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Diagnóstico da Situação da Criança, do Adolescente e do Jovem em Belo Horizonte Livro 3. Caracterização sociodemográfica da população infantojuvenil nas regionais administrativas do município

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Diagnóstico da Situação da Criança, do Adolescente e do Jovem

em Belo Horizonte

Livro 3. Caracterização sociodemográfica da população

infantojuvenil nas regionais administrativas do município

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E

DO JOVEM EM BELO HORIZONTE

LIVRO 3. CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DA

POPULAÇÃO INFANTOJUVENIL NAS REGIONAIS

ADMINISTRATIVAS DO MUNICÍPIO

Belo Horizonte

2013

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Os dados apresentados e sua interpretação são de responsabilidade de seus autores e não traduzem,

necessariamente, a opinião dos contratantes da pesquisa. Os dados, figuras, gráficos, tabelas, cartogramas,

quadros e as interpretações apresentadas neste diagnóstico podem ser reproduzidos para fins educacionais e de

pesquisa, desde que citada a fonte. São dados públicos e a pesquisa foi financiada pelo Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e do Adolescente - FMDCA de Belo Horizonte - MG. Vedada a sua comercialização, nos

termos da Lei de Direitos Autorais do Brasil.

Realização: Prefeitura de Belo Horizonte

Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

Execução: Cooperativa de Trabalho de Professores Universidade Livre Ltda.

Revisão: Ev´Ângela Barros

Projeto Gráfico: Dener Antônio Chaves

Editoração: Editora São Jerônimo

Capa: Robert de Andrade

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Luciana de Oliveira M. Cunha, CRB-6/2725)

D536 Diagnóstico da situação da criança, do adolescente e do jovem em Belo

Horizonte [recurso eletrônico]: Livro 3.: caracterização sociodemográfica da população

infantojuvenil nas regionais administrativas do município / Cooperativa de Trabalho

de Professores Universidade Livre; Amadeu Roselli-Cruz / Dener Antônio Chaves /

Dilma Fróes Vieira / Dimas Antônio Souza / Marco Antônio Couto Marinho,

coordenação. – Belo Horizonte: UNILIVRECOOP, 2013.

1 CD-ROM

Inclui bibliografia

Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader

ISBN 978-85-66939-05-7 (obra compl.)

ISBN 978-85-66939-18-7

1. Crianças – Condições sociais – Belo Horizonte (MG). 2. Adolescentes

– Condições sociais – Belo Horizonte (MG). 3. Indicadores sociais. I. Cooperativa

de Trabalho de Professores Universidade Livre. II. Título: Livro 3.: caracterização

sociodemográfica da população infantojuvenil nas regionais...

CDD 305.23098151

CDU 308-053.2/.6(815.1)

Cooperativa de Trabalho de Professores Universidade Livre Ltda - UNILIVRECOOP R. Eurita, 768 CEP: 31010-210 Belo Horizonte – MG

Tel.: (31) 3646-5781 - E-mail: [email protected].

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Belo Horizonte – MG Rua Eurita, 587 – Bairro Santa Tereza – Belo Horizonte/MG – CEP: 31.010-210

Tel.: (31) 3277-5685 – E-mail: [email protected]

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLÍTICAS SOCIAIS

SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA

DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS

DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

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Cooperativa de Trabalho de Professores Universidade Livre - UNILIVRECOOP

Planejamento e Execução da Pesquisa

Pesquisadores:

Amadeu Roselli-Cruz

Coordenação Geral

Dimas Antônio de Souza

Coordenação Executiva

Dener Antônio Chaves

Dilma Fróes Vieira

Marco Antônio Couto Marinho

Coordenação Técnica

Marco Antônio Couto Marinho

Técnico Responsável

Vanessa de Sena Brandão

Geoprocessamento

Walter Ernesto Ude Marques

Consultor

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CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE -

2013/2015

Representantes da Sociedade Civil

Titulares

Associação Profissionalizante do Menor – ASSPROM

Associação Projeto Providência

Associação Casa Novella

Associação Comunitária do Bairro Felicidade – ABAFE

Inspetoria São João Bosco

Instituto Ajudar

Pró Bem – Assessoria e Gestão Criança

Ordem Religiosa das Escolas Pias – Padres Escolápios

Escola de Esportes Visão da Vida

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE/BH

Suplentes

Centro de Desenvolvimento Comunitário Vila Leonina

Associação Unificada de Recuperação e Apoio – AURA

Cooperação para o Desenvolvimento e Moradia Humana

Sindicato dos Oficiais de Registro Civil de M.G RECIVIL

Instituição Beneficente Martim Lutero

Creche Dora Ribeiro

Instituto Missionário dos Sacramentinos de N. Senhora /Seminário Maior Padre Julio Maria

Grupo de Desenvolvimento Comunitário

Organização Educacional João XXIII

Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência de Funcionários do BB

Representantes Governamentais

Titulares

Fundação Municipal de Cultura

Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social – SMAAS

Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação – SMPL

Municipal Adjunta de Esportes

Secretaria Municipal de Políticas Sociais-SMPS

Secretaria de Administração Regional Municipal

Secretaria Municipal de Finanças

Secretaria Municipal de Educação – SMED

Secretaria Municipal de Governo

Secretaria Municipal de Saúde

Suplentes

Fundação Municipal de Cultura

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Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social – SMAAS

Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação – SMPL

Secretaria Municipal Adjunta de Esportes

Secretaria Municipal de Políticas Sociais-SMPS

Secretaria de Administração Regional Municipal

Secretaria Municipal de Finanças

Secretaria Municipal de Educação – SMED

Secretaria Municipal de Governo

Secretaria Municipal de Saúde

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AGRADECIMENTOS

Aos Conselheiros, aos funcionários e aos componentes da Mesa Diretora do Conselho

Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de Belo Horizonte (CMDCA/BH) gestões

2010 – 2012 e 2013 – 2015.

Aos membros do Grupo de Trabalho responsável pelo acompanhamento da produção

desse Diagnóstico.

Aos participantes dos Grupos de Trabalho (01 - Cultura, Educação e Trabalho; 02 -

Sistema de Garantia de Direitos e Violações; 03 - Família e Saúde) do “Seminário de

Apresentação do Diagnóstico da Situação da Criança e do Adolescente de Belo Horizonte”,

realizado pela UNILIVRECOOP em parceria com o CMDCA, em 20 de maio de 2013, no

auditório da Prefeitura deste município.

Agradecimentos Institucionais

AFISCON – Assessoria Fiscal, Contábil, Jurídica e Tributária;

AMAS - Associação Municipal de Assistência Social;

Associação dos moradores do DANDARA

CAPUT - Centro de Atendimento e Proteção a Jovens Usuários de Tóxicos;

CCBH - Centros de Cultura de Belo Horizonte;

CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas;

CDPCM-BH - Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município;

CEAPA - Central de Acompanhamento de Penas Alternativas;

CEAS - Conselho Estadual de Assistência Social;

CECRIA - Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes;

CEDCA - Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente;

CEDEPLAR – Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional de Minas Gerais;

CEFAR - Centro de Formação Artística;

Centro POP/ Miguilim - Centro de Referência Especializado para População de Rua para

Crianças e Adolescentes;

CERSAM i- Centro de Referência de Saúde Mental da Infância e da Adolescência;

CERSAM-AD - Centro de Referência em Saúde Mental – Álcool e Drogas;

CMT - Centro Mineiro de Toxicomania;

CRAS – Centro de Referência de Assistência Social;

CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social;

CT - Conselhos Tutelares;

DATA-SUS de Minas Gerais;

DEICC - Delegacia de Investigação de Crimes Cibernéticos;

DEPCA - Delegacia Especializada de Proteção à Criança ao Adolescente;

DIHPP - Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil de

Minas Gerais;

DOPCAD - Delegacia de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente;

DPMG - Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais;

DRPD - Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida;

FECTIPA - Fórum de Erradicação e Combate ao Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente;

FHEMIG - Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais;

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FMC - Fundação Municipal de Cultura;

FMDCA - Fundo Municipal dos Direitos da Criança e Adolescência;

Fórum Estadual e Combate ao Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente;

Fórum da Juventude;

FPM - Fundação de Parques Municipais;

GECMES - Gerência de Coordenação de Medidas Socioeducativas;

GECOM/SARMU - Gerência Regional de Comunicação Social da Secretaria de

Administração Regional Municipal;

GEEPI – Gerência de Epidemiologia e Informação;

GEIMA - Gerência de Informação Monitoramento e Avaliação;

GEINE – Gerência de Inserção Especial;

GERED - Gerências Regionais de Educação;

GME/SUASE-SEDS - Gerência de Mapeamento Estatístico da Subsecretaria de Atendimento

às Medidas Socioeducativas da Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais;

GVSI - Gerência de Vigilância em Saúde e Informação;

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;

IEPHA-MG - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais;

JIJ/BH - Juizado da Infância e da Juventude de Belo Horizonte;

MAP - Museu de Arte da Pampulha;

MDS - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;

INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira;

MHAB - Museu Histórico Abílio Barreto;

MPMG - Ministério Público do Estado de Minas Gerais;

NAF - Núcleos de Apoio à Família;

NAMSEP - Núcleo de Atendimento às Medidas Socioeducativas e Protetivas da PBH;

NAVCV - Núcleo de Atendimento a Vitimas de Crimes Violentos;

NUPSS - Núcleo de Psicologia e Serviço Social;

OBID - Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas;

PBH – Prefeitura de Belo Horizonte;

PCMG - Polícia Civil do Estado de Minas Gerais;

PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais;

PRODABEL - Empresa de Informática e Informação de Belo Horizonte;

PUC Minas – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais;

SCOMPS - Secretarias Municipais de Coordenação de Gestão Regional, vinculadas à

Secretaria Municipal de Coordenação de Política Social;

SDH/PR - Secretaria Direitos Humanos da Presidência da República;

SEC - Secretaria Estadual de Cultura;

SEDESE - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social;

SEDH - Secretaria de Direitos Humanos;

SEDS - Secretaria de Estado de Defesa Social;

SEEJ - Secretaria de Estado de Esporte e Lazer;

SEF - Setor de Estudos Familiares;

SEF/VIJ-BH - Setor de Estudos Familiares da Vara da Infância e da Juventude de Belo

Horizonte;

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Sumário

Prefácio .............................................................................................................................. 15

Apresentação ..................................................................................................................... 17

Leia-me .............................................................................................................................. 19

Lista de Cartogramas ......................................................................................................... 21

Lista de Gráficos ............................................................................................................... 21

Lista de Siglas ................................................................................................................... 21

Lista de Tabelas ................................................................................................................. 27

INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 29

3.1 EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE ................ 30

3.2 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO INFANTOJUVENIL NO MUNICÍPIO ................ 37

3.3 POPULAÇÃO INFANTOJUVENIL SEGUNDO SEXO E COR-RAÇA ........................ 46

3.4 RENDA E CONDIÇÃO DO DOMICÍLIO ........................................................................ 54

3.5 POPULAÇÃO DE CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS POR TIPOS DE

DEFICIÊNCIAS FÍSICAS LEVANTADAS PELO CENSO DEMOGRÁFICO DE 2010. ... 60

3.6- CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 66

REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 69

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Prefácio

Diagnóstico da Infância e Adolescência: Um norte para as políticas públicas

Garantir a primazia do atendimento à criança e ao adolescente pelas políticas públicas

sociais conforme determina a Carta Maior de nosso país, a Constituição Federal de 1988,

exige avaliar a efetividade dos serviços prestados a esse público. A partir da criação do

Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990, o Brasil passou a

pautar-se por uma legislação desafiadora, que impulsiona o poder público e a sociedade civil a

encontrar soluções cada vez mais eficientes para assegurar, de fato, os direitos da infância e

da adolescência brasileiras.

Signatário de diversos pactos internacionais referentes a essa causa, o país

responsabiliza-se também por cumprir a Declaração Universal dos Direitos das Crianças,

aprovado em 1959, e, em nível continental, o Pacto de São José da Costa Rica, celebrado em

1969, que estabelece, em seu artigo 19, que “toda criança tem direito às medidas de proteção

que sua condição de menor requer por parte da família, da sociedade e do Estado”.

Alguns anos depois da criação do ECA, em 1994, testemunhamos a realização do

primeiro diagnóstico para dar transparência à realidade de nossas crianças e adolescentes em

Belo Horizonte. Hoje, damos mais um importante passo na consolidação dos avanços ao

apresentarmos à sociedade a edição renovada deste importante documento.

O Diagnóstico da Situação da Infância e Adolescência no Município de Belo

Horizonte, idealizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente –

CMDCA – , em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, traz uma compreensão sobre a

rede de atenção a nossas crianças e adolescentes e aponta as diversas realidades e situações

vivenciadas por esse público na capital mineira.

O presente documento detalha o contexto de avanços e desafios em que nos

encontramos perante esta temática, constituindo-se como mais uma ferramenta de

informações para a elaboração e o planejamento das ações do município destinadas à infância

e juventude. As estatísticas e os dados revelados nesta pesquisa contribuem para a construção

de políticas públicas mais eficientes, para a criação de metas e objetivos norteadores da

aplicação de recursos públicos, bem como expõem os avanços na oferta de serviços,

programas e projetos a essa prioritária parcela da população.

No que tange às políticas sociais, o Diagnóstico também contribuirá para o

enfrentamento de violações de direitos, combatendo vulnerabilidades sociais em que vivem

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muitas de nossas crianças e adolescentes. A partir dele, será possível agir com maior

assertividade na busca de soluções para a promoção social, ponto fundamental da atuação do

Estado, o que renova o nosso compromisso de garantir um futuro promissor para as novas

gerações.

Maria Gláucia Brandão

Secretária Municipal de Políticas Sociais

Marcelo Alves Mourão

Secretário Municipal Adjunto de Assistência Social

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Apresentação

O Diganóstico da Situação da Criança, do Adolescente e do Jovem de Belo Horizonte,

é um processo de construção de uma prática que busca estabelecer parâmetros para

formulação, implementação e controle social sobre as Políticas Públicas para a infância e a

adolescência em Belo Horizonte, através de uma reunião de dados, da análise conjunta dos

problemas e das potencialidades do nosso município.

Este processo se iniciou em 2011 e passou por vários momentos de reflexão, discussão

e dificuldades que envolveram todos os conselheiros do CMDCA – Conselho Municipal dos

Direitos da Criança e do Adolescente –, dos pesquisadores e dos técnicos dos serviços

responsáveis pelas políticas públicas e pelas informações e dados sobre as mesmas.

O contexto em que se coloca este diagnóstico é também parte do processo e com ele

aprendemos muito, posto que esta prática seja inovadora.

políticas públicas reorientadas no contexto das reformas democráticas constituíram

um avanço dos direitos civis e a consolidação da política social como fundamento do Estado

de direito. No Brasil, o processo de consolidação da cidadania social tem suas especificidades

dadas pela ausência da relação entre direitos civis e políticos com a implementação de

políticas públicas que efetivem estes direitos.

A permanente disputa entre interesses individuais e privados com os direitos coletivos

e comuns interfere na distribuição de recursos e definição de prioridades. As políticas sociais,

por si sós, certamente não dariam conta de todas as mazelas sociais, mas podem contribuir

muito para impedir que as desigualdades se reproduzam.

Neste contexto o Diganóstico da Situação da Criança, do Adolescente e do Jovem

agora publicado pelo CMDCA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente de Belo Horizonte, tem o papel fundamental de orientar, formular, deliberar e

exercer o controle social sobre as políticas públicas voltadas para o atendimento à criança e ao

adolescente.

