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Dialetica Das Juventudes Modern - Luis Antonio Groppo

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Dialética das juventudes modernas e contemporâneas

Nota

20!-0"-02#20$%&$'"(

)*+ina$ '

)or e,emplo a partir do final do sculo 111 e em todo o sculo 1diversos ciclos de preocupa3o com a 4delin5u6ncia7 e/ou promiscuidadejuvenil das classes trabal8adoras se deram conforme a industriali9a3o ea urbani9a3o iam se aprofundando e se estendendo pelos pa:ses da ;uropae lo+o para todo o mundo. <onforme os efeitos sociais ne+ativos docapitalismo industrial iam avanando lo+o se impun8a a 5uest3o da

4juventude7 desre+rada viciada prom:scua indisciplinada delin5uenteformadora de bandos criminosos etc. sem 5ue ficasse claro para odiscurso social e at para as ci6ncias 5ual era a rela3o entre o avanodo capitalismo industrial os problemas sociais da: decorrentes e a45uest3o da juventude7 =>linter &!?@ )inc8beck BeCitt s.d.@Bump8ries &?'

preocupaao da juventude como delin5uente

Nota

20!-0"-02#20$'0$%0(

)*+ina$ '

Al+o semel8ante parece dar-se 8oje novamente conforme avana ocapitalismo em uma nova modula3o 4+lobal7 baseado numa 4acumula3ofle,:vel7 +eradora de desempre+o estrutural decomposi3o social edestrui3o ecolE+ica =ver por e,emplo >orrester

preocupaoes semel8antes 8j

Desta5ue

20!-0"-02#20$'0$%F(

)*+ina$ '

>orrester &&F. Novas ondas de preocupa3o pHblica para com a juventudesur+em 5uando novamente se fala tanto em caridade 5uanto repress3opaternalismo e criminali9a3o da delin5u6ncia juvenil pol:ticas pHblicas

para a juventude e rebai,amento da idade penal

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Nota

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)*+ina$ '

Desde seu in:cio o 4problema da juventude7 mobili9ou 5uadrosintelectuais =cientistas juristas pol:ticos peda+o+os psicElo+osmdicos etc. para a defini3o de 5uando a juventude afinal comea etermina para assim orientar a a3o do ;stado e das instituiIessociali9adoras. A idade contada em anos dado objetivamente determinadoparecia ser o mel8or critrio para o jul+amento das aIes individuais e aatribui3o de deveres e direitos dada sua universalidade e car*ter5uantitativo. #ambm permitia s ci6ncias principalmente no ponto devista positivista elucidar as pretensas determinaIes 4naturais7 decar*ter bio-psicolE+ico do desenvolvimento 8umano

necessidades de identificaao 5uantitativa do inicio e do termino dajuventude

Nota

20!-0"-02#20$'2$"&(

)*+ina$ '

No in:cio da atual dcada o ;statuto do 1doso. )romete-se para breve o;statuto da Juventude. Le+almente se+undo estes ;statutos aadolesc6ncia comea aos 2 e acaba aos ! anos. A juventude certamentecomea aos ! mas ainda n3o se definiu e,atamente 5uando acabar* doponto de vista le+al - muitos falam em 2" anos al+uns at em 2& anos.<ertamente o Direito interpreta assim parte das pr*ticas sociais e doima+in*rio coletivo dividindo a transi3o da infKncia maturidade emadolesc6ncia e juventude. No entanto apesar de recon8ecer a adolesc6nciae a juventude como 4direitos7 colaborando potencialmente para aumentar o+rau de civilidade e bem-estar de indiv:duos e coletividades o ponto devista le+al ainda dei,a de lado muito da comple,idade e diversidadeassumidas pela condi3o juvenil

juventude vista pelo direito

Nota

20!-0"-02#20$''$2(

)*+ina$ "

)ara a compreens3o dos si+nificados sociais das juventudes modernas e

contemporKneas o essencial n3o delimitar de antem3o a fai,a et*ria dasua vi+6ncia. ;sta fai,a et*ria n3o tem car*ter absoluto e universal.

