Diagnostico Empresarial Da Rio Paracatu Mineracao Rpm

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Instituto de Ensino Superior Cenecista Administrao de Empresas Gesto Ambiental

Diagnstico Empresarial da Rio Paracatu Minerao (RPM)

Digo Monteiro de Queiroz - bacharel em Administrao de Empresas pelas Faculdade Cenesista de Una/MG - INESC e licenciado em Matemtica pela Universidade Federal do Vale Verde - UNICOR. Lliam Neiva Albernaz Souto bacharel em Administrao de Empresas pela Faculdade Cenesista de Una/MG - INESC e Especialista em Docncia do Ensino Superior pela Faculdade do Noroeste de Minas FINOM.

Autores

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SUMRIO1. 2. 3. INTRODUO ............................................................................................................. 3 A PESSOA ENTREVISTADA ......................................................................................... 4 A EMPRESA ESTUDADA ............................................................................................. 4 3.1. Descrio .............................................................................................................. 4 3.2. Localizao ........................................................................................................... 4 3.3. Histrico da Companhia ..................................................................................... 5 3.3.1. Desenvolvimento da Mina Highlights .......................................................... 5 3.3.2. Regio Paracatu Histria ........................................................................... 6 3.3.3. Economia ........................................................................................................... 7 3.4. Planejamento Estratgico da Empresa .............................................................. 7 3.4.1. Misso ................................................................................................................ 7 3.4.2. Viso................................................................................................................... 7 3.4.3. Valores ............................................................................................................... 7 3.4.3.1. Recursos Humanos .......................................................................................... 7 3.4.3.2. Comunidade ................................................................................................. 7 3.4.3.3. Sade, Segurana e Meio ambiente ................................................................. 8 3.4.3.4. Plano de Fechamento ....................................................................................... 8 3.5. Modelo de Gesto Econmico Financeira ...................................................... 8 3.5.1. Organograma .................................................................................................... 8 3.5.2. Vantagens da estrutura funcional ................................................................... 8 3.5.3. Desvantagens da estrutura funcional.............................................................. 9 3.6. Processo de Gesto .............................................................................................. 9 3.6.1. Planejamento: Fluxograma das rotas de operao ....................................... 9 3.6.2. Perfil geolgico ................................................................................................ 10 3.6.3. Execuo: operao de lavra ......................................................................... 11 3.6.4. Equipamentos ................................................................................................. 11 3.6.5. Produo .......................................................................................................... 11 3.6.6. Britagem .......................................................................................................... 12 3.6.7. Moagem ........................................................................................................... 12 3.6.8. Gravimetria ..................................................................................................... 13 3.6.9. Flotao ........................................................................................................... 13 3.6.10. Hidrometalurgia ........................................................................................... 13 3.6.11. Fundio ........................................................................................................ 14 3.7. Controle das atividades: A gesto de recursos hdricos ................................. 14 3.7.1. Gerenciamento de gua na rea da mina ..................................................... 14 3.7.2. Barragens de rejeitos ...................................................................................... 15 3.7.3. Disposio do rejeito sulfetado ...................................................................... 15 4. PROJETOS SOCIAIS DESENVOLVIDOS ...................................................................... 16 4.1. Responsabilidade Social .................................................................................... 16 4.2 Os princpios fundamentais da Poltica de Responsabilidade Social da RPM .................................................................................................................................... 16 4.3 Programas sociais desenvolvidos....................................................................... 17 4.4. Sade, Segurana e Meio Ambiente................................................................. 17 4.4.1. Poltica de SSMA ............................................................................................ 17 4.4.2. Sistema de Gesto de SSMA .......................................................................... 18 4.4.3. Sade e Segurana .......................................................................................... 20 4.4.3.1. Poltica de Sade e Segurana ....................................................................... 20

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4.4.3.2. Padres de Sade e Segurana....................................................................... 20 4.4.4. Iniciativas Inovadoras .................................................................................... 21 4.4.4.1. Ginstica Laboral........................................................................................... 21 4.4.4.2. Programa Atitude cinco estrelas .................................................................... 21 4.4.4.3. Programa de Desenvolvimento da Percepo de Riscos ............................... 22 4.5. Projetos voltados para a preservao do meio ambiente ............................... 22 4.5.1. Meio Ambiente: objetivos e metas ................................................................ 22 4.5.3. Padres de Meio Ambiente iniciativas inovadoras ................................... 22 4.5.4. Estudos de Predio de Drenagem cida de Mina ...................................... 23 4.5.5. Programa de Educao Ambiental ............................................................... 23 4.5.6. Pesquisas de Reabilitao de reas .............................................................. 23 4.5.7. Testes com Biodiesel ....................................................................................... 24 4.5.8. Gesto das guas ............................................................................................ 24 4.5.9. Melhorias para Reduo de Poeira e Rudos na Planta de Britagem ........ 25 4.6. Gesto cuidadosa de todas as operaes .......................................................... 29 4.6.1. Destinao de resduos perigosos .................................................................. 29 4.6.2. Biodiesel em teste ............................................................................................ 29 5. CONSIDERAES FINAIS ......................................................................................... 32 6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .............................................................................. 34 7. ANEXOS ................................................................................................................... 35

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1. INTRODUO O presente trabalho mostra os projetos sociais e de preservao do meio ambiente desenvolvidos pela Rio Paracatu Minerao (RPM). Localizada no Noroeste Mineiro, na cidade de Paracatu, a RPM, empresa do Grupo Kinross, atua no setor de extrao de minrios com fins na produo de ouro, desde 1987. Criando mais de mil empregos diretos e indiretos, a Rio Paracatu Minerao (RPM), tem forte contribuio para o desenvolvimento econmico da regio. Aqui, mostraremos muito mais que sua Responsabilidade Social, que assumir o compromisso de proporcionar a seus funcionrios um ambiente de trabalho saudvel e seguro que contemple respeito, abertura e integridade individual, atravs do cumprimento da legislao trabalhista vigente no pas, mas por meio de prticas de gesto eficazes estabelecidas no Sistema de Gesto de Sade, Segurana e Meio Ambiente (SSMA). A empresa busca assegurar sade e segurana no trabalho aos seus empregados e contratados, prevenir a poluio, promover a reabilitao de reas degradadas e, minimizar qualquer outro impacto adverso que suas atividades possam causar ao meio ambiente, contribuindo positivamente para a melhoria da qualidade de vida da comunidade local. A Poltica Ambiental implementada na forma de objetivos e metas claramente definidos so comunicados a todas as suas partes interessadas empresa (funcionrios, comunidade local, rgos ambientais, etc). Para tal, a RPM estabelece anualmente em seu Sistema de Gesto Integrada de SSMA (SGI), objetivos e metas especficas, bem como planos de ao que permitam assegurar a empresa o cumprimento dos mesmos. Alm de tudo que foi exposto acima, verificada com uma profunda leitura do mesmo, o presente trabalho mostra tambm, toda a hierarquia de produo da RPM, descrio e localizao, histrico da companhia, sua responsabilidade social e ambiental, seu portflio, os recursos naturais utilizados e, principalmente, os programas voltados diminuio dos impactos ambientais.

4 2. A PESSOA ENTREVISTADA Engenheira de Minas e atua na RPM h oito anos, como chefe do departamento de Meio Ambiente. Tem mestrado a atualmente cursa doutorado na UFMG, na rea de Geoqumica Ambiental. 3. A EMPRESA ESTUDADA 3.1. Descrio A Rio Paracatu Minerao (RPM), uma empresa do grupo canadense Kinross, que opera desde 1987 na explorao de ouro em Paracatu. Nome: Rio Paracatu Minerao RPM Telefone: (038) 3679 1018 E-mail: [email protected] Razo Social: Rio Paracatu Minerao S/A Endereo: Estrada do Machado, s/n - Morro do Ouro Paracatu MG Tipo de Empresa: Mineradora de Ouro Recursos Naturais utilizados: Destaca a minerao de lavra e beneficiamento de minrio aurfero, tendo o OURO como produto principal e a PRATA como produto secundrio.