Para que se possam exercer estas funções com responsabildiade e competência e para

que possamos assumir essa atribuição que o Estatuto da Criança e do Adolescente nos

determina, é preciso que os conselhos de direitos produzam conhecimento a respeito da

realidade social das crianças e adolescentes em seu município. A forma mais coerente de se

fazer um retrato desta realidade é através da produção de um diagnóstico.

Conhecer a realidade da infância e da adolescência do município é fundamental para o

fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos e para elaboração de políticas públicas

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mais eficazes. Um diagnóstico pode nos oferecer conhecimento sobre os principais problemas

que atingem as crianças e os adolescentes, pode apontar ações prioritárias para a garantia

desses direitos e, principalmente orientar melhor as escolhas de alocação de recursos nos

orçamentos para a implementação dessas ações.

O CONANDA emitiu em 2010 uma resolução, a de número 137, que definiu

parâmetros para essa gestão de políticas dirigidas à infância e à adolescência. Essa resolução

diz que é preciso haver um diagnóstico que oriente a formulação de planos de ação nos

municípios. Os conselhos municipais poderão se fortalecer na medida em que se apropriarem

da ideia de que, para deliberar e formular políticas precisam empreender bons diagnósticos da

situação da criança e do adolescente – diagnósticos permanentes que se traduzam, como parte

do processo de deliberação sobre as Políticas para a infância e para a Adolescência.

Esperamos que este processo de diagnóstico se torne uma prática permanente, que as

questões apontadas por este documento referenciem a elaboração de programas e projetos

governamentais e não governamentais para crianças e adolescentes. Nossa expectativa é de

que possamos produzir o fortalecimento de uma efetiva rede de defesa da infância e

adolescência e que principalmente, possamos contribuir para a construção de políticas

públicas comprometidas com a consolidação da cidadania e a efetivação dos direitos de

crianças, adolescentes e jovens no âmbito municipal.

Esperamos que esta “noção da realidade local” faça despertar desejos de mudanças. É

no município que se articula a proteção integral da criança e do adolescente. É para onde deve

convergir o diálogo entre todas as instâncias governamentais e não governamentais voltadas

para esse propósito. É nas cidades que as redes de atendimento e de garantia dos direitos se

fortalecem, para que esse esforço se traduza na definição de políticas públicas eficazes e num

atendimento de qualidade, objetivando uma justiça social maior.

Márcia Cristina Alves

Presidente do CMDCA

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Leia-me

Este Livro compõe o conjunto de resultados da pesquisa Diagnóstico da Situação da

Infância, Adolescência e Jovem de Belo Horizonte, realizada pela Cooperativa de Trabalho de

Professores Universidade Livre - UNILIVRECOOP, desenvolvida durante o período de maio

de 2012 a junho de 2013.

O Diagnóstico teve como objetivo geral conhecer a realidade da criança e do

adolescente e jovem até 21 anos em Belo Horizonte para subsidiar ações e tomadas de

decisões do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente – o CMDCA/BH –

e as instâncias governamentais e não governamentais na formulação e execução de suas

políticas e programas.

A elaboração do presente Diagnóstico partiu do CMDCA e da Secretaria de Municipal

Adjunta de Assistência Social (SMAAS), tendo sido financiada com recursos do Fundo

Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA) de Belo Horizonte. Ressalta-

se que 18 anos é o lapso de tempo entre a realização do Diagnóstico ora apresentado e o

último desta natureza ocorrido neste município: Diagnóstico Crianças e Adolescentes de Belo

Horizonte, em 1994.

A apresentação do relatório final do Diagnóstico foi organizada por temas e

distribuídas em quatorze livros, contemplando as áreas propostas e investigadas na pesquisa

sendo:

Livro 1. Diagnóstico da situação da criança, do adolescente e do jovem em Belo Horizonte:

notas teórico-metodológicas e considerações gerais;

Livro 2. Pesquisa nos conselhos tutelares;

Livro 3. Caracterização sociodemográfica da população infantojuvenil nas regionais

administrativas do município;

Livro 4. Configurações familiares;

Livro 5. Condições de saúde;

Livro 6. Educação;

Livro 7. Trabalho, profissionalização e renda;

Livro 8. Acesso à cultura, ao esporte e ao lazer;

Livro 9. Análise das violações de direitos preconizados no ECA;

Livro 10. Sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente;

Livro 11. Política de atendimento à criança e ao adolescente: assistência social e rede de

entidades registradas no CMDCA;

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Livro 12. Juventudes em Belo Horizonte – 2013.

Livro13. Catálogo da rede de atendimento à criança, ao adolescente e ao jovem – Belo

Horizonte – 2013;

Livro 14. Catálogo de dissertações e teses sobre a temática da criança, do adolescente e do

jovem até 21 anos nas instituições de ensino superior UFMG e PUC Minas – 2005

a 2012.

Neste Livro 3, apresentamos as informações sociodemográficas da população

infantojuvenil nas regionais administrativas do município.

Cooperativa de Trabalho de Professores Universidade Livre – UNILIVRECOOP

Julho de 2013

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Lista de Cartogramas

CARTOGRAMA 3.1: Distribuição espacial da população da faixa etária 0 a 5 anos residente

no município por Setores Censitários – Belo Horizonte - 2010 ............................................... 41 CARTOGRAMA 3.1: Distribuição espacial da população da faixa etária de 6 a 11 anos

residente no município por Setores Censitários – Belo Horizonte – 2010 ............................... 42 CARTOGRAMA 3.3 Distribuição espacial da população da faixa etária de 12 a 14 anos

residente no município por Setores Censitários – Belo Horizonte – 2010 ............................... 43

CARTOGRAMA 3.4 Distribuição espacial da população da faixa etária de 15 a 17 anos

residente no município por Setores Censitários – Belo Horizonte – 2010 ............................... 44

CARTOGRAMA 3.5 Distribuição espacial da população da faixa etária de 18 a 21 anos

residente no município por Setores Censitários – Belo Horizonte – 2010 ............................... 45

Lista de Gráficos

GRÁFICO 3.1: População por sexo e faixa etária– Belo Horizonte – 2000. ........................... 31

GRÁFICO 3.2: População por sexo e faixa etária – Belo Horizonte – 2010. .......................... 31 GRÁFICO 3.3: População por sexo e faixa etária – Belo Horizonte – Estimativa calculada

para 2020. ................................................................................................................................. 34

GRÁFICO 3.4: População de crianças, adolescentes e jovens por faixa etária até 21 anos

segundo a densidade demográfica (hab./km²) – Regionais Administrativas de Belo Horizonte

– 2010. ...................................................................................................................................... 39 GRÁFICO 3.5: Comparação entre o percentual da população de 0 a 5 anos e de 18 a 21anos

segundo o sexo – Belo Horizonte – 2010. ................................................................................ 48

Lista de Siglas

ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

ABNT – Associação Brasileiras de Normas Técnicas

ACODEST - Associação Comunitária de Desportos Santa Terezinha

AEE – Atendimento Educacional Especializado

AGAP-MG - Associação de Garantia ao Atleta Profissional do Estado de Minas Gerais

AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

AIH - Autorização de Internação Hospitalar

AMAS - Associação Municipal de Assistência Social

APS - Atenção Primária à Saúde

ASCOM - Assessoria de Comunicação

ASSPROM – Associação Profissionalizante do Menor

BDTD - Bibliotecas Digitais de Teses e Dissertações

BH – Belo Horizonte

BPC - Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social

BPC na Escola - Sistema de Informações do Programa BPC na Escola

CadÚnico - Cadastro Único

CAPS - Centros de Atenção Psicossocial

CAPUT - Centro de Atendimento e Proteção a Jovens Usuários de Tóxicos

CBO - Código Brasileiro de Ocupações

CC - Centro Cultural

CCBH - Centro de Cultura de Belo Horizonte

CCJG - Centro Cultural Jardim Guanabara

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CCLN - Centro Cultural Lagoa do Nado

CCLR - Centro Cultural Lindéia-Regina

CCPE - Centro Cultural Padre Eustáquio

CCSF - Centro Cultural Salgado Filho

CCSG - Centro Cultural São Geraldo

CCVM - Centro Cultural Vila Marçola

CCVN - Centro Cultural Venda Nova

CDC - Centro de Defesa de Cidadania

CDC - Código de Defesa do Consumidor

CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas

CDPCM-BH - Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município

CEAPA - Central de Acompanhamento de Penas Alternativas

CEAS - Conselho Estadual de Assistência Social

CECRIA - Centro de Referencia, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes

CEDCA - Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente

CEDEPLAR – Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional de Minas Gerais

CEDOC - Biblioteca e Centro de Documentação e Pesquisa

CEFAR - Centro de Formação Artística

CEFET-MG – Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

CEIP - Centros de Internação Provisória

CEMIG – Companhia Energética de Minas Gerais

Centro POP/ Miguilim - Centro de Referência Especializado para População de Rua para

Crianças e Adolescentes

CEPAI - Centro de Atenção Psíquica

CEPAI - Centro Psíquico da Adolescência e da Infância

CEPAI - Centro Psíquico da Adolescência e Infância

CERSAM - Centros de Referência em Saúde Mental

CERSAM i- Centro de Referência de Saúde Mental da Infância e da Adolescência

CERSAM-AD - Centro de Referência em Saúde Mental – Álcool e Drogas

CERSAMI - Centros de Referência em Saúde Mental Infantil

CEVAE - Centros de Convivência Ecológica

CF - Constituição Federal

CGR - Centro Geral de Reabilitação Estadual

CIA/BH - Centro de Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional de

Belo Horizonte

CID – Classificação Internacional Doenças

CID-10 - 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças da OMS

CINDS - Centro Integrado de Informações de Defesa Social

CIPTA - Câmara Interinstitucional de Proteção ao Trabalhador Adolescente

CLT - Consolidação das Leis do Trabalho

CMDCA/BH – Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de Belo

Horizonte

CMT - Centro Mineiro de Toxicomania

CMT - Consórcio Metropolitano de Transportes

CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas

CNDCA - Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

COLTEC/UFMG – Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais

COMAD - Conselho Municipal Antidrogas

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COMPETI - Comissão Municipal Interinstitucional Permanente de Erradicação do Trabalho

Infantil

CONANDA – Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

CONEP - Conselho Estadual do Patrimônio

COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais

CPC - Conceito Preliminar de Curso

CPCDMG - Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento

CPMI - Comissão Parlamentar Mista de Inquérito

CRAS – Centro de Referência de Assistência Social

CRAV - Centro de Referência Audiovisual

CRCMG - Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais

CREAB - Centro de Reabilitação da Unidade de Referência Secundária

CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social

CRM-MG - Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais

CT - Conselho Tutelar

CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência Social

DATASUS - Banco de Dados do Sistema Único de Saúde

DEICC - Delegacia de Investigação de Crimes Cibernéticos – DEICC

DEPCA - Delegacia Especializada de Proteção à Criança ao Adolescente

DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

DIHPP - Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil de

Minas Gerais

DIU - Dispositivo Intrauterino

DOM - Diário Oficial do Município

DOPCAD - Delegacia de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente

DPMG - Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais

DRPD - Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida

DSM-IV - 4ª edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da

Associação Psiquiátrica Americana

DST – Doença Sexualmente Transmissível

ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente

EEFFTO - Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional

EJA – Educação de Jovens e Adultos

EPP - Empresas de Pequeno Porte

ESF - Equipes de Saúde da Família

ESF - Estratégia de Saúde da Família

ESF - Programa Estratégia Saúde da Família

ESFL - Entidades Sem Fins Lucrativos

ESPRO – Ensino Social Profissionalizante

FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador

FECTIPA - Fórum de Erradicação e Combate ao Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente

FECTIPA - Fórum de Estadual e Combate ao Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente

FHEMIG - Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais

FIA – Fundo Municipal para a Infância e Adolescência

FIC - Festival Internacional de Coro

FIC – Ficha de Inscrição Cadastral

FIES Técnico – Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior

FIT - Festival Internacional de Teatro

FMC - Fundação Municipal de Cultura

FMDCA - Fundo Municipal dos Direitos da Criança e Adolescência

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FPM - Fundação de Parques Municipais

FSC - Fundação Clóvis Salgado

FUNJOBI - Fundação São João Bosco para Infância

GECMES - Gerência de Coordenação de Medidas Socioeducativas

GECOM/SARMU - Gerência Regional de Comunicação Social da Secretaria de

Administração Regional Municipal

GEEPI – Gerência de Epidemiologia e Informação

GEIMA - Gerência de Informação Monitoramento e Avaliação

GEINE – Gerência de inserção Especial

GERED - Gerências Regionais de Educação

GME/SUASE-SEDS - Gerência de Mapeamento Estatístico da Subsecretaria de Atendimento

às Medidas Socioeducativas da Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais

GT – Grupo de Trabalho

GVSI - Gerência de Vigilância em Saúde e Informação

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICEC - Instituto Cidadania, Educação e Cultura

ICMEC-ONG - Centro Internacional para Crianças, Desaparecidas e Exploradas

IDH - Índice de Desenvolvimento Urbano

Iepha-MG - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais

IGC - Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição

IJUCI - Instituto Jurídico para Efetivação da Cidadania

IML - Instituto Médico Legal

INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

IQVU - Índice de Qualidade de Vida Urbana

ITC - Instituto Telemig Celular

ITU - Infecção do Trato Urinário

IVS - Índice de Vulnerabilidade Social

JIJ/BH - Juizado da Infância e da Juventude de Belo Horizonte

LA - Liberdade Assistida

LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social

MAP - Museu de Arte da Pampulha

MDS - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

ME - Microempresas

MEC - Ministério da Educação

MHAB - Museu Histórico Abílio Barreto

MinC - Ministério da Cultura

MPMG - Ministério Público do Estado de Minas Gerais

MS - Ministério da Saúde

MTE - Ministério do Trabalho e Emprego

NAF - Núcleos de Apoio à Família

NAMSEP -Núcleo de Atendimento às Medidas Socioeducativas e Protetivas da PBH

NAVCV - Núcleo de Atendimento a Vitimas de Crimes Violentos

NOB - Norma Operacional Básica

NOB-RH/SUAS – Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de

Assistência Social

NUPSS - Núcleo de Psicologia e Serviço Social

NUPSS - Núcleo de Psicologia e Serviço Social

OBID - Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas

OMS - Organização Mundial da Saúde

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ONGs – Organização Não Governamental

ONU - Organização das Nações Unidas

OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público

PAEFI - Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos

PAIF- Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

PAI-PJ - Programa de Atenção Integral ao Paciente Judiciário Portador de Sofrimento Mental

PAIR - Programa de Ações Integradas e Referências de Enfrentamento à Violência Sexual

Infanto-Juvenil no Território Brasileiro

PAM - Pronto Atendimento Médico

PBH – Prefeitura de Belo Horizonte

PCMG - Polícia Civil do Estado de Minas Gerais

PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais

PDMI - Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado

PED – Pesquisa de Emprego e Desemprego

PETI - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil

PIA - Plano Individual de Atendimento

PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais

PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

PNAS – Política Nacional de Assistência Social

PNDH - Programa Nacional de Direitos Humanos

PNDH III - Plano Nacional de Direitos Humanos III

PNE – Plano Nacional de Educação

PNE - Portadores de Necessidades Especiais

POF - Pesquisa de Orçamentos Familiares

PPAG - Plano Plurianual de Ação Governamental

PPCAM - Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte

PPCD - Programa de Prevenção e Combate à Desnutrição

PPP – Parcerias Práticas Participativas

PPP – Projeto Político Pedagógico

PPPs – Parcerias Práticas Participativas

PRODABEL - Empresa de Informática e Informação de Belo Horizonte

PRONATEC – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego

PSB - Proteção Social Básica

PSC - Prestação de Serviços à Comunidade

PSE – Programa Saúde na Escola

PSE - Proteção Social Especial

PUC Minas – Pontifícia Universidade Católica

RAIS - Relação Anual de Informações Sociais

RAIS-2011 - Relação Anual de Informações Sociais de 2011

REDS - Registro de Eventos de Defesa Social

RMBH - Região Metropolitana de Belo Horizonte

RMBH - Região Metropolitana de Belo Horizonte

SAI/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS

SAMRE - Seção de Atendimento das Medidas Restritivas de Liberdade

SAMU – Serviço Atendimento Municipal de Urgência

SCFV - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

SCOMPS - Secretarias Municipais de Coordenação de Gestão Regional, vinculadas à

Secretaria Municipal de Coordenação de Política Social

SDH/PR - Secretaria Direitos Humanos da Presidência da República

SEC - Secretaria Estadual de Cultura

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SEDESE - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social

