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» SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013 | ANO 1 | NÚMERO 12 | ALPHA PRIME: 60 ANOS DE JORNALISMO DIáLOGO METROPOLITANO RIO DE JANEIRO E MAIS... Relatório da ONU monitora compromissos voluntários Os gatos, a toxoplasmose, a desinformação e o preconceito Cinema: Rush – No Limite da Emoção Cigarro não fornece a força para enfrentar a vida HAMILTON ROSA JÚNIOR PAG 5 THELL DE CASTRO PAG 5 DRA. LIVIA GENNARI PAG 7 “Joia Rara” estreia segunda na Globo RENATA PALMIER PAG 4 As universidades federais reservaram mais que o dobro de vagas para as cotas em 2013, superando as metas de adesão gradual prevista na Lei 12.711, apontou levantamento feito pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). No primeiro ano, as 58 universidades federais teriam de destinar 12,5% das vagas a alunos de escolas públicas, de baixa renda, pretos, pardos e indígenas. O percentual chegou a 31,5%. PAG 4 Pensamentos sobre o valor do amanhã IGOR QUIRINO PAG 2 » ESTA EDIÇÃO 8 PÁGINAS | CONFIRA A EDIÇÃO DIGITAL NO SITE www.dialogometropolitano.com.br OU NOS NOSSOS APLICATIVOS ESPORTES Primeiro turno do Brasileirão termina e Cruzeiro dispara Com a chegada de dispositivos móveis, como celulares smartphone e tablets, o público começou a utilizar seus ga- dgets mesmo quando estão assistindo a algum programa na televisão. Para verificar isso é simples, basta acessar o Twitter e notar como grande parte de suas postagens estão relacionadas ao que está sendo transmitido na TV. PAG 5 Universidades federais reservaram mais vagas para cotas em 2013 CULTURA Mais interatividade com a Segunda Tela O Brasileirão chega ao final do primeiro turno e começa a dar mais esperança para os torcedores dos times que estão na ponta da tabela. Por outro lado, a briga para es- capar do rebaixamento entra na contagem regressiva e preocupa cada vez mais tradicionais equipes do futebol brasileiro. PAG 6 ECONOMIA Nova Lei dos Portos: um salto de competitividade para o setor A Nova Lei dos Portos em vigor no país foi sancionada há pouco mais de dois meses pela presidenta Dilma Rousseff e a expectativa do setor portuário é dar um salto de com- petitividade ao comércio exterior brasileiro nos próximos anos. É o que aponta Ricardo Portella Nunes, coordenador do Fiergs. PAG 3 Museu Janete Costa – A “casa da arte popular” DANIELLE DENNY PAG 4 Polêmica: O que está acontecendo com o Brasil? REINALDO COSTA PAG 8 SAÚDE PAG 7 CIDADES Dicas e informações para curtir o Rock in Rio 2013 Falta pouco para o início da 13ª edição do Rock in Rio. As obras na Cidade do Rock já chegaram à fase final de construção para a abertura de seus portões ao público, no dia 13 de setembro. A programação do Rock in Rio 2013, que acontece nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro, conta com mais de 160 artistas, além de brinquedos, lojas e res- taurantes. Ao todo, serão 91 horas de festa durante os sete dias de festival – a Cidade do Rock funciona das 14h às 3h – para um público de 595 mil pessoas (85 mil por dia). PAG 2 PAG 8 Rio Total: Os segredos de Renata Molinaro

Dialogometropolitano 12

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Page 1: Dialogometropolitano 12

» SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013 | ANO 1 | NÚMERO 12 | ALPHA PRIME: 60 ANOS DE JORNALISMO

DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

E MAIS...

Relatório da ONU monitora compromissos voluntários

Os gatos, a toxoplasmose, a desinformação e o preconceito

Cinema: Rush – No Limite da Emoção

Cigarro não fornece a força para enfrentar a vida

HaMIlToN Rosa JÚNIoRPAg 5

THEll DE CasTRoPAg 5

DRa. lIVIa GENNaRIPAg 7

“Joia Rara” estreia segunda na Globo

RENaTa PalMIERPAg 4

As universidades federais reservaram mais que o dobro de vagas para as cotas em 2013, superando as metas de adesão gradual prevista na Lei 12.711, apontou levantamento feito pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afi rmativa, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). No primeiro ano, as 58 universidades federais teriam de destinar 12,5% das vagas a alunos de escolas públicas, de baixa renda, pretos, pardos e indígenas. O percentual chegou a 31,5%. PAg 4

Pensamentos sobre o valor do amanhãIGoR QuIRINoPAg 2

» ESTA EDIÇÃO 8 PÁGINAS | CONFIRA A EDIÇÃO DIGITAL NO SITE www.dialogometropolitano.com.br OU NOS NOSSOS APLICATIVOS

ESPORTES

Primeiro turno do Brasileirão termina e Cruzeiro dispara

Com a chegada de dispositivos móveis, como celulares smartphone e tablets, o público começou a utilizar seus ga-dgets mesmo quando estão assistindo a algum programa na televisão. Para verifi car isso é simples, basta acessar o Twitter e notar como grande parte de suas postagens estão relacionadas ao que está sendo transmitido na TV. PAg 5

Universidades federais reservaram mais vagas para cotas em 2013

CULTURA

Mais interatividade com a Segunda Tela

O Brasileirão chega ao fi nal do primeiro turno e começa a dar mais esperança para os torcedores dos times que estão na ponta da tabela. Por outro lado, a briga para es-capar do rebaixamento entra na contagem regressiva e preocupa cada vez mais tradicionais equipes do futebol brasileiro. PAg 6

ECONOMIA

Nova lei dos Portos: um salto de competitividade para o setor

A Nova Lei dos Portos em vigor no país foi sancionada há pouco mais de dois meses pela presidenta Dilma Rousseff e a expectativa do setor portuário é dar um salto de com-petitividade ao comércio exterior brasileiro nos próximos anos. É o que aponta Ricardo Portella Nunes, coordenador do Fiergs. PAg 3

Museu Janete Costa – A “casa da arte popular”

DaNIEllE DENNYPAg 4

Polêmica:O que está acontecendo com o Brasil?REINalDo CosTaPAg 8

saÚDEPAg 7

CIDADES

Dicas e informações para curtir o Rock in Rio 2013Falta pouco para o início da 13ª edição do Rock in Rio. As obras na Cidade do Rock já chegaram à fase fi nal de construção para a abertura de seus portões ao público, no dia 13 de setembro.

A programação do Rock in Rio 2013, que acontece nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro, conta com mais de 160 artistas, além de brinquedos, lojas e res-taurantes. Ao todo, serão 91 horas de festa durante os sete dias de festival – a Cidade do Rock funciona das 14h às 3h – para um público de 595 mil pessoas (85 mil por dia).

PAg 2

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Rio Total: Os segredos de Renata Molinaro

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DiREToRAMônika santos Ferreira

EDiToR CHEFEJônatas Mesquita | MTb [email protected]

REDAÇÃoJonas GonçalvesRaul [email protected]

REViSÃoBianca Montagnana

DiAgRAMAÇÃoRoberta Furukawa Bartholomeu

ColUNiSTASDanielle Denny, Déborah Fonseca, Hamilton Rosa Jr., Hamilton Vasconcellos, Igor Quirino, José Carlos Blat, José Carlos Cicarelli, lívia Gennari, Reinaldo Costa, Renata Palmier e Thell de Castro.

