Diagnóstico Do Setor Mineral Do Estado Do Tocantins

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO

COMPANHIA DE MINERAO DO TOCANTINS

AVALIAAVALIAAVALIAAVALIAO E DIRETRIZES PARA O O E DIRETRIZES PARA O O E DIRETRIZES PARA O O E DIRETRIZES PARA O SETOR MINERAL DO ESTADO DO SETOR MINERAL DO ESTADO DO SETOR MINERAL DO ESTADO DO SETOR MINERAL DO ESTADO DO

TOCANTINSTOCANTINSTOCANTINSTOCANTINS

Palmas, novembro de 2008

REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

MINISTRIO DE MINAS E ENERGIA

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAO E TRANSFORMAO MINERAL


Marcelo Miranda de Carvalho

Governador

Paulo Sidney Vice-Governador

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO

Jos Augusto Pires Paula

Secretrio

Claudinei dos Santos Dourado Subsecretrio

Regina Snia Botelho Martins

Superintendente de Planejamento e Gesto de Polticas Pblicas

COMPANHIA DE MINERAO DO

ESTADO DO TOCANTINS

Umberto Raimundo Costa Presidente

Regina Lcia Ianes Martins

Diretora Tcnica-Administrativa

PRESIDNCIA DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Luiz Incio Lula da Silva

Presidente

MINISTRIO DE MINAS E ENERGIA

Edison Lobo

Ministro de Estado

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAO E

TRANSFORMAO MINERAL

Cludio Scliar Secretrio

REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTRIO DE MINAS E ENERGIA

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAO E TRANSFORMAO MINERAL


SECRETARIA DO PLANEJAMENTO SUPERINTENDNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTO DE POLTI CAS

PBLICAS

AVALIAO E DIRETRIZES PARA O SETOR MINERAL DO ESTADO DO TOCANTINS

Palmas, novembro de 2008

REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

MINISTRIO DE MINAS E ENERGIA SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAO E TRANSFORMAO

MINERAL

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DO PLANEJAMENTO

SUPERINTENDNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTO DE POLTI CAS PBLICAS

Executado pela Companhia de Minerao do Tocantins - MINERATINS

AVALIAO E DIRETRIZES PARA O SETOR MINERAL DO ESTADO DO TOCANTINS

TEXTO EXPLICATIVO Organizado por Rodrigo Meireles Mattos Rodrigues

CRDITOS DE AUTORIA

TEXTO EXPLICATIVO

Danielle Tardin da Costa

Maria Rosa Moreira

Rodrigo Meireles Mattos Rodrigues

Ubiraci dos Reis Freitas

MAPAS ILUSTRATIVOS

Dyogo Cndido de Oliveira

Thiago Pedro Lunkes

ACOMPANHAMENTO TCNICO E REVISO

Regina Lcia Ianes Martins Umberto Raimundo Costa Eduardo Quirino Pereira

Rodrigo Sabino Teixeira Borges

Reviso Final Umberto Raimundo Costa

Da Costa, D. T.; Moreira, M. R.; Rodrigues, R. M. M .; Camargo, S. T. & Freitas, U. R.; 2007.

AVALIAO E DIRETRIZES PARA O SETOR MINERAL DO ESTA DO DO TOCANTINS. Organizado por Rodrigo Meireles Mattos Rodrigues. Palmas-TO, SEPLAN, 2007.

92 p., ilust., mapas. Executado pela Companhia de Minerao do Estado do Tocantins em convnio com a Secretaria de Planejamento do Estado do Tocantins. 1 Minerao.Avaliao.Diretrizes. I Tocantins. Secretaria de Planejamento. II Superintendncia de Planejamento e Gesto de Polticas Pblicas. III Ttulo.

.

NDICE

Lista de Tabelas .........................................................................................

Lista de Figuras ..........................................................................................

Lista de Grficos .........................................................................................

Lista de Quadros ........................................................................................