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um produto da interpreta3o das instituiIes das sociedades sobre a suaprEpria dinKmica. A juventude trata-se de uma cate+oria social usada paraclassificar indiv:duos normati9ar comportamentos definir

juventude como uma cate+oria social

Nota

20!-0"-02#20$'"$0&(

)*+ina$ "

 uma cate+oria 5ue opera tanto no Kmbito do ima+in*rio social 5uanto um dos elementos 4estruturante7 das redes de sociabilidade. De modoan*lo+o estrutura3o da sociedade em classes a moderni9a3o tambmcriou +rupos et*rios 8omo+6neos cate+orias et*rias 5ue orientam ocomportamento social entre elas a juventude

criaao da juventude pela modernidade

Desta5ue

20!-0"-02#20$'"$?(

)*+ina$ "

Para uma concepção sociológica de juventude

Nota

20!-0"-02#20$'!$F(

)*+ina$ "

Murdock Mc<ron =&?2 praticamente ne+am juventude o car*ter derealidade social. )ara eles trata-se apenas de uma constru3oima+in*ria um rEtulo +erado com o intuito de manipula3o ideolE+ica. mproduto da 1n+laterra vitoriana t3o bem e,presso nos ideais do criadordo escotismo o +eneral Oaden )oCell 5ue di9ia 5ue o sentimento nacionaldeveria estar acima das diferenas de classe social 5ue as instituiIespara os jovens como o escotismo deviam misturar indiv:duos de diversasclasses sociais e uni-los em um sentimento patriEtico comum

leitura da juventude como produto ideolo+ico

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Nota

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)*+ina$ "

um rebento do curso natural da vida um dos suportes naturais euniversais da vida em sociedade. G6nero e curso natural da vida s3o paraele invariantes +eradores da vida social. Mann8eim =&?2 por sua ve9conte,tuali9a mel8or a realidade social da juventude. <onsidera-a comouma das fontes primordiais da identidade social no mundo moderno ao ladoda e,peri6ncia da classe social. <ontudo acabar* tambm por naturali9ara juventude considerando a 4unidade de +era3o7 como realidade socialposs:vel de emer+ir pelo compartil8ar coletivo de uma e,peri6ncia4natural7 a juventude - en5uanto a consci6ncia de classe um poss:velproduto social de uma e,peri6ncia i+ualmente social a posi3o naestrutura de classes

naturali9aao da juventude e +eraoes

Nota

20!-0"-02#20$'F$"%(

)*+ina$ !

Discordando de Murdock Mc<ron buscarei demonstrar 5ue a juventude uma realidade social n3o apenas mera mistifica3o ideolE+ica. Mas

discordando de Prte+a Q Gasset e at certo ponto de Mann8eim defendo5ue a realidade da juventude n3o t3o somente da ordem da 4nature9a7mas principalmente da ordem do 4social7 e portanto uma cria3o8istErica n3o um invariante universal

juventude como uma variante 8istorica

Nota

20!-0"-02#20$'&$F(

)*+ina$ !

#rata-se de desvencil8ar o ol8ar sociolE+ico sobre as juventudes do ol8ardas ci6ncias 5ue procuram 4naturali9ar7 a juventude como a Oiolo+ia -5ue informa a medicina - e a )sicolo+ia. Ambas tendem a considerar ajuventude denominada por elas respectivamente como puberdade eadolesc6ncia como uma transforma3o f:sico-mental universal ecompulsEria a

puberdade e adolescencia - medicina e psicolo+ia

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Nota

20!-0"-02#20$'&$"F(

)*+ina$ !

claro 5ue a puberdade realmente al+o mais ou menos universal naespcie 8umana. Mas a juventude sobretudo uma cate+oria social e n3ouma caracter:stica natural do indiv:duo. Na modernidade a juventudetende a ser uma cate+oria social derivada da interpreta3o sEcio-culturaldos si+nificados da puberdade este sim um fenRmeno natural e universal5ue no entanto pode ad5uirir pouca importKncia conforme a sociedade em5ue ocorre

puberdade e8 natural e a juventude e8 social

Nota

20!-0"-02#20$"2$0(

)*+ina$ F

1sto si+nifica 5ue na an*lise social e 8istErica precisocorrelacionar a juventude com outras cate+orias sociais como classesocial nacionalidade re+i3o etnia +6nero reli+i3o condi3o urbanaou rural momento 8istErico +rau de 4desenvolvimento7 econRmico etc.Assim ao analisar as juventudes concretas preciso fa9er o cru9amento

da juventude - como cate+oria social - com outras cate+orias sociais econdicionantes 8istEricos. P 5ue a 8istEria e a an*lise sociolE+icademonstram 5ue o 5ue e,iste efetivamente s3o +rupos juvenis mHltiplose diversos n3o uma Hnica juventude concreta

analise deve combinar juventude com outras cate+orias sociais

Nota

20!-0"-02#20$"2$"(

)*+ina$ F

Ainda assim procurarei demonstrar 5ue e,iste uma 4condi3o juvenil7 maisou menos +eral 5ue dialeticamente informa e resulta da cria3o destes+rupos juvenis destas juventudes. #rata-se de al+o an*lo+o ao 5ueacontece com as classes oper*rias 5ue mesmo sendo muito diferenciadasentre si pela presena de fatores como nacionalidade reli+i3ocostumes tradiIes or+ani9a3o pol:tica +6nero e at mesmo ascate+orias et*rias t6m em comum uma 4condi3o oper*ria7 a saber a deserem vendedoras da sua fora de trabal8o

