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Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil. DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Porto Velho - RO terça-feira, 17 de dezembro de 2013 nº 577 - ano III DOeTCE-RO SUMÁRIO DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL PLENO, DECISÕES SINGULARES E EDITAIS DE CITAÇÃO, AUDIÊNCIA E OFÍCIO Administração Pública Estadual >>Poder Executivo Pág. 1 >>Poder Legislativo Pág. 2 Administração Pública Municipal Pág. 10 CONSELHO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO TCE-RO >>Atos do Conselho Pág. 42 ATOS DA PRESIDÊNCIA >>Portarias Pág. 42 >>Deliberações Superiores Pág. 43 LICITAÇÕES >>Avisos de Licitação Pág. 43 Cons. JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO PRESIDENTE Cons. PAULO CURI NETO VICE-PRESIDENTE Cons. EDÍLSON DE SOUSA SILVA CORREGEDOR Cons. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA OUVIDOR Cons. WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE CONTAS Cons. BENEDITO ANTÔNIO ALVES PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA Cons. VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DAVI DANTAS DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO OMAR PIRES DIAS AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS YVONETE FONTINELLE DE MELO PROCURADORA SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA PROCURADOR ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS PROCURADOR ERNESTO TAVARES VICTORIA PROCURADOR Deliberações do Tribunal Pleno, Decisões Singulares e Editais de Citação, Audiência e Ofício Administração Pública Estadual Poder Executivo DECISÃO PROCESSO Nº: 2802/2012 INTERESSADA: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO ASSUNTO: FISCALIZAÇÃO DE ATOS E CONTRATOS – POSSÍVEIS IRREGULARIDADES NA CONTRATAÇÃO DE TRANSPORTE TERRESTRE PARA ATENDER ÀS OLIMPÍADAS ESCOLARES DE RONDÔNIA, VERSÃO 2012 RESPONSÁVEIS: JÚLIO OLIVAR BENEDITO C.P.F. Nº 927.422.206-82 SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO (PERÍODO: 1º.11.2011 A 14.8.2012) FABÍOLA RAMOS DA SILVA C.P.F. Nº 670.808.982-34 PREGOEIRA DA SUPEL IZABEL DE FÁTIMA LUZ C.P.F. Nº 030.904.017-54 SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO (PERÍODO: A PARTIR DE 14.8.2012) DANIEL GLAUCIO GOMES DE OLIVEIRA C.P.F. Nº 825.930.351-53 SECRETÁRIO ADJUNTO DA SEDUC (PERÍODO: A PARTIR DE 29. 8.2012) MARIONETE SANA ASSUNÇÃO C.P.F. Nº 573.227.402-20 COORDENADORA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DA SEDUC (PERÍODO: A PARTIR DE 10. 5.2012) CLAUDIOVANE LACERDA SILVA C.P.F. Nº 266.310.402-72 COORDENADORA DE ESPORTE E CULTURA ESCOLAR ERIKA DE ARAÚJO ALMEIDA C.P.F. Nº 630.662.032-04 MEMBRO DA COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO E RECEBIMENTO (PERÍODO: A PARTIR DE 10.5.2012) ÍTALO RODRIGO SOARES AGUIAR REIS C.P.F. Nº 834.377.202-44 MEMBRO DA COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO E RECEBIMENTO SOLIMÕES AGÊNCIA DE VIAGENS E TURISMO LTDA. CNPJ: 07.549.414/0001-13, REPRESENTADA PELO SEU PROCURADOR SR. HÉLIO PEREIRA DA SILVA RELATOR: CONSELHEIRO BENEDITO ANTÔNIO ALVES DECISÃO N. 361/2013 – 1ª CÂMARA EMENTA: Administrativo. Fiscalização. Secretaria de Estado da Educação. Supostas irregularidades cometidas pela unidade na contratação de transporte para atender às Olimpíadas Escolares de Rondônia, exercício 2012. Contratação de empresa sem qualificação técnica. Permissão de transferência de execução de serviços a empresas não participantes do certame licitatório. Despesa sem cobertura contratual. Pagamento de despesas sem a devida comprovação da execução dos serviços. Dano ao Erário. Conversão em Tomada de Contas Especial. Unanimidade. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Fiscalização de Atos e Contratos – Possíveis Irregularidades na Contratação de Transporte Terrestre para Atender às Olimpíadas Escolares de Rondônia, Versão 2012, como tudo dos autos consta. A Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES, por unanimidade de votos, decide: I – Converter os autos em Tomada de Contas Especial, na forma do artigo 44 da Lei Complementar nº 154/96 e artigo 65 do Regimento Interno, em virtude da infringência aos princípios da legalidade e moralidade insertos no caput do artigo 37 da Constituição Federal e arts. 62 e 63 da Lei Federal nº 4320/64, em face do pagamento de despesas sem a devida

DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO · 2.692.957,34 (dois milhões, seiscentos e noventa e dois mil, novecentos e cinqüenta e sete reais e trinta e quatro centavos), as quais foram

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Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia

Porto Velho - RO terça-feira, 17 de dezembro de 2013 nº 577 - ano IIIDOeTCE-RO

SUMÁRIO

DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL PLENO, DECISÕES SINGULARES E EDITAIS DE CITAÇÃO, AUDIÊNCIA E OFÍCIO Administração Pública Estadual >>Poder Executivo Pág. 1

>>Poder Legislativo Pág. 2

Administração Pública Municipal Pág. 10

CONSELHO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO TCE-RO >>Atos do Conselho Pág. 42

ATOS DA PRESIDÊNCIA >>Portarias Pág. 42

>>Deliberações Superiores Pág. 43

LICITAÇÕES >>Avisos de Licitação Pág. 43

Cons. JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO PRESIDENTE Cons. PAULO CURI NETO VICE-PRESIDENTE Cons. EDÍLSON DE SOUSA SILVA CORREGEDOR Cons. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA OUVIDOR Cons. WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE CONTAS Cons. BENEDITO ANTÔNIO ALVES PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA Cons. VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DAVI DANTAS DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO OMAR PIRES DIAS AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS YVONETE FONTINELLE DE MELO PROCURADORA SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA PROCURADOR ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS PROCURADOR ERNESTO TAVARES VICTORIA PROCURADOR

Deliberações do Tribunal Pleno, Decisões Singulares e Editais de Citação, Audiência e Ofício

Administração Pública Estadual

Poder Executivo

DECISÃO

PROCESSO Nº: 2802/2012 INTERESSADA: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO ASSUNTO: FISCALIZAÇÃO DE ATOS E CONTRATOS – POSSÍVEIS IRREGULARIDADES NA CONTRATAÇÃO DE TRANSPORTE TERRESTRE PARA ATENDER ÀS OLIMPÍADAS ESCOLARES DE RONDÔNIA, VERSÃO 2012 RESPONSÁVEIS: JÚLIO OLIVAR BENEDITO C.P.F. Nº 927.422.206-82 SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO (PERÍODO: 1º.11.2011 A 14.8.2012) FABÍOLA RAMOS DA SILVA C.P.F. Nº 670.808.982-34 PREGOEIRA DA SUPEL IZABEL DE FÁTIMA LUZ C.P.F. Nº 030.904.017-54 SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO (PERÍODO: A PARTIR DE 14.8.2012) DANIEL GLAUCIO GOMES DE OLIVEIRA C.P.F. Nº 825.930.351-53 SECRETÁRIO ADJUNTO DA SEDUC (PERÍODO: A PARTIR DE 29. 8.2012) MARIONETE SANA ASSUNÇÃO C.P.F. Nº 573.227.402-20 COORDENADORA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DA SEDUC (PERÍODO: A PARTIR DE 10. 5.2012) CLAUDIOVANE LACERDA SILVA C.P.F. Nº 266.310.402-72 COORDENADORA DE ESPORTE E CULTURA ESCOLAR ERIKA DE ARAÚJO ALMEIDA C.P.F. Nº 630.662.032-04 MEMBRO DA COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO E RECEBIMENTO (PERÍODO: A PARTIR DE 10.5.2012) ÍTALO RODRIGO SOARES AGUIAR REIS C.P.F. Nº 834.377.202-44 MEMBRO DA COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO E RECEBIMENTO SOLIMÕES AGÊNCIA DE VIAGENS E TURISMO LTDA. CNPJ: 07.549.414/0001-13, REPRESENTADA PELO SEU PROCURADOR SR. HÉLIO PEREIRA DA SILVA RELATOR: CONSELHEIRO BENEDITO ANTÔNIO ALVES

DECISÃO N. 361/2013 – 1ª CÂMARA

EMENTA: Administrativo. Fiscalização. Secretaria de Estado da Educação. Supostas irregularidades cometidas pela unidade na contratação de transporte para atender às Olimpíadas Escolares de Rondônia, exercício 2012. Contratação de empresa sem qualificação técnica. Permissão de transferência de execução de serviços a empresas não participantes do certame licitatório. Despesa sem cobertura contratual. Pagamento de despesas sem a devida comprovação da execução dos serviços. Dano ao Erário. Conversão em Tomada de Contas Especial. Unanimidade.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Fiscalização de Atos e Contratos – Possíveis Irregularidades na Contratação de Transporte Terrestre para Atender às Olimpíadas Escolares de Rondônia, Versão 2012, como tudo dos autos consta.

A Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES, por unanimidade de votos, decide:

I – Converter os autos em Tomada de Contas Especial, na forma do artigo 44 da Lei Complementar nº 154/96 e artigo 65 do Regimento Interno, em virtude da infringência aos princípios da legalidade e moralidade insertos no caput do artigo 37 da Constituição Federal e arts. 62 e 63 da Lei Federal nº 4320/64, em face do pagamento de despesas sem a devida

2 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 577 ano III terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

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comprovação da execução dos serviços, restando evidenciado dano ao erário; e

II – Retornar os autos ao Gabinete do Relator, após adoção da medida prevista no item I desta Decisão, para prolação de Despacho de Definição de Responsabilidade, em face das irregularidades apontadas na conclusão do Relatório Técnico (fls. 573/573v), nos termos do artigo 12 da Lei Complementar nº 154/96.

Participaram da Sessão os Conselheiros FRANCISCO CARVALHO DA SILVA e BENEDITO ANTÔNIO ALVES (Relator); o Conselheiro-Substituto FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA; o Conselheiro Presidente da Sessão, EDÍLSON DE SOUSA SILVA; a Procuradora do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, YVONETE FONTINELLE DE MELO.

Sala das Sessões, 26 de novembro de 2013.

EDÍLSON DE SOUSA SILVA Conselheiro Presidente da Sessão Primeira Câmara BENEDITO ANTÔNIO ALVES Conselheiro Relator YVONETE FONTINELLE DE MELO Procuradora do M. P. junto ao TCE-RO

DECISÃO MONOCRÁTICA

EXTRATO PROCESSO N.: 02261/2013 INTERESSADO: Superintendência Estadual de Compras e Licitações ASSUNTO: Análise de Edital de Licitação: Pregão Eletrônico n. 271/2013/SUPEL/RO (Proc. Admin. n. 01.1108.00061-00/2012) RESPONSÁVEIS: MÁRCIO ROGÉRIO GABRIEL, CPF n. 302.479.472-00, Superintendente da SUPEL SÍLVIA CAETANO RODRIGUES, CPF n. 488.726.526-34, Pregoeira da SUPEL RELATOR: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES

Ementa: Administrativo. Fiscalização de Atos e Contratos. Edital de Licitação. Pregão Eletrônico n. 271/2013/SUPEL/RO, promovido pela Superintendência Estadual de Compras e Licitações – SUPEL/RO. Formação de Registro de Preços visando eventuais contratações de serviços de refeições (almoço e jantar), coffee break, fornecimento de água mineral e café, diária de hospedagem, auditórios, salas de apoio para atender à realização de eventos no âmbito da Administração Pública Estadual Direta e Indireta, inclusive Autarquias e Fundações, no município de Porto Velho – RO. Impropriedades detectadas no edital. Determinação para que a SUPEL suspenda o Pregão Eletrônico n. 271/2013/SUPEL/RO. Justificativas apresentadas. Inconsistências elididas. Revogação da determinação contida no item I da Decisão Monocrática n. 088/2013/GCJGM, acerca da suspensão do certame em apreço. Autorização para o prosseguimento das demais fases desse procedimento licitatório.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 084/2013/GCBAA

Assim, em sintonia com a manifestação técnica, às fls. 1269/1273-v, e o Parecer n. 358/2013, da lavra da Eminente Procuradora Yvonete Fontinelle de Melo, às fls. 1276/1276-v, DECIDO:

I – REVOGAR a determinação contida no item I da Decisão Monocrática n. 088/2013/GCJGM, à fl. 1023-v, da lavra do Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva, no exercício da Relatoria, acerca da suspensão do Pregão Eletrônico n. 271/2013/SUPEL/RO, bem assim AUTORIZAR o prosseguimento das demais fases do referido certame;

II – DETERMINAR que sirva como mandado esta Decisão;

III – DETERMINAR à Assistência de Apoio Administrativo deste Gabinete que adote as seguintes providências:

1. Efetue a publicação do extrato desta Decisão, assim como cientifique os responsáveis da SUPEL do seu teor;

2. Após o feito, sobreste os autos neste Gabinete, visando posterior deliberação da Primeira Câmara.

Porto Velho, 16 de dezembro de 2013.

Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES Relator

Poder Legislativo

DESPACHO PROCESSO N.: 4685/2012-TCER. ASSUNTO: Inspeção Especial. RESPONSÁVEIS: José Carlos de Oliveira e outros. UNIDADE: Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia. RELATOR: Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA.

DESPACHO CIRCUNSTANCIADO N. 220/2013/GCWCSC

I – DO RELATÓRIO

Tratam os autos sobre Inspeção Especial realizada, por esta Corte, na Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia – ALE/RO -, no período de março de 2003 a junho de 2005, com o fim de sindicar supostas práticas de atos ilegítimos e antieconômicos na aquisição e distribuição de passagens aéreas, de forma graciosa e sem finalidade pública.

02. A Unidade Técnica, em sua manifestação inaugural – v. Nota Técnica de fls. 2487/2487-v -, após compulsar os vertentes autos, concluiu que o mesmo não possuía “a totalidade dos documentos necessários à comprovação definitiva e robusta das ilegalidades praticadas, nem para a devida quantificação dos danos, apesar de constarem vários trabalhos produzidos pela Polícia Federal e pela Procuradoria de Justiça do Ministério Público do Estado de Rondônia, em especial Relatórios e depoimentos, mas estão ausentes documentos probantes para a responsabilização efetiva dos envolvidos”.

03. Diante disto, o Corpo Instrutivo propugnou que se oficiasse à eminente Relatora do Processo n. 220.04770-59.2005.822.0000 - TJ, Dra. Ivanira Feitosa Borges - Desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, com o objetivo de se obter cópia dos documentos complementares, especificamente da folha 2178 a 2767, do processo principal, e dos apensos de 1 a 44, (quarenta e quatro), já que os mesmos são imprescindíveis às análises conclusivas, com vistas a apuração definitiva dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação dos danos por responsável.

04. Acolhendo o pleito da Secretaria Geral de Controle Externo, esta Relatoria determinou à sua assistência de gabinete que oficiasse a Excelentíssima Desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, Dra. Ivanira Feitosa Borges, relatora dos autos supracitado, solicitando que enviasse a esta Corte de Contas cópi das fls. 2178 usque 2767 dos autos principais do Processo Judicial n. 220.04770-59.2005.822.0000, bem como dos seus apensos de número 1 (um) a 44 (quarenta e quatro), com vistas a subsidiar a instrução processual dos presentes autos, conforme se infere do Despacho e do Ofício, respectivamente, às fls. 2490 e 2491.

05. Em atenção à solicitação supra, o Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia encaminhou a esta Corte, por meio do Ofício n. 454/2013 – T. Pleno (fls. 2493), em mídia digital (03 CD-ROOMs às fls. 2494/2496), a integralidade do Processo de Ação Penal de n. 2204770-59.822.0000, consoante pleito formulado pelo Corpo Instrutivo, alhures mencionado.

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06. Submetido o feito a Unidade Técnica, esta emitiu Parecer às fls. 2500/2530, opinando, em suma, pela existência de diversos indícios de irregularidades, os quais foram imputados ao Presidente, à época, daquele Poder Legislativo, solidariamente com outros agentes, da forma que se passa a transcrever, in verbis:

V - CONCLUSÃO

No período de Março de 2003 a Junho de 2005, o Sr. José Carlos de Oliveira, na condição de Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, em conjunto com os demais ordenadores, realizou despesas com a aquisição de passagens aéreas no valor de R$ 2.692.957,34 (dois milhões, seiscentos e noventa e dois mil, novecentos e cinqüenta e sete reais e trinta e quatro centavos), as quais foram distribuídas de forma gratuita a Deputados, bem como para parentes desses, além de servidores do órgão, políticos de outras esferas, Poderes e órgãos diferenciados, assim como a empresários, colunistas sociais, pastores de igreja e músicos, dentre outras pessoas estranhas ao quadro de servidores daquela Instituição sendo que nenhuma dessas passagens/viagens teve finalidade pública, nem liquidação, pois os beneficiados viajaram para tratar de assuntos particulares, ou para deslocamento para localidades de lazer, em regiões praianas e turísticas.

Foram 1.757 passagens aéreas adquiridas e distribuídas de forma gratuita, estando no centro da responsabilidade o Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, então Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a quem os pedidos eram feitos rotineiramente pelos demais Deputados da Casa, verbalmente ou por escrito, assim como pelo seu irmão, o Sr. MOISÉS JOSÉ RIBEIRO DE OLIVEIRA, ex-Assessor do Presidente, pela Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, então Diretora Financeira da ALE, os quais, além de terem sido beneficiados, faziam a gerência da distribuição.

A concessão era monitorada, controlada, gerenciada e concedida, de fato, por aquele grupo mencionado acima, além do que atendia interesses não só do Presidente, mas também dos demais deputados solicitantes, em que, ao que tudo indica, utilizando as palavras do Promotor que apresentou a denúncia, “as benesses serviam para azeitar o apoio político recíproco na ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, assim como satisfazer os interesses eleitoreiros, pois que eram distribuídas também a pessoas da base eleitoral”.

Por estes fatos, entende este Corpo Técnico que deve ser responsabilizado não só o Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, mas também os demais ordenadores de despesas, quais sejam: a Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO e o Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT, assim como todos os Deputados e ex-servidores que atuaram na concessão e distribuição, bem como que solicitaram e que se beneficiaram do esquema, pois estes, sabendo que a concessão era ilegal, contribuíram e concorreram para esses desvios.

VI. Dos Responsáveis, Irregularidades e Danos Remanescentes

Das análises feitas nos autos, tendo por base documentos probantes, dados e informações, podemos afirmar que os responsáveis pela prática dos atos de gestão ilegítimos e antieconômicos, com repercussão danosa ao erário são os seguintes:

1. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, a ex - Diretora Financeira do órgão, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral da ALE, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

1.1 Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, assim como afronta ao disposto nos artigos 2º, 3º, 7º, I, 22, 23, I, II, III, e §5º, 24, I, 26, e artigo 62 e 89, da Lei 8666/93, sendo passível de aplicação o disposto no artigo 92 da mesma lei, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III, VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de ter autorizado, admitido,

ordenado despesas sem finalidade publica, sem liquidação, sem licitação, sem cobertura contratual, mediante fragmentação de despesas, sendo estes os responsáveis diretos pela aquisição e distribuição de 1.095 passagens aéreas, pelo próprio Sr. José Carlos de Oliveira, que concedeu a amigos e parentes, tais como: esposa, filhos, irmãos, sogros, sobrinhos e cunhados, além de a empregados pessoais, políticos diversos, empresários que prestavam serviços à ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a parentes destes últimos, assim como a sindicalistas, servidores do órgão, parentes de outros deputados, colunistas sociais e a outras pessoas estranhas ao quadro da ALE, incluindo viagens internacionais de esposa de deputado (Paris e Roma) e a religiosos e cantores gospel, com utilização de passagens, inclusive, em período de recesso parlamentar, que totaliza o total de danos ao erário de R$ 1.624.597,11 (um milhão, seiscentos e vinte e quatro mil, quinhentos e noventa e sete reais e onze centavos), conforme Quadro I, item 3 e 4.1, dados no Relatório da Procuradoria de Justiça, fls.11/31, e de acordo com o exposto no item III, 2, “a” deste Relatório, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

2. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este o Sr. JOÃO BATISTA DOS SANTOS (JOÃO DA MULETA), assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral da ALE, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

2.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, assim como afronta ao disposto nos artigos 2º, 3º, 7º, I, 22, 23, I, II, III, e §5º, 24, I, 26, e artigo 62 e 89, da Lei 8666/93, sendo passível de aplicação o disposto no artigo 92 da mesma lei, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassadas ao segundo, que, por sua vez, as solicitou ao primeiro e distribuiu de forma gratuita a pessoas estranhas ao quadro de servidores da ALE, relativamente a 76 passagens aéreas que as distribuiu a alguns de seus parentes, tais como: mãe, esposa, filhos e irmãos, assim como a empresários, amigos e parentes desses, Além de assessores e parentes desses, cujo danos totaliza R$ 213.627,87 (duzentos e treze mil, seiscentos e vinte e sete reais e oitenta e sete centavos), conforme Quadro 2, item 4.1, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls.31/33, documentos probantes citados no item III, 2, “b” deste Relatório, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

3. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este o Sr. AMARILDO DE ALMEIDA, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira do órgão, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral da ALE, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

3.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 45 passagens aéreas que foram solicitadas, recebidas, utilizado e distribuído a alguns de seus parentes, tais como: pai, esposa, filhos, irmãos, além de amigos e parentes desses, assim como a assessores e parentes desses, cujo danos totaliza R$ 63.240,35 (sessenta e três mil, duzentos e quarenta reais e trinta e cinco centavos), conforme Quadro 3, item 4.2, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls.34/35, de

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acordo com documentos probantes citados no item III, 2, “c” deste Relatório, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

4. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. RONILTON RODRIGUES REIS (Ronilton Capixaba), ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ALE, a ex - Diretora Financeira da ALE, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral da ALE, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

4.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 37 passagens aéreas, que o mesmo solicitou, recepcionou, utilizou e distribuiu em favor de parentes, tais como: tio, esposa, mãe, filhos, irmãos, Além de amigos, assessores e políticos de sua base aliada, que totaliza o dano ao erário de R$ 51.329,00 (cinqüenta e um mil, trezentos e vinte e nove reais), conforme Quadro 4, item 4.3, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls. 36/37, e documentos probantes citados no item III, 2, “d” deste Relatório, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

5. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. JOÃO RICARDO GEROLOMO DE MENDONÇA, conhecido por KAKÁ MENDONÇA, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

5.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 37 passagens aéreas que o mesmo solicitou, recepcionou e as distribuiu a parentes seus, tais como: mãe, esposa, filhos, irmãos, incluindo passagens internacionais a Paris e Roma dada a sua esposa, além do custeio das despesas de viagem, no valor de R$ 3.777,84 (três mil, setecentos e setenta e sete reais e oitenta e quatro centavos), e, ainda, concessões de passagens a amigos, assessores e políticos de sua base aliada, cujo total de danos ao erário é de R$ 46.124,12 (quarenta e seis mil, cento e vinte e quatro reais e doze centavos), conforme Quadro 5, item 4.4, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls. 36/37, e documentos probantes citados no e item III, 2, “e” deste Relatório, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

6. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. RENATO EUCLIDES CARVALHO VELLOSO VIANA (Renato Velloso), ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

6.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos

4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 33 passagens aéreas que o mesmo solicitou, recepcionou e distribuiu a parentes, tais como: esposa e filhos, e a assessores, cujo total de danos ao erário é de R$ 61.075,25 (sessenta e um mil e setenta e cinco reais e vinte e cinco centavos), conforme Quadro 6, item 4.5, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls. 37/38, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, a Sra. ELLEN RUTH CATANHEDE SALLES ROSA, ex-Deputada Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

7.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 32 passagens aéreas que o mesmo solicitou, recepcionou, utilizou e distribuiu a parentes, tais como: esposa e filhos, além de assessores, cujo total de danos ao erário é de R$ 50.513,96 (cinqüenta mil, quinhentos e treze reais e noventa e seis centavos), conforme Quadro 7, item 4.6, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls. 38/39, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

8. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. HAROLDO FRANKLIN CARVALHO AUGUSTO DOS SANTOS, CPF 073.413.933-00, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

8.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 32 passagens aéreas que foram solicitadas, recepcionadas, utilizadas e/ou distribuído a parentes, tais como: esposa, filhos e sobrinhos, além de assessores e a cantores gospel para realização de show em Ouro Preto, seu reduto eleitoral, e ainda a ex-deputado estadual, cujo danos ao erário é de R$ 54.616,45 (cinqüenta e quatro mil, seiscentos e dezesseis reais e quarenta e cinco centavos), conforme Quadro 8, item 4.7, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls. 39/40, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

9. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. ÉDSON GAZONI, CPF 970.345.258-20, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA

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GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

9.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 29 passagens aéreas que o mesmo solicitou, recebeu, utilizou e/ou distribuiu a parentes, tais como: esposa, filhos, sobrinhos, irmãos do deputado e irmãos de sua esposa, dentre outros parentes, além de assessores e amigos destes, assim como passagens internacionais concedidas a estudantes de medicina que viajaram para Cuba, totalizando o dano ao erário de R$ 56.883,62 (cinqüenta e seis mil, oitocentos e oitenta e três reais e sessenta e dois centavos), conforme Quadro 9, item 4.8, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls. 42/43, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

10. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. DANIEL NERI DE OLIVEIRA, CPF 458.711.329-87, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

10.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 32 passagens aéreas que o mesmo solicitou, recebeu, utilizou e/ou distribuiu a parentes, tais como: esposa, cunhado, filhos e irmão, além de assessores, parentes de assessores, político e parentes desses, tais como: o vice Prefeito de Cacoal, sua esposa e amigos destes, dentre outras pessoas estranhas ao quadro da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, tais como: palestrantes e outros que viajaram para tratar de saúde no Nordeste (Aracaju), que totaliza o dano ao erário de R$ 44.304,15 (quarenta e quatro mil, trezentos e quatro reais e quinze centavos), conforme Quadro 10, item 4.9, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls. 43/44, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

11. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. MARCOS ANTONIO DONADON, CPF 970.345.258-20, Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

11.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 24 passagens aéreas que o mesmo solicitou, recebeu, utilizou e/ou distribuiu a parentes, tais como: esposa e

filhos, além de assessora e segurança da Presidência, sendo que todas foram utilizadas em período de recesso parlamentar e cujo itinerário se deu para áreas praianas (Porto Velho X Camboriú – SC), que totaliza o dano ao erário de R$ 28.041,33 (vinte e oito mil e quarenta e um reais e trinta e três centavos), conforme Quadro 11, item 4.10, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls. 44/45, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

12. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. NEODI CARLOS FRANCISCO DE OLIVEIRA, CPF 240.747.999-87, Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

12.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 22 passagens aéreas que este solicitou, recebeu, utilizou em período de recesso parlamentar, bem como distribuiu a sua esposa, aos filhos do Deputado licenciado Paulo Moraes, além de a servidora do DETRAN, amigos, político (vereadora) e sua filha, e a pastor e cantores evangélicos, que totaliza o dano ao erário de R$ 30.568,29 (trinta mil, quinhentos e sessenta e oito reais e vinte e nove centavos), conforme Quadro 12, item 4.11, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls. 45/46, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

13. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. MAURO DE CARVALHO, conhecido por Maurão de Carvalho, CPF 220.095.402-63, Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

13.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 20 passagens aéreas que o mesmo solicitou, recepcionou e utilizou em favor próprio e de sua esposa, em período de recesso parlamentar, assim como distribuiu às suas filhas e pais, que totaliza danos ao erário de R$ 20.819,56 (vinte mil, oitocentos e dezenove reais e cinqüenta e seis centavos), conforme Quadro 13, item 4.12, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls. 46/47, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

14. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. JOSÉ EMILIO PAULISTA MANCUSO DE ALMEIDA, conhecido por PAULISTA, CPF 512.843.088-04, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

14.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade,

6 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 577 ano III terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 19 passagens aéreas que o mesmo solicitou, recebeu utilizou em favor próprio e de sua companheira, em período de recesso parlamentar, assim como distribuiu à sua neta, nora, filho, além de a sua ex-esposa e para a mãe de seu filho (que não é a ex-esposa, ou seja: foram concedidas passagens a 3 Senhoras - a companheira, à ex esposa e a outra – mãe do seu filho), e também ao seu irmão, além de a pastor evangélico e a esposa deste, que foram para o Nordeste, que totaliza danos ao erário de R$ 35.860,60 (trinta e cinco mil, oitocentos e sessenta reais e sessenta centavos), conforme Quadro 14, item 4.13, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fl. 47, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

15. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. FRANCISCO IZIDRO DOS SANTOS, CPF 578.430.237-04, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

15.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 15 passagens aéreas que este solicitou, recebeu e utilizou em favor próprio e para parentes seus, em período de recesso parlamentar, inclusive com passagens internacionais dadas a sua filha, que fez vôo de vinda e volta para Lisboa, Portugal, além de ter distribuído para seu filho e pai, que veio de Natal lhe visitar, assim como para seu Chefe de Gabinete e a seu Assessor, sendo que os danos com as despesas com as passagens totalizaram R$ 27.028,62 (vinte e sete mil e vinte e oito reais e sessenta e dois centavos), conforme Quadro 16, item 4.15, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls. 49, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

16. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. DEUSDETE ANTONIO ALVES, CPF 031.123.141-15, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

16.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 13 passagens aéreas que o mesmo solicitou, recebeu e utilizou em favor próprio e para sua esposa (cinco passagens), cujas viagens incluíram o recebimento de diárias pelo parlamentar, todas em período de recesso, sendo que os danos com as despesas com as passagens totalizaram R$ 17.123,31 (dezessete mil, cento e vinte e três reais e trinta e um centavos), conforme Quadro 18, item 4.17, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fl. 50, e documentos

probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

17. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. FRANCISCO LEUDO BURITI DE SOUZA, CPF 228.955.073-68, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

17.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 13 passagens aéreas que este solicitou, recebeu e usou em favor próprio em período de recesso parlamentar, assim como distribuiu para sua esposa, dois filhos, amigo, que foi passar o Réveillon de 2003 em Fortaleza (ida e volta), assim como para o então Procurador Geral do Estado (Luciano Souza Neto), além de ter doado a Pastor evangélico e a amiga deste, cujos danos com as despesas de passagens totalizaram R$ 22.682,04 (vinte e dois mil, seiscentos e oitenta e dois reais e quatro centavos), conforme Quadro 19, item 4.18, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls. 50/51, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

18. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. JOSÉ MÁRIO DE MELO, conhecido por DEDÉ DE MELO, CPF 643.284.577-72, ex-Deputado Estadual e ex- Prefeito do Município de Guajará Mirim, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

18.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 04 passagens aéreas que este solicitou, recebeu e as concedeu a amigos e vereador de Guajará - Mirim, cujos danos com despesas com as passagens totalizaram R$ 4.447,20 (quatro mil, quatrocentos e quarenta e sete reais e vinte centavos), conforme Quadro 21, item 4.20, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fl. 52, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

19. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. EDEZIO ANTONIO MARTELLI, CPF 162.203.072-91, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

19.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem

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finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 09 passagens aéreas que este solicitou, recebeu e as utilizou em beneficio próprio, em período de recesso parlamentar, bem como distribuiu a amigos e religioso, sendo todas sem finalidade pública, cujos danos com despesas com as passagens totalizaram R$ 10.567,25 (dez mil, quinhentos e sessenta e sete reais e vinte e cinco centavos), conforme Quadro 22, item 4.21, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fl. 52, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

20. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. CARLOS HENRIQUE BUENO DA SILVA, conhecido por DOUTOR CARLOS, CPF 590.489.649-20, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

20.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 02 passagens aéreas que este solicitou, recebeu e as concedeu a amigo e a esposa, cujos danos com despesas com as passagens totalizaram R$ 4.289,50 (quatro mil, duzentos e oitenta e nove reais e cinqüenta centavos), conforme Quadro 24, item 4.23, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fl. 53, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

21. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. SILVERNANI CÉSAR DOS SANTOS, CPF 060.892.593-49, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

21.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 15 passagens aéreas que este solicitou, recebeu e as utilizou em beneficio próprio, para tratar de assunto particular, em período de recesso parlamentar, bem como concedeu outras a sua esposa e filhos, que viajaram para o Estado do Rio Grande do Sul, onde residem os parentes da esposa do deputado, cujos danos com despesas com as passagens totalizaram R$ 18.970,59 (dezoito mil, novecentos e setenta reais e cinqüenta e nove centavos), conforme Quadro 26, item 4.25, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fl. 54, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

22. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. MOISÉS JOSÉ RIBEIRO DE OLIVEIRA, CPF 567.325.469-53, funcionário público federal e ex-Assessor do Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora

Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

22.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 65(sessenta e cinco) passagens aéreas que este solicitou, recebeu e as utilizou para si mesmo, para tratar de assuntos particulares, em especial para viagens a Tabatinga-DF, onde o mesmo possui empresa (Madeireira Castelo Branco), bem como as concedeu a sua esposa (35 passagens), filhas (22 passagens) e cunhada, além de músicos para show religioso, pesquisadores de opinião, seu segurança e filho menor deste que utilizaram para gozo de férias, e a outro segurança, que a utilizou para ir visitar seu pai em Teresina, cujos danos com despesas com as passagens totalizaram R$ 58.192,34 (cinqüenta e oito mil, cento e noventa e dois reais e trinta e quatro centavos), conforme Quadro 27, item 4.26, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fl. 55/57, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

23. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, a Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, funcionária pública estadual e ex-Diretora Financeira, na qualidade de beneficiária de passagens aérea e de ordenadora de despesa, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

23.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 23 passagens aéreas que a mesma solicitou, recebeu e as utilizou para si mesma, para viagens de férias, bem como as concedeu a amigos e servidores da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, cujos danos com despesas com as passagens totalizaram R$ 40.876,91 (quarenta mil, oitocentos e setenta e seis reais e noventa e um centavos), conforme Quadro 28, item 4.27, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fl. 57/59, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

24. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. HAROLDO AUGUSTO FILHO, conhecido por HAROLDINHO, CPF 676.464.682-15, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT;

24.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, apesar de não ter tido vinculo funcional com a ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, sendo proprietário da empresa de publicidade HMCO COMUNICAÇÃO LTDA, que terceirizava os serviços da empresa 3MILLENIUM, que era responsável pela publicidade do órgão, atuou de forma decisiva para a

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concretização da ilegalidade, relativamente a emissão de 27 passagens aéreas, que as utilizou na sua totalidade em beneficio próprio, para tratar de assuntos particulares em diversos Estado da Federação, em especial São Paulo, , cujos danos com despesas com as passagens totalizaram R$31.141,62 (trinta e um mil, cento e quarenta e um reais e sessenta e dois centavos), conforme Quadro 29, item 4.28, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fl. 59, e documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório, que deverão ser ressarcidos ao erário com juros e correção monetária;

25. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA, CPF 161.529.244-91, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