I - APRESENTAO 01

II INTRODUO 03

III MTODOS UTILIZADOS 04

III.1 Fase Pr-Campo 04

III.2 Fase de Campo 04

III.3 Fase Ps-Campo 04

IV ASPECTOS FISIOGRFICOS 05

V GEOLOGIA REGIONAL 07

V.1 Rochas do Arqueanas e do Proterozico Inferior 07

V.2 Greenstone Belts 07

V.3 Faixas de dobramentos do Proterozico Mdio e Superior 09

V.4 Bacias sedimentares Paleozicas e do Mesozicas 09

V.4.1 Bacia do Parnaba 09

V.4.2 Bacia do So Francisco 10

V.5 Coberturas sedimentares Cenozicas 10

VI ASPECTOS DA INFRAESTRUTURA ESTADUAL 11

VII SITUAO DO SETOR MINERAL NO ESTADO DO TOCANTINS 12

VII.1 Abreulndia 12

VII.2 Aguiarnpolis 12

VII.3 Aliana do Tocantins 13

VII.4 Almas 13

VII.5 Alvorada 14

VII.6 Anans 14

VII.7 Angico 14

VII.8 Aparecida do Rio Negro 15

VII.9 Aragominas 15

VII.10 Araguacema 15

VII.11 Aragua 16

VII.12 Araguana 16

VII.13 Araguan 17

VII.14 Araguatins 17

VII.15 Arapoema 18

VII.16 Arraias 18

VII.17 Augustinpolis 18

VII.18 Aurora do Tocantins 19

VII.19 Axix do Tocantins 19

VII.20 Babaulndia 19

VII.21 Bandeirante do Tocantins 20

VII.22 Barra do Ouro 20

VII.23 Barrolndia 20

VII.24 Bernardo Sayo 21

VII.25 Bom Jesus do Tocantins 21

VII.26 Brasilndia do Tocantins 21

VII.27 Brejinho de Nazar 21

VII.28 Buriti do Tocantins 22

VII.29 Cachoeirinha 22

VII.30 Campos Lindos 23

VII.31 Cariri do Tocantins 23

VII.32 Carmolndia 23

VII.33 Carrasco Bonito 23

VII.34 Caseara 24

VII.35 Centenrio 24

VII.36 Chapada de Areia 24

VII.37 Chapada de Natividade 24

VII.38 Colinas do Tocantins 25

VII.39 Colmia 25

VII.40 Combinado 25

VII.41 Conceio do Tocantins 26

VII.42 Couto de Magalhes 26

VII.43 Cristalndia 27

VII.44 Crixs do Tocantins 27

VII.45 Darcinpolis 28

VII.46 Dianpolis 28

VII.47 Divinpolis do Tocantins 28

VII.48 Dois Irmos do Tocantins 29

VII.49 Duer 29

VII.50 Esperantina 30

VII.51 Ftima 30

VII.52 Figueirpolis 31

VII.53 Filadlfia 31

VII.54 Formoso do Araguaia 31

VII.55 Fortaleza do Taboco 32

VII.56 Goianorte 32

VII.57 Goiatins 32

VII.58 Guara 33

VII.59 Gurupi 33

VII.60 Ipueiras 33

VII.61 Itacaj 34

VII.62 Itaguatins 34

VII.63 Itapiratins 35

VII.64 Itapor do Tocantins 35

VII.65 Ja do Tocantins 35

VII.66 Juarina 36

VII.67 Lagoa da Confuso 36

VII.68 Lagoa do Tocantins 37

VII.69 Lajeado 37

VII.70 Lavandeira 37

VII.71 Lizarda 37

VII.72 Luzinpolis 38

VII.73 Marianpolis do Tocantins 38

VII.74 Mateiros 38

VII.75 Maurilndia do Tocantins 38

VII.76 Miracema do Tocantins 39

VII.77 Miranorte 39

VII.78 Monte do Carmo 40

VII.79 Monte Santo do Tocantins 40

VII.80 Muricilndia 41

VII.81 Natividade 41

VII.82 Nazar 42

VII.83 Nova Olinda 42

VII.84 Nova Rosalndia 43

VII.85 Novo Acordo 43

VII.86 Novo Alegre 43

VII.87 Novo Jardim 44

VII.88 Oliveira de Ftima 44

VII.89 Palmas 44

VII.90 Palmeirante 45

VII.91 Palmeiras do Tocantins 45

VII.92 Palmeirpolis 45

VII.93 Paraso do Tocantins 46

VII.94 Paran 47

VII.95 Pau DArco 48

VII.96 Pedro Afonso 48

VII.97 Peixe 49

VII.98 Pequizeiro 49

VII.99 Pindorama do Tocantins 50

VII.100 Piraqu 50

VII.101 Pium 51

VII.102 Ponte Alta do Bom Jesus 51

VII.103 Ponte Alta do Tocantins 51

VII.104 Porto Alegre do Tocantins 51

VII.105 Porto Nacional 52

VII.106 Praia Norte 53

VII.107 Presidente Kennedy 53

VII.108 Pugmil 54

VII.109 Recursolndia 54

VII.110 Riachinho 54

VII.111 Rio da Conceio 55

VII.112 Rio dos Bois 55

VII.113 Rio Sono 55

VII.114 Sampaio 56

VII.115 Sandolndia 56

VII.116 Santa F do Araguaia 56

VII.117 Santa Maria do Tocantins 56

VII.118 Santa Rita do Tocantins 57

VII.119 Santa Rosa do Tocantins 57

VII.120 Santa Tereza do Tocantins 57

VII.121 Santa Terezinha do Tocantins 57

VII.122 So Bento do Tocantins 58

VII.123 So Flix do Tocantins 58

VII.124 So Miguel do Tocantins 58

VII.125 So Salvador do Tocantins 58

VII.126 So Sebastio do Tocantins 59

VII.127 So Valrio da Natividade 59

VII.128 Silvanpolis 59

VII.129 Stio Novo do Tocantins 60

VII.130 Sucupira 60

VII.131 Taguatinga 60

VII.132 Taipas do Tocantins 61

VII.133 Talism 61

VII.134 Tocantnia 61

VII.135 Tocantinpolis 62

VII.136 Tupirama 62

VII.137 Tupiratins 62

VII.138 Wanderlndia 63

VII.139 Xambio 63

VIII PRINCIPAIS SUBSTNCIAS MINERAS DO ESTADO DO

TOCANTINS

64

VIII.1 Materiais para Construo 64

VIII.1.1 Areia e Seixo 64

VIII.1.2 - Argila 65

VIII.1.3 - Brita 66

VIII.2 - Calcrio 67

VIII.3 Fosfato 68

VIII.4 Feldspato 69

VIII.5 - Gemas 69

VIII.5.1 - Diamante 69

VIII.5.2 Berilo 70

VIII.5.3 Esmeralda 70

VIII.5.4 gua - Marinha 70

VIII.5.5 - Ametista 70

VIII.5.6 - Turmalina 71

VIII.5.7 - Granada 71

VIII.5.8 Sodalita 72

VIII.5.9 - Rutilo 72

VIII.5.10 - Corndon 723

VIII.6 Terras Raras 73

VIII.7 Titnio 73

VIII.8 - Zirconita 74

VIII.9 Calcita ptica 74

VIII.10 - gua 75

VIII.10.1 gua Mineral 75

VIII.10.2 gua Termal 76

VIII.11 - Ouro 76

VIII.12 Grafita 77

VIII.13 - Quartzo 77

VIII.14 Cianita 78

VIII.15 - Nquel 78

VIII.16 Metais Base 79

VIII.17 - Talco 79

IX ANLISE DA INDSTRIA MINERAL NO ESTADO DO

TOCANTINS

80

IX.1 Anlise de oportunidades de investimentos 99

IX.2 A Pesquisa Mineral no Estado de Tocantins no perodo entre

2002 a 2006

102

X ANLISE AMBIENTAL DO SETOR MINERAL NO ESTADO DO

TOCANTINS

107

XI DIRETRIZES PARA DESENVOLVIMENTO DO SETOR MINERAL 116

XI.1 Programa de mapeamento geolgico 116

XI.2 Programa de levantamentos geofsicos 118

XI.3 Programa de materiais de construo 120

XI.4 Programa de argilas para fabricao de cermicas 121

XI.5 Programa de criao de plo produtivo de rochas ornamentais 122

XI.6 Programa de criao de plo produtivo de rochas calcrias 124

XI.7 Programa de criao de plo produtivo de gesso 125

XII - PROGRAMAS DE INCENTIVOS DO ESTADO DO TOCANTINS 127

XIII CONTRIBUIES CIENTFICAS PARA O CONHECIMENTO

GEOLGICO DO ESTADO DO TOCANTINS

130

XIV - ANEXOS 145

- ANEXO A Mapa geolgico do Estado do Tocantins

- ANEXO B Mapa de potencialidades

Lista de Tabelas

01 Regies Poltico-Administrativas do Estado do Tocantins ...............

3

02 Unidades de Conservao Estadual de Proteo Integral ..............

109

03 - Unidades de Conservao Estadual de Uso Sustentvel .............

110

04 - Unidades de Conservao Municipal ............................................

110

05 Unidades de Conservao Federal .................................................

111

Lista de Figuras

01 Mapa do Arcabouo Geolgico do Estado do Tocantins .................

8

02 Levantamentos Aerogeofsicos Existentes ......................................

119

Lista de Grficos

01 Srie histrica mostrando a evoluo do PIB do Estado do Tocantins no perodo entre 1993 a 2004 .................................................

80

02 Arrecadao de CFEM por municpios do Estado do Tocantins, entre 2004 e 2005 (Fonte: 17 Distrito - DNPM-TO) . ...............................

96

03 Arrecadao de CFEM por substncia mineral no Estado do Tocantins, entre 2004 a 2005 (Fonte: 17 Distrito - DNPM-TO) ..............

97

04 - Quantidade de eventos de pesquisa, licenciamento e lavra registrados no 17 Distrito DNPM TO, entre 2002 e 2006 ....................

103

05 - Quantidade de eventos relacionados a pesquisa e licenciamento mineral e portaria de lavra, no Setor Norte, entre 2002 e 2006 ...............

104

06 Quantidade de eventos relacionados a pesquisa e licenciamento mineral e portaria de lavra, no Setor Sul, entre 2002 e 2006 ..................

104

07 Quantidade de eventos relacionados a pesquisa e licenciamento mineral e portaria de lavra, no Setor Leste, entre 2002 e 2006 ...............

105

08 Quantidade de eventos relacionados a pesquisa e licenciamento mineral e portaria de lavra, no Setor Oeste, entre 2002 e 2006 ..............

105

Lista de Quadros

01 Classificao das Rochas Calcrias................................................

67

02 Reservas Minerais Quantificadas no Estado do Tocantins.............

81

03 Quantidade e Valor da Comercializao de Substncias Minerais Oriundas do Estado do Tocantins............................................................

82

04 Quantidade e Porte das Minas em Operao no Tocantins............

83

05 - Principais Empresas de Minerao Atuantes no Estado do Tocantins no ano de 2004.......................................................................

84

06 - Investimentos em Produo Realizados e Previstos para a Indstria de Minerao no Estado do Tocantins com base no ano de 2004..........................................................................................................

85

07 Setores de Consumo das Substncias Minerais Brutas Extradas no Estado do Tocantins............................................................................

86

08 Mercado Consumidor das Substncias Minerais Brutas e Beneficiadas Extradas no Estado do Tocantins......................................

86

09 Volume de Mo de Obra Empregada na Indstria de Minerao no Estado do Tocantins, ano base 2004.......................................................

87

10 Volume de Mo de Obra Empregada na Indstria de Minerao no Estado do Tocantins, no ano de 2006, segundo levantamento da MINERATINS...........................................................................................

88

11 Quantitativos, por Municpio, da Mo de Obra Empregada no Setor Mineral do Estado do Tocantins, de acordo com Levantamentos do presente Projeto..................................................................................

89

12 Empresas e Associaes Atuantes no Setor Mineral do Estado do Tocantins, por municpio...........................................................................

94

13 Evoluo da Arrecadao da CFEM no Brasil e no Estado do Tocantins, entre 2000 e 2004 ..................................................................

96

1

I APRESENTAO

O Projeto Avaliao e Diretrizes para o Setor Mineral no Estado do

Tocantins foi executado pela equipe tcnica da Companhia de Minerao do

Tocantins MINERATINS, tendo sido viabilizado por meio do Convnio de

Cooperao Tcnica e Financeira de N 0020/2005 MME, firmado entre o

Ministrio de Minas e Energia MME, atravs da Secretaria de Geologia,

Minerao e Transformao Mineral SGMTM, e o Governo do Estado do

Tocantins, atravs da Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente SEPLAN,

e do derivado Contrato N 02/2006, firmado entre a SEPLAN e a MINERATINS,

publicado no DOE/TO de 30 de maro de 2006.

O objetivo do Projeto foi a avaliao do quadro atual do Setor Mineral do

Estado, incluindo a identificao e catalogao dos recursos minerais

conhecidos em cada um dos municpios e a anlise da dimenso e relevncia

econmica da produo mineral do Estado, visando apresentao de

propostas voltadas para a potencializao do setor e, como conseqncia, o

aumento da participao da minerao na economia estadual.

O quadro aqui revelado constitui uma fotografia cujos contornos retratam

com bom nvel de preciso a atual realidade do Setor no Estado.

Conquanto a produo mineral do Tocantins seja ainda modesta, tanto

em seus valores globais quanto em sua pauta, centrada fortemente em

agregados para construo civil e em rochas calcrias como corretivo de solos,

potencial para crescimento existe e lastreado na forte vocao

metalogentica de vrios dos ambientes geolgicos reconhecidos no territrio

estadual.

Perspectivas concretas nesta linha incluem as prprias rochas calcrias

e os agregados para construo civil, de potencial virtualmente ilimitado; a

ampliao da produo de quartzo, ouro, potssio, fosfato, zirconita, gua

mineral e gipsita; e a incorporao pauta da produo mineral do Estado de

2

itens como rochas ornamentais, feldspato, ferro, mangans, nquel, cromo,

cobre, zinco e chumbo, dentre outros.

A par de um conjunto de aes elencadas neste Documento, voltadas

para a induo do desenvolvimento do Setor Mineral do Estado, de sua

integrao com outros setores dinmicos da economia estadual e de sua

gesto social e ambientalmente sustentvel, resta patente neste estudo que,

como base slida insubstituvel para o crescimento do Setor Mineral do Estado,

a mais relevante e destacada demanda atual do Tocantins a melhoria do

nvel do conhecimento de sua geologia.

A oferta de bases de informaes geolgicas, geofsicas e geoqumicas

de qualidade e em escala capaz de suportar decises de investimento constitui,

inquestionavelmente, elemento indispensvel para, por meio da induo e

dinamizao da atividade de pesquisa mineral pelos investidores privados, a

promoo de uma expressiva mudana no patamar da minerao tocantinense.

O objetivo a ser perseguido neste contexto, a curto e mdio prazo, a

obteno e disponibilizao de dados aerogeofsicos e a execuo do

mapeamento geolgico do territrio estadual na escala 1:100.000.

3

II INTRODUO

O Estado do Tocantins composto por 139 municpios distribudos em

18 Regies Poltico-Administrativas (Atlas SEPLAN, 2005), conforme mostrado

na tabela a seguir.

TABELA 1 Regies Poltico-Administrativas do Estado do Tocantins

REGIO MUNICPIOS

I Araguatins, Cachoeirinha, Esperantina, So Bento do Tocantins e So Sebastio do Tocantins.

II Augustinpolis,Axix do Tocantins, Buriti do Tocantins, Carrasco Bonito, Praia Norte, Sampaio, So Miguel do Tocantins e Stio Novo do Tocantins.

III Tocantinpolis, Aguiarnpolis, Angico, Darcinpolis, Itaguatins, Luzinpolis, Maurilndia do Tocantins, Nazar, Palmeiras do Tocantins e Santa Terezinha do Tocantins.

IV Xambio, Anans, Araguan, Piraqu e Riachinho.

V Araguana, Aragominas, Babaulndia, Carmolndia, Filadlfia, Muricilndia, Nova Olinda, Palmeirante, Santa F do Araguaia e Wanderlndia.