3.2. Localizao A Rio Paracatu Minerao S/A RPM, est localizada em Paracatu MG, com cerca de 83 mil habitantes, situada na parte noroeste do estado de Minas Gerais, a 230 Km de Braslia, como mostra na figura 1.1. A mina tem 173s de latitude e 4635w de longitude. O local da mina compreende uma mina a cu aberto, usina de beneficiamento, armazenamento de rejeitos e infra-estrutura superficial, atualmente operando com aproximadamente 20 milhes de toneladas por ano e produz seis toneladas de ouro. A remoo de estril no necessria. Perfurao e desmonte so empregadas em pequena escalas com tendncia de aumento com o endurecimento do minrio sulfetado. O minrio oxidado escarificado por tratores de esteira anterior escavao. realizado 20% de

5 desmonte de rochas com explosivos. A rea de operao da mina a cu aberto mede aproximadamente 4 Km quadrados, e est localizada em uma encosta de declive suave.

Figura 1.1 Localizao da Mina do Morro de Ouro em Paracatu Fonte: Disponvel em http://www.rioparacatumineracao.com.br/site/imagens/localizao.jpg

A Mina do Morro do Ouro a mina de ouro que opera com o menor teor de ouro do mundo, como indicado pelo plano de oramento de 2003, com um teor de 0,44 g/t de ouro. O ouro recuperado por separao gravimtrica e flotao, seguidas por um processo de lixiviao (CIL). 3.3. Histrico da Companhia 3.3.1. Desenvolvimento da Mina Highlights 1980: RTZ Minerao inicia explorao de ouro 1985: RPM estabelecida como mineradora de ouro 1986: RPM recebe sua licena de minerao 1987: Incio de produo da mina - 1 Bilho produzido (DEZ) 1992: Incio do Projeto Otimizao 1996: Fevereiro - Incio de operao da frota prpria na mina 1997: Junho - Incio do Projeto Expanso 1997: Outubro - Incio do Projeto de minerao de ouro B2 1999: Setembro Incio do Projeto 5 Moinho

6 2002: Incio dos Estudos Projeto Piloto de teste Expanso III 2005: Janeiro 100% adquirida pela Kinross Gold Corporation.

3.3.2. Regio Paracatu Histria Localizada no noroeste mineiro, Paracatu nasceu na primeira metade do sculo XVIII, sob o signo do ouro. Durante quase um sculo, o metal floresceu generosamente nos depsitos de aluvio, encontrados facilmente nos diversos crregos do municpio. A atrao exercida pela abundncia com que o ouro flua de seus veios d'gua contribuiu para o rpido crescimento do Arraial. A povoao surgiu em 1730. Em 20 de outubro de 1798, um alvar de Dona Maria I oficializou a criao da Vila de Paracatu do Prncipe. A efmera

riqueza, entretanto, logo se dissipou e o declnio produtivo do ouro provocou a decadncia econmica da vila. Em meados do sculo XX, com a construo de Braslia, a regio tomou novo impulso e Paracatu beneficiou-se da sua situao s margens da BR 040. Hoje, mais de 200 anos depois, o Municpio destaque em Minas Gerais e no Brasil pela moderna produo de ouro, gros e pecuria, utilizando tcnicas avanadas. Com cerca de 85 mil habitantes (66 mil na zona urbana), a cidade referncia da regio Noroeste de Minas Gerais e se orgulha de sua gente hospitaleira e da sua tradio cultural. Localizao: Noroeste de Minas Gerais, a 40 Km da divisa com o Estado de Gois: rea total: 8.241 Km2; Altitude (sede): 687 metros; Temperaturas mdias mximas: 30C Temperaturas mdias mnimas: 14C Temperatura mdia anual: 24,4C Populao: 85 mil habitantes; Vegetao: Tpica de Cerrado; Acesso: Rodovias BR 040 e MG 188; Distncias: Belo Horizonte: 482 Km Braslia: 230 Km Uberlndia: 330 Km

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3.3.3. Economia A vocao mineradora de Paracatu continua marcando a cidade, que conta com reservas de ouro, calcrio, zinco e chumbo. A agropecuria tambm uma importante atividade para a economia. Paracatu dispe de mais de 40 mil hectares de rea irrigada, com produo mecanizada de milho, feijo e soja, alm da fruticultura, caf e algodo. Os

agricultores e pecuaristas esto organizados em cooperativas que oferecem crdito, treinamento e assistncia tcnica, aumentando a qualidade e a competitividade dos produtos. 3.4. Planejamento Estratgico da Empresa 3.4.1. Misso Extrair e beneficiar minrios com fins produo de ouro, maximizando o valor da RPM continuamente e atendendo as premissas de desenvolvimento sustentvel.

3.4.2. Viso Ter recursos minerais transformados em reservas que garantam a permanncia da RPM produzindo ouro at o ano de 2036, a partir de:

Viabilizar o Projeto de Expanso III para 50 mtpa de minrio beneficiado, at dezembro de 2006;

Operar com custos abaixo da mdia das operaes de ouro do mundo; Aplicar as melhores tcnicas apropriadas operao da empresa com vistas melhor performance de alimentao de minrios e recuperao de ouro;

Maximizar continuamente o NPV, investindo sempre segundo o critrio de melhor retorno financeiro.

3.4.3. Valores 3.4.3.1. Recursos Humanos Capacitar e desenvolver os funcionrios, reconhecer e desenvolver o talento e promover aes para melhorar a qualidade de vida das pessoas, com foco na produtividade. 3.4.3.2. Comunidade Reconhecer a responsabilidade social da empresa promovendo o desenvolvimento scio econmico da comunidade de influncia, atuando principalmente em aes para gerao de emprego e renda.

8 3.4.3.3. Sade, Segurana e Meio ambiente Manter os sistemas atuais dentro de uma viso de gesto integrada para a maximizao de resultados, assegurando a disponibilidade de programas ativos e vigorosos e motivando a equipe para a prtica de melhorias contnuas.

3.4.3.4. Plano de Fechamento Atender Legislao Brasileira, aos princpios dos Acionistas e aos anseios da comunidade local.

3.5. Modelo de Gesto Econmico Financeira A Kinross tem sede em Toronto, Canad e dedica, exclusivamente, sua atividade a produo de ouro em cinco pases. Ela ocupa a oitava posio, entre os maiores produtores de metais do mundo. A Kinross possui 100% das aes da RPM adquiridas desde 2005, quando comprou 51% do capital acionrio da sua ex-scia Rio Tinto. Alm de participar tambm, com 50% das aes da Minerao Serra Grande, com sede em Crixs, Estado de Gois. As atividades na Amrica Latina foram iniciadas com a mina de Refugio (Chile), em 1998 e, hoje possui um quadro de quatro mil funcionrios. 3.5.1. Organograma O organograma adotado pela Rio Paracatu Minerao(RPM) do tipo funcional. Este tipo de estrutura fundamentado na tcnica da superviso funcional, em que prevalece a especializao. Este tipo de estrutura funcional deriva do sistema de maximizar a eficincia na empresa. Caracterizado por:

Valorizao da especializao; Multiplicidade de contactos entre supervisores e executores: cada empregado recebe ordens simultaneamente de mais de um supervisor;

Aplicao da diviso do trabalho s tarefas de execuo e s de superviso.

3.5.2. Vantagens da estrutura funcional A estrutura funcional apresenta como vantagens:

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Promoo da especializao e o aperfeioamento; Possibilidade de melhores salrios e maior rendimento; Maior facilidade de adaptao das capacidades e aptides funo; Promoo da cooperao e o trabalho em equipe; mais econmica a mdio e longo prazo; Torna a organizao de produo mais flexvel.

3.5.3. Desvantagens da estrutura funcional So apresentadas como desvantagens da estrutura funcional:

Difcil aplicao, requerendo maior habilidade funcional; Requer maior e mais difcil coordenao; Difcil manuteno da disciplina; Diviso de controle; Dificuldade na formao de chefes administrativos; Elevado custo. O organograma funcional da Rio Paracatu Minerao (RPM), segue anexo 1 no

final do trabalho. 3.6. Processo de Gesto 3.6.1. Planejamento: Fluxograma das rotas de operao O fluxograma abaixo apresenta as principais rotas de operao para beneficiamento do minrio na RPM. Incluem-se as unidades de britagem, de pr-concentrao, hidrometalurgia e fundio do ouro.