SEDH - Secretaria de Direitos Humanos

SEDS - Secretaria de Estado de Defesa Social

SEEJ - Secretaria de Estado de Esporte e Lazer

SEF - Setor de Estudos Familiares

SEF/VIJ-BH - Setor de Estudos Familiares da Vara da Infância e da Juventude de Belo

Horizonte

SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

SENAD - Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

SEPI - Setor de Pesquisa Infracional da Vara da Infância e da Juventude

SEPI/TJMG - Setor de Pesquisa Infracional da Vara da Infância e da Juventude do Tribunal

de Justiça do Estado de Minas Gerais

SES - Secretaria de Estado de Saúde

SESC – Serviço Social do Comércio

SESCOOP - Serviço Nacional de Cooperativismo

SESI – Serviço Social da Indústria

SEST - Serviço Social do Transporte

SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica

SIBEC - Sistema de Benefícios ao Cidadão

SICON - Sistema Integrado de Gestão de Condicionalidades do Programa Bolsa Família

SIGPS - Sistema de Informação e Gestão das Políticas Sociais

SIGPS - Sistema de Informações Gerenciais das Políticas Sociais

SIH - Sistema de Informações Hospitalares do SUS

SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade

SIMPLES - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições

SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação

SINASC - Sistema de Informações de Nascidos Vivos

SINASE - Sistema Nacional de Acompanhamento das Medidas Socioeducativas

SIPIA – Sistema de Informação Para Criança e Adolescente

SISAprendizagem - Sistema de Informações Estratégicas

SISJOVEM – Sistema de Acompanhamento e Gestão do Projovem Adolescente

SISNAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação

SISPETI – Sistema de Controle e Acompanhamento do PETI (SUASWEB)

SISVAN - Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional

SIT - Sistema de Informações Territoriais

SMAAS - Secretária Municipal Adjunta de Assistência Social

SMAES - Secretaria Municipal Adjunta de Esportes

SMAL - Secretaria Municipal Adjunta de Lazer

SMARU - Secretaria Municipal de Regulação Urbana

SMC - Secretaria Municpal de Cultura

SMED - Secretaria Municipal de Educação

SMEL - Secretaria Municipal de Esporte e Lazer

SMMA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente

SMPS - Secretaria Municipal de Políticas Sociais

SMSA – Secretária Municipal de Saúde

SMSA/BH - Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte

SNAS - Secretaria Nacional de Assistência Social

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SNPDCA - Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente

SPPE - Secretaria de Políticas Públicas de Emprego

SPTR - Sistema Público de Trabalho e Renda

SRTE - Superintendência Regional do Trabalho e Emprego

STR - Serviços Residenciais Terapêuticos

SUASE - Subsecretaria de Atendimento às Medidas Sócio Educativas

SUDECAP - Superintendência de Desenvolvimento da Capital

SUP - Serviço de Urgência Psiquiátrica

SUS – Sistema único de Saúde

SVSMS - Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde

TDEs: Teses e Dissertações Eletrônicas

TJEMG - Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

TJMG - Tribunal de Justiça de Minas Gerais

UBS – Unidade Básica de Saúde

UCI – Unidade de Cuidados Intermediários

UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais

UMEI - Unidade Municipal de Educação Infantil

UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância

UNILIVRECOOP – Cooperativa de Trabalho de Professores Universidade Livre

UPA – Unidade Pronto Atendimento

URS - Unidades de Referência Secundária

UTI – Unidade de Tratamento Intensivo

VIJ-BH - Vara da Infância e da Juventude de Belo Horizonte

Lista de Tabelas

TABELA 3.1: Taxa anual de crescimento médio geométrico por faixa e sexo – Belo

Horizonte – 2000 a 2010. ........................................................................................................ 33

TABELA 3.2: População total residente segundo a taxa de crescimento anual –Regionais

Administrativas de Belo Horizonte – 1991, 2000 e 2010......................................................... 35

TABELA 3.3: População de crianças, adolescentes e jovens por faixa etária até 21 anos

segundo a densidade (hab./km²) – Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010. ..... 37 TABELA 3.4: Número e percentual da população de crianças, de adolescentes e de jovens até

21 anos por faixa etária - Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010. ................... 40 TABELA 3.5: Número e percentual da população de crianças, de adolescentes e de jovens até

21 anos por faixa etária segundo o sexo - Regionais Administrativas de Belo Horizonte –

2010. ......................................................................................................................................... 46

TABELA 3.6: Número e percentual da população de crianças, de adolescentes e de jovens até

21 anos por cor-raça – Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010......................... 49 TABELA 3.7: Número de crianças, de adolescentes e de jovens até 21 anos por faixa etária

segundo a cor-raça – Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010. .......................... 51 TABELA 3.8: Percentual de crianças, de adolescentes e de jovens até 21 anos por faixa etária

segundo a cor-raça – Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010. .......................... 52 TABELA 3.9: Percentual geral dos domicílios conforme o acesso aos serviços de água da

COPASA, Rede de Esgotos e Coleta de Lixo pela PBH - Regionais Administrativas de Belo

Horizonte – 2010. ..................................................................................................................... 54 TABELA 3.10: Percentual da população total residente por classe de rendimento domiciliar

per capita - Regionais Administrativas de Belo Horizonte - Julho de 2010............................. 56

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TABELA 3.11: Percentual da população residente com idade até 21 anos por classe de

rendimento domiciliar per capita- Regionais Administrativas de Belo Horizonte - Julho de

2010. ......................................................................................................................................... 57 TABELA 3.12: Quantidade de população até 21 anos de idade segundo a existência de

Microcomputador, Acesso a Internet, Motocicleta, Automóvel, Telefone Fixo e Telefone

Celular no Domicílio - Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010. ....................... 59

TABELA 3.13: Percentual de população com até 21 anos de idade segundo a existência de

Microcomputador, Acesso a Internet, Motocicleta, Automóvel, Telefone Fixo e Telefone

Celular no Domicílio - Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010. ....................... 59 TABELA 3.14: Número e percentual da população de crianças, de adolescentes e de jovens

até 21 anos, por faixa etária, segundo o nível de dificuldade para enxergar –Regionais

Administrativas de Belo Horizonte – 2010. ............................................................................. 61 TABELA 3.15: Número e percentual da população de crianças, de adolescentes e de jovens

até 21 anos, por faixa etária, segundo o nível de dificuldade para ouvir/escutar –Regionais

Administrativas de Belo Horizonte – 2010. ............................................................................. 62 TABELA 3.16: Número e percentual da população de crianças, de adolescentes e de jovens

até 21 anos, por faixa etária, segundo o nível de dificuldade para caminhar ou subir degraus – Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010. ............................................................ 63

TABELA 3.17: Número e percentual de pessoas de 0 a 21 anos, por faixa etária, segundo a

presença de deficiência mental/intelectual- Regionais Administrativas de Belo Horizonte -

2010. ......................................................................................................................................... 64

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INTRODUÇÃO

Para a elaboração do perfil sociodemográfico das crianças, dos adolescentes e jovens

até 21 anos residentes em Belo Horizonte foram tratados dados censitários do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE principalmente, agregados e desagregados, por

faixas etárias de 0 a 5 anos, de 6 a 11 anos, de 12 a 14 anos, de 15 a 17 anos e de 18 a 21 anos.

Tais dados contemplam características da população infantojuvenil como sexo, cor-raça,

indicação de deficiências (mental ou física, como dificuldade visual, auditiva, locomotora),

renda domiciliar per capita, acesso aos serviços básicos (como esgoto, água, energia elétrica,

tratamento do lixo), além de características do domicílio de residência. As informações estão

distribuídas por regionais administrativas do município e, em alguns casos, apresentamos

dados sobre outras faixas etárias referentes à população adulta e também da população total

residente com o objetivo de contextualizar de maneira mais abrangente a situação vivida pelas

crianças, adolescentes e jovens belo-horizontinos.

Ressalta-se que, de uma maneira geral, na caracterização sociodemográfica aqui

proposta, há predominância da abordagem de pesquisa transversal, ou seja, trata-se de um

estudo do fenômeno em um determinado tempo, como uma fotografia, a partir do censo

demográfico de 2010, realizado pelo IBGE. A abordagem longitudinal, que aborda o

fenômeno durante um período de tempo substancial, é aplicada estritamente para a análise de

evolução demográfica da população total residente e da população infantojuvenil do

município de Belo Horizonte.

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3.1 EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE

Conforme o Censo Demográfico de 2010, a população de 0 a 21 anos correspondia a

718.361 pessoas, correspondente a 30,2% da população total residente em Belo Horizonte, ou

seja, quase um terço de seus munícipes eram crianças, adolescentes e jovens. Contudo, o

município segue uma tendência que se observa no restante do país, de envelhecimento da

população, bastante discutida em estudos1 recentes, a qual deve ser considerada pelas políticas

públicas destinadas ao público infantojuvenil.

As duas pirâmides etárias exibidas a seguir comparam os dados censitários de 2000

com os de 2010, oferecendo uma visualização breve deste fenômeno na última década. A

partir de tais pirâmides, observamos um estreitamento das barras correspondentes às faixas

etárias mais jovens, correspondentes à base piramidal. Reconhecemos que diversos fatores,

como diminuição da fecundidade, dinâmicas migratórias, padrões de mortalidade por causas

externas e por violências e aumento da expectativa de vida contribuem para a compreensão do

contexto demográfico atual do município.

1 A respeito do envelhecimento da população e outros assuntos de natureza demográfica consultar a produção de

estudos da ABEP- Associação Brasileira de Estudos Populacionais através do sítio eletrônico: www.abep.org.br.

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GRÁFICO 3.1: População por sexo e faixa etária– Belo Horizonte – 2000.

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2000.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

GRÁFICO 3.2: População por sexo e faixa etária – Belo Horizonte – 2010.

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 a 84 anos

85 a 89 anos

90 a 94 anos

95 a 99 anos

Mais de 100 anos

Homens

Mulheres

0 a 4 anos5 a 9 anos

10 a 14 anos15 a 19 anos20 a 24 anos25 a 29 anos30 a 34 anos35 a 39 anos40 a 44 anos45 a 49 anos50 a 54 anos55 a 59 anos60 a 64 anos65 a 69 anos70 a 74 anos75 a 79 anos80 a 84 anos85 a 89 anos90 a 94 anos95 a 99 anos

Mais de 100 anos

Homens

Mulheres

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Observamos que, entre 2000 e 2010, o crescimento da população focalizada neste

Diagnóstico foi baixo e, assim, presenciamos o “encolhimento” de parte desta população no

município. Se em 2000 as crianças de 0 a 4 anos totalizavam 178.348 habitantes, em 2010

essa mesma população correspondeu a 133.221 crianças, ou seja, observamos uma taxa de

crescimento acumulado2 negativa de - 25%, comparando os dois períodos. O mesmo pode ser

observado com as faixas etárias de 5 a 9 anos que era de 175.127 em 2000 e passou para

144.868 em 2010, cuja taxa de crescimento acumulado também foi negativa (-17%).

Configurações semelhantes foram observadas, em menor intensidade, para a faixa etária de 10

a 14 anos, que passou de 190.048 em 2000 para 171.491 em 2010, com taxa de - 9,7%; na

faixa de 15 a 19 anos, de 221.922 habitantes nesta faixa em 2000, caiu para 187.710 em 2010,

uma redução relativa de -17,7%. A faixa de 20 a 24 anos variou no mesmo período,

respectivamente, de 231.942 para 218.778 jovens, com taxa de -5,7%.

2 Essa taxa foi produzida a partir da seguinte equação: (Pt1 – Pt0/ Pt0) *100. Sendo que Pt0 = número de

população no tempo inicial e Pt1 = número de população no tempo final.

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TABELA 3.1: Taxa anual de crescimento médio geométrico por faixa e sexo –

Belo Horizonte – 2000 a 2010.

Faixa etária

(anos)

Sexo

Masculino (%) Feminino (%)

0 a 4 -2,9 -2,9

5 a 9 -1,8 -2,0

10 a 14 -1,0 -1,0

15 a 19 -1,8 -2,1

20 a 24 -0,5 -0,6

25 a 29 1,5 1,5

30 a 34 1,6 1,4

35 a 39 0,0 -0,2

40 a 44 0,6 0,5

45 a 49 2,5 2,3

50 a 54 3,6 3,5

55 a 59 3,7 4,3

60 a 64 3,6 3,6

65 a 69 3,2 3,0

70 a 74 3,6 2,8

75 a 79 5,2 4,4

80 a 84 6,0 6,3

85 a 89 7,4 4,9

90 a 94 8,1 8,2

95 a 99 10,2 10,1

Mais de 100 6,1 -0,1

Total 0,5 0,7

Fonte: IBGE - Censos Demográficos 2000 e 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

Corroborando os dados supracitados, do crescimento acumulado, vemos através da

Tabela 3.1 que as taxas de crescimento médio geométrico3 anual, de 2000 a 2010, configurou-

se negativa para todas as faixas etárias correspondentes à infância, adolescência e juventude,

indicando a tendência de redução dessa população. A partir dos dados da Tabela 3.1, tecemos

outra pirâmide etária referente ao ano de 2020, cujo objetivo é de proporcionar a visualização

3 Essa taxa pode ser calculada da seguinte forma: I=(P(t + n) / P (t))

1/n – 1; P(t) é a população no início do período

(ano t); P(t + n) é a população no ano; t+n e n é o intervalo de tempo entre os dois períodos de tempo considerados;

I a taxa de crescimento considerada.

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de uma conjuntura demográfica hipotética, seguindo a tendência de crescimento populacional

observada em dados dos dois últimos censos demográficos.

GRÁFICO 3.3: População por sexo e faixa etária – Belo Horizonte – Estimativa calculada para 2020.

Fonte: IBGE - Censos Demográficos 2000 e 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

Quanto à distribuição geral da população residente por regionais, apresentamos uma

breve caracterização desta população nos últimos três censos demográficos –

1991/2000/2010 – , a partir da análise da taxa de crescimento anual para o município e por

regionais administrativas.

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 a 84 anos

85 a 89 anos

90 a 94 anos

95 a 99 anos

Mais de 100 anos

Homens

Mulheres

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TABELA 3.2: População total residente segundo a taxa de crescimento anual –

Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 1991, 2000 e 2010.

