24
Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil. DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Porto Velho - RO quinta-feira, 16 de outubro de 2014 nº 774 - ano IV DOeTCE-RO SUMÁRIO DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL PLENO, DECISÕES SINGULARES, EDITAIS DE CITAÇÃO, AUDIÊNCIA E OFÍCIO, TERMOS DE ALERTA E OUTROS Administração Pública Estadual >>Poder Executivo Pág. 1 >>Poder Judiciário Pág. 4 >>Autarquias, Fundações, Institutos, Empresas de Economia Mista, Consórcios e Fundos Pág. 9 Administração Pública Municipal Pág. 11 ATOS DA PRESIDÊNCIA >>Portarias Pág. 22 >>Extratos Pág. 23 Cons. JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO PRESIDENTE Cons. PAULO CURI NETO VICE-PRESIDENTE Cons. EDÍLSON DE SOUSA SILVA CORREGEDOR Cons. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA OUVIDOR Cons. WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE CONTAS Cons. BENEDITO ANTÔNIO ALVES PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA Cons. VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DAVI DANTAS DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO OMAR PIRES DIAS AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS PROCURADOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA YVONETE FONTINELLE DE MELO PROCURADORA SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA PROCURADOR ERNESTO TAVARES VICTORIA PROCURADOR Deliberações do Tribunal Pleno, Decisões Singulares, Editais de Citação, Audiência e Ofício, Termos de Alerta e Outros Administração Pública Estadual Poder Executivo DECISÃO MONOCRÁTICA PROCESSO No: 572/2011-TCER (Vol. I a XLVIII) – Apensos 264, 567, 568, 813, 966, 2124, 2143, 2634 e 2659/11; 2427, 1874, 1501, 1583, 1537, 1624, 1804, 2269, 2408, 2322, 2369, 1511, 2343, 1593, 1597, 1630, 1808, 2271, 3420, 2321, 2370, 1631, 1596, 1610, 1633, 1809, 2415, 3716, 2326 e 2323/12. UNIDADE: Secretaria Estadual de Administração - SEAD INTERESSADO: Renata Fabia Rigo dos Santos e outros CPF 340.790.682-04 ASSUNTO: Exame da legalidade de atos de admissão de pessoal decorrente de concurso público – Estatutário RELATOR: Conselheiro Edilson de Sousa Silva EMENTA: PROCESSO CIVIL. CORREÇÃO DE ERRO MATERIAL. O CPC disciplina no art. 463, inciso I, a faculdade do julgador alterar inexatidões materiais, ou seja, equívocos manifestos observados na forma de expressão do julgamento. Decisão n. 237/2014/GCESS A Diretora do Departamento da 1ª Câmara retorna os autos ao gabinete para verificação de inconsistência encontrada por aquele Departamento quanto ao cumprimento do item III da Decisão n. 317/2014-1ª Câmara (fl. 13001-v). Trata-se de erro de digitação no número dos volumes a serem desentranhados do processo principal e apensos, determinada no item III do decisum. Dessa feita, considerando a inexatidão material verificada, retifico de ofício o quadro do item III da Decisão n. 317/2014-1ª Câmara, na forma do art. 463, I, do CPC, para que conste a seguinte redação (de melhor visualização): Processo Nº/Ano Folhas Referente ao Edital nº Processo principal 0572/2011 237 a 279, 282 a 430, 5787 a 5959, 5962 a 6241, 6244 a 6529, 6532 a 6620, 12173 a 12283, 12286 a 12347. 034/2008 2205/2010 0567/2011 196 a 278, 281 a 549, 552 a 784, 787 a 964. 149/2009 2329/2010 3593/2012 268 a 490, 493 a 725, 727 a 954, 957 a 1179, 1182 a 1414, 1417 a 1641, 1644 a 1871. 367/2010 3409/2012 Retifico, ainda, de ofício, o quadro do item II do decisum, ante a constatação de erro material no número da folha a ser desentranhada dos autos n. 1597/2012 (apenso), para que conste a seguinte redação:

DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia

Porto Velho - RO quinta-feira, 16 de outubro de 2014 nº 774 - ano IVDOeTCE-RO

SUMÁRIO

DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL PLENO, DECISÕES SINGULARES, EDITAIS DE CITAÇÃO, AUDIÊNCIA E OFÍCIO, TERMOS DE ALERTA E OUTROS Administração Pública Estadual >>Poder Executivo Pág. 1

>>Poder Judiciário Pág. 4

>>Autarquias, Fundações, Institutos, Empresas de Economia Mista, Consórcios e Fundos Pág. 9

Administração Pública Municipal Pág. 11

ATOS DA PRESIDÊNCIA >>Portarias Pág. 22

>>Extratos Pág. 23

Cons. JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO PRESIDENTE Cons. PAULO CURI NETO VICE-PRESIDENTE Cons. EDÍLSON DE SOUSA SILVA CORREGEDOR Cons. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA OUVIDOR Cons. WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE CONTAS Cons. BENEDITO ANTÔNIO ALVES PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA Cons. VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DAVI DANTAS DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO OMAR PIRES DIAS AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS PROCURADOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA YVONETE FONTINELLE DE MELO PROCURADORA SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA PROCURADOR ERNESTO TAVARES VICTORIA PROCURADOR

Deliberações do Tribunal Pleno, Decisões Singulares, Editais de Citação, Audiência e Ofício, Termos de Alerta

e Outros

Administração Pública Estadual

Poder Executivo

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO No: 572/2011-TCER (Vol. I a XLVIII) – Apensos 264, 567, 568, 813, 966, 2124, 2143, 2634 e 2659/11; 2427, 1874, 1501, 1583, 1537, 1624, 1804, 2269, 2408, 2322, 2369, 1511, 2343, 1593, 1597, 1630, 1808, 2271, 3420, 2321, 2370, 1631, 1596, 1610, 1633, 1809, 2415, 3716, 2326 e 2323/12. UNIDADE: Secretaria Estadual de Administração - SEAD INTERESSADO: Renata Fabia Rigo dos Santos e outros CPF 340.790.682-04 ASSUNTO: Exame da legalidade de atos de admissão de pessoal decorrente de concurso público – Estatutário RELATOR: Conselheiro Edilson de Sousa Silva EMENTA: PROCESSO CIVIL. CORREÇÃO DE ERRO MATERIAL. O CPC disciplina no art. 463, inciso I, a faculdade do julgador alterar inexatidões materiais, ou seja, equívocos manifestos observados na forma de expressão do julgamento.

Decisão n. 237/2014/GCESS

A Diretora do Departamento da 1ª Câmara retorna os autos ao gabinete para verificação de inconsistência encontrada por aquele Departamento quanto ao cumprimento do item III da Decisão n. 317/2014-1ª Câmara (fl. 13001-v).

Trata-se de erro de digitação no número dos volumes a serem desentranhados do processo principal e apensos, determinada no item III do decisum.

Dessa feita, considerando a inexatidão material verificada, retifico de ofício o quadro do item III da Decisão n. 317/2014-1ª Câmara, na forma do art. 463, I, do CPC, para que conste a seguinte redação (de melhor visualização):

Processo Nº/Ano Folhas Referente ao Edital nº Processo principal

0572/2011 237 a 279, 282 a 430, 5787 a 5959, 5962 a 6241, 6244 a 6529, 6532 a 6620, 12173 a 12283, 12286 a 12347.

034/2008 2205/2010

0567/2011 196 a 278, 281 a 549, 552 a 784, 787 a 964.

149/2009 2329/2010

3593/2012 268 a 490, 493 a 725, 727 a 954, 957 a 1179, 1182 a 1414, 1417 a 1641, 1644 a 1871.

367/2010 3409/2012

Retifico, ainda, de ofício, o quadro do item II do decisum, ante a constatação de erro material no número da folha a ser desentranhada dos autos n. 1597/2012 (apenso), para que conste a seguinte redação:

Page 2: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

2 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Processo Nº/Ano

Fls. Nome CPF Cargo

3716/2012 Vol IV

716/724 Suelen da Costa Silva

836.139.942-91

Professor

1597/2012 Vol III

644/652 Adriano Reis da Silva

947.365.882-68

Professor

Os demais itens permanecem inalterados.

Assim, restitua os autos ao Departamento da 1ª Câmara para prosseguimento do feito.

Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.

À Secretaria do Gabinete para cumprimento.

Em, 15 de outubro de 2014.

Francisco Júnior Ferreira da Silva Conselheiro-Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 2.170/2011 ASSUNTO: Edital de Processo Seletivo Simplificado INTERESSADOS: Carla Mitsue Ito - Secretária de Estado da Administração ORIGEM: Secretaria de Estado da Administração - SEAD RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 285/2014/GCWCSC

I - Do Relatório

1. Tratam os presentes autos da análise de legalidade do Edital de Processo Seletivo Simplificado n. 131/2011, deflagrado pela Secretaria de Estado da Administração, tendo como objeto a contratação emergencial de Professores para as escolas indígenas do Estado, de responsabilidade do Secretário de Estado da Administração à época, o Senhor Rui Vieira de Souza e da atual Secretária de Estado da Administração, a Senhora Carla Mitsue Ito.

2. O Corpo Técnico procedeu à primeira análise dos autos e concluiu pela necessidade de retificação do presente Edital em epígrafe, por meio de errata, para o fim de incluir as disposições do Parágrafo único, do art. 27 da Lei Federal n. 10.741/03 (estatuto do idoso), como primeiro critério de desempate.

3. O Ministério Público de Contas, em análise preliminar, manifestou-se por meio do Parecer n. 179/2011, fls. n. 109/115, da lavra da Procuradora Yvonete Fontinelle de Melo, opinando pela realização de diligência.

4. Após a análise dos Pareceres Técnico e Ministerial, proferi a Decisão Monocrática n. 108/2011/GCWCSC, em sede de Tutela Inibitória, com o seguinte teor, verbis:

I – determinar ao Poder Executivo do Estado de Rondônia – na hipótese, Secretário de Estado de Administração, Rui Vieira de Souza, realize, no prazo impreterível de 6 (seis) meses, concurso público, com o escopo de prover em definitivo os cargos atrelados à docência indígena, elencados na Lei Complementar estadual n. 578/2010, sob pena de multa, a teor do art. 55, IV, da LC n. 154/96;

II – no tocante ao processo seletivo simplificado em análise, determinar, em razão do efeito prospectivo da decisão exarada no item I, que o

Secretário de Estado de Administração, Rui Vieira de Souza, sob pena de multa, a teor do art. 55, IV, da LC n. 154/96:

a) anule o resultado atinente à prova de títulos, divulgado por meio do edital n. 220/GDRH/SEAD, de 15.7.11, a fim seja outro produzido em seu lugar, desta feita, prestigiando o critério de desempate estampado no Estatuto do Idoso – repita-se, em se tratando de empate, frise-se, havendo idoso (60 anos ou mais), há se conferir preferência a este;

b) anule, por corolário, os sucessivos atos administrativos praticados após a divulgação do aludido resultado, a exemplo da homologação do processo seletivo, concretizada em 1.8.11, por meio do edital n. 210/GDRH/SEAD;

c) observe peremptoriamente o piso nacional relativo ao vencimentodo magistério, consoante inteligência da Lei Federal n. 11.738/2008, promovendo-se, para tanto, a iniciativa legislativa necessária à correção dos vencimentos insertos no anexo II da Lei Complementar estadual n. 578/2010, os quais não se coadunam àquela lei;

d) publique de modo amplo todos os atos bastantes às retificações ordenadas;

e) comprove a correção do feito perante esta Eg. Corte de Contas;

IV - notificar o atual Secretário de Administração, Rui Vieira de Souza, a fim conheça da decisão em pauta e promova as aludidas correções; e

V – determinar a audiência dos ex-Secretários de Estado de Administração, Moacir Caetano de Sant’ana e Vera Lúcia Paixão a fim, querendo, apresentem, no prazo de 15 dias, razões de justificativa, consoante inciso III do art. 62 do RITC, no que concerne à omissão em realizar concurso público com o fito de prover os cargos públicos em apreço, cada qual relativo ao período dentro do qual exercera o cargo em tela. (sic) (grifo no original)

5. O Secretário de Administração, à época, o Senhor Rui Viera de Souza foi devidamente notificado para se manifestar quanto às determinações contidas nos itens I e II, mas não apresentou justificativa em momento oportuno, o que deveria fazê-lo, uma vez que estava em “jogo” interesse público, princípio norteador da Administração Pública direta e indireta, consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa do Brasil, notadamente o art. 37.

6. De igual forma, foi expedido Mandado de audiência aos Ex-Secretários de Estado da Administração, a Senhora Vera Lúcia Paixão e o Senhor Moacir Caetano de Sant’Ana, respectivamente n. 1085 e 1084/TCER/2011, conforme consta nas fls. n. 132 e 139.

7. A Ex-Secretária a Senhora Vera Lúcia Paixão, apresentou suas justificativas tempestivamente, conforme se abstrai das fls. 134/137.

8. Em nova análise, contudo, a Unidade Técnica entendeu pela exclusão da responsabilidade da Senhora. Vera Lúcia Paixão e se manifestou no sentido de que a não apresentação de manifestação por parte do ex-gestor o Senhor Moacir Caetano de Sant’Ana não enseja sanção administrativa, pela razão de que a apresentação de defesa constitui mera faculdade e, em relação ao Senhor Rui Vieira de Souza, o Corpo Técnico constatou que o jurisdicionado descumpriu as determinações desta Corte, motivo pelo qual sugeriu a aplicação de multa nos termos do art. 55, IV, da LC n. 154/96.

9. Ao final, o Corpo Técnico opinou pela legalidade do presente Edital, condicionando-o à comprovação de retificação do item V da Decisão Monocrática n. 108/2011/GCWCSC, consistente na readequação dos critérios de desempate, em obediência à Lei Federal n. 10.741/02 - Estatuto do Idoso, bem como à correção das impropriedades indicadas no item II da Decisão Monocrática.

10. O Senhor Moacir Caetano de Sant’Ana apresentou Recurso que foi autuado sob o n. 0577/2012, que por ausência de pressuposto de

Page 3: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

3 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

admissibilidade, foi julgado não conhecido, por meio da Decisão n. 08/2013-PLENO.

11. O Ministério Público de Contas, por sua vez, emitiu o Parecer n. 250/2012, da Lavra da Procuradora Yvonete Fontinelle de Melo e alegou em preliminar, pelo não conhecimento do Recurso por não atendimento aos requisitos de admissibilidade recursal.

12. No mérito, o Ministério Público opinou pela ilegalidade do presente edital, no entanto, sem pronúncia de nulidade, com a aplicação de multa aos ex-gestores pela omissão em atender às determinações e apontou determinações diversas.

13. Após, os autos foram apreciados pela 2ª Câmara desta Corte, em sua 21ª Sessão, de 6 de novembro de 2013, sendo proferido o Acórdão n. 94/2013-2ªCâmara, em que o Edital foi considerado ilegal, sem pronúncia de nulidade, e foi determinado que a Administração Pública comprovasse em 210 (duzentos e dez) dias a adoção de medidas visando à contratação de novos professores para o atendimento das comunidades indígenas, conforme se observa o teor do Acórdão abaixo descrito, ipsis verbis:

EMENTA: ANÁLISE DE LEGALIDADE. PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO. IRREGULARIDADES FORMAIS. ILEGALIDADE. SEM PRONÚNCIA DE NULIDADE. APLICAÇÃO DE MULTA.

1 - A ocorrência de falhas formais em edital gera a ilegalidade. Contudo, em não havendo prejuízo ao jurisdicionado, tal ilegalidade ocorre sem pronúncia de nulidade.

2 - No vertente caso, as falhas formais detectadas não geram a nulidade do certame. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da análise da legalidade do Edital de Processo Seletivo Simplificado n. 131/2011, deflagrado pela Secretaria de Estado da Administração, como tudo dos autos consta.

ACORDAM os Senhores Conselheiros da 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, por UNANIMIDADE de votos, em:

I – Considerar ilegal o edital, no entanto, sem pronúncia de nulidade, em razão das irregularidades evidenciadas nos autos, no que se refere a não observância dos critérios de desempate estampado no Estatuto do Idoso;

II – Multar o Senhor Rui Vieira de Souza, CPF n. 218.566.484-00, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), com fundamento no disposto no art. 55, II e IV, da Lei Complementar Estadual n. 154/96, combinado com o art. 103, II e IV, do Regimento Interno desta Corte, em virtude de ter praticado as seguintes condutas:

a) não ter atendido às determinações desta Corte, no prazo preconizado na Decisão Monocrática n. 108/2011/GCWCSC, consistente na adoção de medidas a fim de realizar concurso público para atender às escolas indígenas; e

b) por ter apresentado intempestivamente justificativas a esta Corte de Contas.

