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Caderno Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA DO TRABALHO PODER JUDICIÁRIO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Nº1733/2015 Data da disponibilização: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015. DEJT Nacional Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região Gisane Barbosa de Araújo Desembargadora Presidente do TRT da 6ª Região Virgínia Malta Canavarro Desembargadora Vice-presidente do TRT da 6ª Região Ivan de Souza Valença Alves Desembargador Corregedora do TRT da 6ª Região Cais do Apolo, 739 Bairro do Recife Recife/PE CEP: 50030902 Telefone(s) : (81) 32253200 Vice-Presidência Edital Edital Processo Nº RO-0010175-36.2014.5.06.0401 Relator IVANILDO DA CUNHA ANDRADE RECORRENTE UNIÃO FEDERAL - PGF RECORRIDO FRANCISCO ANTONIO MODESTO ADVOGADO YONARA CANUTO HOLANDA NORONHA(OAB: 0036303) RECORRIDO MINERADORA ARARIPINA LTDA CUSTUS LEGIS * Ministério Público do Trabalho da 6ª Região * TERCEIRO INTERESSADO UNIÃO FEDERAL - PGF PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO PROCESSO TRT- 0010175-36.2014.5.06.0401 DESTINATÁRIO: MINERADORA ARARIPINA LTDA EDITAL DE NOTIFICAÇÃO – LOCAL INCERTO E NÃO SABIDO De ordem da Excelentíssima Desembargadora Federal do Trabalho no exercício da Vice-PresidênciaENEIDA MELO CORREIA DE ARAÚJO, fica(m) notificado(s): MINERADORA ARARIPINA LTDA atualmente em local incerto e não sabido, para, querendo, apresentar contrarrazões ao recurso de revista interposto pela UNIÃO observando-se, para tanto, o prazo de 08 (oito) dias. O processo encontra-se no sistema PJe do TRT da 6ª Região, cujos elementos estão à disposição do interessado. Recife, segunda-feira, 25 de maio de 2015 Ricardo Corrêa de Oliveira Andrade Chefe da Seção de Recursos - SERE Notificação Notificação Processo Nº RO-0000032-49.2014.5.06.0122 Relator ANDREA KEUST BANDEIRA DE MELO RECORRENTE LEON HEIMER S/A ADVOGADO BRUNA LEMOS TURZA FERREIRA(OAB: 0033660) RECORRENTE GABRIEL RICARDO COSTA DA SILVA ADVOGADO ALLAN TORRES BELFORT SANTOS(OAB: 0033687) RECORRIDO LEON HEIMER S/A ADVOGADO BRUNA LEMOS TURZA FERREIRA(OAB: 0033660) RECORRIDO GABRIEL RICARDO COSTA DA SILVA Código para aferir autenticidade deste caderno: 85435

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26/05/2015

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  • Caderno Judicirio do Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA DO TRABALHOPODER JUDICIRIO REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

    N1733/2015 Data da disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015. DEJT Nacional

    Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio

    Gisane Barbosa de ArajoDesembargadora Presidente do TRT da 6 Regio

    Virgnia Malta CanavarroDesembargadora Vice-presidente do TRT da 6 Regio

    Ivan de Souza Valena AlvesDesembargador Corregedora do TRT da 6 Regio

    Cais do Apolo, 739Bairro do Recife

    Recife/PECEP: 50030902

    Telefone(s) : (81) 32253200

    Vice-PresidnciaEditalEdital

    Processo N RO-0010175-36.2014.5.06.0401Relator IVANILDO DA CUNHA ANDRADERECORRENTE UNIO FEDERAL - PGFRECORRIDO FRANCISCO ANTONIO MODESTOADVOGADO YONARA CANUTO HOLANDA

    NORONHA(OAB: 0036303)RECORRIDO MINERADORA ARARIPINA LTDACUSTUS LEGIS * Ministrio Pblico do Trabalho da 6

    Regio *TERCEIROINTERESSADO

    UNIO FEDERAL - PGF

    PODER JUDICIRIOJUSTIA DO TRABALHO

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO

    PROCESSO TRT- 0010175-36.2014.5.06.0401

    DESTINATRIO: MINERADORA ARARIPINA LTDA

    EDITAL DE NOTIFICAO LOCAL INCERTO E NO SABIDO

    De ordem da Excelentssima Desembargadora Federal do

    Trabalho no exerccio da Vice-PresidnciaENEIDA MELO

    CORREIA DE ARAJO, fica(m) notificado(s): MINERADORAARARIPINA LTDA atualmente em local incerto e no sabido, para,

    querendo, apresentar contrarrazes ao recurso de revista interposto

    pela UNIO observando-se, para tanto, o prazo de 08 (oito) dias. Oprocesso encontra-se no sistema PJe do TRT da 6 Regio, cujoselementos esto disposio do interessado.

    Recife, segunda-feira, 25 de maio de 2015

    Ricardo Corra de Oliveira Andrade

    Chefe da Seo de Recursos - SERENotificaoNotificao

    Processo N RO-0000032-49.2014.5.06.0122Relator ANDREA KEUST BANDEIRA DE

    MELORECORRENTE LEON HEIMER S/AADVOGADO BRUNA LEMOS TURZA

    FERREIRA(OAB: 0033660)RECORRENTE GABRIEL RICARDO COSTA DA

    SILVAADVOGADO ALLAN TORRES BELFORT

    SANTOS(OAB: 0033687)RECORRIDO LEON HEIMER S/AADVOGADO BRUNA LEMOS TURZA

    FERREIRA(OAB: 0033660)RECORRIDO GABRIEL RICARDO COSTA DA

    SILVA

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 2Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    ADVOGADO ALLAN TORRES BELFORTSANTOS(OAB: 0033687)

    PODER JUDICIRIO

    JUSTIA DO TRABALHO

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO

    AGRAVO DE INSTRUMENTO

    PROC. TRT

    N:0000032-49.2014.5.06.0122 (AIRR/AIRO)

    Agravante: LEON HEIMER S/A

    Advogado: Bruna Lemos Turza Ferreira (OAB/PE 33660)

    Agravado: GABRIEL RICARDO COSTA DA SILVA

    Advogado: Allan Torres Belfort Santos (OAB/PE 33687)

    Trata-se de agravo de instrumento interposto contra despacho

    que indeferiu o processamento de recurso de revista.

    Publicada a deciso agravada no DEJT em 07/04/2015 (tera-feira) e apresentadas as razes deste apelo em 15/04/2015(quarta-feira), tem-se por configurada a sua tempestividade,conforme se pode ver dos documentos IDs f2fcc55 e 84ec7a6.

    A representao advocatcia est regularmente demonstrada

    (ID cae2581).

    Atingido valor total da condenao, afigura-se desnecessrio o

    depsito recursal (IDs eb2a347 sentena, a95066c custas ,a95066c depsito RO).Mantenho o despacho agravado e, por via de consequncia,

    determino o processamento do presente recurso.

    Intime-se a parte recorrida para, querendo, oferecer

    contrarrazes ao agravo e respectivo recurso de revista.

    Aps o transcurso do prazo, determino o envio do processo ao

    Tribunal Superior do Trabalho.

    Recife, 14 de maio de 2015.

    ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO

    Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da Vice-

    Presidncia

    Je

    NotificaoProcesso N RO-0000044-66.2014.5.06.0412

    Relator ANDREA KEUST BANDEIRA DEMELO

    RECORRENTE BANCO AZTECA DO BRASIL S.A.ADVOGADO Jose Henrique Faria Bezerra de

    Melo(OAB: 0018957)ADVOGADO OSVALDO DA SILVA GUIMARAES

    JUNIOR(OAB: 0013600)RECORRENTE EKT SERVICOS DE COBRANCA

    LTDA.ADVOGADO Jose Henrique Faria Bezerra de

    Melo(OAB: 0018957)ADVOGADO OSVALDO DA SILVA GUIMARAES

    JUNIOR(OAB: 0013600)RECORRENTE ANTONIO CARLOS SANTOS DE

    OLIVEIRAADVOGADO CARLOS EDUARDO DE LIRA

    MARTINS(OAB: 0021350)RECORRIDO ANTONIO CARLOS SANTOS DE

    OLIVEIRAADVOGADO CARLOS EDUARDO DE LIRA

    MARTINS(OAB: 0021350)

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 3Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    ADVOGADO OSVALDO DA SILVA GUIMARAESJUNIOR

    RECORRIDO BANCO AZTECA DO BRASIL S.A.ADVOGADO FREDERICO DA COSTA PINTO

    CORREA(OAB: 0008375)RECORRIDO EKT SERVICOS DE COBRANCA

    LTDA.ADVOGADO FREDERICO DA COSTA PINTO

    CORREA(OAB: 0008375)ADVOGADO Jose Henrique Faria Bezerra de Melo

    PODER JUDICIRIO

    JUSTIA DO TRABALHO

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO

    RECURSO DE REVISTA

    PROC.TRT N: 0000044-66.2014.5.06.0412 (RO)

    Recorrentes: E K T L O J A S D E

    DEPARTAMENTOS LTDA. e

    Advogado: Frederico da Costa Pinto

    Correa (OAB/PE 8.375)

    Recorrido(s): ANTONIO CARLOS SANTOSDE OLIVEIRA

    Advogados: Carlos Eduardo de Lira

    Martins (OAB/PE 21.350)

    Trata-se de Recurso de Revista interposto em face de acrdo

    proferido pela Quarta Turma em sede de Recurso Ordinrio.

    CONSIDERAES PRELIMINARES

    De incio, impende registrar que, em obedincia ao disposto

    no 5 do artigo 896 da CLT, procedi anlise prvia de todosos temas abordados no presente apelo, a fim de identificar a

    existncia de matrias passveis de uniformizao de

    jurisprudncia, fato que precede a apreciao dos requisitosde admissibilidade recursal.

    No tendo constatado a existncia de decises atuais e

    conflitantes, no mbito deste Regional, em relao aos

    tpicos apresentados neste recurso, passo anlise da

    admissibilidade da presente Revista.

    PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS

    O apelo tempestivo, tendo em vista que a publicao da

    deciso recorrida se deu em 02/03/15 (segunda-feira) e aapresentao das razes recursais em 10/03/15 (tera-feira),conforme se pode ver dos documentos IDs e47d204 e c3aff33.

    A representao advocatcia est regularmente demonstrada

    (ID b805c36 e 7f75b70).

    Preparo regularmente efetuado, como se pode ver dos IDs

    79fec37, 05d191e, 3356b9f e dbcd239.

    PRESSUPOSTOS INTRNSECOS

    T E R C E I R I Z A O / V N C U L O E M P R E G A T C I O /ENQUADRAMENTO / NORMAS COLETIVAS DOS BANCRIOS

    Em suas razes, os recorrente aduz que a deciso vergastada

    afigura-se em flagrante descompasso com o teor da Smula

    n 129 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho. Asseguram

    que no h ilicitude ou fraude trabalhista no modelo

    indigitado. Afirmam que o enquadramento bancrio do

    recorrido fere a Smula n 55 daquela mesma Corte. Requerem

    o indeferimento do enquadramento bancrio do recorrido e

    desconstituio do reconhecimento do vnculo de emprego

    consigo. Apontam divergncia jurisprudencial. A primeirarecorrente afirma que no foi signatria das Convenes

    Coletivas de Trabalho adunadas aos autos, restando feridos os

    artigos 511, pargrafo 2, e 611, ambos da CLT. Pontuam que o

    acrdo recorrido colide, frontalmente, com a orientao

    esculpida na Smula nmero 374 do C. TST.

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 4Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    No obstante o inconformismo apresentado, o apelo no

    ultrapassa o crivo da admissibilidade recursal.

