
para emissão do Alvará de Construção. Quanto ao Alvará de Funcionamento, a Prefeitura
emite a licença de acordo com as solicitações feitas pelo proprietário que pretende abrir um
estabelecimento.
Segundo MEIRELLES (1983), compete às três entidades estatais as questões urbanísticas,
resguardando à União a elaboração do Plano Nacional de Urbanismo e de normas gerais de
urbanismo; aos Estados, a elaboração do Plano Estadual de Urbanismo e de normas
urbanísticas regionais e supletivas e complementares das federais; aos municípios, por fim,
elaborar e executar o Plano Diretor do Município e promover o ordenamento urbano.
156
No âmbito municipal, os municípios possuem a atribuição de editar e executar o Plano
Diretor (ou plano Diretor de Desenvolvimento Integrado), o qual se constitui num “complexo
de normas legais e diretrizes técnicas para o desenvolvimento global e constante do
Município, sob os aspectos físico, social, econômico e administrativo, desejado pela
comunidade local” MEIRELLES (1983).
Trata-se de um processo contínuo de planejamento (não estático), que estabelece as
prioridades nas realizações do governo local, ordenam o crescimento da cidade e disciplina
as atividades urbanas em benefício da coletividade.
Em análise na legislação municipal, encontrou-se a Lei 433/1998 que determina a
obrigatoriedade da construção de guias ou rampas nas esquinas para acessibilidade. A Lei
previa que a Prefeitura construísse essas guias ou rampas, o que não ocorreu. A Lei não
estendia a determinação para os particulares ou obras públicas.
14.2.3 Lei do Sistema Viário
A lei 348/1996 hierarquizou o sistema viário municipal, determinando larguras mínimas para
as vias. Nessa lei foram instituídas as vias Estrutural, Coletora 1, Coletora 2, Local, Tráfego
Pesado e Rodovias. A Lei 384/1997 definiu novas larguras para as vias hierarquizadas.
14.2.4 Código Tributário do Município
A Lei 16/1976 instituiu o primeiro Código Tributário do Município, que previa as alíquotas
dos impostos, além dos imóveis passíveis de cobrança. O Código foi alterado pela Lei 155/87;
98/1993. A Lei 533/2000 reformulou o Código na íntegra. A última lei aprovada sobre a
matéria foi a 585/2002 que atualizou os valores de ISS de alguns serviços e as alíquotas
referentes ao imposto territorial urbano, passando as alíquotas para 1% para imóveis
edificáveis e 3% para baldios.
14.2.5 Lei do Perímetro Urbano
A primeira Lei que tratou do Perímetro Urbano do Município de Roncador é a 11 de 1969. A
157
mesma elaborada para “delinear o perímetro urbano” da cidade trazia uma descrição
sucinta, com referência em limites de chácaras, sem rumos, azimutes ou dimensões. Essa
Lei foi alterada pela Lei 198/1990. A Lei 196/1990 acrescentou a Vila Anchieta no perímetro
urbano. A Lei 236/1991 acrescentou o Conjunto Novo Espaço ao perímetro urbano. A Lei
297/1993 acrescentou algumas novas áreas no perímetro. Somente a Lei 346/1996 que
alterou o perímetro urbano, incluiu em sua descrição, rumos, azimutes e medidas. Essa Lei
permanece em vigor.
14.2.6 Código de Posturas
De acordo com dados da Prefeitura, o primeiro Código de Posturas do Município de
Roncador é de 1976 (Lei 17/76). O referido Código, em linhas gerais determinava as normas
gerais no Município, bem como as infrações, penalidades e multas com referência no UFP
(Unidade Fiscal Padrão). A alteração no Código que resultou na Lei 172/1989 determinou
novos horários de funcionamento para as indústrias, comércios e serviços. A Lei 345/1996
reformulou o Código na íntegra, porém apesar de citar que as desobediências causariam
multas, as mesmas não foram fixadas, ou seja, não há valores para as infrações previstas no
código. Essa Lei permanece em vigor.
14.2.7 Lei do Parcelamento
A Lei do Parcelamento, Lei 349/1996 definiu as normas gerais para parcelamento,
desmembramento, remembramento e condomínios horizontais. A Lei determinou normas
gerais para os parcelamentos no Município, bem como a sua proibição de acordo com a Lei
Federal 6766/79. Determinou que os nomes das ruas e a numeração predial são
competência do Município. Determinou que a área mínima do lote tenha 360,00m² e 12,00
metros de testada, salvo exigências maiores na Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo.
Não respeitou o Código Florestal nacional, determinando faixa não edificável de 15,00
metros ao longo de córregos e rios. Determinou ainda que 40% da área loteada fossem
destinadas ao poder público. Estabeleceu a documentação mínima para os processos de
parcelamento. Para os projetos de condomínios horizontais, determinou parâmetros de
ocupação, bem como obras de infraestrutura mínimas.