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Figura 1.3 Fluxograma: Principais rotas de operao de beneficiamento de minrio Fonte: Disponvel em http://www.rioparacatumineracao.com.br/site/imagens/fluxograma.jpg

3.6.2. Perfil geolgico

Figura 1.4 Perfil Geolgico Fonte: Disponvel em http://www.rioparacatumineracao.com.br/site/imagens/perfilgeologico

Veja, por exemplo, o que tpico em reconhecimento de horizontes designados (de cima abaixo) C, T, B1, B2.

C, T, e B1 juntos formam a poro oxidada do corpo mineralizado, ao passo que B2 representa a sua expresso sulfetada primria. B2 normalmente muito mais duro, sua dureza varia de acordo com a sua profundidade.

C: corresponde s rochas completamente alteradas, de cores amareladas, nenhuma presena de sulfeto, e localmente laterizada em um grau maior ou menor. Isso se estende da superfcie a at 20 metros de profundidade, localmente 30 metros.

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T: se constitui na transio do C para o B1, com cores variadas e apenas alguns metros de espessura.

B1: As rochas que formam o horizonte B1 so menos decompostas e um pouco duras, tipicamente de cor escura a preta, devido presena de material carbonoso livre, mas com sulfetos totalmente oxidados.

B2: rochas sulfetadas, mineralizadas em ouro. H vrios tipos de B2, com diferenas que tm como base um nmero de critrios: grau de deformao estrutural, teor em arsnio, textura dos sulfetos, mineralogia dos sulfetos e grau de silicificao.

3.6.3. Execuo: operao de lavra

A Mina a cu aberto compreende aproximadamente 440 hectares, estando localizada numa encosta de morro de declive sutil.

A elevao da cava a cu aberto e da rea industrial da planta varia aproximadamente de 700 a 820 metros.

3.6.4. Equipamentos

Dez caminhes (Cat 777 C/D) 85 toneladas: Produtividade 360 t/h; Quatro Carregadeiras (Cat 992 D/G): Produtividade 1.100 t/h; Cinco tratores de esteira (Cat D10 R/N): Produtividade 850 t/h; Trs Moto-niveladoras / trs retro-escavadeiras.

3.6.5. Produo

Aproximadamente 18 milhes de toneladas de minrio so movimentadas por ano, cerca de 2100 toneladas por hora;

Teor mdio em torno de 0,433 g/t; Perfurao e desmonte so empregados em pequena escala no material sulfetado, com tendncia de aumento com o endurecimento do minrio sulfetado;

O corte do minrio oxidado (B1) feito atravs da escarificao por tratores (D10 R/T) favorecendo o seu carregamento atravs de carregadeiras (992 D/G);

O desmonte por explosivo utilizado em 20% do minrio sufetado (B2) de dureza maior.

12 3.6.6. Britagem O minrio proveniente da mina alimentado na unidade de britagem. So quatro linhas idnticas de britagem e peneiramento, sendo trs em operao e uma em manuteno ou disponvel. Cada linha constituda por uma peneira primria com duplo deck (70 e 25mm), um britador de impacto, um peneiramento secundrio com duplo deck (40 e 25mm), um britador cnico secundrio em circuito aberto. Cada linha opera com cerca de 750t/h e o produto final tem granulometria de 80% passante em 12mm. O produto final transferido para os silos de moagem da planta de beneficiamento. A disponibilidade global da unidade de britagem de 86% com utilizao de 80%. 3.6.7. Moagem O circuito de moagem da planta de beneficiamento composto por uma etapa de moagem primria, secundria e uma moagem de barras. A moagem primria realizada por 4 linhas idnticas em paralelo. Cada linha composta por um moinho tubular 15 x 19 cuja potncia de 1.650kWh com enchimento de bolas de 36-38%. Os moinhos utilizam bolas de 2,5 e o consumo mensal total do circuito primrio cerca de 360 toneladas/ms. O produto da moagem primria tem granulometria cerca de 20%>200, sendo cada linha alimentada com 500-550t/h e teor de Au de 0,420g/t. O produto da moagem classificado por tamanho em hidrociclones de 20. Cada linha composta por duas bombas e 8 ciclones em cada, sendo 5 operando. A carga circulante do circuito primrio de 350-500%. A moagem secundria trabalha cerca de 22% da carga circulante total do circuito primrio, cerca de 1800t/h. A polpa reciclonada em ciclones de 20 e o underflow alimenta um moinho de 16,5x25. O produto da moagem retorna aos tanques da moagem primria onde novamente submetido classificao em hidrociclones. O consumo mensal de corpos moedores (bolas) cerca de 150ton. As bolas so de 2 e o consumo energtico de 2.600kWh. A disponibilidade global do circuito de moagem e classificao de 95,5% com utilizao de 94,5%. Por fim, a rea escessiva da moagem primria, o qual fica retido no trommel transportado por correia para a moagem por barras. O moinho de barras tem dimenso de 7,5x10 e a alimentao cerca de 80t/h.

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3.6.10. Hidrometalurgia O concentrado da jigagem e da flotao cleaner com um teor entre 20-30 g/t de ouro so enviados para a planta de hidrometalurgia. Os concentrados so primeiramente remodos em dois moinhos de bolas paralelos at atingir um granulometria de 90% passante em 325 malhas. O concentrado remodo processado em um concentrador Knelson recuperando aproximadamente 20% do ouro alimentado na planta. O concentrado do Knelson processado em uma mesa concentradora sendo calcinado e fundido posteriormente em um forno de induo. O concentrado sulfetado remodo que no foi recuperado na gravimetria espessado a 50% de slido em dois espessadores de 16m de dimetro. O concentrado espessado bombeado para a etapa de pr-aerao em um tanque de 300m3 para oxidao dos sulfetos e na seqncia alimenta por gravidade o circuito CIL (Carbon in Lixing). O circuito completo composto de sete tanques de 300m3, onde o ouro lixiviado utilizando-se cianeto de sdio e oxignio, obtendo-se uma soluo de aurocianeto de sdio.

14 O carvo ativado adicionado aos tanques de lixiviao para adsorver o ouro em soluo atravs do contato em contra corrente no circuito CIL (Carvo em lixiviao). O carvo carregado em ouro separado atravs de peneiramento, e enviado ao circuito de lavagem cida para tratamento de contaminantes. A etapa seguinte ser a eluio que refere-se ao processo de retirada do ouro do carvo. O processo de eluio consiste em percolar uma soluo de cianeto a 1% e soda custica a 4% aquecida 130C pelo leito de carvo carregado, gerando uma soluo rica em ouro que ser bombeada para o circuito de eletrodeposio onde o ouro metlico ir depositar na l de ao contida nos catodos. O carvo aps a eluio regenerado termicamente a fim de eliminar alguns contaminantes e retornado ao circuito CIL. 3.6.11. Fundio O ouro depositado nos catodos retirado periodicamente calcinado e fundido em fornos de induo, obtendo-se o bullion que um composto de ouro variando de 60 a 70% e prata variando entre 20 e 30% que enviado para refino a fim de se obter o ouro refinado para a comercializao.

Figura 1.5 Produtividade: Performance de produo Fonte: Disponvel em http://www.rioparacatumineracao.com.br/site/imagens/produtividade-grf.jpg

3.7. Controle das atividades: A gesto de recursos hdricos 3.7.1. Gerenciamento de gua na rea da mina A mina tem mineralizaes sulfetadas expostas, que resultam em gerao de drenagem cida. A drenagem pluvial que intercepta a rea da mina encaminha a oito

15 tanques, prevenindo vertimento de gua cida aos crregos que circulam a mina. Os tanques alimentam dois tanques centralizadores com estaes de bombeamento. A gua reutilizada na planta e abastecimento de caminhes pipa. A baixssima permeabilidade do filito, o procedimento de bombeamento das guas e a alta taxa de evaporao permitem baixas taxas de percolao. 3.7.2. Barragens de rejeitos uma barragem de rejeito de grande porte que recebe todo o rejeito da flotao. Tem aproximadamente 3,7 km de comprimento, 80 m de altura e uma rea total de 700 hectare. Para preveno de gerao de drenagem cida adicionado calcrio em relao estequiomtrica com a concentrao do enxofre residual no rejeito. A Barragem tambm recebe o efluente tratado da Planta AVR e no so detectadas elevadas concentraes de cianeto total na gua contida no lago de barragem. No h extravasamento de gua e o nico efluente da barragem a gua proveniente dos drenos. A qualidade dessa gua classificada como Classe II, de acordo com a Legislao do Estado de Minas Gerais. O pH mantido neutro, com tendncia a ligeiramente alcalino (pH 7). 3.7.3. Disposio do rejeito sulfetado O rejeito CIL disposto em tanques especficos, escavados na rea de permetro da mina ou barragens de selados de forma a prevenir contaminao da gua subterrnea. A gua decantada no tanque bombeada de volta a um circuito de recuperao de cianeto e precipitao de arsnio, a Planta AVR Acidificao, Volatilizao e Recuperao que recupera cerca de 60% do cianeto total presente na soluo. Os trs primeiro tanques especficos esto fechados e esto sendo desenvolvidos teste para avaliao da performance de cobertura.

