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PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DE VALENÇA-BA DIAGNÓSTICO HABITACIONAL

Diagnostico Hab. Valença - Leitura Digital

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Diagnóstico de Habitação da Cidade de Valença, Bahia.

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PLANO LOCAL DE

HABITAÇÃO DE INTERESSE

SOCIAL DE VALENÇA-BA DIAGNÓSTICO HABITACIONAL

Page 2: Diagnostico Hab. Valença - Leitura Digital

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 5

2. CONTEXTO INSTITUCIONAL .............................................................................. 7

3. ASPECTOS GERAIS SOBRE VALENÇA ........................................................... 14

4. INSERÇÃO REGIONAL E CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO .................. 17

4.1 Aspectos Físicos .................................................................................................... 18

4.2 Aspectos Socioeconômicos ...................................................................................... 19

4.3 População ................................................................................................................. 24

4.4 Educação ................................................................................................................... 28

4.5 Saúde ........................................................................................................................ 35

4.6 Cultura ...................................................................................................................... 37

4.7 Segurança............................................................................................................. 38

4.8 Infraestrutura Física ............................................................................................. 39

5. ATORES SOCIAIS E SUAS CAPACIDADES ..................................................... 51

6. Condições institucionais e administrativas ............................................................. 55

7. MARCOS LEGAIS E REGULATÓRIOS .............................................................. 57

8. Oferta Habitacional ................................................................................................. 65

8.1 Uso e Ocupação do Solo ........................................................................................... 66

9. NECESSIDADES HABITACIONAIS ...................................................................... 70

10. PRECARIEDADE HABITACIONAL..................................................................... 74

10.1 Características das Habitações................................................................................ 75

11. DÉFICIT HABITACIONAL QUANTITATIVO E QUALITATIVO ..................... 76

12. METODOLOGIA ..................................................................................................... 77

13. ANÁLISES DE DADOS .......................................................................................... 78

Page 3: Diagnostico Hab. Valença - Leitura Digital

13.1 Domicílios Particulares Permanentes ..................................................................... 79

13.2. Déficit Habitacional Básico ................................................................................... 82

13.3. Análise dos componentes do Déficit Habitacional ................................................ 83

13.4. Déficit Habitacional em Valença - Estudo Aprofundado ...................................... 96

13.5. Análise geral domiciliar......................................................................................... 97

13.5.1. Natureza do imóvel ............................................................................................. 97

13.5.2. Déficit Habitacional ............................................................................................ 97

13.5.3. Inadequação Habitacional................................................................................. 100

14. DEMANDA FUTURA ........................................................................................... 103

15. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 103

ANEXOS ...................................................................................................................... 106

FOTOS DA ZONA URBANA DE VALENÇA .......................................................... 134

FOTOS DA ZONA RURAL DE VALENÇA .............................................................. 142

ANEXO 01 – Formulário de Pesquisa de Campo

ANEXO 02 – Mapas Projeto Sede e Guaibim

ANEXO 03 – Lei Orgânica Municipal

ANEXO 04 – Plano Diretor Municipal

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SUMÁRIO DE TABELAS Tabela 01 - Pecuária 2013...............................................................................................20

Tabela 02 - Produção Agrícola Municipal – Lavoura Permanente 2013........................21

Tabela 03 - Produção Agrícola Municipal - Lavoura Temporária 2013 ........................22

Tabela 04 - P. Agrícola Municipal - Cereais, Leguminosas e Oleaginosas 2007...........23

Tabela 05 - IDEB 4ª série/5° ano – Rede Pública...........................................................31

Tabela 06 - IDEB 8ª série/9° ano – Rede Pública...........................................................32

Tabela 07 - IDEB 4ª série/5° ano - Rede Estadual..........................................................32

Tabela 08 - IDEB 8ª série/9° ano- Rede Rede Estadua..................................................32

Tabela 09 - IDEB 4ª série/5°ano - Rede Municipal.........................................................32

Tabela 10 - IDEB 8ª série/9° ano – Rede Municipal.......................................................33

Tabela 11- Consumo de Energia Elétrica por Classe nos Municípios............................41

Tabela 12 - Informações Relevantes...............................................................................51

Tabela 13: Domicílios Particulares Permanentes – Ano 2010........................................75

Tabela 14 - Domicílios Particulares Permanentes e Domicílios Vagos 2010.................79

Tabela 15 - Domicílios Vagos.........................................................................................80

Tabela 16 - Domicílios Particulares Permanentes Valença BA entre 2000 e 2010........81

Tabela 17 - Estimativas do Déficit Habitacional Básico Em Valença 2010...................82

Tabela 18 - Estimativas do C. do Déficit Habitacional Básico Em Valença 2010..........83

Tabela 19 - Domicílios Rústicos.....................................................................................85

Tabela 20 - Domicílios Precários....................................................................................87

Tabela 21- Coabitação Familiar e Domicílios Precários Urbanos, por Faixas de Renda

Em Valença – 2010..........................................................................................................89

Tabela 22 - Coabitação Familiar.....................................................................................89

Tabela 23 - Famílias Conviventes Urbanas, por Faixas de Renda – 2010......................90

Tabela 24 - Domicílios urbanos alugados, por famílias por faixa de renda –

2015.................................................................................................................................90

Tabela 25 - Inadequação dos Domicílios Urbanos Em Valença – 2010.........................91

Tabela 26 - Componentes do Déficit Habitacional.........................................................98

Page 5: Diagnostico Hab. Valença - Leitura Digital

SUMÁRIO DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Produto Interno Bruto dos Municípios.......................................................24

Gráfico 02 – Evolução Populacional...............................................................................25

Gráfico 03 – Distribuição da População Urbana e Taxa de Urbanização.......................26

Gráfico 04 - Comunidades...............................................................................................26

Gráfico 05 – Fluxo Escolar por Faixa Etária...................................................................28

Gráfico 06 – Números de Escolas por Nível...................................................................29

Gráfico 07 – Docentes por Nível.....................................................................................30

Gráfico 08 – Matrículas por Nível...................................................................................30

Gráfico 09 – Fluxo Escolar por Faixa Etária...................................................................31

Gráficos 10 – Estabelecimentos de Saúde.......................................................................37

Gráfico 11– Domicílios Particulares Permanentes..........................................................80

Gráfico 12 – Estimativas do Déficit Habitacional Básico 2010.....................................82

Gráfico 13 – Domicílios Rústicos...................................................................................86

Gráfico 14 – Domicílios Precários..................................................................................88

Gráfico 15 – Famílias Conviventes.................................................................................89

Gráfico 16 - Inadequação dos Domicílios 2010.............................................................92

Gráfico 17 - Inadequação dos Domicílios Urbanos conforme renda familiar 2010......93

Gráfico 18 – Critérios de Carência e Infraestrutura Urbana............................................95

Gráfico 19 – Condição Habitacional de Valença............................................................97

Gráfico 20 - Déficit Habitacional/Populacional em Valença..........................................99

Gráfico 21 - Componentes Urbanos de Valença.............................................................99

Gráfico 22 - Componentes Rurais de Valença..............................................................100

Gráfico 23 – Inadequação Urbana.................................................................................101

Page 6: Diagnostico Hab. Valença - Leitura Digital

Gráfico 24 – Inadequação Rural....................................................................................102

Conforme o DECRETO Nº 1.876/2015 dispõe sobre a nomeação dos membros que

construirão a Equipe Técnica e a de Apoio, para Elaboração do Plano Municipal de Habitação

de Interesse Social do município de Valença – BA e dá outras providências.

Equipe Técnica:

Poder Público Municipal:

Representantes da Secretaria de Planejamento:

Srº. José Alexandre Aquino de Sousa (Coordenação)

Srª. Leyva Naiara Souza Almeida (Vice-coordenação)

Srª. Maria Laura Santana Monteiro

Srª. Dijamara Teixeira Sousa dos Passos

Srº. Uellington Dias Cedraz

Srª. Andréia Gomes de Sousa

Representantes da Secretaria de Promoção Social:

Srª. Silvana Tavares dos Santos Lacerda

Srª. Marilene Simões da Silva Oliveira

Representantes da Secretaria de Saúde:

Srº.Jorge Araújo Sousa

Srª. Daisy Silva da Hora

Representantes da Secretaria de Infraestrutura:

Srº. Domingos Ribeiro de Assis

Srº. Antônio Carlos Souza

Srª.Thaís Azevedo Pereira

Representantes da Secretaria de Turismo:

Page 7: Diagnostico Hab. Valença - Leitura Digital

Srº. Genildo de Souza dos Santos

Srº. Lauro de Jesus Sacramento

Representante da Secretaria de Cultura:

Srª. Marildes Neves Nascimento

Representantes da Secretaria de Agricultura:

Srº. Ailton Silva dos Santos

Srª. Silvana Menezes Crispim

Representantes da Câmara de Vereadores:

Srº. Reginaldo de Araújo Silva

Srº. Tácio Lima da Silva

Representante da Procuradoria Jurídica Municipal:

Srª. Isis Maria Menezes dos Santos

Representantes do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Valença:

Srª. Edieli Barreto Tavares

Srº. José Luis Sousa do Santos

Representantes da Secretaria de Meio Ambiente:

Srª. Viviane Santos Oliveira

Srª. Claudia Santos da Silva

Representantes da Secretaria da Juventude:

Srº. Wellingthon Luis Anunpciação

Srº. Antonio José Daniel

Técnicos da Consultoria contratada:

Srº. Osvaldo Evangelista Filho – Arquiteto e Urbanista (Coordenador 1)

Srª. Sandra Mara Damásio - Assistente Social (Coordenador 2)

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Srª. Simone Ribeiro de Souza - Assistente Social

Srº. Emanuel Caio Farias Pereira - Engenheiro Ambiental

Srº. Jonas de Santana Santos – Estagiário de Serviço Social

Srº. Naítalo Do Carmo Lima – Estagiário de Ciências Sociais

Srº. Erasmo de Oliveira Carvalho Neto – Estagiário de Engenharia Ambiental

Equipe Técnica de Apoio:

Representante da Central Das Associações Da Agricultura Familiar De Valença E

Região Baixo Sul da Bahia

Srª. Vera Lucia dos Santos Peixoto

Representante da Associação de Transportes Marítimos de Valença – ASTRAM

Srº. Rosnildo Batista Silva

Representante da Associação de M. Vila Operária

Srº. José Júnior Marques da Silva

Representante da Federação Municipal das Associações de Moradores de Valença -

FEMAMVA

Srª. Luciane Machado Viana

Representante da Associação dos Agentes Comunitários de Saúde do Município

de Valença - AGESV

Srº. Josenaldo Rosário da Silva

Representante do Movimento UNEGRO de Valença

Srª. Kátia Costa

Representante da Associação de Moradores, Pescadores e Marisqueiras do Mangue Seco

- ASMOPEMA

Srª. Maria da Penha de Oliveira Soares

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Representante da Associação dos Agentes na Vigilância Epidemiológica de Valença -

AVIVA

Srº. Cristiano Rogério Santos de Aquino

Representante da Associação dos Comerciantes - ASCOBIM

Srº. Honorato Bispo dos Santos

Representante do Programa de Aquisição de Alimentos - PPA

Srª. Cosmira Evangelista dos Santos

Representante da Associação dos Moradores do Novo Horizonte - AMBNH

Srº. José Soares dos Santos

Representante da Federação das Ass. De agricultores de Jiquiriça – FAAJ

Srº. Dilson Neves de Jesus

Representante do Conselho Tutelar

Srª. Armanda Ramos

Representante da Associação de Maricoabo

Srª. Iraildes da Silva Magalhães

Representante da Associação da Igreja Evangélica Casa dos Milagres – Clemensual

Srª. Ana Isis Gomes dos Santos

Representante do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - CODEMA

Srº. Jorge Luiz dos Reis

Representante da Associação Comunitária de Santa Luzia

Srª. Ana Rita dos Santos

Representante da Cooperativa de Agentes Ecológico e Catadores de Materiais

Recicláveis do Baixo Sul – COOPERBASUL

Srº. Roque Campelo Galvão de Queiroz

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Representante da Associação Religiosa e Cultural Terreiro Caxuté Tempo Márvila

Senzala do Dendê ACULTEMA – (Utilidade Pública Municipal Nº 2.257/12)

Srº. Heráclito dos Santos Barbosa

Representante do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA

Srª. Márcia Alves Soares

Representante do GAPE

Srº. José Dalvo Paixão

Representante do Construir Cooperativa de Trabalhadores da Construção Civil do

Baixo Sul

Srº. Chistophe Houel

Representante da Casa de Apoio Voluntário Vado Água Mineral para os Moradores da

Zona Rural de Valença que se locomovem para consultas médicas em Salvador

Srº. Evanildo Silva Sousa

Art. 2º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições

em contrário.

GABINETE DA PREFEITA MUNICIPAL DE VALENÇA, em 30 de janeiro de 2015.

JUCÉLIA SOUSA DO NASCIMENTO

PREFEITO MUNICIPAL

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1. APRESENTAÇÃO

No diagnóstico do Setor Habitacional Municipal de Valença/BA os trabalhos se

desenvolveram através da coleta e sistematização de dados, elaboração de texto, bem como

compilação dos estudos existentes acerca da produção habitacional.

Estabeleceu-se como conceito de déficit habitacional o definido pela Fundação João Pinheiro,

tendo em vista sua notoriedade, além da oportuna distinção entre déficit básico (carência de

novas unidades habitacionais) e o déficit por inadequação (carência de infraestrutura).

Para a coleta de dados foram utilizadas as bases de dados oficiais existentes (do Sistema de

Informação da Atenção Básica – SIAB, do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional –

SISVAN, do Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo, Cadastro Municipal da

População com demanda habitacional, com o aproveitamento de dados do perfil

socioeconômico do Plano Diretor Participativo, e a aplicação de questionário nos domicílios

pelos técnicos da Consulplan. Este cadastro municipal foi um instrumento que permitiu uma

melhor qualificação e ajuste nas informações censitárias oficiais.

Ações:

1. Para a elaboração do Diagnóstico foram realizados levantamentos de dados e informações

técnicas sobre:

a) inserção regional e caracterização municipal: área, população urbana e rural, inserção

micro e macro regional, relação com os municípios vizinhos (especialmente no que tange à

questão fundiária), ocupações de terras públicas e loteamentos sem autorização do poder

público, construção de conjuntos habitacionais distantes, principais atividades econômicas e

outras informações;

b) atores sociais e suas capacidades: levantamento de informações sobre as formas de

organização dos diversos grupos sociais que atuam no setor habitacional e a verificação da

sua capacidade de atuação;

c) necessidades habitacionais: caracterizar o contingente populacional que demanda

investimentos habitacionais, considerando composição familiar, gênero, idade, nível de

instrução, composição do domicílio, renda familiar e renda domiciliar, ocupação principal e

secundária dos membros maiores de idade, grau de segurança das relações de trabalho e

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outras. Quantificar e qualificar o déficit habitacional municipal (déficit por incremento ou

reposição, pela inadequação habitacional e pela demanda futura). Caracterizar os

assentamentos precários existentes (favelas e afins) sua localização, ausência de saneamento

básico ou infraestrutura;

d) oferta habitacional: identificar a oferta e disponibilidade do solo urbanizado,

principalmente para a população de baixa renda e especialmente no que se refere às Zonas

Especiais de Interesse Social – ZEIS; identificar as diferentes modalidades de construção ou

reforma que contribuem para aumentar a oferta de habitações de interesse social; identificar a

produção de moradias realizada pela própria população; identificar a disponibilidade de terras

e infraestrutura para produção de novas unidades habitacionais de uma forma geral.

e) marcos regulatórios e legais: identificar os marcos regulatórios institucionais e legais

existentes em qualquer esfera de governo, relativos à questão habitacional, relatando a sua

eficácia e apontando as adequações necessárias à realidade existente. Apontar ainda a

necessidade de elaboração de novas legislações na perspectiva do direito à cidade e da

garantia do acesso à moradia digna especialmente para a população de baixa renda;

f) condições institucionais e administrativas: capacidade de aplicação de recursos próprios

para melhorias das condições habitacionais, identificação de recursos humanos tecnicamente

qualificados e equipamentos para realização de serviços habitacionais de infraestrutura

urbana;

g) programas e ações: identificar os programas habitacionais financiados ou executados

diretamente pelas administrações locais, pelos demais entes federativos ou por agências

bilaterais (benefícios já realizados e a previsão de atendimento);

h) recursos para financiamento: identificar as fontes de recursos existentes e potenciais para

financiamento do setor habitacional, os agentes envolvidos e as responsabilidades de cada um.

2. Com os dados e informações em mãos, a equipe técnica municipal fez a sistematização das

informações levantadas e a compilação de dados, utilizando tabelas, planilhas, gráficos e

mapas apropriados para facilitar a visualização e o entendimento.

3. Elaborar o Diagnóstico prévio.

4. Discutir e aprovar o Diagnostico prévio com o Conselho Municipal.

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5. Realizar Audiência Pública de apresentação e validação do Diagnóstico com a

Comunidade.

6. Realizar reunião com a equipe municipal para revisar o Diagnóstico após discussão com a

Comunidade.

7. Discutir e aprovar o Diagnóstico revisado com o Conselho Municipal.

8. Redigir o produto final do Diagnóstico e o relatório contendo memória e material

comprobatório da participação popular, com lista de presença e fotos das reuniões e eventos.

2. CONTEXTO INSTITUCIONAL

A elaboração do Plano Municipal de Habitação de Interesse Social de Valença insere-se num

contexto nacional de rearranjo institucional da política habitacional e do desenvolvimento

urbano integrado. A partir de 2003, com a criação do Ministério das Cidades e do Conselho

das Cidades – CONCIDADES, inicia-se um processo intensamente participativo, através da

realização das Conferencias municipais, estadual e nacional, e de definição da Política

Nacional de Habitação - PNH, aprovada em 2004 pelo Conselho das Cidades. O Sistema

Nacional de Habitação, principal instrumento da PNH, inclui a criação de dois subsistemas: o

de Habitação de Interesse Social e o de Habitação de Mercado. Definidos por estratégias

diferenciadas, os subsistemas influenciaram o mercado privado a responder por parte da

demanda com alcance da oferta enquanto a promoção pública concentra-se no atendimento à

demanda por habitação das camadas de menor renda, especialmente na faixa de 0 (sem

rendimentos) a 5 salários mínimos, que necessitam de investimentos subsidiados. Em 2005 foi

aprovado pelo Congresso Nacional o projeto de lei de iniciativa popular para a criação do

Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS e do Fundo Nacional de

Habitação de Interesse Social - FNHIS, Lei n.° 11.124/2005.

O SNHIS é integrado pelos seguintes órgãos e entidades: Ministério das Cidades; Conselho

Gestor do FNHIS; Caixa Econômica Federal – CEF (agente operador do FNHIS); Conselho

das Cidades; conselho com atribuições específicas relativas às questões urbanas e

habitacionais, órgãos e as instituições integrantes da administração pública, direta ou indireta

das diferentes esferas de governo, e instituições regionais, que desempenhem funções

complementares ou afins com a habitação; fundações, sociedades, sindicatos, associações

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comunitárias, cooperativas habitacionais e quaisquer outras entidades privadas que

desempenhem atividades na área habitacional complementares (na condição de agentes

promotores das ações); e agentes financeiros autorizados pelo Conselho Monetário Nacional a

atuar no Sistema Financeiro da Habitação – SFH.

O Ministério das Cidades, órgão gestor do SNHIS, iniciou o processo de implantação e

estruturação do Sistema, apoiando os estados e municípios a aderirem ao Sistema e, em 2007,

a Secretaria Nacional de Habitação criou uma linha de apoio financeiro para a elaboração dos

planos de habitação de interesse social.

Valença aderiu ao SNHIS ainda em 2007, possuindo previamente o Plano Diretor

Participativo. A elaboração deste Plano Local de Habitação e Interesse Social atende à

definição do Sistema desde a aprovação da Política Nacional de Habitação, criação do SNHIS

e do FNHIS, e ampliou-se a diversidade de recursos a serem acessados por agentes públicos e

privados, estaduais e municipais.

O SNHIS centraliza todos os programas e projetos destinados à habitação de interesse social,

bem como, todos os agentes relacionados às questões urbanas e habitacionais. O Plano

Municipal de Habitação — que propõe programas metas, prazos e recursos até 2035 — foi

realizado através de um processo participativo, considerando o diagnostico atual da questão

habitacional e das ações que a Prefeitura vem desenvolvendo na área de habitação.