25.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 16 passagens aéreas que este solicitou, recebeu e utilizou em favor próprio, para sua esposa e duas filhas em período de recesso parlamentar, assim como para assessores para tratamento de saúde em São Paulo e Porto Alegre, e a amigos e/ou conhecidos, além de passagem internacional a Paris/França e Roma/Itália para sua esposa, que foi em “caravana” parlamentar, juntamente com outros deputados e suas esposas, às quais a ALE também custeou as despesas de estada na Europa, no valor de R$ 3.777,84, por esposa, sendo que as despesas com as passagens totalizaram R$ 33.530,95 (trinta e três mil, quinhentos e trinta reais e noventa e cinco centavos), conforme Quadro 15, item 4.14, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls. 47/48, sendo que parte desse último montante foi ressarcido ao erário com juros e correção monetária, sendo o valor de R$ 6.811,30 (seis mil, oitocentos e onze reais e trinta centavos), conforme documentos de fls. 1589/1592, 1701/1703 e 1976 0- Vol. VIII, referentes às passagens aéreas concedidas à sua esposa para viagem a Paris e Roma, cujo depósito foi feito na conta da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, quando deveria ter sido na conta judicial vinculada à ação penal. Além do que, o fez de forma condicionante ao resultado da Ação Penal, o que não garante o ressarcimento ao erário de imediato; sendo que além desse montante, o Sr. Francisco Carvalho da Silva ressarciu ao erário, ainda, os valores pertinentes às passagens aéreas que o mesmo teria solicitado ao Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e que foram entregues à pessoas de seu relacionamento, ou conhecidos, sendo que a devolução dos recursos se deu através da cada uma dessas pessoas beneficiadas, sendo as seguintes: Sr. Iarlei de Jesus Ribeiro, que devolveu R$ 2.081,34 (dois mil e oitenta e um reais e trinta e quatro centavos) à conta judicial vinculada à Ação Penal, conforme documentos de fls. 1704/1727; Sr. VICENTE RODRIGUES DE MOURA, conforme documentos de fls. 1746/1747, 1750/1752, 1754/1755, devolveu R$ 909,29 (novecentos e nove reais e vinte e nove centavos); Sr. LUCIANO WALÉRIO LOPES CARVALHO, conforme documentos de fls. 1748/1749, 1753, 1756/1757, devolveu R$ 2.501,77 (dois mil, quinhentos e um reais e setenta e sete centavos) à conta judicial vinculada à Ação Penal; Sra. IVANI GONÇALVES ARAUJO CARVALHO, conforme documentos de fls. 1772/1820, devolveu R$ 14.753,84 (quatorze mil, setecentos e cinqüenta e três reais e oitenta e quatro centavos) à conta judicial vinculada à Ação Penal; Srs. AILTON FERREIRA e MARTINHO RODRIGUES PRIMO, conforme documentos de fls. 1823/1831, devolveram R$ 3.732,56 (três mil, setecentos e trinta e dois reais e cinqüenta e seis centavos), R$ 1.866,28 de cada, à conta judicial vinculada à Ação Penal; Sr. JOSÉ AGOSTINHO F. RODRIGUES, documentos de fls. 1832/1849, devolveu R$ 2.248,04 (dois mil, duzentos e quarenta e oito reais e quatro centavos) à conta judicial vinculada à Ação Penal, sendo que, apesar dos ressarcimentos citados, que somados atinge o montante de R$ 26.596,44, em valores nominais da época do fato gerador, ficou pendente de devolução o montante de R$ 6.934,51, que se refere a diferença entre o valor do débito, em valores originais e nominais, e o que foi devolvido ao erário, também em valores nominais, ou seja, R$ 33.530,95 – R$ 26.596,44 = R$ 6.934,51,

e que se referem a duas passagens em nome da Sra. IVANIR ARAUJO (PVH/SP e SP/PVH), no valor de R$ 1.663,08 e de R$ 1.383,08, respectivamente, que foram pagas pela ALE em 06.04.2005, e uma em nome do Sr. JONAS MARTINS FERNANDES, no valor de R$ 3.888,35, (PVH/ Porto Alegre/PVH), que foi paga pela ALE em 04.05.2005, conforme documentos de fls. 1728/1745, e de acordo com o exposto no item 3, “e” deste Relatório, de modo que ficou o dano remanescente de R$ 6.934,51 (seis mil, novecentos e trinta e quatro reais e cinqüenta e um centavos), que deverá ser ressarcido ao erário com juros e correção monetária desde a data do fato gerador, ou seja a data de pagamento, conforme documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório;

26. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. ÉVERTON LEONI, CPF 205.575.700-91, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

26.1. Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal 4320/64, artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, lealdade às instituições e economicidade, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 14 passagens aéreas que este solicitou, recebeu e utilizou em favor próprio e distribuiu para diversos familiares, tais como: sua sogra, cunhada, irmão, esposa e seu pai e sua mãe, assim como para dois cantores que foram de Porto Velho para São Paulo para animar a festa de aniversario da “radio parecis”, que é de propriedade da família do parlamentar (Everton Leoni), sendo que os danos ao erário com as despesas com as passagens totalizaram R$ 23.553,90 (vinte e três mil, quinhentos e cinqüenta e três reais e noventa centavos), a preços de 2003 e 2004, conforme dados dispostos no Quadro 17, item 4.16, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fls. 49/50, sendo que foi ressarcido ao erário o valor de R$ 5.643,35 (cinco mil, seiscentos e quarenta e três reais e trinta e cinco centavos), que inclui juros e correção monetária, relativos às passagens aéreas doadas ao seu pai e a sua mãe, o Sr. SERGIO LEONI e a Sra. EVA LEONI, no valor nominal (2003/2004) de R$ 4.602,70 (quatro mil, seiscentos e dois reais e setenta centavos), refletindo que ainda resta ser ressarcido ao erário o montante de R$ 18.951,20 (dezoito mil, novecentos e cinqüenta e um reais e vinte centavos), acrescidos de juros e correção monetária desde a época dos fatos, conforme exposto no item IV, 3, “d” deste Relatório e de acordo com documentos probantes citados nos itens III, 2, 3, IV, 1, deste Relatório;

VII. Dos Responsáveis que Ressarciram ao Erário e Quitaram o Débito

1. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. NERI FIRIGOLO, CPF 191.601.600-63, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

1.1. Infringência ao disposto no artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da moralidade e lealdade às instituições, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 04 passagens aéreas que este solicitou, recebeu e as concedeu ao sogro e a amigo, cujos danos, entretanto, foram ressarcidos ao erário, com juros e correção monetária, através de dois depósitos na conta judicial da Ação Penal, no valor de R$ 3.706,99 (três mil, setecentos e seis reais e noventa e nove centavos), cada, quando o total de danos,

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sem juros e sem correção, era de R$ 4.029,55 (quatro mil e vinte e nove reais e cinqüenta e cinco centavos), quitando a divida, conforme Quadro 25, item 4.24, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fl. 53, e de acordo com o exposto no item IV, 3, “a” deste Relatório e documentos probantes de fls. 1657/1667 e 1672/1679;

2. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. NEREU JOSÉ KLOSINSKI, CPF 398.843.840-53, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT:

2.1 Infringência ao disposto no artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da moralidade e lealdade às instituições, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 04 passagens aéreas que este solicitou e distribuiu a professores e sindicalistas, cujos danos com despesas com as passagens totalizaram R$7.131,10 (sete mil, cento e trinta e um reais e dez centavos), conforme Quadro 20, item 4.19, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fl. 51, os quais, entretanto foram ressarcidos ao erário com juros e correção monetária, conforme comprovante bancário de depósito de R$ 10.811,70 (dez mil, oitocentos e onze reais e setenta centavos), às fls. 1890/1892, o que quita o débito, já que este montante é o total do que lhe foi imputado pelo MPE, sendo, contudo, que o depósito foi feito em favor do Ministério Público, quando deveria tê-lo feito na conta judicial, mas, de todo modo, o ressarcimento foi feito, conforme exposto no item IV, 3, “b” deste Relatório;

3. Da Responsabilidade do Sr. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, ex – Deputado - Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA e, solidariamente a este, o Sr. ALBERTO WAIR ROGOSKI HORNY, conhecido por BETO DO TRENTO, CPF 577.326.959-91, ex-Deputado Estadual, assim como os demais ordenadores de despesa da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, a ex - Diretora Financeira, Sra. TEREZINHA ESTERLITA GRANDI MARSARO, CPF 407.773.089-91, e o ex- Diretor Geral, Sr. JOSÉ RONALDO PALITOT;

3.1 Infringência ao disposto no artigo 37 da CF, caput, em especial os princípios da moralidade e lealdade às instituições, ensejando, em tese, ato de improbidade administrativa, previsto nos artigos 4º, 5º, 7º, 10, III , VII, IX, XII, 11, I, da Lei Federal 8429/92, em razão de, o primeiro, ter realizado despesas de forma ilegal, sem liquidação, sem finalidade pública, sem licitação, sem cobertura contratual e sem base em norma legal na aquisição de passagens aéreas e por tê-las repassado ao segundo que, por sua vez, atuou de forma decisiva para a concretização da ilegalidade, relativamente a 02 passagens aéreas que este solicitou, recebeu e utilizou para si mesmo e sua esposa para viagem a Natal, em período de recesso parlamentar, cujos danos com despesas com as passagens totalizaram R$ 7.780,80 (sete mil, setecentos e oitenta reais e oitenta centavos), conforme Quadro 23, item 4.22, do Relatório da Procuradoria de Justiça, fl. 53, os quais, contudo, foram ressarcidos ao erário com juros e correção monetária, mediante depósito bancário na conta judicial vinculada a Ação Penal, no valor de R$ 14.521,78 (quatorze mil, quinhentos e vinte e um reais e setenta e oito centavos), fls. 1684/1686, sendo que, como este montante é o total do que lhe foi imputado pelo MPE, quitou o débito, conforme exposto no item IV, 3, “c” deste Relatório;

VIII. Recomendações

Senhor Conselheiro Relator, Dr. Wilber Carlos dos Santos Coimbra

Como exposto no item I deste Relatório, os presentes autos retornaram a este Corpo Técnico para cumprimento do Despacho Circunstanciado nº 8/2012/GCWCSC, fls. 02/03, e Despacho de fl. 2492, quanto à Execução de ações in loco, com vistas a obter documentos, dados e informações que subsidiem e complementem a análise e instrução, além de aproveitar os documentos que já se encontram acostados nestes, oriundos da Ação

Penal nº 202.000.205.004770-1, de fls. 4/17639, nos termos da determinação do Conselheiro Relator, disposta no Despacho Circunstanciado nº 008/2012/GCWCSC, de fls. 02/03; bem como para Análise e instrução, que, no entendimento deste Corpo Técnico, inclui as defesas apresentadas pelos responsabilizados ao Tribunal de Justiça.

Considerando que está comprovada a pratica de atos ilegítimos e antieconômicos de gestão, em que o Sr. José Carlos de Oliveira, na condição de Presidente da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, em conjunto com os demais ordenadores, realizou despesas com a aquisição de passagens aéreas no valor de R$ 2.692.957,34 (dois milhões, seiscentos e noventa e dois mil, novecentos e cinqüenta e sete reais e trinta e quatro centavos), que foram distribuídas de forma gratuita a Deputados, bem como para parentes desses, além de servidores do órgão, políticos de outras esferas, Poderes e órgãos diferenciados, assim como a empresários, colunistas sociais, pastores de igreja e músicos, dentre outras pessoas estranhas ao quadro de servidores daquela Instituição sendo que nenhuma dessas passagens/viagens teve finalidade pública, nem liquidação, pois os beneficiados viajaram para tratar de assuntos particulares, ou para deslocamento para localidades de lazer, em regiões praianas e turísticas.

Considerando que os responsáveis listados nos itens “VI” e “VII” deste Relatório não foram ainda chamados aos autos por este Tribunal para apresentar suas razões a justificativas acerca daqueles achados, apesar de, em obediência aos princípios da competência, eficácia, razoabilidade, celeridade e economia processual, este Corpo Técnico ter aproveitado as defesas apresentadas pelos mesmos ao Tribunal de Justiça, em face da Ação Penal nº 202.000.205.004770-1, em que as analisou de forma circunstanciada e minuciosa, conforme item V deste relatório;

É que recomendamos a Vossa Excelência que, nos termos do artigo 12, incisos I, II e III, da LCE 154/96, e em obediência ao princípio do contraditório e ampla defesa, sejam os mesmos chamados aos autos, através de Mandado de Citação, relativamente ao item VI, 1 a 26, deste Relatório, e Mandado de Audiência, quanto ao item VII, 1 a 3, para, querendo, apresentar suas razões, alegações e justificativas.

07. Submetido o feito ao Parquet de Contas, este, via Cota n. 64/2013-GPAMM de fls. 2537/2537-v, da chancela do douto Procurador Adilson Moreira de Medeiros, opinara, em suma, seja definida a responsabilidade dos responsáveis, para que possam apresentar regular defesa ou justificativa acerca das irregularidades indicadas pela Unidade Técnica, em seu Relatório Técnico de fls. 2500/2530. Vejamos fragmentos da judiciosa manifestação Ministerial precitada, ipsis verbis:

[...]

Imperioso destacar que, não obstante o corpo instrutivo ter subsidiado sua análise nos documentos arrolados ao caderno processual oriundos da ação penal n. 202.000.205.004770-1 (fls. 4/17639), entre os quais constam as defesas apresentadas pelos responsabilizados ao Tribunal de Justiça, é necessário que se conceda prazo que estes apresentem suas razões perante esta Corte, mercê da independência das instâncias administrativa, civil e penal, nos termos do artigo 935 do Código Civil e em consentâneo com a jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal Federal (vide MS 9772/DF, MS 23.625/DF, MS 21.708/DF, RMS 29.596/AC, Resp 1199083/SP, dentre outros).

Assim sendo, em obediência ao devido processo legal e para que se garanta aos responsáveis o exercício do contraditório e da ampla defesa, nos moldes assegurados pelo artigo 5º, LIV e LV, da Constituição da República, necessário que os autos retornem à relatoria para a adoção das medidas de sua alçada necessárias ao prosseguimento do feito, após o que a documentação de defesa encartada nos autos deverá ser submetida ao crivo da unidade instrutiva, para só então retornarem a este Parquet para emissão de manifestação ministerial.

08. Assim, vieram os autos conclusos para deliberação deste Conselheiro-Relator.

Eis o relatório.

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II – DA FUNDAMENTAÇÃO

09. Pois bem. Como visto, trata os autos sobre Inspeção Especial levada a efeito, por esta Corte, na Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia – ALE/RO -, no período de março de 2003 a junho de 2005, com o fim de sindicar supostas práticas de atos ilegítimos e antieconômicos na aquisição e distribuição de passagens aéreas, de forma graciosa e sem finalidade pública.

10. A Unidade Técnica, em sua análise de fls. 2500/2530, divisara, em tópico conclusivo, diversas irregularidades, as quais foram imputadas a vários agentes.

11. Ocorre que dentre os parlamentares apontados, pelo Corpo Instrutivo, como supostos responsáveis, nota-se a presença de alguns com quem este Relator convivera quando foi Parlamentar Estadual, no período compreendido entre 2007 a meados de 2010, os quais passo a individualizar:

• Francisco Carvalho da Silva;

• João Ricardo Gerôlomo de Mendonça;

• Marcos Antônio Donadon;

• Mauro de Carvalho;

• Neodi Carlos Francisco de Oliveira;

• Silvernani César dos Santos; e

• Neri Firigolo.

12. Diante disso, por motivo de foro íntimo, impõe-se seja declarada a suspeição deste Conselheiro no vertente feito, com espeque na norma inserta no art. 135, Parágrafo Único, do Código de Processo Civil, abstendo-me, em razão disto, de apreciar a presente Inspeção Especial concretizada, por esta Corte, na Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia – ALE/RO -, no período de março de 2003 a junho de 2005.

13. A propósito, é de bom alvitre dizer que este Conselheiro já se declarara suspeito em analisar nos autos n. 2590/2005 – TCE/RO, donde as peças que constituem os autos em testilha foram desentranhadas, por motivo de foro íntimo, conforme restou consubstanciado no Despacho Circunstanciado n. 153/2012/GCWCSC, exarado naquele feito.

14. Ante o exposto, com fundamento no art. 135, parágrafo único, do CPC, declaro-me suspeito para apreciar o presente feito, e, por consectário lógico, devolvo os autos à Secretaria de Processamento e Julgamento para, em deliberação plenária, redistribuir o feito a outro Relator, na forma regimental.

Junte-se aos autos em epígrafe; e

Publique-se, na forma regimental.

Cumpra-se e, para tanto, expeça-se o necessário.

Porto Velho, 12 de dezembro de 2013.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

Administração Pública Municipal

Município de Alta Floresta do Oeste

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 1.704/2013-TCER ASSUNTO: Prestação de Contas UNIDADE: Prefeitura Municipal de Alta Floresta do Oeste RESPONSÁVEL: Daniel Deina – Prefeito Municipal RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 347/2013/GCWCSC

RELATÓRIO

Cuida-se, na espécie, das contas prestadas pelo Chefe do Poder Executivo do Município de Alta Floresta do Oeste/RO, à época o Excelentíssimo Senhor Daniel Deina, alusivas ao exercício financeiro de 2012 – conforme o regime de fiscalização previsto no art. 31 da Constituição Federal.

02. É dos autos que, em 11/06/2013, a Secretaria de Controle Externo submeteu à apreciação deste Conselheiro-Relator Parecer com o exame inaugural das contas de governo em tela, no qual evidenciou a existência de inúmeras irregularidades, indicando os agentes tidos como responsáveis, conforme segue transcrito:

DE RESPONSABILIDADE DO Sr. DANIEL DEINA, CPF nº. 836.510.399-00 – PREFEITO MUNICIPAL DE 01/01 ATÉ 31/12/2012:

12.1.1 – Infringência ao artigo 53 da Constituição Estadual c/c artigo 5º da Instrução Normativa nº 019/TCERO-2006, pela remessa intempestiva via SIGAP dos balancetes relativos aos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, setembro e outubro de 2012.

12.1.2 – Infringência à alínea "b" do inciso V do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, pela intempestividade no envio do relatório do controle interno da Prefeitura Municipal de Alta Floresta do Oeste relativo ao 1º quadrimestre de 2012.

12.1.3 – Afronta aos Princípios da Legalidade e da Eficiência preconizados no caput do artigo 37 da Constituição Federal c/c a Lei Municipal nº 1.069 de 16/12/2011 (LOA), por ter ultrapassado o limite permitido na LOA para a abertura de créditos adicionais; conforme relato no item 3.4.1.

12.1.4 – Infringência ao disposto no art. 167, II, da Constituição Federal c/c artigo 43 da Lei Federal 4.320/64, pela abertura de créditos adicionais utilizando de recursos fictícios de excesso de arrecadação no montante de R$ 23.266,99 (vinte e três mil, duzentos e sessenta e seis reais e noventa e nove centavos), através dos decretos 8398 e 8404 ambos de 2012; conforme relato no item 3.4.1.

12.1.5 – Infringência ao artigo 1º, § 1º da Lei Complementar nº. 101/00, pelo déficit financeiro evidenciado no exercício de 2012 - da Prefeitura Municipal de Alta Floresta do Oeste - no montante de R$ 1.612.156,47 (um milhão, seiscentos e doze mil, cento e cinquenta e seis reais e quarenta e sete centavos), conforme relato no item 6.2; além do déficit financeiro de R$ 714.828,01 (setecentos e quatorze mil, oitocentos e vinte e oito reais e um centavo), item 6.2.

12.1.6 – Descumprimento do disposto no artigo 42, parágrafo único, da Lei de Responsabilidade Fiscal, por ter realizado obrigações de despesa sem a existência do respectivo lastro financeiro para sua cobertura, no final do exercício de 2012, conforme relato no item 8.1.

12.1.7 – Infringência ao artigo 21, Parágrafo Único da LRF, pela realização de admissões/nomeações/contratações de pessoal ocorridas no período

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de 05/07 a 31/12/2012 pelo Poder Executivo de Alta Floresta do Oeste, conforme relato no item 8.2.1.

12.1.8 – Descumprimento do disposto no inciso V, do artigo 73, da Lei Federal nº 9.504/97, pela realização de admissões/nomeações/contratações de pessoal ocorridas no período de 07/07/2012 a 01/01/2013 pelo Poder Executivo de Alta Floresta do Oeste, conforme relato no item 8.2.2.

13.1.9 – Descumprimento ao disposto no artigo 38, inciso IV, alínea “b” da Lei Complementar nº 101/2000, haja vista que não foi possível constatar se houve ou não contratação de Operações de Crédito por Antecipação da Receita – ARO, destinadas a atender insuficiência de caixa no exercício de 2012. (Item 8.4).

12.1.10 – Infringência ao artigo 49 c/c inciso I do art. 47 da Lei Complementar Estadual nº 154/96 e art. 6º da IN nº 07/TCERO-2002, por não haver elaborado o expresso e indelegável pronunciamento da autoridade superior sobre os relatórios e pareceres do controle interno, relativos às contas anuais.

DE RESPONSABILIDADE DO Sr. VALDOIR GOMES FERREIRA, CPF nº. 169.941.401-72 – PREFEITO MUNICIPAL, A PARTIR DO DIA 01/01/2013:

12.1.11 – Infringência ao Princípio da Publicidade, estabelecido no artigo 37 "caput" da Constituição Federal c/c inciso VI, alínea "d", do artigo 11, da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, haja vista que os documentos juntados às folhas 087/089 não atendem ao exigido na legislação pertinente.

12.1.12 – Infringência ao artigo 13 da Constituição Estadual c/c inciso VI, alínea "e", do artigo 11, da Instrução Normativa n.º 013/TCERO-2004, pela ausência da prova de publicação em Diário Oficial da relação nominal dos servidores ativos e inativos ao final do exercício de 2012.

12.1.13 – Infringência à alínea "g" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, haja vista que apesar de conter relação de estoques no CD às folhas 418, esse demonstrativo não condiz com o Anexo TC 13 – Inventário do estoque em almoxarifado estabelecido pela IN 013/TCERO-2004.

12.1.14 – Infringência à alínea "h" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, haja vista que apesar de conter relação de bens móveis no CD às folhas 418, esse demonstrativo não condiz com o Anexo TC 15 – inventário físico-financeiro dos bens móveis estabelecido pela IN 013/TCERO-2004.

12.1.15 – Infringência à alínea "i" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, haja vista que apesar de conter relação de bens imóveis no CD às folhas 418, esse demonstrativo não condiz com o Anexo TC 16 – inventário físico-financeiro dos bens imóveis estabelecido pela IN 013/TCERO-2004.

12.1.16 – Infringência à alínea "o" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, haja vista que apesar de conter relação de contribuintes inscritos na dívida ativa no CD às folhas 418, o somatório dos valores não concilia com o saldo da conta Dívida Ativa demonstrada no Balanço Patrimonial, às fls. 070.

12.1.17 – Infringência ao inciso VI, do artigo 13 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-2007, por deixar de encaminhar junto a esta prestação de contas cópia do ato de designação dos responsáveis pela movimentação financeira da Educação.

12.1.18 – Infringência ao §3º do artigo 14 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-2007, por deixar de encaminhar junto a esta prestação de contas cópia do parecer do conselho de acompanhamento e controle social responsável pelo FUNDEB.

12.1.19 – Infringência ao artigo 49 c/c inciso I do art. 47 da Lei Complementar Estadual nº 154/96 e art. 6º da IN nº 07/TCERO-2002, pela ausência do expresso e indelegável pronunciamento da autoridade superior sobre os relatórios e pareceres do controle interno, relativos às contas anuais.

12.1.20 – Infringência à alínea "b" do inciso V do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, pela intempestividade no envio do relatório do controle interno da Prefeitura Municipal de Alta Floresta do Oeste relativo ao 3º quadrimestre de 2012.

13.1.21 – Infringência artigo 39 da Lei Complementar 154/96, por não ter encaminhado a declaração informando se houve ou não contratação de Operações de Crédito por Antecipação da Receita – ARO, destinadas a atender insuficiência de caixa no exercício de 2012, impossibilitando, dessa forma, a verificação do cumprimento ao disposto no artigo 38, inciso IV, alínea “b” da Lei Complementar nº 101/2000. (Item 8.4).

DE RESPONSABILIDADE DO Sr. DANIEL DEINA, CPF nº. 836.510.399-00 – PREFEITO MUNICIPAL DE 01/01 ATÉ 31/12/2012 SOLIDARIAMENTE COM A Sra. MARIA CRISTINA PAULUCCI URSULINO, CRC-RO 001509/O-1 CPF 490.907.043-53 – CONTABILISTA:

12.1.22 – Infringência aos artigos 85, 90, 91 e 102 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo registro errôneo do valor da despesa autorizada no Balanço. (Item 6.1)

12.1.23 – Infringência aos artigos 85, 103 e 105 da Lei Federal nº 4.320/64 c/c a alínea "m" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, diante da dissonância entre os valores apresentados referentes à conta Ativo Financeiro Realizável. (Item 6.2 a)

12.1.24 – Infringência aos artigos 85, 94, 95, 96 e 105 da Lei Federal nº 4.320/64, e também às alíneas “h”, “i” e “n”, do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, pelos seguintes motivos:

a) pela divergência dos saldos apresentados nos demonstrativos que registram a conta Bens Móveis. (Item 6.3 a);

b) pela divergência dos saldos apresentados nos demonstrativos que registram a conta Bens Imóveis. (Item 6.3 b).

12.1.25 – Infringência aos artigos 85, 94, 95, 96 e 105 da Lei Federal nº 4.320/64, e também à alínea “g”, do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, pela dissonância dos valores apresentados relativos aos estoques de almoxarifado. (Item 6.3 f).

03. Em face das imputações constantes no Parecer Técnico, em 14/06/2011, este Relator determinou ao Departamento do Pleno fosse providenciada imediata audiência dos agentes tidos como responsáveis – v. Despacho de Definição de Responsabilidade n. 030/2013/GCWCSC -, a fim de que apresentassem suas razões de justificativas.

04. Em 27/08/2013, a Unidade Técnica procedeu ao exame das defesas aduzidas. Porém, ao revés de apresentar Parecer conclusivo, por vislumbrar que o tema da gestão fiscal ainda não fora sujeito ao crivo do contraditório, recomendou nova oitiva do responsável pelos seguintes apontamentos:

DE RESPONSABILIDADE DO Sr. DANIEL DEINA, CPF nº. 836.510.399-00 – PREFEITO MUNICIPAL DE 01/01 ATÉ 31/12/2012:

7.1.1 - Descumprimento ao art. 9° da Lei Complementar 101/2000, em razão de deixar de expedir ato determinando a limitação de empenho e movimentação financeira, nos casos e condições estabelecidos em Lei, visto que as despesas liquidadas foram superiores as receitas. (relatório técnico de análise dos relatórios de gestão fiscal 2º semestre/2012 – processo nº 0900/2012)

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7.1.2 - Descumprimento ao art. 22 da Lei Complementar 101/2000 c/c o item III da Decisão Monocrática nº 102/GCWCSC, por deixar de adotar medidas previstas, vez que a despesa com pessoal no 1° semestre/2012 excedeu 95% (53,13%) do limite legal e alcançou no 2º semestre/2012 o percentual de 54,67% (relatório técnico de análise dos relatórios de gestão fiscal 2º semestre/2012 – processo nº 0900/2012).

7.1.3 - Descumprimento ao artigo 20, inciso III, alínea "b", da Lei Complementar nº 101/2000, pois a despesa total com pessoal do Poder Executivo no valor de R$23.813.426,42 (vinte e três milhões, oitocentos e treze mil, quatrocentos e vinte e seis reais e quarenta e dois centavos) extrapolou o limite legal (54% da Receita Corrente Líquida), visto que alcançou o percentual de 54,67% (relatório técnico de análise dos relatórios de gestão fiscal 2º semestre/2012 – processo nº 0900/2012).

7.1.4 - Descumprimento do § 1° do art. 1° c/c art. 42 da Lei Complementar 101/2000, por ter contraído obrigação de despesa no valor de R$556.972,44 (quinhentos e cinquenta e seis mil, novecentos e setenta e dois reais e quarenta e quatro centavos), referente a “Outros - Consignações” com vinculação específica (R$224.022,46) e “Recursos Próprios Ordinários”, sem vinculação (R$332.949,98), sem a respectiva cobertura financeira (relatório técnico de análise dos relatórios de gestão fiscal 2º semestre/2012 – processo nº 0900/2012).

7.1.5 - Descumprimento ao art. 21, § 1°, da Lei Complementar 101/2000, por ter autorizado aumento de despesa com pessoal nos últimos 180 dias do final do mandato, haja vista que a despesa com pessoal daquele poder executivo passou de 53,13% (1° semestre/2012) para 54,67% (2° semestre/2012) (relatório técnico de análise dos relatórios de gestão fiscal 2º semestre/2012 – processo nº 0900/2012).

05. Sob este móvel, aos 29/09/2013, foi exarado o Despacho de Definição de Responsabilidade n. 042/2013/GCWCSC, a fim de que o Departamento do Pleno, outra vez, procedesse à notificação do agente por ali relacionado, a fim de ofertar as razões de justificativas que entendesse cabíveis.

06. E, em 25/11/2013, considerando a necessidade de avaliar o desenvolvimento da instrução, foram requisitadas ao Departamento do Pleno informações atualizadas – cf. Memorando n. 272/2013/GCWCSC -, do que resultou certificação de que permaneciam os autos sobrestados para aguardar o decurso do prazo de justificativas.

07. Eis o Relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

08. Como fora elucidado, as impropriedades supervenientemente sinalizadas pela Secretaria de Controle Externo acarretam, per si, a possibilidade de este Eg. Tribunal de Contas emitir parecer prévio contrário à aprovação das aludidas contas, com a afetação negativa do patrimônio jurídico do administrador público.

09. Por conseguinte, a fim de conferir a máxima eficácia art. 5º, LV, da Constituição Federal, que assegura também aos litigantes em processo administrativo o contraditório e a ampla defesa, com todos os meios e recursos a ela inerentes, facultei às partes novo prazo para se justificarem.

10. Porém, como certificado pelo Departamento do Pleno, até 26/11/2013, o feito se encontrava sobrestado para aguardar o decurso do prazo fixado - findo o qual, com a apresentação ou não da defesa, à luz do rito técnico-processual desta Corte, será o feito remetido ao Corpo Técnico e ao Parquet de Contas, para análise conclusiva.

11. Destarte, considerando a prenunciada marcha processual a ser conferida ao feito, por um juízo de alta probabilidade, possível concluir pela impossibilidade de que este Eg. Tribunal de Contas, ainda no presente exercício, aprecie o mérito das contas em tela e emita o respectivo parecer prévio.

12. Assim, cumprida a formalidade de comunicar os aludidos fatos a este Eg. Plenário na 23ª Sessão Ordinária de 12/12/2013 – na esteira da jurisprudência pacificada nesta Corte – faz-se no todo necessário prosseguir com a instrução, atendendo-se aqui à cláusula do devido processo legal e ao princípio do contraditório corolário.

13. Ressalto que, em razão do trâmite célere a ser conferido aos processos de contas formalizados junto a este Tribunal, deve-se alertar que os autos carecem de tratamento prioritário.

DISPOSITIVO

Por todo o exposto, ora lastreado nas razões de fato e de direito expendidas alhures, as quais consubstanciam impeditivos à apreciação do feito no presente exercício, DECIDO:

I – DETERMINAR a continuidade do trâmite processual, com o retorno do feito ao Departamento do Pleno para cumprir todos os comandos exarados no Despacho de Definição de Responsabilidade n. 042/2013/GCWCSC;

II – ALERTAR as unidades integrantes deste Eg. Tribunal de Contas da imperiosa necessidade de se conferir trâmite célere aos presentes autos, tendo em vista o tratamento prioritário que carecem as contas de governo;

III - PUBLIQUE-SE;

IV – JUNTE-SE AOS AUTOS.

Cumpra a Assistência de Gabinete e, para tanto, expeça o que se fizer necessário.

Porto Velho/RO, 13 de dezembro de 2013.

Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra Relator

Município de Alto Alegre dos Parecis

DESPACHO

PROCESSO N.: 1063/2010 ASSUNTO: Auditoria referente ao exercício do segundo semestre de 2009 e revisão de semestre anterior. INTERESSADO: Câmara Municipal de Alto Alegre do Parecis RESPONSÁVEL: José Rodrigues da Costa – Vereador Presidente RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DESPACHO CIRCUSTANCIADO N. 218/2013/GCWCSC

Vistos...

Trata-se de processo n. 1.063/2010, de Auditoria referente ao exercício do segundo semestre de 2009 e revisão de semestre anterior, da Câmara Municipal de Alto Alegre do Parecis, cuja análise resultou na prolação da Decisão n. 236/2011 – 2º Câmara, enviada a aquele Parlamento em 30/08/2011 por meio do Ofício n. 660/2ºCÂMARA/SGS/2011 (fls. 567/569).

02. Considerando o não atendimento ao teor do ofício ut supra, necessário se faz sua reiteração a fim de que se obtenha mais informações por parte da Municipalidade, quanto a adoção das medidas impostas nos itens II e III da Decisão n. 236/2011 – 2º Câmara, pois até a presente data não aportou neste Tribunal informações indicando o cumprimento das determinações indicadas na referida Decisão de que cuidam os autos, conforme Certidão n. 086/2013/SGAP (fl. 579).

03. Ante ao exposto, determino ao Departamento da 2ªCâmara a reiteração do disposto no Ofício n. 660/2ºCÂMARA/SGS/2011 (fls.

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567/569), ao Sr. DAIR BOONE, Vereador Presidente da Câmara Municipal de Alto Alegre dos Parecis.

Cumpra-se e, para tanto, expeça-se o necessário.

Após, retornem os autos para manifestação.

Porto Velho-RO, 28 de novembro de 2013.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

Município de Alvorada do Oeste

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 1.550/2013 ASSUNTO: Prestação de Contas – exercício 2012 INTERESSADOS: Raniery Luiz Fabris - Prefeito (CPF n. 420.097.582-34) Laerte Gomes - Prefeito (CPF n. 419.890.901-68) José Walter da Silva - Prefeito, pela gestão na Prefeitura no período de 06/07 até 31/12/2012 ORIGEM: Prefeitura Municipal de Alvorada Do Oeste RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 346/2013/GCWCSC

I - DO RELATÓRIO

Trata-se da Prestação de Contas, referente ao exercício de 2012, da Prefeitura Municipal de Alvorada do Oeste - RO, de responsabilidade dos Gestores Raniery Fabris, Laerte Gomes e José Walter da Silva.

02. A Prefeitura Municipal de Alvorada do Oeste protocolou a presente prestação de Contas no dia 27 de março de 2012, sendo logo analisada pela Unidade Técnica.