nao e,iste uma condiao juvenil +eral

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Nota

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)*+ina$ F

;sta concep3o sociolE+ica da juventude 5ue ven8o defendendo revela aimportKncia da juventude dentro da sociedade moderna como 4elementoestrutural7 como al+o importante 8oje no m:nimo como 8erana casorealmente vivamos a pEs-modernidade

juventudtemuma dimensao estrutural na sociedade

Nota

20!-0"-02#20$""$00(

)*+ina$ F

Na maior parte das sociedades pr-modernas a tend6ncia a mistura deidades dentro de +rupos 8etero+6neos =em +eral de parentesco ouassemel8ados como a sociedade medieval analisada por )8illippe Aris=&?. A cria3o de +rupos et*rios 8omo+6neos corresponde a sociedades5ue criam uma esfera social 4pHblica7 mais elaborada uma parte da vidasocial mais ou menos separada da fam:lia e das relaIes de parentesco.

Nestas sociedades e,i+e-se uma 4se+unda sociali9a3o7 a sociali9a3osecund*ria para ensinar o indiv:duo a viver tambm em esferas sociaisn3o or+ani9adas a partir da fam:lia e do parentesco =Oer+er Luckmann&F' parte 111 sociedades em 5ue 8* uma relativa ou absolutaautonomi9a3o de esferas sociais como economia cultura reli+i3o epol:tica. ;stas s3o as sociedades 5ue S. N. ;isenstadt =&F! c8ama de4sociedades universalistas7. P seu e,emplo mais e,tremo s3o as sociedadesmodernas

+rupos etarios nos versos tipos de sociedade

Nota

20!-0"-02#20$"!$"'(

)*+ina$ ?

Se+undo ;isenstadt s3o tr6s os tipos de +rupos juvenis no mundo moderno$primeiro a escola@ se+undo os +rupos juvenis controlados por adultos@terceiro os +rupos juvenis informais. Ps +rupos informais em suamaioria t6m importantes funIes sociali9adoras em sua minoria s3o4desviantes7. Na verdade a especificidade das sociedades modernas em

rela3o a outras sociedades universalistas 5ue desenvolveram em al+um+rau +rupos juvenis a multiplica3o e diversifica3o

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tipos de +rupos juvenis

Desta5ue

20!-0"-02#20$"F$"(

)*+ina$ ?

diversifica3o deste terceiro tipo de +rupos juvenis os informais

Nota

20!-0"-02#20$"?$0!(

)*+ina$ ?

Assim ;isenstadt demonstra 5ue a juventude e,iste socialmente na formade +rupos juvenis ou de +rupos et*rios 8omo+6neos 5ue reHnem indiv:duoscom idades semel8antes - em oposi3o aos +rupos et*rios 8etero+6neos dos5uais a fam:lia o principal e,emplo. A juventude se ori+ina destes+rupos sociais de car*ter etariamente 8omo+6neo reunindo indiv:duos 5uepassam a ser c8amados e considerados jovens 5ue passam a desenvolvercomportamentos esperados permitidos ou impostos aos jovens

juventude e,iste na forma de +rupos juvenis

Nota

20!-0"-02#20$"&$2?(

)*+ina$ ?

Mas ;isenstadt apesar de toda sua 5ualidade na demonstra3o de 5ue ajuventude uma constru3o 8istErica e social ainda est* preso ao 5ueconsidero como uma vis3o funcionalista da juventude. Nesta vis3o 5ueinforma ou atravessa no meu entender +rande parte da produ3osociolE+ica sobre a juventude na primeira metade do sculo - baseadaem teorias sociais be8avioristas no interacionismo simbElico e nofuncionalismo propriamente dito - os +rupos juvenis =escola +ruposcontrolados por adultos e +rupos informais e,istem em fun3o dasociali9a3o secund*ria. Da juventude espera-se um trabal8o de inte+ra3o sociedade 4adulta

leitura funcionalista de +rupos juvenis - funao sociali9adora secundaria

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Nota

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)*+ina$ &

<oncebo a dialtica das juventudes e da condi3o juvenil primeiro comoa presena de elementos contraditErios no interior dos diversos +ruposjuvenis elementos 5ue colocam constantemente a5uilo 5ue definidoinstitucional e oficialmente em estado de supera3o pela prEpriadinKmica interna das coletividades juvenis e de suas relaIes com asociedade mais +eral

dialetica da condiao juvenil

Desta5ue

20!-0"-02#2$2$"?(

)*+ina$ &

As sociedades em processo de 4moderni9a3o7 en+endram desde o in:ciodeste processo e em ondas sucessivas 5ue abarcaram cada ve9 maisparcelas das sociedades ocidentais e n3o-ocidentais inHmeros +ruposjuvenis. A primeira modalidade de +rupo juvenil justamente a5uelaor+ani9ada pelas instituiIes do 4mundo adulto7 a saber escolasorfanatos internatos casas de corre3o escotismo e juventudes dei+rejas partidos e ;stados. Na se+unda metade do sculo num processo