Os recursos do FNHIS destinam-se a investimentos em provisão de unidades habitacionais -

aquisição, construção, conclusão e melhorias; produção de lotes urbanizados para fins

habitacionais; urbanização, produção de equipamentos comunitários, regularização fundiária e

urbanística de áreas de interesse social; implantação de saneamento básico, infraestrutura e

equipamentos urbanos complementares aos programas de habitação de interesse social;

aquisição de materiais para construção, ampliação e reforma de moradias; recuperação ou

produção de imóveis em áreas com habitações rústicas periféricas, para fins habitacionais de

interesse social; e outros programas e intervenções na forma aprovada pelo Conselho Gestor

do FNHIS. Será, também, admitida a aquisição de terrenos vinculada à implantação de

projetos habitacionais.

O Programa de Aceleração do Crescimento - PAC foi apresentado como a estratégia de

desenvolvimento em diferentes áreas de 2007 a 2020, entre elas, saneamento e habitação.

Apesar de não estar diretamente vinculado ao SNHIS e financiado em grande parte com

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recursos do Orçamento Geral da União, sendo que as ações estão sob a responsabilidade dos

governos municipais.

O processo de formulação do PLAMHAB parte de uma abordagem dos principais temas

relacionados à questão habitacional, considerando o reconhecimento do contexto habitacional

atual, os entraves, as potencialidades e os cenários possíveis. O PLAMHAB assume o

pressuposto de que o problema da habitação deve ser enfrentado considerando a diversidade

de situações que as necessidades habitacionais demandam, seja em relação às características

sociais e econômicas da população, da capacidade institucional do poder público, dos

diferentes processos de produção, das fontes de financiamento e subsídio, da questão

fundiária e urbana local ou da estruturação da cadeia produtiva da construção civil.

Particularmente em relação aos assentamentos precários, a estratégia proposta pelo

PLAMHAB considera a necessidade de criar condições para que haja uma gradativa

urbanização e regularização dos existentes, bem como, a viabilização da produção de novas

unidades habitacionais para redução do déficit habitacional acumulado.

A Lei Estadual nº 11.041 de 07 de maio de 2008, Institui a Política e o Sistema Estadual de

Habitação de Interesse Social, cria o Fundo Estadual de Interesse Social e dá outras

providências. Nota-se nos Capítulos I e II a preocupação desta Lei no tocante das famílias de

baixa renda como pode ser visto abaixo.

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Fica instituída a Política Estadual de Habitação de Interesse Social – PEHIS, a qual

reger-se-á pelas disposições desta Lei e de seus regulamentos e tem por finalidade orientar

planos, programas, projetos e ações dos órgãos e entidades que compõem o Sistema Estadual

de Habitação de Interesse Social - SEHIS, de modo a proporcionar à população de baixa

renda o acesso à moradia digna.

Art. 2º - Para os fins desta Lei compreende-se por:

I - População de Baixa Renda: população urbana ou rural sem renda ou com renda familiar

mensal equivalente a até 03 (três) salários mínimos vigentes;

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II - Habitação de Interesse Social: aquela destinada a atender à população com renda familiar

mensal equivalente a até 03 (três) salários mínimos vigentes;

III - Populações Tradicionais: aquelas comunidades ou grupos humanos organizados por

gerações sucessivas e que se reconhecem como tais, localizados em área urbana ou rural, de

forma permanente ou temporária, cujos meios de vida e de reprodução mantêm preservadas as

especificidades de seus usos, costumes, tradições, cultura, lazer, organização social e formas

de morar, tais como as populações indígenas, quilombolas e ribeirinhas;

IV - Moradia Digna: aquela que ofereça condições de salubridade, segurança e conforto aos

seus habitantes, acesso aos serviços básicos, e que esteja livre de qualquer discriminação no

que se refere à habitação ou à garantia legal da posse;

V - Regularização Fundiária: intervenção pública que envolve aspectos jurídico, urbanístico,

físico e social, promovida em colaboração pelos três entes federativos com a efetiva

participação da sociedade civil, que busca o reconhecimento de direitos e situações

consolidadas das populações de baixa renda, com objetivo de promover a segurança da posse

e a integração sócio-espacial, articulando-se com as políticas públicas de desenvolvimento

urbano.

CAPÍTULO II

DOS OBJETIVOS, PRINCÍPIOS E DIRETRIZES

Art. 3º - A Política Estadual de Habitação de Interesse Social - PEHIS tem como objetivos:

I - assegurar o respeito e a proteção do direito à moradia digna e sustentável, o acesso à terra

urbanizada e titulada para a população de baixa renda urbana e rural e para as populações

tradicionais;

II - adotar e viabilizar padrões adequados de moradia nos programas e projetos de habitação

de interesse social, levando em consideração as diversidades regionais e as especificidades

das populações atendidas;

III - implementar políticas e programas de investimentos e subsídios, promovendo e

viabilizando o acesso à moradia voltada à população de baixa renda urbana e rural e

populações tradicionais;

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IV - articular, compatibilizar, acompanhar e apoiar a atuação das instituições e órgãos que

desempenham funções no setor da habitação de interesse social, adotando mecanismos de

controle social.

Art. 4º - No desenvolvimento e consecução da PEHIS deverão ser observados os seguintes

princípios:

I - da igualdade e da não-discriminação em razão de etnia, de cor, de sexo, de idioma, de

opinião, de idade, de origem social, de nascimento, de escolaridade, naturalidade, religião, ou

de outra situação;

II - da garantia da moradia digna como direito fundamental e vetor de inclusão social;

III - do respeito à cultura local;

IV - da função socioambiental da propriedade urbana e rural;

V - da justiça social, em especial nas situações de conflitos socioambientais;

VI - da gestão democrática da política estadual de habitação de interesse social e do controle

social e transparência dos procedimentos decisórios;

VII - da descentralização da PEHIS para os Municípios, territórios de identidade, consórcios

públicos de habitação e entidades da sociedade civil organizada com atuação na área

habitacional.

Art. 5º - Na estruturação, organização e atuação da PEHIS deverão ser observadas as

seguintes diretrizes:

I - implementação de planos, programas e projetos habitacionais para a população de baixa

renda articulados nos âmbitos federal, estadual, municipal e dos territórios de identidade;

II - definição das prioridades e ações da política estadual de habitação de interesse social, com

ênfase para as ações em áreas de risco à vida, insalubres e de preservação permanente, bem

como as sujeitas a deslocamentos e despejos em razão da execução de obras e

empreendimentos promovidos com recursos públicos;

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III - integração dos projetos habitacionais com os investimentos em saneamento básico, infra-

estrutura, equipamentos e serviços urbanos coletivos relacionados à habitação na área urbana

e rural;

IV - implantação de instrumentos de acesso à terra urbana e rural necessários aos programas

habitacionais de acordo com o pleno desenvolvimento das funções sociais da propriedade;

V - garantia da utilização e aproveitamento prioritário de áreas dotadas de infra-estrutura não

utilizadas ou subutilizadas, inseridas nas áreas urbanas, conforme disposto nos Planos

Diretores municipais;

VI - utilização prioritária de terrenos de propriedade do Poder Público para a implantação de

projetos habitacionais de interesse social e de regularização fundiária;

VII - incentivo à implementação dos institutos jurídicos que regulamentam o acesso à moradia

e garantam a segurança da posse;

VIII - adoção de tecnologias limpas, da economia solidária e de outros meios para garantir a

sustentabilidade econômica, social e ambiental nos programas e projetos habitacionais de

interesse social;

IX - desconcentração de poderes, descentralização de operações e apoio às iniciativas de

entidades sem fins lucrativos, tais como cooperativas, associações, entre outros;

X - adoção de mecanismos transparentes e democráticos de acompanhamento e avaliação e de

indicadores de impacto social das políticas, planos e programas habitacionais de interesse

social, bem como e publicização dos procedimentos, processos decisórios e normas de

contratação dos agentes operadores, para permitir o controle social;

XI - cooperação entre os agentes públicos e instituições privadas no processo de urbanização,

produção de habitação e de regularização fundiária, em atendimento ao interesse social, e às

diretrizes estabelecidas na Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001;

XII - respeito aos modos de vida, formas de organização da comunidade, composição

familiar, à diversidade de tipologias, produção social e cultural das habitações;

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XIII - incorporação das questões de gênero no processo de elaboração e implementação dos

programas habitacionais e de regularização fundiária, inclusive através do estabelecimento de

mecanismos de quotas para idosos, pessoas com deficiências e famílias chefiadas por

mulheres dentre os grupos sociais identificados como o de menor renda;

XIV - eliminação das barreiras arquitetônicas que impeçam a livre movimentação das pessoas

idosas, deficientes ou com mobilidade reduzida;

XV - adoção de institutos jurídicos e procedimentos voltados para a prevenção, mediação e

conciliação nas situações de conflitos fundiários;

XVI - adoção de subsídios e financiamentos compatíveis com a condição socioeconômica da

população beneficiária da PEHIS;

XVII - execução dos projetos de habitação de interesse social em áreas que possibilitem

acesso às opções de trabalho e emprego, transporte público, serviços de saúde, escolas, cultura

e lazer;

XVIII - respeito e incorporação nos projetos de habitação de interesse social e regularização

fundiária dos padrões de moradia e das formas de parcelamento, uso e ocupação do solo,

oriundos da realidade cultural das populações atendidas, particularmente das populações

tradicionais;

XIX - utilização preferencial da mão-de-obra da comunidade beneficiada na execução de

obras e projetos.

A Lei Federal nº 11.977 de 07 de julho de 2009 dispõe sobre o “Programa Minha Casa, Minha

Vida” – PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas.

O objetivo do Programa é orientar a criação de uma série de mecanismos para produção,

aquisição e reforma de unidades habitacionais de interesse social.

A lei visa estabelecer conceitos, procedimentos de âmbito federal na promoção da

regularização fundiária de assentamentos urbanos, introduzindo instrumentos de legalização

de moradias também urbanas, destinados a famílias com renda de até dez salários mínimos, e

subsídios de quase 100% para famílias com receita de até três salários mínimos por mês.

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3. ASPECTOS GERAIS SOBRE VALENÇA

Segundo dados do censo demográfico de 2014 a população de Valença está estimada em

96.507 mil habitantes. Município histórico litorâneo situado na costa do dendê, Valença é

uma cidade colonial que guarda um acervo arquitetônico valioso. Possui mais de 15 km de

praias sendo a principal atração o distrito de Guaibim. Importante pólo turístico do baixo sul

da Bahia, possui infraestrutura com pousadas rusticas e restaurantes que servem frutos do

mar. É ponto de partida para o passeio ao morro do São Paulo, no município de Cairu. Abriga

os principais estaleiros navais do estado construindo, artesanalmente, barcos, escunas,

veleiros e saveiros e exportando para Europa e o Caribe. É o principal produtor de dendê e o

3° de guaraná e coco-da-baía. Seu padroeiro é o Sagrado Coração de Jesus.

O atual território do município de Valença, por ocasião do descobrimento do Brasil, era

habitado por indígenas tupiniquins, de índole pacífica. Quando D. João III, Rei de Portugal,

em 1534, dividiu o Brasil em Capitanias Hereditárias, aquela área ficou pertencente à

capitania de Ilhéus, sob a jurisdição da Vila de Nossa senhora do Rosário de Cairu, local onde

se fez o primeiro povoamento.

Entre as pessoas que vieram povoar o território em apreço, ocupava lugar proeminente

Sebastião de Pontes, homem rico e de prestígio que já possuía dois engenhos de açúcar no

recôncavo da Bahia. Muitos moradores se estabeleceram nas terras banhadas pelo rio Una,

com fazendas de cana e mantimentos. Além desses moradores civilizados, havia, também, na

vizinhança do engenho, uma aldeia subordinada a Sebastião de Pontes. Era o Senhor

Sebastião de Pontes homem honrado, porém de gênio arrebatado e violento, acostumado à

luta armada, havendo tomado parte em expedições contra os indígenas. Não costumava

transigir com quem o ofendesse ou o contrariasse. Aconteceu por esse tempo, provavelmente

em 1573, aparecer um mascate no engenho de Sebastião de Pontes e a este fez ofensa de que

resultou mandar açoitá-lo e a ferro quente marcá-lo numa das espáduas.

Conta-se que este mascate, tempo depois, em Portugal, alcançou meio de apresentar-se ao rei

quando este ia à missa, deixando cair à capa, única cobertura que levava sobre os ombros,

mostrando-lhe o ferrete ignóbil e com muitas lágrimas implorou-lhe justiça. Foram

imediatamente transmitidas ordens para a capital do Brasil, sobre a prisão e envio para

Lisboa, de Sebastião de Pontes. Fez o governo real ir ao Morro de São Paulo num navio de

guerra. Seu comandante visitou Pontes no engenho do Una e ardilosa e traiçoeiramente,

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convidou-o para uma visita ao navio. Sebastião de Pontes atraído para bordo, quando ali

almoçava foi inteirado da verdade, metido a ferros e transportado para Lisboa. Recolhido à

Cadeia do Limoeiro, acabou seus dias. Desta maneira, desapareceu do Una o primeiro homem

empreendedor que lhe deu prosperidade. Daí, invadida a região pelos índios aimorés, de

índole bravia, diminuiu o progresso e ficou obstada por muito tempo a colonização do

território de Valença. Anos depois, já no século XVIII, após sangrentas represálias aos

aimorés pelos bandeirantes do paulista João Amaro Maciel Parente, reencontrou à localidade

em fase de progresso, que justificou a proposta do ouvidor da Comarca de Ilhéus,

Desembargador Baltazar da Silva Lisboa, para a criação de uma vila na povoação de Una.

Aprovada a proposta do ouvidor, foi determinada, pela Carta Régia de 23 de janeiro de 1799,

a criação da Vila de Nova Valença do Santíssimo Coração de Jesus, com território

desmembrado do município de Cairu. Ocorreu sua instalação a 10 de junho do mesmo ano,

com a presença do dito desembargador, que sugeriu a construção da Igreja do Santíssimo

Coração de Jesus. Uma vez concluída, tornou-se matriz da freguesia, em 26 de setembro de

1801.

Nesta época começou a extração da madeira que se destinava a construção dos navios da

armada real e a área desmatada foi sendo ocupada pelas atividades agrícolas, notadamente a

mandioca, arroz de Veneza, café, pimenta do reino e canela.

Aos poucos os habitantes das ilhas próximas que viviam em constantes enfrentamentos com

os índios e não conseguiam plantar foram voltando para a área, cujo núcleo de povoação se

estabelecera nas proximidades da capela de Nossa Senhora do Amparo. A denominação

Valença foi atribuída, segundo reza a tradição popular, por estes novos moradores, para os

quais a localidade representava a solução para os seus problemas, Terra da Valença, da

salvação. Uma outra versão atribui a escolha deste nome ao conselheiro Baltazar da Silva

Lisboa que na intenção de homenagear ao ministro Marques de Valença, elevou o povoado á

categoria de vila, em 10 de junho de 1789, dando-lhe o título de Nova Valença.

Em 23 de Janeiro de 1799 foi criada a vila de Nova Valença do Santíssimo Coração de Jesus,

com território desmembrado de Cairu. Neste mesmo ano começaram as obras de construção

da Igreja do Santíssimo Coração de Jesus, concluída em 1801 e transformada em matriz da

freguesia.

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Por força da Resolução nº 368, de 10 de novembro de 1849, a sede municipal recebeu foro de

cidade, sob a denominação de Industrial Cidade Valença.

A maior cidade da Costa do Dendê é ao mesmo tempo, uma plácida cidade pesqueira e

colonial do século XVI e um dinâmico pólo comercial e de serviços da região. Famosa por

seus camarões. Valença conta com um cais do porto onde o casario tem a beleza de um cartão

postal antigo, ofertando aos visitantes um rico patrimônio histórico que convive em harmonia

com os barcos pitorescos que povoam o Rio Una, que divide a cidade. Três pontes interligam

as duas partes da cidade.

A região sofreu com a invasão holandesa na Bahia em 1624 e participou ativamente das lutas

pela independência da Bahia. Quando abrigou a esquadra do Lord Cochrane, vindo para

combater os portugueses em 1823. A atuação nessa luta, ao lado de Cachoeira e de Santo

Amaro, foi tão notável que a cidade recebeu o título de “a decidida” como no hino da cidade

fala.

Na 2ª guerra Mundial, Valença também entrou em cena, quando submarinos alemães

bombardearam os navios Itajiba e Irará, na sua costa. Os passageiros foram salvos pelo

saveiro Araripe e os feridos levados para o hospital que funcionava improvisadamente no

Prédio do Sindicato dos trabalhadores da Indústria de Fiação e Tecelagem de Valença, antiga

Recreativa, prédio de planta francesa e arquitetura neoclássica. Este mesmo prédio foi o

primeiro banco de sangue desta região, fato ocorrido em agosto de 1942. Por este gesto,

Valença recebeu o título de “a hospitaleira”.

Decidida, pacifica e hospitaleira, Valença reúne hoje os principais estaleiros da Bahia, onde

são construídos barcos, saveiros, veleiros, escunas e até caravelas, como a replica da nau

Nina, da pequena frota de Cristóvão Colombo, que foi feita especialmente para o filme: 1492:

A conquista do Paraíso, de Ridley Scott.

Valença teve destaque, também, no episódio da independência do Brasil, quando obrigou a

esquadra de Lord Cochrane que viera combater os Portugueses. Juntamente com Cachoeira e

Santo Amaro, Valença resistiu aos ataques lusitanos ficando conhecida como "A Decidida".

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4. INSERÇÃO REGIONAL E CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO

Valença localizada no Baixo Sul do Estado da Bahia. Pertence à Mesorregião do Sul Baiano e

à Microrregião de Valença. Suas coordenadas geográficas são: 13º 22´ latitude Sul / 39º 04´

longitude Oeste. Em relação à altitude, Valença está: 5 metros em relação ao nível do mar.

Valença – BA

Fonte: Wilkipédia

É servida pelas rodovias de acesso: BA-001, BA-542 (BR-101), sua população é de 88.673

mil habitantes e sua extensão territorial é de 1.294 km². Valença é formada por cinco distritos:

Sede da cidade, Maricoabo, Guerém, Serra Grande e Guaibim, além de inúmeras localidades

rurais, dentre as quais se destacam os povoados de Serapuí, Paraná, Cajaiba, Bonfim,

Graciosa, Jequiricá, Tarimba, Taboado, Várzea, Abiá, Tabuleiro da Várzea, Tabuleiro do

Taboado, Capela de Santana, Saruê e Garapa.

A denominação Valença foi atribuída, segundo reza a tradição popular, por estes novos

moradores, para os quais a localidade representava a solução para os seus problemas, Terra da

Valença, da salvação. Uma outra versão atribui a escolha deste nome ao conselheiro Baltazar

da Silva Lisboa que intencionava homenagear ao ministro Marques de Valença.

A cidade de Valença está inserida na Mesorregião do Sul Baiano e à Microrregião de Valença

que é composta por dez municípios: Cairu, Camamu, Igrapiúna, Ituberá, Maraú, Nilo

Peçanha, Piraí do Norte, Presidente Tancredo Neves, Taperoá, Valença. O município faz

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divisa com as seguintes localidades: município de Mutuípe, município de Laje, município de

Cairu, município de Taperoá e com o Oceano Atlântico.

4.1 Aspectos Físicos

Existência de Planícies marinhas e fluviomarinhas, tabuleiros interiores, tabuleiros pré-

litorâneos e serras marginais. Destacam-se 3 tipos de formas fisiográficas: Relevo suave

(vertentes convexas, declives e vales, com altitudes que variam de 80 a 140 metros; Relevo

plano (a Oeste do Município onde se destaca a Serra Pelada, nas proximidades do povoado de

Moenda, a Serra do Abiá e a do frio); O relevo forte e ondulado é composto de outeiros e

morros, com vertentes, declives e vales. Apresenta altitudes relativas que variam entre 190 e

293 metros. Destaque especial para as Serras do Abiá (ponto mais alto de Valença com 1300

m) e Serra do Frio, com 900m de altitude. Além de inúmeros rios e quedas d águas.

A malha hidrográfica do município está vinculada á bacia do Rio Una. Valença é cortada por

inúmeros cursos águas, a exemplo dos Rios Una, Fonte da Prata, dos Reis, Vermelho, Piau,

Graciosa ou do Engenho. As lagoas da região são Douradas, São Fidelis e Derradeira.