Regional População anual Taxa de crescimento anual

1991 2000 2010 1991/2000 (%) 2000/2010 (%)

Barreiro 221.072 262.194 282.552 2,1 0,8

Centro- Sul 251.481 260.524 283.776 0,4 0,9

Leste 250.032 254.573 238.539 0,2 -0,6

Nordeste 249.693 274.060 290.353 1,1 0,6

Noroeste 340.530 338.100 268.038 -0,1 -2,1

Norte 154.028 193.764 212.055 2,9 0,9

Oeste 249.350 268.124 308.549 0,8 1,5

Pampulha 105.181 141.853 226.110 3,9 5,9

Venda Nova 198.794 245.334 265.179 2,6 0,8

Belo Horizonte 2.020.161 2.238.526 2.375.151 1,16 0,59

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

A partir da Tabela 3.2, observamos que o período de 1991 a 2000 foi o que apresentou

maior crescimento demográfico anual, tanto para o município quanto para as regionais

administrativas, com destaque para: Pampulha, com 3,9%; Norte, com 2,9%; Venda Nova,

com 2,6% e Barreiro, com crescimento anual de 2,1%. Ressalta-se que tais regionais eram as

que possuíam menor contingente populacional em comparação com as demais, o que reforça a

hipótese de constituírem território com maior disponibilidade de áreas para a expansão

demográfica.

No período seguinte, de 2000 a 2010, apresentaram-se menores taxas percentuais de

crescimento anual e, em alguns casos, a taxa configurou-se negativa, como pode ser

observada nas regionais Noroeste (com - 2,1%) e Leste (com - 0,6%). Ressalta-se que a

compreensão sobre tais mudanças de crescimento da população, observadas no período de

2000 a 2010, na Tabela 3.2, têm relação também com a redefinição dos limites territoriais das

regionais administrativas e bairros, instituída a partir da Lei 10.2314, sancionada pelo prefeito

do município em 19 de Julho de 2011.

Tal redefinição pode ajudar a compreender, em parte, o aumento significativo de

população residente na regional Pampulha, que apresentou taxa anual de 5,9% de 2000 a

2010. O Bairro Alípio de Melo, por exemplo, anteriormente contido na regional Noroeste

passou a integrar a Pampulha. Ressalta-se que essa mudança na área e limite envolveu outras

regionais administrativas do município. O Bairro Novo São Lucas (dividido por duas

regionais) passa a integrar totalmente a regional Centro-Sul; o bairro Camargos, que fazia

4 A Lei 10.231/11 dispõe sobre a circunscrição das regiões administrativas do município de Belo

Horizonte, publicada em 20 de Julho de 2011 no Diário Oficial do Município – DOM.

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36

parte da região Noroeste, é incorporado à regional Oeste, dentre muitas outras mudanças de

endereço regional (cf. IBGE, 2010).

O impacto dessas mudanças pareceu ser mais significativo, principalmente, na

regional Pampulha, contudo seu crescimento populacional relaciona-se também a outros

fatores, como a própria degradação ambiental da lagoa, que gera desvalorização imobiliária e

consequentemente a expansão de ocupações populares na região. Ressalta-se que não é

objetivo uma análise mais aprofundada destas mudanças demográficas entre as regionais,

após a Lei 10.231/11, o que exigiria novos esforços de pesquisa, e sim demostrar esse fato

para auxiliar na compreensão da situação da criança, do adolescente e do jovem nesta nova

configuração territorial das regionais administrativas no município.

Na Tabela 3.3, a seguir, apresentamos a área de cada uma das regionais

administrativas e o número médio de população residente com idade de 0 a 21 anos por km²,

distribuída segundo as faixas etárias de 0 a 5 anos, de 6 a 11 anos, de 12 a 14 anos, de 15 a 17

anos e de 18 a 21 anos. A densidade demográfica é um indicador útil para identificar as áreas

com maior concentração de população em relação ao tamanho do território, ou seja, a

presença mais ou menos significativa de determinada população em relação ao território no

qual habita. Contudo, não se pode determinar somente através da densidade demográfica a

existência ou não de superpovoamento (principalmente devido à atual tendência de

verticalização arquitetônica da metrópole) para tentar agregar o aumento dos seus habitantes.

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37

3.2 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO INFANTOJUVENIL NO MUNICÍPIO

TABELA 3.3: População de crianças, adolescentes e jovens por faixa etária até 21 anos segundo a

densidade (hab./km²) – Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010.

Regional Área (km²)

Densidade (hab./km²) por faixa etária (anos)

0 a 5 6 a 11 12 a 14 15 a 17 18 a 21 Total

Regional

0 a 21

Barreiro 53,90 417,4 489,6 252,0 262,9 358,9 1.780,7

Centro-Sul 32,62 453,5 482,5 280,8 323,6 609,5 2.150,0

Leste 28,15 522,1 606,2 366,3 372,1 572,5 2.439,3

Nordeste 39,52 513,1 607,3 318,5 333,2 500,2 2.272,3

Noroeste 29,94 520,1 618,3 357,3 381,8 612,0 2.489,2

Norte 32,78 504,9 569,5 350,4 333,5 433,5 2.192,0

Oeste 35,16 625,0 666,3 352,6 375,8 577,0 2.596,4

Pampulha 51,19 296,7 344,8 181,7 189,7 306,9 1.319,8

Venda nova 29,11 708,4 830,6 434,2 451,8 616,7 3.041,7

Total 332,37 487,9 558,5 307,4 321,4 486,2 2.161,3

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

A partir da Tabela 3.3 acima, identificamos um maior adensamento da população de 0

a 21 anos nas regionais Venda Nova (com 3.041,7), Oeste (com 2.596), Noroeste (com

2.498,2) e Leste (com 2.439,3). Tomando como referência a densidade média municipal

relativa a cada uma das faixas etárias consideradas, expressa pela linha do Total na Tabela

3.3, identificamos que entre as crianças de 0 a 5 anos e de 6 a 11 anos, as regionais de Venda

Nova (com 708,4 e 830,6, respectivamente), e a Oeste (com 625,0 e 666,3, respectivamente)

são as que tiveram consecutivamente maior densidade demográfica nestas faixas etárias.

Notamos também significativa representatividade deste dado nas regionais Noroeste,

Nordeste e Leste. Quanto à densidade relativa das demais faixas etárias, representativas da

adolescência e da juventude principalmente, observamos uma densidade elevada também na

regional Centro-Sul (com 609,5 jovens de 18 a 21 anos por km²). Ressalta-se que a densidade

demográfica pode ser útil para a identificação dos territórios com maior concentração de

pessoas residentes e, consequentemente, para determinar a localização de determinados

serviços públicos ou mesmo para o planejamento de estratégias de mobilidade urbana

necessárias para a garantia do acesso aos estabelecimentos/ equipamentos públicos. Esses

dados, confrontados com níveis de renda per capita, revelaram indicadores preocupantes em

relação à Regional Venda Nova, já que esta apresentou os menores índices de rendimento

domiciliar per capita.

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38

Por meio do Gráfico 3.4, é possível visualizar com mais clareza a informação expressa

pela Tabela 3.3, na qual Venda Nova apresenta colunas maiores relativas a densidade

demográfica em praticamente todas as faixas etárias analisadas.

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GRÁFICO 3.4: População de crianças, adolescentes e jovens por faixa etária até 21 anos segundo a

densidade demográfica (hab./km²) – Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010.

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Barreiro Centro-Sul Leste Nordeste Noroeste Norte Oeste Pampulha Venda

Nova

0 a 5

6 a 11

12 a 14

15 a 17

18 a 21

Densi

dade

por

KM

²

Regionais

Faixa etária(anos)

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

A compreensão da estrutura demográfica observada atualmente nas regionais

administrativas perpassa também pelos processos históricos de ocupação do município, ou

seja, há regionais com adensamento populacional mais recente e outras cujo adensamento

ocorreu no início da história5 da cidade como, por exemplo, a regional Centro-Sul. Desta

forma, a proporção de população em idade correspondente à infância, à adolescência e à

juventude residente atualmente em cada regional não é uniforme, como demonstrado pela

Tabela 3.4 seguinte.

5 Sobre a história e processo inicial de ocupação de Belo Horizonte, ver: OLIVEIRA, Dagmar de Araújo.

História de Belo Horizonte. Belo Horizonte: [Velloso S. A.], 1970, pag. 175.

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TABELA 3.4: Número e percentual da população de crianças, de adolescentes e de jovens até 21 anos

por faixa etária - Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010.

Regional

Faixa etária (anos)

Total

Regional 0

a 21 Até 5 6 a 11 12 a 14 15 a 17 18 a 21

Barreiro 22.500 26.389 13.580 14.169 19.343 95.981

8,0% 9,3% 4,8% 5,0% 6,8% 33,9%

Centro-Sul 14.793 15.741 9.162 10.556 19.883 70.135

5,2% 5,5% 3,2% 3,7% 7,0% 24,6%

Leste 14.697 17.066 10.313 10.476 16.115 68.667

6,2% 7,2% 4,3% 4,4% 6,8% 28,9%

Nordeste 20.278 24.001 12.586 13.169 19.767 89.801

7,0% 8,3% 4,3% 4,5% 6,8% 30,9%

Noroeste 15.571 18.508 10.697 11.429 18.321 74.526

5,8% 6,9% 4,0% 4,3% 6,8% 27,8%

Norte 16.552 18.670 11.488 10.933 14.211 71.854

7,8% 8,8% 5,4% 5,2% 6,7% 33,9%

Oeste 21.973 23.425 12.395 13.212 20.286 91.291

7,1% 7,6% 4,0% 4,3% 6,6% 29,6%

Pampulha 15.188 17.652 9.300 9.712 15.709 67.561

6,7% 7,8% 4,1% 4,3% 6,9% 29,8%

Venda Nova 20.621 24.180 12.640 13.151 17.953 88.545

7,8% 9,1% 4,8% 5,0% 6,8% 33,5%

Total 162.173 185.632 102.161 106.807 161.588 718.361

6,8% 7,8% 4,3% 4,5% 6,8% 30,2%

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

De acordo com a Tabela 3.4, observamos que a proporção de crianças, adolescentes e

jovens até 21 anos no município corresponderam a 30,2%. Desta maneira, praticamente 1/3 da

população total residente em Belo Horizonte, conforme dados do Censo de 2010, constitui-se

de pessoas da faixa infantojuvenil, ou seja, trata-se de um município jovem, tanto no sentido

histórico como demográfico. Quanto à distribuição desta população entre as faixas etárias

descritas na Tabela 3.4, chamam a atenção as regionais Barreiro (95.981; 33,9%), Oeste

(91.291; 29,6%) e Venda Nova (88.545; 33,5%) com maior concentração absoluta e relativa

de população de crianças, adolescentes e jovens, comparadas às demais regionais.

A seguir, apresentamos uma sequência de Cartogramas, com a distribuição espacial da

população infantojuvenil, de cada uma das faixas etárias (de 0 a 5 ano, de 6 a 11 anos, de 12 a

14 anos, de 15 a 17 anos e de 18 a 21 anos), por setores censitários.

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CARTOGRAMA 3.1: Distribuição espacial da população da faixa etária 0 a 5 anos residente no

município por Setores Censitários – Belo Horizonte - 2010

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

Page 42: Diagnóstico da Situação da Criança, do Adolescente e do ... · rede de atenção a nossas crianças e adolescentes e aponta as diversas realidades e situações vivenciadas por

42

CARTOGRAMA 3.1: Distribuição espacial da população da faixa etária de 6 a 11 anos residente no

município por Setores Censitários – Belo Horizonte – 2010

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

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43

CARTOGRAMA 3.3 Distribuição espacial da população da faixa etária de 12 a 14 anos residente no

município por Setores Censitários – Belo Horizonte – 2010

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

Page 44: Diagnóstico da Situação da Criança, do Adolescente e do ... · rede de atenção a nossas crianças e adolescentes e aponta as diversas realidades e situações vivenciadas por

44

CARTOGRAMA 3.4 Distribuição espacial da população da faixa etária de 15 a 17 anos residente no

município por Setores Censitários – Belo Horizonte – 2010

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

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45

CARTOGRAMA 3.5 Distribuição espacial da população da faixa etária de 18 a 21 anos residente no

município por Setores Censitários – Belo Horizonte – 2010

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

Page 46: Diagnóstico da Situação da Criança, do Adolescente e do ... · rede de atenção a nossas crianças e adolescentes e aponta as diversas realidades e situações vivenciadas por

46

A seguir, apresentaremos, ainda relativamente ao perfil sociodemográfico, dados

referentes ao sexo e cor-raça da população de crianças, adolescentes e jovens de Belo

Horizonte.

3.3 POPULAÇÃO INFANTOJUVENIL SEGUNDO SEXO E COR-RAÇA

A Tabela 3.5, a seguir, apresenta a distribuição por número e percentual das crianças,

adolescentes e jovens com até 21 anos de idade por sexo e faixas etárias.

TABELA 3.5: Número e percentual da população de crianças, de adolescentes e de jovens até 21 anos

por faixa etária segundo o sexo - Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010.

Regional

Faixa etária (anos)

Até 5 6 a 11 12 a 14 15 a 17 18 a 21 Total Regional

0 a 21

Sexo Sexo Sexo Sexo Sexo Sexo

Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem.

Barreiro 11.665 10.835 13.351 13.037 6.742 6.838 7.277 6.892 9.377 9.966 48.412 47.568

51,8% 48,2% 50,6% 49,4% 49,6% 50,4% 51,4% 48,6% 48,5% 51,5% 50,4% 49,6%

Centro-Sul 7.668 7.125 8.112 7.629 4.457 4.705 5.295 5.261 9.877 10.006 35.409 34.726

51,8% 48,2% 51,5% 48,5% 48,6% 51,4% 50,2% 49,8% 49,7% 50,3% 50,5% 49,5%

Leste 7.522 7.175 8.791 8.275 5.060 5.253 5.350 5.127 7.851 8.264 34.574 34.094

51,2% 48,8% 51,5% 48,5% 49,1% 50,9% 51,1% 48,9% 48,7% 51,3% 50,3% 49,7%

Norte 8.832 7.720 9.138 9.532 5.607 5.880 5.632 5.301 6.882 7.329 36.091 35.762

53,4% 46,6% 48,9% 51,1% 48,8% 51,2% 51,5% 48,5% 48,4% 51,6% 50,2% 49,8%

Nordeste 10.068 10.209 12.256 11.745 6.491 6.095 6.507 6.662 9.767 10.000 45.089 44.711

49,7% 50,3% 51,1% 48,9% 51,6% 48,4% 49,4% 50,6% 49,4% 50,6% 50,2% 49,8%

Noroeste 8.210 7.361 9.077 9.430 5.458 5.239 5.738 5.691 9.054 9.267 37.537 36.988

52,7% 47,3% 49,0% 51,0% 51,0% 49,0% 50,2% 49,8% 49,4% 50,6% 50,4% 59,6%

Oeste 11.230 10.742 11.406 12.019 6.575 5.820 6.686 6.526 9.730 10.556 45.627 45.663

51,1% 48,9% 48,7% 51,3% 53,0% 47,0% 50,6% 49,4% 48,0% 52,0% 50,0% 50,0%

Pampulha 7.740 7.449 9.181 8.471 4.563 4.737 4.950 4.762 7.805 7.904 34.239 33.323

51,0% 49,0% 52,0% 48,0% 49,1% 50,9% 51,0% 49,0% 49,7% 50,3% 50,7% 49,3%

Venda-

Nova

10.410 10.212 12.250 11.930 6.359 6.281 6.499 6.652 9.092 8.861 44.610 43.936

50,5% 49,5% 50,7% 49,3% 50,3% 49,7% 49,4% 50,6% 50,6% 49,4% 50,4% 49,6%

Total 83.345 78.828 93.562 92.068 51.312 50.848 53.934 52.874 79.435 82.153 361.588 356.771

51,4% 48,6% 50,4% 49,6% 50,2% 49,8% 50,5% 49,5% 49,2% 50,8% 50,3% 49,7%

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

A partir da Tabela 3.5, identificamos um predomínio geral de crianças do sexo

masculino na faixa etária de 0 a 5 anos, em termos absolutos e relativos, exceto na regional

Nordeste (10.068 crianças, equivalente a 49,7%, do sexo masculino enquanto 10.209, 50,3%,

do sexo feminino). Por outro lado, quando se observa essa mesma diferença, por sexo, entre a

população jovem na faixa etária de 18 a 21 anos, verificamos uma situação inversa, exceto

para a regional Venda Nova, ou seja, havia predominância de jovens do sexo feminino sobre o

masculino entre os jovens.