03. O Corpo Técnico, em análise preliminar, constatou irregularidades diversas, confira-se a conclusão primeira da Unidade Técnica, ipsis litteris:

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR RANIERY LUIS FABRIS (CPF Nº 420.097.582-34) – PREFEITO MUNICIPAL -, PELO ENCAMINHAMENTO DAS CONTAS 2012:

Infringência ao previsto na alínea "a", inciso VI, art. 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, ao não demonstrar no Relatório Circunstanciado, de forma qualitativa, as ações planejadas frente às executadas (Subitem 2 “3”);

Infringência ao disposto na alínea "c" do inciso VI, do art. 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, ao deixar de encaminhar o TC 28 – Qualificação dos Responsáveis – de todos os agentes administrativos responsáveis pelas unidades administrativas e orçamentárias do Município no exercício em exame (Subitem 2 “4”);

Infringência ao disposto na alínea "j" do inciso VI, do art. 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, ao deixar de encaminhar a cópia do ato de nomeação da comissão de elaboração do inventário físico-financeiro dos bens móveis e imóveis (Subitem 2 “11”);

Infringência ao disposto na alínea "m" do inciso VI, do art. 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, ao deixar de encaminhar o TC 23 - Demonstrativo das contas componentes do Ativo Financeiro Realizável (Subitem 2 “13”);

Infringência ao disposto na alínea "o" do inciso VI, do art. 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, ao deixar de encaminhar a Relação dos Contribuintes Inscritos na Dívida Ativa (Subitem 2 “15”);

Infringência ao disposto na alínea "p" do inciso VI, do art. 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, ao deixar de encaminhar o TC 24 – Demonstrativo da Conta Valores Inscrito no Ativo Permanente (Subitem 2 “16”);

Infringência ao disposto na alínea "q" do inciso VI, do art. 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, ao deixar de encaminhar o TC 25 – Demonstrativo das Obras Realizadas não Incorporáveis ao Patrimônio (Subitem 2 “17”);

Infringência ao disposto na alínea "s" do inciso VI, do art. 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, ao deixar de encaminhar o TC 38 – Demonstrativo dos Recursos Financeiros de Convênios não Repassados cujas Despesas já foram Empenhadas (Subitem 2 “18”);

Infringência ao disposto no art. 31, § 3º, da Constituição Federal c/c art. 49 do Regimento Interno desta Corte de Contas, ao deixar de encaminhar o comprovante de remessa dos balanços ao Poder Legislativo Municipal (Subitem 2 “19”);

Infringência ao disposto no inciso VI do art. 13 da IN nº 022/TCERO-2007, ao deixar de encaminhar o ato de designação dos responsáveis pela movimentação financeira da Educação (Subitem 2 “24”);

Infringência ao disposto no §3º do art. 14 da Instrução Normativa nº. 022/TCERO-07, ao deixar de encaminhar o Parecer do Conselho de Acompanhamento e Controle Social responsável pelo Fundeb (Subitem 2 “25”);

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR RANIERY LUIS FABRIS (CPF Nº 420.097.582-34) – PREFEITO MUNICIPAL – SOLIDARIAMENTE COM A SENHORA ADRIANA FERREIRA DE OLIVERIA – CONTROLADORA GERAL DO MUNICÍPIO -, PELO ENCAMINHAMENTO DAS CONTAS 2012:

Infringência ao disposto no inciso III, do art. 9º da Lei Complementar Estadual nº 154/96 c/c art. 49 da Resolução Administrativa nº 005/96, ao deixar de encaminhar o Relatório e o Certificado de Auditoria do Controle Interno com o Parecer sobre as contas anuais (Subitem 2 “27” e Item 9);

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR RUI LUIZ CAVALCANTE – CONTROLADOR GERAL DO MUNICÍPIO NO EXERCÍCIO 2012:

Infringência ao disposto no inciso III do artigo 9º da Lei Complementar Estadual nº 154/96 c/c art. 49 da Resolução Administrativa nº 005/96, ao deixar de elaborar o Relatório e o Certificado de Auditoria do Controle Interno com o Parecer sobre as contas anuais do exercício 2012 (Subitem 2.27 e Item 9);

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR LAERTE GOMES (CPF Nº 419.890.901-68) – PREFEITO MUNICIPAL -, PELA GESTÃO DO MUNICÍPIO NO PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 1º DE JANEIRO A 5 DE JULHO DO EXERCÍCIO 2012:

Infringência ao disposto no art. 53 da Constituição Estadual c/c art. 5º da Instrução Normativa nº 019/TCERO-2006, ao promover o encaminhamento intempestivo, por meio do sistema informatizado SIGAP, dos balancetes dos meses de janeiro, fevereiro e abril de 2012 a esta Corte (Subitem 2 “20” e Subitem 2.1);

Infringência ao disposto no art. 13 incisos I ao V e incisos I e II do artigo 14 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-07, ao encaminhar intempestivamente os demonstrativos gerenciais de aplicação de recursos na Educação, relativos aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2012 (Subitem 2 “21” e Subitem 4.2.1);

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Infringência ao disposto na alínea "b", do inciso V, do art. 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, ao encaminhar intempestivamente a esta Corte o Relatório Quadrimestral de Controle Interno, relativo ao 1º quadrimestre de 2012 (Subitem 2 “28”);

Infringência ao disposto art. 165 da Constituição Federal c/c o artigo 1º, § 1º da Lei Complementar nº 101/2000, ao estabelecer no art. 5º da Lei Municipal nº 691/2011 (Lei Orçamentária - 2012) e do Parágrafo Único do art. 36 da Lei Municipal nº 690/2011 (Lei de Diretrizes Orçamentárias – 2012) a possibilidade de abertura de Créditos Adicionais Suplementares no percentual de até 50% do valor orçado para o período, assim sendo, contrariando os pressupostos de planejamento que norteiam a ação governamental (Subitem 3.4.1);

Infringência ao disposto no inciso II, do art. 167 da Constituição Federal c/c o art. 43 da Lei nº 4.320/64, em relação aos Créditos abertos pelo Decreto nº 15/12, nº 20/12, nº 39/12, nº 48/12, nº 82/12, nº 87/12, nº 91/12, nº 94/12, nº 104/12, nº 1101/12 e nº 2001/12, em razão da abertura de Créditos Adicionais com recursos fictícios, considerando que não foi possível identificar a natureza da receita no Comparativo da Receita Orçada com a Arrecadada em razão da falta de detalhamento das fontes de recursos no anexo correspondente (Subitem 3.4.1);

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR JOSÉ WALTER DA SILVA – PREFEITO MUNICIPAL -, PELA GESTÃO DO MUNICÍPIO NO PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 6 DE JULHO A 31 DE DEZEMBRO DO EXERCÍCIO 2012:

Infringência ao disposto no art. 53 da Constituição Estadual c/c art. 5º da Instrução Normativa nº 019/TCERO-2006, ao promover o encaminhamento intempestivo, por meio do sistema informatizado SIGAP, dos balancetes dos meses de julho, agosto e setembro de 2012 a esta Corte (Subitem 2 “20” e Subitem 2.1);

Infringência ao disposto no art. 13 incisos I ao V e incisos I e II do artigo 14 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-07, ao deixar de encaminhar o Anexo IX – Demonstrativo das Despesas Realizadas com Recursos do Fundeb no Ensino Fundamental (40%), relativo ao mês de novembro de 2012 (Subitem 2 “21” e Subitem 4.2.1);

Infringência ao disposto no inciso I do art. 22 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-07, ao deixar de encaminhar os demonstrativos gerenciais de aplicação dos recursos na Saúde, correspondentes ao mês de julho de 2012 (Subitem 2 “26” e Subitem 5.1.1);

Infringência ao disposto na alínea "b", do inciso V, do art. 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, ao encaminhar intempestivamente a esta Corte o Relatório Quadrimestral de Controle Interno, relativo ao 3º quadrimestre de 2012 (Subitem 2 “28”);

Infringência ao disposto no art. 60 do ADCT da Constituição Federal de 1988 c/c art. 22 da Lei Federal 11.494/2007 c/c art. 10 da Instrução Normativa nº 22/TCER-2007, ao aplicar na Remuneração dos Profissionais da Educação (Fundeb 60%) o valor total de R$2.877.473,58 (dois milhões oitocentos e setenta e sete mil quatrocentos e setenta e três reais e cinquenta e oito centavos), o equivalente ao percentual de 56,10% dos recursos auferidos no FUNDEB (Subitem 4.2.1);

Infringência ao disposto no art. 21 c/c § 2º da Lei nº 11.494/2007 c/c o Parágrafo Único do art. 15 da IN nº 22/TCE-RO/2007, em razão da aplicação de apenas 92,63% dos recursos auferidos no Fundeb no exercício 2012, e desta forma exceder ao permissivo legal de entesouramento anual dos recursos do fundo (Subitem 4.2.1);

Infringência ao disposto no artigo 60 do ADCT da Constituição Federal, com a nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 53/06, ao utilizar R$568.584,70 dos recursos do Fundeb em despesas estranhas a sua finalidade (Subitem 4.2.2);

Infringência ao disposto no § 1º do art. 1º da Lei Complementar nº 101/2000, em face do desequilíbrio nas Contas da Prefeitura Municipal de Alvorada do Oeste, haja vista a ocorrência de Déficit Orçamentário no

exercício 2012, no valor de R$232.659,83 (duzentos e trinta e dois mil seiscentos e cinquenta e nove reais e oitenta e três centavos) (Subitem 6.1);

Infringência ao disposto no Parágrafo Único, do art. 21 da Lei Complementar nº. 101/2000, em virtude do aumento das despesas com pessoal no percentual de 3,23% em relação ao período anterior (1º semestre de 2012) nos 180 dias anteriores ao término do mandato dos gestores em exercício na legislatura 2009/2012 (Subitem 7.1.1.1).

Infringência ao disposto na alínea “c” e “d” do inciso V do art. 73 da Lei Federal nº. 9.504/97, ao não restar comprovado que as contratações dos servidores efetivos e as nomeações para atendimento das necessidades de instalação e funcionamento inadiáveis dos serviços públicos essenciais, nos últimos 180 dias de mandato, atenderam às disposições legais quanto à matéria (Subitem 7.1.2.1);

Infringência ao disposto no inciso III, do § 2º do art. 29-A da Constituição Federal de 1988, em razão do repasse a menor em relação ao valor fixado na Lei Orçamentária Anual ao Poder Executivo (Item 8);

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR JOSÉ WALTER DA SILVA – PREFEITO MUNICIPAL -, PELA GESTÃO DO MUNICÍPIO NO PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 6 DE JULHO A 31 DE DEZEMBRO DO EXERCÍCIO 2012, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR WAGNER BARBOSA DE OLIVEIRA – TÉCNICO CONTÁBIL (CRC-RO 003301/O-1):

Infringência ao disposto no art. 6º da Lei nº 4.320/64 c/c a Portaria Conjunta STN/SOF nº 01/2011 c/c a Portaria STN nº 406/2011, no que concerne ao princípio do orçamento bruto, em razão da contabilização da Cota Parte do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e da Cota Parte do IPI Exportação por seus valores líquidos (Subitem 3.3.1.2 e Subitem 4.1.2);

Infringência ao disposto nos artigos 95 e 96 da Lei nº 4320/64, no que concerne à fidedignidade dos valores dos bens que integram o patrimônio do Município, registrados no Inventário Físico Financeiro de Bens Móveis, haja vista a divergência de R$179.428,97 entre o saldo evidenciado no Balanço Patrimonial do saldo que consta no Inventário Anual (Subitem 6.3 “a”);

Infringência ao disposto nos artigos 95 e 96 da Lei nº 4320/64, no que concerne à fidedignidade dos valores dos bens que integram o patrimônio do Município, registrados no Inventário Físico Financeiro de Bens Imóveis, haja vista a divergência de R$565.363,05 entre o saldo evidenciado no Balanço Patrimonial do saldo que consta no Inventário Anual (Subitem 6.3 “b”);

Infringência ao disposto nos artigos 95 e 96 da Lei nº 4320/64, no que concerne à fidedignidade dos valores dos bens que integram o patrimônio do Município, registrados no Inventário de Estoque em Almoxarifado, haja vista a divergência de R$286.105,64 entre o saldo evidenciado no Balanço Patrimonial do saldo que consta no Inventário Anual (Subitem 6.3 “d”);

Infringência ao disposto no art. 86, art. 100, art. 101 e art. 104 todos da Lei nº 4.320/64, no que concerne ao registro, à contabilização e à correta evidenciação dos fatos contábeis no patrimônio do Município, haja vista a discrepância, no valor de R$12.775,25, entre o saldo do Demonstrativo da Dívida Flutuante (R$1.827.848,78) e o contabilizado no Passivo Financeiro do Balanço Patrimonial (R$1.840.624,03) (Subitem 6.6).

13 – DOS PEDIDOS DE ESCLARECIMENTOS

Tendo em vista a necessidade de que sejam trazidos aos autos esclarecimentos sobre fatos que causam obscuridade e incoerências na apreciação da Prestação de Contas da Prefeitura Municipal de Alvorada do Oeste os quais podem vir a constituir-se, posteriormente, em infringências, faz-se oportuno solicitar esclarecimentos do Executivo Municipal quanto ao fato, deste modo, sugerimos ao Conselheiro Relator que requisite do gestor municipal:

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Esclarecimento quanto à contradição detectada entre o valor descrito nos demonstrativos contábeis, correspondente à Cota Parte do Fundo Especial do Petróleo (FEP), no valor de R$82.210,74, e o registrado no site do Banco do Brasil, R$111.169,14, assim sendo, apresentando uma divergência a maior de R$28.958,40 deste em relação àquele (Subitem 3.3.1.2 “a”);

Esclarecimento quanto à contradição detectada entre o valor descrito nos demonstrativos contábeis, correspondente à Cota Parte do ICMS Desoneração (Lei Complementar nº 87/96), no valor de R$10.321,68, e o registrado no site do Banco do Brasil, R$9.461,54, assim sendo, apresentando uma divergência a menor de R$860,14 deste em relação àquele (Subitem 3.3.1.2 “b”);

Esclarecimento quanto à contradição detectada entre o valor descrito nos demonstrativos contábeis, correspondente à Cota Parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no valor de R$5.944.604,38, e o registrado no site do Banco do Brasil, R$5.671.045,03, assim sendo, apresentando uma divergência a menor de R$273.559,35 deste em relação àquele (Subitem 3.3.1.2 “c”);

Esclarecimento quanto à contradição detectada entre o valor descrito nos demonstrativos contábeis, correspondente ao Fundo de Apoio às Exportações (FEX), no valor de R$59.454,14, e o registrado no site do Banco do Brasil, R$30.495,74, assim sendo, apresentando uma divergência a menor de R$28.958,40 deste em relação àquele (Subitem 3.3.1.2 “d”);

Esclarecimento quanto à contradição detectada entre o valor descrito nos demonstrativos contábeis, correspondente à Transferência do FUNDEB, no valor de R$5.125.488,26, e o registrado no site do Banco do Brasil, R$5.131.040,82, assim sendo, apresentando uma divergência a maior de R$5.552,56 deste em relação àquele (Subitem 3.3.1.2 “e”);

Esclarecimento quanto ao valor das Aplicações Financeiras do Fundeb - R$3.120,91 (três mil cento e vinte reais e noventa e um centavos) – apurado a partir dos Relatórios Gerenciais da Educação e o registrado no Anexo 2 – Resumo Geral da Receita - e no Anexo 10 – Comparativo da Receita Orçada com a Arrecada –, no valor de R$3.663,09 (três milhões seiscentos e sessenta e três reais e nove centavos), e assim apresentar uma diferença a maior deste em relação àquele no valor de R$542,18 (quinhentos e quarenta e dois reais e dezoito centavos) (Subitem 4.2.1);

Esclarecimentos quanto à fonte de recursos que financiou o valor R$72.224,75, relativo ao excedente das Cotas Financeiras Recebidas, que fora concedido às entidades do Município (Subitem 6.2 “c”);

Esclarecimentos quanto às discrepâncias entres os saldos da Reserva Matemática Previdenciária registradas no Balanço Patrimonial do Instituto e o registrado nos demonstrativos da Prefeitura Municipal, relativo aos exercícios 2011 e 2012 (Subitem 6.3 e Subitem 6.3 “f”).

04. Após, proferi o Despacho de Definição de Responsabilidade n. 038/2013/GCWCSC, fls. 290/298, e, ato contínuo, a Secretaria Geral de Controle Externo - SGCE expediu os respectivos Mandados de Audiência, oportunizando o prazo de 15 (quinze) dias para o oferecimento das justificativas quanto às impropriedades detectadas no Relatório Técnico, conforme já declinado preteritamente.

05. Conforme consta do conteúdo da Certidão acostada à fl. 627, os responsabilizados citados no parágrafo anterior apresentaram tempestivamente suas justificativas face ao Despacho de Definição de Responsabilidade n. 038/2013/GCWCSC.

06. Apresentadas as justificativas, os autos foram encaminhados à Unidade Técnica para a emissão da manifestação conclusiva.

07. Concluída a análise técnica fora constatado a permanência de varias irregularidades, ad littram:

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR RANIERY LUIS FABRIS (CPF Nº 420.097.582-34) – PREFEITO MUNICIPAL:

6.1.1 – Infringência ao previsto na alínea "a", inciso VI, art. 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, por não demonstrar no Relatório Circunstanciado, de forma qualitativa, as ações planejadas frente às executadas. Subitem 3.1.

6.1.2 – Infringência ao disposto na alínea "j" do inciso VI, do art. 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, por deixar de encaminhar a cópia do ato de nomeação da comissão de elaboração do inventário físico-financeiro dos bens móveis e imóveis. Subitem 3.3.

6.1.3 – Infringência ao disposto no art. 31, § 3º, da Constituição Federal c/c art. 49 do Regimento Interno desta Corte de Contas, ao deixar de encaminhar o comprovante de remessa dos balanços ao Poder Legislativo Municipal. Subitem 3.9.

6.1.4– Infringência ao disposto no §3º do art. 14 da Instrução Normativa nº. 022/TCERO-07, ao encaminhar o Parecer do Conselho de Acompanhamento e Controle Social responsável pelo Fundeb, elaborado fora do prazo legal. Subitem 3.11.

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR RANIERY LUIS FABRIS (CPF Nº 420.097.582-34) – PREFEITO MUNICIPAL – SOLIDARIAMENTE COM A SENHORA ADRIANA FERREIRA DE OLIVERIA – CONTROLADORA GERAL DO MUNICÍPIO -, PELO ENCAMINHAMENTO DAS CONTAS 2012:

6.1.5 – Infringência ao disposto no inciso III, do art. 9º da Lei Complementar Estadual nº 154/96 c/c art. 49 da Resolução Administrativa nº 005/96, em função do Relatório do Controle Interno não contemplar e o Certificado de Auditoria do Controle Interno com o Parecer sobre as contas anuais. Subitem 3.12.

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR LAERTE GOMES (CPF Nº 419.890.901-68) – PREFEITO MUNICIPAL -, PELA GESTÃO DO MUNICÍPIO NO PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 1º DE JANEIRO A 5 DE JULHO DO EXERCÍCIO 2012:

6.1.6– Infringência ao disposto no art. 53 da Constituição Estadual c/c art. 5º da Instrução Normativa nº 019/TCERO-2006, ao promover o encaminhamento intempestivo, por meio do sistema informatizado SIGAP, dos balancetes dos meses de janeiro e fevereiro de 2012. Subitem 3.14

6.1.7– Infringência ao disposto no inciso II, do art. 167 da Constituição Federal c/c o art. 43 da Lei nº 4.320/64, em relação aos Créditos abertos pelo Decreto nº 15/12, nº 20/12, nº 39/12, nº 48/12, nº 82/12, nº 87/12, nº 91/12, nº 94/12, nº 104/12, nº 1101/12 e nº 2001/12, em razão da abertura de Créditos Adicionais com recursos fictícios, considerando que não foi possível identificar a natureza da receita no Comparativo da Receita Orçada com a Arrecadada em razão da falta de detalhamento das fontes de recursos no anexo correspondente. Subitem 3.18.

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR JOSÉ WALTER DA SILVA – PREFEITO MUNICIPAL -, PELA GESTÃO DO MUNICÍPIO NO PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 6 DE JULHO A 31 DE DEZEMBRO DO EXERCÍCIO 2012:

6.1.8– Infringência ao disposto no art. 53 da Constituição Estadual c/c art. 5º da Instrução Normativa nº 019/TCERO-2006, ao promover o encaminhamento intempestivo, por meio do sistema informatizado SIGAP, dos balancetes dos meses de julho, agosto e setembro de 2012. Subitem 3.19.

6.1.9– Infringência ao disposto no artigo 60 do ADCT da Constituição Federal, com a nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 53/06, ao utilizar R$ 227.306,62 dos recursos do Fundeb em despesas estranhas a sua finalidade. Subitem 3.25.

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6.1.10 – Infringência ao disposto no § 1º do art. 1º da Lei Complementar nº 101/2000, em face do desequilíbrio nas Contas da Prefeitura Municipal de Alvorada do Oeste, haja vista a ocorrência de Déficit Orçamentário no exercício 2012, no valor de R$232.659,83 (duzentos e trinta e dois mil seiscentos e cinquenta e nove reais e oitenta e três centavos). Subitem 3.26.

6.1.11 – Infringência ao disposto no Parágrafo Único, do art. 21 da Lei Complementar nº. 101/2000, em virtude do aumento das despesas com pessoal no percentual de 3,23% em relação ao período anterior (1º semestre de 2012) nos 180 dias anteriores ao término do mandato dos gestores em exercício na legislatura 2009/2012. Subitem 3.27 deste relatório

6.1.12 – Infringência ao disposto na alínea “c” e “d” do inciso V do art. 73 da Lei Federal nº. 9.504/97, ao não restar comprovado que as contratações dos servidores efetivos e as nomeações para atendimento das necessidades de instalação e funcionamento inadiáveis dos serviços públicos essenciais, nos últimos 180 dias de mandato, atenderam às disposições legais quanto à matéria. Subitem 3.28.

6.1.13 – Infringência ao disposto no inciso III, do § 2º do art. 29-A da Constituição Federal de 1988, em razão do repasse a menor em relação ao valor fixado na Lei Orçamentária Anual ao Poder Executivo. Subitem 3.29.

08. Por fim, a Unidade Técnica fez a seguinte consideração, verbo ad verbum:

Não obstante o cumprimento do artigo 212 da Constituição Federal, ao aplicar na “Manutenção e Desenvolvimento do Ensino” o percentual de 26,09% das receitas provenientes de impostos e de transferências constitucionais, quando o mínimo estabelecido é de 25%;

Não obstante o cumprimento do artigo 60 dos ADCT da Constituição Federal e artigo 22, parágrafo único e incisos da Lei Federal nº 11.494/07, ao aplicar na “Remuneração dos Profissionais do Magistério” o percentual de 60,12% dos recursos provenientes do FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico, quando o mínimo estabelecido é 60%;

Não obstante o cumprimento do artigo 77 inciso III, da ADCT da CF c/c o artigo 7º da Lei Complementar nº 141/2012, ao aplicar nas “Ações e Serviços Públicos de Saúde” o percentual de 27,26% das receitas provenientes de impostos e de transferências constitucionais, quando o mínimo estabelecido é 15%;

A Administração Municipal incorreu nos seguintes descumprimentos:

Descumpriu o disposto no Parágrafo Único, do art. 21 da Lei Complementar nº. 101/2000, em virtude do aumento das despesas com pessoal no percentual de 3,23% em relação ao período anterior (1º semestre de 2012) nos 180 dias anteriores ao término do mandato dos gestores em exercício na legislatura 2009/2012.

Descumpriu ao disposto na alínea “c” e “d” do inciso V do art. 73 da Lei Federal nº. 9.504/97, ao não restar comprovado que as contratações dos servidores efetivos e as nomeações para atendimento das necessidades de instalação e funcionamento inadiáveis dos serviços públicos essenciais, nos últimos 180 dias de mandato, atenderam às disposições legais quanto à matéria.

Descumpriu ao disposto no inciso III, do § 2º do art. 29-A da Constituição Federal de 1988, em razão do repasse ao Poder Legislativo ter sido realizado em percentual inferior ao estabelecido pela CF/88.

Descumpriu ao disposto no § 1º do art. 1º da Lei Complementar nº 101/2000, em face do desequilíbrio nas Contas da Prefeitura Municipal de Alvorada do Oeste, haja vista a ocorrência de Déficit Orçamentário no exercício 2012.

Ressalta-se que persistiram também várias irregularidades apontadas no Despacho de Definição de Responsabilidade, conforme apresentado no subitem 6 deste relatório, de natureza formal, cujas incidências não resultaram em dano ao erário, entretanto, caracterizam falhas graves.

09. E por fim, emitiu parecer conclusivo contrário à aprovação Contas, confira-se, ipisis literis:

De todo o exposto entendemos, data venia, que as Contas do exercício de 2012 da Prefeitura Municipal de Alvorada do Oeste/RO, sob a responsabilidade dos Gestores Laerte Gomes, Prefeito municipal no período compreendido entre 1º de janeiro a 5 de julho do exercício 2012, e José Walter da Silva, Prefeito municipal durante o período de 6 de julho a 31 de dezembro do exercício 2012, devem merecer, por parte do Egrégio Plenário desta Corte de Contas, PARECER CONTRÁRIO A APROVAÇÃO DAS CONTAS, nos termos do inciso I do artigo 71 da Constituição Federal, combinado com o artigo 1º, VI da Lei Complementar Estadual nº 154/96.

10. Após a conclusão Técnica, os autos foram encaminhados ao Ministério Público de Contas para a análise Ministerial, na forma da lei.

11. Até o presente momento, o Ministério Público de Contas não emitiu o Parecer conclusivo.

É o relatório.

II - DA FUNDAMENTAÇÃO

12. Conforme relatado alhures, trata-se de Prestação de Contas referente ao exercício de 2012, da Prefeitura Municipal de Alvorada do Oeste - RO, de responsabilidade dos Gestores Raniery Fabris, Laerte Gomes e José Walter da Silva.

13. Preliminarmente é importante esclarecer que os Atos de Gestão praticados no exercício de 2012 não foram alvos de Auditoria, visto não constarem da programação estabelecida por esta Corte de Contas.

14. Após a instrução Técnica, os autos foram encaminhados ao Ministério Público de Contas para a emissão do Parecer.

15. No entanto, até a presente data, o Ministério Público não concluiu sua manifestação, dada a grande quantidade de processos postos à sua apreciação e tendo em vista a complexidade própria dos processos de prestação de contas.

16. Tal fato obsta que a presente Prestação de Contas seja julgada neste momento, posto que somente após a instrução processual completa é que será possível o pronunciamento desta Relatoria, a luz da Técnica processual.

17. E mais, ainda que o Ministério Público concluísse sua manifestação, não há tempo hábil para esta Relatoria analisar as presentes contas de forma adequada, visto que trata-se de um processo complexo em que é sabido por todos, exige tempo razoável para que se observe todos seus aspectos jurídicos e contábeis.

18. Trago à colação, a título de exemplo, caso semelhante ao Processo em comento, in verbis:

EMENTA: Prestação de Contas – Prefeitura Municipal de Campo Novo de Rondônia – Exercício de 2007 – Instrução inconclusa. Impossibilidade de apreciação até o final do exercício de 2008. Comunicado ao Tribunal Pleno.

[...] Isto posto, tendo em vista que a instrução dos autos, por razões alheias ao Corpo Técnico, encontra-se incompleta, estando ainda em fase de análise de novos documentos apresentados pelo Jurisdicionado, comunico a este Egrégio Plenário que a Prestação de Contas do Município de Campo Novo de Rondônia, exercício de 2007, somente será objeto de

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apreciação depois de cumpridos os princípios do contraditório e da ampla defesa consagrados no artigo 5º, LV, da Constituição Federal. (Processo n. 2351/08, Relator Conselheiro José Euler Potyguara Pereira de Melo – trecho do relatório e voto)

19. Dessarte, conforme dicção do art. 11, da Lei Complementar n. 154/96, e arts. 21 e 247, do Regimento Interno desta Corte de Contas, compete ao Relator adotar as medidas necessárias ao saneamento do processo.

20. No mais, considerando o rito processual a ser conferido ao feito, há que se concluir pela impossibilidade deste Tribunal de Contas, ainda no corrente ano, apreciar o mérito das contas do município em epigrafe e por consectário o seu parecer prévio.

21. Assim, cumprida a formalidade de comunicar os aludidos fatos a este Plenário, na 23ª Sessão Ordinária de 12/12/2013 - consoante a jurisprudência remansosa desta Casa, deve-se prosseguir com a instrução do feito, no viés de dar máxima efetividade ao postulado do devido processo legal e do princípio do contraditório.

22. Ressalto que, em razão do trâmite célere a ser conferido aos processos de Contas formalizados junto a este Tribunal, deve-se alertar que os autos carecem de tratamento prioritário.

III - DO DISPOSITIVO

23. EX POSITIS, pelos fundamentos alhures aquilatados, eis que impeditivos à apreciação do feito no presente exercício, DECIDO:

I - DETERMINAR a continuidade do trâmite processual, uma vez que não será possível a análise das Contas da Prefeitura Municipal de Alvorada do Oeste no presente ano;

II - ALERTAR as unidades integrantes desta Corte de Contas, da imperiosa necessidade de se conferir trâmite célere aos presentes autos, tendo em vista o tratamento prioritário que carecem as contas de governo.

III - PUBLIQUE-SE;

IV - JUNTE-SE AOS AUTOS.

Cumpra a assistência de Gabinete e, para tanto, expeça o necessário para o cumprimento do que determinado.

Sala das Sessões, 12 de dezembro de 2013.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

Município de Costa Marques

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO No: 1116/13-TCER INTERESSADO: Município de Costa Marques ASSUNTO: Análise dos Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária e de Gestão Fiscal – Exercício de 2013 RESPONSÁVEL: Francisco Gonçalves Neto – Prefeito Municipal - CPF: 037.118.622-68 RELATOR: Conselheiro Edílson de Sousa Silva

Decisão 334/2013/GCESS

EMENTA: Constitucional. Financeiro. Administrativo. LRF. Relatórios Fiscais relativos ao 1º quadrimestre de 2013. Extrapolação do limite máximo da despesa com pessoal. Não encaminhamento em meio eletrônico (via SIGAP) e tampouco em meio físico de diversos relatórios

fiscais. Alerta ao gestor na forma do art. 59, § 1º, II, da Lei Complementar Federal 101/00. Determinações.

Cuidam os autos da apreciação dos Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária (RREO 1º e 2º bimestres) e de Gestão Fiscal (RGF - 1º quadrimestre) referentes ao exercício financeiro de 2013, do Poder Executivo de Costa Marques, de responsabilidade do Prefeito Francisco Gonçalves Neto, com vista à análise do cumprimento dos percentuais fixados para despesa com pessoal e das metas fiscais contidas nas leis de natureza orçamentária, em cumprimento às disposições emanadas da Lei Complementar Federal 101/00 e da Instrução Normativa 34/2012 deste Tribunal.

Conforme bem destacou a unidade técnica, o Município de Costa Marques encaminhou em meio físico as cópias dos relatórios fiscais, os quais se encontram acostados às fls. 03/67. Todavia, de acordo com o informado pelo corpo instrutivo os referidos relatórios não foram enviados a esta Corte em meio eletrônico (via SIGAP – Módulo Gestão Fiscal).

Independentemente do encaminhamento dos relatórios fiscais em meio físico, o gestor deve enviá-lo a este Tribunal em meio eletrônico via SIGAP.

Ademais, importa destacar que, embora o Poder Executivo tenha feito a opção de encaminhar os relatórios fiscais semestralmente, considerando que ultrapassou o limite legal de 54% da despesa total com pessoal apurada na análise da gestão fiscal do 2º semestre de 2012 , por força das disposições contidas no § 2º do artigo 63 da LRF c/c o parágrafo único do artigo 8º da Instrução Normativa 34/TCER/2012, está o ente sujeito, enquanto perdurar a situação do excesso, aos mesmos prazos de verificação definidos para os demais entes (quadrimestral).

Assim, considerando que o prazo ordinário para o encaminhamento das informações referentes ao 2º quadrimestre do exercício em curso já se exauriu, a Municipalidade descumpriu o art. 4º da IN 34/TCER/2012 c/c o art. 52 e § 2º do art. 55, ambos da LRF, uma vez que até o momento não enviou a esta Corte as referidas informações fiscais.

Quanto às publicações dos relatórios fiscais, a unidade técnica informou que foram realizadas tempestivamente, em cumprimento ao § 3º do art. 165 da Constituição Federal c/c o caput do art. 52 e § 2º do art. 55, ambos da LRF.

O corpo técnico em análise perfunctória dos autos evidenciou que o Poder Executivo excedeu o limite fixado pela LRF (alínea “b” do inciso III do art. 20) para dispêndio com pessoal no 1º quadrimestre do exercício em comento, fls. 75/80-v.

É o relatório.

O Tribunal de Contas, ao exercer o controle dos gastos públicos, deverá acompanhar o cumprimento dos limites estabelecidos pela LRF ao final de cada quadrimestre, de modo que se a despesa com pessoal exceder o limite, determinará a imediata adoção de medidas corretivas listadas nos incisos do parágrafo único do art. 22 daquela lei e, não se adequando ao limite legal no prazo fixado no art. 23, tenha suspensos todos os repasses de verbas federais e estaduais, ocasionando graves prejuízos à sociedade.

A competência das Cortes de Contas na fiscalização e aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal é enfatizada nos §§ 1º, 2º e 3º de seu art. 59. Neste sentido é o escólio do Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes:

Aos Tribunais de Contas caberá o importante papel de alertar os Poderes e os órgãos do art. 20 quando tais limites estiverem prestes a ser ultrapassados ou sobre fatos já consumados, a fim de que sejam revertidos de acordo com o estabelecido na lei.

Da análise das peças encartadas no caderno processual e das informações nelas contidas (fls. 35, 77-v/78 e 79-v), constata-se que da receita corrente líquida auferida pelo município nos últimos 12 meses o Poder Executivo despendeu com folha de pessoal, no 1º quadrimestre, o

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percentual de 57,51%. Portanto, excedendo em 3,01% o limite de 54% fixado na alínea “b” do inciso III do art. 20 da LRF, impondo que se determine ao Prefeito a imediata redução do percentual excedente, sob pena de sanção pecuniária (§ 1º do art. 5º da Lei Federal 10.028, de 19 de outubro de 2000).

Conforme demonstrado acima, a despesa com pessoal extrapolou o limite legal de 54% da RCL. Nessa situação de injuridicidade, deve o gestor além de adotar incontinenti as medidas previstas no parágrafo único do art. 22, eliminar o percentual excedente nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, em obediência ao disposto no art. 23, a saber:

Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas nos §§ 3º e 4º do art. 169 da Constituição.

Ainda no exercício de 2012, na gestão da então prefeita Jacqueline Ferreira Gois, houve extrapolação do limite legal desse dispêndio e o atual alcaide agravou ainda mais a situação ao elevar aquela despesa, resultando a sua conduta em total afronta ao dispositivo legal pertinente, bem como às determinações desta Corte.

Conforme mencionado alhures, a Municipalidade não encaminhou em meio eletrônico os relatórios fiscais referentes aos 1º e 2º quadrimestres, ao assim proceder o município incorre em descumprimento do princípio da transparência, pedra de toque do Direito Financeiro, vez que visa permitir maior fiscalização das contas públicas por parte dos órgãos competentes e da própria sociedade.

Destarte, ao deixar de enviar os relatórios fiscais ao Poder Legislativo e ao Tribunal de Contas e publicar, ou enviar e publicar fora dos prazos e condições estabelecidos em lei impede, “até que a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária”, além de o responsável estar sujeito à pena de multa de 30% (trinta por cento) dos seus vencimentos anuais (art. 5º, I e § 1º da Lei Federal 10.028/00).

Adiciona-se àquelas irregularidades: (I) não encaminhamento da Programação Financeira e do Cronograma de Execução Mensal de Desembolso para 2013; (II) não envio do demonstrativo contendo as metas bimestrais de arrecadação para 2013; (III) não envio a este Tribunal por meio eletrônico das cópias das atas de audiência pública para demonstrar e avaliar o cumprimento das metas fiscais referentes aos 1º e 2º quadrimestres; (IV) elaboração equivocada do anexo de metas fiscais na LDO; (V) não apresentação dos Demonstrativos dos Resultados Nominal e Primário (anexos 5 e 6) relativos ao 2º bimestre; e (VI) não encaminhamento do demonstrativo dos restos a pagar por poder e órgão (anexo 7) referente ao 2º bimestre.

Assim, é que nestes termos alerto o Prefeito do Município de Costa Marques, Francisco Gonçalves Neto, na forma do inciso II do § 1º do art. 59 da Lei Complementar 101/00, para que se abstenha, até que o município esteja adequado aos limites fixados na alínea “b” do inciso III do art. 20 da LRF, de praticar ato que resulte nas situações listadas nos incisos I a V, do parágrafo único do art. 22, da LRF.