Segundo a classificação de thornthwait, o clima do município é do tipo úmido, apresentando

temperatura média anual de aproximadamente 25, 3º C, oscilando entre a máxima de 31, 4º C

e a mínima de 21, 8º C. As precipitações pluviométricas registradas em série históricas

apresentam uma amplitude variável entre 1600 e 2400 MM. O período chuvoso ocorre entre

abril e Junho, não existindo, entretanto, meses secos.

Existe uma grande quantidade de ecossistemas com a predominância das seguintes formações

vegetais: floresta ombrófila densa é caracterizada pela presença de árvores altas e exuberantes

sempre verdes e representadas por poucos indivíduos de muitas espécies.

Formações pioneiras com influencia marinha (restinga) é uma formação vegetal que ocorre

em superfícies praticamente planas, em solos arenosos, formando cordões litorâneos paralelos

á linha da praia.

Herbáceas e formações pioneiras com influencias fluviomarinhas – mangues – são tipos das

zonas tropicais e se constitui em um dos ecossistemas de maior produtividade. São resultantes

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de processos de acumulação fluviomarinhas e localizam-se geralmente nos deltas dos rios

(tipo arbórea).

A região era primitivamente coberta por Floresta Perenifólia (Mata Atlântica), hoje presente

apenas em algumas manchas no extremo sul do Estado: com o desmatamento da cobertura

vegetal originária, para a venda de madeira nobre e o desenvolvimento da agricultura,

restaram apenas algumas áreas de floresta ombrófila densa. Os mangues e restingas são

formações edáficas que refletem o ambiente pedológico inotável, constituído de material

recente em constante evolução, devido às deposições fluviais e marinhas a que estão sujeitas.

Em Valença percebe-se a existência de uma longa área de restinga herbácea, na faixa de terra

compreendida pela APA – área de proteção ambiente – de Guaibim. Os mangues estão

presentes próximos aos estuários do Rio Una e são hospedeiros de uma fauna rica, povoados

principalmente por moluscos e crustáceos.

4.2 Aspectos Socioeconômicos

O município de Valença – BA, por ser localizado na Mesorregião do Sul Baiano, não se

destaca somente por seu forte potencial turístico. O município também é forte nos setores

secundários puxados pela: indústria têxtil, mariculturas, construção naval. Outro setor de

bastante destaque é o setor terciário que representa: comércio, imobiliária e turismo. Valença

tem com carro forte principal de sua economia as atividades: agrária, pesqueira e pecuária.

A economia de Valença – BA está apoiada na piscicultura e pecuária. Na pecuária o destaque

maior fica por conta da criação de bovino, suínos e galináceos. Essa estatística fica bem

representada na tabela abaixo.

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Tabela 01 - Pecuária 2013

Pecuária 2013

Tipo Animal Unidade de

Medida

Valor da

produção

Bovino - efetivo dos rebanhos 10400 Cabeças

Equino - efetivo dos rebanhos 1800 Cabeças

Bubalino - efetivo dos rebanhos 20 Cabeças

Suíno - total - efetivo dos rebanhos 12500 Cabeças

Suíno - matrizes de suínos - efetivo dos

rebanhos 1500 Cabeças

Caprino - efetivo dos rebanhos 300 Cabeças

Galináceos - total - efetivo de rebanhos 180000 Cabeças

Galináceos - galinhas - efetivo dos rebanhos 65000 Cabeças

Codornas - efetivo dos rebanhos 2500 Cabeças

Vacas ordenhadas - quantidade 3000 Cabeças

Leite de vaca - produção - quantidade 1500 Mil litros R$ 1.800,00

Ovos de galinha - produção 300 Mil dúzias R$ 810.000,00

Ovos de codorna - produção 65 Mil dúzias R$ 78.000,00

Aquicultura - Camarão - produção 1528000 kg R$ 7.793,00 Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2013. Rio de Janeiro: IBGE, 2014

Os principais produtos agrícolas produzidos pelo município estão divididos em duas lavouras

que são divididas em: lavouras temporárias e lavouras permanentes, como pode ser visto nas

tabelas abaixo.

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Tabela 02 – Produção Agrícola Municipal – Lavoura Permanente 2013

Produção Agrícola Municipal - Lavoura Permanente 2013

Cultura Produzida Quantidade

produzida

Valor da

produção

Área

plantada Área colhida

Rendimento médio

Banana (cacho) 9.010 toneladas R$ 6.127,00 530 toneladas 530 toneladas 17.000 quilogramas por

hectare

Borracha (látex

coagulado) 1.710 toneladas R$ 4.532,00 950 hectares 950 hectares 1.800 quilogramas por hectare

Cacau (em amêndoa) 2.280 toneladas R$ 11.012,00 4.999 hectares 4.999 hectares 456 quilogramas por hectare

Café (em grão) Total 270 toneladas R$ 945.000,00 300 hectares 300 hectares 900 quilogramas por hectare

Café (em grão)

Canephora 270 toneladas R$ 945.000,00 300 hectares 300 hectares 900 quilogramas por hectare

Coco-da-baía 21.600 mil frutos R$ 12.744,00 3.600 hectares 3.600 hectares 6.000 frutos por hectare

Dendê (cacho de coco) 39.900 toneladas R$ 9.377,00 10.500

hectares

10.500

hectares 3.800 quilogramas por hectare

Guaraná (semente) 320 toneladas R$ 2.256,00 800 hectares 800 hectares 400 quilogramas por hectare

Laranja 2.660 toneladas R$ 1.144,00 190 hectares 190 hectares 14.000 quilogramas por hectare

Mamão 1.944 toneladas R$ 1.215,00 108 hectares 108 hectares 18.000 quilogramas por

hectare

Maracujá 1.620 toneladas R$ 1.377,00 90 hectares 90 hectares 18.000 quilogramas por

hectare

Palmito 280 toneladas R$ 146.000,00 40 hectares 40 hectares 7.000 quilogramas por hectare

Pimenta-do-reino 256 toneladas R$ 1.331,00 160 hectares 160 hectares 1.600 quilogramas por hectare

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Urucum (semente) 120 toneladas R$ 168.000,00 100 hectares 100 hectares 1.200 quilogramas por hectare Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2013. Rio de Janeiro: IBGE, 2014.

Tabela 03 - Produção Agrícola Municipal - Lavoura Temporária 2013

Produção Agrícola Municipal - Lavoura Temporária 2013

Cultura Produzida Quantidade

produzida

Valor da

produção

Área

plantada

Área

colhida Rendimento médio

Abacaxi 2.890 mil frutos R$ 2.746,00 170 hectares 170 hectares 17.000 frutos por hectare

Amendoim (em

casca) 70 toneladas R$ 48.000,00 70 hectares 70 hectares 1.000 quilogramas por hectare

Cana-de-açúcar 6.460 toneladas R$ 463.000,00 170 hectares 170 hectares 38.000 quilogramas por hectare

Feijão (em grão) 240 toneladas R$ 480.000,00 250 hectares 250 hectares 960 quilogramas por hectare

Mandioca 42.000 toneladas R$ 8.400,00 3000 hectares 3000

hectares 14.000 quilogramas por hectare

Milho (em grão) 255 toneladas R$ 102.000,00 250 hectares 250 hectares 1.020 quilogramas por hectare Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2013. Rio de Janeiro: IBGE, 2014.

O município de Valença também tem uma pequena produção de cereais, leguminosas e oleaginosas. Desta produção destacam – se a produção de

amendoim e milho, como é apresentada na tabela abaixo.

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Tabela 04 - Produção Agrícola Municipal - Cereais, Leguminosas e Oleaginosas 2007

Produção Agrícola Municipal - Cereais, Leguminosas e Oleaginosas 2007

Cultura Produzida Quantidade produzida Valor da produção Área

plantada

Área

colhida Rendimento médio

Amendoim (em casca) 69 tonelada R$ 19.000,00 69 hectares 69 hectares 1000 quilogramas por hectare

Feijão (em grão) 256 tonelada R$ 486.000,00 320 hectares 320 hectares 800 quilogramas por hectare

Milho (em grão) 230 tonelada R$ 74.000,00 230 hectares 230 hectares 1.000 quilogramas por hectare Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal

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Entre 2000 e 2010 segundo o IBGE, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou

seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 70,20% em 2000

para 69,35% em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da

população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 13,70% em 2000 para

10,60% em 2010.

Segundo o IBGE em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais do

município, 29,69% trabalhavam no setor agropecuário, 0,10% na indústria extrativa, 5,42% na

indústria de transformação, 7,50% no setor de construção, 0,86% nos setores de utilidade

pública, 16,88% no comércio e 34,86% no setor de serviços.

O setor agropecuário é o setor que mais emprega em Valença, com um percentual de 29,69%.

Mas setor de serviços é o que tem maior representação no PIB – (Produto Interno Bruto), do

município.

Gráfico 01 – Produto Interno Bruto dos Municípios

Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010

4.3 População

Entre 2000 e 2010, a população de Valença cresceu a uma taxa média anual de 1,30%,

enquanto no Brasil foi de 1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do

município passou de 71,70% para 72,59%. Em 2010 viviam, no município, 88.673 pessoas, já

em 2014 segundo o IBGE a estimativa da população é de 96.507 habitantes.

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25

Entre 1991 e 2000, a população do município cresceu a uma taxa média anual de 1,63%. Na

UF, esta taxa foi de 1,08%, enquanto no Brasil foi de 1,63%, no mesmo período. Na década, a

taxa de urbanização do município passou de 64,87% para 71,70%. O gráfico a seguir mostra

que a população de Valença cresceu a uma media de 1,22% ao ano, no período que

corresponde ao ano de 1991 a 2010.

Gráfico 02 – Evolução Populacional

Fonte: IBGE

66.931 74.279 77.509

84.931 88.673

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

90.000

100.000

1 9 9 1 1 9 9 6 2 0 0 0 2 0 0 7 2 0 1 0

EVOLUÇÃO POPULACIONAL

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26

Gráfico 03 – Distribuição da População Urbana e Taxa de Urbanização

Fonte: PNUD, Ipea e FJP 2010

Gráfico 04 - Comunidades

Fonte: SEDUR/PLANEHAB, 2013

43.699

55.884 64.368

23670 22.059 24.305

67.369 77.943

88.673

64,87% 71,70% 72,59%

População 1991 População 2000 População 2010

Distribuição da População Urbana e taxa de Urbanização

Urbana Rural População total Taxa de urbanização

0 16 0 0 26 0

4456

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

Indigena -População

Quilombola -Nº de

Comunidades

Fecho dePasto -

Comunidades

Fecho dePasto - NºFamílias

INCRA - NºFamílias

Assistidas

Conflito -Famílias

DomicíliosSetores em

APP

Comunidades

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27

Estrutura Etária

Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, entre 2000 e 2010, a razão de

dependência no município passou de 63,53% para 49,24% e a taxa de envelhecimento, de

5,57% para 6,34%. Em 1991, esses dois indicadores eram, respectivamente, 84,21% e 4,65%.

Já na UF, a razão de dependência passou de 65,43% em 1991, para 54,94% em 2000 e

45,92% em 2010; enquanto a taxa de envelhecimento passou de 4,83%, para 5,83% e para

7,36%, respectivamente.

O que é razão de dependência?

Percentual da população de menos de 15 anos e da população de 65 anos e mais

(população dependente) em relação à população de 15 a 64 anos (população potencialmente

ativa).

O que é taxa de envelhecimento?

Razão entre a população de 65 anos ou mais de idade em relação

à população total.

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28

4.4 Educação

Crianças e Jovens

Proporções de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos

indica a situação da educação entre a população em idade escolar do estado e compõe o

IDHM Educação. No município segundo o Atlas Brasil, a proporção de crianças de 5 a 6 anos

na escola é de 89,30%, em 2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos

frequentando os anos finais do ensino fundamental é de 70,36%; a proporção de jovens de 15

a 17 anos com ensino fundamental completo é de 38,71%; e a proporção de jovens de 18 a 20

anos com ensino médio completo é de 20,61%. Entre 1991 e 2010, essas proporções

aumentaram, respectivamente, em 53,74 pontos percentuais, 49,97 pontos percentuais, 27,65

pontos percentuais e 13,84 pontos percentuais.

Gráfico 05 – Fluxo Escolar por Faixa Etária

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Gráfico 06 – Números de Escolas por Nível

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

114 136,53

1.077,91

147 179,29

1.447,05

11 15,06

271,64

Valença Bahia Brasil

Números de escolas por nível

Pré-escolar Fundamental Médio

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Gráfico 07 – Docentes por Nível

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

Gráfico 08 – Matrículas por Nível

Fonte: (1) Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo Educacional 2012. NOTA: Atribui-se zeros aos valores dos municípios onde não há ocorrência da variável.

249 201,42

2.812,32

703 1.198,90

15.412,47

130 333,3

5.388,60

Valença Bahia Brasil

Docentes por nível

Pré-escolar Fundamental Médio

2.341 3.733,75 47.547,21

16.159 23198,3

297.024,98

3.540 5.890,72

83.768,52

Valença Bahia Brasil

Matrículas por nível

Pré-escolar Fundamental Médio

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Em 2010, 66,18% da população de 6 a 17 anos do município estavam cursando o ensino

básico regular com até dois anos de defasagem idade-série. Em 2000 eram 58,14% e, em

1991, 64,04%.

Dos jovens adultos de 18 a 24 anos, 6,22% estavam cursando o ensino superior em 2010. Em

2000 eram 1,24% e, em 1991, 0,22%.

Gráfico 09 – Fluxo Escolar por Faixa Etária

Expectativa de Anos de Estudo

O indicador Expectativa de Anos de Estudo também sintetiza a frequência escolar da

população em idade escolar. Mais precisamente, indica o número de anos de estudo que uma

criança que inicia a vida escolar no ano de referência deverá completar ao atingir a idade de

18 anos. Entre 2000 e 2010, ela passou de 6,94 anos para 8,01 anos, no município, enquanto

na UF passou de 7,28 anos para 8,63 anos. Em 1991, a expectativa de anos de estudo era de

6,50 anos, no município, e de 5,75 anos, na UF.

IDEB Observado – metas Projetadas

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Tabela 05 - IDEB 4ª série/5° ano – Rede Pública

IDEB 4ª série/5° ano – Rede Pública

IDEB Observado Metas Projetadas

Município 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

VALENÇA 2.4 2.6 2.9 3.2 4.0 2.6 3.1 3.6 3.9 4.2 4.5 4.8 5.1

Tabela 06 - IDEB 8ª série/9° ano – Rede Pública

IDEB 8ª série/9° ano – Rede Pública

Ideb Observado Metas Projetadas

Município 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

VALENÇA 2.7 2.7 2.5 2.7 2.9 2.8 2.9 3.2 3.6 4.0 4.2 4.5 4.8

Tabela 07 - IDEB 4ª série/5° ano - Rede Estadual

IDEB 4ª série/5° ano - Rede Estadual

Ideb Observado Metas Projetadas

Município 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

VALENCA 2.4 2.6

*** 2.6 3.1 3.7 3.9 4.2 4.5 4.8 5.1

Tabela 08 – IDEB 8ª série/9° ano- Rede

Rede Estadual

IDEB 8ª série/9° ano - Rede Estadual

Ideb Observado Metas Projetadas

Município 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

VALENCA 2.5 2.4 2.1 2.8 2.3 2.5 2.8 3.1 3.6 4.0 4.3 4.5 4.8

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Tabela 09 - IDEB 4ª série/5°ano - Rede Municipal

IDEB 4ª série/5° ano - Rede Municipal

Ideb Observado Metas Projetadas

Município 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

VALENCA 2.5 2.7 3.1 3.2 4.0 2.6 3.1 3.6 3.9 4.2 4.5 4.8 5.1

Tabela 10 - IDEB 8ª série/9° ano - Rede Municipal

IDEB 8ª série/9° ano - Rede Municipal

Ideb Observado Metas Projetadas

Município 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

VALENCA 2.8 2.8 2.7 2.8 3.1 2.8 3.0 3.3 3.6 4.0 4.3 4.6 4.8 Fonte: IDEB

Estes índices referem-se às Redes: Pública, Municipal e Estadual de Ensino. Com relação à

educação infantil, sabemos que ela é um direito de toda criança e uma obrigação do Estado

(art. 208, IV da Constituição Federal).

A criança não está obrigada a frequentar uma instituição de educação infantil, mas sempre que

sua família deseje, o Poder Público tem o dever de atendê-la. A oferta da educação infantil de

0 a 5 anos no município de Valença está sob a responsabilidade do município, oferecido em

28 unidades de Educação Infantil, sendo essas unidades de ensino divididas entre públicas e

privadas. É urgente a implantação de uma política de expansão no âmbito público para a

Educação Infantil do município, através da necessidade de investimento nas creches e pré-

escolas, para que se possa assegurar a todas as crianças, na faixa etária de 0 a 5 anos, seu

direito constitucional de acesso à rede pública. No gráfico abaixo segue relação de algumas

Instituições de Ensino localizadas no município. O município dispõe de sete creches

municipais, quatro creches conveniadas e três pré-escolas municipais.

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ESCOLA ENDEREÇO

Emarc-Esc. Média de Agropecuária Regional da Ceplac

Rua Glicério Tavares, S/N, Bate

Quente, Valença, BA

Djafar Araújo Santos

Rua Chile, 65, Centro, Valença,

BA

Educandário Almir Morais

Rua Advo. Muniz, 89, Centro,

Valença, BA

Colégio Estadual João Cardoso dos Santos - Urbis

Caminho Oito, S/N, Urbis,

Valença, BA

Escola Estadual João Leonardo da Silva

Rua Dois, S/N, Centro, Valença,

BA

Escola Educativa da Criança - Graça

Avenida Tancredo Neves, 413,

Centro, Valença, BA

Escola Publica

Ac Orobo, S/N, Zona Rural,

Valença, BA

Escola Municipal Albina Maria Menezes

Faz Três Jueranas, S/N, Centro,

Valença, BA

Lume-Instituto Livre de Ciências Educacionais

Rua Oldack Nascimento, 335, São

Felix, Valença, BA

Iev-Instituto Educacional do Vale

Avenida Aurelino Novaes, S/N,

Dendezeiros, Valença, BA

Lume-Instituto Livre de Ciências Educacionais

Rua Oldack Nascimento, Graça,

Valença, BA

Escola Municipal Florêncio Café do Nascimento

Faz Tabuleiro Da Varzea, S/N,

Varzea, Valença, BA

Escola Municipal Zacarias Antônio de Jesus Prodeb, Maricoabo, Valença, BA

Norte Sul Transporte e Construção

Tv 3 Da Bolivia, TERREO,

Bolivia, Valença, BA

Profissional On Line

Rua Amapá, 96, Graça, Valença,

BA

Escola Municipal São Marcos

Faz Bananeira, S/N, Centro,

Valença, BA

C.E.E.M. Marechal Deodoro

Faz Lagoa Azul, ESCOLA,

Tabuleiro Do Orobo, Valença, BA

Escola Municipal Manoel Tome de Souza

Localidade Do Entroncamento,

Entroncamento, Valença, BA

Ceab

Rua Quintino Bocaiúva, 48,

Centro, Valença, BA

Escola Municipal Jose de Alencar

Rua Li Do Ginásio - Serra Grande,

S/N, Zona Rural, Valença, BA

Educandário Bem Me Quer

Rua Duque De Caxias, 156,

Centro, Valença, BA

Escola de Educação Infantil

Rua Da Colina, S/N, Maricoabo,

Valença, BA

Esc. Mun. Oficina Educativa da Criança e do Subida Da Urbis, ESCOLA, Urbis,

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Adolescente. Valença, BA

Escola Municipal Sebastiao de Pontes

Faz Rio De Areia, S/N, Centro,

Valença, BA

Escola Municipal Bandeirante

Rua Novo Horizonte, Maricoabo,

Valença, BA

IEB - Instituto Internacional de Educação do Brasil

Rua Maria Consuelo, Graça,

Valença, BA

Uneb- Departamento de Educação - Campus Xv

Valença

Rua Do Arame, ESCOLA, Tento,

Valença, BA

Colégio Estadual de Valença - Coesva

Rua Florestal, 1, Centro, Valença,

BA

Escola Educandário Jose de Alencar

R GENARO LOBAO, 83, São

Felix, VALENCA, BA

Escola Girassol de Valença

Rua Baixa Alegre, 52, Baixa

Alegre, Valença, BA

Associação Pestalozzi de Valença

Rua Vereador Antônio Souza, S/N,

Centro, Valença, BA

4.5 Saúde

Há no município 33 estabelecimentos de saúde municipais e 49 estabelecimentos de saúde

privados, entre eles um hospital e quarenta e seis clínicas, conveniados ao SUS. O restante são

postos de saúde localizados em dois pontos da área urbana (Alto de São Roque, Alto de São

roque e Rua Virgílio Damásio, Centro) e rural (Povoado da Várzea, Povoado do Bonfim e

Povoado do Orobó). A zona rural e urbana ainda conta com o Programa agentes comunitários

de saúde (PACS), com o numero de quatro unidades localizadas: Zona Rural (Povoado da

Derradeira, Jequirica e Povoado do entroncamento de Valença), Urbano (Av. Marita

Almeida). São 221 leitos hospitalares. Segue abaixo relação com endereço de alguns hospitais

e postos de saúde localizados no município.