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4. PROJETOS SOCIAIS DESENVOLVIDOS 4.1. Responsabilidade Social Regida por princpios inalienveis de respeito mtuo, parcerias baseadas na confiana, transparncia e comprometimento duradouro, a Kinross interage de maneira construtiva com a sociedade, apoiando o desenvolvimento humano e social. Aqui, a poltica mundial ganha contornos locais, enriquecidos pela dinmica de pessoas e entidades funcionrios, parceiros, comunidade, rgo pblicos e privados igualmente

comprometidos com a responsabilidade social. A Rio Paracatu Minerao S/A RPM, empresa do Grupo Kinross, assume o compromisso de proporcionar a seus funcionrios um ambiente de trabalho saudvel e seguro que contemple respeito, abertura e integridade individual, atravs do cumprimento da legislao trabalhista vigente no pas, das diretrizes e determinaes da Norma SA 8000 e da aplicao das recomendaes internacionais previstas na Declarao dos Direitos Humanos, nas Convenes da OIT Organizao Internacional do Trabalho e na Conveno da ONU sobre os Direitos da Criana. 4.2 Os princpios fundamentais da Poltica de Responsabilidade Social da RPM

No envolvimento ou apoio utilizao de mo-de-obra infantil. No envolvimento com ou apoio utilizao de trabalho forado. Manuteno de programa para preveno de acidentes e danos sade relacionados aos fatores de risco presentes no ambiente de trabalho.

Respeito ao direito dos funcionrios de formarem e associarem-se a sindicatos de trabalhadores de sua escolha e de negociarem coletivamente.

No discriminao de qualquer pessoa na contratao, remunerao, acesso e treinamento, promoo, encerramento de contrato ou aposentadoria, com base em raa, classe social, nacionalidade, religio, deficincia, sexo, orientao sexual, associao a sindicato ou afiliao poltica, ou idade.

No envolvimento com ou apoio utilizao de punio corporal, mental ou coero fsica e abuso verbal a qualquer funcionrio.

Cumprimento s leis aplicveis e padres da indstria sobre horrio de trabalho e remunerao adequada jornada de trabalho.

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Apoio formao do voluntariado como oportunidade para seus funcionrios exercerem plenamente sua cidadania. A Rio Paracatu Minerao S/A reafirma seu compromisso de melhorar

continuamente suas polticas em relao a seu sistema de gesto, nele integrados os programas de sade e segurana no trabalho, preservao do meio ambiente e responsabilidade social, e de obter o compromisso formal de seus fornecedores, parceiros e prestadores de servio, em atender aos requisitos dessa poltica. 4.3 Programas sociais desenvolvidos

Orientao Vocacional Encontro com as esposas Semanas Educativas Projeto Educar Sade bucal Gente de casa Colnia de frias Festas Comemorativas Clube de lazer Trabalho Voluntrio Meu Primeiro emprego De braos abertos Adolescente Aprendiz

4.4. Sade, Segurana e Meio Ambiente 4.4.1. Poltica de SSMA A Rio Paracatu Minerao - RPM, empresa do Grupo Kinross que extrai minrio aurfero no Municpio de Paracatu, Minas Gerais, considera que a excelncia na gesto das questes de sade, segurana e meio ambiente essencial para o bom desempenho da produo e a lucratividade da empresa. Por meio de prticas de gesto eficazes estabelecidas no Sistema de Gesto de Sade, Segurana e Meio Ambiente, a empresa busca assegurar sade e segurana no trabalho aos seus empregados e contratados, prevenir a poluio, promover a reabilitao de reas degradadas, minimizar qualquer outro impacto adverso que suas atividades possam

18 causar ao meio ambiente e contribuir positivamente para a melhoria da qualidade de vida da comunidade local. Para alcanar estes objetivos a Rio Paracatu Minerao:

Desenvolve suas atividades sobre uma base slida de cumprimento legislao brasileira, s polticas estabelecidas e seguindo as melhores prticas disponveis adequadas situao local;

Busca o melhoramento contnuo do desempenho ambiental, de sade e segurana, bem como da qualidade de vida de seus funcionrios, atravs do estabelecimento de objetivos, determinao e reviso de metas, avaliao e desenvolvimento de planos de ao especficos;

Utiliza os recursos naturais e insumos de produo de maneira sustentvel e racional, considera a biodiversidade local e regional em seus projetos ambientais e incentiva a prtica da reduo, reutilizao e reciclagem;

Promove uma melhor compreenso dos conceitos do Sistema de Gesto de Sade, Segurana e Meio Ambiente, atravs da informao, conscientizao e treinamento de funcionrios e comunidade. Reconhecendo que a percepo da comunidade sobre as questes ambientais tem

um importante impacto no dia-a-dia da empresa, esta Poltica ser seguida em paralelo Poltica de Relaes com a Comunidade da empresa. 4.4.2. Sistema de Gesto de SSMA Os sistemas de gesto de sade, segurana e meio ambiente da RPM foram integrados para formar o SGI Sistema de Gesto Integrada. O SGI da RPM est baseado no formato da qualidade total que estabelece quatro etapas para a gesto de forma a promover a melhoria contnua: planejamento (Plan), Aes e Procedimentos - Implementao (Do), Verificao (Check) e Reviso (Act) do Sistema. Este tambm o formato adotado pelas normas internacionais de Sistema de Sade e Segurana OHSAS 18.001, de Sistema de Gesto Ambiental ISO 14.001 e da norma SA 8000 de Responsabilidade Social.

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Figura 1.6 SIG: Formato do Sistema de Gesto Integrada Fonte: Disponvel em http://www.rioparacatumineracao.com.br/site/imagens/sgssma-big.gif

A RPM j tem seu sistema integrado (SGI) certificado nas normas ISO 14.001 (obtida em 2000), SA 8000 (obtida em 2005) e dever estar certificada na norma OHSAS 18.001 at o final do ano de 2006. A implementao do SGI pela RPM permitiu a empresa uma srie de benefcios entre eles:

Reduzir 60% do volume de documentao e registros necessrios para manuteno de sistemas de sade, segurana e meio ambiente individualizados;

Fornecer uma ferramenta de gesto unificando procedimentos operacionais com os requisitos de sade, segurana e meio ambiente,

Acompanhamento e implementao imediata das legislaes de sade, segurana e meio ambiente;

Acompanhamento dos objetivos e metas de sade, segurana e meio ambiente estabelecidos pelo grupo Kinross e pela Gerncia Geral da empresa no sistema computacional da empresa;

Acompanhamento pendncias e aes implementadas relativas a sade, segurana e meio ambiente de todas as reas operacionais da empresa, incluindo-se aquelas de inspees e auditorias internas e externas;

Comunicao contnua com os funcionrios e contratados da poltica de Sade, Segurana e Meio Ambiente bem como controle de todos os treinamentos realizados e programados anualmente para estas reas na empresa. O SGI da RPM pode ser acessado para consulta e obteno de informaes,

registros e formulrios por qualquer funcionrio da RPM ou contratada para consulta e obteno de informaes atravs dos terminais de computadores instalados em todas as reas da empresa.