De acordo com a Prefeitura Municipal (2011) nenhum loteamento ou condomínio horizontal
foi aprovado no Município.
158
14.2.8 Lei do Meio Ambiente e Lei da Arborização Pública
A Lei do Meio Ambiente, Lei 350/1996, teve como objetivo principal proteger as áreas
verdes do Município, proibindo seu corte. Tratou também da coleta de resíduos sólidos e
sua disposição final. Outro assunto abordado foram as faixas de drenagem dos rios em
função da suas larguras, bastante aplicado à legislação brasileira.
A Lei do 444/1999 determinou normas referentes à Arborização Pública e Ajardinamento
Urbano. Essa Lei normatizou formas de solicitação de corte de árvores. Determinou as
larguras destinadas à gramas nos passeios. A Lei determinou ainda os valores de multas para
os infratores.
14.2.9 Sistema de Informações Municipais
De acordo com dados do sistema da tributação existem hoje (2011) 2751 imóveis
cadastrados como urbanos. Destes, 2201 são prediais, 549 territoriais, 44 de uso público, 1
industriais. No cadastro rural estão registrados 95 imóveis.
Quanto à tributação, no lançamento do IPTU e de taxas públicas, ocorre aproximadamente
20% de inadimplência. No que se refere à contribuição de melhorias o Município não tem
cobrado do contribuinte os valores pertinentes. A taxa de iluminação pública é cobrada de
acordo com o Código tributário Municipal.
A última Planta Genérica de Valores elaborada para o Município é do ano de 1992. As
atualizações que foram feitas ocorreram mediante requerimento dos proprietários.
Verificou-se que muitos terrenos estão com área diferente daquelas constantes no cadastro
da Prefeitura. De acordo com o Código Tributário Municipal, as alíquotas são de 1% para
imóveis prediais e 3% para imóveis territoriais.
Quanto às demais secretarias, nenhuma delas possui banco de dados de informações, sendo
os relatórios quando produzidos, no software Excel.
O Município recebeu através do INSS um sistema de emissão de Alvará de Construção para
159
que, ao Município emitir o Alvará de Construção, sejam enviadas informações das novas
obras para efeito de cadastro e inscrição automática junto ao INSS. Até a presente data, a
prefeitura ainda não havia cadastrado nenhum Alvará de Construção neste novo sistema.
Segundo SILVA (2002) o quadro técnico de uma prefeitura que pretende se modernizar
precisa ser reestruturado e capacitado, em face da tecnologia e das atividades que os novos
produtos irão requerer numa rotina inicial de inovações incrementais. A reestruturação deve
ser mais intensa no setor de cadastro, enquanto que a capacitação pode ser estendida aos
demais setores que terão envolvimento com o cadastro e o planejamento.
O estabelecimento de parcerias interinstitucionais permite aprimorar a gestão territorial, na
medida em que ocorra a troca de informações entre entidades. A base de dados cadastrais
tende a ser atualizada com menor tempo e menos recursos. As concessionárias de serviços
públicos (água, energia, telefone e correio), por terem os imóveis como referência para
desenvolvimento de suas atividades, são as entidades que merecem maior atenção para
este propósito. Num processo de troca de informações, as concessionárias poderiam indicar
cada nova ligação que realiza. Assim, a equipe de fiscalização poderia trabalhar
pontualmente na atualização cadastral.
A equipe de carteiros do correio possui um grande conhecimento da cidade, uma vez que
diariamente percorrem os logradouros públicos e, seguramente, estão atentos às
modificações no ambiente construído. A prefeitura poderia se valer desta fiscalização
indireta para trocar informações de modificações que estejam ocorrendo. Numa visão mais
avançada, caberia à municipalidade, de posse de tão valiosas informações, organizar as
ações destas concessionárias cujo efeito possa interferir nos munícipes.
O recadastramento dos imóveis deve constituir um inventário detalhado dos imóveis com
uma visão multifuncional, possibilitando a conexão com os diversos cadastros relacionados
ao imóvel, sejam eles pertencentes à administração municipal ou aqueles de concessionárias
de serviços urbanos. Isto engrandece sobremaneira o potencial de utilização do cadastro,
permitindo que o mesmo qualifique as rotinas de trabalhos de diversas áreas da prefeitura e
a sua própria manutenção.
O emprego do cadastro dentro de um sistema múltiplo institucional é o ideal de muitas
160
administrações públicas. Todavia, isto implica em um alto investimento nas pessoas que
serão seus manipuladores. Trata-se de material de altíssimo valor estratégico, portanto,
requerendo pessoas não apenas qualificadas tecnicamente, mas ética e moralmente.