PROJETO GRÁFICO E EDITORIALNews Prime Comunicação & [email protected]

REDAÇÃOavenida das américas, 3.500Bloco 05 | sala 313 | Rio de Janeiro | RJ

IMPRESSÃOGráfi ca lance

DIÁLOGO MetropolitanoPUBliCADo PElA AlPHA PRiME EDiToRA E JoRNAliSMo lTDA.alPHa PRIME: 60 aNos DE JoRNalIsMo

PENSANDoIgor Quirino | Publicitário

o valor do amanhã

2 DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

CIDADES

Dicas e informações para curtir o Rock in Rio 2013 numa boaRaul RaMos

Falta pouco para o iní-cio da 13ª edição do Rock in Rio. As obras na Cidade do Rock já chegaram à fase fi nal de construção para a abertura de seus portões ao público, no dia 13 de se-tembro.

A programação do Rock in Rio 2013, que acontece nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro, conta com mais de 160 artistas, além de brinquedos, lojas e restaurantes. Ao todo, serão 91 horas de festa du-rante os sete dias de fes-tival – a Cidade do Rock funcionará das 14h às 3h – para um público de 595 mil pessoas (85 mil por dia).

A organização divulga antecipadamente os horá-rios de apresentação de cada artista em seus res-pectivos palcos e áreas para que o público possa programar o seu dia na Cidade do Rock (confi ra a programação completa no site www.rockinrio.com.br).

Números impressionam

Ao passar por uma das 54 roletas de entrada da Cidade do Rock, o público encontrará uma infraestru-tura especialmente pre-parada para acolher, com conforto, as 85 mil pessoas esperadas diariamente no Rock in Rio 2013.

Os números impressio-nam. A parte da frente da Cidade do Rock possui 1 km de extensão. Seu pe-rímetro é de 2,5km. Só de grama sintética, são 40 mil m²; mais de 60km de ca-bos; cerca de 5 milhões de quilos de estruturas metáli-cas; e 90T de equipamen-tos de som e luz.

O Rock in Rio utilizará 60 grupos de geradores, somando quase 20 mil

KVA instalados. A energia é sufi ciente para iluminar do Leme ao Pontal. Cerca de 700 containers são uti-lizados na montagem das lojas, bares, banheiros, sa-las de produção e salas de imprensa.

Como chegar à Cidade do Rock durante o festival

O sistema especial de transportes desenvolvido para o Rock in Rio 2013 permite que 85 mil pesso-as - capacidade máxima por dia do evento – utili-zem as linhas regulares ou linhas especiais para chegar e sair da Cidade do Rock.

A chegada ao Rock in Rio ocorre de duas formas: através das linhas regula-res de ônibus que passam nas proximidades do even-to ou pela linha circular saindo do Terminal Alvora-da com paradas no Barra Shopping e Shopping Via Parque até o Terminal Ci-dade do Rock, instalado no Autódromo. A ideia é fazer uma integração efi ciente da linha circular com as li-nhas já existentes no Ter-minal Alvorada. Esta linha circular funciona das 12h às 04h do dia seguinte e sua tarifa tem o mesmo valor da tarifa modal praticada no município.

Na saída do evento, as li-nhas regulares do entorno não circularão. Portanto, é preciso pegar a linha circu-lar até o Terminal Alvorada onde estarão disponíveis linhas para os principais destinos do município. Nas linhas regulares, os passa-geiros podem utilizar seus cartões RioCard ou ainda o cartão RioCard Cidade do Rock que pode ser adquiri-do nas lojas RioCard.

Mais informações so-

bre o esquema especial

de transportes para a

Cidade do Rock estão

disponíveis na página

www.vadeonibus.com.br. No último fi nal de sema-na fui passar alguns dias com meus pais, no inte-rior, já que abandonei a pacata cidade e o con-forto de fi car debaixo das asas dos corujas para vi-ver na cidade grande.Como de costume, de pais que não vêem seus fi lhos há muito tempo e vice versa, aquele velho e bom abraço para matar as saudades e logo depois a bronca da coruja fêmea no meio de uma disper-sa conversa: - Aliás, você precisa juntar dinheiro! E a faculdade, como está?Estava na frente do espe-lho do banheiro quando ela falou, na hora minhas sobrancelhas se contorce-ram em tom de reprova-ção, coloquei as mãos na pia e pensei: - É sério isso?Explico o tom de reprova-ção: há algumas semanas, como até em um momento de sincronicidade, estava mesmo pensando em jun-tar dinheiro, só não sabia para quê. Foi quando tive a ideia: comprar uma casa!Dividi o que pensava com meu primo, parceiro neste início de nova vida na nova cidade, numa conversa de

bar: - Cara, estou pensando em juntar dinheiro para com-prar uma casa, o que acha?Ele respondeu: - Quer saber mesmo o que acho? Meu pai trabalhou e trabalhou para conquistar tudo que temos hoje, morreu! O Bolinha, nosso amigo, estava juntan-do uma fortuna quando veio aquela mesma doença que levou meu pai. Está gastan-do tudo em tratamento e remédios. Pra que juntar di-nheiro? Eu não junto mais!Na hora fi quei parado, sem saber o que dizer. Ele estava certo. Resposta mais sensata eu jamais poderia ter. Por que eu, um jovem de 23 anos que tem ainda muitas experiên-cias para passar, vou fi car me privando na vida para juntar dinheiro e comprar uma casa, quando ainda não preciso?Futuro? Segurança? Este é o ponto! A questão não é só juntar dinheiro, mas o exem-plo vale para todas as situa-ções que te levam a ter medo de agir pensando que tem algo a perder.MEDO! Era isso que eu tinha. Medo de não ter um teto para me abrigar, já que não penso mais em voltar para a casa dos meus pais. Medo de viver para sempre pagando aluguel.

Este mesmo medo e inse-gurança te privam de to-mar atitudes que levariam a acontecimentos extra-ordinários na sua vida. Como aquela viagem in-ternacional que você dei-xou de fazer, onde encon-traria o amor da sua vida e hoje com 40 anos, moran-do sozinho, pinga de bar em bar procurando sua alma gêmea para dividir o apartamento. Ainda existe esperança, o amor não fa-lha. Mas que tal viver um pouco acima dos riscos, improvisando e usando sua criatividade para sair de cada situação se estas não derem certo?Pode ser que com 40 anos eu nem tenha uma casa ou nem esteja mais aqui. Elas por elas, pra onde quer que eu for, não vou levar a casa comigo, mas as experiências são para a alma.Como dizia minha própria mãe “Morre e fi ca tudo aí”. Foi até o que usei como resposta para ela e logo em seguida veio: - Você tá certo. Aproveita que é novo e vai viver a vida!Qual o motivo de tudo isso? Ser feliz!

» SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013

os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não refl etindo, necessa-riamente, a opinião do jornal

- Usar roupas leves e sapatos confortáveis

- Usar boné ou chapéu

- Utilizar protetor solar

Pensando no conforto do público, o Rock in Rio chama atenção de seus visitantes para itens necessários para que esta

experiência na Cidade do Rock seja agradável do início ao fi m:

- Beber muita água

- Levar casaco para o anoitecer

- Se alimentar ao longo do dia

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ECONOMIA

3DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

» SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013

O cadastro positivo, re-gistro de dados de bons pagadores, ainda não des-lanchou, mesmo depois de as instituições financeiras terem começado, há cerca de um mês, a repassar as informações para os ban-cos de dados, após autori-zação dos clientes.Na Caixa Econômica Fede-ral, por exemplo, apenas 5 mil clientes fizeram adesão ao cadastro positivo, entre 1º de agosto e 3 de setem-bro deste ano. Desses, 3,8 mil fizeram a adesão nas agências do banco e 1,2 mil pelo serviço de internet banking.Já o Banco do Brasil não informou quantos clientes já fizeram adesão ao ca-dastro. Em nota, o banco disse apenas que desde 1º de agosto, está pronto para acolher autorizações em todas as agências e também para enviar o his-tórico de crédito dos clien-tes que tiverem autorizado a abertura de seu cadastro em quaisquer dos gesto-res de banco de dados habilitados.“Com o atendimento das determinações legais, o BB iniciou as análises para implementação do pro-

cesso de consulta às infor-mações do histórico de cré-dito de clientes autorizados”, acrescentou.A Caixa disse, em nota, que “o aumento no número de adesões ocorrerá a partir da disseminação do funciona-mento do cadastro positivo”. E o banco lembrou que a Fe-deração Brasileira de Bancos (Febraban) elaborou cartilha com 78 perguntas e respos-tas sobre o cadastro positivo. “O objetivo é proporcionar um entendimento comum so-bre o novo cadastro para os associados da federação e para a população em geral”, informou a entidade.Para a Caixa, assim que o cadastro positivo tiver “quan-titativo significativo de infor-mações de clientes”, será possível fazer “análise mais acurada do comportamento do cliente, baseado no his-tórico de pagamentos rea-lizados e de compromissos assumidos”.O objetivo do banco é usar a informação nos seus modelos de risco, para melhorar a aná-lise quando da concessão do crédito e, dessa forma, valori-zar os bons pagadores.Entretanto, na cartilha, a Fe-braban informa que essa tão esperada redução de juros

ainda vai demorar. “Esse resultado não é imediato. Primeiro, os clientes têm que conceder autorização para a abertura do cadas-tro. Segundo, o novo ca-dastro tem que ser cons-truído com informações de crédito de várias fontes de informação por alguns anos, a fim de que haja um histórico suficientemente amplo para permitir análi-ses estatísticas robustas”, disse.De acordo com a cartilha da Febraban, para fazer o cadastro, os interessa-dos, tanto pessoas físicas quanto jurídicas, precisam autorizar a inclusão de seus dados por meio texto específico fornecido pelas empresas gestoras de ban-co de dados (GBDs) e pe-las instituições financeiras.As empresas gestoras são a Boa Vista Serviços (BVS), a Serasa Experian e o SPC Brasil. Essas em-presas são responsáveis por gerir os bancos de da-dos, receber informações de clientes e fornecer consultas desses dados às empresas e instituições financeiras que ofertam li-nhas de crédito. (Kelly Oli-veira / Agência Brasil)

investimento de R$ 3,5 milhões estimula recuperação agrícola na Serra Cadastro positivo de pagadores tem

baixa adesão entre clientes de bancoO Governo do Estado inaugurou no dia 10 de se-tembro, em Sumidouro, Re-gião Serrana, uma nova pon-te sobre o Rio Paquequer na RJ-242, no distrito de Cam-pinas, além das obras de drenagem e pavimentação da estrada municipal, que liga a localidade ao distrito de Mariana. As interven-ções, executadas pelo De-partamento de Estradas de Rodagem (DER), vinculado à Secretaria de Obras, com investimentos da ordem de R$ 3,5 milhões, vão con-tribuir para a recuperação total da produção hortifruti-granjeira, principal atividade econômica local.

O DER investiu R$ 1,8 mi-

lhão na construção da nova ponte, que substitui a anti-ga, destruída pelas enchen-tes de 2011, e R$ 1,7 milhão no asfaltamento da estrada. Com 26 metros de exten-são e 12 metros de largura, a passagem tem um traçado mais alto, que garante maior segurança e estabilidade aos usuários.

Segundo o governador Sérgio Cabral, as interven-ções vão contribuir para a economia e maior acessibili-dade da região. “Sumidouro é um dos grandes celeiros agrícolas do estado e ne-cessitava destas ações. O programa Somando Forças investe hoje mais de R$ 1 bilhão nos mais de 90 mu-

nicípios do Rio, com 95 % de aporte do Estado. Pro-gramas como o Rio Rural e o Moeda Verde, em parceria com a Secretaria de Agricul-tura e Pecuária, fomentam o crescimento das cidades do interior”, afirmou.

A estrada Mariana-Cam-pinas, com quase dois qui-lômetros de extensão, era em leito natural, o que pre-judicava o escoamento da produção em épocas de chuvas. Agora, além de as-faltada, a estrada está de-vidamente sinalizada. Se-gundo o presidente do DER, Henrique Ribeiro, a estrada é a principal rota de escoa-mento da produção agrícola local.

Nova lei dos Portos: um salto de competitividade para o setor

A Nova Lei dos Portos em vigor no país foi sancionada há pouco mais de dois me-ses pela presidenta Dilma Rousseff e a expectativa do setor portuário é dar um salto de competitividade ao comércio exterior brasileiro nos próximos anos. É o que aponta o coordenador do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indús-trias do Estado do Rio Gran-de do Sul (Fiergs), Ricardo Portella Nunes.

Em entrevista à Agência Brasil Nunes afirmou que a autorização do governo para a construção de ter-minais portuários privados fora da área do porto orga-nizado “vai dar uma enorme competitividade à econo-mia brasileira”. De acordo com ele, o anúncio feito pela presidenta de que 50 portos privados poderiam ser abertos no país foi um dos primeiros passos rumo ao desenvolvimento portu-ário. “Vem mais coisa por aí”, diz.

A construção dos 50 portos permitirá ampliar a concorrência por carga en-tre os terminais, trazendo como consequência uma tarifa melhor para os ex-portadores e importadores nacionais, e aumentando a eficiência da economia. “Aumentando a eficiência da economia, aumenta em-prego, aumenta renda, au-menta tudo”, afirma Nunes.

A Nova Lei dos Portos teve sua regulamentação

publicada no Diário Oficial da União no dia 28 de junho e, segundo especialistas, as medidas estruturais pro-postas terão repercussão positiva no Brasil a médio e longo prazo. “Isso porque representam novos investi-mentos e terão enorme re-flexo no comércio exterior e na competitividade dos produtos brasileiros, já que os gargalos de infraestru-tura são enormes”, afirmou Nunes.

A promulgação da Lei deu fim às discussões aca-loradas na Câmara dos Deputados e acabou com anos de desentendimentos entre trabalhadores, go-verno e ministério público.

Agora, com diretrizes de-finidas, as classes podem trabalhar para a retomada de crescimento do setor portuário.

Nos últimos anos o cla-mor para que houvesse mudanças significativas e de efeito no sistema por-tuário foi grande, principal-mente pelo crescimento do agronegócio brasileiro. Em 2012, as exportações no campo foram recordes e, com 2013 seguindo o mesmo ritmo, é preciso dar vazão às exportações e contribuir, assim, para o de-senvolvimento econômico do país.

De acordo com entrevista coletiva da ministra da Casa

Civil Gleisi Hoffman, o gover-no espera atrair ainda este ano R$ 27 bilhões em inves-timentos para o setor, consi-derado um dos maiores gar-galos logísticos do país.

A nova Lei dos Portos irá aumentar a competitividade no setor portuário, impul-sionando as exportações e o desenvolvimento da economia. Já estão previs-tas as construções de 62 novos terminais portuários, com investimentos de R$ 5 bilhões e a ampliação da capacidade portuária em torno de 40 milhões de to-neladas por ano.

Além de dobrar a capa-cidade dos portos do país, os investimentos no setor

portuário irão dobrar tam-bém as oportunidades de emprego. É o que aponta a Fiesp (Federação das In-dústrias de São Paulo), que vê a nova lei como gerado-ra de maior concorrência, que culminará na redução das tarifas portuárias.

Rio de Janeiro

De acordo com Eduar-do Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), da primeira lista de portos que poderão ser abertos pelo setor privado, sete se-rão no Rio de Janeiro, para movimentar contêineres.

