“Há ma is de cinqüenta anos que estou indo para Santa Maria. O que não é sacrifício para quem sabe que há de c hegar. E enquanto não c hego, vou-me d istra indo à min ha maneira, ora rindo, ora gemendo.”

Aniba l Mac hado in: O transitório definitivo.

1 ° de março – Hoje, ocorreu a aud iência pública que solicitei à Câmara Munici-pa l, para tratar do projeto de revita lização do M ercado Distrita l do Cruzeiro. Pela proposta em andamento estão previstas melhores insta lações para os co-merciantes, construção de um hotel, teatro e estacionamento. Convoquei a comu-nidade do entorno para um debate e ac ho que teremos boas soluções para um empreend imento que se faz necessário. A comunidade está d ivid ida e consegui-mos da Prefeitura a garantia de ouvir a população antes de definir o projeto.

2 de março – A prefeitura esteve na Câmara Municipa l para a prestação de contas referentes ao 3° quadrimestre de 2010. O gabinete esteve presente ao evento, que ocorre por obrigação lega l . Depois do a lmoço, recebi a visita de educadores in fantis que solicitaram aud iência pública para tratar da situação funciona l e sa laria l da categoria. Conseguimos marcar para o d ia 2 7 de abril .

3 de março – Recebi a visita do camarada Car lão Pereira, parceiro fiel ao mandato, sempre com uma conversa produtiva. Enquanto isso, a Cida repre-sentava o mandato no Comitê pela Mobilização pela Educação. Participamos do movimento desde seu início e sou autor da lei que cria o Dia Municipa l pela Mobilização. Desped i-me do Car lão e, em seguida, participei de um debate na TV Câmara sobre as indefectíveis sacolas plásticas, que foi ao ar durante o Carnava l. Espero que vocês já ten ham adotado as sacolas retornáveis no d ia-a-d ia e usando cada vez menos o plástico a ltamente poluente.

À noite, atendendo ao convite do ex-secretário municipa l de M eio Ambiente

e pro fessor da Fumec, Rona ldo Vasconcelos, debati o tema das sacolas plásticas com seus a lunos de

Engen haria Ambienta l . E assim, a notícia va i se espa lh ando e cada um va i tomando para si essa responsabilidade com a questão ambienta l . Depois, estive na concentração do Bloco do Moreré, em Santa Tereza. Aproveito para um registro que serve para os dema is d ias de folia : os blocos indepen-dentes dos ba irros da cidade foi o que bombou no Carnava l de BH. Todo d ia houve um bloco sa indo, sem con fusão, briga ou violência. Uma a legria espontânea e que começa a criar fama, bem d iferente dos grand iosos blocos de Ipanema, que provocam tumulto e coisa e ta l . Parabéns a todos eles e esperam que cresçam — Moreré, Unidos dos Grandes Lábios, Sou Bento Mas Não Sou Santo, Bando Santo, Bloco do Peixoto, Tetê a Santa, Bloco do Tchá-Tchá, Mama na Vaca e tantos outros.

4 de março – Nesta sexta, antes da sessão dos vereadores, recebi a visita da Beatriz, parceira no Quilombo do Morro do Papaga io. Tivemos uma boa conversa

sobre demandas da comunidade e sobre o projeto Vila Viva no loca l, cujas obras serão iniciadas a inda este ano. E durante todo o Carnava l, d ivid i a atenção entre meus netin hos; min ha mãe, que continua no CTI; um samba aqui, outro acolá; uma cerveja porque ninguém é de ferro; e namorar, porque é preciso.

12 de março – Programei para assistir a A rca de Noé, mas fa iô, porque o Davi tin h a que ir à festin h a da escola. Dancei!

