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Publicações oficiais Município de Pinhais Município de Fazenda Rio Grande Editais na Página A5 www. icnews.com.br Acesse a edição digital CentRAl de AtendiMento: 41 3333.9800 / e-MAil: [email protected] oPiniÃo AtenÇÃo: estÁ nAsCendo A “teoloGiA dA libeRtAÇÃo AniMAl” Os frades Luiz Carlos Suzin e Gilmar Zampie- ri anunciam a “Teologia da Libertação Animal”. Suas bases estão no livro “A Vida dos Ou- tros”, Edições Paulinas, recém lançado. Página A7 Aroldo Murá bRAsil PessiMistA A pesquisa anual Ba- rômetro Global de Oti- mismo, feita pelo Ibo- pe em parceria com o Worldwide Independent Network of Market Re- search, revelou que o brasileiro é duas vezes mais pessimista que a média mundial. O au- mento do pessimismo é patente, o mérito da pesquisa é quantificar o desânimo do brasileiro sob Dilma. Página A3 Fábio Campana Registro Positivo São Paulo começa a fazer testes rápidos para detectar dengue A rede pública municipal de saúde começou ontem a fazer testes rápidos – os re- sultados ficam prontos em 20 minutos – para a detecção de quatro sorotipos de dengue. O exame ficará disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital paulista até a primeira quinzena de março, período do pico de transmis- são da doença. A vantagem da técnica é a identificação da doença ainda na fase inicial da transmissão. Curitiba, terça-feira , 19 de janeiro de 2016 | ano XLiX | edição nº 9463 | r$ 2,00 desde o Ano 1976, lÍdeR eM inFoRMAÇÕes de neGÓCios e MeRCAdos no PARAnÁ. & Diário Indústria Comércio WWW.DIARIOINDUSCOM.COM Assinatura do convênio entre a Prefeitura e Caixa Econômico ocorreu na última sexta-feira Geral A4 Indústria inicia o ano mais pessimista do que em 2015 A confiança é menor entre os empresários da construção, onde o índice ficou abaixo do índice nacional Economia A7 Imprensa Infraero Caixa acompanha aplicação de recursos na Linha Verde Riqueza de 1% da população mundial supera a dos 99% restantes em 2015, diz ONG Copom deve elevar Selic em 0,5 ponto percentual Renda de regiões agrícolas do Paraná cresce quase o dobro da média do País Educação básica pública tem 38 mi de matrículas Nordeste do país dispensa uso de usinas térmicas A riqueza acumulada por 1% da população mundial, os mais ricos, superou a dos 99% restantes em 2015, um ano mais cedo do que se previa, informou ontem a organização não go- vernamental (ONG) Oxfam, a dois dias do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. “O fosso entre a parcela dos mais ricos e o resto da popula- ção aumentou de forma dra- mática nos últimos 12 meses”, diz relatório da ONG britânica intitulado Uma economia a serviço de 1%. Nacional A2 A taxa básica de juros, a Selic, deve ser elevada em 0,5 ponto percentual para 14,75% ao ano, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que se reúne hoje e amanhã. Atualmente, a taxa está em 14,25% ao ano. A expec- tativa é de instituições financei- ras consultadas pelo BC. Economia A7 A população que vive na principais regiões agrícolas no Paraná viu sua renda crescer quase o dobro do que a média brasileira. Le- vantamento do Instituto Paranaense de Desenvol- vimento Econômico Social (Ipardes) mostra que as cidades com maior Valor Bruto da Produção (VBP) da agricultura estão entre as que mais avançaram na renda per capita. Geral A4 O Ministério da Educa- ção (MEC) divulgou ontem os resultados finais do censo escolar do ano passado, que detalham o número de ma- trículas iniciais na educação básica das redes públicas municipal e estadual de ensino. São 38.682.720 de matrículas. Nacional A2 As usinas termelétricas que têm alto custo de ge- ração de energia não serão mais utilizadas de forma contínua no Nordeste. o risco de desabastecimento na região com ou sem essa energia mais cara é zero. Nacional A2 Demanda do consumidor por crédito cresce 1% em 2015, aponta Serasa Economia A7 Valor tomado em empréstimo pelo Paraná para pagar dívidas do Banco e permitir a venda do Banestado para o Itaú. É o valor que o Paraná ainda deve à União. Valor já pago pelo Estado até dezembro de 2015. Quantia que sai dos cofres do Paraná todos os meses para pagar a dívida: Valor Mensal (Principal + Juros + Encargos) R$ 5,6 bilhões R$ 9,7 bilhões R$ 13,5 bilhões R$ 95,9 milhões Novo cálculo faz Paraná economizar R$ 17 mi/mês “dÍvidA do bAnestAdo” A Lei 148/2014 corrige o índice de correção das dívidas dos estados. De acordo com dados da Secretaria de Fazenda, com a aplicação das condições estabelecidas na Lei, o valor apurado em 2015, teria um crédito a compensar de R$ 430 milhões, além da redução nas parcelas a vencer. Assim, o Estado deixa de desembolsar aproximadamente 17 milhões por mês. Pág. a6

Diário Indústria&Comércio - 19 de janeiro de 2016

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Page 1: Diário Indústria&Comércio - 19 de janeiro de 2016

Publicações oficiais

Municípiode Pinhais

Municípiode Fazenda Rio Grande

Edital na Página 00 Publicação de 01 edital somente.

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Editais na Página A5

www.icnews.com.br

Acesse a edição digital

CentRAl de AtendiMento: 41 3333.9800 / e-MAil: [email protected]

oPiniÃo

AtenÇÃo: estÁ nAsCendo A “teoloGiA dA libeRtAÇÃo AniMAl”

Os frades Luiz Carlos Suzin e Gilmar Zampie-ri anunciam a “Teologia da Libertação Animal”. Suas bases estão no livro “A Vida dos Ou-tros”, Edições Paulinas, recém lançado.

Página A7

AroldoMurá

bRAsil PessiMistA

A pesquisa anual Ba-rômetro Global de Oti-mismo, feita pelo Ibo-pe em parceria com o Worldwide Independent Network of Market Re-search, revelou que o brasileiro é duas vezes mais pessimista que a média mundial. O au-mento do pessimismo é patente, o mérito da pesquisa é quantificar o desânimo do brasileiro sob Dilma.

Página A3

Fábio Campana

Registro PositivoSão Paulo começa a fazer testes rápidos para detectar dengue

A rede pública municipal de saúde começou ontem a fazer testes rápidos – os re-sultados ficam prontos em 20 minutos – para a detecção de

quatro sorotipos de dengue. O exame ficará disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital paulista até a primeira quinzena de março,

período do pico de transmis-são da doença. A vantagem da técnica é a identificação da doença ainda na fase inicial da transmissão.

Curitiba, terça-feira , 19 de janeiro de 2016 | ano XLiX | edição nº 9463 | r$ 2,00

desde o Ano 1976, lÍdeR eM inFoRMAÇÕes de neGÓCios e MeRCAdos no PARAnÁ.

&DiárioIndústria ComércioWWW.DIARIOINDUSCOM.COM

Assinatura do convênio entre a Prefeitura e Caixa Econômico ocorreu na última sexta-feira

Geral A4

Indústria inicia o ano mais pessimista do que em 2015

A confiança é menor entre os empresários da construção, onde o índice ficou abaixo do índice nacional

Economia A7

Impr

ensa

Infra

ero

Caixa acompanha aplicação de recursos na Linha Verde

Riqueza de 1% da população mundial supera a dos 99% restantes em 2015, diz ONG

Copom deve elevar Selic em 0,5 ponto percentual

Renda de regiões agrícolas do Paraná cresce quase o dobro da média do País

Educação básica pública tem 38 mi de matrículas

Nordeste do país dispensa uso de usinas térmicas

A riqueza acumulada por 1% da população mundial, os mais ricos, superou a dos 99% restantes em 2015, um ano mais cedo do que se previa, informou ontem a organização não go-vernamental (ONG) Oxfam, a dois dias do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.

“O fosso entre a parcela dos mais ricos e o resto da popula-ção aumentou de forma dra-mática nos últimos 12 meses”, diz relatório da ONG britânica intitulado Uma economia a serviço de 1%.

Nacional A2

A taxa básica de juros, a Selic, deve ser elevada em 0,5 ponto percentual para 14,75% ao ano, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que se reúne hoje

e amanhã. Atualmente, a taxa está em 14,25% ao ano. A expec-tativa é de instituições financei-ras consultadas pelo BC.

Economia A7

A população que vive na principais regiões agrícolas no Paraná viu sua renda crescer quase o dobro do que a média brasileira. Le-vantamento do Instituto Paranaense de Desenvol-vimento Econômico Social

(Ipardes) mostra que as cidades com maior Valor Bruto da Produção (VBP) da agricultura estão entre as que mais avançaram na renda per capita.

Geral A4

O Ministério da Educa-ção (MEC) divulgou ontem os resultados finais do censo escolar do ano passado, que detalham o número de ma-trículas iniciais na educação

básica das redes públicas municipal e estadual de ensino. São 38.682.720 de matrículas.

Nacional A2

As usinas termelétricas que têm alto custo de ge-ração de energia não serão mais utilizadas de forma contínua no Nordeste. o

risco de desabastecimento na região com ou sem essa energia mais cara é zero.

