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ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 4 4 9 Ano 87 - Nº 23.449 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, quinta-feira, 1 de setembro de 2011 HOJE Muitas nuvens durante o dia. Máxima 16º C. Mínima 8º C. AMANHÃ Nublado. Pode garoar à noite. Máxima 16º C. Mínima 7º C. Uma sereia no piscinão da UNE São Paulo, terra de contrastes. Num dia, 32,7°C (recorde neste inverno) às 13h. No outro, no mesmo horário, 12°C. O paulistano tem de ser um forte mesmo. Pág.9 Nilton Fukuda/AE Lula Marques/Folhapress Wilson Dias/ABr Camila Vallejo, musa do movimento estudantil chileno, participou do protesto da União Nacional dos Estudantes em Brasília por mais verbas para a educação. Dilma recebeu lista de reivindicações. Pág.7 Feirinha 'mundial' da Madrugada na 25 de Março Pelo menos metade do espaço que deveria servir para tirar camelôs da ilegalidade está nas mãos de alguns estrangeiros, principalmente chineses. E eles não têm custos, como água e luz, para manter cerca de duas mil barracas. Pág.9 Dragão soluça e baixa juro a 12% Pela 1ª vez desde 2009, o Copom reduz a taxa básica de juro. O corte, de 0,5 ponto, visa acelerar a economia frente à crise mundial. "A decisão mostra que o BC está atento", diz Rogério Amato, presidente da ACSP, que espera mais medidas. Pág. 11 Orçamento prevê mínimo de R$ 619,21 Correção do salário mínimo, de 13,6%, já vale a partir de janeiro, segundo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Pág. 11 Mais um G8 de rebelados do PMDB Depois do G8 do Senado, vem o dos deputados. O grupo, liderado por Eduardo Cunha (RJ), defende que o partido devolva todos os cargos no governo. Pág.6 'Voto envergonhado e sem vergonha' Espírito de corpo, marca registrada do Congresso, salvou deputada, escreve José Márcio Mendonça. Pág. 2 Fotos: Nilton Cardin/AE 'A covardia do voto secreto' Cientista político Roberto Romano fala ao DC sobre os perigos da absolvição de Jaqueline. Pág. 6 Cadastro Positivo ao ritmo das redes sociais A cada mês, triplica o número de consumidores que autorizam a inclusão de seus nomes na lista de bons pagadores. Pág. 13 A coisa é tão grave que, após a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (à dir., manifestante protesta na Câmara), o senador Cyro Miranda teve a ideia de criar o Dia da Corrupção e a oposição intensificou campanha por uma CPI. Já o prefeito de Taubaté foi a Aparecida pagar promessa – acusado de desvios, escapou de impeachment. Págs.5a7 CORRUPÇÃO DO CÉU AO INFERNO Ed Ferreira/AE

Diário do Comércio

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01 set 2011

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Page 1: Diário do Comércio

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23449

Ano 87 - Nº 23.449 Jornal do empreendedorR$ 1,40

Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, quinta-feira, 1 de setembro de 2011

HOJEMuitas nuvens durante o dia.Máxima 16º C. Mínima 8º C.

AMANHÃNublado. Pode garoar à noite.

Máxima 16º C. Mínima 7º C.Uma sereia no piscinão da UNE

São Paulo,terra dec o n t ra s t e s.Num dia, 32,7°C (recordeneste inverno) às 13h. Nooutro, no mesmo horário,12°C. O paulistano tem deser um forte mesmo. Pág. 9

Nilton Fukuda/AE

Lula

Mar

ques

/Fol

hapr

ess

Wilson Dias/ABr

Camila Vallejo, musa do movimentoestudantil chileno, participou do protesto

da União Nacional dos Estudantes emBrasília por mais verbas para a educação.

Dilma recebeu lista de reivindicações. Pág. 7

Feir inha'mundial' daMadr ugada

na 25 deMarço

Pelo menos metade doespaço que deveria servir

para tirar camelôs dailegalidade está nas mãos

de alguns estrangeiros,principalmente chineses.

E eles não têm custos,como água e luz, para

manter cerca deduas mil barracas. Pág. 9

Dragãosoluça e

baixa juroa 12%

Pela 1ª vez desde 2009, o Copom reduz ataxa básica de juro. O corte, de 0,5 ponto,

visa acelerar a economia frente à crisemundial. "A decisão mostra que o BC estáatento", diz Rogério Amato, presidente da

ACSP, que espera mais medidas. Pág. 11

Orçamentoprevê mínimode R$ 619,21Correção do saláriomínimo, de 13,6%, jávale a partir de janeiro,segundo a ministrado Planejamento,Miriam Belchior. Pág. 11

Mais um G8de rebeladosdo PMDBDepois do G8 do Senado,vem o dos deputados. Ogrupo, liderado por EduardoCunha (RJ), defende que opartido devolva todos oscargos no governo. Pág. 6

'Voto envergonhadoe sem vergonha'

Espírito de corpo, marca registrada do Congresso, salvoudeputada, escreve José Márcio Mendonça. P á g. 2

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'A covardiado voto secreto'

Cientista político Roberto Romano fala ao DC s o b reos perigos da absolvição de Jaqueline. P á g. 6

Cadastro Positivo ao ritmodas redes sociais

A cada mês, triplica o número de consumidores que autorizam ainclusão de seus nomes na lista de bons pagadores. P á g. 13

A coisa é tão grave que, após aabsolvição da deputadaJaqueline Roriz (à dir.,

manifestante protesta naCâmara), o senador Cyro

Miranda teve a ideia de criar oDia da Corrupção e a oposição

intensificou campanha por umaCPI. Já o prefeito de Taubaté foia Aparecida pagar promessa –

acusado de desvios, escapou deimpeachment. Págs. 5 a 7

CORRUPÇÃO DO CÉU AO INFERNO

Ed Fe

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E

Page 2: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 20112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Voto envergonhadoe sem vergonha

JOSÉ

MÁRCIO

MENDONÇA

SAMIR

KEEDI

BRASIL E MÉXICO:LAÇOS SOLTOS

Ore l a c i o n a m e ntoentre Brasil e Méxicosempre foi muito

bom. Diríamos até excelente.São dois países com muitasafinidades – inclusive nassuas crises econômicas.Aparentemente, ambospoderiam trabalhar juntos,numa parceria de bonsresultados, principalmenteno que tange ao comércioexterior. Até porque osmexicanos formam, com EUAe Canadá, um dos maisimportantes blocoseconômicos do mundo, oNAFTA - North América FreeTrade Agreement. É um blocode preferências tarifárias, como intento de chegar ao livrecomércio e que que poderiaser, mais uma porta deentrada para o maior mercadoindividual do mundo, os EUA.

No entanto, como sabemosque há mais coisas entre o céue a terra do que as nuvens,chuvas e aviões, algo não batenesse relacionamento. O lógicoseria termos – o Brasil ou oMercosul – um acordo de livrecomércio, ou caminhandopara ele após um períodode preferências tarifárias. Noentanto, o relacionamento doBrasil/Mercosul com o Méxicoestá muito aquém dodesejável. Emboratenhamos três acordoscomerciais com o país,eles são muito tímidosse comparados aosque temos comdiversos outros países.

Temos acordosa b ra n g e nte s,dentro do

Mercosul, com o Chile,com a Bolívia, como Peru, e coma Colômbia, Equadore Venezuela, emconjunto. Raramente há algonão enquadrado nessesacordos, necessitando autilização do acordo realizadocom todos os países emconjunto. É o PTR 4 – Acordode Alcance Regional –, apenasde preferência tarifária.Estabelecido entre os 12países que constituem aAladi – Associação LatinoAmericana de Integração –sucedeu a ALALC - AssociaçãoLatino Americana deLivre Comércio, aquela quenunca funcionou .

Estranhamente, não temosacordos abrangentes como México. Temos três acordosválidos com aquele país: o ACE55, automotivo; o ACE 53 parademais mercadorias e oPTR 4, da Aladi (fora o ACE 54,que nunca foi implementado).Cada um abrange certaquantidade de mercadorias,mas os três juntos nãoabrangem a totalidade doque existe e do que étransacionado entre as partes.

Quando a mercadorianão está enquadrada em

algum dos ACE - Acordo deComplementação Econômica,temos de verificar se está noPTR 4. Porém, há uma listade exceções: o que está nestalista precisa ser importadocom pagamento normal doImposto de Importação.

Isso é um mistério paranós. É, no mínimo, surreal.Não sabemos como explicar.O mais plausível a se cogitar éque um acordo abrangenteentre Brasil e México nãoé interessante, importanteou conveniente. Será umaquestão de governo? Oude empresários? Precisamospensar seriamente sobreisso e, se houver arestas aserem aparadas, que o sejam.

Pode até ser que oproblema seja oMercosul, com outros

de seus países-membros.O bloco não permite acordosindividuais: a única fórmulaaceitável é "4 + 1", ou seja,acordos do bloco com outro(s)país(es). A situação piorarámuito quando tivermos o"'azar" da decisão ter que ser5 + 1 – o que não está distante.Falta só a anuência doParaguai para a entrada dofamigerado 5º país-membro.

O voto secreto, nessas circunstâncias é, ao mesmo tempo, um voto envergonhado e um voto sem vergonha.José Márcio Mendonça

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCláudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

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opinião

O instrumento que salvou adeputada Roriz foi o voto secreto, que

impera em várias instâncias dedecisão do Congresso Nacional.

Deputada Jacqueline Roriz fala na Câmara: salva da cassação pelo espírito de corpo do Congresso.

Salvou o mandato da de-putada do Distrito Fe-deral, Roriz Filha (comodiriam os colunistas so-

ciais de antanho, née Jaqueline) oespírito de corpo que é marca re-gistrada do Congresso Nacional.O medo de um chamado "efeitoOrloff" – eu sou você amanhã.

A acusação que envolvia a par-lamentar brasiliense, flagradacom a mão na cumbuca, era, nofundo, de recebimento indevidode "recursos não contabilizadosde campanha" (apud "o nossoquerido Delúbio"), popularmentechamado de "caixa dois". E em ma-téria de caixinha ou de caixa maiorna política, quem no Congressopode atirar o primeiro voto?

Mas o instrumento que salvou adeputada Roriz – coisa, aliás, queBrasília inteira, mais as torcidasdo Corinthians e do Flamengojuntas já sabiam que aconteceriadesde sempre – foi o maldito votosecreto que impera em várias ins-tâncias de decisão do CongressoNacional. Uma das muitas excres-cências da peculiar democraciadessas terras tupiniquins. O mes-mo voto secreto que salvou alguns"mensaleiros" federais, hoje com acorda no pescoço no Supremo Tri-bunal Federal (STF).

Quando o processo de cassaçãoda Roriz Filha foi votado na Co-missão de Ética, com um contun-dente relatório do deputado Car-los Sampaio (PSDB-SP), a perdade mandato foi aprovada com fa-cilidade, pois lá o voto foi aberto ea turma não quis mostrar sua ver-dadeira cara aos eleitores. Acober-tada pelo capuz do voto secreto noplenário, na terça-feira, a maioriaganhou coragem para votar emcausa própria, sem deixar digitais.E ainda por cima criando uma es-pécie de "jurisprudência": desviode conduta ou crime cometido an-tes do mandato não merecem serjulgados no Congresso.

Aberração maior, impossí-vel. O parlamentar, valerepetir o óbvio, não é do-

no daquela cadeira, daquele man-dato: ele é apenas um representan-te do eleitor, do cidadão. Deve,portanto, satisfação de seus atos aquem o elegeu. E como o eleitorpoderá julgar corretamente seuparlamentar, se em momentos de-cisivos ele se esconde por detrásda máscara do voto secreto? Co-mo agora o fizeram 265 parlamen-tares (fora os que se omitiram,quase 100) em relação à filha do ex-governador e ex-senador JoaquimRoriz, cinematograficamente fla-grada recebendo dinheiro escuso

para fazer política.O voto secreto em votações no

Legislativo somente se justificaem alguns poucos casos, raras ex-ceções, quando se trata de prote-ger o parlamentar de pressões quepodem se tornar insuportáveis,vindas principalmente de outrospoderes. É o caso específico, porexemplo, das apreciações dos ve-tos presidenciais e mais algumasquestões diplomáticas e de segu-rança externa. É isso e pouco mais.O voto do parlamentar, de modogeral, tem de ser limpo, aberto,confessado e ponto final.

Quando alguns mensaleiros co-meçaram a ser salvos, encobertos

pelas nuvens dos votos envergonha-dos dos deputados de então, reaçõesmais indignadas de setores forma-dores de opinião pública levaram aum movimento no Congresso pelaextinção do voto secreto.

Aproposta chegou a serdiscutida pelos parla-mentares e passou inclu-

sive por votação até em primeiroturno na Câmara.

Passado o estardalhaço da ab-solvição da maior parte dos men-saleiros, a emenda constitucionaldo fim do voto secreto foi para olimbo ainda em 2006, e apagou-seda memória parlamentar. Na oca-

sião, dos 12 deputados acusadosde receber vantagens do esquemado mensalão que tiveram cassaçãorecomendada pela Comissão deÉtica (voto aberto) só três perde-ram o mandato. Os outros nove fo-ram libertados pelo voto oculto. Ovoto secreto, posteriormente, libe-rou o "deputado do castelo", o mi-neiro Edmar Moreira, só "cassado"posteriormente pelo eleitor.

O voto secreto nessas circuns-tâncias é, ao mesmo tempo, umvoto envergonhado e um votosem vergonha. E não há no parla-mento quem queira mudá-lo. Nareforma política, fala-se, comchances de sair, em dar mais di-nheiro público para a campanha,sem coibir duramente o caixa dois.É assim, infelizmente para a de-mocracia brasileira, que o Legisla-tivo vai deslizando sempre e segu-ramente ladeira abaixo.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É

J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

Ed Ferreira/AE

Mas achamos que o problemaé brasileiro e por algumaestranha razão que a própriarazão talvez desconheça.

Precisamos também,independentemente dequalquer acordo abrangentecom o México, fazer acordoscom outros países. Temosde acompanhar o Méxicoe o Chile – cada um temacordos com cerca de 50países. Precisamos parar desermos avessos a acordoscomerciais, o que é flagrante,em vista dos que temos.

Uma das primeiras coisasa fazer é sair do Mercosul. Ouretroceder na união aduaneirae transformá-lo num simplesacordo de preferênciastarifárias. É só verificar oseternos problemas queo bloco apresenta para verque ele talvez não compensetantos acordos que deixamosde fazer com outros países.

SAMIR KEEDI É P RO F E S S O R ,E CO N O M I S TA , AU TO R DE VÁRIOS

L I V RO S EM CO M É RC I O EX TERIOR.SAMIR@ADUANEIR AS.CO M .BR

Evelson de Freitas/AE - 02/04/2008

Page 3: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 2011 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

OLAVO DE

CARVALHO

A APOTEOSEDA PREPOTÊNCIAMENTAL

Há muitasdécadas todosos atentadosterroristas sãocometidos pormuçulmanosradicais ou pororganizaçõesesquerdistas.

Tal como previ anos atrás– sendo por issochamado de paranoico

pela milésima vez –, aAssociação PsiquiátricaAmericana, atendendoà ruidosa exigência de gruposde pressão, está estudandoseriamente a possibilidadede eliminar a pedofilia dasua lista de doenças mentais,como fez em 1973 como homossexualismo(v.http://dailyc aller.com/2 0 1 1 / 0 8 / 1 5 / co n fe re n ce - a i m s -to-nor malize-pedophilia/?pr int=1).

Normalizada e legitimadapela "ciência", aquela condutasexual especialmente abjetaserá protegida pelas leis: quemquer que ouse erguer a vozcontra ela será acusado de"discurso de ódio", exatamentecomo hoje acontece comaqueles que, sem nem mesmocondenar a práticahomossexual em si, digamalgo contra o movimento gay.O professor que tenha relaçõessexuais na escola com umaluno de oito, dez ou doze anosestará garantido pelo Estado,e os pais que se rebelaremcontra essa brutalidade terãode curtir sua revolta emsegredo, sem comentá-lanem mesmo com os vizinhos,por medo de seremdenunciados à polícia.

Ao mesmo tempo,a administraçãoObama, gentilmente

secundada pela grande mídia,faz o que pode para impedirque os militantes da Al-Qaeda,do Hamas e de entidadescongêneres sejam chamadosde "terroristas" e parafomentar, em vez disso, ouso desse termo comoqualificativo adequado paraos membros do Tea Party edas organizações religiosasconservadoras em geral.

Há várias décadas todos osatentados terroristas domundo são cometidos pormuçulmanos radicais ou pororganizações esquerdistas;nenhum por qualquer grupode conservadores ou cristãos(a tentativa de assim rotular onorueguês Anders Breivikrevelou-se uma farsagrotesca). Bem ao contrário,por toda parte os cristãos sãovítimas de uma política deextermínio que os elimina àbase de cem mil por década,mas isso não vem ao caso.

"Terrorista", segundo a eliteobamista, não é quem matapessoas a granel: é quem votaou fala contra Barack Hussein

Obama, contra o abortismoou contra o excesso degastos públicos.

No Egito, um doslíderes elevados aopoder com a ajuda do

governo Obama já pregaabertamente a matançageneralizada de cristãos,mas não há nisso o menorsinal de uma política de terror:terror é sugerir, mesmo porhipótese, que o atualpresidente americano seelegeu com documentosfalsos ou que ele tenha alguminteresse em comum com osinimigos do seu país.

Dentro de alguns anos, aopinião pública terá sehabituado aos novos sentidosdas palavras, ao ponto de nãoconseguir mais conceber umataque terrorista senão sob aforma de pregação bíblicacom sotaque Redneck.

Para maior glória dareforma semântica, achefe da Homeland

Security, Janet Napolitano,divulgou recentemente a novadescrição oficial do terroristatípico. Qual a raça do cidadão?"Caucasian". É o branco deorigem europeia. Isso exclui osárabes in limine. Claro, quemnão sabe? As hostes do Hamase da Al-Qaeda compõem-seeminentemente de loiros deolhos azuis. Só um malditoracista ousaria pensar quenão. O desafio satírico deGroucho Marx – "Afinal, vocêvai acreditar em mim ou nosseus próprios olhos?" –tornou-se política oficial.

Será possível continuar nãoenxergando por trás dessaconfluência de iniciativas umaestratégia geral de mutaçãopsicológica das massas, a maisambiciosa, prepotente e loucade todos os tempos?

OL AVO DE CA RVA L H O

É E N S A Í S TA , J O R N A L I S TA E

P RO F E S S O R DE FI LO S O F I A

Petróleo ainda ditaos rumos do futuro

PAULO

BRITO

OS PAÍSES E AS EMPRESAS ESTÃO O TEMPO TODO NUMA B A TA L HA PELO PETRÓLEO.opinião

Yergin: energiaé que impulsionaas mudançaspolíticas eeconômicasdo mundo.

O que não pode pararARISTÓTELES

DRUMMOND

Da n i e lH o w a rdYergin ée c o n o-

mista, consideradouma das maiores au-toridades do mundoem energia. É um ho-mem que assessorachefes de Estado eempresários quandohá dúvidas sobre orumo tomar nas ques-tões energéticas.

Ye r g i n g a n h o umais notor iedadequando publicou, em1992, O Prêmio: a Bus-ca Épica por Petróleo,Dinheiro e Poder, quelhe rendeu o PrêmioPulitzer desse ano.Nessa obra ele já pro-vava que a energia é oque de fato impulsiona as mudan-ças políticas e econômicas domundo. Agora, mostra os deta-lhes e novas explicações sobre esseassunto em The Quest: Energy, Se-curity, and the Remaking of the Mo-dern World (em português, "A Bus-ca: Energia, Segurança e a Recons-trução do Mundo Moderno", ThePenguin Press HC, 816 páginas).