HOSPITAIS E CLINICAS ENDEREÇO

Centro Medico Virgílio Damásio Rua Virgílio Damásio, 113, Centro, Valença, BA

Posto de Saúde

Alto De São Roque, S/N, Alto De São Roque, Valença,

BA

Unidade de Saúde da Família Praça Da Igreja, S/N, Maricoabo, Valença, BA

Posto de Saúde Csu Rua Augusto Guimarães, S/N, Graça, Valença, BA

Unidade de Saúde da Família Rua Da Brasília, S/N, Bolivia, Valença, BA

Santa Casa Misericórdia de Valença Rua Br. De Jequiricá, S/N, Centro, Valença, BA

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Hospital Doutor Heitor Guedes de

Mello Rua Br. De Jequiricá, S/N, Centro, Valença, BA

Laboratório Medico Center Rua Virgílio Damásio, 113, Centro, Valença, BA

Pronto Socorro Valença Rua Br. De Jequiricá, S/N, Centro, Valença, BA

Posto Medico Municipal Rua Virgílio Damásio, S/N, Centro, Valença, BA

1a Unidade Básica de Saúde de

Valença Rua Br. De Jequiricá, S/N, Centro, Valença, BA

Unidade de Saúde da Família Povoado Do Guaibim, S/N, Guaibim, Valença, BA

Unidade de Saúde da Família Rua Álvaro Marciel, S/N, Sao Felix, Valença, BA

Unidade de Saúde da Família Rua Osvaldo Santos, S/N, Tento, Valença, BA

Unidade de Saúde da Família Loteamento Santa Luzia, S/N, Jambeiro, Valença, BA

2a Unidade Básica de Saúde de

Valença Rua 03, S/N, São Felix, Valença, BA

3a Unidade Básica de Saúde de

Valença Rua Três, S/N, São Felix, Valença, BA

Unidade de Saúde da Família Rua Baixa Alegre, S/N, Baixa Alegre, Valença, BA

Posto de Saúde Povoado Do Orobo, S/N, Zona Rural, Valença, BA

Pro - Saúde - Assistência Medica

Especializada Rua Br. De Jequiricá, Centro, Valença, BA

Usf do Horto Florestal Loteamento Horto Florestal, S/N, Bolivia, Valenca, BA

Clinica Vida Praça Cnso. Baltazar, 54, Centro, Valença, BA

Cedes

Pc Da Republica, EDIFICIO LORENA 1 ANDAR

SALA 4, Centro

Neurodiagnose Rua Br. De Jequiricá, Subsolo, Centro, Valença, BA

Clinica Sempre saúde Rua Br. De Jequiricá, S/N, Centro, Valença, BA

Usf do Areal e Estancia Azul

Rua Vereador Antônio Souza, 272, Tamarineiro,

Valença, BA

Usf da Urbis Rua A, 171, Urbis, Valença, BA

Usf de Serra Grande

Avenida Central, 154, Distrito De Serra Gr, Valença,

BA

Instituto Saúde de Valença Rua Bolivar, SN, Novo Horizonte, Valença, BA

Posto de Saúde do Tabuleiro da

Várzea

Povoado Tabuleiro Da Varzea, S/N, Zona Rural,

Valença, BA

Posto de Saúde Baixão da Várzea Povoado Da Várzea, S/N, Zona Rural, Valença, BA

Clinica Amparo Rua Maria Consuelo, 567, Graça, Valença, BA

Usf Bolivia II Rua Eraldo Tinoco, S/N, Bolivia, Valença, BA

Posto de Saúde da Terra Preta Povoado De Terra Preta, S/N, Zona Rural, Valença, BA

Posto de Saúde do Riachão da Serra

Povoado De Riachão Da Serra, S/N, Zona Rural,

Valença, BA

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Gráficos 10 – Estabelecimentos de Saúde

Fonte: IBGE Cidades 2010 – Valença - BA

4.6 Cultura

Cidade colonial da segunda metade do século XVIII, Valença detém um valioso patrimônio

arquitetônico e cultural, presente nas suas calçadas de pedras irregulares, nos sobrados

coloniais e nas ruínas da antiga fábrica de tecidos.

Valença é a maior cidade da Costa do Dendê. Apresenta em sua composição grande riqueza

ecológica, cultural (como o candomblé, o samba-de-roda, a capoeira e o maculelê) e histórica.

Seus diversos ecossistemas – praias, baías, cachoeiras, manguezais, restingas, estuários,

dentre outros – possibilitam diversas atividades de turismo e de lazer.

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Destaque para o prédio da Câmara de Vereadores, a antiga residência do Comendador

Madureira e as igrejas Nossa Senhora do Amparo e Matriz do Sagrado Coração de Jesus,

reduto de imagens sacras dos séculos XVIII e XIX. O vasto patrimônio natural inclui 15

quilômetros de praias, imponentes cachoeiras, belas ilhas, o grandioso Rio Una e um vasto

manguezal. A cidade é também um grande centro artesanal de construção naval. Para quem

desejar desbravar a natureza da região por completo, pode - se alugar escunas para passeios

pelo arquipélago até Morro de São Paulo e Boipeba.

Artesanato

O artesanato de palha é marca registrada de Valença. A variedade de chapéus, cestos e

luminárias, entre outros itens, encanta os visitantes.

Gastronomia

As moquecas são o destaque da região de Valença que oferece uma vasta lista de opções de

frutos do mar frescos, a exemplo de peixe, camarão, siri, lagosta, polvos e mariscos.

Manifestações Culturais

Capoeira: De acordo com estudiosos da cultura popular, a capoeira nasceu dentro das senzalas

como divertimento de escravos e, ao mesmo tempo, luta. No Brasil, esta tradição, que envolve

música, dança e arte marcial. Sobressai-se na Bahia, com grande concentração de praticantes

em Salvador. A capoeira foi declarada Patrimônio Cultural Brasileiro em 2008.

4.7 Segurança

Atuam em conjunto no município de Valença – BA o 13º Batalhão Da Polícia Militar De

Valença, 33ª CIPM (Companhia Independente de Polícia Militar) e a 5ª COORPIN Valença –

BA. Conta também com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), no bairro da Bolívia.

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39

Valença pertence à 5º Coordenadoria de Polícia do Interior - Delegacias Territoriais dos

municípios de Cairú, Camamú, Gandú, Igrapiúna, Itamarí, Ituberá, Nilo Peçanha, Nova Ibiá,

Piraí do Norte, Presidente Trancredo Neves, Taperoá, Teolândia, Valença e Wenceslau

Guimarães, dispõe de 16 (dezesseis) delegados de Polícia Civil, 16 (dezesseis) Escrivães de

Polícia Civil, e 39 ( trinta e nove) Investigadores Civil. O município possui também o serviço

de segurança pública de Guarda Municipal.

4.8 Infraestrutura Física

Por ser uma cidade secular, não possui infraestrutura viária moderna. As vias são estreitas,

com poucas vias de mão dupla, à exceção da Avenida ACM que corta a cidade, por onde

passa a Ba 001 e que compõe a paisagem urbana. As principais vias urbanas são as Avenidas

Antônio Carlos Magalhães, Avenida Marita Almeida e Avenida Aurelino Ribeiro Novaes.

Apesar de possuir um traçado urbano, existem pontos de conflito viário na cidade (no

logradouro onde se situam os bancos, área do mercado, etc.). No município, a população faz

grande uso de automóveis e motocicletas. A cidade possui uma frota de 7.045 automóveis,

783 caminhões, 41 caminhões trator, 132 ônibus, 63 utilitários, 228 micro-ônibus, 2.304

motonetas, 1.641 caminhonetes, 204 veículos, 7.477 motocicletas. No total são 20.394

Automóveis Caminhões

Caminhões

trator Ônibus Utilitários

7.045 783 41 132 63

Micro-

ônibus Motonetas Caminhonetes Veículos Motocicletas

228 2304 1.641 204 7.477

A população da cidade de Valença, no sul do estado, recebeu nos últimos meses intervenções

em mobilidade urbana que melhoram a vida de quem vive na cidade, e ajudam na fluidez do

trânsito no município. Foram cerca de 40 mil metros quadrados de pavimentação asfáltica

distribuídos em alguns bairros, facilitando o acesso e tirando parte do fluxo de veículos das

principais vias, melhorando também as condições de tráfego nessa região.

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Foram investido R$ 1,36 milhão para a pavimentação de localidades, como as ruas Abel

Aguiar, Vereador Antônio Souza, 10 de novembro, João Leonardo da Silva, Gabriel Emílio

Café, além das avenidas Aurelino Ribeiro Novaes, José Andrade Soares e Daniel Ribeiro

Soares.

Um ponto que vale ressaltar é a condição da BA 001, que corta o Baixo Sul da Bahia, a

mesma se encontra em péssimas condições. A rodovia está cheia de buracos principalmente

nas imediações de Valença, um trecho que liga Nazaré a Valença já se encontra em

recuperação, ainda nas proximidades do município a rodovia se encontra sem acostamento, e

devido ao fluxo de veículos o desgaste natural só vem aumentando.

Já a estrada principal apresenta boas condições, sendo que ainda encontram-se pequenas

variações de desgaste na saída de Bom Despacho. Nos trechos que dão acesso a Mar Grande,

Caixa Prego, entre outras... Está em péssimas condições, sem sinalizações, com muitos

buracos, grande teor de matos nas proximidades e principalmente sem acostamentos ainda

encontram-se muitos animais soltos na BA 001 na maioria dos trechos de Valença

interligando o Baixo Sul.

Trecho Nazaré/Valença

Fonte da imagem: Bahia Recôncavo

A operação e administração do sistema e distribuição de energia elétrica de Valença estão a

cargo da COELBA, estatal privatizada nos anos de 1990. A maior parte do consumo de

energia é para fins domésticos. Como pode ser conferido na tabela a seguir.

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Tabela 11 - Consumo de Energia Elétrica por Classe nos Municípios

Consumo de Energia Elétrica por Classe nos Municípios, Bahia (t123)

Município Ano Classe Quantidade (KWH)

Valença

2013 Comercial 15355116

2013 Industrial 9213962

2013 Outros 71461

2013 Pública 8902896

2013 Residencial 34789507

2013 Rural 9406084 Fonte: Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba)

Quanto ao saneamento básico, dados estimam que 75,82% do município de Valença, conta

com serviço de agua e esgoto. O tratamento e fornecimento de agua do município ficam a

cargo do SAAE (Serviço Autônomo de Agua e Esgoto). São atendidos pelo serviço de

esgotamento sanitário um total de 67.232 habitantes. A rede de esgoto do município tem

uma extensão total de 100,94 km. E o volume de esgoto coletado é de 2.530,04 m³/ano. A

população urbana total atendida pelo serviço de esgotamento sanitário é de 58.711

habitantes e a população rural atendida é de 8.521. O Sistema de esgotamento sanitário é

composto por três etapas: coleta, transporte e tratamento. O SAAE só realiza duas etapas: a

coleta e o transporte através das redes e adutoras. (Fonte: SNIS)

Os resíduos são lançados no mangue e no rio. As únicas formas de tratamento de esgoto

acontecem nas comunidades beneficiadas pelo Programa Minha Casa Minha Vida -

PMCMV e de Urbanização e Regularização de Assentamentos Precários, situados nos

bairros da Graça, Novo Horizonte, Bolívia e no distrito do Guaibim, porém de forma pouco

efetiva.

Por falta de esgotamento sanitário adequado e de um eficiente sistema de drenagem a

município passa por problemas estruturais com enchentes, inundações e deslizamento de

encostas. Abaixo segue imagens de bairros com áreas de risco por conta de enchentes,

inundações e deslizamentos de terra. E em 2015 iniciou-se a construção do PMSB - Valença

Plano Municipal de Saneamento Básico que dará o norte para acesso aos programas a nível

Federal, Estadual e ou Municipal.

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LOCALIZAÇÃO: Pitanga/Loteamento Stª. Luzia UTM 24 L 491157 E 8522263 S

LOCALIZAÇÃO: Conj. Fátima/Marita Almeida UTM 24 L491855 E 8522447 S

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LOCALIZAÇÃO: Vila Operária / Caminho do Meio UTM 24 L 492182 E 8522295 S

Zona periférica oeste da sede do município de Valença, com urbanização consolidada e em

expansão sobre área de influência da desembocadura do Rio Pitanga com o Rio Una. O rio

tem histórico de sucessivos transbordamentos anuais com maior incidência no período entre

novembro e janeiro, sendo que o ultimo e mais grave dos últimos 32 anos ocorreu em

novembro de 2013, quando o nível subiu aproximadamente 1,5 em alguns pontos do bairro e

inundou grande numero de ruas e casas comerciais próximas as suas margens. É preocupante

a situação por se tratar de uma cidade em crescimento urbano, em um setor susceptível a

enchente e inundações de um rio bastante assoreado e barrado pelas residências localizadas a

margem da ponte, quando em período de cheia a mesma impede sua trajetória natural. Esta

situação que relativamente agrava ainda mais o problema das enchentes levando a inundações.

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LOCALIZAÇÃO: Jardim Emarck/Estância Azul UTM 24 L 491606 E 8521416 S

Zona periférica sudoeste da sede do município de Valença, com urbanização irregular e

consolidada e em expansão sobre a planície de inundações do Riacho do Cacha-Prego. Esse

trecho possui histórico de sucessivos alagamentos, sendo que o ultimo e mais grave dos 32

anos ocorreu em dezembro de 2013, quando o nível subiu aproximadamente 1,7 em alguns

pontos do bairro e inundou grande numero de ruas e casas. E preocupante a situação por se

tratar de um bairro em expansão, sem uma adequada malha de drenagem e esgotamento

sanitário. Para piorar a situação foi detectada uma enorme quantidade de lixo e entulhos

espalhados pelo bairro próximos ou ate dentro dos sistemas de drenagem e esgotamento

sanitário.

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LOCALIZAÇÃO: Nova Lapa/Jacaré UTM 24 L 492905 E 8522989 S

Zona norte da sede do município de Valença, com urbanização consolidada e em expansão

sobre área de influencia do manguezal e drenagem. O mangue que é uma área de preservação

permanente, não podendo ser ocupada edificações, vem sendo invadido e contaminado por

esgotamento sanitário sem tratamento. No período entre novembro e janeiro, quando as

chuvas se intensificaram e coincide com a maré cheia, as águas pluviais e servidas invadem as

residências levando a perda de materiais e risco de vida a seus moradores sendo que o ultimo

e mais grave dos últimos 32 anos ocorreu em novembro de 2013, quando o nível subiu mais

de 1,0 metro e inundou grande parte das residências e casas comerciais. É preocupante a

situação, pois se trata de uma área protegida por legislação ambiental, em um setor

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susceptível a enchentes e inundações e um impacto a um eco sistema que dificilmente ira se

recuperar sozinho.

LOCALIZAÇÃO: Rita de Cássia/Pôr do Sol UTM 24 L 493265 E 8522150 S

Zona periférica nordeste da sede do município de Valença, com urbanização consolidada e em

expansão sobre área de influencia do manguezal. O mangue que é uma área de preservação

permanente, não podendo ser ocupada edificações, vem sendo invadido e contaminado por

esgotamento sanitário sem tratamento. No período entre novembro e janeiro, quando as

chuvas se intensificaram e coincide com a maré cheia, as águas pluviais e servidas invadem as

residências levando a perda de materiais e risco de vida a seus moradores sendo que o ultimo

e mais grave dos últimos 32 anos ocorreu em novembro de 2013, quando o nível subiu mais

de 1,0 metro e inundou grande parte das residências e casas comerciais. É preocupante a

situação porque se trata de uma zona que cresceu sobre o domínio de uma área de manguezal,

muito susceptível a enchentes e inundações, visto que o sistema de drenagem e esgotamento

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local é inadequado. O impacto constante ao manguezal, que fica a leste da área, pode causar

danos irreversíveis ao meio ambiente e a saúde e segurança dos moradores locais.

LOCALIZAÇÃO: Mangue seco UTM 24 L 493478 E 8521317 S

Zona periférica leste da sede do município de Valença, com urbanização consolidada em

expansão sobre área de influencia do manguezal. O mangue que é uma área de preservação

permanente, não podendo ser ocupada edificações, vem sendo invadido e contaminado por

esgotamento sanitário sem tratamento. No período entre novembro e janeiro, quando as

chuvas se intensificaram e coincide com a maré cheia, as águas pluviais e servidas invadem as

residências levando a perda de materiais e risco de vida a seus moradores sendo que o ultimo

e mais grave dos últimos 32 anos ocorreu em novembro de 2013, quando o nível subiu mais

de 1,0 metro e inundou grande parte das residências e casas comerciais. É preocupante a

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situação, pois se trata de uma área protegida por legislação ambiental, em um setor

susceptível a enchentes e inundações e um impacto a um eco sistema que dificilmente ira se

recuperar sozinho.

LOCALIZAÇÃO: Baixa Alegre UTM 24 L 490654 E 8521368 S

Zona periférica oeste da sede do município de Valença, em processo de expansão imobiliária.

A área de encosta natural, com altura aproximada de 50 metros e encontra-se em solo areno-

argiloso altamente fendilhado. O problema se instalou depois que três (03) casas executaram

talumes de corte vertical de aproximadamente 3 metros onde observam-se cultivo de

bananeiras, que ajudam a dar peso e desestabilizar o tapume. Todo conjunto torna a área

muito susceptível a deslizamentos plamares do tipo solo/solo.

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LOCALIZAÇÃO: Alto do Amparo UTM 24 L 491552 E 8522184 S

Zona periférica oeste da sede do município de Valença, em processo de expansão imobiliária.

A área de encosta natural, com altura aproximada de 60 metros e encontra-se em solo areno-

argiloso altamente erosivo, com agravante que duas (02) casas se instalaram sobre talude de

corte vertical de aproximadamente 6 metros. Em 2009 a residência da foto 2 e 3 foi totalmente

destruída e em 2011 ocorreu danos na casa presentada na figura 05. Todo conjunto torna a

área muito susceptível a deslizamento planares do tipo solo/solo.

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LOCALIZAÇÃO: Jambeiro UTM 24 L 490510 E 8522401 S

Zona periférica oeste da sede do município de Valença, em processo de expansão imobiliária.

A área de encosta natural encontra-se em solo areno-argiloso altamente friável e quando

exposto a interpéries atmosféricas, sofre com o processo acelerado de erosão abaixo da

escada, ocorre provavelmente uma perda de materiais descalçando a mesma e levando a

trincamentos (figuras 01 e 02). Nas três (03) fotos abaixo observam-se deslizamentos

planares do tipo solo/solo devido ao corte vertical do talude, existe uma tentativa de tentar

proteger com lona, porém faz-se necessário uma contenção definitiva e eficiente.

O serviço de limpeza urbana abrange praticamente toda a área urbanizada e é composto dos

serviços de coleta e destinação final dos resíduos sólidos domésticos, hospitalares, varreduras

de ruas. A maior parte do lixo é do tipo doméstico. O destino final do lixo coletado no

município são os lixões controlados e aterros em operação. Que se encontram nos arredores

do município. Desde o ano de 2003 foi construído no município de Valença um aterro

sanitário que por problemas técnicos nunca chegou a entrar em atividade.

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No município de Valença o sistema de drenagem pluvial é insuficiente. Existe uma rede que,

em determinados trechos não está dimensionada para atender o atual crescimento

populacional. Certas áreas são críticas e devem ser construídos novos sistemas, com

dimensionamento adequado.

