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26/05/2015
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Caderno Judicirio do Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA DO TRABALHOPODER JUDICIRIO REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
N1733/2015 Data da disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015. DEJT Nacional
Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio
Gisane Barbosa de ArajoDesembargadora Presidente do TRT da 6 Regio
Virgnia Malta CanavarroDesembargadora Vice-presidente do TRT da 6 Regio
Ivan de Souza Valena AlvesDesembargador Corregedora do TRT da 6 Regio
Cais do Apolo, 739Bairro do Recife
Recife/PECEP: 50030902
Telefone(s) : (81) 32253200
Vice-PresidnciaEditalEdital
Processo N RO-0010175-36.2014.5.06.0401Relator IVANILDO DA CUNHA ANDRADERECORRENTE UNIO FEDERAL - PGFRECORRIDO FRANCISCO ANTONIO MODESTOADVOGADO YONARA CANUTO HOLANDA
NORONHA(OAB: 0036303)RECORRIDO MINERADORA ARARIPINA LTDACUSTUS LEGIS * Ministrio Pblico do Trabalho da 6
Regio *TERCEIROINTERESSADO
UNIO FEDERAL - PGF
PODER JUDICIRIOJUSTIA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO
PROCESSO TRT- 0010175-36.2014.5.06.0401
DESTINATRIO: MINERADORA ARARIPINA LTDA
EDITAL DE NOTIFICAO LOCAL INCERTO E NO SABIDO
De ordem da Excelentssima Desembargadora Federal do
Trabalho no exerccio da Vice-PresidnciaENEIDA MELO
CORREIA DE ARAJO, fica(m) notificado(s): MINERADORAARARIPINA LTDA atualmente em local incerto e no sabido, para,
querendo, apresentar contrarrazes ao recurso de revista interposto
pela UNIO observando-se, para tanto, o prazo de 08 (oito) dias. Oprocesso encontra-se no sistema PJe do TRT da 6 Regio, cujoselementos esto disposio do interessado.
Recife, segunda-feira, 25 de maio de 2015
Ricardo Corra de Oliveira Andrade
Chefe da Seo de Recursos - SERENotificaoNotificao
Processo N RO-0000032-49.2014.5.06.0122Relator ANDREA KEUST BANDEIRA DE
MELORECORRENTE LEON HEIMER S/AADVOGADO BRUNA LEMOS TURZA
FERREIRA(OAB: 0033660)RECORRENTE GABRIEL RICARDO COSTA DA
SILVAADVOGADO ALLAN TORRES BELFORT
SANTOS(OAB: 0033687)RECORRIDO LEON HEIMER S/AADVOGADO BRUNA LEMOS TURZA
FERREIRA(OAB: 0033660)RECORRIDO GABRIEL RICARDO COSTA DA
SILVA
Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435
1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 2Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
ADVOGADO ALLAN TORRES BELFORTSANTOS(OAB: 0033687)
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO
AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROC. TRT
N:0000032-49.2014.5.06.0122 (AIRR/AIRO)
Agravante: LEON HEIMER S/A
Advogado: Bruna Lemos Turza Ferreira (OAB/PE 33660)
Agravado: GABRIEL RICARDO COSTA DA SILVA
Advogado: Allan Torres Belfort Santos (OAB/PE 33687)
Trata-se de agravo de instrumento interposto contra despacho
que indeferiu o processamento de recurso de revista.
Publicada a deciso agravada no DEJT em 07/04/2015 (tera-feira) e apresentadas as razes deste apelo em 15/04/2015(quarta-feira), tem-se por configurada a sua tempestividade,conforme se pode ver dos documentos IDs f2fcc55 e 84ec7a6.
A representao advocatcia est regularmente demonstrada
(ID cae2581).
Atingido valor total da condenao, afigura-se desnecessrio o
depsito recursal (IDs eb2a347 sentena, a95066c custas ,a95066c depsito RO).Mantenho o despacho agravado e, por via de consequncia,
determino o processamento do presente recurso.
Intime-se a parte recorrida para, querendo, oferecer
contrarrazes ao agravo e respectivo recurso de revista.
Aps o transcurso do prazo, determino o envio do processo ao
Tribunal Superior do Trabalho.
Recife, 14 de maio de 2015.
ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO
Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da Vice-
Presidncia
Je
NotificaoProcesso N RO-0000044-66.2014.5.06.0412
Relator ANDREA KEUST BANDEIRA DEMELO
RECORRENTE BANCO AZTECA DO BRASIL S.A.ADVOGADO Jose Henrique Faria Bezerra de
Melo(OAB: 0018957)ADVOGADO OSVALDO DA SILVA GUIMARAES
JUNIOR(OAB: 0013600)RECORRENTE EKT SERVICOS DE COBRANCA
LTDA.ADVOGADO Jose Henrique Faria Bezerra de
Melo(OAB: 0018957)ADVOGADO OSVALDO DA SILVA GUIMARAES
JUNIOR(OAB: 0013600)RECORRENTE ANTONIO CARLOS SANTOS DE
OLIVEIRAADVOGADO CARLOS EDUARDO DE LIRA
MARTINS(OAB: 0021350)RECORRIDO ANTONIO CARLOS SANTOS DE
OLIVEIRAADVOGADO CARLOS EDUARDO DE LIRA
MARTINS(OAB: 0021350)
Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435
1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 3Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
ADVOGADO OSVALDO DA SILVA GUIMARAESJUNIOR
RECORRIDO BANCO AZTECA DO BRASIL S.A.ADVOGADO FREDERICO DA COSTA PINTO
CORREA(OAB: 0008375)RECORRIDO EKT SERVICOS DE COBRANCA
LTDA.ADVOGADO FREDERICO DA COSTA PINTO
CORREA(OAB: 0008375)ADVOGADO Jose Henrique Faria Bezerra de Melo
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO
RECURSO DE REVISTA
PROC.TRT N: 0000044-66.2014.5.06.0412 (RO)
Recorrentes: E K T L O J A S D E
DEPARTAMENTOS LTDA. e
Advogado: Frederico da Costa Pinto
Correa (OAB/PE 8.375)
Recorrido(s): ANTONIO CARLOS SANTOSDE OLIVEIRA
Advogados: Carlos Eduardo de Lira
Martins (OAB/PE 21.350)
Trata-se de Recurso de Revista interposto em face de acrdo
proferido pela Quarta Turma em sede de Recurso Ordinrio.
CONSIDERAES PRELIMINARES
De incio, impende registrar que, em obedincia ao disposto
no 5 do artigo 896 da CLT, procedi anlise prvia de todosos temas abordados no presente apelo, a fim de identificar a
existncia de matrias passveis de uniformizao de
jurisprudncia, fato que precede a apreciao dos requisitosde admissibilidade recursal.
No tendo constatado a existncia de decises atuais e
conflitantes, no mbito deste Regional, em relao aos
tpicos apresentados neste recurso, passo anlise da
admissibilidade da presente Revista.
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
O apelo tempestivo, tendo em vista que a publicao da
deciso recorrida se deu em 02/03/15 (segunda-feira) e aapresentao das razes recursais em 10/03/15 (tera-feira),conforme se pode ver dos documentos IDs e47d204 e c3aff33.
A representao advocatcia est regularmente demonstrada
(ID b805c36 e 7f75b70).
Preparo regularmente efetuado, como se pode ver dos IDs
79fec37, 05d191e, 3356b9f e dbcd239.
PRESSUPOSTOS INTRNSECOS
T E R C E I R I Z A O / V N C U L O E M P R E G A T C I O /ENQUADRAMENTO / NORMAS COLETIVAS DOS BANCRIOS
Em suas razes, os recorrente aduz que a deciso vergastada
afigura-se em flagrante descompasso com o teor da Smula
n 129 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho. Asseguram
que no h ilicitude ou fraude trabalhista no modelo
indigitado. Afirmam que o enquadramento bancrio do
recorrido fere a Smula n 55 daquela mesma Corte. Requerem
o indeferimento do enquadramento bancrio do recorrido e
desconstituio do reconhecimento do vnculo de emprego
consigo. Apontam divergncia jurisprudencial. A primeirarecorrente afirma que no foi signatria das Convenes
Coletivas de Trabalho adunadas aos autos, restando feridos os
artigos 511, pargrafo 2, e 611, ambos da CLT. Pontuam que o
acrdo recorrido colide, frontalmente, com a orientao
esculpida na Smula nmero 374 do C. TST.
Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435
1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 4Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
No obstante o inconformismo apresentado, o apelo no
ultrapassa o crivo da admissibilidade recursal.
Com o advento da Lei n 13.015/2014, o art. 896 da CLT passou
a vigorar com nova redao, nele tendo sido includo, dentre
outros, o 1-A, dispondo que para o processamento doRecurso de Revista, a parte deve indicar, para cada tema
trazido ao reexame, o trecho da deciso recorrida que
consubstancia o prequestionamento da controvrsia, objetodo apelo. Ademais, a nova ordem exige a apresentao de tese
explcita e fundamentada de violao legal, de contrariedade
Smula de jurisprudncia da C. Corte Revisora e Smulavinculante do E. STF ou de dissenso pretoriano, no suprindo
a exigncia a simples meno s ofensas que a parte entenda
existir. Alm disso, deve a parte impugnar todos os
fundamentos jurdicos da deciso recorrida, tudo isso sobpena de no conhecimento do seu apelo. Tal fato se d pela
necessidade de se delimitar, de forma clara e objetiva, ospontos controvertidos a serem analisados, em relao aos
quais a parte espera reforma.
Interpretando o novo dispositivo legal, o ministro do Tribunal
Superior do Trabalho Cludio Brando, em obra doutrinria,
defende o seguinte:
"Assim, cabe ao recorrente, nas razes do Recurso de
Revista, indicar (o que significa transcrever) o trecho dadeciso recorrida que revele a resposta do tribunal de origem
quanto ao tema, ou seja, o pronunciamento prvio sobre amatria que pretende seja reapreciado (o denominadoprequestionamento)" (Reforma do Sistema RecursalTrabalhista. Comentrios Lei n. 13.015/2014. So Paulo, LTr,
2015, p. 53).
Deste modo, considerando que o recorrente no cuidou de
indicar, nas razes do recurso, os trechos da deciso
recorrida que configuram o prequestionamento da
controvrsia, inviabilizado est o conhecimento de seu apelo,
nos termos do inciso I do 1- A do art. 896 da CLT,
acrescentado pela Lei n 13.015 de 22/09/2014.
Cabe-me ressaltar que os trechos que os recorrentes
transcreveram, dizendo ser partes do acrdo vergastado, na
verdade no correspondem quele.
CONCLUSO
Diante do exposto, DENEGO seguimento ao recurso de revista.
Cumpram-se as formalidades legais.
Intimem-se.
Recife, 11 de maio de 2015.
ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJODesembargadora Federal do Trabalho no exerccio da vice-
presidncia
md
NotificaoProcesso N RO-0000066-96.2014.5.06.0001
Relator NISE PEDROSO LINS DE SOUSARECORRENTE CAIXA SEGURADORA S/A
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 5Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
ADVOGADO ANA GABRIELA DE MELO LIRA(OAB:32223)
ADVOGADO MILA MARIA DE LIMA GOMES EUMBELINO LOBO(OAB: 0011834)
RECORRENTE VALDERI CARNEIRO DE ARAUJOADVOGADO DANIELA SIQUEIRA
VALADARES(OAB: 0021290)RECORRIDO CAIXA SEGURADORA S/AADVOGADO ANA GABRIELA DE MELO LIRA(OAB:
32223)ADVOGADO MILA MARIA DE LIMA GOMES E
UMBELINO LOBO(OAB: 0011834)RECORRIDO TRANSVAL SEGURANCA E
VIGILANCIA LTDAADVOGADO EMMANUEL BEZERRA
CORREIA(OAB: 0012177)RECORRIDO VALDERI CARNEIRO DE ARAUJOADVOGADO DANIELA SIQUEIRA
VALADARES(OAB: 0021290)
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO
RECURSO DE REVISTA
PROC.TRT N: 0000066-96.2014.5.06.0001 (RO)
Recorrente: CAIXA SEGURADORA S/A
Advogadas: Ana Gabriela de Melo Lira (OAB/PE 32223) eMila Maria de Lima Gomes e Umbelino Lobo
Recorridos: 1. VALDERI CARNEIRO DE ARAJO2.TRANSVAL SEGURANA E VIGILNCIA
Advogados: 1. Daniela Siqueira Valadares (OAB/PE 21290)2. Emmanuel Bezerra Correia (OAB/PE 12177)
Trata-se a hiptese de Recurso de Revista interposto em face
de acrdo proferido pela Quarta Turma em sede de Recurso
Ordinrio.
Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435
1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 6Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
CONSIDERAES PRELIMINARES
A fim de evitar futuros questionamentos, de logo esclareo
que estes autos no ensejam conflito de decises entre asTurmas deste Regional, no que diz respeito multa do artigo
477, 8, da CLT, uma vez que a situao em anlise noremete discusso acerca da possibilidade de incidncia do
comando normativo sobre as verbas rescisrias deferidas
judicialmente.
Ademais, impende registrar que, em obedincia ao disposto no
5 do artigo 896 da CLT, procedi anlise prvia de todos ostemas abordados no presente apelo, a fim de identificar a
existncia de matrias passveis de uniformizao de
jurisprudncia, fato que precede a apreciao dos requisitosde admissibilidade recursal.
No tendo constatado a existncia de decises atuais e
conflitantes, no mbito deste Regional, em relao aos tpicos
apresentados neste recurso, passo anl ise da
admissibi l idade da presente Revista .
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
O apelo tempestivo, tendo em vista que a publicao da
deciso recorrida se deu em 31/03/2015 (tera-feira) e a
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 7Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
apresentao das razes recursais em 08/04/2015 (quarta-feira), conforme se pode ver dos documentos IDs e2bdf60 e9d0b72a.
A representao advocatcia est regularmente demonstrada
(IDs 2889106, 2889129 e 2889132).
Preparo regularmente efetuado, como se pode ver dos IDs
4fddb2e, e5471e8, 6b131f4, 28d55fa, 5219eda e 537deb2.
PRESSUPOSTOS INTRNSECOS
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / ATOS
PROCESSUAIS / NULIDADE / NEGATIVA DE PRESTAOJURISDICIONAL.
Alegaes:
- violao ao artigo 93, IX, da CF; artigo 832 da CLT; artigo 458,
II, do CPC.
Atendendo aos requisitos formais para conhecimento do seu
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 8Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
apelo, previstos no art. 896, 1-A, inc. I, da CLT, a parterecorrente renova a arguio de nulidade do acrdo por
negativa de prestao jurisdicional e ausncia defundamentao jurdica, alegando que o Regional no sanou asomisses apontadas nos embargos de declarao, relativas
responsabilizao subsidiria que lhe foi imputada pelo
pagamento dos valores devidos ao autor por sua real
empregadora.
Do "decisum" proferido em sede de embargos declaratrios
exsurgem os seguintes fundamentos (ID 3abae20):
"Por outro lado, a condenao subsidiria da embargante foi
mantida com alicerce na prova testemunhal e no nus da
prova, o que no pode ser reformado por meio de embargos de
declarao, mesmo que a recorrente tivesse razo em sua
ponderaes.
Como se observa, foi devidamente respeitado o princpio da
obrigatoriedade da fundamentao das decises judiciais,insculpido no artigo 93, IX, da atual Carta Magna, alm de no
se afigurar qualquer das hipteses de cabimento dos
Embargos de Declarao retro apontadas, pois, na realidade, a
embargante pretende a reforma do acrdo atacado, por no
se conformar com a sua condenao subsidiria, quando jexaurida a jurisdio deste Tribunal (art. 463, do CPC).
Ora, se a embargante no se conforma com a deciso deste
Regional, que manteve a sua condenao subsidiria e deferiu
o pleito de horas extras prestadas a partir da oitava trabalhada
(exclusive), com incidncias nas parcelas de aviso prvio,repousos semanais remunerados, frias com 1/3, 13 salrios e
FGTS+40%, deve maneja o remdio jurdico cabvel, tendo emvista que os Embargos de Declarao possuem esfera de
atuao restrita aos casos de obscuridade, omisso,
contradio e manifesto equvoco no exame dos pressupostos
extrnsecos do recurso principal, no se prestando para o fim
colimado pela embargante de reforma do acrdo hostilizado."
Na conformidade da Orientao Jurisprudencial n 115, da
SBDI-1, do TST, o que enseja o conhecimento do recurso derevista quanto nulidade processual por negativa de
prestao jurisdicional a demonstrao de violao dosartigos 832, da CLT, 458, do CPC, e 93, IX, da CF/88, o que no
restou configurado na hiptese dos autos. O acrdo contm
fundamentao acerca da matria discutida, de modo que a
concluso pela inexistncia de violao direta e literal da
norma insculpida no artigo 93, IX, da Constituio Federal. A
insurgncia da parte recorrente enquadra-se como
inconformismo com a soluo dada lide, e no como
nulidade processual por negativa de prestao jurisdicional.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIRIA.
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 9Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
Alegaes:
- contrariedade Smula n 74 do TST;
- violao ao artigo 5, II, da CF; artigo 818 da CLT; artigo 333,
II, do CPC; artigos 186, 187 e 927 do Cdigo Civil; e
- divergncia jurisprudencial.
Igualmente observando os requisi tos formais para
conhecimento do seu apelo, previstos no art. 896, 1-A, inc. I,da CLT, a recorrente insurge-se contra a responsabilizao
subsidiria que lhe foi imposta, asseverando, em sntese, que
o autor no lhe prestou servios, mas para vrias empresas.
Frisa que cabia ao recorrido o encargo probatrio em sentido
contrrio, por fora dos artigos 818 da CLT e 333, inciso I, do
CPC, do qual no se desvencilhou. Acrescenta que para a
responsabilizao subsidiria deve ser necessariamente
caracterizada a culpa in eligendo ou in vigilando da tomadora
dos servios, o que no se verifica no caso sob anlise.
Transcreve arestos embasando a tese de divergncia
jurisprudencial especfica e pede o provimento do recurso.
Quanto ao tema, o acrdo restou assim ementado (ID n28d55fa):
" R E C U R S O O R D I N R I O . T E R C E I R I Z A O .RESPONSABILIDADE SUBSIDIRIA. TOMADORA DOSSERVIOS. A terceirizao de determinada atividadeempresarial, mesmo que no se refira atividade-fim da
empresa, no isenta a tomadora dos servios de
responsabilidade pelo correto cumprimento dos contratos de
trabalho celebrados pela empresa prestadora dos servios,
com a qual manteve contrato de terceirizao, sendo ambas
responsveis pelos pagamentos dos direitos trabalhistas dos
empregados da prestadora dos servios, firmando-se a
contratada na qualidade de devedora principal, em face da sua
condio de real empregadora dos trabalhadores, e a
contratante, na qualidade de devedora subsidiria, por ser
apenas a beneficiria final dos supramencionados servios.
Inteligncia do teor da Smula n 331, item IV, do Colendo TST.
Recurso ordinrio da segunda r, improvido."
Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435
1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 10Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
Nesse contexto, a Turma decidiu as questes veiculadas no
presente apelo com base no conjunto probatrio contido nosautos, aplicao da legislao pertinente matria e em
sintonia com a Smula n 331, item IV, do TST, sendo certo que
as alegaes recursais lanadas pela parte recorrente, em
sentido contrrio, somente so aferveis por meio de reexame
ftico o que inviabiliza a admissibilidade do recurso inclusive
por dissenso jurisprudencial (Smulas ns 126 e 333 dessemesmo rgo Superior).
SENTENA NORMATIVA/CONVENO E ACORDO COLETIVOSDE TRABALHO / ACORDO E CONVENO COLETIVOS DETRABALHO / MULTA CONVENCIONAL.
RESCISO DO CONTRATO DE TRABALHO / VERBASRESCISRIAS / MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT.
RESCISO DO CONTRATO DE TRABALHO / VERBASRESCISRIAS / MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT.
DURAO DO TRABALHO / HORAS EXTRAS.
A recorrente insurge-se contra a condenao subsidiria ao
pagamento da multa convencional e dos artigos 467 e 477 da
CLT. Inconforma-se contra a condenao ao pagamento de
horas extras a partir da 8 diria, aduzindo que o recorrido
laborava na escala 12x36, sendo certo que a eventual jornadaextraordinria ocorreria a partir da 12 hora no da 8.
No obstante o inconformismo apresentado, o apelo no
ultrapassa o crivo da admissibilidade recursal.
Com o advento da Lei n 13.015/2014, o art. 896 da CLT passou
a vigorar com nova redao, nele tendo sido includo, dentre
outros, o 1-A, dispondo que para o processamento doRecurso de Revista, a parte deve indicar, para cada tema
trazido ao reexame, o trecho da deciso recorrida que
consubstancia o prequestionamento da controvrsia, objetodo apelo. Ademais, a nova ordem exige a apresentao de tese
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 11Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
explcita e fundamentada de violao legal, de contrariedade
Smula de jurisprudncia da C. Corte Revisora e Smulavinculante do E. STF ou de dissenso pretoriano, no suprindo
a exigncia a simples meno s ofensas que a parte entenda
existir. Alm disso, deve a parte impugnar todos os
fundamentos jurdicos da deciso recorrida, tudo isso sobpena de no conhecimento do seu apelo. Tal fato se d pela
necessidade de se delimitar, de forma clara e objetiva, ospontos controvertidos a serem analisados, em relao aos
quais a parte espera reforma.
Interpretando o novo dispositivo legal, o ministro do Tribunal
Superior do Trabalho Cludio Brando, em obra doutrinria,
defende o seguinte:
"Assim, cabe ao recorrente, nas razes do Recurso de Revista,
indicar (o que significa transcrever) o trecho da decisorecorrida que revele a resposta do tribunal de origem quanto
ao tema, ou seja, o pronunciamento prvio sobre a matria quep r e t e n d e s e j a r e a p r e c i a d o ( o d e n o m i n a d oprequestionamento)" (Reforma do Sistema RecursalTrabalhista. Comentrios Lei n. 13.015/2014. So Paulo, LTr,
2015, p. 53).