Quatro anos atrás ele esteve noBrasil para um encontro em queespecialistas de diversas partesdo mundo discutiram as possibi-lidades para o álcool brasileiro(agora etanol) no mercado decombustíveis. Yergin chegou aoanunciar que em três anos o eta-nol brasileiro se transformarianum produto de exportaçãomuito relevante, mas suas expec-tativas foram até modestas emrelação à realidade atual.

A s decisões sobre energianão se originam apenasna mente dos governan-

tes e empresários. Yergin mostraque elas surgem nas ruas de Pe-quim, nos conflitos do OrienteMédio, nas praias do Mar Cás-pio, no Vale do Silício ou no Riode Janeiro e precisam ser bemcompreendidas, caso contrário,podemos estar abrindo mão dosrumos que escolheremos para ofuturo. Todas essas decisões afe-tam, de um ou de muitos modos,o equilíbrio do meio ambiente e oaquecimento global.

O livro acaba centralizado nasquestões do petróleo por razõesóbvias – os dados mais recentes daEnergy Information Administra-tion, dos EUA, mostram que o pe-tróleo responde por 35% da ener-gia consumida e o carvão, por21%, enquanto o gás natural res-ponde por 21% do consumo e asfontes renováveis apenas por 8%.

A Agência Internacional deEnergia (AIE) calcula que serãonecessários investimentos da or-

dem de US$ 10,5 trilhões até 2030para que esse quadro se torne maisconfortável em termos de depen-dência de uma fonte ou de outra. Asituação ficou assim por causa dasdecisões tomadas pelas empresase governos em relação à energia.

Yergin mostra o caminho per-corrido pelo mundo até esseponto, com a ascensão do que elechama de "petrostate", a corridapelo controle dos recursos ener-géticos do antigo império sovié-tico, e as gigantescas fusões cor-porativas que transformaram omercado mundial de petróleopara sempre. Com tal grau de de-pendência, países e empresas es-tão o tempo todo numa batalhapelo petróleo – acesso e controle,manutenção de estoques e defornecedores, para aliviar a inse-gurança do abastecimento.

Todas essas ações, garante Da-

niel Yergin, continuarão a moldara geopolítica e o mundo. E por trásdelas sempre haverá questões di-fícieis de responder. Como, porexemplo: China e EUA poderãoem algum momento entrar emguerra por causa de petróleo?

Todos os países investemem alternativas justamen-te para evitar que se che-

gue a esse ponto, mas isso jáaconteceu. A invasão do Kuwaitpelo Iraque, por exemplo, foi fei-t a s o b a a c u s a ç ã o d e q u e oKuwait estava roubando petró-leo iraquiano por meio de sondasinclinadas. Na verdade, o Iraquetinha outras razões para a inva-são, entre elas a necessidade devender mais petróleo para pagaruma dívida de médio prazo daordem de US$ 80 bilhões. Umadívida contraída para pagar as

despesas de outraguerra, contra o Irã.

Yergin conta quehá turbulências tam-bém em relação àso u t r a s f o n t e s d eenergia – nuclear,carvão, eletricidadee gás natural ofere-cem cenários nadatranquilos, mas háesperança: as ener-g ias a l te rnat ivascontinuam um cami-nho importante a sertrilhado pelos gover-nos e empresas.

Hoje, os bancosde investimento es-tão de olho nas em-presas que produ-zem biocombustí-veis e equipamen-tos para geração de

energia eólica ou solar, que po-derão ser importantes no cresci-mento da economia mundial du-rante as próximas décadas.

Nos EUA, uma das alter-nativas que começa a seconsolidar é a extração

de gás de xisto, que recentementese tornou viável. Até o ano 2000,ele representava apenas 1% do su-primento americano de gás natu-ral. Hoje, já participa com 25% epode subir para 50% dentro deduas décadas. Com sua entradana matriz energética, as reservasde gás do país subiram para cercade 70 trilhões de metros cúbicos degás, sem falar em outros 14 tri-lhões que existem no Canadá,maior fornecedor de petróleo paraos EUA. Isso representa um esto-que de gás suficiente para mais de100 anos de fornecimento. O Bra-sil, por ora, tem reservas conheci-das da ordem de 6 trilhões de me-tros cúbicos de gás de xisto.

No entanto, como se não faltas-sem incertezas no horizonte, entraagora a questão da queda de pro-dução da Líbia. Depois dos com-bates e do ataque a bases, refina-rias e poços, os rebeldes acreditamque é possível restaurar a produ-ção em alguns meses, mas a maio-ria dos especialistas acha que vailevar ao menos um ano para queos níveis de produção se igualemaos anteriores à guerra civil.

"A história mostra que é um tra-balho pesado e complexo admi-nistrar uma indústria petrolíferanos momentos de incerteza sobrequem está no poder", disse Yerginnuma entrevista ao jornal The NewYork Times. "Agora", completou, "épreciso descobrir que estragos fo-ram feitos e quem irá administraressa indústria".

PAU L O BR I TO É J O R N A L I S TA ,G R A D UA D O EM ECONOMIA E MESTRE

EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA

Com a crise crescendolá fora, ninguém maisduvida que teremos de

promover um ajuste nas contaspúblicas. As despesas do setorjá chamam a atenção dosmercados e não podemoscorrer o risco de entrarmos nazona de desconfianças quantoà nossa condição de enfrentaro momento econômico.

Seja como for, o Brasil não podeparar. Precisa crescer e estamosdefasados na infraestrutura. Logo,os projetos do PAC, concebidosno governo anterior e sobgerenciamento da hoje presidenteda República, seriam suficientespara elevar a nossa capacidadede crescer, apesar da crise.

Energia e transportes sãopontos fracos. Não temos portosnem aeroportos em condiçõesde atender a uma demanda maior.E os projetos ferroviários,excelentes, que resgatam um

modal fundamental, em pontosimportantes do País, precisamrecuperar os atrasos nocronograma planejado e, emmenos de um ano, oferecer umoutro quadro . Na energia, nada aacrescentar, exceto os cuidadospolíticos e jurídicos para queintervenções ambientais, indígenase afins não prejudiquem o andardas obras iniciadas. Além de SantoAntônio e Jirau, que dependemde uma linha de transmissãoenorme, Belo Monte não podesofrer mais atraso para não setornar um projeto desacreditado.E Manaus precisa receber o

linhão de Tucuruí e aproveitar ageração do gás de Urucu, projetosantigos do ex-presidentee atual diretor da Eletrobras,José Antonio Muniz Lopes.

Melhorar a credibilidadede nosso Judiciário coma reforma dos códigos,

tornando uma realidade asonhada celeridade desde muitoreclamada, é ponto que nãodepende de muito investimento.Pelo contrário. Com asimplificação desejada,diminuindo a carga de processos,a maioria de origem no próprio

poder público, não haveránecessidade de mais pessoal emuito menos novos prédios.

Se for aplicada a Lei deResponsabilidade Fiscal,ampliando a "ficha limpa",tornando o setor público cada vezmais transparente, poderemosenfrentar a crise com maisconforto e confiança na breveretomada. Não podemos tambémpermitir que as categoriasmais organizadas promovamaumentos salariais inflacionáriose levem todo o esforçoaté aqui feito ao descrédito.

Competência e autoridadesão pontos a serem exaltadospelos que ocupam postosde comando. E muita coragem .

ARISTÓTELES DRU M M O N D

É J O R N A L I S TA E VICE-PRESIDENTE

DA ASSOCIAÇÃO CO M E RC I A L DO

RIO DE JA N E I RO.ARI.D RU M M O N D @YA H O O.CO M .BR

Page 4: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 20114 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Solução

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Page 5: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 2011 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

NEM A CAPETA É ACEITAPara a Câmara, receber propina não é

crime, quando a envolvida é a deputadaJaqueline Roriz. Mas protestar vestida de

capeta, não pode. Fere o regimento.

política

Absolvição de Roriz podegerar 'Dia da Corrupção'

A proposta vai ser encaminhada pelo senador CyroMiranda (PSDB-GO) que, em discurso na tribuna,disse que há argumento para tudo. "Para receberpropina, para desviar dinheiro público, para pegarcaronas em jatos". Nem vídeo da Polícia Federalconsegue convencer os deputados federais.

Osenador CyroMiranda(PSDB-GO) fezontem duras

críticas à absolvição dadeputada Jaqueline Roriz(PMN-DF) no processo decassação da Câmara epediu, em discurso natribuna, que o dia 30 deagosto seja reconhecidocomo o Dia da Corrupção.Para que isto ocorra, otucano prometeuencaminhar projeto nessesentido. "Parece que avergonha não existe mais",afirmou Miranda."Receber propina, pegarcaronas em jatos, desviardinheiro público, paratudo existe argumento".Para o senador, "nemmesmo o vídeocomprovado pela PolíciaFederal mostrando umacandidata recebendodinheiro ilegal parafinanciar a campanha teveforça para convencer osdeputados a votarem pelacassação". O senadorPedro Taques (PDT-MT)reforçou as críticas àabsolvição da deputada."Mandato não apaga opassado, não passa umaborracha". Ele defendeu oaumento da pena para oscrimes de corrupção erevelou que o País perdeR$ 69 bilhões por esse tipode crime por ano. Odeputado federal Romário(PSB-RJ) também criticoua decisão. Segundo oex-atacante, a Câmaradesperdiçou umaoportunidade ao manterJaqueline no cargo. Elegarantiu que votou pelacassação. "Não questiono alegalidade da decisão enão tenho pessoalmentenada contra a deputada",escreveu em seu blog."Mas acho que

desperdiçamos umagrande oportunidade dedar uma resposta política àsociedade brasileira,cansada de tantos desvios,de tantos escândalos decorrupção". Em suamensagem, Romário sedisse decepcionado eaproveitou para defenderos seus atuais colegas."Antes de ser eleito, euachava, como muita genteacha, que 99,9% dosparlamentares nãotrabalhavam. Hoje vejo,pela minha própriaexperiência, que nãoé bem assim".Por 166 votos favoráveis àcassação, 265 contra e 20abstenções, JaquelineRoriz foi absolvida nanoite de terça-feira pelaCâmara dos Deputados,mesmo com arecomendação doConselho de Ética pelacassação. A votação foisecreta. Ela foi filmadarecebendo dinheiro deDurval Barbosa, delatordo mensalão do DEM doDistrito Federal. Na época,a deputada admitiu que odinheiro seria para ocaixa 2 de campanha.Capeta – Umamanifestante vestida decapeta protestou ontem noSalão Verde da Câmaracontra a absolvição deJaqueline. Dizendo-semotivada por uma"indignação com aimpunidade", LeilianeRebouças conseguiu ficarpor dez minutos no localaté ser retirada pelosseguranças. O pretexto foide que não estava vestidaapropriadamente, comomanda o regimento daCasa. Além da fantasia, elalevou um cartaz com osdizeres "Senhores (as)deputados (as) que

salvaram Jaqueline Rorizvão para o inferno e que odiabo os carregue".Leiliane disse que fazparte do grupo "Adote umDistrital", que acompanhaos trabalhos dos políticosde Brasília. ( F o l h a p re s s )

Vestida de capeta,Leiliane Rebouças

protesta na Câmaracontra a absolvição de

Jaqueline Roriz. Adecisão chocou o senador

Cyro Miranda. "Não hámais vergonha".

Ed Ferreira/AE

Waldemir Barreto/Ag. Senado

Leia mais sobre corrupção

nas esferas federal e

municipal nas páginas 6 e 7

Page 6: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 20116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3ABERTURA DE LICITAÇÃO

Encontram-se abertos no Gabinete:PREGÃO ELETRÔNICO 251/2011-SMS.G, processo 2011-0.170.319-5, destinadoao registro de preços de CÂNULAS ENDOTRAQUEAIS SEM E COM BALÃO,para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras/ÁreaTécnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A abertura/realizaçãoda sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 10 horas do dia 19 de setembrode 2011, a cargo da 1ª Comissão Permanente de Licitações da SecretariaMunicipal da Saúde.PREGÃO ELETRÔNICO 273/2011-SMS.G, processo 2011-0.225.439-4, destinadoao registro de preços de PULSEIRA DE IDENTIFICAÇÃO ADULTA E PEDIÁTRICA,para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras/ÁreaTécnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço por item. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 11 horas do dia 21 desetembro de 2011, a cargo da 1ª Comissão Permanente de Licitações daSecretaria Municipal da Saúde.PREGÃO ELETRÔNICO 245/2011-SMS.G, processo 2011-0.191.481-1, destinadoao registro de preços de MEDICAMENTOS DIVERSOS XI, para a Divisão Técnicade Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras/Área Técnica deMedicamentos, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública depregão ocorrerá a partir das 11 horas do dia 26 de setembro de 2011, a cargo da1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.PREGÃO ELETRÔNICO 259/2011-SMS.G, processo 2011-0.197.463-6, destinadoao registro de preços de MEDICAMENTOS DIVERSOS XII, para a Divisão Técnicade Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras/Área Técnica deMedicamentos, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública depregão ocorrerá a partir das 10 horas do dia 28 de setembro de 2011, a cargo da1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICOOs documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresasinteressadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema,www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital.RETIRADA DO EDITALO edital do pregão acima poderá ser consultado e/ou obtido nos endereços:http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, www.comprasnet.gov.br, ou,no gabinete da Secretaria Municipal da Saúde, na Rua General Jardim, 36 - 3ºandar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento detaxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documentode Arrecadação do Município de São Paulo.

SECRETARIA DA SAÚDE

Temos pesquisas de falta de confiança nas instituições, tudo preparado pelos políticos. São cegos guiando cegos.Roberto Romano, cientista político e professor (Unicamp)política

Oposição se revolta contra impunidadeLideranças promoveram uma manifestação após absolvição de Jaqueline Roriz. E grupo peemedebista, injuriado, pede entrega de cargos e ameaça apoiar a CPI

Um dia depois de aCâmara absolver adeputada Jaqueli-ne Roriz (PMN-

DF), as principais liderançasda oposição no Congresso fize-ram, ontem, um novo manifes-to contra a impunidade e a fa-vor da CPI da Corrupção, paraapurar irregularidades em di-versos ministérios.

Até agora, a CPI já conta como apoio de 126 deputados e 20senadores. Para sair do papel,precisa da assinatura de 171deputados e 27 senadores.

Estavam presentes no atoPSDB, DEM, PPS e PSol. "Nun-ca, em tempo algum, essa CPIse justificou tanto como agora.Ontem, em um momento infe-liz da Câmara, provocamosmais um desgaste e uma razãode desesperança para a socie-dade", lamentou o líder doPSDB no Senado, Álvaro Dias(PR), referindo-se à sessão queabsolveu Jaqueline.

PMDB rebelado – Depoisdo G8 do PMDB do Senado –grupo de senadores indepen-dentes que contestou a lide-

rança de Renan Calheiros (AL)na relação com o governo –surge agora o G8 da Câmara,pregando que o partido devol-va os cargos que ocupa à presi-dente Dilma Rousseff. Lidera-dos pelo deputado EduardoCunha (PMDB-RJ), sete depu-tados do PMDB do Rio assina-ram um manifesto em que rea-firmam o apoio ao líder da ban-cada, Henrique Eduardo Al-ves (RN) e à presidente Dilma,mas "expressam o seu descon-tentamento com a participa-ção do partido no governo".

"Não estamos brigando comninguém nem pedindo nada.Atese é a de entregar tudo. Se épara o PMDB ficar com a gor-jeta, é melhor deixá-la para ogarçom", diz Cunha. Segundoele, o manifesto reúne apenas abancada fluminense do parti-do, mas poderia ser maior por-que o descontentamento émais amplo.

O primeiro dos seis itens domanifesto é o que apoia Alves ereafirma o "engajamento" nacandidatura dele à presidênciada Câmara em 2013, dentro do

revezamento no posto com oPT do atual presidente MarcoMaia (RS).

Em seguida, vem o apoio aogoverno da presidente Dilma.

"O melhor seria estarmos fo-ra da ocupação de cargos pú-blicos, já que o tamanho dopartido não está representadoadequadamente".

D e nú n c ia s – No quartoponto, o grupo manifesta o"desconforto com as denún-cias envolvendo quadros dopartido, em situações onde osfatos denunciados são anterio-res à gestão comandada peloPMDB, mas vêm provocandodesgaste em todos nós".

O texto também destaca que"o apoio ao governo não signi-fica deixar de apurar e investi-gar qualquer denúncia exis-tente, seja por instrumento tra-dicional ou por CPI".

Além de Cunha, integram alista de signatários os deputa-dos Adrian Musse, AlexandreSantos, Edson Ezequiel, Fer-nando Jordão, Nelson Bornier,Solange Almeida e Washing-ton Reis. (Agências)

Líderes da oposição participam de ato no Congresso: indignação contra a corrupção nos ministérios.

Ed Ferreira/AE

Em encontro com empre-sários na AssociaçãoComercial de São Paulo

(ACSP), o ex-embaixador daVenezuela, Milos Alcalay, pe-diu apoio ao ex-candidatoopositor à Presidência, Alejan-dro Peña Esclusa, que está comcâncer e continua sob intensavigilância do presidente HugoChávez.

Esclusa estava preso acusa-do de terrorismo, mas foi liber-tado após o Supremo TribunalFederal venezuelano conce-der liberdade a 54 presos polí-ticos em estado grave de saú-de, a pedido do presidente.Mas Peña está proibido de sairdo país e de dar entrevistas.

Reunião– O ex-embaixadordeixou claro que uma aliançaentre venezuelanos e empre-sários brasileiros é fundamen-tal para manter o oposicionistavivo e também para fortificar omovimento anti-Chávez. "Ele(Alejandro) está sendo manti-

do vivo graças à alianças, co-mo essa com a Associação Co-mercial de São Paulo".

Na reunião, empresários, oex-embaixador e seu assessor,Pedro Paúl, conversaram so-bre encontro futuro para dis-

cutir os rumos de uma Vene-zuela sem Chávez.

D e m o c ra c i a – Em oposiçãoao ex-presidente Luiz InácioLula da Silva, que disse que ogoverno de Chávez poderiaser chamado de tudo, menosde anti-democrático, o ex-em-baixador esclareceu:

"Se a democracia que Lulafala é a democracia de Fidel,tudo bem. Mas a democracianos moldes liberais não temnada a ver com o que existe naVenezuela. Democracia não ésó ter eleições. O problema dopaís é um só, e atende pelo no-me de Hugo Chávez".

Para Alcalay, Chávez inau-gura um novo tipo de socialis-mo – o que utiliza ações demo-cráticas para destruir a própriademocracia. "O referendo em2007 é um exemplo disso. Essetipo de socialismo deve ser in-tensamente monitorado".

Ele ainda caracterizou como"grande blefe" os planos deChávez de estatizar as minera-doras. "O setor já é do Estadodesde Simón Bolívar".

O ex-embaixador confessouter ficado receoso quando ou-viu falar de Dilma, e hoje se dizaliviado com a política bilate-ral entre Brasil e Venezuela. "Éuma parceria de Estado paraEstado, como deve ser. E nãoideológica, como com Lula".

O ex-presidente, diz ele, "co-meteu erros graves" em rela-ção à América Latina, princi-palmente ao apoiar o regimede Manuel Zelaya. "Hondurasé uma mancha do Itamaraty".Mas não negou os grandespassos da diplomacia brasilei-ra sob comando do petista.