Pode-se resumir em alguns itens os benefícios que a implementação de um cadastro técnico
multifinalitário pode dispor: Qualificar a tributação; Ampliar a arrecadação; Estabelecer
mecanismos de fiscalização fazendária e de obras mais eficientes; Qualificar e agilizar o
atendimento ao munícipe; Estabelecer mecanismos de atualização cadastral mais eficaz;
Fornecer materiais precisos e detalhados para o planejamento do Município; Ampliar o
controle de uso e ocupação do solo; Estabelecer mecanismos de disponibilização de dados a
usuários externos; Agilizar e ampliar a disponibilização dos dados gráficos e descritivos do
cadastro aos diversos setores da administração municipal; Subsidiar com mais eficácia a
tomada de decisões; Apoiar projetos que qualifiquem a gestão urbana e serviços prestados
ao cidadão, como por exemplo: projeto de numeração predial, definição de CEPs para áreas
não atendidas pelo correio, análise de áreas invadidas, dentre outros; finalmente, para apoio
e sustentabilidade de todos itens relacionados acima.
15. ESTADO ATUAL DE ARRECADAÇÃO DO MUNICÍPIO E
15.1 CAPACIDADE DE INVESTIMENTO
Segundo dados da Prefeitura Municipal (2011), a capacidade de endividamento do
Município do corrente ano é de R$1.700.000,00. Parte deste valor, que totaliza R$
1.200.000,00, está comprometida com a obra do Bombeiro Comunitário, aquisição de
máquinas e caminhões e obras de recape.
Os dados quanto ao estado atual de arrecadação do Município e a capacidade de
endividamento ou capacidade para angariação de investimentos foram fornecidos pela
Prefeitura Municipal (2011) e baseados na resolução 40/43 de 2001 do senado federal que
norteia a análise da capacidade de endividamento.
As Receitas Públicas são consideradas ingressos financeiros no patrimônio público e podem
ser classificadas, em receitas originárias – são receitas originadas da cobrança por serviços
prestados pelo Estado ou pela venda de bens ou direitos do patrimônio público ou receitas
derivadas – as receitas derivadas, como o próprio nome diz, são derivadas de outros, ou
161
seja, do patrimônio dos contribuintes, sem nenhuma contraprestação específica, como no
caso dos impostos ou com alguma contraprestação, mas de caráter obrigatório,
independentemente do uso do serviço, como no caso das taxas. Além disto, enquadram-se
na definição os demais tipos de tributos de caráter compulsório, como a contribuição de
melhoria, as contribuições sociais ou econômicas e os empréstimos compulsórios. O
ingresso das receitas nos cofres públicos pode ocorrer por meio de Lançamento – ato na
repartição competente (que pode ser a Receita Federal ou qualquer outro órgão público que
receba recursos) que reconhece o crédito e inscreve o débito, identificando o devedor, valor;
Arrecadação – pagamentos dos contribuintes à rede bancária ou repartição competente;
Recolhimento – entrega da arrecadação pelas repartições ou bancos ao Tesouro Nacional.
A receita por categoria econômica divide em receitas correntes as receitas derivadas de
tributos, contribuições, ou receitas originárias da venda do patrimônio, receitas industriais, e
em receitas de capital: aquelas decorrentes de operações de crédito ou empréstimos,
originárias da venda ou alienação de bens.
A despesa compreende os recursos gastos na gestão, a serem computados na apuração do
resultado do exercício. São os gastos realizados pelos órgãos públicos em bens e serviços,
com a dotação autorizada pelo orçamento. As despesas, para serem incorridas no serviço
público, precisam estar autorizadas na lei orçamentária. As despesas correntes
compreendem as de Pessoal e Encargos Sociais, Juros e Encargos da Dívida Interna e Externa
e Outras Despesas Correntes, observadas as conceituações existentes nos dispositivos legais
e normas pertinentes em vigor. As despesas de capital correspondem às de Investimentos,
Inversões Financeiras, Amortização da Dívida Interna, Amortização da Dívida Externa e
Outras Despesas de Capital, observadas as conceituações legais pertinentes em vigor.
De acordo com as tabelas 18 e 19 é possível perceber a receita própria do Município, a
receita de transferência, o valor de investimentos e dos encargos e amortizações para o
período entre 2005 a 2013. As receitas municipais são compostas de: receita tributária,
contribuições, receita patrimonial, agropecuária, industrial, serviços, dívida ativa, receitas de
capital e transferências correntes.
A arrecadação municipal, conforme verificada na tabela 18 é crescente ao longo dos anos,
de forma linear. Atualmente o Município não possui equilíbrio financeiro, ou seja, consegue
pagar os encargos, amortizações, FGTS e INSS apenas com a arrecadação própria. Com a
162
implantação do Plano Diretor haverá a recuperação da receita própria do Município,
decorrente principalmente dos valores arrecadados com alvarás, ISS, cobrança de multas,
atualização do cadastro técnico imobiliário, planta genérica de valores, código tributário, e
também, a intensificação do processo de fiscalização nos: bancos, empresas estatais (Copel,
Sanepar), sociedades de cooperativa médica, aprovação de projetos, obras civis entre outras
receitas.
