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   UNIVERSID DE  TE NOL GI  FEDER L  DO  P RN  MPUS  LONDRIN  URSO  DE  ENGENH RI  M IENT L       VIT RI  LISBO  C LIF NI         DI GN STI O D  R ORIZ Ç O UR DE  TR S  SETORES  DO MUNI PIO DE LONDRIN , PR       TR B LHO DE CONCLUS O DE CURSO       LONDRIN  2021

DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

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Page 1: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS LONDRINA

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

VITÓRIA LISBOA CALIFANI

DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO MUNICÍPIO DE LONDRINA, PR

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

LONDRINA

2021

Page 2: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

VITÓRIA LISBOA CALIFANI

DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO MUNICÍPIO DE LONDRINA, PR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Superior de Engenharia Ambiental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Ambiental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Londrina.

Orientadora: Profa. Dra. Patrícia Carneiro Lobo

Faria

LONDRINA 2021

Page 3: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

11/02/2021 SEI/UTFPR - 1862355 - Graduação: Termo de Aprovação TCC Aluno

https://sei.utfpr.edu.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=2043519&infra_sistema=… 1/1

Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEP. ACADEMICO DE AMBIENTAL-LD

TERMO DE APROVAÇÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC

DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO MUNICÍPIO DE LONDRINA, PR.

Por

Vitória Lisboa Califani

Monografia apresentada às 14 horas do dia 08 de fevereiro de 2021 como requisito parcial para a conclusão do Curso de Graduação em EngenhariaAmbiental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Londrina. A candidata foi arguida pela Banca Examinadora composta pelos professoresabaixo assinados. Após deliberação e conferidas, bem como achadas conforme, as alterações indicadas pela Banca Examinadora, o trabalho de conclusãode curso foi considerado APROVADO.

Banca examinadora:

Profa. Káa Valéria Marques Cardoso Prates MembroProf. Marcelo Hidemassa Anami MembroProfa. Patrícia Carneiro Lobo Faria OrientadorProf. Orlando de Carvalho Junior Professor(a) responsável TCCII

Documento assinado eletronicamente por (Document electronically signed by) PATRICIA CARNEIRO LOBO FARIA, PROFESSOR DO MAGISTERIO SUPERIOR, em (at)11/02/2021, às 13:11, conforme horário oficial de Brasília (according to official Brasilia-Brazil me), com fundamento no (with legal based on) art. 6º, § 1º, do Decreto nº8.539, de 8 de outubro de 2015.

Documento assinado eletronicamente por (Document electronically signed by) KATIA VALERIA MARQUES CARDOSO PRATES, PROFESSOR ENS BASICO TECNTECNOLOGICO, em (at) 11/02/2021, às 14:13, conforme horário oficial de Brasília (according to official Brasilia-Brazil me), com fundamento no (with legal based on) art.6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

Documento assinado eletronicamente por (Document electronically signed by) ORLANDO DE CARVALHO JUNIOR, PROFESSOR DO MAGISTERIO SUPERIOR, em (at)11/02/2021, às 16:37, conforme horário oficial de Brasília (according to official Brasilia-Brazil me), com fundamento no (with legal based on) art. 6º, § 1º, do Decreto nº8.539, de 8 de outubro de 2015.

Documento assinado eletronicamente por (Document electronically signed by) MARCELO HIDEMASSA ANAMI, PROFESSOR ENS BASICO TECN TECNOLOGICO, em (at)11/02/2021, às 16:40, conforme horário oficial de Brasília (according to official Brasilia-Brazil me), com fundamento no (with legal based on) art. 6º, § 1º, do Decreto nº8.539, de 8 de outubro de 2015.

A autencidade deste documento pode ser conferida no site (The authencity of this document can be checked on the website) hps://sei.upr.edu.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador (informing the verificaon code) 1862355 e o código CRC (and the CRC code) 0E7D17C9.

Referência: Processo nº 23064.024460/2020-36 SEI nº 1862355

Page 4: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Márcia Lisboa e Vicente Califani, por sempre apoiarem minhas decisões,

me proporcionando momentos de lucidez quando eu mais precisava.

Aos meus amigos de graduação, Aline Marinhos, Arthur Janoni, Bianca Fernandes, Ellen

Lima, Ellen Paim, Gabriela Zoli, Giovanni Peixoto, Janaina Casado, Julia Gomes e João

Locatelli por toda amizade e dedicação.

As minhas amigas Julia Gaspar, Jackeline Bastos, Erica Matsuda e Renata Landgraf, por

sempre me apoiarem.

Aos meus amigos de estágio que nunca hesitaram em transmitir sabedoria.

À Patrícia Carneiro Lobo Faria, uma profissional incrível que me ajudou desde o começo

desse projeto. Sem esse apoio eu não teria me desafiado tanto a trabalhar com esse

assunto, como me desafiei. Sempre confiei em você, professora, e agradeço por ter feito

o mesmo por mim.

À Ligia Flávia Antunes Batista pela supervisão, ensino e dedicação ao projeto e aos

alunos.

Aos colegas que participaram da coleta de dados e do georreferenciamento dos

mesmos.

Page 5: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

RESUMO CALIFANI, V. L. Diagnóstico da arborização urbana de três setores do município de Londrina, PR. 2021. 78 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Bacharelado em Engenharia Ambiental. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Londrina, 2021. A arborização urbana, formada pelas árvores que compõem a paisagem em ruas e avenidas, traz benefícios ecológicos, sociais e econômicos para a cidade e sua população. Contudo, para que um município usufrua dos benefícios da arborização, é preciso compatibilizar a estrutura do meio físico com a presença das árvores, para reduzir os eventuais conflitos. Nesse contexto se insere o presente trabalho, o qual teve por objetivo fazer um diagnóstico da arborização urbana de três setores de Londrina, PR, denominados Aeroporto, Centro Cívico e Gleba Palhano. As informações coletadas foram: nome comum da planta, altura, CAP, relação entre copa e fiação, aspectos fitossanitários e de manutenção, distância para estabelecimento de coordenadas, espaços disponíveis para novos plantios, entre outras. Confrontou­se a situação da arborização a alguns tópicos do Plano Diretor de Arborização Urbana de Londrina, buscando identificar ações de gestão para melhor atender aos objetivos da Lei. O diagnóstico foi feito a partir de um inventário da arborização realizado em 2018, no qual foram registradas informações referentes às árvores e aos elementos da infraestrutura urbana. Os dados de campo foram coletados por acadêmicos de Engenharia Ambiental. Foram georreferenciados 8.136 pontos, sendo que 68,60% são árvores, 26,59% espaços disponíveis para o plantio de novas árvores, 3,84% covas e tocos e 0,97% de árvores mortas em pé. Foram identificadas 142 espécies, sendo 55 nativas e 87 exóticas e 10 têm seu plantio proibido pela legislação. As dez espécies mais abundantes em cada setor foram responsáveis por compor mais da metade da comunidade arbórea. Nos três setores, a espécie mais abundante foi o Oiti (Licania tomentosa), cuja frequência encontra­se acima do recomendado pela legislação, no Aeroporto e na Gleba Palhano. Nos três setores a maioria das árvores possuía altura menor que 6,0 metros, sendo que a prática de topiaria no Oiti contribui para essa informação, visto que predominam, na comunidade, árvores cujas espécies são de grande porte (cerca de 45% em cada setor). Detectou­se que 25,87% das árvores estão quebrando as calçadas no seu entorno, que 12,09% apresentam muretas ao seu redor e que 5,35% não possuíam área livre no seu entorno. A ocorrência de problemas como cupim, broca e/ou danos no caule, foi constatada em 8,32% das plantas, 3,40% sofrem com a poda drástica ou topiaria e 1,24% possuem o gradil de forma irregular, danificando os indivíduos. Desta forma, foi possível listar ações de melhoria, tendo em vista as irregularidades observadas como a existências de espécies proibidas por lei, o percentual de espécies exóticas se comparados com as nativas e a ocorrência de práticas como topiaria e poda drástica. Também se propôs a implantação de programas para sensibilização da comunidade, considerando que a partir do diagnóstico foi possível perceber que as práticas irregulares são um sintoma de que a população está distante da legislação.

Palavras chave: Plano Diretor de Arborização Urbana; Ecologia urbana; Gestão ambiental urbana.

Page 6: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

ABSTRACT

CALIFANI, V. L. Diagnosis of the urban trees in three sectors of Londrina, PR. 2021. 78 p. Final Paper (Undergraduate) – Bachelor degree in Environmental Engineering. Federal Technological University of Paraná (UTFPR). Londrina, 2021. Urban trees, defined as the trees that are part of the landscape on streets and avenues, provide ecological, social and economic benefits to the city and its population. However, for a town to enjoy the benefits of urban trees, it is necessary to make the structure of the physical environment compatible with the presence of trees, in order to reduce the possible conflicts. The aim of the present work is to make a diagnosis of urban trees in three sectors of Londrina, PR, called Aeroporto, Centro Cívico and Gleba Palhano. The main data collected were common name of the plant, height, CAP, relationship between the canopy and the wiring, phytosanitary and maintenance aspects, spaces available for new plantings and distances for establishing coordinates. The situation found was compared to some topics in the Londrina Urban Trees Master Plan, seeking to identify management actions to reach the guidelines of the Law. The urban trees assessment was conducted during 2018 and data of urban infrastructure were also recorded. A group of Environmental Engineering students collected field data. A total of 8,136 points were georeferenced, of which 68.60% were trees, 26.59% were spaces available for planting new trees, 3.84% pits and stumps and 0.97% were dead trees. In total, 142 species were identified, being 55 native, 87 exotics, and 10 are prohibited from planting by Law. The 10 most common species, in each sector, account for more than half of all trees. Oiti (Licania tomentosa) was the most common species in the three sectors, and its frequency is above the recommended by the legislation, both at the Airport and in the Gleba Palhano. In the three sectors, most trees had a height of less than 6.0 meters and the practice of topiary in Oiti contributes to this situation, since trees whose species are large predominate in the community (about 45% in each sector). It was found that 25.87% of the trees broke the sidewalks around them, that 12.09% were surrounded by short walls and that 5.35% did not have enough free area around them. Problems such as termites, borers and/or damage were detected in 8.32% of the plants, 3.40% suffer from drastic or topiary pruning and 1.24% have a fence damaging the individuals. Thereby it was possible to list improvement actions, in view of the irregularities, such as the existence of species prohibited by law, the percentage of exotic species compared to native species and the occurrence of practices such as topiary and drastic pruning. It was also proposed the implementation of programs to raise community awareness, since the diagnosis revealed that irregular practices are a symptom that the population is distant from the legislation.

Palavras chave: Urban Trees Master Plan; Urban ecology; Urban environmental management.

Page 7: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Exemplo de mapa de arruamento com as árvores cadastradas ................. 25

Figura 2 – Bairros e regiões da cidade de Londrina. .................................................... 29

Figura 3 – Bairros contemplados nos três setores inventariados: Aeroporto, Centro

Cívico e Gleba Palhano. .............................................................................. 30

Figura 4 – Elementos amostrados e georreferenciados no inventário da arborização

urbana no Setor Aeroporto. ......................................................................... 36

Figura 5 – Elementos amostrados e georreferenciados no inventário da arborização

urbana no Setor Gleba Palhano. ................................................................. 37

Figura 6 – Elementos amostrados e georreferenciados no inventário da arborização

urbana no Setor Centro Cívico. ................................................................... 38

Figura 7 – Exemplar de Oiti (Licania tomentosa) localizado no Setor Centro Cívico.... 45

Figura 8 – Exemplar de Ipê­branco (Tabebuia roseoalba) localizado no Setor Gleba

Palhano. ...................................................................................................... 45

Figura 9 – Distribuição espacial do Oiti (Licania tomentosa) no Setor Aeroporto,

atingindo 16,86% de frequência. ................................................................. 46

Figura 10 – Distribuição espacial do Oiti (Licania tomentosa) e do Ipê­branco (Tabebuia

roseoalba) no Setor Gleba Palhano com frequência acima de 10%. .......... 47

Figura 11 – Distribuição de frequência das classes de altura para as árvores amostradas

por setor. ..................................................................................................... 50

Figura 12 – Distribuição de frequência das classes de CAP para as árvores amostradas

por setor. ..................................................................................................... 51

Figura 13 – Distribuição de frequência das classes de altura para o Oiti (Licania

tomentosa) nos três setores inventariados. ................................................. 52

Figura 14 – Distribuição de frequência das classes de CAP para o Oiti (Licania tomentosa)

por setor. ..................................................................................................... 53

Figura 15 – Exemplar de Sibipiruna (Poincianella pluviosa) com área livre insuficiente e

raízes quebrando a calçada. ....................................................................... 56

Figura 16 – Exemplos de irregularidades como muretas ao redor da árvore e plantio de