5ue teve os ;stados nidos como precursor as sociedades modernascriaram como novas instKncias desta modalidade as universidadesmassificadas e o mercado de consumo juvenil

Nota

20!-0"-02#2$%$"?(

)*+ina$ 0

#ais +rupos juvenis e instKncias de sociali9a3o criam a 4realidade7social em 5ue indiv:duos com idades semel8antes vivem prE,imos convivemjuntos ou no caso do mercado de consumo pensam e se comportam de modosemel8ante mesmo distantes no espao. Mas justamente desta conviv6nciaforada 5ue nasce a possibilidade destes indiv:duos criarem identidadescomportamentos e +rupos prEprios e alternativos s versIes oficiais

sociali9aao forada e alterntiva

Nota

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)*+ina$ 0

 P 5ue se tem portanto na 8istEria das juventudes modernas umpercurso dialtico entre a institucionali9a3o das juventudes e a

possibilidade de sua autonomia. A autonomia juvenil =5ue n3o deve serconfundida com es5uerdismo nem com revolta prioritariamente pol:ticapode ser reprimida pela sociedade contida ou ter seus valores eelementos sociais absorvidos pela estrutura social. ;ntre os caso dereabsor3o da revolta da juventude posso citar os +rupos juvenisorientados por adultos republicanos ou socialistas no sculo 1 aapropria3o do modelo do Movimento Juvenil Alem3o por partidos de direitae es5uerda na Aleman8a dos anos &20 os +rupos juvenis usados para atomada do poder pelos fascistas a acomoda3o dos jovens rebelados emmovimentos antioli+*r5uicos da Amrica Latina na estrutura de poder emais recentemente inclusive no caso da contracultura o uso das criaIesculturais juvenis pela indHstria cultural

institucionali9aao e autonomia juvenil

Nota

20!-0"-02#2$?$02(

)*+ina$ 0

A importante obra de Jo8n T. Gillis =&? parece indicar 5ue o per:odo

5ue observou os principais processos de institucionali9a3o dasjuventudes - 5ue c8ama de 4;ra da Adolesc6ncia7 entre &00 e &"0 -est* intercalado entre os dois momentos 8istEricos de maior a+ita3o dasjuventudes$ o per:odo de FF0 a ?F0 e os anos &"0 e !0. Na sua obra adialtica da juventude opera principalmente em ciclos 8istEricos naalternKncia entre per:odos de maior inte+ra3o das juventudes e per:odosem 5ue prevalece a mobili9a3o contestadora. Us transformaIesrevolucion*rias das sociedades ocidentais a partir da se+unda metade dosculo 111 se+uem-se manifestaIes - em forma de revolta ou esboos deor+ani9a3o autRnoma V de +rupos compostos por jovens ainda 5ue em+eral tais +rupos fossem or+ani9ados por adultos$ +rupos juvenisformados pela >ranco-Maonaria ou sob sua inspira3o inclusive v*riosdeles com apelo m:stico e esotrico como os Tosacru9ianistas@ +ruposevan+licos anti-institucionais

movimentos juvenis no sec ,viii

Desta5ue

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)*+ina$

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institucionais =pietistas 5uakers e metodistas@ sociedades secretasinsurrecionais contra a Testaura3o =como os carbon*rios@ juventudesnacionalistas de Ma99ini@ +rupos juvenis formados por se+uidores dossocialistas 4utEpicos7 =como as 4<rianas de Saint-Simon7@ sociedades+inastas e fraternidades universit*rias na Aleman8a@ a Oo6mia parisienseetc. Atente-se ao fato de 5ue n3o s3o apenas movimentos pol:ticos muito

menos apenas 4pro+ressistas7 mas tambm reli+iosos m:sticos eculturais com tend6ncias ideolE+icas diversas como republicanismonacionalismo socialismo 4utEpico7 e at conservadorismo - masinvariavelmente em tom inconformista muitas ve9es com car*terinsurrecional e interpretando as ideolo+ias na5uilo 5ue eram favor*veisao voluntarismo valori9ando menos a e,peri6ncia e mais a 4e,perimenta3o