A soma destes portos com as unidades que o Rio de Janeiro já tem para trans-porte de matérias-primas fará com que o território se consolide como um “estado de logística”.

Para Vieira, esse momen-to é de comemoração. Ele ainda destacou que há vá-rios candidatos estrangeiros não só para licitar eventu-almente os 50 primeiros terminais anunciados, mas também aguardando o anúncio de mais portos a serem operados pela inicia-tiva privada. “O importante é que a direção está correta, a mensagem é correta e há uma demanda de todos nós, há muitos anos”, afirmou.

Porto de Paranaguá (PR)

Estrada Mariana

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4 DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

BRASIL E MUNDO

Universidades federais reservaram mais vagas para cotas em 2013

ECoNoMiA VERDE

A organização das Na-ções Unidas lançou um relatório e uma plataforma online para compilar in-formações sobre os 1.382 compromissos voluntários que estejam registrados no Secretariado da Confe-rência da ONU sobre De-senvolvimento Sustentá-vel (Rio+20) ou em outras frentes de trabalho, como no Pacto Global, na Inicia-tiva Energia Sustentável

A Cidade de Niterói aca-ba de ganhar mais um Museu, valorizando ain-da mais os espaços de cultura da cidade, que se orgulha em ter, numa mesma localidade, a ge-nialidade de Oscar Nie-meyer, com o MAC e seu acervo de arte contem-porânea, a sensibilidade acadêmica do pintor An-tônio Parreiras, o Museu do Ingá, com seu belo acervo histórico, e agora a rica arte popular bra-sileira no Museu Janete Costa.Este Novo Museu da Ci-dade de Niterói vai reunir todos os tipos de artes, pois, como a própria Ja-nete afi rmava, “para en-tender a arte é preciso aprender a olhá-la”, sem fazer distinção das dife-rentes classifi cações ar-tísticas.O projeto de criação do Museu Janete Costa de Arte Popular foi conce-bido pelo próprio fi lho de Janete, o arquiteto Mário Costa Santos, que idealizou a reforma do espaço que homenageia sua mãe – precursora na apreciação e na valoriza-

Danielle Denny | Advogada

Relatório da oNU monitora compromissos voluntários

para Todos, na Iniciativa de Sustentabilidade no Ensino Superior e na Rede de Ação Transporte Sustentável. O documento fi nal da Rio+20, no parágrafo 283, previa que fosse mantido um registro abrangente das ini-ciativas voluntárias para pro-mover o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza, fazendo com que essas informações fos-sem totalmente transparen-

ção das artes e da cultura popular brasileira. O Museu Janete Costa de Arte Popular é uma “casa”. O antigo casarão neoclássi-co, construído em 1862, foi restaurado e representa um típico sobrado português do século XIX. A construção teve suas paredes internas descascadas e suas facha-das totalmente restauradas. Mantidos fragmentos origi-nais dos ornamentos em re-

tes e acessíveis ao público e que fossem periodica-mente atualizadas. O relatório, lançado no primeiro aniversário da Rio+20, responde a esse mandato e pretende fo-mentar a discussão mais aprofundada sobre como esses compromissos po-dem complementar os vinculantes a serem assu-midos pelos governos dos Estados Membros.Parcerias e compro-missos voluntários não podem substituir a res-ponsabilidade governa-mental dos países de se comprometerem inter-nacionalmente de forma mais ampla e abrangen-te, mas pode reforçar a busca de soluções dispo-níveis de imediato aos di-versos stakeholders en-volvidos na problemática ambiental. Durante a Rio+20, foram anunciados 730 compro-missos, orçados em 530 bilhões de dólares. Esses números, em um ano, já subiram para 1382 e 636 bilhões. Além disso, exis-tem muitos com baixo custo, porém com rele-vante impacto.

levo como testemunhos da edifi cação original, o Projeto pôs à mostra a grandiosidade do prédio, bem como a rusticidade e a beleza das cores e tex-turas da construção, que cria o ambiente necessá-rio para o acolhimento de seus visitantes, suas ar-tes, seus modos de vida, suas histórias. O Museu Janete Cos-ta tem, assim, um duplo comprometimento, que é o de honrar o nome de sua patrona, a imponên-cia de sua edifi cação e a importância de sua mis-são: tornar-se a “casa” da arte popular em Niterói, dos artistas populares brasileiros e dos aman-tes da cultura popular. “Oxalá o nome, o prédio e a missão caminhem jun-tos de modo venturoso na promoção de nossas mais expressivas cria-ções”, disse o curador do Museu, Wallace de Deus Barbosa.Para os próximos meses, o museu programa uma série de ofi cinas de arte gratuitas, além de visi-tas guiadas. Informações pelo telefone 2705-3929.

NoSSA CUlTURARenata Palmier | Relações Públicas

Museu Janete Costa – A “casa da arte popular” em Niterói

As universidades fede-rais reservaram mais que o dobro de vagas para as cotas em 2013, superando as metas de adesão gra-dual prevista na Lei 12.711, apontou levantamento fei-to pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa, da Universida-de do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

No primeiro ano, as 58 universidades federais te-riam de destinar 12,5% das vagas a alunos de escolas públicas, de baixa renda, pretos, pardos e indíge-nas. O percentual chegou a 31,5%.

“Várias delas já tinham cotas altas antes da lei, al-gumas de 30% a 40%. En-tão, muitas delas mantive-ram o que já tinham com pequenas alterações, sem partirem da estaca zero”, destrincha João Feres, professor de Ciência Polí-tica e integrante do grupo da Uerj.

Em 2012, 32 instituições ofereceram 30.264 vagas para cotistas (a partir de programas com critérios próprios), equivalente a 21,6%, percentual superior ao exigido pela lei. Com a padronização dos critérios e a adesão de mais 18 uni-versidades à lei, o número cresceu cerca de 96% em 2013.

“Foi um pico, com a ade-são das 18 de uma só vez. Quando entram, já reser-vam pelo menos os 12,5%

determinados pela lei, e isso conta muito no núme-ro total”, explica Feres.

A lei prevê, até 2016, re-serva de 50% das vagas das instituições federais de ensino superior para alunos de escolas públi-cas, de baixa renda, pre-tos, pardos e indígenas.

Conforme o levanta-mento, 19 universidades federais já atingiram a meta prevista para 2016 e outras definiram percen-tuais superiores aos 12,5% (mínimo). Com isso, foram ofertadas 59.342 vagas para cotistas, 151% a mais que as 23.591 previstas se todas as universidades cumprissem apenas o mí-nimo previsto na lei.

O avanço ocorreu em

Raul RaMos

todas as regiões do país, porém de forma diferen-ciada. Enquanto no Sul, houve salto de 31,9% para 45,8%, no Norte, o cres-cimento passou de 16,4% para 22,2%. O Centro-O-este apresentou alta de 17% para 31,6%, acima da média nacional de 9,9 pontos percentuais. O Nordeste teve variação de 20,3% para 28,7%, e o Su-deste, de 20,7% para 31%.

Cotas para pretos, par-dos e indígenas crescem em 2013 nas universida-des federais

Levantamento do Gru-po de Estudos Multidisci-plinares da Ação Afirma-tiva, da Universidade do

Estado do Rio de Janeiro (Uerj), mostra que as va-gas reservadas nas uni-versidades federais para estudantes pretos, pardos e indígenas cresceram em 2013.

Em 2012, as instituições destinaram 9,5% das va-gas para alunos pretos, pardos e indígenas, par-ticipação que saltou para 19,6% este ano. Como resultado, o número de vagas reservadas a esse perfi l de estudante subiu de 13.392 para 37.028.