Diante das projeções financeiras municipais, nos próximos anos, o Município poderá realizar
suas obras e investimentos no institucional, parte com recursos próprios e parte com a
operação de crédito.
163
TABELA 18: DADOS DAS RECEITAS POR FONTES
Discrinação
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Receita Total 10.807.276,28 11.555.806,57 12.312.904,29 15.595.817,80 15.828.268,24 18.093.042,80 18.949.632,00 19.768.519,00 21.149.250,00
Receitas Correntes 10.642.232,88 11.400.958,46 11.782.665,29 15.382.127,80 15.598.268,24 17.467.944,42 18.664.632,00 19.073.943,00 20.406.052,00
Tributárias 446.838,27 503.954,86 491.380,44 821.239,84 804.716,18 743.168,09 931.032,00 993.642,00 1.063.204,00
Contribuições 125.555,41 142.072,47 241.065,56 264.879,13 312.442,44 363.377,11 232.000,00 242.817,00 259.815,00
Patrimonial 67.324,13 59.620,82 45.636,92 61.193,17 52.514,23 60.657,71 190.800,00 203.728,00 217.993,00
Agropecuária 3.060,00 1.121,00 1.040,00 680,00 500,00 1.000,00 1.252,00 1.340,00
Industrial
Serviços 50.867,96 44.585,30 2.490,00 3.360,00 4.510,00 12.768,76 23.000,00 30.984,00 33.155,00
Transferências Correntes 9.951.647,11 10.647.665,01 11.000.971,37 14.230.415,66 14.423.405,39 16.287.472,75 17.286.800,00 17.601.520,00 18.830.545,00
Cota-Parte FPM 3.981.643,08 4.145.918,29 4.665.578,67 6.219.772,05 5.677.105,00 6.392.660,13 6.400.000,00 6.440.540,00 6.891.378,00
Cota-Parte ICMS 2.912.109,76 3.196.711,17 3.149.142,48 3.471.312,55 3.463.998,71 4.299.723,54 4.900.000,00 4.576.173,00 4.896.506,00
Cota-Parte ICMS Complentação 114.188,40 65.682,47 61.620,67 57.639,59 55.016,40 60.624,72 75.000,00 194.912,00 208.556,00
Cota-Parte Fundo de Exportação 92.070,41 97.333,91 100.310,31 107.218,39 80.152,54 99.134,23 130.000,00 144.065,00 154.150,00
Tranferências FUNDEF 1.415.701,88 1.425.323,30 1.468.086,03 1.870.816,76 2.004.271,32 2.272.254,69 2.260.000,00 2.372.831,00 2.538.930,00
Transf. Recursos SUS 435.486,87 441.087,17 463.379,59 853.042,59 1.009.437,97 1.063.755,25 1.327.500,00 1.493.389,00 1.597.931,00
Cota-Parte IPVA 112.796,28 126.788,30 153.766,65 197.241,72 257.617,62 285.683,51 270.000,00 190.314,00 203.636,00
Cota Parte Salário Educação 138.940,68 177.047,58 151.984,38 204.732,58 181.173,10 207.290,04 250.000,00 276.266,00 295.605,00
Outras Transf.Correntes 663.937,65 885.260,43 680.791,96 974.582,67 1.297.535,09 1.496.960,97 1.329.300,00 1.392.845,00 1.487.253,00
Outras Receitas Correntes 84.772,10 86.512,39 106.310,63 274.056,76 397.097,64 109.385,67 345.000,00 520.185,00 556.600,00
Receitas de Capital 165.043,40 154.848,11 530.239,00 213.690,00 230.000,00 625.098,38 285.000,00 694.576,00 743.198,00
Operações de Crédito - 230.000,00
Alienações de Bens - 50.000,00 12.200,00 172.440,00 55.000,00 57.882,00 61.935,00
Amortização de Empréstimos -
Transferências de Capital
Outras Receitas de Capital 165.043,40 104.848,11 530.239,00 201.490,00 230.000,00 452.658,38 636.694,00 681.263,00
(-) Deduções p/ FUNDEF 1.065.001,33 1.125.844,87 1.328.909,65 1.849.577,71 1.950.635,29 2.304.997,34 2.395.000,00 2.331.234,60 2.494.421,40
RECEITA LÍQUIDA TOTAL 9.742.274,95 10.429.961,70 10.983.994,64 13.746.240,09 13.877.632,95 15.788.045,46 16.554.632,00 17.437.284,40 18.654.828,60
METAS FISCAIS
RECEITAS POR FONTES
EstimativaArrecadação
Notas: As projeções para os próximos anos foram feitas como índice de 5%
Dados disponibilizados pela Prefeitura Municipal (2011)
164
TABELA 19 DADOS DAS DEPESAS POR NATUREZA
METAS FISCAIS
DESPESAS POR NATUREZA DA DESPESA
Discrinação Realização Estimativa
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Despesa Total 8.819.101,15 9.774.741,49 10.910.542,26 12.872.000,53 12.919.348,43 15.340.174,55 15.809.632,00 17.140.895,40 18.338.793,60