Determino ao Chefe do Poder Executivo a adoção das seguintes medidas:

a) redução do percentual excedente (de 3,01%) com o custeio da despesa de pessoal do Poder Executivo, nos termos do art. 23 da Lei complementar 101/00, sob pena de sanção pecuniária (§ 1º do art. 5º da Lei Federal 10.028/00;

b) atente aos prazos de envio dos relatórios fiscais a esta Corte, tanto em meio físico quanto em meio eletrônico (via SIGAP – Módulo Gestão Fiscal), sob pena de sanção pecuniária (art. 5º, I e § 1º da Lei Federal 10.028/00); e

c) encaminhe a esta Corte por meio físico e/ou eletrônico os documentos faltantes apontados na conclusão do relatório técnico de fls. 75/80-v.

Isto posto, fica desde já notificado o Prefeito Municipal, Francisco Gonçalves Neto, a adotar imediatamente as medidas alhures determinadas. Ressalto que por ocasião do exame da gestão fiscal do exercício será verificado o atendimento a este alerta, assim como às recomendações constantes da manifestação técnica, frisando que quando da análise da prestação de contas anual será oportunizado o contraditório e a ampla defesa aos responsáveis.

Ato contínuo, encaminhem-se os autos à Secretaria Regional de Controle Externo de Ji-Paraná para o acompanhamento das medidas determinadas. Conclusos, retornem os autos a este Gabinete.

P.R.I.C. Para tanto, expeça-se o necessário.

Porto Velho, 12 de dezembro de 2013.

Edílson de Sousa Silva Conselheiro Relator

Município de Costa Marques

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 1.925/2013-TCER. ASSUNTO: Prestação de Contas – Exercício de 2012. RESPONSÁVEL: Jacqueline Ferreira Góis – Ex-Prefeita do Município de Costa Marquês/RO. UNIDADES: Prefeitura Municipal de Costa Marques – RO. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 349/2013/GCWCSC

I - DO RELATÓRIO

Tratam os autos da Prestação de Contas Anual da Prefeitura Municipal de Costa Marques - RO, relativas ao exercício de 2012, de responsabilidade da Senhora Jacqueline Ferreira Góis – Ex-Prefeita Municipal.

02. A referida Prestação de Contas, encaminhada pelo Poder Executivo Municipal de Costa Marques/RO, aportou tempestivamente nesta Corte Fiscalizadora no dia 01/04/2013 (considerando que dia 31/03/2013 foi domingo), conforme protocolo n. 3635/2013 (fls. 01-v), em atenção ao prazo previsto no art. 52, alínea “a”, da Constituição Estadual. Devendo-se aqui registrar que a instrução técnica preliminar somente pôde ser ultimada e submetida a este Conselheiro-Relator aos 23/09/2012.

03. Isto porque, malgrado tenha o Corpo Técnico procedido a sua análise inaugural em 28/06/2013 – v. Despacho de fls. 185 -, a Secretaria Geral de Controle Externo devolveu os autos a Secretaria Regional de Controle Externo de Ji-Paraná, em razão da necessidade de se aguardar as diligências que seriam realizadas, por meio de visita ‘in loco’ (Inspeção), na Prefeitura Municipal de Costa Marques para apurar possíveis irregularidades no cancelamento de Restos a Pagar e no reconhecimento, pela atual Administração, de despesas realizadas pela Administração anterior, conforme noticia o Ministério Público Estadual por meio dos Ofícios 0457/2013/PJCM (Protocolo n. 04607/2013) e 0712/2013/PJCM (protocolo n. 06769/2013), conforme se infere do Despacho de fls. 186.

04. Referida inspeção teve o objetivo de apurar a representação oriunda do Ministério Público de Rondônia, autuada nesta Corte sob o processo n. 3280/2013-TCER, a qual noticia supostas inscrições de despesas em restos a pagar sem suficiente disponibilidade de caixa, no exercício de 2012, na gestão da ex-prefeita municipal, Senhora Jacqueline Ferreira Góis.

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05. A Secretaria Regional de Controle Externo de Ji-Paraná, após análise consolidada da prestação de contas e sua respectiva gestão fiscal anual e dos achados revelados pela Inspeção deflagrada, concluiu pela ocorrência de inúmeras irregularidades, reputando uma parcela como gravosas – cf. vasto elenco constante no seu Parecer Técnico de fls. 408/413-v, in verbis:

[...]

6 - CONCLUSÃO

Realizada a análise consolidada do relatório técnico constante às fls. 165/184, referente à instrução da Prestação de Contas do Exercício de 2012, da Prefeitura Municipal de Costa Marques - RO, sob a responsabilidade da Excelentíssima Senhora JACQUELINE FERREIRA GÓIS - Prefeita Municipal no período de 01/01 a 31/12/2012, com o resultado da inspeção in loco realizada no Município acerca de cancelamentos indevidos de restos a pagar pela ex-Prefeita, conclui-se pela existência das seguintes impropriedades:

DE RESPONSABILIDADE DA Sra. JACQUELINE FERREIRA GÓIS, CPF nº. 386.536.052-15 – PREFEITA MUNICIPAL DE 01/01 ATÉ 31/12/2012:

6.1 – Infringência ao artigo 53 da Constituição Estadual c/c artigo 5º da Instrução Normativa nº 019/TCERO-2006, pela remessa intempestiva via SIGAP dos balancetes relativos aos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro e novembro de 2012 (tópico 2, item 2 do relatório de fls. 165/184);

6.2 – Infringência ao artigo 13, incisos I ao V, e incisos I e II, do artigo 14 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-07, pela ausência dos demonstrativos gerenciais da aplicação mensal e acumulada das receitas resultantes de impostos e transferências constitucionais na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino e da aplicação das receitas do FUNDEB, na forma dos Anexos I ao X, e anualmente até 31 de março, de forma consolidada, nos termos dos Anexos XI A, XI B e XI C, relativos aos meses de janeiro a novembro de 2012 tópico 2 do relatório de fls. 165/184 (tópico 2, item 21 do relatório de fls. 165/184);

6.3 – Infringência ao inciso I do artigo 22 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-07, haja vista que não foram encaminhados os demonstrativos gerenciais - referentes aos meses de janeiro a novembro de 2012 - da aplicação mensal e acumulada das receitas resultantes de impostos e transferências constitucionais em Ações e Serviços Públicos de Saúde, na forma dos Anexos XII ao XVI, em cumprimento ao disposto no artigo 198, § 2º, da Constituição Federal (tópico 2, item 26 do relatório de fls. 165/184);

6.4 – Infringência ao artigo 14 da Lei Complementar 101/00 – LRF, pelo cancelamento, durante o exercício de 2012, de créditos da Dívida Ativa no montante de R$ 11.497,02 (onze mil, quatrocentos e noventa e sete reais e dois centavos) sem demonstrar o cumprimento dos requisitos estabelecidos nos incisos I e II do artigo 14 da LRF. (subtópico 3.3.1.3 do relatório de fls. 165/184);

6.5 – Infringência ao § 8º do artigo 165 da Constituição Federal, pela inclusão de dispositivo estranho na Lei Orçamentária Anual – Lei nº 565 de 19/12/2011, em afronta ao Princípio da Exclusividade Orçamentária. (Subtópico 3.4.1 do relatório de fls. 165/184).

6.6 – Afronta aos Princípios da Legalidade e da Eficiência preconizados no caput do artigo 37 da Constituição Federal, pela abertura de créditos adicionais suplementares no montante de R$ 11.263.752,45 (onze milhões, duzentos e sessenta e três mil, setecentos e cinqüenta e dois reais e quarenta e cinco centavos) tendo como fundamento a LOA/2012, entretanto, na referida lei não é mencionada a abertura de créditos adicionais suplementares; conforme relato no item 3.4.1 do relatório de fls. 165/184;

6.7 – Infringência ao disposto no art. 167, II, da Constituição Federal c/c artigo 43 da Lei Federal 4.320/64, pela abertura de créditos adicionais utilizando recursos fictícios de excesso de arrecadação no montante de R$ 3.300.763,45 (três milhões, trezentos mil, setecentos e sessenta e três

reais e quarenta e cinco centavos), conforme relato no item 3.4.1 do relatório de fls. 165/184;

6.8 – Infringência ao artigo 212 da Constituição Federal, por ter aplicado apenas 18,23% das receitas provenientes de impostos na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Público Municipal, quando deveria ter aplicado no mínimo 25%. (Item 4.1 do relatório de fls. 165/184);

6.9 – Infringência ao § 2º do artigo 21 da Lei Federal nº. 11.494/07, pelo entesouramento de 100%, ou seja, da totalidade dos recursos recebidos relativos ao FUNDEB durante o exercício de 2012, conforme relato no item 4.2.1 do relatório de fls. 165/184;

6.10 – Descumprimento às normas inseridas no artigo 60 dos ADCT da Constituição Federal e artigo 22, parágrafo único e incisos da Lei Federal nº 11.494/07, pela ausência de comprovação da aplicação dos recursos recebidos do FUNDEB na remuneração dos profissionais do magistério em efetivo exercício do ensino básico público, quando a obrigação consiste em aplicação mínima de 60%. Item 4.2.1 do relatório de fls. 165/184;

6.11 – Descumprimento às normas inseridas no artigo 60 do ADCT da Constituição Federal, com a nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 53/06, haja vista que restou prejudicada a análise da composição financeira do FUNDEB, conforme relato no item 4.2.2 do relatório de fls. 165/184;

6.12 – Descumprimento às normas inseridas no artigo 77 inciso III, da ADCT da CF c/c o artigo 7º da Lei Complementar nº 141/2012, por não apresentar aplicação de no mínimo 15% do total das receitas arrecadadas de impostos e transferências constitucionais com ações e serviços públicos de saúde, conforme relato no item 5.1 do relatório de fls. 165/184;

6.13 – Infringência ao artigo 1º, § 1º da Lei Complementar nº. 101/00, pelo déficit orçamentário evidenciado no exercício de 2012 - da Prefeitura Municipal de Novo Costa Marques - no montante de R$ 575.858,00 (quinhentos e setenta e cinco mil, oitocentos e cinquenta e oito reais), conforme relato no item 6.1 do relatório de fls. 165/184;

6.14 – Descumprimento ao disposto no inciso III, do § 2º, do artigo 29-A da Constituição Federal, haja vista que a Prefeitura Municipal de Costa Marques efetuou repasses à Câmara Municipal de montante inferior ao previsto na Lei Orçamentária Anual. (Item 9 do relatório de fls. 165/184);

DE RESPONSABILIDADE DO Sr. FRANCISCO GONÇALVES NETO, CPF nº. 037.118.622-68 – PREFEITO MUNICIPAL, A PARTIR DO DIA 01/01/2013:

6.15 – Infringência ao artigo 53 da Constituição Estadual c/c artigo 5º da Instrução Normativa nº 019/TCERO-2006, pela remessa intempestiva via SIGAP do balancete relativo ao mês de dezembro de 2012 (tópico 2, item 2 do relatório de fls. 165/184);

6.16 – Infringência à alínea “a” do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, pela ausência, junto a esta prestação de contas, do relatório circunstanciado sobre as atividades desenvolvidas no período, constando exame comparativo em relação aos últimos três exercícios, em termos qualitativos e quantitativos, das ações planejadas no PPA, na LDO e LOA, e das ações efetivamente realizadas, com especial enfoque sobre os programas voltados às áreas de educação, saúde, segurança e obras públicas (tópico 2, item 4 do relatório de fls. 165/184);

6.17 – Infringência ao Princípio da Publicidade, estabelecido no artigo 37 "caput" da Constituição Federal c/c inciso VI, alínea "d", do artigo 11, da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, pela ausência da prova de publicação dos balanços em Diário Oficial ou em jornal de grande circulação no Município (tópico 2, item 6 do relatório de fls. 165/184);

6.18 – Infringência ao artigo 13 da Constituição Estadual c/c inciso VI, alínea "e", do artigo 11, da Instrução Normativa n.º 013/TCERO-2004, pela ausência da prova de publicação dos balanços em Diário Oficial da relação

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nominal dos servidores ativos e inativos ao final do exercício (tópico 2, item 7 do relatório de fls. 165/184);

6.19 – Infringência à alínea “j” do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, pela ausência, junto a esta prestação de contas, da cópia do ato de nomeação da comissão de elaboração dos inventários físico-financeiros dos bens móveis e imóveis (tópico 2, item 12 do relatório de fls. 165/184);

6.20 – Infringência ao artigo 31, § 3º, da Constituição Federal c/c artigo 49 do Regimento Interno desta Corte de contas, pela ausência do comprovante de remessa dos balanços ao Poder Legislativo Municipal (tópico 2, item 20 do relatório de fls. 165/184);

6.21 – Infringência ao artigo 13, incisos I ao V, e incisos I e II, do artigo 14 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-07, pela ausência dos demonstrativos gerenciais da aplicação mensal e acumulada das receitas resultantes de impostos e transferências constitucionais na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino e da aplicação das receitas do FUNDEB, na forma dos Anexos I ao X, e anualmente até 31 de março, de forma consolidada, nos termos dos Anexos XI A, XI B e XI C, relativos ao mês de dezembro de 2012 (tópico 2, item 21 do relatório de fls. 165/184);

6.22 – Infringência ao inciso VII, do art. 13 e §1º do artigo 14 da Instrução Normativa nº. 022/TCERO-07, pela ausência dos extratos das contas vinculadas a MDE e ao FUNDEB, relativos ao mês de dezembro de 2012 (tópico 2, item 22 do relatório de fls. 165/184);

6.23 – Infringência ao Parágrafo Único do artigo 13 e § 1º do artigo 14 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-07, haja vista que não foram encaminhados os Anexos VI e XI referentes às despesas inscritas em restos a pagar com recursos vinculados a MDE e ao FUNDEB (tópico 2, item 23 do relatório de fls. 165/184).

6.24 – Infringência ao §3º do artigo 14 da Instrução Normativa nº. 022/TCERO-07, pela ausência do parecer do conselho de acompanhamento e controle social responsável pelo FUNDEB (tópico 2, item 25 do relatório de fls. 165/184);

6.25 – Infringência ao inciso VI artigo 13 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-2007, pela ausência do ato de designação dos responsáveis pela movimentação financeira da Educação (tópico 2, item 24 do relatório de fls. 165/184);

6.26 – Infringência ao inciso I do artigo 22 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-07, haja vista que não foram encaminhados os demonstrativos gerenciais - referentes ao mês de dezembro de 2012 - da aplicação mensal e acumulada das receitas resultantes de impostos e transferências constitucionais em Ações e Serviços Públicos de Saúde, na forma dos Anexos XII ao XVI, em cumprimento ao disposto no artigo 198, § 2º, da Constituição Federal (tópico 2, item 26 do relatório de fls. 165/184);

6.27. Infringência ao artigo 39, caput, da Lei Complementar 154/96, por não ter encaminhado as informações solicitadas no anexo do Ofício Circular nº 005/2013/SGCE, de 08/04/13, obstaculizando, dessa forma, a ação fiscalizatória desta Corte quanto aos preceitos dispostos no artigo 21, Parágrafo Único e artigo 38, inciso IV, alínea “b” da LRF e nos artigos 73, incisos V e VIII, da Lei Federal nº 9.504/97, por parte da Ex-Chefe do Poder Executivo de Costa Marques no final do mandato;

DE RESPONSABILIDADE DA Sra. JACQUELINE FERREIRA GÓIS, CPF nº. 386.536.052-15 – PREFEITA MUNICIPAL DE 01/01 ATÉ 31/12/2012, SOLIDARIAMENTE COM O Sr. GILSON CABRAL DA COSTA – CONTADOR – CRC-RO 002816/O-7:

6.28 – Infringência à alínea “l”, do inciso VI, do artigo 11, da IN 013/TCERO-2004, por erro na elaboração do Anexo TC-18, na apresentação dos créditos adicionais, onde foram incluídos créditos vinculados, sendo que a Lei Federal 4.320/64 em seu artigo 41 classifica os créditos adicionais apenas em 3 (três) modalidades, que são suplementares, especiais e extraordinários. (Item 3.4.1 do relatório de fls. 165/184).

6.29 – Infringência ao Princípio da Eficiência preconizado no caput do artigo 37 da Constituição Federal c/c o artigo 85 da Lei Federal nº 4.320/64, haja vista a diferença no montante de R$ 326.846,69 (trezentos e vinte e seis mil, oitocentos e quarenta e seis reais e sessenta e nove centavos) constatada entre os valores da despesa empenhada demonstrada nos anexos 8 e 9 da Lei 4.320/64 e a apresentada nos demais anexos que compõem esta prestação de contas. (Item 3.4.6 do relatório de fls. 165/184)

6.30 – Infringência à alínea “f” do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, haja vista que o Anexo TC-10 (fls. 067/074) não demonstra a totalidade dos restos a pagar apresentados no Balanço Patrimonial (fls. 071) . (Item 6.2 a do relatório de fls. 165/184)

6.31 – Infringência aos artigos 85, 95, 96 e 105 da Lei Federal nº. 4.320/64, haja vista que o Balanço Patrimonial (fls. 071) não apresenta a estrutura estabelecida pela Lei Federal nº. 4.320/64 (item 6.3 do relatório de fls. 165/184).

DE RESPONSABILIDADE DA Sra. JACQUELINE FERREIRA GÓIS – EX-PREFEITA MUNICIPAL, SOLIDARIAMENTE COM O Sr. GLIDES BANEGA JUSTINIANO – EX-SECRETÁRIO MUNICIPAL DE FAZENDA E COM O Sr. GILSON CABRAL DA COSTA - CONTADOR – CRC-RO 002816/O-7:

6.32 – Descumprimento do art. 42, caput e parágrafo único da Lei Federal nº 101/2000, pela assunção de obrigações de despesa nos dois últimos quadrimestres do exercício de 2012, no montante de R$ 1.159.858,61 (um milhão, cento e cinquenta e nove mil, oitocentos e cinquenta e oito reais e sessenta e um centavos) sem lastro financeiro suficiente e sem ter adotado a medida prescrita no parágrafo único do artigo em tela, por não ter elaborado a previsão do fluxo financeiro até o final do exercício, confrontando-o com os compromissos já assumidos e a assumir (tópico 3.2 deste relatório);

De responsabilidade da Senhora JACQUELINE FERREIRA GÓIS – ex-prefeita Municipal, solidariamente com o Senhor GLIDES BANEGA JUSTINIANO – ex-Secretário Municipal de Fazenda

6.33 – Infringência aos princípios da moralidade administrativa (caput do art. 37 da Constituição Federal) e da motivação dos atos administrativos, haja vista inúmeras obrigações que se encontravam empenhadas, no montante de R$ 1.277.345,82 (um milhão, duzentos e setenta e sete mil, trezentos e quarenta e cinco reais e oitenta e dois centavos), foram anuladas sem nenhuma justificativa, a poucos dias do término do exercício financeiro de 2012, havendo indícios robustos de que tal procedimento teve o intuito de ocultar dos balanços a insuficiência de recursos que se tornaria explícita caso tais empenhos fossem inscritos em restos a pagar (tópico 3.1 deste relatório);

7 – DETERMINAÇÃO

Em razão da falta de documentos cujo encaminhamento é necessário, ainda quanto ao exame das contas de 2012, sugere-se ao senhor Conselheiro determinar ao chefe do Executivo Municipal o seguinte:

7.1 – Encaminhar a esta Corte os quadros modelos 1 (despesas empenhadas à conta de exercícios anteriores); 2 (empenhos inscritos em restos a pagar em 2012 e remanescentes de exercícios anteriores, com as respectivas disponibilidades financeiras); 3 (relação das admissões/nomeações/contratações de pessoal no período de 05/07 a 31/12/12); 4 (relação das admissões/nomeações/contratações de pessoal no período de 07/07 a 1º/01/13) e os documentos listados na alínea “d” e “e”, todos do Anexo Único do Ofício Circular nº 005/2013/SGCE, o qual foi remetido à Municipalidade em 08/04/2013 e recebido em 16/04/2013, conforme relatado no tópico 8 do relatório de fls. 165/184);

8 – PEDIDOS DE ESCLARECIMENTOS

Tendo em vista terem sido constatadas inconsistências no exame das presentes contas, sugere-se ao senhor Conselheiro-Relator solicitar os

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seguintes esclarecimentos à Administração do Município de Costa Marques:

8.1 – A Municipalidade deverá demonstrar detalhadamente quais as fontes apresentaram excessos de arrecadação - que fundamentaram a abertura de créditos adicionais utilizando esses recursos - no montante de R$ 3.300.763,45 (três milhões, trezentos mil, setecentos e sessenta e três reais e quarenta e cinco centavos). (Item 3.4.1 do relatório de fls. 165/184).

8.2 – O Departamento de Contabilidade da Prefeitura Municipal de Costa Marques deverá esclarecer o motivo da diferença da ordem de R$ 268.261,93 entre os valores da despesa liquidada informada pela Municipalidade via LRF-NET e o valor apurado nesta análise. (Item 3.4.4 do relatório de fls. 165/184).

8.3 – O Departamento de Contabilidade da Prefeitura Municipal de Costa Marques deverá prestar esclarecimentos sobre a conta Dívida Ativa, pois não tem demonstrado a Dívida Ativa não tributária, que aparentemente equivale à nomenclatura Inscrição de Certidão de Decisão demonstrada no balanço patrimonial, cujo saldo é de R$ 3.027.761,48 (fls. 053). (Itens 3.3.1.3 e 6.3 “e” do relatório de fls. 165/184).

9 – RECOMENDAÇÕES

Em decorrência de falhas e irregularidades verificadas no exame das presentes contas, e para que sejam tomadas providências no sentido das próximas não mais registrarem essas impropriedades, além de que medidas sejam tomadas para a melhoria da gestão dos recursos municipais, sugere-se ao senhor Conselheiro-Relator recomendar ao chefe do Executivo Municipal o seguinte:

9.1 – Programar medidas administrativas e judiciais para a cobrança da Dívida Ativa;

9.2 – Dar maior ênfase ao planejamento das ações para que o orçamento aprovado não seja objeto de sucessivas modificações quando da execução. E que atenda ao limite máximo de 20% dos créditos ordinários para alteração do orçamento com base na LOA, conforme entendimento desta Corte, externado na Decisão nº 232/2011 – Pleno (Processo nº 1133/2011) conforme relato no item 3.4.1 do relatório de fls. 165/184;

9.3 – Atentar quanto ao estabelecido no artigo 1º da Lei Complementar nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, e mantenha o equilíbrio de suas contas, de forma que as despesas empenhadas não superem o montante das receitas arrecadadas. (Item 6.1 do relatório de fls. 165/184).

10 – IRREGULARIDADES DA GESTÃO FISCAL (Relatório técnico do 2º semestre/2012 constante do processo 1160/12)

10.1 – Com respeito a irregularidades apontadas na análise da Gestão Fiscal do 1º semestre de 2012, de responsabilidade da Senhora Jacqueline Ferreira Gois, (CPF Nº 386.536.052-15), enquanto Prefeita do Município:

10.1.1 – Infringência ao art. 3º da Instrução Normativa nº. 18/TCE-RO/2006, ao promover o encaminhamento intempestivo das informações Fiscais do 1º semestre de 2012 a esta Corte de Contas, e assim inviabilizar o acompanhamento da Gestão Fiscal do Município de Costa Marques (Item 2 do Relatório Técnico);

10.2 – Com respeito a irregularidades apontadas na análise da Gestão Fiscal do 2º semestre de 2012, de responsabilidade da Senhora Jacqueline Ferreira Gois, (CPF Nº 386.536.052-15), enquanto Prefeita do Município:

10.2.1 – Infringência ao disposto no art. 3º da Instrução Normativa nº 18/TCE-RO/2006, ao encaminhar intempestivamente o Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 4º bimestre de 2012 (Subitem 3.1 do Relatório Técnico);

10.2.2 – Infringência ao disposto no § 1º, do art. 1º da Lei Complementar nº 101/2000, ao comprometer o equilíbrio das Contas da Prefeitura Municipal

de Costa Marques ao incorrer em Liquidação de Despesa (R$22.931.073,41) em valor superior ao das Receitas Realizada (R$22.665.126,72) no exercício 2012, haja vista o DÉFICIT NA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA de R$265.946,69 (duzentos e sessenta e cinco mil novecentos e quarenta e seis reais e sessenta e nove centavos) (Subitem 3.2.1 “b” do Relatório Técnico);

10.2.3 – Infringência ao disposto na alínea “b”, inciso III, do art. 20 da Lei Complementar nº 101/00, ao incorrer em gastos com pessoal em montante superior ao limite de 54% da Receita Corrente Líquida definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Subitem 3.3.1 do Relatório Técnico);

10.2.4 – Infringência ao previsto no § 4º, artigo 9º da Lei Complementar nº 101/2000, haja vista que a cópia da Ata de Avaliação do Cumprimento das Metas Fiscais encaminhada não demonstra a ocorrência de avaliações comparativas entre as metas fiscais planejadas frente às efetivamente alcançadas (Item 5 do Relatório Técnico/12).

10.3 – Com respeito a responsabilidade do Senhor Francisco Gonçalves Neto – Prefeito Municipal (CPF Nº 037.118.622-68), pelo encaminhamento de parcela das informações fiscais de 2012.

10.3.1 – Infringência ao disposto no art. 3º da Instrução Normativa nº 18/TCE-RO/2006, ao encaminhar intempestivamente o Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 6º bimestre de 2012 e o Relatório de Gestão Fiscal do 2º semestre de 2012 (Subitem 3.1 do Relatório Técnico);

10.3.2 – Infringência ao disposto no art. 8º e no art. 13 da Lei Complementar nº 101/2000, ao deixar de encaminhar as informações quanto à Programação Financeira e ao Cronograma de Execução Mensal de Desembolso para o exercício 2012 (Subitem 3.2.1 do Relatório Técnico);

10.3.3 – Infringência ao disposto no art. 49 e art. 52 da Instrução Normativa nº 13/TCER/2004 c/c art. 39 da Lei Complementar nº 154/1996 c/c art. 9º da Instrução Normativa nº 18/TCE-RO-2006, em função do desatendimento das solicitações descritas no Ofício Circular nº 005/2013/SGCE, expedido pela Secretaria Geral de Controle Externo (Subitem 4.1 do Relatório Técnico);

10.3.4 – Infringência ao disposto no art. 8º da Instrução Normativa nº 18//TCE-RO/2006, em função do encaminhamento intempestivo a esta Corte de Contas do Relatório de Combate à Evasão e à Sonegação de Tributos (Item 6 do Relatório Técnico).

10.4 – Com respeito a responsabilidade do Senhor Francisco Gonçalves Neto – Prefeito Municipal (CPF Nº 037.118.622-68), pelo encaminhamento de parcela das informações fiscais 2012, solidariamente com o Senhor Gilson Cabral da Costa – Contador da Prefeitura (CRC-RO 002816/0-7).

10.4.1 - Infringência ao disposto no art. 12 da IN nº 18//TCE-RO/2006, em razão do encaminhamento de informações divergentes a esta Corte por meio do sistema LRF-NET, especificamente ao valor da DESPESA LIQUIDADA demonstrado no Anexo de Metas Fiscais, no montante de R$20.173.819,77, em oposição ao informado pelo sistema LRF-NET, no valor de R$20.320.143,72, o que retrata inconsistência entre os dados (Subitem 3.2.1 “b” do Relatório Técnico);

10.4.2 - Infringência ao disposto no art. 12 da IN nº 18/TCE-RO/2006, em razão do encaminhamento de informações divergentes a esta Corte, especificamente quanto ao valor da META DE RESULTADO NOMINAL prevista no Anexo de Metas Fiscais em R$146.323,95, pois o Anexo VI – Demonstrativo do Resultado Nominal – integrante do RREO do 6º bim/12, considera que não houve tal previsão, já que demonstra o campo ZERADO (Subitem 3.2.1 “c” do Relatório Técnico);

10.4.3 - Infringência ao disposto no art. 12 da IN nº 18/TCE-RO/2006, em razão do encaminhamento de informações divergentes a esta Corte, especificamente quanto ao valor da META DE RESULTADO PRIMÁRIO prevista no Anexo de Metas Fiscais em R$146.323,95, pois o Anexo VII – Demonstrativo do Resultado Primário – integrante do RREO do 6º bim/12,

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considera que não houve tal previsão, já que demonstra o campo ZERADO (Subitem 3.2.1 “d” do Relatório Técnico);

10.4.4 - Infringência ao disposto no art. 12 da IN nº 18/TCE-RO/2006, em razão do encaminhamento de informações divergentes a esta Corte, especificamente quanto ao VALOR TOTAL DAS DESPESAS PAGAS COM A MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO, para fins de limite, pois de acordo com as informações do LRF-NET o valor pago no exercício fora R$6.159.403,01, em contraposição ao demonstrado no Anexo X, que registra o pagamento de R$5.526.587,78, gerando reflexos sobre o percentual despendido com MDE no exercício 2012 (Subitem 3.2.5 do Relatório Técnico).

06. Diante das eivas consignadas no Relatório Técnico de fls. 408/413-v, expediu-se em 23 de setembro de 2013 o Despacho de Definição de Responsabilidade n. 051/2013/GCWCSC de fls. 416/429, determinando ao Departamento do Pleno que promovesse a audiência dos jurisdicionados arrolados como responsáveis, para que, em querendo, apresentassem as justificativas e documentos julgados pertinentes, acerca das irregularidades que lhes fora atribuídas pelo Corpo Instrutivo, em homenagem aos princípios da ampla defesa e do contraditório, imanentes ao devido processo legal.

07. Em cumprimento ao que fora determinado, o Departamento do Expedira os pertinentes mandados de audiência conforme se extrai da documentação acostada às fls. 440/451, sendo que o prazo para apresentação de defesa findar-se-á em 19/12/2013, consoante denota-se do Despacho do Departamento do Pleno de fls. 600-v.

08. Considerando que o prazo para julgamento das Prestações de Contas do Poder Executivo, relativas ao exercício de 2012, no âmbito desta Corte, findar-se-á no dia 12 de Dezembro de 2012, com o advento da 23ª Sessão Ordinária – Pleno, fora requisitado ao Departamento do Pleno que circunstanciasse a situação processual dos autos em epígrafe, fazendo-o, em seguida, concluso a este Conselheiro-Relator para ulterior deliberação das contas prestadas, objeto dos autos em apreço – v. Mem. n. 272/2013/GCWCSC de fls. 600.

09. Em atenção à requisição supra, o Departamento do Pleno informou, por meio do Despacho acostado às fls. 600-v, que os Autos encontram-se sobrestados naquele Departamento aguardando prazo para apresentação das defesas, o qual se ultimará em 19/12/2012.

10. Assim, vieram os autos para deliberação deste Conselheiro-Relator.

Eis o relatório.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

11. Como visto, Cuidam os presentes os autos da Prestação de Contas Anual, de governo, da Prefeitura Municipal de Costa Marques - RO, relativas ao exercício de 2012, de responsabilidade da Senhora Jacqueline Ferreira Góis – Ex-Prefeita Municipal.

12. A teor da derradeira instrução ora efetivada pelo Corpo Técnico – v. Relatório Técnico de fls. 408/413-v -, restara contemplada a existência de supostos indícios de ilegalidades, os quais foram condensados no DDR n. 51/2012/GCWCSC de fls. 416/429, e que, se não elididas, possuem potencialidade bastante a justificar a emissão de parecer prévio contrário à aprovação das contas em apreço.

13. Destaque-se, apenas a título exemplificativo, as supostas impropriedades infracitadas, dotadas de potencialidade bastante para, de per si, conduzir à emissão de parecer desfavorável a aprovação das contas em examine, podendo, por consequência, refletir no patrimônio tanto jurídico quanto econômico do responsável.

a) Infringência ao artigo 212 da Constituição Federal, por ter aplicado apenas 18,23% das receitas provenientes de impostos na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Público Municipal, quando deveria ter aplicado no mínimo 25%. (Item 4.1 do Relatório Técnico de fls. 165/184);

b) Descumprimento às normas inseridas no artigo 60 dos ADCT da Constituição Federal e artigo 22, parágrafo único e incisos da Lei Federal n. 11.494/07, pela ausência de comprovação da aplicação dos recursos recebidos do FUNDEB na remuneração dos profissionais do magistério em efetivo exercício do ensino básico público, quando a obrigação consiste em aplicação mínima de 60%. Item 4.2.1 do Relatório Técnico de fls. 165/184;

c) Descumprimento às normas inseridas no artigo 77 inciso III, da ADCT da CF c/c o artigo 7º da Lei Complementar nº 141/2012, por não apresentar aplicação de no mínimo 15% do total das receitas arrecadadas de impostos e transferências constitucionais com ações e serviços públicos de saúde, conforme relato no item 5.1 do Relatório Técnico de fls. 165/184;

14. Neste diapasão, dada a iminência de afetação negativa do patrimônio jurídico dos agentes públicos tidos como responsável pelos ilícitos listados no novel Relatório do Corpo Instrutivo de fls. 408/413-v, imperioso fez-se converter o feito em diligência com o propósito de facultar-lhe a apresentação de razões de justificativa que julgar pertinente, em homenagem ao devido processo legal, e de seus consectários – contraditório e ampla defesa -, consoante DDR n. 51/2013/GCWCSC de fls. 416/429.

15. Tal medida destinou-se a conferir eficácia ao art. 5º, LV, da Constituição Federal, que assegura também aos litigantes em processo administrativo o contraditório e a ampla defesa, com todos os meios e recursos a ela inerentes.

16. Por essas razões, fora determinado ao Departamento do Pleno que promovesse a audiência dos jurisdicionados apontado como responsável pelo Corpo Instrutivo, para que, em querendo, apresentasse as justificativas julgadas necessárias acerca das impropriedades lhes irrogadas pela Diretoria Técnica, as quais foram consubstanciadas no DDR n. 51/2013/GCWCSC de fls. 416/429.

17. Com efeito, expediu o Departamento do Pleno os Mandados de Audiência n. 611 (fls. 440), 612 (fls. 441), 613 (fls. 442) e 614/2013/DP-SPJ (fls. 443) e o Ofício n. 1580/2013/DP-SPJ (fls. 444), respectivamente, a Senhora Jacqueline Ferreira Góis - Ex-Prefeita do Município de Costa Marques/RO -, Senhor Gilson Cabral da Costa – Contador da Prefeitura Municipal de Costa Marques/RO – Senhor Glides Banega Justiniano – Ex-Secretário Municipal de Fazenda de Costa Marques/RO -, Senhor Francisco Gonçalves Neto – então Prefeito do Município de Costa Marques/RO.

18. Tem-se às fls. 600-v, Despacho do Departamento do Pleno, subscrito pela Senhora Júlia Amaral de Aguiar – Diretora do Departamento -, informando que os responsáveis foram devidamente intimados acerca das irregularidades condensadas no DDR n. 51/2013/GCWCSC (fls. 416/429), por meio dos mandados de audiência supracitados, e que o prazo para apresentação de defesa somente será ultimado em 19/12/2013, não tendo, por isto, como ser o presente feito julgado ainda este ano, conforme preceito normativo inserto no art. 14 da LC n. 154/96 , eis que o prazo prefalado expirará após a ultima Sessão Plenária desta Corte - 23ª Sessão Ordinária Pleno, marcada para 12/12/2013.

19. Explico melhor.

20. A sombra do rito técnico-processual adotado nesta Corte de Contas, com a apresentação ou não da defesa será o feito remetido ao Corpo Técnico e, posteriormente, ao Ministério Público de Contas para análise e emissão de parecer conclusivo.