Page 47: Diagnóstico da Situação da Criança, do Adolescente e do ... · rede de atenção a nossas crianças e adolescentes e aponta as diversas realidades e situações vivenciadas por

47

Tal dado, apresentado por meio desta comparação sucinta entre a quantidade de

pessoas, distribuída por sexo, e considerando as faixas etárias de 0 a 5 anos até a de 18 a 21

anos, é relevante para a compreensão da situação da infância, adolescência e juventude de

Belo Horizonte. Ao expor que a diferença observada na quantidade superior de mulheres

jovens em relação à população masculina jovem não se relaciona a uma suposta superioridade

natural da natalidade de crianças do sexo feminino, como geralmente se afirma por meio do

senso comum, retrata-se uma tendência de perda ou diminuição de população masculina

jovem no município.

Em um estudo recente sobre os homicídios na região metropolitana de Belo Horizonte,

Marinho (2012) identificou o crescimento do número de mortes violentas entre a população

masculina jovem, contudo o autor destaca que os jovens mais expostos à violência homicida

são os de cor preta ou parda e que residem em periferias metropolitanas. Em estudos recentes

sobre violência no país, Waiselfisz (2008, 2010 e 2012), por exemplo, identifica o homicídio

e outras mortes violentas como acidentes de trânsito como fatores de risco relevantes para a

compreensão da situação juvenil atual. Ressalta-se que o problema das mortes violentas entre

jovens será discutido com maior profundidade na seção que aborda o tema da violação de

direitos.

A partir de outros autores como Caetano e Rigotti (2008), consideramos que essa

diminuição da população jovem masculina pode relacionar-se também ao impacto dos

movimentos migratórios, pois Belo Horizonte, apesar de ser um polo de atração, é também

um exportador de população. Para ilustrar este fenômeno, entre 1986 e 1991, mais de 120 mil

pessoas que mudaram de município de residência dentro da RMBH tiveram origem na capital.

Ressalta-se que os fluxos migratórios são constituídos de pessoas ou famílias jovens, com

significativa participação de população masculina (CAETANO e RIGOTTI, 2008).

Em Belo Horizonte, há também uma tendência de perda de moradores para cidades

vizinhas da região metropolitana como Nova Lima, Esmeraldas, Contagem e Ribeirão das

Neves. Muitas vezes tais municípios são utilizados como dormitórios por uma população

dependente economicamente da capital. Segundo o IBGE (2012), Belo Horizonte foi a

segunda capital que menos cresceu, no país, em termos demográficos. Por outro lado, não

podemos descartar o fato de Belo Horizonte, por ser capital e polo metropolitano, concentrar

oportunidades de emprego e serviços como os de saúde, educação, cultura, dentre muitos

outros, recebendo diariamente um enorme fluxo de população não residente que depende de

sua infraestrutura e economia.

Page 48: Diagnóstico da Situação da Criança, do Adolescente e do ... · rede de atenção a nossas crianças e adolescentes e aponta as diversas realidades e situações vivenciadas por

48

Enfim, diversos fatores podem ser explicativos dessa diminuição ou perda de

população jovem no município. Tais discussões não serão aprofundadas nesta seção, que tem

como objetivo fornecer uma sucinta caracterização da população de crianças, adolescentes e

jovens residentes, segundo o Censo Demográfico de 2010, principalmente.

O Gráfico 3.5 ilustra, por meio de colunas, a diferença proporcional entre a quantidade

de crianças com idade até 5 anos e dos jovens de 18 a 21 anos de idade segundo o sexo.

GRÁFICO 3.5: Comparação entre o percentual da população de 0 a 5 anos e de 18 a 21anos

segundo o sexo – Belo Horizonte – 2010.

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

A seguir, apresentamos a distribuição da população de até 21 anos, por número

absoluto e relativo, segundo a cor-raça declarada ao IBGE durante o último censo

demográfico.

50,8 48,649,2 51,4

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

De 18 a 21 anos Até 5 anos

Masculino

FemininoPerc

entu

al

Faixa etária

Sexo

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49

TABELA 3.6: Número e percentual da população de crianças, de adolescentes e de jovens até 21 anos

por cor-raça – Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010.

Regional Cor-raça (N e %) Total

Regional Branca Preta Amarela Parda Indígena Ignorado

Barreiro 35.467 8.201 1.403 50.625 216 70 95.982

37,0% 8,5% 1,5% 52,7% 0,2% 0,1% 100%

Centro-Sul 43.451 4.397 908 21.122 233 22 70.133

62,0% 6,3% 1,3% 30,1% 0,3% 0% 100%

Leste 28.166 9.081 756 30.664 0 0 68.667

41,0% 13,2% 1,1% 44,7% 0% 0% 100%

Nordeste 33.463 8.781 1.224 46.109 224 0 89.801

37,3% 9,8% 1,4% 51,3% 0,2% 0% 100%

Noroeste 33.029 6.632 530 34.303 31 0 74.525

44,3% 8,9% 0,7% 46,0% 0% 0% 100%

Norte 23.759 6.642 972 40.354 126 0 71.853

33,1% 9,2% 1,4% 56,2% 0,2% 0% 100%

Oeste 42.638 7.123 1.157 40.145 228 0 91.291

46,7% 7,8% 1,3% 44,0% 0,2% 0% 100%

Pampulha 33.309 5.408 385 28.423 36 0 67.561

49,3% 8,0% 0,6% 42,1% 0,1% 0% 100%

Venda Nova 30.301 8.904 914 48.308 118 0 88.545

34,2% 10,1% 1,0% 54,6% 0,1% 0% 100%

Total 303.583 65.169 8.249 340.053 1.212 92 718.358

42,3% 9,1% 1,1% 47,3% 0,2% 0% 100%

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

Conforme mostra a Tabela 3.6, expresso na linha do total, o resultado da

autodeclaração levantada pelo Censo 2010, verifica-se que 43,3% da população com idade até

21 anos declarou ser da cor-raça branca, 9,1% da cor-raça preta, 1,1% da cor-raça amarela,

47,3% da cor-raça parda e 0,2% como indígena. Quando observamos esse dado nas regionais

administrativas, a Regional Centro-Sul apresentou 62,0%, revelando maior proporção interna

de população declarada branca, seguida das regionais Pampula com 49,3%, Oeste com

46,7%.

Com relação à população declarada preta, as regionais Leste com 13,2%, Venda Nova

com 10,1% e Nordeste com 9,8% foram as que apresentaram maior proporção interna de

crianças, adolescentes e jovens desta cor-raça. Entre a população infantojuvenil declarada

como parda, destaca-se a representatividade relativa desta cor-raça nas regionais Norte com

56,2%, Venda Nova 54,6%, Barreiro com 52,7% e Nordeste com 51,3%. Destaca-se também

a pequena representatitividade da proporção de população declarada como amarela e

indígena, bem como os casos ignorados.

As Tabelas 3.7 e 3.8 apresentam o dado da cor-raça das crianças, adolescentes e

jovens até 21 anos, residentes em Belo Horizonte, por regionais administrativas, desagregado

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50

por faixas etárias de 0 a 5 anos, 6 a 11 anos, 12 a 14 anos, 15 a 17 anos e 18 a 21 anos. Na

Tabela 3.8, são apresentados os números absolutos e na Tabela 3.7, os valores relativos.

Ressalta-se que tais dados são construídos a partir da autodeclaração dos entrevistados pelo

Censo Demográfico do IBGE; no caso de crianças pequenas, a declaração é feita por uma

terceira pessoa, que é considerada pelos moradores como pessoa responsável pelo domicílio.

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51

TABELA 3.7: Número de crianças, de adolescentes e de jovens até 21 anos por faixa etária segundo a

cor-raça – Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010.

Regional Faixa etária

(anos) Cor-raça (%)

Branca Preta Amarela Parda Indígena Total Regional

Barreiro

0 a 5 9.405 1.390 317 11.356 32 22.500

6 a 11 9.688 2.165 427 14.008 78 26.366

12 a 14 4.511 1.349 229 7.399 69 13.557

15 a 17 5.447 1.462 202 7.058 0 14.169

18 a 21 6.415 1.835 228 10.805 36 19.319

Centro

–Sul

0 a 5 9.314 763 171 4.514 30 14.792

6 a 11 9.248 1.061 145 5.206 81 15.741

12 a 14 5.439 557 164 2.979 0 9.139

15 a 17 6.146 927 221 3.236 26 10.556

18 a 21 13.304 1.090 207 5.187 95 19.883

Leste

0 a 5 6.551 1.604 171 6.371 0 14.697

6 a 11 6.672 2.323 113 7.959 0 17.067

12 a 14 4.090 1.382 111 4.730 0 10.313

15 a 17 4.048 1.540 119 4.769 0 10.476

18 a 21 6.805 2.232 242 6.836 0 16.115

Nordeste

0 a 5 8.324 1.376 256 10.322 0 20.278

6 a 11 8.920 1.932 182 12.886 80 24.000

12 a 14 4.264 1.255 183 6.831 53 12.586

15 a 17 4.466 1.727 250 6.684 42 13.169

18 a 21 7.489 2.491 353 9.386 48 19.767

Noroeste

0 a 5 7.673 899 71 6.929 0 15.572

6 a 11 7.790 1.624 189 8.904 0 18.507

12 a 14 4.288 1.174 68 5.167 0 10.697

15 a 17 5.016 970 82 5.345 16 11.429

18 a 21 8.262 1.964 121 7.958 16 18.321

Norte

0 a 5 6.028 1.150 126 9.208 41 16.553

6 a 11 6.109 1.642 211 10.687 21 18.670

12 a 14 3.571 943 138 6.814 21 11.487

15 a 17 3.597 1.126 248 5.942 19 10.932

18 a 21 4.454 1.782 248 7.704 24 14.212

Oeste

0 a 5 11.882 1.517 302 8.272 0 21.973

6 a 11 10.244 1.632 162 11.380 8 23.426

12 a 14 5.200 915 201 6.038 40 12.394

15 a 17 5.893 1.311 148 5.763 97 13.212

18 a 21 9.419 1.748 345 8.691 83 20.286

Pampulha

0 a 5 8.433 1.020 75 5.661 0 15.189

6 a 11 9.060 1.104 85 7.403 0 17.652

12 a 14 3.814 670 69 4.711 36 9.300

15 a 17 4.321 940 81 4.369 0 9.711

18 a 21 7.682 1.675 74 6.279 0 15.710

Venda

Nova

0 a 5 7.846 1.870 179 10.701 25 20.621

6 a 11 8.807 1.977 196 13.150 49 24.179

12 a 14 4.179 1.355 182 6.924 0 12.640

15 a 17 4.071 1.710 190 7.166 14 13.151

18 a 21 5.398 1.991 167 10.368 30 17.954

Total

0 a 5 75.456 11.589 1.668 73.334 128 162.175

6 a 11 76.538 15.460 1.710 91.583 317 185.608

12 a 14 39.356 9.600 1.345 51.593 219 102.113

15 a 17 43.005 11.713 1.541 50.332 214 106.805

18 a 21 69.228 16.808 1.985 73.214 332 161.567

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013

Nota: Exlcuidos os casos ignorados/não respondidos ao IBGE.

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52

TABELA 3.8: Percentual de crianças, de adolescentes e de jovens até 21 anos por faixa etária segundo

a cor-raça – Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010.

Regional Faixa etária (anos) Cor-raça (%)

Branca Preta Amarela Parda Indígena Total Regional

Barreiro

0 a 5 41,8 6,2 1,4 50,5 0,1 100

6 a 11 36,7 8,2 1,6 53,1 0,3 100 12 a 14 33,3 10 1,7 54,6 0,5 100 15 a 17 38,4 10,3 1,4 49,8 0 100 18 a 21 33,2 9,5 1,2 55,9 0,2 100

Centro

–Sul

0 a 5 63 5,2 1,2 30,5 0,2 100 6 a 11 58,8 6,7 0,9 33,1 0,5 100

12 a 14 59,5 6,1 1,8 32,6 0 100 15 a 17 58,2 8,8 2,1 30,7 0,2 100 18 a 21 66,9 5,5 1 26,1 0,5 100

Leste

0 a 5 44,6 10,9 1,2 43,3 0 100 6 a 11 39,1 13,6 0,7 46,6 0 100

12 a 14 39,7 13,4 1,1 45,9 0 100 15 a 17 38,6 14,7 1,1 45,5 0 100 18 a 21 42,2 13,9 1,5 42,4 0 100

Nordeste

0 a 5 41 6,8 1,3 50,9 0 100 6 a 11 37,2 8,1 0,8 53,7 0,3 100

12 a 14 33,9 10 1,5 54,3 0,4 100 15 a 17 33,9 13,1 1,9 50,8 0,3 100 18 a 21 37,9 12,6 1,8 47,5 0,2 100

Noroeste

0 a 5 49,3 5,8 0,5 44,5 0 100 6 a 11 42,1 8,8 1 48,1 0 100

12 a 14 40,1 11 0,6 48,3 0 100 15 a 17 43,9 8,5 0,7 46,8 0,1 100 18 a 21 45,1 10,7 0,7 43,4 0,1 100

Norte

0 a 5 36,4 6,9 0,8 55,6 0,2 100 6 a 11 32,7 8,8 1,1 57,2 0,1 100

12 a 14 31,1 8,2 1,2 59,3 0,2 100 15 a 17 32,9 10,3 2,3 54,4 0,2 100 18 a 21 31,3 12,5 1,7 54,2 0,2 100

Oeste

0 a 5 54,1 6,9 1,4 37,6 0 100 6 a 11 43,7 7 0,7 48,6 0 100

12 a 14 42 7,4 1,6 48,7 0,3 100 15 a 17 44,6 9,9 1,1 43,6 0,7 100 18 a 21 46,4 8,6 1,7 42,8 0,4 100

Pampulha

0 a 5 55,5 6,7 0,5 37,3 0 100 6 a 11 51,3 6,3 0,5 41,9 0 100

12 a 14 41 7,2 0,7 50,7 0,4 100 15 a 17 44,5 9,7 0,8 45 0 100 18 a 21 48,9 10,7 0,5 40 0 100

Venda

Nova

0 a 5 38 9,1 0,9 51,9 0,1 100 6 a 11 36,4 8,2 0,8 54,4 0,2 100

12 a 14 33,1 10,7 1,4 54,8 0 100 15 a 17 31 13 1,4 54,5 0,1 100 18 a 21 30,1 11,1 0,9 57,7 0,2 100

Total

0 a 5 46,5 7,1 1 45,2 0,1 100 6 a 11 41,2 8,3 0,9 49,3 0,2 100

12 a 14 38,5 9,4 1,3 50,5 0,2 100 15 a 17 40,3 11 1,4 47,1 0,2 100 18 a 21 42,8 10,4 1,2 45,3 0,2 100

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

Nota: 1) Excluidos os casos ignorados/não respondidos ao IBGE.

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A Tabela 3.8, como já mencionado, apresenta as informações da Tabela 3.7 através de

números relativos, o que possibilita observar uma diferença significativa no percentual da cor-

raça declarada entre as faixas etárias. Tal diferença pode ser notada, por exemplo, ao

compararmos os valores relativos referentes às categorias branca e preta segundo as diferentes

faixas etárias.