Deste modo, considerando que o recorrente no cuidou de
indicar, nas razes do recurso, os trechos da deciso recorrida
que configuram o prequestionamento da controvrsia,
inviabilizado est o conhecimento de seu apelo, nos termos do
inciso I do 1- A do art. 896 da CLT, acrescentado pela Lei n13.015 de 22/09/2014.
CONCLUSO
Diante do exposto, DENEGO seguimento ao recurso de revista.
Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435
1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 12Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
Cumpram-se as formalidades legais.
Intimem-se.
Recife, 11 de maio de 2015.
ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO
Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da vice-
presidncia
ccm
NotificaoProcesso N RO-0000077-56.2014.5.06.0412
Relator GISANE BARBOSA DE ARAUJORECORRENTE SIMERIA LUCIA DIAS DAS NEVESADVOGADO ricardo jose macedo de souza santos
pereira(OAB: 29686)ADVOGADO SILVIA MARCIA NOGUEIRA(OAB:
0008779)RECORRIDO WARTSILA BRASIL LTDA.ADVOGADO MARCOS DOUGLAS PIRES DE
OLIVEIRA(OAB: 0033226)ADVOGADO BRUNO DA COSTA FERNANDES DE
LIMA(OAB: 184941)
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO
AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROC. TRT
N:0000077-56.2014.5.06.0412 (AIRR)
Agravante: SIMRIA LCIA DIAS DAS NEVES
Advogada: Slvia Mrcia Nogueira - OAB/PE 8779
Agravada: WARTSILA BRASIL LTDA
Advogado: Marcos Douglas Pires de Oliveira - OAB/PE 33226
Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435
1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 13Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
Trata-se de agravo de instrumento interposto contra despacho
que indeferiu o processamento de recurso de revista.
Publicada a deciso agravada no DEJT em 13/03/2015 (sexta-feira) e apresentadas as razes deste apelo em 20/03/2015(sexta-feira), tem-se por configurada a sua tempestividade,conforme se pode ver dos documentos IDs 1efb03a e f037717.
A representao advocatcia est regularmente demonstrada
(ID e04ed48).
D e s n e c e s s r i o , n a h i p t e s e , o p r e p a r o .
Mantenho o despacho agravado e, por via de consequncia,
determino o processamento do presente recurso.
Intime-se a parte recorrida para, querendo, oferecer
contrarrazes ao agravo e respectivo recurso de revista.
Aps o transcurso do prazo, determino o envio do processo ao
Tribunal Superior do Trabalho.
Recife, 02 de abril de 2015.
VIRGNIA MALTA CANAVARRO
Desembargadora Vice-Presidente do TRT da 6 Regio
jeNotificao
Processo N RO-0000129-66.2014.5.06.0181Relator GISANE BARBOSA DE ARAUJORECORRENTE COMPANHIA PERNAMBUCANA DE
SANEAMENTOADVOGADO HAROLDO WILSON MARTINEZ DE
SOUZA JUNIOR(OAB: 0020366)RECORRIDO CONSTRUTORA TRIEDRO LTDAADVOGADO JOAO GABRIEL VIEIRA
WANICK(OAB: 0026269)RECORRIDO ERONILDO ALMEIDA DO
NASCIMENTOADVOGADO ROBERTO SIRIANO DOS
SANTOS(OAB: 0012335)
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO
AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROC. TRT N: 0000129-66.2014.5.06.0181
(AIRR)
Agravante: COMPANHIA PERNAMBUCANA
DE SANEAMENTO
Advogado: Haroldo Wilson Martinez de
Souza Jnior (OAB/PE: 20366)
Agravados: 1.ERONILDO ALMEIDA DO
NASCIMENTO
Advogados: 1.Roberto Siriano dos Santos
(OAB/PE: 12335/D)
Trata-se de agravo de instrumento interposto contra despacho
que indeferiu o processamento de recurso de revista.
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 14Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
Publicada a deciso agravada no DEJT em 10/04/2015 (sexta-feira) e apresentadas as razes deste apelo em 20/04/2015(segunda-feira), tem-se por configurada a sua tempestividade,conforme se pode ver dos documentos IDs afe7e88 e 6a14ba0.
A representao advocatcia est regularmente demonstrada
(ID 433e70e e 49f3b3e).Atingido valor total da condenao, afigura-se desnecessrio o
depsito recursal (IDs 7d7aac9 sentena, 5c3fd36 custas edepsito RO, 09cdff9 depsito RR).Mantenho o despacho agravado e, por via de consequncia,
determino o processamento do presente recurso.
Intime-se a parte recorrida para, querendo, oferecer
contrarrazes ao agravo e respectivo recurso de revista.
Aps o transcurso do prazo, determino o envio do processo ao
Tribunal Superior do Trabalho.
Recife, 14 de maio de 2015.
ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO
Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da Vice-
Presidncia
Je
NotificaoProcesso N RO-0000220-50.2014.5.06.0281
Relator IVANILDO DA CUNHA ANDRADERECORRENTE KIRLIAN MICHELINE QUEIROS
MARQUES DE SAADVOGADO GABRIELA GARCIA ESCOBAR(OAB:
0001111)RECORRENTE BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.ADVOGADO BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA
VANDERLEI(OAB: 0021678)ADVOGADO Andr Issa Gndara Vieira(OAB:
0293345)RECORRIDO PROMO 7 RECURSOS E
PATRIMONIO HUMANO LTDA - EPP
ADVOGADO JESUS ARRIEL CONESJUNIOR(OAB: 0085018)
RECORRIDO KIRLIAN MICHELINE QUEIROSMARQUES DE SA
ADVOGADO GABRIELA GARCIA ESCOBAR(OAB:0001111)
RECORRIDO BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.ADVOGADO Andr Issa Gndara Vieira(OAB:
0293345)ADVOGADO BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA
VANDERLEI(OAB: 0021678)
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO
RECURSO DE REVISTA
PROC. TRT N: 0000220-50.2014.5.06.0281 (RO)
Recorrente: BANCO SANTANDER BRASIL S/A
Advogado: Bruno Henrique de Oliveira Vanderlei
(OAB/PE 21678)
Recorridos: KIRLIAN MICHELINE QUEIROZ MARQUES DE
S, PROMO 7 RECURSOS E PATRIMNIO
Advogados: Marcos Evaldo Pandolfi (OAB/SP 283640) eJesus Arriel Cones Junior (OAB/SP 85018)
Trata-se a hiptese de Recurso de Revista interposto em face
de acrdo proferido pela 4 Turma em sede de Recurso
Ordinrio.
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 15Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
CONSIDERAES PRELIMINARES
De incio, impende registrar que, em obedincia ao disposto no
5 do artigo 896 da CLT, procedi anlise prvia de todos ostemas abordados no presente apelo, a fim de identificar a
existncia de matrias passveis de uniformizao de
jurisprudncia, fato que precede a apreciao dos requisitosde admissibilidade recursal.
No tendo constatado a existncia de decises atuais e
conflitantes, no mbito deste Regional, em relao aos tpicos
apresentados neste recurso, passo anl ise da
admissibi l idade da presente Revista .
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
O apelo tempestivo, tendo em vista que a publicao da
deciso recorrida se deu em 14.04.2015 (tera-feira) e aapresentao das razes recursais em 22.04.2015 (quarta-feira), conforme se pode ver dos documentos IDs 56aa5ac ead3a13d.
A representao advocatcia est regularmente demonstrada
(IDs d65ea96 e 49b9638).
Preparo regularmente efetuado, como se pode ver do ID
2e0d594.
PRESSUPOSTOS INTRNSECOS
VNCULO EMPREGATCIO ENTRE A AUTORA E O TOMADORDE SERVIOS / ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA DEBANCRIO / APLICAO DAS NORMAS COLETIVAS DOSBANCRIOS / HORAS EXTRAS / INTERVALO INTRAJORNADA/ REFLEXOS DE COMISSO PAGA "POR FORA" DOSCONTRACHEQUES AT O ANO DE 2012
Alegaes:
- contrariedade s Smulas ns 117, 331 e 374 do TST;
- violao ao artigo 884 do Cdigo Civil; artigos 333 e 350 do
Cdigo de Processo Civil; artigos 3, 442, 581, 2, 611 e 818da CLT e artigos 7, XXVI e 8, III da Constituio Federal;
- divergncia jurisprudencial.
Atendendo aos requisitos formais para conhecimento do seu
apelo, previstos no art. 896, 1-A, incs. I a III, da CLT, a parterecorrente insurge-se contra o posicionamento do Colegiado
regional, alegando que no parte legtima para figurar no
polo passivo da presente ao, uma vez que a recorrida jamaisfoi sua empregada e sim da primeira reclamada. Aduz que no
esto presentes os requisitos caracterizadores da relao de
emprego, nos termos dos arts. 3 e 442, ambos da CLT. Em
razo disso, sustenta que no cabe o enquadramento da
recorrida na categoria dos bancrios, nem a concesso dos
direitos previstos nas normas coletivas da categoria,
tampouco o pagamento de salrio "por fora". Tambm aduz
que a deciso est em desacordo com os fatos apurados e os
dispositivos supracitados. Argumenta que, nos termos do art.
818 da CLT e do art. 333 do CPC, caberia autora o nus de
provar, de forma robusta e convincente, a prestao de horas
extras no intervalo intrajornada, bem como o recebimento desalrio "por fora".
Da deciso impugnada exsurgem os seguintes fundamentos
(ID 9b7ef48 - pgs. 3/4 e 6/7/8):
"Reconhecimento de vnculo empregatcio e consectrios
deferidos:
A nica testemunha ouvida declarou que na agncia do
BANCO SANTANDER de Barreiros - PE trabalharam quatro
empregados registrados pela litisconsorte PROMO7, dentre os
quais a reclamante, tendo eles atuado na abordagem de
clientes daquela agncia para a venda de produtos como
seguros, contas bancrias e emprstimos consignados, dentre
outras atividades (v. ID c9c426a).
Isso posto, concluo que a funo exercida pela autora, que
estava longe de ser especializada, era inerente atividade-fim
do banco ru, inclusive sob o prisma do artigo 17 da Lei
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 16Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
4.595/64, pois dizia respeito oferta de produtos por ele
negociados no mercado consumidor, independentemente de
no englobar outras operaes de natureza bancria, afinal de
contas, os bancrios de um mesmo estabelecimento so
distribudos em setores variados, desempenhando, por
conseguinte, atividades diversas, e nem por isso deixam de
ser enquadrados na mesma categoria profissional.
(....)