III – Multar, individualmente, em R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), o Senhor Moacir Caetano de Sant’Ana, CPF n. 549.882.928-00 e a Senhora Vera Lúcia Paixão, CPF n. 005.908.028-01, em razão da não adoção de medidas, visando a realização de concurso público para a docência indígena, após a promulgação da LC n. 578/2010, em descumprimento ao disposto no art. 37, II, da Constituição Federal, com fundamento no art. 55, II, da Lei Complementar Estadual n. 154/96, combinado com o inciso II do art. 103 do Regimento Interno deste Tribunal;

IV – Determinar o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da notificação dos agentes citados nos itens II e III, para que procedam ao recolhimento à conta do Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas — Conta Corrente n. 8358-5, Agência n. 2757-X, Banco do Brasil — das multas consignadas nos itens II e III, na forma do art. 3º, III, da Lei Complementar nº 194/97, cujos valores devem ser atualizados à época do recolhimento, devendo a quitação ser comprovada a este Tribunal, nos termos do art. 25 da Lei Complementar nº 154/1996, combinado com o art. 30 do Regimento Interno desta Corte;

V – Autorizar, caso não seja comprovado o devido recolhimento até o trânsito em julgado do presente Acórdão, a cobrança judicial das multas consignadas, nos itens II e III, nos termos do que estabelece o art. 27, II, da Lei Complementar n. 154/96;

VI – Renovar o prazo anteriormente concedido, nesta oportunidade, para 210 (duzentos e dez) dias, a contar da notificação deste decisum, à atual Superintendente Estadual de Administração e Recursos Humanos, Senhora CARLA MITSUE ITO, para que APRESENTE documentação a esta Corte de Contas, COMPROVANDO a deflagração de concurso público, bem como a CONTRATAÇÃO dos profissionais pretendidos para o atendimento da comunidade indígena;

VII - Devolver os autos originais do Procedimento Administrativo n. 01-2201.14809-00/2013, à Superintendência Estadual de Administração e Recursos Humanos do Estado de Rondônia;

VIII – Dar conhecimento deste Acórdão aos interessados;

IX – Publicar, na forma regimental; e

X - Sobrestar os autos na Secretaria de Processamento e Julgamento, para que se aguarde o cumprimento do determinado nos itens IV e VI deste Acórdão. (sic) (grifos no original)

14. Posteriormente, por meio da Decisão Monocrática n. 123/2014/GCWCSC, foi dado a quitação da multa, em favor do Senhor Rui Vieira de Souza e da Senhora Vera Lúcia Paixão, tendo em vista que demonstraram o recolhimento integral dos valores que lhes foram imputados pelo Acórdão n. 94/2013-2ªCâmara.

15. Em seguida, a Superintendente Estadual de Administração e Recursos Humanos do Estado de Rondônia, a Senhora Carla Mitsue Ito, protocolou nesta Corte o Ofício n. 3203/GDRH/SEARH, informando que a Administração Pública Estadual, celebrou o Contrato n. 140/PGE-2014, para a contratação da Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt - FUNCAB, para a realização do processo seletivo visando ao provimento inicial de 130 vagas de professor, para atender as Escolas Indíginas da Rede Estadual de Ensino.

16. Após, vieram-me os autos para deliberação.

Extenso, porém necessário o relatório.

II - Da Fundamentação

17. De início, impende dizer que os presentes autos já foram apreciados na 21ª Sessão da 2ª Câmara, na data de 6 de novembro de 2013, ocasião em que o Edital foi considerado ilegal, no entanto, sem pronúncia de nulidade e por consectário, fixou multa aos agentes responsáveis pelo feito, conforme se verifica do Acórdão n. 94/2013-2ªCâmara, já citado no relatório.

18. Vale mencionar, ainda, que foi fixado o prazo de 210 dias para que a Administração Pública estadual promovesse medidas visando à deflagração de novo concurso público para atender às necessidades de profissionais da educação, visando a atender às comunidades indígenas.

Page 4: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

4 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

19. Portanto, há que dizer que a presente fase processual terá tão somente o condão de verificar, monocraticamente, se foram atendidas as determinações contidas no Acórdão n. 94/2013-2ªCâmara.

20. No que pertine à aplicação de multa, observa-se que dois dos responsabilizados, quais sejam, o Senhor Rui Vieira de Souza e a Senhora Vera Lúcia Paixão, já procederam ao recolhimento do valores à eles imputados a título de multa e por consectário, já receberam a quitação da obrigação, conforme se observa da Decisão Monocrática n. 123/2014/GCWCSC, ipsis verbis:

Ex positis, com substrato jurídico na fundamentação supra, e, em consonância com a Unidade Técnica, DECIDO:

I – DAR QUITAÇÃO da multa em favor do Senhor Rui Vieira de Souza, CPF n. 218.566.484-00, e da Senhora Vera Lúcia Paixão, CPF n. 005.908.028-01, tendo em vista o recolhimento integral do valores que lhes foram imputados pelo Acordão n. 094/2013-2ªCâmara, devendo ser expedido o respectivo Termo de Quitação em favor dos interessados, nos moldes do art. 26 da Lei Complementar Estadual n. 154/96, c/c o art. 35 do Regimento Interno desta Corte de Contas;

II – DAR CIÊNCIA desta Decisão aos agentes citados no item anterior;

III – SOBRESTAR os autos no Departamento da 2ªCâmara, para o acompanhamento das demais determinações contidas no Acórdão n. 094/2013-2ªCâmara;

IV – PUBLIQUE-SE.

21. Diante disso conclui-se que a obrigação pecuniária ainda continua em relação ao jurisdicionado Moacir Caetano de Sant’Ana, uma vez que ainda não procedeu ao recolhimento do valor a ele imputado no Acórdão já citado, devendo o Departamento de Acompanhamento de Decisões - DEAD, desta Corte, proceder às medidas regimentais para a alcançar o recebimento da obrigação.

22. Quanto à determinação contida no item VI do Acórdão n. 094/2013-2ªCâmara, qual seja, a obrigatoriedade da Administração Pública estadual,

no prazo de 210 dias promover as medidas necessárias visando à deflagração de concurso público para atender às necessidades de professores nas comunidades indígenas, tenho que tal determinação foi atendida, vejamos.

23. A Senhora Carla Mitsue Ito, Superintendente Estadual de Administração e Recursos Humanos do Estado de Rondônia, protocolou nesta Corte, na data de 23 de julho de 2014, o Ofício n. 3203/GDRH/SEARH, informando que a administração pública estadual celebrou o contrato n. 140/PGE-2014, visando à contratação da Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt - FUNCAB, para a realização do processo seletivo de concurso público, com o fito de atender à necessidade de professores das comunidades indígenas, conforme foi determinado no Acórdão citado, fls. ns. 419/432.

24. Disso concluiu-se que a determinação contida no item VI do Acórdão n. 094/2013-2ªCâmara, foi atendida pela Administração Pública municipal, por meio do contrato n. 140/PGE-2014, que contratou a FUNCAB, para a realização do processo seletivo de concurso público, almejando atender à necessidade de professores das comunidades indígenas.

III - Do Dispositivo

Ex positis, comprovado o cumprimento da obrigação constante no item VI do Acórdão n. 94/2013-2ªCâmara, determino o encaminhamento dos presentes autos ao Departamento de Acompanhamento de Decisões, para que adote as medidas cabíveis objetivando receber a obrigação pecuniária imposta ao Senhor Moacir Caetano de Sant’Ana, conforme determinado no item IV do Acórdão citado.

Publique-se.

Expeça-se o que necessário na forma regimental.

Porto Velho/RO, 14 de outubro de 2014.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

Poder Judiciário

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 1894/2014 ASSUNTO: Gestão Fiscal – Exercício 2014 - 2º quadrimestre INTERESSADA: Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia – TJRO RESPONSÁVEL: Desembargador Rowilson Teixeira – CPF n. 189.355.916-53 – Presidente RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 286/2014/GCWCSC

RELATÓRIO

1. Cuidam os presentes autos sobre a Gestão Fiscal do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia–TJRO, relativa ao 2º quadrimestre de 2014, de responsabilidade do senhor Desembargador Rowilson Teixeira, CPF n. 189.355.916-53, Presidente daquela Corte Estadual de Justiça, que enviou para exame os dados relativos ao Relatório de Gestão Fiscal-RGF daquele Poder, em atendimento ao que dispõe a Lei Complementar Federal n. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF) e a Instrução Normativa n. 13/TCER-2004, deste Tribunal de Contas.

2. Essa avaliação tem por objetivo aferir o cumprimento das determinações emanadas da LRF pelo Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, bem como da execução orçamentária correspondente e, em razão de versar sobre a Gestão Fiscal do 2º quadrimestre de 2014, a sua apreciação dar-se-á por Decisão Monocrática, nos moldes do entendimento firmado no âmbito desta Corte por ocasião da Decisão n. 122/2010, proferida em 24 de junho de 2010.

3. O Relatório de Gestão Fiscal-RGF do 2º quadrimestre de 2014, aportou nesta Corte de Contas e foi submetido ao crivo técnico da Unidade Instrutiva; em seu Relatório Técnico-RT de fls. ns. 67/70, os técnicos daquela Unidade concluíram que o TJRO realizou uma gestão fiscal responsável no período em análise, conforme exposto abaixo, in litteris:

Page 5: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

5 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

6. CONCLUSÃO

a) SÍNTESE

Título Descrição Conclusão 6 TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL

6.1 Publicidade e remessa do Relatório de Gestão Fiscal do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia - 2º Quadrimestre/2014

REGULAR

DEMONSTRATIVOS E DISPOSIÇÕES LEGAIS DA GESTÃO FISCAL6.2 RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL - RGF

6.2.1 Despesa com Pessoal do Tribunal de Justiça REGULAR 6.2.2 Disponibilidade de caixa NÃO APLICÁVEL 6.2.3 Restos a pagar NÃO APLICÁVEL 6.2.4 Equilíbrio Financeiro NÃO APLICÁVEL

b) DA GESTÃO FISCAL

Impende mencionar que a avaliação técnica (realizada exclusivamente com fulcro na documentação ofertada pelo jurisdicionado), considerando os pressupostos contidos nas normas disciplinadoras da matéria e o entendimento firmado pelo TCERO até o presente momento, concluímos que o Poder Judiciário Estadual, ATENDEU, de modo geral, às exigências técnicas e legais atinentes à Gestão Fiscal do 2º Quadrimestre/2014, sob a responsabilidade do Excelentíssimo Senhor Desembargador ROWILSON TEIXEIRA – Presidente do TJ/RO, conforme os tópicos indicados na síntese acima.

7. PARECER CONCLUSIVO

Excelentíssimo Senhor Relator

CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA

Considerando que a Lei complementar nº 101/2000 tem por escopo sedimentar o regime de gestão fiscal responsável, mediante a execução de mecanismos legais que deverão nortear os rumos da Administração Pública, traçando limites, estabelecendo controle e oferecendo elementos balizados acerca dos gastos públicos, bem como o fluxo de recursos financeiros necessários a sua efetiva realização.

Considerando os pressupostos contidos nas normas disciplinadoras da matéria e o entendimento firmado pelo TCERO até o presente momento.

Considerando que a Despesa Líquida Total com Pessoal do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, até o 1º quadrimestre de 2014, foi de R$267.259.989,20 (duzentos e sessenta e sete milhões, duzentos e cinquenta e nove mil, novecentos e oitenta e nove reais e vinte centavos), que em confronto com a Receita Corrente Liquida do período, no valor de R$5.084.651.867,03 (cinco bilhões, oitenta e quatro milhões, seiscentos e cinquenta e um mil, oitocentos e sessenta e sete reais e três centavos), atinge o percentual de participação de 5,26%, sendo o limite de 6,0%, conforme determina o artigo 20, inciso II, alínea “b” da Lei Complementar nº101/2000.

Considerando o pronunciamento do Controle Interno do TJ/RO, expresso no Relatório n. 09/2014/CCI-PRE, às fls. 60/65, e o que consta no Certificado, à fl. 55.

É que esse Corpo Técnico entende que houve, de modo geral, uma gestão fiscal responsável, no período considerado. (sic) (grifo no original)

4. Anote-se que os autos não foram submetidos à manifestação do Ministério Público de Contas para emissão de Parecer escrito, em razão do Provimento n. 001/2010 da lavra daquele Parquet, que em seu art. 1º regulamenta a faculdade de emissão de pareceres verbais pelos membros daquele Ministério, a fim de se dar maior celeridade a esse tipo de feito.

5. Com essa composição, vieram os autos para deliberação.

É o necessário a relatar.

DECIDO

6. Fitando aferir o cumprimento das determinações impostas pela Lei Complementar Federal n. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF), nessa oportunidade passo a examinar o Relatório de Gestão Fiscal do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia-TJRO e sua execução orçamentária, relativo ao 2º quadrimestre de 2014, sob a responsabilidade de seu Presidente, o senhor Desembargador Rowilson Teixeira, CPF n. 189.355.916-53, realizando abordagem detalhada sobre as informações trazidas em seu bojo.

7. Ab initio, é necessário consignar que os atos administrativos levados a efeito pelo Gestor do TJRO, no exercício que se examina, não estão lastreados em trabalhos de auditoria ou inspeção realizados por este Tribunal, sendo analisado, tão somente, com base na apreciação das peças encaminhadas pelo Jurisdicionado, o que não impede a apuração opportuno tempore, de eventual irregularidade que venha a ser noticiada.

8. Ressalto que os documentos que compõem o RGF (fls. ns. 56/66) do TJRO foram encaminhados a esta Corte de Contas – em atenção aos ditames da LRF, da IN n. 13/TCER-2004 e da IN n. 39/2013/TCE-RO – por meio do Ofício n. 099/CCI/PR, que se acha instruído à fl. n. 59, dos autos.

Page 6: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

6 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

1 - TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL.

1.1 - Das peças que compõem o Relatório de Gestão Fiscal-RGF.

9. Os demonstrativos que devem compor o RGF, previstos no art. 55 da LRF e na Portaria n. 637/STN/2012, são apresentados no quadro abaixo; inserto, também, no mencionado quadro, a verificação do cumprimento da apresentação de cada um desses anexos por parte do TJRO:

QUADRO DEMONSTRATIVO DO CUMPRIMENTO DO ENVIO DO RGF AO TCE/RO

ANEXO BASE LEGAL SIM NÃO NÃO APLICÁVEL

SITUAÇÃO

ANEXO I – DEMONSTRATIVO DA DESPESA COM PESSOAL LRF, ART. 55, INCISO I, ALÍNEA “A” X

RE

GU

LA

R

* ANEXO V - DEMONSTRATIVO DA DISPONIBILIDADE DE CAIXA LRF, ART. 55, INCISO III, ALÍNEA “A” X

*ANEXO VI - DEMONSTRATIVO DOS RESTOS A PAGAR LRF, ART. 55, INCISO III, ALÍNEA “B” X

*ANEXO VII – DEMONSTRATIVO SIMPLIFICADO LRF, ART. 48 X

O RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL FOI DEVIDAMENTE

ASSINADO PELAS AUTORIDADES COMPETENTES? LRF, ART. 54 X REGULAR

* Os anexos V, VI e VII deverão ser elaborados e encaminhados apenas no RGF do último quadrimestre do exercício.

10. Há que se assinalar que à fl. n. 58 dos autos, acha-se instruído o Anexo I do RGF (art. 55, II, “a”, da LRF) do 2º quadrimestre de 2014, estando devidamente assinado pelo Presidente do TJRO – o senhor Desembargador Rowilson Teixeira – pelo Secretário Administrativo – o senhor Maurício Martinho – pela Diretora do Departamento de Economia e Finanças – a senhora Celina Pontes da Costa França – pela Coordenadora de Controle Interno – a senhora Rosemeire Moreira Ferreira – e pelo Diretor da Divisão de Contabilidade – o senhor Fabiano Altino de Souza.

11. Resta, portanto, configurado que os legítimos gestores do TJRO, firmaram o RGF, fato que comprova o pleno cumprimento da imposição vista no art. 54, III, Parágrafo único, da LRF, bem como o art. 7º, II, da IN n. 13/TCER-2004.

1.2 - Publicação e remessa do Relatório de Gestão Fiscal/LRF (art. 54, c/c os §§ 2º e 3º, do art. 55, da LRF, c/c o art. 7º, II, “a”, da IN n. 13/TCER-2004).

2º QUADRIMESTRE/2014

DA REMESSA DO RGF AO TCERO DA PUBLICAÇÃO DO RGF

SITUAÇÃO N. PROTOCOLO

DO TCE/RO DATA DA REMESSA AO

TCE/RO VEÍCULO DE

PUBLICAÇÃO DATA DA

PUBLICAÇÃO

12378/2014 24.09.2014 Diário da Justiça Eletrônico–Ano XXXII–n.181/2014 26.09.2014

Obs. Simbologia utilizada: = Conformidade e η = Não Conformidade.

12. Abstrai-se do quadro anterior que os demonstrativos componentes do Relatório de Gestão Fiscal, relativo ao 2º quadrimestre de 2014, foram tempestivamente publicados no sítio do Tribunal de Justiça, bem como sua remessa a esta Corte de Contas se deu em tempo hábil, em respeito ao disposto no art. 54, c/c os §§ 2º e 3º, do art. 55, da LRF, c/c o art. 7º, inciso II, “a”, da IN n. 13/TCER-2004, garantindo assim a ampla transparência que preconiza a norma regente da matéria.

2 - DEMONSTRATIVOS E DISPOSIÇÕES LEGAIS DA GESTÃO FISCAL.

2.1 - Relatório de Gestão Fiscal–RGF.

13. Conforme leciona o art. 54, da LRF, ao final de cada quadrimestre deverá ser emitido o Relatório de Gestão Fiscal-RGF, pelos titulares dos Poderes e Órgãos referidos no art. 20 da mesma norma, devendo sua publicação ocorrer até trinta dias após o encerramento de cada quadrimestre, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.

2.2 - Demonstrativo da Despesa de Pessoal em relação à Receita Corrente Líquida–RCL (arts. 20, 22 e 23, da LRF).