A rede de telefonia convencional, no município de Valença conta quase 22.419 linhas. O

prefixo do município é 3641 e o código é 75. Quatro operadoras atuam no município: Claro,

Vivo, TIM e Oi. Há um número reduzido de orelhões. O setor de telefonia é servido pela

empresa OI - TELEMAR, de atuação nacional. Existe uma agência ECT - Empresa de

Correios e Telégrafos. Funcionam três emissoras de rádio – A Rádio Nativa FM 106,3, Rádio

Valença FM 101,9, Rádio Rio Una FM 87,9 e Rádio Clube de Valença AM 650. O município

também dispõe de serviço de jornal impresso - Jornal Valença Agora. A cobertura jornalística

de Valença é feita por jornais regionais (Salvador - BA). As principais emissoras de televisão

do país são captadas em Valença. O uso de comunicação visual (letreiros, faixas, outdoors,

luminosos, entre outros) é regulamentado pela secretaria de infraestrutura e urbanismo.

Tabela 12 - Informações Relevantes

Índices por Município e Ano com Ranking (t164)

Valença

Ano Índice Valor Ranking

2006 Índice de Desenvolvimento Econômico 5026,75 54

2006 Índice de Desenvolvimento Social 5083,26 34

2006 Índice de Infra-estrutura 5044,57 78

2006 Índice de Produto Municipal 5009,34 28

2006 Índice de Qualificação de Mão-de-Obra 5026,41 76

2006 Índice de Renda Média dos Chefes de Família 5093,59 52

2006 Índice do Nível de Educação 5096,25 30

2006 Índice do Nível de Saúde 5045,76 70

2006 Índice dos Serviços Básicos 5097,61 54 Fonte: Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia

5. ATORES SOCIAIS E SUAS CAPACIDADES

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A questão da moradia deve ser interpretada como um espaço de organização coletiva, de

integração e de construção da cidadania, que oportunize a formação de laços de solidariedade

e de identidade na produção da habitação e de seu entorno.

O poder público, de forma isolada, não conseguirá resolver a totalidade dos problemas

existentes em relação ao acesso à habitação, o que deve contar com a participação efetiva da

sociedade civil organizada.

Um dos avanços, que certamente é incontestável nas últimas décadas, é a participação popular

nas decisões de interesse público, o que se tornou um elemento central na Constituição de

1988, respondendo aos anseios e lutas dos movimentos, entidades e organizações sociais. Esta

prerrogativa legal mudou o modelo de gestão das cidades, principalmente no que tange às

políticas públicas.

Diante desta diretriz, o município de Valença esta em fase de implantação de uma nova forma

de gestão administrativa, dando início a uma nova proposta de gerenciamento do orçamento

público, com a implantação do Orçamento Participativo. Até o momento, é a principal forma

de participação popular, sendo defendido por todos os atores sociais envolvidos, por

entenderem que a população possui autonomia para decidir, diretamente, a aplicação dos

recursos em obras e serviços que serão executados pela administração municipal.

O município de Valença, através das Secretarias de Desenvolvimento e Planejamento,

Infraestrutura e Urbanismo e diante do desafio de programar sua reorganização e adequação a

esta realidade, busca alcançar um processo de qualificação de seu quadro funcional, com o

aprimoramento de seus técnicos para a efetivação dos modelos de gestão e desenvolvimento

de metodologias, instrumentos, monitoramento e avaliação, objetivando, dentro dos limites

impostos pelos recursos disponíveis, a promoção de uma política de desenvolvimento de

recursos humanos.

A equipe técnica responsável pelo setor habitacional é reduzida. É imperiosa a ampliação

dessa equipe e a criação de um departamento especifico para atender à demanda

habitacional no município.

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O município de Valença consta de suas ações voltadas à habitação que transpassam por

algumas secretarias, principalmente, a de INFRAESTRUTURA E URBANISMO que é

responsável pelas ações de urbanização, moradia e todos os aspectos que envolvem a parte

habitacional da cidade. Além disso, existem algumas associações de moradores e associações

específicas:

Representante da Central Das Associações Da Agricultura Familiar De Valença E

Região Baixo Sul da Bahia

Srª. Vera Lucia dos Santos Peixoto

Representante da Associação de Transportes Marítimos de Valença – ASTRAM

Srº. Rosnildo Batista Silva

Representante da Associação de M. Vila Operária

Srº. José Júnior Marques da Silva

Representante da Federação Municipal das Associações de Moradores de Valença -

FEMAMVA

Srª. Luciane Machado Viana

Representante da Associação dos Agentes Comunitários de Saúde do Município

de Valença - AGESV

Srº. Josenaldo Rosário da Silva

Representante do Movimento UNEGRO de Valença

Srª. Kátia Costa

Representante da Associação de Moradores, Pescadores e Marisqueiras do Mangue Seco

- ASMOPEMA

Srª. Maria da Penha de Oliveira Soares

Representante da Associação dos Agentes na Vigilância Epidemiológica de Valença -

AVIVA

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Srº. Cristiano Rogério Santos de Aquino

Representante da Associação dos Comerciantes - ASCOBIM

Srº. Honorato Bispo dos Santos

Representante do Programa de Aquisição de Alimentos - PPA

Srª. Cosmira Evangelista dos Santos

Representante da Associação dos Moradores do Novo Horizonte - AMBNH

Srº. José Soares dos Santos

Representante da Federação das Ass. De agricultores de Jiquiriça – FAAJ

Srº. Dilson Neves de Jesus

Representante do Conselho Tutelar

Srª. Armanda Ramos

Representante da Associação de Maricoabo

Srª. Iraildes da Silva Magalhães

Representante da Associação da Igreja Evangélica Casa dos Milagres – Clemensual

Srª. Ana Isis Gomes dos Santos

Representante do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - CODEMA

Srº. Jorge Luiz dos Reis

Representante da Associação Comunitária de Santa Luzia

Srª. Ana Rita dos Santos

Representante da Cooperativa de Agentes Ecológico e Catadores de Materiais

Recicláveis do Baixo Sul – COOPERBASUL

Srº. Roque Campelo Galvão de Queiroz

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Representante da Associação Religiosa e Cultural Terreiro Caxuté Tempo Márvila

Senzala do Dendê ACULTEMA – (Utilidade Pública Municipal Nº 2.257/12)

Srº. Heráclito dos Santos Barbosa

Representante do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA

Srª. Márcia Alves Soares

Representante do GAPE

Srº. José Dalvo Paixão

Representante do Construir Cooperativa de Trabalhadores da Construção Civil do

Baixo Sul

Srº. Chistophe Houel

Representante da Casa de Apoio Voluntário Vado Água Mineral para os Moradores da

Zona Rural de Valença que se locomovem para consultas médicas em Salvador

Srº. Evanildo Silva Sousa

6. Condições institucionais e administrativas

Os aspectos mais relevantes relacionados às condições institucionais e administrativas dizem

respeito ao organograma funcional e a sobreposição de competências.

Os eventos relacionados ao Plano, e em especial o Ciclo de debates, oportunizaram a

representação de todos os setores originando a sugestão de debates permanentes, no intuito de

conhecer melhor a instituição e a política habitacional que o município de Valença deseja.

O município de Valença possui em sua estrutura organizacional dezessete secretarias:

Administração;

Agricultura e Abastecimento;

Controladoria Geral;

Cultura, Esporte e Lazer;

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Departamento de Transito;

Desenvolvimento e Planejamento;

Educação;

Finanças;

Indústria e Comércio;

Infraestrutura e Urbanismo;

Juventude;

Meio Ambiente;

Saúde;

Pesca;

Promoção Social;

Transportes;

Turismo.

Valença vem a cada ano, monitorando suas atividades municipais, dando ênfase à construção

de indicadores, os quais oportunizarão conhecimento, controle, avaliação e redirecionamento

das atividades a serem desenvolvidas, na busca de um melhor aproveitamento dos recursos

disponíveis, objetivando atender as reais necessidades e anseios sociais referentes ao tema

habitação.

Na linha de novas estratégias, faz-se necessária a utilização de um novo estilo gerencial, mais

moderno e mais profissional, voltado para as demandas da sociedade, tornando o Estado mais

eficiente e melhor prestador de serviços, passando pela qualificação do quadro de servidores e

uma melhor distribuição das funções e tarefas do próprio órgão público.

O município de Valença, através das Secretarias de Desenvolvimento e Planejamento,

Infraestrutura e Urbanismo; diante do desafio de programar sua reorganização e adequação a

esta realidade, busca alcançar um processo de qualificação de seu quadro funcional, com o

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aprimoramento de seus técnicos para a efetivação dos modelos de gestão e desenvolvimento

de metodologias, instrumentos, monitoramento e avaliação, objetivando, dentro dos limites

impostos pelos recursos disponíveis, a promoção de uma política de desenvolvimento de

recursos humanos. Está sendo discutido um plano estratégico para pôr em prática os objetivos

da pasta.

Nos últimos anos, a administração municipal investiu significativamente na aquisição de

equipamentos, buscando a modernização do Departamento, com ênfase nos equipamentos de

processamento de dados, mobiliários, softwares necessários ao desenvolvimento das

atividades da área técnica/administrativa, através de recursos próprios e de convênios

firmados.

O município dispõe de dados residenciais importantes da Coelba, SAAE, CAD único,

Associações Especiais, dados fornecidos pelas secretarias municipais, além de planos já

existentes, como o plano diretor.

De acordo com a Política Nacional de Habitação, com a criação da Lei Municipal, do Fundo,

do Conselho e do Plano, especificamente para a habitação de interesse social, há a

necessidade de mais atores envolvidos e comprometidos com o processo, melhor distribuição

das responsabilidades, além de oportunizar uma maior participação da sociedade civil em todo

o processo.

7. MARCOS LEGAIS E REGULATÓRIOS

A política habitacional implica em escolha de prioridades na atuação do poder público. A

atividade pública poderá ser, por sua própria iniciativa, um implemento de programas em

áreas públicas ou privadas com ocupação consolidada. Neste caso, a política será de

regularização fundiária, com urbanização e titulação.

Nas áreas livres adquiridas para implantação de programas habitacionais deverão ser

incrementados empreendimentos observando as normas de parcelamento do solo. É

importante ressaltar que já existem grandes avanços legislativos que favorecem

empreendimentos de caráter social com padrões diferenciados. Além disso, a legislação

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fornece instrumentos de indução à iniciativa privada para que também produza habitações de

interesse social.

Foi elencada, aqui, a legislação incidente nas questões habitacionais, partindo das normas

constitucionais até chegar às normas locais, listando-se os instrumentos jurídicos aplicáveis.

Nos termos do Estatuto da Cidade (Lei Federal n° 10.257/01), o Plano Diretor está definido

como o instrumento básico para orientar a política de desenvolvimento e de ordenamento da

expansão urbana de um município. Ou seja, o Plano Diretor deve definir o melhor modo de

ocupar a área de um município, prever os pontos onde se localizarão as atividades e todos os

usos do espaço, presente e futuros.

A Lei Orgânica do Município de Valença, de 31 de março de 1990, de sua 1º Emenda

Substitutiva, de 1º de julho de 2002. A Lei Orgânica de Valença abrangeu as diretrizes do

Estatuto da Cidade e é composto por:

Diretrizes para a execução de políticas públicas setoriais para as diversas áreas da

administração municipal (meio ambiente, infraestrutura, sistema viário, educação, habitação,

saúde, uso do solo, entre outras).

A partir da lei orgânica, do Estatuto das Cidades e doutras leis federais, estão previstas para o

município as seguintes regulamentações:

Lei de Uso e Ocupação - A ordenação do uso e ocupação do solo é a principal ferramenta do

planejamento das cidades e se faz por meio do Zoneamento, constituído por instrumentos

legais que estabeleçam a repartição e o controle da destinação do uso da terra e do solo, e das

densidades permitidas para ocupação pela população, a localização, a dimensão e os usos

específicos dos edifícios, compatibilizados de modo a atender o bem-estar coletivo.

Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS - são áreas de assentamentos habitacionais de

população de baixa renda, surgidos espontaneamente, existentes, consolidados ou propostos

pelo Poder Público, onde haja possibilidade de urbanização e regularização fundiária.

Código de Obras e Edificações - que estabelece normas técnicas para a execução dos diversos

tipos de construção no município: orienta a elaboração e aprovação dos projetos e a execução

de obras; assegura a observância de padrões mínimos de segurança, higiene, conforto e

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salubridade de todas as edificações; estabelecer requisitos mínimos para as construções e

instituir o sistema de fiscalização de obras no município. (O município já possui)

Código de Posturas - que fixa normas de conduta da população em relação à sociedade,

definindo limites em especial com a higiene pública, a ocupação de espaços públicos,

poluição visual, poluição sonora, etc;

Código de Parcelamento do Solo - que estabelece normas de divisão do solo para fins de

ocupação urbana (loteamentos e desmembramentos), definindo as exigências em relação às

dimensões dos lotes, sistema viário, áreas verdes, etc.

Todas essas leis têm influência direta na questão da habitação, algumas com maior impacto,

como é o caso do Plano Diretor e do Código de Obras e Edificações.

A Lei Orgânica do Município de Valença fixa diretrizes específicas para a Política

Habitacional do Município definidas no Capítulo VI. Estas diretrizes são no sentido de

facilitar o acesso da população de baixa renda a melhores condições de moradia, de modo que

não somente a unidade habitacional seja ofertada, mas que também seja complementada

através do fornecimento da infraestrutura básica e de equipamentos sociais adequados.

Conforme os Art. 172 aos 173 da Lei Orgânica constituem diretrizes setoriais para a Política

Habitacional em Valença:

CAPITULO VI

Do saneamento Básico

Art. 172. Cabe ao Município prover sua população dos serviços básicos de

abastecimento d’água, coleta e disposição adequada dos esgotos e lixo, drenagem

urbana de águas fluviais, segundo as diretrizes fixadas pelo Estado e União.

Art. 173. Os serviços definidos no artigo anterior são prestados diretamente por órgãos

municipais ou por concessão a empresas públicas ou privadas devidamente habilitadas.

§ 1º. Serão cobradas taxas ou tarifas pela prestação dos serviços na forma da lei.

§ 2º. A lei definirá mecanismo de controle e de gestão democrática de forma que as

entidades representativas da comunidade deliberem, acompanhem e avaliem as políticas

e as ações dos órgãos ou empresas responsáveis pelos serviços.

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Art. 173 –A. Será elaborado programas anual de saneamento básico, de

responsabilidade do Poder Público Municipal, com auxilio do Estado e da União.

Parágrafo único. Nos planos sob responsabilidade do Poder Público Municipal, devem

constar metas e dotações orçamentárias para a solução dos problemas decorrentes da

falta de saneamento básico.

Art. 173- B. A política habitacional do Município, integrada a da União e a do Estado,

objetivará a solução da carência habitacional de acordo com os seguintes princípios:

I. Oferta de lotes urbanizados.

II. Estímulos e incentivos à formação de cooperativas populares de habitação.

III. Atendimento prioritário à família carente.

IV. Formação de programas habitacionais pelo sistema de mutirão e autoconstrução.

O Plano diretor do município de Valença especifica diretrizes que buscam a qualificação

habitacional, estruturação urbana como pode ser visto nos artigos 20 ao 24 da referida Lei.

Seção V

Das Diretrizes de Qualificação Habitacional

Art. 20 – As diretrizes de Qualificação Habitacional têm como objetivo geral assegurar o

direito social à habitação e valorizar as habilidades das comunidades para favorecer o acesso à

renda, criando os meios para assegurar padrões adequados de qualidade urbanística e

ambiental para toda a cidade.

Art. 21 – A política de qualificação habitacional será implementada prioritariamente através

do programa

Vida Bairro Vivo, constante do Anexo IIII, e das seguintes diretrizes:

I - articulação das ações entre o poder público, agentes privados e a comunidade, para a

produção habitacional e urbanização das áreas de baixa qualidade urbano-ambiental;

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II - desenvolvimento de ações integradas e intersetoriais para a qualificação urbano-ambiental

das áreas da cidade, com implantação da infra-estrutura, serviços e equipamentos sociais,

transportes, pavimentação, emplacamento e arborização dos logradouros;

III - execução de melhorias habitacionais e produção de novas unidades habitacionais de

interesse social;

IV - cadastramento das famílias em situação de risco em todas as áreas de urbanização

precária;

V - criação de Comissão para definir as bases para a regulamentação e implementação do

programa municipal de habitação com participação das lideranças comunitárias e outras

entidades da sociedade civil, além da administração municipal.

VI - regularização fundiária, que deverá utilizar-se da concessão de uso para fins moradia,

concessão de direito real de uso ou direito de superfície de forma prioritária;

VII - estabelecimento de normas urbanísticas e de edificação especiais para os

empreendimentos habitacionais de interesse social, devendo respeitar os modos de criar, fazer

e viver dos moradores;

VIII – encaminhamento de solução habitacional para as famílias residentes em áreas

inadequadas, prevendo-se a relocação apenas quando a sua permanência implicar em riscos de

vida e insalubridade e necessariamente para áreas próximas ao local;

IX - desenvolvimento de programa de ampliação e diversificação das unidades de produção

de materiais de construção para habitação popular, em parceria com a comunidade,

instituições e empresas do Município;

X - assistência técnica em arquitetura, engenharia e jurídica gratuita por parte do poder

público municipal nos processos de regularização urbanística e fundiária.

XI - estímulo e apoio à organização de incubadoras de empresas e cooperativas de produção

nas áreas de baixa qualidade urbanística-ambiental, voltadas para atividades econômicas

afeitas às habilidades identificadas nas comunidades;

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XII - constituição de reserva fundiária para Habitação de Interesse Social.

XIII - estímulo a formas alternativas de produção de moradias populares via consórcio e

cooperativas, com a participação do poder público e da iniciativa privada.

XIV - remanejamento, em caráter emergencial, das famílias residentes no Amparo e no Areal,

sob ameaça de deslizamento de terras, para áreas contíguas à ocupação urbana atual, providas

de infraestrutura, transporte e serviços urbanos.

§1º. O programa de qualificação habitacional na cidade de Valença deve considerar como

prioritárias: as áreas de baixa qualidade urbanística-ambiental, seguida das áreas de média

qualidade urbanística-ambiental

e das áreas de alta qualidade urbanística-ambiental, conforme indicação constante do Mapa 07

(Níveis de Carência Habitacional–Sede) e Mapa 08 (Níveis de Carência Habitacional–

Guaibim).

§2º. Terão prioridade na alocação de investimentos públicos as Áreas Especiais de Interesse

Social indicadas no Mapa 09 (Áreas Especiais de Interesse Social-Sede) e Mapa 10 (Áreas

Especiais de Interesse Social-Guaibim).

Seção VI

Das Diretrizes de Estruturação Urbana

Art. 22. As diretrizes de Estruturação Urbana expressas no Mapa 11 (Estruturação Urbana–

Valença) e Mapa 12 (Estruturação Urbana-Guaibim) têm como objetivo geral promover a

estruturação das áreas urbanas do Município e a sua integração, tendo, ainda, os seguintes

objetivos específicos:

I - promover maior integração entre as diversas partes da cidade de Valença, otimizando a

infra-estrutura existente e redirecionando fluxos hoje totalmente convergentes para a área

central;

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II - reduzir o congestionamento na área central da cidade, tanto no plano da circulação, quanto

da paisagem;

III - disciplinar o uso e a ocupação do solo;

IV - redirecionar a ocupação urbana para áreas ambientalmente adequadas, de forma a reduzir

a pressão sobre os ecossistemas;

V - garantir a preservação de grandes espaços verdes e de lazer ativo e contemplativo,

proporcionando maior equilíbrio entre espaços edificados e espaços abertos;

VI - garantir a preservação do patrimônio cultural de Valença, incluindo o patrimônio

urbanístico, arquitetônico, arqueológico, natural e artístico;

VII - estabelecer meios na cidade para que a população possa identificar sua história e

oferecer aos turistas formas de apreciação das belezas do passado que ainda subsistem na

cidade;

VIII - estruturar a cidade para melhor atender às funções sociais e desenvolver suas

potencialidades econômicas;

IX - tornar a cidade mais bonita e aprazível para os moradores e para os visitantes;

X - proporcionar mais áreas públicas para atividades culturais e esportivas principalmente

para as crianças

Art. 23. A estruturação urbana do Município está orientada pelas seguintes diretrizes gerais:

I - implementação de medidas de controle do uso e ocupação do solo, respeitando as

restrições ambientais que envolvem os manguezais, as restingas e a mata atlântica e a

capacidade da infra-estrutura disponível para atender às demandas por novas ocupações do

solo;

II - implementação das ações necessárias para integrar as áreas da cidade, minimizando o

fracionamento existente em decorrência da separação do seu espaço pelo rio Una e pela

rodovia, tornando-a menos desconexa, mais contínua e melhor aproveitada, apresentando,

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quando possível, vocações específicas da cidade e uma melhor distribuição de equipamentos

públicos, serviços e comércio;

III - garantia da qualidade dos espaços de moradia através da priorização dos investimentos

públicos nas áreas ocupadas pela população de baixa renda que constituem, nos termos da

presente Lei, as Áreas Especiais de Interesse Social;

IV - integração das nucleações urbanas dos distritos de Guerém, Maricoabo e, particularmente

de Serra Grande, com a Sede, promovendo a melhoria dos acessos, a provisão de infra-

estrutura, serviços e equipamentos urbanos;

V - viabilização das nucleações urbanas de Valença e Guaibim para o turismo, envolvendo a

reabilitação dos espaços de valor cultural, das áreas públicas, a criação de belvederes, parques

e equipamentos de lazer, o estímulo à implantação de estabelecimentos de gastronomia e a

criação de espaços de apoio estratégicos para aqueles que se encontram de passagem.