Murta (Murraya paniculata), espécie com plantio proibido pela legislação.. 56

Page 8: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

Figura 17 – Exemplar de Chapeu de Sol (Terminalia catappa) com ausência de área livre

para infiltração de água e com quebra de calçada aparente. ...................... 57

Figura 18 – Exemplo de poda drástica em uma árvore do Setor Centro Cívico. ............ 58

Figura 19 – Exemplo de topiaria realizada em uma árvore de Oiti (Licania tomentosa) nos

Setores Centro Cívico (A) e Gleba Palhano (B), respectivamente. ............. 58

Page 9: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Aspectos gerais do inventário da arborização urbana em três setores do

município de Londrina, PR. ......................................................................... 35

Tabela 2 – Relação das espécies amostradas, sua origem e frequência relativa em cada

setor inventariado no município de Londrina, PR. ....................................... 39

Tabela 3 – Frequência relativa de indivíduos de acordo com o porte da espécie nos três

setores inventariados. ................................................................................. 50

Tabela 4 – Espécies que apresentam valores máximos e mínimos para as variáveis

altura e circunferência à altura do peito em cada setor. .............................. 54

Tabela 5 – Percentual de ocorrência de árvores com irregularidades que demandam

atenção em três setores do município de Londrina, PR, inventariadas em

2018. ........................................................................................................... 55

Page 10: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Bairros que abrangem a área do inventário da arborização urbana. ........... 29

Quadro 2 – Relação entre os parâmetros analisados no inventário e os artigos do Plano

Diretor de Arborização Urbana de Londrina (Lei nº 11.996/2013) ............... 34

Page 11: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 12

2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 14

2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 14

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................. 14

3 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 15

3.1 ARBORIZAÇÃO URBANA................................................................................. 15

3.2 PLANO DIRETOR DE ARBORIZAÇÃO URBANA ............................................ 19

3.2.1 Plano Diretor de Arborização Urbana de Londrina/PR ...................................... 21

3.3 INVENTÁRIO E DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA ...................... 23

4 MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................. 28

4.1 ÁREA DE ESTUDO ........................................................................................... 28

4.2 INVENTÁRIO DA ARBORIZAÇÃO URBANA .................................................... 31

4.3 ANÁLISE DOS DADOS E DIAGNÓSTICO........................................................ 32

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 35

5.1 ASPECTOS GERAIS......................................................................................... 35

5.2 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ARBÓREA ........................................ 39

5.2.1 Estrutura de tamanho da comunidade .............................................................. 49

5.3 ASPECTOS FITOSSANITÁRIOS E DE MANUTENÇÃO .................................. 55

5.4 PROPOSTA DE AÇÕES ................................................................................... 60

6 CONCLUSÃO .................................................................................................... 62

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 63

APÊNDICE A ­ LISTA COM TODAS AS ESPÉCIES AMOSTRADAS NA ARBORIZAÇÃO URBANA NOS TRÊS SETORES ESTUDADOS ............................... 73

ANEXO A ­ MODELO DA PLANILHA UTILIZADA NO INVENTÁRIO DA ARBORIZAÇÃO URBANA ............................................................................................ 78

Page 12: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

12

1 INTRODUÇÃO

Um dos fatores que afeta a vida do homem é a condição ambiental das cidades,

que é influenciada, por exemplo, pelas atividades desenvolvidas nos centros urbanos, as

quais causam prejuízos que, em parte, podem ser evitados a partir do planejamento

urbano, por meio das áreas verdes e da arborização de ruas (MILANO, 1987).

A arborização urbana corresponde à vegetação arbórea no meio urbano e pode

ser vista como um componente estrutural e funcional da paisagem e desempenha

funções ecológicas como melhoria do microclima, atenuação da poluição atmosférica e

acústica, proteção do solo e fauna, funções estéticas ao introduzir um elemento natural

nas cidades e funções físicas e psíquicas relacionadas ao bem estar do ser humano

(BIONDI; ALTHAUS, 2005).

A fim de evitar conflitos na área urbana como, por exemplo, entre redes de

energia elétrica e as copas de árvores, entre as raízes e o pavimento dos passeios e,

ainda, para minimizar a inadequada seleção de espécies, além de propiciar o

desenvolvimento das árvores, a arborização urbana deve ser planejada para que haja

sua compatibilização com os aspectos espaciais do ambiente urbano e com as

características do meio em que as árvores se inserem (MILANO et al., 2000;

BARCELLOS et al., 2018).

Um dos documentos de gestão e planejamento municipal e que se adequa como

instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, é o plano

diretor (BRASIL, 1988), o qual, de acordo com o Estatuto da Cidade, deve ser

obrigatoriamente elaborado para cidades com mais de vinte mil habitantes (BRASIL,

2001). Esse planejamento, no âmbito da arborização, é feito por meio do plano diretor de

arborização urbana, um documento de caráter técnico que contempla diretrizes, metas,

ações e normas para serem estabelecidas metas a curto, médio e longo prazo, define

prioridades para as atividades de plantio e manutenção assim como o estabelecimento

de uma política de remoção e reposição de árvores (ARAÚJO; ARAÚJO, 2016).

No entanto, para se conhecer o ambiente urbano, o espaço físico disponível e as

características das espécies arbóreas visando o seu planejamento, é preciso estabelecer

Page 13: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

13

um diagnóstico da arborização urbana (MILANO et al., 2000). O diagnóstico pode ser

feito por meio de um inventário, o qual fornece informações sobre o patrimônio arbóreo e

com esses procedimentos se torna possível maximizar os benefícios da arborização

(SILVA; PAIVA; GONÇALVES, 2017).

Nesse contexto se insere o presente trabalho, o qual teve por objetivo realizar

um diagnóstico da arborização urbana em três setores do município de Londrina, aferindo

parâmetros descritos no Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU) do município,

visando propor ações necessárias para adequação aos tópicos da legislação vigente.

Page 14: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

14

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral do presente trabalho consistiu em realizar um diagnóstico da

arborização urbana em três setores do município de Londrina, sendo eles o Aeroporto, o

Centro Cívico e a Gleba Palhano.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Caracterizar a comunidade que constitui a arborização urbana, avaliando sua

composição específica e aspectos ecológicos como origem das espécies,

relações de tamanho e porte das árvores, tendo em vista artigos específicos do

PDAU;

Verificar a ocorrência de práticas irregulares e de problemas fitossanitários junto

às árvores, tendo em vista artigos específicos do PDAU;

Listar eventuais ações de adequação perante às irregularidades encontradas.

Page 15: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

15

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 ARBORIZAÇÃO URBANA

O advento da revolução industrial e tecnológica proporcionou mudanças

significativas no âmbito da ocupação dos espaços rural e urbano, que desencadearam

problemas de cunho sócio­ambiental e, consequentemente, demandas de políticas

capazes de promover a melhoria da qualidade de vida da população (MENDONÇA; LIMA,

2000). Contudo, ao se observar esses processos de ocupação, é preciso entender que o

ser humano ainda depende da natureza para sua sobrevivência (BOLUND;

HUNHAMMAR, 1999).

A presença de elementos naturais nas áreas urbanizadas, como por exemplo a

vegetação, por meio de suas funções naturais, pode proporcionar uma melhora na

qualidade do ambiente, reduzindo efeitos adversos provocados pela urbanização

(NOWAK, 2006), além de contribuir com o bem estar humano nas cidades (NICODEMO;

PRIMAVESI, 2009).

Assim, a cobertura vegetal é um aspecto negligenciado, porém importante, e que

deve ser levado em consideração no desenvolvimento das cidades (NUCCI, 2008), uma

vez que a vegetação é um elemento central que integra a estrutura da paisagem urbana,

tanto por motivos ecológicos e climáticos, quanto por motivos sociopsicológicos (GRISE;

BIONDI; ARAKI, 2016).

Historicamente, ressalta­se que a utilização da vegetação arbórea no espaço

urbano é uma realidade antiga, derivada da prática de reurbanização de Paris,

implantada no século XIX. No Brasil, a prática pôde ser observada a partir do ano de

1937, quando tentou­se reproduzir em Recife aspectos da arborização de vias públicas

implantadas na Europa (SILVA; PAIVA; GONÇALVES, 2017).

Ainda de acordo com os autores supramencionados, inicialmente aspectos

estéticos eram a função primordial dos projetos envolvendo a arborização urbana, no

entanto, outras funções podem ser atribuídas às árvores presentes nos ambientes

Page 16: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

16

urbanos e a partir disso se obtém benefícios diretos para a população (SILVA; PAIVA;

GONÇALVES, 2017).

De acordo com Lima et al. (1994 apud LOBODA; ANGELIS, 2005, p. 133), as

conceituações de área verde e arborização urbana se dão da seguinte maneira:

ꞏ Área verde: Onde há o predomínio de vegetação arbórea, englobando as praças, os jardins públicos e os parques urbanos. Os canteiros centrais de avenidas e os trevos e rotatórias de vias públicas que exercem apenas funções estéticas e ecológicas, devem, também, conceituar­se como área verde. Entretanto, as árvores que acompanham o leito das vias públicas não devem ser consideradas como tal, pois as calçadas são impermeabilizadas. ꞏ Arborização urbana: Diz respeito aos elementos vegetais de porte arbóreo dentro da cidade. Nesse enfoque, as árvores plantadas em calçadas fazem parte da arborização urbana, porém não integram o sistema de áreas verdes.

Sabe­se que atividades humanas como a impermeabilização ocasionada pela

ocupação do solo por concreto e a verticalização, são responsáveis por fenômenos como

o aumento da temperatura em centros urbanos (NUCCI, 2008; LEAL, 2012; MARTINI;

BIONDI, 2015).

Considerando que as condições do meio urbano exercem influência nos

elementos climáticos, é preciso destacar que um dos benefícios da presença de árvores

é seu efeito no microclima local, uma vez que fornecendo sombra aos pedestres e

veículos, refrescam o ar das cidades e contribuem para amenizar condições climáticas,

melhorando a temperatura do ar (MILANO et al., 2000; BIONDI; ALTHAUS, 2005;

FRANÇA, 2012). Isso se dá por meio de processos como a interceptação, reflexão,

absorção e transmissão de radiação solar, a evapotranspiração, o sequestro de carbono

e também pela redução na emissão de gases em decorrência da diminuição do uso de

equipamentos condicionadores de ar e aquecedores em edificações (MILANO et al.,

2000; NOWAK et al., 2007; NICODEMO; PRIMAVESI, 2009).

A arborização urbana também exerce um papel significativo perante à poluição

atmosférica, amenizando­a (BIONDI; ALTHAUS, 2005) e melhorando a qualidade do ar,

por meio da remoção de poluentes do ar, uma vez que as árvores podem absorver gases

e reter partículas sobre sua superfície (MILANO et al., 2000; NOWAK et al., 2007;

SANESI; GALLIS; KASPERIDUS, 2011).

Page 17: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

17

A arborização também reduz a poluição sonora, atuando como barreira de ruídos,

atenuando os efeitos da poluição por meio de sua superfície foliar (MILANO et al., 2000;

CECCHETTO; CHRISTMANN; OLIVEIRA, 2014).

De acordo com Gonçalves e Paiva (2017) a arborização urbana pode atuar no

controle do ciclo hidrológico por meio da interceptação da chuva, da evapotranspiração,

contribuindo para o ciclo na nova formação de chuvas e outro benefício mencionado pelos

autores está relacionado com a solução de problemas pontuais na ventilação urbana,

auxiliando na redução da velocidade dos ventos.

As árvores nas ruas também podem proporcionar efeitos estéticos, como por

exemplo por meio da produção de um contraste harmônico em um ambiente dominado

por concreto e asfalto, adicionando um dinamismo à paisagem urbana por meio de

aspectos como mudança de cor, queda e brotação das folhas, floração e frutificação,

entre outros (BIONDI; ALTHAUS, 2005).

Contudo, para que as árvores possam se desenvolver bem no meio urbano e

com isso fornecer benefícios à população, o seu plantio precisa estar fundamentado em

critérios técnico­científicos (MILANO, 1984; BIONDI; ALTHAUS, 2005; GONÇALVES;

PAIVA, 2017).

Rossetti, Pellegrino e Tavares (2010), afirmaram que as árvores implantadas nos

passeios públicos sofrem interferências relacionadas com a pavimentação inadequada,

estrangulamento dos canteiros, surgindo conflito das raízes com redes de gás, água e

outras tubulações de concessionárias de serviços públicos. Para os autores, essas

agressões constantes fazem com que as árvores não consigam atingir a maturidade,

tornando­as restritas ao estado juvenil de desenvolvimento.

