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DST DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
* Há 333 milhões de casos novos de DST ao
ano curáveis em pessoas entre 15 e 49 anos
* No Brasil há 10 milhões de pessoas
portadoras de DST
* Metade das mulheres irão adquirir
alguma DST ao longo de suas vidas
* O pré-natal é oportunidade ímpar de fazer
triagem de DST
* As DST apresentam magnitude e
transcedência que lhes conferem papel importante como problema de saúde pública mundial
* Cursam com repercusões negativas e
sequelas principalmente reprodutivas
* As DST que cursam com úlcera têm risco
18.2 x maior de transmissão de HIV
Estes aspéctos resumem a necessidade de diagnóstico e tratamento precoce além de
incessantes medidas profiláticas, justificando a abordagem Sindrômica das DST
Por que da abordagem sindrômica em DST? * À nível de indivíduo prevençao de sequelas e complicações graves * À nível coletivo necessidade de reduzir o risco de contágio o mais rapidamente possível * A possibilidade do paciente não retornar à consulta
Vantagens da Abordagem Sindrômica em DST: * Manejo rápido de casos, diminuição do número de contato do paciente com o sistema de saúde * Maior cobertura por facilitar a implantaçao no nível primário *Padronização do tratamento * Redução de custos
Desvantagens da abordagem sindrômica : * Utilização de antibióticos para tratamento de mais de uma doença em pacientes com apenas uma patologia * Pressão seletiva para desenvolvimento de cepas resistentes
Paciente com queixa de úlcera genital
Anamnese + exame físico
História ou evidência de lesão vesicular?
SIM NÂO
Tratar Herpes Genital Lesão tem mais de 4 sem
NÂO SIM
Tratar Sífilis e Cancro Mole Tratar Sífilis e Cancro Mole Biópsia
Iniciar tto Danovanose
Aconselhar Oferecer anti HIV e VDRL
Enfatizar adesão ao tratamento Notificar
Convocar parceiros Agendar retorno
Herpes Genital: * DST ulcerativa mais frequente * Causada pelos vírus HSV 1 HSV 2 * Doença incurável e recorrente
Herpes Genital * Diagnóstico clínico: - vesículas dolorosas - adenopatia dolorosa - repecussão sistêmica * Reicidiva com pródromos
Herpes Genital * Diagnóstico laboratorial: - cultura -esfregaço citológico -sorologia -imunofluorecência direta - biópsia - PCR
Herpes Genital
Lesões exulceradas em pequenos lábios: lesões exulceradas em face
interna de pequenos lábios de vulva. Em vários casos, os pacientes chegam no ambulatório com lesões exulceradas e história de repetição.
Herpes Genital Extensa vulvite herpética: a primo-infecção do Herpes Genital é,
geralmente, mais intensa que as recorrências. Nesse caso, as lesões praticamente tomaram toda a região genital, provocando intensa dor e
retenção urinária, com impedimento até para a deambulação
Tratamento: * Medidas Gerais * Primoinfecção: - Aciclovir 400mg, vo 8/8h por 7 a 10d - Famciclovir 250mg, vo 8/8h por 7 a 10 d -Velaciclovir 1g, vo 12/12h por 7 a 10 d *Gestantes
Tratamento: * Recorrências: - Aciclovir 400mg, vo de 8/8h por 5 d - Famciclovir 125mg, vo de 12/12h por 5d - Valaciclovir 500mg, vo 12/12h por 5d * Tto supressivo * Tto tópico
Sífilis Primária recente : úlcera Secundária : lesão polimórfica Terceária : lesão gomosa
* Diagnóstico clínico: - Lesão papulosa indolor +- 3 cm -protossifiloma -adenopatia discreta, indolor e homolateral
Diagnóstico laboratorial: - Exame em campo escuro - Sorologia negativa
Sífilis Recente (primária) - Cancro duro
Úlcera em períneo: lesão única no períneo. Quando se observa lesão inicial,
primária, na mulher, é a vulva a mais acometida. Não é rara a ocorrência de lesão
primária, indolor, na parede ou fundo de saco vaginal.
Sífilis Recente (secundária) Roséolas em boca e face: geralmente, as lesões exantemáticas da pele,
apesar de serem habitadas pelo Treponema pallidun, não são usualmente infectantes. Contudo, nas semi-mucosas ou mucosas (como nos lábios), o
potencial de infectividade é mais alto.
Sífilis Recente (secundária) – Fase exantemática Roséolas palmares e plantares: lesões exantemáticas em pele do corpo,
acompanhadas dessas lesões em palmas de mãos e/ou plantas dos pés, são patognomônicas de sífilis (secundarismo).
Sífilis Tardia (terciária) Goma sifilítica: lesões nodulares que sofrem processo de degeneração.
Significam reação de hipersensibilidade ao Treponema, não sendo infectantes, portanto. Atravessam cinco fases: infiltração, amolecimento,
supuração, ulceração e cicatrização.