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4.4.3. Sade e Segurana 4.4.3.1. Poltica de Sade e Segurana A poltica de sade e segurana da RPM reconhece que primordial adotar padres e procedimentos de sade e segurana oferecendo aos funcionrios um ambiente de trabalho organizado, saudvel e seguro. Estas medidas visam proteger os trabalhadores evitando a ocorrncia de doenas ocupacionais e acidentes. Alm disto, a poltica da RPM estabelece a responsabilidade gerencial pela gesto destes riscos bem como pela efetiva implementao de aes que promovam a melhoria contnua dos locais de trabalho e da sade dos funcionrios e contratados prestando servio na empresa. 4.4.3.2. Padres de Sade e Segurana De forma a proteger seus funcionrios e de suas contratadas de exposies aos riscos a sade e segurana dos mesmos, a RPM adota uma srie de padres na forma de procedimentos de controle que so seguidos pelas reas durante a execuo de suas atividades. Entre os procedimentos mais relevantes de sade, destacam se os monitoramentos das reas de trabalho e individual (dos funcionrios) para particulados (poeira) e slica, procedimentos de exames mdicos peridicos para funcionrios que realizam exames de acordo com a sua exposio ao agente de risco da rea. Neste contexto, destacam se os exames clnicos de Raios X e Espirometria conduzidos anualmente para os funcionrios executando tarefas em reas de risco. Alm disto, a RPM implementou um programa de sade preventiva que inclui o acompanhamento da preso arterial e do ndice de massa corporal (IMC). Orientaes dos mdicos do trabalho e nutricionista complementam o este programa que busca enfatizar ao funcionrio a importncia de realizar atividades fsicas e adotar uma alimentao balanceada para garantir uma melhor qualidade de vida. Entre os procedimentos de segurana destacam-se os procedimentos para realizao de anlise preliminar de risco trabalho em espao confinado, procedimento para trabalho em altura, procedimentos para realizao de trabalhos a quente (solda, cortes, etc), procedimento de elevao de cargas, procedimento para isolamento de energias perigosas (eltrica, hidrulica, cintica, etc), procedimento de veculos e condutores, etc. A maioria destes procedimentos de segurana complementado pela emisso de permisso para realizao de trabalhos, de forma a assegurar que existe sempre um supervisor ou lder envolvido e gerenciando a conduo segura dos servios.

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4.4.4. Iniciativas Inovadoras 4.4.4.1. Ginstica Laboral Todos os setores da empresa adotam a poltica de fazer a ginstica laboral antes de iniciar a jornada de trabalho. Esta atividade coordenada por um fisioterapeuta e aps um ano de implementao os resultados comearam a aparecer com reduo dos ndices de acidentes e problemas lombares. 4.4.4.2. Programa Atitude cinco estrelas Programa criado com objetivo de trabalhar o comportamento do funcionrio, incentivando a executar suas atividades seguindo na ntegra os procedimentos de SSMA. Aspectos relevantes do programa:

Incentiva o funcionrio a realizar anlise preliminar de risco com maior eficcia; Motiva o funcionrio a atuar com mais interesse e participao nos programas da empresa, tais como: uso de EPIs, ergonomia, organizao e limpeza, utilizao adequada de ferramentas, sugestes, treinamentos, exames peridicos, cumprimento de padres e procedimentos em geral.

Destaca os funcionrios comprometidos em SSMA; Permite identificar e atuar:o o

Em funcionrios que precisam melhorar a performance em SSMA; Em equipe com melhor desempenho em SSMA, juntamente com seu Supervisor, Chefe Departamento e Gerente.

o

Nos desvios de atitudes observadas em cada funcionrio / equipe.

A graduao o resultado do comprometimento do colaborador em SSMA. O comprometimento medido, dentre outros meios, atravs de SMATs (auditorias individuais) que so conduzidas com os funcionrios e registradas em formulrio especfico. Gerentes, Chefes, Supervisores e Lderes so graduados em estrelas de acordo com o resultado da equipe, ou seja, a graduao da maioria dos membros da equipe a graduao da chefia. Os funcionrios graduados com 5 estrelas, ficam em evidncia na empresa, participam de reportagens em jornais e TV locais, alm de se habilitarem a sorteios para viagens tcnicas.

22 4.4.4.3. Programa de Desenvolvimento da Percepo de Riscos A percepo de riscos de um funcionrio seja talvez o aspecto mais complexo e desafiante para definir o sucesso de um programa de sade e segurana. A RPM vem desenvolvendo um programa visando identificar o nvel atual de percepo de riscos de seus funcionrios e contratados, bem como desenvolver esta percepo de forma a reduzir os acidentes. Em 2005, a RPM iniciou uma parceria com uma consultoria especialista no assunto. Naquele ano foi conduzido um mapeamento de todas as reas da empresa visando identificar as percepes de risco dos funcionrios e contratados. Em 2006, a RPM pretende concluir mais uma etapa deste trabalho com novo mapeamento das reas visando identificar o progresso atingido aps medidas implementadas e conduzir treinamentos especficos para otimizar a percepo dos funcionrios. 4.5. Projetos voltados para a preservao do meio ambiente 4.5.1. Meio Ambiente: objetivos e metas Uma empresa precisa demonstrar que sua poltica ambiental est implementada na forma de objetivos e metas claramente definidos e comunicados a todas as suas partes interessadas (funcionrios, comunidade local, rgos ambientais, etc). Para tal, a RPM estabelece anualmente em seu sistema de gesto integrada de SSMA (SGI), objetivos e metas especficas bem como planos de ao que permitam assegurar a empresa o cumprimento dos mesmos. Estes objetivos e metas (apresentados na tabela a seguir) so monitorados mensalmente pelo Comit Diretor (Comit formado pelo Gerente Geral e demais Gerentes) para assegurar o progresso de sua implementao ao longo do ano. 4.5.3. Padres de Meio Ambiente iniciativas inovadoras De forma a criar diretrizes para preveno, minimizao e controle dos impactos gerados pelas atividades atuais, passadas e futuras, a RPM implementou uma srie de padres no escopo do SGI na forma de procedimentos ambientais especficos. Os principais padres ambientais estabelecidos pela RPM incluem o procedimento de gesto das guas (incluindo se a manuteno de um balano hdrico detalhando os volumes utilizados e continuamente recirculados), procedimento de controle de gerao de

23 drenagem cida de mina, procedimento de controle da gerao de resduos no minerais (inertes, no inertes e perigosos), procedimentos de controle e monitoramento da qualidade do ar e das guas, procedimento de controle e monitoramento de rudos e vibraes, procedimento de gesto do fechamento da mina, entre outros. 4.5.4. Estudos de Predio de Drenagem cida de Mina Estes estudos so desenvolvidos desde 1993 pela RPM em laboratrio de pesquisa e no campo. O processo de drenagem cida de mina ocorre quando minrios contendo sulfetos (enxofre) se oxidam na presena do ar atmosfrico produzindo sais na superfcie das rochas, os quais so lavados durante as chuvas produzindo guas com valores de acidez elevados e metais em soluo. Estas drenagens devem ser coletadas e tratadas adequadamente para no causarem impactos ambientais aos cursos de gua. Uma srie de informaes foram obtidas pela RPM destes estudos e que foram utilizadas para prevenir os impactos ambientais provenientes da exposio do minrio sulfetado na rea da mina e na barragem de rejeitos. 4.5.5. Programa de Educao Ambiental A RPM desenvolve uma srie de projetos ambientais ao longo do ano e inclusive criou um calendrio ecolgico que destaca e envolve a comunidade local em eventos especficos de conscientizao ambiental. Dentre as atividades realizadas destaca-se o curso de Educao Ambiental que neste ano de 2006 j foi ministrado para 101 funcionrios (diretos e terceiros) e 1.201 alunos das escolas locais. A cada dois anos so conduzidos treinamentos especficos (Capacitao pra Educadores Ambientais ou Workshops) para os professores e diretores da rede pblica e particular de ensino de Paracatu. A reserva do Mundu e o Centro de Educao Ambiental (CEAM), os quais se encontram localizados nas dependncias da empresa tambm so utilizadas no escopo dos trabalhos de educao ambiental atravs de caminhadas nas trilhas interpretativas, eventos de observao de aves (indito em mineraes brasileiras) bem como visitas ao viveiro de mudas da empresa para conhecimento das espcies nativas do cerrado. 4.5.6. Pesquisas de Reabilitao de reas A RPM desenvolve desde 1993, uma srie de pesquisas visando conhecer as coberturas adequadas bem como as espcies potenciais a serem utilizadas quando do fechamento e reabilitao das reas mineradas no futuro. Estes estudos envolvem uma srie