As destinadas a alunos de baixa renda e de es-colas públicas passaram de 16.777 para 21.608. Se comparadas, as cotas ra-ciais avançaram quatro ve-zes mais que as sociais.

A Lei 12.711 defi ne que, até 2016, as instituições federais de ensino devem reservar 50% das vagas para estudantes pretos, pardos, indígenas, de bai-xa renda e formados em escolas públicas. O núme-ro de cotas para pretos, pardos e indígenas é esti-pulado conforme o tama-nho dessa população em cada estado.

“A lei federal vence, as-sim, uma resistência his-tórica das universidades a atribuir cotas específi -cas para pretos, pardos e indígenas e a suposição de que as cotas sociais seriam sufi cientes para a inclusão desses grupos, uma vez que eles perten-cem às classes sociais

solenidade de comemoração de um ano da política de cotas nas universidades federais

» SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013

mais pobres”, conclui o le-vantamento.

“Embora a política an-terior também seja bem-sucedida, ela ainda tinha o desvio de usar outros princípios de ações afi r-mativas. Necessitava uma correção e que todas as universidades adotasse”, defendeu o professor de Ciência Política e partici-pante da elaboração do levantamento, João Feres.

Na Região Sul, as uni-versidades federais ultra-passaram a meta desti-nada à população preta, parda e indígena, com 17,7% das vagas reserva-das ante 10,5% previstos até a implantação total da lei. Outras regiões se aproximaram da meta, mas ainda não a atingiram. O Sudeste reserva 18%, com a previsão de 22%; e, no Centro-Oeste, a fatia das cotas raciais está em 24,3%, quatro pontos atrás dos 28,5% esperados.

No Norte e no Nordeste, onde a população preta, parda e indígena é maior, as metas ainda estão mais longe de serem cumpri-das. Enquanto na primeira região ainda é necessá-rio avançar de 17% para 37,8%, na segunda, a taxa precisa crescer de 21,6% para 34,8%. Apesar disso, os percentuais das cotas raciais esperados para este ano, com a aplicação gradual da lei, foram supe-rados em todas as regiões.

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5DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

CULTURA

NA TEloNAHamilton Rosa Júnior | Jornalista e Crítico de Cinema

Rush – No limite da Emoção

Rush – No Limite da Emoção é um fi lme sobre corridas como há muito não víamos no cinema. O fi lme trata de dois he-róis, o inglês bonitão Ja-mes Hunt (aqui vivido por Chris Hermsworth, que vimos em Thor) e o aus-tríaco Niki Lauda (o ator alemão Daniel Brhuel) numa era em que a Fór-mula 1 parecia uma aven-tura destemida, realizada por homens que arrisca-vam a vida em nome da paixão pela velocidade e

pelo risco. Uma época em que os carros eram quase tão velozes quanto hoje, mas muito menos seguros (assim como os circuitos), o que tornava frequentes os acidentes e não raras as mortes.O fi lme é baseado num fa-buloso livro de reportagem de Tom Rubython e mostra o contraste entre a perícia quase suicida de Hunt nas pistas e o estilo inteligen-te e estrategista de Lauda. Em 1976, os dois protago-nizaram uma das tempora-

das mais disputadas da Fórmula 1. E o duelo, é claro, envolvia mais que um modo de agir, havia o jogo de interesses dos anunciantes e a briga tecnológica entre as es-cuderias para impor no-vos conceitos à indústria automobilística.E o diretor Ron Howard prima pela fi delidade aos fatos, com uma pre-cisão muito semelhante a que nos deu no passa-do, quando recriou o aci-dente da Apolo 13. A ob-sessão pela veracidade fez Howard redesenhar cada corrida da tempo-rada de 76 nos mínimos detalhes. O resultado é empolgante, desde a maneira como capta e mostra a própria ideia de velocidade até a for-ma como cria variações, mostrando as corridas ora como batalha (Mô-naco), ora como balés (Clermont-Ferrand), ora como tragédia (Nurbur-gring), onde Niki Lauda sofreu o acidente que o deixou desfi gurado. In-dependente de gostar do esporte ou não, Rush é emocionante de ver.

Segunda Tela chega com a intenção de oferecer mais interatividade

Com a chegada de dispo-sitivos móveis, como celula-res smartphone e tablets, o público começou a utilizar seus gadgets mesmo quan-do estão assistindo a algum programa na televisão. Para verifi car isso é simples, bas-ta acessar o Twitter e notar como grande parte de suas postagens estão relacio-nadas ao que está sendo transmitido na TV, principal-mente em partidas de fute-bol, quando o microblog vira o centro das atenções entre os torcedores.

A reconhecida empresa americana Nielsen resol-veu pesquisar esse hábito entre os norte-americanos e demonstrou em números essa infl uência que as re-des sociais exercem sobre os programas de televisão. O estudo analisou comentá-rios feitos minuto a minuto a respeito de 221 programas durante sua transmissão. A TV pautou 48% das publica-ções no Twitter, e a rede de microblogs afetou, segundo o levantamento, a audiência de 29% dos programas ana-lisados.

Pensando nisso, muitas emissoras já estão disponi-bilizando um aplicativo cha-mado Segunda Tela, que torna o hábito de assistir à televisão algo muito mais interativo.

No Brasil, a primeira gran-

de experiência com a tec-nologia foi implantada pela Band durante a Copa das Confederações. Durante as partidas, tudo o que acon-tecia na tela tinha uma ex-tensão para o usuário. No momento de um gol, por exemplo, você poderia dar uma nota para o jogador que fez o gol.

Um outro exemplo de su-cesso foi a Segunda Tela da série Hannibal. Enquanto o telespectador assistia ao se-riado, recebia informações extras da atração em tempo real, como fatos, bastidores, relações entre personagens e curiosidades sobre o ator.

A Rede Globo também resolveu apostar na nova tecnologia e lançou uma

Segunda Tela para a nove-la adolescente Malhação. Meia hora antes do início da novela já começa um pré-show com resumo, hashtag do dia e uma plataforma para comentários. Quando o programa entra no ar, come-ça a verdadeira interativida-de. Entre as várias opções, o

THEll VÊ TV Thell de Castro | Jornalista

“Joia Rara” estreia segunda na globo

o grupo é colhido por uma avalanche.

» Jampa (Fabio Yoshihara) passa pelo local, vê Franz desacordado coberto pela neve e o leva para o fi ctício mosteiro de Padma Ling. Lá, entre a vida e a morte, Franz recebe os cuidados dos monges budistas, que curam seus ferimentos com ervas especiais e o alimentam.

» Dias depois, o rapaz acorda em um dos cômodos simples e se assusta ao ver Ananda (Nelson Xavier), o líder espiri-tual do mosteiro, aos pés de sua cama. Preocupado com Manfred e Eurico, pergunta se os amigos estão bem e se

» Na próxima segunda estreia “Joia Rara”, pró-xima novela das seis da Rede Globo. O destaque do primeiro capítulo: em 1934, Franz (Bruno Ga-gliasso), Manfred (Carmo Dalla Vecchia) e Eurico (Sacha Bali) estão felizes escalando os Himalaias.

» Mas Manfred ressente-se por não ser reconhe-cido ofi cialmente como fi lho de Ernest (José de Abreu), pai de Franz. E sua inveja o leva a uma atitude extrema: sabota o equipamento do meio-irmão, que sofre uma queda da montanha e desmaia. Pouco depois,

entristece ao saber que eles não foram encontra-dos na montanha. O que Franz ainda não sabe é que Manfred sobrevive, mas Eurico não.

» Ananda tenta consolá-lo dizendo que a morte não é o fi m de tudo e que a sabedoria está em saber acompanhar os movi-mentos da vida. Afi nal, não se pode controlar o destino. Cético, Franz responde que não acre-dita em reencarnação. Apesar das diferenças, uma amizade profunda começa a se estabele-cer entre eles.