Art. 24. A estruturação urbana se dará a partir da conceituação, identificação e classificação

dos elementos referenciais do espaço urbano, existentes ou potenciais, tendo como princípio a

diversidade morfológica de usos na cidade, desde que respeitadas as condicionantes do sítio e

resguardados padrões satisfatórios de qualidade do ambiente urbano, incluindo-se aí, modos

peculiares de vida, ambiências naturais e culturais significativas, padrões estéticos e

funcionalidades urbanas básicas, observando-se as seguintes diretrizes específicas:

I – organização dos usos e ocupação do espaço através das diretrizes estabelecidas para as

macrozonas, com definição do sistema viário principal e dos projetos estruturantes

respectivos;

II – zoneamento adequado de ocupação do solo, considerando as características e restrições

ambientais e a disponibilidade da infra-estrutura;

III – disciplinamento dos usos e ocupações especiais geradores de impacto ao meio ambiente

e à estrutura e infra-estrutura urbana;

IV - reestruturação do sistema viário e de circulação compreendendo programação adequada à

realidade social identificada, contemplando:

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a) proteção ao pedestre, o manejo do tráfego e do sistema de circulação e o melhoramento do

sistema de transporte coletivo;

b) a reformulação de componentes do sistema de transporte e integração viária;

c) o aumento de eficiência do sistema de transporte com intervenções físicas e procedimentos

operacionais para reduzir o nível de congestionamento da área urbana, coerente com as

perspectivas da evolução da cidade e do Município, em função da integração regional e do

tráfego de média e longa distância.

V - definição e encaminhamento de mecanismos institucionais e de gestão para proteger e

estimular a manutenção do patrimônio arquitetônico e urbanístico, envolvendo:

a) mapeamento preciso e levantamento cadastral dos bens integrantes do patrimônio;

b) implementação de programa de incentivo a aquisição e manutenção dos imóveis;

c) regulamentação urbanística do entorno dos principais sítios considerados;

d) programa específico de educação social para sensibilizar estudantes e visitantes sobre a

importância da proteção do patrimônio cultural;

e) elaboração de Lei Municipal para tombamento do patrimônio arquitetônico e paisagístico

da cidade;

f) desenvolvimento de programa voltado a identificar os principais bens culturais existentes,

documentar e produzir material informativo, além de definir e viabilizar a implementação de

benefícios a pessoas físicas ou jurídicas que empreendam melhoramentos e mantenham o

patrimônio cultural;

g) promoção de cursos a estudantes sobre a história e a importância da manutenção do

patrimônio do Município.

h) criação do Museu da Cidade;

8. Oferta Habitacional

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É Importante conhecer a demanda e/ou necessidades habitacionais, como também, as

condições em que ocorre a oferta habitacional e o seu envolvimento com a produção de

moradias e acesso a terra, incluindo a disponibilidade de infraestrutura.

8.1 Uso e Ocupação do Solo

O processo de urbanização brasileiro caracterizou-se, nas últimas décadas, pela expansão

desordenada, principalmente na periferia dos grandes centros urbanos, com o surgimento de

loteamentos destituídos de infraestrutura básica. Vastas extensões do território dessas cidades

foram parceladas e ocupadas sem levar em conta padrões mínimos de qualidade ambiental, de

qualquer regulação urbanística que garantisse segurança quanto à posse da terra e ainda, sem

o mínimo de qualidade de vida, principalmente para a população de baixa renda. Na tentativa

de reverter o quadro de deterioração urbano-ambiental das cidades, foi aprovada em 1979 a

Lei 6.766/79, dispondo sobre o parcelamento do solo urbano e estabelecendo exigências

mínimas de padrões urbanísticos necessários para aprovar a implantação do loteamento

urbano.

A Lei Federal nº 6766/79 ainda em vigor foi, sobretudo, pensada a partir da atividade

econômica de parcelar o solo urbano, produzindo lotes para o mercado formal, atendendo uma

pequena parcela da sociedade. Apesar de estabelecer parâmetros urbanísticos reduzidos para

os parcelamentos de baixa renda, não possui os requisitos suficientes para impulsionar o

mercado de novos parcelamentos e nem de viabilizar a regularização fundiária do enorme

passivo socioambiental existente no país.

CAPÍTULO I

DOS OBJETIVOS E DEFINIÇÕES GERAIS

Art. 1° - Fica a Prefeitura Municipal autorizada a instituir Zonas ou Áreas de Especial

Interesse Social - ZEIS ou para assentamentos e ocupações informais, fixando normas e

procedimentos com a finalidade de promover a regularização fundiária, seja ela sustentável,

de interesse social, ou de interesse específico, com respectivas urbanizações, integrando-as à

estrutura urbana da cidade.

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Art. 2" - Para os efeitos desta Lei, consideram-se:

I - Zona ou Área Especial de Interesse Social (ZEIS): área urbana instituída e definida por

esta Lei, destinada predominantemente à moradia de população de baixa renda e sujeita à

regras específicas de parcelamento, uso e ocupação do solo;

11 - Regularização Fundiária Sustentável: o conjunto de medidas jurídicas, urbanísticas,

ambientais e sociais, promovidas pelo Poder Público por razões de interesse social ou de

interesse específico, que visem adequar imóveis informais preexistentes às conformações

legais, de modo a garantir o direito social à moradia.

O município de Valença é formado por cinco distritos: Sede da cidade, Maricoabo, Guerém,

Serra Grande e Guaibim, além de inúmeras localidades rurais, dentre as quais se destacam os

povoados de Serapuí, Paraná, Cajaiba, Bonfim, Graciosa, Jequiricá, Tarimba, Taboado,

Várzea, Abiá, Tabuleiro da Várzea, Tabuleiro do Taboado, Capela de Santana, Saruê e

Garapa.

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ZEIS - Zonas Especiais de Interesse Social

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LEGENDA DO MAPA ACIMA

ÁREAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIALAEIS A E B

ÁREA DE INFLUÊNCIA DO

MANGUEZAL

ÁREA DE ENCOSTA

01-JARDIM GRIMALDI-Parte Baixa

05-SUBINDA DA

URSIS

02-JACARÉ

06-TIO VIRGÍNIO

03-NOVO HORIZONTE/INVASÃO

BOA VITÓRIA

10-VILA EMARCK

04-ÁGUIAS DE MARÇO

11-BATE QUENTE

07-LAPA

12-SANTA LUZIA

08-POR DO SOL (GRAÇA)

15-BAIXA ALEGRE

09-TENTO

13-BOLÍVIA LOT. BAHIA I, LOT.

BAHIA II, MUTÁ, MANGUE SECO

E PORTO DE IMBRIRA

16-JAQUEIRA

ÁREA SUJEITA Á ALAGAMENTO

RESERVA

FLORESTAL

14-ESTÂNCIA AZUL

-----LIMITE URBANO ------ ANEL RODOVIÁRIO

O tecido urbano de Valença começou a se formar no ano de 1799 na região que forma a costa

do dendê, por ser uma cidade de tradição luso-brasileira cresceu de forma concêntrica a partir

da praça cívica onde se localiza a igreja e a prefeitura.

O comércio antes restrito ao mercado e às avenidas está se interiorizando. Em vários bairros e

quadras da cidade encontram-se mercadinhos, padarias, farmácias, bares etc.

A expansão da cidade de Valença se intensificou após o período republicano, passou a ter

bairros de ruas sinuosas, estreitas, ruas sem saída, etc. O crescimento informal da cidade foge

das linhas retas e perpendiculares do núcleo inicial.

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A paisagem urbana de Valença é fortemente marcada pela presença de construções novas. A

vegetação é abundante e existem muitas áreas verdes ou arborizadas na cidade.

No perímetro urbano de Valença, a área do município que se pode urbanizar praticamente é

ocupada na linha horizontal. Há poucas edificações com mais de um pavimento. Os terrenos

grandes, (em média com 300 m²) aliado à topografia plana facilitam a ocupação horizontal.

Os aspectos rurais estão fortemente presentes na paisagem, na forma de pastagens e

plantações. No que se refere a técnicas construtivas, a maioria das construções existentes são

de alvenaria, com cobertura em telha cerâmica.

Na zona rural há prédios de valor histórico e cultural, como casarões centenários. A memória

do município repousa na área rural.

9. NECESSIDADES HABITACIONAIS

Conhecer o quadro das necessidades habitacionais existentes é fundamental para o

desenvolvimento da política habitacional no Município, uma vez que mensuradas e

caracterizadas, pode-se analisar e hierarquizar tais necessidades conforme as prioridades de

atendimento e os recursos disponíveis.

Na formulação do Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS) a quantificação e a

qualificação das necessidades habitacionais deverão considerar tanto aquelas acumuladas ao

longo do tempo, como também as necessidades geradas pelas demandas demográficas futuras,

para os próximos vinte anos, que é o horizonte temporal definido para este Plano.

O cálculo das necessidades habitacionais terá como referência a metodologia desenvolvida

pela Fundação João Pinheiro (FJP) e os dados fornecidos pelo Estudo do Déficit Habitacional

no Brasil (FJP, 2004), adotada pelo Ministério das Cidades como referencial básico para o

diagnóstico nacional.

Segundo essa metodologia as necessidades habitacionais são resultantes de dois componentes,

a saber: déficit habitacional e inadequação habitacional. Essa conceituação considera soluções

distintas para as situações de precariedade das condições de moradia, que passam,

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respectivamente, pela construção de novas unidades e por melhorias nas habitações ou na

infraestrutura do seu entorno.

Os cálculos apresentados pela FJP utilizam como base os dados do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE 2010), mais especificamente os dos Censos Demográficos

classificados por setores censitários, que é a menor unidade territorial de análise

disponibilizada pelo IBGE. O último Censo foi realizado em 2010, e serve como base de

cálculos das necessidades habitacionais nos municípios em relação à realidade atual.

Os principais problemas de habitação no município de Valença perpassam pelo déficit

habitacional, a segregação espacial, a precariedade de construções, a insuficiência de

investimentos em infraestrutura pública, a especulação imobiliária, a amplitude de políticas

públicas efetivas para o setor.

O déficit habitacional total de Valença era de 4.207 domicílios, segundo o levantamento

realizado pela Fundação João Pinheiro no ano de 2010. E os componentes deste déficit são

vistos na tabela abaixo.

Componentes do déficit habitacional

Déficit urbano 2668

Déficit rural 1539

Déficit total 4.207

Domicílios precários total 1708

Domicílios precários total para domicílios sem rendimento 157

Domicílios precários total para domicílios 0 a 3 sal. Min. 1496

Domicílios precários total para domicílios 3 a 6 sal. Min. 55

Domicílios precários total para domicílios 6 a 10 sal. Min. 0

Domicílios precários total para domicílios 10 ou mais sal. Min. 0

Domicílios precários urbano total 536

Domicílios precários urbano para domicílios sem rendimento 39

Domicílios precários Urbano para domicílios 0 a 3 sal. Min. 462

Domicílios precários Urbano para domicílios 3 a 6 sal. Min. 35

Domicílios precários Urbano para domicílios 6 a 10 sal. Min. 0

Domicílios precários Urbano para domicílios 10 a mais sal. Min. 0

Domicílios precários Rural total 1172

Domicílios precários Rural para domicílios sem rendimento N/I

Domicílios precários Rural para domicílios 0 a 3 sal. Min. N/I

Domicílios precários Rural para domicílios 3 a 6 sal. Min. N/I

Domicílios precários Rural para domicílios 6 a 10 sal. Min. N/I

Domicílios precários Rural para domicílios 10 a mais sal. Min. N/I Fundação Joao Pinheiro (FGP 2010) / *N/I Não Informado

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Outro ponto importante diz respeito à segregação espacial e de exclusão social. Os Bairros

Pôr do Sol, Porto dos Milagres, Mangue Seco, Santa Luzia\Jambeiro, Quilombo, Tio

Virginio. Zona rural de Cajaíba: Jaqueira, fundo de Barroso e Porto da Valgi, são frutos de

uma política habitacional que não se preocupa em incluir a camada mais carente da

população.

A prioridade é para as famílias de baixa renda. Dessa forma, vivem isolados e distantes das

escolas, dos hospitais, do comércio. Suas residências não são servidas por rede de água e de

esgoto; na rua não há calçamento, às vezes, nem energia elétrica.

A ausência de infraestrutura urbana não é exclusiva destes conjuntos populares. Nos bairros

mais periféricos e com populações de baixa renda da cidade e na zona rural ainda há falta rede

de água ou cisternas, sistema de esgotamento sanitário ou fossa séptica, energia elétrica, entre

outros benefícios. Sabe-se que o conceito de moradia digna inclui não somente a residência

em si, mas o seu entorno que deve ser urbanizado e contar com serviços públicos (escolas,

hospitais, etc.).

Quanto ao padrão construtivo dessas habitações, há um bom nível de qualidade do mesmo,

nas áreas centrais. Mas, à medida que se avança na periferia, o padrão diminui , sendo muito

comuns imóveis com materiais de refugo, sobretudo nas residências existentes na Zona Rural

de Cajaíba, Orobó, Jequiriçá, Bonfim, Sarapuí,, Pau que Ronca, Novo Horizonte, Tres

Juaranas, Várzea, Entrocamento, entre outros. São nessas regiões que existem focos de

submoradia e moradias improvisadas. Nas áreas mais carentes da cidade, ocorrem alguns

casos de ocupações clandestinas e de especulação imobiliária. Outro ponto de extrema

importância a analisar são as Comunidades Quilombolas na zona rural de Valença, são elas:

Buraco Azul, Jaqueira, Sarapui, Novo Horizonte (zona rural), Aroeira, Vila Velha do

Jequiriçá e Sapé Grande.

Comunidade Quilombo - Novo Horizonte

A área era uma antiga fazenda chamada Amapá de propriedade privada, a invasão existe a

cerca de 13 anos por pessoas e famílias provenientes de outros municípios ou da zona rural de

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Valença em situação de extrema pobreza, que não possuía condições de adquirir, casa própria

em local adequado.

Comunidade de Quilombo

Habitações Residentes Habitações de Alvenaria

314 260 140

O fornecimento de energia elétrica é clandestino, existem casas com reservatórios de água,

abastecimento de água, que é administrado pelo SAAE. Na comunidade existem cerca de 100

crianças e adolescentes, existem mães adolescentes, sendo a maioria das mulheres, chefes de

famílias.

As atividades laborais presentes são; Ajudantes de Pedreiro, Marisqueiros e Comerciários, a

estrutura das casas em sua maioria é de tábua ou lona, sendo possível visualizar casas de

alvenaria e lajes, sendo 54 habitações identificadas, não apresentavam vestígios de moradia,

algumas casas podem ser classificadas como de especulação imobiliária, visto que o “dono”,

informou, em conversa, possuir outra residência em bairro com infraestrutura adequada,

sendo que aquela habitação seria destinada para adquirir fonte de renda por aluguel e

futuramente ser destinada aos filhos como herança.

As condições de moradias são precárias, ocasionando risco à saúde, e não possui

infraestrutura adequada, mas existem um forte vinculo social entre os moradores, dessa

maneira se faz necessário um estudo mais aprofundado, principalmente para compreender, o

porquê, da não adesão em sua totalidade dos moradores do quilombo ao programa minha casa

minha vida, especificamente aos residenciais Nova Valença e Nova Vida 1 e 2, que ficam a

distância de 500 metros da localidade do quilombo.

Medidas para resolver o problema habitacional já foram executadas no âmbito governamental,

como o programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal, que vem investindo em

moradias para famílias com baixa renda, e famílias com faixas salariais de ate um salário

mínimo.

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Essas habitações são construídas com o mínimo de investimento em infraestrutura física e

social, com capacidade familiar de ate quatro pessoas por imóvel.

Além da simplicidade dos imóveis, há o problema da convivência de várias famílias numa

mesma residência. O adensamento preocupa ainda mais na zona urbana que é de 756 em

domicílios próprios total. O aluguel, a precariedade das construções, as residências

improvisadas são problemas relacionados ao déficit habitacional.

10. PRECARIEDADE HABITACIONAL

O aumento da população urbana em relação à rural é uma justificativa para essa problemática.

A urbanização tanto em Valença, como em todo país, não veio acompanhada de novos

investimentos no setor habitacional e de melhorias urbanas, resultando no surgimento de

novos bairros com aspectos de favelas e vítimas de mazelas - especulação imobiliária,

favelização, precariedade de infraestrutura, etc.

A falta de políticas públicas para habitação explica parte desse problema. O número de casas

construídas através de programas sociais ou por iniciativa da Prefeitura é bastante reduzido e

não atende a demanda local.

Nos últimos dez anos, a quantidade de casas populares construídas e entregues somaram um

total de 608 unidades. Destas, 308 referem-se ao Programa de Regularização de

Assentamentos Precários e 300, ao Minha Casa Minha Vida. Até o final de 2015, serão

entregues outras 980 unidades.

O município conta com uma Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo, que será encarregada

de cuidar das questões habitacionais. A Prefeitura não dispõe de uma equipe técnica

especializada neste assunto, no entanto, tem buscado essa capacitação, entendendo as

necessidades do município. A fiscalização e acompanhamento virão consequentemente após

as capacitações.

Os desdobramentos dos problemas habitacionais em Valença são muitos. A ocupação de

forma desordenada e a falta de planejamento ocasionaram a construção de submoradias e

consequentemente a má qualidade de vida da população residente, desmotivação por parte de

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empreendedores, especulação imobiliária, falta de perspectivas e principalmente a negação do

direito à cidadania.

10.1 Características das Habitações

A ocupação horizontal é predominante no município de Valença, as construções são em sua

maioria de alvenaria, predominando as construções de padrão construtivo histórico.

Na cidade 26.310 domicílios são particulares permanentes, sendo 19.674 urbanos e 6.636

rurais de acordo com o censo demográfico realizado em 2010.

Tabela 13: Domicílios Particulares Permanentes – Ano 2010

TIPO DE DOMICÍLIO DOMICÍLIOS

Domicílios particulares permanentes - condição de ocupação - Próprio 21330

Domicílios particulares permanentes - condição de ocupação - Próprio

já quitado 21216

Domicílios particulares permanentes - condição de ocupação - Próprio

em aquisição 114

Domicílios particulares permanentes - condição de ocupação -

Alugado 3208

Domicílios particulares permanentes - condição de ocupação - Cedido 1750

Domicílios particulares permanentes - condição de ocupação - Cedido

por empregador 404

Domicílios particulares permanentes - condição de ocupação - Cedido

de outra forma 1346

Domicílios particulares permanentes - condição de ocupação - Outra

condição 54 Fonte: IBGE

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11. DÉFICIT HABITACIONAL QUANTITATIVO E

QUALITATIVO

No início da década de 1990, três parcelas

costumavam entrar na quantificação do déficit

habitacional: a demanda demográfica, relativa

ao número de unidades que se necessita

construir para atender ao crescimento

populacional; a demanda de reposição, referente

a parte do estoque de habitações que se

deteriora com o tempo e precisa ser reposto; e a

demanda latente, relativa às unidades

inadequadas que precisam ser substituídas.

Naquele momento a concepção vigente do déficit habitacional, considerava a necessidade de

substituição absoluta das unidades habitacionais situadas em favelas e cortiços. A luta dos

movimentos sociais por moradia e pela reforma urbana, com a resistência ao processo de

remoção de favelas, levou ao entendimento de que as favelas poderiam e deveriam ser

urbanizadas, garantindo-se à população ali residente o direito de permanência.