De um modo geral, o que se percebe é uma tendência de diminuição do volume

percentual de pessoas declaradas como brancas, à medida que aumentam as faixas etárias, ou

seja, no município a proporção pessoas brancas é sempre maior nas faixas de 0 a 5 anos

(46,5%) e de 6 a 11 anos (41,2%). Por outro lado, quando observamos as faixas etárias de 15

a 17 anos (40,3%) e de 18 a 21 anos (42,8%) a proporção de brancos tendeu a ser menor do

que nas faixas iniciais. De modo inverso, notamos que, na cor-raça preta, os valores maiores

tendem a se localizar nas faixas etárias avançadas, de 15 a 17 anos (11,0%) e de 18 a 21 anos

(10,4%), enquanto que nas faixas iniciais de 0 a 5 anos (7,1%) e de 6 a 11 anos (8,3%).

Tal dado levanta a hipótese de que a autopercepção dos sujeitos em relação a sua

própria cor-raça varia de acordo com sua faixa etária, ou seja, por se tratar de autodeclaração,

as respostas vão sofrer interferências as mais diversas e a idade pode ser um dos fatores

intervenientes.

Para Rama (1989: 25) o pertencimento racial declarado nos censos poderia sofrer

variações de acordo com a idade dos chefes de família, podendo significar que “[...] as

diferenças de idade internas aos grupos sociais determinariam formas de autoidentificação que

se alterariam no tempo”. Neste ínterim, Piza e Rosemberg (1998: 125) colocam a seguinte

questão, “[...] onde está a dificuldade de incorporação da cor e seu tratamento nos censos?”.

Em Anderson (1991), observamos que em determinados momentos de nossa história

houve atenções distintas prestadas ao dado cor-raça. Na contagem populacional de 1872, a cor

é aplicada a todos os quesitos pesquisados; já em 1890, com o fim da escravidão e a política

de incentivo à imigração de europeus para o Brasil, o censo se preocupa menos com as raças e

mais com as nacionalidades representadas na população. Posteriormente, o Censo de 1940,

momento no qual o regime político vigente tinha forte inspiração fascista, cor-raça representa

um dado relevante na formulação da nacionalidade (ANDERSON, 1991).

Os dados da pesquisa corroboram a tese de Piza e Rosemberg (1998), de que a

definição de raça/cor seja produzida a partir de percepções sobre fenótipos físicos, mescladas

ao status social dos indivíduos, ausente de qualquer discussão histórica ou geracional. Enfim,

há uma série de fatores históricos e políticos por trás da relevância e do tratamento prestado

ao dado cor-raça produzido pelos censos demográficos e isso também pode refletir sobre o

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54

modo como os indivíduos percebem ou declaram sua cor-raça, pois o significado de ser preto,

pardo ou branco não é o mesmo em uma sociedade diversa, mas desigual e hierarquizada

como a nossa.

3.4 RENDA E CONDIÇÃO DO DOMICÍLIO

Nesta seção apresentamos dados referentes às condições gerais do rendimento

domiciliar per capita, e também algumas características básicas do domicílio, considerando a

população de crianças, adolescentes e jovens residentes nas regionais administrativas do

município de Belo Horizonte, a partir do novo limite territorial estabelecido na Lei 10.231/11.

A fonte principal para construção deste perfil socioeconomico é o censo demográfico de

2010, realizado pelo IBGE. Primeiramente, elencaremos as informações a respeito do

acesso domiciliar a determinados serviços relacionados ao saneamento básico, como a água

tratada fornecida pela COPASA, a rede de esgotamento e a coleta de lixo realizada pelo poder

público do município.

TABELA 3.9: Percentual geral dos domicílios conforme o acesso aos serviços de água da COPASA,

Rede de Esgotos e Coleta de Lixo pela PBH - Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010.

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

Com relação ao acesso aos serviços básicos supracitados, identificamos que o serviço

com maior cobertura nos domicílios do município é o de acesso à água tratada (99,7%),

seguido do serviço de coleta de lixo, prestado pela prefeitura municipal (99,2%) e, por último,

o de esgotamento sanitário (94,5%) também fornecido pela COPASA. Com relação a este

Regional

Serviços Básicos (%)

Água da COPASA Rede de Esgotos Coleta de lixo pela

PBH

Barreiro 99,7 93,4 99,1

Centro-Sul 99,8 97,5 99,7

Leste 99,8 95,0 98,3

Nordeste 99,2 90,3 99,6

Noroeste 99,5 94,0 99,0

Norte 99,5 98,0 99,6

Oeste 99,8 97,4 98,2

Pampulha 99,8 93,3 99,8

Venda Nova 99,7 91,9 99,9

Total- BH 99,7 94,5 99,2

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55

último, as regionais que apresentaram os piores índices de cobertura de esgotamento sanitário

são a Nordeste (90,3%), Venda Nova (91,9%), Pampulha (93,3%), Barreiro (93,4%) e

Noroeste (94,0%), sendo que todas elas estão com a cobertura inferior à média municipal, de

94,5%. Com relação à coleta de lixo, as regionais Noroeste (99,0%) e Barreiro (99,1%) são as

que apresentam os níveis mais baixos de cobertura deste serviço. Sobre o acesso a água

tratada, a pior cobertura encontra-se nos domicílios da regional Nordeste (99,2%).

Ressalta-se que a ausência destes serviços revela a existência de espaços ocupados no

município nos quais existe maior risco de contágio por doenças infecciosas relacionadas com

a água, com excreções e com o lixo. A ausência do acesso a água tratada, por exemplo, pode

ocasionar doenças infecciosas causadas por agentes microbianos como cólera, febre tifoide,

disenteria bacilar, hepatite infecciosa dentre outras. A falta do tratamento de esgoto, por

exemplo, pode ocasionar doenças devidas aos microrganismos (vírus, bactérias, protozoários

e helmintos) presentes nas excreções humanas, normalmente nas fezes. Com relação aos

resíduos sólidos (lixo), sua acumulação indevida pode proporcionar a proliferação de pragas

urbanas como ratos (transmissores de peste bubônica, leptospirose, etc), baratas e de moscas,

que são responsáveis pela transmissão de doenças infecciosas como amebíase, salmonelose,

entre outras (SOARES, et al, 2012).

A seguir, apresentamos dados sobre o rendimento domiciliar per capita, ou seja, a

faixa de rendimento considerada para cada integrante de um domicílio a partir do rendimento

total, extraído da soma dos ganhos mensais (fonte formal ou informal) de todos os moradores

do respectivo domicílio durante o mês de referência adotado pelo Censo de 2010. Tal dado é

útil para identificar níveis de pobreza financeira dos indivíduos, a partir da média per capita

do rendimento domiciliar. Ressalta-se que, segundo o DIEESE (2010), no Brasil inexiste uma

linha oficial para determinação das situações sociais de pobreza, e uma das referências mais

frequentemente utilizadas tem sido as faixas de rendimento elaboradas pelo IBGE através das

pesquisas censitárias e por amostragem domiciliar. De modo geral, a base de referência é o

salário mínimo que, em nosso país, é claramente insuficiente para garantir dignidade mínima

necessária para sobrevivência familiar.

Desta maneira, em relação à renda, utiliza-se amplamente no Brasil, como linha de

referência para a extrema pobreza, os rendimentos em torno de ¼ de salário mínimo per

capita, e, para a identificação das situações de pobreza, a referência é ½ salário mínimo per

capita. A respeito disto, o maior programa de transferência de renda brasileiro, o Programa

Bolsa-Família (PBF), estabeleceu este mesmo critério com base nos resultados da Pesquisa

Nacional de Amostra por Domicílio de 2001. Asssim, desde então, o PBF tem atualizado seus

Page 56: Diagnóstico da Situação da Criança, do Adolescente e do ... · rede de atenção a nossas crianças e adolescentes e aponta as diversas realidades e situações vivenciadas por

56

valores, corrigindo-os através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC (DIEESE,

2010).

A proporção das classes de rendimento mostrada na Tabela 3.10, a seguir, referem-se

ao rendimento domiciliar per capita identificado no mês de referência (julho) do censo de

2010, referentes a todos os redimentos das pessoas de 10 anos ou mais residentes num mesmo

domicílio, com base no valor do salário mínimo da época. Portanto, as classes de rendimento

domiciliar per capita referem-se a uma média de ganhos domiciliares expressa para cada

morador (IBGE, 2012).

TABELA 3.10: Percentual da população total residente por classe de rendimento domiciliar per capita

- Regionais Administrativas de Belo Horizonte - Julho de 2010.

Regional

Classes de rendimento domiciliar per capta por salário mínimo (pop. total residente)

Nenhum Até R$

70,00

De ½ a

¼

De ¼ até

½

De ½ até

1 De 1 a 2 De 2 a 3 De 3 a 5 De 5 a 10

Acima

de 10 Total

Barreiro 6.301 1.823 9.488 37.809 91.615 91.321 23.462 14.199 5.026 1.005 282.049

2,2% 0,6% 3,4% 13,4% 32,5% 32,4% 8,3% 5,0% 1,8% 0,4% 100%

Centro-Sul

10.241 1.867 4.958 16.707 29.446 29.807 22.696 39.212 67.556 60.595 283.085

3,6% 0,7% 1,8% 5,9% 10,4% 10,5% 8,0% 13,9% 23,9% 21,4% 100%

Leste 4.855 2.050 4.402 25.690 56.158 62.812 27.023 27.347 20.650 6.812 237.799

2,0% 0,9% 1,9% 10,8% 23,6% 26,4% 11,4% 11,5% 8,7% 2,9% 100%

Norte 5.069 2.217 6.273 34.935 65.829 60.774 18.248 11.105 5.562 1.416 211.428

2,4% 1,0% 3,0% 16,5% 31,1% 28,7% 8,6% 5,3% 2,6% 0,7% 100%

Nordeste 7.780 2.556 7.252 32.461 80.207 76.057 28.843 26.186 21.321 7.227 289.890

2,7% 0,9% 2,5% 11,2% 27,7% 26,2% 9,9% 9,0% 7,4% 2,5% 100%

Noroeste 6.293 1.586 4.894 22.648 60.256 75.416 36.915 31.641 20.891 6.709 267.249

2,4% 0,6% 1,8% 8,5% 22,5% 28,2% 13,8% 11,8% 7,8% 2,5% 100%

Oeste 7.404 2.072 5.196 28.458 63.715 69.842 33.801 41.997 37.797 17.714 307.996

2,4% 0,7% 1,7% 9,2% 20,7% 22,7% 11,0% 13,6% 12,3% 5,8% 100%

Pampulha 4.592 882 3.868 16.466 39.537 55.579 32.987 33.183 27.451 10.356 224.901

2,0% 0,4% 1,7% 7,3% 17,6% 24,7% 14,7% 14,8% 12,2% 4,6% 100%

Venda-

Nova

7.813 2.946 8.274 32.960 84.861 82.360 24.257 14.256 5.582 1.487 264.796

3,0% 1,1% 3,1% 12,4% 32,0% 31,1% 9,2% 5,4% 2,1% 0,6% 100%

Total 60.348 17.999 54.605 248.134 571.624 603.968 248.232 239.126 211.836 113.321 2.369.193

2,5% 0,8% 2,3% 10,5% 24,1% 25,5% 10,5% 10,1% 8,9% 4,8% 100%

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

Page 57: Diagnóstico da Situação da Criança, do Adolescente e do ... · rede de atenção a nossas crianças e adolescentes e aponta as diversas realidades e situações vivenciadas por

57

A Tabela 3.11, seguinte, apresenta o mesmo dado da Tabela 3.10, exclusivo para a

população até 21 anos, ou seja, lança um zoom ou “lupa” sobre a situação do rendimento

domiciliar per capita, envolvendo somente domicílios de residência do público alvo do

diagnóstico.

TABELA 3.11: Percentual da população residente com idade até 21 anos por classe de rendimento

domiciliar per capita- Regionais Administrativas de Belo Horizonte - Julho de 2010.

Regional

Classes de rendimento domiciliar per capta por salário mínimo (pop. residente de 0 a 21 anos)

Nenhum Até R$

70,00

De ½ a

¼

De ¼ até

½

De ½ até

1 De 1 a 2 De 2 a 3 De 3 a 5 De 5 a 10

Acima

de 10 Total

Barreiro 2.418 1.058 5.520 18.538 35.397 24.480 4.583 2.658 971 209 95.832

2,5% 1,1% 5,8% 19,3% 36,9% 25,5% 4,8% 2,8% 1,0% 0,2% 100%

Centro-Sul

3.414 1.043 3.370 8.453 10.976 7.008 4.629 8.649 13.902 8.453 69.897

4,9% 1,5% 4,8% 12,1% 15,7% 10,0% 6,6% 12,4% 19,9% 12,1% 100%

Leste 1.486 1.319 2.578 12.951 20.133 15.782 5.676 4.990 2.998 588 68.501

2,2% 1,9% 3,8% 18,9% 29,4% 23,0% 8,3% 7,3% 4,4% 0,9% 100%

Norte 1.724 1.292 3.485 17.750 24.371 15.772 3.693 2.493 1.015 201 71.796

2,4% 1,8% 4,9% 24,7% 33,9% 22,0% 5,1% 3,5% 1,4% 0,3% 100%

Nordeste 2.670 1.728 4.245 15.663 30.105 19.339 5.923 5.181 3.687 1.188 89.729

3,0% 1,9% 4,7% 17,5% 33,6% 21,6% 6,6% 5,8% 4,1% 1,3% 100%

Noroeste 2.282 965 2.818 10.725 20.406 19.863 7.547 5.782 3.336 729 74.453

3,1% 1,3% 3,8% 14,4% 27,4% 26,7% 10,1% 7,8% 4,5% 1% 100%

Oeste 2.220 1.210 2.762 14.374 24.037 19.260 7.502 9.552 7.694 2.638 91.249

2,4% 1,3% 3,0% 15,8% 26,3% 21,1% 8,2% 10,5% 8,4% 2,9% 100%

Pampulha 1.443 447 2.132 8.165 15.452 16.090 8.526 7.914 5.211 1.716 67.096

2,2% 0,7% 3,2% 12,2% 23,0% 24,0% 12,7% 11,8% 7,8% 2,6% 100%

Venda-

Nova

3.129 1.440 4.518 16.311 33.080 20.977 4.980 2.821 921 228 88.405

3,5% 1,6% 5,1% 18,5% 37,4% 23,7% 5,6% 3,2% 1% 0,3% 100%

Total 20.786 10.502 31.428 122.930 213.957 158.571 53.059 50.040 39.735 15.950 716.958

2,9% 1,5% 4,4% 17,1% 29,8% 22,1% 7,4% 7,0% 5,5% 2,2% 100%

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

Ao compararmos a Tabela 3.10 com a Tabela 3.11, identificamos que as classes de

rendimento domicliar per capita relativas à população infantojuvenil são mais baixas que

quando observadas as classes de rendimento geral da população total residente. Em relação

ao rendimento domiciliar per capita de crianças, adolescentes e jovens, identificamos que, no

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58

município, 8,8% encontram-se em situação relativa à extrema pobreza6, 17,1% à situação de

pobreza e 29, 8% próximo a essa situação, com rendimento variando na faixa de ½ salário a 1

salário mínimo. Somando essas três primeiras classes de rendimento domiciliar per capita à

população sem rendimento, observamos que 55,7% das pessoas com idade entre 0 e 21 anos

residentes em Belo Horizonte, em 2010, possuíam rendimentos per capita de até 1 salário

mínimo.