Um debate para discutir aVenezuela sem Chávez

MarcelSolimeo, daACSP, e MilosAlcalay:pedido deapoio aEsclusa.

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Corrupção pode levaro Brasil a nova ditadura

Aescalada no volumede casos de corrup-ção e a falta de ética

dos políticos brasileiros paracombatê-los afeta cada vezmais a legitimidade das insti-tuições democráticas dianteda população. Isso pode le-var o País a um novo regimede exceção, inclusive, comapoio popular. A antevisão édo cientista político e profes-sor-titular do Departamentode Filosofia do Instituto de Fi-losofia e Ciências Humanasda Universidade Estadual deCampinas (Unicamp), Ro-berto Romano, ao analisar aabsolvição da deputada Ja-queline Roriz no processo decassação de seu mandado,anteontem, na Câmara fede-ral. Em entrevista ao Di á ri odo Comércio, o filósofo ob-serva que a instituição do fo-ro privilegiado para políticosos deixaram "mais arrogan-tes, mais ousados e mais de-linquentes". A seguir, os prin-cipais pontos da entrevista.

Diário do Comércio – Aabsolvição pode serconsiderado um caso clássicode conflito entre a norma e aétic a?

Roberto Romano – Te-mos dois princípios que re-gem a atuação dos poderesna era moderna. O primeiro.é o princípio da legalidade,que define os procedimentoslegais. O segundo é o princí-pio da legitimidade. A ques-tão é que, embora legal,aquele ato do poder corres-ponde à vontade soberanado povo. Não podemos es-quecer que as constituiçõesdemocráticas modernas co-

locam o povo como sobera-no e não seus representan-tes. No caso da deputada Ja-queline Roriz tivemos umaaplicação de normas legais,que distanciaram enorme-mente o Congresso e sobre-tudo a Câmara dos Deputa-dos da legitimidade. Temosaqui uma espécie de tiro nopróprio pé dados pelos depu-tados. Eles estão ampliandoo campo da opinião públicano sentido de fechar o parla-mento e acabar com o siste-ma representativo como for-ma legítima de governo.

DC – Com a declaração deinocência de Roriz, queexemplo os políticos oferecempara a sociedade brasileira?

Romano – Os exemplosda arrogância e da covardia,porque se esconderam atrásdo voto secreto e de irres-ponsabilidade, pela falta derespeito pelos princípios daética.

DC – Seria o caso de alterar anorma para atender anecessidade ética?

Romano – O que ocorreno caso brasileiro é que des-de a instauração do privilégiode foro para os políticos, a si-tuação da corrupção e da fal-ta de ética pioraram muito.Eu não tenho nenhuma ilu-são de que em qualquer go-verno ou sociedade deixeum dia de existir a corrupção.É um fato devido a um grandeconglomerado de interes-ses. Agora, desde o privilé-gio de foro, os políticos se tor-naram mais arrogantes,mais ousados e mais delin-quentes. Enfim, se você nãomuda essa norma – e eu meespanto de o Supremo Tribu-nal Federal aceitá-la – evi-

dentemente não podemosesperar nada mais dos políti-cos. Veja que até a FichaLimpa está sob ameaça denão ser cumprida.

DC – Essa situação decorrupção deve, entretanto,ficar por isso mesmo?

Romano – Não vai ficarpor isso mesmo, vai ficar pior.Veja, nós temos uma visãomuito ligada ao cotidiano, aum tempo curto. Esquece-mos de ver a curva do tempo.Temos que pensar em ter-mos macros, históricos. Oque acontece com o Brasil éque ele está caminhando ra-pidamente para termos umregime plenamente corrup-to, sem legitimidade e cuja le-galidade vai depender da for-ça econômica ou da força po-lítica do jogo de interesses.Estamos, na verdade, prepa-rando uma ditadura pior queas vividas no período Vargase no regime militar.

Estamos inoculando napopulação a ojeriza ao prin-cípio representativo. Issoaconteceu no século 20, naItália e na Alemanha, e o re-sultado foi o fascismo e o na-zismo. Isso aconteceu aquino Brasil, com a RepúblicaVelha, altamente corrompi-da e ligada a grupos de inte-resses, e, em 64, tínhamosos processos de corrupçãopolítica que deram inclusiveorigem a mitos, como o casode Jânio Quadros, que seapresentou como o políticoque iria lutar contra a corrup-ção e o resultado foi a ditadu-ra. É bom lembrar que o gol-pe de 64 foi feito contra a cor-rupção e contra a subversão.Na verdade eles consegui-ram, na cabeça deles (milita-res) acabar com a subver-são, mas eles se deram mui-to bem com os corruptos.Com o que vemos hoje, po-demos concluir que foram 20anos de regime autoritáriopara nada!

DC – Não aprendemos comnossos erros...

Romano – Estamos nova-mente caminhando parauma ditadura pior, com apoiopopular. Já temos pesquisasde falta de confiança nas ins-tituições. Tudo preparadopelos próprios políticos. Sãocegos guiando cegos.

Para ocientistapolíticoRobertoRomano, ospolíticos estãocada vez mais"ousados,arrogantes edelinquentes".

Patrícia Cruz/Luz 9/4/2010

Victória Brotto

Mário Tonocchi

Page 7: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 2011 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

Mais investimento em educação, fim do superávit primário e meia-entrada nos jogos da Copa de 2014.Itens da lista de 43 reivindicações dos estudantes à presidente Dilmapolítica

Livre, prefeito vira pagador de promessaAcusado de corrupção, Roberto Peixoto, de Taubaté, faz peregrinação pela Dutra até Aparecida por ter sido absolvido no processo de impeachment aberto pela Câmara

Depois de escapar dacassação de seumandato por oitovotos contra e seis a

favor, o prefeito de Taubaté(130 km de São Paulo), RobertoPeixoto (PMDB), resolveu porem prática a promessa que ti-nha feito e realizou uma pere-grinação que começou à meianoite de terça-feira, em Tauba-té, e terminou na manhã de on-tem, na Basílica Nacional, emA p a re c i d a .

A peregrinação se justifica.O prefeito paga a promessaque fez à Nossa Senhora Apa-recida caso fosse absolvido noprocesso de impeachmentaberto pela Câmara de Verea-dores da cidade.

Em junho, ele e a primeira-dama, ex-secretária de AçãoSocial do município, forampresos temporariamente pelaPolícia Federal.

O prefeito de Taubaté é sus-peito de participar de um es-quema de superfaturamento ede desvio de dinheiro federalna compra de merenda e nacontratação irregular de em-presas para fazer a distribui-ção de medicamentos.

Em sessão extraordinárianos dias 12 e 13 de agosto, osvereadores decidiram mantê-lo no cargo. Dos 14 membrosda Casa, seis votaram contra acassação, e oito, a favor. Para ti-rar o prefeito, eram necessá-rios 10 votos favoráveis. A ses-são durou 13 horas e meia.

Aliviado, ele resolveu cum-prir a promessa e o percursodos 40 quilômetros que ligamTaubaté ao santuário de Apa-recida. A romaria foi feita àsmargens da via Dutra, princi-pal rodovia que liga São Pauloao Rio de Janeiro.

'B ur ro' – Durante o trajeto,Roberto Peixoto carregou aimagem da santa, confecciona-da por artesão de Taubaté, ves-tindo a camisa do "Burro daCentral" (em homenagem aotime de sua cidade).

"Ele tem o costume de fazeressas peregrinações até Apare-cida. Só há um motivo a maispara agradecer", disse a chefede gabinete, Sônia Ragazzini.

"Essa minha ida a Aparecidaé uma homenagem às famíliasde minha cidade e um pedidoespecial para que Nossa Se-nhora sempre esteja do ladodos justos, dos mais necessita-dos e dos oprimidos", afirmouPeixoto, em nota oficial.

Mais denúncias – Promessapaga, o prefeito, que foi absol-vido no legislativo municipal,pode até estar de consciênciatranquila. No entanto, ele ain-da é alvo de investigação daPolícia Federal. Além disso,também é réu em uma ação ci-vil na Justiça.

Entre outras denúncias, oprefeito de Taubaté é acusadode fraudar licitações e de rece-ber propina das empresas ven-cedoras. Peixoto nega todas es-sas irregularidades.

Durante o trajeto até Apare-cida, o prefeito recebeu apoiode vários moradores da Tauba-té. "Ele merece, é um rapaz ho-nesto. A gente gosta dele e agente veio fazer essa homena-gem a ele mesmo", disse a do-méstica, Edna Moraes.

Mas Peixoto também en-frentou manifestantes queprotestaram contra a atitudedele com uma faixa em viadu-to com os dizeres: "Não use aPadroeira em vão, Taubaté nãoquer corrupção".

"Infelizmente em tudo tem

política. Então você vê que opessoal do contra, infelizmen-te, continua agindo ainda. Issonão é bom, mas como eu disse,quando chegar vou fazer mi-nhas orações para que elestambém amansem o coração,quem sabe?", explicou o paga-dor de promessa.

Por volta das 9h30, RobertoPeixoto chegou ao SantuárioNacional. Além do grupo queo acompanhou na caminhada,outras pessoas da administra-ção municipal se juntaram pa-ra assistir a missa das 10h30 naCapela São José, que fica no in-terior da Basílica. (Agências)

Fotos: Nilton Cardin/AE

Na basílica deAparecida, fiéis

pedem proteçãoda padroeira

contra o prefeito(acima). Ao lado,

Peixoto e amulher. No

trajeto, uma faixao alertou: "Nãouse a Padroeira

em vão, Taubaténão quer

corrupção". Oprefeito ainda

prestará contaspor supostas

fraudes.

Chile e Brasil: estudantescobram educação de qualidade

AUnião Nacional dosEstudantes (UNE)promoveu ontem, em

Brasília, uma manifestação pa-ra defender, entre outros pon-tos, investimento de 10% doPIB na educação e melhoriasna assistência estudantil. Oprotesto contou com a partici-pação de Camila Vallejo, presi-dente da Federação de Estu-dantes da Universidade doChile (Fech).

O ato começou com a lava-gem simbólica da entrada doBanco Central. Em meio a pa-lavras de ordem contra a taxade juros, os estudantes, comajuda de um carro-pipa, joga-ram sabão em pó e usaram vas-souras para escovar o chão.

Depois, seguiram em pas-seata até o gramado em frenteao Congresso Nacional, ondecontinuaram a reivindicar, porexemplo, 50% do fundo socialdo pré-sal para investimentosem educação. Segundo esti-mativa da Polícia Militar, oprotesto reuniu 2,5 mil pessoas

na Esplanada dos Ministérios– a UNE fala em 20 mil.

Chile– Líder do movimentoestudantil chileno, Camila Val-lejo, considerada uma musados protestos no Chile, falouaos brasileiros sobre a situaçãode seu país, onde alunos do en-sino fundamental ao superiorocupam escolas e fazem barri-cadas para exigir do governofederal educação pública egratuita. Na semana passada,o presidente da UNE, DanielIliescu, foi a Santiago apoiar acausa dos colegas chilenos.

Para Iliescu, os atos realiza-dos no Brasil atraem menosparticipantes a Brasília, mas osjovens daqui são 'muito maisparticipativos'. "O número de20 mil pessoas aqui hoje, soma-do às mobilizações que têmocorrido no País, é muito ex-pressivo. O que não nos isentada vontade de colocar milha-res, milhões na rua, para mani-festar nossos interesses".

Agenda lesiva– O presiden-te da UNE disse ainda que a si-

tuação no Chile é atípica e lem-bra o movimento que ocorreuem 1992 no Brasil, quando mi-lhares de jovens pintaram osrostos e pediram o impeach-ment do presidente FernandoCollor de Mello. "O presidentedo Chile (Sebastian Piñera) es-tá comprometido com umaagenda lesiva a seu país".

À tarde, os presidentes daUnião Nacional dos Estudan-tes (UNE) e da União Brasileirados Estudantes Secundaristas(Ubes) estiveram com a presi-dente Dilma Rousseff – e os mi-nistros Gilberto Carvalho (Se-cretaria-Geral) e FernandoHaddad (Educação).

Eles cobraram mais empe-nho do governo na aprovaçãodo Plano Nacional de Educa-ção (PNE), que tramita em co-missão especial na Câmara dosDeputados. Também apresen-taram uma lista de 43 reivindi-cações: mais investimento emeducação, fim do superávitprimário e meia-entrada nosjogos da Copa de 2014. (AE)

Pedro Ladeira/AFP

Camila Vallejo, líder estudantil chilena, e Daniel Lliescu, presidente da UNE: "Educação é prioridade".

Manifestações e atos públicos em Brasília: estudantes entram em espelho d'água em frente ao Congresso.

Wilson Dias/ABr

Turismo: 21 denunciadospor desvio de verbas

AProcuradoria da República no Amapádenunciou 21 pessoas porenvolvimento em desvio de verba do

Ministério do Turismo. Entre os denunciadosestão os dois ex-secretários-executivosFrederico Silva Costa e Mário Moysés, além deColbert Martins, afastado do cargo desecretário nacional de Programas eDesenvolvimento do Turismo. Os trêschegaram a ser presos pela Operação Voucher,da Polícia Federal (PF), no dia 9 de agosto.

Nas denúncias, o Ministério Públicomenciona os crimes de formação de quadrilha,falsidade ideológica, peculato – obtenção devantagem em razão do cargo – e uso dedocumento falso. As ações criminais foramprotocoladas ontem na Justiça Federal. Ainformação foi divulgada ontem (31) pelaProcuradoria da República.

Os indícios contra a deputada Fátima Pelaes(PMDB-AP) serão encaminhados àProcuradoria-Geral da República (PGR), quetem a prerrogativa de investigá-la e denunciá-la ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde elatem foro privilegiado. Depoimentos de presos

na operação da PF afirmam quea deputada ficou com parte do dinheiro doesquema, o que ela nega.

Ao todo, 36 pessoas foram presas naOperação Voucher, que desmontou umesquema de desvio de recursos num convêniode R$ 4 milhões entre o Instituto Brasileiro deDesenvolvimento de Infraestrutura Sustentável(Ibrasi), uma entidade de fachada, e oMinistério. O dinheiro era oriundo de umaemenda parlamentar de Fátima.Os diretores do Ibrasi também foramdenunciados pela Procuradoria da República.

Segundo a investigação, o instituto deveriausar o dinheiro para capacitação profissionalno Amapá, mas jamais realizou o serviço, tendodesviado os recursos para empresas fantasmas.Além da cúpula do Ministério, outros ex-funcionários da Pasta também foramdenunciados, entre eles Antônio dos SantosJúnior, que era braço direito de FredericoCosta. Os dois aparecem em uma gravaçãotelefônica, autorizada pela Justiça, em queorientam um empresário a montar umaentidade de fachada. (AE)

Page 8: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 20118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

FR ANÇATestemunha acusaSarkozy de ter recebidodoação ilegal durantecampanha eleitoral

A RG E N T I N ACongresso debateveto a possede terras pore s t ra n g e i ro snternacional

ADEUS, EUA.

Otio do presidente norte-americano, Barack

Obama, recebeu de um juiz aordem de deportação e precisadeixar os Estados Unidos apóster vivido no país durantequase duas décadas, informouum funcionário do governo.Onyango Obama, de 67 anos,foi detido na semana passadapela polícia em Massachusettsapós ser flagrado enquantodirigia embriagado.

Natural do Quênia,

Ó RBITA

Onyango (acima) é meio-irmãodo falecido pai de Obama. Elevive nos EUA como imigranteclandestino desde 1992. (AE)

LONDRESJovem de 11 anosrecebe pena de 18

meses de reabilitaçãopor furtar lixeira

durante distúrbios

COLÔMBIAO ministro de

Defesa, RodrigoRivera, renuncia

após críticassobre segurança.

APÓS O FURACÃOIRENE, COMEÇAA FAXINA.

As inundações finalmentecomeçaram a recuar no

nordeste dos EUA, que foidevastado pelo furacão Irene,mas muitas comunidadespermanecem submersas, eequipes de emergênciaprecisam passar por estradasinterrompidas e rios cheiospara entregar mantimentos.

A tempestade causou até 380milímetros de chuvas nosábado e domingo na CostaLeste. Muitas áreas de NovaJersey, do interior de NovaYork e de Vermont tiveram aspiores inundações em décadas.Somente no estado de NovaYork, o prejuízo foi deUS$ 1 bilhão. (Agências)Moradores de Wilmington, no estado de Vermont, removem sujeira de casa atingida pelo furacão.

AFP

Insurgentes avançam e descobrem casas luxuosas de Kadafi

Carl de Souza/AFP

Rebeldes cumprimentam moradores de Bin Jawad, perto do bastião governista de Sirte.

Meninos posam com armas de brinquedo durante o primeiro dia do Eid al Fitr, em Benghazi.

Eric Feferberg/AFP

Esam

Al-F

etor

i/Re

uter

s

Al-Saadi (à esq.) quer diálogo, mas Seif nega rendição.

Reut

ers

Dois dos fi-l h o s d eM u a m a r

Kadafi deram de-poimentos contra-ditórios ontem, si-nalizando divisõesno regime do líderlíbio. Enquanto Seifal-Islam, herdeiropolítico de Kadafi,prometia continuarlutando até a mortee d i z i a q u e n i n-guém iria se render,o seu irmão Al-Saadi declara-va-se pronto para dialogarcom os rebeldes.

Seif al-Islam disse ontemque seu pai está bem e pediuaos simpatizantes que sigamlutando contra os rebeldesapoiados pelo Ocidente.

O discurso, uma gravação deáudio transmitida por uma TVpró-Kadafi sediada na Síria, so-ou como resposta ao ultimatodado pelos insurgentes quecercam Sirte, terra natal do di-tador e bastião governista, paraque ele se renda até sábado.

Seif também desmentiu o ir-mão Al-Saadi, que diz nego-ciar uma solução pacífica."Ninguém está com medo. Es-tamos bem, tomando chá comnossas famílias. Vamos conti-nuar atacando esses gângste-res e ratos. Ataquem dia e noi-te, até que estejamos livres des-ses traidores", disse Al-Islam àAl Rai TV, de Damasco.

Seif disse que o cerco de com-batentes a Sirte por leste e oestenão passa de propaganda. Elealertou que 20 mil jovens arma-dos esperam as forças anti-Ka-dafi na cidade natal do ditador.

No entanto, Seif admitiu que

o regime não tem mais podersobre a capital. "Vocês foramtolos, tolos. Deixaram que elestomassem o controle de Trípo-li. Vocês vão se arrepender dis-so". Afirmando estar nos arre-dores da capital líbia, ele disse:"Este é o nosso país. Vamos lu-tar por ele até o fim".

O filho de Kadafi disse que háintegrantes da rede Al-Qaedanas fileiras insurgentes e afir-mou que a Organização do Tra-tado do Atlântico Norte (Otan) écomposta de "idiotas".

Ele acusou as forças ociden-tais que apoiam os rebeldes derecorrer a "mercenários" britâ-nicos e franceses.

O paradeiro de Kadafi conti-nua sendo desconhecido, e elefez apenas dois discursos semimagens desde que seus adver-sários chegaram a Trípoli e ocu-param o complexo governa-mental de Bab al-Aziziya, quesegundo Seif sofreu 64 bombar-deios nos últimos sete meses.

Já outro filho de Kadafi, Al-Saadi, declarou à TV Al Arabiyaque, com autorização do seupai, manteve contatos com ocomandante dos rebeldes emTrípoli com o objetivo de inter-

romper o derrama-mento de sangue.