VI Colinas do Tocantins, Arapoema, Bandeirantes do Tocantins, Bernardo Sayo, Brasilndia do Tocantins, Couto de Magalhes, Itapor do Tocantins, Juarina, Pau D Arco, Pequizeiro, Presidente Kennedy e Tupiratins.

VII Goiatins, Barra do Ouro e Campos Lindos.

VIII Guara, Araguacema, Colmia, Dois Irmos do Tocantins, Fortaleza do Taboco, Goianorte, Miranorte, Rio dos Bois e Tupirama.

IX Palmas, Aparecida do Rio Negro, Brejinho de Nazar, Ftima, Ipueiras, Lajeado, Miracema do Tocantins, Monte do Carmo, Oliveira de Ftima, Porto Nacional e Tocantnia.

X Pedro Afonso, Bom Jesus do Tocantins, Centenrio, Itacaj, Itapiratins, Recursolndia e Santa Maria do Tocantins.

XI

Paraso do Tocantins, Abreulndia, Barrolndia, Caseara, Chapada de Areia, Cristalndia, Divinpolis do Tocantins, Lagoa da Confuso, Marianpolis do Tocantins, Monte Santo do Tocantins, Nova Rosalndia, Pium, Pugmil e Santa Rita do Tocantins.

XII Novo Acordo, Lagoa do Tocantins, Lizarda, Mateiros, Ponte Alta do Tocantins, Rio Sono, Santa Tereza do Tocantins e So Flix do Tocantins.

XIII Natividade, Chapada de Natividade, Pindorama do Tocantins, Santa Rosa do Tocantins, So Valrio da Natividade e Silvanpolis.

XIV Gurupi, Aliana do Tocantins, Alvorada, Araguau, Cariri do Tocantins, Crixs do Tocantins, Duer, Figueirpolis, Formoso do Araguaia, Ja do Tocantins, Peixe, Sandolndia, Sucupira e Talism.

XV Dianpolis, Almas, Novo Jardim, Porto Alegre do Tocantins, Rio da Conceio e Taipas do Tocantins.

XVI Paran, Palmeirpolis e So Salvador do Tocantins.

XVII Arraias, Combinado, Conceio do Tocantins e Novo Alegre.

XVIII Taguatinga, Aurora do Tocantins, Lavandeira e Ponte Alta do Bom Jesus.

4

As atividades de campo do Projeto foram realizadas entre os meses de

maro e agosto de 2006, pelos gelogos Danielle Tardin da Costa, Rodrigo

Meireles Mattos Rodrigues e Ubiraci dos Reis Freitas, a engenheira ambiental

Maria Rosa Moreira e o engenheiro de minas Srgio Taveira de Camargo, com

o apoio operacional de Franciran Rodrigues Marinho, Francisco Ribeiro dos

Santos, Lizandro Raddatz, Nlio Tavares Filho e Waldir de Oliveira Reis.

Durante esse perodo foram visitados todos os municpios do Estado.

III - MTODOS UTILIZADOS

Os trabalhos foram desenvolvidos de forma seqenciada, com

segmentao em trs fases distintas, a saber:

III. 1 - Fase Pr-Campo

Esta fase inicial envolveu as atividades de preparao para as fases

seguintes. Foi realizada uma pesquisa bibliogrfica utilizando projetos

anteriores, cartas topogrficas do IBGE, base cartogrfica digital da SEPLAN,

projetos de universidades, mapeamentos institucionais e privados e sites na

internet para reconhecimento inicial das regies estudadas. Em seguida, foi

elaborado um programa de trabalho para cada tcnico.

III.2 - Fase de Campo

Nesta fase do trabalho procedeu-se realizao de visitas s prefeituras

municipais, para a apresentao da equipe do projeto, coleta de informaes

e ao reconhecimento de ocorrncias minerais. Foram visitadas as reas de

ocorrncia mineral e de extrao mineral, bem como as empresas do setor

instaladas nos municpios. Nesta etapa foram preenchidas as fichas cadastrais.

III.3 - Fase Ps-Campo

Esta foi a fase de tratamento dos dados, incluindo integrao, anlise,

avaliao e interpretao dos mesmos, seguidas da elaborao de mapa

geolgico e de potencialidade mineral.

5

IV - ASPECTOS FISIOGRFICOS

O Estado do Tocantins ocupa uma rea de 278.420,7 km2, representando

3,3% do territrio nacional e 7,2% da Regio Norte. A parte do estado inserida

na Amaznia Legal equivale a cerca de 5,4% do territrio local.

O estado apresenta 3 divises climticas, a saber: 1) o clima mido, com

moderada deficincia ou com pequena a nula deficincia hdrica, que abrange

o sudoeste do Estado; 2) o clima mido/sub-mido, com pequena deficincia

hdrica ou com moderada deficincia hdrica, que abrange o norte, o centro-

oeste e o centro-sul do Estado e 3) o clima sub-mido seco, com moderada

deficincia hdrica, que abrange o nordeste e o sudeste. A precipitao mdia

anual varia entre 1300 a 2100 mm. A temperatura mdia anual varia entre 25 a

31 C.

As formas de relevo predominantes so divididas em 4 tipos:

1) as formas estruturais (patamares e superfcies tabulares) relacionadas

Bacia sedimentar do Parnaba; 2) as formas erosivas (pediplanos, inselbergs,

terraos fluviais) relacionadas faixas de dobramentos e complexos

metamrficos; 3) as formas de dissecao (cristas, mesas, colinas, ravinas,

interflvios) relacionadas s faixas de dobramento; e 4) as formas de

acumulao (terraos fluviais, plancies fluviais, reas inundveis) relacionadas

a coberturas cenozicas e holocnicas.

As reas de declive topogrfico variam de valores iguais ou inferiores a

5% at valores maiores que 45%.

Os solos so divididos em 8 tipos principais:

1) latossolos, 2) plintossolos, 3) cambissolos, 4) litossolos, 5) podzlicos,

6)hidromrficos, 7) concrecionrios e 8) areias quartzosas.

Os solos concrecionrios predominam na regio centro-oeste, os latossolos

ocorrem na regio sul, centro-sul, norte e nordeste, as areias quartzosas esto

concentradas na regio oeste e extremo nordeste, os solos hidromrficos

ocorrem na regio sudoeste e so relacionadas plancie de inundao do rio

6

Araguaia, os solos podzlicos aparecem na regio do extremo noroeste e

sudeste, os plintossolos esto concentrados na regio sudoeste, enquanto os

solos litlicos e cambissolos esto espalhados nas regies sudoeste, norte e

centro-leste. O nvel de erodibilidade varia entre muito fraco e muito forte.

As regies fitoecolgicas so divididas em 5 tipos:

1) a floresta estacional decidual (extremo norte), 2) a floresta estacional semi-

decidual (oeste e sudeste), 3) a floresta ombrfila aberta (norte e centro-norte),

4) a floresta ombrfila densa (noroeste) e 5) o cerrado, que representa mais de

87% da vegetao do Estado.

O sistema hidrogrfico est dividido entre as bacias do rio Araguaia, que

ocupa 104.990,8 km2 na poro oeste do estado, e do rio Tocantins, que ocupa

173.429,9 km2 na poro leste do estado.

A potencialidade de uso para o solo varia entre:

1) reas de uso com grande intensidade, 2) reas de uso com mdia

intensidade, 3) reas de uso com baixa intensidade, 4) reas especiais de

produo e 5) reas com limitao de uso ou restries legais, que equivalem a

21,3% do territrio estadual.

As reas com restrio legal esto divididas em 7 tipos:

1) reas indgenas (19.895,1 km2), 2) unidades de conservao implantadas

(38.742,6 km2), 3) unidades de proteo integral (16.046,6 km2); 4) parques

estaduais (2.577,4 km2), 5) estaes ecolgicas (6.453,8 km2), 6) reas de

proteo ambiental (22.695,9 km2) e 7) reas propcias para conservao

(9.766,7 km2).

7

V - GEOLOGIA REGIONAL

O arcabouo geolgico do Tocantins formado por rochas Arqueanas e

do Proterozico Inferior, incluindo seqncias de greenstone belts, Faixas de

Dobramentos do Proterozico Mdio e Superior, Bacias Sedimentares

Paleozicas e Mesozicas e Coberturas Sedimentares Cenozicas (Figura 02).

V.1 - Rochas Arqueanas e do Proterozico Inferior

Esse grande domnio geolgico inclui granitos, gnaisses, migmatitos,

granulitos, anfibolitos, quartzitos e rochas calcossilicatadas (Complexo Goiano),

gnaisses trondhjemticos (Complexo Colmia), hornblenda piroxenitos,

metahornblenda gabronoritos, enderbitos, charnoenderbitos, charnokitos,

gnaisses aluminosos, kinzigitos e gonditos (Complexo Porto Nacional), biotita

monzogranito, sienogranito, biotita granito e monzogranito (Sute Ipueiras), e

metarenitos feldspticos, metarcseos, biotita e/ou anfiblio biotita gnaisse,

granada biotita xisto, xisto ferromagnesferos, xistos calcticos, xisto

feldspticos, calco-clorita xisto, quartzitos, xistos aluminosos, granulitos e

quartzitos granadferos (Complexo Aruan-Pindorama).

V.2 - Greenstone Belts

Os greenstone belts so representados por anfibolitos e tremolita-xistos,

metandesitos, formaes ferrferas, itabiritos dolomticos, itabiritos,

metavulcnicas cidas e intermedirias, metassiltitos, quartzitos, metarenitos

conglomerticos e metaconglomerados polimticos, talco xistos e serpentinitos

(Faixa Almas-Dianpolis), mica xistos pelticos, xistos grafiosos, granada

quartzitos e xistos mficos (Greenstone Belt Natividade), e anfibolitos,

gnaisses, quartzitos, granada-muscovita-biotita xisto, talco xisto, mica xisto,

anfiblio-xisto feldsptico, rochas calcissilicatadas e meta-cherts (Seqncia

Meta-Vulcano-Sedimentar de Palmeirpolis).

8

Figura 01 Mapa do arcabouo geolgico do Estado do Tocantins.