E em se tratando de terceirizao levada a efeito ao arrepio
das hipteses de relao trilateral autorizadas pelo
ordenamento jurdico ptrio na esfera privada, a saber, Leis6.019/74 e 7.102/83, ou ainda toleradas pelo TST na parte final
do item III da respectiva Smula 331 (o modelo consagrado naCLT de carter bilateral), impe-se o reconhecimento devnculo empregatcio direto com o tomador dos servios, o
que independe, diga-se de passagem, do objeto social dareclamada/prestadora[1], assim como da "natureza civil" docontrato de terceirizao celebrado invocada na pea recursal.
Acrescento, quanto a este ltimo aspecto, que compete
Justia do Trabalho dirimir a controvrsia ora examinada (CF,artigo 114, I), independentemente do "ramo" de direito materialsupostamente aplicvel a esse fim. Com efeito, conforme jassentado pelo Supremo Tribunal Federal, na definio da
competncia desta Especializada de somenos importncia
estar a causa fundada em norma trabalhista ou civilista,
bastando que o direito postulado decorra de relao de
trabalho.
Alis, a contratao de trabalhadores por empresa interposta
to evidente na hiptese que, como bem ressaltou a
magistrada sentenciante, a prestao de servios pela autora
teve incio antes da celebrao do contrato de terceirizao;
diferentemente do que era previsto nesse contrato, as
atividades laborais se deram em agncia do BANCO
SANTANDER, e no numa das dependncias da PROMO7, que
sequer possui unidade na cidade de Barreiros -- PE; conforme
se depreende da Resoluo 3.156/2006 do BACEN, 'os
verdadeiros correspondentes bancrios realizam atividades
mltiplas, para vrios clientes', o que no era o caso; e,
finalmente, a referida testemunha declarou que 'foi contratada
aps entrevista pelo gerente geral, no prprio BANCO
SANTANDER, Sr. Gibson'.
Oportuno ressaltar que, sendo incontroversa a condio de
empregada da reclamante, nos moldes dos artigos 2 e 3 da
CLT, a ilicitude da terceirizao havida constitui bice
meramente formal ao reconhecimento de vnculo empregatcio
diretamente com o primeiro reclamado, mas que no resiste
judiciosa diretriz agasalhada no artigo 9 desse diploma legal,paradoxalmente invocado nas razes do apelo, para no falar
no princpio da primazia da realidade sobre a forma, que
norteia o direito do trabalho, e no entendimento cristalizado no
item I da Smula 331 do TST.
(....)
No h de se falar, portanto, em violao aos artigos 818 da
CLT e 333, I, do CPC, como sustentado na pea recursal, at
porque, conforme leciona Alexandre Freitas Cmara, 'uma vez
levadas ao processo, as provas no mais pertencem a
qualquer das partes, e sim ao juzo, nada importando, pois,quem as produziu' ( Lies de Direito Processual Civil, LumenJuris, In 15 edio, vol. I, pg. 410), ou seja, as regras sobre adistribuio do onus probandi s se aplicam na falta de prova
(tendo em vista a vedao do non liquet), o que no o caso.
Ressalto, ainda, no guardarem pertinncia com a matria em
discusso as alegaes do recorrente quanto a grupo
econmico, culpa in eligendo ou in vigilando e esgotamento
dos 'meios de execuo da segunda Reclamada, inclusive de
seus scios', eis que a sua responsabilidade pelos ttulos
deferidos decorre da condio de empregador. E sendo assim,
restam aplicveis hiptese as normas coletivas dos
bancrios anexadas, ex vi do artigo 611 da CLT.
(...)
Voto, pois, no sentido de se negar provimento ao recurso,
quanto a este tpico.
(...)
Horas extras e de intervalo intrajornada:
Anoto, de plano, que a tese de enquadramento da reclamante
na hiptese do artigo 62, I, da CLT no foi suscitada na
contestao, pelo que o seu conhecimento nesta quadra
processual encontra bice na disposio contida no artigo 303
do CPC.
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 17Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
Em todo caso, como h referncia na fundamentao da
sentena ao dispositivo da CLT supracitado (para afast-lo),ressalto, apenas para argumentar, que a testemunha ouvida
declarou que 'o trabalho era mais interno do que externo, jque as sadas eram eventuais, para pegar assinaturas em
documentos, por exemplo', bem assim, como j dito alhures,que os empregados registrados pela PROMO7, dentre eles a
autora, reportavam-se ao gerente-geral da agncia com relao
a horrios de trabalho, tendo aquela testemunha descrito,
ainda, submisso daqueles empregados a uma jornada fixa, demaneira que no procede a alegao de que 'era incumbncia
do obreiro fazer prova de efetiva fiscalizao de sua jornadalaboral, e somente ento discutir a verba ora postulada, nus
do qual no se desincumbiu', at porque a excepcionalidade
do enquadramento do trabalhador na hiptese do artigo 62, I,
da CLT deve ser provada, isso sim, por quem a alega, ex vi do
artigo 333, II, do CPC, e as regras sobre a distribuio do onus
probandi s se aplicam na falta de prova, o que sequer o
caso.
De outro vrtice, como a fraude na terceirizao havida no
justificativa juridicamente aceitvel para a inexistncia decartes de ponto (nemo auditur propriam turpitudinemallegans),operou-se a inverso do nus da prova quanto jornada cumprida por descumprimento do artigo 74, 2,consolidado, nos termos da Smula 338, item I, do TST.
Isso posto, observo que a testemunha ouvida descreveu
jornada at superior quela apontada na inicial, de maneiraque a presuno de que trata o verbete supracitado no restou
elidida na hiptese, sequer parcialmente, considerando-se,
inclusive, a vedao da reformatio in pejus.
Por isso tudo, tambm quanto a esse tema, resvalam para o
vazio as remisses aos artigos 818 da CLT e 333, I, do CPC.
(....)
No tocante s repercusses deferidas - horas extras sobre a
remunerao do repouso semanal -, h de se entender que
essa parcela, embora inclusa no salrio do mensalista, paga
levando-se em conta a remunerao devida pela jornadanormal de trabalho. A no repercusso implicaria, portanto,
enriquecimento sem causa do empregador. E est prevista de
forma expressa no artigo 7, 'a', da Lei 605/49. Matria h muito
pacificada, nos termos da Smula 172 do TST.
Todavia, so indevidos reflexos, noutras parcelas, das
diferenas de remunerao do repouso semanal decorrentes
das horas extras. Isso porque como as horas extras jincidiram nessas parcelas, a repercusso em apreo implicaria
bis in idem, conforme pacificado nos termos da OJ 394, da SDI-
1, do TST.
Provejo em parte.
Reflexos de comisso paga "por fora" dos contracheques at o
ano de 2012
Anoto, de plano, que carece de interesse o suplicante ao se
referir a "valores a serem reembolsados a ttulo de
comisses", pois no houve condenao ao pagamento desse
ttulo.
Isso posto, observo que a testemunha ouvida confirmou o
pagamento de comisso 'por fora' dos contracheques at o
ano de 2012, tendo ela ressaltado, inclusive, que 'esta
comisso s passou a integrar o contracheque a partir de
2013', o que, a par das disposies contidas nos artigos 442 e
468 da CLT[1], faz cair por terra a alegao de que a recorrida'no trouxe aos autos quaisquer documentos que justificassemsuas alegaes de que realmente foi pactuado o pagamento de
tais valores a ttulo de comisso, nus que, indubitavelmente,
lhe competia, a teor dos artigos 818, CLT e 333, I, CPC'.
Impende ressaltar que, de acordo com o princpio do livre
convencimento, que norteia o nosso direito processual, no h
hierarquia entre os meios de prova, cabendo ao magistrado
formar a sua convico pela livre apreciao/valorao dos
elementos de que dispe, desde que o faa motivadamente,
como na hiptese (artigos 131 e 332 do CPC).
Relativamente ao pleito, formulado ad cautelam, de aplicao
da Smula 225 do TST, observo que as parcelas mencionadas
nesse verbete, quais sejam, gratificaes por tempo de servioe produtividade, no se confundem com comisso, restando
mantida a repercusso deferida desta ltima parcela sobre a
remunerao do repouso semanal ante o fato de integrar essa
verba a parte varivel do salrio (artigo 457, 1, da CLT), o queafasta a possibilidade de integrao por analogia.
Nego provimento".
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 18Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
Como se observa, a Turma decidiu as questes veiculadas no
presente apelo com base no conjunto probatrio contido nosautos, razo pela qual as alegaes recursais lanadas pela
parte recorrente, em sentido contrrio, somente so aferveis
por meio de reexame ftico. Dito procedimento, porm, conta
com vedao estabelecida na Smula n 126 do TST, o que
inviabiliza o exame pertinente divergncia jurisprudencialespecfica (Smula n 296, item I, desse mesmo rgosuperior).
ANOTAO DA CTPS
Em suas razes, o recorrente aduz que a anotao da CTPS,
que se constitui em obrigao de fazer, deve ser feita pelo real
empregador, qual seja, a segunda reclamada, de acordo com aSmula 331, item IV do TST. Sustenta que a data de trmino
do contrato de trabalho a ser anotada na CTPS da autora deve
ser o ltimo dia de trabalho desta, porquanto a Smula 371 do
TST prev a projeo do contrato de trabalho para o futuroapenas para as vantagens econmicas. Alega, ainda, que a
deciso do regional nada mencionou a respeito do prazo
dentro do qual a reclamante deveria depositar a sua CTPS na
Secretaria da Vara para fins de anotao pelo recorrente.
No obstante o inconformismo apresentado, o apelo no
ultrapassa o crivo da admissibilidade recursal.
Com o advento da Lei n 13.015/2014, o art. 896 da CLT passou
a vigorar com nova redao, nele tendo sido includo, dentre
outros, o 1-A, dispondo que para o processamento doRecurso de Revista, a parte deve indicar, para cada tema
trazido ao reexame, o trecho da deciso recorrida que
consubstancia o prequestionamento da controvrsia, objetodo apelo. Ademais, a nova ordem exige a apresentao de tese
explcita e fundamentada de violao legal, de contrariedade
Smula de jurisprudncia da C. Corte Revisora e Smulavinculante do E. STF ou de dissenso pretoriano, no suprindo
a exigncia a simples meno s ofensas que a parte entenda
existir. Alm disso, deve a parte impugnar todos os
fundamentos jurdicos da deciso recorrida, tudo isso sobpena de no conhecimento do seu apelo. Tal fato se d pela
necessidade de se delimitar, de forma clara e objetiva, ospontos controvertidos a serem analisados, em relao aos
quais a parte espera reforma.
Interpretando o novo dispositivo legal, o ministro do Tribunal
Superior do Trabalho Cludio Brando, em obra doutrinria,
defende o seguinte:
"Assim, cabe ao recorrente, nas razes do Recurso de Revista,
indicar (o que significa transcrever) o trecho da decisorecorrida que revele a resposta do tribunal de origem quanto
ao tema, ou seja, o pronunciamento prvio sobre a matria quep r e t e n d e s e j a r e a p r e c i a d o ( o d e n o m i n a d oprequestionamento)" (Reforma do Sistema RecursalTrabalhista. Comentrios Lei n. 13.015/2014. So Paulo, LTr,
2015, p. 53).