14. A Despesa Líquida com Pessoal-DLP, corresponde ao total da despesa com pessoal , conforme art. 18, da LRF, excluindo-se as despesas mencionadas no §1º, do art. 19, da aludida Lei, bem como as possíveis duplicidades existentes.

15. O Demonstrativo da Despesa com Pessoal (anexo I, art. 55, I, “a”, da LRF), acostado à fl. n. 58, dos autos, detalhado de forma comparativa aos últimos três quadrimestres, evidencia o comprometimento da despesa com pessoal do Poder Judiciário Estadual em relação à Receita Corrente Líquida-RCL do Estado, apresentando-se como segue, sinteticamente:

EVOLUÇÃO DA DESPESA TOTAL COM PESSOAL

Page 7: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

7 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Período

Receita Corrente Líquida (R$) Despesa Líquida com Pessoal – DLP (R$)

% Des-pendido

Limite Prudencial – 95% do limite legal

Limite Legal %

Situação

3º Quad./2013 4.621.062.488,77 246.203.926,82 5,33 5,70 6,0 REGULAR

1º Quad./2014 4.851.037.823,36 255.260.866,93 5,26 5,70 6,0 REGULAR

2º Quad./2014 5.084.651.867,03 267.259.989,20 5,26 5,70 6,0 REGULAR

Situações: 1.Regular; 2.Excesso 99,99%; 3. Alerta 90%; 4.Limite Prudencial 95% QUANTO AO ALERTA Período

Ultrapassou 90% do limite legal = Limite de Alerta? (5,40%)

Ultrapassou 95% do limite legal = Limite Prudencial? (5,70%)

Emitir alerta nesse período?

1º Quad./2014 Não Não Não

2º Quad./2014 Não Não Não

16. Consoante ficou evidenciado nos dois quadros anteriores, o TJRO manteve sua DLP abaixo do limite legal de 90% (noventa por cento) da RCL, fato que, nesse momento, com fulcro no §1º, II, do artigo 59, da LRF, não enseja a emissão de ALERTA ao Jurisdicionado.

17. No quadro seguinte restam evidenciadas, de forma pormenorizada, as Despesas com Pessoal do TJRO do 2º quadrimestre de 2014:

RGF - Anexo I (LRF, art. 55, inciso I, alínea “a”) (R$ 1,00)

DESPESAS

DESPESAS EXECUTADAS

(Últimos 12 Meses)

LIQUIDADAS INSCRITAS EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS

(A) (B)

DESPESA BRUTA COM PESSOAL (I) 354.455.407,47 6.018,46

Pessoal Ativo 347.780.721,02 6.018,46

Pessoal Inativo e Pensionistas 6.674.686,45

Outras Despesas de Pessoal decorrentes de contratos de terceirização (art. 18, § 1º da LRF)

-

(-) Despesas Não Computadas (art.19 § 1º da LRF) (II) 87.201.436,73

Indenizações por Demissão e Incentivos à Demissão Voluntária -

Decorrentes de Decisão Judicial de período anterior ao da apuração -

Despesas de Exercícios Anteriores de período anterior ao da apuração 14.541.637,64

Inativos e Pensionistas com Recursos Vinculados -

Verbas indenizatórias (Parecer Prévio TCERO n. 107/2001) 24.138.702,19

IRRF Pessoal Ativo (Parecer 056/2002/TCE-RO) 33.649.886,67

Férias (Parecer Prévio TCERO n. 009/2013 e Parecer Prévio TCERO n° 107/2001) 14.871.210,23

TOTAL DA DESPESA COM PESSOAL PARA FINS DE APURAÇÃO DO LIMITE – TDP (III) = (I - II) 267.253.970,74 6.018,46

DESPESA TOTAL COM PESSOAL – DTP (IV) = (III a + III b) 267.259.989,20

APURAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO LIMITE LEGAL VALOR -

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA – RCL (V) 5.084.651.867,03 -

% do TOTAL DA DESPESA C/ PESSOAL P/ FINS DE APURAÇÃO DO LIMITE – TDP sobre a RCL (VI) = [(IV / V) * 100]

5,26% Regular

LIMITE MÁXIMO (incisos I, II e III, art. 20 da LRF) – % 6,00% Não atingido

LIMITE PRUDENCIAL (§ único, art. 22 da LRF) – % 5,70% Não atingido

Page 8: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

8 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

LIMITE DE ALERTA (§ 1º, inciso II, art. 59 da LRF) – % 5,40% Não atingido

Fonte: Dados extraídos do Anexo I (LRF, art. 55, inciso I, alínea “a”), à fl. n. 58, dos autos.

18. De acordo com os dados apresentados, a Despesa Líquida Total com Pessoal do TJRO no 2º quadrimestre de 2014, alcançou o montante de R$ 267.259.989,20 (duzentos e sessenta e sete milhões, duzentos e cinquenta e nove mil, novecentos e oitenta e nove reais e vinte centavos), perfazendo, em relação à RCL, um percentual de 5,26% (cinco, vírgula vinte e seis por cento), fixando-se abaixo do Limite Legal de 6% (seis por cento), consequentemente, abaixo do Limite Prudencial de 5,70% (cinco, vírgula setenta por cento) e do Limite de Alerta de 5,40% (cinco, vírgula quarenta por cento), obedecendo, portanto, ao inciso II, “b”, do art. 20, da LRF.

19. É oportuno destacar que os valores das despesas não computadas previstas no art. 19, §1º, da LRF, detalhadas no último quadro apresentado, que totalizam o valor de R$ 87.201.436,73 (oitenta e sete milhões, duzentos e um mil, quatrocentos e trinta e seis reais e setenta e três centavos), guardam coerência com a LRF, bem como com as normas vigentes nesta Corte de Contas, ressaltando, ainda, que o anexo I, do RGF foi elaborado com base no que estabelece o Manual Técnico de Demonstrativos Fiscais , conforme termos da Portaria n. 637/2012/STN, de 18/10/2012.

3. PRONUNCIAMENTO DO CONTROLE INTERNO DO TJRO.

20. O desiderato da submissão do RGF para apreciação do Controle Interno se traduz na necessidade de se fazer o acompanhamento tangencial mais imediato dos atos de gestão, de forma a comprovar sua regularidade ou identificar possíveis dissonâncias com as normas legais e infralegais estabelecidas, fomentando as correções e/ou adequações, sempre que forem necessárias, a fim fortalecer os pilares do equilíbrio das contas públicas, pedra de toque da LRF, além do controle e da transparência das ações realizadas pela Administração Pública.

21. Nesse contexto, ao julgar a Gestão Fiscal do exercício de 2013 do TJRO , a 2ª Câmara desta Corte, firmou entendimento no sentido de recomendar ao órgão de Controle Interno do Poder Judiciário Estadual que se manifestasse sobre o RGF do Jurisdicionado, devendo, ainda, encaminhar sua conclusão, materializada no relatório do órgão de Controle Interno, como peça integrante do Relatório de Gestão Fiscal de cada quadrimestre do exercício sub examine.

22. A propósito de melhor contextualizar o tema de que se cuida, colaciono a seguir o item II, da Decisão n. 185/2014-2ª Câmara, prolatada por este Conselheiro nos autos do Processo n. 2240/2013/TCE-RO, ipsis litteris:

DECISÃO N. 185/2014 – 2ª CÂMARA

(...)

II – RECOMENDAR:

a) aos gestores do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia que, antes de encaminharem, quadrimestralmente, os respectivos Relatórios de Gestão Fiscal ao TCERO, os submetam à apreciação do Controle Interno do órgão, para manifestação técnica, e, inclusive, quando se referir ao RGF dos 2 (dois) últimos quadrimestres da gestão do Presidente do TJRO, que se manifeste tecnicamente sobre o atendimento do art. 21 e do art. 42 da Lei Complementar nº 101/2000; (sic) (grifo no original)

23. Anote-se que na apreciação do RGF do 1º quadrimestre de 2014 do TJRO no presente processo, também foi lavrada semelhante Determinação, em sede da Decisão Monocrática n. 243/2014/GCWCSC , cujo excerto, também assento, a seguir, verbis:

(...)

II – DETERMINAR ao senhor Desembargador Rowilson Teixeira, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia-TJRO, via expedição de ofício com Aviso de Recebimento em Mão Própria (ARMP), para que submeta, em atenção ao que estabelece o art. 59, da LRF, bem como ao entendimento já sedimentado pela Decisão n. 185/2014-2ª Câmara, desta Corte de Contas, os Relatórios de Gestão Fiscal do Poder Judiciário Estadual, à manifestação de seu órgão de Controle Interno, para emissão de opinião, quanto ao cumprimento das metas e respeito aos limites insculpidos na Lei Complementar n. 101/2000 e, específica e principalmente, quanto à aferição da legalidade e da legitimidade de cada parcela deduzida no cômputo da despesa líquida com pessoal para fins de verificação dos limites legais e, inclusive, quando se tratar do Relatório de Gestão Fiscal dos dois últimos quadrimestres da gestão do Presidente do TJRO, que o Órgão de Controle Interno daquele Tribunal de Justiça se manifeste, técnica e fundamentalmente, sobre o atendimento ou não atendimento do que prescreve o art. 21 e o art. 42, da Lei Complementar n. 101/2000, devendo tal manifestação ser encaminhada como peça integrante dos RGF´s do TJRO, a este Tribunal de Contas; (grifo no original)

24. No ponto, registro que consta instruído às fls. ns. 60/65, dos autos, o Relatório n. 09/2014/CCI-PRE, firmado pela senhora Rosimeire Moreira Ferreira, Coordenadora de Controle Interno do TJRO, no qual apresenta sua manifestação acerca do RGF do 2º quadrimestre de 2014, concluindo por sua regularidade com base no que estabelece a Portaria n. 637/2012, da Secretaria do Tesouro Nacional-STN.

25. Nesse mesmo sentido, também consta dos autos, à fl. n. 55, o Certificado do Diretor da Divisão de Contabilidade, o senhor Fabiano Altino de Sousa, no qual certifica que o RGF do TJRO “(...)encontra-se regular”, sob o enfoque da Portaria n. 637/2012/STN, mencionada anteriormente e dos arts. 54 e 55, da LRF. (grifo no original).

26. Assim, conforme se abstrai dos documentos instruídos aos autos em epígrafe, verifico que o TJRO atendeu a contento às determinações exaradas por esta Corte de Contas, haja vista que trouxe como peça integrante do Relatório de Gestão Fiscal-RGF do 2º quadrimestre de 2014, a manifestação materializada no Relatório n. 09/2014/CCI-PRE (fls. ns. 60/65) comprovando que o mencionado RGF foi submetido à análise do órgão de Controle Interno daquele Poder Executivo.

Page 9: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

9 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

4. DISPOSITIVO

Ante o exposto, apreciado o Relatório de Gestão Fiscal do 2º quadrimestre de 2014, do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia-TJRO, sob a responsabilidade de seu Presidente, o senhor Desembargador Rowilson Teixeira, CPF n. 189.355.916-53, DECIDO:

I – CONSIDERAR que a Gestão Fiscal do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia-TJRO, referente ao 2º quadrimestre de 2014, sob a responsabilidade do senhor Desembargador Rowilson Teixeira, Presidente daquela Corte Estadual de Justiça, ATENDEU aos pressupostos de responsabilidade fiscal exigidos na Lei Complementar n. 101/2000;

II – DAR CIÊNCIA ao senhor Desembargador Rowilson Teixeira, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia-TJRO, nos termos do art. 22 da LC n. 154/96, com novel redação dada pela LC n. 749/13, via Diário Oficial eletrônico-DOeTCE-RO, dessa Decisão Monocrática, informando-lhe que o mencionado documento encontra-se disponível no sítio eletrônico deste Tribunal de Contas (www.tce.ro.gov.br);

III - PUBLICAR;

IV – JUNTAR essa Decisão aos autos em epígrafe;

V – REMETER os autos à Secretaria-Geral de Controle Externo-SGCE, para o acompanhamento da Gestão Fiscal do TJRO do último quadrimestre do exercício de 2014.

Cumpra-se, e para tanto, expeça-se o necessário.

Porto Velho, 15 de outubro de 2014.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

Autarquias, Fundações, Institutos, Empresas de Economia Mista, Consórcios e Fundos

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 2691/2014 ASSUNTO: Parcelamento de Débito – Proc. n. 1814/12 – Acordão n. 75/2014-2ª Câmara. UNIDADE: Instituto de Pesos e Medidas de Rondônia-IPEM/RO INTERESSADO: Marlúcia Barboza da Rocha – CPF n. 142.806.552-00 – Ex-Diretora Administrativa, Financeira e Operacional. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 288/2014/GCWCSC

I – DO RELATÓRIO

1. Versam os autos sobre Pedido de Parcelamento de Multa protocolado nesta Corte de Contas pela senhora Marlúcia Barboza da Rocha, CPF n. 142.806.552-00, Ex-Diretora Administrativa, Financeira e Operacional do Instituto de Pesos e Medidas de Rondônia-IPEM/RO, pertinente à multa imputada no item II, alínea “b”, subalíneas “b1”, “b2” e “b3”, do Acórdão n. 75/2014-2ª CÂMARA (fls. ns 2/8), prolatado nos autos do Processo n. 1814/2012/TCER, que tratou da Prestação de Contas do IPEM/RO do exercício financeiro de 2011.

2. Do requerimento impetrado pela interessada, inserto à fl. n. 1, dos autos em epígrafe, consta o seguinte rogo, ipsis litteris:

Marlúcia Barboza da Rocha, brasileira, divorciada, portadora do RG 139.249 SSP/RO e CPF 142.806.552-00, residente e domiciliada na Rua Alecrim, nº 5675 – Conj. Cohab Floresta II, CEP 76.807-534 em Porto Velho/RO, vem respeitosamente a Vossa Presença solicitar o parcelamento da Multa no valor de R$ 3.750,00 (três mil, setecentos e cinquenta reais), imposta por esse Tribunal no Acórdão Nº 75/2014 – 2ª Câmara, tendo em vista não ter condições financeiras de arcar com o valor de uma única vez.

Termos em que, pede e espera Deferimento. (sic)

3. Os mencionados autos estão instruídos, conforme mandamento do art. 2º, da Resolução Administrativa n. 64/TCE-RO-2010, com cópias legíveis do Acordão n. 75/2014-2ª CÂMARA (fls. ns. 2/8), do comprovante de endereço residencial atualizado (fl. n. 9), da Carteira de Identidade da requerente onde também consta o número do Cadastro de Pessoa Física-CPF do Ministério da Fazenda e, finalmente, cópia do demonstrativo atualizado do débito (fl. n. 11), e ainda as Certidões e Memorandos instruídos às fls. ns. 14, 16/18 e 20, dos autos.

4. Das Certidões e Memorandos mencionados exsurgem as informações de que não constam - em nome da requerente - parcelamentos anteriores de débitos e multas não adimplidos ou em atraso, nem outros pedidos de parcelamento acerca desse Acórdão de que se trata e, ainda, ressalta que não se identificou no âmbito desta Corte, a emissão de títulos executivos em nome da requerente.

5. O Ministério Público de Contas, amparado no que dispõe o Provimento n. 03/2013, não se manifestou nos autos.

6. No curso de tramitação do presente processo, o Conselheiro Relator, por verificar que a requerente não havia informado em seu requerimento inicial (fl. n. 1) a quantidade de parcelas em que pretendia dividir o valor total da multa e, entendendo que essa informação era imprescindível para a decisão meritória do que se peticionava, proferiu a Decisão Monocrática n. 232/2014/GCWCSC (fls. ns. 22/24), com o fim de buscar a expressa manifestação da senhora Marlúcia Barboza da Rocha acerca dessa questão.

7. Notificada a Peticionante juntou à fl. n. 28, dos autos, sob o protocolo de n. 12226/2014, do dia 29/09/2014, o documento onde manifestou sua intenção em parcelar o valor total original da multa, R$ 3.750,00 (três mil, setecentos e cinquenta reais), em 36 (trinta e seis) parcelas mensais, argumentando estar passando por dificuldades financeiras, e por consequência, sem condições de arcar com o pagamento do montante da obrigação de uma única vez.

8. Vindo-me os autos, verifiquei a necessidade de retorná-los à Secretaria-Geral de Controle Externo-SGCE para atualização do valor total da multa e, consequentemente, para realizar o cálculo do valor unitário das parcelas, conforme se vê no despacho ordinatório de fls. ns. 30/31v, dos autos.

Page 10: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

10 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

9. Concluso o trabalho da SGCE (fl. n. 33), que apresentou o quantum atualizado até a data de 13 de outubro de 2014, de R$ 3.888,41 (três mil, oitocentos e oitenta e oito reais e quarenta e um centavos), resultando no valor unitário de R$ 108,01 (cento e oito reais e um centavo) para cada parcela, os autos novamente aportaram neste Gabinete para deliberação.

É o que se tem a relatar.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

10. Consiste a pretensão da interessada no parcelamento da multa que lhe foi imputada no bojo do Processo n. 1814/2012/TCER, pontualmente no item II, alínea “b”, subalíneas “b1”, “b2” e “b3”, do Acórdão n. 75/2014-2ª CÂMARA, no valor original de R$ 3.750,00 (três mil, setecentos e cinquenta reais), parcelamento esse que intenta efetivar num quantitativo de 36 (trinta e seis) parcelas mensais, em razão, segundo alega, de estar passando por dificuldades financeiras e sem condições de arcar, de uma única vez, com o pagamento total da multa.