Nacional A2

Demanda do consumidor por crédito cresce 1% em 2015, aponta Serasa

Economia A7

Valor tomado em empréstimo pelo

Paraná para pagar dívidas do Banco e permitir a venda do

Banestado para o Itaú.

É o valor que o Paraná ainda deve

à União.

Valor já pago pelo Estado até dezembro

de 2015.

Quantia que sai dos cofres do Paraná todos os meses para pagar a dívida: Valor Mensal (Principal + Juros +

Encargos)

R$ 5,6 bilhões

R$ 9,7 bilhões

R$ 13,5 bilhões

R$ 95,9 milhões

Novo cálculo faz Paraná economizar R$ 17 mi/mês

“dÍvidA do bAnestAdo”

A Lei 148/2014 corrige o índice de correção das dívidas dos estados. De acordo com dados da Secretaria de Fazenda, com a aplicação das condições estabelecidas na Lei, o valor apurado em 2015, teria um crédito a compensar de R$ 430 milhões, além da redução nas parcelas a vencer. Assim, o Estado deixa de desembolsar aproximadamente 17 milhões por mês. Pág. a6

Page 2: Diário Indústria&Comércio - 19 de janeiro de 2016

A massa de ar seco e quente mantém as condições atmosféricas desfavoráveis para a formação de nu-vens com potencial para provocar chuvas no es-tado do Paraná. Entre a Região Metropolitana de Curitiba e as praias, a nebulosidade fica variável, contudo o Sol vai aparecer na maior parte do dia. Índices de umidade relativa do ar baixos no interior do Estado para a época do ano, porém com tempe-raturas elevadas.

Mín.: 14°Máx.: 28°

Previsão do temPoFonte: www.simepar.br..

editoriAL [email protected]

EmprEsário pEssimistaO mundo dos negócios, por si só, não é fácil. Junte-se

a este fato o temor em relação às medidas do governo, as altas taxas de impostos, os juros elevados e os preços em constante crescimento e instabilidade. Todos esses ingre-dientes juntos criam o pessimismo típico do empresário brasileiro. Em janeiro deste ano, por exemplo, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou em 36,5 pontos, valor 7,9 pontos inferior ao registrado no mesmo mês de 2015, e está 18,4 pontos abaixo da média histórica, que é de 54,9 pontos. O indicador varia de zero a cem pontos. Quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminado é o pessimismo.

A falta de otimismo do empresariado deve permanecer em cena nos próximos meses. Os motivos? A cotação do dólar nas alturas, assim como a legislação burocrática, assuntos importantes ao mundo dos negócios parados no Congresso Nacional, o preço elevado das matérias-primas, dentre outros fatores. Realmente, a vida dos executivos não é nada fácil. Mas seria melhor se os governantes tivessem uma visão mais apurada com relação ao desenvolvimen-to econômico e mais honestidade na administração do dinheiro público investido.

Governo quer que mineradoras comprovem plano de emerGência

peritos do inss voltam ao trabalho na próxima seGunda-feira

Arte: Roque Sponholz..

Após mais de quatro meses em greve, os mé-dicos peritos do Institu-to Nacional do Seguro Social (INSS) devem voltar ao trabalho na próxima segunda-feira. A greve começou no dia 4 de setembro do ano passado.

O presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), Francisco Edu-ardo Cardoso, infor-mou que será mantido o estado de greve e que os profissionais farão apenas o atendimen-to àqueles que ainda não se submeteram à perícia médica inicial. Segundo Cardoso, não estão descartadas novas paralisações.

Os artigos assinados que publicamos não representamnecessariamente a opinião do jornal.

Fundador e PresidenteOdone Fortes Martins Reg.Prof. DRT/PR: 6993 ([email protected])

Diretor de RedaçãoEliseu Tisato Reg.Prof. DRT/PR: 7568

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Diário Indústria&ComércioFundado em 2 de setembro de 1976

E X P E D I E N T E

Filiado ao Sindejor | Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Paraná

O Departamento Nacional de Produção Mineral, do Ministério de Minas e Energia, deter-minou que as empresas operadores de barragens de mineração apresentem em 15 dias o comprovan-te de entrega do Plano de Ação de Emergência de Barragem de Minera-ção para as prefeituras e Defesa Civil de estados e municípios.

Se a regra não for observada, ou se a em-presa não apresentar a Declaração de Condi-ção de Estabilidade da Barragem, poderá ter interditadas as atividades de acumulação de água ou de disposição final ou temporária de rejeitos de mineração.

Tiragem e circulação auditadas por EXECUTIVE AUDITORES INDEPENDENTES

Curitiba, terça-feira, 19 de janeiro de 2016 | A2nacional Diário Indústria&Comércio

CENSO ESCOLAR

Educação básica pública tem 38 mi de matrículasNúmero abrande matrículas em reche, pré-escola, ensinos fundamental e médio, educação de jovens e adultos e educação especial

O Ministério da Educação (MEC) divulgou ontem os

resultados finais do censo escolar do ano passado, que detalham o número de matrículas iniciais na educação básica das redes públicas municipal e estadual de ensino. São 38.682.720 de matrículas, abrangendo creche, pré-escola, ensinos fundamental e médio, educação de jovens e adultos e educação especial.

Os números colhidos pelo censo referem-se às áreas ur-banas e rurais e à educação em tempo parcial e integral.

De acordo com o censo, in-cluindo escolas estaduais e muni-cipais de áreas urbanas e rurais, estão matriculadas em creches 1.925.644 de crianças; na pré-escola, 3.651.786; no ensino fun-damental, 22.756.164; no médio, 6.811.005 e 2.792.758, na educa-ção presencial de jovens e adul-tos, o que totaliza 37.937.357. Na educação especial, são 745.363 matrículas.

Os dados estão na edição de ontem do Diário Oficial da União.

Contabilizar o número das matrículas é fundamental para o

repasse de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e a execução de programas na área da educação.

O Censo Escolar é um le-vantamento de dados nacional

realizado todos os anos e coorde-nado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). São coleta-dos dados sobre estabelecimen-tos, matrículas, funções docentes, movimento e rendimento escolar.

Essas informações são utilizadas para traçar um panorama nacio-nal da educação básica e servem de referência para a formulação de políticas públicas e execução de programas na área da edu-cação.

Contabilizar o número das matrículas é fundamental para o repasse de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e a execução de programas na área da educação

Riqueza de 1% da população mundial supera a dos 99% restantes em 2015

A riqueza acumulada por 1% da população mundial, os mais ri-cos, superou a dos 99% restantes em 2015, um ano mais cedo do que se previa, informou ontem a organização não governamental (ONG) Oxfam, a dois dias do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.

“O fosso entre a parcela dos mais ricos e o resto da população

aumentou de forma dramática nos últimos 12 meses”, diz rela-tório da ONG britânica intitulado Uma economia a serviço de 1%.

“No ano passado, a Oxfam estimava que isso fosse ocorrer em 2016. No entanto, aconteceu em 2015, um ano antes”, destaca no texto.

Para mostrar o agravamento da desigualdade nos últimos anos,

a organização estima que “62 pessoas têm tanto capital como a metade mais pobre da população mundial”, quando, há cinco anos, era a riqueza de 388 pessoas que estava equiparada a essa metade.

A um dia do Fórum Econômi-co Mundial de Davos, onde vão se encontrar os líderes políticos e representantes das empresas mais influentes do mundo, a

Oxfam pede a ação dos países em relação a essa realidade.

“Não podemos continuar a dei-xar que milhões de pessoas tenham fome, quando os recursos para ajuda estão concentrados, no mais alto nível, em tão poucas pessoas”, afirma Manon Aubry, diretora dos Assuntos de Justiça Fiscal e De-sigualdades da Oxfam na França, citada pela agência AFP.

desiGualdade

Nordeste dispensa uso de usinas térmicas mais caras

enerGia

As usinas termelétricas que têm alto custo de geração de energia (superior a R$ 600 por megawatt/hora) não serão mais utilizadas de forma contínua no Nordeste. Os membros do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) avaliam que o risco de desabastecimen-to na região com ou sem essa energia mais cara é zero.

A decisão de dispensar as térmicas foi tomada em agosto de 2015 e, segundo o Ministé-

rio de Minas e Energia, gerou economia de R$ 5,5 bilhões entre agosto e dezembro do ano passado. As térmicas de Custo Variável Unitário (CVU) mais caro (que usam diesel, petróleo e gás, por exemplo) funciona-ram de forma contínua durante todo o primeiro semestre de 2015 como forma de suprir a deficiência de outras usinas, sobretudo as hidrelétricas ao longo do Rio São Francisco.

Mesmo com a geração das

hidrelétricas reduzida (So-bradinho, por exemplo, vem gerando o equivalente a um sexto de sua capacidade insta-lada), o comitê verificou que o Nordeste seguirá sem risco de desabastecimento de energia graças à expansão da geração de energia eólica, à presença de térmicas de base (que ficam ligadas continuamente e têm CVU menor) e à importação de energia das regiões Centro-Sul e Norte.

Equilíbrio de preços do petróleo começa este ano, diz a Opep

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciou ontem que espera um “processo de reequilíbrio” do preço do petróleo a partir deste ano, porque a acentuada queda vai fazer com que a produção dos concorrentes, como os Estados Unidos, comece a cair.