Despesas Correntes 8.081.330,96 8.951.784,59 9.892.117,93 12.255.066,14 12.193.506,90 13.873.091,65 13.404.931,10 13.515.305,03 14.466.136,93
Pessoal e Encargos Sociais 3.216.518,98 4.250.050,35 5.359.593,98 6.126.842,60 6.275.264,66 6.924.117,84 5.693.873,10 6.559.750,85 7.007.002,46
Juros e Encargos da Dívida - - - - - 6.733,05 15.750,00 16.537,50 17.695,13
Outras Despesas Correntes 4.864.811,98 4.701.734,24 4.532.523,95 6.128.223,54 5.918.242,24 6.942.240,76 7.695.308,00 6.939.016,68 7.441.439,34
Despesas de Capital 737.770,19 822.956,90 1.018.424,33 616.934,39 725.841,53 1.467.082,90 2.379.700,90 3.195.615,37 3.412.583,42
Investimentos 584.225,77 664.348,27 770.558,79 390.615,90 411.518,09 1.286.905,80 1.865.200,90 2.655.390,37 2.834.542,67
Inversões Financeiras - - - - - - -
Amortização da Dívida 153.544,42 158.608,63 247.865,54 226.318,49 314.323,44 180.177,10 514.500,00 540.225,00 578.040,75
Outras Despesas de Capital - - - - - - -
Reserva de Contingência - - - - - - 25.000,00 429.975,00 460.073,25
Notas: As projeções para os próximos anos foram feitas como índice de 5%
Dados disponibilizados pela Prefeitura Municipal (2011)
i
16. PARTICIPAÇÃO POPULAR
Os questionários realizados junto à comunidade buscam determinar a visão dos moradores
de Roncador sobre o Município. Nestes questionamentos haviam seis perguntas
direcionadas aos moradores e através destas foi possível obter resultados relevantes com
relação a itens básicos faltantes no Município. No que se refere à pesquisa foram
distribuídos 142 questionários, distribuídos em 59 na Área Urbana da Sede, e 61 na Área
Rural e 22 no Distrito de Alto São João.
No primeiro item (tabela 20), referente à infra-estrutura faltante nas ruas do Município de
Roncador, na Área Rural 55 moradores (90,16%) identificaram a pavimentação da rua como
o principal item faltante; 39 moradores, cerca de 64% dos entrevistados apontaram a rede
para escoamento de água de chuva como uma dos maiores problemas e 34 moradores
(55,74%) identificaram a falta de pontes como item que precisa ser resolvido.
Os itens mais representativos na Área da Sede foram a pavimentação da rua, a ausência de
rede de escoamento de água da chuva e a falta de calçadas. No Distrito Alto São João os
itens apontados foram a falta de pavimentação na rua, de rede de escoamento de água da
chuva e pontes (tabela 20).
TABELA 20: ITENS QUE FALTAM NA SUA RUA
EQUIPAMENTOS ÁREA RURAL ÁREA URBANA DISTRITO ALTO SÃO JOÃO
Nº total de entrevistados 61 Percentual 59 Percentual 22 Percentual
Pavimentação da rua 55 90,16% 43 72,88% 22 100,00%
Rede p/ escoamento da água da chuva 39 63,93% 40 67,80% 20 90,91%
Rede de água encanada 19 31,15% 1 1,69% 2 9,09%
Rede de coleta de esgoto 11 18,03% 28 47,46% 8 36,36%
Coleta de Lixo 19 31,15% 11 18,64% 8 36,36%
Iluminação Pública 6 9,84% 24 40,68% 8 36,36%
Telefone Público 29 47,54% 16 27,12% 3 13,64%
Arborização Pública 13 21,31% 11 18,64% 7 31,82%
Calçadas 9 14,75% 37 62,71% 8 36,36%
Pontes 34 55,74% 3 5,08% 10 45,45%
Sinal para telefone celular 9 14,75%
ii
No segundo item, quanto à existência de equipamentos públicos perto de suas residências,
55,74% das pessoas residentes na área rural, não responderam a essa questão, tendo em
seguida 19,67% de pessoas respondendo que há Posto de Saúde e 18,03% moram perto do
Cemitério.
No que se refere à Área Urbana da Sede, 83,05% das pessoas responderam que há Escola de
Ensino Fundamental e 71,19% Posto de Saúde. No Distrito Alto São João, 59,09% das pessoas
informaram que há Escola de Ensino Fundamental, Ensino Médio e Cemitério. 45,45% Posto
de Saúde. (tabela 21).