Ao observarmos o mesmo dado nas regionais administrativas, identificamos que, em

relação à extrema pobreza do público infantojuvenil, destaca-se a Regional Centro Sul com

11,2%, seguida das Regionais Venda Nova (com 10,2%), Nordeste (9,6%0 e Norte (com

9,1%) – trata-se das quatro com piores situações encontradas. Em relação à pobreza

(rendimento domicliar per capita variando de ¼ a ½ salário mínimo), identificamos que a

Regional Norte com 24,7%, Barreiro com 19,3%, Venda Nova com 18,5% e Nordeste com

17,5% foram as que tiveram os piores índices neste quesito. Somando os valores relativos às

classes de extrema pobreza e de pobreza, identificamos a seguinte situação regional: Norte

com 42,9%; Barreiro com 38,1%; Venda Nova com 34,4%; Nordeste com 36,7%; Leste com

34,7%; Centro Sul com 34,5%; Oeste com 29,2%; Noroeste com 30,8% e Pampulha com

24,4%; sendo que a média municipal foi de 34,7% de crianças, adolescentes e jovens vivendo

com rendimentos correspoendentes à extrema pobreza ou pobreza.

A seguir, as Tabelas 3.12 e 3.13 apresentam em números absoluto e relativo,

respectivamente, da população até 21 anos segundo a presença de determinados bens no

domicílio como microcomputador com acesso a internet7, apenas o microcomputador sem

internet, motocicleta para uso particular, automóvel para uso particular, telefone fixo e

telefone celular.

6 8,8%, correspondente ao somatório das classes 2,9% (sem rendimento), 1,5% (até R$ 70,00) e 4,4% (de ½ até

¼).

7 Resalta-se que, no caso do bem microcomputador com acesso a internet constituiu a única categoria na qual

havia casos não registrados, 258.514, referente a 36% do total de 718.360.

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59

TABELA 3.12: Quantidade de população até 21 anos de idade segundo a existência de

Microcomputador, Acesso a Internet, Motocicleta, Automóvel, Telefone Fixo e Telefone Celular no

Domicílio - Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010.

Bens existentes no Domicílio (N)

Regional

Microcomputador

com acesso à

internet

Microcomputador

sem internet

Motocicleta

para uso

particular

Automóvel

para uso

particular

Telefone fixo Telefone

celular

Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não

Barreiro 41.344 11.707 53.051 42.781 12.151 83.680 43.156 52.676 57.832 38.000 90.040 5.792

Centro-Sul 48.455 3.115 51.569 18.172 7.780 61.961 40.793 28.947 54.748 14.992 66.277 3.463

Leste 38.147 6.524 44.671 23.662 10.954 57.379 28.938 39.395 48.916 19.417 64.990 3.344

Nordeste 45.107 10.204 55.311 34.333 15.241 74.403 42.794 46.850 60.156 29.488 85.873 3.771

Noroeste 46.728 6.427 53.156 21.296 9.758 64.694 36.530 37.922 53.091 21.361 71.432 3.020

Norte 29.410 8.803 38.214 33.480 9.572 62.121 28.800 42.893 46.501 25.192 66.318 5.375

Oeste 55.144 7.738 62.882 28.304 11.643 79.543 47.841 43.345 64.192 26.994 87.021 4.165

Pampulha 44.980 4.940 49.920 17.153 8.088 58.985 41.692 25.381 50.806 16.267 64.678 2.395

Venda Nova 40.850 10.194 51.044 37.270 12.921 75.393 37.631 50.683 58.745 29.569 83.906 4.408

Total 390.166 69.653 459.819 256.449 98.109 618.159 348.174 368.093 494.986 221.282 680.535 35.732

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

TABELA 3.13: Percentual de população com até 21 anos de idade segundo a existência de

Microcomputador, Acesso a Internet, Motocicleta, Automóvel, Telefone Fixo e Telefone Celular no

Domicílio - Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010.

Bens existentes no Domicílio (%)

Regional

Microcomputador

com acesso à internet

Microcomputador

sem internet

Motocicleta

para uso

particular

Automóvel

para uso

particular

Telefone

fixo

Telefone

celular

Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não

Barreiro 77,9 22,1 55,4 44,6 12,7 87,3 45,0 55,0 60,3 39,7 94,0 6,0

Centro-Sul 94,0 6,0 73,9 26,1 11,2 88,8 58,5 41,5 78,5 21,5 95,0 5,0

Leste 85,4 14,6 65,4 34,6 16,0 84,0 42,3 57,7 71,6 28,4 95,1 4,9

Nordeste 81,6 18,4 61,7 38,3 17,0 83,0 47,7 52,3 67,1 32,9 95,8 4,2

Noroeste 87,9 12,1 71,4 28,6 13,1 86,9 49,1 50,9 71,3 28,7 95,9 4,1

Norte 77,0 23,0 53,3 46,7 13,4 86,6 40,2 59,8 64,9 35,1 92,5 7,5

Oeste 87,7 12,3 69,0 31,0 12,8 87,2 52,5 47,5 70,4 29,6 95,4 4,6

Pampulha 90,1 9,9 74,4 25,6 12,1 87,9 62,2 37,8 75,7 24,3 96,4 3,6

Venda Nova 80,0 20,0 57,8 42,2 14,6 85,4 42,6 57,4 66,5 33,5 95,0 5,0

Total 84,9 15,1 64,2 35,8 13,7 86,3 48,6 51,4 69,1 30,9 95,0 5,0

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

Por meio das Tabelas 3.12 e 3.13, identificamos que, sobre o acesso ao

microcomputador com internet, as populações infantojuvenil das regionais Norte (23,0%),

Page 60: Diagnóstico da Situação da Criança, do Adolescente e do ... · rede de atenção a nossas crianças e adolescentes e aponta as diversas realidades e situações vivenciadas por

60

Barreiro (22,1%) e Venda Nova (20,0%) foram as que menos apresentavam a presença deste

bem no domicílio de residência, e que a proporção de domicílios apenas com o

microcomputador sem acessos a internet é mais abrangente. Chamam a atenção as diferenças

proporcionais entre a presença de telefone fixo e de celular, em todas as regionais

administrativas e também no município, sendo este último superior em todas as áreas

consideradas. Os automóveis para uso particular concentram-se mais nas regionais Pampulha

(62,2%), Centro-Sul (58,5%) e Oeste (52,5%). Já as motocicletas, cuja frota, segundo o

Observatório das Metrópoles (2012), passou de 89.394 em 2001 para mais de 368 mil em 2011

(crescimento de 312,5%), no caso de Belo Horizonte, concentraram-se mais nas regionais

Nordeste (17,0%), Leste (16,0%) e Venda Nova (14,6%).

3.5 POPULAÇÃO DE CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS POR TIPOS DE

DEFICIÊNCIAS FÍSICAS LEVANTADAS PELO CENSO DEMOGRÁFICO DE 2010.

Nesta seção apresentamos dados demográficos censitários, de 2010, que mostram a

quantidade de crianças, adolescentes e jovens até 21 anos, por faixas etárias, residentes nas

regionais administrativas do município, por números absolutos e relativos, segundo os níveis

de dificuldade para enxergar, caminhar ou subir degraus, ouvir e também a deficiência mental

ou intelectual. Ressalta-se que tais categorias descritas, utilizadas no Censo de 2010, referidas

aos níveis de dificuldade e os tipos de eficiência são adotadas pelo IBGE para a indentificação

dessas deficiências junto à população infantojuvenil.

As tabelas seguintes contêm número e percentual de crianças, adolescentes e jovens,

segundo os tipos de deficiências mencionados, possibilitando assim a apreensão demográfica

e socioespacial da população residente no município, por deficiências.

Inicialmente, apresentamos, na Tabela 3.14, a quantidade e o percentual da população

infantojuvenil pelas faixas etárias de 0 a 5 anos, de 6 a 11 anos, de 12 a 14 anos, de 15 a 17

anos e de 18 a 21 anos, para as nove regionais, destacando a dificuldade de enxergar

(acuidade visual), conforme o Censo Demográfico de 2010. Em seguida, com a Tabela 3.15,

mostra-se a quantidade e o percentual de crianças, adolescentes e jovens de até 21 anos por

faixas etárias, considerando os níveis de dificuldade para ouvir (acuidade auditiva).

Nas Tabelas 3.16 e 3.17, respectivamente, apresentamos os dados referentes à

dificuldade de caminhar ou subir degraus e à deficiência mental ou intelectual.

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61

TABELA 3.14: Número e percentual da população de crianças, de adolescentes e de jovens até 21

anos, por faixa etária, segundo o nível de dificuldade para enxergar –

Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010.

Regional Faixa etária

(anos)

Nível de dificuldade para enxergar – número e percentual

Cego/Não Enxerga Possui grande dificuldade Possui alguma dificuldade

(N) (%) (N) (%) (N) (%)

Barreiro 0 a 5 45 0,2 0 0,1 361 0,3

6 a 11 89 0,3 192 0,1 1.354 0,9

12 a 14 17 0,1 92 0,1 1.196 1,2

15 a 17 0 0 228 0,3 1.121 1,4

18 a 21 45 0,2 156 0,3 1.394 1,0

Centro

- Sul

0 a 5 103 0,2 27 0 178 0,2

6 a 11 44 0,1 112 0 669 0,6

12 a 14 17 0,2 99 0 575 0,3

15 a 17 23 0,1 149 0,2 726 1,4

18 a 21 65 0,2 141 0,3 2.150 0,8

Leste 0 a 5 0 0 0 0,2 164 0,7

6 a 11 24 0,1 129 0,1 943 0,9

12 a 14 0 0 27 0 539 0,8

15 a 17 0 0,6 92 0,6 748 0,7

18 a 21 0 0,1 128 0,1 1.762 1,2

Nordeste 0 a 5 15 0 30 0,3 240 0,5

6 a 11 20 0,1 181 0,1 1.486 1,2

12 a 14 55 0 96 0,1 1.084 2,0

15 a 17 49 0,2 194 0 920 0,8

18 a 21 40 0,2 247 0,2 1.480 1,0

Noroeste 0 a 5 0 0 0 0 211 0,8

6 a 11 21 0,3 122 0 1.155 1,1

12 a 14 15 0 188 0,6 736 0,4

15 a 17 0 0,2 41 0,1 1.071 0,5

18 a 21 35 0,1 198 0,1 1.879 0,5

Norte 0 a 5 52 0,3 70 0,2 224 0,1

6 a 11 30 0,2 238 0,3 1.304 1,2

12 a 14 0 0,2 123 0,5 931 1,2

15 a 17 50 0,2 107 0,5 911 0,5

18 a 21 0 0 192 0,3 1.226 1,6

Oeste 0 a 5 66 0 57 0,4 108 0,4

6 a 11 0 0 81 0,2 782 1,2

12 a 14 15 0,1 114 0 771 1,4

15 a 17 40 0,2 116 0,1 1.110 1,2

18 a 21 37 0,1 161 0 1.688 1,0

Pampulha 0 a 5 38 0,1 52 0 131 0

6 a 11 70 0,2 65 0 638 0,6

12 a 14 26 0,1 127 0 636 1,4

15 a 17 53 0,4 129 0 810 0,8

18 a 21 0 0 117 0 1.197 1,3

Venda

Nova

0 a 5 72 0,5 85 0,2 281 0,2

6 a 11 60 0,1 190 0,3 1.595 0,9

12 a 14 60 0 189 0 820 1,4

15 a 17 0 0 226 0 1.064 1,2

18 a 21 45 0,1 252 0,1 1.192 2,1

Total

0 a 5 391 0,1 321 0,2 1.898 0,4

6 a 11 358 0,1 1.310 0,1 9.926 1,0

12 a 14 205 0,1 1.055 0,1 7.288 1,2

15 a 17 215 0,2 1.282 0,2 8.481 1,0

18 a 21 267 0,1 1.592 0,2 13.968 1,1

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

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62

TABELA 3.15: Número e percentual da população de crianças, de adolescentes e de jovens até 21

anos, por faixa etária, segundo o nível de dificuldade para ouvir/escutar –

Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010.

Regional Faixa etária

(anos)

Nível de dificuldade para ouvir/escutar – número e percentual

Não Ouve/Escuta Possui grande dificuldade Possui alguma dificuldade

(N) (%) (N) (%) (N) (%)

Barreiro 0 a 5 39 0,2 72 0,1 13 0,3

6 a 11 77 0,3 243 0,1 16 0,9

12 a 14 17 0,1 165 0,1 13 1,2

15 a 17 0 0 204 0,3 39 1,4

18 a 21 45 0,2 191 0,3 61 1,0

Centro

- Sul

0 a 5 24 0,2 25 0 0 0,2

6 a 11 15 0,1 96 0 0 0,6

12 a 14 17 0,2 31 0 0 0,3

15 a 17 10 0,1 144 0,2 26 1,4

18 a 21 47 0,2 165 0,3 58 0,8

Leste 0 a 5 0 0 104 0,2 32 0,7

6 a 11 11 0,1 160 0,1 18 0,9

12 a 14 0 0 82 0 0 0,8

15 a 17 58 0,6 74 0,6 64 0,7

18 a 21 23 0,1 189 0,1 24 1,2

Nordeste 0 a 5 0 0 97 0,3 52 0,5

6 a 11 19 0,1 279 0,1 20 1,2

12 a 14 0 0 255 0,1 13 2,0

15 a 17 21 0,2 106 0 0 0,8

18 a 21 41 0,2 207 0,2 41 1,0

Noroeste 0 a 5 0 0 126 0 0 0,8

6 a 11 52 0,3 202 0 0 1,1

12 a 14 0 0 45 0,6 61 0,4

15 a 17 25 0,2 60 0,1 17 0,5

18 a 21 22 0,1 88 0,1 25 0,5

Norte 0 a 5 47 0,3 23 0,2 35 0,1

6 a 11 30 0,2 225 0,3 62 1,2

12 a 14 24 0,2 134 0,5 52 1,2

15 a 17 27 0,2 52 0,5 53 0,5

18 a 21 0 0 224 0,3 39 1,6

Oeste 0 a 5 0 0 77 0,4 87 0,4

6 a 11 0 0 290 0,2 50 1,2

12 a 14 15 0,1 169 0 0 1,4

15 a 17 22 0,2 162 0,1 11 1,2

18 a 21 15 0,1 194 0 0 1,0

Pampulha 0 a 5 21 0,1 0 0 0 0

6 a 11 44 0,2 109 0 0 0,6

12 a 14 12 0,1 133 0 0 1,4

15 a 17 36 0,4 79 0 0 0,8

18 a 21 0 0 201 0 0 1,3

Venda

Nova

0 a 5 99 0,5 49 0,2 47 0,2

6 a 11 28 0,1 229 0,3 77 0,9

12 a 14 0 0 177 0 0 1,4

15 a 17 0 0 162 0 0 1,2

18 a 21 20 0,1 376 0,1 23 2,1

Total

0 a 5 230 0,1 573 0,2 266 0,4

6 a 11 276 0,1 1.833 0,1 243 1,0

12 a 14 85 0,1 1.191 0,1 139 1,2

15 a 17 199 0,2 1.043 0,2 210 1,0

18 a 21 213 0,1 1.835 0,2 271 1,1

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

Page 63: Diagnóstico da Situação da Criança, do Adolescente e do ... · rede de atenção a nossas crianças e adolescentes e aponta as diversas realidades e situações vivenciadas por

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TABELA 3.16: Número e percentual da população de crianças, de adolescentes e de jovens até 21

anos, por faixa etária, segundo o nível de dificuldade para caminhar ou subir degraus –

Regionais Administrativas de Belo Horizonte – 2010.