De acordo com Araújo e Araújo (2016), as árvores que se encontram no ambiente

urbano também têm que enfrentar problemas como o solo compactado ou alterado, com

a presença de entulhos, a deficiência de água e nutrientes, com o espaço reduzido para

o crescimento de raízes e copas, com podas drásticas (mutilação da árvore), danos

mecânicos provocados por veículos, cortadores de grama, anelamento do tronco,

vandalismos, entre outros.

Page 18: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

18

Para Gonçalves e Paiva (2017), as principais características das espécies a

serem analisadas antes da escolha, são:

Desenvolvimento: pode ser rápido ou lento, sendo recomendada a escolha de

plantas de crescimento lento, considerando que, normalmente, estas

apresentam folhas persistentes, boa formação de copa (dispensando podas)

e suas raízes são profundas;

Encopamento: se refere ao formato de um vegetal, decorrente de sua

arquitetura natural, ou seja, um fator genético, o qual pode ser mudado

artificialmente com técnicas de jardinagem. O desenvolvimento da copa está

diretamente relacionado com o espaço aéreo disponível, bem como às

intervenções periódicas de poda;

Porte: pode ser pequeno, médio ou grande, sendo que a escolha de uma

árvore de porte inadequado pode resultar nos conflitos com as redes de

energia elétrica, prejudicar a iluminação pública, as fachadas dos prédios e as

placas de sinalização;

Enfolhamento: árvores de folhas grandes, por exemplo, geram maior sujeira,

mas são mais fáceis de limpar, ao passo que folhas pequenas podem provocar

entupimento em calhas e bueiros. Além disso, o enfolhamento é um aspecto

que se relaciona com a capacidade de retenção de poeira e elementos

químicos poluentes;

Enraizamento: para o plantio em calçadas é sugerido o plantio de árvores que

não possuem raízes agressivas e que sejam, de preferência, profundas e

pivotantes, considerando que plantas com raízes superficiais, à medida que

crescem, danificam calçadas e construções; e

Origem: podem ser nativas (originadas na própria região) ou exóticas (trazidas

de outras regiões ou países).

Com relação à origem, é extremamente importante ressaltar que o emprego de

espécies exóticas invasoras na arborização urbana pode trazer impactos ambientais que

afetam a biodiversidade e podem alterar a estrutura e a composição de espécies dos

Page 19: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

19

ecossistemas naturais, por meio da repressão ou da exclusão de nativas (ZILLER;

ZENNI; DECHOUM, 2007).

Assim, a escolha das espécies adequadas a serem implantadas na arborização

é de extrema importância, uma vez que quando bem feita irá reduzir os tratos culturais e

de manutenção de árvores em locais errados (GONÇALVES; PAIVA, 2017).

3.2 PLANO DIRETOR DE ARBORIZAÇÃO URBANA

Um dos documentos de gestão e planejamento que se adequa como instrumento

básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, é o plano diretor (BRASIL,

1988). De acordo com o Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001), o plano diretor é um

documento obrigatório para municípios com mais de vinte mil habitantes e é por meio

dele que o município estabelece diretrizes para assegurar a integração entre as

propriedades urbanas, a paisagem urbana, a ocupação do solo, os serviços públicos

essenciais e o atendimento das necessidades dos cidadãos aliados ao desenvolvimento

das atividades econômicas (BRASIL, 2001).

No âmbito da arborização urbana, esse instrumento deve possuir alguns itens

fundamentais para o seu desenvolvimento, os quais de acordo com Araújo e Araújo

(2016, p.21), são:

a) um inventário das árvores de rua e das atitudes da comunidade; b) desenvolver objetivos e metas de manejo, usando a informação do inventário e as expectativas da comunidade; c) desenvolver um plano de manejo para alcançar esses objetivos; e d) realimentação com novas informações para monitorar todo o processo do Plano Diretor.

É válido destacar que os munícipes também são atores no processo da

elaboração e fiscalização da implantação do plano diretor e isso se dá por meio de

audiências públicas e debates com a participação da população e de associações

representativas dos vários seguimentos da comunidade (BRASIL, 2001).

Page 20: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

20

Por meio do Plano da Arborização Urbana (PDAU) as ações de gestão,

implantação, plantio, manutenção e monitoramento das árvores são legitimadas, e sua

adequada formulação e execução também garantem o exercício de polícia perante

tópicos como licenciamento e autorização de poda, corte e substituição de árvores

(BARCELLOS et al., 2018, p.6).

De acordo com Rocha, Leles e Neto (2004), conhecer e analisar as estruturas

das cidades por meio das óticas econômica, social e ambiental são pré­requisitos para o

planejamento e a administração de áreas urbanas. O planejamento da arborização

urbana deve integrar os vários setores de serviços públicos urbanos, de tal maneira que

sejam compatibilizadas as características físicas e a susceptibilidade das árvores com o

espaço físico disponível e o ambiente existente nas cidades, de tal modo a determinar os

critérios relevantes que condicionam a escolha das espécies de acordo com a região

(MILANO, 1987; DANTAS; SOUZA, 2004).

De maneira geral, os principais elementos considerados para determinar a

presença de diferentes espécies são: a largura da calçada, a presença de fiação da rede

elétrica e telefônica, as tubulações de água, esgoto e drenagem de águas pluviais, além

dos equipamentos públicos como postes, placas, hidrantes, etc. (GONÇALVES; PAIVA,

2017; BARCELLOS et al., 2018).

No trabalho desenvolvido por Sanches, Costa e Silva Filho (2008) foi realizada

uma análise dos Planos Diretores de Arborização de Porto Feliz/SP, Goiânia/GO,

Vitória/ES e Porto Alegre/RS e, com relação aos programas de ações previstos no

planejamento, constataram que há uma semelhança nos objetivos principais dos Planos

de Goiânia e Vitória, sendo que estes contemplam programas de plantio, de manejo, de

manutenção, de monitoramento, de educação ambiental, entre outros.

Esses objetivos não se distanciam do PDAU de Porto Alegre, o qual contempla

algumas atividades como o plano de manejo, o programa de manutenção, capacitação

da mão­de­obra e estabelecimento de convênio, por exemplo (SANCHES; COSTA;

SILVA FILHO, 2008).

Page 21: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

21

3.2.1 Plano Diretor de Arborização Urbana de Londrina/PR

Assim como inúmeras cidades, Londrina, Paraná, testemunhou o seu rápido

crescimento na zona urbana ao longo do tempo. Esse processo se tornou responsável

pela retirada da vegetação natural para implantação da malha urbana na cidade

(BARROS; VIRGILIO, 2003).

Em 1998 foi instituído o primeiro Plano Diretor de Londrina, o qual estabeleceu

diretrizes políticas para a área ambiental visando compatibilizar a ocupação urbana com

a vegetação e corpos d’água, com áreas de interesse paisagístico, a fim de garantir a

qualidade urbanística e ambiental (LONDRINA, 1998).

O Plano Diretor de 1998 foi revisado em 2008 pela Lei nº 10.637, de 24 de

dezembro de 2008 a qual determinou a elaboração e implantação de um Plano de

Arborização (LONDRINA, 2008), o qual foi instituído por meio da Lei nº 11.996, de 30 de

dezembro de 2013 (LONDRINA, 2013).

Conforme preconiza o plano diretor, no PDAU de Londrina se encontram

informações relevantes para a gestão da arborização, abordando tópicos referentes ao

plantio de mudas, aos aspectos da estrutura urbana para que esta comporte as espécies,

às ações de adequação e às proibições, tendo em vista as características das árvores

(LONDRINA, 2013).

Os principais objetivos do PDAU consistem em atingir e manter permanente

densidade arbórea máxima sobre vias e áreas urbanas do município, estabelecer e

fiscalizar ações para institucionalizar a infraestrutura urbana, promover a arborização e

as áreas verdes urbanas, por meio de benefícios como redução da poluição sonora e

atmosférica, proteção dos recursos hídricos e preservação da biodiversidade nativa, além

de estabelecer um programa de diagnóstico, ação e acompanhamento da arborização (e

áreas verdes urbanas), tendo em vista o seu planejamento, avaliação, conservação,

manejo, reposição, expansão, controle, fiscalização e participação popular, conforme

preconiza o Art. 4º, inciso VI (LONDRINA, 2013).

Algumas informações disponibilizadas pelo PDAU (LONDRINA, 2013) incluem:

Page 22: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

22

Determinação do local disponível ao plantio permanente de um exemplar

de vegetação arbórea nas vias públicas, a qual deve seguir a distância

mínima de elementos da infraestrutura urbana como, por exemplo, caixas

de inspeção, bocas de lobo, hidrantes, canaleta gramada, guia rebaixada,

rede elétrica e largura das calçadas;

Características da muda para o plantio como altura mínima, diâmetro à

altura do peito, altura, isenção de pragas e doenças, sistema radicular

bem formado e consolidado;

Características dos berços que abrigarão novas mudas;

Quanto às espécies, determina quais árvores terão prioridade de plantio,

com relação à origem, ao porte, ao sistema radicular e foliar, tamanho dos

frutos e características dos galhos;

Proibição de plantio de exemplares de Ficus benjamina e espécies

exóticas invasoras que constam na Res. IAP 95/2007 e suas atualizações

ou listada por órgão oficial;

Determina as relações de largura da calçada, o porte de árvores e os

equipamentos de infraestrutura urbana;

Estabelece quais são as práticas de manutenção, quando o corte de

exemplar é permitido, quais são as práticas proibidas, como por exemplo

a poda de raízes, topiaria e drásticas;

Aponta diretrizes para o plantio em praças, loteamentos e construções e

fundos de vale;

Determina as penalidades previstas para as infrações cometidas; e

Estipula que os recursos necessários para a implantação e a execução

do PDAU serão garantidos com base nas fontes oriundas da dotação

orçamentária do Município, valor das multas por infrações e recursos de

programas federal e estadual;

Page 23: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

23

O PDAU ainda conta com o Decreto nº 305/2015, o qual complementa as

diretrizes da Lei nº 11.996/2013 e apresenta uma lista de espécies recomendadas para

plantio na área urbana de Londrina.

3.3 INVENTÁRIO E DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA

O processo de avaliação da arborização depende da realização de inventários

nas vias públicas, tendo em vista que é por meio destes que se conhece o patrimônio

arbóreo e se identificam as necessidades de manejo (SILVA; PAIVA; GONÇALVES,

2017). Para esses autores, o inventário da arborização é definido como uma atividade

que busca “obter informações, geralmente quali­quantitativas, da arborização presente

no ambiente urbano” (SILVA; PAIVA; GONÇALVES, 2017, p. 18).

Para Smiley e Baker (1988), o inventário deve partir do seguinte princípio:

definição de quais árvores são interessantes para o estudo em questão e por que se

deseja coletar informações sobre elas. Além disso, reiteram o que foi descrito por Phillips

(1979) e elencam os seguintes motivos para a elaboração do inventário: determinação

de um programa de manutenção de árvores, valoração das árvores, identificação e

priorização do trabalho a ser feito com as árvores, aumento da eficiência dos trabalhos

de manutenção, sendo que o resultado final pode fornecer uma base para informação e

educação da população (SMILEY; BAKER, 1988).

O inventário para avaliar a arborização urbana pode ter caráter quantitativo, ou

seja, referente à contagem do número de indivíduos, ou qualitativo, referente à qualidade

das árvores e deve ser feito por meio do censo ou da amostragem, sendo que o censo

implica na enumeração de todos os indivíduos presentes na área de estudo, e a

amostragem na análise de uma porção da população para a obtenção de estimativas

representativas do todo (SILVA; PAIVA; GONÇALVES, 2017; BARCELLOS et al., 2018).

Quando não é possível realizar o censo, a obtenção de dados deve ocorrer por

inventário amostral, sendo que a unidade amostral “pode ser uma rua, quadra, quarteirão,

trechos de rua, um grupo de quarteirões, ou ainda pode ser resultado de um processo de

Page 24: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

24

divisão de áreas utilizando mapas da cidade ou área a ser inventariada” (BARCELLOS

et al. 2018, p. 25).

Tendo conhecimento dos objetivos específicos do levantamento, se determina

qual metodologia pode ser utilizada para a realização do inventário. Assim, são

delimitados quantos dados serão coletados no inventário e como eles serão atualizados

para usos futuros (SMILEY, BAKER, 1988; MILANO et al., 2000; SILVA; PAIVA;

GONÇALVES, 2017). Além disso, a obtenção e a organização dos dados fornecem

valores agregados como total, médias, porcentagens, gráficos ou tabelas e são essas

informações que se tornam subsídios para o manejo (ARAÚJO; ARAÚJO, 2016).