Deste modo, considerando que o recorrente no cuidou de
indicar, nas razes do recurso, os trechos da deciso recorrida
que configuram o prequestionamento da controvrsia,
inviabilizado est o conhecimento de seu apelo, nos termos do
inciso I do 1- A do art. 896 da CLT, acrescentado pela Lei n13.015 de 22/09/2014.
INTERVALO PREVISTO NO ART. 384 DA CLT
Alegaes:
- violao ao artigo 384, da CLT; e artigos 5, I, e 7, ambos da
Constituio Federal e artigo 265, IV, "a" do Cdigo de
Processo Civil;
- divergncia jurisprudencial.
Presentes os requisitos formais para conhecimento do apelo,
dispostos no art. 896, 1-A, incs. I a III, da CLT, em suasrazes, a parte recorrente insurge-se contra o posicionamento
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 19Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
do Colegiado regional, sustentando que o art. 384 da CLT no
foi recepcionado pela Constituio Federal. Pleiteia a
suspenso deste processo, aduzindo que a constitucionalidade
da referida norma encontra-se em discusso no STF.
Da deciso impugnada exsurgem os seguintes fundamentos
(ID 9b7ef48 - pgs. 7/8):
"'Pagamento do intervalo disposto no artigo 384 da CLT', mais
repercusses postuladas:
Anoto, de plano, que j foi considerado na sentena que oTribunal Superior do Trabalho, por ocasio do julgamento doincidente de constitucionalidade IIN-RR-11540/2005-046-12-
005, emitiu pronunciamento no sentido de que a regra prevista
no artigo 384 da CLT foi recepcionada pela Constituio
Federal. Contudo, o pedido em questo foi indeferido ao
fundamento de que "todo o perodo laborado alm da 6 h
diria ser considerado como extra, o que afasta a incidncia
do referido dispositivo, no entendimento do Juzo, sob pena de
bis in idem", o que, data maxima venia da magistrada
sentenciante, no se sustenta, eis que o fato gerador do ttulo
em questo no se confunde com o de horas extras, embora
pressuponha prorrogao de jornada.
Noutras palavras, a inobservncia da pausa de 15 minutos
antes de iniciar a prorrogao de jornada, independentementede quanto venha a durar essa prorrogao, que gera o direito
parcela sob anlise.
Assim sendo, e restando aplicveis hiptese, por analogia,
as diretrizes da Smula 437 do TST, s quais acompanho - em
homenagem aos princpios da economia e celeridade
processuais -, condeno o primeiro reclamado ao pagamento de
valor correspondente a um quarto do salrio-hora, acrescido
de 50%, por dia de labor, com repercusses sobre o aviso
prvio, os 13os salrios, as frias acrescidas de um tero e
remunerao do repouso semanal. Indevidas as frias
acrescidas de um tero e remunerao do repouso semanal as
repercusses ora postuladas das diferenas desta ltima
parcela, na linha da OJ 394, da SDI-1, do TST.
Portanto, concluo que, relativamente a este tpico, impe-se o
provimento parcial do recurso."
Confrontando os argumentos da parte recorrente com os
fundamentos do acrdo regional, no identifico violao
direta e literal aos dispositivos supracitados. Ao contrrio,
identifico sua exata aplicao hiptese e ressalto que os
arestos colacionados pela demandante no possibilitam o
processamento da revista, porquanto superados pela iterativa,
notria e atual jurisprudncia do TST (artigo 896, 7, da CLT, eSmula n 333 da alta corte trabalhista), o que se demonstrapelo ementrio abaixo transcrito:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. HORAS
EXTRAS. (...) HORAS EXTRAS. MULHER. SUPRESSO DOINTERVALO DE 15 MINUTOS ANTES DA JORNADA
E X T R A O R D I N R I A . A R T . 3 8 4 D A C L T .CONSTITUCIONALIDADE. Esta Corte Superior, em sua
composio plena, ao julgar o IIN-RR-1.540/2005-046-12-00.5,reconheceu a constitucionalidade do art. 384 da CLT, pois no
se contrape ao disposto no art. 5, I, da Constituio da
Repblica, j que homens e mulheres possuem naturaldistino fsica e psicolgica, razo pela qual deve ser
dispensado tratamento proporcional desigualdade que os
distanciam, luz do princpio da isonomia substancial. Assim,
a deciso do TRT que deferiu horas extras reclamante pela
supresso do intervalo de 15 minutos antes do incio da
jornada extraordinriaest em consonncia com ajurisprudncia sedimentada nesta Corte, sendo invivel oseguimento do recurso, a teor do art. 896, 4, da CLT c/c aSmula n 333 do TST. (...) ( AIRR - 1047-61.2013.5.12.0012 ,Relator Desembargador Convocado: Ronaldo Medeiros de
Souza, Data de Julgamento: 11/11/2014, 5 Turma, Data de
Publicao: DEJT 14/11/2014)
I - AGRAVO DE INSTRUMENTO DA FUNDAO COPEL DEPREVIDNCIA E ASSISTNCIA SOCIAL. RECURSO DEREVISTA - DESCABIMENTO. INTERVALO INTERJORNADA.
SUPRESSO PARCIAL. PAGAMENTO RELATIVO AO PERIODONO USUFRUDO. HONORRIOS ADVOCATCIOS. No mereceser provido o agravo de instrumento em que no se consegue
infirmar os fundamentos do despacho denegatrio do
processamento do recurso de revista. Agravo de instrumento
conhecido e desprovido. II - RECURSO DE REVISTA DA
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 20Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
COPEL - GERAO E TRANSMISSO S.A. (...) 6. HORASEXTRAS. INTERVALO PREVISTO NO ART. 384 DA CLT. Nos
termos da deciso proferida por esta Corte, em sua
composio plena, no julgamento do processo IIN-RR-1540/2005-046-12-00, o art. 384 da CLT foi recepcionado pela
Constituio Federal. Recurso de revista no conhecido. (...) (ARR - 1274-05.2011.5.09.0659 , Relator Ministro: Alberto Luiz
Bresciani de Fontan Pereira, Data de Julgamento: 12/11/2014,
3 Turma, Data de Publicao: DEJT 14/11/2014).
No que concerne ao pleito de suspenso do processo, indefiro
-o, pois esta cabvel apenas quanto aos processos em que
foram interpostos recursos a serem examinados pelo STF e
que versem sobre matria de repercusso geral, no que no se
enquadra o presente caso, em que h recurso de revista de
competncia do TST.
Nesse sentido, cito os seguintes precedentes:
"AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA.
P E T R L E O B R A S I L E I R O S . A . - P E T R O B R A S .SOBRESTAMENTO DO FEITO. REPERCUSSO GERALRECONHECIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
INCOMPETNCIA DA JUSTIA DO TRABALHO. O SupremoTribunal Federal reconheceu a existncia de repercusso geral
da questo constitucional suscitada nos autos do Recurso
Extraordinrio n 586.453-7, em que se discute a competncia
da Justia do Trabalho para o exame de pedidos relativos
complementao de aposentadoria paga por entidade de
previdncia privada. Porm, nos termos do art. 543-B, 1, doCPC, o reconhecimento da repercusso geral enseja osobrestamento apenas dos recursos a serem examinados pelo
prprio STF, e no daqueles de competncia do TST, motivo
por que se rejeita o pedido". (TST - 4 Turma - AIRR 48300-49.2009.5.15.0126 - Relator Fernando Eizo Ono - DEJT
30.06.2011).
"RECURSO DE REVISTA - SOBRESTAMENTO INVOCADO EM
CONTRARRAZES - REPERCUSSO GERAL DA MATRIA. I -No obstante o STF tenha reconhecido a existncia de
repercusso geral da questo constitucional relativa
responsabilizao da Administrao Pblica por encargos
trabalhistas gerados pelo inadimplemento da empresa
prestadora de servio, prevista no artigo 71, 1, da Lei8.666/93, o certo que no mbito do recurso de revista no h
o sobrestamento do feito, que est jungido hiptese deinterposio de recurso extraordinrio, conforme se verifica do
artigo 543-B, 1, do CPC. II - Rejeitado (...)" (TST - 4 Turma -RR 353500-52.2008.5.12.0038 - Relator Ministro Antnio Jos
de Barros Levenhagen - DEJT 10/09/2010).
"RECURSO DE EMBARGOS. PEDIDO DE SOBRESTAMENTO
DO FEITO. EXISTNCIA DE REPERCUSSO GERAL NO STFJ VERIFICADA. ART. 543, B, DO CPC. O Regimento Internodo STF, nos termos do que prev o art. 543-B, caput, do CPC,
determina que - o Tribunal de origem no emitir juzo deadmissibilidade sobre os recursos extraordinrios jsobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, at
que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido
selecionados nos termos do 1 daquele artigo - (art. 328-A doRI/STF. Assim, extrai-se que no h determinao para
sobrestamento dos Embargos quando do reconhecimento da
Repercusso Geral no STF, mas to-somente dos recursos
acerca da matria que venham a ser alados ao STF, em
Recurso Extraordinrio (...)" (TST - 4 Turma - E-ED-RR 113200-09.2006.5.05.0002 - Relator Ministro Aloysio Corra da Veiga -
DEJT 06/08/2010).
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 21Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
CONCLUSO
Diante do exposto, DENEGO seguimento ao recurso de revista.
Cumpram-se as formalidades legais.
Intimem-se.
Recife, 11 de maio de 2015.
ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO
Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da vice-
presidncia
Al
NotificaoProcesso N RO-0000250-14.2013.5.06.0413
Relator HELIO LUIZ FERNANDES GALVAORECORRENTE BV FINANCEIRA SA CREDITO
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOADVOGADO MARIANA VELLOSO BORGES
BEZERRA DE CARVALHO(OAB:0019426)
ADVOGADO ANDERSON RIBEIRO FERRARI(OAB:18348)
ADVOGADO Meire Chrystian Linhares Neto(OAB:0144616)
RECORRENTE BANCO VOTORANTIM S.A.ADVOGADO MARIANA VELLOSO BORGES
BEZERRA DE CARVALHO(OAB:0019426)
ADVOGADO ANDERSON RIBEIRO FERRARI(OAB:18348)
ADVOGADO Meire Chrystian Linhares Neto(OAB:0144616)
RECORRENTE EUGENIA LOURENCO DE SOUZAADVOGADO GABRIELA GARCIA ESCOBAR(OAB:
0001111)ADVOGADO RIKA BARRETO GONALVES DE
OLIVEIRA(OAB: 024256)RECORRIDO EUGENIA LOURENCO DE SOUZAADVOGADO RIKA BARRETO GONALVES DE
OLIVEIRA(OAB: 024256)ADVOGADO GABRIELA GARCIA ESCOBAR(OAB:
0001111)RECORRIDO CP PROMOTORA DE VENDAS S.A.ADVOGADO MARIA APARECIDA LACERDA
RAMOS(OAB: 0222586)ADVOGADO MARIANA VELLOSO BORGES
BEZERRA DE CARVALHOADVOGADO Meire Chrystian Linhares NetoRECORRIDO BV FINANCEIRA SA CREDITO
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOADVOGADO MARIA APARECIDA LACERDA
RAMOS(OAB: 0222586)ADVOGADO ANDERSON RIBEIRO FERRARIRECORRIDO BANCO VOTORANTIM S.A.ADVOGADO MARIA APARECIDA LACERDA
RAMOS(OAB: 0222586)TERCEIROINTERESSADO
UNIO FEDERAL - PGF
CUSTUS LEGIS * Ministrio Pblico do Trabalho da 6Regio *
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO
AGRAVO DE INSTRUMENTO
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 22Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
PROC. TRT N: 0000250-14.2013.5.06.0413
(AIRR)
Agravantes: B V F I N A N C E I R A S . A . -
CRDITO, FINANCIAMENTO E
Advogado: Anderson Ribei ro Ferrar i
(OAB/PE 18348-D)
Agravada: EUGNIA LOURENO DESOUZA
Advogada: Gabr ie la Garc ia Escobar
(OAB/PE 1111 -B)
Trata-se de agravo de instrumento interposto contra despacho
que indeferiu o processamento de recurso de revista.