24 de especialistas nacionais e internacionais. A RPM mantm uma parceria com a UFV Universidade Federal de Viosa, de forma a desenvolver uma tecnologia adequada a cobertura e revegetao das reas lavradas. Uma srie de espcies potenciais j foram levantadas e novos ensaios de campo nas reas da mina e barragem devero ser implantados em breve para fornecer novas informaes a respeito do assunto. 4.5.7. Testes com Biodiesel Disposta a contribuir para a reduo da emisso de gases que provocam o efeito estufa, a RPM iniciou testes para utilizao de Biodiesel em sua frota de equipamentos da mina. A empresa consome cerca de nove milhes de litros de diesel anualmente e espera viabilizar o consumo de dois milhes de litros/ ano do combustvel vegetal. O biodiesel testado pela RPM produzido pela Universidade de So Paulo/ Ladetel, a partir de leo de soja, ainda em baixa escala. Para assegurar maior consumo, a RPM est incentivando a implantao de uma usina de produo local, o que acarretar benefcios adicionais comunidade, como gerao de emprego e renda na agricultura familiar do municpio. 4.5.8. Gesto das guas As principais medidas adotadas pela RPM, visando reduo do consumo especfico de gua nova e o controle de suas emisses (efluentes), incluem: Alteamento da barragem de rejeitos, evitando extravasamento e possibilitando maior captura de gua de chuva na micro bacia da barragem de rejeitos; Espessamento de 50% do rejeito da flotao e de 100% do concentrado a ser tratado na hidrometalurgia; Adoo de campanhas educativas e estabelecimentos de planos de melhoria continua da gesto dos recursos hdricos; Controle dirios dos volumes de gua bombeados das diversas fontes; Monitoramento do parmetro precipitao e outros dados metereolgicos em estao construda na RPM; Anlises peridicas de ecotoxidade da gua do lago e do dreno da barragem de rejeitos, e em um ponto jusante, no crrego receptor de seu afluente; O lago da barragem apresenta grande riqueza de biodiversidade, incluindo vrias espcies de peixe. Rotineiramente analisada a concentrao de metais nas vceras destes; Contnuo e dinmico monitoramento das guas superficiais e subterrneas sob influencia das diversas operaes da RPM.

25 4.5.9. Melhorias para Reduo de Poeira e Rudos na Planta de Britagem A RPM vem implementando desde 2004 uma srie de medidas visando melhorar a cada dia as condies de trabalho na Britagem. Considerando ser a rea com a maior concentrao de poeira. Melhorias esto sendo realizadas constantemente como: Otimizao do sistema de exausto com instalao de nova linha e reduo dos tempos de manuteno destes sistemas pela instalao de revestimentos mais resistentes nas tubulaes de suco. A instalao de um sistema de asperso de gua em pontos de gerao de poeira fugitiva e enclausuramento de fontes de gerao de poeira completam estas aes. Com estas medidas a RPM busca atingir nveis de poeira na britagem abaixo dos limites de tolerncia estabelecidos na legislao trabalhista brasileira.

O impacto que a empresa causa ao meio-ambienteEm qual segmento econmico a empresa atua? A RPM atua, h 20 anos, em Paracatu, Minas Gerais, no setor de minerao.

Qual a influncia econmica dessa empresa para a comunidade local? O Grupo Kinross participa ativamente da vida das regies onde atua. Em seu planejamento estratgico, as metas que visam contribuir para a melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento socioeconmico das comunidades so cumpridas atravs da gerao de empregos, pagamento de impostos, compra de produtos e servios locais, alm do fomento atrao de novos negcios e da promoo de parcerias nas reas de educao, sade e meio ambiente. A importncia da RPM para a economia local pode ser mensurada a partir dos impostos, empregos diretos e indiretos gerados e as parcerias com a comunidade de Paracatu, conforme quadros seguintes: Imposto Cfem VAF ISS* EstimativaQuadro 1.1 - Impostos pagos pela RPM em relao ao ano de 2006 e aps a expanso. Fonte: Fique por dentro do projeto de expanso, p. 20, 2007.

Em 2006* R$ 1.899.279,00 20% R$ 221.025

Com a expanso R$ 6.100.366,00 40% R$ 884.100

26 ISS das Empreiteiras durante as obras* R$ 450.000 2005 R4 1.519.600 2006 R$ 1.975.852 2007 R$ 792.560 2008* Estimativa Maiores valores nos anos de construo civil da ExpansoQuadro 1.2 - ISS das empreiteiras durante as obras. Fonte: Fique por dentro do projeto de expanso, p. 21, 2007.

Empregos Temporrios: Em abril/2007: 601 Expanso: 2.601 empregos at 2036

Empregos Efetivos: Em abril/2007: 564 Expanso: 691 empregos at 2036

Volume de compras em Paracatu: Hoje: R$ 17.077.090,00 Expanso: R$ 61.135.982,00 (em potencial)

Para que o municpio no sofra forte impacto socioeconmico quando a Mina Morro do Ouro for fechada, daqui a 30 anos, a RPM participa da Agncia de Desenvolvimento Sustentvel - Adesp para fomentar novas alternativas de gerao de ocupao, emprego e renda para a comunidade. Este projeto tem por objetivo melhorar as condies da economia do municpio de Paracatu, atravs do apoio pesquisa, ao treinamento e atrao de novos investimentos e negcios. Para alcanar as metas a que se props, a ADESP traou, em 2002, um programa de aes, com apoio do SEBRAE, com vistas a envolver todos os segmentos da comunidade na elaborao de um Plano Diretor de Desenvolvimento. A primeira parte do programa concretizou-se com a realizao de um Encontro de lideranas e a elaborao de um Diagnstico Municipal. Mais tarde, a ADESP promoveu um Frum e elegeu grupos de trabalho em diversos setores da economia local, com a misso de mapear oportunidades e colocar em prtica aes que se transformem em projetos de gerao de emprego, renda e transformao social. A ADESP vem consolidando diversos destes programas, apoiando iniciativas como valorizao do turismo, estudos para viabilizao de implantao do Biodiesel, Plo

27 de Costura Industrial, entre outros. A RPM ocupa um lugar de destaque na Diretoria da Instituio e apia incessantemente suas aes, atravs de seu corpo tcnico, e com contribuies financeiras. Alm da RPM, so parceiras da ADESP: CAMPO - Votorantim Metais Banco do Brasil - Fundao Conscienciarte - Prefeitura Municipal de Paracatu - ACIPA Crediparnor - Posto Cruzeiro - ADA ON Line - ESMEC Papelaria Exata - Rdio Boa Vista FM - Rdio Juriti - Caf Catu.

Qual seu impacto ambiental para a cidade? Os projetos de conservao e educao ambiental demonstram que a responsabilidade do Grupo se reveste de aes consistentes e profcuas, consolidadas em nmeros que expressam o respeito integral legislao, a busca de solues de crescimento e expanso compatveis com o desenvolvimento sustentvel. O impacto ambiental causado pela RPM no somente avaliado pela sua atividade, mas tambm pelo uso que aquela regio est tendo e pela interao, e assim, no s atender o que a legislao pede, mas muito mais. Os principais impactos causados pela RPM ao meio ambiente so o rudo e a poeira. Para minimizar isso, realizado um estudo de impacto ambiental: anlise de todas as atividades da empresa, assim como, elaborado um diagnstico do local onde sero implantados novos pontos de minerao e, a partir dele, feito o prognstico destacando os riscos potenciais desta mina, ento, implantando o plano adequado de controle ambiental. A empresa monitora, com rigor, os produtos qumicos utilizados, para minimizar impactos potencialmente poluidores com a ferramenta Programa de Controle Ambiental; no faz uso do mercrio: em seu lugar utilizado o cianeto, produto que, alm de ser rapidamente diludo pela luz solar, parcialmente recuperado 70% por processo industrial. Quanto s emisses de gases para a atmosfera, filtros e lavadores apropriados fazem com que a usina registre ndices muito abaixo dos limites legais. Segue anexo 2 um quadro demonstrativo, indicando os limites legais e conseguidos pela empresa, quanto a emisses de gases na atmosfera. Quanto qualidade do ar, equipamentos especiais de amostragem de poeira so espalhados em pontos diversos de Paracatu, avaliando, permanentemente, suas condies.