De maneira geral em um inventário são levantadas as seguintes variáveis:

localização do vegetal de tal forma que seja possível checar detalhes in loco ou por meio

de um sistema computacional de banco de dados; características dos vegetais como

nome vulgar (ou comum) e científico, altura total, altura da primeira bifurcação, diâmetro

do tronco por meio do DAP (diâmetro a altura do peito), diâmetro da copa, tipo de copa;

condições físico­sanitárias, do sistema radicular e do meio, como largura das ruas e dos

passeios, área livre ou área de crescimento, compatibilidade da arborização com a

iluminação pública, entre outros (SILVA; PAIVA; GONÇALVES, 2017; BARCELLOS et

al., 2018).

O inventário da arborização integra o processo de diagnóstico, o qual deve

conceber informações sobre o patrimônio arbóreo da cidade, a localização de áreas para

novos plantios, a verificação de quais práticas de manutenção são necessárias, a

definição de quais são as prioridades na intervenção, a definição de políticas de

administração, assim como o estabelecimento de previsões orçamentárias (BARCELLOS

et al., 2018).

Assim, a partir do inventário é gerado um banco de dados os quais devem ser

analisados via softwares que podem ser específicos para inventário ou por meio de

planilhas eletrônicas (SILVA; PAIVA; GONÇALVES, 2017).

Para Silva Filho et al. (2002), o uso de banco de dados relacional, ou seja, um

modelo que permite a elaboração de um relacionamento lógico entre as informações

referentes à espécie e as referentes ao indivíduo, é de extrema importância para a

Page 25: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

25

arborização, pois fornece informações sobre o entorno onde o indivíduo arbóreo se

insere, permite a realização de pesquisas por espécie, bairro ou rua, o cruzamento de

informações, além de fornecer resultados sobre a valoração de indivíduos cadastrados,

a diversidade nos bairros e na cidade.

O Sistema de Informações Geográficas (SIG) é outra ferramenta capaz de

auxiliar nas análises e apresentar resultados da arborização, sendo que por meio deste

é possível obter um levantamento das árvores localizadas nas vias públicas, usando

“mapas caracteristicamente constituídos, onde encontram­se informações cartográficas

de logradouros, lotes, quadras, edificações, postes, árvores e códigos identificadores de

cada árvore” (COUTINHO; LIMA, 1997, p.114).

A Figura 1 ilustra a representação de árvores cadastradas ao longo do

arruamento de um município, realizada por meio do georreferenciamento e

geoprocessamento de dados, conforme recomendado no manual para elaboração de

planos municipais de arborização urbana para o Estado do Paraná (BARCELLOS et al.,

2018).

Figura 1 – Exemplo de mapa de arruamento com as árvores cadastradas

Fonte: Barcellos et al. (2018, p.29).

Page 26: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

26

Nesse sentido, o banco de dados georreferenciado se torna uma importante

ferramenta em termos de gestão, podendo ser executado com baixo custo (PORTO;

BATISTA; FARIA, 2019).

Após o diagnóstico é possível elaborar um relatório evidenciando os resultados

das análises, os quais, de acordo com Barcellos et al. (2018), devem ser apresentados

em tabelas e gráficos e a arborização deve ser ilustrada por meio de fotos. Ainda, dados

cadastrais apresentados em mapas devem ser disponibilizados em formato digital.

Para Silva, Paiva e Gonçalves (2017), o primeiro passo para o processo de

avaliação para o diagnóstico consiste na enumeração das espécies encontradas,

geralmente seguidas de suas frequências absolutas e relativas, sendo que a primeira

manifesta o número de indivíduos encontrados e a segunda, suas correspondências em

termos percentuais, tendo como base o número total de indivíduos encontrados.

A seguir, são elencadas as informações que geralmente integram o inventário e

o diagnóstico da arborização (SILVA; PAIVA, GONÇALVES, 2017, BARCELLOS et al.

2018; SAMPAIO et al., 2019; SÃO PAULO, 2020).

Localização da árvore como nome da rua, número do endereço postal mais

próximo;

Características da árvore como identificação da espécie (nome popular e

científico), origem, porte, altura, circunferência à altura do peito (CAP) ou

diâmetro à altura do peito (DAP);

Relação das espécies identificadas no inventário, seguidas de seus valores de

frequência absoluta e relativa;

Aspectos fitossanitários, como a presença de pragas e doenças, necessidade

de poda, de remoção,

Identificação e quantificação de locais para novos plantios de árvores; e

Características do meio como largura da calçada, distância de postes e

esquinas, presença de redes de serviços de eletricidade e telefonia, etc.

Além disso, como mencionam Barcellos et al. (2018), no diagnóstico também

devem ser elencados pontos críticos, os quais devem ser as prioridades do município, no

que diz respeito ao planejamento e manejo, sendo eles, por exemplo:

Page 27: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

27

Árvores com características não adequadas ao local, como produtoras de

substâncias tóxicas, alergênicas, com espinhos ou frutos grandes;

Aspectos fitossanitários, como cupim, brocas e fungos, os quais fazem

com que seja necessária uma análise de risco de queda;

Arborização composta por uma única espécie;

Defeitos estruturais nas árvores, sinais e tipos de podas realizadas, entre

elas a drástica;

Acessibilidade de pedestres tendo em vista a legislação à nível municipal,

estadual e federal, por exemplo;

Bairros pouco arborizados; e

Existência de espécies exóticas invasoras.

Convém mencionar que no estado do Paraná, as espécies exóticas invasoras

podem ser consultadas na Lista de Espécies Exóticas Invasoras do Paraná, a qual foi

reconhecida pela Portaria IAP nº 59, de 15 de abril de 2015 e provém “referência acerca

de espécies que causam impactos a outras espécies e ao meio ambiente” (IAP, 2015).

Pode­se concluir, portanto, que a partir do diagnóstico o município pode definir

práticas de manejo, planejamento e/ou replanejamento para a arborização local e

delinear, assim, o uso do orçamento municipal, fazendo com que o processo de tomada

de decisões seja facilitado (SILVA; PAIVA; GONÇALVES, 2017).

Nesse sentido, é possível observar a existência de diversos trabalhos de

inventário e diagnóstico da arborização em municípios do estado do Paraná (MILANO,

1984; BIONDI; ALTHAUS, 2005; SAMPAIO; ANGELIS, 2008; DELESPINASSE et al.,

2011) e de documentos como o Plano Municipal de Arborização Urbana de Bom Sucesso

do Sul (PR), o Plano Diretor de Arborização Urbana de Toledo (PR) e o Plano de Gestão

da Arborização Urbana de Maringá (PR), os quais evidenciam como o inventário

associado à essas análises são importantes para integrar o processo de planejamento

(TOLEDO, 2012; BOM SUCESSO DO SUL, 2018; SAMPAIO et al., 2019).

Page 28: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

28

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 ÁREA DE ESTUDO

Londrina é um município localizado na região norte do estado do Paraná, com

população estimada em 569.733 habitantes. A área territorial do município abrange

1.652,57 km² o que implica em uma densidade demográfica de aproximadamente 344

habitantes/km² (IBGE, 2019). Londrina está localizada entre as coordenadas 23°08’47" e

23°55’46" Sul e entre 50°52’23" e 51°19’11" a Oeste (LONDRINA, 2020a) e possui

classificação climática do tipo Cfa, de acordo com Köppen (NITSCHE et al., 2019), ou

seja, úmido em todas as estações e com verões quentes (MENDONÇA; DANNI­

OLIVEIRA, 2007).

A cidade conta com aproximadamente 55 bairros, os quais são divididos em cinco

regiões: Centro – 10 bairros, Leste – 13 bairros, Norte – 10 bairros, Oeste – 12 bairros e

Sul – 10 bairros, como se observa na Figura 2 (IPPUL, 2013; LONDRINA, 2020b). O

presente diagnóstico se desenvolveu a partir de um inventário da arborização realizado

em 2018, o qual abrangeu o centro histórico do município e os bairros no seu entorno,

contemplando áreas residenciais, comerciais, de serviços médicos e o Centro Cívico

(PORTO; BATISTA; FARIA, 2019).

A coleta de dados para o inventário da arborização foi feita por uma equipe de

acadêmicos do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Tecnológica Federal do

Paraná (UTFPR), Câmpus Londrina, integrantes de um projeto de extensão do

Departamento Acadêmico de Ambiental (DAAMB­LD) desenvolvido em parceria com a

Empresa Júnior de Engenharia Ambiental da UTFPR­LD, a qual foi responsável pela

gestão financeira do mesmo.

No presente trabalho foram escolhidos três setores para o diagnóstico, os quais

ainda não foram caracterizados em momentos anteriores: um está localizado próximo ao

Aeroporto Municipal de Londrina, o outro próximo à Prefeitura Municipal de Londrina e o

terceiro é uma região que conta com recente expansão de condomínios residenciais

verticais (MACHADO; COLAVITE; STIPP, 2005) e, mais recentemente, comerciais.

Page 29: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

29

Uma vez que a coleta de dados não foi pautada pela delimitação dos bairros,

convencionou­se nomear os setores em que foi feita a amostragem em Aeroporto, com

área de 2,64 km², Centro Cívico (1,36 km²) e Gleba Palhano (2,23 km²), respectivamente.

Os bairros incluídos nos setores são destacados no Quadro 1 e sua localização pode ser

observada na Figura 3.

Figura 2 – Bairros e regiões da cidade de Londrina.

Fonte: IPPUL (2013).

Quadro 1 – Bairros que abrangem a área do inventário da arborização urbana.

Bairro Região de acordo com o IPPUL (2013) Área que compreende o estudo Jardim Brasília

Leste Setor Aeroporto Jardim Aeroporto Jardim Antares Centro Histórico Centro

Vila Ipiranga Centro Setor Centro Cívico Jardim Petrópolis Parque Guanabara Sul

Setor Gleba Palhano Jardim Presidente Oeste Gleba Palhano Fonte: Adaptado de IPPUL (2013).

Page 30: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

30

Figura 3 – Bairros contemplados nos três setores inventariados: Aeroporto, Centro Cívico e Gleba Palhano.

Fonte: Autoria própria.

Page 31: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

31

4.2 INVENTÁRIO DA ARBORIZAÇÃO URBANA

A Prefeitura Municipal de Londrina foi a responsável pelo fomento ao projeto do

inventário por meio do Edital de Chamamento Público 02/2017 em seu Programa

Municipal de Incentivo ao Verde – PROVERDE. Realizado ao longo de 2018, o projeto

foi coordenado e supervisionado pela Professora Dra. Patrícia Carneiro Lobo Faria e pela

Profa. Dra. Ligia Flávia Antunes Batista. A coleta de dados foi feita a partir de visitas em

campo em equipes de 2 ou 3 alunos, utilizando prancheta, ficha de campo (ANEXO A),

trena e aparelho celular para registro fotográfico.

As informações registradas foram as seguintes: largura da calçada, nome comum

da árvore, altura total por estimativa, CAP medida com fita métrica/trena, afloramento das

raízes, existência de pragas como cupim ou broca (aspecto fitossanitário), presença de

elementos como postes próximos das árvores, relação entre fiação e copa da árvore e

presença de gradil no entorno do tronco da árvore e se as árvores estavam sofrendo com

práticas como poda e topiaria. Também foram registradas a ocorrência de covas, de

árvores mortas, porém em pé, de espaços disponíveis para o plantio de novas árvores e

de tocos de árvores removidas. Essas informações são recorrentemente observadas em

trabalhos relacionados e inventários realizados para a elaboração de PDAUs (MILANO,

1988; LIMA NETO et al. 2010; MAZIOLI, 2012; SAMPAIO et al., 2019; SÃO PAULO,

2020) e recomendadas por Barcellos et al. (2018).

A equipe responsável pela coleta de dados foi treinada para realizar o

reconhecimento das espécies com o auxílio de uma tabela com as principais

características da morfologia foliar de árvores encontradas na arborização, a qual foi

disponibilizada por uma das supervisoras do projeto. Em campo, quando havia dúvidas

quanto ao reconhecimento de algumas espécies encontradas, eram feitos registros

fotográficos de características das árvores e essas fotos eram encaminhadas para um

grupo de mensagens instantâneas com toda a equipe responsável pelo inventário para

que então fosse feito o reconhecimento.

A identificação das espécies foi feita por consulta à literatura (LORENZI, 2008,

2009a, 2009b) pela coordenadora do projeto, Profa. Patrícia C. Lobo Faria. Da mesma

Page 32: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

32

forma, as informações sobre a origem e o porte das espécies foi determinado por meio

de pesquisa bibliográfica (LORENZI, 2008, 2009a, 2009b; FLORA DO BRASIL, 2020).

Para a obtenção das coordenadas geográficas de todas as árvores bem como

dos demais elementos (tocos, espaços disponíveis) foram registradas as distâncias, em

campo, do ponto que representa a esquina de cada quadra até o primeiro elemento, do

primeiro ao segundo e assim por diante. Posteriormente, a partir de cálculos, foi possível

determinar as coordenadas (PORTO; BATISTA; FARIA, 2019).