11. No âmbito desta Corte, o parcelamento de débito e multa encontra amparo legal no art. 34 do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia-RITC-RO, com nova redação dada pela Resolução Administrativa n. 145/2013/TCE-RO, cujo mandamento expõe o seguinte teor, verbis:

Art. 34. O Relator, ouvido o Ministério Público de Contas, poderá conceder, nos termos de resolução, a quitação e o parcelamento do débito e da multa, conforme o caso, desde que requerido pelo responsável ou pelo seu representante legal antes do encaminhamento do título executivo ao órgão competente. (NR)

12. A regulamentação desse artigo foi efetivada pela Resolução Administrativa n. 64/TCE-RO-2010, que estabelece os critérios e requisitos necessários à concessão do parcelamento pretendido.

13. Essa última Norma mencionada, em seu art. 1º, norteia os termos gerais em que o parcelamento poderá se realizar, apresentando-se da seguinte forma, ipsis litteris:

Art. 1º O Relator, ouvido o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, poderá conceder o parcelamento do débito e da multa, conforme o caso, em até 36 (trinta e seis) vezes, não podendo o valor de cada parcela ser inferior à metade do salário mínimo vigente à época do pedido, desde que requerido pelo responsável ou o seu representante legal antes do encaminhamento do título executivo ao Órgão competente.

§ 1º Para efeito da fixação do valor estipulado no caput para cada parcela, o valor do débito ou da multa deverá ser atualizado até a data do pedido.

§ 2º Sobre o valor apurado de cada parcela, na forma do parágrafo anterior, incidirá, na data do pagamento, a correção monetária e os demais acréscimos legais.

14. Insta consignar que à fl. n. 33, dos autos, consta instruído o demonstrativo de débito de que trata o inciso II, do art. 2º, da Resolução Administrativa n. 64/TCE-RO-2010, informando que o valor atualizado da multa devida alcança o montante de R$ 3.888,41 (três mil, oitocentos e oitenta e oito reais e quarenta e um centavos).

15. Na compulsão minuciosa, abstrai-se dos autos que a requerente indicou à fl. n. 28, que sua pretensão é que o parcelamento seja efetivado em 36 (trinta e seis) parcelas mensais.

16. Em atenção ao pedido da requerente, após a realização dos cálculos necessários pela SGCE, restou identificado o valor unitário de cada uma das 36 (trinta e seis) aludidas parcelas em R$ 108,01 (cento e oito reais e um centavo).

17. É imperativo aclarar que esse valor de R$ 108,01 (cento e oito reais e um centavo), que representa cada uma das 36 (trinta e seis) parcelas

requeridas pela Peticionante, nos termos que dispõe o §2º, do art. 1º, da Resolução Administrativa n. 64/TCE-RO-2010, “(...) incidirá, na data do pagamento, a correção monetária e os demais acréscimos legais”. (grifou-se)

18. Por oportuno, há que se pontuar, que o valor do parcelamento acima mencionado, no importe de R$ 108,01 (cento e oito reais e um centavo) mensais, em 36 (trinta e seis) parcelas, encontra-se em confronto ao que dispõe o art. 1º, da Resolução Administrativa n. 64/TCE-RO-2010, que dispõe que o quantum de cada parcela não pode ser inferior à metade do salário mínimo vigente no País.

19. O texto infralegal que disciplina o valor de cada parcela de débitos no âmbito deste Tribunal deve ser confrontado com o enunciado da Súmula Vinculante n. 4, do STF; referida norma geral possui o seguinte comando:

Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. (grifou-se)

20. Sendo assim, há que se afastar a cogência irradiada do art. 1º, da Resolução Administrativa n. 64/TCE-RO-2010, eis que confronta o disposto na Súmula Vinculante n. 4, do STF, que veda a indexação ao salário mínimo no cálculo do pagamento de dívidas, fora das hipóteses constantes na aludida Súmula.

21. Ademais, salvo melhor juízo, a exigência legal prevista na Resolução em enfoque não possui acento em Lei em sentido estrito, isto é, o Parlamento Estadual, quer seja em iniciativa própria ou de outro legitimado ativo não editou norma legislativa limitando o valor da parcela em face dos parcelamentos no âmbito desta Corte; a propósito, normas limitativas de direitos de Jurisdicionados devem ter como nascedouro o Poder Legislativo, em homenagem ao Princípio da Soberania Popular emanada da manifestação do povo, na escolha dos seus representantes, em democracia representativa, consoante dispõe o comando legal do art. 1º, Parágrafo único, da Constituição da República.

22. Por outra via, norma de cunho tributário é regida pelo Princípio da Legalidade Estrita só podendo criar e impor-se obrigação de fazer e de não fazer sob autorização de Lei em sentido estrito, o que não é caso em apreço.

23. Por fim, materializadas as premissas ora aventadas, tenho que o deferimento do parcelamento, em valor mensal não inferior à metade do salário mínimo se perfila no rol dos elementos constitucionais limitativos, em que o Estado não pode ingressar no âmbito da propriedade privada, como intervenção, sem autorização legal específica.

24. Anote-se, ainda, que a senhora Marlúcia Barboza da Rocha, conforme informações contidas nos autos (fls. ns. 14, 16/18 e 20), não possui outro Parcelamento em curso no âmbito desta Corte de Contas, conforme estabelece o inciso III, do art. 2º, da Resolução Administrativa n. 64/TCE-RO-2010 e, por assim ser, não vislumbro óbice em deferir o parcelamento do montante de R$ 3.888.41 (três mil, oitocentos e oitenta e oito reais e quarenta e um centavos), em 36 (trinta e seis) parcelas, nos termos requeridos pela Peticionante.

25. Destarte, pelas razões aquilatadas, tenho por razoável, parcelar o valor atualizado da multa devida, R$ 3.888.41 (três mil, oitocentos e oitenta e oito reais e quarenta e um centavos), em 36 (trinta e seis) parcelas mensais e iguais de R$ 108,01 (cento e oito reais e um centavo), devendo ser corrigido, monetariamente, até a data do efetivo pagamento, na exata dicção do §2º, do art. 1º, da Resolução Administrativa n. 64/TCE-RO-2010, deste Tribunal de Contas.

III - DO DISPOSITIVO

Assim, ex positis, em face do interesse manifestado pela senhora Marlúcia Barboza da Rocha, CPF n. 142.806.552-00, Ex-Diretora Administrativa, Financeira e Operacional do Instituto de Pesos e Medidas de Rondônia-IPEM/RO, em liquidar a multa que lhe foi imputada em valores originais, no item II, alínea “b”, subalíneas “b1”, “b2” e “b3”, do Acórdão n. 75/2014-2ª

Page 11: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

11 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

CÂMARA, prolatado no Processo n. 1814/2012/TCER, que tratou da Prestação de Contas do IPEM/RO, do exercício financeiro de 2011, cujo valor total atualizado monta a quantia de R$ 3.888.41 (três mil, oitocentos e oitenta e oito reais e quarenta e um centavos), DECIDO:

I - DEFERIR o pedido de parcelamento formulado pela senhora Marlúcia Barboza da Rocha, CPF n. 142.806.552-00, relativo à multa imputada no item II, alínea “b”, subalíneas “b1”, “b2” e “b3”, do Acórdão n. 75/2014-2ª CÂMARA, prolatado no Processo n. 1814/2012/TCER, no valor total atualizado de 3.888.41 (três mil, oitocentos e oitenta e oito reais e quarenta e um centavos), em 36 (trinta e seis) parcelas iguais de R$ 108,01 (cento e oito reais e um centavo), a serem corrigidas até a data de seu efetivo pagamento, com fundamento no art. 34, do RITC-RO, regulamentado pela Resolução Administrativa n. 64/TCE-RO-2010, pelos fundamentos veiculados nessa Decisão;

II - FIXAR o prazo de 15 (quinze) dias, a partir da notificação da requerente, para o recolhimento da 1ª (primeira) parcela em favor do Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas-FDI/TCE-RO, vencendo as demais parcelas a cada 30 (trinta) dias do vencimento da anterior, nos termos do §2º, do art. 34, do RITC-RO e alínea “a”, do §1º, do art. 5º, da Resolução Administrativa n. 64/TCE-RO-2010;

III – DETERMINAR:

a) À senhora Marlúcia Barboza da Rocha, CPF n. 142.806.552-00, mediante expedição de ofício, com Aviso de Recebimento em Mão Própria (ARMP), que encaminhe a este Tribunal de Contas, no prazo de até 10 (dez) dias da data do recolhimento de cada parcela, cópia autenticada do comprovante do respectivo pagamento, consoante alínea “b”, do §1º, do art. 5º, da Resolução Administrativa n. 64/TCE-RO-2010;

b) À Assistência de Gabinete que providencie a publicação dessa decisão e, em seguida, encaminhe os autos ao Departamento da 2ª Câmara desta Corte, para que, após a notificação da requerente, promova o acompanhamento quanto ao cumprimento do parcelamento concedido, nos termos fixados no item I e nos prazos fixados no item II dessa Decisão e no que couber na Resolução Administrativa n. 64/TCE-RO-2010;

c) Ao Departamento da 2ª Câmara que “certifique” nos autos de n. 1814/2014/TCER, que a senhora Marlúcia Barboza da Rocha, CPF n. 142.806.552-00, optou pelo Parcelamento da Multa, devendo juntar ao mencionado Processo, cópia da Decisão do deferimento do parcelamento da multa, nos termos da alínea “c”, do §1º, do art. 5º, da Resolução Administrativa n. 64/TCE-RO-2010.

IV – ASSENTAR que a quitação fica condicionada ao adimplemento integral da dívida, ou seja, do recolhimento integral do valor da multa devidamente atualizada;

V – DAR CIÊNCIA do teor dessa decisão a interessada, mediante expedição de ofício, com Aviso de Recebimento em Mão Própria (ARMP), e ao Ministério Público de Contas, pessoalmente, ficando registrado que o seu inteiro teor está disponível no sítio eletrônico deste Tribunal (www.tce.ro.gov.br);

VI – SOBRESTAR no Departamento da 2ª Câmara, os presentes autos, para adoção das medidas legais necessárias ao cumprimento dessa Decisão;

PUBLIQUE-SE, na forma regimental.

Ao Departamento da 2ª Câmara para cumprir o que ora se determina.

À Assistência de Gabinete para adotar o que necessário para completude do ato exarado.

Porto Velho, 15 de outubro de 2014.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

Administração Pública Municipal

Município de Cacaulândia

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROTOCOLO: 12438/2014/TCE-RO RESPONSÁVEL: PREFEITURA MUNICIPAL DE CACAULÂNDIA INTERESSADO: CÂMARA MUNICIPAL DE CACAULÂNDIA ASSUNTO: REPRESENTAÇÃO – POSSÍVEL IRREGULARIDADE NO PREGÃO PRESENCIAL Nº 018/2014 RELATOR: Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA

DECISÃO MONOCRÁTICA Nº 160/2014/GCVCS/TCE-RO

EMENTA: REPRESENTAÇÃO. MUNICÍPIO DE CACAULÂNDIA. POSSÍVEL IRREGULARIDADE NA CONDUÇÃO DO CERTAME OBJETO DO EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 018/2014/PMC. CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVIÇOS DE ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA AO GRUPO DE ESTUDOS TÉCNICOS. AUTUAÇÃO E ABERTURA DE PRAZO AO RESPONSÁVEL. CONHECIMENTO.

(...) Posto isto, sem mais delongas, na forma do que prescreve o Regimento Interno desta Corte de Contas em seu § 1º do art. 79, DECIDO:

I. Autue-se presente documentação como Representação - na forma do art. 50 da Lei Complementar nº 154/96 c/c art. 82-A, VI, VIII e § 1º da Resolução Administrativa nº 005/96 - sem sigilo, dispondo da seguinte forma: INTERESSADO: Câmara Municipal de Cacaulândia; ASSUNTO: Representação - possível irregularidade no Pregão Presencial nº 018/2014 - Serviços de Assessoria e Consultoria Técnica ao Grupo de Estudos Técnicos; UNIDADE: Prefeitura Municipal de Cacaulândia/RO;

II. Conhecer da presente representação considerando que foram atendidos os pressupostos de admissibilidade estabelecidos no art. 80 do Regimento Interno, posto que o responsável pelos fatos denunciados está sujeito à jurisdição desta Corte; a peça está redigida em linguagem compreensível, contém o nome legível da autoridade que representa, sua qualificação e endereço, e esta acompanhada de indício concernente à irregularidade/ilegalidade denunciada;

III. Dê-se conhecimento, via ofício, desta Decisão ao Senhor EDMAR RIBEIRO DE AMORIM – Prefeito do Município de Cacaulândia, para que no prazo de 15 (quinze) dias a contar do conhecimento desta Decisão, manifeste-se sobre o teor da Representação, bem como que encaminhe a esta Corte de Contas cópia integral do Processo Administrativo nº 172/2014, objeto do Pregão Presencial nº 018/2014;

IV. Dar conhecimento desta Decisão ao Senhor EVERALDO FALCÃO METZEKER ANDRÉ, na qualidade de Vereador Presidente da Câmara Municipal de Cacaulândia;

V. Dar conhecimento desta Decisão ao Ministério Público do Estado, por meio da Promotoria de Justiça de Ariquemes;

VI. Encaminhar os autos ao Departamento do Pleno, para cumprimento dos itens III, IV e V desta Decisão;

VII. Após cumprimento integral, desta Decisão e vindo aos autos a documentação na forma determinada pelo item III, sejam os autos encaminhados para análise e instrução por parte do Corpo Instrutivo;

VIII. Publique esta Decisão

Porto Velho, 14 de outubro de 2014.

Page 12: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

12 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA RELATOR

Município de Cacoal

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO Nº: 3195/2014 INTERESSADO: Município de Cacoal ASSUNTO: Análise do Edital de Concorrência nº. 7/2014, deflagrado pelo Município de Cacoal para contratação de agência de publicidade e propaganda RESPONSÁVEIS: Pela elaboração do edital: Silvino Gomes da Silva Neto – Presidente da CPL Pela elaboração do Projeto Básico: Fabíula Claudia Magri de Souza – Assessora de Comunicação RELATOR: Conselheiro Paulo Curi Neto

DECISÃO Nº 198/2014/GCPCN

Ementa: Análise de edital. Cacoal. Contratação de agência de publicidade e propaganda para prestação de serviços de publicidade institucional. Aplicação da Lei Federal nº. 12.232/10. Requisitos de avaliação da proposta técnica aparentemente conflitantes com os de habilitação (qualificação técnica). Possíveis conflitos na definição da pontuação mínima aceitável e também da nota máxima para alguns quesitos: o edital menciona um valor enquanto o Projeto Básico, para os mesmos itens, apresenta valores diversos. Ausência de definição dos critérios de compatibilidade com o objeto a ser atendido pelos atestados de capacidade técnica – previsão genérica e impossível de mensurar. Falhas indiscutivelmente comprometedoras da boa condução do certame. Exíguo prazo para análise da Relatoria. Determinação de suspensão e assinalação de prazo para justificativas ou correções.

Versam os autos sobre a análise da licitação, na modalidade Concorrência Pública, sob o nº 07/2014, do tipo melhor técnica e menor preço global, deflagrada pelo Poder Executivo do Município de Cacoal, visando à contratação de agência de publicidade e propaganda para prestação de serviços de publicidade institucional, pelo valor estimado de R$ 626.703,53 (seiscentos e vinte e seis mil, setecentos e três reais e cinquenta e três centavos), cuja sessão está prevista para o dia 16 de outubro de 2014.

2. O Corpo Instrutivo, em exame preliminar, diagnosticou duas irregularidades, cite-se:

I- afronta ao inc. II do art. 30, da Lei Federal n. 8.666/93 e ainda, afronta aos Princípios da Competitividade e da Isonomia, esculpidos no art. 3º, caput, e parágrafo 1º, I, da Lei n. 8.666/93, face à ausência de definição, quando da exigência de atestado de capacidade técnica, das parcelas de maior relevância do objeto, bem como do percentual mínimo aceitável que será entendido como compatível para os serviços licitados, situação que contraria a Decisão nº 232/2014 – 2ª Câmara e poderá ensejar a cominação de multa aos responsáveis;

II- afronta ao art. 3º da Lei Federal n. 8.666/93, face à falta de uniformidade, clareza e objetividade nos critérios de classificação das propostas.

3. Ao fim, propôs a suspensão da licitação e a abertura de oportunidade para apresentação de justificativas ou correções.

4. Em manifestação regimental, o Ministério Público de Contas apontou outras duas irregularidades e consolidou seus apontamentos com a seguinte conclusão:

I – exarada decisão monocrática de efeitos antecipatórios da tutela, para a suspensão do edital de Concorrência Pública nº 07/CPL/2014, até nova decisão da Corte, com fulcro no art. 108-A do RITCERO, em decorrência das seguintes irregularidades:

a) infringência ao inciso II do artigo 30, da Lei Federal n. 8.666/93 e violação aos Princípios da Competitividade e da Isonomia, esculpidos no artigo 3º, caput, e § 1º, I, da Lei nº 8.666/93, ante a ausência de definição, na exigência de atestado de capacidade técnica, do percentual mínimo aceitável de quantidades e prazos, situação que também desatende a Decisão nº 232/2014 – 2ª Câmara, e que desafia a aplicação de multa aos responsáveis;

b) infringência ao artigo 3º da Lei Federal nº 8.666/93, em razão da falta de uniformidade, clareza e objetividade nos critérios de classificação e pontuação das propostas (divergência entre a pontuação prevista no Edital e no Projeto Básico);

c) infringência ao art. 3º da Lei Federal nº 8.666/93, especialmente do princípio do julgamento objetivo das propostas, em face da não fixação de pontuação nos subquesitos previstos no item 6.1.1 do Projeto Básico;

d) infringência ao art. 8º e 11, inciso XI da Lei nº 12.232/10, em face da previsão de que subitem da Proposta Técnica (Capacidade de Atendimento, alínea e do item 10.5.3 do Edital) seja comprovado na fase da habilitação, quando deve ser examinado e pontuado para fins de escolha da melhor proposta técnica.