Segundo a Opep, a produ-ção dos países fora do cartel teve sete anos de crescimento “fenomenal” e agora se espera um abrandamento. O petróleo continua a ser vendido abaixo dos US$ 30 o barril, sendo que no início de 2014 esteve a US$ 100 o barril.

“A análise indica que o ano de 2016 será orientado para a oferta, em que o processo de ree-quilíbrio começa”, diz a Opep em seu relatório mensal de janeiro.

“Depois de sete anos conse-cutivos de expressivo crescimen-to da oferta fora da Opep, muitas vezes superior a 2 milhões de barris por dia, em 2016 está pre-visto um declínio da produção com efeitos profundos no corte do Capex (despesas de capital)”, acrescenta o documento.

processo

SUS incorpora remédio para agressividade em autistas

saÚde

Portaria do Ministério da Saúde publicada ontem no Diário Oficial da União incorpora o uso da risperidona no tratamento de comportamento agressivo em adultos com transtorno do es-pectro do autismo no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 2014, a pasta já havia anun-ciado a incorporação do remédio para tratar sintomas de autismo em crianças. A distribuição da droga, nesse caso, começou no ano

passado. O medicamento também já é utilizado na rede pública para outros fins, como no tratamento de transtorno bipolar.

De acordo com a pasta, o autismo aparece nos primeiros anos de vida. Apesar de não ter cura, técnicas, terapias e medi-camentos, como a risperidona, podem proporcionar qualidade de vida para os pacientes e suas famílias.

A estimativa da Organiza-

ção Mundial da Saúde é que 70 milhões de pessoas no mundo tenham a síndrome. No Brasil, o número é próximo de 2 milhões de pessoas.

A inclusão de medicamen-tos no SUS obedece a regras da Comissão Nacional de Incorpo-ração de Tecnologias, que exige comprovação da eficácia, do custo-efetividade e da segurança do produto por meio de evidência clínica consolidada.

Page 3: Diário Indústria&Comércio - 19 de janeiro de 2016

Curitiba, terça-feira, 19 de janeiro de 2016 | A3 GERALDiário Indústria&Comércio

Fábio [email protected]

Brasil pessimistaA pesquisa anual Barômetro Global de Otimis-

mo, feita pelo Ibope em parceria com o Worldwide Independent Network of Market Research, revelou que o brasileiro é duas vezes mais pessimista que a média mundial. O aumento do pessimismo é paten-te, o mérito da pesquisa é quantificar o desânimo do brasileiro sob Dilma.

No Brasil, 32% das pessoas acham que 2016 será pior que 2015. No mundo, esse índice de pessimis-mo é de 16%, em média. No início de 2011, quando o governo Dilma dava os primeiros passos, apenas

6% dos brasileiros achavam que aquele ano seria pior do que fora 2010. A percepção do desastre pelos brasileiros vem rápida através do bolso. A alta dos preços é assustadora.

Os números do Ibope são contundentes: 67% dos brasileiros querem o impeachment de Dilma. Não sabem bem por qual motivo, mas querem vê-la fora do governo. Lula chegou até a culpar o machismo pela impopularidade da presidenta, mas são justamente as mulheres, 70%, contra 65% dos homens, que mais desejam o seu afastamento.

Nós cortamos o único caminho que o Irã poderia ter usado para construir uma bomba nuclear.”

Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, ao cele-

brar acordo nuclear com o Irã

O PMDB não é hotel de cochilo.”

Michel Temer, vice-presidente da Republica, avisando que não aceita

filiações temporárias no partido.

Amigos do peitoO senador Roberto Requião (PMDB-PR) foi a São Paulo almoçar com Michel Temer na quinta (14). “É sinal de que o senador do Paraná não é contra o Temer, como algumas pessoas pintam”, avalia um observador do governo paulista.

Richa em Maringá O governador Beto Richa inaugura hoje, às 10h, a nova sede do IML de Maringá que atende 27 cidades da região. Às 11h, Richa se reúne com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e prefeitos do Noroeste para tratar de ações de apoio aos municípios atingidos pelas chuvas.

Lula malandroA campanha de Lula à reeleição de 2006 teria con-tado com até R$ 50 milhões de propina proveniente da compra de US$ 300 milhões blocos de exploração petróleo na África, de acordo com o ex-diretor da Pe-trobras, Nestor Cerveró. As informações de Cerveró foram dadas a investigadores da Operação Lava Jato para fechar seu acordo de delação premiada.

BoatariaO deputado Paranhos, do PSC, candidato a prefeito de Cascavel, reclama da ‘indústria do boato’. “Em ano eleitoral, a indústria do boato é a que mais prospera em Cascavel. Fazer fofoca vira o passa-tempo preferido de quem não tem o que fazer. Foi só eu afirmar que serei candidato a prefeito que começaram a inventar todo tipo de mentiras”, disse Paranhos na rede social

Queda livreA queda do preço do petróleo deprime mais uma vez as ações da Petrobras, levando a Bolsa de Va-lores de São Paulo (Bovespa) a operar em queda ontem. Após a retirada das sanções econômicas que vinham sendo impostas ao Irã, grande produtor de petróleo, o barril do tipo Brent chegou a cair a US$ 27,67 hoje, embora tenha voltado ao patamar de US$ 28,89. O índice de referência da Bolsa, o Ibovespa recua 0,64%, aos 38.323 pontos.

AdiadaSerá na próxima semana, dia 28, a visita que o vice-presidente Michel Temer fará ao PMDB do Paraná. Temer, presidente nacional do PMDB, conversa com a imprensa às 9h na sede estadual do partido em Curitiba. Na última quinta-feira, 14, Temer já se encontrou com o senador Roberto Requião, presidente do partido no Paraná, durante almoço em São Paulo. Em Curitiba, Temer e Requião terão um encontro ainda com lideranças empresariais às 11h do dia 28 no Hotel Pestana.

Mimos para a loiraO ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, gostava de presentear os petistas no poder e uma das prefe-ridas dos mimos de Pinheiro era a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que ocupou a chefia da Casa Civil entre 2011 e 2014.

GrifeEm 5 de setembro de 2012, Marcos Ramalho, secretário de Léo Pinheiro, lhe mandou uma mensagem, lembrando que no dia seguinte seria aniversário de Gleisi. “Dr. Zardi sugeriu que envie um Lenço da Hermés. tudo bem para o senhor?”, pergunta Ramalho, fazendo referência ao então diretor de Relações Institucionais da OAS, Roberto Zardi Ferreira.

Relações perigosasQuando presidente da OAS, o empresário Léo Pinheiro tratava com esmero suas relações com o mundo político. Não deixava escapar uma data co-memorativa. Era lembrado religiosamente dos ani-versariantes do dia por seus assessores. Os presentes que mandava entregar variavam: de kit de churrasco a biografia do jogador argentino Lionel Messi, de lenço da grife francesa Hermès a gravatas finas.

Em MaringáO ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, desembarca amanhã em Maringá. Junto com o gover-nador Beto Richa se reunirá com os prefeitos de mais de 40 municípios das regiões Norte, Noroeste e Campos Gerais para avaliar os estragos provocados pelas fortes chuvas da semana passada. A vinda do ministro foi articulada pela vice-governadora Cida Borghetti.

DerrotadosCiro Gomes costuma dizer que um dos erros da presidente Dilma Rousseff, aliada dele, foi ter montado um governo com candidatos derrotados nas últimas eleições.

Aos boisE segue o raciocínio listando os nomes: o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia); Helder Barbalho (Portos); família Sarney, com vários indicados a diversos escalões; Henrique Eduardo Alves (Tu-rismo) e Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio).

Faixa de Gaza Ex-ministro de Lula, Ciro acrescenta, ainda, que outro erro de Dilma foi ter feito uma gestão hostil aos governadores eleitos em 2014, tanto no campo político como na economia.

Rivais Ciro acha que Dilma erra ao não rivalizar com o vice-presidente Michel Temer. Diz ele que se cair o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a presidente fica sem antagonista.

Risco BrasilO trágico desempenho do governo Dilma na eco-nomia é evidente, mas a noção exata da falta de confiança dos investidores é atestada pelo chamado “risco Brasil”. Divulgado pelo banco de investimentos americano JP Morgan, o índice triplicou no governo Dilma: saltou de 181, em 3 de janeiro de 2011, para 532, no primeiro dia útil de 2016. Quanto maior o índice, mais arriscado comprar títulos brasileiros.

Exame de saúdeO pecuarista e amigo de Lula, José Carlos Bumlai, será submetido a novos exames de saúde nas próximas semanas. Ele se queixava de sangue em sua urina e foi autorizado a fazer uma tomografia recentemente. Suspeita-se de algum mal na bexiga. O caso deve motivar os advogados a insistir num pedido de prisão domiciliar, o que dificultaria uma delação premiada.

Verdade do impeachmentA estratégia governista para enfrentar o pedido de impeachment é fugir dos fatos. Difundido nas redes sociais, sob as bênçãos do Palácio do Planalto, um documento preparado para munir a militância pe-tista de argumentos em defesa do mandato da presi-dente Dilma nada mais faz do que desviar a atenção do que realmente importa – a responsabilidade da presidente Dilma Rousseff por atos ilícitos.

Gleisi defende a CPMF “Não vamos votar uma CPMF para ficar só para o governo federal ou para gastar em qualquer coisa. A CPMF tem de ir para a seguridade social, ter uma vinculação para a saúde, mas princialmente ter uma renda para estados e municípios” – da se-nadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) no Bem Paraná desta segunda-feira, 18.