"Estamos falandoem negociações ba-seadas em acabar oderramamento desangue", afirmou.

Além disso, Al-Saadi declarou que"os revolucioná-rios são nossos ir-mãos" e acrescen-tou que não tinhamnenhum problemaem entregar o po-

der a eles.Em seguida, a rede CNN dis-

se ter recebido um e-mail deAl-Saadi no qual ele recuavada decisão de negociar.

Por sua vez, o comandantedas forças anti-Kadafi em Trípo-li, Abdel Hakim Belhadj, confir-mou à Reutersque foi procuradopor Al-Saadi, que teria pedidopara aderir ao Conselho Nacio-nal de Transição (CNT) se a suasegurança fosse garantida.

"Falei com ele pessoalmen-te", disse o comandante. "Ele li-gou e revelou sua intenção devir para o lado dos rebeldes...Dissemos a Al-Saadi que lhegarantiríamos um tratamentodecente, compatível com os di-reitos humanos e os direitos ju-rídicos de qualquer líbio".

B ra si l - Pistolas brasileirasforam encontradas ontem emuma fábrica de alimentos enla-tados em Trípoli que funciona-va como depósito de armas deKadafi, segundo a BBC. No lo-cal, o repórter Wyre Daviesidentificou também armas rus-sas. Os rebeldes acusam o dita-dor de esconder armas sob fa-chadas civis.

F u t u ro - Emissários de cercade 60 países – entre eles o Brasil– devem participar da confe-rência hoje em Paris para dis-cutir o futuro líbio. Líderes doCNT devem abrir o encontrocom um plano que prevê a rea-lização de eleições em 18 mesese uma nova Constituição.

Em uma movimentação con-siderada essencial para engatara transição, países ocidentaistrabalhavam na terça-feira paradesbloquear bilhões de eurosem fundos congelados ao redordo mundo e para levantar assanções econômicas contra oEstado e contra empresas líbias,impostas pela ONU.

O Reino Unido despachou oequivalente a US$ 1,55 bilhãoem dinares líbios para o BancoCentral do país africano.

Uma questão pendente é o fa-to de nem todos os participantesreconhecerem como legítima aCNT. Entre eles estão Brasil,China e Rússia. (Agências)

Racha na famíliaKadafi. Em qualfilho acreditar?

Líbios satisfeitos com aqueda de Muamar Ka-dafi comemoraram on-

tem o fim do mês islâmico sa-grado do Ramadã, embora olíder deposto continue foragi-do, e forças leais a ele desa-fiem um ultimato imposto pe-lo governo provisório.

Na recém-rebatizada praçados Mártires (ex-praça Verde),em Trípoli, centenas de pessoasse reuniram para as orações ma-tinais que celebram o Eid al Fitr,feriado que marca o fim do mêsmuçulmano de jejum.

"É a prece mais bonita. Esta-mos cheios de alegria, Kadafinos fez odiar nossas vidas...Viemos aqui expressar nossaalegria pelo fim de 42 anos de

repressão e privação", disse ocomerciante Hatem Gureish,de 31 anos.

A felicidade também foicompartilhada por outros lí-bios. "Acho que este é o Eidmais feliz da minha vida, por-que é o primeiro no qual mesinto livre", explicava Moham-med Khalid, um funcionáriode 36 anos, à Agência Efe.

Homens, mulheres e crian-ças compartilhavam sorrisoscom as dezenas de milicianose policiais que vigiavam oacesso ao local perante o te-mor de possíveis ataques.

A segurança foi reforçada napraça onde Kadafi pretendiacomemorar o 42º aniversáriodo golpe de Estado que o le-vou ao poder, nesta quinta-fei-ra. Cães farejadores circula-vam entre os fiéis, e atiradoresestavam a postos nos telha-dos, atentos à presença de se-guidores do regime deposto.

"Pode haver alguns bolsõesdas forças de Kadafi, mas no ge-

ral a capital está segura", disse oministro interino do Interior,Ahmad Darat à Reu te rs . "Cria-mos uma equipe de segurançapara gerenciar a crise e preser-var a segurança na capital."

Reb eldes- Em Benghazi, epi-centro da revolução, uma mul-tidão se aglomerou na praçados Julgados. O barulho de fo-gos de artifício substituiu as pa-lavras de ordem políticas e as lu-zes decoravam o céu.

Crianças e adolescentes,que estreavam roupas, como écostume na festa, faziam filapara entrar no castelo flutuan-te instalado para a ocasião, en-quanto outros brigavam paraserem os primeiros a subir noskarts em uma improvisada pis-ta criada em uma das ruas ad-jacentes à praça.

A alegria contrastava com aBenghazi de dias atrás, que pa-recia uma cidade fantasma, jáque o comércio ficou fechadoe seus moradores passavam odia em família. (Ag ê n c i a s )

Líbios emfesta. Enfim,a liberdade.

Div

ulga

ção/

AFP

Page 9: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 2011 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

C R E S C I M E N TOSegundo contagem feita na semana passada pela

Prefeitura, o número de boxes na Feirinha daMadrugada saltou de 300 para 4.100 ao longo de

seus seis anos de funcionamento.cidades

Feira da Madrugadavira bom negóciopara estrangeirosEla nasceu em 2005como a proposta de

tirar da ilegalidadecamelôs que atuavam

na região da 25 deMarço. Hoje, 50% da

Feirinha daMadrugada estão sob

o comando dechineses, bolivianos e

tailandeses,entre outros

Reaberta na últimasexta-feira após umperíodo de 20 dias defiscalização pela

Prefeitura, a Feirinha daMadrugada voltou à ativa comuma certeza: de proposta paralegalização de camelôs, ela setransformou em um lucrativocentro de comércio onde 50%de suas quatro mil bancas estãonas mãos de alguns poucosempresários estrangeiros,chineses na grande maioria.Mas também há bolivianos etailandeses. Mais: eles nadapagam para manter seus boxes,já que contas de água e de luz,além de outros gastos, sãocusteados pela Prefeitura, àrazão de R$ 1,5 milhão mensais.

Os chineses estão de olho nopotencial de lucro da Feirinha,que pode movimentar cerca deR$ 15 milhões por mês, graçasaos 30 mil turistas de negóciosque circulam diariamente peloespaço, entre ele atécompradores de Manaus (AM).

Inauguração – A construçãodesse lucrativo centro denegócios, muitas vezesenvolvido em compra e vendade produtos piratas, foi rápido.Inaugurado em nove de agostode 2005, o terreno de 140 mil m²que pertencia à inventariança daantiga Rede Ferroviária Federal(RFFSA), surgiu como alternativaao comércio ambulante ilegal nacidade. A maioria trabalhava naprimeira versão da Feirinhada Madrugada, na região darua 25 de Março.

O primeiro administrador daFeirinha, o empresário cariocaGeraldo de Souza Amorim,lembra que a ideia surgiu nofim da gestão da ex-prefeita

Marta Suplicy. "Na gestãoseguinte, do ex-prefeito JoséSerra, o espaço foi recebidocom desconfiança, mas logoganhou a simpatia daPrefeitura", lembra Amorim.

Lucro – Para explorar espaçopor meio da empresa GSA,Amorim pagava aluguel mensalde R$ 130 mil à RFFSA. Emtroca, ele cobrava umamensalidade de cada lojista, novalor de R$ 300. Ou seja: aproposta de cunho socialrapidamente se transformouem um lucrativo negócio para aGSA, que em maio de 2010informou em balanço umfaturamento mensal de até R$2,2 milhões. Além disso, o valordo box (para venda) seria de R$400 mil - informação nãoconfirmada pelos antigosa d m i n i s t ra d o re s.

Parte desse sucesso estáatrelado ao aumento donúmero de boxes na Feirinha,ao longo de seis anos deexistência, além da expansãodo estacionamento para osônibus e criação delanchonetes, benfeitorias quetambém eram convertidas emmais ganhos para a GSA. Sobre

o número de boxes, sabe-seque houve um espantoso salto:de 300 bancas para 4.100,segundo contagem feita nasemana passada.

A grande movimentação dedinheiro e o aumento donúmero de bancas noShopping Feira da Madrugada(nome oficial da Feirinha)devem-se, principalmente, aoassédio de estrangeiros,especialmente de chineses.Quando saiu da administraçãoda Feirinha, em maio do anopassado, a GSA contava 30%das quatro mil bancas nas mãosde chineses.

Mom e Pap – Nesse cenário,surgiram três representantesdessa comunidade queconstantemente são vistos nafeira – mas que não foramlocalizados pela reportagem doDC. De acordo com Amorim,eles são conhecidos apenaspelos seus apelidos: o casalMom e Pap, além do sobrinhoMario Chinês. Este último,segundo o vereador AdilsonAmadeu, presidente dasubcomissão que investigasupostas irregularidades noShopping Feira da Madrugada,

teria mais de cem bancas.Responsável pela fiscalização

desse espaço, o secretáriomunicipal da SegurançaUrbana, Edsom Ortega,confirmou que metade dasbancas não era representadapor seus titulares. "Quandochegamos à feira, quase 50%eram ocupadas porestrangeiros, sendo que umaboa parte não era titular dabanca. Os outros 50% não eramos titulares da banca", disse ementrevista ao Diário doCo m é rc i o , poucas horas dareabertura da Feirinha, nasex ta-feira.

A concentração de quase 170bancas nas mãos de umhomem identificado comoMário Chinês não foi

confirmada ontem pelosecretário municipal deCoordenação dasSubprefeituras, RonaldoCamargo. "Há pessoas com, nomáximo, 16 bancas. Mais doque isso não existe", disse.

No entanto, na semanapassada, a reportagemencontrou um setor inteiro comquase cem bancas interditadascom a inscrição "Mário" e queseria do Mário Chinês.Perguntado sobre isso,Camargo disse que essasbancas, todas de alvenaria,serão fechadas.

Clandestinos - A presençachinesa, em si, não representairregularidade. Ocorre quealguns deles trabalharam nafeira de maneira ilegal no País.

De acordo com o secretárioOrtega, na recente operação defiscalização pela Prefeitura, 58chineses foram apreendidospela Polícia Federal edeportados para seu país deor igem.

O que chama a atenção é queo espaço, outrora administradopela empresa GSA, passou poroutros gestores (entre eles, aprópria inventariança da RedeFerroviária Federal) até chegaràs mãos da Prefeitura emoutubro do ano passado.

Um mês depois, deu início aum cadastro que só terminouem fevereiro e foi coordenadopela Secretaria deSubprefeituras. No dia 4 dejunho, a Prefeitura publicou alista com os nomes dos titularesdas bancas, tendo inclusivesolicitado dados como aberturade empresa e produtosvendidos no espaço. Na lista,surgem grande número denomes chineses.

Apreensões – Mesmo assim,a Feirinha da Madrugadacontinuou a funcionar. Após 20dias de fiscalização, a Prefeiturafez um balanço do que ocorriano seu interior. "Houveapreensão de cinco milhões deitens, mas essa quantia podecrescer. Uma parte das bancaspassará por uma segundavistoria. Das quase quatro milbancas, se fossem aplicadostodos os requisitos, inclusive doponto de vista fiscal, 80% nãopoderiam funcionar. Apenas20% mostraram notas fiscais",informou Ortega.

Na lista de irregularidades,além da pirataria, Ortega citououtros problemas. O maiscomum é a ausência de notafiscal e a não constituição deuma empresa junto à Prefeitura.

Combate – Mesmo com umalto índice de reprovação, 1.300bancas foram liberadas parafuncionar e receberam um selode aprovação. No início dasemana, esse número subiupara 1.600. Para evitar o uso doespaço para a venda deprodutos pirateados, osecretário Ronaldo Camargoconfirmou que a Guarda CivilMetropolitana (GCM) ficarápor tempo indeterminadoencarregada da fiscalizaçãodo espaço.

Lojistas chineses ou deorigem chinesa evitam aimprensa. Os não chinesesdisseram ter um bomrelacionamento com eles. "Sãotranquilos, trabalham bastantee direitinho. Não criamconfusão", disse CristianeOliveira Lopes, de 32 anos,dona de duas bancas deroupas, já liberada pelafiscalização municipal.

Termômetro registra 16°C no Centro de São Paulo. Previsão é de mais frio até o fim de semana na cidade.

Luiz

Gua

rnie

ri/A

E

O vereador Adilson Amadeu tentou invadir a Feirinha da Madrugada

Um doscorredoresda Feirinha daMadrugada.Alguns boxesvoltarão a serfiscalizadospela Prefeiturade São Paulo.

Box lacrado pela Prefeitura durante 20 dias de fiscalização

Ivan Ventura

Mário Chinês (centro)que, segundovereador, teria maisde cem bancas.Prefeitura, porém,não confirma essenúmero.

Newton Santos/Hype - 10/08/2011

Foto: Gabinete do vereador Adilson Amadeu

Paulo Pampolin/Hype

Paulo Pampolin/Hype

Paulo Pampolin/Hype

Temperatura desaba mais de 20 graus na Capitalcapital paulista na tarde da terça,causando chuvas na madrugada.Durante a manhã, o trânsito ficouprejudicado e foram registradosvários pontos de alagamento.

Com a volta das chuvas e fim daestiagem, a umidade relativa do arna cidade, que estava seriamenteafetada, aumentou de 20% para62% em apenas duas horas. Se-gundo a OMS (Organização Mun-dial de Saúde), índices de umidaderelativa do ar inferiores a 30% ca-racterizam estado de atenção.

Frio continua – Não há previ-são de chuva para hoje e amanhã,mas as temperaturas devem con-tinuar muito baixas em São Paulo.A temperatura mínima previstaserá de 8°C hoje, com máxima de16°C. Já na sexta, os termômetrosdevem variar entre 7°C e 17°C. Osol deve voltar apenas no final desemana. (Da Redação)

Após bater recorde de tem-peratura neste inverno, a ci-dade de São Paulo teve

queda de 20,7°C em 24 horas. Deacordo com o Instituto Nacionalde Meteorologia (Inmet), a tempe-ratura chegou aos 32,7°C às 13h deanteontem. Às 13h de ontem, ostermômetros registraram 12°C.

Por volta das 15 horas, a sensa-ção térmica em Santo Amaro, nazona sul de São Paulo, chegava a6ºC. Segundo o Centro de Geren-ciamento de Emergências (CGE)da Prefeitura, os termômetros daestação marcavam 12ºC, mas porcausa dos ventos a sensação tér-mica era ainda mais baixa.

De acordo com o Inmet, a forteoscilação foi provocada por umafrente fria chegou à cidade. A que-da era para ser sentida ontem,mas a massa de ar ganhou forçano sul do estado e avançou para a

Page 10: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 201110 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

L o goLogowww.dcomercio.com.br

E M C A R T A ZE UA

Crânio perfurado, sem sequelas

M ÚSICA

Membrosda banda

das ForçasArmadas

Jordanianasduranteo ensaio

para o festivalinternacional

de músicamilitar

SpasskayaTower.

Ao todo,40 bandas

de 15 paísesse apresentam

ao longode sete diasde festival.

G @DGET DU JOUR

Gravador disfarçadoUm chaveiro de carro que é um

gravador discreto que registraáudio e vídeo. O espião se chama808 Car Keys Micro e custa US$ 19na Amazon.

http://amzn.to/r mmv48

OLHAR BIÔNICOO engenheiro Rob Spence criouuma minúscula câmera sem fio

que substitui o olho e transmite asimagens em vídeo para monitores.

O dispositivo se chama Eyeborg.http://bit.ly/r3MIH4

M ÍDIA

Morre o jornalista José Meirelles

CILDO'Ocupação CildoMeireles - rio oir'apresenta obras

do artista plásticono Itaú Cultural.

Avenida Paulista,149, tel.: 2168-

1776. Grátis.

C IÊNCIA

Um vírus quecombate o câncer

Cientistas da Universidade deOtawa, no Canadá, lideraram umaequipe internacional quedescobriu que o implante, nacorrente sanguínea, de umaversão modificada do vírusva c c i n i a , intitulada JX-594,combate exclusivamente célulasdoentes, deixando incólumetecidos saudáveis. A pesquisa,publicada pela revista Na t u renesta semana, foi feita com aaplicação do JX-594 em 23portadores de tipos de câncer quese espalham rapidamente. Nogrupo de oito pessoas querecebeu alta dosagem, setetiveram resultados positivos.

E SPANHA

120 toneladasde tomate

Essa foi a quantidade detomate usada ontem por 40 milpessoas na abertura da tradicional"guerra" conhecida como"Tomatina", na cidade de Buñol, a40 quilômetros de Valência, (lesteda Espanha). A festa é iniciada naúltima quarta-feira de agosto,desde 1944. A batalha dura,sempre, uma hora, na PlazaMayor, a praça central da cidade,que tem 10 mil habitantes. Amaioria dos participantes sãoturistas e a guerra começaquando caminhões esvaziam suacarga de tomates diante damultidão. No final, as ruas ficaminundadas do suco espesso.

E SPAÇO

Uma nova estrelaCom base em imagens do Very

Large Telescope, astrônomoseuropeus descobriram umaestrela na Via Láctea que muitospensavam não poder existir. Aestrela é composta quaseinteiramente por hidrogênio ehélio, o que era consideradoimpossível. A descoberta obrigaráa ciência a rever suas teorias sobrea formação de estrelas.

F UTEBOL

Gomes: quadro é positivoOtécnico do Vasco

da Gama, RicardoGomes, apresen-tou ontem os pri-

meiros sinais de melhora,após passar por uma cirurgiano domingo para tratar de umacidente vascular encefálico(AVE) sofrido durante o jogoentre seu time e o Flamengo,pelo Campeonato Brasileiro.

A sedação que mantinha otreinador em coma foi retira-da ontem. De acordo com os

médicos do Hospital Pasteur,no Méier, na zona norte doRio de Janeiro, ele reagiu aosestímulos de forma satisfató-ria. Depois de duas horas semos sedativos, Ricardo Gomes ,abriu os olhos e fez movimen-tos motores, em especial nolado esquerdo do corpo. "Es-tamos muito otimistas com arecuperação dele. Não tenhodúvidas que além de todos osesforços médicos, a força e aenergia de todos está ajudan-

do nesse processo", disse omédico neurocirurgião, JoséAntônio Guasti, responsávelpela cirurgia a que o treinadorfoi submetido.

Ricardo Gomes permanecerespirando com a ajuda deaparelhos, mas a ventilaçãomecânica será retirada aospoucos conforme a reação dotreinador. Ele deve permane-cer ao menos mais três dias nocentro de terapia intensiva nohospital. (Reuters)

Fotos: Sergei Karpukhin/Reuters

FESTA -

Dançarina da

co m p a n h i a

mexic ana

Teno chtitlan

d u ra nte

ensaio para

o Spasskaya

Towe r,

festival de

músic a

militar que

acontece na

Pra ç a

Ver melha,

em Moscou.

B andas

militares de

vários países

par ticipam

desde ontem

do evento,

que termina

no domingo.

Um público

de 7 mil

pessoas é

esp erado.

Leroy Luetscher, um morador doArizona de 86 anos, teve o crânioperfurado pelo cabo de umatesoura de poda em um acidenteem seu jardim. Segundo seusmédicos, ele deve se recuperar enão terá a visão comprometida.Segundo o Centro Médico daUniversidade de Tucson, ondeLuetscher foi atendido, eletrabalhava no jardim no dia 30 dejulho quando deixou a ferramentacair apontada para baixo. Ao seabaixar para pegá-la, Luetscherperdeu o equilíbrio e caiu sobre o

cabo, que perfurou sua órbita oculare desceu para dentro de seupescoço [como mostra o raio-Xacima]. O homem foi levado deambulância ao hospital, onde umaequipe de cirurgiões removeu aferramenta, reconstruiu a cavidadeocular com uma malha de metal esalvou o olho. A alça estava sobre aartéria carótida externa no pescoço,mas Luetscher saiu da cirurgiaapenas com um inchaço daspálpebras superiores e inferiores evisão dupla no olho afetado, o quepode ser corrigido com lentes.