Nota

20!-0"-02#2$&$20(

)*+ina$

Ps anos &"0 e !0 refletem nos seus movimentos juvenis tanto osprocessos de institucionali9a3o da 4;ra da Adolesc6ncia7 5uanto osnovos processos como a massifica3o das universidades e o crescimento daindHstria cultural. S3o movimentos e manifestaIes mais con8ecidos comoos 4rebeldes sem-causa7 a mobili9a3o em torno do rock and roll os8ippies e as contraculturas os movimentos estudantis maio de !? etc.Avanando em rela3o ao per:odo em 5ue Gillis p*ra poderia se aventar a8ipEtese de 5ue a partir dos anos &F0 inicia-se um novo ciclo deinte+ra3o das juventudes atravs principalmente da a3o das indHstrias

culturais do marketin+ e mercados de consumo juvenil

rebeldes sem causas e o mercado cultural juvenil

Nota

20!-0"-02#2$20$2"(

)*+ina$ 2

 Muito do 5ue foi a delin5u6ncia nestes tempos e,pressava tambm estaresist6ncia =ver tambm Bump8ries &?'. ;nfim preciso lembrar 5ue amobili9a3o pol:tica da juventude nestes tempos foi sobretudoconservadora e 4patriEtica7 - ensaiada desde as jovens compan8ias decadetes na 1n+laterra da dcada de ?"0 passando pelos batal8Iesescolares na >rana da dcada de ??0 pelas Ori+adas Juvenis in+lesas eo escotismo - em +eral li+ada a pr*ticas esportivas valori9adas em seucar*ter disciplinador e militarista

delin5uencia como resistencia

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Nota

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)*+ina$ 2

Putra maneira de perceber a dialtica das juventudes analisar o 5ueparece 8aver de +eral na 4condi3o juvenil7 na modernidade. Warl Mann8eim=&?2 e Marialice >oracc8i =&F2 indicam 5ue se trata de uma condi3oem 5ue indiv:duos e +rupos vivenciam uma rela3o e,perimental com valorese estruturas sociais. ;la e,perimental no sentido de si+nificar umprimeiro contato do indiv:duo como prota+onista destes valores - papel5ue pode ser rejeitado ou sabotado durante tal fase 4e,perimental

dialetica da condiao juvenil na modernidade

Desta5ue

20!-0"-02#2$2%$0!(

)*+ina$ 2

e,perimental7. Ps jovens ainda n3o t6m os valores e comportamentos esperados como

al+o introjetado em sua personalidade e no modo de ser. A possibilidadede 5ue muitos indiv:duos nesta mesma condi3o - de rela3o e,perimentalcom a realidade social - se encontrem juntos dada pela modernidade 5uecria ela mesma as condiIes da revolta das juventudes 5uando ;stado

a+6ncias oficiais de sociali9a3o direito ci6ncias saberesdisciplinares partidos i+rejas indHstria cultural movimentos sociaisetc. procuram institucionali9ar as juventudes 5ue t6m ao se dispor ou5ue buscam abarcar

Nota

20!-0"-02#2$2'$2(

)*+ina$ %

A condi3o juvenil como rela3o e,perimental com o presente tende afa9er com 5ue as juventudes valori9em mais as viv6ncias do imediato e aespontaneidade 5ue tendam a considerar mais ou menos secund*rio sve9es at inHtil a e,peri6ncia acumulada j* 5ue esta um atributo damaturidade da5ueles 5ue j* e,perimentaram os valores e as realidades eos introjetaram em sua personalidade b*sica. Atente-se 5ue valori9ar ae,perimenta3o n3o si+nifica di9er 5ue a juventude necessariamente4irrespons*vel7 no sentido ne+ativo do termo. Si+nifica di9er sim 5uea condi3o juvenil tende a fa9er com 5ue indiv:duos e +rupos jovensdesvalori9em ou dessacrali9em a 4sabedoria7 acumulada si+nifica 5ue estacondi3o tende a fa9er com 5ue os jovens valori9em ideolo+ias 5ue

enfati9am a 4viv6ncia7 a espontaneidade a a3o imediata

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condiao juvenil como e,perimentaao do presente

Desta5ue

20!-0"-02#2$2'$'0(

)*+ina$ %

imediata. Deste modo poss:vel di9er 5ue a fora e a fra5ue9a das

juventudes modernas advm desta condi3o de rela3o e,perimental com arealidade presente. ;sta condi3o contm o peri+o da desvalori9a3o dee,peri6ncias acumuladas e comprovadas racionalmente. Mas por outro ladocontm a possibilidade de 5ue se conteste a5uilo 5ue parecia imut*vel oude =falso valor absoluto

Desta5ue

20!-0"-02#2$2'$'&(

)*+ina$ %

Uma juventude “pós- moderna"?1

Nota

20!-0"-02#2$2!$%!(

)*+ina$ %

Ps processos 5ue constru:ram as estruturas sociais do mundo moderno n3oforam apenas a5ueles 5ue deram ori+em ao capitalismo e suas classessociais a urbani9a3o em +rande escala a industriali9a3o amercantili9a3o da vida e a autonomi9a3o das esferas de a3o social.