II – seja determinado aos responsáveis que procedam às seguintes providências corretivas:

a) clarifiquem a expressão “serviços compatíveis” prevista no item 15.2.3, a, do Edital, o que poderá ser feito por meio da exigência de experiência anterior em serviços iguais ou similares com a fixação de percentuais mínimos de quantidades de prazos;

b) retifiquem o Edital a fim de esclarecer que a exigência contida na alínea e do item 10.5.3 será objeto de avaliação e pontuação na Proposta Técnica (Capacidade de Atendimento) e que não integra o rol de documentos comprobatórios da habilitação (qualificação técnica);

c) estabeleçam pontuação em todos os subquesitos constantes do item 6.1.1 do Projeto Básico, se não houver obstáculo de ordem técnica para tanto, como forma de se evitar discricionariedade ou subjetivismo no exame, assegurando, por conseguinte, o princípio do julgamento objetivo das propostas;

d) corrijam as divergências quanto à pontuação nos itens 11.4 e 11.3.1 do Edital e 6.1.4 e 6.1.1 do Projeto Básico.

III – em seguida seja aberto prazo para saneamento das falhas e/ou apresentação de defesa.

5. Assim vieram os autos à apreciação da Relatoria.

6. Os autos vieram tramitados a este Gabinete apenas no dia 14 de outubro (no final do expediente), ou seja, com antecedência de praticamente um dia em relação à data de julgamento das propostas. Isso impõe um exame limitado às abordagens já realizadas pelo Corpo Técnico e pelo Ministério Público de Contas.

7. Embora haja divergência pontual – tendo em vista que a Procuradoria de Contas identificou falhas outras que não foram detectadas pela análise técnica inaugural –, é certo que ao menos as duas irregularidades presentes em ambas as manifestações podem comprometer fatalmente a boa condução da disputa, pois afetantes das regras de julgamento das interessadas.

8. Uma delas evidencia a confusão entre notas mínimas e máximas admissíveis: o edital fala em nota mínima aceitável de 10 pontos, enquanto o Projeto Básico menciona 60 pontos; para nota máxima da capacidade de atendimento, o edital fixa 5 pontos e o Projeto Básico, 20. A outra denota imprecisão quando da concepção dos requisitos de qualificação técnica, pois o Instrumento Convocatório se limitou a exigir a apresentação de atestados que comprovem experiência anterior compatível com o objeto,

Page 13: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

13 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

sem quantificar e especificar a tal “compatibilidade”, que, por si só, é termo inteiramente subjetivo.

9. Quanto aos demais apontamentos registrados no Parecer Ministerial, deve a administração justificar o porquê de haver escolhido o critério “Capacidade de Atendimento” como elemento da fase de qualificação técnica e não como etapa da avaliação da Proposta Técnica. Caso já se veja convencido de que se tratou de equívoco, tal como abordou o Ministério Público de Contas, que seja realizada a competente correção. O mesmo se diga quanto a não fixação de pontuação nos subquesitos previstos no item 6.1.1 do Projeto Básico.

10. Tendo em vista que as irregularidades não controvertidas, por si próprias, já comprometem a higidez do andamento dessa disputa, determino a imediata suspensão do procedimento e assino o prazo de quinze dias para apresentação das seguintes justificativas e providências:

a) Que o Presidente da CPL em conjunto com a autora do Projeto Básico: clarifiquem a expressão “serviços compatíveis” prevista no item 15.2.3, a, do Edital, o que poderá ser feito por meio da exigência de experiência anterior em serviços iguais ou similares com a fixação de percentuais mínimos de quantidades de prazos;

b) Que o Presidente da CPL: corrija as divergências quanto à pontuação nos itens 11.4 e 11.3.1 do Edital e 6.1.4 e 6.1.1 do Projeto Básico;

c) Que a autora do Projeto Básico: justifique o motivo de haver incluído o requisito e “Capacidade de Atendimento” (item 10.5.3) como condição habilitatória (quanto à qualificação técnica) e não como item de pontuação na Proposta Técnica, como defende o Parecer Ministerial. Caso entenda, desde já, que houve falha nessa previsão, que seja promovida a competente correção;

d) Que a autora do Projeto Básico: justifique a ausência de pontuação em todos os subquesitos constantes do item 6.1.1 do Projeto Básico ou, se não houver obstáculo de ordem técnica para tanto, estabeleça as notas individuais de cada subquesito lá referido, como forma de se evitar discricionariedade ou subjetivismo no exame, assegurando, por conseguinte, o princípio do julgamento objetivo das propostas.

11. Dê-se ciência aos responsáveis e, após, remeta-se o feito à Secretaria Regional de Controle Externo de Cacoal para acompanhamento do cumprimento às medidas aqui exaradas.

Porto Velho, 15 de outubro de 2014

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Município de Governador Jorge Teixeira

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO No: 3535/2014 UNIDADE: CÂMARA MUNICIPAL DE GOVERNADOR JORGE TEIXEIRA ASSUNTO: Cumprimento de sentença – Acórdão n. 110/2013 - PLENO. RELATOR: Conselheiro Edilson de Sousa Silva

Decisão n. 239/2014/GCESS

Vistos.

Trata-se de processo autuado na forma de “cumprimento de sentença” decorrente do Acórdão n. 110/2013/Pleno proferido nos autos da Tomada de Contas Especial n. 1234/2007.

Na busca do entendimento da autuação e distribuição dos autos, constata-se que o presente processo seria decorrente do item IX do Acórdão n. 110/2013/Pleno, que assim consignou:

[...]

I – Julgar irregular a Tomada de Contas Especial, com lastro no artigo 25, incisos II e III, do Regimento Interno desta Corte, combinado com o artigo 16, III, alíneas “b” e “c”, da Lei Complementar nº 154/96, referente aos agentes: Manoel de Andrade Venceslau – Prefeito Municipal; Luiz Castro Pinheiro – Secretário Municipal de Educação no período de 3.1.2005 a 31.12.2006; Edson Toledo dos Reis – Secretário Municipal de Educação a partir de 2.1.2007; e Almiro Vieira de Souza – Diretor do Departamento de Patrimônio e Almoxarifado, pelos fatos e condutas irregulares de natureza formal, material e danosa, individualizados ao longo da fundamentação do voto e na forma a seguir discriminada;

[...]

IX – Determinar a extração de cópia do primeiro relatório técnico – fls. 2603/2680 dos autos e dos demonstrativos das despesas realizadas com recursos do Fundef na remuneração do magistério e sua autuação e processamento de forma autônoma, para que seja apurado o dano ao erário no valor de R$ 477.191,02 (quatrocentos e setenta e sete mil, cento e noventa e um reais, dois centavos), uma vez que houve a aplicação de recursos do Fundef sem a devida regularidade da despesa;

[...] Grifei.

Pois bem.

Pela leitura do item IX do Acórdão n. 110/2013/Pleno é possível extrair claramente que deveria ser extraída cópia do primeiro relatório técnico de fls. 2603/2680 e dos demonstrativos das despesas realizadas com recursos do Fundef na remuneração do magistério e procedessem à autuação e processamento de forma autônoma para que fosse apurado o dano ao erário no valor de R$ 477.191,02, uma vez que houve a aplicação de recursos do Fundef sem a devida regularidade da despesa.

Logo, se a determinação decorre de uma Tomada de Contas Especial distribuída sob o n. 1234/2007, consequentemente, deveria ser autuada e processada outra Tomada de Contas Especial para apurar o dano ao erário no valor de R$ 477.191,02.

Não há se falar em “cumprimento de sentença”, primeiro porque não há imputação de débito do valor de R$ 477.191,02 aos responsáveis, justamente porque há necessidade de instrução processual em autos próprios, a fim de evitar maior demora no julgamento dos autos n. 1234/2007.

Analogicamente, se fala em “cumprimento de sentença” quando se pretende executar uma determinação judicial exteriorizada em uma sentença, ou seja, é a fase em que o que foi determinado pelo juízo seja concretizado no mundo real, por exemplo, se utilizar de meios para o pagamento do débito no valor de R$ 477.191,02 pelos responsáveis, caso tivesse sido imputado no Acórdão n. 110/2013.

Não obstante, não se trata de fatos ocorridos na “Unidade da Câmara Municipal de Governador Jorge Teixeira”, mas de Tomada de Contas Especial decorrente de irregularidades que ocorreram na Prefeitura Municipal de Jorge Teixeira.

Por fim, verifica-se que necessariamente deveria ter sido juntado nos presentes autos, inicialmente, o Acórdão n. 110/2014/Pleno que determinou a providência no item IX.

A par dessas considerações e fundamentos, determino:

a) Seja corrigida a autuação e distribuição do feito na forma de Tomada de Contas Especial e com a juntada inicial do Acórdão n. 110/2014/Pleno, do

Page 14: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

14 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

relatório técnico e dos demonstrativos das despesas realizadas com recursos do Fundef na remuneração do magistério, respectivamente.

b) Seja inserida no campo da Unidade a Prefeitura Municipal de Governado Jorge Teixeira.

c) Seja observado o órgão julgador competente.

d) Após, encaminhem-se os autos ao Controle Externo para a instrução processual e probatória necessária.

Ao Departamento do Pleno para cumprimento.

Porto Velho, 15 de outubro de 2014.

Francisco Júnior Ferreira da Silva Conselheiro Substituto

Município de Guajará-Mirim

TERMO DE ALERTA

Processo Nº: 511/2014

Tipo: Acompanhamento da Gestão Fiscal

Assunto: Alerta LRF decorrente da análise e acompanhamento da Gestão Fiscal

Período de Referência:

3º e 4º Bimestres e 2º Quadrimestre de 2014

Unidade Jurisdicionada:

Poder Executivo do Município de Guajará-Mirim

Unidade Fiscalizadora:

Secretaria Regional de Controle Externo de Porto Velho

Interessado: DULCIO DA SILVA MENDES - Prefeito(a) Municipal

CPF: 000.967.172-20

Conselheiro Relator: Wilber Carlos dos Santos Coimbra

Termo de Alerta de Responsabilidade Fiscal Nº 41/2014

O Secretário-Geral de Controle Externo, no uso de suas atribuições, em conformidade com o disposto no artigo 22 da Instrução Normativa nº 039/2013/TCE-RO, fundamentado no Relatório de Análise e Acompanhamento da Gestão Fiscal, referente ao exame do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 3º e 4º Bimestres e do Relatório

de Gestão Fiscal do 2º Quadrimestre de 2014, e de acordo com as competências desta Corte de Contas para o exercício do controle externo, conferidas pelo artigo 49 da Constituição Estadual, e em cumprimento ao disposto no inciso II do § 1º do art. 59 da Lei Complementar nº 101/2000, ALERTA o(a) Sr(a). DULCIO DA SILVA MENDES, Chefe do Poder Executivo do Município de Guajará-Mirim, que:

1. A despesa total de pessoal do Poder Executivo Municipal, no 2º Quadrimestre de 2014, ultrapassou o limite de despesa com pessoal estabelecido na alínea “b” do inciso III do art. 20 da Lei Complementar nº 101/2000, posto que efetuou gastos com pessoal no valor total de R$ 33.585.579,39, equivalente a 58,48% da Receita Corrente Líquida (RCL) de R$ 57.433.777,21. Incorrendo, portanto, o Chefe do Poder Executivo nas proibições previstas no artigo 22 da LRF, isto é, está proibido de realizar quaisquer dos atos enumerados no artigo 22, incisos I a V, do parágrafo único da LRF, e deverá adotar as providências necessárias para eliminar o percentual excedente nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos 1/3 (um terço) no primeiro quadrimestre, de acordo com o artigo 23 da mesma Lei.

Importa consignar que este “Termo de Alerta” se baseou exclusivamente nas informações e documentos remetidos à Corte de Contas por meio eletrônico via SIGAP – Módulo Gestão Fiscal, pelo Chefe do Poder Executivo Municipal, portanto, de veracidade presumida, sujeitando-se à confirmação in loco pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, por ocasião de realização de futuras auditorias e inspeções.

Adverte ainda que a ausência de adoção de medidas acautelatórias ou saneadoras visando adequar a gestão do Poder aos limites impostos pela Lei, poderão dar causa ao cometimento de irregularidades fiscais, situação essa, que sujeitará a respectiva autoridade responsável as sanções, a teor do disposto no art. 73 da LRF; § 1º do art. 5º da Lei Federal nº 10.028/2000 e arts. 35 e 36 da Instrução Normativa nº 039/2013/TCE-RO.

Notificado por meio eletrônico.

Cumpra-se.

Publique-se.

Porto Velho, 15 de outubro de 2014.

José Luiz do Nascimento Secretário-Geral de Controle Externo

Município de Nova União

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 3483/2014-TCE-RO INTERESSADO: Poder Executivo Municipal de Nova União ASSUNTO: Projeção de Receita – Exercício de 2015 RESPONSÁVEL: José Silva Pereira – Prefeito Municipal CPF n. 856.518.425-00 RELATOR: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES

EMENTA: Constitucional e Financeiro. Poder Executivo Municipal de Nova União. Análise da projeção de receita. Exercício de 2015. Expectativa de arrecadação abaixo do pólo negativo traçado pela norma de regência. Determinação. Advertência ao gestor que a subestimação do orçamento poderá prejudicar a execução orçamentária, bem como ocasionar o desequilíbrio fiscal. Recomendações. Parecer de Viabilidade.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 149/2014-GCBAA

Versam os autos sobre análise da projeção de receita, exercício de 2015, encaminhada a este Tribunal pelo Chefe do Poder Executivo Municipal de Nova União, em cumprimento à IN n. 001/1999-TCE-RO, para fins de análise quanto à viabilidade da proposta orçamentária a ser encaminhada para o Poder Legislativo daquela municipalidade.

Page 15: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

15 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

2. A Unidade Técnica, depois de promover a comparação da projeção de receita elaborada pelo jurisdicionado com as regras estabelecidas na Instrução Normativa n. 001/1999-TCE-RO, concluiu (fls. 08/11v) que a estimativa de receita apresentada pelo ente “não está de acordo com a realidade e com a efetiva capacidade de arrecadação da municipalidade, portanto, inadequada aos termos da Instrução Normativa nº 001/99–TCE-RO, pois atingiu -40,27% do coeficiente de razoabilidade.”

3. Ao fim, opinou pela inviabilidade da proposta orçamentária do Município de Nova União, em razão de estar aquém da sua capacidade de arrecadação.

4. Por força do provimento 001/2010 da Procuradoria Geral de Contas e pela necessidade de empreender maior celeridade a este procedimento, de modo que reste tempo razoável para remessa e apreciação pelo Legislativo ainda neste exercício, os autos não foram submetidos ao Parquet de Contas.

É o relatório.

5. A presente análise baseia-se na comparação da expectativa de arrecadação projetada pelo Município de Nova União com aquela elaborada pelo Corpo Instrutivo da Corte, tomando como parâmetro a receita arrecadada e estimada nos últimos cinco exercícios, incluída a do exercício em curso, adotando o conceito estatístico da razoabilidade para se chegar a um juízo de viabilidade ou não da receita que se fará constar nas peças orçamentárias que se pretende arrecadar, nos moldes insculpidos na Lei Federal n. 4.320/64.

6. Sobre o tema, a jurisprudência da Corte é no sentido de que deve receber juízo de viabilidade a estimativa da receita que se situar dentro do intervalo de variação de +5 e -5%, resultante do cotejamento daquela apresentada pelo Poder Executivo Municipal e a elaborada pelo Controle Externo.

7. Constam dos autos que a estimativa da receita total prevista pelo Município, no valor de R$10.850.398,82 (dez milhões, oitocentos e cinquenta mil, trezentos e noventa e oito reais e oitenta e dois centavos), em contraposição com a estimada pelo controle externo, no valor de R$18.164.401,37 (dezoito milhões, cento e sessenta e quatro mil, quatrocentos e um reais e trinta e sete centavos), encontra-se fora dos parâmetros fixados na Instrução Normativa n. 001/1999-TCE-RO, vez que o coeficiente de razoabilidade atingiu o percentual de -40,27% (quarenta vírgula vinte e sete por cento).

8. O procedimento de análise prévia das propostas orçamentárias levado a efeito pelo Tribunal de Contas objetiva a manutenção do equilíbrio das finanças públicas. É que com o planejamento e a previsão corretos das receitas a serem arrecadadas à fazenda pública, realizadas ano a ano, a tendência é que haja, em curto espaço de tempo, a convergência entre a previsão e a arrecadação efetiva dos tributos de competência dos entes federados, de modo a assegurar o cumprimento do princípio da máxima efetividade do planejamento e execução dos programas contidos nas peças orçamentárias.