Após a coleta dos dados em campo, foi feita a transcrição dos mesmos para

planilhas eletrônicas e, com a digitação, automaticamente eram determinadas algumas

informações como por exemplo o nome científico da espécie, sua origem e coordenadas

geográficas, o que permitiu a elaboração de mapas.

4.3 ANÁLISE DOS DADOS E DIAGNÓSTICO

Os parâmetros relacionados ao tamanho das plantas, como altura total e CAP

foram analisados em classes de tamanho (SILVA; PAIVA; GONÇALVES, 2017). A altura

total foi categorizada nas seguintes classes:

Classe I: plantas com altura (h) menor ou igual a 6,0 m (h ≤ 6,0 m)

Classe II: plantas com altura maior que 6,0 m e menor ou igual a 12,0 m

(6,0 < h ≤ 12,0 m)

Classe II: plantas com altura maior que 12,0 m e menor ou igual a 18,0 m

(12,0 < h ≤ 18,0 m)

Classe IV: plantas com altura maior que 18,0 m (h > 18,0 m)

Os valores de CAP foram segregados nas seguintes classes:

Classe I: plantas com circunferência menor ou igual a 0,30m (CAP ≤ 0,30

m)

Classe II: plantas com circunferência maior que 0,30 m e menor ou igual

a 0,60 m (0,30 < CAP ≤ 0,60 m)

Page 33: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

33

Classe III: plantas com circunferência maior que 0,60 m e menor ou igual

a 0,90 m (0,60 < CAP ≤ 0,90 m)

Classe IV: plantas com circunferência maior que 0,90 m e menor ou igual

a 1,20 m (0,90 < CAP ≤ 1,20 m)

Classe V: plantas com circunferência maior que 1,20 m (CAP > 1,20 m)

Para determinar a diversidade de espécies utilizadas na arborização de cada

setor, utilizou­se o índice de diversidade de Shannon­Wiener, pois este depende

moderadamente da amostragem, é de cálculo simples e é o mais utilizado em trabalhos

sobre arborização urbana (GUREVITCH; SCHEINER; FOX, 2009; RABER; REBELATO,

2010), conforme (Equação 1)

𝐻′ = −𝛴𝑝𝑖 ⋅ 𝑙𝑛 𝑝 𝑖 (1)

Onde,

𝐻′ ­ Índice de Diversidade de Shannon­Wiener;

𝑙𝑛 ­ Logaritmo natural; e

𝑝𝑖 ­ Frequência relativa de indivíduos por espécie.

Assim, foi possível caracterizar a comunidade arbórea de cada setor, analisar a

relação entre as árvores e os elementos da infraestrutura urbana para então comparar

essas informações com determinados artigos do PDAU (LONDRINA, 2013), os quais

estão destacados no Quadro 2.

Page 34: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

34

Quadro 2 – Relação entre os parâmetros analisados no inventário e os artigos do Plano Diretor de Arborização Urbana de Londrina (Lei nº 11.996/2013)

Parâmetros Artigos Diretriz

Caracterização da comunidade arbórea

Origem das espécies Exemplares com plantio proibido

Art. 21 A muda a ser inserida na arborização urbana deverá ter uma altura mínimo de 2,20 m.

Art. 24

70% das espécies devem ser nativas e no máximo 30% exóticas não invasoras adaptadas

(não relacionadas na Portaria IAP nº 95/07); No máximo 10% da mesma espécie, 20% do

mesmo gênero e 30% da mesma família botânica

Art. 25 Proíbe o plantio de Ficus benjamina ou Ficus microcarpa

Art. 26 Proíbe o plantio de exemplar de vegetação

arbórea de espécie exótica invasora listada na Resolução IAP 95/07 e suas atualizações

Art. 57

Determina o corte de exemplar de vegetação arbórea de espécie exótica invasora, listada na

Portaria IAP n° 95/2007 e suas atualizações

Podas, mureta e irregularidades Aspectos fitossanitários e de

manutenção Substituição de exemplares

Art. 22 Determina como deve ser a instalação de gradil em plantios

Art. 45 Determina ações de conservação da arborização urbana

Art. 52 Proíbe poda de topiaria

Art. 53 Proíbe a poda excessiva ou drástica das árvores

Art. 55

Determina que o corte ou transporte de exemplar serão admitidos mediante alguns

casos, entre eles quando o estado fitossanitário o justificar

Art. 56

Determina que a Secretaria Municipal do Ambiente deve continuadamente proceder ao

corte e à substituição de exemplares da arborização urbana que se enquadrem no art.

55

Art. 57 Determina como deve ser o corte de exemplar de espécie exótica invasora listada na Portaria

IAP nº 95/07 Fonte: Autoria própria.

Tendo em vista o diagnóstico a partir dos artigos do PDAU foi possível propor

algumas ações de melhoria para a arborização urbana do município de Londrina.

Page 35: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

35

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 ASPECTOS GERAIS

Nos três setores foram registrados 8.316 pontos, sendo que 5.705 (68,60%)

corresponderam a árvores plantadas, 2.211 (26,59%) a espaços disponíveis para o

plantio de novas árvores, 319 (3,84%) a covas e tocos e 81 (0,97%) a árvores que estão

mortas, porém ainda se encontram em pé, ou seja, no seu local de plantio.

O maior número de registros (Tabela 1) foi observado no Aeroporto (Figura 4)

seguido da Gleba Palhano (Figura 5) e do Centro Cívico (Figura 6), fato que decorre da

diferença de esforço amostral, visto que as distâncias percorridas foram bem diferentes.

(Tabela 1). Como todos os elementos georreferenciados ocupam o espaço de uma

eventual árvore, pode­se afirmar que a densidade relativa foi semelhante nos três

setores, resultando em uma árvore a cada 10 e 11 metros, aproximadamente (Tabela 1).

Tabela 1 – Aspectos gerais do inventário da arborização urbana em três setores do município de Londrina, PR.

Dado Setor

Aeroporto Centro Cívico Gleba Palhano

Área amostrada aproximada (km²) 2,64 1,36 2,23 Extensão percorrida aproximada (km) 27,7 13,47 22,59 Elementos amostrados 3.746 1.817 2.753 Árvores 2.497 1.267 1.941 Distância média entre os elementos (m) 10,21 9,99 11,05 Espaço disponível para o plantio 1.033 469 709 Número de espécies 117 106 102 Índice de Shannon­Wiener 3,51 3,63 3,18 Espécie mais abundante Oiti Oiti Oiti Frequência relativa da mais abundante (%) 16,86 9,79 15,6

Fonte: Autoria própria.

Page 36: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

36

Figura 4 – Elementos amostrados e georreferenciados no inventário da arborização urbana no Setor Aeroporto.

Nota: os elementos amostrados se referem a tocos, covas, espaços disponíveis e árvores mortas em pé.

Fonte: Autoria própria.

Page 37: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

37

Figura 5 – Elementos amostrados e georreferenciados no inventário da arborização urbana no Setor Gleba Palhano.

Nota: os elementos amostrados se referem a tocos, covas, espaços disponíveis e árvores mortas em pé.

Fonte: Autoria própria.

Page 38: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

38

Figura 6 – Elementos amostrados e georreferenciados no inventário da arborização urbana no Setor Centro Cívico.

Nota: os elementos amostrados se referem a tocos, covas, espaços disponíveis e árvores mortas em pé.

Fonte: Autoria própria.

Page 39: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

39

5.2 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ARBÓREA

Dentre as 5.706 árvores amostradas nos setores, foram identificadas 142 espécies

(Tabela 2 e APÊNDICE A) sendo que novamente o Aeroporto apresentou o maior valor,

com 117 espécies, porém seu índice de diversidade de Shannon­Wiener foi levemente

maior no Centro Cívico (Tabela 1).

Tabela 2 – Relação das espécies amostradas, sua origem e frequência relativa em cada setor inventariado no município de Londrina, PR.

(continua)

Nome comum Origem Frequência relativa por setor (%)

Aeroporto Centro Cívico

Gleba Palhano

Oiti Alóctone 16,86(1) 9,79(1) 15,60(1) Ipê­branco Alóctone 4,77(1) 7,73(1) 14,42(1)

Quaresmeira Alóctone 4,69(1) 4,74(1) 9,27(1) Murta(2) Exótica 6,65(1) 6,00(1) 3,66(1)

Sibipiruna Autóctone 4,37(1) 3,71(1) 7,26(1) Ipê­roxo Alóctone 3,24(1) 6,16(1) 6,33(1)

Pata­de­vaca Exótica 4,29(1) 5,68(1) 4,89(1) Ligustro Exótica 5,53(1) 5,92(1) 2,83(1)

Ipê­amarelo Autóctone 4,08(1) 3,47(1) 4,07(1) Resedá Exótica 2,68 3,08 5,05(1)

Cerejeira Exótica 3,20(1) 1,74 2,78 Hibisco Exótica 3,04 4,18(1) 1,03

Aroeira salsa Autóctone 3,08 2,92 1,49 Cássia Imperial Exótica 3,12 1,10 0,31

Escova de garrafa Exótica 1,88 1,74 1,49 Pitangueira Autóctone 1,84 2,37 1,08

Chapeu de sol Exótica 1,56 2,45 0,77 Palmeira(4) ­ 1,88 0,39 1,39

Tipuana Exótica 2,12 0,47 0,93 Magnólia­amarela Exótica 1,32 2,21 0,51 Manacá da Serra Alóctone 1,32 1,66 0,67

Ipê­rosa Autóctone 1,34 1,18 0,93 Canela do Ceilão Exótica 1,28 0,71 0,26

Goiabeira(2) Exótica/Naturalizada 1,08 0,32 0,62 Figueira Benjamina(3) Exótica 0,64 0,39 1,03

Mangueira(2) Exótica 0,56 1,58 0,31 Ipê­de­El­Salvador Exótica 0,60 1,18 0,46

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Tabela 2 – Relação das espécies amostradas, sua origem e frequência relativa em cada setor inventariado no município de Londrina, PR.

(continua)

Nome comum Origem Frequência relativa por setor (%)

Aeroporto Centro Cívico

Gleba Palhano

Árvore da China Exótica 0,16 0,39 1,03 “Citros”(5) Exótica 0,72 0,24 0,26 Figueira(6) E/N 0,24 1,26 0,10 Abacateiro Exótica 0,20 0,95 0,31 Flamboyant Exótica 0,40 0,63 0,21

Freixo Exótica 0,32 0,47 0,36 Amoreira Exótica 0,40 0,24 0,26

Ipê­roxo­de­sete­folhas Autóctone 0,32 0,47 0,15 Resedá Gigante Exótica 0,36 0,47 0,10

Romã Exótica 0,52 0,16 0,10 Mini Flamboyant Exótica 0,20 0,71 0,05 Pingo­de­ouro Autóctone 0,20 0,32 0,26 Espirradeira Exótica 0,40 0,08 0,10 Jacarandá Exótica 0,20 0,39 0,15

Acerola Exótica 0,16 0,39 0,15 Ameixa­amarela(2) Exótica 0,24 0,16 0,21

Grevilha(2) Exótica 0,20 0,39 0,10 Cróton Exótica 0,28 0,08 0,15

Eucalipto Exótica 0,04 0,16 0,41 Leucena(2) Exótica 0,04 0,24 0,31

Lichia Exótica 0,28 0,16 0,05 Tulipeira Exótica 0,20 0,16 0,15

Aroeira Pimenteira Autóctone 0,08 0,08 0,31 Leguminosa ­ 0,08 0,24 0,21

Astrapeia Exótica 0,16 0,08 0,15 Atemoia/fruta do conde Nativa 0,20 0,16 0,05

Falso Barbatimão Autóctone 0,04 0,47 0,05 Ingá Nativa 0,12 0,08 0,21

Plátano Exótica 0,04 0,08 0,31 Ficus­lira Exótica 0,04 0,32 0,10

Ipê­de­jardim(2) Exótica 0,16 0,08 0,10 Mirtácea sp1 ­ 0,12 0,16 0,10

Araçá Nativa 0,08 0,16 0,10 Jambolão(2) Exótica 0,08 0,16 0,05

Jambo­vermelho Exótica 0,12 0,08 0,05 Canelinha Autóctone 0,08 0,08 0,05

Page 41: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

41

Tabela 2 – Relação das espécies amostradas, sua origem e frequência relativa em cada setor inventariado no município de Londrina, PR.