Publicada a deciso agravada no DEJT em 10/04/2015 (sexta-feira) e apresentadas as razes deste apelo em 20/04/2015(segunda-feira), tem-se por configurada a sua tempestividade,conforme se pode ver dos documentos IDs bdff0ef e 3b8c6e4.
A representao advocatcia est regularmente demonstrada
(ID 196016 e 196006).
Preparo efetuado corretamente (ID b82fe86).
Mantenho o despacho agravado e, por via de consequncia,
determino o processamento do presente recurso.
Intime-se a parte recorrida para, querendo, oferecer
contrarrazes ao agravo e respectivo recurso de revista.
Aps o transcurso do prazo, determino o envio do processo ao
Tribunal Superior do Trabalho.
Recife, 14 de maio de 2015.
ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO
Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da Vice-
Presidncia
Je
NotificaoProcesso N RO-0000256-15.2014.5.06.0145
Relator IVANILDO DA CUNHA ANDRADERECORRENTE VIACON CONSTRUCOES E
MONTAGENS LTDA.ADVOGADO THIAGO FRANCISCO DE MELO
CAVALCANTI(OAB: 0023179)RECORRIDO JOSE TERTULIANO MENDES FILHOADVOGADO SUELEN KARINE GOMES
BRAGA(OAB: 0030525)ADVOGADO FREDERICO MELO TAVARES(OAB:
0017824)
PODER JUDICIRIO
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 23Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
JUSTIA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO
RECURSO DE REVISTA
PROC. N: 0000256-15.2014.5.06.0145 (RO)
Recorrente: VIACON CONSTRUCOES E MONTAGENS LTDA
Advogado:Thiago Francisco de Melo Cavalcanti (OAB/PE23179-D)
Recorrido: JOSE TERTULIANO MENDES FILHO
Advogada: Suelen Karine Gomes Braga (OAB/PE 30525-D)
Trata-se de Recurso de Revista interposto em face de acrdo
proferido pela Quarta Turma em sede de Recurso Ordinrio.
CONSIDERAES PRELIMINARES
De incio, impende registrar que, em obedincia ao disposto no
5 do artigo 896 da CLT, procedi anlise prvia de todos ostemas abordados no presente apelo, a fim de identificar a
existncia de matrias passveis de uniformizao de
jurisprudncia, fato que precede a apreciao dos requisitosde admissibilidade recursal.
No tendo constatado a existncia de decises atuais e
conflitantes, no mbito deste Regional, em relao aos tpicos
apresentados neste recurso, passo anl ise da
admissibi l idade da presente Revista .
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
O apelo tempestivo, tendo em vista que a publicao da
deciso recorrida se deu em 20.04.2015 e a apresentao das
razes recursais em 28.04.2015 (IDs f8dc833 e e15fe0c).
A representao advocatcia est regularmente demonstrada
(ID c0aa035).
O preparo foi corretamente efetivado (IDs ac1d8ca, f4ce83c).
PRESSUPOSTOS INTRNSECOS
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
PARTICIPAO NOS LUCROS E RESULTADOS
MULTA CONVENCIONAL
Alegaes:
Insurge-se a parte recorrente contra o acrdo regional no que
diz respeito ao pagamento do adicional de insalubridade,
argumentando, em sntese, que sempre prestou a segurana
necessria a seus empregadores de modo que o recorrido
trabalhava com os EPI's necessrios para elidirem eventuais
agentes insalubres. Sustenta, assim, que no deve prosperar o
laudo pericial existente nos autos, tendo em vista encontra-se
eivado de vcios, porque foi realizado tendo como ponto
fundamental a "presuno" do reclamante. Aduz que o
acrdo que se combate entendeu, erroneamente, por manter
a condenao na participao nos lucros e resultados e aplicar
a multa convencional. Explica que a conveno coletiva que
embasa tal condenao e a multa no aplicvel ao obreiro,
pois no engloba a atividade preponderante desempenhada
pela Viacon que, alis, no participou de sua negociao.
No obstante o inconformismo apresentado, o apelo no
ultrapassa o crivo da admissibilidade recursal.
Com o advento da Lei n 13.015/2014, o art. 896 da CLT passou
a vigorar com nova redao, nele tendo sido includo, dentre
outros, o 1-A, dispondo que para o processamento do
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 24Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
Recurso de Revista, a parte deve indicar, para cada tema
trazido ao reexame, o trecho da deciso recorrida que
consubstancia o prequestionamento da controvrsia, objetodo apelo. Ademais, a nova ordem exige a apresentao de tese
explcita e fundamentada de violao legal, de contrariedade
Smula de jurisprudncia da C. Corte Revisora e Smulavinculante do E. STF ou de dissenso pretoriano, no suprindo
a exigncia a simples meno s ofensas que a parte entenda
existir. Alm disso, deve a parte impugnar todos os
fundamentos jurdicos da deciso recorrida, tudo isso sobpena de no conhecimento do seu apelo. Tal fato se d pela
necessidade de se delimitar, de forma clara e objetiva, ospontos controvertidos a serem analisados, em relao aos
quais a parte espera reforma.
Interpretando o novo dispositivo legal, o ministro do Tribunal
Superior do Trabalho Cludio Brando, em obra doutrinria,
defende o seguinte:
"Assim, cabe ao recorrente, nas razes do Recurso de Revista,
indicar (o que significa transcrever) o trecho da decisorecorrida que revele a resposta do tribunal de origem quanto
ao tema, ou seja, o pronunciamento prvio sobre a matria quep r e t e n d e s e j a r e a p r e c i a d o ( o d e n o m i n a d oprequestionamento)" (Reforma do Sistema RecursalTrabalhista. Comentrios Lei n. 13.015/2014. So Paulo, LTr,
2015, p. 53).
Assim, considerando que o recorrente no cuidou de indicar,
nas razes do recurso, os trechos da deciso recorrida que
configuram o prequestionamento da controvrsia,
inviabilizado est o conhecimento de seu apelo, nos termos do
inciso I do 1- A do art. 896 da CLT, acrescentado pela Lei n13.015 de 22/09/2014.
CONCLUSO
Diante do exposto, DENEGO seguimento ao apelo.
Cumpram-se as formalidades legais.
Intimem-se.
Recife, 11 de maio de 2015.
ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO
Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da vice-
presidncia
mscs
NotificaoProcesso N ROPS-0000338-55.2014.5.06.0142
Relator IVANILDO DA CUNHA ANDRADERECORRENTE TIM CELULAR S.A.ADVOGADO MAURILIO SERGIO DA SILVA
FILHO(OAB: 0029554)RECORRIDO JAIME PEREIRA DA SILVA JUNIORADVOGADO SIMONE CIRINO TEIXEIRA(OAB:
0019124)
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO
RECURSO DE REVISTA
PROC.TRT N:0000338-55.2014.5.06.0142 (RR)
Recorrente:TIM CELULAR S/A
Advogado:Bruno Cavalcanti Revoredo (OAB/PE 26709)
Recorrido:JAIME PEREIRA DA SILVA JUNIOR
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 25Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
Advogado:Simone Cirino Teixeira (OAB/PE 19124)
Trata-se de Recurso de Revista interposto em face de acrdo
proferido pela Quarta Turma, em sede de Recurso Ordinrio.
CONSIDERAES PRELIMINARES
De incio, impende registrar que, em obedincia ao disposto no
5 do artigo 896 da CLT, procedi anlise prvia de todos ostemas abordados no presente apelo, a fim de identificar a
existncia de matrias passveis de uniformizao de
jurisprudncia, fato que precede a apreciao dos requisitosde admissibilidade recursal.
No tendo constatado a existncia de decises atuais e
conflitantes, no mbito deste Regional, em relao aos tpicos
apresentados neste recurso, passo anl ise da
admissibi l idade da presente Revista .
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
O apelo tempestivo, tendo em vista que a publicao da
deciso recorrida se deu em 23.03.2015 (segunda-feira) e aapresentao das razes recursais em 31/03/2015 (tera-feira),conforme se pode ver dos documentos IDs 9f543be e d10ea3b.
A representao advocatcia est regularmente demonstrada
(ID abc5b45).
Preparo regularmente efetuado, como se pode ver dos IDs
b59d870, b59d870 e 2724e99.
PRESSUPOSTOS INTRNSECOS
ASSDIO MORAL / ATINGIMENTO DE METAS
Em suas razes, o recorrente aduz que houve violao de lei
federal - art. 818, da CLT, e 333, I, do CPC, no que concerne a
suposto assdio moral, uma vez que o reclamante no se
desincumbiu de seu nus probatrio. Afirma que no h
registro de que os problemas de ordem mental do obreiro
decorreram de atitude ilcita da reclamada. Em seguida,
apontando divergncia jurisprudencial, transcreve arestosacerca do nus do empregado, na comprovao do
atingimento de metas, nos termos do art. 818 da CLT e art. 333,
I, do CPC.
Ocorre que no houve condenao a respeito, seja nasentena meritria, seja no recurso ordinrio, configurando-se,assim, razo por si s suficiente para obstaculizar o
processamento da revista, nestes tpicos.
SEGURO DESEMPREGO
Quanto ao seguro desemprego, afirma o recorrente que a
pretendida indenizao substitutiva, se concedida, implicar
violao direta ao art. 5, inciso II, da Carta da Repblica.
Todavia, neste ponto, o apelo no ultrapassa o crivo da
admissibilidade recursal.