#ambm deve se considerar - s ve9es para dar conta das necessidadesoriundas dos processos de moderni9a3o citados@ outras ve9es para tornarposs:veis estes processos como parte de um movimento mais +eral de4racionali9a3o da vida social7 - a cronolo+i9a3o do curso da vida e oseventos concomitantes de institucionali9a3o do curso da vida e forma3ode +rupos et*rios 8omo+6neos

racionali9aao da vida social e a formaao de +rupos 8omo+eneos

Nota

20!-0"-02#2$2?$0'(

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)*+ina$ '

P curso da vida tem na medida em 4anos7 o critrio mais objetivo neutroe natural poss:vel. Atravs desta medida e critrio se busca determinar- para a ci6ncia educa3o direito etc. - os est*+ios da vida do ser

8umano. A idade contada sob o r:+ido critrio do tempo absoluto torna-sea mel8or forma de redu9ir todas as diferenas sociais e individuais reaisa um denominador comum e universal

idade anos como um denominador comum das diferenas

Nota

20!-0"-02#2$2&$22(

)*+ina$ '

Ao mesmo tempo em 5ue se d* esta cronolo+i9a3o ocorre ainstitucionali9a3o do curso da vida. As aIes mais vis:veis destainstitucionali9a3o s3o nos sculos 1 e as normati9aIes levadas acabo pelo ;stado e a escolari9a3o. P processo ainda mais claro nascrianas levadas escola 5uando passam a ser i+noradas diferenas ecompet6ncias individuais na seria3o e determina3o dos conteHdosministrados

institucionali9aao do curso da vida

Desta5ue

20!-0"-02#2$2&$%(

)*+ina$ '

ministrados. No direito as leis de prote3o ao trabal8o leiseleitorais penalidades criminais instaura3o do conceito de maioridadecriminal e jur:dica sistema de pensIes para idosos etc. =Wo8li MeQer&?!

Nota

20!-0"-02#2$%0$"%(

)*+ina$ '

<ontudo diversas an*lises indicam 5ue vem acontecendo contemporaneamentea 4desinstitucionali9a3o do curso da vida7 um processo 5ue estaria

en+endrando a partir dos anos &F0 uma sociedade na 5ual as fai,aset*rias n3o seriam mais essenciais para a determina3o do curso da vida

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no aspecto privado =Wo8li MeQer &?!@ Debert &&&. ;sse processo fa9com 5ue as intervenIes institucionais baseadas na cronolo+i9a3o docurso da vida como a5uelas feitas pelo ;stado ten8am seu peso cada ve9menor obri+ando indiv:duos e +rupos sociais a procurar soluIesparticulares para as dificuldades inerentes ao ritmo biolE+ico da vida=como o envel8ecimento. #rata-se da 4reprivati9a3o do curso da vida

desisntitucionali9aao do curso da vida

Desta5ue

20!-0"-02#2$%2$0?(

)*+ina$ '

vida7. Al+uns parecem indicar 5ue este um processo libertador. Putros

conse+uem perceber sua incid6ncia em conjunto com a fle,ibili9a3o dasrelaIes de trabal8o e dos mercados de consumo 5ue 8* um car*terperverso neste relativo abandono das pol:ticas sociais e do ;stado emrela3o ao cuidado com o curso da vida individual 5ue passa a ser4reprivati9ado7 =Debert

Nota

20!-0"-02#2$%$"!(

)*+ina$ '

Nesta pretensa sociedade 4pEs-moderna7 a prEpria juventude teria perdidosua ra93o de ser no seu sentido 8e+emRnico durante a modernidade detransitoriedade constru3o da individualidade e a5uisi3o dee,peri6ncias sociais b*sicas. )arece se impor al+o 5ue v*rias ve9es antes8avia se anunciado e esboado$ a juventude seria sobretudo um 4estilode vida7 um 4modo de ser7 - a juventude 4bastaria em si mesma

desaparecimento da juventude

Desta5ue

20!-0"-02#2$%2$"'(

)*+ina$ "

mesma7. A juventude desaparece para dar lu+ar 4juvenili9a3o7 dei,a de

ser uma viv6ncia transitEria para ser um estilo de vida identificado ao

bem viver consumista. P juvenil 4juvenili9ado7 desvinculando-se daidade adolescente e tendo retirado de si conteHdos mais rebeldes

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revolucion*rios ou meramente disfuncionais. ;nfim a 4juvenili9a3o7 davida contemporKnea tornou-se a mais desejada apar6ncia dos clientes dacultura de mercado =Santos &&2