(continua)

Nome comum Origem Frequência relativa por setor (%)

Aeroporto Centro Cívico

Gleba Palhano

Pau­ferro Alóctone 0,04 0,16 0,05 Mussaenda Exótica 0,04 0,08 0,05 Mutamba Autóctone 0,04 0,08 0,05

Indeterminada 1 ­ 0,16 0,16 0,10 Pinheiro Exótica 0,20 0,08 ­

Cerejeira­do­mato Autóctone 0,12 0,08 ­ Jaqueira Exótica 0,04 0,24 ­ Jatobá Alóctone 0,04 0,08 ­

Manacá­de­cheiro Autóctone 0,32 0,39 ­ Melaleuca Exótica 0,04 0,16 ­ Jasmim Exótica 1,04 0,87 ­

Indeterminada 2 ­ 0,04 0,08 Graviola Cultivada 0,24 0,08 ­

Jabuticabeira Alóctone ­ 0,16 0,05 Alecrim­de­campinas Autóctone ­ 0,08 0,93

Mamoeiro Exótica 0,24 ­ 0,05 Santa­Bárbara Exótica 0,16 ­ 0,10

Figueira vermelha Exótica 0,04 ­ 0,21 Laurácea ­ 0,16 ­ 0,05 Pau­brasil Alóctone 0,16 ­ 0,05

Peroba Nativa 0,12 ­ 0,10 Fedegoso/Manduirana Alóctone 0,04 ­ 0,15

Dama­da­noite Exótica 0,04 ­ 0,10 Monguba Alóctone 0,32 ­ 0,15 Dedaleiro Autóctone 0,20 ­ 0,15

Árvore­mastro Exótica 0,04 ­ 0,05 Cedro Autóctone 0,04 ­ 0,05

Flor­de­coral Exótica 0,04 ­ 0,05 Jambo­amarelo Exótica 0,04 ­ 0,05

Jasmim da Venezuela Exótica 0,04 ­ 0,05 Pessegueiro Exótica 0,04 ­ 0,05

Ixora­vermelha Exótica 0,12 ­ ­ Mamoneira(2) Cultivada 0,12 ­ ­

Urucum Autóctone 0,12 ­ ­ Árvore­polvo/ árvore

guarda­chuva /Scheflera Exótica 0,08 ­ ­

Page 42: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

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Tabela 2 – Relação das espécies amostradas, sua origem e frequência relativa em cada setor inventariado no município de Londrina, PR.

(continua)

Nome comum Origem Frequência relativa por setor (%)

Aeroporto Centro Cívico

Gleba Palhano

Cajueiro Alóctone 0,08 ­ ­ Chapeu­de­Napoleão Exótica 0,08 ­ ­

Clúsia Nativa 0,08 ­ ­ Fruta­pão Exótica 0,08 ­ ­

Uvaia Autóctone 0,08 ­ ­ Uva­japonesa(2) Exótica/Naturalizada 0,04 ­ ­

Jurubeba Nativa 0,04 ­ ­ Podocarpo ­ 0,04 ­ ­ Primavera Nativa 0,04 ­ ­

Sacambu/Jacarandá­do­litoral Autóctone 0,04 ­ ­

Pinheiro­Kauri Exótica 0,04 ­ ­ Moringa Exótica 0,04 ­ ­

Niim Exótica 0,04 ­ ­ Magnólia­branca Exótica 0,04 ­ ­

Dracena­vermelha Exótica 0,04 ­ ­ Dracena­malaia Exótica 0,04 ­ ­ Cravo­da­índia Exótica 0,04 ­ ­

Cipreste Exótica 0,04 ­ ­ Camélia Exótica 0,04 ­ ­ Cafeeiro Cultivada 0,04 ­ ­

Alfeneiro­do­japão Exótica 0,04 ­ ­ Coração­de­negro Autóctone ­ 0,32 ­

Fruta­de­sabiá Alóctone ­ 0,32 ­ Lofantera­da­Amazônia Alóctone ­ 0,32 ­

Cabeleira­de­Velho Exótica ­ 0,24 ­ Gardênia Exótica ­ 0,24 ­

Sapoti Cultivada ­ 0,16 ­ Vacum Autóctone ­ 0,16 ­

Viburno­perfumado Exótica ­ 0,16 ­ Pau­formiga Alóctone ­ 0,16 ­

Arália­elegante Exótica ­ 0,16 ­ Abricó­da­praia Exótica ­ 0,08 ­

Alfeneiro­do­japão­arbustivo Exótica ­ 0,08 ­

Azaleia Exótica ­ 0,08 ­ Baru Alóctone ­ 0,08 ­

Page 43: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

43

Tabela 2 – Relação das espécies amostradas, sua origem e frequência relativa em cada setor inventariado no município de Londrina, PR.

(conclusão)

Nome comum Origem Frequência relativa por setor (%)

Aeroporto Centro Cívico

Gleba Palhano

Bico­de­papagaio Exótica ­ 0,08 ­ Canafístula Autóctone ­ 0,08 ­

Cássia (flor rosa) ­ ­ 0,08 ­ Cedro­australiano (Toúna) Exótica ­ 0,08 ­

Dracena­arco­íris Exótica ­ 0,08 ­ Espinheira­santa ­ ­ 0,08 ­ Falso Mangostão

/Bacupari ­ ­ 0,08 ­

Indeterminada (arbusto) ­ ­ 0,08 ­ Janaúba Exótica ­ 0,08 ­ Paineira Autóctone ­ 0,08 ­

Sapindácea sp1 ­ ­ 0,08 ­ Vochisiácea sp1 Nativa ­ 0,08 ­ Acácia­mimosa Exótica ­ ­ 0,15

Leiteiro Nativa ­ ­ 0,10 Bico­de­pato sp1 Nativa ­ ­ 0,10

Coqueiro­de­vênus Exótica ­ ­ 0,05 Algodão­do­brejo Exótica ­ ­ 0,05

Algodoeiro Alóctone ­ ­ 0,05 Bico­de­pato sp2 Nativa ­ ­ 0,05

Caferana Exótica ­ ­ 0,05 Cafezeiro Autóctone ­ ­ 0,05

Fotínia Exótica ­ ­ 0,05 Gabiroba Autóctone ­ ­ 0,05

Ingá­de­Metro Autóctone ­ ­ 0,05 Meliácea sp1 ­ ­ ­ 0,05

Pimenta­da­jamaica Exótica ­ ­ 0,05 Tapiá Alóctone ­ ­ 0,05

Nota: (1) Dez espécies mais abundantes em cada setor; (2) Espécies exóticas invasoras que se encontram na lista do IAP e têm seu plantio proibido pelo PDAU; (3) Espécie de plantio proibido pelo PDAU (Lei nº 11.996/2013); (4) Espécie de plantio proibido pelo Decreto nº 305/2015); (5) Inclui pés de limão, laranja e outros cítricos; (6) Figueira não identificada e diferente das já reconhecidas e listadas. Fonte: Autoria própria.

Nos três setores as dez espécies mais abundantes representaram mais da

metade da comunidade arbórea, sendo 57,67% para o Aeroporto, 57,38% para o Centro

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44

Cívico e 73,38% para a Gleba Palhano, neste caso indicando o uso predominante de

algumas espécies. Ainda, essas 10 espécies são praticamente comuns aos três setores,

visto que seu conjunto totaliza doze espécies (ver início da Tabela 1). Além disso,

verificou­se que muitas espécies são exclusivas de um só lugar e/ou possuem somente

um exemplar representado na arborização.

O Oiti (Figura 7) foi a espécie mais abundante nos três setores, sendo que no

Aeroporto e na Gleba Palhano sua frequência (16,86% e 15,60%, respectivamente) está

acima do recomendado pela legislação municipal, que estabelece que “serão, no

máximo, 10% (dez por cento) da mesma espécie, 20% (vinte por cento) do mesmo gênero

e 30% (trinta por cento) da mesma família botânica” (LONDRINA, 2013).

O mesmo aconteceu com a segunda espécie mais abundante na Gleba Palhano,

o Ipê­branco (Figura 8) cuja frequência ficou em 14,42%, sendo que no Centro Cívico

nenhuma espécie ultrapassou o limite recomendado. Na Figura 9 e na Figura 10 é

possível observar a distribuição do Oiti e do Ipê­branco e compreender como o uso

excessivo de uma espécie pode contribuir de forma marcante para a perda da

diversidade, e merece a atenção da administração pública.

Cabe destacar que o Oiti tem seu plantio na área urbana de Londrina

recomendado pelo Decreto Municipal nº 305, de 12 de março de 2015 (LONDRINA,

2015). No entanto, sua ocorrência acima do recomendado pela literatura e pela legislação

merece a atenção de gestores, uma vez que seu plantio continuado pode provocar um

desequilíbrio na arborização.

O percentual máximo de 10% para ocorrência de uma espécie também é

observado em documentos como o Manual de Arborização Urbana elaborado pela

Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG, 2011) e no Plano Municipal de

Arborização Urbana de Andirá (PR) (ANDIRÁ, 2016). Por outro lado, o Guia de

Arborização de Campinas (CPFL ENERGIA, 2008) e o PDAU de Toledo (PR) (TOLEDO,

2012) estabelecem que esse percentual pode ser de até 15%.

Page 45: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

45

Figura 7 – Exemplar de Oiti (Licania tomentosa) localizado no Setor Centro Cívico.

Fonte: Autoria própria.

Figura 8 – Exemplar de Ipê­branco (Tabebuia roseoalba) localizado no Setor Gleba Palhano.

Fonte: Autoria própria.

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46

Figura 9 – Distribuição espacial do Oiti (Licania tomentosa) no Setor Aeroporto, atingindo 16,86% de frequência.

Fonte: Autoria própria.

Page 47: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

47

Figura 10 – Distribuição espacial do Oiti (Licania tomentosa) e do Ipê­branco (Tabebuia roseoalba) no Setor Gleba Palhano com frequência acima de 10%.

Fonte: Autoria própria.

O predomínio do Oiti na arborização foi observado em Uberlândia/MG (SILVA et

al. 2002), Assis/SP (ROSSATTO; TSUBOY; FREI, 2008) e Jataí/GO (BARROS;

GUILHERME; CARVALHO, 2010), o que para Barros, Guilherme e Carvalho (2010),

demonstra que a espécie é amplamente difundida e aceita em determinadas regiões

brasileiras.

Page 48: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

48

O fato de as dez espécies mais abundantes no presente estudo apresentarem

mais da metade da população é mais favorável se comparado com o trabalho de Mazioli

(2012), que observou que as cinco espécies com maior frequência representavam

67,65% do total nos bairros estudados em Cachoeiro do Itapemirim (ES). Além disso, nos

três setores as dez espécies mais abundantes representam mais da metade dos

indivíduos que compõem a arborização urbana.

Dentre as 142 espécies reconhecidas, apenas 55 são nativas (38,73%),

(autóctones e alóctones) e 87 (61,27%) são exóticas, sendo que 10 (7,04%) se encontram

na lista do IAP de espécies exóticas invasoras. Com isso, constatou­se que há

praticamente o inverso das proporções determinadas no PDAU, visto que o inciso I do

Art. 24 estabelece o máximo de 30% de espécies exóticas.

O predomínio das espécies exóticas é observado em diversas cidades do país.

Silva (2005) quantificou 58,6% de espécies exóticas para Americana (SP), Paiva (2009)

encontrou 57,5% no município de Cosmópolis (PR), e Miranda e Carvalho (2009),

detectaram o predomínio de 64,4% de exóticas em Ponta Grossa (PR). A porcentagem

de exóticas chega a ser maior ainda em Senador Guiomard (AC), onde Maranho et al.

(2012) identificaram 11,7% espécies nativas e 88,3% exóticas.

Esses dados são preocupantes e evidenciam a necessidade do planejamento,

uma vez que a presença de espécies exóticas invasoras na arborização urbana pode

resultar em problemas relacionados à perda da biodiversidade e à modificação das

características naturais dos ecossistemas atingidos (ZILLER; 2001; ZILLER; ZENNI;

DECHOUM, 2007). Assim, é necessário buscar o equilíbrio entre nativas e exóticas e dar

preferência às espécies nativas na arborização urbana, como preconizam várias

publicações (PAIVA et al., 2010; LONDRINA, 2013; BARCELLOS et al., 2018; SAMPAIO

et al., 2019).

Também é importante frisar que a presença da Murta nos três setores deve ser

um alerta para a gestão municipal, pois é uma espécie exótica de ocorrência significativa,

chegando a ser a segunda espécie mais abundante no Setor Aeroporto (6,65%). Essa

espécie tem seu plantio, comércio, transporte e produção proibidos em todo o estado do

Paraná pela Lei estadual nº 15.953/2008 e de acordo com a legislação, o Governo do

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49

Estado seria responsável por fiscalizar e elaborar um plano de erradicação de todos os

indivíduos da espécie, com sua devida substituição, plano este que deveria sido

concluído no prazo de 2 anos a partir da publicação da lei (PARANÁ, 2008), ou seja, em

2010.