Dilma está sóA presidente Dilma Rousseff, neste começo de ano, está experimentando períodos de solidão. Seus dois ministros mais chegados, Jaques Wag-ner, da Casa Civil, está em férias na Bahia e José Eduardo Cardozo, da Justiça, em temporada nos Estados Unidos. A seu lado, permanece Edinho Silva, da Comunicação Social, agora debaixo de novas denuncias de sucessivas reuniões - e quase todas em São Paulo – com Leo Pinheiro (OAS), conforme mensagens interceptadas nos celulares do empreiteiro (antes de ser preso).

PerigoEdinho foi tesoureiro da campanha de Dilma em 2014. E também Jaques Wagner aparece em depoimentos que o levam para o centro da Lava-Jato, devido à inti-midade com o empreiteiro Ricardo Pessoa (UTC).

No AlvoradaEssa fase de solidão de Dilma Rousseff já levou a presidente, nos primeiros dias do ano, a trocar o Planalto pelo Alvorada, onde o clima protocolar corre menos rígido. E foi lá, antes das férias de seus ministros mais chegados, que reuniu-se com Lula, quando, mais uma vez, ele fez recomenda-ções de praxe. Além disso, a Chefe do Governo acha que reuniões com o ex-presidente no Alvo-rada ganhariam um quase rótulo de oficial.

LanchinhoA Câmara dos Deputados empenhou R$ 27,8 mil para a compra de biscoitos, sucos e chás: R$ 12,8 mil para biscoitos e sucos e R$ 15 mil para o forne-cimento de chás. Tudo para garantir o lanchinho na “hora do intervalo”.

Festa de microsEm ano de eleições, a Justiça Eleitoral trata de se reequipar. O Tribunal Superior Eleitoral reservou R$ 20,2 milhões para a compra de R$ 4,5 mil mi-crocomputadores. Serão entregues no próprio TSE e nos Tribunais Regionais Eleitorais, nas capitais brasileiras ou regiões metropolitanas da Capital.

Olho vivoNão são poucos os que acham que essa lei de inter-nalizar dinheiro não-declarado lá fora tem o objetivo de beneficiar empresas ou grupos ligados ao gover-no. A Receita Federal é contra e a Policia Federal acompanha os lances. Mais: para quem desconfia dessa repatriação de dinheiro basta lembrar que o projeto que virou lei é de autoria do senador Delcídio do Amaral, que permanece na prisão.

No telhadoA nomeação do deputado federal Mauro Lopes (PMDB-MG) pode estar subindo no telhado. No passado, ele bancou a indicação do ex-diretor da Petrobras, Jorge Zelada, preso pela Lava Jato e o Planalto quer testar até onde ele aguenta ataques especulativos. Além disso, falou publicamente ter sido sondado pelo Planalto para assumir a Secre-tária da Aviação Civil, avisando que aceitaria. É tudo que a presidente Dilma não aceita.

Fazendo as contasAgora, divulgou-se que o PP desviou R$ 358 milhões da Petrobras, só na diretoria de Abaste-cimento. Somando-se às outras estimativas de desvios do PT e do PMDB, há quem aposte que o total roubado pelo três partidos da estatal, até os últimos cálculos, estaria entre R$ 1,32 bilhão ou R$ 1,52 bilhão.

CodinomeNas mensagens de celulares e e-mails de em-preiteiros aparecem, a cada dia, codinomes ou expressões para designar determinadas pessoas, como Brahma para Lula e Compositor para Jaques Wagner. Agora, nas mensagens de Marcelo Ode-brecht, evidencia-se que o codinome do marque-teiro João Santana, que pode ter recebido dinheiro no Exterior, era “Feira”. Então, mensagens como “Liberar p/ Feira” era senha para pagamentos a Santana, que está sendo investigado.

Outra brigaO senador Valdir Raupp, primeiro vice-presidente do PMDB, quer ficar no mesmo posto na chapa de Michel Temer para o comando do partido. Esse posto poderia estar destinado ao senador Rome-ro Jucá num acordo entre o grupo de Temer e o pessoal de Renan Calheiros.

Sente faltaNesse período de semi-solidão de Dilma Rousseff na Presidência, há quem aposte que ela sente falta de Aloizio Mercadante, ex-chefe da Casa Civil e hoje, ministro da Educação, Mercadante era aquele que poderia ser chamado à qualquer hora, mesmo que fosse apenas para ouvir desabafos da Chefe do Governo e nos últimos tempos, mantém-se devidamente afastado do comando da adminis-tração, enfiado nos assuntos de sua Pasta.

Medo do zikaVeículos internacionais que deverão vir ao Brasil cobrir os Jogos Olímpicos estão mais do que pre-ocupados com o que o vírus zika e o Aedes aegypt podem causar em suas equipes. A maioria tem procurado o Comitê Organizador sobre os riscos que os profissionais poderiam correr quando esti-vessem no Brasil. E o comitê não tem como garan-tir nada: apenas informa que tem feito inspeções diárias nas instalações. Também sobre o período de carnaval há pedidos de maior orientação.

ContaminaçãoA indústria automotiva está no pior momento dos últimos 25 anos, operando com 50% de sua capacidade e contaminando outros setores, como máquinas e equipamentos, metalurgia, produtos de metal e outros, todos operando abaixo de 60%. As previsões para 2016 são piores, o que envolverá novas ondas de demissões. As analistas do setor acham que, quando a indústria começar a se re-cuperar, poderá levar até 15 anos para voltar ao nível recorde de 2012.

LimonadasOs petistas preparam uma guinada em sua próxi-ma propaganda na TV, a partir de 2 de fevereiro. Estão convencidos de que não podem ignorar a conjuntura adversa no horário partidário e em vez de desprezar a Lava-Jato, tentarão passar a ima-gem de que nunca se investigou tanto a corrupção no país. E que isso só é possível porque o governo não tenta controlar a Policia Federal e o Ministério Publico que, no duro mesmo, são incontroláveis. Alguns acham que a estratégia poderá dar certo; outros, que o brasileiro já ouviu essa história de Dilma (e mesmo de Lula) e não levou a sério.

Hora de negociarO governador Rodrigo Rollemberg convocou Ge-raldo Alckmin e Luiz Fernando Pezão para montar a agenda do encontro dos governadores com Dil-ma Rousseff dia 1º de fevereiro. Deverão entrar na conversa proposta de emenda constitucional para uso de depósitos judiciais, o financiamento das dividas e tudo o que puder melhorar a precária situação das contas estaduais.

Sem medoNo primeiro café com jornalistas, a presidente Dilma procurou evitar a palavra impeachment. Na segunda rodada, estava mais solta ao tratar do tema. Quem conhece bem a Chefe do Governo acha que ela perdeu o medo de encarar essa ba-talha e tem certeza de que coseguirá escapar. E sempre que dá, usa a cantilena do “golpe”.

Fora de horaDepois do infeliz comentário sobre a torcida para que as mulheres “peguem o zika antes de entrarem no período fértil, para ficarem imunizadas pelo próprio mosquito e aí não precisa de vacina”, o ministro da saúde, Marcelo Castro, numa reunião tensa sobre a força-tarefa contra o vírus, tentou des-contrair. Contou que recebeu piada contra o Exer-cito no combate do mosquito. “Dizia que devemos usar a Marinha, porque ele se reproduz em água. E a Aeronáutica, porque ele voa”. Ninguém riu.

Valor coincidenteNo material recolhido pela PF no diretório estadual do PMDB em Alagoas, presidido por Renan Calhei-ros, há comprovantes de doações eleitorais e parte deles possui valor coincidente com contribuições suspeitas de serem bancadas com dinheiro de ori-gem ilícita. O material ainda está sendo analisado.

Acordo próximoVeteranas raposas acham que o acordo entre Michel Temer e Renan Calheiros está mais próximo do que se imagina, devido aos projetos de cada um. Renan quer concluir seu mandato e garantir a reeleição do filho como governador de Alagoas. E Temer preten-de concluir sua vice-presidência como comandante do PMDB, sem atropelos. Quem viver, verá.

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Curitiba, terça-feira, 19 de janeiro de 2016 | A4geral Diário Indústria&Comércio

Caixa acompanha aplicação de recursos na Linha VerdeA Caixa Econômica Federal

foi contratada pela Prefei-tura de Curitiba como o agente fiscalizador da aplicação dos recursos provenientes da ven-da de certificados de potencial adicional construtivo (Cepacs) nas obras da Linha Verde. A assinatura do convênio com a instituição federal ocorreu na última sexta-feira. A atividade do agente fiscalizador é uma das exigências da Comissão de Va-lores Mobiliários (CVM), órgão que regula Operações Urbanas Consorciadas, a exemplo da Linha Verde.

Os Cepacs são utilizados pelos empreendedores como contra-partida financeira para obtenção de potencial adicional de cons-trução. Os recursos financeiros obtidos são investidos na área da Operação Urbana Consorciada Linha Verde para realização das intervenções previstas na lei de sua criação.