» Passa-se um mês e, neste tempo, o rapaz se entrosa com os mon-ges, ensinando-lhes as técnicas do futebol e contando histórias do Brasil. Mas é chegada a hora de voltar para casa e, na despedida, Anan-da é profético. Diante da tristeza do rapaz, por acreditar que nunca mais o verá novamente, o mestre garante: quem sabe eles se reencon-tram em uma outra vida?

aplicativo mostra conteúdos extras relacionados ao que está acontecendo naquele momento e um quiz sobre o que irá ocorrer nas próximas cenas.

Como funciona

A Segunda Tela utiliza

dispositivos móveis como tablets e smartphones para oferecer uma extensão do que está sendo exibido na TV. Existem duas formas de sincronizar o conteúdo ex-tra com o que está passan-do na TV. A primeira é uma espécie de marca d’água digital, em que o microfone do dispositivo capta o som emitido pela TV e transmi-te para o aplicativo. A ou-tra forma é a sincronização manual, na qual o operador controla o conteúdo extra que deve ser enviado para os gadgets.

Outra opção interessante que chega ao mercado é o Chrome Cast, uma espécie de pendrive que, quando plugado na entrada HDMI

do televisor, cria uma pon-te entre o smartphone e o aparelho, possibilitando as-sistir aos vídeos que estão armazenados no celular na própria TV da sua sala.

Ranking

De olho nessa tendên-cia, a revista Veja criou um ranking dos programas nacionais mais comenta-dos nas redes sociais, em parceria exclusiva com a empresa especializada TV Square.

“As pessoas ligam a TV ou mudam de canal infl uencia-das pelo que leem nos co-mentários. As redes estão mudando a experiência de ver televisão, por isso esta experiência está se tornan-do mais dinâmica, diverti-da e interativa através da segunda tela”, diz Mariana Eva Leis, CEO da TV Squa-re, em entrevista à Veja.

No país, de acordo com estudo da empresa de pes-quisas IAB Brasil (Interac-tive Advertising Bureau), sete em cada dez usuários de internet navegam en-quanto veem televisão. Ou, mais exatamente, 73% dos usuários. Entre as atrações mais comentadas por eles, segundo a TV Square, es-tão, em ordem, o Programa do Ratinho, do SBT, o Big Brother Brasil, da Globo, e as novelas mexicanas, es-pecialmente as do SBT.

» SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013

Raul RaMos

Aplicativo permite que o telespectador vá além do que está sendo transmitido pela TV e promete mais opções de “entrar” na programação

segunda Tela do Jornal da Cultura

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6 DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

ESPORTES

Primeiro turno do Brasileirão termina e Cruzeiro dispara

O Brasileirão chega ao final do primeiro turno e co-meça a dar mais esperança para os torcedores dos ti-mes que estão na ponta da tabela. Por outro lado, a bri-ga para escapar do rebaixa-mento entra na contagem regressiva e preocupa cada vez mais tradicionais equi-pes do futebol brasileiro.

Com cinco vitórias nas úl-timas cinco partidas, o Cru-zeiro se consolidou como lí-der isolado do Campeonato Brasileiro e abriu 4 pontos do Botafogo, segundo colo-cado da competição. O time do Mineirão venceu o Fla-mengo no final de semana e deu um importante passo para disparar na liderança. “A gente tinha de conseguir os três pontos para garantir a liderança. A equipe jogou super bem, a gente entra no jogo sabendo que nem sempre vai fazer três ou quatro gols. Por isso, foram importantíssimos os três pontos, é o que queríamos”, revelou o atacante Willian para os jornalistas, após o 1 x 0 contra o rubro-negro.

Em um campeonato equi-librado e com raras sequ-ências de vitórias, a Raposa se garantiu na liderança, aproveitando a reta final do primeiro turno. A série invicta começou com a go-leada sobre o Vitória, por 5 a 1. Depois veio o triunfo so-bre a Ponte Preta, por 2 a 0; Vasco por 5 a 3 e Bahia, por 3 a 1. E por último, houve a vitória sobre o Flamengo, por 1 a 0.

Botafogo acredita

Por outro lado, o Bota-fogo dá sinais de que não irá abandonar a luta pelo topo da tabela. Se no co-meço de setembro a tor-cida andava desconfiada do alvinegro, Hyuri e Elias trataram de trazer de volta o brilho à estrela solitária com golaços e vitórias nos dois últimos jogos contra Coritiba e Criciúma.

Raul RaMos Com os seis pontos, o Botafogo chegou aos 36 e terminou o primeiro turno na vice-liderança. A po-sição é a melhor da equi-pe desde que o Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos, em 2003.

“Botafogo, se não é o melhor, não deve nada a ninguém. Poderíamos es-tar na liderança com alguns pontos na frente. Faltou competência e experiên-cia em alguns momentos. Mas o que apresentamos nas adversidades, com os

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Sequência de bons resultados coloca o time de Belo Horizonte como favorito para levantar a taça

problemas que superamos: Engenhão interditado, sa-lário atrasado, fim das con-centrações, perda de atle-tas importantes. Se não é o melhor, não deve nada a ninguém”, afirmou em cole-tiva o treinador alvinegro, Oswaldo de Oliveira.

Estatísticas

Um dado importante para os “campeões” do primeiro turno pode animar o lado azul de Belo Horizonte. 70% dos clubes que terminaram a metade do campeonato na frente da classificação

acabaram se tornando cam-peões brasileiros.

De 2003 a 2007, todos os campeões de turno con-quistaram a taça no fim do ano. O São Paulo foi o pri-meiro a quebrar esse tabu em 2008, ano em que o Grêmio conquistou o pri-meiro turno. Em 2009 o Flamengo também arran-cou no segundo turno e ultrapassou o Internacional, que havia sido o melhor colocado nas primeiras 19 rodadas. Porém, em 2010 e 2011 não houve reação e as equipes só reafirma-ram suas primeiras coloca-ções. Entretanto, em 2012, o Atlético Mineiro abriu es-paço para o Fluminense e acabou se tornando vice-campeão brasileiro, apesar de ter vencido o primeiro turno.

Resta aos cruzeirenses e botafoguenses apelarem para o seu lado das estatís-ticas e apoiar os times nos estádios.

Z-4

“Ainda faltam muitos jo-gos”, “É só o começo” e outros jargões não podem mais fazer parte do voca-bulário de Portuguesa, São Paulo, Ponte Preta e Náuti-co. As quatro equipes pre-cisam reagir o quanto antes para não disputarem a série B em 2014.

A situação do Náutico é a mais complexa. Com ape-nas 9 pontos e 2 vitórias, o time pernambucano preci-sa de muito empenho para sair da lanterna e almejar um 2014 melhor. Já Ponte Preta, São Paulo e Portu-guesa mantêm esperanças de sair da zona da degola e alcançar o Atlético Mineiro. O campeão da América não se encontrou no Brasileirão e está a apenas 3 pontos de entrar na zona de rebai-xamento.

Com tantos números, es-tatísticas e previsões, só po-demos ter certeza de uma coisa: serão 19 rodadas de muita emoção, alegrias, tris-tezas e bola na rede.