L OTERIAS

Concurso 1315 da MEGA-SENA01 27 29 35 50 52

Devido ao elevado número deacessos, a área de loterias do

site da Caixa EconômicaFederal (CEF) apresentou

instabilidade ontem e não foipossível obter os resultados

oficiais dos concursos 2685 daQUINA e 1171 da LOTOMANIA.

Para conferir os números,acesse o site.

www.caixa.gov.br

Morreu ontem, aos 62 anos, noHospital Samaritano, em Botafogo,Rio de Janeiro, o jornalista JoséMeirelles Passos. Ex-correspondente do jornal O Globoem Washington, Meirelles voltouao Brasil em 2009 e era repórterespecial do jornal. Considerado umdos profissionais de jornalismomais experientes do País, eleparticipou de coberturas em maisde 40 países, inclusive a Guerra dasMalvinas (1982) e as duas guerrasdo Iraque (1990 e 2003). Tambémparticipou da cobertura da Copa doMundo da África do Sul, em 2010.

Meirelles ganhou vários prêmios dejornalismo, como o Vladimir Herzogde Anistia e Direitos Humanos, oEsso, o Febraban e o da SociedadeInteramericana de Prensa (SIP). Ojornalista recebeu um diagnósticode câncer no peritônio, doençagrave e rara, pouco depois quevoltou da cobertura da Copa de2010. Submeteu-se a cirurgia etratamento médico e voltou atrabalhar. Deixou duas filhas, quemoram em Washington e doisnetos. Foi enterrado no fim da tardede ontem, no Cemitério de SãoJoão Baptista, em Botafogo.

Mobilidade para cãesCachorros que sofrem algum

acidente e têm a mobilidadedas patas traseiras comprometidatemporária ou permanentemente

sensibilizam o estudante de designindustrial israelense Nir Shalom. Ele

criou esta cadeira de rodas para cãeschamada "Amigo", mais leve edurável do que as que existem

atualmente no mercado.h t t p : / / b i t . l y / q H u Ly u

Heino Kalis/Reuters

AFP

Page 11: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 2011 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

SUPERSIMPLESCâmara aprovounovo limite dee n q u a d ra m e ntodas empresas

NA HORAEntra em vigor hojeo ponto eletrônicopara companhiasque aderirameconomia

Novidade no governo Dilma: juros caem.Cenário externo e pressão do governo levamCopom a dar guinada nas últimas decisões

sobre a Selic, que agora cai meio pontopercentual, a 12% ao ano. É o primeiro corte

da taxa desde julho de 2009.

Asubstancial dete-rioração do qua-d r o e c o n ô m i c oglobal nas últimas

semanas e a pressão de últimahora vinda do próprio gover-no fez o Banco Central (BC)mudar o rumo da economia.Influenciado pela percepçãode que a crise deve manter aeconomia mundial em ritmolento por "um período de tem-po maior do que o antecipa-do", a instituição preferiu in-terromper o ciclo de alta ini-ciado em janeiro e anunciou aredução da taxa básica de ju-ros do País em 0,5 ponto per-centual, para 12% ao ano.

Após cinco aumentos segui-dos do juro entre janeiro e julho– que somaram 1,75 ponto à ta-xa Selic –, o Comitê de PolíticaMonetária (Copom) do BC en-tendeu que não havia razãopara continuar a alta. Pelo con-trário, mudou radicalmente deopinião em 45 dias. Assim, osdiretores do BC mostram que,após meses de trabalho parasegurar a alta da inflação e es-friar a economia, agora é ne-cessário acelerar a atividadeem reação à crise global.

"O Comitê avalia que o ce-nário internacional manifestaviés desinflacionário no hori-zonte relevante", cita o comu-nicado após a decisão que, pe-la primeira vez em muito tem-po, tem duas páginas.

A principal mudança paraessa a avaliação do BC veio doexterior. O rebaixamento danota de risco dos Estados Uni-dos no início do mês deflagrouuma série de revisões para piordas projeções dos economistas

sobre o que deve acontecer coma economia mundial nos próxi-mos meses. A percepção geral éque países centrais devem de-morar ainda mais para sair dacrise e crescer. Para o BC, o qua-dro representa maior incertezada influência externa sobre omundo e, claro, sobre o Brasil.

"Para o Copom, a transmis-são dos desenvolvimentos ex-ternos para a economia brasi-leira pode se materializar porintermédio de diversos canais,entre outros, redução da cor-

rente de comércio, moderaçãodo fluxo de investimentos,condições de crédito mais res-tritivas e piora no sentimentode consumidores e empresá-rios", cita o documento.

Se economias centrais cres-cerem menos, a demanda porprodutos e serviços brasilei-ros seguirá fraca. Isso vai re-duzir o ritmo da economia do-mést ica . O Bradesco, porexemplo, prevê que, se a eco-nomia mundial crescer 1 pon-to percentual menos, a expan-

são no Brasil deveperder pelo menos 0,65ponto. Menos crescimentoreduz a pressão de alta nospreços e diminui a necessida-de de elevar a taxa de juros.

Mesmo sem o quadro exter-no, o noticiário local já aponta-va para o fim do ciclo de aper-to. Um dos principais sinaisveio do Índice de AtividadeEconômica do BC (IBC-Br), da-do que antecipa o comporta-

mento doPIB e mostrou

em junho a pri-meira queda desde dezembrode 2008. No mercado de traba-lho, a criação de empregos temperdido força e o próprio BCdivulgou números que mos-tram desaceleração no ritmode concessão de empréstimos.

Mas essa virada na políticamonetária teve uma ajuda po-lítica. A redução do juro 45 dias

após o último aumento era umdesejo do Palácio do Planalto

e de membros da equipeeconômica, como o mi-nistro da Fazenda, Gui-do Mantega. Houve umesforço de última horaem anunciar aumentoda economia feita pelogoverno para pagar adívida (superávit pri-mário) como forma deabrir caminho para oscortes do juro.

Com isso, o BC igno-ra a inflação que segueem ritmo elevado. Nosúltimos 12 meses, o Ín-

dice de Preços ao Con-sumidor Amplo (IPCA) te-

ve alta acumulada de 6,87%,acima do teto da meta de infla-ção, que é de 6,5%. Para os pró-ximos 12 meses, a expectativa

para o IPCA é de 5,47%."O sinal do BC é que,após a piora recente, oquadro internacionalnão está feio, está horro-

roso. O quadro externo éque determinou essa deci-

são", disse o economista-che-fe do Banco Fator, José Francis-co de Lima Gonçalves.

B ove s p a – O corte da taxabásica de juros poderá ali-mentar uma forte alta da Bo-vespa, segundo analistas e in-vestidores estrangeiros. "ABovespa poderá entrar em umperíodo de recuperação se oBC passar a sinalizar um cená-rio econômico que favoreça ocorte da taxa Selic no futuro",disse a estrategista de açõespara mercados emergentes dobanco UBS em Nova York, Jen-nifer Delaney. (AE)

'Decisão mostra queBC está atento', diz

Amato, da ACSP.

Orçamento de 2012 com PIB de 5%Projeto de lei foi entregue ontem pelo Ministério do Planejamento ao Congresso Nacional

belecido em R$ 619,21 mensais– será de R$ 13,3 bilhões nosgastos públicos no período.

O documento prevê um Ín-dice Geral de Preços - Dispo-nibilidade Interna (IGP-DI)acumulado de 5% em 2012.A taxa de câm-bio média pro-je tada para aelaboração doorçamento foide R$ 1,64 pordólar e a taxa dejuros Selic esti-mada para de-zembro do pró-ximo ano é de12,5%. O proje-to prevê tam-bém elevaçãonominal da massa salarial em2012 de 9,8%. Os parâmetroseconômicos do projeto de leisão elaboradas pela Secretariade Política Econômica do Mi-nistério da Fazenda.

Superávit– O Ministério doPlanejamento informou que a

meta de superávit primáriopara 2012 foi fixada no valornominal de R$ 114,2 bilhões, oque corresponde a 2,5% doPIB. Os dados mostram que ogoverno abaterá parte dos in-vestimentos do Programa de

Aceleração doC re sc i me n t o( P A C ) p a r aatingir essa me-ta – serão redu-zidos R$ 25,6 bi-lhões, ou 0,6%do PIB.

A contribui-ção do governocentral (Tesou-ro N a c i o n a l ,Previdência So-c i a l e B a n c o

Central) para a economia em2012 será de R$ 97 bilhões(2,1% do PIB). Com o abati-mento de parte dos recursosdo PAC, o esforço do governocentral na verdade será deR$ 71,4 bilhões, o que equivalea 1,6% do PIB. Os governos re-

Mínimo a R$ 619,21no ano que vem

Previsão de R$ 78 bipara Petrobras

Aministra do Planejamento, Miriam Bel-chior, informou que o orçamento de in-vestimento da Petrobras no País pre-

visto para 2012 é de R$ 77,9 bilhões. No exterior,os investimentos previstos para a estatal so-mam R$ 9 bilhões. Para a Eletrobras, o investi-mento previsto em 2012 é de R$ 10,1 bilhões e,do Banco do Brasil, de R$ 3 bilhões. A previsãode investimento da Caixa Econômica Federalno próximo ano é de R$ 1,3 bilhão.

A ministra explicou que o governo vai continuarcom o objetivo de cumprir a meta cheia de supe-rávit primário das contas do setor público em 2012.Ela destacou que, apesar do projeto de lei orçamen-tária prever a possibilidade de abatimento das des-pesas do PAC de R$ 25,6 bilhões, o governo conti-nua empenhado na direção da meta cheia.

"Continuamos com rumo da meta cheia, masconsideramos que é importante a margem demanobra para fazer investimentos. O rumo ge-ral é trabalhar com o cenário de meta cheia",disse ela. (AE)

Apesar da repercus-são positiva sobre aq u e d a d a S e l i canunciada ontem,

analistas lembram que o Paísainda é o campeão no rankingdas nações de todo o mundocom os mais altos juros reais.

O presidente da AssociaçãoC o m e r c i a l d e S ã o Pa u l o(ACSP) e da Federação das As-sociações Comerciais do Esta-do de São Paulo (Facesp), Ro-gério Amato, elogiou a atitu-de do Comitê de Política Mo-netária (Copom). "A decisãode reduzir a taxa Selic em 0,5ponto per-c e n t u a lmostra queo B a n c oCentral (BC)está atentonão apenasa o s p o s s í-veis impac-tos negati-vos da criseinter nacio-nal sobre ae c o n o m i ab r a s i l e i r a ,como, tam-bém, em re-lação aos si-nais de desa-celeração muito rápida daprodução industrial. Espera-mos que o BC utilize tambémoutros instrumentos para evi-tar que a desaceleração, ob-servada nos vários setores, seaprofunde", disse RogérioAmato, ontem à noite.

A Federação das Indústriasdo Estado de São Paulo (Fiesp)e a Confederação Nacional daIndústria (CNI) aprovaram adecisão do BC. As entidades,porém, afirmam que a medi-da ainda é insuficiente.

E mprego – Para João Gui-lherme Ometto, presidenteem exercício da Fiesp, o BCdeveria se preocupar mais

com o crescimento econômi-co e com o emprego. "Só umaforte redução de juros podefazer com que o País mante-nha o ritmo de crescimento,sem comprometer o controledos preços", disse ele.

Em nota, a CNI afirmou que aredução da taxa básica de ju-ros é "um importante passo".Para a entidade, a decisão é umsinal de que o BC "priorizou asustentação da atividade eco-nômica em um momento demenor ímpeto da inflação".

Ainda de acordo com a CNI,a redução indica um "novo ci-

clo de flexi-b i l i z a ç ã omonetár ia"q u e p o d ea j u d a r amanter a es-t a b i l i d a d eeconômic a,mas alertoupara a neces-s i d a d e d e"maior esfor-ç o n o c o n-t r o l e d o sg a s to s " .

O deputa-do e pres i-d e n t e d aForça Sindi-

cal, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), avaliou que a decisão doCopom foi "extremamente tí-mida e insuficiente". "O BCacertou no remédio, mas errouna dose. Com a medida, o go-verno aplica um antídoto con-tra o crescimento econômico",disse ele em nota.

Segundo Pereira, "infeliz-mente está prevalecendouma maléfica simpatia daequipe econômica pelo mer-cado especulativo". Ele disseque o BC está "surdo aos ape-los da classe trabalhadora" edefendeu que há espaço pararedução mais drástica na taxaSelic. (com Agências)

4,8por cento é aprevisão da

inflação de 2012dentro do

projeto de lei.

Oprojeto de lei orça-mentária de 2012,encaminhado on-tem ao Congresso

Nacional, projeta taxa de infla-ção acumulada no próximo anode 4,8%, superior ao centro dameta de 4,5%, segundo infor-mou o Ministério do Planeja-mento. Isso significa que o pro-jeto de lei não referenda a con-vergência do Índice de Preçosao Consumidor Amplo (IPCA)à meta no ano que vem, comoassegura o Banco Central (BC).

A projeção de crescimentodo Produto Interno Bruto (PIB)para 2012 é de 5%, mesmo per-centual previsto na Lei de Di-retrizes Orçamentárias (LDO)aprovada pelo Congresso Na-cional. A manutenção do cres-cimento do PIB sinaliza que ogoverno não trabalha com de-saceleração maior da ativida-de econômica. O projeto de leiorçamentária também mostraque o impacto do aumento dosalário-mínimo em 2012 – esta-

gionais terão que alcançar umsuperávit primário de R$ 42,8bilhões, ou 0,9% do PIB.

Os investimentos previstospara 2012 somam R$ 165,3 bi-lhões. Desse total, R$ 106,8 bi-lhões são de investimentos pre-vistos pelas empresas estatais.O restante, R$ 58,5 bilhões, é re-ferente ao orçamento fiscal e daseguridade. O total de investi-mentos é 8,3% maior do que odisponível neste ano. Grandeparte desses recursos refere-seao PAC, que receberá R$ 111,3bilhões, sendo R$ 42,5 bilhõesdo orçamento fiscal e R$ 68,7 bi-lhões das estatais. Mas a parce-la que cabe ao Minha Casa Mi-nha Vida, programa habitacio-nal do governo para a popula-ção de baixa renda, sofreucorte. Segundo os números dogoverno, os recursos do MinhaCasa Minha Vida em 2012 so-mariam R$ 11,08 bi lhões,12,96% menos do que o pata-mar previsto para 2011, que éde R$ 12,73 bilhões. (Agências)

Ogoverno propõe no Projetode Lei do Orçamento daUnião para 2012 a correção

do valor do salário-mínimo em vigorem 13,6%. Isso representaria reajustedos atuais R$ 545 para R$ 619,21, apartir de janeiro de 2012. Ainformação é da ministra doPlanejamento, Miriam Belchior, queontem entregou aos presidentes doSenado, José Sarney (PMDB-AP), e daCâmara, Marco Maia (PT-SP) oprojeto de lei e o Plano Plurianual(PPA) para o período de 2012 a 2015.O valor seguiu acordo firmado entreo então governo do presidente LuizInácio Lula da Silva com o Congresso,de ter como regra para o reajusteanual do salário-mínimo a inflaçãodo ano anterior e o crescimento do

Produto Interno Bruto (PIB) de doisanos antes. Por essa fórmula, omínimo de 2012 considera a inflaçãode 2011 mais o crescimento do PIBde 2010. A maior parte do impactodo salário-mínimo (R$ 21,5 bilhões)cairá nas contas da PrevidênciaSocial. A estimativa do governo é queo reajuste contribua com R$ 13,2bilhões no aumento do déficit compagamento de aposentadorias epensões dos trabalhadores dainiciativa privada. Para cada um realde elevação do mínimo, há umaampliação de R$ 177,6 milhões norombo do Instituto Nacional doSeguro Social (INSS).

O orçamento considera ainda queo mínimo deverá chegar aR$ 817,97 em 2015. (Ag ê n c i a s )

Page 12: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 201112 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Page 13: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 2011 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

O Cadastro Positivo premia aqueles que cumprem suas obrigações.Rogério Amato, presidente da ACSPeconomia

Cadastro Positivo triplica a cada mêsAutorizações para incluir o nome de consumidores em banco de dados aumentam principalmente por estímulos na mídia social, segundo a Boa Vista Serviços.

Aprovado por lei hámenos de três me-ses, o Cadastro Po-sitivo – que mostra

o histórico de pagamentos emdia do consumidor, e que pro-mete levar à queda dos juros namedida que reduz o risco aocrédito –, tem mostrado quevem ganhando espaço entre osconsumidores brasileiros.

De acordo com DorivalDourado, presidente da BoaVista Serviços (BVS), que ad-ministra o Serviço Central deProteção ao Crédito (SCPC), atecnologia tem papel impor-tante para divulgar o instru-mento de crédito. "As redessociais serão mecanismos ex-celentes e importantes parachegar até o consumidor. A ca-da estímulo ou notícia nova namídia, a rede social aumentaem dez vezes o número de au-torizações para a utilização doCadastro, capturadas pela in-ternet", disse. Segundo ele, nobalcão de atendimento daBVS, o número de autoriza-ções triplica mês a mês desde acriação do birô de crédito.

Neste pouco tempo, o Ca-dastro já ganha aceitação po-pular. Uma pesquisa inédita(A Expectativa do Brasileiro sobreo Cadastro Positivo) realizadapela BVS, da Associação Co-mercial de São Paulo (ACSP),que publica este Diário doCo mé rc io com 1,3 mil entre-vistados, mostrou que 82%aprovam a ferramenta.

Apesar disso, o levantamen-to, divulgado ontem na Capi-tal paulista, indica que o Ca-dastro Positivo é ainda umgrande desconhecido. Apenas

28% dos entrevistados ouvi-ram falar no banco de dados.Antes de maio deste ano, ape-nas 14% sabiam alguma coisasobre o birô de crédito.

Segundo o gerente de pro-dutos da Boa Vista Serviços,Leonardo Soares, é natural obaixo nível de conhecimentosobre o assunto, pois trata-se

de uma legislação nova e com-plexa. "Para reverter essa faltade informação, estamos traba-lhando junto aos clientes, àsinstituições financeiras e aosprestadores de serviços conti-nuados (p ú b l i c os ) para atrair amassa de clientes, trazendo in-formação sobre educação fi-nanceira e mostrando os bene-

fícios da ferramenta", disse.Para divulgar o Cadastro ecapturar autorizações dos con-sumidores, o birô de crédito fe-chou recentemente acordocom uma rede varejista e umainstituição financeira.

Embora seu índice de apro-vação seja elevado, a pesquisamostrou que há uma resistên-

cia do consumidor em partici-par da lista de bons pagadores.Pelo levantamento, o indice deavaliação "bom ou ótimo" caipara 50% quando o consumi-dor é informado de que precisaassinar uma autorização parater seu nome incluído no siste-ma. Pela legislação aprovada,essa autorização deve ser dada

por escrito. "Além do desco-nhecimento sobre o funciona-mento da ferramenta, há umatendência do consumidor emassociar a novidade ao cadas-tro negativo", explicou Soares.