Nota

20!-0"-02#2$%%$'2(

)*+ina$ "

mercado =Santos &&2. Desta an*lise 5ue indica a desinstitucionali9a3o e a

reprivati9a3o do curso da vida emer+e uma concep3o relativista dajuventude. <oncep3o esta 5ue j* e,istia outrora em al+umas an*lises dasci6ncias sociais 5ue se esboava na vis3o de mundo de diversosmovimentos juvenis =do Movimento Juvenil Alem3o contracultura e 5ue setornou o padr3o do 4bom viver7 se+undo a indHstria cultural. <onsidera-sea5ui a juventude um 4estilo de vida7 como uma 4forma de ser7 como4estado de esp:rito7 5ue todos independente da sua idade podem - edevem - assumir

concepo relativista da juventude

Nota

20!-0"-02#2$%'$%!(

)*+ina$ "

 Na vis3o da juventude como 4estado de esp:rito7 temos umaconcep3o pEs- moderna dos comportamentos sociais ou seja de 5ue oindiv:duo tem relativa mar+em de manobra para compor sua identidadecomportamentos e valores - e transform*-los. esta mesma concep3o 5ueir* influenciar muito do 5ue tem sido pensado e praticado como a4#erceira 1dade7 =al+uns j* di9em a 4Mel8or 1dade7. A vel8ice estariase transformando nesta terceira ou 4mel8or7 idade na 5ual os indiv:duoss3o respons*veis por manter ou alcanar uma vida saud*vel ativa e4juvenil7. <ontudo muitas ve9es se es5uece 5ue a concep3o de uma#erceira 1dade 5ue deve ser 4jovem7 a 5ual5uer custo pode levar a umamar+inali9a3o da5ueles em 5ue o envel8ecimento f:sico e mental consumiuas possibilidades de um estilo de vida mais ativo

visao posmoderna da juventude

Nota

20!-0"-02#2$%"$%(

)*+ina$ "

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No meu entender na verdade a 4reprivati9a3o7 do curso da vida indicauma re+ress3o dos direitos sociais relativos infKncia juventude evel8ice. No caso da juventude propriamente dita paira a+ora sim umareal ameaa de 4anomia social7 dada a aus6ncia de um per:odo transitEriono 5ual os a+entes sociais seriam 4treinados7 para a a5uisi3o de

re5uisitos m:nimos de civilidade cidadania consci6ncia social ecriatividade cultural per:odo outrora c8amado 4juventude

retrocesso de direitos sociais

Nota

20!-0"-02#2$%F$00(

)*+ina$ !

Mas o prEprio processo de 4reprivati9a3o7 tem 5ue ser relativi9ado. ;len3o t3o +eral e absoluto 5uanto poderia se ima+inar. Num primeiromomento tin8a levado a srio a 8ipEtese de 5ue a dialtica moderna dacondi3o juvenil tin8a desaparecido tanto pela a3o 4reprivati9adora7 erelativi9adora da concep3o pEs-moderna das cate+orias et*rias 5uantopela desestabili9a3o sEcio-econRmica +enerali9ada desde os anos &F0 -5ue fi9eram recuar a juventude como 4direito7.

  claro 5ue esta supera3o da dialtica da juventude pelacorros3o do car*ter iniciatErio e e,perienciador da fase juvenil umapossibilidade sim. Al+uns consideram isto uma positividade umaliberta3o em sua concep3o 4pEs-moderna7 da juventude defendendo a

desinstitucionali9a3o do curso da vida. A juventude a: um estilo devida associado a comportamentos escol8idos pelo indiv:duo mas nem semprea defesa desta juventude 4pEs-moderna7 indica o 5uanto tal estilo est*li+ado a certos padrIes de consumo. Mais 5ue uma liberta3o para aautopro+rama3o do curso da vida para a maior parte das pessoas ofenRmeno antes ne+ativo 5ue positivo. #rata-se da ne+a3o da juventudeno seu sentido moderno como momento de sociali9a3o secund*ria 5ueantecipa o in+resso na maturidade e o mundo pHblico inclusive comoprote3o. Ne+a3o 5ue se estende cada ve9 mais para +rupos sociais. 1stosi+nifica a re+ress3o de certas con5uistas sociais de certos direitossociais e aspectos positivos da universali9a3o relativa das juventudesmodernas. m forte e,emplo deste se+undo ponto a +enerali9a3o dodesempre+o da precari9a3o do trabal8o e a piora nas condiIes de vida+erando inse+urana aos jovens tanto do 4mundo desenvolvido

ne+aao da juventude

Desta5ue

20!-0"-02#2$%F$'(

)*+ina$ !