Novas alternativas que a partir de então se consolidaram para a política habitacional passam a

considerar de forma diferente o problema do déficit habitacional.

É nesse contexto que, em 1995, a Fundação João Pinheiro (FJP) desenvolve um estudo em

que propõe o conceito de necessidades habitacionais. Com um caráter mais amplo, este inclui

o déficit – necessidade de reposição total de unidades habitacionais precárias e o atendimento

à demanda reprimida –, a demanda demográfica – necessidade de construção de novas

unidades para atender ao crescimento demográfico –, e por fim, a inadequação.

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12. METODOLOGIA

Para o dimensionamento das necessidades habitacionais de Valença foi realizada uma

pesquisa quantitativa e qualitativa, fundamentada nos referenciais teórico-metodológicos

propostos pela Fundação João Pinheiro, utilizados para o cálculo do déficit habitacional no

Brasil.

Segundo a FJP (2005), considera-se déficit habitacional a necessidade imediata de construção

de novas moradias para a resolução de problemas sociais e específicos de habitação

detectados, envolvendo os domicílios instalados em edificações precárias do ponto de vista

físico, que não oferecem segurança aos seus ocupantes. São incluídos os domicílios rústicos,

os improvisados, os domicílios com coabitação familiar e aqueles em que haja ônus excessivo

com aluguel. A seguir os conceitos para uma maior compreensão da problemática do déficit

habitacional.

- Domicílios rústicos: domicílios que não apresentam paredes de alvenaria ou madeira

aparelhada, construídas com materiais inapropriados como, por exemplo: paredes de taipa não

revestida, madeira aproveitada e material de vasilhame; piso de terra, madeira aproveitada,

tijolo de barro cozido ou de adobe; cobertura de madeira aproveitada, palha, sapé ou material

de vasilhame. Esses domicílios apresentam desconforto para seus ocupantes, além de riscos

de desmoronamento e contaminação por doenças em decorrência de suas precárias condições

de salubridade.

- Domicílios improvisados: domicílios instalados em locais construídos para fins não

residenciais que, no momento em que foi realizada a pesquisa, serviam de moradia como, por

exemplo, lojas, fábricas, embarcações, carroças, vagões de trens, tendas e grutas.

- Domicílios com coabitação familiar: compreende a soma das famílias conviventes

secundárias com as famílias que viviam em cômodos cedidos ou alugados (considerados

como domicílios com coabitação disfarçada). As famílias conviventes secundárias são

famílias constituídas por, no mínimo, duas pessoas que residem em um mesmo domicílio

junto com outra família denominada principal. Cômodos são compartimentos usados como

moradia, localizados, por exemplo, em cortiços, cabeças de porco, entre outros.

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- Domicílios cujos moradores possuem ônus excessivo com aluguel: domicílios com

famílias que recebem até três salários mínimos e têm mais de 30% da sua renda familiar

comprometida com aluguel, máximo tolerável de gasto direto com habitação.

A inadequação habitacional corresponde à quantidade de moradias necessitadas de melhorias

que assegurem boa qualidade de vida e condições básicas de habitabilidade a seus ocupantes,

clientes potenciais para programas complementares e específicos que não visam à construção

de novas unidades. Nessa modalidade, estão incluídas as situações de adensamento excessivo,

carência de infraestrutura, inadequação fundiária urbana e falta de unidade sanitária interna.

São inadequações habitacionais:

- Domicílios com adensamento interno excessivo: domicílios com mais de três pessoas por

dormitório definido como o cômodo utilizado, com exceção do banheiro, para essa finalidade

em caráter permanente por morador do domicílio na data de referência da pesquisa.

- Domicílios com carência de serviços de infraestrutura: foram considerados como

inadequados os domicílios que não possuem um ou mais serviços básicos de distribuição de

água e de energia elétrica, coleta de lixo e de esgoto.

- Domicílios com inadequação fundiária urbana: domicílios com moradores que

declararam não ter a propriedade do terreno e sim apenas da construção, gerando insegurança

na permanência dos moradores na habitação.

- Domicílios sem unidade sanitária interna: Ausência de sanitários ou banheiros internos

nos domicílios.

13. ANÁLISES DE DADOS

Para se chegar aos resultados obtidos foi realizada uma pesquisa de campo envolvendo uma

parte da população do município. Após esta pesquisa, foi feita mais uma de amostra, a fim de

que fossem comparados os dados, buscando uma precisão, comprovação e autenticidade.

A pesquisa foi realizada pelo Método de Interceptação de recolha de dados

(um questionário), com informações factuais relacionadas ao Projeto, e baseada em amostras

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da população (ex.: Feira da Mulher, organizada pela Secretaria de Promoção Social, nas ruas),

considerando-se a representatividade da amostra em relação à população-alvo de interesse

para o Projeto.

Os fatores predominantes para a escolha do Método foram, a saber; Custo, cobertura da

população alvo, flexibilidade em fazer os questionários, aceitação em responder e precisão na

resposta.

13.1 Domicílios Particulares Permanentes

De acordo com o IBGE, domicílio particular permanente é aquele “localizado em unidade que

se destina a servir de moradia (casa, apartamento e cômodo)”. Por razões técnicas, neste

documento substituiremos o termo residência ou casa por domicílio particular permanente. Os

domicílios vagos são aqueles destinados para fins residenciais, mas que se encontram

fechados.

De um total de 26.310 domicílios particulares permanentes apontados no município de

Valença pela pesquisa do último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística Em 2010, cerca de 74,77% destes encontram-se na área urbana.

Se considerarmos os domicílios vagos, há um empate técnico entre a quantidade verificada no

interior e na cidade, como se vê na tabela abaixo:

Tabela 14 - Domicílios Particulares Permanentes e Domicílios Vagos 2010

Domicílios Particulares Permanentes (1) Domicílios Vagos

TOTAL URBANO

RURAL

Total Urbana Rural Total

Extensão

urbana Demais áreas

26.310 19.674 6.636 - 54 7.341 4012 3329 Fonte: IBGE

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Gráfico 11 - Domicílios Particulares Permanentes

Fonte: SEDUR/PLANEHAB

Tabela 15 - Domicílios Vagos

DOMICÍLIOS VAGOS

Total Urbana Rural

7.341 4012 3329

Fonte: IBGE

Foi apontado no último senso do IBGE 2010 que o município de Valença teve uma taxa de

desenvolvimento urbano de 72,6%, quase alcançado a marca registrada pelo nordeste que teve

um desenvolvimento de 73,13% e Brasil no mesmo período registrou índice de 84,36% de

desenvolvimento urbano.

26342

3673

19688

6654

13,94% 74,74% 25,26%

DPP - Total Extrema Pobresa DPP - Urbana DPP - Rural

Domicílios Particulares Permanentes

DPP Percentual

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Tabela 16 - Domicílios Particulares Permanentes Valença BA entre 2000 e 2010

Ano

Situação do Domicílio

Urbana Rural Total

2000 16984 4578 21562

2007 18482 5891 24373

2010 19674 6636 26310 Fonte: IBGE

Programas Importantes

Governo do estado oferece apoio técnico para construção do PMHIS de

Valença

O Governo do Estado, através da Secretaria do Desenvolvimento Urbano (SEDUR), garantiu

apoio técnico para a construção do Plano Municipal de Habitação de Interesse Social (PMHIs)

de Valença. O anúncio foi feito durante uma reunião no dia 09 de junho, da SEDUR com as

arquitetas urbanistas do órgão, Dr. Silvia, Dr. Escudeiro e Dr. Lurdes Sousa, e o secretário

municipal do Planejamento, Alexandre Aquino. Este apoio também vai permitir que as casas

do programa Minha Casa, Minha, Vida no município, tenha orientação da SEDUR

para agilizar e organizar as entregas das novas residências. Ao todo são 980 unidades, que se

encontra em fase final de construção, no bairro do Novo Horizonte. Outras 131 já estão

construídas no mesmo bairro através do FNHIS, 126 serão construídas pelo PMCMV-

Entidades e mais 50 casas serão direcionadas para a zona rural através do Programa Nacional

de Habitação Rural (PNHR - Entidades).

O PMHIs de Valença está sendo construído pela Consulpan e encontra-se em fase de escuta

da sociedade. O Plano é um conjunto de objetivos e metas diretrizes e instrumentos de ação e

intervenção para o setor habitacional. Expressa o entendimento dos governos locais e dos

agentes sociais sobre a habitação de interesse social. Além disso, o PMHIS deve integrar o

Plano Diretor de Valença, sendo parte de seu detalhamento.

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13.2. Déficit Habitacional Básico

De acordo com o estudo elaborado pelo Instituto João Pinheiro, com base nos dados do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), há em Valença um déficit de mais de

4.207 domicílios. Dados levantados no ano de 2010 pelo IBGE. Censo Demográfico 2010.

Gráfico 12 - Estimativas do Déficit Habitacional Básico – 2010

Fonte: FJP

O campo representa quase 25% dos casos. Isso se explica pelo fato da precariedade dos

domicílios construídos no interior do município, normalmente utilizando técnicas e materiais

rudimentares.

Tabela 17 - Estimativas do Déficit Habitacional Básico Em Valença – 2010

DÉFICIT HABITACIONAL BÁSICO (2)

ABSOLUTO % DO TOTAL DOS DOMICÍLIOS

Total Urbana Rural Total Urbana Rural

4207 2668 1539 16 13,6 23,2 Fonte: FJP 2010

23,2%

13,6%

Estimativas do Déficit Habitacional Básico

déficit hab. Rural relativo

déficit hab. urbano relativo

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13.3. Análise dos componentes do Déficit Habitacional

De acordo com a Fundação João Pinheiro, os componentes do déficit habitacional são: os

domicílios improvisados, os domicílios rústicos e a coabitação familiar. Os dois primeiros

indicam precariedade habitacional de parcela do estoque de moradias existentes, enquanto o

último reflete insuficiência do estoque em face ao montante de famílias dentro de nossos

parâmetros culturais. Há ainda, os moradores que possuem ônus excessivo com aluguel, que

também se inclui nos componentes do déficit habitacional.

A questão do déficit habitacional, do ponto de vista de seus componentes, muda a depender da

região do município. Na cidade, a coabitação (famílias conviventes e cômodos) é a

dificuldade mais recorrente. A zona rural tem nos domicílios rústicos o seu principal

problema. A tabela e o gráfico abaixo ilustram esta situação.

Tabela 18 - Estimativas dos Componentes do Déficit Habitacional Básico de Valença -

2010

DOMICÍLIOS

PRECÁRIOS

FAMÍLIAS

CONVIVENTES

CÔMODOS DOMICÍLIOS

RÚSTICOS (2)

Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural

1708 536 1172 1660 1293 367 26310 18208 8102 1271 122 1149

Fonte: FJP 2010

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Gráfico13 - Resumo dos Componentes (Valença)

Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI)

Diante da dificuldade financeira de se construir, financiar ou alugar uma casa, famílias de

moradores urbanos passam a dividir o mesmo domicilio. Dessa forma, os pais passam a

conviver com filhos e netos debaixo de um mesmo teto, esta é uma realidade no município de

Valença que ocorre tanto na Zona Urbana como Rural.

Os domicílios rústicos representam 30,21% dos problemas de ordem de déficit habitacional na

cidade. Um pouco atrás vem à questão das residências precárias.

A casa de taipa ou de barro esconde por trás disso um componente do déficit habitacional. As

famílias conviventes e aquelas que habitam locais não construídos para fins residenciais

também são notadas nas áreas rurais, como se ver no gráfico acima.

A seguir será feita uma análise mais detalhada de cada um dos componentes.

536 1172 1293 367

18208

8102

122 1149 0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

20000

Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

DOMICÍLIOSPRECÁRIOS

FAMÍLIASCONVIVENTES

CÔMODOS DOMICÍLIOS RÚSTICOS(2)

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DOMICÍLIOS RÚSTICOS

Dos 1271 casos de domicílios rústicos apontados pela pesquisa do Instituto João Pinheiro, a

maioria deles está localizada no interior na zona rural. Razões de ordem cultural, econômica e

política explicam esta realidade. A tradição de se construir casas utilizando como recurso o

barro é passado de geração a geração.

O domicílio rústico no município valenciano tem como matéria prima relevante, o barro.

Aliás, este tipo de edificação rude é comum na maioria das áreas rurais das cidades

nordestinas. São as taperas ou casas de taipa construídas à base de cipós, finos troncos de

sabiás ou de marmeleiros - vegetação abundante na região - e barro molhado. Apenas o

telhado é coberto por telhas produzidas em olarias.

Essas habitações, embora aparentemente frágeis e sem conforto, são a segurança e garantia de

boa acolhida para agricultores que muitas vezes não têm dinheiro para sustentar os ou bancar

qualquer obra, por mais simples que seja. Estas casas de barro que são construídas utilizando-

se a técnica de pau a pique, apesar de ter um custo mais baixo e ser de fácil execução estão

caindo em desuso. Razão como baixa durabilidade, infiltrações, vulnerabilidade às

intempéries, entre outros explicam a decadência desta técnica de construção.

As casas construídas em adobão de argila, construções mais comuns, são também as mais

resistentes. O adobe cozinhado tem uma resistência superior a de um tijolo cru. O reboco

destas paredes, com o tempo cede e deve ser refeito outras vezes.

Tabela 19 - Domicílios Rústicos

Total Urbana Rural

1271 122 1149

Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI)

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86

Gráfico 13 - Domicílios Rústicos

Fonte: FJP 2010

DOMICÍLIOS PRECÁRIOS

Dos componentes do déficit habitacional é segundo menos representativo, respondendo por

9,5% de todo o total.

É considerado domicílio precário toda instalação fixa que não deveria, em tese, servir de

moradia - como prédios em construção, postos de saúde, vagões de trem, buracos, carroças,

galpões, fábricas, escolas, casas de farinha, embarcações, ruínas, tendas, grutas, etc.

Em Valença, de acordo com o PLANEHAB 2015 dos 91 casos verificados deste domicílio,

2,13% situam-se na zona rural. Isso se justifica pela maior concentração de pobreza nessa

região. A perda de renda pode estar pressionando esta população, em sua maioria rural, em

direção à base da ladeira habitacional.

10%

90%

DOMICÍLIOS RÚSTICOS

Urbana

Rural

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87

A dificuldade em adquirir, comprar ou alugar um imóvel leva diversas famílias a improvisar

qualquer tipo de construção para fins residenciais. Dessa forma, famílias inteiras acomodam-

se em casas abandonadas, antigas escolas e etc. O domicílio precário, pelo conceito do

Instituto João Pinheiro, é o mais precário, problemático e carente dos componentes.

Os dados da tabela abaixo que relativos à coabitação familiar e domicílios precários por faixa

de renda, revela a existência de uma grande maioria da população com renda de zero a três

salários mínimos vivendo em domicílios desta natureza. Os números acima corroboram outros

dados já analisados que diz respeito às famílias de classes C e D que vivem na miséria - as

periferias da cidade e zona rural. Estes núcleos familiares são obrigados pela dificuldade

financeira a aglomerar várias famílias em residências com espaços físicos reduzidos e

precários, quando não ocupam locais sem condições de funcionarem como residências

(galpões, fábricas, construções abandonadas, etc.).

Tabela 20 - Domicílios Precários

Total Urbana Rural

91 51 40

Fonte: SEDUR/PLANEHAB 2015

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88

Gráfico 14 – Domicílios Precários

Fonte: SEDUR/PLANEHAB 2015

COABITAÇÃO FAMILIAR

A coabitação familiar constitui o componente mais preocupante na sede do município

valenciano. Este componente compreende a soma das famílias conviventes secundárias que

vivem no mesmo domicilio junto com outra família, principal.

Famílias conviventes moram ocupando o mesmo domicílio sendo, ou não parentes entre si.

Cada família pode ser constituída por "pais-mães-filhos", por "pais-filhos" ou por "mães-

filhos". Outros adultos sem filhos, parentes ou não, podem também viver no domicílio.

Nessa categoria são também agrupadas as famílias compostas de duas ou mais gerações,

desde que em cada geração haja pelo menos uma mãe ou um pai com filhos até 18 anos.

Urbana 1,75%

Rural 2,13%

DOMICÍLIOS PRECÁRIOS

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Tabela 22 – Coabitação Familiar

Total Urbana Rural

1660 1293 367

Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI)

Tabela 21- Coabitação Familiar e Domicílios Precários Urbanos, por Faixas de

Renda Em Valença – 2010

FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-MÍNIMOS)

SEM

RENDIMENTOS 0 A 3 3 A 6 6 A 10 10 OU MAIS TOTAL

Absoluto % Absoluto % Absoluto % Absoluto % Absoluto % Absoluto %

39 7,27 462 86,19 35 6,52 0 0 0 0 536 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI)

Gráfico 15 – Famílias Conviventes

Fonte: FJP 2010

78%

22%

FAMÍLIAS CONVIVENTES

Urbana

Rural

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Tabela 23 - Famílias Conviventes Urbanas, por Faixas de Renda em Valença – 2010

FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-MÍNIMOS)

SEM

RENDIMENTOS 0 A 3 3 A 6 6 A 10 10 OU MAIS TOTAL

Absoluto % Absoluto % Absoluto % Absoluto % Absoluto % Absoluto %

23 1,77 780 60,32 306 23,66 162 12,52 22 1,7 1293 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI)

O componente do déficit habitacional - famílias conviventes - está espalhado por toda cidade

e interior, atingindo precipuamente a população mais pobre. 61% dos casos ocorrem em

famílias com renda mensal de até 3 salários mínimos, como se ver na tabela.

DOMICÍLIOS DE ALUGUEL

Os domicílios alugados concentram-se predominantemente na zona urbana. Há casos

raríssimos de imóveis de aluguel no interior do município de Valença. O aluguel de um

imóvel passa a ser a opção mais econômica e viável para ser um local para morar. A

construção de uma nova residência demanda um montante financeiro aquém da renda da

maioria da população de baixa renda.

No entanto, há famílias que pagam um valor alto de aluguel, comprometendo mais de 30% do

que ganham com esta despesa. Esses casos são mais notados nas ZEIS – Zonas Especiais de

Interesse Social (Estância Azul, Alto do Amparo e CVI – Companhia Valença Industrial).

Tabela 24 - Domicílios urbanos alugados, por famílias por faixa de renda em Valença –

2015

FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-MÍNIMOS)

Sem rendimentos 0 -3 SM 3 - 6 SM 6 - 10 SM

42 2306 567 293 Fonte: Estimativa Consulplan 2015

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Inadequação Habitacional

Algumas famílias residem em imóveis próprios, sem possuir banheiro ou mesmo ser servida

por rede de esgoto. Estas moradias se enquadram na inadequação habitacional. São domicílios

que precisam passar por melhorias, não somente em sua estrutura física, mas também no seu

entorno. Estas melhorias dizem respeito à infraestrutura (saneamento básico, energia elétrica,

coleta de lixo, etc.) à regularização fundiária, à construção de unidades sanitárias ou mesmo

ao adensamento excessivo.

Na cidade de Valença, em meio aos 12067 casos de inadequação habitacional, a carência de

infraestrutura corresponde a 19,4% dos casos de inadequação. São mais de 3500 domicílios

que necessitam de um ou mais serviços de infraestrutura. Há um déficit atual de 2984

banheiros. O adensamento excessivo responde por 3,8% dos casos. A inadequação fundiária é

a que tem maior representatividade entre os componentes da inadequação habitacional.

Tabela 25 - Inadequação dos Domicílios Urbanos Em Valença - 2010

INADEQUAÇÃO FUNDIÁRIA (1)

ADENSAMENTO EXCESSIVO (1)

DOMICÍLIO SEM BANHEIRO (1)

CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA (2)

Absoluto

% dos domic. urbanos

Absoluto % dos domic. urbanos

Absoluto % dos domic. urbanos

Absoluto % dos domic. urbanos

4517 23 756 3,8 2984 16,21 3810 19,4 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI)

(1) Apenas casas e apartamentos urbanos.

(2) Casas e apartamentos urbanos que não possuem um ou mais dos serviços de infraestrutura:

iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgotamento sanitário

ou fossa séptica, e coleta de lixo.

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Gráfico 16 - Inadequação dos Domicílios 2010

Fonte: FJP 2010

Os gráficos a seguir comprovam que as famílias que recebem 0 a 3 salários mínimos ao fim

do mês são as mais suscetíveis ao adensamento excessivo (85%), à inadequação fundiária

(78%), à carência de infraestrutura (61%) e aos domicílios sem banheiro (79%).