1234567891011121314151617181920

CruzeiroBotafogoGrêmioatlético-PRCorinthiansInternacionalCoritibaGoiássantosVascoCriciúmaVitóriaBahiaFluminenseFlamengoatlético-MGPortuguesasão PauloPonte PretaNáutico

403634343030282625242323232222221918159

P

P: Pontos GanhosJ: JogosV: VitóriasE: EmpatesD: DerrotasGP: Gols PróGC: Gols ContraS: Saldo de GolsA: Aproveitamento

CLASSIFICAÇÃO FINAL DO PRIMEIRO TURNO

J1919191919181919171919191919191819191818

V12101097776667666554442

E46479978762554777633

D3353325547

1088976891113

GP4232263419312319

2029252318221918

2617

209

GC18211924

8252022143231272426232232223032

s24117

101163

-36

-3-6-4-6-4-4-4-6-5

-10-23

a70.263.259.659.652.655.649.1

45.649

42.140.440.440.438.638.640.733.331.627.816.7

Torcedores do Cruzeiro comemoram mais um gol da equipe

Cruzeiro 1 x 0 Flamengo Náutico 0 x 3 Vasco

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A ViDA É FRágil. ViVA CoM SAÚDEDra. Lívia Maria Gennari | Médica

7DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

SAÚDE

Cigarro não fornece a força para enfrentar a vida, diz psicóloga

O que leva uma pessoa a ficar presa à vontade de fumar é a dependência cau-sada por uma das substân-cias presentes no cigarro: a nicotina. Mas também está vinculada à carga emocio-nal e aos hábitos, segundo explica a psicóloga Ivone Charran, coordenadora da área de tabaco do Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas.

“Muitos fumantes asso-ciam os atos de ir ao ba-nheiro, de tomar um café ou sentar ao computador ao hábito de fumar. E al-guns, por achar que não conseguem lidar com as di-ficuldades da vida, com os sentimentos, acendem um cigarro, associando a ele [o cigarro] a força que obtém. Então, é necessário retomar para si esta força”, reco-menda a psicóloga, defen-dendo a conscientização dos hábitos que despertam o desejo.

Ela fez as recomenda-ções ao participar da cam-panha da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo pelo Dia Nacional de Combate ao Fumo, no dia 29 de agosto, em ação de alerta sobre os riscos do tabagismo. Em um espa-ço montado na Estação da Luz, próximo às plataformas de embarque e desembar-que da Companhia Paulis-ta de Trens Metropolitanos (CPTM), dentistas, nutricio-nistas e outros profissionais passaram a manhã dando

consultas e orientação aos interessados.

Foi oferecida medição do índice de massa corporal e dadas orientações sobre alimentação saudável. “Mui-tas pessoas têm medo de parar de fumar e engordar”, explicou Ivone Charran. Fo-ram feitos também exames de detecção de lesões na boca, com suspeita de cân-cer. Os casos graves foram encaminhados para trata-mento em unidades públi-cas especializadas.

Além disso, quem passou pelo atendimento recebeu folhetos com informações de alerta contra o tabagis-mo e um kit denominado fis-sura, composto por porções de cravo, canela, uva-pas-sa, semente de abóbora e casca de laranja seca. O uso das porções é alterna-tiva que, segundo Charran, ajuda afastar o cigarro, por-que deixam um gosto forte na boca, que não combina com o tabaco.

Assim que bateu os olhos no cartaz sobre a campanha o aposentado Wanderley Zani, de 69 anos, foi atraí-do para o local onde fez o exame de monoximetria, equipamento que mede o índice de monóxido de car-bono no organismo. Com a mesma técnica utilizada pelo bafômetro, a presença de gás é detectada quando a pessoa sopra um bocal.

No caso do aposentado, o resultado foi 28 partes por milhão (ppm) de monóxido

de carbono, que o coloca na categoria do fumante pesado. Nesse tipo de tes-te, a classificação tem qua-tro categorias que se inicia pelo não fumante, que vai de 1 a 6 ppm, passa pelo fu-mante leve (de 7 a 10 ppm), pelo fumante intermediário (11 a 20 ppm) e acima disso, fumante pesado.

“Eu estou aqui mais por

Com o crescimento da vida em apartamentos temos observado, principalmente nos países desenvolvidos, um aumento expressivo do número de gatos do-mésticos. Em alguns locais como França e Inglaterra os bichanos já superaram os cães em número abso-luto. Apesar disso, o pre-conceito sofrido pelos feli-nos ainda é muito grande e um dos motivos é a crença de que o gato é o grande culpado pela transmissão de uma doença infecciosa muito temida pelos imu-nodeficientes e mulheres grávidas, a toxoplasmose.Doença infecciosa causa-da por um protozoário cha-mado Toxoplasma gondii, a infecção nos humanos é assintomática em 80 a 90 % dos casos e pode passar despercebida naqueles pacientes cuja imunidade é normal. Já no caso das gestantes, se houver in-fecção nos primeiros três meses de gravidez o feto pode desenvolver ceguei-ra, malformações cerebrais entre outros.Apesar dos gatos serem os hospedeiros definitivos

(ou seja, somente neles haver a reprodução dos parasitos), menos de 1% da população felina participa da dissemina-ção da doença. Eles só po-dem transmitir a toxoplas-mose através de suas fezes, meio pelo qual expelem os oocistos (ovos) do parasita, provenientes da ingestão dos cistos que ficam no tecido de animais como ratos e pássa-ros. Estes oocistos só podem infectar uma pessoa ou outro animal se eles estiverem “es-porulados”. Este processo de esporulação só é possível se o oocisto permanecer expos-to a temperatura e umidade ideais por três a cinco dias, quando então, se torna infec-tante. E o mais importante: para transmitir a toxoplasmo-se, este oocisto deve ser in-gerido pelo ser humano.Portanto, o simples contato com o animal, com seu pêlo, saliva, arranhadura ou até mesmo com suas fezes “fres-cas” são insuficientes para levar a uma infecção por toxo-plasmose, razão pela qual as infecções por contato direto com gatos excretando oocis-tos são extremamente impro-váveis.A via mais frequente da trans-

missão da toxoplasmose é a ingestão de carnes cruas ou mal cozidas, ou ainda verduras mal lavadas. Por-tanto, antes de pensar em culpar o gatinho da família, devemos adotar medidas simples como o cozimento dos alimentos, o cuidado com utensílios domésticos em contato com carnes cru-as e a lavagem cuidadosa de legumes e verduras.Se o gato fica restrito ao ambiente da casa e não caça animais como ratos nem come carne crua, as chances de ser portador do parasito é quase nula. Mes-mo assim, cuidados como lavagem da mão após lim-peza da caixa de areia, lim-peza rigorosa e diária da caixa com água fervente e avaliação periódica da saú-de do felino são recomen-dadas a todos os donos de gatos.O preconceito e a desin-formação fazem com que milhares de gatinhos sejam abandonados nas ruas to-dos os anos. Saber que a culpa não é do gato é o pri-meiro passo para desmisti-ficar a toxoplasmose e pre-veni-la da maneira correta.

JÔNaTas MEsQuITa

Fabricantes de medicamentos contínuos terão que informar fim de produção seis meses antes

As empresas fabricantes que decidirem suspender a produção de determina-do medicamento contínuo - usado principalmente no tratamento de doenças crô-nicas e/ou degenerativas, como diabetes e alteração de pressão -, terão que in-formar os consumidores seis meses antes de a fa-bricação ser suspensa. A medida foi aprovada no dia 11 de setembro pelos se-nadores da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e pode evitar que as pessoas sejam surpreendidas com a falta de abastecimento de um remédio essencial em farmácias e drogarias.

O país já tem uma lei que obriga as empresas que

decidirem deixar de fabri-car determinada droga a comunicar a decisão ao Mi-nistério da Saúde com an-tecedência mínima de 180 dias. Pelas regras atuais, a suspensão da produção ou o cancelamento de registro de medicamentos ainda de-pende de uma autorização da Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com a relatora, Vanessa Graziottin (PCdoB/AM), o projeto reforça o di-reito à informação e com-plementa as normas atuais. “[Com] a informação acer-ca da descontinuidade da produção de determinado medicamento, [o consumi-dor] terá tempo hábil para se precaver e adquirir uni-

dades extras do produto antecipadamente, além de buscar um substituto com o seu médico”, destacou.