9

V.3 - Faixas de Dobramentos do Proterozico Mdio e Superior

Essa unidade consiste em xistos com granada, quartzitos, xistos

grafitosos e mrmores (Grupo Serra da Mesa), quartzitos elicos,

conglomerado, brechas, quartzitos aluviais e fluviais, derrames de lavas

bsicas e cidas, quartzitos, metassiltitos calcferos, vulcanitos basalto-

andesticos, andesitos, diques intrusivos, riodacitos, metarenitos e filitos (Grupo

Ara), quartzitos, metassiltitos, filitos e metaconglomerado (Grupo Natividade),

nefelina sienitos, sienitos, quartzo sienitos e granitos (Complexo Alcalino de

Peixe), ortognaisses tonalticos, rochas anfibolticas e granulticas, biotita

metamonzogranitos, metagranodioritos, metasienogranitos e diques

metadiorticos (Granitos Intrusivos), conglomerados, quartzitos, siltitos e

argilitos (Grupo Parano), calcrios, dolomitos e siltitos calcferos (Grupo

Bambu), gnaisse, quartzitos, mica-xistos, grafita xistos, anfibolitos,

metarenitos, metarcseos, muscovita-biotita-quartzo xistos feldspticos,

mrmores, metaconglomerados polimticos, clorita-quartzo xistos e clorita

xistos (Grupo Estrondo), filitos, metassiltitos, metargilitos, metaconglomerado

polimtico, metarcseos e corpos gabricos (Grupo Tocantins),e arenitos,

conglomerados polimticos, argilitos e siltitos avermelhados (Formao Rio das

Barreiras).

V.4 - Bacias Sedimentares Paleozicas e Mesozicas

V.4.1 - Bacia do Parnaba

O arcabouo estratigrfico da Bacia do Parnaba inclui trs

superseqncias paleozicas e duas mesozicas (Ges & Feij, 1994).

A Formao Serra Grande constitui a seo basal da bacia e

composta por litotipos de natureza psamo-rudtica, granodecrescentes

ascendentes, constituda da base para o topo por: nveis de

paraconglomerados oligomticos grossos, texturalmente imaturos, caticos ou

organizados, camadas de arenitos conglomerticos, grossos, camadas de

arenitos finos e mdios, bem selecionados, nveis de arenitos arcosianos locais

e clsticos finos com siltitos e argilitos (Frasc & Arajo, 2001).

A Superseqncia Devoniana ou Grupo Canind apresenta folhelhos

pretos com carbono orgnico (Formao Pimenteiras), arenitos finos marinho

10

rasos com diamictitos associados (Formao Cabeas), arenitos fluviais e

folhelhos (Formao Long) e uma sucesso heteroltica de arenitos finos e

folhelhos de idade carbonfera conhecida como Formao Poti (Milani, Santos

& Castro, 2003).

O Grupo Balsas, ou Superseqncia Carbonfera-Trissica, consiste

numa sucesso clstico-evaportica, constituda de arenitos, pelitos e folhelhos

avermelhados (Formao Piau), ritmitos com carbonatos oolticos, anidrita e

arenitos amarelos (Formao Pedra de Fogo), siltitos marrom e arenitos de

granulometria mdia, localmente com leitos de anidrita (Formao Motuca) e

arenitos elicos (Formao Sambaba) (Milani, Santos & Castro, 2003).

Dois pulsos de atividade gnea tiveram lugar na Bacia do Parnaba

durante o Mesozico. Tanto rochas intrusivas quanto derrames aconteceram,

sendo que os primeiros colocaram-se preferencialmente no pacote do Grupo

Canind. O primeiro pulso ocorreu no Trissico-Jurssico interdigitando os

basaltos da Formao Mosquito, e o segundo j no Eocretceo intrudio os

diques de diabsio da Formao Sardinha (Milani, Santos & Castro, 2003).

Entre os dois pulsos gneos, uma etapa de sedimentao continental

acomodou o Grupo Mearim, de idade Jurssica. Este pacote, de restrita

ocorrncia, inclui arenitos (Formao Corda), num contexto de sedimentao

elica. A Superseqncia Cretcica da Bacia do Parnaba inclui as formaes

Cod (folhelhos betuminosos) e Itapecuru (arenitos cremes-avermelhados e

finos), que se relacionam ao desenvolvimento do Atlntico equatorial (Milani,

Santos & Castro, 2003).

V.4.2 - Bacia do So Francisco

No Estado do Tocantins esta bacia representada pela Formao

Urucuia, constituda por arenitos laterizados, arenitos caulinticos e arenitos

finos. As estruturas primrias observadas so estratificaes laminares e

cruzadas.

V.5 - Coberturas Sedimentares Cenozicas

Esta unidade constituda por uma mescla de materiais areno-argilosos,

ocasionalmente cascalhos, imersos em matriz argilo-arenosa, ndulos e

concrees ferruginosas (Cobertura Detrito-Latertica), pacotes arenoargilosos,

11

arenitos e argilitos (Formao Bananal) e siltitos, argilas, areias e cascalhos

distribudos ao longo das drenagens (Coberturas Aluvionares).

VI ASPECTOS DA INFRA-ESTRUTURA ESTADUAL

O Estado do Tocantins

O Estado do Tocantins encontra-se inserido numa posio privilegiada

do territrio nacional, estando localizado no centro geogrfico do pas fazendo

divisa com os seguintes estados: Par, Maranho, Piau, Bahia, Gois e Mato

Grosso. O Tocantins possui uma extenso territorial de 277.620 km2 e conta

com uma populao de aproximadamente 1.157.098 habitantes.

Infra-estrutura

As obras de infra-estrutura no estado vm recebendo nos ltimos anos,

significativo aporte de recursos estaduais e federais distribudos em projetos

contemplando ampliao da malha rodoviria, construo da Ferrovia Norte-

Sul e a efetivao do processo da Hidrovia Tocantins-Araguaia. Esses trs

modais de transporte complementados com projetos de portos, aeroportos e

plataformas multimodais, vo se constituir na principal matriz de transporte de

produtos minerais no estado, permitindo escoamento eficaz e reduo dos

custos de produo.

A rodovia Belm-Braslia (BR-153) juntamente com a rodovia Braslia-

Fortaleza mais a leste, constituem importantes elos de ligao do estado com o

restante do pas. O sistema virio estadual conta atualmente com mais de

5.000 quilmetros de rodovias pavimentadas, construdas com apoio de rgos

internacionais, interligando todas as regies do estado. Deve-se ressaltar que o

relevo plano a ondulado predominante em amplas as regies do estado,

favorece sobremaneira, a implantao das obras de infra-estrutura.

A Ferrovia Norte-Sul se estender quase em paralelo Rodovia BR-153,

que conecta Belm a Braslia (2.141 km). Ter, tambm, uma forte sinergia

com a Hidrovia Tocantins-Araguaia. Tendo alcanado a cidade de

Aguiarnpolis, extremo nordeste do estado, esta ferrovia dever chegar ainda

12

neste ano no municpio de Araguana, numa distncia de 150 quilmetros

recebendo para tanto aporte de recursos da Unio.

Fator essencial na induo do desenvolvimento, a energia eltrica

apresenta promissor potencial no Tocantins. O estado conta, atualmente, com

13 usinas hidreltricas em pleno funcionamento, sendo as duas maiores

representadas pela UHE de Lajeado com 902,5 MW e UHE Peixe-Angical com

450 MW (Seplan, 2003).

VII - SITUAO DO SETOR MINERAL NO ESTADO DO TOCANTINS

Este Captulo foi elaborado a partir dos dados coletados em campo e de

informaes obtidas nos 139 municpios visitados nas 18 Regies Poltico-

Administrativas do Estado do Tocantins. As informaes de rea dos

municpios foram extradas do Atlas do Tocantins (SEPLAN, 2005) e as de

populao, da estimativa para 2006 do IBGE.

VII.1 - Abreulndia

O municpio possui uma rea de 1.895 km e uma populao de 2.392

habitantes. No existe nenhuma atividade formalizada de minerao em curso

no municpio.

A nica atividade cadastrada foi uma pedreira de serpentinito,

atualmente desativada. No foi constatada nenhuma atividade de extrao. Os

insumos bsicos para construo civil so oriundos de outros municpios.

Existem ocorrncias de sulfetos associadas aos corpos ultrabsicos

intrusivos no Grupo Tocantins e em rochas serpentinticas encaixadas em filitos

sericticos e quartzitos ferruginosos.

VII.2 - Aguiarnpolis

O municpio possui uma rea de 235 km2 e uma populao de 3.650

habitantes. No municpio no existe nenhuma atividade formalizada de

minerao.

13

Foram observadas reas de extrao de argila, areia e seixos s

margens do Rio Tocantins, na poro leste do municpio. Os insumos bsicos

para construo civil so oriundos de outros municpios da regio.

VII.3 - Aliana do Tocantins

O municpio de Aliana do Tocantins ocupa uma rea de 1.580 km e

conta com uma populao de 6.491 habitantes. No municpio no existe

atividade formalizada de minerao.

Foram observadas algumas reas de extrao espordica de areia e

argila. A areia e a argila so extradas na zona rural do municpio,

principalmente na rea da Fazenda Aliana. A argila aproveitada por uma

cermica que produz tijolos para o consumo local. Existe ainda uma olaria

desativada e uma rea desativada de extrao de granito para brita, s

margens da BR-153.

VII.4 - Almas

O municpio possui uma rea de 4.021 km2 e uma populao de 9.082

habitantes. No municpio no existe atividade formalizada de minerao.

Foram observadas reas de extrao de argila, cascalho e ouro. A areia

e a argila so extradas de reas prximas ao Riacho do Mato e ao Ribeiro

So Pedro. A argila serve para abastecer uma cermica de tijolos e as olarias

do Setor Monjolo e do Setor Mato Seco, que produzem tijolos e telhas no

perodo de estiagem.

Durante a dcada de 1990 uma unidade de minerao de ouro da

Companhia Vale do Rio Doce funcionou na rea da Fazenda Mateus Lopes.

Porm, a unidade est desativada desde o ano 2000. Algumas atividades de

garimpagem de ouro aconteceram na regio do crrego Refresco, no crrego

Recantinho, no Vieira, no Vira Saia 1, no Vira Saia 2, no Olavo e no garimpo do

Arroz. No presente todos encontram-se inativos.