21. Ocorre que, como dito alhures, o direito subjetivo do responsável para apresentação de defesa exaure-se em 19/12/2013, ou seja, após a realização da ultima Sessão Plenária desta Corte neste ano - 23ª Sessão Ordinária Pleno, marcada para 12/12/2013 – se afigurando juridicamente impossível a análise de mérito do presente processo, posto que, como dito, o prazo para apresentação das eventuais defesas findar-se-á em 19/12/2013, não tendo como, antes de se exaurir tal prazo, prosseguir com a tramitação do vertente feito.

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22. E mais. Com a apresentação ou não das defesas deve os autos ser submetidos à apreciação da Diretoria Técnica e do Parquet Especial, retornando a este Conselheiro somente após a prenunciada marcha processual, sendo, dessa forma, exigível a sua conversão em diligência, a fim de aguardar o decurso do prazo ofertado para apresentação de defesa, em homenagem aos postulados do contraditório e da ampla defesa.

23. A celeridade processual deve ser obtemperada a luz da razoabilidade, porquanto deve o julgador ter um tempo razoável para que possa analisar, de forma minudente, as peças que integralizam os processos de contas, notadamente, as razões defensivas ofertadas, vislumbrando, com isso, emprestar máxima efetividade ao princípio constitucional do contraditório (art. 5º, LV, CF/88), sob o viés de poder influenciar a decisão do julgador.

24. Neste viés, a lição de Fredie Didier , para quem a garantia constitucional do contraditório não pode ser entendida como a pura e simples participação da parte no processo, para que se efetive o princípio em comento imperioso se faz conferir a tal participação o poder de influenciar a decisão do julgador. Grafa-se, por conseguinte, fragmento da lição precitada, verbis:

[...]

Não adianta permitir que a parte, simplesmente, participe do processo; que ela seja ouvida. Apenas isso não é o suficiente para que se efetive o principio do contraditório. É necessário que se permita que ela seja ouvida, é claro, mas em condições de poder influenciar a decisão do magistrado. Se não for conferida a possibilidade de a parte influenciar a decisão do magistrado – e isso é poder de influência, poder de interferir na decisão do magistrado, interferir com argumentos, interferir com ideias, com fatos novos, com argumentos jurídicos novos; se ela não puder fazer isso, a garantia do contraditório estará ferida. É fundamental perceber isso: o contraditório não se implementa, pura e simplesmente, com a ouvida, com a participação; exige-se a participação com a possibilidade, conferida à parte, de influenciar no conteúdo da decisão.

25. Assim sendo, visando dar efetividade ao princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa, devem ser os presentes autos prosseguir seu curso natural para que se possa, sem atropelos, impulsioná-lo em consonância com a técnica processualística adotada nesta Corte, cotejando a eventual defesa apresentada com as peças constantes nos autos, de maneira que salvaguarde a possibilidade de o responsável influenciar no julgamento do feito, a luz do devido processo legal.

26. A propósito, vale dizer que nesse sentido repousa a remansosa jurisprudência desta Corte. Veja-se:

EMENTA: Prestação de Contas – Prefeitura Municipal de Campo Novo de Rondônia – Exercício de 2007 – Instrução inconclusa. Impossibilidade de apreciação até o final do exercício de 2008. Comunicado ao Tribunal Pleno.

[...] Isto posto, tendo em vista que a instrução dos autos, por razões alheias ao Corpo Técnico, encontra-se incompleta, estando ainda em fase de análise de novos documentos apresentados pelo Jurisdicionado, comunico a este Egrégio Plenário que a Prestação de Contas do Município de Campo Novo de Rondônia, exercício de 2007, somente será objeto de apreciação depois de cumpridos os princípios do contraditório e da ampla defesa consagrados no artigo 5º, LV, da Constituição Federal. (Processo n. 2351/08, Relator Conselheiro José Euler Potyguara Pereira de Melo – trecho do relatório e voto)

Ementa: Prestação de contas. Ausência de manifestação do responsável. Dilação do prazo para manifestação. Julgamento prejudicado ao qual infere-se pelo sobrestamento para cumprimento das providências necessárias para o saneamento do feito. Unanimidade.

[...]

I – Sobrestar na Secretaria Geral das Sessões os autos, que tratam da apreciação da prestação de contas da Prefeitura Municipal de Pimenteiras do Oeste, relativa ao exercício de 2010, de responsabilidade do Senhor

José Roberto Horn, ex-Prefeito, até que sejam apuradas as justificativas do responsável, pelas impropriedades a seguir elencadas: (Processo n. 1157/2011, Relator Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra, Decisão n. 384/2011-Pleno)

DECISÃO Nº 375/2012 – PLENO

[...]

Prestação de Contas. Município de Novo Horizonte do Oeste. Exercício de 2011. Instrução processual inconclusa. Conversão do feito em diligência, para o regular deslinde técnico-processual. incidência do princípio do contraditório e do devido processo legal. Unanimidade.

[...]

O egrégio Plenário do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, por unanimidade de votos, decide:

I – Converter os autos de Prestação de Contas da Prefeitura Municipal de Novo Horizonte do Oeste, relativa ao exercício financeiro de 2011, sob a responsabilidade do Senhor Nadelson de Carvalho - Chefe do Poder Executivo Municipal, em diligência, tendo em vista estar-se aguardando a análise da apresentação de defesa/justificativa por parte do jurisdicionado, visando elidir imputação formulada no Despacho de Definição de Responsabilidade; com a apresentação de defesa/justificativa terá que se abrir vistas à Unidade Técnica e depois ao Ministério Público de Contas, em homenagem ao regramento constitucional do devido processo legal; (Processo n. 1539/2012/TCE-RO, Relator Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra)

27. Destarte, considerando a prenunciada marcha processual a ser conferida ao feito, por um juízo de alta probabilidade, possível concluir pela impossibilidade de que este Eg. Tribunal de Contas, ainda no presente exercício, aprecie o mérito das contas em tela e emita o respectivo parecer prévio.

28. Assim, cumprida a formalidade de comunicar os aludidos fatos a este Eg. Plenário na 23ª Sessão Ordinária de 12/12/2013 – na esteira da jurisprudência pacificada nesta Corte -, faz-se no todo necessário prosseguir com a instrução do feito, atendendo-se aqui à cláusula do devido processo legal e ao princípio do contraditório corolário.

29. Ressalto que, em razão do trâmite célere a ser conferido aos processos de contas formalizados junto a este Tribunal, deve-se alertar que os autos carecem de tratamento prioritário.

III – DISPOSITIVO

Por todo o exposto, ora lastreado nas razões de fato e de direito expendidas alhures, as quais consubstanciam impeditivos à apreciação do feito no presente exercício, DECIDO:

I – DETERMINAR a continuidade do trâmite processual, com o retorno do feito ao Departamento do Pleno para cumprir todos os comandos exarados no Despacho de Definição de Responsabilidade n. 051/2013/GCWCSC (fls. 416/429);

II – ALERTAR as unidades integrantes deste Eg. Tribunal de Contas da imperiosa necessidade de se conferir trâmite célere aos presentes autos, tendo em vista o tratamento prioritário que carecem as contas de governo;

III - PUBLIQUE-SE;

IV – JUNTE-SE AOS AUTOS.

Cumpra a Assistência de Gabinete e, para tanto, expeça o que se fizer necessário.

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Porto Velho/RO, 13 de dezembro de 2013.

Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra Relator

Município de Ji-Paraná

DECISÃO MONOCRÁTICA

EXTRATO PROCESSO nº: 1313/2008-TCE-RO INTERESSADO: Edmundo Mariano de Sá ASSUNTO: Aposentadoria por Invalidez ORIGEM: Fundo de Previdência Social do Município de Ji-Paraná RELATOR: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES

Ementa: Ato de pessoal. Constitucional e Administrativo. Aposentadoria. Apreciação para fins de registro aposentadoria por invalidez Decisão determinando a retificação da fundamentação legal do ato concessório e da planilha de proventos. Alerta. Prazo para cumprimento.

DECISÃO MONOCRÁTICA Nº 083/2013/GCBAA

Versam os autos sobre análise da legalidade do ato concessório de aposentadoria por invalidez permanente com proventos integrais do Sr. Edmundo Mariano de Sá, no cargo de Médico, do Quadro de Servidores do Poder Executivo do Município de Ji-Paraná.

Visto, etc.

15. Destarte, a impropriedade está nos dispositivos constitucionais mencionados na Portaria nº 015/2007, que deve ser retificada pela unidade responsável.

16. Dispõe o artigo 247, do Regimento Interno desta Corte (Resolução Administrativa nº 005/TCER-96 ) que o Relator poderá determinar a citação, a audiência dos responsáveis, ou outras providências consideradas necessárias ao saneamento dos autos, observado o disposto no art. 100 deste Regimento, para o atendimento das diligências, após o que submeterá o feito ao Plenário ou à Câmara respectiva para decisão de mérito.

17. Isto posto, sem mais delongas, acolho manifestação da Unidade Técnica e do MPC, pelos seus próprios fundamentos e decido:

I - DETERMINAR ao Diretor-Presidente do Fundo de Previdência Social do Município de Ji-Paraná, na pessoa do Sr. Evandro Cordeiro Muniz ou a quem vier sucedê-lo que, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da notificação desta Decisão, sob pena de incorrer nas sanções contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar nº 154/96, adote as seguintes providências:

a) Retifique o ato concessório da aposentadoria por invalidez do Senhor EDMUNDO MARIANO DE SÁ, cadastro n. 10.807, CPF/MF Nº 032.919.874-20, Médico, pertencente ao quadro de servidores do Poder Executivo do Município de Ji-Paraná, fundamentando-o no Artigo 40, §1º I, §8º e §13 da Constituição Federal, c/c os arts. 1º e 2º da Lei Federal nº 10.887/2004 e artigo 32, I, II e III da Lei Municipal Previdenciária nº 1403, de 20.07.05, tornando-o assim apto a registro, nos termos da alínea “b” do inciso III do art. 49 da Constituição do Estado de Rondônia c/c o inciso II do art. 37 da Lei Complementar n° 154/96 e inciso II do art. 54 do Regimento Interno desta Corte de Contas;

b) Remeta cópia do ato devidamente retificado e publicado;

c) Envie nova planilha de proventos, devendo conter memória de cálculo, conforme dispõe o art. 26, inciso VI, da IN nº 013/TCER-2004, de acordo com o formulário - anexo TC-32, comprovando que os proventos do ex-

servidor estão sendo pagos de forma integral, calculados com base na média aritmética simples das maiores remunerações correspondente a 80% (oitenta por cento), bem como cópia da ficha financeira atualizada do inativo.

II – DETERMINAR ao Gestor do Fundo de Previdência Social do Município de Ji-Paraná que, consoante dispõe art. 39, §3º, da Constituição Federal, os proventos não podem ser fixados em valor inferior ao salário mínimo vigente;

III - DETERMINAR ao Departamento da 1ª Câmara que providencie a notificação do responsável, devendo ser enviada cópia do Relatório Técnico (fls.56/59v) e do Parecer do MPC (fls. 68/70);

IV – DETERMINAR à Assistência de Apoio Administrativo deste Gabinete que providencie a publicação do extrato desta decisão, após enviar os autos ao Departamento da 1ª Câmara para providências de sua competência;

V – DETERMINAR ao Departamento da 1ª Câmara que, vencido o prazo estabelecido no item I, encaminhe os autos à Secretaria Geral de Controle Externo de modo que, cumpridas ou não as determinações desta decisão, promova o exame pela Unidade Técnica respectiva, a qual deverá emitir relatório conclusivo e, posteriormente, remeter o caderno processual ao Ministério Público de Contas, para emissão de parecer nos termos regimentais.

Porto Velho-RO, 16 de dezembro de 2013.

Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

EXTRATO PROCESSO Nº 3151/2009 UNIDADE: FUNDO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE JI-PARANÁ ASSUNTO: APOSENTADORIA INTERESSADO: MARIA RODRIGUES DA SILVA RELATOR: Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva

DECISÃO MONOCRÁTICA n° 183/2013/TCE/RO

EMENTA: APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA POR IDADE. RETIFICAÇÃO DO ATO CONCESSÓRIO E PLANILHA DE PROVENTOS. PUBLICAÇÃO DO ATO CONCESSÓRIO NA IMPRENSA OFICIAL. DETERMINAÇÃO. SOBRESTAMENTO DOS AUTOS PARA CUMPRIMENTO DA DECISÃO.

Cuida os autos da análise, para fins de registro, do ato concessório de aposentadoria voluntária por idade, com proventos proporcionais, da Senhora MARIA RODRIGUES DA SILVA, no cargo efetivo de Agente de Limpeza Urbana, Matrícula nº 10.878, com carga horária de 40 horas semanais, pertencente ao quadro de funcionários públicos do Município de Ji-Paraná.

Isso posto, considerando os fundamentos expendidos, com amparo no inciso IX, do art. 71, da Constituição Federal combinado com art. 108-A do Regimento Interno deste Tribunal, prolato a presente Decisão Monocrática:

I - Determinar ao Diretor-Presidente do Fundo de Previdência Social do Município de Ji-Paraná para que, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da notificação desta Decisão, retifique o ato concessório de aposentadoria da Senhora MARIA RODRIGUES DA SILVA, materializado através da PORTARIA Nº 059/2009, de 16 de junho de 2009, para que conste na fundamentação legal os termos do artigo 40, §1º, inciso III, alínea “b”, §3º e 8º, da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 41/2003, combinado com o artigo 32, incisos I, II e III, da Lei Municipal Previdenciária nº 1403/05 e art. 1º da Lei Federal nº

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10.887/04, e encaminhe a esta Corte, cópia do ato retificador, bem como, comprovante de sua publicação no Diário Oficial;

II - Determinar ao Diretor-Presidente do Fundo de Previdência Social do Município de Ji-Paraná para que, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da notificação desta Decisão, retifique a planilha de proventos da servidora da MARIA RODRIGUES DA SILVA, para que o valor do benefício passe a corresponder ao percentual de 47,72%, de acordo com a média aritmética simples de 80% das maiores remunerações contributivas, ressalvando-se que havendo necessidade de complementação esta deve ser feita até o limite do salário mínimo vigente (art. 39, §2ª da CF), e a encaminhe a esta Corte acompanhada da planilha de proventos, contendo memória de cálculo e ficha financeira atualizada;

III - Determinar ao Diretor-Presidente do Fundo de Previdência Social do Município de Ji-Paraná para que, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da notificação desta Decisão, encaminhe cópia da publicação na imprensa oficial da PORTARIA Nº 059/2009, de 16 de junho de 2009;

IV - Alertar ao Diretor-Presidente do Fundo de Previdência Social do Município de Ji-Paraná, que o não atendimento a essa decisão o torna passível da cominação das penas previstas na Lei Complementar nº 154/96 e na legislação correlata;

V - Determinar à Assistente de Apoio Administrativo deste Gabinete que providencie a publicação do extrato desta decisão, nos termos da Recomendação nº 12/2012-GCOR, publicada no DOE TCE-RO nº 250, de 31.7.2012, sobrestando os presentes autos neste Gabinete, para acompanhamento e posterior análise do feito.

Publique-se,

Cumpra-se.

Porto Velho, 16 de dezembro de 2013.

DAVI DANTAS DA SILVA Conselheiro Substituto Relator

Município de Porto Velho

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 0258/2011 – TCE-RO ASSUNTO: Dispensa de Licitação INTERESSADO: Roberto Eduardo Sobrinho, ex- Prefeito Municipal de Porto Velho/RO e outros. UNIDADE: Prefeitura Municipal de Porto Velho RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 0353/2013/GCWCSC

I - DO RELATÓRIO

Tratam os autos acerca da análise de dispensa de licitação, promovida pela Semagric, Processo Administrativo n. 15.129/Semagric/PVH/2010, com o intuito de recuperar áreas degradadas na zona rural do Município de Porto Velho, para contratação de locação de máquinas, equipamentos e veículos, no valor de R$ 736.512,00 (setecentos e trinta e seis mil, quinhentos e doze reais), de responsabilidade do Senhor José Wildes De Brito - Secretário da Semagric e Roberto Eduardo Sobrinho - Prefeito Do Município De Porto Velho.

02. Na forma regimental, foram encaminhados os autos à Unidade Instrutiva (fls. 127/131), que em análise aos documentos colacionados no processo, detectou irregularidades consistentes, quais sejam: a) ausência de situação de emergência a autorizar contratação com a Administração Pública na forma do art. 24, IV da Lei Federal n. 8.666/93; b) ausência de

estudo de viabilidade econômica ou justificativa do preço; c) ausência de Projeto de Pesquisa; d) escolha do fornecedor.

04. Instado a se manifestar, o Parquet de Contas (fls. 133/143), divergiu parcialmente do relatório técnico, porquanto em sua análise a situação de emergência estaria caracterizada aos processos de locação de horas máquinas, todavia, não se configurando para os casos de aquisição das mesmas.

05. Inferiu o representante ministerial a existência do estudo de viabilidade técnica e econômica da locação das máquinas, razão pela qual pugnou pelo afastamento desta infringência, e sem suscitar outras irregularidades concordou com as elencadas pelo Corpo Instrutivo, sugerindo ao final a oitiva dos responsáveis.

06. O Conselheiro – Relator, fls. 145/146, diante as falhas aventadas pela Unidade Instrutiva, bem como pelo Ministério Público de Contas, primando pelos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, concedeu prazo para que agentes públicos responsáveis apresentassem as manifestações de defesa.

07. Em sede de exame das justificativas, o Corpo Instrutivo aduziu que as alegações dos responsáveis não lograram êxito em afastar as falhas dantes aventadas, razão pela qual recomendou a aplicação de multa, conforme transcrito abaixo:

Após analise das justificativas apresentadas pelos defendentes com relação à Dispensa de Licitação – Processo 15.129/2010, relativo às irregularidades apontadas pelo relatório do Corpo Técnico e parecer Ministerial, conclui-se que a contratação direta de maquinário pelo Município de Porto Velho não atende ao que dispõe o art. 24, IV da Lei n. 8.666/93, pois a emergência ou calamidade pública é fictícia, vale dizer, decorreu da falta de planejamento e/ ou da desídia administrativa, ou ainda, da má gestão dos recursos disponíveis. Culpa esta atribuída aos agentes ora imputados, que tinham o dever de prevenir essa situação adversa.

08. Instado novamente a se manifestar o Parquet de Contas, das cinco falhas suscitadas, aduziu que a única remanescente corresponderia à ausência de apuração técnica do quantitativo necessário para afastar o risco de dano (iminente e grave) a pessoas ou bens, pois considerou a reparação de trechos com defeito nas estradas, porquanto tal função teria o caráter contínuo a ser observado pela Administração Pública.

09. Entretanto, ao contrário do Corpo Instrutivo a representante ministerial, aferiu presente nos autos a justificativa de preços, porém, suscitou o indício de dano ao erário, vez que os valores praticados não legitimariam as quantias contratadas.

10. Por tal razão, o Ministério Público sugeriu que a Administração Pública encaminhasse cópias dos documentos atinentes à execução dos contratos, com escopo em identificar a ocorrência de dano ao erário.

11. Ato contínuo, o Conselheiro-Relator determinou que a Administração Pública remetesse a Corte as informações referentes à execução dos contratos.

12. Em derradeira análise, fls. 258/2011, a Diretoria Técnica ao examinar os contratos aludidos, detectou a ocorrência de dano ao erário, pela prática de sobrepreço na contratação da empresa M & Construtora e Terraplanagem LTDA. no montante de R$ 24.000,00 (vinte mil) reais em decorrência de apresentar valor superior à pesquisa de preços contida no Pregão n. 040/2010 de mesmo objeto, bem como do suposto favorecimento à Empresa Rondomar Construtora de Obras LTDA, contratada diretamente com valor superior ao das empresas vencedoras do Pregão Presencial n. 040/2010, causando dano ao erário no valor de R$ 7.021,00 (sete mil e vinte e um) reais, motivo pelo qual, a Unidade Instrutiva sugeriu a conversão deste processo em Tomada de Contas Especial.

14. O Ministério Público de Contas representado pelo Procurador Ernesto Tavares Victoria, reportou-se ao disposto no art. 1º, alínea “a” do

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Provimento n. 001/2011-MPC, em que dispõe a emissão de manifestação verbal do Parquet em processos que a Unidade Técnica aduzir pela conversão dos autos em Tomada de Contas Especial o Parquet de Contas se manifestará verbalmente.

Vieram-me os autos para deliberação.

II. DA FUNDAMENTAÇÃO

Pois bem.

07. Em observação, ao Princípio da Correlação, passo a tecer os comentários que se seguem:

Quanto à conversão do feito em Tomada de Contas Especial.

08. A conversão de Fiscalização de Atos e Contratos em Tomada de Contas Especial, autoriza o jurisdicionado a manejar Pedido de Reexame, conforme art. 45 da Lei Complementar 154/1996, c/c art. 78 do Regimento Interno deste Tribunal.

09. Vê-se, assim, que é direito subjetivo assegurado ao jurisdicionado pleitear, em sede de reexame, com efeito suspensivo, a revisão ou anulação da decisão que converta a Fiscalização de Atos e Contratos em Tomada de Contas Especial; as razões recursais devem ser fincadas em fundamentos jurídicos apresentados nas justificativas, em defesa preliminar.

10. Seria contraditória, data vênia, o que dispõe o art. 45 da Lei Complementar 154/1996, e o art. 78, do Regimento Interno deste Tribunal, se acolhido, neste momento, a conversão em TCE, sem que o jurisdicionado tenha apresentado razões de justificativas no Processo de origem, in casu, Dispensa de Licitação.

11. Assim, à exceção da conversão em TCE, decorrente de pedido de urgência, em que sejam demonstrados os casos de fundado receio de consumação, reiteração ou de continuação de lesão ao erário ou de grave irregularidade, sem ouvir a parte adversa, tal conversão deve ser precedida de defesa preliminar, em que o jurisdicionado tenha apresentado razões de justificativas, razão pela qual deixo, por ora, de converter o feito em Tomada de Contas Especial.

12. Com efeito, entendo que, nos autos em apreço, nenhum prejuízo há para a tramitação regular do processo, a abertura, nesta quadra, do contraditório para que o jurisdicionado em justificativas escritas possa afastar as imputações a eles irrogadas, até porque, do conteúdo das razões articuladas pode fazer deixar de subsistir os motivos determinantes apontados na manifestação ministerial e do Corpo Técnico para a conversão do feito em TCE.

13. Por tais razões, estritamente jurídicas, abre-se neste momento processual, com fundamento no art. 75, § 1º do Regimento Interno deste Tribunal, por analogia, o contraditório e ampla defesa, por entender que a hipótese fático-jurídica se amolda ao que dispõe a norma constitucional insculpida no art. 5º, LV, da Carta Política de 1988, eis que trata-se de Processo Administrativo, cujo primado constitucional também submete feitos extrajudiciais a tal postulado.

14. Assim, antes de emitir qualquer juízo inerente ao mérito, necessário se faz a oitiva dos interessados.

III - DO DISPOSITIVO

Dessarte, em observância aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, bem como do devido processo legal, com substrato jurídico no art. 5º, LIV e LV, da Constituição Federal c/c o §1º, do art. 62, III, do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia c/c art. 2º da Lei Federal n. 9.784/1999, em face da irregularidade detectada pelo Corpo Técnico, colho o ensejo, para:

I – DETERMINAR, a AUDIÊNCIA do jurisdicionado abaixo, fixando o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da juntada nos autos, nos termos do art. 97 do RITC, sendo:

I - DA RESPONSABILIDADE DO SENHOR- JOSÉ ROBERTO EDUARDO SOBRINHO-PREFEITO DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO (01/2005 A 12-2013), SOLIDARIAMENTE COM OS SENHORES WILDES DE BRITO – SECRETÁRIO MUNICIPAL DE AGRICULTURA ABASTECIMENTO- SEMACRIC DESDE 01/04/2010, E EDVAN SOBRINHO DOS SANTOS- REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA M & E CONSTRUTORA E TERRAPLANAGEM LTDA :

a) Pela prática de sobrepreço totalizando um valor total de R$ 24.000,00 (vinte quatro mil e quinhentos reais) de dano causado ao Erário, uma vez que houve negligência por parte dos gestores ao pactuarem contrato com a empresa M&E que apresentou valor superior ao do Pregão 040/2010 referente ao mesmo objeto. E, quanto a Empresa, esta agiu de forma inidônea ao pactuar valor superior ao apresentado pouco antes no certame licitatório.

II - DA RESPONSABILIDADE DO SENHOR ROBERTO EDUARDO SOBRINHO- PREFEITO DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO (01/2005 A 12-2013) - SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR WILDES DE BRITO – SECRETÁRIO MUNICIPAL DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO- SEMACRIC DESDE 01/04/2010:

a) Por violarem os princípios da Isonomia, da Indisponibilidade do interesse Público, da Eficiência e da Economicidade, pois é dever da Administração Pública tratar aqueles que quiserem contratar com ela, de forma igual, ou seja, dando igual oportunidade aos interessados em contratar, levando-se em conta a proposta mais vantajosa e a qualidade do bem ou serviço. No entanto, o que se verificou, é que houve benefício à Empresa Rondomar Construtora de Obras Ltda., infringindo ao que está disposto no artigo 5° da Constituição Federal, pois, contratada diretamente com preço superior ao das empresas vencedoras no pregão 040/2010, no item Trator esteira com potência mínima de 160 HP, equipada com riper (escarificador com três dentes). Ademais, não agiram de forma idônea, econômica e satisfatória na realização das finalidades públicas assinaladas pela lei, causando dano ao erário no valor de R$ 7.021,00 (Sete mil e vinte um reais).

1 - De responsabilidade do senhor MARCELO BARBOSA GOMES – Agente Penitenciário (CPF nº 710.613.472-49):

a) Descumprimento ao artigo 37, inciso XVI, da Constituição Federal, quando da indevida acumulação remunerada de cargos públicos, no período de abril a novembro de 2012, com o agravante da incompatibilidade de horários, acarretando, em tese, a obrigação de restituição aos cofres municipais a quantia de R$9.866,39 (Nove mil oitocentos e sessenta e seis reais e trinta e nove centavos) o que indiciariamente se configura como dano ao erário.

II – DETERMINAR, a NOTIFICAÇÃO dos Senhores Fernando Antônio de Souza – Secretário de Estado da Justiça, à época, e a Senhora Edna de Vasconcelos Lima – Secretária Municipal de Assistência Social, à época, ordenadores de despesas, fixando o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da juntada da notificação nos autos, nos termos do art. 97, §1º, do RITC, para prestarem informações acerca da efetiva prestação dos serviços por parte do Senhor MARCELO BARBOSA GOMES, CPF nº 710.613.472-49.

III – REMETA-SE, para tanto, cópia do Relatório Técnico (fls. 111/114v), bem como do Parecer Ministerial n. 216/2013 (fls. 119/120v), aos jurisdicionados qualificados no item I e II desta Decisão, e ainda, cópia integral dos autos ao Ministério Público Estadual, para conhecimento.

IV – APRESENTADAS as razões de justificativas ou certificada sua não apresentação, encaminhem-se os presentes autos ao Corpo Instrutivo, e, ato contínuo, ao Ministério Público de Contas.

JUNTE-SE aos autos em epígrafe;

PUBLIQUE-SE, na forma da lei;

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DÊ-SE CIÊNCIA, ao Ministério Público de Contas, na forma regimental;

CUMPRA-SE e, para tanto, expeça-se o necessário.

Ao Departamento da 2ª Câmara para cumprimento do que ora se determina.

Porto Velho, 13 de dezembro de 2013.

Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO: 1.385/2008-TCER ASSUNTO: Aposentadoria Especial – Municipal INTERESSADO: Maria Helena Soares Condê ORIGEM: Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município de Porto Velho - IPAM RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 344/2013/GCWCSC

I - DO RELATÓRIO

Trata-se de exame de legalidade do ato que concedeu aposentadoria municipal especial com proventos integrais à Senhora Maria Helena Soares Condê, funcionário da Prefeitura Municipal de Porto Velho.

02. O Corpo Técnico em análise preliminar concluiu que o servidor preencheu as condições para aposentar-se, com proventos integrais, com base na última remuneração, paridade e extensão de vantagens, consoante dispõe o art. 6º da EC 41/03.

03. Em sua análise, detectou- também impropriedades que obstam o registro do ato aposentatório até que sejam saneadas.

04. Por fim, opinou pela adoção de providencias para que se corrijam as falhas apontadas.

É o relatório.

II - DA FUNDAMENTAÇÃO

05. Trata-se de exame de legalidade do ato que concedeu aposentadoria municipal especial com proventos integrais à Senhora Maria Helena Soares Condé, funcionário da Prefeitura Municipal de Porto Velho.

06. Como visto, o ato foi fundamentado no art. 6º da Emenda Constitucional n. 41/03.

07. A Unidade Técnica, em análise preliminar, concluiu que a servidora faz jus à aposentadoria voluntária especial com proventos integrais.

08. No entanto, foram identificadas impropriedades que obstam o registro do ato até que sejam sanadas.

09. Para o Corpo Técnico, para que tais irregularidades sejam sanadas, há a necessidade que o Presidente do IPAM, sob pena de tornar-se sujeito às sanções previstas no art. 55, IV da Lei Complementar n. 154/96, encaminhe para esta Corte nova planilha de aposentadoria escoimada da divergência encontrada entre a composição remuneratória consignada na planilha de proventos e na ficha financeira, notadamente quanto as verbas denominadas “quinquênio rem antes da EC. n. 19/98 e “quinquênio após a EC. n. 19/98”, devendo a primeira passar a ser denominada “vantagem pessoal”, conforme determina a Lei Complementar n. 350/09; e, encaminhe

ficha financeira atual comprovando as correções sugeridas alertando que este documento deve estar em consonância com o primeiro.

10. No momento, utiliza-se o presente expediente para que se encaminhe a esta Corte os documentos mencionados no item anterior, a fim de que se ateste a legalidade e conceda o registro a aposentadoria em cotejo.

11. Assim, para que o ato seja considerado perfeito, faz-se necessário que a Administração Pública promova o encaminhamento das planilhas retro mencionadas.

III - DO DISPOSITIVO

12. Ex positis, em consonância com o parecer técnico, converto o feito em diligência para o fim de:

I - Determinar ao Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Porto Velho – IPAM, Senhor João Heberty Peixoto dos Reis, ou quem o substitua na forma da lei, que, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da notificação, sob pena da negativa de registro do ato, a contar de sua notificação, adote as seguintes providências:

a) encaminhar para esta Corte nova planilha de aposentadoria escoimada da divergência encontrada entre a composição remuneratória consignada na planilha de proventos e na ficha financeira, notadamente quanto as verbas denominadas “quinquênio rem antes da EC. n. 19/98 e “quinquênio após a EC. n. 19/98”, devendo a primeira passar a ser denominada “vantagem pessoal”, conforme determina a Lei Complementar n. 350/09;

b) encaminhar ficha financeira atual comprovando as correções sugeridas alertando que este documento deve estar em consonância com o primeiro.

II – Dar ciência do inteiro teor desta Decisão ao Presidente do IPAM;

III – Sobrestar os autos no Departamento da 2ª Câmara pelo prazo que trata o item I desta decisão, para o acompanhamento do feito.

IV - após, retornem-me os autos conclusos.

PUBLIQUE-SE.

Porto Velho, 10 de dezembro de 2013.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

EXTRATO PROCESSO Nº 0004/2009 UNIDADE: INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO -IPAM ASSUNTO: APOSENTADORIA POR INVALIDEZ INTERESSADA: ANA BENJAMIM DOS SANTOS RELATOR: Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva

DECISÃO MONOCRÁTICA n° 182/2013/TCE/RO

EMENTA: APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. RETIFICAÇÃO DO ATO. SOBRESTAMENTO DOS AUTOS PARA CUMPRIMENTO DA DECISÃO.

Cuidam os autos da análise, para fins de registro, do ato concessório de aposentadoria por invalidez, com proventos integrais, da Senhora ANA BENJAMIM DOS SANTOS, no cargo efetivo de Auxiliar Atividade Administrativo Nível “V” Faixa 15, Cadastro nº 29-9, pertencente ao quadro de servidores públicos do Município de Porto Velho.

28 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 577 ano III terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Isso posto, considerando os fundamentos expendidos, com amparo no inciso IX, do art. 71, da Constituição Federal combinado com art. 108-A do Regimento Interno deste Tribunal, prolato a presente Decisão Monocrática:

I - Determinar ao Presidente do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município Porto Velho - IPAM, para que, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da notificação desta Decisão, retifique o ato concessório da Servidora ANA BENJAMIM DOS SANTOS, para constar os dispositivos legais que respaldam a concessão de aposentadoria por invalidez com proventos integrais, quais sejam: art. 40, § 1º, Inciso I, da Constituição Federal c/c art. 31, §5º da Lei Complementar nº 227/05. Após a retificação do ato concessório, remeta o comprovante a esta Corte de Contas, bem como cópia de sua publicação na imprensa oficial, contendo todos os requisitos previstos na Instrução Normativa nº 13/TCER-2004;

II - Alertar ao Presidente do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município Porto Velho - IPAM, que o não atendimento a essa decisão o torna passível da cominação das penas previstas na Lei Complementar nº 154/96 e na legislação correlata;

III - Determinar à Assistente de Apoio Administrativo deste Gabinete que providencie a publicação do extrato desta decisão, nos termos da Recomendação nº 12/2012-GCOR, publicada no DOE TCE-RO nº 250, de 31.7.2012, sobrestando os presentes autos neste Gabinete, para acompanhamento e posterior análise do feito;

Publique-se,

Cumpra-se.

Porto Velho, 16 de dezembro de 2013.

DAVI DANTAS DA SILVA Conselheiro Substituto Relator

Município de Rio Crespo

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO Nº: 1222/TCER-2006 INTERESSADA: Prefeitura Municipal de Rio Crespo ASSUNTO: Tomada de Contas Especial, exercício 2005 – Quitação de multa. RELATOR: Conselheiro PAULO CURI NETO

Decisão nº 243/2013

QUITAÇÃO. REBECA PEREIRA BELATO. Acórdão nº 121/2008-PLENO. Multa do item II “f”. Título Executivo nº 189/2010. Execução fiscal. Pagamento. Extinção. Sentença transitada em julgado. Artigo 26 da Lei Complementar nº 154/96. CONCEDIDA.

Trata-se de processo de Inspeção Ordinária convertida em Tomada de Contas Especial, julgada, por meio do Acórdão nº 121/08-Pleno (fls. 4032/4045), irregular, com a imputação de débito e multa a vários responsáveis, dentre eles, à Senhora Rebeca Pereira Belato, que agora roga pela quitação da multa do item II, “f”, da referida decisão.

A multa em tela foi cominada à requerente no valor original de R$ 1.250,00 (um mil e duzentos e cinqüenta reais), consoante o Título Executivo nº 189/2010 (fl. 4.154).

Visando ao reconhecimento do cumprimento da sanção imposta, a Sra. Rebeca Pereira Belato protocolizou o requerimento acostado às fls. 4.290, acompanhado de documentos referentes ao processo judicial nº 0004314-14.2011.822.000 (execução fiscal), que comprovam o adimplemento da citada multa (sentença – fl. 4296).

O Controle Externo (fl. 4299) atestou o adimplemento da obrigação imposta, qual seja, a multa imputada pelo item II “f” do Acórdão nº 121/2008 - Pleno, propugnando pela baixa de responsabilidade da requerente.

Diante da opção do Ministério Público de Contas em não se manifestar quanto aos Pedidos de Quitação de Débitos e Multas, nos termos do Provimento nº 03/2013, bem como da ausência de postulação em sentido contrário, o presente feito não lhe foi encaminhado.

É o relatório.