A boa notícia é que o nívelde aprovação é maior entre osclientes bancarizados. No le-vantamento, 72% dos entre-vistados possuem conta-cor-rente, cartão (crédito ou débi-to), financiamento ou talão decheques. Desse universo,55% autorizariam participardo Cadastro Positivo.

Para o presidente da Boa Vis-ta Serviços, a pesquisa sobre oCadastro Positivo é um impor-tante instrumento para a atua-lização do conhecimento sobreo perfil do consumidor brasi-leiro. "Vamos compartilhar apesquisa com o mercado e comos clientes", informou Doura-do. Na opinião do executivo, oCadastro Positivo será um in-centivo para o consumidor tere manter seu nome livre de dé-bitos, diferenciando-se nomercado de consumo.

Presente ao evento de apre-sentação da pesquisa, o presi-dente da Associação Comer-cial de São Paulo (ACSP), Ro-gério Amato, lembrou que oCadastro Positivo é uma con-quista da sociedade, e que foiaprovado graças ao movimen-to das associações comerciais.

"Veio em boa hora, emboraatrasado. A sua principalvantagem é premiar aquelesque cumprem com a sua obri-gação, que é a esmagadoramaioria da população", disseo líder empresarial.

O levantamento foi feito en-tre 15 e 19 de agosto, com pes-soas de várias classes sociais,de 709 municípios brasileiros.

As redessociaisserãomecanismosexcelentes eimportantespara chegaraté oconsumidor.

DO R I VA L DOUR ADO,BV S

Newton Santos/Hype

Para reverter a faltade informação,trabalhamos juntoaos clientes, àsinstituiçõesfinanceiras e aosprestadores deserviçoscontinuados.

LEONARDO SOA R E S , BVS

82por cento dosconsumidores

brasileiros aprovam acriação do CadastroPositivo, segundopesquisa da Boa

Vista Serviços (BVS)

Sílvia Pimentel

Page 14: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 201114 DIÁRIO DO COMÉRCIO

• GESTÃO FISCAL• ADMINISTRAÇÃO DO RH• CONTABILIDADE• LEGALIZAÇÃO• MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

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A LICENÇA PATERNIDADE É TAMBÉM ESTENDIDA AO PAIADOTANTE? QUANTOS DIAS?

Informamos que inexiste previsão expressa em lei, desta forma,a licença paternidade não é estendida ao pai adotante salvocláusula expressa em documento coletivo.

TEMPO DE SERVIÇOO aviso-prévio integra o tempo de serviço? Saiba mais acessandoa íntegra no site: [www.empresario.com.br/legislacao].

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No período de janeiro a julho deste ano, aatividade industrial acumula alta de 1,4%.economia

Indústriar etoma

expansãoPesquisa do IBGE mostra que empresas do País

recuperaram parte do ritmo em julho

Aprodução da in-dústria brasileirarecuperou forçasno mês de julho e

conseguiu expansão de 0,5%em relação ao mês anterior. Deacordo com o economista doInstituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE) AndréMacedo, o patamar da produ-ção está, porém, 2% abaixo donível recorde do setor, registra-do em março desde ano.

"Julho foi um mês de au-mento da produção, mas essecrescimento não foi suficientepara reverter a queda obser-vada um mês antes, de 1,2%.Esse resultado aponta um me-nor dinamismo na indústria,indica que o setor opera commenor intensidade", avaliou oeconomista do IBGE.

Embraer terá serviço em Hong KongAEmbraer assinou on-

tem, em cerimônia rea-lizada em Hong Kong,

um acordo com a Metrojet, no-meando esta empresa como oprimeiro centro autorizado deserviços na região. A Metrojetdeverá estar totalmente equi-pada para fornecer serviçosde manutenção programada enão programada para os clien-tes de jatos Legacy 600, Lega-cy 650 e Lineage 1000, fabrica-dos pela Embraer.

A Metrojet tem sede emHong Kong e é um provedorde serviços para a aviação exe-cutiva na Ásia. Oferece servi-ços como manutenção de aero-naves, gerenciamento de frotae voos fretados, entre outros. Aempresa possui certificados deoutras autoridades dos Esta-dos Unidos e Canadá.

Bombardier – A gigante dostransportes Bombardier infor-mou que seu lucro líquido nosegundo trimestre avançou52,9% ante igual período doa n o p a s s a d o , p a r aUS$ 211 milhões (ou US$ 0,12por ação), de US$ 138 milhões(US$ 0,07) em 2010. O lucro poração ficou acima do previstopelos analistas, de US$ 0,10.

Segundo a Bombardier, asreceitas avançaram tanto na

divisão aeroespacial como nade transportes. Além disso,uma taxa de imposto de rendamenor ajudou a impulsionaros resultados. O lucro antes dejuros e impostos (Ebitda) su-biu para US$ 296 milhões, deUS$ 249 milhões no segundotrimestre do ano passado. Já areceita disparou 18%, paraUS$ 4,7 bilhões. O fluxo de cai-

xa livre quase dobrou, paraUS$ 1,1 bilhão, embora a posi-ção de caixa tenha recuado pa-ra US$ 3,2 bilhões, de US$ 4,2bilhões em 31 de janeiro.

A carteira da companhia depedidos firmes a entregar (ba-ckl og) totalizava US$ 56,9 bi-lhões no fim do segundo tri-mestre, de US$ 52,7 bilhões em31 de janeiro.

A Bombardier Aerospace,terceira maior fabricante deaviões do mundo, teve umEbitda de US$ 105 milhões, deUS$ 101 milhões no mesmo tri-mestre do ano passado.

A companhia, conforme di-vulgou, entregou 56 aeronavesno segundo trimestre desteano, de um total de 49 em igualperíodo do ano passado. (AE)

Cade aprovafusão de área deseguro do Itaúcom a Porto

OConselho Adminis-trat ivo de Defesa

Econômica (Cade) apro-vou ontem, por unanimi-dade e sem restrições, aunificação das operaçõesde seguros residenciais ede automóveis dos gruposItaú Unibanco e Porto Se-guro. "Apenas gostaria dereafirmar a posição do Ca-de em relação a processosenvolvendo instituições fi-nanceiras", salientou o re-lator, conselheiro OlavoChinaglia. O comentáriose deve ao impasse que es-tá na Justiça em relação àcompetência do órgão an-titruste para julgar proces-sos envolvendo operaçõesdo setor financeiro. A tare-fa caberia exclusivamenteao Banco Central (BC),mas o Cade mantém a po-sição de que tem condiçõesde também avaliar.

Depois de um acordocosturado com a BRF - Bra-sil Foods no mês passado,o Cade aprovou, tambémontem, por unanimidade esem restrições, a comprada Seara pela Marfrig, queatuam no mesmo setor.

E t an o l – O orgão apro-vou a criação da joint ven-ture formada entre a Car-gill e a Usina São João paraatuar na produção e co-mercialização de açúcar,etanol e energia elétrica.Cada uma das empresasdeterá 50% das ações. OConselho deu o aval parauma operação de aliena-ção por uma das empresasda Cargill, a Finexcor SRL,de uma unidade frigoríficade bovinos (Bernal), locali-zada na Argentina, para oFrigorífico Gorina, Arre-beef e Ecocarnes

O Cade aprovou ainda acriação de uma joint ven-ture formada entre a Co-san Lubrificantes e a Amy-ris Brasil. O caso da TAM eda LAN deve ser julgadoem outubro ou novembrodeste ano. (AE)

Resultado – De acordo comMacedo, esse cenário é reforça-do pelas comparações com osdados de 2010. Em relação a ju-lho do ano passado, houvequeda de 0,3%. Mas no perío-do de janeiro a julho deste ano,o setor acumula alta de 1,4%.

Na opinião do economista-chefe da MB Associados, Sér-gio Vale, a deterioração do ce-nário internacional contribuipara uma perspectiva pior pa-ra a indústria. "No início doano, muita gente trabalhavacom a perspectiva de expansãoentre 4% e 5% neste ano. A tra-jetória dos últimos meses deveindicar crescimento próximode 2% no ano", afirmou Vale.

Conforme os dados do IB-GE, o crescimento acumuladoda indústria nos últimos 12

meses permanece em trajetó-ria descendente desde outu-bro passado, saindo de 3,7%em junho para 2,3% em julho.

Os estoques em níveis eleva-dos e o aumento das importa-ções no País estão prejudican-do, sobretudo, o desempenhoda indústria de bens interme-diários. "Houve perdas nas ati-vidades de metalurgia básica,extrativa, outros produtos derefino, borracha e plástico, ecelulose", disse Macedo.

Livros– O documento do IB-GE, divulgado ontem, aponta

ainda na comparação com omês anterior (junho) que hou-ve aumento de atividade em 14dos 27 ramos pesquisados,com destaque para o setor deedição e impressão (16,8%),que foi impulsionado pelo au-mento na demanda de produ-ção de livros, principalmente,por encomendas do governo.

Por outro lado, a principalpressão negativa partiu da in-dústria farmacêutica (9%).

Já na comparação com julhode 2010, 15 das 27 atividadespesquisadas registraram que-

da, principalmente as indús-trias têxtil (20,9%), farmacêu-tica (12,9%), refino de petróleoe produção de álcool (5,6%),metalurgia básica (6,5%), ou-t r o s p r o d u t o s q u í m i c o s(4,2%), vestuário (13,9%) etambém alimentos (1,%).

O economista André Mace-do ressaltou que esse resulta-do de desaceleração do ritmoda indústria do País pode serexplicado, em parte, porquejulho teve um dia útil a menosem 2011 do que teve no anopassado. (ABr)

Índice de confiança cai em agosto

2,2por cento foi a

queda do Índice deConfiança da

Indústria (ICI) emagosto em relaçãoa julho, segundo

l eva n t a m e n t odivulgado ontem

pela FGV.

Marcos Peron/Virtual Photo

Metalurgia (foto), produtos de refino, borracha e celulose estão entre os setores que reduziram produção.

Nilton Cardin/Folhapress

Jato da família Legacy: empresa Metrojet irá fazer a manutenção das aeronaves no Oriente.

Pelo oitava vez consecu-tiva, o Índice de Con-fiança da Indústria (ICI)

mostrou queda. O indicadorrecuou 2,2% em agosto, apóscair 2% em julho, segundo in-formou ontem a FundaçãoGetúlio Vargas (FGV). O indi-cador, que vai até 200 pontos,caiu de 105 pontos para 102,7pontos de julho para agosto.

Este é o menor nível de con-f iança da indústr ia desdeagosto de 2009 (100,2 pon-tos), ficando ainda abaixo damédia registrada desde 2003(104 pontos).

O recuo da confiança emagosto foi influenciado princi-

palmente por uma piora nasexpectativas dos empresá-rios. Entre os dois subindica-dores componentes do ICI, oÍndice da Situação Atual (ISA)caiu 3,6%, após mostrar um re-cuo de 0,3% em julho. Já o se-gundo componente do ICI, oÍndice de Expectativas (IE), te-ve uma queda mais modesta,de 0,7%, ante uma retração de3,7% apurada em julho.

Fra co – A FGV alertou queambos os indicadores estãoabaixo de suas médias históri-cas recentes, sinalizando umdesempenho fraco da indús-tria no terceiro trimestre.

Na comparação com agosto

do ano passado, o ICI registrouqueda de 9,2% em agosto des-te ano, mais forte que a apura-da em julho (8%), no mesmo ti-po de comparação.

Ainda na comparação comagosto do ano passado, houvequedas de 10,3% e de 8,1%,respectivamente, para o Índi-ce de Situação Atual e para oÍndice de Expectativas.

O levantamento para o cál-culo do índice foi feito entre osdias 4 e 26 deste mês, em umaamostra de 1.174 empresas.

Ca paci dad e – O Nível deUtilização de Capacidade Ins-talada (Nuci) da indústria,com ajuste sazonal, mostrou

desaceleração e f icou em83,6% em agosto, após atin-gir o patamar de 84,1% em ju-lho último. Este foi o menornível desde agosto de 2009(82,9%), segundo a FGV.

Ainda de acordo com a fun-dação, o nível atual supera em0,3 ponto percentual a médiaregistrada desde 2003, masestá 1 ponto percentual abai-xo da média apurada nos 12meses até agosto.

Na série de dados sem ajus-te sazonal da pesquisa, o Nívelde Utilização de CapacidadeInstalada em agosto foi de84%, ficando estável em rela-ção a julho último. (AE)

Page 15: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 2011 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Tempo bom para abrirseu próprio negócioCenário atual favorece novos empreendimentos – e o faturamento das MPEs tem crescido.

Qu e m c o l o c o u e mprática o projeto deser dono do seu pró-prio negócio neste

ano não se arrependeu. Os nú-meros mostram que a boa faseda economia brasileira tem si-do generosa para os pequenose m p re e n d e d o re s .

A empresária Aline Lima éformada em gastronomia, e seespecializou em chocolates edoces. Ela começou a trabalharem casa, em 2006, formou umagrande carteira de clientes, eabriu a Chocolateria Brazil nofinal de junho deste ano.

Os fatores para a aberturado negócio eram favoráveis:Aline aproveitou um imóvelque estava vazio, de proprie-dade da família, para montar ac h o c o l a t e r i a .Com suas pou-panças, ela via-bilizou a comprado equipamentoda cozinha in-dustrial, de R$ 50mil. O ponto ficana Vila Mariana– bem em frente há um prédiocomercial, que representa po-tenciais clientes, e outros doisserão inaugurados na mesmarua até o final do ano.

Com isso, foi possível dupli-

car o faturamento entre julho eagosto. "Os meses de janeiro,fevereiro e julho são os piorespara o setor, já que as famíliasviajam em férias. Mas aprovei-

tei exatamenteeste período pararesolver proble-mas – como, porexemplo, o des-perdício dos ali-mentos", disse.

O negócio vaitão bem que Ali-

ne já pensa em ampliar as ins-talações, oferecendo tambémum café e criando uma linhade produtos para presentes."O importante é planejar e ex-perimentar", ensina.

Bons ventos – Os especia-listas mostram que Aline estáno caminho certo. Dados doSebrae-SP apontam que o fa-turamento real das micro epequenas empresas paulistascresceu 4,7% no primeiro se-mestre do ano, ante igual pe-ríodo de 2010.

"O resultado já vem de umpatamar positivo. O aumentodo faturamento de 2010 em re-lação a 2009 foi de 10,7%. Ouseja, a alta do primeiro semes-tre foi registrada na compara-ção a um montante favorá-vel", disse o consultor do Se-brae-SP, Pedro Gonçalves.

Levando em conta o cenárioatual, a expectativa é de que os

números continuarão positi-vos no segundo semestre –mas com desaceleração decrescimento. "Os efeitos da altados juros farão com que os in-vestimentos das empresas se-jam menores. E as compras aprazo ficarão mais caras."

A pesquisa feita pelo Sebraea cada dois anos (a mais recen-te é de agosto de 2010) detalhaque 27% das empresas fechamas portas no primeiro ano defuncionamento. "Isto aconte-ce por que os empreendedoresnão seguem os aspectos bási-cos de planejamento – como oshábitos dos clientes, quem sãoos consumidores, a localiza-ção do negócio. E, depois de

aberta, a empresa deve sermonitorada constantemente –o mercado muda a toda hora",ponderou Gonçalves.

Opção – Atualmente o em-preendedor está mais preocu-pado com as oportunidades – enão deixa de abrir um negóciopor falta de opções, comoacontecia anteriormente.

Segundo Juliano Seabra, di-retor de educação e pesquisado Instituto Empreender En-deavor Brasil, o governo fede-ral promoveu neste ano o rea-juste da tabela do Simples, ecriou políticas públicas parainovação, entre outras novida-des. "Isto favoreceu os negó-cios do empreendedor", disse.

Empreendedoras são fortesgeradoras de empregos

Embora minoritárias,as empresas conside-radas empreendedo-ras mostraram-se de

grande importância para a ge-ração de empregos no País, se-gundo o levantamento Estatís-ticas do Empreendedorismo,referente a 2008, divulgadoontem pelo Instituto Brasileirode Geografia e Estatística (IB-GE). As 30.954 empresas brasi-leiras de alto crescimento fo-ram responsáveis pela gera-ção de 2,9 milhões de postos detrabalho entre 2005 e 2008,57,4% das 4,9 milhões de vagasformais criadas no período.

"É por isso que as empresasempreendedoras são impor-tantes, porque são grandesgeradoras de empregos", dis-se Cristiano dos Santos, ana-lista do IBGE e responsávelpela pesquisa.

O levantamento consideracomo empresas empreende-doras, ou de alto crescimento,as que têm dez ou mais pes-soas ocupadas no ano inicialde observação e apresentamexpansão média do pessoalocupado assalariado maior de20% ou mais ao ano, por umperíodo de três anos, confor-me os critérios da Organizaçãopara Cooperação e Desenvol-vimento Econômico (OCDE).

Em 2008, das 371 mil empre-sas brasileiras ativas com dezou mais pessoas ocupadas as-

salariadas, 8,3% puderam serclassificadas como empresasde alto crescimento, sendo12.359 delas consideradas em-presas gazelas, ou seja, comaté cinco anos de idade no anoinicial de observação.

Apesar de pequeno, o per-centual coloca o Brasil entreos países com mais alto nível

nhias empreendedoras. Omesmo foi verificado na Nor-deste, onde o percentual damassa assalariada nas empre-endedoras ficou em 18,4%.

A Sudeste teve a maior par-ticipação (53,6%) na distribui-ção das empresas de alto cres-cimento brasileiras, seguidapela região Sul (19,6%) e pelaNordeste (14,8%). A Sudestelidera também na proporçãode pessoal ocupado assalaria-do nas empreendedoras doPaís (56,1%), seguida, nessecaso, pela Nordeste (16,4%) epela Sul (16,2%).

"A inversão de papéis entreSul e Nordeste, com o segun-do tomando a frente do pri-meiro na ocupação nas em-preendedoras, mostra ummovimento interessante: oNordeste se desenvolvendo",disse a técnica do IBGE Deni-se Guichard, também respon-sável pelo estudo.

Setores – As empresas em-preendedoras aparecem espa-lhadas em todos os setores,ainda que sua distribuição nãoocorra de maneira uniforme. Osetor da Construção Civil figu-ra como a principal atividade,com 2,9% de empresas de altocrescimento, seguido da In-dústria (2,1%), Serviços (0,7%)e Comércio (0,4%). Os demaissetores, juntos, registraram0,9% de taxa de companhias dealto crescimento. (AE)

Comissão aprovacriação da

secretaria da MPE

Foi aprovado ontempela Comissão deD esenvolvimentoEconômico, Indústria

e Comércio (CDEIC) daCâmara dos Deputados oprojeto de lei queestabelece a Secretaria daMicro e Pequena Empresa,que terá o mesmo status dosdemais ministérios.

A criação da novasecretaria, que será vinculadaà Presidência da República,partiu de um projeto enviadopelo próprio poder Executivo.Agora, a proposta aindaprecisa passar por outrascomissões da Câmara e doSenado antes de seguirà sanção da presidenteDilma Rousseff.

O novo órgão – para ocomando do qual chegou acircular, há algumas semanas,o nome da empresária LuizaTrajano, dona da rede varejistaMagazine Luiza – irárepresentar as empresas depequeno e médio portes,cooperativas, associações eprofissionais do ramo doartesanato. Esses negóciosestão atualmente sob aresponsabilidade do Ministério

do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior (MDIC).Além disso, a secretaria teráautonomia para desenvolverpolíticas públicas voltadasespecificamente para essess e to re s.