Existem ocorrncias de quartzito e gnaisse para uso ornamental na

regio do Povoado de Barra Nova, nas proximidades do Rio do Peixe e nos

arredores do Morro do Carneiro.

14

O cadastramento realizado pela CPRM no municpio de Almas

identificou um depsito de calcrio dolomtico nos arredores da fazenda

Alvorada. Durante essa mesma campanha de campo foi verificado um depsito

de ouro relacionado aos anfibolitos, metadacito e metagabro das imediaes

do crrego Paiol.

VII.5 - Alvorada

O municpio de Alvorada tem uma rea de 1.212 km e possui uma

populao de 8.280 habitantes. No municpio no existe atividade formalizada

de minerao.

Foi observada uma nica rea de extrao de areia na Fazenda Alfa, a

cerca de 5 km do centro urbano, na sada para Araguau. Os demais insumos

bsicos para construo civil so oriundos de outros municpios.

VII.6 - Anans

O municpio cobre uma rea de 1.587 km2 e conta com uma populao

de 12.156 habitantes. No municpio existe atividade formalizada de minerao.

Foram observadas reas de extrao espordica de areia, cascalho e

argila, prximo rea urbana do municpio. A argila utilizada para abastecer

uma unidade de produo de cermica vermelha, que produz tijolos e telhas

para o consumo local e de outros municpios Existem ocorrncias de calcrio e

basaltos utilizados como brita para a construo civil. No foram encontradas

ocorrncias de minerais metlicos. Parte dos insumos para construo civil

oriunda de outros municpios.

VII.7 - Angico

O municpio ocupa uma rea de 439 km2 e possui uma populao de

2.898 habitantes. No municpio no existe nenhuma atividade formalizada de

minerao.

Foram observadas reas de extrao de areia e cascalho, s margens

da estrada de acesso a Darcinpolis, e de extrao de argila, na chcara do Sr.

Francisco. Os insumos bsicos para construo civil so oriundos de outros

municpios da regio.

15

VII.8 - Aparecida do Rio Negro

O municpio tem uma rea de 1.160 km2 e uma populao de 3.703

habitantes. No municpio existe atividade formalizada de minerao.

Foram observadas reas de extrao de argila no Ribeiro Negro. A

argila abastece uma cermica que produz tijolos e telhas para o consumo local.

Porm, a principal atividade de minerao feita pela empresa Santa Clara

Ltda, que extrai e engarrafa 15 mil litros/hora de gua mineral e emprega

aproximadamente 50 pessoas. A produo abastece grande parte do mercado

consumidor da regio central do Tocantins.

VII.9 - Aragominas

O municpio apresenta uma rea de 1.173 km2 e uma populao de

8.614 habitantes. No municpio existe atividade formalizada de minerao.

Foram observadas reas de extrao sazonal de areia e seixos s

margens do Ribeiro Laje, alm da extrao espordica de argila para

abastecer as duas olarias que produzem tijolos para abastecer a demanda

parcial do municpio.

No municpio tambm existem duas pedreiras, uma desativada e outra

em atividade, produzindo brita para uso na construo civil.

No h produo permanente de material cermico e os insumos


VII.10 - Araguacema

O municpio possui uma rea de 2.778 km2 e conta com uma populao

de 6.105 habitantes. No municpio no existe nenhuma atividade formalizada

de minerao.

Foram observadas algumas reas de extrao de areia e argila. A

principal rea de extrao a plancie de inundao do Rio Araguaia. A argila

aproveitada por uma cermica que produz tijolos para o consumo local.

interessante ressaltar que as pores leste e oeste do municpio j

foram alvos de intensa pesquisa mineral para minerais metlicos durante a

dcada de 1980. As localidades de Pau Ferrado e do Senhor do Bonfim foram

os principais alvos de pesquisas voltadas para sulfetos.

16

Registra-se depsito de cromo nos arredores da fazenda So Paulo,

tendo como rocha hospedeira serpentinito e associao mineralgica de

magnetita e cromita. Segundo a CPRM essa mineralizao est relacionada a

intruses mfico-ultramficas em reas tectonicamente instveis, do modelo

cromita podiforme.

Existem tambm ocorrncias de cobre e cromo em corpos bsicos e

ultrabsicos na regio da Fazenda Coqueiro, conforme descries de

Vasconcelos et al. (1973) e DNPM (1975).

VII.11 - Araguau

O municpio de Araguau cobre uma rea de 5.168 km e uma


de minerao.

Foi observada uma nica rea de extrao de argila prxima ao

permetro urbano. A argila utilizada por uma cermica que produz tijolos para

o consumo local. Os demais insumos bsicos para construo civil so

oriundos de outros municpios.

VII.12 - Araguana

O municpio ocupa uma rea de 4.000 km2 e possui uma populao de

130.105 habitantes. No municpio existem atividades de minerao

parcialmente legalizadas.

Foram observadas diversas reas de extrao de areia, seixos e,

principalmente, argila. As atividades de extrao mineral no municpio esto

essencialmente ligadas a minerais usados na construo civil.

No municpio existem cinco cermicas e duas olarias comunitrias. As

olarias esto situadas nas proximidades do Povoado de Novo Horizonte.

Existem tambm trs unidades de extrao de areia e seixos que funcionam

prximo ao Ribeiro Areia, prximo ao Ribeiro Jacuba e no Povoado do Novo

Horizonte. A brita para construo civil tambm produzida no municpio, s

margens da BR-153.

A produo de insumos minerais maior que a demanda do municpio e

o excedente comercializado para outras cidades da regio.

17

VII.13 - Araguan

O municpio tem uma rea de 834 km2 e uma populao de 5.691


minerao.

Foram observadas reas de extrao de quartzito e de extrao de

argila no Rio Araguaia e no Ribeiro Inhumas. Uma olaria encontrada s

margens do rio e a argila extrada de forma precria da plancie de inundao

do rio Araguaia.

Atividades garimpeiras tm relevncia econmica no municpio. Existem

6 garimpos em atividade parcial, que oferecem, em mdia, 10 empregos

diretos. O material extrado o quartzo leitoso, encontrado nos garimpos do

Joo Moreno, de Paulo Camorim, da Vista Alegre, do Rebojo e do Criminoso.

O quartzo tem importantes ocorrncias nessa regio e ocorre em

bolses de quartzo leitoso inseridos em seqncias de quartzito e xisto, que

so diretamente afetados por controles de estruturao geolgica regional.

Outras presenas interessantes so ocorrncias de granito preto, grafite,

ametista, hematita, calcednia, esteatito e epidoto.

Existe a ocorrncia de grafita na regio centro-norte de Araguan. A

grafita ocorre disseminada em forma de pequenas lamelas encaixadas em

xistos feldspticos do Grupo Estrondo e em xistos grafitosos do Grupo

Tocantins.

VII.14 - Araguatins



de minerao.

Foram observadas diversas reas de extrao de areia, cascalho e

argila, principalmente ao longo da plancie do Rio Araguaia. Basalto extrado

como brita nas proximidades da Escola Agrotcnica Federal. Na regio da

cabeceira do crrego Feio foram encontrados antigos resqucios de

garimpagem de diamantes. A nica cermica existente est desativada e duas

olarias suprem parcialmente a demanda de tijolos do municpio.

18

VII.15 - Arapoema


habitantes. No municpio existe atividade de minerao parcialmente

legalizada.

Foram observadas reas de extrao de areia grossa e de seixos no

Assentamento Andorinha, na Fazenda Caturiama e na rea urbana do

municpio. O material extrado das margens do Ribeiro Paca e na plancie

de inundao do Rio Araguaia. Os insumos bsicos para construo civil so

oriundos de outros municpios da regio.

A empresa CALTINS LTDA explora algumas ocorrncias de rochas

calcreas na regio de divisa entre Arapoema, Bandeirantes e Pau Darco.

Existem informaes sobre alguns garimpos desativados de ouro e de

quartzo. Foram observadas ocorrncias interessantes de rochas com potencial

para uso ornamental.

VII.16 - Arraias

O municpio ocupa uma rea de 5.787 km e tem uma populao de

10.960 habitantes. No municpio existe atividade formalizada de minerao.

Foram observadas reas de extrao de areia e de fosfato. A areia

extrada esporadicamente nas margens do Rio Araras. Os demais insumos

bsicos para construo civil so oriundos de outros municpios da regio.

A extrao de fosfato a principal atividade de minerao no municpio.

A empresa ITAFOS Minerao extrai cerca de duas mil toneladas/ms de

minrio de fosfato. Cerca de 80% da produo totalmente comercializada no

estado de Gois.

Existem ocorrncias interessantes de ouro, cobre, quartzo, granito

ornamental e argila branca nas pores central e norte do municpio.

VII.17 - Augustinpolis

Este municpio possui uma rea de 414 km2 e uma populao de 14.923


minerao.

19

Foi observada uma rea de extrao de argila s margens da estrada de

acesso a Praia Norte. A argila abastece uma olaria que produz tijolos para o

consumo local.

VII.18 - Aurora do Tocantins

O municpio ocupa uma rea de 753 km2 e tem uma populao de 2.827


Foram observadas reas de extrao de areia e argila nas proximidades

do Rio dos Bois. A argila usada por uma cermica, que produz tijolos, e por

trs olarias, que produzem tijolos e telhas durante o perodo de estiagem. A

produo atende ao consumo local e de outros municpios prximos.

Registram-se importantes ocorrncias de calcrio e a presena de rocha

fosftica na poro oeste do municpio.

VII.19 - Axix do Tocantins

Este municpio ocupa uma rea de 150 km2 e possui uma populao de

7.974 habitantes. No municpio inexiste atividade formalizada de minerao.

Foram observadas algumas reas de extrao espordica de areia e cascalho,

em crregos e drenagens que atravessam o municpio. Os insumos bsicos

para a construo civil so oriundos de outros municpios da regio.

VII.20 - Babaulndia


de 11.257 habitantes. No municpio existem atividades de minerao


Foram observadas reas de extrao de areia, seixos e argila nas

plancies de inundao do Rio Tocantins e s margens da estrada de acesso a

Wanderlndia. Existe uma cooperativa de extrao de areia e seixos e uma

empresa que comercializa cascalho para uso em obras de pavimentao e na

construo civil, localizada no incio da TO-010.