    Com o advento da Lei n 13.015/2014, o art. 896 da CLT passou

    a vigorar com nova redao, nele tendo sido includo, dentre

    outros, o 1-A, dispondo que para o processamento doRecurso de Revista, a parte deve indicar, para cada tema

    trazido ao reexame, o trecho da deciso recorrida que

    consubstancia o prequestionamento da controvrsia, objetodo apelo. Ademais, a nova ordem exige a apresentao de tese

    explcita e fundamentada de violao legal, de contrariedade

    Smula de jurisprudncia da C. Corte Revisora e Smulavinculante do E. STF ou de dissenso pretoriano, no suprindo

    a exigncia a simples meno s ofensas que a parte entenda

    existir. Alm disso, deve a parte impugnar todos os

    fundamentos jurdicos da deciso recorrida, tudo isso sobpena de no conhecimento do seu apelo. Tal fato se d pela

    necessidade de se delimitar, de forma clara e objetiva, ospontos controvertidos a serem analisados, em relao aos

    quais a parte espera reforma.

    Interpretando o novo dispositivo legal, o ministro do Tribunal

    Superior do Trabalho Cludio Brando, em obra doutrinria,

    defende o seguinte:

    "Assim, cabe ao recorrente, nas razes do Recurso de

    Revista, indicar (o que significa transcrever) o trecho dadeciso recorrida que revele a resposta do tribunal de origem

    quanto ao tema, ou seja, o pronunciamento prvio sobre amatria que pretende seja reapreciado (o denominadoprequestionamento)" (Reforma do Sistema RecursalTrabalhista. Comentrios Lei n. 13.015/2014. So Paulo, LTr,

    2015, p. 53).

    Deste modo, considerando que o recorrente no cuidou de

    indicar, nas razes do recurso, os trechos da deciso

    recorrida que configuram o prequestionamento da

    controvrsia, inviabilizado est o conhecimento de seu apelo,

    nos termos do inciso I do 1- A do art. 896 da CLT,

    acrescentado pela Lei n 13.015 de 22/09/2014.

    Cabe-me ressaltar que os trechos que os recorrentes

    transcreveram, dizendo ser partes do acrdo vergastado, na

    verdade no correspondem quele.

    CONCLUSO

    Diante do exposto, DENEGO seguimento ao recurso de revista.

    Cumpram-se as formalidades legais.

    Intimem-se.

    Recife, 11 de maio de 2015.

    ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJODesembargadora Federal do Trabalho no exerccio da vice-

    presidncia

    md

    NotificaoProcesso N RO-0000066-96.2014.5.06.0001

    Relator NISE PEDROSO LINS DE SOUSARECORRENTE CAIXA SEGURADORA S/A

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 5Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    ADVOGADO ANA GABRIELA DE MELO LIRA(OAB:32223)

    ADVOGADO MILA MARIA DE LIMA GOMES EUMBELINO LOBO(OAB: 0011834)

    RECORRENTE VALDERI CARNEIRO DE ARAUJOADVOGADO DANIELA SIQUEIRA

    VALADARES(OAB: 0021290)RECORRIDO CAIXA SEGURADORA S/AADVOGADO ANA GABRIELA DE MELO LIRA(OAB:

    32223)ADVOGADO MILA MARIA DE LIMA GOMES E

    UMBELINO LOBO(OAB: 0011834)RECORRIDO TRANSVAL SEGURANCA E

    VIGILANCIA LTDAADVOGADO EMMANUEL BEZERRA

    CORREIA(OAB: 0012177)RECORRIDO VALDERI CARNEIRO DE ARAUJOADVOGADO DANIELA SIQUEIRA

    VALADARES(OAB: 0021290)

    PODER JUDICIRIO

    JUSTIA DO TRABALHO

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO

    RECURSO DE REVISTA

    PROC.TRT N: 0000066-96.2014.5.06.0001 (RO)

    Recorrente: CAIXA SEGURADORA S/A

    Advogadas: Ana Gabriela de Melo Lira (OAB/PE 32223) eMila Maria de Lima Gomes e Umbelino Lobo

    Recorridos: 1. VALDERI CARNEIRO DE ARAJO2.TRANSVAL SEGURANA E VIGILNCIA

    Advogados: 1. Daniela Siqueira Valadares (OAB/PE 21290)2. Emmanuel Bezerra Correia (OAB/PE 12177)

    Trata-se a hiptese de Recurso de Revista interposto em face

    de acrdo proferido pela Quarta Turma em sede de Recurso

    Ordinrio.

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 6Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    CONSIDERAES PRELIMINARES

    A fim de evitar futuros questionamentos, de logo esclareo

    que estes autos no ensejam conflito de decises entre asTurmas deste Regional, no que diz respeito multa do artigo

    477, 8, da CLT, uma vez que a situao em anlise noremete discusso acerca da possibilidade de incidncia do

    comando normativo sobre as verbas rescisrias deferidas

    judicialmente.

    Ademais, impende registrar que, em obedincia ao disposto no

    5 do artigo 896 da CLT, procedi anlise prvia de todos ostemas abordados no presente apelo, a fim de identificar a

    existncia de matrias passveis de uniformizao de

    jurisprudncia, fato que precede a apreciao dos requisitosde admissibilidade recursal.

    No tendo constatado a existncia de decises atuais e

    conflitantes, no mbito deste Regional, em relao aos tpicos

    apresentados neste recurso, passo anl ise da

    admissibi l idade da presente Revista .

    PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS

    O apelo tempestivo, tendo em vista que a publicao da

    deciso recorrida se deu em 31/03/2015 (tera-feira) e a

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 7Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    apresentao das razes recursais em 08/04/2015 (quarta-feira), conforme se pode ver dos documentos IDs e2bdf60 e9d0b72a.

    A representao advocatcia est regularmente demonstrada

    (IDs 2889106, 2889129 e 2889132).

    Preparo regularmente efetuado, como se pode ver dos IDs

    4fddb2e, e5471e8, 6b131f4, 28d55fa, 5219eda e 537deb2.

    PRESSUPOSTOS INTRNSECOS

    DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / ATOS

    PROCESSUAIS / NULIDADE / NEGATIVA DE PRESTAOJURISDICIONAL.

    Alegaes:

    - violao ao artigo 93, IX, da CF; artigo 832 da CLT; artigo 458,

    II, do CPC.

    Atendendo aos requisitos formais para conhecimento do seu

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 8Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    apelo, previstos no art. 896, 1-A, inc. I, da CLT, a parterecorrente renova a arguio de nulidade do acrdo por

    negativa de prestao jurisdicional e ausncia defundamentao jurdica, alegando que o Regional no sanou asomisses apontadas nos embargos de declarao, relativas

    responsabilizao subsidiria que lhe foi imputada pelo

    pagamento dos valores devidos ao autor por sua real

    empregadora.

    Do "decisum" proferido em sede de embargos declaratrios

    exsurgem os seguintes fundamentos (ID 3abae20):

    "Por outro lado, a condenao subsidiria da embargante foi

    mantida com alicerce na prova testemunhal e no nus da

    prova, o que no pode ser reformado por meio de embargos de

    declarao, mesmo que a recorrente tivesse razo em sua

    ponderaes.

    Como se observa, foi devidamente respeitado o princpio da

    obrigatoriedade da fundamentao das decises judiciais,insculpido no artigo 93, IX, da atual Carta Magna, alm de no

    se afigurar qualquer das hipteses de cabimento dos

    Embargos de Declarao retro apontadas, pois, na realidade, a

    embargante pretende a reforma do acrdo atacado, por no

    se conformar com a sua condenao subsidiria, quando jexaurida a jurisdio deste Tribunal (art. 463, do CPC).

    Ora, se a embargante no se conforma com a deciso deste

    Regional, que manteve a sua condenao subsidiria e deferiu

    o pleito de horas extras prestadas a partir da oitava trabalhada

    (exclusive), com incidncias nas parcelas de aviso prvio,repousos semanais remunerados, frias com 1/3, 13 salrios e

    FGTS+40%, deve maneja o remdio jurdico cabvel, tendo emvista que os Embargos de Declarao possuem esfera de

    atuao restrita aos casos de obscuridade, omisso,

    contradio e manifesto equvoco no exame dos pressupostos

    extrnsecos do recurso principal, no se prestando para o fim

    colimado pela embargante de reforma do acrdo hostilizado."

    Na conformidade da Orientao Jurisprudencial n 115, da

    SBDI-1, do TST, o que enseja o conhecimento do recurso derevista quanto nulidade processual por negativa de

    prestao jurisdicional a demonstrao de violao dosartigos 832, da CLT, 458, do CPC, e 93, IX, da CF/88, o que no

    restou configurado na hiptese dos autos. O acrdo contm

    fundamentao acerca da matria discutida, de modo que a

    concluso pela inexistncia de violao direta e literal da

    norma insculpida no artigo 93, IX, da Constituio Federal. A

    insurgncia da parte recorrente enquadra-se como

    inconformismo com a soluo dada lide, e no como

    nulidade processual por negativa de prestao jurisdicional.

    RESPONSABILIDADE SUBSIDIRIA.

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 9Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    Alegaes:

    - contrariedade Smula n 74 do TST;

    - violao ao artigo 5, II, da CF; artigo 818 da CLT; artigo 333,

    II, do CPC; artigos 186, 187 e 927 do Cdigo Civil; e

    - divergncia jurisprudencial.

    Igualmente observando os requisi tos formais para

    conhecimento do seu apelo, previstos no art. 896, 1-A, inc. I,da CLT, a recorrente insurge-se contra a responsabilizao

    subsidiria que lhe foi imposta, asseverando, em sntese, que

    o autor no lhe prestou servios, mas para vrias empresas.

    Frisa que cabia ao recorrido o encargo probatrio em sentido

    contrrio, por fora dos artigos 818 da CLT e 333, inciso I, do

    CPC, do qual no se desvencilhou. Acrescenta que para a

    responsabilizao subsidiria deve ser necessariamente

    caracterizada a culpa in eligendo ou in vigilando da tomadora

    dos servios, o que no se verifica no caso sob anlise.

    Transcreve arestos embasando a tese de divergncia

    jurisprudencial especfica e pede o provimento do recurso.

    Quanto ao tema, o acrdo restou assim ementado (ID n28d55fa):

    " R E C U R S O O R D I N R I O . T E R C E I R I Z A O .RESPONSABILIDADE SUBSIDIRIA. TOMADORA DOSSERVIOS. A terceirizao de determinada atividadeempresarial, mesmo que no se refira atividade-fim da

    empresa, no isenta a tomadora dos servios de

    responsabilidade pelo correto cumprimento dos contratos de

    trabalho celebrados pela empresa prestadora dos servios,

    com a qual manteve contrato de terceirizao, sendo ambas

    responsveis pelos pagamentos dos direitos trabalhistas dos

    empregados da prestadora dos servios, firmando-se a

    contratada na qualidade de devedora principal, em face da sua

    condio de real empregadora dos trabalhadores, e a

    contratante, na qualidade de devedora subsidiria, por ser

    apenas a beneficiria final dos supramencionados servios.

    Inteligncia do teor da Smula n 331, item IV, do Colendo TST.

    Recurso ordinrio da segunda r, improvido."

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 10Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    Nesse contexto, a Turma decidiu as questes veiculadas no

    presente apelo com base no conjunto probatrio contido nosautos, aplicao da legislao pertinente matria e em

    sintonia com a Smula n 331, item IV, do TST, sendo certo que

    as alegaes recursais lanadas pela parte recorrente, em

    sentido contrrio, somente so aferveis por meio de reexame

    ftico o que inviabiliza a admissibilidade do recurso inclusive

    por dissenso jurisprudencial (Smulas ns 126 e 333 dessemesmo rgo Superior).

    SENTENA NORMATIVA/CONVENO E ACORDO COLETIVOSDE TRABALHO / ACORDO E CONVENO COLETIVOS DETRABALHO / MULTA CONVENCIONAL.

    RESCISO DO CONTRATO DE TRABALHO / VERBASRESCISRIAS / MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT.