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desenvolvido7 5uanto das partes mais 4desenvolvidas7 dos pa:ses pobres.Xuanto ao resto do mundo o 4direito juventude7 vem se tornando cada ve9mais uma promessa n3o cumprida

Nota

20!-0"-02#2$%?$2!(

)*+ina$ !

 m outro aspecto relativi9a a re- privati9a3o do curso da vidaao mesmo tempo em 5ue denuncia seu car*ter re+ressivo. ;le se reveloupara mim nas +randes manifestaIes em Seattle em &&& contra a Todadado Mil6nio da Pr+ani9a3o Mundial de <omrcio =PM<. A maior parte dosmanifestantes era composta de jovens. Tepetia-se um fenRmeno semel8anteaos movimentos estudantis de &!? em 5ue se o car*ter juvenil dasmobili9aIes n3o era consciente ou era rele+ado ao se+undo plano apesardisto se tratava fundamentalmente de um movimento juvenil fa9endooperar novamente a dialtica da juventude. Mas os movimentos de cr:tica +lobali9a3o n3o s3o id6nticos aos de &!?. L* se tratava sobretudo dademanda por 4liberta3o7 - em rela3o aos padrIes comportamentais emrela3o domina3o neo-imperialista ou em rela3o ao poder dasburocracias portanto uma revolta pela liberta3o na era dos 4tr6smundos7. Boje se trata fundamentalmente do repHdio re+ress3o dosdireitos sociais e a privati9a3o e mercantili9a3o de bens outroraconsiderados como 4pHblicos7 re+ress3o levada a efeito pelo capitalismo+lobal e neoliberal =Dennin+ 2002. ;ntre estes direitos ameaados deveestar presente o 4direito juventude7. ;ntre estes bens mercantili9ados

est* o prEprio curso da vida 5ue est* sendo 4reprivati9ado

retomada de movimentos juvenis

Nota

20!-0"-02#2$%&$2!(

)*+ina$ F

No meu entender estes fenRmenos indicam 5ue preciso ainda considerar acapacidade de autonomia das juventudes partindo da sua rela3oe,perimental com valores ideias e instituiIes durante sua sociali9a3osecund*ria. Da: ainda podem emer+ir visIes de mundo alternativas eradicalmente cr:ticas =mas n3o necessariamente como prova a 8istEria4de es5uerda

reconsiderar a autonomia juvenil

Desta5ue

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20!-0"-02#2$%&$"&(

)*+ina$ F

<onclus3o

Nota

20!-0"-02#2$'0$'2(

)*+ina$ F

Ainda 5ue a dialtica de Mar, afirme 5ue se+undo as 4leis7 do movimento8istErico tudo est* fadado a ser superado talve9 possa se di9er 5ueainda n3o c8e+ou o momento da juventude ser superada como elementoestrutural da sociabilidade contemporKnea. Deste elemento fundado numarela3o certamente dialtica e contraditEria entre a busca depadroni9a3o e os desejos de autonomia ainda se reali9a parte importantedo processo de sociali9a3o dos indiv:duos

juventude ainda nao foi superado

Nota

20!-0"-02#2$'$%0(

)*+ina$ ?

;m primeiro lu+ar os +rupos juvenis institucionali9ados ou n3o aindae,ercem importantes tarefas 4funIes7 de prepara3o dos indiv:duos parao mundo social. Simplesmente eliminar a juventude como sociali9a3osecund*ria poderia si+nificar uma vacuidade nas estruturas sociais=talve9 at pudesse ser dito um estado de anomia

+rupos juvenis ainda s importantes

Desta5ue

20!-0"-02#2$'2$"%(

)*+ina$ ?

Mas isto ainda n3o tudo pois como procurei demonstrar se ajuventude - en5uanto coletividade reunida em +rupos et*rios 8omo+6neos - uma cate+oria social com sua prEpria dialtica permeada decontradiIes ent3o ainda devem estar emer+indo da: o 5ue a vis3o

funcionalista c8ama de 4disfunIes7 e 5ue uma vis3o dialtica dajuventude tenta considerar o seu si+nificado mais profundo - evitando

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porm ideali9ar este si+nificado. #rata-se da possibilidade dosindiv:duos e +rupos jovens desenvolverem de modo autRnomo identidades evalores prEprios relativamente ou muito destoantes dos padrIes sociaisde seu tempo. #rata-se da possibilidade de sur+irem revoltas rebeldiasinsatisfaIes e ne+aIes a partir do 5ue sE deveria ser a princ:pioacomoda3o sociali9a3o tran5uila inte+ra3o social. As recentes e

poderosas manifestaIes pol:ticas das juventudes em todo mundo est3o a:para provar 5ue este car*ter das juventudes modernas ainda continuapresente e muito presente. #alve9 n3o menos 5ue outras manifestaIes5ue indicam tambm outras contradiIes das sociedades conteporKneas sob a+ide do capitalismo como os crescentes n:veis de viol6ncia 5ue vitimamos mais jovens