A princípio, cumpre salientar que o presente feito não será submetido ao Pleno do Tribunal de Contas, em atenção ao artigo 35 do Regimento Interno, alterado pela Resolução nº 105/TCE-RO/2012.

Pois bem. Impende examinar a documentação ofertada pela interessada, a fim de confirmar o cumprimento do Acórdão nº 121/08-Pleno, item II, letra “f” (fls. 4032/4045). Merecem realce, com efeito, os documentos de fls. 4.291/4.296 (sentença). Segundo eles, a postulante, na ação judicial que perseguia o valor da multa cominada nestes autos, obteve sentença que reconheceu o pagamento integral da dívida executada.

Tal documentação, portanto, como bem salientou o Controle Externo (fls. 4959/verso), comprova que a requerente, no tocante à multa imposta no valor original de R$ 1.250,00, cumpriu o item II “f” do referido decisium, o que autoriza a quitação pleiteada.

Ao lume do exposto, em consonância com o aduzido pelo Controle Externo (fls. 4.299/verso), DECIDO:

I – Conceder Quitação à Srª REBECA PEREIRA BELATO da multa original de R$ 1.250,00 (um mil e duzentos e cinqüenta reais), Título Executivo nº 189/2010 (fl. 4154), derivada do Acórdão nº 121/08-Pleno, item II, letra “f” (fls. 4032/4045), com fulcro no artigo 26 da Lei Complementar nº 154/96;

II – Dar ciência do teor desta decisão à interessada, informando-lhe que a Decisão, em seu inteiro teor, está disponível no sítio eletrônico deste Tribunal (www.tce.ro.gov.br);

III – Remeter os presentes autos ao Departamento de Acompanhamento de Decisões para o seu regular prosseguimento, tendo em vista as imputações pendentes.

Porto Velho, 16 de dezembro de 2013.

PAULO CURI NETO Conselheiro Relator

Município de São Francisco do Guaporé

DECISÃO MONOCRÁTICA PROCESSO N.: 1552/2013-TCER INTERESSADO: Prefeitura Municipal de São Francisco do Guaporé - RO ASSUNTO: PRESTAÇÃO DE CONTAS - EXERCÍCIO DE 2012. RESPONSÁVEL: JAIRO BORGES FARIA – PREFEITO MUNICIPAL, à época. RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 350/2013/GCWCSC

RELATÓRIO

Versam os presentes autos sobre a prestação de contas da Prefeitura Municipal de São Francisco do Guaporé, referente ao exercício de 2012, sujeita ao regime de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial deste Tribunal de Contas, nos termos do art. 31 da Constituição Federal, art. 49 da Constituição Estadual, art. 35 da LC n.

29 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 577 ano III terça-feira, 17 de dezembro de 2013

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Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

154/96 e Instrução Normativa n. 013/TCER-04, sob responsabilidade da autoridade em epígrafe.

02. A referida Prestação de Contas, encaminhada pelo Poder Executivo Municipal, aportou tempestivamente nesta Corte Fiscalizadora, em cumprimento ao prazo previsto no art. 52, alínea “a”, da Constituição Estadual.

03. A análise técnica inaugural noticiou a ocorrência de inúmeras irregularidades, constante na conclusão de seu relatório inaugural de fls. 710/733-v -, in verbis:.

DE RESPONSABILIDADE DO Sr. JAIRO BORGES FARIA, CPF nº. 340.698.282-49, EX-PREFEITO MUNICIPAL:

12.1.1 – Infringência ao Inciso I do artigo 22 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-07, pelo não envio ao Tribunal de Contas, dos demonstrativos gerenciais da aplicação mensal e acumulada das receitas resultantes de impostos e transferências constitucionais em Ações e Serviços Públicos de Saúde, referente aos meses de: maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro e novembro de 2012. (Subitem 2.24).

12.1.2 – Infringência ao artigo 53 da Constituição Estadual c/c artigo 5º da Instrução Normativa nº 019/TCERO-2006, pela remessa intempestiva via SIGAP dos balancetes relativos aos meses de janeiro, fevereiro, março e novembro de 2012. (Subitem 2.1).

12.1.3 – Infringência ao artigo 14 da Lei 101/2000- Lei de Responsabilidade Fiscal, em razão do cancelamento da Dívida Ativa tributária no montante de R$ 33.389,30 (trinta e três mil, trezentos e oitenta e nove reais e trinta centavos), o que configura renúncia de receita, tendo em vista que não foram demonstrados os requisitos exigidos pela referida norma. (Subitem 3.3.1.3).

12.1.4 – Infringência ao infringência à alínea “l”, do inciso VI, do artigo 11, da IN 013/TCERO-2004 c/c artigo 42 da Lei Federal 4.320/64, por classificar créditos vinculados como se fossem créditos adicionais. (Subitem 3.4.1).

12.1.5 – Infringência ao disposto no art. 167, II, da Constituição Federal c/c artigo 43 da Lei Federal 4.320/64, em função da abertura de créditos adicionais utilizando fonte de recursos fictícios de excesso de arrecadação no montante de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais). (Subitem 3.4.1).

12.1.6 – Infringência às normas inseridas no artigo 60 do ADCT da Constituição Federal, com a nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 53/06, em razão da diferença a menor de R$ 43.041,68 (quarenta e três mil e quarenta e um reais e sessenta e oito centavos) na conta corrente do FUNDEB, haja vista que deveria haver nessa conta (c/c nº 9531-1 ag 4125-4 Banco do Brasil) na data de 31/12/2012, o valor de R$ 46.544,96 (quarenta e seis mil, quinhentos e quarenta e quatro reais e noventa e seis centavos). (Subitem 4.2.2).

12.1.7 – Descumprimento às normas inseridas no artigo 77 inciso III, da ADCT da CF c/c o artigo 7º da Lei Complementar nº 141/2012, por não aplicar o mínimo 15% do total das receitas arrecadadas de impostos e transferências constitucionais com ações e serviços públicos de saúde. (Subitem 5.1).

12.1.8 – Infringência ao artigo 1º, § 1º da Lei Complementar nº. 101/00, pelo déficit orçamentário da ordem de R$ 306.763,85 e déficit financeiro no montante de R$ 1.210.256,54 (um milhão, duzentos e dez mil, duzentos e cinqüenta e seis reais e cinquenta e quatro centavos). (Subitens 6.1 e 6.3).

12.1.9 – Descumprimento do disposto no artigo 42, parágrafo único, da Lei de Responsabilidade Fiscal, por ter realizado obrigações de despesa sem a existência do respectivo lastro financeiro ao final do exercício de 2012. (Subitem 8.1).

DE RESPONSABILIDADE DA Srª. ELIANE APARECIDA CASATO, RESP. PELA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DA PREFEITURA MUNICIPAL, EXERCÍCIO DE 2012:

12.1.10 – Descumprimento a Alínea "l" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, pela elaboração errônea do Anexo TC 18 – Quadro Demonstrativo das Alterações Orçamentárias. (Subitem 3.4.1).

12.1.11 – Infringência ao Art. 85 da Lei Federal 4.320/64, devido a diferença de R$ 879.766,66 - verificada entre os registros da despesa nos anexos 6, 7, 8 e 9 (R$ 36.797.394,38), e o Balanço Orçamentário (R$ 37.677.161,04). (Subitem 3.4.6).

DE RESPONSABILIDADE DO Sr. JAIRO BORGES FARIA, CPF nº. 340.698.282-49, EX-PREFEITO MUNICIPAL, SOLIDARIAMENTE COM O CONTROLADOR INTERNO SR. FRANCISCO DE ASSIS FERNANDES:

12.1.12 – Infringência a alínea “b”, inciso V do art. 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-04, devido ao não encaminhamento ao Tribunal de Contas do relatório do Controle interno do Município relativos ao 1º e 3º Quadrimestre/2012. (Item 10).

12.1.13 – Infringência ao disposto no inciso III do artigo 9º da Lei Complementar Estadual nº 154/96 c/c art. 49 da Resolução Administrativa nº 005/96, pela não elaboração do relatório e certificado de auditoria com parecer sobre as contas anuais. (Item 10).

DE RESPONSABILIDADE DA Srª GISLAINE CLEMENTE, – ATUAL PREFEITA:

12.1.14 – Infringência ao artigo 53 da Constituição Estadual c/c artigo 5º da Instrução Normativa nº 019/TCERO-2006, remessa intempestiva via SIGAP do balancete relativo ao mês de dezembro de 2012;

12.1.15 – Infringência a Alínea "a" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, por não conter no relatório circunstanciado o exame comparativo em relação aos últimos três exercícios, em termos qualitativos e quantitativos, das ações planejadas no PPA, na LDO e LOA, e das ações efetivamente realizadas, com especial enfoque sobre os programas voltados às áreas de educação, saúde, segurança e obras públicas. (Subitem 2.3).

12.1.16 – Infringência a Alínea "j" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, pelo não envio da Cópia do ato de nomeação da comissão de elaboração dos inventários físico-financeiros dos bens móveis e imóveis relativos ao exercício de 2012. (Subitem 2.11).

12.1.17 – Infringência a Alínea "s" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, pelo não encaminhamento do Anexo TC-38 - Demonstrativo dos recursos financeiros de convênios não repassados cujas despesas já foram empenhadas (Subitem 2.18).

12.1.18 – Infringência ao Inciso VI do artigo 13 da IN nº 022/TCERO-2007, por não ter sido enviado junto à prestação de contas o Ato de designação dos responsáveis pela movimentação financeira da Educação (Subitem 2.22).

12.1.19 – Infringência ao 3º do artigo 14 da Instrução Normativa nº. 022/TCERO-07, por não ter sido anexado a prestação de contas o Parecer do conselho de acompanhamento e controle social responsável pelo FUNDEB (Subitem 2.23);

12.1.20 – Infringência ao Inciso I do artigo 22 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-07, pelo não envio ao Tribunal de Contas, dos demonstrativos gerenciais da aplicação mensal e acumulada das receitas resultantes de impostos e transferências constitucionais em Ações e Serviços Públicos de Saúde, referente ao mês de dezembro/12. (Subitem 2.24).

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12.1.21) Infringência ao disposto Artigo 49 c/c inciso I do art. 47 da Lei Complementar Estadual nº 154/96 e art. 6º da IN nº 07/TCERO-2002, devido ao não envio do pronunciamento da autoridade competente sobre as contas anuais, haja vista que doc. encaminhado baseou-se apenas nas contas do 2º Semestre de 2012 (Subitem 2.26).

12.1.22) Infringência ao disposto na alínea “c” e “d” do inciso V do art. 73 da Lei Federal nº. 9.504/97, ao não restar comprovado que as contratações dos servidores efetivos e as nomeações para atendimento das necessidades de instalação e funcionamento inadiáveis dos serviços públicos essenciais, nos últimos 180 dias de mandato, atenderam às disposições legais quanto à matéria (Subitem 8.2.2.).

04. Diante das eivas consignadas no Relatório Técnico, o Conselheiro-Relator expedira Despacho de Definição de Responsabilidade n. 035/2013/GCWCSC de fls. 736/740, determinando ao Secretário Geral de Controle Externo que promovesse a audiência dos responsáveis, para que apresentassem suas justificativas e documentos em face das irregularidades suscitadas.

05. Em análise das justificativas do gestor a Unidade Instrutiva, em novel manifestação às fls. 1514/1537-v, após cotejar as defesas apresentadas com as imputações atribuídas, aduziu, pela permanência de irregularidades sugerindo, assim, a Reprovação das Contas no Parecer Prévio a ser emitido pela Corte de Contas como se segue:

6 – CONCLUSÃO

Finalizada a apreciação das razões de justificativas apresentadas pelos gestores, em decorrência das irregularidades e da necessidade de esclarecimentos apontadas na instrução preliminar das contas da Prefeitura do Município de São Francisco do Guaporé e de sua Gestão Fiscal, exercício financeiro 2012, sob a responsabilidade do senhor JAIRO BORGES FARIA – Prefeito do Município - com fulcro nas informações e nos documentos constantes dos autos, entendemos que remanescem as seguintes irregularidades:

6.1 – DAS IMPROPRIEDADES REMANESCENTES NA APRECIAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS 2012 DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ.

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR JAIRO BORGES FARIA (CPF nº. 340.698.282-49) - PREFEITO DO MUNICÍPIO NA LEGISLATURA 2009/2012:

6.1.1 – Infringência ao Inciso I do artigo 22 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-07, pelo não envio ao Tribunal de Contas, do demonstrativo gerencial da aplicação mensal e acumulada das receitas resultantes de impostos e transferências constitucionais em Ações e Serviços Públicos de Saúde do mês de agosto de 2012 (Subitem 3.1);

6.1.2 – Infringência ao artigo 53 da Constituição Estadual c/c artigo 5º da Instrução Normativa nº 019/TCERO-2006, pela remessa intempestiva via SIGAP dos balancetes relativos aos meses de janeiro e novembro de 2012 (Subitem 3.2);

6.1.3 – Infringência ao artigo 1º, § 1º da Lei Complementar nº. 101/00, em razão do Déficit Financeiro no montante de R$396.877,47 (trezentos e noventa e seis mil oitocentos e setenta e sete reais e quarenta e sete centavos) (Subitem 3.8);

6.1.4 – Infringência ao disposto no artigo 42, parágrafo único, da Lei de Responsabilidade Fiscal, por ter realizado obrigações de despesa sem a existência do respectivo lastro financeiro ao final do exercício de 2012 (Subitem 3.9);

DE RESPONSABILIDADE DA SENHORA ELIANE APARECIDA CASATO – CONTADORA DA PREFEITURA MUNICIPAL:

6.1.5 – Infringência à alínea "l" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, pela elaboração errônea do Anexo TC 18 – Quadro Demonstrativo das Alterações Orçamentárias (Subitem 3.10);

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR JAIRO BORGES FARIA (CPF nº. 340.698.282-49) - PREFEITO DO MUNICÍPIO NA LEGISLATURA 2009/2012 -, SOLIDARIAMENTE COM O CONTROLADOR INTERNO SENHOR FRANCISCO DE ASSIS FERNANDES:

6.1.6 - Infringência a alínea “b”, inciso V do art. 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-04, devido ao não encaminhamento ao Tribunal de Contas do relatório do Controle interno do Município, relativos ao 1º e 3º Quadrimestre/2012 (Subitem 3.12);

DE RESPONSABILIDADE DA SENHORA GISLAINE CLEMENTE, – ATUAL PREFEITA DO MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ:

6.1.7 - Infringência ao Inciso I do artigo 22 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-07, pelo não envio ao Tribunal de Contas, do demonstrativo gerencial de aplicação mensal e acumulada das receitas resultantes de impostos e transferências constitucionais em Ações e Serviços Públicos de Saúde, referente ao mês de dezembro/12 (Subitem 3.20);

6.2 – DAS IMPROPRIEDADES REMANESCENTES NA APRECIAÇÃO DA GESTÃO FISCAL 2012 DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ.

DAS IRREGULARIDADES SUSCITADAS EM RELAÇÃO ÀS INFORMAÇÕES FISCAIS DO 1º SEMESTRE DE 2012:

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR JAIRO BORGES FARIA – PREFEITO MUNICIPAL (CPF Nº 340.698.282-49):

6.2.1 - Descumprimento ao art. 3º da Instrução Normativa nº. 18/TCER/2006, por haver encaminhado intempestivamente a esta Corte de Contas o Relatório Resumido de Execução Orçamentária do 3º bimestre/2012 e o Relatório de Gestão Fiscal do 1º Semestre de 2012 (Item 5);

6.2.2 - Descumprimento ao art. 2º da Instrução Normativa nº. 10/TCER/2003, em razão de haver elaborado a Programação Financeira e o Cronograma de Execução Mensal de Desembolso desprovido da memória e metodologia de cálculo que reflitam o planejamento da esperança de arrecadações reais da entidade (Item 5);

6.2.3 – Descumprimento às disposições contidas no artigo 12 da Instrução Normativa nº. 18/TCER/2006, em razão da existência de divergência entre o valor Previsto para Arrecadação até o 3º bimestre/2012 registrado no Demonstrativo contendo as Metas Bimestrais de Arrecadação, este no valor de R$ 15.748.512,65 (quinze milhões, setecentos e quarenta e oito mil, quinhentos e doze reais e sessenta e cinco centavos) e o informado via LRF-NET no Relatório Resumido de Execução Orçamentária referente ao 3º bimestre de 2012, no total de R$ 8.701.381,00 (oito milhões, setecentos e um mil, trezentos e oitenta e um reais), resultando uma diferença na monta de R$ 7.047.131,65 (sete milhões, quarenta e sete mil, cento e trinta e um reais e sessenta e cinco centavos) (Item 5);

6.2.4 – Descumprimento às disposições contidas no artigo 12 da Instrução Normativa nº. 18/TCER/2006, em razão da existência de divergência entre o valor das Receitas Realizadas até o 3º bimestre/2012 registrado no Balanço Orçamentário (fls. 80/81), este no valor de R$ 19.988.971,97 (dezenove milhões, novecentos e oitenta e oito mil, novecentos e setenta e um reais e noventa e sete centavos) e o informado via LRF-NET no Relatório Resumido de Execução Orçamentária referente ao 3º bimestre de 2012 (fls. 126/127), no total de R$ 20.064.203,27 (vinte milhões, sessenta e quatro mil, duzentos e três reais e vinte e sete centavos), resultando uma diferença na monta de R$ 75.231,30 (setenta e cinco mil, duzentos e trinta e um reais e trinta centavos) (Item 5);

6.2.5 – Descumprimento ao disposto ao teor da Portaria STN nº 2007/2011, em razão de não haver elaborado corretamente o Anexo de

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Metas e Riscos Fiscais na Lei de Diretrizes Orçamentárias, haja vista que não foi fixada a Meta do Resultado Primário e Nominal em seus valores correntes e constantes, prejudicando assim o acompanhamento das metas de Resultado Nominal e Primário (Item 5);

6.2.6 – Descumprimento às disposições contidas no artigo 55, inciso I, alínea “d” da Lei Complementar nº. 101/2000 c/c o teor da Instrução Normativa nº. 18/TCER/2006, em razão de não ter sido apresentado o Anexo IV – Demonstrativo das Operações de Crédito (Item 5);

6.2.7 – Descumprimento ao disposto no inciso I, artigo 8º da Instrução Normativa nº. 18/TCER/2006 c/c com o artigo 9º, §4º da Lei Complementar nº 101/2000, em razão de ter deixado de comprovar a realização da audiência, perante a Comissão Permanente da Câmara de Vereadores, para demonstração e avaliação do cumprimento das Metas Fiscais do 1º semestre de 2012 (Item 5);

DAS IRREGULARIDADES SUSCITADAS EM RELAÇÃO ÀS INFORMAÇÕES FISCAIS DO 2º SEMESTRE DE 2012:

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR JAIRO BORGES FARIA – PREFEITO MUNICIPAL (CPF Nº 340.698.282-49):

6.2.8 - Descumprimento ao preceituado nos artigos 52 e 55, § 2º, da Lei Complementar nº 101/2000 c/c artigo 3º da Instrução Normativa nº 18/TCER/2006, em face do encaminhamento intempestivo dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária, referentes ao 4º e 6º bimestres/2012, e do Relatório de Gestão Fiscal do 2º semestre de 2012 a esta Corte de Contas, e, em razão da publicação intempestiva dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária do 6º bimestre/2012 e do Relatório de Gestão Fiscal do 2º semestre de 2012 (Item 5);

6.2.9 - Descumprimento ao disposto no artigo 12 da Instrução Normativa nº 18/TCER/2006, em face da existência de incongruências entre as informações registradas na Programação Financeira e os dados constantes do sistema LRF-NET, tendo em vista que aquele demonstrativo evidencia o valor da meta de arrecadação de receitas até o 6º bimestre de 2012 no montante de R$34.805.524,02 (trinta e quatro milhões, oitocentos e cinco mil, quinhentos e vinte e quatro reais e dois centavos), enquanto que este sistema registra o valor de R$38.927.739,39 (trinta e oito milhões, novecentos e vinte e sete mil, setecentos e trinta e nove reais e trinta e nove centavos) (Item 5);

6.2.10 - Descumprimento ao artigo 3º da Instrução Normativa nº 18/TCER/2006, em razão de não haver informado no campo 185 do sistema LRF-NET, o valor da Previsão de Desembolso até o 6º bimestre de 2012 (Item 5);

6.2.11 – Descumprimento ao artigo 9º, §4 º da Lei Complementar nº 101/2000, em razão de não haver comprovado perante esta Corte de Contas a realização da Audiência Pública diante da Comissão Permanente da Câmara de Vereadores, para demonstração e avaliação do cumprimento das Metas Fiscais do período (Item 5);

6.2.12 – Descumprimento ao disposto no inciso II, artigo 8º da Instrução Normativa nº 18/TCER/2006, em face do não encaminhamento do Relatório Anual das Medidas de Combate à Evasão e à Sonegação de Tributos a esta Corte de Contas (Item 5);

6.2.13 - Descumprimento ao teor da Portaria STN nº 407/2011 c/c § 1º, artigo 4º da Lei Complementar nº 101/2000, em razão da elaboração incorreta do Anexo de Metas Fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias, haja vista não haver sido fixada a Meta do Resultado Nominal e Primário em seus valores correntes e constantes, prejudicando assim o acompanhamento das metas de Resultado Nominal e Primário referentes ao exercício de 2012 (Item 5);

6.2.14 - Descumprimento ao teor da Portaria STN nº 407/2011 e ao preceituado na alínea “b”, inciso III, artigo 55 da Lei Complementar nº 101/2000, em razão da inscrição de R$1.696.122,45 (um milhão, seiscentos e noventa e seis mil, cento e vinte e dois reais e quarenta e cinco centavos) na rubrica restos a pagar não processados, sem que

houvesse disponibilidade de caixa líquida suficiente para fazer face aos compromissos financeiros assumidos (Item 5);

6.2.15 - Descumprimento ao disposto no artigo 42 da Lei Complementar nº 101/2000, em razão de haver contraído obrigações financeiras no exercício de 2012, na monta de R$2.311.476,86 (dois milhões, trezentos e onze mil, quatrocentos e setenta e seis reais e oitenta e seis centavos), correspondente aos restos a pagar (processados e não processados), sem que houvesse disponibilidade de caixa suficiente para o cumprimento desta obrigação (Item 5);

7 – RECOMENDAÇÕES

Em razão das constatações apuradas nesta instrução, as quais exigem a tomada imediata de providências para sua regularização nas prestações de contas dos exercícios subsequentes, ratificamos, data venia, as sugestões de recomendação ofertadas ao Excelentíssimo Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra, Relator das presentes contas, na última análise técnica, e outras decorrentes da análise sistêmica das contas do Município, para que a Administração Municipal da Prefeitura Municipal de São Francisco do Guaporé adote as seguintes providências:

7.1 – Programe medidas administrativas e judiciais para a cobrança da Dívida Ativa;

7.2 – Seja dada maior ênfase ao planejamento das ações para que o orçamento aprovado não seja objeto de sucessivas modificações quando da execução;

7.3 – Promova a retificação do registro dos Restos a Pagar não Processados – R$1.696.122,45 – no Balanço Patrimonial 2013, caso este permaneça registrado no Passivo Financeiro da Prefeitura Municipal ao final do exercício;

7.4 – Adote medidas para que o encaminhamento dos balancetes mensais enviados por meio do sistema informatizado SIGAP ocorra de forma tempestiva, em atendimento ao disposto na Constituição do Estado de Rondônia e na Instrução Normativa nº 19/TCER/2006;

7.5 - Que os futuros Relatórios de Auditoria realizados pelo órgão de Controle Interno, integrantes das Prestações de Contas do Município, passem a evidenciar as atividades desenvolvidas no período ao qual correspondam e os procedimentos aplicados pelo setor sobre aspectos específicos da gestão municipal.

7.6 - Que os gestores responsáveis pelo envio de informações fiscais, gerenciais e contábeis atenham-se a tempestividade no envio daquelas em atendimento as instruções normativas desta Corte.

Excelentíssimo Senhor Conselheiro Relator

WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA

O Corpo Técnico desta Corte de Contas, na forma estabelecida nos incisos I e II, do § 4º, do artigo 170, do Regimento Interno desta Casa, após instrução concernente ao Balanço Anual 2012, da Prefeitura Municipal de SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ, sob a tutela administrativa do Prefeito Municipal, Senhor JAIRO BORGES FARIA, com a devida venia, emite o seguinte parecer:

Considerando que a Administração cumpriu o disposto no artigo 212 da Constituição Federal, ao aplicar na “Manutenção e Desenvolvimento do Ensino” o percentual de 34,06% das receitas provenientes de impostos e de transferências constitucionais, quando o mínimo estabelecido é de 25%;

Considerando que a Administração Municipal cumpriu o disposto no artigo 60 dos ADCT da Constituição Federal e artigo 22, § único e incisos da Lei Federal nº 11.494/07, ao aplicar na “Remuneração dos Profissionais do Magistério” o percentual de 65,89% dos recursos provenientes do

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FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino e de Valorização do Magistério, quando o mínimo estabelecido é 60%;

Considerando que a Administração Municipal cumpriu o disposto no artigo 77 do ADCT da Constituição Federal (incluído pelo artigo 7º, inciso III e § 1º, da Emenda Constitucional nº. 29 de 13/09/2000), ao aplicar nas “Ações e Serviços Públicos de Saúde” o percentual de 18,07% das receitas provenientes de impostos e de transferências constitucionais, quando o mínimo estabelecido é 15%;

Considerando que a Administração Municipal cumpriu o disposto no artigo 29-A da Constituição Federal, ao realizar o repasse de recursos ao Poder Legislativo Municipal em percentual inferior a 6,85% das receitas de impostos, taxas e de transferências constitucionais relativos ao exercício anterior;

Considerando que a Administração Municipal cumpriu o artigo 20, inciso III, alínea “b” da Lei Complementar nº 101/2000, ao realizar despesa total com pessoal do Poder Executivo Municipal no percentual de 52,44%, inferior ao limite de 54%, conforme apurado no processo nº 1159/2012-TCER em apenso, que trata da análise da Gestão Fiscal;

Todavia, em que pese às exposições precedentes.

Considerando a ocorrência de Déficit Financeiro no valor de R$396.877,47 (trezentos e noventa e seis mil oitocentos e setenta e sete reais e quarenta e sete centavos), e, consequentemente, da realização de obrigações de despesas sem existência do respectivo lastro financeiro ao final do exercício 2012 (Subitem 6.1.3 e 6.1.4 da Conclusão deste Relatório);

Considerando que as falhas remanescentes mencionadas nos itens 6.1.1; 6.1.2; 6.1.5; 6.1.6; 6.1.7; 6.2.1; 6.2.2; 6.2.3; 6.2.4; 6.2.5; 6.2.6; 6.2.7; 6.2.8; 6.2.9; 6.2.10; 6.2.11; 6.2.12; 6.2.13; 6.2.14 e 6.2.15 da conclusão deste relatório configuram prática de ato de gestão contrária à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, e, portanto, contrárias às disposições constitucionais e infraconstitucionais.

Entendemos, data venia, que as Contas do exercício 2012, da Prefeitura Municipal de SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ, sob a tutela administrativa do Prefeito Municipal, Senhor JAIRO BORGES FARIA, devem merecer, por parte do Egrégio Plenário desta Corte de Contas, PARECER PRÉVIO PELA REPROVAÇÃO, nos termos da competência atribuída pelo art. 35 Lei Complementar nº 154/96 c/c § 1.º do art. 49 do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia.

Finalizando, cabe ressaltarmos que os atos de gestão praticados no exercício em análise, não foram objeto de Auditoria Ordinária, haja vista não terem constado da programação estabelecida por esta Corte de Contas para o período.

06. Seguiram-se os autos ao Ministério Público de Contas, manifestando-se a e. Procuradora-Geral por meio do Parecer n. 35/2013 (fls. 1542/1558), no qual sugeriu, conforme conclusão a ser colacionada abaixo, a emissão de parecer prévio pela não aprovação das contas, em razão das irregularidades presentes nos autos, senão vejamos:

Do contrário, desde logo opino:

I - pela emissão de Parecer Prévio Contrário à Aprovação, das contas do Município de São Francisco do Guaporé, relativa ao exercício de 2012, de responsabilidade do Exmo. Sr. Jairo Borges Faria (Prefeito), com supedâneo no art. 35 da Lei Complementar 154/96 c/c art. 49 do Regimento Interno dessa Corte, principalmente em virtude do déficit financeiro do Município (recursos próprios) da ordem de R$396.877,47, em contrariedade ao artigo 1º, § 1º da LRF;

II – pela determinação aos responsáveis pelo Controle Interno do Município de São Francisco do Guaporé, que em sua atuação cotidiana e, sobretudo, por ocasião da elaboração da Prestação de Contas, avaliem e emitam pronunciamento não apenas sobre os aspectos legais, mas também sobre os atos de gestão envolvendo a eficiência, a eficácia, a economicidade e a

efetividade no emprego dos recursos públicos, principalmente quanto ao desempenho na área da educação e saúde do município, verificando o cumprimento das metas, objetivos e resultados estabelecidos nos instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA);

III – pela determinação ao Prefeito do Município de São Francisco do Guaporé de adoção de medidas visando à correção e prevenção da reincidência das irregularidades apontadas no relatório, sob pena de reprovação das futuras contas nos termos do artigo 16, §1º, da Lei Complementar 154/96;

IV – pela ratificação das recomendações constantes no item 7 do derradeiro relatório técnico, à fl.1536v;

V – pela determinação à Secretaria Regional de Controle Externo do Tribunal de Contas - SGCE, para que adote as providências necessárias para a apuração do montante exato das saídas não contabilizadas, relativas aos pagamentos pendentes em conciliação bancária, bem como os responsáveis que deram causa ao feito, na Prestação de Contas do Fundo Municipal de Assistência Social de São Francisco do Guaporé (Proc. 2.146/13-TCER), concernente ao exercício de 2012.

(grifei)

Eis o relatório

FUNDAMENTAÇÃO

07. Cuidam os presentes autos do exame da prestação de contas anual da Prefeitura Municipal de São Francisco do Guaporé, relativa ao exercício financeiro de 2012, sob a responsabilidade do Senhor JAIRO BORGES FARIA, à época, Chefe daquele Poder Executivo.

08. Consoante exordial exame do Corpo Técnico aferiu-se, a ocorrência do déficit financeiro na ordem de R$ 1.210.256,54(um milhão duzentos e dez mil duzentos e cinquenta e seis reais e cinquenta e quatro centavos) em vista disso, instado a se manifestar, o agente público responsável declarou que o fato seria resultado de convênios celebrados com o Estado e a União, cujos repasses dos valores ali contidos, totalizando a soma de R$ 1.415.597,14 (um milhão quatrocentos e quinze mil quinhentos e noventa e sete reais e catorze centavos), não teriam sido até então transferidos.

09. Observo que gravita incerteza do Corpo Instrutivo e do Ministério Público de Contas em relação à existência nos autos de elementos hábeis a comprovar o valor de R$ 578.471,90 (quinhentos e setenta e oito mil quatrocentos e setenta e um reais e noventa centavos) oriundos de convênios celebrados e não repassados.

10. Assim sendo, visando dar máxima efetividade ao princípio constitucional do contraditório, para que se possa, sem atropelos, impulsioná-lo em consonância com a técnica processualística adotada neste Corte, de maneira que salvaguarde a possibilidade de o responsável influenciar no julgamento do feito, a luz do devido processo legal.

11. Assim, cumprida a formalidade de comunicar os aludidos fatos a este Eg. Plenário na 23ª Sessão Ordinária de 12/12/2013 – na esteira da jurisprudência pacificada nesta Corte – faz-se no todo necessário prosseguir com a instrução, atendendo-se aqui à cláusula do devido processo legal e ao princípio do contraditório corolário.

12. Ressalto que, em razão do trâmite célere a ser conferido aos processos de contas formalizados junto a este Tribunal, deve-se alertar que os autos carecem de tratamento prioritário.

DISPOSITIVO

Por todo o exposto, ora lastreado nas razões de fato e de direito expendidas alhures, as quais consubstanciam impeditivos à apreciação do feito no presente exercício, DECIDO:

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I – DETERMINAR a continuidade do trâmite processual, com o retorno do feito ao Gabinete deste Conselheiro-Relator;

II – ALERTAR as unidades integrantes deste Eg. Tribunal de Contas da imperiosa necessidade de se conferir trâmite célere aos presentes autos, tendo em vista o tratamento prioritário que carecem as contas de governo;

III - PUBLIQUE-SE;

IV – JUNTE-SE AOS AUTOS.

Sala das Sessões, 12 de dezembro de 2013.

Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO: 9.460/2013-TCER ASSUNTO: Ofício n. 893/2013 -PJ/SFG- Inquerito Civil n. 2012001010029125 - Promotoria de Justiça de São Francisco do Guaporé - Possíveis irregularidades nas despesas relacionadas aos Processos Administrativos n. 1128/2011 e 486/2012. RESPONSÁVEL: Prefeitura Municipal de São Francisco do Guaporé UNIDADE: Promotoria de Justiça de São Francisco do Guaporé- Promotor Marcos Giovane Ártico RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DECISÃO MONOCRÁTICA N.343/2013/GCWCSC

I – DO RELATÓRIO

Trata-se de representação formulada pela Promotoria de Justiça do Município de São Francisco do Guaporé, por meio do Promotor de Justiça Marcos Giovane Ártico, o qual noticia a instauração do Inquérito Civil n. 2012001010029125, com o fim de investigar irregularidades na contratação firmada entre a empresa B & M Imagem Ltda. e a Prefeitura Municipal para realização de plantões médicos nos exercícios de 2011/2012.

02. O Corpo Técnico, em análise preliminar, concluiu que a quase totalidade dos recursos indicados é de origem Federal, razão pela qual, submeteu os autos a este Conselheiro-Relator, para que deliberasse quanto à competência desta Corte para apreciar o feito.

03. Após o que, os autos me vieram conclusos.

É o relatório.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

04. Trata-se de representação formulada pela Promotoria de Justiça do Município de São Francisco do Guaporé, por meio do Promotor de Justiça Marcos Giovane Ártico, o qual noticia a instauração do Inquérito Civil n. 2012001010029125, com o fim de investigar irregularidades na contratação firmada entre a empresa B & M Imagem Ltda. e a Prefeitura Municipal para realização de plantões médicos nos exercícios de 2011/2012.

05. O Corpo Técnico, por sua vez, procedeu a análise dos pagamentos provenientes dos processos administrativos n. 1128/11 e 486/2012, e concluiu, mediante análise do Sistema SIGAP, que quase a totalidade dos recursos é pertinentes de transferências do SUS.

06. Disso se conclui que, esta Corte de Contas Estadual, não é juridicamente competente para analisar o objeto dos presentes processos administrativos, cuja origem dos recursos é o Erário Federal, razão esta que impõe-se o encaminhamento dos presentes autos ao Tribunal de Contas da União para que haja a correta apreciação do feito.

07. Sobre o vertente caso, este Tribunal de Contas tem se manifestado reiteradamente pela remessa de processos ao Tribunal de Contas da União, quando estes tenham como objeto contrato cuja fonte de recursos envolva verbas federais, podendo ser citado, para tanto, a Decisão n. 450/2006-2ª Câmara, em que esta Corte arquivou os autos sem resolução do mérito, por faltar a esta Corte competência para apreciá-lo, veja-se o precedente transcrito abaixo:

DECISÃO Nº 450/2006 – 2ª CÂMARA

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da análise do Edital de Concorrência nº 011/06/CPLO/SUPEL/RO, como tudo dos autos consta.