Com o advento da Lei n 13.015/2014, o art. 896 da CLT passou
a vigorar com nova redao, nele tendo sido includo, dentre
outros, o 1-A, dispondo que para o processamento doRecurso de Revista, a parte deve indicar, para cada tema
trazido ao reexame, o trecho da deciso recorrida que
consubstancia o prequestionamento da controvrsia, objetodo apelo. Ademais, a nova ordem exige a apresentao de tese
explcita e fundamentada de violao legal, de contrariedade
Smula de jurisprudncia da C. Corte Revisora e Smulavinculante do E. STF ou de dissenso pretoriano, no suprindo
a exigncia a simples meno s ofensas que a parte entenda
existir. Alm disso, deve a parte impugnar todos os
fundamentos jurdicos da deciso recorrida, tudo isso sobpena de no conhecimento do seu apelo. Tal fato se d pela
necessidade de se delimitar, de forma clara e objetiva, ospontos controvertidos a serem analisados, em relao aos
quais a parte espera reforma.
Interpretando o novo dispositivo legal, o ministro do Tribunal
Superior do Trabalho Cludio Brando, em obra doutrinria,
defende o seguinte:
"Assim, cabe ao recorrente, nas razes do Recurso de Revista,
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 26Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
indicar (o que significa transcrever) o trecho da decisorecorrida que revele a resposta do tribunal de origem quanto
ao tema, ou seja, o pronunciamento prvio sobre a matria quep r e t e n d e s e j a r e a p r e c i a d o ( o d e n o m i n a d oprequestionamento)" (Reforma do Sistema RecursalTrabalhista. Comentrios Lei n. 13.015/2014. So Paulo, LTr,
2015, p. 53).
Deste modo, considerando que o recorrente no cuidou de
indicar, nas razes do recurso, os trechos da deciso recorrida
que configuram o prequestionamento da controvrsia,
inviabilizado est o conhecimento de seu apelo, nos termos do
inciso I do 1- A do art. 896 da CLT, acrescentado pela Lei n13.015 de 22/09/2014.
CONCLUSO
Diante do exposto, DENEGO seguimento ao recurso de revista.
Cumpram-se as formalidades legais.
Intimem-se.
Recife, 11 de maio de 2015.
ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO
Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da vice-
presidncia
md
NotificaoProcesso N RO-0000355-26.2014.5.06.0002
Relator GILVANILDO DE ARAUJO LIMARECORRENTE JOSE ANJOS DIASADVOGADO GISELE LUCY MONTEIRO DE
MENEZES CABREIRA(OAB: 0017242)ADVOGADO LUCIANA BRITO MONTEIRO(OAB:
0027878)RECORRIDO EMPRESA DE MANUTENCAO E
LIMPEZA URBANA EMLURBADVOGADO FREDERICO DA COSTA PINTO
CORREA(OAB: 0008375)
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO
RECURSO DE REVISTA
PROC.TRT N: 0000355-26.2014.5.06.0002 (RO)
Recorrente: JOS ANJOS DIAS
Advogadas:Luciana Brito Monteiro (OAB/PE 27878) eGisele Lucy Monteiro De Menezes Cabreira
Recorrida:EMPRESA DE MANUTENO E LIMPEZAURBANA - EMLURB
Advogado:Frederico da Costa Pinto Correa (OAB/PE8375-D)
Trata-se a hiptese de Recurso de Revista interposto em face
de acrdo proferido pela 4 Turma em sede de Recurso
Ordinrio.
CONSIDERAES PRELIMINARESDe incio, impende registrar que, em obedincia ao disposto no
5 do artigo 896 da CLT, procedi anlise prvia de todos ostemas abordados no presente apelo, a fim de identificar a
existncia de matrias passveis de uniformizao de
jurisprudncia, fato que precede a apreciao dos requisitos deadmissibilidade recursal.
No tendo constatado a existncia de decises atuais e
conflitantes, no mbito deste Regional, em relao aos tpicos
apresentados neste recurso , passo an l ise da
admiss ib i l idade da presente Rev is ta .
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
O apelo tempestivo, tendo em vista que a publicao da
deciso recorrida se deu em 13/03/2015 (sexta-feira) e aapresentao das razes recursais em 23/03/2015 (segunda-feira), conforme se pode ver dos documentos IDs 5b49cd2 ebb4eae3.
Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435
1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 27Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
A representao advocatcia est regularmente demonstrada
(ID 1949681).
Dispensado, na hiptese, o preparo (ID 6e3c0e9).
PRESSUPOSTOS INTRNSECOS
DISPENSA IMOTIVADA DE EMPREGADO PBLICO SOBREGIME DA CLT.
Alegaes:
- violao dos artigos 1, 7, inciso XXX e artigo 37, da
Constituio Federal;
- violao da Lei n 9784/1999, artigo 2 e artigo 50;
- Violao da Lei n 9.029/1995; e
- divergncia jurisprudencial.
Indicando expressamente o trecho da deciso recorrida que
consubstancia o prequestionamento da controvrsia, objetodo presente apelo, nos termos do art. 896, 1-A, incs. I e II, daCLT, a parte recorrente insurge-se contra o julgado,pretendendo a sua reintegrao no emprego pblico, com
pagamento dos salrios vencidos e vincendos, alm dos
consectrios legais, bem como a condenao em custas e
honorrios sindicais. Alega que se deve garantir a estabilidade
do servidor pblico e que sua dispensa precisa de motivao.
Sustenta que a aposentadoria no pode ser motivao para o
ato administrativo da dispensa.
Quanto ao tema, consta dos fundamentos do acrdo
recorrido, textualmente (ID 6e3c0e9):
"O reclamante no considerado servidor pblico, sendo o
seu vnculo regido pelas normas da CLT. Ademais, na pea de
ingresso, o obreiro invocou o teor dos artigos 37, 41 e 173, 1,da CLT.
Ocorre que no h como se conferir a suposta estabilidade ao
demandante. O mesmo no servidor pblico, at porque se
essa fosse a natureza do seu vnculo contratual, a
competncia para anlise e julgamento da presente demanda,
no seria dessa Justia Especializada, mas sim, de
competncia da Justia Comum.
Ademais, a questo relativa existncia ou no da
estabilidade, com relao aos empregados pblicos foi
pacificada pelo C. TST atravs da Smula 390, II, verbis:
'ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA.
ADMINISTRAO DIRETA, AUTRQUICA OU FUNDACIONAL.APLICABILIDADE. EMPREGADO DE EMPRESA PBLICA ESOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. INAPLICVEL.I - O servidor pblico celetista da administrao direta,
autrquica ou fundacional beneficirio da estabilidade
prevista no art. 41 da CF/1988.
II - Ao empregado de empresa pblica ou de sociedade de
economia mista, ainda que admitido mediante aprovao em
concurso pblico, no garantida a estabilidade prevista no
art. 41 da CF/1988.'
E o entendimento expressado igualmente na Orientao
Jurisprudencial 247, da SBDI-1, no sentido de que a
demisso do empregado pblico, ainda que concursados, no
precisa de motivao, conforme sua transcrio:
'SERVIDOR PBLICO. CELETISTA CONCURSADO.DESPEDIDA IMOTIVADA. EMPRESA PBLICA OU SOCIEDADEDE ECONOMIA MISTA. POSSIBILIDADE (alterada - Res. n143/2007) - DJ 13.11.2007I - A despedida de empregados de empresa pblica e de
sociedade de economia mista, mesmo admitidos por concurso
pblico, independe de ato motivado para sua validade; ...'
No caso em anlise, o autor j aposentado desde 22.01.2013(v. (ID 2498637), tendo alegado a reclamada que a dispensa doempregado se deu pela necessidade de reduo, como
tambm, de renovao dos seus quadros. Contudo, questiona
o reclamante a ausncia de motivao para o ato praticado
pela reclamada.
Sobre a questo, transcrevo a deciso do STF, proferida nos
autos do RExt 589.998, onde o Relator Ministro Ricardo
Lewandowski, entendeu que havia repercusso geral sobre a
tese e decidiu que obrigatria a motivao da dispensa
unilateral de empregado por empresa pblica e sociedade de
economia mista, tanto da Unio quanto dos Estados, do DF e
dos municpios:
'NA SESSO DO PLENRIO DE 20.3.2013 - Deciso: O Tribunalrejeitou questo de ordem do patrono da recorrente quesuscitava fosse este feito julgado em conjunto com o RE655.283, com repercusso geral reconhecida. Em seguida,
colhido o voto-vista do Ministro Joaquim Barbosa (Presidente),o Tribunal deu provimento parcial ao recurso extraordinrio
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 28Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
para reconhecer a inaplicabilidade do art. 41 da Constituio
Federal e exigir-se a necessidade de motivao para a prtica
legtima do ato de resciso unilateral do contrato de trabalho,
vencidos parcialmente os Ministros Eros Grau e Marco Aurlio.
O Relator reajustou parcialmente seu voto. Em seguida, oTribunal rejeitou questo de ordem do advogado da EmpresaBrasileira de Correios e Telgrafos - ECT que suscitava fossem
modulados os efeitos da deciso. Plenrio, 20.03.2013.'
Assim, a partir da interpretao da deciso da Suprema Corte,
de forma totalmente contraditria, afirma desnecessria a
instaurao de inqurito para a apreciao do ato
demissionrio, no sendo concedida estabilidade decorrente
desse entendimento.
Ora, com todas as vnias, basta que se siga a teoria dos
motivos determinantes do ato. Se se tem que esclarecer, na
demisso, qual a razo que se est demitindo o empregado,
logicamente que esse motivo poder ser apreciado
judicialmente, caso contrrio no teria de existir.Ressalto, todavia, que o obreiro foi admitido em 01.09.1981,
sem concurso pblico. E sua demisso, em 03.05.2013, seguiu
os preceitos normativos existentes poca, dos quais havia,
inclusive, entendimento pacfico perante a Corte Superior
Trabalhista. Mesmo assim, friso que a dispensa do autor teve
como motivao a 'necessidade de correo de distores
administrativo-geradas ao longo do tempo, de reduo de
gastos na folha de pessoal, considerando o fator
aposentadoria como critrio primeiro de afastamentos dos
empregados em tal situao, permitindo, assim, uma futura
renovao do quadro, por meio, enfim, de concurso pblico',
conforme se verifica do documento anexado sob o ID 2498606.
De mais a mais, destaco que, at hoje, quando o empregadordemite o empregado sem justa causa, pagando os valoresdevidos, inclusive decorrentes da demisso por causa injusta,j previstos em lei, no ter porque ver seu ato de demissoapreciado judicialmente."
Confrontando os argumentos da parte recorrente com os
fundamentos do acrdo regional, no vislumbro violao aos
dispositivos acima enumerados, sendo certo que o decisrio
se fundou em norma constitucional aplicvel espcie, qual
seja, o artigo 173, 1, II, da CF e na Smula 390, inciso II, doTST. Ademais, no possvel obter o processamento da
revista quando esta diverge do entendimento iterativo, atual e
notrio, o que o caso, ante o teor da OJ n 247 da SDI-1 do
TST, o que inviabiliza o processamento da revista tambm por
dissenso jurisprudencial (Smula n 333 do TST).
CONCLUSO
Diante do exposto, DENEGO seguimento ao recurso de revista.
Cumpram-se as formalidades legais.
Intimem-se.
Recife, 14 de maio de 2015.
ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO
Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da Vice-
Presidncia
RRJ
NotificaoProcesso N RO-0000362-61.2014.5.06.0311
Relator IVANILDO DA CUNHA ANDRADERECORRENTE COMERCIAL E IMPORTADORA DE
PNEUS LTDA - PNEUACADVOGADO LUIZ CARLOS AMORIM
ROBORTELLA(OAB: 0033156)RECORRENTE COMERCIAL E IMPORTADORA LTDA
- PNEUACADVOGADO LUIZ CARLOS AMORIM
ROBORTELLA(OAB: 0033156)RECORRIDO SINDICATO DO COMERCIO DE
AUTO PECAS DO ESTADO DE PEADVOGADO WILTON ANDRADE DE SOUZA
JNIOR(OAB: 0016890)
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO
RECURSO DE REVISTA
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 29Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
PROC. N: 0000362-61.2014.5.06.0311 (RO)
Recorrente:COMERCIAL E IMPORTADORA DE PNEUS
LTDA.
Advogado: Luiz Carlos Amorim Robortella (OAB/SP 25027)
Recorrido:SINDICATO DO COMRCIO DE AUTO PEASDO ESTADO DE PERNAMBUCO
Advogado: Wilton Andrade de Souza (OAB/PE 16890-D)
Trata-se de Recurso de Revista interposto em face de acrdo
proferido pela Quarta Turma em sede de Recurso Ordinrio.
CONSIDERAES PRELIMINARES
De incio, impende registrar que, em obedincia ao disposto no
5 do artigo 896 da CLT, procedi anlise prvia de todos ostemas abordados no presente apelo, a fim de identificar a
existncia de matrias passveis de uniformizao de
jurisprudncia, fato que precede a apreciao dos requisitosde admissibilidade recursal.
No tendo constatado a existncia de decises atuais e
conflitantes, no mbito deste Regional, em relao aos tpicos
apresentados neste recurso, passo anl ise da
admissibi l idade da presente Revista .
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
O apelo tempestivo, tendo em vista que a publicao da
deciso recorrida se deu em 31/03/2015 (tera-feira) e aapresentao das razes recursais em 08/04/2015 (quarta-feira), conforme se pode ver dos documentos IDs dfeaea2 e86260f7.
A representao advocatcia est regularmente demonstrada
(ID 2637222).
Desnecessrio, na hiptese, o preparo, ante a garantia do juzo(IDs 3cd51ae e 7a7d684).
PRESSUPOSTOS INTRNSECOS
NEGATIVA DA PRESTAO JURISDICIONAL / MULTA POREMBARGOS PROTELATRIOS
A parte recorrente argui a nulidade processual por negativa da
prestao jurisdicional, sob a alegao de que o Colegiadoregional no apreciou as questes fticas suscitadas,
referentes caracterizao dos honorrios advocatcios e no
preenchimento dos requisitos das smulas 219 e 329 do TST,
mesmo aps a oposio de embargos declaratrios. Mostra-se
inconformada com a aplicao da multa por oposio de
embargos de declarao considerados protelatrios,
afirmando que a oposio deles era necessria para que o
Regional sanasse as omisses acerca das questes
invocadas.
No obstante o inconformismo apresentado, o apelo no
ultrapassa o crivo da admissibilidade recursal.
Com o advento da Lei n 13.015/2014, o art. 896 da CLT passou
a vigorar com nova redao, nele tendo sido includo, dentre
outros, o 1-A, dispondo que para o processamento doRecurso de Revista, a parte deve indicar, para cada tema
trazido ao reexame, o trecho da deciso recorrida que
consubstancia o prequestionamento da controvrsia, objetodo apelo. Ademais, a nova ordem exige a apresentao de tese
explcita e fundamentada de violao legal, de contrariedade
Smula de jurisprudncia da C. Corte Revisora e Smulavinculante do E. STF ou de dissenso pretoriano, no suprindo
a exigncia a simples meno s ofensas que a parte entenda
existir. Alm disso, deve a parte impugnar todos os
fundamentos jurdicos da deciso recorrida, tudo isso sobpena de no conhecimento do seu apelo. Tal fato se d pela
necessidade de se delimitar, de forma clara e objetiva, ospontos controvertidos a serem analisados, em relao aos
quais a parte espera reforma.
Interpretando o novo dispositivo legal, o ministro do Tribunal
Superior do Trabalho Cludio Brando, em obra doutrinria,
defende o seguinte:
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 30Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
"Assim, cabe ao recorrente, nas razes do Recurso de Revista,
indicar (o que significa transcrever) o trecho da decisorecorrida que revele a resposta do tribunal de origem quanto
ao tema, ou seja, o pronunciamento prvio sobre a matria quep r e t e n d e s e j a r e a p r e c i a d o ( o d e n o m i n a d oprequestionamento)" (Reforma do Sistema RecursalTrabalhista. Comentrios Lei n. 13.015/2014. So Paulo, LTr,
2015, p. 53).
Deste modo, considerando que o recorrente no cuidou de
indicar, nas razes do recurso, os trechos da deciso recorrida
que configuram o prequestionamento da controvrsia,
inviabilizado est o conhecimento de seu apelo, nos termos do
inciso I do 1- A do art. 896 da CLT, acrescentado pela Lei n13.015 de 22/09/2014.
LEGITIMIDADE PASSIVA / LITISCONSORTE PASSIVO /
PRESCRIO / CONTRIBUIO SINDICAL / HONORRIOSADVOCATCIOS
Alegaes:
-divergncia com a smula 219, 294 e 329 do C. TST;
-afronta ao artigo 5, inciso XX, 8, inciso inciso V, I7, inciso
XXIX, da Constituio Federal;
-violao ao artigo 11, 511, 578 e 579, da CLT; 47, pargrafo
nico, 77 e ss., 267, inciso VI, 269, IV, 334 do CPC; 309 do
Cdigo Civil; e
-divergncia jurisprudencial.
Atendendo as exigncias formais para conhecimento do seu
apelo, previstas no art. 896, 1-A, incs. I a III, da CLT, a parterecorrente insurge-se contra o posicionamento do Colegiado
regional, pugnando pelo chamamento ao processo da entidade
sindical que representa a categoria econmica da recorrente,
no caso, o SINDICATO DOS LOJISTAS DO COMRCIO DECARUARU, como litisconsorte passivo e a quem pagou todas
as contribuies sindicais a partir de 2012. Inconforma-se com
a declarao da prescrio bienal, apontando existir violao
literalidade do art. 11 da CLT, bem como ao artigo 7, inciso
XXIX, da Constituio Federal. Quanto s contribuies
sindicais, sustenta que nunca foi associada ao sindicato do
autor, uma vez que sua atividade principal o "Comrcio a
varejo de pneumticos e cmara de ar", sem qualquer relaocomo comrcio de auto peas, portanto no obrigado a
cumprir clusula de outro sindicato. Por fim, inconforma-se
com a condenao ao pagamento dos honorrios
advocatcios, alegando que o deferimento dos honorrios est
condicionado existncia da assistncia jurdica prestada pelosindicato da categoria, o que no foi o caso . Aponta ofensa ao
disposto nas smulas 219 e 329 do TST e OJ 305, da SDI-1,
tambm do TST.
Consta no acrdo impugnado (ID 03ea4b9):
"Contribuies sindicais dos anos de 2009 a 2014
Anoto, de plano, que o requisito de legitimidade para a
demanda (e correlata legitimidade passiva frente a quem amesma proposta), traduzindo uma das condies da ao,deve ser analisado em abstrato, diante do que balizam a inicial
e as razes contrrias afirmadas na defesa. Neste caso, a
definio acerca do enquadramento sindical da recorrente diz
respeito ao mrito (teoria da assero), e como tal seranalisada, pressupondo, inclusive, incurso no acervo
probatrio coligido.
Por outro lado, a deciso judicial que porventura determineque a empresa r recolha contribuio sindical em favor do
sindicato autor no oponvel ao sindicato em favor do qual
ela espontaneamente recolhe essa contribuio, ou seja, taldeciso em nada obriga a este ltimo, embora possa, na
prtica, vir a interferir na sua relao com aquela empresa.
Desse modo, no h de se falar em litisconsrcio necessrio na
hiptese vertente. Nessa linha j decidiu a 8 Turma do TRT da1 Regio, ao julgar o recurso ordinrio de n. 0001543-46.2011.5.01.0019, conforme trecho da fundamentao que
passo a transcrever:
'A indicao do ru da relao de direito material nus do
autor, que no pode ser obrigado a demandar em face de
quem no quer, arcando com os riscos de sua opo.
O litisconsrcio necessrio decorre de fora de lei ou da
natureza da relao jurdica em que a deciso deva seruniforme para todas as partes, previsto no artigo 47 do CPC, in
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1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 31Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
verbis:
Art. 47 - H litisconsrcio necessrio, quando, por disposio
de lei ou pela natureza da relao jurdica, o juiz tiver dedecidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em
que a eficcia da sentena depender da citao de todos os
litisconsortes no processo.
Pargrafo nico - O juiz ordenar ao autor que promova acitao de todos os litisconsortes necessrios, dentro do
prazo que assinar, sob pena de declarar extinto o processo'.
No caso dos autos, para decidir se a empresa deve efetuar o
repasse da contribuio sindical ao autor e sobre a
representao sindical, no necessrio a presena do outro
sindicato, que alega a reclamada ser o legtimo representante
da categoria, no sendo hiptese de deciso uniforme para os
sindicatos e a sua ausncia no constitui bice eficcia da
sentena.
Como bem opinou o ilustre representante do Ministrio Pblico
do Trabalho: 'Embora, portanto, o julgado possa vir a trazereventuais consequncias prticas na relao entre a
reclamada e terceiros (o que legitimaria, por exemplo, ainterveno do sindicato discriminado em fls. 83, atravs do
instituto da assistncia, ante o seu inegvel interesse jurdico),tal situao no constitui o bastante para caracterizar o objetoda demanda como indivisvel (...)' (Relatora: Des. Edith MariaCorra Tourinho; publicado em 21.11.2012) (destaquei)
Quanto arguio de prescrio, ressalto que o binio de que
trata o artigo 11 da CLT, invocado nas razes do apelo,
contado da extino de contrato de trabalho, no se aplicando,
portanto, matria discutida nestes autos. Doutro vrtice, a
jurisprudncia do TST firmou-se no sentido de que o prazoprescricional relativo s aes de cobrana de contribuio
sindical de cinco anos, nos termos do artigo 174 do CTN,
considerando-se a natureza tributria dessa parcela,
estabelecida nos artigos 8, IV, da CF (parte final) e 578 e ss.,da CLT. Prazo este contado da constituio do crdito, que se
d em janeiro de cada ano, ex vi do art. 587, do mesmo diplomaconsolidado. Assim sendo, pronuncio a prescrio da
contribuio sindical relativa ao ano de 2009, na forma do
artigo 269, IV, do CPC, j que foi esta ao ajuizada em09.04.2014.
Relativamente matria de fundo propriamente dita, observo
constar do estatuto social do sindicato autor que este
representa a categoria econmica do comrcio de autopeas
em geral, abrangendo o comrcio varejista de acessrio