Regional Faixa etária

(anos)

Nível de dificuldade para caminhar ou subir degraus – número e percentual

Não Caminha Possui grande dificuldade Possui alguma dificuldade

(N) (%) (N) (%) (N) (%)

Barreiro 0 a 5 36 0,2 53 0,2 16 0,1

6 a 11 94 0,4 107 0,4 58 0,2

12 a 14 17 0,1 18 0,1 52 0,4

15 a 17 16 0,1 22 0,2 35 0,2

18 a 21 10 0,1 44 0,2 49 0,3

Centro

- Sul

0 a 5 46 0,3 0 0 0 0

6 a 11 17 0,1 0 0 97 0,6

12 a 14 17 0,2 0 0 0 0

15 a 17 43 0,4 0 0 17 0,2

18 a 21 25 0,1 49 0,2 125 0,6

Leste 0 a 5 47 0,3 0 0 78 0,5

6 a 11 11 0,1 0 0 39 0,2

12 a 14 54 0,5 19 0,2 55 0,5

15 a 17 11 0,1 28 0,3 19 0,2

18 a 21 37 0,2 37 0,2 68 0,4

Nordeste 0 a 5 37 0,2 20 0,1 0 0

6 a 11 24 0,1 61 0,3 22 0,1

12 a 14 42 0,3 39 0,3 0 0

15 a 17 0 0 0 0 106 0,8

18 a 21 0 0 0 0 67 0,3

Noroeste 0 a 5 104 0,7 76 0,5 75 0,5

6 a 11 20 0,1 0 0 109 0,6

12 a 14 20 0,2 41 0,4 41 0,4

15 a 17 32 0,3 36 0,3 63 0,6

18 a 21 46 0,3 21 0,1 29 0,2

Norte 0 a 5 83 0,5 35 0,2 56 0,3

6 a 11 51 0,3 15 0,1 103 0,6

12 a 14 21 0,2 0 0 0 0

15 a 17 33 0,3 52 0,5 63 0,6

18 a 21 49 0,3 0 0 47 0,3

Oeste 0 a 5 0 0 19 0,1 82 0,4

6 a 11 0 0 17 0,1 122 0,5

12 a 14 15 0,1 55 0,4 14 0,1

15 a 17 0 0 16 0,1 61 0,5

18 a 21 32 0,2 64 0,3 91 0,4

Pampulha 0 a 5 67 0,4 20 0,1 28 0,2

6 a 11 44 0,2 0 0 116 0,7

12 a 14 0 0 0 0 40 0,4

15 a 17 36 0,4 20 0,2 59 0,6

18 a 21 0 0 0 0 63 0,4

Venda

Nova

0 a 5 48 0,2 35 0,2 28 0,1

6 a 11 64 0,3 48 0,2 112 0,5

12 a 14 18 0,1 15 0,1 21 0,2

15 a 17 0 0 37 0,3 111 0,8

18 a 21 22 0,1 15 0,1 67 0,4

Total

0 a 5 468 0,3 258 0,2 363 0,2

6 a 11 325 0,2 248 0,1 778 0,4

12 a 14 204 0,2 187 0,2 223 0,2

15 a 17 171 0,2 211 0,2 534 0,5

18 a 21 221 0,1 230 0,1 606 0,4

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

Page 64: Diagnóstico da Situação da Criança, do Adolescente e do ... · rede de atenção a nossas crianças e adolescentes e aponta as diversas realidades e situações vivenciadas por

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TABELA 3.17: Número e percentual de pessoas de 0 a 21 anos, por faixa etária, segundo a presença

de deficiência mental/intelectual- Regionais Administrativas de Belo Horizonte - 2010.

Regionais

Faixas etárias

(anos)

Se possui deficiência mental/intelectual

SIM NÃO

(N) (%) (N) (%)

Barreiro 0 a 5 90 0,4 22.410 99,6

6 a 11 385 1,5 25.980 98,5

12 a 14 159 1,2 13.398 98,7

15 a 17 230 1,6 13.939 98,4

18 a 21 204 1,1 19.115 98,8

Centro –Sul 0 a 5 35 0,2 14.758 99,8

6 a 11 119 0,8 15.622 99,2

12 a 14 35 0,4 9.127 99,6

15 a 17 17 0,2 10.539 99,8

18 a 21 223 1,1 19.660 98,9

Leste 0 a 5 84 0,6 14.613 99,4

6 a 11 106 0,6 16.960 99,4

12 a 14 134 1,3 10.179 98,7

15 a 17 107 1,0 10.369 99,0

18 a 21 211 1,3 15.904 98,7

Nordeste 0 a 5 22 0,1 20.255 99,9

6 a 11 294 1,2 23.707 98,8

12 a 14 101 0,8 12.485 99,2

15 a 17 66 0,5 13.103 99,5

18 a 21 138 0,7 19.629 99,3

Noroeste 0 a 5 80 0,5 15.491 99,5

6 a 11 187 1,0 18.321 99,0

12 a 14 172 1,6 10.525 98,4

15 a 17 110 1,0 11.319 99,0

18 a 21 277 1,5 18.044 98,5

Norte 0 a 5 206 1,2 16.345 98,8

6 a 11 209 1,1 18.461 98,9

12 a 14 84 0,7 11.403 99,3

15 a 17 118 1,1 10.815 98,9

18 a 21 96 0,7 14.115 99,3

Oeste 0 a 5 125 0,6 21.848 99,4

6 a 11 153 0,7 23.272 99,3

12 a 14 174 1,4 12.221 98,6

15 a 17 124 0,9 13.088 99,1

18 a 21 96 0,5 20.190 99,5

Pampulha 0 a 5 63 0,4 15.125 99,6

6 a 11 91 0,5 17.561 99,5

12 a 14 81 0,9 9.219 99,1

15 a 17 129 1,3 9.583 98,7

18 a 21 66 0,4 15.643 99,6

Venda Nova 0 a 5 106 0,5 20.515 99,5

6 a 11 207 0,9 23.973 99,1

12 a 14 75 0,6 12.565 99,4

15 a 17 146 1,1 13.005 98,9

18 a 21 115 0,6 17.838 99,4

Total

0 a 5 811 0,5 161.360 99,5

6 a 11 1.751 0,9 183.857 99,0

12 a 14 1.015 1,0 101.122 99,0

15 a 17 1.047 1,0 105.760 99,0

18 a 21 1.426 0,9 160.138 99,1

Fonte: IBGE – Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: UNILIVRECOOP, 2013.

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65

No ano de 2010, havia 68.251 pessoas com idade até 21 anos (9,5% do total de

crianças, adolescentes e jovens residentes no município) com algum nível de deficiência8,

segundo os tipos levantados pelo Censo Demográfico de 2010: dificuldade para enxergar,

caminhar ou subir degraus, ouvir e também a deficiência mental ou intelectual permanente.

Em média9, havia 7.583 crianças, adolescentes e jovens portadores de deficiências, residentes

por regional administrativa. A seguir, apresentaremos um panorama deste contexto para cada

um dos tipos de deficiências considerados pelo Censo de 2010.

Sobre as crianças, adolescentes e jovens de até 21 anos que não conseguiam enxergar

de modo algum (com cegueira), no município, havia 1.436 (0,2% da população total

infantojuvenil), sendo que 5.560 (0,8%) tinham muita dificuldade de enxergar e 41.561

(5,7%) declararam que possuíam alguma dificuldade de enxergar. Em relação às regionais

administrativas, havia em média, por regional, 159 crianças, adolescentes e jovens cegas, 617

que tinham muita dificuldade para enxergar e uma média de 4.617 que possuíam alguma

dificuldade para enxergar.

Quanto à presença da dificuldade de caminhar ou subir degraus, em 2010, Belo

Horizonte possuía 1.389 crianças, adolescentes e jovens com até 21 anos que não conseguiam

caminhar ou subir degraus de modo algum (0,2% do total) e, em média, 154 em cada regional

administrativa. Além destes, havia os que tinham grande dificuldade em caminhar ou subir

degraus – 1.134 (0,2%) no município e, em média, 126 por regionais.

Segundo as declarações obtidas pelo censo demográfico de 2010, residiam no

município, cerca de 1.003 (0,1%) crianças, adolescentes e jovens que não conseguiam

ouvir/escutar, uma média de 111 por cada regional; 1.129 (0,2%) que possuíam grande

dificuldade (média de 125 por regional); 6.475 (0,9%) que apresentvam alguma dificuldade

em ouvir ou escutar (média de 719).

Sobre a deficiência mental ou intelectual permanente, 6.050 munícípes com idade até

21 anos (0,8% da população infantojuvenil) portavam esse tipo de deficiência (uma média de

672 por regional adminitrativa), segundo o IBGE (2010).

8 Considerando as pessoas segundo os diferentes níveis de deficiência (total ou parcial) adotados pelo IBGE

(2012). 9 Corresponde ao cálculo da média de crianças, adolescentes e jovens com idade até 21 anos portadores de

deficiências residentes por regional = Σx /n. Onde Σx = somatório dos casos de deficiências; n = número de

regionais administrativas existentes no município.

Page 66: Diagnóstico da Situação da Criança, do Adolescente e do ... · rede de atenção a nossas crianças e adolescentes e aponta as diversas realidades e situações vivenciadas por

66

3.6- CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da caracterização sociodemográfica apresentada, de crianças, adolescentes e

jovens de até 21 anos em Belo Horizonte, recomendamos atenção para as seguintes questões.

Inicialmente destacamos a tendência de diminuição relativa e absoluta da população

de 0 a 21 anos ao longo das últimas décadas (Tabela 3.1). Neste sentido, consideramos que

toda e qualquer política ou ação voltada para este público considere esta dinâmica

demográfica apresentada. Ou seja, deve-se considerar o momento pelo qual passa o

município, de diminuição absoluta e relativa da população infantojuvenil e, por isso, além da

garantia de oferta de vagas em serviços e expansão de vagas onde ainda se fizer necessário,

que os investimentos possam priorizar também a melhoria da qualidade dos serviços já

existentes destinados a esse público.

Ao pensar as políticas e programas de garantia de direitos, devem ser priorizadas ações

voltadas à população adolescente e jovem do sexo masculino, considerando as diferenças por

cor-raça, gênero e idade (Tabela 3.5; Gráfico 3.5). Vale ressaltar que, em Belo Horizonte, a

violência letal, nas últimas décadas tem vitimado um número expressivo de adolescentes e

jovens do sexo masculino e cor-raça preta/parda, principalmente (MARINHO, 2012). E que o

problema dos homicídios juvenis não afeta diretamente todas as juventudes do município,

mas sim jovens residentes em áreas que concentram problemas sociais, decorrentes do próprio

processo de urbanização e metropolização pelo qual o município desenvolve-se, notadamente

os do sexo masculino.

A interrupção precoce da vida dos jovens, principalmente daqueles que vivenciam os

piores dramas causados pela desigualdade social brasileira – a qual se expressa também pelo

acesso desigual à segurança e ao direito a vida –, não pode ser interpretada somente como um

problema de renda, não pode continuar a ser tratada politicamente como um problema

secundário, mas deveria assumir prioridade máxima das políticas públicas no município.

Nesse sentido, consideramos que as políticas devam estruturar-se a partir dessa realidade, que

é triste, constatada pela recorrente morte precoce dos jovens, vista nas últimas décadas

(ANDRADE E MARINHO, 2013).

Diante das ausências identificadas em relação ao acesso aos serviços básicos como

água tratada, esgoto e coleta de lixo (Tabela 3.9), identificamos a necessidade de realização de

um estudo socioespacial aprofundado para identificação mais precisa dos locais/áreas nos

quais a cobertura dos serviços básicos supracitados não esteja sendo atendida, a fim de

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subsidiar ações voltadas ao enfrentamento e prevenção de consequências derivadas desta

ausência.

Do ponto de vista socioeconômico, a pesquisa mostrou também que a renda domiciliar

per capita da população residente foi menor quando filtrada para a faixa de idade entre 0 e 21

anos, indicando que a presença de crianças, adolescentes e jovens gera impacto de redução

sobre o rendimento domiciliar per capita (Tabelas 3.10 e 3.11). De forma geral, crianças,

adolescentes e jovens até 21 anos não possuem rendimento, gerando, com isso, pressão

econômica sobre o orçamento doméstico. Tal dado reforça a importância de políticas voltadas

para este público e suas famílias, no sentido de contribuir para a proteção e desenvolvimento

integral da população de crianças, adolescentes e jovens do município.

Outra questão relevante refere-se ao acesso, por parte das crianças, adolescentes e

jovens ao “mundo” digital. Partindo da constatação do Censo Demográfico, identificamos que

a exclusão digital, ainda é existente entre as juventudes, devido ao baixo índice de acesso a

computador com internet (Tabela 3.12). Para isto, poderiam ser criados centros digitais

populares voltados tanto para a realização de cursos de informática, como para acesso à

internet por aqueles que não têm condições de adquirir computador e uma navegação de boa

qualidade, de forma que possibilite tanto consultas e pesquisas para fins escolares e de

trabalho como outras formas de interação através de games, arte gráfica e outras tantas formas

de uso da internet, de possível interesse do público alvo deste Diagnóstico.

Um ponto muito expressivo identificado na pesquisa diz respeito às crianças,

adolescentes e jovens portadores de algum tipo de deficiência, considerando-se a significativa

população com deficiência levantada através do Censo Demográfico de 2010 (Tabelas

3.14/3.15/3.16/3.17). Identificamos, nas pesquisas feitas junto aos Conselhos Tutelares,

CREAS, CRAS e escolas, que faltam diversas condições de acessibilidade, que vão desde a

ausência de rampas, guichês, pisos adequados até a escassez de profissionais capacitados para

a comunicação em braile e libras.

Os dados indicam que, para as crianças, adolescentes e jovens portadores de

deficiência, a cidade ainda está aquém daquilo que é previsto pelo ECA, no sentido de

garantir a efetivação dos direitos necessários para o desenvolvimento integral. Em 2011,

segundo os microdados Educacenso de 2011 (Livro Educação), as redes de ensino básico, seja

público ou privado, apresentaram baixa proporção de escolas com acessibilidade para os

alunos. A percepção da complexidade que envolve a situação da infância e juventude faz

emergir outras questões relacionadas ao universo familiar no qual estão inseridos, e as

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68

possíveis complicações ou dificuldades que a falta de acessibilidade poderia gerar para seu

grupo familiar.

Em alguns casos, como o das mulheres que exercem sozinhas a responsabilidade

econômica e afetiva do domicílio, a escassez de acessibilidade para portadores de deficiência

pode inviabilizar o acesso aos direitos, além de tornar mais difícil a convivência familiar, e

causar impedimentos para a convivência comunitária. Enfim, os resultados da pesquisa

indicam a necessidade de efetivação das condições de acessibilidade para a população

infantojuvenil portadora de deficiências.

Desta forma, defendemos que as políticas voltadas para crianças e adolescentes

necessitam ser pensadas levando em consideração aqueles que possuem algum tipo de

deficiência, ou seja, todo serviço oferecido para o público infanntojuvenil em geral devem

incluí-las, em seu planejamento, fazendo que haja instalações físicas adequadas, bem como

profissionais capacitados para seu atendimento com equidade, evitando-se políticas

fragmentadas de atendimento específico (a não ser quando forem realmente necessárias) e

integrando-as na rede ampliada.

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69

REFERÊNCIAS

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Nationalism. London: Verso, 1991.

ANDRADE, Luciana Teixeira de. MARINHO, M. A. C. Organização social do território e

violência letal na Região Metropolitana de Belo Horizonte: o balanço de uma década. In:

ANDRADE, Luciana Teixeira de; SOUZA, Dalva B. de; FREIRE, F. H. M. A. Homicídios

nas regiões metropolitanas. Observatório das Metrópoles. Rio de Janeiro: Letra Capital,

2013.

BELO HORIZONE. Lei 10.231/11. - Dispõe sobre a circunscrição das regiões

administrativas do Município de Belo Horizonte. Diário Oficial do Município - DOM -

Edição N.: 38712011. Ano XVII, 2011.

CAETANO, A. J. ; RIGOTTI, J. I. R. Dinâmica e crescimento demográfico da RMBH: 1960

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