TABELA 21: QUANTO AOS EQUIPAMENTOS PÚBLICOS, PERTO DA SUA CASA, QUAIS
EXISTEM?
EQUIPAMENTOS ÁREA RURAL ÁREA URBANA DISTRITO ALTO SÃO JOÃO
Nº total de entrevistados 61 Percentual 59 Percentual 22 Percentual
Escola Ensino Fundamental 8 13,11% 49 83,05% 13 59,09%
Escola Ensino Médio 7 11,48% 27 45,76% 13 59,09%
Cetro de Educação Infantil 8 13,11% 37 62,71% 2 9,09%
Posto de Saúde 12 19,67% 42 71,19% 10 45,45%
Centro de Convivência para Idosos 7 11,48% 15 25,42% 1 4,55%
Praça ou Parque 6 9,84% 17 28,81% 1 4,55%
Cemitério 11 18,03% 25 42,37% 13 59,09%
Não responderam 34 55,74% 1 1,69% 0 0,00%
Quanto à proximidade de estabelecimentos comerciais, serviços e industriais à sua
residência, a maior parte dos questionários tanto da área rural quanto da área urbana da
sede e do Distrito Alto São João, relatou à existência de estabelecimentos comerciais
próximo de suas residências (tabela 22).
TABELA 22: QUANTO AOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS, SERVIÇOS E INDUSTRIAIS QUAIS
ESTÃO LOCALIZADOS PRÓXIMOS DA SUA RESIDÊNCIA?
iii
EQUIPAMENTOS ÁREA RURAL ÁREA URBANA DISTRITO ALTO SÃO JOÃO
Nº total de entrevistados 61 Percentual 59 Percentual 22 Percentual
Estabelecimentos Comerciais 19 31,15% 49 83,05% 5 22,73%
Estabelecimentos de Serviços 13 21,31% 18 30,51% 0 0,00%
Estabelecimentos Industriais 9 14,75% 21 35,59% 0 0,00%
Não responderam 33 54,10% 8 13,56% 17 77,27%
A pergunta do item 4, quanto à falta de escolas, Centro de Educação Infantil e postos de
saúde no Município teve como escolha principal por parte dos moradores na Área Rural
melhor atendimento médico mais equipamentos de saúde (tabela 23).
TABELA 23: QUANTO ÀS ESCOLAS, CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL E POSTOS DE SAÚDE, O
QUE VOCÊ ACHA QUE FALTA NA SUA CIDADE? – RURAL
Nº de entrevistados 61 Percentual
Áreas de lazer 1 1,64%
Indústria e Empresas 0 0,00%
Cursos 4 6,56%
Creche 3 4,92%
Escola 7 11,48%
Melhor atendimento médico e mais postos 33 54,10%
Infraestrutura 1 1,64%
Não responderam 16 26,23%
Na área urbana da Sede, quanto a falta de escolas Centro de Educação Infantil e postos de
saúde no Município, teve como escolha principal por parte dos moradores, melhorias na
área da saúde seguindo de mais Escolas. (tabela 24).
TABELA 24: QUANTO ÀS ESCOLAS, CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL E POSTOS DE SAÚDE, O
QUE VOCÊ ACHA QUE FALTA NA SUA CIDADE? – SEDE
Nº de entrevistados 59 Percentual
Áreas de lazer 3 5,08%
Indústria e Empresas 0 0,00%
Cursos 1 1,69%
iv
Creche 6 10,17%
Escola 13 22,03%
Melhor atendimento médico e mais postos 17 28,81%
Infraestrutura 3 5,08%
Não responderam 12 20,34%
No Distrito Alto São João, o item que segundo a população falta no Município são melhorias
na área da saúde. (tabela 25).
TABELA 25: QUANTO ÀS ESCOLAS, CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL E POSTOS DE SAÚDE, O
QUE VOCÊ ACHA QUE FALTA NA SUA CIDADE? – DISTRITO ALTO SÃO JOÃO
Nº de entrevistados 22 Percentual
Áreas de lazer 3 13,64%
Indústria e Empresas 0 0,00%
Cursos 1 4,55%
Creche 5 22,73%
Escola 1 4,55%
Melhor atendimento médico e mais postos 12 54,55%
Não responderam 2 9,09%
No quinto item foi feita a seguinte pergunta: Se você fosse prefeito o que você faria pelo seu
Município? A maior parte dos moradores da Área Rural e da Área Urbana da Sede investiria
mais na saúde, seguindo de melhorias na pavimentação, na educação e na segurança.
(tabela 26 e 27). No Distrito Alto São João o maior investimento seria na melhoria das
estradas e pavimentação. (tabela 28).