14 de março – Pela man hã, no Conselho Municipa l da Pessoa com Deficiência, tratamos da questão dos novos membros e da eleição da M esa Diretora. Depois, um encontro com várias lideranças petistas a respeito dos movimentos políticos de BH, o prefeito Márcio Lacerda, situação do PT, PSB, en fim, conversas que estamos fazendo há tempos e que faremos outras tantas vezes ma is. No fim da tarde, após sessão dos vereadores e reunião com a Bancada do PT, encontro da Executiva do PT-BH, do qua l sou vice-presidente. Se vocês não sabiam, pronto! Já estão sabendo. Depois, enquanto meu assessor Vilmar participava de reunião

com o Pessoa l do Sociedade Independente da Música (SIM), dei uma esti-cada ao show “Canta Brasil”. Belíssimo e gostoso espetáculo. Parabéns a Lilian Macedo pela retomada do Projeto Pinzind im, ao qua l sempre me faço presente.

15 de março – Pela man hã, Joana e Fernanda, que dão suporte ao M iguilim, nos procuraram, pois pa iram ameaças sobre o projeto. A Prefeitura quer o espaço na Praça da Estação para um empreend imento multishow, com capacidade para dezenas de milh ares de pessoas. Conversamos um pouco sobre isso e, em seguida, fui aos secretários de Políticas Socia is e de Go-

verno para garantir que qua lquer mudança seja preced ida por um novo espaço, nos arredores da Praça da Estação, adequado ao funcionamento atua l do M igui-lim. O traba lho é imprescindível para crianças e adolescentes de rua, que têm, a li, uma referência afetiva, psicológica e de segurança. À noite, fui ao Pa lácio das A rtes escutar a Filarmônica de M inas Gera is exe-cutando Beethoven, Sc humann e Shostakovic h. Lindo concerto. Aliás, recomendo a todos vocês frequentarem as apresentações da Filarmônica.

16 de março – Pela man hã, reunião de gabinete para planejamento. Retomamos os encontros quinzena is para dar tratos à correria de sempre. Depois, fiz uma pa lestra sobre políticas públicas

para inc lusão de pessoas com deficiência às a lunas de Assistência Socia l da Fa-culdade Izabela Hendrix. Uma noite agradável, atendendo ao convite da pro fessora Sther. Ac ho que gostaram!

17 de março – Por reivind icação da comunidade do Morro do Papaga io/Barragem Santa Lúcia, junto com lideranças loca is, conversamos com a secretária adjunta de Saúde, Suzana Rates. Fa lamos de melhorias no centro de saúde, reparos físicos, d inâmica de traba lho e melhores cond ições de atend imento à população. À tarde, após a sessão dos vereadores, dei um pulo à Pucminas para conversar com os a lunos de Educação Física, convite foi feito pela pro fessora Vânia, antiga compan heira da UTE.

18 de março – Pela man hã, uma turma do Jorna lismo da Pucminas veio ao gabinete para tratar de qua l tema? Será que

vocês são capazes de imaginar? Isso mesmo, sacolas plásticas! À tarde, na recém-inaugurada emissora de TV a cabo BH News, fa lei também sobre. . . sacolas plásticas! Tão vendo? Vocês têm que ficar ligados, moçada! À noite, escutei um samba tocado pelo velho e sempre bom Mozart.

21 de março – Vocês acred itam que hoje se comemorava o Dia Internaciona l da Síndrome de Down? Fui convidado para o evento no Teatro Marília e não consegui entrar. Tava Lotado. Uma fila quilométrica! Girei os ca lcan h ares e voltei para trás.

22 de março – A reunião do Conselho Municipa l do Patrimônio foi excepciona l-mente antecipada para terça- feira, em razão da aud iência pública de cultura. Uma boa reunião, quando conseguimos garantir o tombamento de préd ios signi-ficativos e simbólicos do início da cidade.