Em novembro do ano passa-do, a Prefeitura autorizou o início

OperaçãO Urbana

Instituição irá fiscalizar os recursos provenientes da venda de certificados de potencial adicional construtivo

das obras referentes ao lote 3.1 da Linha Verde Norte, entre a Ave-nida Victor Ferreira do Amaral, no Tarumã, e as proximidades do Rio Bacacheri. A liberação

ocorreu logo após uma reunião no Ministério das Cidades, em Brasília, solicitada pelo prefeito Gustavo Fruet para definir o cronograma de desembolsos de

recursos – uma pendência que impedia o início da obra, financia-da pelo governo federal, por meio do PAC Mobilidade, em parceria com o Município.

Vistoria de veículos é digital em todo ParanáAGILIDADE

Desde ontem, as vistorias de veículos feitas nas 101 unidades do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) e nos 946 despachantes do Estado serão feitas de forma digital. O siste-ma eletrônico e inédito no Brasil

vai tornar o procedimento mais rápido e seguro, sem acúmulo de papel ou burocracia.

Um aplicativo de celular permite que os servidores do Detran e despachantes creden-ciados ao órgão façam a vistoria

passo a passo, com inclusão de fotos, observações importantes e dados de identificação do veículo.

“A vistoria será totalmente digital, feita no celular e trans-mitida pela internet diretamen-

te para nossos sistemas. Assim, o Detran vai acompanhar os procedimentos em tempo real e o cidadão terá mais segurança no processo”, explica o diretor-geral do Departamento, Marcos Traad.

Assinatura do convênio entre a Prefeitura e Caixa Econômico ocorreu na última sexta-feira

Renda de regiões agrícolas do Paraná cresce quase o dobro da média do País

A população que vive na principais regiões agrícolas no Paraná viu sua renda crescer quase o dobro do que a mé-dia brasileira. Levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes) mostra que as cidades com maior Valor Bruto da Produção (VBP) da agricultura estão entre as que mais avançaram na renda per capita.

O trabalho toma como base o cruzamento de dados do Produto Interno Bruto (PIB) por habitante, referen-

tes a 2010 e 2013, e o valor da produção divulgados pelo Ins-tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Enquanto a renda per ca-pita brasileira cresceu 29,8% entre 2010 e 2013 (R$ 26.445), as cidades paranaenses com forte vocação agrícola avança-ram bem mais. No ranking dos municípios com maior VBP agrícola do Estado, Cascavel, que ocupa a primeira posição, PIB registrou um aumento de 47,1% no seu PIB per capita no período – chegando a R$ 27.496.

CAMPO

Estado firma convênio para ações contra o racismo

A Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos firmou convênio com a Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial da Presidência da Re-pública para a implementa-ção de dois projetos voltados a essas políticas.

Os recursos para desen-volvimento dos projetos serão repassados pelo Go-verno Federal ao Paraná e contemplam o valor total de R$ 264.812,02. A verba será utilizada em ações de promoção da igualdade ra-cial e combate ao racismo no estado e de apoio aos municípios.

Para o secretário esta-dual da Justiça, Leonildo de

Souza Grota, pôr em prática esses projetos será muito importante para quem busca a igualdade racial. “Nossa prioridade é ter um Paraná igualitário, sem discrimina-ção, onde todos consigam viver de maneira natural, sem receio do próximo”.

No Paraná, a implemen-tação de políticas públicas direcionadas à promoção da igualdade racial está entre as principais demandas da Secretaria da Justiça, por meio do Departamento de Direitos Humanos e Cidada-nia, em parceria com outras esferas governamentais e com os movimentos sociais que atuam na promoção da igualdade racial.

IGUALDADE RACIAL

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Curitiba, terça-feira,19 de janeiro de 2016 | Ed. 9463 | A5 publicidade legalDiário Indústria&Comércio

SÚMULA DE CONCESSÃO DA LICENÇA DE OPERAÇÃORENE DAVI RAKSA torna público que recebeu da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba - SMMA a Concessão da Licença de Operação, válida até 05/01/16 para Serrarias com desdobramento de madeira; Trans. Rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, municipal, intermunicipal, interestadual e internacional; Serv. de trat. fitossanitário em madeiras situada à Est. Delegado Bruno de Almeida, N°5660 - Licença de Operação 14/672.

SÚMULA DO PEDIDO DE RENOVAÇÃO DA LICENÇA DE OPERAÇÃORENE DAVI RAKSA torna público que requereu à Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba - SMMA a Renovação da Licença de Operação, para Serrarias com desdobramento de madeira; Trans. Rodoviário de car-ga, exceto produtos perigosos e mudanças, municipal, intermunicipal, inte-restadual e internacional; Serv. de trat. fitossanitário em madeiras situada à Est. Delegado Bruno de Almeida, N°5660 - Licença de Operação 14/672.

EDITAL DE CONVOCAÇÃODE

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIAA Diretoria da Cooperativa Paranaense dos Anestesiologistas, CNPJ 76.641.927/0001-72, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, convoca os (seiscentos) cooperados para a Assembléia Geral Extraordinária no dia 27 de Janeiro de 2016, estabelecendo a 1ª Convocação às 17h com 2/3 coope-rados, a 2ª convocação às 18h com metade mais um dos cooperados e em 3ª convocação às 19h com um mínimo de dez cooperados, que se realizará na sede da COPAN, sito à rua Itupava nº 71, Curitiba – PR, no Auditório, com a seguinte ordem do dia:a) Curso de Cooperativismo para novos cooperados – obrigatório;b) UNIMED – contas não recebidas;c) PIM (Plano de Invalidez e Morte);d) Procedimentos Odontológicos;e) Anestesiologista auxiliar AN7 e AN8;f) Multa por recursos errados; g) Atraso no envio de Contas;h)Disponibilização de contratos;

Curitiba, 18 de Janeiro de 2016.

PIANURA PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ – 20.733.469/0001-47 - NIRE: 41300090882. ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 06 DE JANEI-RO DE 2016. 1. Data, horário e local: No dia 06 de janeiro de 2016, às 9hs00min, na sede da companhia localizada em Curitiba, PR, na Alameda Prudente de Morais, 995, sala 01, Centro, CEP 80430-220. 2. Convocação e Presença: Presentes acionistas que representam 100% (cem por cento) do capital social, conforme assinaturas no Livro de Presença de Acionistas. A convocação foi dispensada nos termos do art. 124, §4º, da Lei 6.404/76. 3. Mesa: Mauro Fantin, Presidente e Ricardo Acastro Egg, Secretário. 4. Ordem do dia: Redução de capital da Companhia; Autorização para que os diretores da Companhia promovam todos os atos necessários à efetivação da redução do capital. 5. Deliberações: Foi instalada a Assembleia, lida e discutida a Ordem do dia, deliberando os acionistas, por unanimidade de votos: a) Reduzir o capital social da Companhia por ser excessivo em relação ao seu objeto social, nos termos do artigo 173 e seguintes da Lei das Sociedades por Ações, no montante de até R$ 16.500.000,00 (dezesseis milhões e quinhentos mil reais). b) Ao término do prazo legal de 60 (sessenta) dias da data de publicação do extrato da presente ata, nos termos do artigo 174 da Lei das Sociedades por Ações, os acionistas reunir-se-ão novamente para homologar a redução ora deliberada, alterando-se, na ocasião, o estatuto social da Companhia. 6. Encerramento e Aprovação da Ata: Nada mais havendo a tratar, foi oferecida a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, como ninguém se manifestou, foi suspensa a sessão pelo tempo necessário à lavratura da presente ata, a qual, reaberta a sessão, foi lida, achada conforme e assinada pelos presentes, que autorizaram a respectiva publicação em forma de sumário, nos termos do art. 130, § 3º da Lei nº 6.404/76. Curitiba, PR, 06 de janeiro de 2016. Mauro Fantin (Presidente). Ricardo Acastro Egg (Secretário).

CARTÓRIO DE SANTA FELICIDADEIRIO DAS CHAGAS LIMA – OFICIAL

Av. Manoel Ribas, 6031 - Fone (41) 3372-1671 – CEP 82020-000 – CURITIBA – PARANÁEDITAL DE PROCLAMAS

Faço saber que pretendem se casar: 1- CHRISTIAN DALALIBERA com FABIANA GHIGGI;2- LUCAS DA ROCHA com THAIS GOUVÊA EGG;3- WILLIAM ALENCAR ROSA com PATRICIA VALGRANDE AUGUSTO;4- ANDERSON DOUGLAS MENDES DE MORAES com LIGIA PABIS DOMINGOS;5- JONAS DE CASTRO NOGUEIRA com DANIELLE DA SILVA PEREIRA;6- ANTONIO CARLOS FERRAZ DE OLIVEIRA com LUCIANE BARBOSA SLOMPO;7- GILBERTO NHATA com DANIELI SISTA;8- ARTHUR MECHI com ANA CAROLINA DE SOUZA;9- JOSINEI PORFIRIO DE MATOS com EMANUELLY CAVALCANTE DOS SANTOS;10- MARCELO DE SOUZA MACHADO com TAYSA FERNANDES DE OLIVEIRA;11- JUNIOR BASILIO DE OLIVEIRA com JOCASTA DAYANE FIRMINO ROGGENBAUM.Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei, no prazo de 15 (quinze) dias.