9. Causa-me estranheza a perspectiva de arrecadação de apenas R$10.850.398,82 (dez milhões, oitocentos e cinquenta mil, trezentos e noventa e oito reais e oitenta e dois centavos), considerando que nos três últimos exercícios a arrecadação municipal superou os R$16 milhões de reais.

RECEITA POR FONTES 2011 2012 2013

VALOR (R$) % VALOR (R$) % VALOR (R$) %Receita Tributária 705.022,75 4,09 545.943,30 3,26 567.355,27 3,51 Rec. Contribuições 563.252,22 3,27 1.315.951,65 7,85 1.344.170,22 8,32 Receita Patrimonial 528.938,02 3,07 865.754,77 5,16 221.642,98 1,37 Transf. Correntes 12.510.916,71 72,59 12.886.472,20 76,87 12.466.233,90 77,13 Outras R. Correntes 578.256,74 3,36 20.226,94 0,12 127.535,01 0,79 Alienação de Bens 0,00 0,00 0,00 0,00 56.400,00 0,34 Transf. de Capital 2.348.579,19 13,63 1.129.910,51 6,74 1.379.923,78 8,54 Receita Arrecadada 17.234.965,63 100,00 16.764.259,37 100,00 16.163.261,16 100,00

Fonte: Relatório Técnico (Processo n.1491/14-Prestação de Contas do exercício financeiro de 2013).

10. In casu, apesar da projeção de receita, no montante de R$10.850.398,82 (dez milhões, oitocentos e cinquenta mil, trezentos e noventa e oito reais e oitenta e dois centavos), apresentada pelo jurisdicionado encontrar-se substancialmente abaixo do polo negativo fixado na norma de regência, a propósito disso, em que pese o caso concreto, não se pode dizer que a arrecadação prevista pelo jurisdicionado é inviável. Na verdade, é mais que viável, vez que a previsão encontra-se abaixo da receita projetada pelo Tribunal, havendo, portanto, grande possibilidade de se arrecadar uma receita superior à projetada, mesmo porque o art. 30, da Lei Federal n. 4.320/64 infere que a estimativa da receita de um determinado período terá como base a arrecadação dos três últimos exercícios. Assim, considerando que a média de arrecadação dos três últimos exercícios, em torno dos R$16.720.000,00 (dezesseis milhões, setecentos e vinte mil reais), consignando apenas 8,0% (oito por cento) abaixo da projeção da Unidade Técnica que foi de R$18.164.401,37 (dezoito milhões, cento e sessenta e quatro mil, quatrocentos e um reais e trinta e sete centavos) é suficiente para atestar sua viabilidade.

11. Registre-se, por oportuno, que a subestimação do orçamento, conduzido pelo planejamento inadequado, poderá conduzir a administração a uma situação de alteração excessiva da proposta orçamentária, por meio da abertura de créditos adicionais suplementares, tornando a Lei Orçamentária Anual, base da gestão, uma mera peça de ficção, causando sérios transtornos à gestão em razão do não atingimento das metas previstas e perseguidas. Por essas razões, os Chefes dos Poderes Executivo e do Legislativo serão alertados, para que, dentro de suas competências, promovam as necessárias adequações da peça orçamentária aos parâmetros fixados na Instrução Normativa n. 001/1999-TCE-RO.

12. Objetivando maior celeridade e eficácia na análise das propostas orçamentárias, a fim de emitir parecer de viabilidade de arrecadação das receitas estimadas nos orçamentos, a Egrégia Corte de Contas editou a Instrução Normativa 32/2012-TCE-RO, alterando a Instrução Normativa n. 001/1999-TCE-RO, atribuindo aos Conselheiros Relatores a responsabilidade pela emissão do Parecer:

Art. 5º O Conselheiro Relator apresentará à Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia ou às respectivas Câmaras Municipais parecer de viabilidade de arrecadação das receitas previstas nas respectivas propostas orçamentárias, no prazo de 60 (sessenta) dias após seu recebimento, conforme mencionado no § 4º do artigo 3º.

Diante do exposto e de tudo mais que dos autos consta, dissinto da manifestação da Unidade Técnica e DECIDO:

Page 16: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

16 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

I – CONSIDERAR VIÁVEL a estimativa de arrecadação de receita, no valor de R$10.850.398,82 (dez milhões, oitocentos e cinquenta mil, trezentos e noventa e oito reais e oitenta e dois centavos), contida na proposta orçamentária apresentada pelo Chefe do Poder Executivo Municipal de Nova União para o exercício financeiro de 2015 que, apesar de se encontrar abaixo do polo negativo estabelecido na Instrução Normativa n. 001/1999-TCE-RO, é perfeitamente provável, em razão da média dos três últimos exercícios girar em torno dos R$17.000.000,00 (dezessete milhões de reais), que a receita efetivamente arrecadada no exercício alcance e até supere a projetada, impondo-se ao Poder Executivo a adequação da peça orçamentária para o exercício de 2015.

II – DETERMINAR aos Chefes dos Poderes Executivo e Legislativo do Município de Nova União que promovam a adequação da peça orçamentária aos parâmetros estabelecidos na IN n. 001/1999-TCE-RO, evitando-se a excessiva abertura de créditos adicionais suplementares, capitulada pela Lei Federal n. 4.320/64.

III – ALERTAR aos Chefes dos Poderes Executivo e Legislativo do Município de Nova União que a subestimação do orçamento poderá vir a prejudicar a execução orçamentária, bem como ocasionar o desequilíbrio fiscal, conduzindo, assim, a reprovação das contas.

IV – RECOMENDAR aos Chefes dos Poderes Executivo e Legislativo do Município de Nova União, que atentem para o seguinte:

4.1. as suplementações orçamentárias por excesso de arrecadação deverão ser precedidas da existência de recursos disponíveis, apurados pela comparação da receita prevista com a efetivamente realizada, considerando-se ainda a tendência do exercício, na forma do art. 43, § 1º, II e § 3º da Lei Federal 4.320/64.

4.2. os recursos vinculados a convênios ou outros ajustes semelhantes, quando não utilizados, não poderão, fora de sua finalidade, ser objeto da suplementação por anulação de dotação orçamentária prevista no art. 43, § 1º, II, da Lei Federal 4.320/64.

V – DETERMINAR à Assistência de Apoio Administrativo deste Gabinete que providencie a publicação do Parecer de Viabilidade de arrecadação e a imediata CIÊNCIA aos Chefes dos Poderes Executivo e Legislativo Municipal de Nova União e ao Ministério Público de Contas, remetendo-lhes cópias desta decisão e do Parecer de Viabilidade de arrecadação.

VI – SOBRESTAR OS AUTOS na Secretaria Geral de Controle Externo para acompanhamento da realização das receitas e apensamento ao processo de prestação de contas anual, exercício financeiro de 2015, para apreciação consolidada.

Porto Velho-RO, 15 de outubro de 2014.

Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES Relator

PARECER DE VIABILIDADE DE ARRECADAÇÃO

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, na forma do artigo 173, IV, “a”, do Regimento Interno, c/c o art. 5º da Instrução Normativa n. 001/99/TCER;

Considerando a razoabilidade da estimativa de receitas elaborada pelo Poder Executivo do Município de Nova União, referente ao exercício de 2015; e

Considerando que os ajustes fiscais são fortalecidos pelo efetivo acompanhamento da execução orçamentária,

DECIDE:

Emitir Parecer de viabilidade à previsão de receita, para o exercício financeiro de 2015, do Poder Executivo Municipal de Nova União, no montante de R$10.850.398,82 (dez milhões, oitocentos e cinquenta mil, trezentos e noventa e oito reais e oitenta e dois centavos) que, apesar de se encontrar 40,27% (quarenta vírgula vinte e sete por cento) abaixo do polo negativo estabelecido na Instrução Normativa n. 001/1999-TCE-RO, é perfeitamente provável, em razão da média dos últimos três exercícios girar em torno dos R$17 (dezessete milhões de reais), que a receita efetivamente arrecadada no exercício alcance e até supere a projetada. Para tanto, o Chefe do Poder Executivo deverá adequar a peça orçamentária para o exercício de 2015, aos parâmetros estabelecidos na IN n. 001/1999-TCE-RO, evitando-se a excessiva abertura de créditos adicionais suplementares, nos termos da Lei Federal n. 4.320/64.

Porto Velho-RO, 15 de outubro de 2014.

Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES Relator

Município de Ouro Preto do Oeste

TERMO DE ALERTA

Processo Nº: 847/2014

Tipo: Acompanhamento da Gestão Fiscal

Assunto: Alerta LRF decorrente da análise e acompanhamento da Gestão Fiscal

Período de Referência:

3º e 4º Bimestres e 2º Quadrimestre de 2014

Unidade Jurisdicionada:

Poder Executivo do Município de Ouro Preto do Oeste

Unidade Fiscalizadora:

Secretaria Regional de Controle Externo de Ji-Paraná

Interessado: Juan Alex Testoni - Prefeito(a) Municipal

CPF: 203.400.012-91

Conselheiro Relator: Benedito Antônio Alves

Page 17: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

17 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Termo de Alerta de Responsabilidade Fiscal Nº 42/2014

O Secretário-Geral de Controle Externo, no uso de suas atribuições, em conformidade com o disposto no artigo 22 da Instrução Normativa nº 039/2013/TCE-RO, fundamentado no Relatório de Análise e Acompanhamento da Gestão Fiscal, referente ao exame do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 3º e 4º Bimestres e do Relatório de Gestão Fiscal do 2º Quadrimestre de 2014, e de acordo com as competências desta Corte de Contas para o exercício do controle externo, conferidas pelo artigo 49 da Constituição Estadual, e em cumprimento ao disposto no inciso II do § 1º do art. 59 da Lei Complementar nº 101/2000, ALERTA o(a) Sr(a). Juan Alex Testoni, Chefe do Poder Executivo do Município de Ouro Preto do Oeste, que:

1. A despesa total de pessoal do Poder Executivo Municipal, no 2º Quadrimestre de 2014, ultrapassou o limite de alerta de 90% do percentual máximo legal admitido na alínea “b” do inciso III do art. 20 da Lei Complementar nº 101/2000, posto que efetuou gastos com pessoal no valor total de R$ 30.221.879,73, equivalente a 50,31% da Receita Corrente Líquida (RCL) de R$ 60.076.016,31. Faz-se necessário, portanto, que o gestor adote, de imediato, as medidas que julgar necessárias para se manter dentro dos limites impostos, com vistas a evitar o cometimento de impropriedades na gestão fiscal do Poder.

Importa consignar que este “Termo de Alerta” se baseou exclusivamente nas informações e documentos remetidos à Corte de Contas por meio eletrônico via SIGAP – Módulo Gestão Fiscal, pelo Chefe do Poder Executivo Municipal, portanto, de veracidade presumida, sujeitando-se à confirmação in loco pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, por ocasião de realização de futuras auditorias e inspeções.

Adverte ainda que a ausência de adoção de medidas acautelatórias ou saneadoras visando adequar a gestão do Poder aos limites impostos pela Lei, poderão dar causa ao cometimento de irregularidades fiscais, situação essa, que sujeitará a respectiva autoridade responsável as sanções, a teor do disposto no art. 73 da LRF; § 1º do art. 5º da Lei Federal nº 10.028/2000 e arts. 35 e 36 da Instrução Normativa nº 039/2013/TCE-RO.

Notificado por meio eletrônico.

Cumpra-se.

Publique-se.

Porto Velho, 16 de outubro de 2014.

José Luiz do Nascimento Secretário-Geral de Controle Externo

Município de Porto Velho

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO Nº: 3420/2014-TCER ASSUNTO: RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO –– Tutela Antecipada nº 20/2014/GCWCSC proferida no Proc. nº 2824/2014 - TCERO RECORRENTES MAURO NAZIF RASUL – Prefeito do Município de Porto Velho (CPF nº 701.620.007-82); RICARDO FÁVARO ANDRADE – Secretário Municipal de Serviços Básicos – SEMUSB (CPF nº 516.277.362-04); JAILSON RAMALHO FERREIRA – Secretário Municipal de Administração - SEMAD (CPF nº 225.916.644-04); EDJALES BENÍCIO DE BRITO – Secretário Municipal do Meio Ambiente – SEMA (CPF nº 386.157.202-82) RELATOR: Conselheiro Edilson de Sousa Silva

EMENTA: RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO. PEDIDO DE REEXAME. FUNGIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO OBJETIVO DE ADMISSIBILIDADE. NÃO CONHECIMENTO.

Se o pedido de reexame não preenche o requisito objetivo de admissibilidade por estar deficitariamente instruído, dele não se conhece.

DECISÃO Nº 238/2014/GCESS

Mauro Nazif Rasul, Ricardo Favaro de Andrade, Jailson Ramalho Ferreira e Edjales Benício de Brito (Prefeito do Município de Porto Velho; Secretário Municipal de Serviços Básicos – SEMUSB; Secretário Municipal de Administração – SEMAD; e, Secretário Municipal de Meio Ambiente – SEMA, respectivamente), conjuntamente interpuseram Recurso de Reconsideração em face da Decisão nº 020/2014/GCWCSC, nominada como Tutela Inibitória Antecipada.

A decisão ora impugnada foi proferida nos autos nº 2.824/2014, cujo objeto é a Concorrência Pública nº 010/2014 deflagrada para a contratação de empresa especializada em coleta e transporte ao destino final de Resíduos Sólidos Urbanos – RSU, incluindo fornecimento de caixas de contêineres e coleta e transporte final de resíduos de serviços de saúde – RSS (Lote I); a Operação do Aterro Controlado (Lote II); e a Educação Socioambiental (Lote III), pelo prazo de 24 meses, com valor inicialmente estimado em R$ 55.614.278,40.

Na decisão ora hostilizada, o Conselheiro Wilber Coimbra, determinou:

[...] I – DETERMINAR aos Excelentíssimos Senhores Mauro Nazif Rasul – Prefeito Municipal de Porto Velho, Ricardo Fávaro Andrade – Secretário Municipal de Serviços Básicos (SEMUSB), Jailson Ramalho Ferreira – Secretário Municipal de Administração (SEMAD), Edjales Benício de Brito – Secretário Municipal de Meio Ambiente (SEMA); Ilustríssimos Senhores Andrey de Lima Nascimento – Presidente da CPL-Geral/CML/SEMAD/PVH, Erineide Araújo dos Santos – Secretária do Grupo “D” da CPLG; e Laécio Albino Aranha – Membro do Grupo “D” da CPLG, e/ou a quem lhes substituam na forma da lei, que, incontinenti, SUSPENDAM o Edital de Licitação da Concorrência Pública n. 010/2014/CPL-Geral/CML/SEMAD/PVH, e/ou todos os demais atos decorrentes do prefalado certame (adjudicação, homologação, contratação, etc.), destinado à contratação de empresa especializada em coleta e transporte ao destino final de resíduos sólidos urbanos – RSU, incluindo fornecimento de caixas contêineres e coleta e transporte ao destino final de resíduos de serviços de saúde – RSS (Lote I); a Operação do Aterro Controlado (Lote II) e a Educação Socioambiental (Lote III), pelo prazo de 24 (vinte e quatro) meses, com valor estimado em R$ 55.614.278,40 (Cinquenta e cinco milhões seiscentos e quatorze mil duzentos e setenta e oito reais e quarenta centavos), até ulterior deliberação desta Corte de Contas, pelas razões alhures dissertadas, sob as penas da lei;

II – FIXAR, a título de multa cominatória, o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), dada a grande monta do valor global da Concorrência Pública em exame - em obediência ao princípio da razoabilidade e proporcionalidade – a incidir em caso de descumprimento desta ordem de não fazer (non facere), a ser suportada individualmente pelos agentes mencionados no item I deste decisum, o que faço com supedâneo no art. 286-A do RITC c/c arts. 287 e do CPC e no art. 108-A, §2º, do Regimento Interno desta Corte, se por ventura não suspenderem o Edital de Licitação da Concorrência Pública n. 010/2014/CPL-Geral/CML/SEMAD/PVH, e/ou, caso já se tenha aberto o certame, todos os demais atos dele decorrente (adjudicação, homologação, contratação, etc.);

III – ESTABELECER o prazo de 05 (cinco) dias, contados a partir da notificação pessoal, para que os agentes mencionados no item I desta Decisão comprovem, mediante publicação na Imprensa Oficial, a suspensão do Edital em voga, sob pena de multa, na forma prevista no art. 55, IV, da LC n. 154/96;

IV – ASSENTAR o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da notificação pessoal dos agentes públicos identificados no item I da parte dispositiva desta Decisão, ou quem os substitua na forma da lei, para que, promovam o saneamento das irregularidades apontadas pela Unidade Técnica e pelo Parquet de Contas ou as justifiquem, conforme descritas na fundamentação nos itens II.III.1.a, II.III.1.b e II.III.1.c;

Page 18: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

18 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

V - ALERTAR aos agentes mencionados no item I desta Decisão de que a subsistência das irregularidades detectadas poderá, após o exercício do contraditório e amplitude defensiva, resultar no reconhecimento da ilegalidade do certame em comento, com a sua consequente anulação, por vício de legalidade insanável e demais penalidades daí decorrentes;

VI – NOTIFIQUE-SE os Senhores Mauro Nazif Rasul – Prefeito Municipal de Porto Velho, Ricardo Fávaro Andrade – Secretário Municipal de Serviços Básicos (SEMUSB), Jailson Ramalho Ferreira – Secretário Municipal de Administração (SEMAD), Edjales Benício de Brito – Secretário Municipal de Meio Ambiente (SEMA); Andrey de Lima Nascimento – Presidente da CPL-Geral/CML/SEMAD/PVH, Erineide Araújo dos Santos – Secretária do Grupo “D” da CPLG; e Laécio Albino Aranha – Membro do Grupo “D” da CPLG, e/ou a quem lhes substituam na forma da lei, acerca do teor da presente Decisão, encaminhando-lhes, para tanto, cópia integral deste Decisum, bem como do Relatório Técnico de fls. n. 377/388, do Parecer Ministerial n. 221/2014, de fls. n. 470/482 e das Representações protocolizadas sob o n. 10726/14, 11114/14 e 11163/14;

Neste recurso, alegam que: a) as representações de números 11114/2014, 10726/2014 e 11163/2014 decorreram dos atos praticados pelo Sr. Presidente da Comissão de Licitação; b) o processo administrativo foi formalizado na SEMUSB sem a participação de Mauro Nazif Rasul e Edjales Benício de Brito; c) delegou-se a responsabilidade aos Secretários Municipais pelo Prefeito; d) a responsabilidade do agente político não é objetiva e a solidariedade deve ser provada e não presumida; e, e) os Secretários de Administração e do Meio Ambiente não praticaram atos de gestão no certame e não são ordenadores da despesa oriunda da Secretaria Municipal de Serviços Básicos, órgão que possui gestor próprio e orçamento específico para as despesas inerentes às suas atribuições.