23 de março – A Aud iência Pública da Cultura bombou gera l . Lamentar a ausência do secretário de Governo, Josué Va ladão, que

deixou a presidente da Fundação, Thaís Pi-mentel, na fogueira. O pau comeu! Bateram no prefeito e na FMC, revelando a insat-isfação do segmento em relação às políticas públicas e a importância que o prefeito atribui à questão cultura l de BH. Depois da aud iência, que durou ma is de cinco horas, fui à Casa Una, novo espaço da cidade, conversar cultura brasileira, num papo que contou com a presença da secretária de Estado da Cultura, Eliana Par-reiras, e o ator João M iguel. Blz!

24 de março – À tarde, também, como acompan ho há muitos anos, o Par lamento Jovem na Pucminas. Importante cic lo de de-bates com os temas que atormentam a cabeça da moçada: questão ambienta l e, neste último, as drogas. Precisamos conversar ma is sobre isso, gente! Não ad ianta en fiar a cabeça na areia feito aves-

truz. É um tema que precisa ser en frentado com coragem. Entrementes, min ha assessora Juliana Gontijo me representava na apresentação do projeto de revita li-

zação da Savassi . Ac ho que será interessante — embelezamento e acessibilidade. O investimento previa R$ 10 milhões e ca iu para R$ 7 milhões, mas penso que teremos um gan ho. A gora, o Pátio Savassi devia ter sido ma is generoso na permissão que paga pelo seu funcionamento no loca l . Mas, como a gente bem sabe, empresário é mão-de-vaca.

25 de março – Acordei as cinco da matina, fiz ginástica até as seis para c hegar ao Instituto Helena Antipo ff às oito horas, em Ibirité, participar de um debate sobre políticas públicas de educação, inc lusão e d iálogos na Linguagem Brasileira de Sina is (Libras). Foi bacana d+! Evidentemente, aceitei um delicioso café com pão de queijo, porque lá em casa não tin h a nada pra comer.

À tarde, um bolo na Escola Monteiro Lobato, de tem-po integra l, criada há seis anos por meio de uma lei de min ha autoria. Eu que escolhi o nome para homenagear o grande escritor in fantil, pa i da Emília, do Saci e do Visconde. Parabéns à garotada e espero que a experiência seja estend ida as outras regiona is da cidade.

P. S. 1 – Um comentário um tanto c horoso, para d izer da situação delicada de min ha mãe que está no CTI. Durante todo mês, d ivid i meu tempo entre visitas ao hospita l para um cari-n ho na min ha mãezin h a que tá na hora de virar estrela. P. S. 2 – Devo con fessar também que fiquei relapso com meus netin hos. Poucos momentos. Queria ter tido ma is, mas c ’est la vie! Depois eu compensoP. S. 3 – Dia 18 foi aniversário do meu sobrin ho Rafão — ma-grelo, a lto e muito gente boa. Toma tenência, Rafa. P. S. 4 – Dia 18 também que brotou a flor Irene, filh a do Célio Cruz e da Când ida. Vida longa!P. S. 5 – Pela man hã, no Museu de A rte da Pampulh a (MAP), assisti á apresentação do duo formado por Sergej Kravtsc henko (violino) e M ic h ael Uhde (piano). Maravilhoso! Quem não foi, perdeu mesmo!P. S. 6 – No sábado à noite, um jantar para um casa l amigo. No menu, capelette da mamãe e o molho que eu mesmo exe-cutei — espetacular!

Por ElaAdriana Godoy

Quando ela me d isse um d iaque eu dormisse com os anjose me abençoou todas as noites

Quando ela me acud iu em momentos d ifíceise me con fortou com sua presença

Quando eu não tin h a pra onde ire sabia que ela estava lá. . .

Quando eu viajava e tin h a sempre na voltaa certeza de seu abraço de seu amorde seu sorriso

Tudo parecia ma is fácilela era um porto manso e doce

A gora ela está num leito estran ho de CTIc heia de tubos e sorosa máquina respira por elamas seus olhos a inda me olh am

E me d izem que está tudo certoembora ela não fa le ma ise meu coração rasgado e pobrea inda aprenda com ela

Então, penso nos anjose se eles existemque velem por elae lhe tragam a paz

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