    RESCISO DO CONTRATO DE TRABALHO / VERBASRESCISRIAS / MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT.

    DURAO DO TRABALHO / HORAS EXTRAS.

    A recorrente insurge-se contra a condenao subsidiria ao

    pagamento da multa convencional e dos artigos 467 e 477 da

    CLT. Inconforma-se contra a condenao ao pagamento de

    horas extras a partir da 8 diria, aduzindo que o recorrido

    laborava na escala 12x36, sendo certo que a eventual jornadaextraordinria ocorreria a partir da 12 hora no da 8.

    No obstante o inconformismo apresentado, o apelo no

    ultrapassa o crivo da admissibilidade recursal.

    Com o advento da Lei n 13.015/2014, o art. 896 da CLT passou

    a vigorar com nova redao, nele tendo sido includo, dentre

    outros, o 1-A, dispondo que para o processamento doRecurso de Revista, a parte deve indicar, para cada tema

    trazido ao reexame, o trecho da deciso recorrida que

    consubstancia o prequestionamento da controvrsia, objetodo apelo. Ademais, a nova ordem exige a apresentao de tese

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 11Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    explcita e fundamentada de violao legal, de contrariedade

    Smula de jurisprudncia da C. Corte Revisora e Smulavinculante do E. STF ou de dissenso pretoriano, no suprindo

    a exigncia a simples meno s ofensas que a parte entenda

    existir. Alm disso, deve a parte impugnar todos os

    fundamentos jurdicos da deciso recorrida, tudo isso sobpena de no conhecimento do seu apelo. Tal fato se d pela

    necessidade de se delimitar, de forma clara e objetiva, ospontos controvertidos a serem analisados, em relao aos

    quais a parte espera reforma.

    Interpretando o novo dispositivo legal, o ministro do Tribunal

    Superior do Trabalho Cludio Brando, em obra doutrinria,

    defende o seguinte:

    "Assim, cabe ao recorrente, nas razes do Recurso de Revista,

    indicar (o que significa transcrever) o trecho da decisorecorrida que revele a resposta do tribunal de origem quanto

    ao tema, ou seja, o pronunciamento prvio sobre a matria quep r e t e n d e s e j a r e a p r e c i a d o ( o d e n o m i n a d oprequestionamento)" (Reforma do Sistema RecursalTrabalhista. Comentrios Lei n. 13.015/2014. So Paulo, LTr,

    2015, p. 53).

    Deste modo, considerando que o recorrente no cuidou de

    indicar, nas razes do recurso, os trechos da deciso recorrida

    que configuram o prequestionamento da controvrsia,

    inviabilizado est o conhecimento de seu apelo, nos termos do

    inciso I do 1- A do art. 896 da CLT, acrescentado pela Lei n13.015 de 22/09/2014.

    CONCLUSO

    Diante do exposto, DENEGO seguimento ao recurso de revista.

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 12Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    Cumpram-se as formalidades legais.

    Intimem-se.

    Recife, 11 de maio de 2015.

    ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO

    Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da vice-

    presidncia

    ccm

    NotificaoProcesso N RO-0000077-56.2014.5.06.0412

    Relator GISANE BARBOSA DE ARAUJORECORRENTE SIMERIA LUCIA DIAS DAS NEVESADVOGADO ricardo jose macedo de souza santos

    pereira(OAB: 29686)ADVOGADO SILVIA MARCIA NOGUEIRA(OAB:

    0008779)RECORRIDO WARTSILA BRASIL LTDA.ADVOGADO MARCOS DOUGLAS PIRES DE

    OLIVEIRA(OAB: 0033226)ADVOGADO BRUNO DA COSTA FERNANDES DE

    LIMA(OAB: 184941)

    PODER JUDICIRIO

    JUSTIA DO TRABALHO

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO

    AGRAVO DE INSTRUMENTO

    PROC. TRT

    N:0000077-56.2014.5.06.0412 (AIRR)

    Agravante: SIMRIA LCIA DIAS DAS NEVES

    Advogada: Slvia Mrcia Nogueira - OAB/PE 8779

    Agravada: WARTSILA BRASIL LTDA

    Advogado: Marcos Douglas Pires de Oliveira - OAB/PE 33226

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 13Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    Trata-se de agravo de instrumento interposto contra despacho

    que indeferiu o processamento de recurso de revista.

    Publicada a deciso agravada no DEJT em 13/03/2015 (sexta-feira) e apresentadas as razes deste apelo em 20/03/2015(sexta-feira), tem-se por configurada a sua tempestividade,conforme se pode ver dos documentos IDs 1efb03a e f037717.

    A representao advocatcia est regularmente demonstrada

    (ID e04ed48).

    D e s n e c e s s r i o , n a h i p t e s e , o p r e p a r o .

    Mantenho o despacho agravado e, por via de consequncia,

    determino o processamento do presente recurso.

    Intime-se a parte recorrida para, querendo, oferecer

    contrarrazes ao agravo e respectivo recurso de revista.

    Aps o transcurso do prazo, determino o envio do processo ao

    Tribunal Superior do Trabalho.

    Recife, 02 de abril de 2015.

    VIRGNIA MALTA CANAVARRO

    Desembargadora Vice-Presidente do TRT da 6 Regio

    jeNotificao

    Processo N RO-0000129-66.2014.5.06.0181Relator GISANE BARBOSA DE ARAUJORECORRENTE COMPANHIA PERNAMBUCANA DE

    SANEAMENTOADVOGADO HAROLDO WILSON MARTINEZ DE

    SOUZA JUNIOR(OAB: 0020366)RECORRIDO CONSTRUTORA TRIEDRO LTDAADVOGADO JOAO GABRIEL VIEIRA

    WANICK(OAB: 0026269)RECORRIDO ERONILDO ALMEIDA DO

    NASCIMENTOADVOGADO ROBERTO SIRIANO DOS

    SANTOS(OAB: 0012335)

    PODER JUDICIRIO

    JUSTIA DO TRABALHO

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO

    AGRAVO DE INSTRUMENTO

    PROC. TRT N: 0000129-66.2014.5.06.0181

    (AIRR)

    Agravante: COMPANHIA PERNAMBUCANA

    DE SANEAMENTO

    Advogado: Haroldo Wilson Martinez de

    Souza Jnior (OAB/PE: 20366)

    Agravados: 1.ERONILDO ALMEIDA DO

    NASCIMENTO

    Advogados: 1.Roberto Siriano dos Santos

    (OAB/PE: 12335/D)

    Trata-se de agravo de instrumento interposto contra despacho

    que indeferiu o processamento de recurso de revista.

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 14Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    Publicada a deciso agravada no DEJT em 10/04/2015 (sexta-feira) e apresentadas as razes deste apelo em 20/04/2015(segunda-feira), tem-se por configurada a sua tempestividade,conforme se pode ver dos documentos IDs afe7e88 e 6a14ba0.

    A representao advocatcia est regularmente demonstrada

    (ID 433e70e e 49f3b3e).Atingido valor total da condenao, afigura-se desnecessrio o

    depsito recursal (IDs 7d7aac9 sentena, 5c3fd36 custas edepsito RO, 09cdff9 depsito RR).Mantenho o despacho agravado e, por via de consequncia,

    determino o processamento do presente recurso.

    Intime-se a parte recorrida para, querendo, oferecer

    contrarrazes ao agravo e respectivo recurso de revista.

    Aps o transcurso do prazo, determino o envio do processo ao

    Tribunal Superior do Trabalho.

    Recife, 14 de maio de 2015.

    ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO

    Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da Vice-

    Presidncia

    Je

    NotificaoProcesso N RO-0000220-50.2014.5.06.0281

    Relator IVANILDO DA CUNHA ANDRADERECORRENTE KIRLIAN MICHELINE QUEIROS

    MARQUES DE SAADVOGADO GABRIELA GARCIA ESCOBAR(OAB:

    0001111)RECORRENTE BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.ADVOGADO BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA

    VANDERLEI(OAB: 0021678)ADVOGADO Andr Issa Gndara Vieira(OAB:

    0293345)RECORRIDO PROMO 7 RECURSOS E

    PATRIMONIO HUMANO LTDA - EPP

    ADVOGADO JESUS ARRIEL CONESJUNIOR(OAB: 0085018)

    RECORRIDO KIRLIAN MICHELINE QUEIROSMARQUES DE SA

    ADVOGADO GABRIELA GARCIA ESCOBAR(OAB:0001111)

    RECORRIDO BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.ADVOGADO Andr Issa Gndara Vieira(OAB:

    0293345)ADVOGADO BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA

    VANDERLEI(OAB: 0021678)

    PODER JUDICIRIO

    JUSTIA DO TRABALHO

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO

    RECURSO DE REVISTA

    PROC. TRT N: 0000220-50.2014.5.06.0281 (RO)

    Recorrente: BANCO SANTANDER BRASIL S/A

    Advogado: Bruno Henrique de Oliveira Vanderlei

    (OAB/PE 21678)

    Recorridos: KIRLIAN MICHELINE QUEIROZ MARQUES DE

    S, PROMO 7 RECURSOS E PATRIMNIO

    Advogados: Marcos Evaldo Pandolfi (OAB/SP 283640) eJesus Arriel Cones Junior (OAB/SP 85018)

    Trata-se a hiptese de Recurso de Revista interposto em face

    de acrdo proferido pela 4 Turma em sede de Recurso

    Ordinrio.

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 15Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    CONSIDERAES PRELIMINARES

    De incio, impende registrar que, em obedincia ao disposto no

    5 do artigo 896 da CLT, procedi anlise prvia de todos ostemas abordados no presente apelo, a fim de identificar a

    existncia de matrias passveis de uniformizao de

    jurisprudncia, fato que precede a apreciao dos requisitosde admissibilidade recursal.

    No tendo constatado a existncia de decises atuais e

    conflitantes, no mbito deste Regional, em relao aos tpicos

    apresentados neste recurso, passo anl ise da

    admissibi l idade da presente Revista .

    PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS

    O apelo tempestivo, tendo em vista que a publicao da

    deciso recorrida se deu em 14.04.2015 (tera-feira) e aapresentao das razes recursais em 22.04.2015 (quarta-feira), conforme se pode ver dos documentos IDs 56aa5ac ead3a13d.

    A representao advocatcia est regularmente demonstrada

    (IDs d65ea96 e 49b9638).

    Preparo regularmente efetuado, como se pode ver do ID

    2e0d594.

    PRESSUPOSTOS INTRNSECOS

    VNCULO EMPREGATCIO ENTRE A AUTORA E O TOMADORDE SERVIOS / ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA DEBANCRIO / APLICAO DAS NORMAS COLETIVAS DOSBANCRIOS / HORAS EXTRAS / INTERVALO INTRAJORNADA/ REFLEXOS DE COMISSO PAGA "POR FORA" DOSCONTRACHEQUES AT O ANO DE 2012

    Alegaes:

    - contrariedade s Smulas ns 117, 331 e 374 do TST;

    - violao ao artigo 884 do Cdigo Civil; artigos 333 e 350 do

    Cdigo de Processo Civil; artigos 3, 442, 581, 2, 611 e 818da CLT e artigos 7, XXVI e 8, III da Constituio Federal;

    - divergncia jurisprudencial.

    Atendendo aos requisitos formais para conhecimento do seu

    apelo, previstos no art. 896, 1-A, incs. I a III, da CLT, a parterecorrente insurge-se contra o posicionamento do Colegiado

    regional, alegando que no parte legtima para figurar no

    polo passivo da presente ao, uma vez que a recorrida jamaisfoi sua empregada e sim da primeira reclamada. Aduz que no

    esto presentes os requisitos caracterizadores da relao de

    emprego, nos termos dos arts. 3 e 442, ambos da CLT. Em

    razo disso, sustenta que no cabe o enquadramento da

    recorrida na categoria dos bancrios, nem a concesso dos

    direitos previstos nas normas coletivas da categoria,

    tampouco o pagamento de salrio "por fora". Tambm aduz

    que a deciso est em desacordo com os fatos apurados e os

    dispositivos supracitados. Argumenta que, nos termos do art.