TABELA 26: CASO VOCÊ FOSSE PREFEITO O QUE VOCÊ FARIA PARA SEU MUNICÍPIO? - RURAL
Nº de entrevistados 61 Percentual
Calçadas 1 1,64%
Educação 15 24,59%
Conjunto Habitacional 1 1,64%
Lazer 0 0,00%
Empresas / Indústrias 2 3,28%
Melhorias das estradas e ruas / Asfalto 20 32,79%
Segurança 3 4,92%
v
Saúde 30 49,18%
Creche 0 0
Agricultura 11 18,03%
Não responderam 5 8,20%
TABELA 27: CASO VOCÊ FOSSE PREFEITO O QUE VOCÊ FARIA PARA SEU MUNICÍPIO? – SEDE
Nº de entrevistados 59 Percentual
Calçadas 1 1,69%
Educação 11 18,64%
Conjunto Habitacional 2 3,39%
Lazer 2 3,39%
Empresas / Indústrias 7 11,86%
Melhorias das estradas e ruas / Asfalto 4 6,78%
Segurança 1 1,69%
Saúde 18 30,51%
Creche 1 1,69%
Agricultura 2 3,39%
Não responderam 11 18,64%
TABELA 28: CASO VOCÊ FOSSE PREFEITO O QUE VOCÊ FARIA PARA SEU MUNICÍPIO? –
DISTRITO ALTO SÃO JOÃO
Nº de entrevistados 22 Percentual
Calçadas 0 0,00%
Educação 4 18,18%
Conjunto Habitacional 0 0,00%
Lazer 0 0,00%
Empresas / Indústrias 3 13,64%
Melhorias das estradas e ruas / Asfalto 7 31,82%
Segurança 2 9,09%
Saúde 8 36,36%
Creche 0 0,00%
Agricultura 7 31,82%
Não responderam 0 0,00%
O item 6 questionou a existência de documento de propriedade do entrevistado. Na área
rural e na área urbana aproximadamente 50% dos moradores responderam que possuem
documentação e no Distrito Alto São João cerca de 60% dos entrevistados responderam que
também possuem documentação. (tabela 29).
vi
TABELA 29: VOCÊ POSSUI DOCUMENTO DO TERRENO COMO REGISTRO DE IMÓVEIS,
ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA?
ÁREA RURAL ÁREA URBANA
DISTRITO ALTO SÃO JOÃO
Nº total de entrevistados 61 Percentual 59 Percentual 22 Percentual
Sim 30 49,18% 29 49,15% 13 59,09%
Não 21 34,43% 15 25,42% 1 4,55%
Não responderam 10 16,39% 15 25,42% 8 36,36%
O último item refere-se a sugestões dos moradores para o Município. Na Área Rural foi
citada a necessidade de melhoria nas estradas municipais, mais empregos, transporte, e
faculdade dentre outras sugestões (tabela 30).
TABELA 30: TODO CIDADÃO PODE COLABORAR COM O FUTURO DE SUA CIDADE.
CONTRIBUA VOCÊ TAMBÉM COM A SUA SUGESTÃO. - RURAL
Nº total de entrevistados 61 Percentual
Atividades de Lazer e Culturais 3 4,92%
Arrumar estradas e ruas 22 36,07%
Casas 0 0,00%
Faculdade 8 13,11%
Segurança 1 1,64%
Saneamento Básico 4 6,56%
Indústria e Empresas 6 9,84%
Mais empregos 8 13,11%
Transporte 8 13,11%
Não Responderam 14 22,95%
Na Área Urbana, foram sugeridos mais investimentos nas estradas e ruas, geração de mais
empregos e moradias. (tabela 31).
TABELA 31: TODO CIDADÃO PODE COLABORAR COM O FUTURO DE SUA CIDADE.
CONTRIBUA VOCÊ TAMBÉM COM A SUA SUGESTÃO. – SEDE
Nº total de entrevistados 59 Percentual
Atividades de Lazer e Culturais 4 6,78%
Arrumar estradas e ruas 11 18,64%
Casas 8 13,56%
Faculdade 2 3,39%
Segurança 0 0,00%
vii
Saneamento Básico 2 50,00%
Indústria e Empresas 6 10,17%
Mais empregos 11 18,64%
Transporte 1 1,69%
Não Responderam 14 23,73%
No Distrito Alto São João as sugestões foram para melhorias nas estradas e ruas, mais
atividades de lazer e cultura e mais empregos. (tabela 32).
TABELA 32: TODO CIDADÃO PODE COLABORAR COM O FUTURO DE SUA CIDADE.