Pelo texto, os fabricantes serão obrigados a incluir uma advertência sobre o encerramento da produção na embalagem do produto. O projeto, que ainda preci-sa ser aprovado na Câmara para passar a valer como lei, também define um piso mensal de fornecimento de medicamentos de uso contínuo ao mercado em quantidade igual ou supe-rior à média de vendas do produto dos três meses anteriores, respeitada a de-manda de cada município. (Carolina Gonçalves / Agên-cia Brasil)

» SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013

causa da minha filha. Ela fuma muito”, relatou ele, e “seria bom encontrar uma maneira de estimulá-la a lar-gar o cigarro”. A orientação que recebeu foi para procu-rar uma unidade de saúde, a mesma recomendação feita a vários fumantes sub-metidos ao exame.

“Eu quero parar [de fu-mar], porque não quero

morrer”, afirmou Vitalina Soares Pereira, de 65 anos, nascida em Minas Gerais e moradora de Itapecerica da Serra desde 1989. No teste dela, o resultado do monó-xido de carbono foi 15 ppm. Com kit fissura na mão, saiu com a esperança de atingir o objetivo.

Um estudo feito pelo Mi-nistério da Saúde, por meio

da pesquisa Vigilância de Fatores de Riscos e Prote-ção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2012), indica que a parcela da população bra-sileira acima dos 18 anos que fuma caiu 20% durante o ano passado. No Estado de São Paulo, a taxa ficou um pouco menor, 17%. (Marli Moreira / Agência Brasil)

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8 DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

RIO TOTAL EDIÇÃO: THELL DE CASTRO

BAlANÇoO Programa Lixo Zero, que começou a multar quem joga lixo em vias públicas no dia 20 de agosto, já apresenta os primeiros resultados positivos. A quantidade de resí-duo jogado nas vias públicas já foi reduzida em 50% no Centro da cidade e 46% em Copacabana, onde o programa começou no dia 03/09. No dia 10 de setembro, foi a vez da campanha chegar aos bairros de Ipanema, Leblon e Lagoa.

BAlANÇo iiAté hoje, foram aplicadas 1.088 multas, sendo 1.008 no Centro, 55 em Copacabana, nove em Ipanema, 11 no Leblon e cinco na Lagoa, a maioria no valor de R$ 157,00. Somente no dia de hoje, 122 pessoas foram autuadas no Centro e 10 em Copacabana.

METRÔO governo do Estado, em parceria com o Governo Federal, anunciou no dia 11 de se-tembro a liberação de recursos, no valor de R$ 2,57 bilhões, para a implantação da Li-nha 3 do metrô, que ligará os municípios de Niterói e São Gonçalo. A iniciativa faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 – Mobilidade Grandes Cidades. A conexão será feita pelo sistema de monotrilho, que deverá transportar aproximadamen-te 350 mil passageiros por dia.

EXPoSiÇÃoQuem ainda não visitou a exposição “Santo Antônio de Sá: a primeira Vila do Recônca-vo da Guanabara”, na Casa Heloísa Alberto Torres, em Itaboraí, tem até 21 de setembro para ver de perto a mostra do Museu Nacional, que retrata o início da ocupação no Estado do Rio, com relíquias arqueológicas recém descobertas na área do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

EXPoSiÇÃo iiEm princípio, a exposição iria até o dia 17 de setembro, mas devido à grande procura, a data foi prorrogada por mais quatro dias, como explica o presidente da Fundação Cultural de Itaboraí, Cláudio Rofério Dutra: “Em apenas cinco meses, atingimos mais de 4 mil visitantes, e nesta reta fi nal, a procura aumentou bastante. Esta parceria entre o Município e o Museu Nacional vai continuar. Posteriormente, vamos trazer novas expo-sições com foco em estudos paleontológicos e de arqueologia”, frisou Dutra.

PERFUMEO mobiliário urbano do Rio de Janeiro recebe, até o dia 16 de setembro, a campanha do perfume Hugo Red, intitulada “Red Means Go”. A ação foi desenvolvida para criar uma forte sintonia com o público carioca. Para isso, Hugo Boss veste a cidade do Rio de Janeiro com uma poderosa rede e desvenda cada vez mais o desejo do consumidor que busca qualidade nos produtos que adquire.

PERFUME iiPara estrelar a campanha, a marca escolheu o cantor e ator Jared Leto, da banda 30 Seconds to Mars, que estará na cidade para se apresentar no maior festival de rock mundial.

» SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013

A panicat Renata Molinaro posou para o Paparazzo recentemente. Durante o ensaio, a modelo de 25 anos falou de sua intimidade. Mesmo começando cedo nos relacio-namentos amorosos, Renata diz ter tido apenas três namorados e que se considera uma moça séria. Ela garante que tanto nos bastidores do programa “Pânico”, como na rua, nunca foi abordada de maneira desrespeitosa. “Sempre soube me posicionar. Os caras sabem com quem podem mexer, depende do comportamento da mulher. Nunca tive problemas”, afi rma.

O maior problema po-lítico que o país está atravessando tem nome: crise de poder. O que vem a ser esta crise de poder? É quando todo mundo manda, mas nin-guém obedece.Os governadores perde-ram o comando de seus Estados, os prefeitos perderam o comando de suas cidades, as lideran-ças políticas não lideram mais e os movimentos populares não têm um líder. Antigamente, nos meios políticos, nós sabíamos exatamente quem era si-tuação e quem era opo-

sição, quem era esquerda e quem era direita, agora está complicado de enten-der o que está acontecen-do na política nacional. Al-guns políticos do PT estão sendo julgados por corrup-ção, políticos do PSOL sen-do questionados por des-vio de verba em sindicato, ou seja, virou o “samba do crioulo doido”, ninguém se entende.O que está acontecendo com o Brasil? As manifes-tações populares nos leva-ram para onde? A verdade é que ninguém sabe. O que sabemos é que meia dúzia de oportunistas se aproveitaram dessa situa-

ção de falta de comando e só pioraram a situação politica em que nos en-contramos.Sem comando e poder de decisão, a política nacional está fadada ao caos e, num ano eleito-ral, as coisas tendem a piorar. É hora de se fa-zer uma refl exão. Os po-líticos precisam deixar de olhar só para o pró-prio umbigo e começar a trabalhar para fazer uma mudança radical na forma de se fazer polí-tica neste País. O Brasil que queremos é o Brasil que o povo pediu nas ruas!

PoR DENTRo DA NoTÍCiA

ENCoNTRoCerca de 150 crianças e jovens frequentadores da Vila Olímpica Manoel José Gomes Tubino, no Mato Alto, em Jacarepaguá, par-ticiparam de um encontro no dia 06 de setembro com o campeão paralím-pico brasileiro Yohansson Nascimento, medalha de ouro nos 200m e prata nos 400m T46, para atletas com membros superiores amputados, nas Olimpía-das de Londres 2012. O evento celebrou a conta-gem regressiva para os Jo-gos Paralímpicos Rio 2016, que chegou à marca de três anos no feriado de 07 de setembro.

Reinaldo Costa | Jornalista

o que está acontecendo com o Brasil?

METRÔ iiA Linha 3 será o primeiro percurso intermunicipal feito por metrô no Rio de Janeiro e vai agi-lizar o deslocamento de pessoas que circulam entre Niterói, São Gonçalo e municípios vizi-nhos. Cerca de 1,7 milhão de pessoas serão benefi ciadas pelo projeto de mobilidade urbana.