    818 da CLT e do art. 333 do CPC, caberia autora o nus de

    provar, de forma robusta e convincente, a prestao de horas

    extras no intervalo intrajornada, bem como o recebimento desalrio "por fora".

    Da deciso impugnada exsurgem os seguintes fundamentos

    (ID 9b7ef48 - pgs. 3/4 e 6/7/8):

    "Reconhecimento de vnculo empregatcio e consectrios

    deferidos:

    A nica testemunha ouvida declarou que na agncia do

    BANCO SANTANDER de Barreiros - PE trabalharam quatro

    empregados registrados pela litisconsorte PROMO7, dentre os

    quais a reclamante, tendo eles atuado na abordagem de

    clientes daquela agncia para a venda de produtos como

    seguros, contas bancrias e emprstimos consignados, dentre

    outras atividades (v. ID c9c426a).

    Isso posto, concluo que a funo exercida pela autora, que

    estava longe de ser especializada, era inerente atividade-fim

    do banco ru, inclusive sob o prisma do artigo 17 da Lei

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 16Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    4.595/64, pois dizia respeito oferta de produtos por ele

    negociados no mercado consumidor, independentemente de

    no englobar outras operaes de natureza bancria, afinal de

    contas, os bancrios de um mesmo estabelecimento so

    distribudos em setores variados, desempenhando, por

    conseguinte, atividades diversas, e nem por isso deixam de

    ser enquadrados na mesma categoria profissional.

    (....)

    E em se tratando de terceirizao levada a efeito ao arrepio

    das hipteses de relao trilateral autorizadas pelo

    ordenamento jurdico ptrio na esfera privada, a saber, Leis6.019/74 e 7.102/83, ou ainda toleradas pelo TST na parte final

    do item III da respectiva Smula 331 (o modelo consagrado naCLT de carter bilateral), impe-se o reconhecimento devnculo empregatcio direto com o tomador dos servios, o

    que independe, diga-se de passagem, do objeto social dareclamada/prestadora[1], assim como da "natureza civil" docontrato de terceirizao celebrado invocada na pea recursal.

    Acrescento, quanto a este ltimo aspecto, que compete

    Justia do Trabalho dirimir a controvrsia ora examinada (CF,artigo 114, I), independentemente do "ramo" de direito materialsupostamente aplicvel a esse fim. Com efeito, conforme jassentado pelo Supremo Tribunal Federal, na definio da

    competncia desta Especializada de somenos importncia

    estar a causa fundada em norma trabalhista ou civilista,

    bastando que o direito postulado decorra de relao de

    trabalho.

    Alis, a contratao de trabalhadores por empresa interposta

    to evidente na hiptese que, como bem ressaltou a

    magistrada sentenciante, a prestao de servios pela autora

    teve incio antes da celebrao do contrato de terceirizao;

    diferentemente do que era previsto nesse contrato, as

    atividades laborais se deram em agncia do BANCO

    SANTANDER, e no numa das dependncias da PROMO7, que

    sequer possui unidade na cidade de Barreiros -- PE; conforme

    se depreende da Resoluo 3.156/2006 do BACEN, 'os

    verdadeiros correspondentes bancrios realizam atividades

    mltiplas, para vrios clientes', o que no era o caso; e,

    finalmente, a referida testemunha declarou que 'foi contratada

    aps entrevista pelo gerente geral, no prprio BANCO

    SANTANDER, Sr. Gibson'.

    Oportuno ressaltar que, sendo incontroversa a condio de

    empregada da reclamante, nos moldes dos artigos 2 e 3 da

    CLT, a ilicitude da terceirizao havida constitui bice

    meramente formal ao reconhecimento de vnculo empregatcio

    diretamente com o primeiro reclamado, mas que no resiste

    judiciosa diretriz agasalhada no artigo 9 desse diploma legal,paradoxalmente invocado nas razes do apelo, para no falar

    no princpio da primazia da realidade sobre a forma, que

    norteia o direito do trabalho, e no entendimento cristalizado no

    item I da Smula 331 do TST.

    (....)

    No h de se falar, portanto, em violao aos artigos 818 da

    CLT e 333, I, do CPC, como sustentado na pea recursal, at

    porque, conforme leciona Alexandre Freitas Cmara, 'uma vez

    levadas ao processo, as provas no mais pertencem a

    qualquer das partes, e sim ao juzo, nada importando, pois,quem as produziu' ( Lies de Direito Processual Civil, LumenJuris, In 15 edio, vol. I, pg. 410), ou seja, as regras sobre adistribuio do onus probandi s se aplicam na falta de prova

    (tendo em vista a vedao do non liquet), o que no o caso.

    Ressalto, ainda, no guardarem pertinncia com a matria em

    discusso as alegaes do recorrente quanto a grupo

    econmico, culpa in eligendo ou in vigilando e esgotamento

    dos 'meios de execuo da segunda Reclamada, inclusive de

    seus scios', eis que a sua responsabilidade pelos ttulos

    deferidos decorre da condio de empregador. E sendo assim,

    restam aplicveis hiptese as normas coletivas dos

    bancrios anexadas, ex vi do artigo 611 da CLT.

    (...)

    Voto, pois, no sentido de se negar provimento ao recurso,

    quanto a este tpico.

    (...)

    Horas extras e de intervalo intrajornada:

    Anoto, de plano, que a tese de enquadramento da reclamante

    na hiptese do artigo 62, I, da CLT no foi suscitada na

    contestao, pelo que o seu conhecimento nesta quadra

    processual encontra bice na disposio contida no artigo 303

    do CPC.

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 17Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    Em todo caso, como h referncia na fundamentao da

    sentena ao dispositivo da CLT supracitado (para afast-lo),ressalto, apenas para argumentar, que a testemunha ouvida

    declarou que 'o trabalho era mais interno do que externo, jque as sadas eram eventuais, para pegar assinaturas em

    documentos, por exemplo', bem assim, como j dito alhures,que os empregados registrados pela PROMO7, dentre eles a

    autora, reportavam-se ao gerente-geral da agncia com relao

    a horrios de trabalho, tendo aquela testemunha descrito,

    ainda, submisso daqueles empregados a uma jornada fixa, demaneira que no procede a alegao de que 'era incumbncia

    do obreiro fazer prova de efetiva fiscalizao de sua jornadalaboral, e somente ento discutir a verba ora postulada, nus

    do qual no se desincumbiu', at porque a excepcionalidade

    do enquadramento do trabalhador na hiptese do artigo 62, I,

    da CLT deve ser provada, isso sim, por quem a alega, ex vi do

    artigo 333, II, do CPC, e as regras sobre a distribuio do onus

    probandi s se aplicam na falta de prova, o que sequer o

    caso.

    De outro vrtice, como a fraude na terceirizao havida no

    justificativa juridicamente aceitvel para a inexistncia decartes de ponto (nemo auditur propriam turpitudinemallegans),operou-se a inverso do nus da prova quanto jornada cumprida por descumprimento do artigo 74, 2,consolidado, nos termos da Smula 338, item I, do TST.

    Isso posto, observo que a testemunha ouvida descreveu

    jornada at superior quela apontada na inicial, de maneiraque a presuno de que trata o verbete supracitado no restou

    elidida na hiptese, sequer parcialmente, considerando-se,

    inclusive, a vedao da reformatio in pejus.

    Por isso tudo, tambm quanto a esse tema, resvalam para o

    vazio as remisses aos artigos 818 da CLT e 333, I, do CPC.

    (....)

    No tocante s repercusses deferidas - horas extras sobre a

    remunerao do repouso semanal -, h de se entender que

    essa parcela, embora inclusa no salrio do mensalista, paga

    levando-se em conta a remunerao devida pela jornadanormal de trabalho. A no repercusso implicaria, portanto,

    enriquecimento sem causa do empregador. E est prevista de

    forma expressa no artigo 7, 'a', da Lei 605/49. Matria h muito

    pacificada, nos termos da Smula 172 do TST.

    Todavia, so indevidos reflexos, noutras parcelas, das

    diferenas de remunerao do repouso semanal decorrentes

    das horas extras. Isso porque como as horas extras jincidiram nessas parcelas, a repercusso em apreo implicaria

    bis in idem, conforme pacificado nos termos da OJ 394, da SDI-

    1, do TST.

    Provejo em parte.

    Reflexos de comisso paga "por fora" dos contracheques at o

    ano de 2012

    Anoto, de plano, que carece de interesse o suplicante ao se

    referir a "valores a serem reembolsados a ttulo de

    comisses", pois no houve condenao ao pagamento desse

    ttulo.

    Isso posto, observo que a testemunha ouvida confirmou o

    pagamento de comisso 'por fora' dos contracheques at o

    ano de 2012, tendo ela ressaltado, inclusive, que 'esta

    comisso s passou a integrar o contracheque a partir de

    2013', o que, a par das disposies contidas nos artigos 442 e

    468 da CLT[1], faz cair por terra a alegao de que a recorrida'no trouxe aos autos quaisquer documentos que justificassemsuas alegaes de que realmente foi pactuado o pagamento de

    tais valores a ttulo de comisso, nus que, indubitavelmente,

    lhe competia, a teor dos artigos 818, CLT e 333, I, CPC'.

    Impende ressaltar que, de acordo com o princpio do livre

    convencimento, que norteia o nosso direito processual, no h

    hierarquia entre os meios de prova, cabendo ao magistrado

    formar a sua convico pela livre apreciao/valorao dos

    elementos de que dispe, desde que o faa motivadamente,

    como na hiptese (artigos 131 e 332 do CPC).

    Relativamente ao pleito, formulado ad cautelam, de aplicao

    da Smula 225 do TST, observo que as parcelas mencionadas

    nesse verbete, quais sejam, gratificaes por tempo de servioe produtividade, no se confundem com comisso, restando

    mantida a repercusso deferida desta ltima parcela sobre a

    remunerao do repouso semanal ante o fato de integrar essa

    verba a parte varivel do salrio (artigo 457, 1, da CLT), o queafasta a possibilidade de integrao por analogia.

    Nego provimento".

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 18Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    Como se observa, a Turma decidiu as questes veiculadas no

    presente apelo com base no conjunto probatrio contido nosautos, razo pela qual as alegaes recursais lanadas pela

    parte recorrente, em sentido contrrio, somente so aferveis

    por meio de reexame ftico. Dito procedimento, porm, conta

    com vedao estabelecida na Smula n 126 do TST, o que

    inviabiliza o exame pertinente divergncia jurisprudencialespecfica (Smula n 296, item I, desse mesmo rgosuperior).

    ANOTAO DA CTPS

    Em suas razes, o recorrente aduz que a anotao da CTPS,

    que se constitui em obrigao de fazer, deve ser feita pelo real

    empregador, qual seja, a segunda reclamada, de acordo com aSmula 331, item IV do TST. Sustenta que a data de trmino

    do contrato de trabalho a ser anotada na CTPS da autora deve

    ser o ltimo dia de trabalho desta, porquanto a Smula 371 do

    TST prev a projeo do contrato de trabalho para o futuroapenas para as vantagens econmicas. Alega, ainda, que a

    deciso do regional nada mencionou a respeito do prazo

    dentro do qual a reclamante deveria depositar a sua CTPS na

    Secretaria da Vara para fins de anotao pelo recorrente.

    No obstante o inconformismo apresentado, o apelo no

    ultrapassa o crivo da admissibilidade recursal.