CONTRIBUA VOCÊ TAMBÉM COM A SUA SUGESTÃO. – Distrito Alto São João
Nº total de entrevistados 22 Percentual
Atividades de Lazer e Culturais 6 27,27%
Arrumar estradas e ruas 8 36,36%
Casas 0 0,00%
Faculdade 0 0,00%
Segurança 4 18,18%
Saneamento Básico 3 13,64%
Indústria e Empresas 2 9,09%
Mais empregos 5 22,73%
Transporte 4 18,18%
Não Responderam 1 4,55%
17. CONDICIONANTES, DEFICIÊNCIAS E POTENCIALIDADES
Para a análise dos elementos positivos, negativos e limitantes do Município, utiliza-se o
método de Avaliação Temática Integrada é a CDP – Condicionantes, Deficiências e
Potencialidades, conforme indicado no Termo de Referência. O objetivo é identificar as
principais ações a serem propostas para o Município.
As Deficiências são carências que necessitam de ações imediatas, os fatores Condicionantes
possuem restrições necessitando de atenção especial e as Potencialidades significam os
aspectos positivos do Município que necessitam de ações que favoreçam seu
desenvolvimento e sua otimização.
viii
A seguir, a tabela 33 apresenta as principais condicionantes, deficiências e potencialidades
do Município que norteará as principais propostas do Plano Diretor Municipal de Roncador.
TABELA 33: PRINCIPAIS CONDICIONANTES, DEFICIÊNCIAS E POTENCIALIDADES DO
MUNICÍPIO DE RONCADOR
CONDICIONANTES DEFICIÊNCIAS POTENCIALIDADES
ix
SIST
EMA
NA
TUR
AL
- Necessidade de proteção de áreas verdes de acordo com a produção agrícola do Município; - Relevo pouco acidentado;
- Maior porção do Município possui solo com limitações ao uso agrícola. - Parte da área urbana localizada sobre Vertente Sul, não propícia à ocupação; - Riscos de diminuição das áreas de preservação devido a ausência de programas de monitoramento.
- Pouca variação hipsométrica, favorecendo a ocupação devido à uniformidade na topografia. - Proteção da mata ciliar e áreas de preservação que contribuem para a biodiversidade. - Criação de RPPN’s; - Parte da área urbana localizada sobre vertente leste e oeste, propícias à ocupação.
SIST
EMA
DE
INFR
A-E
STR
UTU
RA
E S
ERV
IÇO
S P
ÚB
LIC
OS
- Garantia de acesso a serviços para moradores mais distantes da sede.
- Muitas vias não possuem pavimento ou passeio; - Quanto à acessibilidade universal, verificou-se que somente alguns prédios públicos possuem acessos especiais para pessoas portadoras de necessidades especiais;
- Não há problemas quanto aos deslocamentos urbanos; - Vias rurais com boa largura de pista; - Manutenção constante por parte da Prefeitura Municipal. - As linhas de transporte escolar atendem às necessidades da população.
CONTINUA...
x
.CONTINUAÇÃO
CONDICIONANTES DEFICIÊNCIAS POTENCIALIDADES
SIST
EMA
DE
INFR
A-E
STR
UTU
RA
E
SER
VIÇ
OS
PÚ
BLI
CO
S
- Atendimento da demanda por infra-estrutura e equipamentos públicos;
- Ausência de drenagem e pavimentação em vias da área urbana; - Ausência de rede coletora de esgotos; - O Município não possui programa de reciclagem de lixo; - Espaços físicos inadequados das edificações da educação e saúde. - Alto índice de analfabetismo da população. - Falta de manutenção das áreas públicas destinadas à cultura, esporte e lazer; - Falta de equipamentos Públicos de saúde.
- Redes de energia elétrica e iluminação eficientes; - Rede de abastecimento de água suficiente para o Município. - Boa distribuição dos equipamentos de educação;
SIST
EMA
SÓ
CIO
-ESP
AC
IAL
E EC
ON
ÔM
ICO
- Existência de eixos de desenvolvimento de comércio e serviços na área urbana;
- O IDH municipal é inferior à média estadual e à média brasileira; - Baixa renda per capita; - Existem áreas de ocupações irregulares no Município; - Há déficit habitacional no Município; - Alto custo para o Município com a infra-estrutura básica. - Falta de áreas desocupadas (do Município) dentro do perímetro urbano para implantação de conjuntos habitacionais; - Ausência de fiscalização e divulgação da necessidade de obtenção de Alvará de Construção.
- Possibilidade de diversificação da produção rural - Comércio, serviços e indústrias estão em desenvolvimento; - Conjuntos habitacionais em parceira com a COHAPAR para atender à fila da habitação.
ASP
ECTO
S IN
STIT
UC
ION
AIS
- Funcionários despreparados para a implementação do Plano Diretor Municipal; - Falta de equipamentos e programas para a implementação do Plano Diretor Municipal; - Falta de integração dos bancos de dados municipais; - Legislação Urbanística precária, necessitando de revisão; - Necessidade de implantação de política da administração para aplicar a legislação urbanística vigente.
- Boa capacidade de endividamento municipal; - Bom valor de repasse do ICMS Ecológico;