Alegam, ainda, que a simples publicação do certame no Diário Oficial do Município não torna o chefe do executivo solidariamente responsável pelos atos praticados por seus Secretários, sobremodo porque não homologou ou ratificou formalmente a opção do gestor, devendo a responsabilidade recair sobre o agente político que praticou o ato.

Enfatizam que o procedimento licitatório observou todos os pressupostos normativos e jurídicos, inclusive com a pertinente submissão à Procuradoria Geral do Município.

Aduzem, também, que as alterações sugeridas inicialmente pela Unidade Técnica e pelo Ministério Público de Contas foram devidamente realizadas, delimitando o pedido da seguinte forma:

[...] O acolhimento da preliminar de ilegitimidade passiva dos Srs. MAURO NAZIF RASUL e EDJALES BENÍCIO DE BRITO, respectivamente, Prefeito do Município de Porto Velho e Secretário Municipal do Meio Ambiente;

Improcedência total das representações e consequente arquivamento do feito, no mérito.

Concessão de prazo para apresentação de defesa de cada uma das alegações constantes das Representações autuadas individualmente, na forma do Regimento deste Tribunal, sob pena de nulidade do feito.

Suspensão dos efeitos da tutela antecipatória concedida em razão do risco de lesão irreparável ao interesse público, ao meio ambiente urbano e a dignidade da pessoa humana.

Diminuição do valor e modificação do critério de dosimetria da multa cominatória [...].

Acrescente-se que o douto Ministério Público de Contas, por meio de seu Procurador-Geral, Dr. Adilson Moreira de Medeiros, exarou parecer às fls. 68/70, opinando pelo recebimento do recurso como Pedido de Reexame e o seu não conhecimento, ante a ausência de pressuposto de admissibilidade.

Posto isso, decido.

De início, é de se registrar a atecnia dos recorrentes ao interporem Recurso de Reconsideração em face da Decisão ora impugnada, porquanto o processo nº 2.824/2014 trata de Fiscalização de Atos e Contratos de modo que o recurso cabível seria o Pedido de Reexame, à luz do artigo 108-C, do RITCE/RO.

Malgrado a atecnia processual, e ainda que se admitisse a aplicação do princípio da fungibilidade recursal, pontua-se que o inconformismo dos recorrentes não merece ser conhecido por violação ao artigo 108-C, § 4º, do RITCE/RO que dispõe:

Art. 108-C - Da decisão que deferir ou indeferir, total ou parcialmente, a Tutela Antecipatória proferida em processo que trate de ato sujeito a registro e de fiscalização de ato e contrato caberá o recurso de pedido de reexame, previsto no art. 45 da Lei Complementar n. 154/96, e da que deferir ou indeferir, total ou parcialmente, a Tutela Antecipatória proferida em processo de tomada e prestação de contas caberá recurso de reconsideração, previsto no art. 31 e seguintes da mesma Lei.

§4º O recorrente instrumentalizará a peça recursal com:

I – cópia da decisão recorrida;

II – cópia do relatório da Unidade Técnica, se houver;

III – cópia do parecer do Ministério Público de Contas, se houver;

IV – demonstração da tempestividade;

V – procuração, se for o caso;

VI – ato constitutivo da pessoa jurídica, se for o caso; e

VII – outros documentos que julgar indispensáveis à apreciação das razões de defesa.

Fazendo-se o cotejo do referido dispositivo com o recurso em apreço, observa-se estar deficitariamente instruído, na medida em que não foi anexado a cópia da decisão impugnada, a cópia dos Relatórios Técnicos elaborados nos autos nº 2.824/2014 e o Parecer Ministerial, os quais estão taxativamente arrolados no § 4º, do art. 108-C. Essa mácula, por si só, impossibilita o conhecimento do recurso.

Nesse sentido, temos:

EMENTA: Tutela antecipatória. Pedido de reexame. Ausência dos pressupostos de admissibilidade. Não conhecimento.

Se o pedido de reexame formulado não preenche os requisitos mínimos de admissibilidade, dele não se conhece monocraticamente (Decisão nº 173/2013, proferida nos autos nº 2651/2013, Rel. Cons. Edilson de Sousa Silva).

Colaciona-se apenas um julgado semelhante ao caso em estudo, dentre muitos, proferidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia:

Agravo em Agravo de Instrumento. Ausência de pressuposto objetivo de admissibilidade.

Mantém-se a decisão monocrática que negou seguimento ao recurso de agravo de instrumento por ausência de requisito objetivo de admissibilidade (TJ/RO -1ª Câmara Cível - Agravo em Agravo de Instrumento nº 0007424-90.2012.8.22.0000, Rel. Des. Sansão Saldanha, j. 13/11/2012).

Por final, é de se consignar que o não conhecimento do presente recurso acarreta a incidência e/ou aplicação do efeito imediato do disposto no art.

Page 19: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

19 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

108-C, § 1º, do RITCE/RO, que estabelece “O recurso interposto contra decisão concessiva de Tutela Antecipatória não terá efeito suspensivo, salvo quando expressamente requerido pelo recorrente e versar sobre grave e comprovada lesão ao interesse público, sendo tal concessão de competência exclusiva do órgão colegiado” e do § 3º, do mesmo diploma legal, que determina “a interposição de recurso não prejudicará a regular tramitação do processo principal”.

Em face de todo o exposto, e convergindo com o douto Procurador-Geral do Ministério Público de Contas, Dr. Adilson Moreira de Medeiros, decido monocraticamente ad referendum da egrégia 1ª Câmara:

I – Receber o presente recurso como Pedido de Reexame e, por corolário, determinar a retificação da autuação;

II - Não conhecer do recurso em apreço por estar divorciado do disposto no art. 108-C, § 4º, do RITCE/RO (deficitariamente instruído – ausência de peças necessárias);

III – Dar ciência, via Ofício, aos recorrentes desta decisão, informando-lhes que a mesma e o parecer ministerial estão disponíveis no sítio eletrônico deste Tribunal de Contas (www.tce.ro.gov.br), em homenagem à sustentabilidade ambiental;

IV – Dar ciência ao Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra, relator do Processo nº 2.824/2014;

V – Publique-se via DOETCERO e cumpra-se com a urgência que o caso requer; e

VI - Somente após retornem os autos conclusos para futura ratificação pelo órgão Colegiado.

Porto Velho, 15 de outubro de 2014.

FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA Conselheiro Substituto

Município de Porto Velho

DECISÃO MONOCRÁTICA

Referente: Ofício n. 4051/CMRH/GAB/SEMAD/2014 Protocolo n.: 11656/2014

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 287/2014/GCWCSC

I. DO RELATÓRIO

1. Cuida-se de Consulta, formulada por meio do Ofício n. 4051/CMRH/GAB/SEMAD, registrado nesta Corte sob o Protocolo n. 11656/2014, subscrito pelo Secretário de Administração do Município de Porto Velho/RO, Senhor Jailson Ramalho Ferreira e pelo Coordenador Municipal de Recursos Humanos/SEMAD, Senhor Gerson Trajano dos Santos, no qual formula o seguinte questionamento, abaixo transcrito:

• Suponhamos que um parecer emitido pelo Conselho de Procuradores deste Município opinasse pela implantação de qüinqüênios e o devido reenquadramento nas progressões funcionais, decorrente da averbação de tempo de serviço prestado no Município e em outras esferas de governo.

• Suponhamos também que uma decisão proferida em sede de Ação Civil Pública suspendesse os efeitos financeiros do referido parecer, acolhido pelo Conselho dos Procuradores do Município de Porto Velho, suspendendo-se, por conseguinte, os pagamentos das gratificações originárias das progressões obtidas computando-se o tempo de serviço em outras carreiras ou no serviço público municipal em Porto Velho. (Sic)

2. Partindo das suposições, acima mencionadas, os Consulentes solicitam a este Tribunal esclarecimentos técnicos e legais quanto às providências que deveriam ser adotadas pela Administração Pública Municipal quanto ao cumprimento de hipotética decisão judicial, conforme acima conjecturado, nos seguintes termos:

Sendo assim, solicitamos a V.Exa, esclarecimentos técnicos e legais quanto às providências que esta Administração Pública Municipal adotaria, quanto ao cumprimento da decisão judicial hipoteticamente citada acima, no sentido do alcance que a mesma atingiria, se somente as progressões funcionais obtidas com base no tempo de serviço em outras esferas de governo, ou seja, fora da Prefeitura Municipal de Porto Velho, ou se, alcançaria também o Adicional por Tempo de Serviço (qüinqüênio), ou somente alcançaria os reenquadramentos nas progressões funcionais obtidas com base no tempo de serviço prestado no Município e fora da carreira de procurador. (Sic)

3. A consulta, a priori, endereçada de forma equivocada à Procuradora de Contas deste Tribunal, Dra. Érika Patrícia Saldanha de Oliveira, foi submetida a este Relator pelo Presidente desta Corte, para conhecimento e deliberação.

Passo a decidir.

II. DA FUNDAMENTAÇÃO

4. Analisando o Pedido, sem profundidade jurídica vertical, desde logo, infere-se que a pretensão da Superintendente da SECEL não se qualifica como consulta, uma vez que é dessoante do que foi postulado no regramento desta Corte.

5. Não obstante ser atribuição desta Corte orientar seus jurisdicionados a despeito de dúvidas que, em tese, possam ser suscitadas quando da aplicação de dispositivos legais e regulamentares concernentes à matéria de sua competência, conforme preconizado no inciso XIX, do art. 3º do Regimento Interno desta Corte, há que se registrar, que, in casu, não merece prosperar a presente Consulta, por desatenção ao disposto nos arts. 84 e 85, da mesma legislação atrás referida, litteris:

Art. 84 - As consultas serão formuladas por intermédio do Governador do Estado e Prefeitos Municipais, Presidentes do Tribunal de Justiça, Assembléia Legislativa e das Câmaras Municipais, de Comissão Técnica ou de Inquérito, de Partido Político, Secretários de Estado ou entidade de nível hierárquico equivalente, Procurador Geral do Estado, Procurador Geral de Justiça, Dirigentes de Autarquias, de Sociedades de Economia Mista, de Empresas Públicas e de Fundações Públicas.

§ 1º- As consultas devem conter a indicação precisa do seu objeto, ser formuladas articuladamente e instruídas, sempre que possível, com parecer do órgão de assistência técnica ou jurídica da autoridade consulente.

§ 2º- A resposta à consulta a que se refere este artigo tem caráter normativo e constitui prejulgamento da tese, mas não do fato ou caso concreto.

Art. 85. No juízo de admissibilidade, o Relator, em decisão monocrática, não conhecerá de consulta que não atenda aos requisitos do artigo anterior ou que verse sobre caso concreto, devendo o processo ser arquivado após comunicação ao consulente. (NR) (grifei)

6. Sendo assim, o vertente caso comporta, conforme o que arregimentado no art. 85 do RI/TCE/RO, arquivamento sumário, após notificação dos Consulentes.

7. De outro lado, por outra via, a articulação veiculada na Peça Formal pode ser juridicamente respondida, com o acerto que o caso requer, pela Procuradoria-Geral do Município de Porto Velho/RO, órgão jurídico com atribuição para assessorar a Administração Pública Municipal Direta.

Page 20: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

20 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

8. Não merece, portanto, guarida desta Corte o pleito formulado.

III. DO DISPOSITIVO

Ante o exposto:

I. INDEFIRO a Consulta formulada, com fundamento no art. 85 do Regimento Interno deste Tribunal, por não preencher os requisitos mínimos de admissibilidade do feito visto que a matéria versada amolda-se, ao que se infere, as atribuições de Assessoramento Jurídico da Procuradoria Geral do Município – PGM à Administração Pública Estadual.

II. NOTIFIQUE-SE o Secretário de Administração do Município de Porto Velho/RO, Senhor Jaílson Ramalho Ferreira, bem como o Coordenador Municipal de Recursos Humanos/SEMAD, Senhor Gerson Trajano dos Santos, ou quem o substitua na forma da lei, do inteiro teor desta Decisão.

III. ARQUIVE-SE definitivamente, neste Gabinete, a presente Peça de Informação, após preclusão do prazo recursal.

Sirva a presente de Mandado para ultimação.

PUBLIQUE-SE.

CUMPRA-SE.

Porto Velho, 15 de outubro de 2014.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

Município de Teixeirópolis DECISÃO MONOCRÁTICA PROCESSO N.: 3347/2014-TCE-RO INTERESSADO: Poder Executivo Municipal de Teixeirópolis ASSUNTO: Projeção de Receita – Exercício de 2015 RESPONSÁVEL: Valdir Mendes de Castro – Prefeito Municipal CPF n. 674.396.167-15 RELATOR: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES

EMENTA: Constitucional e Financeiro. Poder Executivo Municipal de Teixeirópolis. Análise da projeção de receita. Exercício de 2015. Expectativa de arrecadação abaixo do pólo negativo traçado pela norma de regência. Determinação. Advertência ao gestor que a subestimação do orçamento poderá prejudicar a execução orçamentária, bem como ocasionar o desequilíbrio fiscal. Recomendações. Parecer de Viabilidade.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 150/2014-GCBAA

Versam os autos sobre análise da projeção de receita, exercício de 2015, encaminhada a este Tribunal pelo Chefe do Poder Executivo Municipal de Teixeirópolis, em cumprimento à IN n. 001/1999-TCE-RO, para fins de análise quanto à viabilidade da proposta orçamentária a ser encaminhada para o Poder Legislativo daquela municipalidade.

2. A Unidade Técnica, depois de promover a comparação da projeção de receita elaborada pelo jurisdicionado com as regras estabelecidas na Instrução Normativa n. 001/1999-TCE-RO, concluiu (fls. 11/11v) que a estimativa de receita apresentada pelo ente “não está de acordo com a realidade e com a efetiva capacidade de arrecadação da municipalidade, portanto, inadequada aos termos da Instrução Normativa nº 001/99–TCE-RO, pois atingiu -26,22% do coeficiente de razoabilidade.”

3. Ao fim, opinou pela inviabilidade da proposta orçamentária do Município de Teixeirópolis, em razão de estar aquém da sua capacidade de arrecadação.

4. Por força do provimento 001/2010 da Procuradoria Geral de Contas e pela necessidade de empreender maior celeridade a este procedimento, de modo que reste tempo razoável para remessa e apreciação pelo Legislativo ainda neste exercício, os autos não foram submetidos ao Parquet de Contas.

É o relatório.

5. A presente análise baseia-se na comparação da expectativa de arrecadação projetada pelo Município de Teixeirópolis com a projeção elaborada pelo Corpo Instrutivo da Corte, tomando como parâmetro a receita arrecadada e estimada nos últimos cinco exercícios, incluída a do exercício em curso, adotando o conceito estatístico da razoabilidade para se chegar a um juízo de viabilidade ou não da receita que se fará constar nas peças orçamentárias que se pretende arrecadar, nos moldes insculpidos na Lei Federal n. 4.320/64.

6. Sobre o tema, a jurisprudência da Corte é no sentido de que deve receber juízo de viabilidade a estimativa da receita que se situar dentro do intervalo de variação de +5 e -5%, resultante do cotejamento daquela apresentada pelo Poder Executivo Municipal e a elaborada pelo Controle Externo.

7. Constam dos autos que a estimativa da receita total prevista pelo Município, no valor de R$10.564.563,14 (dez milhões, quinhentos e sessenta e quatro mil, quinhentos e sessenta e três reais e quatorze centavos), em contraposição com a estimada pelo controle externo, no valor de R$14.319.563,51 (quatorze milhões, trezentos e dezenove mil, quinhentos e sessenta e três reais e cinquenta e um centavos), encontra-se fora dos parâmetros fixados na Instrução Normativa n. 001/1999-TCE-RO, vez que o coeficiente de razoabilidade atingiu o percentual de -26,22% (vinte e seis vírgula vinte e dois por cento).