A 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro Substituto DAVI DANTAS DA SILVA, por unanimidade de votos, decide:

I – Arquivar os autos sem a resolução do mérito, por faltar a esta Corte competência para apreciá-lo, nos termos do artigo 71, VI, da Constituição Federal;

II – Encaminhar os autos ao Tribunal de Contas da União para que este adote as providências de sua competência, nos termos do artigo 39, parágrafo único, da Instrução Normativa nº 13/04-TCE-RO;

III – Dar conhecimento do teor desta Decisão aos interessados.

08. Com efeito, há vários precedentes desta Corte de Contas no mesmo sentido, podendo ser mencionado ainda, o processo n. 3269/2012, ipisis verbis:

DECISÃO Nº 146/2012 – PLENO

Administrativo. Fiscalização de Atos e Contratos. Denúncia. Possíveis irregularidades na execução de pregões eletrônicos promovidos pela Prefeitura de Vale do Paraíso. Existência nos editais de especificações restritivas. Exigência de equipamentos de fabricação nacional. Aparente descumprimento dos princípios da isonomia, eficiência e economicidade. Licitações efetuadas com recursos oriundos do Governo Federal. Competência do Tribunal de Contas da União para se manifestar no feito. Encaminhamento do processo ao Tribunal de Contas da União.Arquivamento.Unanimidade.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam de denúncia apresentada pela empresa M. A. TRAVEZANI LTDA, CNPJ nº 05.587.458/0001-02, representada por seu procurador, Senhor Ralf Keoma Travezani Mallmann, contra possíveis irregularidades nos editais de Pregões Eletrônicos nº 15/2012 e 16/2012, tipo menor preço por item, promovidos pela Prefeitura de Vale do Paraíso, como tudo dos autos consta.

O egrégio Plenário do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro JOSÉ GOMES DE MELO, por unanimidade de votos, decide:

I – Remeter o original do Processo nº 3269/2012/TCE-RO ao Tribunal de Contas da União, sem análise de mérito, em face dos Pregões Eletrônicos nº 15/2012 e 16/2012, promovidos pela Prefeitura de Vale do Paraíso, objetivando a aquisição de equipamentos agrícolas, envolverem recursos federais (Contratos de Repasses nº 768996/2011/MAPA/CAIXA e nº 763922/2011/MAPA/CAIXA), cuja competência é daquela Corte, nos termos do artigo 39, parágrafo único, da Instrução Normativa nº 13/TCE-RO/2004, combinado com o artigo 71, VI, da Constituição Federal;

II – Determinar à Secretaria das Sessões que:

a) Publique esta Decisão;

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b) Dê conhecimento desta Decisão ao Senhor Ralf Keoma Travezani Mallmann, representante da empresa M. A TRAVEZANI LTDA; e

c) Dê cumprimento à determinação contida no item I

09. Neste sentido, esta Corte de Contas editou a Instrução Normativa n. 13, de 18 de novembro de 2004, que em consonância com a Constituição Federal, preceitua no parágrafo único do art. 39 que, os convênios Estaduais e Municipais, cujos recursos têm origem na União, ficam desobrigados de serem remetidos ao Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em vista de que a competência para as análises é do Tribunal de Contas da União.

10. Desta forma, há que se acolher o relatório técnico que demonstrou que a origem dos recursos em sua maioria é de transferências federais, pelos fundamentos jurídicos ora deduzidos.

III - DO DISPOSITIVO

Ante o exposto, com substrato jurídico na fundamentação supra, monocraticamente, DECIDO:

I - O ENCAMINHAMENTO dos presentes autos ao Tribunal de Contas da União, em razão de que a matéria tratada, qual seja, recursos federais, são de competência do Tribunal de Contas da União, nos termos da Instrução Normativa n. 39/TCER-2004, c/c art. 71, VI da Constituição Federal, e, Recomendação n. 03/2013/GCOR.

II - DÊ-SE ciência a Promotoria de Justiça de São Francisco do Guaporé;

III – PUBLIQUE-SE;

Adote a Secretaria de Processamento e julgamento os atos necessários à consecução do determinado, na forma regimental.

Porto Velho, 09 de dezembro de 2013.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

Município de São Miguel do Guaporé

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 2089/2013-TCER ASSUNTO: Prestação de Contas RESPONSÁVEIS: Angêlo Fenali - Prefeito (01.01.2012 a 20.11.2012); Cornélio Duarte de Carvalho - Prefeito (21.11.2012 a 31.12.2012); Zenildo Pereira dos Santos - Prefeito, (referente à legislatura 2013/16). UNIDADES: Prefeitura Municipal de São Miguel do Guaporé RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 348/2013/GCWCSC

RELATÓRIO

Cuidam os presentes autos sobre a Prestação de Contas da Prefeitura Municipal de São Miguel do Guaporé/RO, sujeita ao regime de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial deste Tribunal de Contas, nos termos do art. 31 da Constituição Federal; art. 49 da Constituição Estadual; Lei Complementar n. 101/00, de 04 de maio de 2000, Instrução Normativa n. 013/TCE-RO/04, de 18 de novembro de 2004; e Lei Complementar n. 154, de 26 de julho de 1996, de responsabilidade do Sr. Ângelo Fenali – Prefeito, referente ao período de 01.01.2012 a 20.11.2012; Sr. Cornélio Duarte de Carvalho, referente ao interstício compreendido de 21.11.2012 a 31.12.2012, e, também, Senhor

Zenildo Pereira dos Santos – Prefeito, referente à legislatura 2013/16, atendendo às disposições pertinentes à matéria.

02. Consta que o balanço anual da municipalidade foi relegado à apreciação deste Tribunal de Contas em 08/05/2013, devendo-se aqui registrar que a instrução técnica preliminar somente foi ultimada e submetida a este Conselheiro-Relator aos 16/07/2013.

03. O Corpo Técnico, após análise consolidada da prestação de contas e sua respectiva gestão fiscal anual, noticiou a ocorrência de inúmeras irregularidades, reputando uma parcela como gravosas – cf. vasto elenco constante na conclusão de seu relatório inaugural de fls. 727/750, in verbis:

“...13 – CONCLUSÃO

Após a instrução da Prestação de Contas do Exercício de 2012, da Prefeitura Municipal de São Miguel do Guaporé - RO, sob a responsabilidade do Excelentíssimo Senhor ÂNGELO FENALI - Prefeito Municipal no período de 01.01 a 20.11.2012, CORNÉLIO DUARTE DE CARVALHO – Prefeito Municipal no período de 21.11 a 31.12.2012, e senhor ZENILDO PEREIRA DOS SANTOS – Prefeito Municipal – Legislatura 2013/2016 (responsável pelo encaminhamento das informações) elencamos as irregularidades detectadas, conforme a seguir demonstradas:

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ZENILDO PEREIRA DOS SANTOS – PREFEITO MUNICIPAL (Legislatura 2013/2016), CPF Nº 909.566.722-72

13.1 - Descumprimento às disposições do Parágrafo Único do artigo 70 da Constituição Federal c/c a alínea "a" do artigo 52 da Constituição Estadual c/c artigo 13 da Instrução Normativa nº 013/TCER/2004, em face do encaminhamento intempestivo a esta Corte de Contas do Balanço Geral da Prefeitura Municipal de São Miguel do Guaporé referente ao exercício de 2012 (subitem 1 do item 2);

13.2 - Descumprimento ao disposto na alínea "j" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCER/2004, em razão de não haver encaminhado a esta Corte de Contas cópia do ato de nomeação da comissão de elaboração dos inventários físico-financeiros dos bens móveis e imóveis (subitem 11 do item 2);

13.3 - Descumprimento ao inciso I do §1º, artigo 51 da Lei Complementar Federal nº 101/2000, por haver deixado de encaminhar a este Tribunal o comprovante de remessa dos balanços ao Poder Executivo Estadual e União (subitem 20 do item 2);

13.4 – Descumprimento ao §3º do artigo 14 da Instrução Normativa nº022/TCER2007, por haver deixado de enviar a esta Corte de Contas o Parecer do Conselho de Acompanhamento e Controle Social responsável pelo FUNDEB (subitem 25 do item 2);

13.5 - Descumprimento ao artigo 53 da Constituição Estadual c/c artigo 5º da Instrução Normativa nº 019/TCER/2006, em face do encaminhamento intempestivo do balancete referente ao mês de dezembro/2012 (subitem 19 do item 2);

13.6 – Descumprimento artigo 13 incisos I ao V e incisos I e II do artigo 14 da Instrução Normativa nº 022/TCER/2007, haja vista não haver encaminhado a esta Corte de Contas os demonstrativos gerenciais da aplicação mensal e acumulada das receitas resultantes de impostos e transferências constitucionais na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino e da aplicação das receitas do FUNDEB, Anexos I ao X referente ao mês de dezembro/2012 (subitem 21 do item 2);

13.7 – Descumprimento ao preceituado no parágrafo único do artigo 13 e §1º do art. 14 da Instrução Normativa nº. 022/TCER/2007, em face do não encaminhamento a esta Corte de Contas dos Anexos VI e XI (elaborados somente no mês de dezembro) referentes às despesas inscritas em restos a pagar com recursos vinculados à Manutenção e Desenvolvimento do Ensino e ao FUNDEB (subitem 23 do item 2);

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13.8 – Descumprimento ao preconizado no inciso I do artigo 22 da Instrução Normativa n 022/TCER/2007, haja vista não haver encaminhado a esta Corte de Contas os demonstrativos gerenciais da aplicação mensal e acumulada das receitas resultantes de impostos e transferências constitucionais em Ações e Serviços Públicos de Saúde, Anexos XII ao XVI referente ao mês de dezembro/2012 (subitem 26 do item 2);

13.9 – Descumprimento ao preconizado no artigo 49 c/c inciso I do artigo 47 da Lei Complementar Estadual nº 154/96 e art. 6º da IN nº 07/TCER/2002, em razão de o expresso e indelegável pronunciamento da autoridade superior sobre as contas, relatório e parecer do controle interno haver sido encaminhado a esta Corte de Contas desprovido de assinatura (subitem 28 do item 2);

13.10 – Descumprimento ao disposto no artigo 39, caput, da Lei Complementar nº 154/96, em face do não encaminhamento a esta Corte de Contas das informações solicitadas por meio do Ofício Circular nº 005/2013/SGCE de 08 de abril de 2013, desta forma não atendendo aos requisitos nele subscritos (item 9);

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR CORNÉLIO DUARTE DE CARVALHO – PREFEITO MUNICIPAL (Período 21.11.2012 a 31.12.2012), CPF Nº 326.946.602-15

13.11 – Descumprimento à alínea "a" do inciso VI, artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCER/2004, em razão de o Relatório Circunstanciado sobre as atividades desenvolvidas no período haver sido encaminhado desprovido de assinatura do Prefeito responsável (subitem 2 do item 2);

13.12 – Descumprimento artigo 13 incisos I ao V e incisos I e II do artigo 14 da Instrução Normativa nº 022/TCER/2007, haja vista não haver encaminhado a esta Corte de Contas os demonstrativos gerenciais da aplicação mensal e acumulada das receitas resultantes de impostos e transferências constitucionais na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino e da aplicação das receitas do FUNDEB, Anexos I ao X referente ao mês de novembro/2012 (subitem 21 do item 2);

13.13 – Descumprimento ao preconizado no inciso I do artigo 22 da Instrução Normativa n 022/TCER/2007, haja vista não haver encaminhado a esta Corte de Contas os demonstrativos gerenciais da aplicação mensal e acumulada das receitas resultantes de impostos e transferências constitucionais em Ações e Serviços Públicos de Saúde, Anexos XII ao XV referente ao mês de novembro/2012 (subitem 26 do item 2);

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ÂNGELO FENALI – PREFEITO MUNICIPAL (período 01.01 a 20.11.2012), CPF Nº 162.047.272-49

13.14 - Descumprimento ao artigo 53 da Constituição Estadual c/c artigo 5º da Instrução Normativa nº 019/TCER/2006, em face do encaminhamento intempestivo dos balancetes referentes aos meses de janeiro, março e julho/2012 (subitem 19 do item 2);

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ÂNGELO FENALI – PREFEITO MUNICIPAL (período 01.01 a 20.11.2012), CPF Nº 162.047.272-49 SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR CORNÉLIO DUARTE DE CARVALHO – PREFEITO MUNICIPAL (Período 21.11.2012 a 31.12.2012), CPF Nº 326.946.602-15

13.15 – Descumprimento ao artigo 43 da Lei nº 4.320/64, tendo em vista a ausência de descrição detalhada da fonte de recurso que subsidiaria a abertura dos Créditos Adicionais autorizados pelos decretos nº 3111/2012, 3137/2012, 3160/2012, 3166/2012, 3173/2012, 3085/2012 e 3123/2012 (subitem 3.4.1);

13.16 - Descumprimento ao artigo 167, II, da Constituição Federal c/c artigo 43 da Lei Federal 4.320/64, tendo em vista a autorização de abertura de Crédito Adicional, conforme Decreto nº 3147/2012, com recursos fictícios, pois ainda que tenha havido excesso de arrecadação este foi insuficiente para lastrear o montante necessário para tal abertura (subitem 3.4.1);

15.17 – Descumprimento ao artigo 167, II, da Constituição Federal c/c artigo 43 da Lei Federal 4.320/64, tendo em vista a autorização de abertura de Créditos Adicionais, conforme Decretos nº 3080/2012 e 3118/2012, com recursos fictícios, pois as rubricas indicadas como fonte de custeio não obtiveram excesso de arrecadação (subitem 3.4.1);

13.18 - Descumprimento ao artigo 5º da Lei Orçamentária nº 1.162/2011 (Lei do Orçamento/2012) e Decisão nº 232/2011 – Processo nº 1133/2011 Prestação de Contas de São Miguel do Guaporé exercício/2010, haja vista a abertura de créditos Adicionais Suplementares com base na Lei do Orçamento de 2012 no percentual de 30,15% superior ao autorizado no orçamento municipal (30%) e ao recomendado na citada Decisão (20%) (subitem 3.4.1);

13.19 - Descumprimento às normas inseridas no artigo 60 do ADCT da Constituição Federal, com a nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 53/2006, em face da diferença a menor no montante de R$(361.089,43) (trezentos e sessenta e um mil e oitenta e nove reais e quarenta e três centavos) constatada entre os saldos existentes nas contas correntes do FUNDEB e o saldo financeiro que deveria existir em 31.12.2012 apurado nesta análise, indicando que a Municipalidade utilizou recurso do FUNDEB para o pagamento de despesas estranhas à sua finalidade (subitem 4.2.2);

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR LAURI PEDRO ROCKENBACK – CONTADOR MUNICIPAL CPF Nº 334.244.629-34

13.20 – Descumprimento ao disposto nos artigos 85 e 90 da Lei nº 4320/64, no que concerne à fidedignidade das informações descritas no Anexo II – Resumo Geral da Despesa Órgão/Unidade Orçamentária e Anexo II – Resumo Geral da Despesa por Órgão, haja vista que aquele demonstrativo registra o valor da despesa empenhada no montante de R$26.103.086,68 (vinte e seis milhões, cento e três mil e oitenta e seis reais e sessenta e oito centavos) e este consigna o total R$35.126.784,22 (trinta e cinco milhões, cento e vinte e seis mil, setecentos e oitenta e quatro reais e vinte e dois centavos), apresentado desta forma uma diferença da ordem de R$9.023.697,54 (nove milhões, vinte e três mil, seiscentos e noventa e sete reais e cinquenta e quatro centavos) (subitem 3.4.2);

13.21 – Descumprimento aos artigos 85, 101 e 105 da Lei Federal nº 4.320/1964, em face da elaboração incorreta do Anexo 14 – Balanço Patrimonial, haja vista haja vista haver apresentado o valor de R$(177.254,99) (cento e setenta e sete mil, duzentos e cinquenta e quatro reais e noventa e nove centavos) referente ao Total do Passivo Financeiro de forma negativa (subitem 6.3);

13.22 – Descumprimento às normas insculpidas nos artigos 85, 101, 104 e 105 da Lei Federal nº 4.320/64, em face da incongruência verificada na apuração do Resultado Patrimonial do município no exercício de 2012 efetuada nesta análise R$22.846.885,15 (vinte e dois milhões, oitocentos e quarenta e seis mil, oitocentos e oitenta e cinco reais e quinze centavos), e o valor consignado no Anexo 14 - Balanço Patrimonial R$22.971.702,16 (vinte e dois milhões, novecentos e setenta e um mil, setecentos e dois reais e dezesseis centavos) (subitem 6.4);

13.23 - Infringência aos artigos 85, 98, 104 e 105 da Lei Feral nº 4.320/64, haja vista que a movimentação de incorporações e baixa da conta Dívida Fundada demonstrada no Anexo 16 – Demonstração da Dívida Fundada, não coaduna com as movimentações apresentadas no Anexo 15 – Demonstrativo da Variação Patrimonial, bem como, não coaduna com os saldos constantes no Anexo 14 – Balanço Patrimonial (subitem 6.5);

DAS IRREGULARIDADES CONSTATADAS NA GESTÃO FISCAL 2012 (PROCESSO Nº 1157/TCER/2012) – EM TRÂMITE NESTA CORTE DE CONTAS DAS IRREGULARIDADES REMANESCENTES, EM RELAÇÃO ÀS INFORMAÇÕES FISCAIS DO 1º SEMESTRE DE 2012, APÓS A ABERTURA DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA, JÁ APRECIADA PELO RELATOR: DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ANGELO FENALI – PREFEITO MUNICIPAL NO PERÍODO DE JANEIRO A NOVEMBRO DE 2012 (CPF Nº 162.047.272-49).

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Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

13.24 - Infringência ao art. 3º da Instrução Normativa nº. 18/TCER/2006, por haver encaminhado intempestivamente a esta Corte de Contas o Relatório Resumido de Execução Orçamentária referente ao 1º bimestre de 2012;

13.25 - Infringência às disposições contidas no artigo 12 da Instrução Normativa nº. 18/TCER/2006, em razão da existência de divergência entre o valor Previsto para Arrecadação até o 3º bimestre/2012 registrado no Demonstrativo contendo as Metas Bimestrais de Arrecadação, este no valor de R$ 16.370.137,07 (dezesseis milhões, trezentos e setenta mil, cento e trinta e sete reais e sete centavos) e o informado via LRF-NET no Relatório Resumido de Execução Orçamentária referente ao 3º bimestre de 2012, no total de R$ 17.550.000,00 (dezessete milhões, quinhentos e cinquenta mil reais), resultando uma diferença na monta de R$ 1.179.862,93 (um milhão cento e setenta e nove mil oitocentos e sessenta e dois reais e noventa e três centavos);

13.26 – Infringência ao teor da Portaria STN nº 407/2011 c/c art. 53, inciso III, da Lei Complementar nº 101/00 c/c art. 1º da Instrução Normativa nº 18/TCER/2006, em razão de não haver evidenciado no Anexo VI – Demonstrativo do Resultado Nominal -, a Meta do Resultado Nominal fixado no anexo de metas fiscais da LDO para o exercício de 2012;

13.27 – Infringência ao teor da Portaria STN nº 407/2011 c/c art. 53, inciso III, da Lei Complementar nº 101/00 c/c art. 1º da Instrução Normativa nº 18/TCER/2006, em razão de não haver evidenciado no Anexo VII – Demonstrativo do Resultado Primário -, a Meta do Resultado Primário fixado no anexo de metas fiscais da LDO para o exercício de 2012;

13.28 – Infringência às disposições contidas no artigo 53, inciso II da Lei Complementar nº. 101/2000 c/c o teor da Instrução Normativa nº. 18/TCER/2006, em razão de o Anexo V – Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio de Previdência dos Servidores referente ao 3º bimestre de 2012 não evidenciar as movimentações ocorridas no período;

13.29 – Infringência às disposições contidas no artigo 1º, da Instrução Normativa nº. 18/TCER/2006 c/c o artigo 1º, da Portaria STN nº. 407/2011, em razão de não haver evidenciado no Anexo X – Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e desenvolvimento do Ensino – MDE o percentual do montante mínimo de 25% das receitas resultantes de impostos aplicadas em MDE, bem como o percentual mínimo de 60% concernente aos recursos do FUNDEB aplicados no pagamento de professores do ensino básico;

13.30 - Infringência ao disposto no artigo 12, da Instrução Normativa nº. 18/TCER/2006, em razão da existência de divergências entre os valores apresentados via LRF-NET, no Relatório Resumido de Execução Orçamentária, referente ao 3º bimestre de 2012 (fls. 140/141), e os do Anexo XVI – Demonstrativo da Receita de Impostos Líquida e das Despesas Próprias com Ações e Serviços Públicos de Saúde (fls. 112/123) -, conforme descrito abaixo:

a) em relação às Receitas de Impostos de Transferências, foi apresentado no Anexo XVI o valor de R$ 10.833.645,17 (dez milhões, oitocentos e trinta e três mil, seiscentos e quarenta e cinco reais e dezessete centavos), enquanto foi apresentado via LRF-NET o valor de R$ 11.009.510,94 (onze milhões, nove mil, quinhentos e dez reais e noventa e quatro centavos), resultando uma diferença de R$ 175.865,77 (cento e setenta e cinco mil, oitocentos e sessenta e cinco reais e setenta e sete centavos);

b) quanto às Despesas Próprias com Ações e Serviços de Saúde Pública, foi apresentado no Anexo XVI o valor de R$ 4.066.297,95 (quatro milhões, sessenta e seis mil, duzentos e noventa e sete reais e noventa e cinco centavos), enquanto foi apresentado via LRF-NET o valor de R$ 2.808.104,84 (dois milhões, oitocentos e oito mil, cento e quatro reais e oitenta e quatro centavos), resultando numa diferença de R$ 1.258.193,11 (um milhão, duzentos e cinquenta e oito mil, cento e noventa e três reais e onze centavos);

c) quanto ao percentual de Recursos Próprios Aplicados em Ações e Serviços de Saúde, foi apresentado no Anexo XVI o percentual de 37,53%,

enquanto o LRF-NET demonstra o percentual de 25,51%, resultando uma diferença de 12,02%;

13.31 – Infringência às disposições contidas no artigo 12 da Instrução Normativa nº. 18/TCER/2006, em razão da existência de divergência entre o valor da Dívida Consolidada Líquida apresentada no Anexo II - Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida (fls. 126/127) -, no valor de R$6.239.265,33 (seis milhões, duzentos e trinta e nove mil, duzentos e sessenta e cinco reais e trinta e três centavos) e o informado via LRF-NET no Relatório Resumido de Execução Orçamentária referente ao 3º bimestre de 2012 (fls. 140/141), no total de R$ 3.284.098,56 (três milhões, duzentos e oitenta e quatro mil e noventa e oito reais e cinquenta e seis centavos), resultando numa diferença de R$2.955.166,77 (dois milhões, novecentos e cinquenta e cinco mil, cento e sessenta e seis reais e setenta e sete centavos);

13.32 – Infringência ao disposto no inciso I, artigo 8º da Instrução Normativa nº. 18/TCER/2006, em razão do encaminhamento intempestivo a esta Corte de Contas da Ata de Audiência Pública realizada até o final do mês de julho, referente ao cumprimento das metas do primeiro semestre do exercício;

DAS IRREGULARIDADES SUSCITADAS NAS INFORMAÇÕES FISCAIS DO 2º SEMESTRE DE 2012, PENDENTES DE CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA:

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ZENILDO PEREIRA DOS SANTOS – PREFEITO MUNICIPAL NO EXERCÍCIO 2013.

13.33 - Infringência ao disposto no art. 49 e no art. 52 da Instrução Normativa nº 13/TCER/2004 c/c art. 39 da Lei Complementar nº 154/1996 c/c art. 9º da Instrução Normativa nº 18/TCE-RO-2006, em função do desatendimento das solicitações descritas no Ofício Circular nº 005/2013/SGCE, expedido pela Secretaria Geral de Controle Externo (Subitem 4.1);

13.34 - Infringência ao previsto no inciso I, do art. 8º da IN nº 18/TCE-RO-2006 c/c o inciso I, do art. 20 da IN nº 34/2012/TCE-RO, e, consequentemente, do § 4º do art. 9º da Lei Complementar nº 101/2000, ao deixar de encaminhar a Ata de Audiência Pública, em relação ao 2º semestre de 2012, da avaliação do cumprimento das Metas Fiscais, em valores e percentuais, em termos do que fora estabelecido e o efetivamente cumprido (Item 5);

13.35 - Infringência ao disposto no art. 8º da IN nº 18/TCE-RO-2006 c/c art. 20 da IN nº 34/2012/TCE-RO, ao promover o encaminhamento intempestivo do Relatório Anual Especificando as Medidas de Combate à Evasão e à Sonegação de Tributos (Item 6);

13.36 - Infringência ao previsto no inciso II, do art. 8º da IN nº 18/TCE-RO-2006, e, consequentemente, do inciso II, do art. 20 da IN nº 34/2012/TCE-RO, ao não demonstrar no Relatório Anual Especificando as Medidas de Combate à Evasão e à Sonegação de Tributos a quantidade e os valores das ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como a evolução do montante de créditos passíveis de cobrança administrativa (Item 6);

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ZENILDO PEREIRA DOS SANTOS – PREFEITO MUNICIPAL NO EXERCÍCIO 2013 -, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR LAURI PEDRO ROCKENBACH – ASSESSOR CONTÁBIL (CRC-RO 3190/O-0).

13.37 - Caracterização da conduta prescrita no art. 12 da Instrução Normativa nº 18/TCE-RO-2006, ao encaminhar informações divergentes, em relação aos dados encaminhado pelo sistema LRF-NET daquelas evidenciadas nos demonstrativos fiscais encaminhados em meio físico, especificamente quanto ao valor da (o):

a) RECEITA ARRECADA ATÉ O BIMESTRE, considerando a ausência de informações nos campos correspondentes do sistema LRF-NET (Subitem 3.2.1 “a”);

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b) PREVISÃO DE DESEMBOLSO ATÉ O BIMESTRE, considerando a ausência de informações nos campos correspondentes do sistema LRF-NET (Subitem 3.2.1 “b”);

d) DESPESA EXECUTADA no exercício, demonstrado no Balanço Orçamentário encaminhado em meio físico junto ao Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 6º bim/12, do valor contabilizado no Balanço Orçamentário encaminhado junto à Prestação de Contas da Prefeitura Municipal de São Miguel do Guaporé (Subitem 3.2.1 “c”);

e) META FISCAL DO RESULTADO NOMINAL ATÉ O BIMESTRE, haja vista que as informações encaminhadas pelo sistema LRF-NET demonstram um valor positivo e o Anexo VI – Demonstrativo do Resultado Nominal – integrante do RREO do 6º bim/12, encaminhado em meio físico, um valor negativo (Subitem 3.2.1 “c”);

f) META DE RESULTADO NOMINAL prevista para o exercício no Anexo de Metas Fiscais – Lei Municipal nº 1130/2011/LDO 2012 - das registradas no sistema LRF-NET e no Anexo VI – Demonstrativo do Resultado Nominal – integrante do RREO do 6º bim/12, encaminhado em meio físico (Subitem 3.2.1 “c”);

g) META DE RESULTADO PRIMÁRIO REALIZADA ATÉ O BIMESTRE, informada por meio do sistema LRF-NET das informações descritas no Anexo VII – Demonstrativo do Resultado Primário – integrante do RREO do 6º bim/12, encaminhados em meio físico (Subitem 3.2.1 “d”);

h) META DE RESULTADO PRIMÁRIO prevista para o exercício no Anexo de Metas Fiscais – Lei Municipal nº 1130/2011/LDO 2012 - da registrada no sistema LRF-NET e no Anexo VII – Demonstrativo do Resultado Primário – integrante do RREO do 6º bim/12, encaminhados em meio físico (Subitem 3.2.1 “d”);

i) SALDO DA RUBRICA DE RESTOS A PAGAR ao final do exercício registrado nas informações do sistema LRF-NET (R$0,00), do contabilizado no Anexo IX – Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder ou Órgão (R$4.733,67) – e no Anexo VI – Demonstrativo do Resultado Nominal -, parte integrante do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 6º bim/12 (R$122.654,54), encaminhado em meio físico (Subitem 3.2.2);

j) DISPONIBILIDADE BRUTA DE CAIXA, das OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS e da DISPONIBILIDADE LÍQUIDA DE CAIXA, todas encaminhadas pelo sistema LRF-NET das demonstradas no Anexo V – Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa, parte integrante do RREO do 6º bim/12, encaminhado em meio físico (Subitem 3.2.3 e Subitem 3.2.5);

k) RECEITAS e DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS DO REGIME PRÓPRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS, considerando a existência dessa unidade orçamentária na estrutura administrativa do Município de São Miguel do Guaporé, inclusive em pleno funcionamento (Subitem 3.2.4);

l) VALOR ANUAL DE APLICAÇÃO NAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO, e, consequentemente, do PERCENTUAL APLICADO NO PERÍODO, em relação às informações encaminhadas por meio do sistema LRF-NET e os demonstrados no Anexo X - Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) -, parte integrante do Relatório Resumido da Execução Orçamentária, referente ao 6º bim/2012, encaminhado pelo Executivo Municipal em meio físico (Subitem 3.2.5);

m) VALOR ANUAL DE APLICAÇÃO NAS AÇÕES DE SAÚDE, e, consequentemente, do PERCENTUAL APLICADO NO PERÍODO, em relação às informações encaminhadas por meio do sistema LRF-NET e os demonstrados no Anexo XVI – Demonstrativo da Receita de Impostos e das Despesas próprias com Saúde – integrante do RREO do 6º bim/2012 encaminhado em meio físico pelo Poder Executivo (Subitem 3.2.6);

13.38 - Infringência às disposições da Portaria STN nº 407/2011, ao deixar de encaminhar junto ao Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 6º bim/12 as informações do Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos Municipais, em razão da ausência do Anexo V- Demonstrativo

das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio de Previdência dos Servidores (Subitem 3.2.4).

14 – RECOMENDAÇÕES

Em decorrência de falhas e irregularidades verificadas no exame das presentes contas, e para que sejam tomadas providências no sentido das próximas não mais registrarem essas impropriedades, além de que medidas sejam tomadas para a melhoria da gestão dos recursos municipais, sugerimos ao senhor Conselheiro Relator recomendar ao Chefe do Executivo Municipal, o seguinte:

14.1 – Atente para que os balancetes mensais sejam remetidos a esta Corte de Contas, via Internet, através do sistema SIGAP, dentro do prazo legal exigido no artigo 5º da Instrução Normativa nº 019/TCER/2006;

14.2 – Que continue implementando medidas administrativas e judiciais para a cobrança da Dívida Ativa;

14.3 – Que oriente os setores encarregados pela elaboração da política orçamentária do Município, para que estes planejem as ações observando com exatidão e fidedignidade os recursos orçados, para que não ocorram significativas modificações orçamentárias por meio da abertura de Créditos Adicionais e configure um planejamento inadequado e deficiente;

14.4 – Que ao elaborar a proposta da Lei Orçamentária para os próximos exercícios, atente para que o percentual de alteração do orçamento inicial, por meio de créditos suplementares, seja proposto em no máximo 20%, limite este considerado razoável.

14.5 – que preste esclarecimento sobre as providências tomadas para o cumprimento das determinações contidas nos itens II e III da Decisão nº 377/2012-PLENO (Processo nº 1949/2012 – Prestação de Contas de São Miguel do Guaporé exercício/2011), com o fito de evitar a reincidência das irregularidades abaixo transcritas in verbis:

a) Encaminhamento intempestivo dos balancetes dos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, agosto, outubro e dezembro de 2011, em descumprimento ao artigo 5º da Instrução Normativa nº 19/2006;

b) Não encaminhamento do Ato de Designação dos responsáveis pela movimentação financeira da Educação, em descumprimento ao artigo 13 da Instrução Normativa nº 022/2007;

c) Ausência de descrição detalhada da fonte de recurso que subsidiaria a abertura de Créditos Adicionais autorizados pelos Decretos nº 2950/2011 e 3003/2011, em descumprimento ao artigo 43 da Lei nº 4.320/64;

d) Autorização de abertura de Crédito Adicional, conforme Decreto nº 2962/2011, com recursos fictícios, em descumprimento ao artigo 167, inciso II, da Constituição Federal, combinado com o artigo 43 da Lei Federal nº 4.320/64;

e) Não encaminhamento do Demonstrativo das Despesas Inscritas em Restos a Pagar Pagas com recursos vinculados ao Fundeb dos meses de maio, setembro, novembro e dezembro, em descumprimento ao artigo 6º, caput e §2º, combinado com o artigo 14, §4º, da Instrução Normativa nº 22/2007;

f) Não encaminhamento da Declaração do Chefe do Poder Executivo informando ter tomado ciência do Relatório do Controle Interno relativo ao 1º Quadrimestre, em descumprimento ao artigo 11, inciso V, alínea “b”, da Instrução Normativa nº 013/2004;

g) Encaminhamento intempestivo do Relatório Resumido de Execução Orçamentária dos 1º e 3º bimestres e do Relatório de Gestão Fiscal do 1º semestre, em descumprimento ao 3º, anexo “A”, da Instrução Normativa nº 018/2006;

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Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

h) Não encaminhamento do Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio de Previdência dos Servidores, referente ao 6º bimestre, em descumprimento ao artigo 53, inciso II, da Lei Complementar nº 101/2000, combinado com o teor da Instrução Normativa nº 18/2006;

i) Encaminhamento intempestivo do Relatório Anual especificando as medidas de combate à evasão e à sonegação de tributos de competência do Município, em descumprimento ao artigo 8º, inciso II, da Instrução Normativa nº 18/2006; e

j) Divergência entre as informações consignadas no Anexo de Metas Fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias, em descumprimento ao artigo 53, inciso III, da Lei Complementar nº 101/2000, combinado com o teor da Portaria nº 249/2010 da Secretaria do Tesouro Nacional, combinado com o disposto no artigo 12 da Instrução Normativa nº 18/2006.

II – Determinar ao futuro Prefeito do Município de São Miguel do Guaporé que adote providências no sentido de evitar reincidência nas irregularidades constantes do item I, letras “a” a “j”, desta Decisão, sob pena de reprovação das futuras contas, nos termos do artigo 16, § 1º, da Lei Complementar nº 154/96, bem como aplicação da multa prevista no artigo 55, inciso IV, da Lei Complementar nº 154/96; (grifo nosso)

III – Determinar ao futuro Prefeito do Município de São Miguel do Guaporé que: (grifo nosso)

a) Atente-se para o envio das informações exigidas dentro do prazo legal;

b) Especifique a fonte de recursos de excesso de arrecadação no momento da abertura de créditos adicionais; e

c) Encaminhe “sem movimento” os demonstrativos quando não houver dados para preenchimento dos anexos exigidos...”.

04. Diante das eivas consignadas no Relatório Técnico Inicial de fls. 727/750, este Conselheiro expediu, em 29/07/2013, Despacho de Definição de Responsabilidade n. 041/2013/GCWCSC, de fls. 753/761, determinando-se que se promovesse a audiência dos Senhores Ângelo Fenali – Prefeito, referente ao período de 01.01.2012 a 20.11.2012; Cornélio Duarte de Carvalho, referente ao interstício compreendido de 21.11.2012 a 31.12.2012, e, também, Zenildo Pereira dos Santos – Prefeito, referente à legislatura 2013/16, para que, em querendo, apresentassem as justificativas e documentos julgados pertinentes, acerca das irregularidades que lhes fora atribuídas pelo Corpo Instrutivo, em homenagem aos princípios da ampla defesa e do contraditório, corolários do devido processo legal.

05. Em cumprimento ao que fora determinado, os mandados de audiência nos. 476, 477, 478/2013/DP-SPJ, respectivamente, juntados às fls. 765/767.