Tratamento: - Penicilina Benzatina 2,4 milhões UI IM -Eritromicina 500 mg, vo 6/6h por 15d -Doxiciclina 100 mg, vo 12/12h por 15d * Gestantes * New England 2005
Cancro Mole : *Diagnóstico clínico: - Período de incubaçao curto +- 5 dias - Maioria lesoes multiplas devido auto-inoculação - Lesões dolorosas e purulentas
* Diagnóstico laboratorial: - Cultura : - Esfregaço corado por gran - PCR
Cancro Mole Úlcera em vulva: admite-se que ocorra um caso de Cancro Mole em
mulher para vinte casos em homens
Tratamento: - Ceftriaxona 250mg, IM dose única - Azitromicina 1g, VO dose única - *Doxiciclina 100mg, VO 12/12h por 10d - Tianfenicol5g VO dose única - SMT 800mg/160mg VO 12/12h por 10d - *Eritromicina 5oomg, VO 6/6h por 7d - Ciprofloxacina 500mg, VO de 12/12 por 3d
Linfogranuloma Venéreo: * Diagnóstico clínico: evolução em 3 fases: - Primeira fase de 1/3 semanas com pápulas -segunda fase com adenopatia inguinal dolorosa, 70% unilateral e drenando em múltiplos orifícios -Terçeira fase com sequelas devido obstrução linfática
Diagnóstico Laboratorial: * Fixação de complemento * Imunofluorecência * Cultura – Cel de Mccoy * PCR
Linfogranuloma Venéreo - Fase aguda Adenomegalia inguinal: o LGV, geralmente, causa a maior das massas inguinais, quase sempre única, dolorosa, na qual jamais deve ser feita
drenagem cirúrgica e sim a punção para aspiração do material purulento, com agulha de grosso calibre, o que alivia a dor. Quando ocorre
fistulização, esta se dá em múltiplos orifícios: sinal do "bico de regador".
Linfogranuloma Venéreo - Síndrome genito-retal: Fase crônica Edema e fístulas em vulva: estiomene ou elefantíase genital associada a fístulas e ulcerações. Pode ocorrer estenose de reto em decorrência do
comprometimento das cadeias ganglionares para-retais.
Tratamento: - Doxiciclina 100mg, VO 12/12h por 21d - Eritromicina 500mg, VO 6/6h por 21d - SMT 800mg/160mg VO 12/12h por 21d -Tiafenicol 500mg, VO 8/8h por 14d
Donovanose * Diagnóstico clínico: - Lesão nodular subcutânea única ou múltipla após 1/6 meses do contato
Diagnóstico Laboratorial: * Biópsia- Corpúsculo de Donovan * Citológico corado por Giemsa
Donovanose ou Granuloma Inguinal
Lesões ulceradas em vulva e períneo: lesões ulceradas de evolução longa. Para o diagnóstico de Donovanose, deve-se pesquisar os corpúsculos de
Donovan por meio de citologia de esfregaço das lesões ou biópsias. Colher material de bordas e centro das lesões evitando áreas necrosadas
Donovanose ou Granuloma Inguinal
Lesão ulcerada em vulva, períneo e região peri-anal: esta paciente chegou na maternidade em trabalho de parto expulsivo, apresentando extensa
lesão causada por Donovanose de longa evolução. Havia feito cinco consultas de pré-natal, sem receber orientação ou tratamento.
Tratamento: - Tianfenicol 2,5mg VO dose única no 1° dia do tratamento. A partie do 2° dia 500mg VO 12/12h por 15d - Eritromicina 500mg, VO 6/6h por 21d - Doxiciclina 100mg, VO 12/12h por 21d - Ciprofloxacina 500mg, VO 12/12h por 21d - SMT 800mg/160mg, VO 12;/12h até cura clínica*
Infecção pelo HPV: # Definição # Apresentação: * Clínica * Subclínica * Latente
Infecção por HPV - Condiloma Acuminado Lesões vegetantes em vulva: é fundamental examinar toda a área genital,
anal e oral, para a identificação de todas as lesões. Lembrar sempre da associação entre infecção pelo HPV e câncer de colo uterino.
Infecção por HPV - Condiloma Acuminado Condilomatose em vulva: condiloma gigante em vulva, o qual apesar de
muito grande, estava pediculado no períneo.
Tratamento: * Nenhuma forma de tratamento do HPV assegura a cura * Remoção da lesão parece diminuir transmissão e influenciar na transformaçao em neoplasia no colo uterino * Fatores que influenciam na cura terapêutica: * Tratamento prévio de infecções vaginais
Tratamento local: Vulva, períneo e região perianal * ATA 90% * Podofilina 25% * Diatermocoagulação * Laser * Remoção cirúrgica Imiquimod 5%
Tratamento local: vagina e colo * ATA 90% * Remoção cirúrgica
Observações: * Excerese da lesão sempre q houver dúvida diagnóstica * Evitar relação sexual durante o tratamento * Oferecer sorologia p Sifilis e HIV * Informar sobre recidivas e agendar retorno * Preventivo periódico * Orientar parceiros * Pacientes são infectantes mesmo com lesão não visível * papel do preservativo
Fluxograma: corrimento cervical
Paciente com queixa de corrimnto cervical
Anamnese + exame clínico ginecológico
Ao exame especular sinais de cervicite com secreção mucopurulenta/
friabilidade/ sangramento do colo
Tratar Gonorréia e Clamídia
1° Opção de tratamento:
.Ciprofloxacina 500mg 1cp vo dose única +
Azitromicina 500mg 2cp vo dose única
2° Opçaõ de tratamento: . Ciprofloxacina 500mg 1 cp vo dose única
+ Doxiciclina 100mg 1 cp vo 12/12h por 7 d
* Gestantes, nutrizes e menores de 12
anos
Protocolo de atendimento à vítima de Abuso Sexual:
* PROFILAXIA DAS DST:
. Clamídia .Gonococo
.Sífilis .Tricomoníase
Azitromicina 1g VO dose única ou Doxiciclina 100mg VO 12/12h por 7d
+ Ceftriaxone 125mg IM dose única
+ Metronidazol 2g VO dose única*
+ Penicilina G Benzatina 2,4 milhões UI IM dose
única*
# Vacina e imunoglobulina para hepatite b até 24h pós estupro* repetir em 1 e 6 meses
# Quimioprofilaxia para HIV***
# Aconselhamento sorológico: . Teste anti HIV no atendimento e após de 3 e 6 meses . Sorologia para hepatites B/C e HTLV no atendimento e após 3 meses . VDRL no atendimento e 1 mês após