Com relação ao Índice de Shannon­Wiener, Meneghetti (2003) ao analisar a

arborização urbana em ruas de Santos (SP) obteve um índice de Shannon para bairros

da orla marítima de Santos (SP) de 2,63 sendo que no total foram identificadas 65

espécies, distribuídas em 1.282 indivíduos. Já Bortoleto et al. (2007), em um estudo da

arborização viária do município Estância de Águas de São Pedro (SP), obtiveram um

índice de 3,90, para 161 espécies distribuídas em 3.654 indivíduos. Nesse estudo, os

autores também verificaram o predomínio de uma espécie, a Sibipiruna, com 13,66% de

ocorrência.

Rossatto, Tsuboy e Frei (2008) observaram que os valores do índice de Shannon­

Wiener variaram de 2,31 a 2,86 para diferentes áreas na cidade de Assis (SP), onde

foram encontradas 54 espécies e 1.915 indivíduos arbóreos. Ainda, Raber e Rebelato

(2010) apresentaram um índice de 2,95 para a cidade de Colorado (RS) e Oliveira et al.

(2019) encontraram um índice de 3,40 para a Praça Centenário, Curitibanos (SC).

Os valores obtidos no presente estudo se aproximam do observado para a

Estância de Águas de São Pedro, com 161 espécies (BORTOLETO et al. 2007), o que

indica que os setores estudados apresentam uma comunidade arbórea bastante diversa,

decorrente, provavelmente, da influência da comunidade escolhendo a espécie a ser

plantada. O menor valor observado para a Gleba Palhano decorre da dominância de duas

espécies, o que contribui para diminuir a equabilidade e a diversidade (YARED; COUTO;

LEITE, 2000; GUREVITCH; SCHEINER; FOX, 2009).

5.2.1 Estrutura de tamanho da comunidade

Nos três setores observou­se que mais da metade das árvores possuem menos

que 6,0 m de altura (Figura 11), limite que abriga as espécies de pequeno porte e os

jovens de espécies de médio e grande porte. No entanto, quando se analisa o tamanho

Page 50: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

50

da árvore, em relação ao porte da espécie, observou­se o predomínio de plantas de

grande porte (Tabela 3).

Figura 11 – Distribuição de frequência das classes de altura para as árvores amostradas por setor.

Fonte: Autoria própria.

Tabela 3 – Frequência relativa de indivíduos de acordo com o porte da espécie nos três setores inventariados.

Porte Frequência relativa por setor (%)

Aeroporto Centro Cívico Gleba Palhano Pequeno 21,87 22,42 13,90

Médio 29,76 30,70 41,09 Grande 45,37 44,75 42,74

Não categorizadas 3,00 2,13 2,27 Fonte: Autoria própria.

Com relação à distribuição da CAP (Figura 12), as estruturas observadas no

Aeroporto e no Centro Cívico foram bastante semelhantes, com cerca de 44% e 41% das

Page 51: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

51

árvores nas duas primeiras classes de tamanho, 17% e 19% na maior, respectivamente.

Já na Gleba Palhano cerca de 54% das árvores se encontram nas Classes I e II e apenas

12% na maior classe, o que provavelmente se deve ao fato da arborização ser mais

recente, visto que a Gleba Palhano é um bairro ainda em expansão e,

consequentemente, possui uma arborização mais nova, com plantas de menor tamanho.

Figura 12 – Distribuição de frequência das classes de CAP para as árvores amostradas por

setor.

Fonte: Autoria própria.

A distribuição de altura do Oiti (Figura 13), a espécie mais abundante nos três

setores, mostrou que há o predomínio de árvores com altura menor que 6,0 m. Notou­se,

ainda, que no Centro Cívico e na Gleba Palhano a árvore não chega a atingir 12,0 m de

altura. Esse dado pode estar atrelado ao fato de o Oiti representar 73,37% dos indivíduos

que sofrem com a topiaria e 18,57% dos que sofrem com a poda drástica. Além disso,

das árvores que possuem fiação elétrica em contato ou abaixo de sua copa, 15,50% são

Page 52: DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS SETORES DO

52

Oiti. Nos três casos o Oiti corresponde à maior parte dos indivíduos que sofre com

práticas irregulares e de manutenção (ver em item 5.3 mais adiante).

Figura 13 – Distribuição de frequência das classes de altura para o Oiti (Licania tomentosa) nos três setores inventariados.

Fonte: Autoria própria.

Com relação ao CAP do Oiti (Figura 14), percebeu­se uma distribuição diferenciada entre

os três setores. Enquanto na Gleba Palhano, cerca de 70% das plantas se encontram

nas duas menores classes de diâmetro, esse percentual varia entre 60 e 46% no

Aeroporto e Centro Cívico, respectivamente. Por outro lado, no Centro Cívico, 24% dos

Oitis se enquadram nas duas maiores classes de CAP, em proporção bem superior aos demais setores (10 e 4%, respectivamente).

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Figura 14 – Distribuição de frequência das classes de CAP para o Oiti (Licania tomentosa) por setor.

Fonte: Autoria própria.

O PDAU estabelece que as mudas a serem implantadas na arborização urbana

devem ter uma altura mínima para plantio de 2,20 m. No entanto, registrou­se plantas

com altura de cerca de 0,50 m e, no geral, essas representam arbustos incluídos na

arborização, assim como indivíduos com altura abaixo da recomendada (Tabela 4). Por

outro lado, as maiores árvores amostradas tiveram altura de 20 a 22 m, sendo que as

espécies representantes foram diferentes em cada setor (Tabela 4).

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Tabela 4 – Espécies que apresentam valores máximos e mínimos para as variáveis altura e circunferência à altura do peito em cada setor.

Parâmetro Setor

Aeroporto Centro Cívico Gleba Palhano

Altura máxima (m) 22,00 20,00 20,00

Espécie Santa­Bárbara, Tipuana

Grevilha, Ipê­de­El­Salvador

Leguminosa, Leucena

CAP máximo (m) 3,70 3,90 3,20

Espécie Flamboyant Pauerro Tulipeira

Altura mínima (m) 0,4 0,4 0,5

Espécie Pitangueira Pitangueira Ipê­branco, Manacá da serra

CAP mínimo (m) 0,03 0,02 0,03

Espécie Oiti, Cerejeira, Quaresmeira Oiti Oiti

Fonte: Autoria própria.

No trabalho de Rocha, Leles e Neto (2004), observou­se a predominância de

árvores com menos de 6,00 m de altura, em vias públicas de Nova Iguaçu (RJ), o que

para os autores significa que as plantas são jovens. Em um estudo realizado em um

bairro de Patos (PB), Melo, Lira Filho e Júnior (2007), detectaram a maior ocorrência de

indivíduos com valores de altura inferiores a 5,00 m.

Milano (1984) destacou que as variáveis CAP, altura e diâmetro de copa, as quais

podem caracterizar o porte de árvores, são influenciadas pelo tratamento de poda. Dessa

forma é preciso considerar que, nos Setores Aeroporto e Centro Cívico, apesar do

predomínio das árvores estar na menor classe de altura (Classe I), a distribuição mais

equilibrada do CAP pode ser um indicativo de que boa parte das plantas estão tendo seu

tamanho reduzido por conta da prática de poda.

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5.3 ASPECTOS FITOSSANITÁRIOS E DE MANUTENÇÃO

Com relação aos conflitos, de maneira geral, o setor Gleba Palhano apresentou

os menores valores para as irregularidades analisadas (Tabela 5). Foi observado que

nos três setores o número de árvores quebrando as calçadas (Figura 15) totalizou 1.476,

o que corresponde a 25,87% e ao incluir mortas em pé e tocos (árvores que foram

cortadas e que estavam quebrando a calçada anteriormente), esse valor chega a 26,15%,

com predomínio de ocorrência no Aeroporto (Tabela 5).

Tabela 5 – Percentual de ocorrência de árvores com irregularidades que demandam atenção em três setores do município de Londrina, PR, inventariadas em 2018.

Irregularidade Frequência de ocorrência por setor (%)

Aeroporto Centro Cívico Gleba Palhano Quebrando calçada 31,00 26,76 18,70 Presença de mureta 18,78 8,45 5,87 Área livre ausente 5,73 8,37 2,88

Cupim/broca/dano no caule 9,73 6,27 6,08 Poda drástica 3,84 3,47 2,73

Topiaria 3,04 2,37 4,17 Presença de gradil* 1,72 0,63 1,03

Nota: * presença de gradil quando o indivíduo já está estabelecido e há pouco espaço para a planta Fonte: Autoria própria.

Além disso, 12,09% das árvores amostradas possuíam muretas ao seu redor

(Figura 16), sendo que o maior percentual foi novamente registrado no Aeroporto e 5,35%

não possuíam área livre no seu entorno (Figura 17), sendo o maior percentual observado

no Centro Cívico (Tabela 5).

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Figura 15 – Exemplar de Sibipiruna (Poincianella pluviosa) com área livre insuficiente e raízes quebrando a calçada.

Fonte: Autoria própria.

Figura 16 – Exemplos de irregularidades como muretas ao redor da árvore e plantio de Murta

(Murraya paniculata), espécie com plantio proibido pela legislação.

Fonte: Autoria própria.

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Figura 17 – Exemplar de Chapeu de Sol (Terminalia catappa) com ausência de área livre para infiltração de água e com quebra de calçada aparente.

Fonte: Autoria própria.

Com relação aos danos físicos e aos aspectos fitossanitários, problemas como

presença de cupim, broca e/ou danos no caule foram detectados em 8,32% das árvores

nos três setores, sendo o maior percentual observado no Aeroporto (Tabela 5). Além

disso, a poda drástica (Figura 18) e a topiaria (Figura 19) que representam práticas

proibidas no PDAU, ocorreram em apenas 283 árvores (3,40%) nos três setores,

ocorrendo com maior frequência no Aeroporto para ambas situações, novamente.

Portanto, vale destacar que a prática realizada com maior frequência nos Oitis, conforme

mencionado anteriormente. Por fim, verificou­se que apenas 1,24% das árvores possuem

gradil no seu entorno de forma a danificar os indivíduos (Tabela 5).

Todas as variações em termos dos percentuais apresentados para cada Setor

indicam que há a necessidade de diferentes abordagens junto à comunidade, de forma a

promover a conscientização e correção das irregularidades encontradas, visando

melhorar a saúde das árvores.

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Figura 18 – Exemplo de poda drástica em uma árvore do Setor Centro Cívico.

Fonte: Autoria própria.

Figura 19 – Exemplo de topiaria realizada em uma árvore de Oiti (Licania tomentosa) nos

Setores Centro Cívico (A) e Gleba Palhano (B), respectivamente.

Fonte: Autoria própria.

A B

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Os percentuais de árvores quebrando a calçada são elevados se comparados ao

apresentado por Mazioli (2012) em Cachoeiro do Itapemirim (ES), onde apenas 12,58%

dos indivíduos eram responsáveis por danos no passeio. Por outro lado, Batistel et al.

(2009), em um dos bairros de Quirinópolis (GO), observaram que 34,91% dos indivíduos

apresentaram algum problema com relação à quebra das calçadas e 20,75% destruíam

as mesmas.

No diagnóstico apresentado para a elaboração do Plano de Arborização Urbana

de Bom Sucesso do Sul (PR) foi constatada a existência de espécies cujo crescimento

de raízes acarretou em prejuízos ao passeio público, como consequência do

estrangulamento da muda pelo concreto (BOM SUCESSO DO SUL, 2018).

Nesse sentido é importante ressaltar que os danos físicos no meio também

podem implicar na inutilização dos passeios pelos pedestres, principalmente àqueles com

mobilidade reduzida e, consequentemente, esses podem ser forçados a andar com os

carros que transitam nas vias (MEIRELES; OLIVEIRA, 2017).

De modo geral o percentual de ocorrência de mureta ao redor da árvore foi menor

do que o valor apresentado por Santiago (2018), que detectou que 20,66% dos elementos

possuíam a estrutura, no município de Ivaté (PR). Já com relação à área livre, Silva et al.

(2008) apontaram que o manejo inadequado da arborização na área estudada em

Mariópolis (PR) era responsável por diversos problemas, entre eles o fato de a maioria

das árvores se encontrarem com áreas livres menores do que 1 m² e os levantamentos

e as rachaduras nas calçadas, serem provocados, principalmente por espécies de grande

porte.

Com relação aos danos físicos e aspectos fitossanitários, tem­se uma boa

indicação de que a população dos 3 setores é sadia. Melo, Lira Filho e Júnior (2007)

detectaram que 88,47% das árvores apresentavam boas condições fitossanitárias em um

bairro de Patos (PB) e vão ao encontro com os dados apresentados por Mazioli (2012),

que observou que uma elevada parcela dos indivíduos, 84,08%, apresentou problemas

dessa natureza em bairros de Cachoeiro Itapemirim (ES).