Curitiba, 18 de janeiro de 2016 IRIO DA CHAGAS LIMA

Oficial

EDITAL DE PROCLAMAS Cartório Distrital da Barreirinha

SIMONE MARIA MACIEL - TITULAR DESIGNADAAv. Anita Garibaldi ,1250 – Ahú – Fone (41) 3352-3002/3254-8424/3252-3605

Faço saber que pretendem casar-se e apresentarem documentos exigidos pelo artigo 1525, incisos I, III e IV; I, III,IV e V do Código Civil Brasileiro em vigência, os contraentes:

1- MAYCO VINICIUS PEREIRA e LARYSSA SILVA CARVALHO;2- GUILHERME MANOEL CUNHA SMIJTINK e BEATRIZ CANZIANI;3- FELIPE DE LEÃO CALDART e DENISE CONSTANCE NASCIMENTO;4- KLECIO RICARDO PUCHASKI e LUCIANA NEVES BOHNERT;5- JORGE VAZ e ANA LUCIA APARECIDA ALVES PEREIRA.

Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei, no prazo de 15 dias. Lavro o presente Edital de Proclamas para ser publicado e afixado em lugar de costume.

CURITIBA,18 DE JANEIRO DE 2016

Etihad Airways ganha prêmio de prestígio por inovação

A Etihad Airways ganhou o “Prêmio de Inovação em Viagem” de prestígio no Travel Weekly Globe Travel Awards no Reino Unido. A cerimônia de premiação foi realizada no The Grosvenor House Hotel, em Park Lane, em Londres.

O Prêmio de Inovação em Viagem é dado a uma empresa que tenha lançado uma inovação ou desenvolvimento com impacto claro no mercado. A Etihad Airways recebeu o prêmio, que foi julgado por um painel de especialistas da indústria, pelo The Residence – a única cabine de três quartos privativa do mundo em um avião comercial. A cabine revolucionária é o resultado de um programa de pesquisa e desenvolvimento de sete anos no Centro de Inovação da

companhia em Abu Dhabi, liderado pelo Etihad Design Consortium.

Disponível na frota do Airbus A380 da companhia aérea, o The Residence mede 125 pés quadrados e dispõe de uma sala de estar, ba-nheiro completo separado, quarto de casal e um mordomo exclusivo treinado no Savoy.

Shane O’Hare, vice-presidente sênior de Marketing da Etihad Airways, disse: “Estamos muito satisfeitos por termos sido reconhe-cidos pelo painel de especialistas do Globe Travel Awards, que votaram no The Residence como a melhor inovação em viagem. Esta cabine revolucionária mudou o cenário das viagens aéreas premium, pro-porcionando níveis de luxo encon-trados apenas nos jatos privados mais avançados”.

Page 6: Diário Indústria&Comércio - 19 de janeiro de 2016

Curitiba, terça-feira, 19 de janeiro de 2016 | ed. 9463 | A6ECONOMIA Diário Indústria&Comércio

Ponto de VistaA Questão do ImpedImento de Ingresso em shoppIng

*Cleverson Marinho Teixeira

Discute-se o impedimento ao ingresso de grupos em Shopping Center (“rolezinhos”), o que nos leva a con-siderações de ordem política, econômica ou social, portanto temas como democracia, liberdade, justiça, fraternidade, cultura, educação, impunidade. Sobre o prisma jurídico, consagradas na Constituição Fede-ral, encontramos garantias: igualdade; liberdade de consciência, de crença, convicção filosófica, política e artística; direito de ir e vir; impedimento a prática de racismo ou discriminação; direito de reunião; direito de propriedade; além de outros.Importante também a conceituação sobre espaço pú-blico e espaço privado ofertado ao público. No espaço público, compete à autoridade estabelecer as normas de sua utilização. Em um shopping, como em estabele-cimentos comerciais ou de serviço, há que se observar especialmente: (i) as disposições contidas no Código de Defesa do Consumidor; (ii) as normas regimentais do estabelecimento, divulgadas para amplo conhecimento, dentre elas, regras de utilização do espaço, sem restri-ção a ingresso durante seu horário de funcionamento ou abertura ao público, a não ser em casos específicos como quando a oferta é dirigida exclusivamente a de-terminadas pessoas.Há circunstâncias que interessam à sociedade como um todo, como nos: (i) perturbação do sossego; (ii) provo-cação de vexames, aflições, aborrecimentos, irritação e outros dissabores; (iii) tumulto, vandalismo, pichação, depredação, roubo, agressões; (iv) atos de violência. Por isso, as normas de precaução. Imprescindível o disciplinamento e tomada de atitudes, orientação e comunicação ao público, por quem de direito, auto-ridades competentes e empreendedores, a respeito do que é permitido e ofertado, bem como das precauções que devam observar para que haja segurança e efetivo respeito. Cremos que a restrição inclusive pode se verificar quando as circunstâncias apontam possível ameaça aos demais freqüentadores, adotada como medida preventiva ou cautelar, essencialmente quando há risco ou atitude ofensiva. Sabemos que determinados comportamentos não apenas perturbam, mas acuam e revelam o perigo de conseqüências mais graves às pessoas e à paz. Os responsáveis por espaços ou atividades de frequência de público, devem se preocupar com a integridade dos freqüentadores. A população das cidades maiores tem crescido muito rapidamente, enquanto a estrutura urba-na não acompanha esse crescimento, e os problemas sociais e de relacionamento aumentam. Todos somos responsáveis, autoridades e particulares, pela adoção de cuidados, em benefício não só da maioria, em especial, para defesa da integridade de pessoas, especialmente idosos, crianças e portadores de cuidados especiais. Nos aeroportos, nos bancos, nas lojas, nas estações de transportes coletivos, e mesmo nas ruas, a vigilância e os cuidados se impõem. Em parques públicos, a utilização de bicicletas, patins, etc., pode ser vedada ou controlada para garantir a integridade da maioria. Nos transportes coletivos, como ônibus e metrôs, há um controle de número máximo de pessoas. A preocupação básica é a segurança do ser humano - bem precioso protegido pelo ordenamento jurídico. Diante de um descontrole momentâneo, podem surgir conseqüências e seqüelas irreversíveis. Por isso, em certas situações alguns interesses particulares podem e devem ser tolhidos em busca de um bem maior, até mesmo para que a liberdade individual de todos seja pre-servada. Imagine-se, como agir diante de um confronto entre duas torcidas organizadas e uniformizadas?Os responsáveis pelos campos esportivos, terminais de transporte, grandes shows e mesmo shoppings centers, podem vir a ser responsabilizados por danos sofridos nos espaços de suas atividades. Controlar, antecipar-se a possíveis acontecimentos que podem gerar danos, não indica, de forma alguma, discriminação, mas observân-cia e respeito, antes de tudo à vida e à lei. De um modo geral, todos são muito bem vindos, mesmo porque é a presença das pessoas que justifica sua existência e garan-te manutenção do empreendimento. Contudo, há nor-mas fundamentais que devem ser observadas, sob pena de passar-se do desejável ao caos. Quantas tragédias já ocorreram porque não houve a devida preocupação para evitar a formação de multidões incontroláveis, ou confronto de grupos rivais. Também não se desconhece exageros que são perpetra-dos em nome da segurança, inclusive por autoridades policiais. É necessário evoluirmos. Para tanto, temos que enfrentar os problemas, discutindo-os e buscando soluções; não apenas tecer críticas e brandirmos argu-mentos. O direito à liberdade e a consciência de como utilizá-la devem estar em perfeito equilíbrio. A palavra final é bom senso.

*Cleverson Marinho Teixeira, advogado, consultor jurídico da Associação Comercial do Paraná.

Novo cálculo faz PR economizar R$ 17 mi/mês

dívida do Banestado

Lei complementar 148/2014 corrige o índice de correção das dívidas dos estadosEquipe da Redação e agências

A lei complementar 148/2014, assinada pela presidente Dilma

Rousseff no dia 29 de dezembro do ano passado - corrigindo o índice de correção das dívidas de estados e municípios com a União - repre-senta um novo fôlego para gover-nadores e prefeitos, em especial, para o Paraná. Na prática, o decreto permite que estados, municípios e o Distrito Federal façam um refinan-ciamento das dívidas, baseado em um novo indexador. Antes disso, a correção era baseada no índice IGP-DI, mais juros de 6% a 9% ao ano. Agora, passa a ser baseada na Taxa Selic ou na inflação oficial, o que for menor, mais juros de 4% ao ano. A troca será vantajosa para os estados, já que o IGP-DI costuma refletir mais a alta do dólar do que o IPCA, que é a inflação oficial.

No caso do Paraná, a maior parte da dívida com a União ocorre por um empréstimo tomado em 1998, durante o governo Jaime Lerner, para zerar as contas do Banestado junto aos credores, entre eles o Banco Central, e dar início ao processo de privatização da antiga instituição pública. No dia 17 de outubro de 2000, o Banco do Estado do Paraná era vendido ao Itaú pelo valor de R$ 1,6 bilhão. Naquela época, o empréstimo tomado pelo Estado foi de R$ 5,6 bilhões junto ao Governo Federal.

De lá para cá, o Paraná já pagou R$ 13,5 bilhões referentes a esse empréstimo e ainda deve desem-bolsar mais R$ 9 bilhões até 2028. O valor mensal desembolsado pelo Paraná para quitar (ou tentar) esta dívida, contando como valor origi-nal, juros e encargos, chega a quase R$ 96 milhões, que deverão ser pa-gos pelo Estado até março de 2028, quando encerra-se o contrato.