28 O monitoramento da guas superficiais e subterrneas na rea da barragem e entorno da mina, que garante o controle da qualidade das guas de crregos e lenis subterrneos da regio explorada. H um programa especfico de manejo da flora e da cobertura vegetal mantido com o propsito de garantir a conservao de ambientes naturais remanescentes nos pontos de influencia da atividade mineradora, favorecendo a reabilitao futura das reas de lavra e disposio de rejeitos. A RPM adota tambm programas de monitoramento de pssaros e mamferos, aes de educao ambiental e estudos de reabilitao de reas, objetivando minimizar os passivos ambientais e garantir um ambiente adequado s espcies nativas. A adoo de procedimentos para controle de rudos, particularmente noite (suspendendo a atividade de minerao nos locais mais prximos s comunidades nesse perodo), de maneira a assegurar que os nveis de rudos no superem os limites definidos pela legislao. Aliada a isso, a manuteno peridica das mquinas permite o funcionamento contnuo dos silenciadores e o enclausuramento dos pontos de emisso de rudos. A empresa efetua a drenagem da gua da chuva para tanques escavados na mina, com fins de reutilizao. Essa gua usada no processo de beneficiamento de minrio e abastece os caminhes-pipa que molham, continuamente, as estradas da mina para evitar a poeira.

Existe um setor que monitora os impactos que a empresa causa ao meio ambiente? Sim, toda a atividade realizada pela RPM monitorada pelo Departamento de Meio Ambiente, dirigido pela Engenheira de Minas, Juliana Esper, alm de contar com inspees dos Chefes de Departamento das reas, dos Gerentes e do Gerente Geral. So tambm realizadas auditorias da ISO 14001 a cada seis meses e, auditorias do grupo Kinross. Soma-se a isso, as fiscalizaes dos rgos ambientais oficiais como: FEAM, IGAM, IEF, Policia Ambiental, Ministrio Pblico e Secretaria de Meio Ambiente. De um lado, medidas preventivas e de controle de impactos asseguram qualidade ambiental e geram economia e uso racional dos recursos naturais. De outro, programas voltados a funcionrios e comunidades promovem atividades educativas, visando ampliar o conhecimento sobre as questes ambientais.

29 4.6. Gesto cuidadosa de todas as operaes A RPM realiza, desde 1993, pesquisas para predio e controle de drenagem cida de mina em minrios sulfetados, em laboratrio e no campo, com o fim de identificar os procedimentos necessrios ao controle dos impactos gerados pelo processo. A drenagem cida ocorre quando os minrios sulfetados (contendo enxofre) se oxidam ao serem expostos ao oxignio da atmosfera, produzindo alguns tipos de sais. Ao contato com a chuva, geram guas acidificadas, que podem transportar metais associados para as guas pluviais, caso no sejam controlados adequadamente. Um rigoroso plano de controle da drenagem arquitetado com a participao de especialistas internacionais contempla a coleta e a recirculao das guas acidificadas para a rea industrial, onde so tratadas com a adio de cal e calcrio para corrigir a acidez dos rejeitos e possibilitar o descarte seguro dos mesmos na barragem. A coleta dos sulfetos feita via flotao (processo em que h adio de reagentes especficos em tanques para recuperao do ouro dos rejeitos sulfetados) e a disposio final controlada em tanques construdos nas reas adjacentes da minerao, utilizando revestimentos como argilas e mantas selantes para evitar impactos ao solo e manter a qualidade das guas subterrneas. 4.6.1. Destinao de resduos perigosos Graxas e leo, baterias de veculos, lmpadas de mercrio, entre outros itens, so cuidadosamente gerenciados pela RPM. Alm de enviar o material a empresas especializadas na reciclagem e destinao final, verifica, por meio de auditorias realizadas junto aos destinadores, se h tratamento e disposio em conformidade com a legislao vigente e sem risco ao meio ambiente. Em alguns casos, a RPM prepara esses resduos em suas instalaes, de forma a assegurar a reciclagem e a destinao final adequada. 4.6.2. Biodiesel em teste Como parte de sua poltica de contribuio para a reduo da emisso de gases que provocam o efeito estufa, a RPM iniciou testes para utilizao do biodiesel em sua frota de caminhes. A empresa consome cerca de nove milhes de litros de diesel anualmente e espera viabilizar o consumo de dois milhes de litros/ano do combustvel vegetal. O biodiesel testado pela RPM produzido pela Universidade de So Paulo/Ladetel, a partir de leo de soja, ainda em baixa escala. Para assegurar maior consumo, a RPM est incentivando a implantao de uma usina de produo local, o que acarretar benefcios adicionais comunidade, como gerao de emprego e renda na agricultura familiar do municpio.

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Caso haja impactos resultantes da atividade dessa empresa, esses so informados comunidade afetada? Sim, a empresa RPM/Kinross atua de maneira efetiva junto comunidade, colocando-se frente de projetos abrangentes que, alm de educar, abrem espao para estudos e pesquisas essenciais para a preservao da biodiversidade.

A empresa estudada mantm estrutura de educao ambiental para colaboradores, mercado consumidor e comunidade em geral? Sim, o Programa de Educao Ambiental, voltado a funcionrios, familiares e comunidade, produziu importantes resultados. Em trs anos, mais de cinco mil crianas participaram de palestras e oficinas no Centro de Educao Ambiental da empresa, localizado na Reserva Ecolgica do Mundu, mantida pela RPM. Cursos de profissionais de ensino fortalecem os propsitos de contribuir para ampliar a percepo sobre as questes ambientais e a necessidade de consolidar um modelo de desenvolvimento baseado na sustentabilidade. Para estimular o respeito ao meio ambiente, a RPM criou um calendrio ecolgico, destacando as datas de interesse ambiental, como um roteiro para promoo de gincanas, oficinas, palestras, distribuio de material educativo e outras atividades, em parceria com a prefeitura, escolas e organizaes no-governamentais.

Qual a perspectiva mais provvel de futuro para essa empresa? A Rio Paracatu Minerao (RPM), empresa do grupo Kinross, vai expandir sua produo de 5 para 15 toneladas de ouro na Mina Morro do Ouro. O projeto, que conta com investimento de US$ 470 milhes e contempla a ampliao da mina, uma nova estrutura de beneficiamento e de hidrometalurgia e a ampliao da planta industrial j existente, ser essencial para aumentar o tempo de vida til da mina por mais 30 anos e, assim, garantir continuidade das operaes da RPM no municpio. Alem disso, a Rio Paracatu Minerao (RPM) realiza investimentos com foco na qualidade de vida das geraes futuras. Nesse contexto, a empresa j possui e atualiza, a cada quatro anos, o plano de fechamento, que abrange toda a rea de influncia, o que inclui a mina e a barragem. O plano tem por objetivo eliminar ou reduzir os impactos negativos residuais do empreendimento no meio ambiente e na comunidade depois de encerradas as atividades

31 produtivas. Por isso, a RPM monitora suas atividades realizadas. A medida atende tanto aos requisitos legais vigentes quanto aos critrios do Grupo Kinross. O plano de fechamento, aprovado pelos rgos ambientais, um instrumento para o gerenciamento da empresa, de modo a prepar-la para o momento do encerramento das operaes. O plano prev desde os custos do fechamento, at as atividades de reabilitao que podero demandar recursos ou tecnologias especficas, de modo a assegurar que o meio ambiente e, principalmente, as comunidades do entorno no sejam afetadas pela interrupo das atividades da RPM. A reabilitao ambiental ser feita com base em pesquisas e testes desenvolvidos desde 1994, em parceria com a Universidade Federal de Viosa, alm do apoio de centros de pesquisa como o Embrapa e Cetem, de empresas de consultoria e, ainda, de trabalhos internos desenvolvidos pela equipe de Meio Ambiente. O plano de fechamento comear a ser implantado cinco anos antes do encerramento e ser concludo cinco anos aps o fim das atividades.