06. Em atenção aos mandados de audiências supracitados, aportaram nesta Corte de Contas as suas razões de defesas, de Zenildo Pereira dos Santos e Cornélio Duarte Carvalho, as quais foram juntadas às fls. 771/779 e 884/887, respectivamente.

07. Ato contínuo, sobreveio informação, às fls. 1045, acerca da impossibilidade de localização de Ângelo Fenali, haja vista, atualmente, residir em um sítio de difícil acesso, no Distrito de Surpresa, no município de Guajará-Mirim/RO .

08. Neste diapasão, exarou-se Despacho Circunstanciado n. 197/GCWCSC/2013, de fls. 1056/1060, em 15.11.2013, ocasião em que se determinou a expedição de Ofício ao Secretário de Segurança Pública, Dr. Marcelo Nascimento Bessa, para que, por intermédio da Delegacia Regional de Guajará-Mirim/RO, bem como a sua subdelegacia instalada no distrito de Surpresa, por um de seus agentes, levasse a efeito a notificação do senhor Ângelo Fenali, em razão do instituto da Cooperação Mútua.

09. O Ofício n. 1710/2013/DP-SPJ, de fls. 1062, foi devidamente recebido pelo Secretário Adjunto da SESDEC, Dr. Antônio Carlos dos Reis, em 22.10.2013, e, após o devido cumprimento da determinação retro referida, o senhor Ângelo Fenali apresentou as razões de defesa, às fls. 1063/1068, juntadas aos presentes em 20.11.2013.

10. Em 25.11.2013, via Memorando n. 272/2013/GCWCSC, requisitou-se informações à senhora Diretora do Departamento Pleno acerca da instrução do Processo em epígrafe, sobrevindo informações, em 26.11.2013, de fls. 1204, dando conta que o senhor Ângelo Fenali foi notificado e que apresentou as razões de defesa sob o Protocolo n. 14310/2013.

11. Destarte, considerando que o prazo para julgamento das Prestações de Contas do Poder Executivo, relativas ao exercício de 2012, findar-se em dezembro de 2013, com o advento da 24ª Sessão Ordinária – Pleno, verifico que não haverá tempo hábil para a manifestação derradeira da Unidade Técnica e, também, do Ministério Público de Contas.

12. Vieram os autos para deliberação deste Conselheiro-Relator.

Eis o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

13. Pois bem. Como visto, Cuidam os presentes autos do exame da prestação de contas anual da Prefeitura Municipal de São Miguel do Guaporé, relativa ao exercício financeiro de 2012, sob a responsabilidade do Sr. Ângelo Fenali – Prefeito, referente ao período de 01.01.2012 a 20.11.2012; Sr. Cornélio Duarte de Carvalho, referente ao interstício compreendido de 21.11.2012 a 31.12.2012, e, também, Senhor Zenildo Pereira dos Santos – Prefeito, referente à legislatura 2013/16.

14. Destaque-se, apenas a título exemplificativo, as impropriedades retro referidas, tem o condão de conduzir, ou não, à emissão de parecer desfavorável a aprovação das contas em examine e, por consequência, poderá refletir no patrimônio jurídico e econômico dos responsáveis.

15. Neste diapasão, dada à iminência de afetação negativa do patrimônio jurídico dos agentes públicos, ora apontados como responsáveis pelas irregularidades listadas, em tese, não haverá, s.m.j., tempo hábil para a confecção da manifestação do Corpo Técnico e, tampouco, do parecer do Órgão Ministerial de Contas.

16. Explico melhor.

17. A sombra do rito técnico-processual adotado nesta Corte de Contas, com a apresentação ou não da defesa será o feito remetido ao Corpo Técnico e, posteriormente, ao Ministério Público de Contas para análise e emissão de parecer conclusivo.

18. Ocorre que, como dito alhures, o direito subjetivo de um dos responsáveis (Ângelo Fenali), para a apresentação de defesa exauriu-se recentemente, isto é em 14/11/2012, ou seja, se afigurando juridicamente impossível a análise por parte do Corpo Técnico, do Ministério Público de Contas e, ainda, da análise meritória por parte deste Relator, sendo, dessa forma, exigível a sua conversão em diligência, em homenagem ao devido processo legal.

19. A celeridade processual deve ser obtemperada a luz da razoabilidade, porquanto deve o julgador ter um tempo razoável para que possa analisar, de forma minudente, as peças que integralizam os processos de contas, notadamente, as razões defensivas ofertadas, vislumbrando, com isso, emprestar máxima efetividade ao princípio constitucional do contraditório (art. 5º, LV, CF/88), sob o viés de poder influenciar a decisão do julgador.

20. Neste viés, a lição de Fredie Didier , para quem a garantia constitucional do contraditório não pode ser entendida como a pura e simples participação da parte no processo, para que se efetive o princípio em comento imperioso se faz conferir a tal participação o poder de

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influenciar a decisão do julgador. Grafa-se, por conseguinte, fragmento da lição precitada, verbis:

[...]

Não adianta permitir que a parte, simplesmente, participe do processo; que ela seja ouvida. Apenas isso não é o suficiente para que se efetive o principio do contraditório. É necessário que se permita que ela seja ouvida, é claro, mas em condições de poder influenciar a decisão do magistrado. Se não for conferida a possibilidade de a parte influenciar a decisão do magistrado – e isso é poder de influência, poder de interferir na decisão do magistrado, interferir com argumentos, interferir com ideias, com fatos novos, com argumentos jurídicos novos; se ela não puder fazer isso, a garantia do contraditório estará ferida. É fundamental perceber isso: o contraditório não se implementa, pura e simplesmente, com a ouvida, com a participação; exige-se a participação com a possibilidade, conferida à parte, de influenciar no conteúdo da decisão.

21. Assim sendo, visando dar efetividade ao princípio constitucional do contraditório, devem ser os presentes autos convertidos em diligência para que se possa, sem atropelos, impulsioná-lo em consonância com a técnica processualística adotada nesta Corte, cotejando a eventual defesa apresentada com as peças constantes nos autos, de maneira que salvaguarde a possibilidade de o responsável influenciar no julgamento do feito, a luz do devido processo legal.

22. A propósito, vale dizer que nesse sentido repousa a remansosa jurisprudência desta Corte. Veja-se:

EMENTA: Prestação de Contas – Prefeitura Municipal de Campo Novo de Rondônia – Exercício de 2007 – Instrução inconclusa. Impossibilidade de apreciação até o final do exercício de 2008. Comunicado ao Tribunal Pleno.

[...] Isto posto, tendo em vista que a instrução dos autos, por razões alheias ao Corpo Técnico, encontra-se incompleta, estando ainda em fase de análise de novos documentos apresentados pelo Jurisdicionado, comunico a este Egrégio Plenário que a Prestação de Contas do Município de Campo Novo de Rondônia, exercício de 2007, somente será objeto de apreciação depois de cumpridos os princípios do contraditório e da ampla defesa consagrados no artigo 5º, LV, da Constituição Federal. (Processo n. 2351/08, Relator Conselheiro José Euler Potyguara Pereira de Melo – trecho do relatório e voto)

Ementa: Prestação de contas. Ausência de manifestação do responsável. Dilação do prazo para manifestação. Julgamento prejudicado ao qual infere-se pelo sobrestamento para cumprimento das providências necessárias para o saneamento do feito. Unanimidade.

[...]

I – Sobrestar na Secretaria Geral das Sessões os autos, que tratam da apreciação da prestação de contas da Prefeitura Municipal de Pimenteiras do Oeste, relativa ao exercício de 2010, de responsabilidade do Senhor José Roberto Horn, ex-Prefeito, até que sejam apuradas as justificativas do responsável, pelas impropriedades a seguir elencadas: (Processo n. 1157/2011, Relator Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra, Decisão n. 384/2011-Pleno)

23. PELO EXPENDIDO, considerando a prenunciada marcha processual a ser conferida ao feito, por um juízo de alta probabilidade, possível concluir pela impossibilidade de que este Eg. Tribunal de Contas, ainda no presente exercício, aprecie o mérito das contas em tela e emita o respectivo parecer prévio.

24. Assim, cumprida a formalidade de comunicar os aludidos fatos a este Eg. Plenário – na 23ª Sessão Ordinária de 12/12/2013 - na esteira da jurisprudência pacificada nesta Corte -, faz-se no todo necessário prosseguir com a instrução do feito, atendendo-se aqui à cláusula do devido processo legal e ao princípio do contraditório corolário.

25. Nesta senda, após a adoção das providências de praxe, com a publicação da decisão a ser proferida e a notificação das partes interessadas, há de se retornar os autos ao Departamento do Pleno para que dê continuidade ao cumprimento dos comandos exarados no Despacho de Definição de Responsabilidade.

26. Ressalto que, em razão do trâmite célere a ser conferido aos processos de contas formalizados junto a este Tribunal, deve-se alertar que os autos carecem de tratamento prioritário.

DISPOSITIVO

PELO EXPENDIDO, ora lastreado nas razões de fato e de direito expendidas alhures, as quais consubstanciam impeditivos à apreciação do feito no presente exercício, DECIDO:

I – DETERMINAR a continuidade do trâmite processual, com o retorno do feito ao Departamento do Pleno para cumprir todos os comandos exarados no Despacho de Definição de Responsabilidade n. 041/2013/GCWCSC;

II – ALERTAR as unidades integrantes deste Eg. Tribunal de Contas da imperiosa necessidade de se conferir trâmite célere aos presentes autos, tendo em vista o tratamento prioritário que carecem as contas de governo;

III - PUBLIQUE-SE;

IV – JUNTE-SE AOS AUTOS.

Cumpra a Assistência de Gabinete e, para tanto, expeça o que se fizer necessário.

Porto Velho-RO, 12 de dezembro de 2013.

Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra Relator

Município de Seringueiras

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 1.588/2013-TCER ASSUNTO: Prestação de Contas RESPONSÁVEL: Celso Luiz Garda – ex-Prefeito do Município de Seringueiras UNIDADES: Prefeitura Municipal de Seringueiras RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 352/2013/GCWCSC

RELATÓRIO

Cuidam os presentes autos do exame da prestação de contas anual da Prefeitura Municipal de Seringueiras, relativa ao exercício financeiro de 2012, sob a responsabilidade do Senhor Celso Luiz Garda, à época, Chefe daquele Poder Executivo.

02. O Corpo Técnico, noticiou a ocorrência de inúmeras irregularidades, reputando como gravosas – cf. vasto elenco constante na conclusão de seu relatório inaugural, in verbis:

13 – CONCLUSÃO

Após a instrução da Prestação de Contas do Exercício de 2012, da Prefeitura Municipal de Seringueiras, sob a responsabilidade do Excelentíssimo Senhor CELSO LUIZ GARDA - Prefeito Municipal no período de 01.01 a 31.12.2012, e senhor ARMANDO BERNARDO DA

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SILVA – Prefeito Municipal – Legislatura 2013/2013 (responsável pelo encaminhamento das informações) elencamos as irregularidades detectadas, conforme a seguir demonstradas:

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ARMANDO BERNARDO DA SILVA – PREFEITO MUNICIPAL (Legislatura 2013/2016), CPF Nº 157.857.728-41

13.1 - Descumprimento às disposições do Parágrafo Único do artigo 70 da Constituição Federal c/c a alínea "a" do artigo 52 da Constituição Estadual c/c artigo 13 da Instrução Normativa nº 013/TCER/2004, em face do encaminhamento intempestivo do Balanço Geral da Prefeitura Municipal de Seringueiras referente ao exercício de 2012 a esta Corte de Contas (subitem 1 do item 2);

13.2 – Descumprimento à alínea "c" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCER/2004, em razão do não encaminhamento do Anexo TC-28 Qualificação dos Responsáveis a esta Corte de Contas (subitem 4 do item 2);

13.3 – Descumprimento ao Princípio da Publicidade, estabelecido no artigo 37 "caput" da Constituição Federal c/c inciso VI, alínea "d", do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCER/2004, haja vista a municipalidade haver deixado de encaminhar a esta Corte o comprovante de publicação dos balanços em Diário Oficial ou em jornal de grande circulação no Município (subitem 5 do item 2);

13.4 – Descumprimento ao teor do artigo 13 da Constituição Estadual c/c inciso VI, alínea "e", do artigo 11, da Instrução Normativa nº 013/TCER/2004, haja vista a municipalidade haver deixado de encaminhar a esta Corte o comprovante de publicação em Diário Oficial da relação nominal dos servidores ativos e inativos ao final do exercício (subitem 6 do item 2);

13.5 – Descumprimento ao disposto na alínea "g" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCER/2004, em razão de não haver encaminhado a esta Corte de Contas o Inventário do Estoque em Almoxarifado em disquete ou CD, elaborado nos programas Word ou Excel - Anexo TC – 13 (subitem 8 do item 2);

13.6 - Descumprimento ao disposto na alínea "j" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCER/2004, em razão de não haver encaminhado a esta Corte de Contas cópia do ato de nomeação da comissão de elaboração dos inventários físico-financeiros dos bens móveis e imóveis (subitem 11 do item 2);

13.7 – Descumprindo ao disposto na alínea “o” do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCER/2004, por haver deixado de encaminhar a esta Corte de Contas a Relação de contribuintes inscritos na dívida ativa, em disquete ou CD, elaborado nos programas Word ou Excel (subitem 15 do item 2);

13.8 - Descumprimento ao artigo 53 da Constituição Estadual c/c artigo 5º da Instrução Normativa nº 019/TCER/2006, em face do encaminhamento intempestivo do balancete referente ao mês de dezembro/2012 (subitem 19 do item 2);

13.9 - Descumprimento ao inciso I do §1º, artigo 51 da Lei Complementar Federal nº 101/2000, por haver deixado de encaminhar a este Tribunal o comprovante de remessa dos balanços ao Poder Executivo Estadual e União (subitem 20 do item 2);

13.10 – Descumprimento ao §3º do artigo 14 da Instrução Normativa nº022/TCER2007, por haver deixado de enviar a esta Corte de Contas o Parecer do Conselho de Acompanhamento e Controle Social responsável pelo FUNDEB (subitem 25 do item 2);

13.11 - Descumprimento ao disposto no inciso VIII do art. 73 da Lei nº 9.504/97, haja vista a municipalidade não haver encaminhado a esta Corte de Contas cópia dos atos de reajustes e/ou revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos ocorridas no período de 10.04.2012

e 01.01.2013, tampouco, declaração nesse sentido – caso não tivesse ocorrido tal evento, deste modo, não demonstrando o atendimento ao preceito legal (subitem 9.2.2);

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR CELSO LUIZ GARDA – PREFEITO MUNICIPAL (Legislatura 2009/2012), CPF Nº 554.545.859-04

13.12 – Descumprimento à alínea "a" do inciso VI, artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCER/2004, em razão de o Relatório Circunstanciado sobre as atividades desenvolvidas no período, não evidenciar o comparativo em relação aos últimos três exercícios, em termos qualitativos e quantitativos, das ações planejadas no PPA, na LDO e LOA, e das ações efetivamente realizadas, com especial enfoque sobre os programas voltados às áreas de educação, saúde, segurança e obras públicas, e por haver sido encaminhado desprovido de assinatura do Prefeito responsável (subitem 2 do item 2);

13.13 - Descumprimento ao artigo 53 da Constituição Estadual c/c artigo 5º da Instrução Normativa nº 019/TCER/2006, em face do encaminhamento intempestivo do balancete referente ao mês de janeiro/2012 (subitem 19 do item 2);

13.14 - Descumprimento ao artigo 167, inciso II da Constituição Federal c/c artigo 43 da Lei Federal nº 4.320/64, em razão de haver aberto crédito adicional no montante R$92.884,49 (noventa e dois mil, oitocentos e oitenta e quatro reais e quarenta e nove centavos) com recursos fictícios (subitem 3.4.1);

13.15 - Infringência ao artigo 43 da Lei nº 4.320/64, tendo em vista a ausência de descrição detalhada da fonte de recurso que subsidiaria a abertura do Crédito Adicional autorizado pelo decreto nº41/2012 (subitem 3.4.1);

13.16 - Infringência ao artigo 167, II, da Constituição Federal c/c artigo 43 da Lei Federal 4.320/64, tendo em vista a autorização de abertura de Crédito Adicional, conforme Decreto nº 118/2012, com recursos fictícios, pois ainda que tenha havido excesso de arrecadação este foi insuficiente para lastrear o montante necessário para tal abertura (subitem 3.4.1);

13.17 - Infringência ao artigo 167, II, da Constituição Federal c/c artigo 43 da Lei Federal 4.320/64, tendo em vista a autorização de abertura de Créditos Adicionais, conforme Decretos nº 100/2012, 104/2012 e 76/2012, com recursos fictícios, pois as rubricas indicadas como fonte de custeio não obtiveram excesso de arrecadação (subitem 3.4.1);

13.18 - Descumprimento ao artigo 5º da Lei Orçamentária nº 771/2011 (Lei do Orçamento/2012), haja vista a abertura de créditos Adicionais Suplementares com base na Lei do Orçamento de 2012 no percentual de 30,58% superior ao autorizado por aquele instrumento (30%) (item 3.4.1);

13.19 - Descumprimento às normas inseridas no artigo 60 do ADCT da Constituição Federal, com a nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 53/2006, em face da diferença a menor no montante de R$268.304,35 (duzentos e sessenta e oito mil, trezentos e quatro reais e trinta e cinco centavos) constatada entre os saldos existentes nas contas correntes do FUNDEB e o saldo financeiro que deveria existir em 31.12.2012 apurado nesta análise, indicando que a Municipalidade utilizou recurso do FUNDEB para o pagamento de despesas estranhas à sua finalidade (subitem 4.2.2);

13.20 – Descumprimento ao disposto no artigo 21 da Lei Complementar nº 101/2000, em razão do aumento dos valores despendidos com pessoal no 2º semestre de 2012 (subitem 9.1.1);

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR CELSO LUIZ GARDA – PREFEITO MUNICIPAL (Legislatura 2009/2012), CPF Nº 554.545.859-04, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR LAURI PEDRO ROCKENBACK – CONTADOR MUNICIPAL (CRC-RO 3190/O-0)

13.21 - Descumprimento às normas insculpidas nos artigos 85 e 105 da Lei Federal nº 4.320/1964, em face das incongruências detectadas em relação

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ao valor do passivo financeiro no montante de R$1.137.642,43 (um milhão, cento e trinta e sete mil, seiscentos e quarenta e dois reais e quarenta e três centavos) demonstrado no Anexo 14 – Balanço Patrimonial e o valor de R$1.340.015,90 (um milhão, trezentos e quarenta mil e quinze reais e noventa centavos) registrado a este título nos demonstrativos da Variação Financeira – Anexo 15, Dívida Flutuante – Anexo 17 e Balanço Financeiro – Anexo 13 (subitem 6.2)

13.22 - Descumprimento aos artigos 85, 104 e 105 da Lei Federal 4.320/64, tendo em vista que o saldo da Conta Bens Móveis registrada no Balanço Patrimonial no valor de R$6.674.277,45 (seis milhões, seiscentos e setenta e quatro mil, duzentos e setenta e sete reais e quarenta e cinco centavos) difere do valor apurado nesta análise técnica, considerado o saldo anterior e as incorporações e baixas do exercício, apresentando divergência da ordem de R$73.136,65 (setenta e três mil, cento e trinta e seis reais e sessenta e cinco centavos) (alínea “a” do subitem 6.3);

13.23 - Descumprimento aos artigos 85, 104 e 105 da Lei Federal 4.320/64, tendo em vista que o saldo da Conta Bens Imóveis registrada no Balanço Patrimonial no valor de R$7.850.104,39 (sete milhões, oitocentos e cinquenta mil, cento e quatro reais e trinta e nove centavos) difere do valor apurado nesta análise técnica, considerado o saldo anterior e as incorporações e baixas do exercício, apresentando divergência da ordem de R$27.909,47 (vinte e sete mil, novecentos e nove reais e quarenta e sete centavos) (alínea “b” do subitem 6.3);

13.24 - Descumprimento às determinações contidas nos artigos 85 e 105 da Lei Federal nº 4.320/64, em face do descontrole contábil verificado, tendo em vista a incongruência entre o Saldo Patrimonial apurado nesta análise no valor de R$11.348.109,00 (onze milhões, trezentos e quarenta e oito mil, cento e nove reais) e o valor registrado a este título no Anexo 14 – Balanço Patrimonial na monta de R$1.137.642,43 (um milhão, cento e trinta e sete mil, seiscentos e quarenta e dois reais e quarenta e três centavos), deste modo, ocasionando uma diferença de R$202.373,47 (duzentos e dois mil, trezentos e setenta e três reais e quarenta e sete centavos) (subitem 6.4);

13.25 - Infringência ao artigo 85 da Lei Feral nº 4.320/64, haja vista que a movimentação de incorporações e baixa da conta Dívida Fundada demonstrada no Anexo 16 – Demonstração da Dívida Fundada, não coaduna com a movimentação apresentada no Anexo 15 – Demonstrativo da Variação Patrimonial (subitem 6.5);

14 – RECOMENDAÇÕES

Em decorrência de falhas e irregularidades verificadas no exame das presentes contas, e para que sejam tomadas providências no sentido das próximas não mais registrarem essas impropriedades, além de que medidas sejam tomadas para a melhoria da gestão dos recursos municipais, sugerimos ao senhor Conselheiro Relator recomendar ao chefe do Executivo Municipal, o seguinte:

14.1 – Atente para que os balancetes mensais sejam remetidos a esta Corte de Contas, via Internet, através do sistema SIGAP, dentro do prazo legal exigido no artigo 5º da Instrução Normativa nº 019/TCER/2006;

14.2 – Que continue implementando medidas administrativas e judiciais para a cobrança da Dívida Ativa;

14.3 – Que oriente os setores encarregados pela elaboração da política orçamentária do Município, para que estes planejem as ações observando com exatidão e fidedignidade os recursos orçados, para que não ocorram significativas modificações orçamentárias por meio da abertura de Créditos Adicionais e configure um planejamento inadequado e deficiente;

14.4 – Que ao elaborar a proposta da Lei Orçamentária para os próximos exercícios, atente para que o percentual de alteração do orçamento inicial, por meio de créditos suplementares, seja proposto em no máximo 20%, limite este considerado razoável.

14.5 – que preste esclarecimento sobre as providências tomadas para o cumprimento das determinações contidas no item II da Decisão nº

378/2012-PLENO (Processo nº 1947/2012 – Prestação de Contas de Seringueiras exercício/2011), abaixo transcrito in verbis:

II - Determinar ao futuro Prefeito do Município de Seringueiras que adote as seguintes medidas:

a) Ordenar ao setor contábil para que melhore os controles internos visando evitar a ocorrência de falhas técnicas similares às identificadas pelo corpo instrutivo desta Corte de Contas;

b) Deixar de proceder às excessivas alterações na Lei Orçamentária Anual por meio de créditos adicionais, em contrariedade ao princípio da programação;

c) Adotar medidas para aparelhar a Divisão de Receita, com vistas a incrementar a arrecadação dos recursos próprios do Município;

d) Atentar para os prazos de envio dos balancetes mensais e demonstrativos fiscais;

e) Elaborar políticas públicas visando ao implemento da arrecadação dos impostos municipais, visto que a receita própria de impostos, taxas municipais e contribuições tiveram uma participação inexpressiva da Receita Total;

f) Proceder à cobrança da Dívida Ativa administrativamente e através de ações judiciais, visto que cobrança da Dívida Ativa é altamente deficiente, em relação ao montante da dívida;

g) Requerer do setor de contabilidade especial atenção no preenchimento de documentos e anexos encaminhados ao Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, promovendo rigorosa conciliação dos dados, antes de alimentar os Sistemas SIGAP e LRF-NET, para que tais dados sejam coincidentes com as informações contidas nas Demonstrações Contábeis;

h) Estabelecer que o Órgão de Controle Interno do Município, em sua atuação cotidiana e, sobretudo, por ocasião da elaboração do “Relatório de Controle Interno”, “Certificado de Auditoria” e “Parecer de Auditoria”, avalie e emita pronunciamento não somente sobre os aspectos legais, mas também sobre os atos de gestão envolvendo a eficiência, a eficácia, a economicidade e a efetividade no emprego dos recursos públicos, fundamentando sua opinião com indicadores de desempenho tecnicamente construídos para essa finalidade; e

i) Aperfeiçoar, o Controle Interno do Município de Seringueiras nas análises da Prestação de Contas, no que tange ao cumprimento das metas estabelecidas no Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.

04. Diante das eivas consignadas no Relatório Técnico Inicial, este Conselheiro expedira Despacho de Definição de Responsabilidade n. 050/2013/GCWCSC, determinando ao Secretário Geral de Controle Externo que promovesse a audiência do Senhor Celso Luiz Garda, à época, Chefe do Poder Executivo de Seringueiras para que, querendo, apresentassem as justificativas e documentos julgados pertinentes, acerca das irregularidades que lhes foram atribuídas pelo Corpo Instrutivo, em homenagem aos princípios da ampla defesa e do contraditório, corolários do devido processo legal.

05. Das análises das defesas o Corpo Instrutivo aduziu a permanência de algumas das irregularidades outrora apontadas, todavia, alertou a sobredita Diretoria Técnica que as falhas suscitadas em relação às informações fiscais do 2º semestre de 2012 (Processo de Gestão Fiscal) estavam ainda pendentes de contraditório.

06. O Corpo Técnico finalizou seu relatório sugerindo a concessão de prazo para que os responsáveis apresentassem sua defesa quanto aos fatos detectados no Processo de Gestão Fiscal, aduzindo que o relatório somente seria concluído, após a apreciação das aludidas justificativas, in verbis:

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Em observância aos postulados do contraditório e da ampla defesa sugerimos ao Eminente Conselheiro Relator que notifique novamente o gestor responsável a fim de apresentar justificativas em relação às irregularidades suscitadas na Gestão Fiscal exercício de 2012 – Processo nº 1158/2012, conforme elencadas nos subitens 5.2.1 a 5.2.17 da conclusão deste Relatório Técnico.

Oportunamente informamos que o Parecer Conclusivo do Corpo Técnico sobre as contas anuais só será emitido após a análise das justificativas apresentadas em relação às irregularidades da Gestão Fiscal exercício de 2012.

FUNDAMENTAÇÃO

07. Como visto, cuidam os presentes autos do exame da prestação de contas anual da Prefeitura Municipal de Seringueiras, relativa ao exercício financeiro de 2012, sob a responsabilidade à época, do Senhor Celso Luiz Garda, na qualidade de Chefe daquele Poder Executivo.

08. Considerando o entendimento da Corte de Contas, há que se proceder pelo julgamento consolidado da prestação de contas e a gestão fiscal do exercício, contudo, até o presente momento não foi feita a análise pelo Corpo Instrutivo, nem pelo Ministério Público de Contas na forma compreendida pela Casa.

09. Com isso, o processo para julgamento da prestação de contas do município em epigrafe, não comporta elementos hábeis para sua apreciação, devendo prosseguir ao rito-processual dos feitos, contudo, conquanto o ano de 2013 já se encontra no mês de dezembro, observo que não haverá tempo razoável para que a contas sejam apreciadas antes do término do corrente ano.

10. Assim, friso que até o presente momento, se abstrai dos autos a inexistência do relatório técnico conclusivo, idem ministerial o que de per si não permite que a apreciação das contas seja neste momento ultimada.

11. Assim, cumprida a formalidade de comunicar os aludidos fatos a este Eg. Plenário na 23ª Sessão Ordinária de 12/12/2013 – na esteira da jurisprudência pacificada nesta Corte – faz-se no todo necessário prosseguir com a instrução, atendendo-se aqui à cláusula do devido processo legal e ao princípio do contraditório corolário.

12. Ressalto que, em razão do trâmite célere a ser conferido aos processos de contas formalizados junto a este Tribunal, deve-se alertar que os autos carecem de tratamento prioritário.

DISPOSITIVO

Por todo o exposto, ora lastreado nas razões de fato e de direito expendidas alhures, as quais consubstanciam impeditivos à apreciação do feito no presente exercício, DECIDO:

I – DETERMINAR a continuidade do trâmite processual, com a análise do feito pela Unidade Técnica e posteriormente ao Ministério Público de Contas;

II – ALERTAR as unidades integrantes deste Eg. Tribunal de Contas da imperiosa necessidade de se conferir trâmite célere aos presentes autos, tendo em vista o tratamento prioritário que carecem as contas de governo;

III - PUBLIQUE-SE;

IV – JUNTE-SE AOS AUTOS.

Cumpra a Assistência de Gabinete e, para tanto, expeça o que se fizer necessário.

Sala das Sessões, 12 de dezembro de 2013.

WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Conselheiro Relator

Conselho Superior de Administração TCE-RO

Atos do Conselho

CONVOCAÇÃO DO CONSELHO

O Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o disposto no art. 93, inciso X, da Constituição Federal, art. 68, inciso I, da Lei Complementar Estadual n. 154/96, c/c o artigo 129, do Regimento Interno, CONVOCA o CONSELHO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO desta Corte para reunir-se em Sessão Administrativa Extraordinária no dia 18.12.2013 (quarta-feira), logo após a sessão extraordinária do Pleno, no Plenário deste Tribunal, a fim de tratar da seguinte ordem de trabalho:

I – Apreciação de Processo:

1 - Processo n. 3081/2013 - Proposta Interessado: Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Assunto: Regulamentação do sistema de controle dos contratos públicos no âmbito do TCE-RO – nomeação de fiscais de contratos Relator: Conselheiro Presidente JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO 2 - Processo n. 1613/2013 – Processo Administrativo Interessado: Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Assunto: Grupo de Trabalho – atualização e definição de atribuições – Portaria n. 352/13 Relator: Conselheiro Presidente JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO

II – Solicitação de autorização para encaminhamento de Projeto de Lei à Assembleia Legislativa do Estado, visando alteração do art. 71 da LC 154/96;

III – Outros assuntos.

Porto Velho, 17 de dezembro de 2013.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Atos da Presidência

Portarias Portaria n. 1.947/2013, de 12 de dezembro de 2013.

Autoriza viagem.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere os incisos I e VII, do artigo 1º, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 - ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 4157/2013, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do servidor LINDOMAR JOSÉ DE CARVALHO, Assessor I, Cadastro n. 990633, no período de 16.12.2013 a 19.12.2013, com a finalidade de fiscalizar a execução dos serviços de vigilância armada nas Secretarias Regionais de Controle Externo dos municípios de Vilhena, Cacoal e Ariquemes.

Art. 2º Conceder ao servidor 3,5 (três e meia) diárias.

43 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 577 ano III terça-feira, 17 de dezembro de 2013

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Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.946/2013, de 12 de dezembro de 2013.

Autoriza viagem.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere os incisos I e VII, do artigo 1º, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 - ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 4157/2013, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do servidor JOSÉ ITAMIR DE ABREU, Assessor de Segurança Institucional, Cadastro n. 990568, no período de 16.12.2013 a 19.12.2013, com a finalidade de fiscalizar a execução dos serviços de vigilância armada nas Secretarias Regionais de Controle Externo dos municípios de Vilhena, Cacoal e Ariquemes.

Art. 2º Conceder ao servidor 3,5 (três e meia) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1948 de 12 de dezembro de 2013.

Concede Suprimento de Fundos.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso I, alínea “b” da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOe TCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 1695/2013 resolve:

Art. 1º. Conceder Suprimento de Fundos em regime de adiantamento ao servidor LINDOMAR JOSÉ DE CARVALHO, ASSESSOR I, cadastro n 990633, na quantia de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).

CÓDIGO PROGRAMÁTICO NATUREZA DE DESPESA VALOR (R$)

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.30 2.500,00

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.39 1.500,00

Art. 2º. O prazo de aplicação do adiantamento será no período de 16.12.2013 a 19.12.2013, que será utilizado para cobrir despesas com abastecimento e manutenção do veículo COROLLA/ORH-3089 em virtude de deslocamento para fiscalizar a execução dos serviços de vigilância armada nas Secretarias Regionais de Controle Externo de Vilhena, Cacoal e Ariquemes, com apresentação de prestação de contas dentro dos 5 (cinco) dias subseqüentes do término do prazo de aplicação.

Art. 3º A Divisão de Contabilidade – DIVCONT do Departamento de Finanças – DEFIN efetuará os registros referentes à caracterização da responsabilidade do agente e as conferências da documentação comprobatória da aplicação.

Art. 4º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a partir de 16.12.2013.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.924, de 11 de dezembro de 2013.

Convalida substituição.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 66, incisos I e III da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o Memorando n. 0029/CAAD/TC/2013, de 21.11.2013, resolve:

Art. 1º Convalidar a substituição do servidor IVALDO FERREIRA VIANA, Auditor de Controle Externo, cadastro n. 199, pelo servidor EDMAR DE MELO RAPOSO, Auditor de Controle Externo, cadastro n. 19, ocupante do cargo em comissão de Assessor de Controlador, no período de 6 a 20.11.2013, no cargo em comissão de Controlador, nível TC/CDS-6, em virtude de licença médica do titular, nos termos do inc. III do art. 16 da Lei Complementar n. 68/92.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Deliberações Superiores

DECISÃO PROCESSO Nº: 3682/12 - TCE-RO INTERESSADO: Corregedoria-Geral ASSUNTO: Sindicância Administrativa

EXTRATO DA DECISÃO N. 146/13/GP

(...)

21. Diante do exposto, ao tempo em que acolho o Relatório do Corregedor deste Tribunal de Contas, DETERMINO o encaminhamento dos autos à CORREGEDORIA desta Corte de Contas para que:

I – Considerando o art. 191-B, XVIII do Regimento Interno, que autoriza o Corregedor auxiliar o Presidente do Tribunal nas funções de fiscalização e supervisão das atividades a cargo das Secretarias do Tribunal de Contas, expeça nota recomendatória aos setores competentes, para adoção de providências no sentido de proceder a união dos processos que possuírem mais de um volume, utilizando-se, para tanto, barbante;

II – Após, adote as medidas necessárias ao ARQUIVAMENTO do presente processo.

Publique-se.

Registre-se.

Cumpra-se.

Porto Velho, 12 de dezembro de 2013.

Conselheiro PAULO CURI NETO Presidente em Exercício

Licitações

Avisos de Licitação

RESULTADO DE JULGAMENTO RESULTADO DE LICITAÇÃO

44 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 577 ano III terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

PREGÃO ELETRÔNICO Nº 51/2013/TCE-RO

O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, por intermédio de seu Pregoeiro, designado pela Portaria nº 1.215/2013/TCE-RO, torna público o resultado do certame em epígrafe, Processo Administrativo nº 2508/2013/TCE-RO, que tem por objeto a formação de registro de preços para futura e eventual contratação de empresa especializada na prestação de serviços gráficos e fornecimento de pastas, canetas e material de premiações e condecorações, conforme especificações técnicas e condições minuciosamente descritas nos Anexos do Edital. O certame, tipo menor preço, teve negociação de preços frustrada no Grupo 4, sagrando-se vencedoras as empresas:

- No grupo 1: SANTOS & BARRETO LTDA - ME, CNPJ 15.539.260/0001-07, com o valor total de R$ 128.790,00 (cento e vinte e oito mil setecentos e noventa reais);

- No grupo 2: IVAN LUIZ TONIAZZI BRINDES, CNPJ 07.777.343/0001-06, com o valor total de R$ 105.000,00 (cento e cinco mil reais); e

- No grupo 3: LINHA BRASIL PLÁSTICO LTDA - ME, CNPJ 03.890.611/0001-40, com o valor total de R$ 88.400,00 (oitenta e oito mil e quatrocentos reais).

Porto Velho - RO, 16 de dezembro de 2013.

MÁRLON LOURENÇO BRÍGIDO Pregoeiro/TCE-RO