Desde 1998, quando as dívidas da grande maioria dos Estados brasileiros foram refinanciadas, foi adotado o IGP-DI. Desde então, este índice aumentou 400%; já o IPCA cresceu 274%. De acordo com dados da Secretaria de Fazenda do Paraná, com a aplicação das condições esta-belecidas no art. 2° da LC n° 148, o valor apurado em 01/11/2015, teria um crédito a compensar de R$ 430 milhões, além da redução nas par-celas a vencer. Assim, o Estado teria uma economia de aproximadamente 17 milhões/mês. E como o térmi-no do contrato está previsto para março/2028, a redução nos desem-bolsos será de aproximadamente R$ 2,5 bilhões. Ou seja, a redução total é de cerca de R$ 2,93 bilhões.

CritériosPara conseguir os benefícios

o Paraná precisa agora correr contra o tempo. Com o decreto, foram fixadas providências a serem adotadas pelos devedores antes da celebração dos aditivos contratuais com a União. Será necessário, por exemplo, obter autorização legis-lativa, haver conferência e con-cordância prévia com os cálculos, observar as exigências contidas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para essas operações. Tam-bém é preciso haver desistência de ações judiciais, por parte de Esta-dos e municípios, eventualmente propostas contra a União sobre os contratos de refinanciamento.

O prazo para celebração desses aditivos contratuais e aplicação dos novos encargos é 31 de janeiro de 2016. Após essa data, os devedores que não tiverem reunido as condi-ções exigidas para o aditamento (acréscimo dos novos termos ao contrato) continuarão pagando suas dívidas com a União nas con-dições vigentes até que a alteração contratual seja feita. A Secretaria da Fazenda garante que o Para-ná está pronto para conseguir o benefício.

Batalha judiCialA regulamentação da lei foi uma

das reivindicações apresentadas por um grupo de governadores ao mi-nistro da Fazenda, Nelson Barbosa. Segundo o Ministério da Fazenda, a aplicação da lei impactará mais de 200 contratos de refinanciamento de dívidas celebrados entre estados e municípios com a União. Deverá permitir aos devedores a redução em seus pagamentos futuros para a União. O ministério ressalta que a lei não provoca impactos para a dívida pública e não afeta o resulta-do primário da União e de estados e municípios.

Em junho deste ano, o Congres-so Nacional aprovou a prorrogação para 31 de janeiro de 2016 da aplica-ção do novo indexador para as dívi-das de estados e municípios, mas o texto precisava de regulamentação. O texto determina que a partir dessa data, o governo deverá corrigir os débitos pela taxa Selic ou pelo IPCA – o que for menor – mais 4% ao ano. A lei concede desconto sobre os saldos devedores dos contratos de refinanciamento de dívidas dos estados e dos municípios.

São Paulo, por sua vez, conse-guiu uma liminar na justiça para que a dívida do município com o governo federal seja paga já com o novo índice de correção, conside-rando as novas regras. O município recorreu à Justiça em 23 de abril de 2015, pedindo que o pagamento das parcelas da dívida com a União seguisse as novas regras da lei que muda o indexador dos juros da dívi-da de estados e municípios, sancio-nada em novembro pela presidenta Dilma Rousseff.

A juíza federal Ivani Silva da Luz considerou que a União foi omissa por não definir prazos e critérios para vigência da nova lei. Segundo a decisão, “embora a referida lei complementar não tenha previsto prazo para que os novos critérios sejam aplicados aos contratos em andamento, é certo que até o mo-mento a ré não adotou as medidas destinadas a efetivar os comandos legais, nem previu quando isso será feito, de modo que a omissão é censurável”.

No texto, a juíza acrescentou que a aplicação da antiga regra “provoca significativos prejuízos” à prefeitura de São Paulo, que “terá à disposição menos recursos públicos, comprometendo a pres-tação dos serviços públicos de sua competência, advindo daí o risco de dano irreparável ou de difícil reparação”.

De acordo com a prefeitura de SP, na época, o pedido na justiça ocorreu “por conta da indefinição administrativa do governo federal a respeito da regulamentação da Lei Complementar 148”. Segundo o prefeito Fernando Haddad, a ação tinha por objetivo dar segurança

ao acordo verbal com o antigo mi-nistro da Fazenda, Joaquim Levy, que garantia que os valores pagos a mais neste ano, com base na regra superada, seriam devolvidos à cidade.

O Paraná também reagiu ao atraso na regulamentação e, no mês de abril, o governo do estado entrou na Justiça para que os novos índices fossem aplicados imediatamente. Na época, o governo calculava uma economia de R$ 153 milhões em 2015 e mais R$ 283 milhões retro-ativos a 2013.

Maiores dívidasA dívida do Paraná não está

entre as maiores do Brasil. Em agosto de 2015, a dívida corrente líquida do estado era calculada em R$ 15,4 bilhões – o equivalente a 50% da receita corrente líquida anual (RCL) do Paraná. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, por exemplo, essa dívida é superior a 100% da RCL.

Confira abaixo a variação do endividamento dos estados no primeiro semestre de 2015:

no dia 17 de outubro de 2000, o Banco do estado do Paraná -

Banestado - era vendido ao itaú pelo valor de R$ 1,6 bilhão.

O valor mensal desembolsado pelo Paraná para quitar a dívida contraída para a privatização do Banestado, contando como valor original, juros e encargos, chega a quase R$ 96 milhões

Page 7: Diário Indústria&Comércio - 19 de janeiro de 2016

Curitiba, terça-feira, 19 de janeiro de 2016 | A7 economiaDiário Indústria&Comércio

Aroldo Murá G. HaygertContato com o jornalista: [email protected]

Aroldo Murá G. HaygertContato com o jornalista: [email protected]

https://www.facebook.com/aroldomuraghaygert

Atenção: está nascendo a "Teologia da Libertação Animal" (Final)

Os frades Luiz Carlos Suzin e Gilmar Zampieri anunciam a "Teologia da Liber-tação Animal". Suas bases estão no livro "A Vida dos Outros", Edições Paulinas, recém lançado.

A 'nova linha teológica' condena o comportamento humano – "especista seletivo" – que ama os bichinhos de es-timação, como gatos e cachorros, 'mas é indiferente ao sofrimento e à morte de outros animais'.

Essa realidade, dizem os dois religiosos católicos, reclama confronto com o pensa-mento ético e teológico crítico. O livro, na visão da editora, é colaboração para uma

mudança "de paradigma na relação com os animais não humanos".

CONTESTADOSSe os frades capuchinhos catarinenses,

que hoje lecionam em universidades de Porto Alegre, têm uma ampla argumenta-ção em busca de encontrar um novo lugar para os animais no Reino de Deus, anotem: eles já começam a ser contestados, com argumentos sólidos.

Um desses argumentos, é de que os dois não estariam sendo fiéis à doutrina cristã, à ortodoxia da fé, aquela que, apoiada na mensagem bíblica, diz que os animais existem para servir ao homem. Que todos foram postos para que fiquem sobre o domínio do Homem (conforme o Gênesis).

O leitor – que pede anonimato -, que identifico por iniciais CDNS, de Curitiba, crava a seguinte contestação:

PETER SINGER"Aroldo,Veja abaixo a fonte de inspiração dos

teólogos da libertação animal. O criador

da "teologia" é aquele abortista australiano Peter Singer, que ficou famoso ao afirmar (?) que todos os seres vivos têm sentimen-tos parecidos com os da espécie humana. Para ele, por exemplo, "a grama chora quando vê aproximação de uma máquina cortadora!!! No link a seguir você encontra matéria completa que saiu no (prestigiado) site JusNavigandi:

https://jus.com.br/artigos/21412/igualdade-para-os-animais-especismo-e-sofrimento-animal-sob-a-perspectiva-utilitarista-singeriana"

A coluna, por sua vez, observa: O livro está aí, vale pelo menos como bom

exercício intelectual e a profunda imersão que faz em temas como a linguagem hebraica e a linguagem helênica nos textos bíblicos, questão a ser considera-da – dizem os frades Suzin e Zampieri – quando se interpreta as Escrituras. Essa linguagem (uma questão para os exegetas) é trabalhada pelos autores para examinar a questão sacrificial dos animais, desde a Antiga Aliança, assim como a visão de Francisco de Assis e Thomas de Aquino sobre os bichos.

OUTROS SOFREDORESO que concluo – pelo número de

e-mails que recebi, protestando contra a chamada "Teologia de Libertação Animal" - é que o assunto merece todo o cuidado, não pode ser simplesmente consumido como novo modismo, religioso ou não. Por que se assim não for, diante de 'uma possível humanização dos animais' (além daquela notória votada aos bichos de estimação) o que veremos são situações esdrúxulas.

Um desses absurdos são os bilhões de dólares que os seres humanos do mundo todo – especialmente das sociedades ocidentais – gastam para alimentar, dar tratamento médico e manter centenas de milhões de ani-mais de estimação. Enquanto isso, na esquina de nossas casas, crianças em andrajos e famintas percorrem as ruas mendigando, esquálidas, desnutridas, analfabetas, doentes. Elas estão espalha-das, em Curitiba, morando em favelas que devem abrigar pelo menos 10% da população da cidade.

E que dizer da fome na África, Índia e todo o Terceiro Mundo?

Talvez até como parte dessa onda que coloca os animais acima do homem faminto é que a Câmara de Curitiba aprovou, ano passado, lei proposta por um vereador mandando os carrinheiros se desfazerem de carroças puxadas por burros ou mulas. Matéria não vetada pelo prefeito Gustavo Fruet.