A argila tambm extrada s margens do Rio Tocantins, no Povoado

de Palmatuba, e abastece o ncleo de olarias que funciona na regio norte do

20

municpio. Essa mesma fonte de argila utilizada por uma cermica de mdio

porte, que produz telhas e tijolos que abastecem a demanda do municpio.

VII.21 - Bandeirantes do Tocantins


de 2.641 habitantes. No municpio existe atividade de minerao legalizada.

A principal atividade de minerao est relacionada a uma unidade de

extrao e beneficiamento de rocha calcria para fins agrcolas, administrada

pela CALTINS Calcrio Tocantins Ltda. Os insumos bsicos para construo

civil so oriundos de outros municpios da regio.

VII.22 - Barra do Ouro



minerao.

Foram observadas reas de extrao de areia, argila, seixos e cascalho.

Os principais locais de extrao esto s margens do Rio Tocantins e s

margens do Ribeiro do Ouro. A argila utilizada para abastecer uma olaria

situada na zona urbana, que produz tijolos para o consumo local.

Existem referncias a garimpos de ouro e diamante s margens do Rio

Tocantins e na cabeceira do Ribeiro Tau. Observam-se ocorrncias

interessantes de rochas calcrias na poro centro-leste do municpio.

VII.23 - Barrolndia

O municpio apresenta uma rea de 713 km e possui uma populao de


minerao.

Foram observadas reas de extrao espordica de areia, seixos e

argila na zona rural do municpio. A argila abastece uma cermica que produz

tijolos para o consumo local. Existe uma ocorrncia de berilo prxima s

margens da BR-153, cerca de 15 km antes da rea urbana do municpio, onde

existe uma explorao de gua marinha.

21

VII.24 - Bernardo Sayo

O municpio apresenta uma rea de 927 km2 e uma populao de 4.725


minerao.

Foram observadas reas de extrao de areia e argila s margens do

Ribeiro Corda. A argila abastece duas pequenas olarias que produzem tijolos

para o consumo local. Outros insumos bsicos para construo civil so


Existem ocorrncias de sulfetos associadas a rochas serpentinticas,

encaixadas em filitos sericticos e quartzitos ferruginosos do Grupo Tocantins,

na poro norte do municpio.

VII.25 - Bom Jesus do Tocantins

O municpio cobre uma rea de 1.333 km2 e possui uma populao de


minerao.

Foram observadas algumas reas de extrao espordica de areia e

argila, na margem direita do Rio Tocantins, prximo desembocadura do Rio

do Sono. Os insumos bsicos para construo civil so oriundos de outros

municpios da regio.

VII.26 - Brasilndia do Tocantins



minerao.

No foi observada nenhuma atividade de extrao mineral. Os insumos


VII.27 - Brejinho de Nazar




22

Foram observadas reas de extrao de areia, seixo e argila na plancie

de inundao do Rio Tocantins. Existem trs dragas extraindo areia e seixos do

Rio Tocantins. A argila abastece duas cermicas que produzem tijolos e telhas

para o consumo local e de outros municpios prximos.

Conforme o levantamento dos recursos minerais no Estado do Tocantins

realizado pela CPRM, a regio de Brejinho de Nazar apresenta ocorrncias de

mangans hospedadas nas coberturas detrito-laterticas. A associao

mineralgica dessa ocorrncia so xidos de mangans e de ferro.

Foi constatada pela CPRM a ocorrncia de trs garimpos de ouro na

regio, entretanto, durante a visita dos tcnicos da MINERATINS esses

garimpos encontravam-se desativados. Em Brejinho de Nazar o ouro aparece

disseminado em veios de quartzo com pirita, encaixados na seqncia rochosa

de biotita-gnaisse.

H tambm ocorrncia de granitos verde, rosado e cinza, com potencial

para rochas ornamentais. Existem ocorrncias interessantes de ilmenita na

poro oeste do municpio.

Existem indcios de cobalto prximo ao Rio Crixs, associados a rochas

bsicas do Complexo Goiano. Ocorrncias de cobre em corpos bsicos e

ultrabsicos na regio do Rio Crixs so descritas por Vasconcelos et al.

(1973) e DNPM (1975).

VII.28 - Buriti do Tocantins

Este municpio cobre uma rea de 250 km2 e conta com uma populao


de minerao. Foram observadas rea de extrao espordica de argila, areia

e seixos na margem esquerda do Rio Tocantins. Os insumos bsicos para a

construo civil so oriundos de outros municpios da regio.

VII.29 - Cachoeirinha


habitantes. No existe nenhuma atividade formalizada de minerao no

municpio.

23

Foram observadas reas de extrao de argila no Povoado de Santo

Antnio e na Fazenda Candibarro. reas de extrao de cascalho existem na

Fazenda Morumbi e nos arredores da Fazenda Bacuri. Os demais insumos

bsicos para a construo civil so oriundos de outros municpios da regio.

VII.30 - Campos Lindos



de minerao.

Foram observadas algumas reas de extrao espordica de areia,

argila e cascalho. O principal ponto de extrao desses materiais so as

margens do Rio Manuel Alves Grande. Os demais insumos bsicos para


VII.31 - Cariri do Tocantins

O municpio de Cariri do Tocantins ocupa uma rea de 1.129 km e uma


de minerao.



VII.32 - Carmolndia



minerao.

Os insumos bsicos para construo civil so oriundos de outros

municpios da regio.

VII.33 - Carrasco Bonito

Este municpio possui uma rea de 195 km2 e conta com uma populao


de minerao.

24

Foram observadas reas de extrao de cascalho na Fazenda

Rubiataba, na chcara da Sra. Maria Carneiro e nas margens da TO-407.

reas de extrao de areia e seixos so encontradas na propriedade do Sr.

Carlos Baixinho e do Sr. Messias. Nessa mesma rea foi encontrado um

garimpo de ouro aluvionar abandonado.

VII.34 - Caseara

O municpio tem uma rea de 1.692 km e uma populao de 4.314


minerao. No foi observada nenhuma atividade de extrao mineral. Os


VII.35 - Centenrio

O municpio ocupa uma rea de 1.955 km2 e tem uma populao de


minerao.

Foram observadas reas de extrao espordica de areia e argila, s

margens do Rio Preto. A argila aproveitada por uma olaria que produz tijolos

na poca de estiagem. Os demais insumos bsicos para construo civil so


VII.36 - Chapada de Areia

O municpio cobre uma rea de 659 km e possui uma populao de


minerao. No foi observada nenhuma atividade de extrao mineral. Os


VII.37 - Chapada da Natividade


3.716 habitantes. No municpio no existe atividade formalizada de minerao.

Foram observadas reas de extrao de argila e de ouro. A argila

retirada do Ribeiro gua Suja e abastece uma cermica que produz tijolos e

est instalada no permetro urbano. A produo abastece o consumo local e de

municpios prximos.

25

O ouro extrado em garimpos que ficam na poro centro-oeste do

municpio, em reas bem prximas ao permetro urbano, s margens da TO-

050 e em reas prximas ao Rio Bagagem. A atividade garimpeira realizada

em duas frentes de lavra que empregam de 25 a 30 homens e produzem entre

100 a 150 gramas de ouro por semana.

VII.38 - Colinas do Tocantins

O municpio cobre uma rea de 844 km2 e uma populao de 28.467

habitantes. No municpio existem atividades de minerao parcialmente

legalizadas.

Foram observadas reas de extrao de areia, seixo e argila s

margens do Rio Capivara. A extrao de areia e seixos espordica e a argila

utilizada para abastecer quatro unidades de produo de cermica vermelha,

que produzem tijolos e telhas para o consumo local e de outros municpios.

Existem ocorrncias interessantes de rocha calcria nas proximidades

da margem direita do Rio Capivara e de argila branca na poro norte do

municpio.

VII.39 - Colmia



minerao.

Foram observados reas de extrao de argila nas proximidades do Rio

da Garrafa. A argila utilizada por uma olaria que produz tijolos para suprir

parte do consumo local. Os demais insumos bsicos para construo civil so


Existe a ocorrncia de grafita na regio noroeste do municpio. A grafita

ocorre disseminada em forma de pequenas lamelas encaixadas em xistos

feldspticos do Grupo Estrondo e em xistos grafitosos do Grupo Tocantins.

VII.40 - Combinado

O municpio possui uma rea de 210 km e uma populao de 4.268


26

Foi observada uma rea de extrao de calcrio prximo ao permetro

urbano. A extrao informal e utilizada como fonte de material para

construo civil. Os demais insumos bsicos para construo civil so oriundos

de outros municpios da regio.

VII.41 - Conceio do Tocantins

O municpio apresenta uma rea de 2.501 km e possui uma populao

de 4.574 habitantes. No municpio no existe atividade formalizada de

minerao.

Foram observadas reas de extrao de argila e de ouro. A argila

extrada prximo ao permetro urbano e abastece uma cermica que produz

tijolos para o consumo local e de outros municpios prximos.

O ouro extrado em atividades garimpeiras. No momento a nica frente

de lavra ativa est na Chcara Alvorada, prximo ao permetro urbano. Porm

so conhecidos diversos outros garimpos como o da Cajazeira, da Igrejinha, do

Gerseu, da Maria Pinta, do Crrego Gavio, da Fazenda Elegante, do Piarro,

da Furtuosa, do Tuna, do So Felipe, da Cangalha, da Fazenda Misericrdia,

da Fazenda Poo do Ouro, da Fazenda Curral Queimado e da Fazenda

Santaninha.

VII.42 - Couto de Magalhes



minerao.

Foram observadas reas de extrao espordica de areia e seixos na

plancie de inundao do Rio Araguaia. Os demais insumos bsicos para


J houve atividade de minerao no municpio, durante as dcadas de

1980-1990, relacionada a uma unidade de extrao de rochas carbonticas

pela empresa Mineradora Roncador S.A. Essa atividade encontra-se

desativada. Existem ocorrncias interessantes de quartzo, talco, ferro e

sulfetos na poro centro-norte do municpio. O quartzo ocorre em bolses de

27

quartzo leitoso inseridos em seqncias de quartzito e xisto, que so

diretamente afetados por controles de estruturao geolgica regional.