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5. CONSIDERAES FINAIS

Para a Rio Paracatu Minerao (RPM), praticar o desenvolvimento sustentvel a nica forma de garantir que as geraes futuras sintam orgulho do legado recebido: um mundo que soube harmonizar desenvolvimento econmico, respeito ao meio ambiente e responsabilidade social. Aps pesquisas tericas e emprica realizadas, conclui-se que a RPM adota princpios econmicos, ambientais e sociais inteiramente ligados a oferecer um ambiente de trabalho seguro e saudvel para funcionrios e contratados, alm de se empenhar em realizar uma contribuio positiva para o desenvolvimento sustentvel. Seus projetos de melhoria ambiental corroboram com o empenho da RPM em manter-se frente da legislao em benefcio da sociedade. O objetivo da empresa no somente atender ao que a legislao estabelece, como melhoria contnua e transparncia, mas superar as expectativas de todos atravs de sua poltica de educao ambiental voltada a funcionrios e comunidade. Hoje, a Rio Paracatu Minerao (RPM) conta com o terceiro certificado da ISO 14001, fato que mostra honestidade e compromisso nos servios prestados populao de Paracatu e regio, ao longo dos vinte anos de sua atuao. Com o objetivo de acompanhar as mudanas globais, a RPM pretende se expandir pela terceira vez e, dar garantia e continuidade s operaes da empresa. E como em qualquer atividade econmica, o projeto de expanso acarreta impactos ambientais que, a exemplo do corrido anteriormente, sero minimizados pelo investimento em equipamentos de controle ambiental. A Rio Paracatu Minerao (RPM) opera numa base slida e em harmonia com o meio ambiente e, ainda, com perspectivas de futuro. De acordo com estimativas, a explorao, a cu aberto, da Mina Morro do Ouro atuar at 2036 e, desde agora, a empresa conta com um plano de fechamento, monitoramento do trabalho realizado e reabilitao da rea ocupada. Seus profissionais empenham-se em acentuar o desenvolvimento econmico atravs de uma operao eficiente, continuamente melhorando e desenvolvendo novos projetos, minimizando impactos ambientais advindos e contribuindo para o

desenvolvimento social e econmico de Paracatu e regio. Portanto, sabe-se que todas as atividades humanas desde as mais simples at as mais complexas, causam um certo grau de impacto ao meio ambiente. Toda ao causa uma

33 reao e a maneira como a natureza responder aos impactos recebidos s poder ser avaliado a longo prazo. Apesar de cientes da responsabilidade da RPM em relao ao desenvolvimento sustentvel e compromisso com a reabilitao da rea aps fechamento das atividades mineradoras, surgem dvidas quanto reabilitao ambiental. Em se tratando de natureza, ser que a mesma aceitaria a revegetao da rea da mina e das barragens de rejeito? Por mais estudos e pesquisas que se tenha a esse respeito, essa e outras questes no podero ser respondidas com exatido pelo homem, uma vez que a natureza pode transformar-se. No entanto, a Rio Paracatu Minerao (RPM) possui uma poltica de proteo e preservao ao meio ambiente muito sria. Seus gestores se preocupam com cada detalhe em todas as etapas de sua atividade, mas isso no quer dizer que no agridam o meio ambiente. Sua principal funo a minerao est entre as atividades que mais causam impacto ao meio ambiente e a RPM com sua mina a cu aberto, causam, alm do impacto ao relevo, gua, solo, ar e etc, forte impacto visual.

34 6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

CURY, Antonio. Organizao e mtodos: uma viso holstica. p.228, 230, 231 7. ed. rev. E ampl. So Paulo : Atlas, 2000.

ESPER, J.A.M.M.; Amaral, R.D.; Tondo, L.A; Vinueza, G. Investigao hidrogeolgica e hidrogeoquimica na mina Morro do Ouro.

ESPER, J.A.M.M.; Amaral, R.D.; Tondo, L.A; Gontijo, P.F.; Gomes, M.P.G.D. gua na minerao, beneficiamento e hidrometalurgia do ouro: os desafios e conquistas na gesto de recursos hdricos no complexo industrial da mina do morro do ouro, Paracatu, Minas Gerais. RIO PARACATU MINERAAO S/A, Sistema de Gesto Integrada SGI, 2004.

RIO PARACATU MINERAAO S/A, Manual do Sistema de Gesto Ambiental. 22, reviso 14/03/2003.

RIO PARACATU MINERAAO S/A, Relatrio de desenvolvimento sustentvel. 2005.

RIO PARACATU MINERAAO S/A, O valor de uma conquista: desenvolvimento sustentvel e responsabilidade social. 2006.

RIO PARACATU MINERAAO S/A, Fique por dentro do Projeto Expanso. 2006.

35 7. ANEXOS Glossrio

BRITAGEM - Fragmentao mecnica de uma rocha, industrialmente realizada em britadores, com o objetivo de reduzir as dimenses at tamanhos no inferiores a 1 cm. (abaixo deste tamanho denomina-se moagem).

MOAGEM - Fragmentao fina, industrialmente realizada em moinhos, reduzindo a rocha a fragmentos inferiores a 1 cm.

FLOTAO - Processo de separao de partculas minerais que explora diferenas nas caractersticas de superfcie entre as vrias espcies existentes. A seletividade do processo de flotao baseado no fato da superfcie das espcies minerais poder apresentar diferentes graus de hidrofobicidade.

LIXIVIAO - (1) Geologia Forma de meteorizao e intemperismo que ocasiona a remoo de material solvel por gua percolante. (2) Deslocamento ou arraste, por meio lquido, de certas substncias contidas nos resduos slidos urbanos (ABNT).

DESSORO - Transferncia de tomos, molculas ou agregados de um slido para a fase gasosa

FUNDIO - Conjunto de atividades requeridas para dar forma aos materiais por meio da sua fuso, conseqente liquefao e seu escoamento ou vazamento para moldes adequados e posterior solidificao

GRAVIMETRIA - Mtodo de prospeco geofsica cuja finalidade investigar estruturas geolgicas atravs do conhecimento das variaes do campo gravitacional da Terra produzidas por irregularidades na distribuio de massa nas partes superiores da crosta terrestre.

GRANULOMETRIA - Medio das dimenses dos componentes clsticos de um sedimento ou de um solo. Por extenso, composio de um sedimento quanto ao tamanho dos seus gros. As medidas se expressam estatisticamente por meio de curvas de freqncia,

36 histogra-mas e curvas cumulativas. O estudo estatstico da distribuio baseia-se numa escala granulomtrica. (Sins: anlise granulomtrica, anlise mecnica).

HIDROMETALURGIA - Consiste no tratamento de minrios, concentrados e outros materiais contendo metais, tais como resduos, ligas metlicas etc., por 43 processos especficos de lixiviao (meio lquido), proporcionando a conseqente recuperao desses metais, quer por processo de extrao por solvente seguido de eletrorecuperao, quer por processos de precipitao seletiva dos respectivos hidrxidos metlicos.

HIDROCICLONE - Aparelho que utiliza a fora centrfuga para a separao de um minrio, em forma de polpa, em dois produtos de granulometrias distintas. Apresenta um corpo cnico e outro cilndrico, um orifcio para a entrada da polpa (inlet), um orifcio inferior de descarga (apex) e outro orifcio superior tambm para descarga (vortex finder).

UNDERFLOW - A classificao consiste em separar uma populao de partculas em duas outras, a com proporo significativamente maior de partculas grosseiras denominada de underflow, a com proporo significativamente maior de partculas finas denominada overflow.

TROMMEL - Peneira rotativa na descarga do moinho

JIGAGEM (JIGUES) - Mtodo gravtico de concentrao com contnuas variaes hidrodinmicas. Nesse processo a separao de minerais de densidades diferentes realizada em um leito dilatado por uma corrente pulsante de gua, produzindo a estratificao dos minerais.

COLETORES DITIOFOSFATOS - Um dos coletores mais comumente empregados na flotao de ouro associado a sulfetos, coletando de forma no seletiva tanto o ouro quanto os sulfetos.

CONCENTRADOR KNELSON - Concentrador centrfugo que se baseia no princpio de aumentar o efeito gravitacional visando uma maior eficincia na recuperao de partculas

37 finas. de origem canadense e surgiu substituindo equipamentos rudimentares como as calhas.

ELUIO - Processo de retirada do ouro do carvo

ESPESSADORES - Unidade de separao por espessamento e precipitao da fase slida dos rejeitos. Consequentemente funciona na recuperao de uma parcela da gua que utilizada no processo. OVERSIZE - Material que fica retido no sistema peneiramento pela peneira de maior malha, devendo ser enviado para um sistema de britagem e reduo do tamanho das partculas. SCAVENGER E CLEANER - Clulas de flotao para recuperao do ouro.