O percentual de indivíduos que sofreram com as práticas de poda drástica e

topiaria é baixo se comparado com o valor apresentado por Santos et al. (2015), onde

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31,2% das árvores localizadas em vias públicas de Aracaju (SE) sofreram com a poda

drástica. Para Mazioli (2012), problemas em decorrência de podas mal feitas podem ser

uma resposta ao manejo inadequado, podendo a prática, inclusive, resultar na morte de

plantas ou ainda ser uma consequência da utilização de plantas que não se adaptaram

à região em que foram implantadas, reforçando que estas podem se tornar alvos do

ataque de pragas ou doenças.

Quanto ao gradil, autores como Silva et al. (2018) destacaram que 35% das

mudas plantadas em um bairro de Recife (PE) precisavam de gradil para sua

manutenção. Apesar de a utilização de um tutor como o gradil ser recomendada por

documentos como o Guia de Arborização de Campinas (CPFL ENERGIA, 2008) e o

Plano de Arborização Urbana de Itanhaém (SP) (ITANHAÉM, 2018), é preciso cuidados

com sua utilização, uma vez que a proteção de gradil deve garantir o adequado

desenvolvimento da planta (CPFL ENERGIA, 2008), sendo removido quando não mais

necessário. Dessa forma, pode­se dizer que o percentual de árvores com gradil na área

de estudo é um indício de que as diretrizes de arborização devem alcançar os munícipes,

principalmente no que diz respeito à manutenção das árvores.

É importante destacar que a ocorrência de podas drásticas e de topiaria,

construção de mureta e ausência de área livre no entorno da planta, assim como a não

retirada do gradil após cumprimento de sua função são indícios de que a população ainda

não está familiarizada com as instruções e normas para a arborização, o que aumenta

os obstáculos para a gestão municipal, inclusive no que se refere aos gastos com a

arborização.

5.4 PROPOSTA DE AÇÕES

Tendo em vista o diagnóstico para os parâmetros analisados, seguem algumas

propostas de manejo para adequação dos principais problemas encontrados na

arborização dos três setores estudados:

Diante da situação atual das espécies que compõem os ambientes

estudados, sugere­se a substituição das plantas exóticas invasoras por nativas e também

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daquelas que têm seu plantio proibido, com destaque à Murta que se encontra entre as

mais abundantes nos três setores. Com isso, espera­se, também, contribuir para atingir

as proporções estabelecidas pelo PDAU quanto à origem das espécies;

Considerando os limites percentuais para a existência de indivíduos da

mesma espécie, sugere­se a suspensão de novos plantios de Oiti no Aeroporto e na

Gleba Palhano, e de Ipê­branco na Gleba Palhano, assim como o planejamento para a

retirada de exemplares que estão em excesso, de acordo com a lei;

Uma vez que um dos objetivos do PDAU, de acordo com o art. 4º, inciso I é

“atingir e manter permanente densidade arbórea máxima sobre vias e áreas urbanas do

Município de Londrina” (LONDRINA, 2013), sugere­se a utilização dos espaços

disponíveis para o plantio de novas árvores visando atender à legislação;

Recomenda­se a retirada de tocos tanto para garantir a acessibilidade

quanto para a utilização dos espaços disponibilizados após sua remoção;

Havendo a necessidade de remoção/substituição de uma grande

quantidade de árvores, recomenda­se a realização de audiências públicas para informe

da população, como é sugerido pelo Plano de Arborização Urbana de Bom Sucesso do

Sul (PR) (BOM SUCESSO DO SUL, 2018); e

Por fim, recomenda­se a implantação de programas para a sensibilização

da comunidade, envolvendo atividades de educação ambiental e arborização urbana,

explorando os benefícios que as árvores proporcionam no ambiente urbano uma vez que

de acordo com o diagnóstico apresentado no PDAU de Toledo (PR), muitos problemas

da arborização urbana são resultantes da intervenção da comunidade e, portanto, se

torna necessário formular e executar Programas de Conscientização Pública e Educação

Ambiental (TOLEDO, 2012).

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6 CONCLUSÃO

Os três setores apresentaram valores semelhantes para os parâmetros

estudados, principalmente no que diz respeito à estrutura da comunidade arbórea, aos

tamanhos das árvores e às origens das espécies, reflexo de um modelo de arborização

sem um planejamento ou um programa atuante. Destaca­se o elevado número de

espécies em cada setor (mais de 100).

Detectou­se a ocorrência de 2 espécies (Oiti e Ipê­branco) com a distribuição de

frequência acima do recomendado pelo PDAU de Londrina, fato que requer atenção da

gestão municipal, ainda mais considerando que essas espécies estão incluídas no

Decreto Municipal nº 305/15, que apresenta uma lista de espécies recomendadas para

plantio na área urbana do município.

A proporção de espécies nativas e exóticas se encontra bem acima do

determinado por lei e constatou­se a ocorrência de espécies que têm seu plantio proibido

por legislações em diferentes níveis, com destaque à murta, que chega a ser a segunda

mais abundante no setor Aeroporto. Esses fatos corroboram a ideia de que o município

precisa estabelecer e colocar em prática um programa para sua erradicação.

Nos três setores, a maioria dos indivíduos possuem altura menor ou igual a 6,0

m, apesar de a maioria das espécies serem de grande porte. As práticas de poda e

topiaria contribuem, em parte, para este predomínio, principalmente em função da

topiaria no Oiti.

De forma geral, com relação aos aspectos fitossanitários, a comunidade

apresenta­se sadia. A ocorrência de práticas ilegais como implantação de mureta, poda

drástica e de topiaria evidencia a necessidade de aproximar a comunidade do PDAU.

A partir do presente trabalho foi possível evidenciar os problemas da arborização

urbana na área estudada, o que possibilitou a listagem de ações tendo em vista o manejo

da arborização urbana. Por mais que o município conte com o PDAU, percebe­se que os

conflitos ainda existem e considerando que os planos diretores devem ser revisados

periodicamente, foi possível perceber a importância do inventário e diagnóstico para esse

processo de replanejamento.

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APÊNDICE A - LISTA COM TODAS AS ESPÉCIES AMOSTRADAS NA

ARBORIZAÇÃO URBANA NOS TRÊS SETORES ESTUDADOS

Nome comum Nome científico

Abacateiro Persea indica Abricó­da­praia Mimusops coriacea Acácia­mimosa Acacia podalyriifolia

Acerola Malpighia glabra Alecrim­de­campinas Holocalyx balansae

Alfeneiro­do­japão Ligustrum japonicum Alfeneiro­do­japão­arbustivo Ligustrum japonicum

Algodão­do­brejo Hibiscus tiliaceus Algodoeiro Heliocarpus popayanensis

Ameixa­amarela Eriobotrya japonica Amoreira Morus nigra

Araçá Psidium sp Arália­elegante Dizygotheca elegantissima

Aroeira Pimenteira Schinus terebinthifolia Aroeira salsa Schinus molle

Árvore da China Koelreuteria bipinnata Árvore­mastro Polyalthia longifolia

Árvore­polvo/ árvore guarda­chuva /Scheflera Schefflera actinophylla

Astrapeia Dombeya wallichii Atemoia/fruta do conde ­

Azaleia Rhododendron simsii Baru Dipteryx alata

Bico de Papagaio Euphorbia pulcherrima Bico de Pato 1 Machaerium sp 1 Bico de Pato 2 Machaerium sp 2

Cabeleira de Velho Euphorbia leucocephala Café Coffea arabica

Caferana Bunchosia armeniaca Cafezeiro Casearia sylvestris Cajueiro Anacardium occidentale Camélia Camellia sinensis

Canafístula Peltophorum dubium Canela do Ceilão Cinnamomum zeylanicum

Canelinha Nectandra megapotamica

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Nome comum Nome científico

Cássia Imperial Cassia fistula Cassia sp (flor rosa) Cassia sp (flor rosa)

Cedro Cedrela fissilis Cedro­australiano (Toúna) Toona ciliata

Cerejeira Prunus spp Cerejeira do mato Eugenia involucrata

Chapeu de Napoleão Thevetia thevetioides Chapeu de sol Terminalia catappa

Cipreste Gimnosperma "Citros" Citrus spp Clusia Clusia sp

Coqueiro­de­vênus Dracaena fragrans Coração­de­negro Poecilanthe parviflora

Cravo­da­índia Syzygium aromaticum Cróton Codiaeum variegatum

Dama­da­noite Cestrum sp Dedaleiro Lafoensia pacari

Dracena­arco­íris Dracaena marginata Dracena­vermelha Cordyline fruticosa

Dracena­malaia Dracaena reflexa Escova de garrafa Callistemon viminalis Espinheira­santa Maytenus sp

Espirradeira Nerium oleander Eucalipto Eucalyptus sp

Falso Barbatimão Cassia leptophylla Falso Mangostão /Bacupari Garcinia sp

Fedegoso/Manduirana Senna macranthera Ficus­lira Ficus lyrata Figueira Ficus spp

Figueira Benjamina Ficus benjamina Figueira vermelha Ficus auriculata

Flamboyant Delonix regia Flor­de­coral Jatropha multifida

Fotínia Photinia x fraseri Freixo Fraxinus americana

Fruta­de­sabiá Acnistus arborescens Fruta­pão Artocarpus altilis Gabiroba Campomanesia xanthocarpa Gardênia Gardenia jasminoides

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Nome comum Nome científico

Goiabeira Psidium guajava Graviola Annona muricata Grevilha Grevillea robusta Hibisco Hibiscus sp

Indeterminada (arbusto) ­ Indeterminada 1 ­

Ingá Inga sp Ingá­de­metro Inga edulis Ipê­amarelo Handroanthus chrysotrichus Ipê­branco Tabebuia roseoalba

Ipê­de­El­Salvador Tabebuia pentaphylla Ipê­de­jardim Tecoma stans

Ipê­rosa Handroanthus impetiginosus Ipê­roxo Handroanthus avellanedae

Ipê­roxo­de­sete­folhas Handroanthus heptaphyllus Ixora­vermelha Ixora sp Jabuticabeira Plinia cauliflora

Jacarandá Jacaranda mimosifolia Jambo­amarelo Syzygium jambos

Jambolão Syzygium cumini Jambo­vermelho Syzygium malaccense

Janaúba Euphorbia umbellata Jaqueira Artocarpus heterophyllus Jasmim Plumeria rubra

Jasmim da venezuela Plumeria pudica Jatobá Hymenaea courbaril

Laurácea Lauraceae Leguminosa Fabaceae

Leiteiro Tabernaemontana sp Leucena Leucaena leucocephala

Lichia Litchi chinensis Ligustro Ligustrum lucidum

Lofantera­da­Amazônia Lophantera lactescens Magnólia­amarela Magnolia champaca Magnólia­branca Magnolia grandiflora

Mamoeiro Carica papaya Mamoneira Ricinus communis

Manacá da Serra Tibouchina mutabilis

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Nome comum Nome científico

Manacá­de­cheiro Brunfelsia uniflora Mangueira Mangifera indica Melaleuca Melaleuca leucadendra Meliácea Meliacaeae

Mini Flamboyant Caesalpinia pulcherrima Mirtácea Myrtaceae Monguba Pachira aquatica Moringa Moringa oleifera Murta Murraya paniculata

Mussaenda Mussaenda sp Mutamba Guazuma ulmifolia

Niim Azadirachta indica Oiti Licania tomentosa

Paineira Ceiba speciosa Palmeira Arecaceae

Pata­de­vaca Bauhinia sp Pau­brasil Paubrasilia echinata Pau­ferro Libidibia ferrea var. leiostachya

Pau­formiga Triplaris americana Peroba Aspidosperma sp

Pessegueiro Prunus persica Pimenta­da­jamaica Pimenta dioica

Pingo­de­ouro Duranta erecta Pinheiro Gimnosperma

Pinheiro­Kauri Agathis robusta Pitangueira Eugenia uniflora

Plátano Platanus acerifolia Podocarpo Podocarpus sp Primavera Bougainvillea sp

Quaresmeira Tibouchina granulosa Resedá Lagerstroemia indica

Resedá Gigante Lagerstroemia speciosa Romã Punica granatum

Sacambu/Jacarandá­do­litoral Platymiscium floribundum Santa­Bárbara Melia azedarach

Sapindácea Sapindaceae Sapoti Manilkara zapota

Sibipiruna Poincianella pluviosa Solanum Solanum spp

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Nome comum Nome científico

Tapiá Alchornea sp Tipuana Tipuana tipu Tulipeira Spathodea campanulata Urucum Bixa orellana

Uva­japonesa Hovenia dulcis Uvaia Eugenia pyriformis

Vacum Allophylus edulis Viburno­perfumado Viburnum odoratissimum

Vochisiácea Vochysiaceae

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ANEXO A - MODELO DA PLANILHA UTILIZADA NO INVENTÁRIO DA ARBORIZAÇÃO URBANA

Lado: Digitado por:

Rua mapeada: Rua de cruzamento início: Rua de cruzamento final:

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