VII.43 - Cristalndia

O municpio ocupa uma rea de 1.848 km e tem uma populao de

6.862 habitantes. No municpio existem atividades de minerao parcialmente

legalizadas.

Foram observadas reas de extrao de areia, argila e cristal de

quartzo. A areia retirada por duas dragas que extraem o material do leito do

Rio Urubu. A argila extrada nas proximidades do permetro urbano e nas

proximidades do Rio Urubu. A argila aproveitada por trs cermicas situadas

no permetro urbano, que produzem telhas, tijolos e lajotas para o consumo

local e para municpios prximos.

A atividade garimpeira tem grande importncia para o municpio, que

um grande produtor de quartzo. Dentre esses garimpos destacam-se o

Garimpo da Raposa, do Baiano, do Felipe e do Urubuzinho. Porm, no

momento, apenas o Garimpo do Baiano est funcionando adequadamente.

Existem ocorrncias de cobre em corpos bsicos e ultrabsicos, na

regio da Fazenda Curral Queimado, descritas por Vasconcelos et al. (1973) e

DNPM (1975).

Foram identificados quartzitos ferruginosos com magnetita e hematita

nas proximidades de corpos bsicos e ultrabsicos encaixados em rochas do

Grupo Estrondo e do Grupo Tocantins. Essa ocorrncia est relacionada a

afloramentos de peridotito e esto descritas em Silva et al. (1974) e

Vasconcelos et al. (1973).

VII.44 - Crixs do Tocantins

O municpio de Crixs do Tocantins possui uma rea de 987 km e 1.571


Foi observada uma rea de extrao de areia, que fica na Fazenda

Buenos Aires, a cerca de 3 km do centro urbano. Os demais insumos bsicos

para construo civil so oriundos de outros municpios.

28

VII.45 - Darcinpolis



de minerao.

Foram observadas reas de extrao de areia e argila nas proximidades

da Fazenda Regalo. Os demais insumos bsicos para construo civil so


VII.46 - Dianpolis

O municpio apresenta uma rea de 3.217 km2 e possui uma populao


Foram observadas reas de extrao de areia, argila, calcrio, granito e

ouro. A areia e a argila so extradas em reas prximas ao Ribeiro da Areia e

ao Crrego Batalha. A argila usada por uma cermica que produz tijolos e

telhas para o consumo local.

O calcrio extrado na poro leste do municpio, s margens da TO-

080, em rea prxima ao morro dos Perdidos. A empresa SARP Minerao

Ltda extrai a rocha calcria para a produo de corretivo agrcola que abastece

a regio sudoeste do estado do Tocantins e oeste do estado da Bahia.

Granito para uso na construo civil extrado pela empresa CMT

Engenharia, na rea da Fazenda Manto Verde, e utilizado em obras da

barragem no Rio Manuel Alves.

Existem diversas referncias sobre garimpos desativados de ouro na

poro sudeste do municpio, prximo divisa com o municpio de Almas,

como os garimpos da Fazenda Santo Elias, dos Tapuios, do Jacu, do Urubu,

da Lagartixa e da Terra Vermelha.

VII.47 - Divinpolis do Tocantins


habitantes. No municpio existem atividades de minerao parcialmente

legalizadas.

Foram observadas reas de extrao de areia e argila no Ribeiro da

Prata e no Ribeiro Piranhinha. A argila aproveitada por trs cermicas que

29

produzem tijolos e telhas para consumo local e de municpios prximos.

Existem ocorrncias interessantes de minerais metlicos na regio entre

Divinpolis e Abreulndia.

VII.48 - Dois Irmos do Tocantins



minerao.

Os insumos bsicos para construo civil so oriundos de outros

municpios da regio.

Existem diversos garimpos desativados de quartzo na poro sul e oeste

do municpio. Durante a dcada de 1980 uma empresa mineradora extraiu e

beneficiou minrio de talco na regio da Serra da Lopa. Foi verificada pela

CPRM a ocorrncia de quartzo hialino em veios de quartzo e de esteatito nos

serpentinitos prximos ao crrego Pedra de Amolar.

Na regio nordeste do municpio existem exposies contnuas de

hematita compacta, parcialmente limonitizada, encaixadas em quartzitos

micceos do Grupo Tocantins.

VII.49 - Duer

O municpio de Duer apresenta uma rea de 3.425 km e conta com

uma populao de 4.705 habitantes. No municpio no existe atividade

formalizada de minerao.

Foram observadas reas de extrao de areia, seixos e argila. A areia e

o seixo so extrados do leito do Rio Duer por trs dragas. A argila extrada

nas proximidades do Rio Duer e do Ribeiro Berimbau e usada para

abastecer trs cermicas que produzem tijolos e telhas para o consumo local e

de municpios prximos.

O municpio j foi um grande produtor de cristais de quartzo e a

atividade garimpeira teve seu auge no perodo de 1940-1960, porm no

momento no existe nenhuma rea de extrao em atividade. O quartzo ocorre

em bolses de quartzo leitoso inseridos em seqncias de quartzito e xisto,

que so diretamente afetados por controles de estruturao geolgica regional.

30

VII.50 - Esperantina

O municpio possui uma rea de 504 km2 e tem uma populao de 9.578

habitantes. No municpio as atividades de minerao esto parcialmente

legalizadas.

Existem 3 reas de extrao de areia distribudas ao longo das plancies

de inundao do Rio Araguaia, como as do Assentamento Boa Esperana, do

Povoado de Pedra Grande e da propriedade do Sr. Dequinha. Foram

observadas 5 reas de extrao de cascalho, no PA Ponto (cascalheira do

Bira), no Assentamento Esperantina (cascalheira do Tenente Marinho), no

Assentamento Boa Esperana (cascalheira do Donizete), no Assentamento

Mulato (cascalheira da Chcara JN) e a cascalheira da Chcara So Francisco.

Foram cadastradas 6 olarias no municpio, 3 desativadas e 3 em

funcionamento, localizadas no Povoado de So Francisco, no Assentamento

Tobasa e no Assentamento Boa Esperana.

Atividade garimpeira existiu na rea do Assentamento Boa Esperana e

no Povoado de Pedra Grande e foi relacionada extrao de diamante, topzio

e esmeralda, porm, no momento, est totalmente paralisada.

VII.51 - Ftima



minerao. Os insumos bsicos para construo civil so oriundos de outros

municpios da regio.

Existem ocorrncias de rutilo, a 23 km da sede do municpio, prximo ao

entroncamento da TO-230 com a entrada para Porto Nacional. O titnio

aparece associado a zonas pegmatticas em rochas gnissicas e micaxistos do

Complexo Goiano, assim como em blocos de quartzo hialino que contm as

agulhas de rutilo.

31

VII.52 - Figueirpolis

O municpio de Figueirpolis tem uma rea de 1.930 km e possui uma


de minerao.

Foi observada uma rea de extrao espordica de areia e argila nas

proximidades do Rio Santo Antnio. A areia extrada na zona rural, a cerca

de 15 km do centro urbano. A argila usada para abastecer uma cermica que

produz tijolos para o consumo local.

VII.53 Filadlfia




As atividades de minerao no municpio tm como principal foco as

grandes reservas de gipsita. A rea tem bom potencial para explorao e

explotao e fornece matria-prima para as pequenas empresas de

beneficiamento de gipsita atuantes no municpio.

O municpio tambm dispe de importantes reservas de calcrio,

localizadas na Fazenda Caieiras e na Fazenda Brejo Verde, pertencentes ao

Grupo Votorantim.

VII.54 - Formoso do Araguaia

O municpio de Formoso do Araguaia cobre uma rea de 13.423 km e

tem uma populao de 20.301 habitantes. No municpio existe atividade


Foram observadas reas de extrao de areia, argila e calcrio. A areia

extrada por duas dragas na regio do Rio Formoso e do Rio Gameleira. A

argila extrada nas proximidades do permetro urbano e no Rio Gameleira. A

argila aproveitada por duas cermicas que produzem tijolos e telhas para o

consumo local e de outros municpios prximos.

Uma importante atividade de minerao a de extrao e

beneficiamento de rocha calcria para produo de corretivo agrcola, realizada

pela empresa Minerao Rio Formoso Ltda. A produo atende a regio

Sudoeste do Estado do Tocantins e a regio Nordeste do Mato Grosso.

32

VII.55 - Fortaleza do Taboco



minerao.

Foram observadas reas de extrao de argila s margens do Ribeiro

Taboco. A argila utilizada por uma olaria, que produz tijolos para o consumo

local. Os demais insumos bsicos para construo civil so oriundos de outros

municpios da regio.

VII.56 - Goianorte




municpios da regio.

No h nenhuma atividade de explorao mineral no municpio, porm

existem interessantes ocorrncias de sulfetos. Destacam-se as ocorrncias na

localidade de Salto e na regio do Morro Grande, onde existiu uma unidade de

extrao de minerais metlicos (sulfetos + cromita) da empresa MAGNESITA

S.A. entre as dcadas de 1980 -1990.

Ocorrncias de cromita so conhecidas, associadas aos corpos

ultrabsicos intrusivos no Grupo Tocantins, em serpentinitos cataclasados

encaixados em quartzitos ferruginosos.

A cerca de 22 km a oeste de Goianorte existe um corpo ultrabsico com

serpentinito amplamente talcificado. As rochas encaixantes so quartzitos

ferruginosos cataclasados e filitos do Grupo Tocantins.

VII.57 - Goiatins



minerao.

Foram observadas reas de extrao de areia, argila, cascalho e seixos.

As principais reas esto nas proximidades do Rio Manuel Alves Grande e no

Ribeiro Piranhas. As reas de extrao de cascalho esto espalhadas pelo

33

municpio. A argila usada para abastecer duas olarias que produzem tijolos

para o consumo local. Os demais insumos bsicos para construo civil so


VII.58 - Guara



Foram observadas reas de extrao de argila e calcrio. A argila

extrada da plancie de inundao do Ribeiro Salgado e abastece as duas

cermicas que esto em atividade no municpio.