37%

6% 25%

32%

Inadequação dos Domicílios - 2010

INADEQUAÇÃO FUNDIÁRIA

ADENSAMENTO EXCESSIVO

DOMICÍLIO SEM BANHEIRO

CARÊNCIA DEINFRAESTRUTURA

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Gráfico 17 - Inadequação dos Domicílios Urbanos conforme renda familiar – 2010

Fonte: FJP

ADENSAMENTO EXCESSIVO

O adensamento excessivo refere-se aos domicílios superlotados, com uma densidade superior

a 03 moradores por cômodos servindo como dormitório, parâmetro utilizado pela Fundação

João Pinheiro e Ministério das Cidades. O grau do adensamento excessivo reflete a escassez

da oferta de moradia adequada e um descompasso entre o tamanho das famílias e o tamanho

da residência.

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As casas longe dos bairros de classe média tendem a ser menores e mais compactas. Estes

imóveis localizados na periferia de Valença são habitados por famílias de baixa renda que não

possuem recursos financeiros para adequar a residência ao tamanho dos moradores da mesma.

Os 756 casos identificados de adensamento excessivo distribuem-se nos bairros pobres da

cidade e em algumas localidades rurais.

INADEQUAÇÃO FUNDIÁRA

A proporção da população residente em domicílios urbanos com irregularidade fundiária, com

direitos de propriedade mal definidos sobre a terra e a moradia.

No entanto, estudiosos da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA),

acreditam que estes números são subestimados. Há uma tendência de não declaração de

situações irregulares por parte dos moradores, devido ao medo de possíveis ações de despejo.

Para se ter uma ideia, em todo o país, foram contadas 7,2 milhões de pessoas em domicílios

com irregularidade fundiária. No entanto, a Secretaria Nacional de Programas Urbanos do

Ministério das Cidades trabalha com uma estimativa de 12,7 milhões de famílias, como

público-alvo dos seus programas de regularização fundiária.

Em Valença, apenas 4517 domicílios (37% do total de casos de inadequação habitacional) dos

mais de 10.000 apontados pelo Censo Demográfico do ano de 2010 apresentam algum tipo de

irregularidade fundiária. Estes números estão abaixo da realidade. Estudos mais precisos

deverão ser executados para se chegar à realidade deste problema.

INEXISTÊNCIA DE UNIDADE SANITÁRIA INTERNA

Uma das limitações financeiras de grande parte da população de Valença está a

impossibilidade de se construir um banheiro dentro da residência. Este problema é pertinente

em praticamente todos os imóveis localizados na zona rural e também presente na área

urbana, onde existem invasões e ou habitações inadequadas como na localidade do Quilombo,

Por do Sol, Mangue Seco etc.

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Abarcando 25% dos casos de inadequação habitacional, a carência de banheiro interno é

preocupante. Muitas doenças poderiam ser evitadas se existisse uma unidade sanitária,

composta por vaso sanitário, lavabo e chuveiro, dentro do domicílio.

A construção dos banheiros em cada casa é uma questão de saúde pública, não meramente

habitacional. Viver com higiene e qualidade é essencial para o bem-estar de a população.

CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA

A falta de infraestrutura é o problema mais crônico da inadequação habitacional no município

de Valença. Um em cada três domicílios urbanos não possui um ou mais tipos de

infraestrutura. Ainda há um número bastante expressivo de domicílios não servidos por esses

benefícios.

A coleta de lixo vem melhorando a cada dia, a limpeza pública ampliou a área de atuação,

bem como o número de máquinas e de pessoal. Com estas iniciativas, acredita-se na redução

desta demanda, porém o destino ainda é inadequado, lixão do Orobó, onde não existe

qualquer controle a não ser do quantitativo de lixo, seja domiciliar ou de demolição

despejado.

Gráfico 18 – Critérios de Carência e Infraestrutura Urbana

Fonte: FJP 2010

13%

59%

10%

18%

Critérios de Carência e Infraestrutura Urbana - 2010

Abastecimento de Água

Esgoto Sanitário

Iluminação Elétrica

Coleta de Lixo

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O acesso a saneamento básico adequado torna a população menos vulnerável a doenças de

veiculação hídrica e ou do solo, sendo elevada a correlação entre os níveis de mortalidade na

infância e a ausência do serviço de saneamento. A rede de esgoto deixa de atender 59% dos

domicílios de Valença.

A energia elétrica e a rede de água presentes em quase todos os logradouros do município de

Valença constituem o serviço de infraestrutura com a maior oferta.

13.4. Déficit Habitacional em Valença - Estudo Aprofundado

No o ano de 2015 foi aplicada uma pesquisa que abarcou praticamente toda área territorial

valenciana para diagnosticar em campo a situação habitacional no município de Valença. Esta

pesquisa complementa e especializa os dados do IBGE, da FJP, entre outros, apresentados e

discutidos no capítulo anterior.

Mais de 08 mil famílias foram cadastradas e responderam a pesquisa feita de forma

quantitativa. Às perguntas elaboradas pelos pesquisadores a respeito da quantidade de

moradores, situação do domicílio, da infraestrutura, da regularização fundiária, entre outras. O

modelo do formulário de perguntas segue em anexo.

Técnicos da Consulplan juntamente com alguns presidentes de Associação de Moradores,

foram responsáveis pela coleta dos dados aplicados no município.

Os dados desta pesquisa revelam em que condições vivem a população valenciana. A partir

destes dados, é possível saber quais são as regiões mais carentes de investimentos no campo

habitacional, por exemplo, bem como aquelas que mais necessitam de obras de infraestrutura.

Por estes quantitativos, nota-se que a pesquisa não abarcou a população em sua totalidade,

mas mesmo assim é possível fazer uma leitura da questão habitacional em Valença. Já que as

8.867,3 mil pessoas cadastradas equivalem a 10% da população valenciana.

Outro ponto importante a ser lembrado é que esta pesquisa teve como base para

caracterização do déficit habitacional, a metodologia utilizada pelo IBGE. Esta metodologia

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significou um marco para a rediscussão do chamado “déficit habitacional brasileiro”, por sua

abordagem, amplitude e divulgação dos resultados, tornando-se referência nacional para o

assunto.

13.5. Análise geral domiciliar

13.5.1. Natureza do imóvel

De acordo com o gráfico abaixo foram pesquisados pela Consulplan cerca de 1669 domicílios

em todo o município de Valença. A maioria deles (57%) situa-se na cidade. Nestas

residências vivem aproximadamente 4333 pessoas.

O gráfico abaixo informa que três em cada quatro domicílios são próprios. Em seguida vêm

os domicílios cedidos, representando 11 % do total. Apenas 12% deles são alugados.

Gráfico 19 – Condição Habitacional de Valença

Fonte: Estimativa Consulplan 2015

13.5.2. Déficit Habitacional

1% 4%

11%

12%

72%

Condição Habitacional de Valença

Outros Invadida Cedida Alugada Própria

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Segundo a tabela abaixo, o principal problema de déficit habitacional, está relacionado aos

domicílios rústicos, seguido pelo caso de mais de uma família vivendo em uma mesma

residência – domicílios com coabitação.

Tabela 26 – Componentes do Déficit Habitacional

ÍTEM REGIÃO Nº DE

PESSOAS

Nº DE

DOMICÍLIOS

DÉFICIT

HABITACIONAL TOTAL

D E F G

1 Zona

Urbana 68.551 20.402 582 54 1283 129 2.048

2 Zona

Rural 25.884 7.703 1400 42 555 0 1.927

TOTAL 94.435 28.105 1982 96 1838 129 3.975 Fonte: Estimativa IBGE/ PLANEHAB/ CONSULPLAN 2015

Legenda:

D = Domicílio rústico

E = Domicílio improvisado

F = Domicílio c/ coabitação familiar

G = Domicílio cujos moradores possuem ônus excessivo c/ aluguel

Gráfico 20 - Déficit Habitacional/Populacional em Valença

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Fonte: Estimativa IBGE/ PLANEHAB/ CONSULPLAN 2015

Gráfico 21 - Componentes Urbanos de Valença

Fonte: Estimativa IBGE/ PLANEHAB/ CONSULPLAN 2015

4678

2797

1881

4,95% 4,39% 7,26% 0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

Total Urbano Rural

Déficit Percentual

937

582

54 88

1283

129 30,49% 18,98% 1,75% 2,80% 41,76% 4,22%

Ônus comAluguel

Rústico Improvisado Dom Cômodo Coabitação AdensamentosExcessivos

nos Alugados

Componentes Urbanos

Município Percentual

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Gráfico 22- Componentes Rurais de Valença

Fonte: Estimativa IBGE/ PLANEHAB/ CONSULPLAN 2015

São 1.982 famílias residentes em assentamento precários, ou seja, aqueles que não apresentam

paredes de alvenaria ou madeira aparelhada, o que resulta em desconforto para seus

moradores e risco de contaminação por doenças. Na prática, o problema se agrava mais no

campo. Dos 7.703 imóveis rurais, 18,17% apresentam precariedade em sua construção. As

regiões de Cajaíba; Jaqueira, fundo de Barroso e Porto da Valgi, são os locais de maior

ocorrência de domicílios rústicos.

Foram registrados 1283 domicílios com coabitação. Os casos de famílias conviventes e

cômodos são mais comuns na cidade, que registra 3/4 dos casos.

13.5.3. Inadequação Habitacional

Há muitas famílias em Valença vivendo em locais não adequados para habitação, existem

famílias de baixíssima renda que improvisam residências em galpões abandonados, casas de

“papelão”, lona, revelando assim a face mais cruel do problema da falta de moradia.

0

1400

42 0

555

0 0,00% 70,05% 2,13% 0,00% 27,82% 0,00%

Ônus comAluguel

Rústico Improvisado Dom Cômodo Coabitação AdensamentosExcessivos

nos Alugados

Componentes Rurais

Municipio Percentual

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Além da questão do Déficit Habitacional Quantitativo, existe também a Inadequação

Habitacional, no qual são enquadradas as situações que não necessitam de novas moradias,

demandando apenas reformas, regularização, e ampliação da moradia.

Gráfico 23 – Inadequação Urbana

4.742

4.123

731

3724

985

139

863 882

24,08% 20,94% 3,71% 18,91% 5,00% 0,70% 4,38% 4,47%

Urbana Infra (Crusado:

Água, Esgoto,Elétrica )

Domicílios s/Água

Domicílios s/Esgoto

Domicílios s/Coletade Lixo

Domicílios s/Energia

Domicílios s/WC

Adensamento Excessivo

em Dom Part

Inadequação Urbana

Município Percentual

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Gráfico 24 – Inadequação Rural

Fonte: SEDUR/PLNEHAB

Em todo o município de Valença, 38.186 pessoas, aproximadamente 40% da população

estimada, ainda vivem em condições de moradia inadequada, com relação a ausência de

infraestrutura. Na verdade, a falta de melhorias urbanas constitui no principal problema de

Inadequação Habitacional, neste município, apesar dos altos índices de urbanização.

O tratamento e abastecimento de água em Valença são de responsabilidade do SAAE. Os

números do esgotamento são elevados. 51,62% da cidade são atendidas por esse serviço,

atingindo 13582 domicílios.

Apesar dos bons indicativos de infraestrutura física, a cidade carece ainda de melhorias e de

expansão de saneamento básico. No entanto, a cidade experimenta um crescimento urbano

desorganizado, onde as obras de melhorias urbanas são executadas num ritmo inversamente

proporcional ao surgimento de novas residências em suas áreas de expansão.

Algumas partes da cidade ainda não possuem esgotamento sanitário e não possui rede de

distribuição de água. A urbanização de áreas pobres, como a ZEIS, faz-se necessário, em

virtude não somente do saneamento básico, mas também da não pavimentação das vias

6.623 6.623

3276

6426 6001

1371

3201

411 99,53% 99,53% 49,23% 96,57% 90,18% 20,60% 48,10% 6,17%

Rural Infra (Crusado:

Água, Esgoto,Elétrica )

Domicílios s/Água

Domicílios s/Esgoto

Domicílios s/Coletade Lixo

Domicílios s/Energia

Domicílios s/WC

Adensamento Excessivo

em Dom Part

Inadequação Rural

Município Percentual

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públicas, da coleta de lixo esporádica ou inexistente, das redes clandestinas de energias, entre

outros problemas. Entre os domicílios verificados, 54% contam com serviços urbanos

deficientes ou nulos.

Estes números incluem as residências localizadas na zona rural, onde há a ocorrência de

ausência ou precariedade de recursos hídricos (cisternas, poços artesianos, barragens,

barreiros, etc.), de fossas sanitárias, de estradas vicinais, entre outros.

Outro problema recorrente tanto na área urbana quanto no meio rural diz respeito a ausência

de unidade sanitária. Há um déficit de 618 de sanitários segundo a pesquisa. Desse total, 87%

dos banheiros deverão ser construídos nos domicílios rurais do município.

Quanto às pessoas que mora em domicílios onde há superlotação domiciliar – com densidade

superior a três pessoas por cômodo usado como dormitório. Este problema duplica-se na zona

urbana, que detém 323 domicílios nesta situação.

14. DEMANDA FUTURA

A Demanda Futura corresponde à necessidade de construção de novas unidades para atender

às novas famílias que venham a se formar futuramente e precisem de novas moradias, em

função do crescimento populacional e das mudanças nos arranjos familiares. Ou seja, a

demanda futura está relacionada à quantidade de moradias que devem ser acrescidas ao

estoque para acomodar correta e confortavelmente o crescimento populacional projetado em

determinado intervalo de tempo.

15. REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da

Constituição Federal estabelecem diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências.

Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF. Data da

publicação 11 de julho de 2001.

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104

BRASIL. Lei Federal nº 11.124, 16 e junho de 2005. Dispõe sobre o Sistema Nacional de

Habitação de Interesse Social – SNHIS, cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse

Social – FNHIS e institui o Conselho Gestor do FNHIS. Diário Oficial [da] República

Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF. Data da publicação 17 de junho de 2005.

CEF – Caixa Econômica Federal. Caderno de Orientações para Elaboração de Metodologia de

Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS (Versão 2). 2008.

ESTATUTO DA CIDADE. Guia para implementação pelos municípios e cidadãos. Brasília:

2001.

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA – Secretaria de Desenvolvimento Urbano –

Superintendência de Habitação: PLANHAB – Plano Estadual de Habitação de Interesse

Social e de Regularização Fundiária, Território de Identidade: (06) BAIXO SUL.

SITES

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004- 2006/2005/Lei/L11124.htm

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10257.htm

http://bahia.com.br/cidades/valenca/

http://empresasdobrasil.com/empresas/valenca-ba/pre-escolas-educacao-infantil?pagina=2

http://maplink.com.br/Transito/BA/valenca

http://sim.sei.ba.gov.br/sim/informacoes_municipais.wsp

http://valenca.ba.gov.br/

http://www.cmvalenca.ba.gov.br/memorial/historico.asp

http://www.cmvalenca.ba.gov.br/memorial/aspectos.asp

http://www.meioambiente.ba.gov.br/gercom/macrozoneamento_perfil_socio_ambiental_baix

o.pdf

http://www.policiacivil.ba.gov.br/interior.html

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105

http://www.sedur.ba.gov.br/pavimentacao-de-ruas-melhora-a-mobilidade-urbana-no-

municipio-de-valenca/

http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/valenca_ba

http://ideb.inep.gov.br/

http://www.ipea.gov.br/

PLANO DIRETOR, Lei municipal nº 1856, de 07 de outubro de 2006.

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106

ANEXOS

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107

ANEXO 01

Formulário de Pesquisa

A- Dados do entrevistado:

1. Nome: RG:

2. Endereço (Rua/nº) Bairro/Vila:

3. Representa qual entidade/associação?

4. Foi selecionado através de eleição?

5. Há quanto tempo?

6. A entidade está legalmente constituída? ( ) Sim ( ) Não ( ) Em processo

7. De que forma você atua na comunidade?

B- Entidade/Associação:

8. Quantas famílias participam esta entidade/associação?

( ) 01-10 ( ) 11-20 ( ) 21-30 ( ) 31-40 ( ) Mais de 40

9. Quais os bairros/comunidades que a sua entidade/associação abrange?

10. Qual a frequência que a entidade/associação se reúne para discutir seus

interesses?

( ) Semanalmente ( ) Quinzenalmente ( ) Mensalmente ( ) Esporadicamente

11. Qual o canal de comunicação entidade/associação?

( ) Telefone ( ) Correio eletrônico ( ) Site ( ) Não existe

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12. Qual a relação existente entre a entidade/associação e o poder público?

( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Não existe

13. Com que frequência a entidade/associação participa de reuniões ou assembleias

de interesse da comunidade?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes ( ) Frequentemente ( ) Sempre

14. Os moradores da comunidade têm acesso à informação das ações do poder

público?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes ( ) Frequentemente ( ) Sempre

15. Existem representantes da entidade/associação junto ao poder público?

( ) São ( ) Sim ( ) Quais? ( ) Conselhos municipais ( ) Associação ( ) Outros

C- Perfil da comunidade:

16. Qual a renda Familiar da maioria da comunidade que representa?

( ) 0,0 – Sem renda ( ) 1,00 a 250 ( ) 251,00 a 510 ( ) 511,00 a 1.020,00

( ) 1.021,00 a 1.275,00 ( ) 1.276,00 a 1.530,00 ( ) Acima de 1.530,00

17. A maioria está cadastrada no programa Bolsa Família?

( ) Sim ( ) Não

D- Habitação da comunidade:

18. Características da habitação

( ) Material aproveitado ( ) Madeira ( ) Alvenaria ( ) Mista ( ) Banheiro fora de

casa

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19. Situação da residência

( ) Alugada ( ) Arrendada ( ) Cedida ( ) Financiada Própria ( ) Com

documento

( ) Sem

documento

20. Quais as principais necessidades habitacionais nas comunidades de abrangência

da Associação?

( ) Melhoria na casa ( ) Melhoria no banheiro ( ) Nova moradia

21. Quais as principais situações que ocorrem na comunidade, por ordem de

prioridade?

( ) Coabitação (mais de uma família mora junto na mesma casa

( ) Precárias (problemas na construção-paredes/telhados/tamanho muito pequeno,

etc.

( ) Em áreas de risco de enchente ou de deslizamento/desmoronamento

( ) Em margens de rio ou córrego (área de preservação permanente)

E- Dados gerais

22. Quais os maiores problemas que a entidade/associação reivindica?

23. Como é feita esta solicitação do poder público?

24. A quem recorre em algum caso de emergência? Como?

25. Outros aspectos considerados de importância para a análise dos aspectos sociais.

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ANEXO 02

MAPAS PROJETO SEDE

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Mapa 1 - Projetos

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Mapa 2 - Zoneamento

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Mapa 3 - Perímetro Urbano

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Mapa 4 - Áreas Especiais e Ambiências Significativas

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Mapa 5 - Recuperação Ambiental

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Mapa 6 - Níveis de Carência Habitacional

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Mapa 7 - Áreas Especiais de Interesse Social

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118

Mapa 8 - Reconstrução Urbana

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Mapa 9 – Macrozoneamento

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Mapa 10 – Zoneamento

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Mapa 11 – Áreas Especiais e Ambiências Significativas

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MAPAS PROJETO GUAIBIM

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Mapa 1 – Projetos

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124

Mapa 2 – Perímetro Urbano

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Mapa 3 – Zoneamento

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Mapa 4 – Áreas Especiais e Ambiências Significativas

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127

Mapa 5 – Controle da Qualidade Ambiental

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128

Mapa 6 – Níveis de Carência Habitacional

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Mapa 7 – Áreas Especial de Interesse Social

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Mapa 8 – Estruturação Urbana

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Mapa 9 – Macrozoneamento

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Mapa 10 – Zoneamento

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Mapa 11 – Áreas Especiais e Ambiências Significativas

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FOTOS DA ZONA URBANA DE VALENÇA

COJUNTO PROFESSOR MACÁRIO

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INVASÃO PÔR DO SOL

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NOVO HORIZONTE

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JAQUEIRA

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MANGUE SECO

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139

BAIRRO TIO VIRGINIO

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BAIRRO SANTA LUZIA - GUAIBIM

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BAIRRO DA BOLIVIA

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FOTOS DA ZONA RURAL DE VALENÇA

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QUILOMBO