8. O procedimento de análise prévia das propostas orçamentárias levado a efeito pelo Tribunal de Contas objetiva a manutenção do equilíbrio das finanças públicas. É que com o planejamento e a previsão corretos das receitas a serem arrecadadas à fazenda pública, realizadas ano a ano, a tendência é que haja, em

Page 21: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

21 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

curto espaço de tempo, a convergência entre a previsão e a arrecadação efetiva dos tributos de competência dos entes federados, de modo a assegurar o cumprimento do princípio da máxima efetividade do planejamento e execução dos programas contidos nas peças orçamentárias.

9. Causa-me estranheza a perspectiva de arrecadação de apenas R$10.564.563,14 (dez milhões, quinhentos e sessenta e quatro mil, quinhentos e sessenta e três reais e quatorze centavos), considerando que nos 03 (três) exercícios anteriores a arrecadação municipal superou os R$13 milhões.

RECEITA POR FONTES 2011 2012 2013

VALOR (R$) % VALOR (R$) % VALOR (R$) %Receita Tributária 628.986,71 5,52 500.614,96 3,63 542.871,25 4,15 Rec. Contribuições 14.809,42 0,13 15.920,73 0,12 4.924,31 0,04 Receita Patrimonial 102.977,42 0,90 34.817,11 0,25 194.028,05 1,48 Receita de Serviços 0,00 0,00 0,00 0,00 4.832,57 0,04 Transf. Correntes 9.874.974,22 86,67 11.071.921,96 80,36 12.002.252,83 91,65 Outras R. Correntes 100.989,81 0,89 79.229,62 0,58 56.372,89 0,43 Transf. Capital 0,00 0,00 2.075.155,04 15,06 290.040,92 2,21 Receita Arrecadada 11.394.028,50 100,00 13.777.659,42 100,00 13.095.322,82 100,00

Fonte: Relatório Técnico (Processo n.1408/14-Prestação de Contas do exercício financeiro de 2013).

10. In casu, apesar da projeção de receita, no montante de R$10.564.563,14 (dez milhões, quinhentos e sessenta e quatro mil, quinhentos e sessenta e três reais e quatorze centavos), apresentada pelo jurisdicionado encontrar-se substancialmente abaixo do polo negativo fixado na norma de regência, a propósito disso, em que pese o caso concreto, não se pode dizer que a arrecadação prevista pelo jurisdicionado é inviável. Na verdade, é mais que viável, uma vez que a previsão encontra-se abaixo da receita projetada pelo Tribunal, havendo grande possibilidade da arrecadação superar à projetada, mesmo porque o art. 30, da Lei Federal n. 4.320/64 infere que a estimativa da receita de um determinado período terá como base a arrecadação dos três últimos exercícios. Assim, considerando que a média de arrecadação dos três últimos exercícios, gira em torno dos R$12.800 (doze milhões e oitocentos mil), consignando apenas 10% (dez por cento) abaixo da projeção da Unidade Técnica que foi de R$14.319.563,51 (quatorze milhões, trezentos e dezenove mil, quinhentos e sessenta e três reais e cinquenta e um centavos) é suficiente para atestar sua viabilidade.

11. Registre-se, por oportuno, que a subestimação do orçamento, conduzido pelo planejamento inadequado, poderá conduzir a administração a uma situação de alteração excessiva da proposta orçamentária, por meio da abertura de créditos adicionais suplementares, tornando a Lei Orçamentária Anual, base da gestão, uma mera peça de ficção, causando sérios transtornos à gestão em razão do não atingimento das metas previstas e perseguidas. Por essas razões, os Chefes dos Poderes Executivo e do Legislativo serão alertados, para que, dentro de suas competências, promovam as necessárias adequações da peça orçamentária aos parâmetros fixados na Instrução Normativa n. 001/1999-TCE-RO.

12. Objetivando maior celeridade e eficácia na análise das propostas orçamentárias, a fim de emitir parecer de viabilidade de arrecadação das receitas estimadas nos orçamentos, a Egrégia Corte de Contas editou a Instrução Normativa 32/2012-TCE-RO, alterando a Instrução Normativa n. 001/1999-TCE-RO, atribuindo aos Conselheiros Relatores a responsabilidade pela emissão do Parecer:

Art. 5º O Conselheiro Relator apresentará à Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia ou às respectivas Câmaras Municipais parecer de viabilidade de arrecadação das receitas previstas nas respectivas propostas orçamentárias, no prazo de 60 (sessenta) dias após seu recebimento, conforme mencionado no § 4º do artigo 3º.

Diante do exposto e de tudo mais que dos autos consta, dissinto da manifestação da Unidade Técnica e DECIDO:

I – CONSIDERAR VIÁVEL a estimativa de arrecadação de receita, no valor de R$10.564.563,14 (dez milhões, quinhentos e sessenta e quatro mil, quinhentos e sessenta e três reais e quatorze centavos), contida na proposta orçamentária apresentada pelo Chefe do Poder Executivo Municipal de Teixeirópolis para o exercício financeiro de 2015 que, apesar de se encontrar abaixo do polo negativo estabelecido na Instrução Normativa n. 001/1999-TCE-RO, é perfeitamente provável, em razão da média dos três últimos exercícios girar em torno dos R$12.800.000,00 (doze milhões e oitocentos mil reais) que a receita efetivamente arrecadada no exercício, alcance e até supere a projetada, impondo-se ao Chefe do Poder Executivo a adequação da peça orçamentária para o exercício financeiro de 2015.

II – DETERMINAR aos Chefes dos Poderes Executivo e Legislativo do Município de Teixeirópolis que promovam a adequação da peça orçamentária aos parâmetros estabelecidos na IN n. 001/1999-TCE-RO, evitando-se a excessiva abertura de créditos adicionais suplementares, nos termos da Lei Federal n. 4.320/64.

III – ALERTAR aos Chefes dos Poderes Executivo e Legislativo do Município de Teixeirópolis que a subestimação do orçamento poderá vir a prejudicar a execução orçamentária, bem como ocasionar o desequilíbrio fiscal, conduzindo, assim, a reprovação das contas.

IV – RECOMENDAR aos Chefes dos Poderes Executivo e Legislativo do Município de Teixeirópolis, que atentem para o seguinte:

4.1. as suplementações orçamentárias por excesso de arrecadação deverão ser precedidas da existência de recursos disponíveis, apurados pela comparação da receita prevista com a efetivamente realizada, considerando-se ainda a tendência do exercício, na forma do art. 43, § 1º, II e § 3º da Lei Federal 4.320/64.

4.2. os recursos vinculados a convênios ou outros ajustes semelhantes, quando não utilizados, não poderão, fora de sua finalidade, ser objeto da suplementação por anulação de dotação orçamentária prevista no art. 43, § 1º, II, da Lei Federal 4.320/64.

V – DETERMINAR à Assistência de Apoio Administrativo deste Gabinete que providencie a publicação do Parecer de Viabilidade de arrecadação e a imediata CIÊNCIA aos Chefes dos Poderes Executivo e Legislativo Municipal de Teixeirópolis e ao Ministério Público de Contas, remetendo-lhes cópias desta decisão e do Parecer de Viabilidade de arrecadação.

Page 22: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

22 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

VI – SOBRESTAR OS AUTOS na Secretaria Geral de Controle Externo para acompanhamento da realização das receitas e apensamento ao processo de prestação de contas anual, exercício financeiro de 2015, para apreciação consolidada.

Porto Velho-RO, 15 de outubro de 2014.

Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES Relator

PARECER DE VIABILIDADE DE ARRECADAÇÃO

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, na forma do artigo 173, IV, “a”, do Regimento Interno, c/c o art. 5º da Instrução Normativa n. 001/99/TCER;

Considerando a razoabilidade da estimativa de receitas elaborada pelo Poder Executivo do Município de Teixeirópolis, referente ao exercício de 2015; e

Considerando que os ajustes fiscais são fortalecidos pelo efetivo acompanhamento da execução orçamentária,

DECIDE:

Emitir Parecer de viabilidade à previsão de receita, para o exercício financeiro de 2015, do Poder Executivo Municipal de Teixeirópolis, no montante de R$10.564.563,14 (dez milhões, quinhentos e sessenta e quatro mil, quinhentos e sessenta e três reais e quatorze centavos) que, apesar de se encontrar 26,22% (vinte e seis vírgula vinte e dois por cento) abaixo do polo negativo estabelecido na Instrução Normativa n. 001/1999-TCE-RO, é perfeitamente provável, em razão da média dos três últimos exercícios girar em torno dos R$12.800.000,00 (doze milhões e oitocentos mil reais), que a receita efetivamente arrecadada no exercício, alcance e até supere a projetada. Para tanto, o Chefe do Poder Executivo deverá adequar a peça orçamentária para o exercício financeiro de 2015, aos parâmetros estabelecidos na IN n. 001/1999-TCE-RO, evitando-se a excessiva abertura de créditos adicionais suplementares, nos ternos da Lei Federal n. 4.320/64.

Porto Velho-RO, 15 de outubro de 2014.

Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES Relator

Atos da Presidência

Portarias

SUPRIMENTO DE FUNDO

Portaria nº. 1230 de 10 de outubro de 2014.

Concede Suprimento de Fundos.

O SECRETÁRIO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso I, alínea “b” da Portaria nº. 130, de 9.1.2012, publicada no DOE TCE-RO nº. 116 – ano II, de 9.1.2012, e considerando o que consta do Processo nº. 0159/2014 resolve:

Art. 1º. Conceder Suprimento de Fundos em regime de adiantamento ao servidor MANOEL AMORIM DE SOUZA, FG 1 - ASSISTENTE DE GABINETE, cadastro nº 92, na quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais).

CÓDIGO PROGRAMÁTICO

NATUREZA DE DESPESA VALOR (R$)

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.30 1.000,00 01.122.1265.2981.0000 3.3.90.36 500,00 01.122.1265.2981.0000 3.3.90.39 500,00

Art. 2º. O prazo de aplicação do adiantamento será no período de 10/10/2014 a 08/11/2014, que será utilizado para cobrir despesas com a manutenção da Secretaria Regional de Controle Externo de Vilhena/Ro, com apresentação de prestação de contas dentro dos 5 (cinco) dias subseqüentes do término do prazo de aplicação.

Art. 3º A Divisão de Contabilidade – DIVCONT do Departamento de Finanças – DEFIN efetuará os registros referentes à caracterização da

responsabilidade do agente e as conferências da documentação comprobatória da aplicação.

Art. 4º Essa Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a partir de 10/10/2014.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário Geral de Administração e Planejamento

PORTARIA RH Portaria n. 1.249, de 14 de outubro de 2014.

Designa servidores para realizar Inspeção Especial.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o inciso I, art. 66 da Lei Complementar n. 154/1996, e considerando o que consta do Memorando n. 371/SGCE, de 1º.10.2014, resolve:

Art. 1º Designar o servidor ALBINO LOPES DO NASCIMENTO JÚNIOR, Auditor de Controle Externo, cadastro n. 141, ocupante do cargo em comissão de Assessor Técnico, com o apoio técnico do servidor ALDRIN WILLY MESQUITA TABORDA, Agente Administrativo, cadastro n. 342, detentor da função gratificada de Assistente de Gabinete, para, no período de 6.10.2014 a 5.11.2014, realizar Inspeção Especial a fim de apurar se o Executivo Estadual observou os preceitos legais referentes aos gastos com publicidade, de acordo com a Notificação Recomendatória Conjunta n. 1/2014, emitida pelo Ministério Público de Contas e Procuradoria Regional Eleitoral do Estado de Rondônia, com apresentação de relatório conclusivo.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 6.10.2014.

Page 23: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

23 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

PORTARIA RH Portaria n. 1.235, de 10 de outubro de 2014.

Designa servidores para realizar Auditoria Operacional.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 66, inciso I da Lei Complementar n. 154 de 26.7.1996, e considerando o Memorando n. 0382/SGCE, de 7.10.2014, resolve:

Art. 1º Designar os servidores FRANCISCO RÉGIS XIMENES ALMEIDA, Auditor de Controle Externo, cadastro n. 408, ocupante do cargo em comissão de Diretor de Controle III, e MAICKE MILLER PAIVA DA SILVA, Auditor de Controle Externo, cadastro n. 501, para, sob presidência do primeiro, no período de 1º.10.2014 a 14.11.2014, realizar Auditoria Operacional na Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania – SESDEC, visando avaliar as condições de governança quanto à capacidade e habilidade para implementar a Política Nacional de Segurança Pública, com entrega do relatório.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 1º.10.2014.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

PORTARIA RH Portaria n. 1.248, de 14 de outubro de 2014.

Declara vago o Cargo de Técnico em Informática ocupado pelo servidor SÍLVIO BUENO DE OLIVEIRA FRANCO.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 66, inciso III da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o Ato Concessório de Aposentadoria n. 04/IPERON/TCE-RO, DE 25.9.2014, publicado no DOE n 2558, de 9.10.02014, resolve:

Art. 1º Declarar, em virtude de aposentadoria, a VACÂNCIA do Cargo de Técnico em Informática, Código TC/ATA-404, Nível II, Referência “F”, do Quadro Permanente de Pessoal deste Tribunal, ocupado pelo servidor SÍLVIO BUENO DE OLIVEIRA FRANCO, cadastro n. 287, nos termos do artigo 40, inciso VII da Lei Complementar n. 68/92.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 9.10.2014.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

PORTARIA RH Portaria n. 1.236, de 10 de outubro de 2014.

Nomeia substituto.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 66, incisos I e III da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996 e considerando o Memorando n. 384/SGCE, de de 7.10.2014, resolve:

Art. 1º Nomear CHARLES ADRIANO SCHAPPO, Auditor de Controle Externo, cadastro n. 258, para, no período 13 a 19.10.2014, substituir o servidor HELTON ROGÉRIO PINHEIRO BENTES, Auditor de Controle Externo, cadastro n. 472, na função gratificada de Subsecretário Regional de Controle Externo de Porto Velho, FG-3, em razão de participação do titular na Semana de Administração Orçamentária, Financeira e Contratações Públicas, nos termos do inciso III do artigo 16 da Lei Complementar n. 68/92.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Extratos

EXTRATO DE TERMO ADITIVO

EXTRATO DO PRIMEIRO TERMO ADITIVO AO CONTRATO Nº 19/TCE-RO/2014

ADITANTES – O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA E A EMPRESA HELIO TSUNEO IKINO – EPP.

DO OBJETO – Alteração das Cláusulas Terceira, Quarta, Sexta e Sétima, ratificando as demais Cláusulas originalmente pactuadas.

DA VIGÊNCIA – A vigência do contrato será de 75 (setenta e cinco) dias, iniciando-se a partir do recebimento da ordem de serviço, observando-se o disposto no art. 57 da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

DA EXECUÇÃO – 30 (trinta) dias corridos a contar de 5.9.2014, obedecendo o cronograma físico e financeiro.

DO VALOR – Adiciona-se ao contrato a importância de R$ 4.745,45 (quatro mil setecentos e quarenta e cinco reais e quarenta e cinco centavos), perfazendo o valor global de R$ 14.245,45 (quatorze mil, duzentos e quarenta e cinco reais e quarenta e cinco centavos).

DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA – As despesas decorrentes do presente Contrato correrão por conta da Classificação Funcional Programática 01.122.1265.2981, Elemento de Despesa 44.90.39, Notas de Empenho Nº1345 e 1925/2014.

DO PROCESSO – Nº 1169/2014.

DO FORO – Comarca de Porto Velho-RO.

ASSINAM – Senhor LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA, Secretário-Geral de Administração e Planejamento do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia e o HELIO TSUNEO IKINO FILHO, Representante Legal da empresa HELIO TSUNEO IKINO – EPP.

Porto Velho, 13 de outubro de 2014.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

EXTRATO DE TERMO ADITIVO EXTRATO DO TERCEIRO TERMO ADITIVO AO CONTRATO Nº 28/TCE-RO/2012

ADITANTES – O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA E A EMPRESA PORTO SEGURO COMPANHIA DE SEGUROS GERAIS.

Page 24: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-ROtce.ro.gov.br/arquivos/Diario/Diario_00774_2014-10-16-13-34-29.pdf · consoante dispõe os comandos legais da Constituição da República Federativa

24 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 774 ano IV quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

DA FINALIDADE – Alteração das Cláusulas Terceira, Quarta e Quinta, ratificando as demais cláusulas originalmente pactuadas.

DO VALOR – Pela prestação dos serviços o CONTRATANTE pagará à CONTRATADA a importância fixa e irreajustável de R$1.469,40 (um mil, quatrocentos e sessenta e nove reais e quarenta centavos).

DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA – As despesas decorrentes deste Contrato correrão por conta da Programação Atividade do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia 01.122.1265.2981.0000, Elemento de Despesa 3390.39, Nota de Empenho nº 1830/2014.

DA VIGÊNCIA - O presente Contrato terá vigência de 12 (doze) meses, iniciando-se em 25.09.2014, coincidindo com a vigência da Apólice de Seguros, podendo ser prorrogado nos termos do artigo 57, inciso II, da Lei Federal no 8.666/93.

DO PROCESSO – Nº 4031/2012.

DO FORO – Comarca de Porto Velho-RO.

ASSINAM – Senhor HUGO VIANA DE OLIVEIRA – Secretário-Geral de Administração e Planejamento em Substituição do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia e o Senhor Joelson Renato Barbosa e Fábio Alex Colombo, Procuradores da Empresa Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais.

Porto Velho, 22 de setembro de 2014.

HUGO VIANA DE OLIVEIRA Secretário-Geral de Administração e Planejamento em Substituição