    Com o advento da Lei n 13.015/2014, o art. 896 da CLT passou

    a vigorar com nova redao, nele tendo sido includo, dentre

    outros, o 1-A, dispondo que para o processamento doRecurso de Revista, a parte deve indicar, para cada tema

    trazido ao reexame, o trecho da deciso recorrida que

    consubstancia o prequestionamento da controvrsia, objetodo apelo. Ademais, a nova ordem exige a apresentao de tese

    explcita e fundamentada de violao legal, de contrariedade

    Smula de jurisprudncia da C. Corte Revisora e Smulavinculante do E. STF ou de dissenso pretoriano, no suprindo

    a exigncia a simples meno s ofensas que a parte entenda

    existir. Alm disso, deve a parte impugnar todos os

    fundamentos jurdicos da deciso recorrida, tudo isso sobpena de no conhecimento do seu apelo. Tal fato se d pela

    necessidade de se delimitar, de forma clara e objetiva, ospontos controvertidos a serem analisados, em relao aos

    quais a parte espera reforma.

    Interpretando o novo dispositivo legal, o ministro do Tribunal

    Superior do Trabalho Cludio Brando, em obra doutrinria,

    defende o seguinte:

    "Assim, cabe ao recorrente, nas razes do Recurso de Revista,

    indicar (o que significa transcrever) o trecho da decisorecorrida que revele a resposta do tribunal de origem quanto

    ao tema, ou seja, o pronunciamento prvio sobre a matria quep r e t e n d e s e j a r e a p r e c i a d o ( o d e n o m i n a d oprequestionamento)" (Reforma do Sistema RecursalTrabalhista. Comentrios Lei n. 13.015/2014. So Paulo, LTr,

    2015, p. 53).

    Deste modo, considerando que o recorrente no cuidou de

    indicar, nas razes do recurso, os trechos da deciso recorrida

    que configuram o prequestionamento da controvrsia,

    inviabilizado est o conhecimento de seu apelo, nos termos do

    inciso I do 1- A do art. 896 da CLT, acrescentado pela Lei n13.015 de 22/09/2014.

    INTERVALO PREVISTO NO ART. 384 DA CLT

    Alegaes:

    - violao ao artigo 384, da CLT; e artigos 5, I, e 7, ambos da

    Constituio Federal e artigo 265, IV, "a" do Cdigo de

    Processo Civil;

    - divergncia jurisprudencial.

    Presentes os requisitos formais para conhecimento do apelo,

    dispostos no art. 896, 1-A, incs. I a III, da CLT, em suasrazes, a parte recorrente insurge-se contra o posicionamento

    Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435

  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 19Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    do Colegiado regional, sustentando que o art. 384 da CLT no

    foi recepcionado pela Constituio Federal. Pleiteia a

    suspenso deste processo, aduzindo que a constitucionalidade

    da referida norma encontra-se em discusso no STF.

    Da deciso impugnada exsurgem os seguintes fundamentos

    (ID 9b7ef48 - pgs. 7/8):

    "'Pagamento do intervalo disposto no artigo 384 da CLT', mais

    repercusses postuladas:

    Anoto, de plano, que j foi considerado na sentena que oTribunal Superior do Trabalho, por ocasio do julgamento doincidente de constitucionalidade IIN-RR-11540/2005-046-12-

    005, emitiu pronunciamento no sentido de que a regra prevista

    no artigo 384 da CLT foi recepcionada pela Constituio

    Federal. Contudo, o pedido em questo foi indeferido ao

    fundamento de que "todo o perodo laborado alm da 6 h

    diria ser considerado como extra, o que afasta a incidncia

    do referido dispositivo, no entendimento do Juzo, sob pena de

    bis in idem", o que, data maxima venia da magistrada

    sentenciante, no se sustenta, eis que o fato gerador do ttulo

    em questo no se confunde com o de horas extras, embora

    pressuponha prorrogao de jornada.

    Noutras palavras, a inobservncia da pausa de 15 minutos

    antes de iniciar a prorrogao de jornada, independentementede quanto venha a durar essa prorrogao, que gera o direito

    parcela sob anlise.

    Assim sendo, e restando aplicveis hiptese, por analogia,

    as diretrizes da Smula 437 do TST, s quais acompanho - em

    homenagem aos princpios da economia e celeridade

    processuais -, condeno o primeiro reclamado ao pagamento de

    valor correspondente a um quarto do salrio-hora, acrescido

    de 50%, por dia de labor, com repercusses sobre o aviso

    prvio, os 13os salrios, as frias acrescidas de um tero e

    remunerao do repouso semanal. Indevidas as frias

    acrescidas de um tero e remunerao do repouso semanal as

    repercusses ora postuladas das diferenas desta ltima

    parcela, na linha da OJ 394, da SDI-1, do TST.

    Portanto, concluo que, relativamente a este tpico, impe-se o

    provimento parcial do recurso."

    Confrontando os argumentos da parte recorrente com os

    fundamentos do acrdo regional, no identifico violao

    direta e literal aos dispositivos supracitados. Ao contrrio,

    identifico sua exata aplicao hiptese e ressalto que os

    arestos colacionados pela demandante no possibilitam o

    processamento da revista, porquanto superados pela iterativa,

    notria e atual jurisprudncia do TST (artigo 896, 7, da CLT, eSmula n 333 da alta corte trabalhista), o que se demonstrapelo ementrio abaixo transcrito:

    AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. HORAS

    EXTRAS. (...) HORAS EXTRAS. MULHER. SUPRESSO DOINTERVALO DE 15 MINUTOS ANTES DA JORNADA

    E X T R A O R D I N R I A . A R T . 3 8 4 D A C L T .CONSTITUCIONALIDADE. Esta Corte Superior, em sua

    composio plena, ao julgar o IIN-RR-1.540/2005-046-12-00.5,reconheceu a constitucionalidade do art. 384 da CLT, pois no

    se contrape ao disposto no art. 5, I, da Constituio da

    Repblica, j que homens e mulheres possuem naturaldistino fsica e psicolgica, razo pela qual deve ser

    dispensado tratamento proporcional desigualdade que os

    distanciam, luz do princpio da isonomia substancial. Assim,

    a deciso do TRT que deferiu horas extras reclamante pela

    supresso do intervalo de 15 minutos antes do incio da

    jornada extraordinriaest em consonncia com ajurisprudncia sedimentada nesta Corte, sendo invivel oseguimento do recurso, a teor do art. 896, 4, da CLT c/c aSmula n 333 do TST. (...) ( AIRR - 1047-61.2013.5.12.0012 ,Relator Desembargador Convocado: Ronaldo Medeiros de

    Souza, Data de Julgamento: 11/11/2014, 5 Turma, Data de

    Publicao: DEJT 14/11/2014)

    I - AGRAVO DE INSTRUMENTO DA FUNDAO COPEL DEPREVIDNCIA E ASSISTNCIA SOCIAL. RECURSO DEREVISTA - DESCABIMENTO. INTERVALO INTERJORNADA.

    SUPRESSO PARCIAL. PAGAMENTO RELATIVO AO PERIODONO USUFRUDO. HONORRIOS ADVOCATCIOS. No mereceser provido o agravo de instrumento em que no se consegue

    infirmar os fundamentos do despacho denegatrio do

    processamento do recurso de revista. Agravo de instrumento

    conhecido e desprovido. II - RECURSO DE REVISTA DA

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 20Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    COPEL - GERAO E TRANSMISSO S.A. (...) 6. HORASEXTRAS. INTERVALO PREVISTO NO ART. 384 DA CLT. Nos

    termos da deciso proferida por esta Corte, em sua

    composio plena, no julgamento do processo IIN-RR-1540/2005-046-12-00, o art. 384 da CLT foi recepcionado pela

    Constituio Federal. Recurso de revista no conhecido. (...) (ARR - 1274-05.2011.5.09.0659 , Relator Ministro: Alberto Luiz

    Bresciani de Fontan Pereira, Data de Julgamento: 12/11/2014,

    3 Turma, Data de Publicao: DEJT 14/11/2014).

    No que concerne ao pleito de suspenso do processo, indefiro

    -o, pois esta cabvel apenas quanto aos processos em que

    foram interpostos recursos a serem examinados pelo STF e

    que versem sobre matria de repercusso geral, no que no se

    enquadra o presente caso, em que h recurso de revista de

    competncia do TST.

    Nesse sentido, cito os seguintes precedentes:

    "AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA.

    P E T R L E O B R A S I L E I R O S . A . - P E T R O B R A S .SOBRESTAMENTO DO FEITO. REPERCUSSO GERALRECONHECIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

    INCOMPETNCIA DA JUSTIA DO TRABALHO. O SupremoTribunal Federal reconheceu a existncia de repercusso geral

    da questo constitucional suscitada nos autos do Recurso

    Extraordinrio n 586.453-7, em que se discute a competncia

    da Justia do Trabalho para o exame de pedidos relativos

    complementao de aposentadoria paga por entidade de

    previdncia privada. Porm, nos termos do art. 543-B, 1, doCPC, o reconhecimento da repercusso geral enseja osobrestamento apenas dos recursos a serem examinados pelo

    prprio STF, e no daqueles de competncia do TST, motivo

    por que se rejeita o pedido". (TST - 4 Turma - AIRR 48300-49.2009.5.15.0126 - Relator Fernando Eizo Ono - DEJT

    30.06.2011).

    "RECURSO DE REVISTA - SOBRESTAMENTO INVOCADO EM

    CONTRARRAZES - REPERCUSSO GERAL DA MATRIA. I -No obstante o STF tenha reconhecido a existncia de

    repercusso geral da questo constitucional relativa

    responsabilizao da Administrao Pblica por encargos

    trabalhistas gerados pelo inadimplemento da empresa

    prestadora de servio, prevista no artigo 71, 1, da Lei8.666/93, o certo que no mbito do recurso de revista no h

    o sobrestamento do feito, que est jungido hiptese deinterposio de recurso extraordinrio, conforme se verifica do

    artigo 543-B, 1, do CPC. II - Rejeitado (...)" (TST - 4 Turma -RR 353500-52.2008.5.12.0038 - Relator Ministro Antnio Jos

    de Barros Levenhagen - DEJT 10/09/2010).

    "RECURSO DE EMBARGOS. PEDIDO DE SOBRESTAMENTO

    DO FEITO. EXISTNCIA DE REPERCUSSO GERAL NO STFJ VERIFICADA. ART. 543, B, DO CPC. O Regimento Internodo STF, nos termos do que prev o art. 543-B, caput, do CPC,

    determina que - o Tribunal de origem no emitir juzo deadmissibilidade sobre os recursos extraordinrios jsobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, at

    que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido

    selecionados nos termos do 1 daquele artigo - (art. 328-A doRI/STF. Assim, extrai-se que no h determinao para

    sobrestamento dos Embargos quando do reconhecimento da

    Repercusso Geral no STF, mas to-somente dos recursos

    acerca da matria que venham a ser alados ao STF, em

    Recurso Extraordinrio (...)" (TST - 4 Turma - E-ED-RR 113200-09.2006.5.05.0002 - Relator Ministro Aloysio Corra da Veiga -

    DEJT 06/08/2010).

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 21Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    CONCLUSO

    Diante do exposto, DENEGO seguimento ao recurso de revista.

    Cumpram-se as formalidades legais.

    Intimem-se.

    Recife, 11 de maio de 2015.

    ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO

    Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da vice-

    presidncia

    Al

    NotificaoProcesso N RO-0000250-14.2013.5.06.0413

    Relator HELIO LUIZ FERNANDES GALVAORECORRENTE BV FINANCEIRA SA CREDITO

    FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOADVOGADO MARIANA VELLOSO BORGES

    BEZERRA DE CARVALHO(OAB:0019426)

    ADVOGADO ANDERSON RIBEIRO FERRARI(OAB:18348)

    ADVOGADO Meire Chrystian Linhares Neto(OAB:0144616)

    RECORRENTE BANCO VOTORANTIM S.A.ADVOGADO MARIANA VELLOSO BORGES

    BEZERRA DE CARVALHO(OAB:0019426)

    ADVOGADO ANDERSON RIBEIRO FERRARI(OAB:18348)

    ADVOGADO Meire Chrystian Linhares Neto(OAB:0144616)

    RECORRENTE EUGENIA LOURENCO DE SOUZAADVOGADO GABRIELA GARCIA ESCOBAR(OAB:

    0001111)ADVOGADO RIKA BARRETO GONALVES DE

    OLIVEIRA(OAB: 024256)RECORRIDO EUGENIA LOURENCO DE SOUZAADVOGADO RIKA BARRETO GONALVES DE

    OLIVEIRA(OAB: 024256)ADVOGADO GABRIELA GARCIA ESCOBAR(OAB:

    0001111)RECORRIDO CP PROMOTORA DE VENDAS S.A.ADVOGADO MARIA APARECIDA LACERDA

    RAMOS(OAB: 0222586)ADVOGADO MARIANA VELLOSO BORGES

    BEZERRA DE CARVALHOADVOGADO Meire Chrystian Linhares NetoRECORRIDO BV FINANCEIRA SA CREDITO

    FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOADVOGADO MARIA APARECIDA LACERDA

    RAMOS(OAB: 0222586)ADVOGADO ANDERSON RIBEIRO FERRARIRECORRIDO BANCO VOTORANTIM S.A.ADVOGADO MARIA APARECIDA LACERDA

    RAMOS(OAB: 0222586)TERCEIROINTERESSADO

    UNIO FEDERAL - PGF

    CUSTUS LEGIS * Ministrio Pblico do Trabalho da 6Regio *

    PODER JUDICIRIO

    JUSTIA DO TRABALHO

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO

    AGRAVO DE INSTRUMENTO

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  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 22Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    PROC. TRT N: 0000250-14.2013.5.06.0413

    (AIRR)

    Agravantes: B V F I N A N C E I R A S . A . -

    CRDITO, FINANCIAMENTO E

    Advogado: Anderson Ribei ro Ferrar i

    (OAB/PE 18348-D)

    Agravada: EUGNIA LOURENO DESOUZA

    Advogada: Gabr ie la Garc ia Escobar

    (OAB/PE 1111 -B)

    Trata-se de agravo de instrumento interposto contra despacho

    que indeferiu o processamento de recurso de revista.

    Publicada a deciso agravada no DEJT em 10/04/2015 (sexta-feira) e apresentadas as razes deste apelo em 20/04/2015(segunda-feira), tem-se por configurada a sua tempestividade,conforme se pode ver dos documentos IDs bdff0ef e 3b8c6e4.

    A representao advocatcia est regularmente demonstrada

    (ID 196016 e 196006).

    Preparo efetuado corretamente (ID b82fe86).

    Mantenho o despacho agravado e, por via de consequncia,

    determino o processamento do presente recurso.

    Intime-se a parte recorrida para, querendo, oferecer

    contrarrazes ao agravo e respectivo recurso de revista.

    Aps o transcurso do prazo, determino o envio do processo ao

    Tribunal Superior do Trabalho.

    Recife, 14 de maio de 2015.

    ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO

    Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da Vice-

    Presidncia

    Je

    NotificaoProcesso N RO-0000256-15.2014.5.06.0145

    Relator IVANILDO DA CUNHA ANDRADERECORRENTE VIACON CONSTRUCOES E

    MONTAGENS LTDA.ADVOGADO THIAGO FRANCISCO DE MELO

    CAVALCANTI(OAB: 0023179)RECORRIDO JOSE TERTULIANO MENDES FILHOADVOGADO SUELEN KARINE GOMES

    BRAGA(OAB: 0030525)ADVOGADO FREDERICO MELO TAVARES(OAB:

    0017824)

    PODER JUDICIRIO

    Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435

  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 23Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    JUSTIA DO TRABALHO

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO

    RECURSO DE REVISTA

    PROC. N: 0000256-15.2014.5.06.0145 (RO)

    Recorrente: VIACON CONSTRUCOES E MONTAGENS LTDA

    Advogado:Thiago Francisco de Melo Cavalcanti (OAB/PE23179-D)

    Recorrido: JOSE TERTULIANO MENDES FILHO

    Advogada: Suelen Karine Gomes Braga (OAB/PE 30525-D)

    Trata-se de Recurso de Revista interposto em face de acrdo

    proferido pela Quarta Turma em sede de Recurso Ordinrio.

    CONSIDERAES PRELIMINARES

    De incio, impende registrar que, em obedincia ao disposto no

    5 do artigo 896 da CLT, procedi anlise prvia de todos ostemas abordados no presente apelo, a fim de identificar a

    existncia de matrias passveis de uniformizao de

    jurisprudncia, fato que precede a apreciao dos requisitosde admissibilidade recursal.

    No tendo constatado a existncia de decises atuais e

    conflitantes, no mbito deste Regional, em relao aos tpicos

    apresentados neste recurso, passo anl ise da

    admissibi l idade da presente Revista .

    PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS

    O apelo tempestivo, tendo em vista que a publicao da

    deciso recorrida se deu em 20.04.2015 e a apresentao das

    razes recursais em 28.04.2015 (IDs f8dc833 e e15fe0c).

    A representao advocatcia est regularmente demonstrada

    (ID c0aa035).

    O preparo foi corretamente efetivado (IDs ac1d8ca, f4ce83c).

    PRESSUPOSTOS INTRNSECOS

    ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

    PARTICIPAO NOS LUCROS E RESULTADOS

    MULTA CONVENCIONAL

    Alegaes:

    Insurge-se a parte recorrente contra o acrdo regional no que

    diz respeito ao pagamento do adicional de insalubridade,

    argumentando, em sntese, que sempre prestou a segurana

    necessria a seus empregadores de modo que o recorrido

    trabalhava com os EPI's necessrios para elidirem eventuais

    agentes insalubres. Sustenta, assim, que no deve prosperar o

    laudo pericial existente nos autos, tendo em vista encontra-se

    eivado de vcios, porque foi realizado tendo como ponto

    fundamental a "presuno" do reclamante. Aduz que o

    acrdo que se combate entendeu, erroneamente, por manter

    a condenao na participao nos lucros e resultados e aplicar

    a multa convencional. Explica que a conveno coletiva que

    embasa tal condenao e a multa no aplicvel ao obreiro,

    pois no engloba a atividade preponderante desempenhada

    pela Viacon que, alis, no participou de sua negociao.

    No obstante o inconformismo apresentado, o apelo no

    ultrapassa o crivo da admissibilidade recursal.

    Com o advento da Lei n 13.015/2014, o art. 896 da CLT passou

    a vigorar com nova redao, nele tendo sido includo, dentre

    outros, o 1-A, dispondo que para o processamento do

    Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435

  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 24Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    Recurso de Revista, a parte deve indicar, para cada tema

    trazido ao reexame, o trecho da deciso recorrida que

    consubstancia o prequestionamento da controvrsia, objetodo apelo. Ademais, a nova ordem exige a apresentao de tese

    explcita e fundamentada de violao legal, de contrariedade

    Smula de jurisprudncia da C. Corte Revisora e Smulavinculante do E. STF ou de dissenso pretoriano, no suprindo

    a exigncia a simples meno s ofensas que a parte entenda

    existir. Alm disso, deve a parte impugnar todos os

    fundamentos jurdicos da deciso recorrida, tudo isso sobpena de no conhecimento do seu apelo. Tal fato se d pela

    necessidade de se delimitar, de forma clara e objetiva, ospontos controvertidos a serem analisados, em relao aos

    quais a parte espera reforma.

    Interpretando o novo dispositivo legal, o ministro do Tribunal

    Superior do Trabalho Cludio Brando, em obra doutrinria,

    defende o seguinte:

    "Assim, cabe ao recorrente, nas razes do Recurso de Revista,

    indicar (o que significa transcrever) o trecho da decisorecorrida que revele a resposta do tribunal de origem quanto

    ao tema, ou seja, o pronunciamento prvio sobre a matria quep r e t e n d e s e j a r e a p r e c i a d o ( o d e n o m i n a d oprequestionamento)" (Reforma do Sistema RecursalTrabalhista. Comentrios Lei n. 13.015/2014. So Paulo, LTr,

    2015, p. 53).

    Assim, considerando que o recorrente no cuidou de indicar,

    nas razes do recurso, os trechos da deciso recorrida que

    configuram o prequestionamento da controvrsia,

    inviabilizado est o conhecimento de seu apelo, nos termos do

    inciso I do 1- A do art. 896 da CLT, acrescentado pela Lei n13.015 de 22/09/2014.

    CONCLUSO

    Diante do exposto, DENEGO seguimento ao apelo.

    Cumpram-se as formalidades legais.

    Intimem-se.

    Recife, 11 de maio de 2015.

    ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO

    Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da vice-

    presidncia

    mscs

    NotificaoProcesso N ROPS-0000338-55.2014.5.06.0142

    Relator IVANILDO DA CUNHA ANDRADERECORRENTE TIM CELULAR S.A.ADVOGADO MAURILIO SERGIO DA SILVA

    FILHO(OAB: 0029554)RECORRIDO JAIME PEREIRA DA SILVA JUNIORADVOGADO SIMONE CIRINO TEIXEIRA(OAB:

    0019124)

    PODER JUDICIRIO

    JUSTIA DO TRABALHO

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO

    RECURSO DE REVISTA

    PROC.TRT N:0000338-55.2014.5.06.0142 (RR)

    Recorrente:TIM CELULAR S/A

    Advogado:Bruno Cavalcanti Revoredo (OAB/PE 26709)

    Recorrido:JAIME PEREIRA DA SILVA JUNIOR

    Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435

  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 25Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    Advogado:Simone Cirino Teixeira (OAB/PE 19124)

    Trata-se de Recurso de Revista interposto em face de acrdo

    proferido pela Quarta Turma, em sede de Recurso Ordinrio.

    CONSIDERAES PRELIMINARES

    De incio, impende registrar que, em obedincia ao disposto no

    5 do artigo 896 da CLT, procedi anlise prvia de todos ostemas abordados no presente apelo, a fim de identificar a

    existncia de matrias passveis de uniformizao de

    jurisprudncia, fato que precede a apreciao dos requisitosde admissibilidade recursal.

    No tendo constatado a existncia de decises atuais e

    conflitantes, no mbito deste Regional, em relao aos tpicos

    apresentados neste recurso, passo anl ise da

    admissibi l idade da presente Revista .

    PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS

    O apelo tempestivo, tendo em vista que a publicao da

    deciso recorrida se deu em 23.03.2015 (segunda-feira) e aapresentao das razes recursais em 31/03/2015 (tera-feira),conforme se pode ver dos documentos IDs 9f543be e d10ea3b.

    A representao advocatcia est regularmente demonstrada

    (ID abc5b45).

    Preparo regularmente efetuado, como se pode ver dos IDs

    b59d870, b59d870 e 2724e99.

    PRESSUPOSTOS INTRNSECOS

    ASSDIO MORAL / ATINGIMENTO DE METAS

    Em suas razes, o recorrente aduz que houve violao de lei

    federal - art. 818, da CLT, e 333, I, do CPC, no que concerne a

    suposto assdio moral, uma vez que o reclamante no se

    desincumbiu de seu nus probatrio. Afirma que no h

    registro de que os problemas de ordem mental do obreiro

    decorreram de atitude ilcita da reclamada. Em seguida,

    apontando divergncia jurisprudencial, transcreve arestosacerca do nus do empregado, na comprovao do

    atingimento de metas, nos termos do art. 818 da CLT e art. 333,

    I, do CPC.

    Ocorre que no houve condenao a respeito, seja nasentena meritria, seja no recurso ordinrio, configurando-se,assim, razo por si s suficiente para obstaculizar o

    processamento da revista, nestes tpicos.

    SEGURO DESEMPREGO

    Quanto ao seguro desemprego, afirma o recorrente que a

    pretendida indenizao substitutiva, se concedida, implicar

    violao direta ao art. 5, inciso II, da Carta da Repblica.