O que se vê, agora, são homens, mu-lheres e alguns adolescentes miseráveis substituindo a tração animal, puxando seus carrinhos em busca de recicláveis em Curitiba.

“Um desses absurdos são os bilhões de dólares que os seres humanos do mundo todo – especialmente das sociedades ocidentais – gastam para alimentar,

dar tratamento médico e manter centenas de milhões de animais de estimação. Enquanto isso, na esquina

de nossas casas, crianças em andrajos e famintas percorrem as ruas mendigando...”

São Francisco de Assis e Peter Singer

PARA ENTENDER:O filósofo australiano Peter Singer construiu uma fama não muito admirável

em virtude de sua abordagem em temas polêmicos como aborto e eutanásia. A posição de Singer é basicamente utilitarista, ou seja, sendo bem simplista, ele pauta seus atos na busca pelas consequências menos sofríveis e mais prazerosas, o que explica muito de sua produção. A obra de Singer no que tangente ao tema “direito dos animais” está quase toda condensada nas obras Ética Prática e Li-bertação Animal, nas quais ele expõe o seu caráter defensor dos animais frente à ideia geral que prega a superioridade humana, que ele denomina especismo. Para embasar suas proposições, Singer faz um apanhado sobre o que, para ele, coloca no mesmo patamar seres humanos e não-humanos, sem esquecer de elencar uma lista das principais atrocidades cometidas contra esses últimos.

NO PAREDÃO

Eduardo Gianetti da Fonseca

BERNARDI CONTABILIZA PERDASO vereador Jorge Bernardi, líder

da Rede Sustentabilidade na Câmara Municipal, reafirmou, ontem, que a economia de Curitiba perdeu R$ 1,2 bilhão nas quatro greves do transporte coletivo que ocorreram nos últimos dois anos da administração Gustavo Fruet. “Alguém deve ser responsabilizado por isto. Afinal o transporte público possui caráter essencial e este tipo de situação não pode continuar, pois a população como um todo perde”, afirmou o vereador que foi presidente da CPI do Transporte Coletivo em 2013.

PERDAS DE R$ 1,2 BIPara Bernardi, segundo estudos da As-

sociação Comercial do Paraná, um dia de greve causa um prejuízo de, no mínimo, R$ 100 milhões de reais na economia da cidade. As quatro greves do transporte coletivo realizadas a partir de 2014, somaram 12 dias de paralização dos ônibus. “Curitiba deixou de movimentar na sua economia, uma fortuna quatro vezes superior ao valor das empresas que operam o transporte coletivo, cujo valor de mercado é de R$ 250 milhões” - afirmou.

Para Jorge Bernardi: "a sociedade civil deve se organizar para cobrar responsabili-dades, exigindo das autoridades municipais a intervenção nas empresas de ônibus e a realização de uma nova licitação."

“A licitação de 2010, realizada nos governos Richa/Ducci é nula, há indícios de fraude, formação de cartel e outras irre-gularidades que foram apuradas na CPI do Transporte Coletivo, Tribunal de Contas, e outras auditorias” – afirmou.

PERDAS DE R$ 1,2 BI (2)Segundo o noticiário do gabinete de

Bernardi, as quatro greves de ônibus rea-lizadas na gestão Fruet ocorreram em: 26 de fevereiro a 01 de março, com 4 dias de

duração; de 26 de janeiro a 29 de janeiro de 2015, também 4 dias de duração: 01 de dezembro de 2015, um dia de duração: e de 12 a 14 de janeiro de 2016, com 3 dias de duração.

“Há fortes indícios, em todas as greves, de lockout, ou seja, os patrões estão por traz destas paralisações, já que ocorreram no período de aumento de tarifa. A Policia e o Ministério Público deveriam investigar se houve crime por parte dos empresários” – declarou Bernardi.

Jorge Bernardi

"O Brasil bateu no paredão", é a expressão eloquente do economis-

ta e filósofo Eduardo Gianetti da Fonseca, sobre o grande beco, apa-

rentemente sem saída, que o país vive. Na minha opinião, trata-se da

mais lúcida análise produzida sobre o momento atual, sem paixões

partidárias, uma leitura de quem tem a cabeça no lugar, enxerga o presente, conhece o passado, e é

capaz de "adivinhar" o futuro além do dualismo PT versus PSDB e opo-sições. Está no Estadão de domingo.

CONFIANÇA EM BAIXA

Indústria inicia o ano mais pessimista do que em 2015Em janeiro, o índice ficou em 36,5 pontos, valor 7,9 pontos inferior ao registrado no mesmo mês de 2015, segundo CNI

TAXA DE JUROS

Copom deve elevar Selic em 0,5 ponto percentual nesta semana

Os empresários brasileiros continuam pessimistas com as condições atuais e futuras da economia e das empresas. É o que mostra o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), di-vulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Em janeiro, o índice ficou em 36,5 pontos, valor 7,9 pontos infe-rior ao registrado no mesmo mês de 2015 e está 18,4 pontos abaixo da média histórica, que é de 54,9 pontos. O indicador varia de zero a cem pontos. Quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disse-minado é o pessimismo.

De acordo com a pesquisa, a confiança é menor entre os em-presários da construção. Nesse setor, o índice ficou em 35,1 pon-tos, abaixo do índice nacional. Na indústria extrativa, o indica-dor alcançou 44 pontos e, na de transformação, 36,4 pontos. Nas pequenas empresas o Icei ficou em 35,1 pontos, também abaixo do índice nacional. Nas grandes empresas, chegou a 37,6 pontos e, nas médias, a 35,5 pontos.

Nesta edição do índice foram ouvidas 2.772 empresas, entre 4 e 13 de janeiro. Dessas, 1.084 são pequenas, 1.063 são médias e 625 são de grande porte.

A confiança é menor entre os empresários da construção. Nesse setor, o índice ficou em 35,1 pontos, abaixo do índice nacional

Imprensa Infraero

A taxa básica de juros, a Selic, deve ser elevada em 0,5 ponto percentual para 14,75% ao ano, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que se reúne hoje e amanhã. Atualmente, a taxa está em 14,25% ao ano. A expectativa é de instituições financeiras consultadas sema-nalmente pelo BC.

Para o fim de 2016, a esti-mativa mediana (que desconsi-dera os extremos nas projeções) para a Selic é 15,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é que a

taxa básica seja reduzida, en-cerrando o período em 12,88% ao ano. Na semana passada, essa mesma previsão ficou em 12,75% ao ano.

A taxa é usada nas nego-ciações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquida-ção e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consu-mo, mas alivia o controle sobre a inflação.

INFLAÇÃO �Para este ano, a expectativa

das instituições financeiras é que a inflação fique acima do teto da meta, 6,5%. A proje-ção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi ajustado pela terceira vez seguida, ao passar de 6,93% para 7%.

O número de pessoas que buscou crédito em 2015 cresceu 1% no acumulado do ano, na comparação com 2014, de acor-do com indicador da empresa de consultoria Serasa Experian. É o quarto ano consecutivo de fraco desempenho.

No período de 2008 a 2011, o crescimento médio anual da procura do consumidor por crédito foi bem mais expressivo: 7,1%. Economistas da Serasa dizem que a alta da inflação,

os esforços do consumidor em reduzir seus níveis de endivi-damento, a escalada das taxas de juros e do custo do crédito e a alta do dólar determinaram o desempenho enfraquecido da demanda do consumidor por crédito em 2015.

Na comparação por faixas de renda, houve queda de 4,2% para os consumidores que rece-bem até R$ 500 por mês. Para os que ganham entre R$ 500 e R$ 1 mil mensais, o crescimento

da demanda por crédito foi de 1%; para os que recebem entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, foi de 2,2%; e para os que têm renda mensal entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, a alta foi de 1,3%.

Houve menor crescimento nas camadas de renda mais elevadas da população. A alta foi de 0,2% para os que ganham entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. Houve alta de 0,5% para aqueles que recebem mais de R$ 10 mil por mês.

As vendas dos produtos si-derúrgicos no mercado brasilei-ro fecharam o ano passado com retração acumulada de 16,1%, em relação a 2014, totalizando 18,2 milhões de toneladas. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Aço Brasil (IAB).

Em dezembro do ano passa-do, o total vendido ficou em 1,1 milhão de toneladas, queda de 26,1%. Os dados indicam que o consumo aparente nacional (as vendas das usinas no mercado

brasileiro mais o volume im-portado pelas usinas) atingiu 1,2 milhão de toneladas em dezem-bro do ano passado, redução de 28,2%. O resultado acumulado no ano totalizou 21,3 milhões de toneladas – neste caso uma retração de 16,7%.

COMÉRCIO EXTERIOR �No que se refere às importa-

ções, registrou-se em dezembro o volume de 115 mil toneladas,

ao custo de US$ 143 milhões. Ao longo de 2015, as importa-ções totalizaram 3,2 milhões de toneladas de produtos side-rúrgicos.

O IAB ressaltou ainda que “apesar das condições adver-sas do mercado internacio-nal”, o setor conseguiu fechar dezembro com exportações de produtos siderúrgicos que somaram 1,6 milhão de to-neladas, no valor de US$ 546 milhões.

CRÉDITO

Demanda do consumidor por crédito cresce 1% em 2015

RETRAÇÃO

Venda de produtos siderúrgicos no país cai 16,1% em 2015