O calcrio extrado na regio da Fazenda Soledade e da Fazenda

Santa Jlia. Existe uma unidade de extrao de calcrio, resultante de uma

parceria entre a empresa Calcrio Guara Ltda. e a Companhia de Minerao

do Tocantins - MINERATINS. A empresa produz p calcrio para corretivo de

solos.

VII.59 - Gurupi

O municpio de Gurupi ocupa uma rea de 1.836 km e conta com uma

populao de 72.831 habitantes. No municpio existe atividade parcialmente


Foram observadas algumas reas de extrao de areia e argila. A areia

extrada do leito do Rio Gurupi por dragas. A principal rea de extrao de

argila est na regio conhecida como Barreiro das Trs Lagoas, a cerca de 25

km do centro urbano. A argila abastece oito cermicas e uma olaria, que

produzem tijolos e telhas para o consumo local e regional. A atividade

formalizada de extrao mineral no municpio est ligada s unidades de

produo de cermica vermelha.

VII.60 - Ipueiras


habitantes. No municpio existe atividade parcialmente formalizada de

minerao.

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Foram observadas reas de extrao de areia grossa e seixos, s

margens do Rio Tocantins. Existem duas dragas que extraem areia dentro da

zona urbana do municpio. Os demais insumos bsicos para construo civil

so oriundos de outros municpios da regio.

Na poro central do municpio existe uma rea de extrao de granitos

para uso ornamental. Existem tambm diversas referncias a garimpos de ouro

e cristal de quartzo na poro norte do municpio.

VII.61 - Itacaj



minerao.


seixos e argila, s margens do Rio Manuel Alves Grande. Os demais insumos


Nas proximidades do povoado de Marg existem algumas referncias a

garimpagem de ouro e diamante no leito do Rio Manuel Alves Pequeno, porm

essas atividades esto paralisadas h mais de duas dcadas.

VII.62 - Itaguatins


habitantes. No municpio existe atividade de minerao parcialmente

legalizada.

Foram observadas reas de extrao de cascalho no bairro Descarreto e

nas proximidades do Aeroporto Municipal. reas de extrao de areia so

encontradas s margens do Rio Tocantins. Diversos garimpos de ouro e

diamante abandonados foram observados nas localidades da Praia do Tio, Vila

Natal, Ribeiro Matrinx e bairro Descarreto.

Existe uma cermica de pequeno porte que abastece parcialmente a

demanda de tijolos do municpio.

35

VII.63 - Itapiratins



minerao.


cascalho e argila, na plancie de inundao do Rio Tocantins. Os demais

insumos bsicos para construo civil so oriundos de outros municpios da

regio.

VII.64 - Itapor do Tocantins




municpios da regio.

A cidade teve sua origem relacionada a garimpos de quartzo durante as

dcadas de 1960-1970. Existem ocorrncias interessantes de talco e de

minerais metlicos (sulfetos) na poro norte do municpio.

VII.65 - Ja do Tocantins

O municpio de Ja do Tocantins possui uma rea de 2.173 km e uma

populao de 3.298 habitantes. No municpio existe atividade formalizada de

minerao.

Foram observadas reas de extrao de areia, argila, granito e zirconita.

A areia extrada na Fazenda Pontalina, direto do leito do rio das Almas. A

argila extrada na zona rural do municpio e abastece uma cermica que

produz tijolos para o consumo local.

A principal atividade de minerao no municpio a extrao de

zirconita. Existem duas empresas que extraem o minrio prximo localidade

de Novo Horizonte. A MITO - Minerao Tocantins Ltda. retira cerca de 50

toneladas de zirconita/ms, enquanto a Minerao Ja do Tocantins, do Grupo

UNIMIN retira cerca de quarenta toneladas/ms. A produo totalmente

comercializada com os estado de Minas Gerais e So Paulo. No momento,

36

mais uma empresa de minerao est se instalando no municpio para a

extrao de zirconita.

A Minerao e Explorao Gamma Ltda realiza atividades de pesquisa

de granitos e mrmores ornamentais na regio da Serra Dourada.

A regio tambm tem vastos registros de atividade garimpeira, devido a

uma variada ocorrncia de minerais tais como a turmalina preta, o corndon, o

berilo, a muscovita, o quartzo, as terras raras, a gua marinha e a prpria

zirconita.

Segundo a CPRM (1995) o municpio de Ja do Tocantins tambm

apresenta ocorrncia de estanho, em granitos intrusivos. A associao

mineralgica encontrada foi cassiterita, muscovita, quartzo e feldspato.

VII.66 - Juarina

O municpio possui uma rea de 481 km2 e conta com uma populao


de minerao.



VII.67 - Lagoa da Confuso


habitantes. No municpio existem atividades de minerao legalizadas.

Foram observadas reas de extrao de areia, argila e calcrio. A areia

extrada nas margens do Rio Urubu. A argila extrada de chcaras e

fazendas na zona rural. Existe uma cermica comunitria no municpio, no

momento desativada. Os demais insumos bsicos para construo civil so


A extrao de calcrio tambm de grande importncia para o

municpio. A empresa Calcrio Cristalndia Ltda. extrai rocha calcria para

utilizao na produo de corretivo agrcola e de brita. A produo atende toda

a demanda regional.

O municpio tambm tem registro de ocorrncias de minrio de ferro,

prximo ao permetro urbano.

37

VII.68 - Lagoa do Tocantins

O municpio ocupa uma rea de 911 km e tem uma populao de 2.927


Foi observada uma rea de extrao de areia e argila nas proximidades

do crrego Ju e do crrego Caracol. A argila utilizada por uma olaria que

produz tijolos no perodo de estiagem, para o consumo local.

VII.69 - Lajeado



minerao.

Foram observadas reas de extrao de areia e argila s margens do

Rio Tocantins. Existe uma draga instalada dentro da rea urbana do municpio,

que extrai cerca de 6 a 7 mil m3 de areia/ms. A argila retirada na plancie

fluvial e aproveitada por uma cermica que produz tijolos para o consumo local.

Existem ocorrncias interessantes de granitos com potencial para uso

na construo civil e como rochas ornamentais na poro centro oeste do

municpio.

VII.70 - Lavandeira

O municpio possui uma rea de 520 km2 e conta com uma populao


minerao.

Foram observadas reas de extrao de calcrio e ardsia,

principalmente na poro sul do municpio. Todas as reas de extrao so

informais e utilizam tcnicas precrias de lavra. Os insumos bsicos para

construo civil so oriundos de outros municpios da regio. Existem alguns

garimpos de ouro na regio de Mosquito.

VII.71 - Lizarda

O municpio possui uma rea de 5.723 km e conta com uma populao


minerao.

38



VII.72 - Luzinpolis



minerao.

Foram observadas reas de extrao de argila e cascalho na regio do

crrego Caracol e do crrego Gameleira. Os insumos bsicos para construo

civil so oriundos de outros municpios da regio.

VII.73 - Marianpolis do Tocantins

O municpio tem uma rea de 2.091 km e possui uma populao de



municpios.

VII.74 - Mateiros

O municpio ocupa uma rea de 9.592 km e tem 1.953 habitantes. No

municpio no existe atividade formalizada de minerao.



VII.75 - Maurilndia do Tocantins



minerao.

Foram observadas reas de extrao de areia, argila e cascalho na

localidade de Barreiras. Um pequeno garimpo de ouro aluvionar foi encontrado

na localidade de Tereza Varjo. Os insumos bsicos para construo civil so


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VII.76 - Miracema do Tocantins


habitantes. No municpio existe atividade parcialmente formalizada de

minerao.

Foram observadas diversas reas de extrao de areia e argila,

principalmente s margens do Rio Providncia, afluente da margem esquerda

do Rio Tocantins.

A argila totalmente aproveitada por trs cermicas que produzem

tijolos e telhas para consumo local e de outros municpios prximos. Destaca-

se tambm a existncia de diversas olarias que mantm produo informal de

tijolos durante o perodo de estiagem.

A CPRM cadastrou neste municpio ocorrncias de quartzo hialino

(cristal de rocha), relacionado a veios de quartzo; diamante (garimpo

abandonado), em aluvies; caulim, em sedimentos elvio-coluvionares; granito

(mina abandonada), para construo civil; e apatita em siltitos.

Na regio entre Miracema e Pau Darco existe a ocorrncia de caulim

relacionada Formao Cabeas. As ocorrncias esto relacionadas a

arenitos e siltitos caulinticos.

VII.77 - Miranorte



minerao.

Foram observadas reas de extrao de argila em chcaras e fazendas

prximas ao permetro urbano do municpio e s margens do Rio Tocantins. A

argila aproveitada por uma cermica que produz tijolos para o consumo local.

Os demais insumos bsicos para construo civil so oriundos de outros

municpios da regio.

VII.78 - Monte do Carmo



de minerao.

40

Foram observadas reas de extrao de argila, quartzito, granito e

ardsia. A argila extrada nas proximidades do Ribeiro gua Suja e no

Ribeiro da Conceio. Os demais insumos bsicos para construo civil so


As ocorrncias de quartzito, granito e ardsia esto relacionadas,

principalmente, ao longo da estrada de acesso para Pindorama do Tocantins. A

extrao manual e o material utilizado em obras de construo civil no

municpio.

A atividade garimpeira tem grande importncia no municpio. Existem

trs reas principais de garimpagem que possuem nove frentes de lavra em

atividade e trinta frentes desativadas.

A rea principal de extrao situa-se nas encostas da Serra do Carmo, a

aproximadamente 5 km a leste da rea urbana. A outra rea est s margens

do Ribeiro gua Suja, principalmente na poro noroeste do municpio. A

ltima rea est na regio sul-sudoeste do municpio, no km 17 da estrada de

acesso a Pindorama. Nessas reas trabalham cerca de 85 garimpeiros,

gerando uma produo mdia de 140g de ouro por semana. O ouro aparece

em veios de quartzo cataclasados associados a intruses granticas.

VII.79 - Monte Santo do Tocantins

O municpio cobre uma rea de 1.092 km e conta com uma populao

aproximada de 1.948 habitantes. No municpio no existe nenhuma atividade


O municpio no apresenta nenhuma atividade de extrao mineral. Os

Documents

Diagnóstico Do Setor Mineral Do Estado Do Tocantins