Há cerca de duas semanas,Luiza Trajano afirmou, pormeio de sua conta no Twitter,que "ainda não decidiu epediu um tempo" àpresidente Dilma Rousseffpara aceitar o convite paracomandar o órgão. "Asecretaria ainda não foi criada,por isso nem é necessário daruma resposta agora."

Na época, a empresáriadisse que estudava "commuito carinho" a proposta, eque estava "lisonjeada comconvite". "Incentivar odesenvolvimento da micro epequena empresa sempre foiminha missão pessoal."

De acordo com o texto dalei que cria o órgão, o impactoorçamentário previsto paracustear a nova secretaria é deR$ 6,5 milhões em 2011, eoutros R$ 7,9 milhões nospróximos anos. A leiestabelece também 70 cargoscomissionados. (Ag ê n c i a s )

Desempregofica estável

em julho

Ataxa de desempregoem julho ficou em 11%da população econo-

micamente ativa (PEA) – omesmo índice de junho. O da-do consta da Pesquisa de Em-prego e Desemprego, feita pe-lo Departamento Intersindicalde Estatística e Estudos So-cioec onômi-cos (Dieese)e pela Fun-dação Siste-ma Estadualde Análised e D a d o s(Seade).

O total dede semp re-g a d o s n a sseis regiõesm e t ro p o l i-tanas anali-s a d a s e n oDistrito Federal somou 2,441milhões, 14 mil a mais do queem junho, o que, para os pes-quisadores, indica estabilida-de. Foram geradas 67 mil va-gas, número inferior ao totalde pessoas que ingressaram nomercado de trabalho (81 mil).

O nível de ocupação aumen-tou em Belo Horizonte (1,2%),Salvador (1%) e Fortaleza(0,7%). A taxa ficou estável emSão Paulo (0,3%), Porto Alegre(0 ,1%) e Dis tr i to Federa l(0,1%). Em Recife houve quedade 1,2%. (ABr)

57,4por cento das

empresas com maisde dez funcionáriosgeraram 59 milhões

de vagas

de empresas com característi-cas empreendedoras, segun-do um ranking da OCDE, pu-blicado em 2009. Apenas Bul-gária, Letônia e Eslováquia ti-nham taxas de companhiasde alto crescimento maioresque o Brasil, que estava no ní-vel de países como EstadosUnidos e Israel.

A importância dessas em-presas em termos de geraçãode emprego é sentida, sobretu-do, na região Norte, onde19,9% da força de trabalho as-salariada estavam nas compa-

11por centoda PEA

está hojesem

emprego

Neide Martingo

O importanteé planejare experimentar.

ALINE LIMA, EMPRESÁRIA

Fotos: Patrícia Cruz/LUZ

Apesar do aumento no faturamento das pequenas empresas, muitas ainda fecham no primeiro ano de operação por falta de planejamento.

Page 16: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 201116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Poupança de agosto, com aniversário hoje, tem rendimento de 0,71%.economia

Bancos: crédito para o Natal.Instituições lançam linhas de crédito

para empresas pagarem odécimo-terceiro salário dos funcionários

Rejane Tamoto

Atemporada de abertura de linhas decrédito dos bancos para os clientes pes-soa jurídica (PJ) pagarem o décimo-ter-ceiro salário aos funcionários já come-

çou. Além da taxa de juros, o empresário deve ficaratento às garantias, aos limites, às carências e aosprazos de pagamentos (confira no quadro ao lado).Em geral, as condições variam de acordo com o re-lacionamento com o banco. Especialistas em fi-nanças recomendam aos empresários que, antesde contratarem uma linha de crédito, observem sehá sincronia entre o valor financiado e os recebi-

mentos futuros.O professor de mercado fi-

nanceiro da Fundação Insti-tuto de Pesquisas Contábeis,Atuariais e Financeiras (Fi-pecafi), Silvio Paixão, disseque o empresário deve bus-car a linha de menor custo eutilizá-la no menor prazopossível, de preferência ematé 120 dias. "Além disso, eledeve prever quitar esse fi-nanciamento com o contas areceber, com o que os clientespagarão. É preciso sincroni-zar os pagamentos com os

recebimentos para evitar que os custos cresçam eeliminem os ganhos e margens de lucro ", afirmou.Segundo ele, esse recurso é muito utilizado por em-presas que deram prazos maiores para o pagamen-to de seus clientes.

O analista do Serviço Brasileiro de Apoio às Mi-cro e Pequenas Empresas (Sebrae), Luiz RicardoGrecco, afirmou que o décimo-terceiro salário e osdemais encargos trabalhistas não são custos im-previstos. Assim, o empresário deve fazer provi-sões ao longo do ano para esses pagamentos. Em-bora o final do ano seja de sazonalidade positiva, ocomeço do próximo costuma ser de gastos e depoucas vendas. "Quem pega um empréstimo ago-ra terá de pagar no ano que vem e com juros. Quemtomar o crédito deve procurar quitar antecipada-mente para não coincidir com o pagamento do dé-cimo-terceiro do ano seguinte", disse Grecco.

Ouro lidera ranking dosmelhores investimentos.

Bolsa é lanterninha.Fátima Lourenço

Quempega umempréstimoagora teráde pagarem 2012 ecom juros.

LUIZ GR E CCO,DO SEBR AE

Oouro se manteve em des-taque em agosto, com amelhor rentabilidade doranking elaborado pelo

administrador de investimentos Fá-bio Colombo, com alta de 7,93%.

O metal permanece como uma op-ção conservadora para diversifica-ção dos investimentos. No extremooposto desse mês, a bolsa de valoresrecuou 3,96%, alinhada com as osci-lações e quedas observadas nos mer-cados de todo o mundo.

No acumulado do ano não foi di-ferente. A bolsa brasileira caiu18,48%. Colombo analisa que com aexpectativa de redução docrescimento, como conse-quência da crise mundial,"já se antevê a possibilida-de de redução dos juros nofuturo, diferentemente doque se previa até um mêsatrás". Ele recomenda acompra gradativa parcialda carteira de ações.

F un do s – Os fundoscontinuam bem. Em agos-to, os de Renda Fixa ofere-ceram ganhos brutos su-periores aos dos fundos deDepósito Interbancário(DI). Segundo Colombo,eles se mantêm como op-ções de diversificação pa-ra investidores modera-dos e agressivos.

Para os fundos DI, commelhora do rendimentoreal no mês de agosto devi-do ao recuo da inflação,Colombo prevê, para se-tembro, rendimento brutona faixa de 0,75% a 1,05%.

A crise mundial e as me-

didas do governo para conter a que-da do dólar contribuíram para osbons resultados dos fundos cam-biais (dólar e euro) em agosto. Co-lombo analisa que eles se mantêmcomo opções para diversificação doportfólio de investidores com perfilconservador e moderado, "caso ocenário continue incerto".

Os títulos indexados ao Índice Ge-ral de Preços - Mercado (IGP-M)também permanecem como opçõesde diversificação, pois renderam nafaixa de 5,7% ao ano. A poupança deagosto, com aniversário hoje, gerourendimento líquido de 0,71%.

Page 17: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 2011 ECONOMIA/LEGAIS - 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,

foram ajuizados no dia 31 de agosto de 2011, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Ambev Brasil Bebidas S.A.CNPJ/MF nº 73.082.158/0001-21 - NIRE 35.300.391.713 - Companhia Fechada

Assembleia Geral Extraordinária - Edital de ConvocaçãoFicam convidados os acionistas da Ambev Brasil Bebidas S.A. (“Companhia”) para se reu-nirem no dia 08 de setembro de 2011, às 11 horas, na sede social da Companhia, localizadana cidade de Jaguariúna, Estado de São Paulo, na Avenida Antarctica, nº 1891 (parte), Fa-zenda Santa Úrsula, em Assembleia Geral Extraordinária para deliberarem sobre a seguinteOrdem do Dia: (i) retificação do Anexo I - Estatuto Social constante da ata da AssembleiaGeral Extraordinária da Companhia realizada em 29 de abril de 2011, a fim de registrar aredação correta do artigo 5º, que versa sobre o capital social da Companhia; e (ii) ratifica-ção dos demais termos e condições constantes da Ata da Assembleia Geral Extraordináriarealizada em 29 de abril de 2011. Informações Gerais: - O acionista ou seu representantelegal deverá comparecer à Assembleia munido de: a) documento que comprove sua identi-dade; b) o respectivo comprovante de ações escriturais, expedido pela instituição financeiradepositária; e c) se for o caso, instrumentos de mandato para representação do acionista porprocurador, outorgado nos termos do Artigo 126, §1º, da Lei n. 6.404/76, conforme alterada.- Solicita-se que os instrumentos de mandato com poderes especiais para representação naAssembleia Geral a que se refere o presente edital sejam depositados, na sede da Compa-nhia, no Departamento Jurídico, com antecedência de até 3 (três) dias úteis da data marcadapara a realização da assembleia. Jaguariúna, 30 de agosto de 2011. João Maurício Giffonide Castro Neves. Diretor Geral.

Morena Distribuidora de Bebidas S.A.CNPJ n.º 03.051.050/0001-96- NIRE 35.300.391.705 - Companhia Fechada

Assembleia Geral Extraordinária - Edital de ConvocaçãoFicam convidados os acionistas da Morena Distribuidora de Bebidas S.A. (“Companhia”)para se reunirem no dia 08 de setembro de 2011, às 10 horas, na sede social da Companhia,localizada na cidade de Jaguariúna, Estado de São Paulo, na Avenida Antarctica, nº 1891(parte), Fazenda Santa Úrsula, em Assembleia Geral Extraordinária para deliberarem sobrea seguinte Ordem do Dia: (i) retificação do Anexo I - Estatuto Social constante da ata daAssembleia Geral Extraordinária da Companhia realizada em 29 de abril de 2011, a fim deregistrar a redação correta dos artigos 4º e 5º, que versam, respectivamente, sobre o objetoe o capital social da Companhia; (ii) ratificação dos demais termos e condições constantesda Ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 29 de abril de 2011; (iii) Aprovar aalteração de endereço e o encerramento de determinadas filiais da Companhia; e (iv) ratificara existência das filiais da Companhia ora em funcionamento. Informações Gerais: - O acio-nista ou seu representante legal deverá comparecer à Assembleia munido de: a) documentoque comprove sua identidade; b) o respectivo comprovante de ações escriturais, expedidopela instituição financeira depositária; e c) se for o caso, instrumentos de mandato para re-presentação do acionista por procurador, outorgado nos termos do Artigo 126, §1º, da Lein. 6.404/76, conforme alterada. - Solicita-se que os instrumentos de mandato com poderesespeciais para representação na Assembleia Geral a que se refere o presente edital sejamdepositados, na sede da Companhia, no Departamento Jurídico, com antecedência de até 3(três) dias úteis da data marcada para a realização da assembleia. Jaguariúna, 30 de agostode 2011. João Maurício Giffoni de Castro Neves. Diretor Geral.

OPINIÃO S/ACNPJ 03.729.970/0001-10 - NIRE 35.300.196.392

Edital de Convocação - AGOFicam convocados os acionistas a se reunirem em AGO, a ser realizada às 9hs do dia 08.09.11, nasede social, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) aprovação de contas do exercíciofindo em 31.12.10 e destinação dos resultados; b) remuneração da Diretoria; e c) outros assuntos deinteresse social. São Paulo, 31.08.11. A Diretoria. (31/08, 01 e 02/09)

SIFRA S/ACNPJ 04.455.612/0001-20 - NIRE 35.300.184.904

Edital de Convocação - AGOFicam convocados os acionistas a se reunirem em AGO, a ser realizada às 10hs do dia 08.09.11, nasede social, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) aprovação de contas do exercíciofindo em 31.12.10 e destinação dos resultados; b) remuneração da Diretoria; e c) outros assuntos deinteresse social. São Paulo, 31.08.11. A Diretoria. (31/08, 01 e 02/09)

APAFRAM - Associação Paulista de Franqueados da Marca MicrolinsCNPJ nº 13.396.576/0001-61

EDITAL DE CONVOCAÇÃOConvocamos os Associados da APAFRAM - Associação Paulista de Franqueados da Marca Microlins, devidamenteconstituída no CNPJ nº 13.396.576/0001-61, para Assembleia Extraordinária a ser realizada em 16/09/2011, às10:00 h, na sede da associação, a fim deliberar sobre a mudança do nome da Associação. São Paulo, 30 de agostode 2011. Fátima Iria Monteiro de Oliveira - Presidente

Correa Galvanoplastia Ltda.-EPP torna público que recebeu da Cetesb a Renovaçãoda Licença de Operação nº 29005299, para Prestação de Serviços de Galvanoplastia,sita à Rua Desembargador Galvão, 68, Jd. Cabuçu, São Paulo, SP.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha abertalicitação para execução de Obras:TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMOP/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)69/00199/11/02 - Reforma de Prédio Escolar na EE/DER Prof. Bruno Pieroni/Futura DER de Sertãozinho - Rua Luis ObertEscudeiro, 240 - CEP: 14510-000 - Centro - Sertãozinho-SP - 180 - R$ 82.028,00 - R$ 8.202,00 - 09:30 - 20/09/2011.69/00247/11/02 - Reforma (Restauro) de Prédio na DER Araraquara - Sede - Oficina Pedagogica - Nucleo de Tecnologia- Rua Goncalves Dias, 291 - CEP: 14801-290 - Centro - Araraquara-SP - 180 - R$ 19.478,00 - R$ 1.947,00 - 09:50 - 20/09/2011.69/00283/11/02 - Construção de Ambientes Complementares e Reforma de Prédio Escolar na EE Dr. Presciliano Pinto deOliveira - Rua Paraná, 268 - CEP: 15240-000 - Centro - Nipoã-SP - 150 - 46,47 - R$ 45.095,00 - R$ 4.509,00 - 10:10 -20/09/2011.69/00284/11/02 - Construção de Ambientes Complementares e Reforma de Prédio Escolar na EE Cel. Marcelino Braga -Rua dos Nogueiras, 433 - CEP: 14930-000 - Jd. Progresso - Boa Esperança do Sul-SP - 120 - 39,14 - R$ 33.130,00 - R$3.313,00 - 10:30 - 20/09/2011.69/00289/11/02 - Construção de Ambientes Complementares e Reforma de Prédio Escolar na EE Profº Bento de Siqueira- Rua Bom Jesus, S/Nº - CEP: 15845-000 - Centro - Marapoama-SP - 150 - 47,26 - R$ 62.382,00 - R$ 6.238,00 - 10:50- 20/09/2011.69/00290/11/02 - Reforma de Prédio Escolar na EE/EMEF Sta Rita de Cássia - Rua Dois, S/Nº - CEP: 11850-000 - SantaRita - Miracatu-SP - 150 - R$ 56.958,00 - R$ 5.695,00 - 11:10 - 20/09/2011.69/00291/11/02 - Reforma de Prédio Escolar na EE Prof. Adahir Guimarães Fogaça - Rua Auriflama, 2568 - CEP: 15043-330 - Eldorado - São José do Rio Preto-SP - 150 - R$ 69.645,00 - R$ 6.964,00 - 11:30 - 20/09/2011.69/00292/11/02 - Reforma de Prédio Escolar na EE Prof. Elias de Mello Ayres - Rua Fernando Febeliano da Costa, 429 -CEP: 13416-250 - São Dimas - Piracicaba-SP - 240 - R$ 67.709,00 - R$ 6.770,00 - 14:00 - 20/09/2011.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composiçãodo BDI, na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SPou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 01/09/2011, na SEDE DA FDE, de segundaa sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais).Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitaçõesda FDE, conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues, juntamentecom a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e a garantia departicipação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da aberturada licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nasCONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DAEDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha abertalicitação para execução de Obras:TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMOP/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)70/00245/11/02 – Reforma de Prédio Escolar na EE Profª Neusa Figueiredo Marçal - Rua Lucia Zincaglia, 401 - CEP: 09810-800 - Assunção - São Bernardo do Campo-SP - 210 - R$ 42.808,00 - R$ 4.280,00 - 14:30 - 19/09/2011.70/00250/11/02 - Reforma de Prédio Escolar na EE Prof Antonio de Oliveira Camargo - Rua Eng Carlos Grazia, 500 - CEP:03685-110 - Vila União - São Paulo-SP - 180 - R$ 68.609,00 - R$ 6.860,00 - 15:00 - 19/09/2011.70/00266/11/02 - Reforma de Prédio Escolar na EE Sinhá Pantoja - Rua Simão de Lemos, S/N - CEP: 05816-220 - Rec.Sto. Antônio - São Paulo-SP - 180 - R$ 44.097,00 - R$ 4.409,00 - 15:30 - 19/09/2011.70/00271/11/02 - Reforma de Prédio Escolar na EE Prof Luis Gonzaga de Carvalho Mello - Rua Antônio de Toledo Lara Filho,116 - CEP: 03678-050 - Vila S. Francisco - São Paulo-SP - 150 - R$ 53.634,00 - R$ 5.363,00 - 16:00 - 19/09/2011.70/00310/11/02 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento, Instalação,Licenciamento e Manutenção de Elevador na EE Profa Idalina Ladeira - Rua Taubaté (Rua Barra da Estiva), S/N - CEP: 07161-180 - Cid. Soberana - Guarulhos-SP - 210 - 38,46 - R$ 82.821,00 - R$ 8.282,00 - 16:30 - 19/09/2011.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composiçãodo BDI, na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SPou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 01/09/2011, na SEDE DA FDE, de segundaa sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais).Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitaçõesda FDE, conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues, juntamentecom a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e a garantia departicipação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da aberturada licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nasCONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DAEDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETOServiço Municipal Autônomo de Água e Esgoto de São José do Rio Preto – SeMAE

Aviso de Abertura de Licitação – Tomada de Preços 11/2011 – Proc. 104/2011Entrega dos envelopes: até 20.09.2011, às 08h45. Abertura da licitação: 20.09.2011, a partir das 09h00.Objeto: Contratação de serviços de engenharia para levantamento topográfico cadastral em coordenadasUniversal Transversa Mercator (UTM), de áreas de servidão administrativa para passagem de interceptore emissário de esgotos na margem direita e esquerda do Rio Preto, desapropriação de área paraconstrução de Estação Elevatória de Esgotos (EEE) e licenciamento ambiental. Custo global estimado:R$140.294,08 – Prazo de execução: 4 meses. Demais informações e retirada do edital com a C.L., naRua Antônio de Godoy, 2181, Jd. Seixas, S. J. do Rio Preto/SP, das 7h30 às 12h00 e das 13h30 às 17h00,de segunda a sexta, fone/fax: (17) 3211-8105, e página do SeMAE na internet:www.semae.riopreto.sp.gov.br. S. J. Rio Preto, 31.08.2011.

Sonia Maria Franco da Silva Gomes – Presidente da C. L.

Nos termos provimento CSM CXC/84, informamos que hoje (31/08/2011)Não houve pedido de falência na comarca da Capital.

O setor pressionará o governo por mudanças na tarifação de cartões.Sussumu Honda, presidente da Abraseconomia

Desoneração para fibras ópticasProposta para construção de rede deve ser entregue à presidente Dilma Rousseff em uma semana, segundo ministro Paulo Bernardo.

Oministro das Co-municações, Pau-lo Bernardo, afir-mou ontem que a

proposta de desoneração paraa construção de redes de fibrasópticas deve ser entregue àpresidente Dilma Rousseff ematé uma semana. Segundo ele,a isenção de Programa de Inte-gração Social (PIS) e Contri-buição para o Financiamentoda Seguridade Social (Cofins)para investimentos na am-pliação das redes de bandalarga do País deverá sair viamedida provisória (MP).