    Todavia, neste ponto, o apelo no ultrapassa o crivo da

    admissibilidade recursal.

    Com o advento da Lei n 13.015/2014, o art. 896 da CLT passou

    a vigorar com nova redao, nele tendo sido includo, dentre

    outros, o 1-A, dispondo que para o processamento doRecurso de Revista, a parte deve indicar, para cada tema

    trazido ao reexame, o trecho da deciso recorrida que

    consubstancia o prequestionamento da controvrsia, objetodo apelo. Ademais, a nova ordem exige a apresentao de tese

    explcita e fundamentada de violao legal, de contrariedade

    Smula de jurisprudncia da C. Corte Revisora e Smulavinculante do E. STF ou de dissenso pretoriano, no suprindo

    a exigncia a simples meno s ofensas que a parte entenda

    existir. Alm disso, deve a parte impugnar todos os

    fundamentos jurdicos da deciso recorrida, tudo isso sobpena de no conhecimento do seu apelo. Tal fato se d pela

    necessidade de se delimitar, de forma clara e objetiva, ospontos controvertidos a serem analisados, em relao aos

    quais a parte espera reforma.

    Interpretando o novo dispositivo legal, o ministro do Tribunal

    Superior do Trabalho Cludio Brando, em obra doutrinria,

    defende o seguinte:

    "Assim, cabe ao recorrente, nas razes do Recurso de Revista,

    Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435

  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 26Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    indicar (o que significa transcrever) o trecho da decisorecorrida que revele a resposta do tribunal de origem quanto

    ao tema, ou seja, o pronunciamento prvio sobre a matria quep r e t e n d e s e j a r e a p r e c i a d o ( o d e n o m i n a d oprequestionamento)" (Reforma do Sistema RecursalTrabalhista. Comentrios Lei n. 13.015/2014. So Paulo, LTr,

    2015, p. 53).

    Deste modo, considerando que o recorrente no cuidou de

    indicar, nas razes do recurso, os trechos da deciso recorrida

    que configuram o prequestionamento da controvrsia,

    inviabilizado est o conhecimento de seu apelo, nos termos do

    inciso I do 1- A do art. 896 da CLT, acrescentado pela Lei n13.015 de 22/09/2014.

    CONCLUSO

    Diante do exposto, DENEGO seguimento ao recurso de revista.

    Cumpram-se as formalidades legais.

    Intimem-se.

    Recife, 11 de maio de 2015.

    ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO

    Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da vice-

    presidncia

    md

    NotificaoProcesso N RO-0000355-26.2014.5.06.0002

    Relator GILVANILDO DE ARAUJO LIMARECORRENTE JOSE ANJOS DIASADVOGADO GISELE LUCY MONTEIRO DE

    MENEZES CABREIRA(OAB: 0017242)ADVOGADO LUCIANA BRITO MONTEIRO(OAB:

    0027878)RECORRIDO EMPRESA DE MANUTENCAO E

    LIMPEZA URBANA EMLURBADVOGADO FREDERICO DA COSTA PINTO

    CORREA(OAB: 0008375)

    PODER JUDICIRIO

    JUSTIA DO TRABALHO

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO

    RECURSO DE REVISTA

    PROC.TRT N: 0000355-26.2014.5.06.0002 (RO)

    Recorrente: JOS ANJOS DIAS

    Advogadas:Luciana Brito Monteiro (OAB/PE 27878) eGisele Lucy Monteiro De Menezes Cabreira

    Recorrida:EMPRESA DE MANUTENO E LIMPEZAURBANA - EMLURB

    Advogado:Frederico da Costa Pinto Correa (OAB/PE8375-D)

    Trata-se a hiptese de Recurso de Revista interposto em face

    de acrdo proferido pela 4 Turma em sede de Recurso

    Ordinrio.

    CONSIDERAES PRELIMINARESDe incio, impende registrar que, em obedincia ao disposto no

    5 do artigo 896 da CLT, procedi anlise prvia de todos ostemas abordados no presente apelo, a fim de identificar a

    existncia de matrias passveis de uniformizao de

    jurisprudncia, fato que precede a apreciao dos requisitos deadmissibilidade recursal.

    No tendo constatado a existncia de decises atuais e

    conflitantes, no mbito deste Regional, em relao aos tpicos

    apresentados neste recurso , passo an l ise da

    admiss ib i l idade da presente Rev is ta .

    PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS

    O apelo tempestivo, tendo em vista que a publicao da

    deciso recorrida se deu em 13/03/2015 (sexta-feira) e aapresentao das razes recursais em 23/03/2015 (segunda-feira), conforme se pode ver dos documentos IDs 5b49cd2 ebb4eae3.

    Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435

  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 27Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    A representao advocatcia est regularmente demonstrada

    (ID 1949681).

    Dispensado, na hiptese, o preparo (ID 6e3c0e9).

    PRESSUPOSTOS INTRNSECOS

    DISPENSA IMOTIVADA DE EMPREGADO PBLICO SOBREGIME DA CLT.

    Alegaes:

    - violao dos artigos 1, 7, inciso XXX e artigo 37, da

    Constituio Federal;

    - violao da Lei n 9784/1999, artigo 2 e artigo 50;

    - Violao da Lei n 9.029/1995; e

    - divergncia jurisprudencial.

    Indicando expressamente o trecho da deciso recorrida que

    consubstancia o prequestionamento da controvrsia, objetodo presente apelo, nos termos do art. 896, 1-A, incs. I e II, daCLT, a parte recorrente insurge-se contra o julgado,pretendendo a sua reintegrao no emprego pblico, com

    pagamento dos salrios vencidos e vincendos, alm dos

    consectrios legais, bem como a condenao em custas e

    honorrios sindicais. Alega que se deve garantir a estabilidade

    do servidor pblico e que sua dispensa precisa de motivao.

    Sustenta que a aposentadoria no pode ser motivao para o

    ato administrativo da dispensa.

    Quanto ao tema, consta dos fundamentos do acrdo

    recorrido, textualmente (ID 6e3c0e9):

    "O reclamante no considerado servidor pblico, sendo o

    seu vnculo regido pelas normas da CLT. Ademais, na pea de

    ingresso, o obreiro invocou o teor dos artigos 37, 41 e 173, 1,da CLT.

    Ocorre que no h como se conferir a suposta estabilidade ao

    demandante. O mesmo no servidor pblico, at porque se

    essa fosse a natureza do seu vnculo contratual, a

    competncia para anlise e julgamento da presente demanda,

    no seria dessa Justia Especializada, mas sim, de

    competncia da Justia Comum.

    Ademais, a questo relativa existncia ou no da

    estabilidade, com relao aos empregados pblicos foi

    pacificada pelo C. TST atravs da Smula 390, II, verbis:

    'ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA.

    ADMINISTRAO DIRETA, AUTRQUICA OU FUNDACIONAL.APLICABILIDADE. EMPREGADO DE EMPRESA PBLICA ESOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. INAPLICVEL.I - O servidor pblico celetista da administrao direta,

    autrquica ou fundacional beneficirio da estabilidade

    prevista no art. 41 da CF/1988.

    II - Ao empregado de empresa pblica ou de sociedade de

    economia mista, ainda que admitido mediante aprovao em

    concurso pblico, no garantida a estabilidade prevista no

    art. 41 da CF/1988.'

    E o entendimento expressado igualmente na Orientao

    Jurisprudencial 247, da SBDI-1, no sentido de que a

    demisso do empregado pblico, ainda que concursados, no

    precisa de motivao, conforme sua transcrio:

    'SERVIDOR PBLICO. CELETISTA CONCURSADO.DESPEDIDA IMOTIVADA. EMPRESA PBLICA OU SOCIEDADEDE ECONOMIA MISTA. POSSIBILIDADE (alterada - Res. n143/2007) - DJ 13.11.2007I - A despedida de empregados de empresa pblica e de

    sociedade de economia mista, mesmo admitidos por concurso

    pblico, independe de ato motivado para sua validade; ...'

    No caso em anlise, o autor j aposentado desde 22.01.2013(v. (ID 2498637), tendo alegado a reclamada que a dispensa doempregado se deu pela necessidade de reduo, como

    tambm, de renovao dos seus quadros. Contudo, questiona

    o reclamante a ausncia de motivao para o ato praticado

    pela reclamada.

    Sobre a questo, transcrevo a deciso do STF, proferida nos

    autos do RExt 589.998, onde o Relator Ministro Ricardo

    Lewandowski, entendeu que havia repercusso geral sobre a

    tese e decidiu que obrigatria a motivao da dispensa

    unilateral de empregado por empresa pblica e sociedade de

    economia mista, tanto da Unio quanto dos Estados, do DF e

    dos municpios:

    'NA SESSO DO PLENRIO DE 20.3.2013 - Deciso: O Tribunalrejeitou questo de ordem do patrono da recorrente quesuscitava fosse este feito julgado em conjunto com o RE655.283, com repercusso geral reconhecida. Em seguida,

    colhido o voto-vista do Ministro Joaquim Barbosa (Presidente),o Tribunal deu provimento parcial ao recurso extraordinrio

    Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435

  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 28Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    para reconhecer a inaplicabilidade do art. 41 da Constituio

    Federal e exigir-se a necessidade de motivao para a prtica

    legtima do ato de resciso unilateral do contrato de trabalho,

    vencidos parcialmente os Ministros Eros Grau e Marco Aurlio.

    O Relator reajustou parcialmente seu voto. Em seguida, oTribunal rejeitou questo de ordem do advogado da EmpresaBrasileira de Correios e Telgrafos - ECT que suscitava fossem

    modulados os efeitos da deciso. Plenrio, 20.03.2013.'

    Assim, a partir da interpretao da deciso da Suprema Corte,

    de forma totalmente contraditria, afirma desnecessria a

    instaurao de inqurito para a apreciao do ato

    demissionrio, no sendo concedida estabilidade decorrente

    desse entendimento.

    Ora, com todas as vnias, basta que se siga a teoria dos

    motivos determinantes do ato. Se se tem que esclarecer, na

    demisso, qual a razo que se est demitindo o empregado,

    logicamente que esse motivo poder ser apreciado

    judicialmente, caso contrrio no teria de existir.Ressalto, todavia, que o obreiro foi admitido em 01.09.1981,

    sem concurso pblico. E sua demisso, em 03.05.2013, seguiu

    os preceitos normativos existentes poca, dos quais havia,

    inclusive, entendimento pacfico perante a Corte Superior

    Trabalhista. Mesmo assim, friso que a dispensa do autor teve

    como motivao a 'necessidade de correo de distores

    administrativo-geradas ao longo do tempo, de reduo de

    gastos na folha de pessoal, considerando o fator

    aposentadoria como critrio primeiro de afastamentos dos

    empregados em tal situao, permitindo, assim, uma futura

    renovao do quadro, por meio, enfim, de concurso pblico',

    conforme se verifica do documento anexado sob o ID 2498606.

    De mais a mais, destaco que, at hoje, quando o empregadordemite o empregado sem justa causa, pagando os valoresdevidos, inclusive decorrentes da demisso por causa injusta,j previstos em lei, no ter porque ver seu ato de demissoapreciado judicialmente."

    Confrontando os argumentos da parte recorrente com os

    fundamentos do acrdo regional, no vislumbro violao aos

    dispositivos acima enumerados, sendo certo que o decisrio

    se fundou em norma constitucional aplicvel espcie, qual

    seja, o artigo 173, 1, II, da CF e na Smula 390, inciso II, doTST. Ademais, no possvel obter o processamento da

    revista quando esta diverge do entendimento iterativo, atual e

    notrio, o que o caso, ante o teor da OJ n 247 da SDI-1 do

    TST, o que inviabiliza o processamento da revista tambm por

    dissenso jurisprudencial (Smula n 333 do TST).

    CONCLUSO

    Diante do exposto, DENEGO seguimento ao recurso de revista.

    Cumpram-se as formalidades legais.

    Intimem-se.

    Recife, 14 de maio de 2015.

    ENEIDA MELO CORREIA DE ARAJO

    Desembargadora Federal do Trabalho no exerccio da Vice-

    Presidncia

    RRJ

    NotificaoProcesso N RO-0000362-61.2014.5.06.0311

    Relator IVANILDO DA CUNHA ANDRADERECORRENTE COMERCIAL E IMPORTADORA DE

    PNEUS LTDA - PNEUACADVOGADO LUIZ CARLOS AMORIM

    ROBORTELLA(OAB: 0033156)RECORRENTE COMERCIAL E IMPORTADORA LTDA

    - PNEUACADVOGADO LUIZ CARLOS AMORIM

    ROBORTELLA(OAB: 0033156)RECORRIDO SINDICATO DO COMERCIO DE

    AUTO PECAS DO ESTADO DE PEADVOGADO WILTON ANDRADE DE SOUZA

    JNIOR(OAB: 0016890)

    PODER JUDICIRIO

    JUSTIA DO TRABALHO

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO

    RECURSO DE REVISTA

    Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435

  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 29Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    PROC. N: 0000362-61.2014.5.06.0311 (RO)

    Recorrente:COMERCIAL E IMPORTADORA DE PNEUS

    LTDA.

    Advogado: Luiz Carlos Amorim Robortella (OAB/SP 25027)

    Recorrido:SINDICATO DO COMRCIO DE AUTO PEASDO ESTADO DE PERNAMBUCO

    Advogado: Wilton Andrade de Souza (OAB/PE 16890-D)

    Trata-se de Recurso de Revista interposto em face de acrdo

    proferido pela Quarta Turma em sede de Recurso Ordinrio.

    CONSIDERAES PRELIMINARES

    De incio, impende registrar que, em obedincia ao disposto no

    5 do artigo 896 da CLT, procedi anlise prvia de todos ostemas abordados no presente apelo, a fim de identificar a

    existncia de matrias passveis de uniformizao de

    jurisprudncia, fato que precede a apreciao dos requisitosde admissibilidade recursal.

    No tendo constatado a existncia de decises atuais e

    conflitantes, no mbito deste Regional, em relao aos tpicos

    apresentados neste recurso, passo anl ise da

    admissibi l idade da presente Revista .

    PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS

    O apelo tempestivo, tendo em vista que a publicao da

    deciso recorrida se deu em 31/03/2015 (tera-feira) e aapresentao das razes recursais em 08/04/2015 (quarta-feira), conforme se pode ver dos documentos IDs dfeaea2 e86260f7.

    A representao advocatcia est regularmente demonstrada

    (ID 2637222).

    Desnecessrio, na hiptese, o preparo, ante a garantia do juzo(IDs 3cd51ae e 7a7d684).

    PRESSUPOSTOS INTRNSECOS

    NEGATIVA DA PRESTAO JURISDICIONAL / MULTA POREMBARGOS PROTELATRIOS

    A parte recorrente argui a nulidade processual por negativa da

    prestao jurisdicional, sob a alegao de que o Colegiadoregional no apreciou as questes fticas suscitadas,

    referentes caracterizao dos honorrios advocatcios e no

    preenchimento dos requisitos das smulas 219 e 329 do TST,

    mesmo aps a oposio de embargos declaratrios. Mostra-se

    inconformada com a aplicao da multa por oposio de

    embargos de declarao considerados protelatrios,

    afirmando que a oposio deles era necessria para que o

    Regional sanasse as omisses acerca das questes

    invocadas.

    No obstante o inconformismo apresentado, o apelo no

    ultrapassa o crivo da admissibilidade recursal.

    Com o advento da Lei n 13.015/2014, o art. 896 da CLT passou

    a vigorar com nova redao, nele tendo sido includo, dentre

    outros, o 1-A, dispondo que para o processamento doRecurso de Revista, a parte deve indicar, para cada tema

    trazido ao reexame, o trecho da deciso recorrida que

    consubstancia o prequestionamento da controvrsia, objetodo apelo. Ademais, a nova ordem exige a apresentao de tese

    explcita e fundamentada de violao legal, de contrariedade

    Smula de jurisprudncia da C. Corte Revisora e Smulavinculante do E. STF ou de dissenso pretoriano, no suprindo

    a exigncia a simples meno s ofensas que a parte entenda

    existir. Alm disso, deve a parte impugnar todos os

    fundamentos jurdicos da deciso recorrida, tudo isso sobpena de no conhecimento do seu apelo. Tal fato se d pela

    necessidade de se delimitar, de forma clara e objetiva, ospontos controvertidos a serem analisados, em relao aos

    quais a parte espera reforma.

    Interpretando o novo dispositivo legal, o ministro do Tribunal

    Superior do Trabalho Cludio Brando, em obra doutrinria,

    defende o seguinte:

    Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435

  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 30Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    "Assim, cabe ao recorrente, nas razes do Recurso de Revista,

    indicar (o que significa transcrever) o trecho da decisorecorrida que revele a resposta do tribunal de origem quanto

    ao tema, ou seja, o pronunciamento prvio sobre a matria quep r e t e n d e s e j a r e a p r e c i a d o ( o d e n o m i n a d oprequestionamento)" (Reforma do Sistema RecursalTrabalhista. Comentrios Lei n. 13.015/2014. So Paulo, LTr,

    2015, p. 53).

    Deste modo, considerando que o recorrente no cuidou de

    indicar, nas razes do recurso, os trechos da deciso recorrida

    que configuram o prequestionamento da controvrsia,

    inviabilizado est o conhecimento de seu apelo, nos termos do

    inciso I do 1- A do art. 896 da CLT, acrescentado pela Lei n13.015 de 22/09/2014.

    LEGITIMIDADE PASSIVA / LITISCONSORTE PASSIVO /

    PRESCRIO / CONTRIBUIO SINDICAL / HONORRIOSADVOCATCIOS

    Alegaes:

    -divergncia com a smula 219, 294 e 329 do C. TST;

    -afronta ao artigo 5, inciso XX, 8, inciso inciso V, I7, inciso

    XXIX, da Constituio Federal;

    -violao ao artigo 11, 511, 578 e 579, da CLT; 47, pargrafo

    nico, 77 e ss., 267, inciso VI, 269, IV, 334 do CPC; 309 do

    Cdigo Civil; e

    -divergncia jurisprudencial.

    Atendendo as exigncias formais para conhecimento do seu

    apelo, previstas no art. 896, 1-A, incs. I a III, da CLT, a parterecorrente insurge-se contra o posicionamento do Colegiado

    regional, pugnando pelo chamamento ao processo da entidade

    sindical que representa a categoria econmica da recorrente,

    no caso, o SINDICATO DOS LOJISTAS DO COMRCIO DECARUARU, como litisconsorte passivo e a quem pagou todas

    as contribuies sindicais a partir de 2012. Inconforma-se com

    a declarao da prescrio bienal, apontando existir violao

    literalidade do art. 11 da CLT, bem como ao artigo 7, inciso

    XXIX, da Constituio Federal. Quanto s contribuies

    sindicais, sustenta que nunca foi associada ao sindicato do

    autor, uma vez que sua atividade principal o "Comrcio a

    varejo de pneumticos e cmara de ar", sem qualquer relaocomo comrcio de auto peas, portanto no obrigado a

    cumprir clusula de outro sindicato. Por fim, inconforma-se

    com a condenao ao pagamento dos honorrios

    advocatcios, alegando que o deferimento dos honorrios est

    condicionado existncia da assistncia jurdica prestada pelosindicato da categoria, o que no foi o caso . Aponta ofensa ao

    disposto nas smulas 219 e 329 do TST e OJ 305, da SDI-1,

    tambm do TST.

    Consta no acrdo impugnado (ID 03ea4b9):

    "Contribuies sindicais dos anos de 2009 a 2014

    Anoto, de plano, que o requisito de legitimidade para a

    demanda (e correlata legitimidade passiva frente a quem amesma proposta), traduzindo uma das condies da ao,deve ser analisado em abstrato, diante do que balizam a inicial

    e as razes contrrias afirmadas na defesa. Neste caso, a

    definio acerca do enquadramento sindical da recorrente diz

    respeito ao mrito (teoria da assero), e como tal seranalisada, pressupondo, inclusive, incurso no acervo

    probatrio coligido.

    Por outro lado, a deciso judicial que porventura determineque a empresa r recolha contribuio sindical em favor do

    sindicato autor no oponvel ao sindicato em favor do qual

    ela espontaneamente recolhe essa contribuio, ou seja, taldeciso em nada obriga a este ltimo, embora possa, na

    prtica, vir a interferir na sua relao com aquela empresa.

    Desse modo, no h de se falar em litisconsrcio necessrio na

    hiptese vertente. Nessa linha j decidiu a 8 Turma do TRT da1 Regio, ao julgar o recurso ordinrio de n. 0001543-46.2011.5.01.0019, conforme trecho da fundamentao que

    passo a transcrever:

    'A indicao do ru da relao de direito material nus do

    autor, que no pode ser obrigado a demandar em face de

    quem no quer, arcando com os riscos de sua opo.

    O litisconsrcio necessrio decorre de fora de lei ou da

    natureza da relao jurdica em que a deciso deva seruniforme para todas as partes, previsto no artigo 47 do CPC, in

    Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 85435

  • 1733/2015 Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio 31Data da Disponibilizao: Segunda-feira, 25 de Maio de 2015

    verbis:

    Art. 47 - H litisconsrcio necessrio, quando, por disposio

    de lei ou pela natureza da relao jurdica, o juiz tiver dedecidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em

    que a eficcia da sentena depender da citao de todos os

    litisconsortes no processo.

    Pargrafo nico - O juiz ordenar ao autor que promova acitao de todos os litisconsortes necessrios, dentro do

    prazo que assinar, sob pena de declarar extinto o processo'.

    No caso dos autos, para decidir se a empresa deve efetuar o

    repasse da contribuio sindical ao autor e sobre a

    representao sindical, no necessrio a presena do outro

    sindicato, que alega a reclamada ser o legtimo representante

    da categoria, no sendo hiptese de deciso uniforme para os

    sindicatos e a sua ausncia no constitui bice eficcia da

    sentena.

    Como bem opinou o ilustre representante do Ministrio Pblico

    do Trabalho: 'Embora, portanto, o julgado possa vir a trazereventuais consequncias prticas na relao entre a

    reclamada e terceiros (o que legitimaria, por exemplo, ainterveno do sindicato discriminado em fls. 83, atravs do

    instituto da assistncia, ante o seu inegvel interesse jurdico),tal situao no constitui o bastante para caracterizar o objetoda demanda como indivisvel (...)' (Relatora: Des. Edith MariaCorra Tourinho; publicado em 21.11.2012) (destaquei)

    Quanto arguio de prescrio, ressalto que o binio de que

    trata o artigo 11 da CLT, invocado nas razes do apelo,

    contado da extino de contrato de trabalho, no se aplicando,

    portanto, matria discutida nestes autos. Doutro vrtice, a

    jurisprudncia do TST firmou-se no sentido de que o prazoprescricional relativo s aes de cobrana de contribuio

    sindical de cinco anos, nos termos do artigo 174 do CTN,

    considerando-se a natureza tributria dessa parcela,

    estabelecida nos artigos 8, IV, da CF (parte final) e 578 e ss.,da CLT. Prazo este contado da constituio do crdito, que se

    d em janeiro de cada ano, ex vi do art. 587, do mesmo diplomaconsolidado. Assim sendo, pronuncio a prescrio da

    contribuio sindical relativa ao ano de 2009, na forma do

    artigo 269, IV, do CPC, j que foi esta ao ajuizada em09.04.2014.

    Relativamente matria de fundo propriamente dita, observo

    constar do estatuto social do sindicato autor que este

    representa a categoria econmica do comrcio de autopeas

    em geral, abrangendo o comrcio varejista de acessrio