Bernardo destacou que oMinistério das Comunicaçõesfará a habilitação dos projetos,para garantir que as empresasbeneficiadas pelo incentivofiscal também invistam nas re-giões Norte e Nordeste. "Va-mos dificultar para quem qui-ser investir apenas em regiõesjá atendidas", completou.

A s s i n a t u ra – O Projeto deLei (PLC) 116, que foi aprova-do no mês de agosto pelo Se-nado Federal, deve aumentarem 11 milhões a quantidadede assinantes de TV por assi-natura no País nos próximosquatro anos, segundo avalia-ção feita ontem por Bernardo.

O projeto, que ainda será

sancionado pela presidenteDilma Rousseff, abre o merca-do de TV a cabo para as com-panhias de telecomunica-ções. Além disso, a iniciativareduz as limitações atuais decapital estrangeiro nas em-presas de TV paga.

"Vamos dobrar a quantida-de de assinantes nos próxi-

mos anos, todos eles comacesso também à internet dealta velocidade", declarouBernardo, em audiência pú-blica na Comissão de Ciênciae Tecnologia do Senado.

Segundo o ministro, o proje-to possibilitará a entrada degrandes companhias de tele-comunicações no mercado,

bem como abrirá as portas acentenas de empresas meno-res, com interesses voltadospara os pequenos e médiosmunicípios que atualmentenão tem o serviço. "Já nas gran-des cidades, as empresas vãose estapear pelos clientes, oque vai melhorar a qualidade ediminuir o preço", completou.

Mercado de cartõeseleva concentração

C o r re i o sterão maisat r i b u i ç õ e s

OSenado aprovou on-tem projeto que am-

plia a área de atuação dosCorreios, permitindo a ex-ploração de serviços postaiseletrônicos, financeiros e delogística integrada. Como avalidade da Medida Provisó-ria (MP) que tratava da pro-posta termina um dia de-pois do feriado de 7 de se-tembro, os senadores fica-ram impedidos de alterar otexto dos deputados.

A proposta permite aosCorreios explorar serviçostípicos de um banco, alémde criar subsidiárias e atuarno exterior e participar decompanhia aérea de trans-porte de cargas e oferecerserviços de internet.

Etanol – A MP autorizaainda a redução do percen-tual mínimo do etanol ani-dro na gasolina, de 20% pa-ra 18%, e atribui à AgênciaNacional do Petróleo (ANP)a fiscalização e a regula-mentação da produção.

O senador Aloysio NunesFerreira (PSDB-SP) apresen-tou emenda especificandoque a competência se res-tringiria ao álcool combus-tível, mas sua proposta foirejeitada. "No limite, a ANPvai poder fiscalizar até o ál-cool da barraquinha do pi-poqueiro da praça."

O líder do DEM, Demós-tenes Torres (GO), anunciouque o partido recorrerá aoSupremo Tribunal Federal(STF) contra a inclusão noprojeto de conversão em leida MP a autorização para osCorreios criarem uma sub-sidiária, sem a aprovaçãode uma lei específica peloCongresso. Já o líder do go-verno, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que o projetodeverá ser sancionado naíntegra. (AE)

Bernardo: "vamosdificultar paraquem quiserinvestir apenasem regiões jáatendidas".

Ed Ferreira/AE

Microsoft – O presidente daMicrosoft do Brasil, Michel Le-vy, se encontrou ontem com oministro das Comunicaçõespara apresentar projetos dacompanhia de inclusão digital,capacitação em tecnologia dainformação e suporte à educa-ção. De acordo com Levy, a vi-sita também serviu para co-nhecer melhor o Plano Nacio-nal de Banda Larga (PNBL) dogoverno, que pretende univer-salizar o acesso à internet rápi-da no País nos próximos anos."Viemos conhecer melhor asprioridades do governo paraver como e onde podemos nosaliar", disse o executivo.

Para Levy, não há nada con-creto sobre a instalação de umcentro de dados da Microsoftno Brasil para cuidar especifi-camente da computação emnuvem, ou seja, a manutençãode documentos e aplicativosdiretamente na rede ao invésde terminais fixos. (AE)

BC: US$ 5,4 bi entraram no País.

Aconcentração no merca-do de cartões aumentou

nos últimos anos. Em 2005, oscinco maiores bancos emisso-res de cartões detinham 68%do mercado. Neste ano, a par-ticipação saltou para 81%, deacordo com o levantamentoda CardMonitor, empresa es-pecializada em estatísticas domercado de meios eletrônicosde pagamentos.

Para José Antonio Camargode Carvalho, sócio-diretor daCardMonitor, essa concentra-ção se acelerou como reflexodas fusões e aquisições recen-tes no setor bancário.

De acordo com ele, mesmocom a competição, as vendasde novos cartões estão difíceis.Estima-se que 65 milhões debrasileiros tenham um plásti-co. Mapeamento da CardMo-nitor junto aos bancos mostraque existem 585 tipos de car-tões de crédito diferentes. OItaú Unibanco oferece 116 ver-sões, e o Bradesco tem 104.

Va r ej o – O comércio quermudar a forma como são taxa-das as operações com cartãode débito. De acordo com re-presentantes do setor, a ideia éque os lojistas, que hoje pa-gam às credenciadoras umpercentual sobre cada venda,tenham que repassar apenasuma tarifa fixa por operação.

"O custo da transação ele-trônica é o mesmo em todas asoperações. Quando você emi-te um cheque, por exemplo,não paga diferentes taxas porele de acordo com o valor decada folha", afirmou o presi-dente da Confederação Na-cional de Dirigentes Lojistas(CNDL), Roque Pellizzaro.

Ele disse que o varejo tem oapoio do Banco Central (BC)em medidas que aumentem aconcorrência no setor de car-tões, e que o setor já discutecom o Congresso como alte-

rar o tipo de cobrança.A intenção é conseguir que

o Congresso aprove a classifi-cação das credenciadoras decartão como instituições fi-nanceiras, o que permitiriasua regulação pelo BC.

A Associação Brasileira deSupermercados (Abras) tam-bém está na campanha para ofim das taxas no débito. Sussu-mu Honda, presidente da enti-dade, diz que se as própriasempresas de cartões não se me-xerem para baixar as taxas, osetor de consumo pressionaráo governo por mudanças na ta-rifação de cartões, assim comoocorreu com a abertura domercado de credenciamentode lojistas. O argumento dosvarejistas é que nos países de-senvolvidos, como os EstadosUnidos, é cobrada uma taxapor cada operação de débito.

O presidente da Cielo, Rô-mulo Dias, rebateu o pedido,afirmando que "o lojista não éobrigado a utilizar o débito".

"O débito veio substituir odinheiro e o cheque para tra-zer mais segurança, menoscusto. Se tivesse uma desvan-tagem em relação ao que eraanteriormente, o débito nãoseria utilizado", afirmou. "Pa-ra nós, o sistema está adequa-do em função dos benefíciosque ele traz para o lojista."

Preferido – De acordo compesquisa divulgada ontempela Visa, o cartão de débito jásuperou o dinheiro como for-ma de pagamento dos consu-midores paulistanos nas com-pras entre R$ 51 e R$ 500.

O estudo, realizado para co-nhecer o perfil e os hábitos dosusuários de cartão de débitono País, mostra que 79% po-pulação bancarizada de SãoPaulo possui apenas um car-tão de débito, e 67% deles uti-lizam-no pelo menos uma vezpor semana. (Agências)

Ofluxo cambial registrouingresso líquido de

US$ 5,404 bilhões em agostoaté o dia 26, conforme dadosatualizados pelo Banco Central(BC). Na quarta semana domês, entre 22 e 26 de agosto, ofluxo cambial seguiu trajetóriacontrária e registrou saídalíquida de US$ 2,357 bilhões.

Segundo o BC, o fluxofinanceiro do mês está

negativo em US$ 1,043 bilhão,resultado de ingressos deUS$ 25,239 bilhões e saídas deUS$ 26,282 bilhões. Na quartasemana do mês, a saída é aindamais forte, com fluxofinanceiro negativo deUS$ 2,143 bilhões, fruto deingressos de US$ 5,379 bilhõese saídas de US$ 7,522 bilhões.

Na conta comercial, o mêsacumula entrada líquida de

US$ 6,446 bilhões porque asexportações acumuladas até odia 26 somaram US$ 22,462bilhões e as importaçõesatingiram US$ 16,016 bilhões.Na quarta semana do mês, osegmento comercial teve saídade US$ 213 milhões porque asimportações atingiramUS$ 4,956 bilhões e superaramas exportações de US$ 4,743bilhões no período. (AE)

Tavis Wright/ Folhapress

Na 4ª semana do mês, houve a saída líquida de US$ 2,357 bilhões.

Page 18: Diário do Comércio

quinta-feira, 1 de setembro de 201118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

O comércio online oferece grandes oportunidades no Brasil.Reportagem da revista Forbeseconomia

Alemanha:sinal verdepara fundode resgate.

Projeto dá à União Europeiarecursos para conter a atual crise da dívida

Oconselho de minis-tros alemão apro-vou ontem a refor-ma do Fundo Eu-

ropeu de Estabilidade Finan-c e i r a ( E F S F, n a s i g l a e minglês), estipulada em 21 de ju-lho na cúpula de líderes daUnião Europeia (UE) e queconcede ao órgão mais recur-sos para frear a crise da dívida.Em sua reunião semanal, osministros do governo de cen-tro-direita alemão sanciona-ram o projeto de lei que reforçaeste mecanismo. Agora, elepassará pelo Parlamento fede-ral para ser estudado e ratifica-do, o que prolongará o proces-so até o final de setembro.

O documento aprovado pe-lo gabinete da chanceler ale-mã, Angela Merkel, sancionouo aumento do volume disponí-vel para empréstimos que oEFSF pode conceder aos paísesem dificuldades financeiras epermitiu ao organismo adqui-

rir bônus soberanos. Assim, ofundo terá 440 bilhões de eurose os estados da zona do eurodeverão fornecer 780 bilhõesde euros em garantias, dosquais 211 bilhões de euros pro-viriam da Alemanha (27%).

O objetivo desta reforma éfavorecer a estabilidade dospaíses com problemas de cré-dito, como a Grécia, Portugal eIrlanda, e de seus respectivossetores financeiros, assim co-mo a do conjunto da zona doeuro e sua moeda comum.

Grécia – O ministro das Fi-nanças grego, Evangelos Veni-zelos, classificou ontem de"cruciais" para o país as próxi-mas semanas, nas quais se es-peram decisões dos inspetoresinternacionais que avaliam arecessão da economia grega.

Venizelos informou que seuministério e os inspetores en-viados pela UE, Banco CentralEuropeu (BCE) e Fundo Mo-netário Internacional (FMI)

Tobias Schwarz/Reuters

estudam medidas para resis-tir à recessão. Segundo as no-vas estimativas, a contraçãoda economia grega cresceráneste ano 5,3%, contra 3,8%previsto inicialmente.

Ele também descartou queAtenas adote novas medidasde austeridade e ajustes fis-cais até o final do ano, dadosos duros cortes já aprovados.

Portugal– O ministro das Fi-nanças de Portugal, Vitor Gas-par, anunciou ontem "um cortesem precedentes" na dívidapública do país por meio denovas medidas de ajuste, espe-cialmente no âmbito tributá-rio. Ele estimou ainda que aeconomia voltará a crescer até1,2% em 2013.

Gaspar previu que, apósuma queda acumulada no Pro-duto Interno Bruto (PIB) de 4%em 2011 e 2012, a economia,impulsionada pelo setor ex-portador, se recuperará e con-seguirá reduzir a dívida públi-ca a partir de 2014. Ela subiráde 100,8% do PIB neste ano pa-ra 106,8% em 2013, quando co-meçará sua tendência de que-da, para até 105% em 2014.

Segundo Gaspar, o país al-cançará "a sustentabilidade"da economia em 2015 e, a partirdaí, estará "quase eliminado" odesequilíbrio orçamentárioexterno que pesa sobre as con-tas de Portugal, cujo déficit foide 9,1% no ano passado.

O documento também in-

AT&T e T-Mobile: fusão rejeitada.Justiça norte-americana considerou o negócio danoso ao mercado

ODepartamento deJustiça dos EstadosUnidos bloqueou

ontem os planos daoperadora de telefonia AT&Tde adquirir a T-Mobilenaquele país. De acordo como órgão, a fusão teria comoresultado a redução daconcorrência no setor e aconsequente elevação dospreços aos consumidores.

Ao bloquear o acordo,avaliado em US$ 39 bilhões, oDepartamento de Justiçajustificou que o pacto poderiaser considerado uma violaçãoda lei antitruste (sobrepráticas restritivas daconcorrência) dos EUA.

O acordo de fusão,anunciado em março,despertou a contrariedade deinúmeros de clientes, assimcomo de outras operadoras detelefonia celular. Para eles, a

concretização do negóciocriaria um gigante no setor,com o qual seria muito difícilmanter algum nível decompetição no mercado.

AT&T é a segunda maiorempresa de telefonia celularnos EUA pelo número de

assinantes. Já a T-Mobileatualmente ocupa a quartacolocação.

Prejuízos – Em entrevistapara anunciar a decisão, osecretário adjunto de Justiça,James Cole, indicou que "afusão da AT&T e T-Mobileresultaria em dezenas demilhões de consumidores emtodo os EUA tendo deconviver com preços maisaltos, menores opções eprodutos de menorqualidade para os serviçosde telefonia sem fio".

Por sua vez, asubsecretária-adjunta deJustiça para a luta contra osmonopólios, Sharis Pozen,indicou que, "a menos queesta fusão seja bloqueada, acompetição e a inovação sereduzirão e os consumidoresserão prejudicados".

A decisão do Departamentode Justiça, que chega antes dadefinição sobre a fusão daComissão Federal deComunicações, põe eminterdição o futuro nos EUAda T-Mobile, que pertence àalemã Deutsche Telekom eteve dificuldades paraconcorrer com suas rivais demaior tamanho.

A AT&T obteve receita noano passado de US$ 53,5bilhões por seus serviços detelefonia celular, e suareceita total superou osUS$ 124 bilhões. Já aT-Mobile, que tem cerca de33,6 milhões assinantes nosEUA, gerou receita deUS$ 18,7 bilhões por essasmesmas operações. (EFE)

Brasil já éo Bric mais

at rat i vo

Forbes vêexpansão doe - c o m m e rc e

Mesmo sem ter o gigantedo e-commerce Ama-

zon presente no Brasil, o País jáse destaca mundialmente emtermos de comércio eletrônico.Em reportagem publicada on-tem em sua edição online, a re-vista norte-americana Forbesavaliou que o setor passa porum momento de expansão.

Baseando-se em númerosda consultoria especializadaem tecnologia E-consulting, aForbes informou que o e-com-merce teve no primeiro se-mestre do ano negócios deUS$ 5,5 bilhões no País (alta de19,1% ante igual período de2010) – e deverá concluir 2011com um total de US$ 11,5 bi-lhões. O texto também incluiudados da consultoria e-bit, se-gundo a qual o setor faturouUS$ 5,2 bilhões no período –uma expansão de 24%. "É difí-cil dizer qual estudo é maispreciso, mas é fácil predizerque o comércio online oferecegrandes oportunidades noBrasil", avaliou a reportagem.

Graças às medidas do go-verno para conter o consumo econtrolar a inflação, o e-com-merce deverá crescer menosno segundo semestre. Mas aForbes argumentou que a po-pularização de s mar tph one s eredes 3G no Brasil deveráaproximar mais as redes so-ciais e o comércio eletrônico.

Iene fortep re j u d i c ao Japão

Aprodução industrial doJapão desacelerou em ju-

lho, quando teve um cresci-mento de 0,6% em relação aomês anterior. A queda foi cau-sada pela forte valorização doiene e pelo recuo nas exporta-ções para a China. A economiade energia elétrica imposta pe-lo governo japonês tambémcontribuiu para a retração.

Segundo a avaliação divul-gada ontem pelo Ministérioda Economia, "a tendência éde recuperação".

I E D – Os mercados emer-gentes receberam 60% do in-vestimento estrangeiro direto(IED) do Japão no ano fiscal2010, refletindo a busca dascompanhias japonesas poracordos de aquisição e fusãonessas regiões, afirmou o jor-nal Nikkei.

O IED feito pelo Japão enco-lheu 20% no ano fiscal 2010 emcomparação ao ano fiscal ante-rior, para 4,86 trilhões de ienes(US$ 63,52 bilhões), de acordocom o Ministério de Finançasdo país. Deste total, cerca de2,91 trilhões de ienes (US$ 37,9bilhões) foram para paísesemergentes, 7% a mais que oregistrado no ano fiscal 2009.

O total de investimentos nosEstados Unidos, Europa e ou-tros países desenvolvidos en-colheu 42% na mesma base decomparação. (Agências)

PACOTE – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,apresentará seu plano econômico e de criação de empregosem uma sessão conjunta de ambas as Câmaras do Congresso nodia 7 de setembro, anunciou ontem a Casa Branca. (EFE)

Man

del N

gan/

AFP

Patrícia de Melo Moreira/AFP

A chanceler alemãAngela Merkel(centro da foto)aprovou elevaçãode recursos dofundo.E o ministro dasFinançasportuguês, VitorGaspar (fotoabaixo), prometeumais cortes.

clui previsões sobre a taxa dedesemprego, que subirá para13,2% no próximo ano, mascairá até 12,3% em 2015, e so-

bre o déficit, que como já seanunciou diminuirá progres-sivamente até 3% em 2013 e0,5% em 2015. (EFE)

Etienne Franchi/AFP

A AT&T é a 2ª maior empresa de telefonia celular. A T-Mobile é a 4ª.

OBrasil é o país preferidoentre os Bric – grupo que

inclui ainda Rússia, Índia eChina – por investidores nor-te-americanos no mercadoacionário. A avaliação partiude um estudo divulgado on-tem, segundo o qual cerca de60% dos gestores baseados nosEstados Unidos colocam o Bra-sil como principal destino derecursos dentro do universodos quatro emergentes. A Chi-na aparece logo em seguida,com 27% das preferências.

Realizada pela consultoriade comunicação Financial Dy-namics (FD), a pesquisa ouviuinvestidores como BlackRock,Franklin Templeton e BostonCompany Asset Management."Eles acreditam que os funda-mentos das companhias brasi-leiras são o ponto mais impor-tante para as decisões de port-fólio", disse em comunicado ovice-chairman da FD, GordonMcCoun.

"Mas em um tempo em que aincerteza macroeconômica(global) está retardando a alo-cação de capital em mercadosemergentes, as companhiasbrasileiras precisam trabalharduro para aumentar sua visibi-lidade com a comunidade fi-nanceira dos EUA."

O levantamento mostra ain-da que 12,5% dos investidoresconsultados estão muito oti-mistas com as empresas brasi-leiras, com outros 66,7% relati-vamente otimistas e 18,8%neutros. Não houve respostasindicando pessimismo.

No total, 33 grupos que in-vestem na América Latina eno Brasil participaram do es-tudo – e 39% deles ampliaramos investimentos em ações noPaís no último ano, outros24% mantiveram suas aplica-ções, e cerca de 36% reduzi-ram suas posições.

Quanto aos setores e indús-trias citados pelos investido-res norte-americanos, o pre-ferido no Brasil é o financeiro,s e g u i d o p o r c o n s t ru ç ã o ,energia e consumo.

O levantamento foi condu-zido de 26 de julho a 15 deagosto. (Reuters)