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ANO XLVII - VITÓRIA-ES, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE SETEMBRO DE 2013 - Nº 7373 - 108 PÁGINAS DPL - Editoração, Composição, Diagramação e Arte-Final. Reprografia: Impressão 3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 17ª LEGISLATURA MESA DIRETORA THEODORICO FERRAÇO - DEM Presidente SOLANGE LUBE - PMDB 1ª Secretária ROBERTO CARLOS - PT 2º Secretário LUIZ DURÃO - PDT 1º Vice-Presidente SANDRO LOCUTOR - PV 3º Secretário GLAUBER COELHO - PSB 2º Vice-Presidente JANETE DE SÁ - PMN 4ª Secretária GABINETE DAS LIDERANÇAS DEM - Atayde Armani PMDB - Luzia Toledo PT - Claudio Vereza PR - Gilsinho Lopes PSDB - Marcos Mansur PDT - Da Vitoria PSB - Freitas PRP - Dary Pagung PTN - Jamir Malini PMN - Janete de Sá PV - PTB - José Carlos Elias PP - Cacau Lorenzoni SÉRGIO BORGES (PMDB) Líder do Governo ATAYDE ARMANI (DEM) Vice-Líder do Governo REPRESENTAÇÃO PARTIDÁRIA DEM ATAYDE ARMANI, ELCIO ALVARES E THEODORICO FERRAÇO. PMDB LUZIA TOLEDO, PAULO ROBERTO, DOUTOR HÉRCULES, MARCELO SANTOS, SÉRGIO BORGES, SOLANGE LUBE E JOSÉ ESMERALDO. PT CLAUDIO VEREZA, GENIVALDO LIEVORE, LÚCIA DORNELLAS, RODRIGO COELHO E ROBERTO CARLOS. PR GILSINHO LOPES. PSB FREITAS E GLAUBER COELHO. PDT EUCLÉRIO SAMPAIO, DA VITORIA, APARECIDA DENADAI E LUIZ DURÃO. PSDB MARCOS MANSUR. PV GILDEVAN FERNANDES E SANDRO LOCUTOR. PRP DARY PAGUNG. PTB JOSÉ CARLOS ELIAS. PMN JANETE DE SÁ. PP CACAU LORENZONI. PTN JAMIR MALINI. Esta edição está disponível no site: www.al.es.gov.br Endereço: Avenida Américo Buaiz – Quadra RC4-B 03 - Enseada do Suá - CEP: 29050-950 Editoração: Simone Silvares Itala Rizk – (027) 3382-3665 – (027) 3382-3666 e-mail: [email protected] DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO

DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO - al.es.gov.br · COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS ... anteriormente conforme Portaria nº 1757/2012, do ... RAMPAZZO DAMICO, matrícula nº ,

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ANO XLVII - VITÓRIA-ES, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE SETEMBRO DE 2013 - Nº 7373 - 108 PÁGINAS

DPL - Editoração, Composição, Diagramação e Arte-Final. Reprografia: Impressão

3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 17ª LEGISLATURA

MESA DIRETORA

THEODORICO FERRAÇO - DEM Presidente

SOLANGE LUBE - PMDB 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS - PT 2º Secretário

LUIZ DURÃO - PDT 1º Vice-Presidente

SANDRO LOCUTOR - PV 3º Secretário

GLAUBER COELHO - PSB 2º Vice-Presidente

JANETE DE SÁ - PMN 4ª Secretária

GABINETE DAS LIDERANÇAS

DEM - Atayde Armani PMDB - Luzia Toledo PT - Claudio Vereza PR - Gilsinho Lopes PSDB - Marcos Mansur PDT - Da Vitoria PSB - Freitas

PRP - Dary Pagung PTN - Jamir Malini

PMN - Janete de Sá PV - PTB - José Carlos Elias PP - Cacau Lorenzoni

SÉRGIO BORGES (PMDB) Líder do Governo

ATAYDE ARMANI (DEM) Vice-Líder do Governo

REPRESENTAÇÃO PARTIDÁRIA DEM ATAYDE ARMANI, ELCIO ALVARES E THEODORICO FERRAÇO. PMDB LUZIA TOLEDO, PAULO ROBERTO, DOUTOR HÉRCULES, MARCELO SANTOS, SÉRGIO BORGES, SOLANGE LUBE E JOSÉ

ESMERALDO. PT CLAUDIO VEREZA, GENIVALDO LIEVORE, LÚCIA DORNELLAS, RODRIGO COELHO E ROBERTO CARLOS. PR GILSINHO LOPES. PSB FREITAS E GLAUBER COELHO. PDT EUCLÉRIO SAMPAIO, DA VITORIA, APARECIDA DENADAI E LUIZ DURÃO. PSDB MARCOS MANSUR. PV GILDEVAN FERNANDES E SANDRO LOCUTOR. PRP DARY PAGUNG. PTB JOSÉ CARLOS ELIAS. PMN JANETE DE SÁ. PP CACAU LORENZONI. PTN JAMIR MALINI.

Esta edição está disponível no site: www.al.es.gov.br Endereço: Avenida Américo Buaiz – Quadra RC4-B 03 - Enseada do Suá - CEP: 29050-950

Editoração: Simone Silvares Itala Rizk – (027) 3382-3665 – (027) 3382-3666 e-mail: [email protected]

DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO

DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO

COMISSÕES PERMANENTES COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO Presidente: Elcio Alvares Vice-Presidente: Claudio Vereza Efetivos: Luzia Toledo, José Carlos Elias, Da Vitória, Marcelo Santos e Sandro Locutor. Suplentes: Atayde Armani, Gilsinho Lopes, Lúcia Dornelas, Gildevan Fernandes, Jamir Malini e Janete de Sá.

COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE Presidente: Gildevan Fernandes Vice-Presidente: Cacau Lorenzoni Efetivos: Jamir Malini, Sandro Locutor e Glauber Coelho. Suplentes: Dary Pagung, Marcos Mansur, Marcelo Santos, Genivaldo Lievore e Luzia Toledo. COMISSÃO DE CULTURA E COMUNICAÇÃO SOCIAL Presidente: Luzia Toledo Vice-Presidente: Claudio Vereza Efetivos: Jamir Malini. Suplentes: Dary Pagung, Da Vitória e Luiz Durão. COMISSÃO DE EDUCAÇÃO Presidente: Da Vitória Vice-Presidente: Gilsinho Lopes Efetivos: José Esmeraldo, Rodrigo Coelho e Marcos Mansur. Suplentes: Atayde Armani, Cacau Lorenzoni, Genivaldo Lievore, Janete de Sá e Euclério Sampaio. COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS Presidente: Genivaldo Lievore Vice-Presidente: Efetivos: José Carlos Elias, Gildevan Fernandes e Claudio Vereza. Suplentes: Marcelo Santos, Marcos Mansur, Gilsinho Lopes e Janete de Sá. COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO Presidente: Doutor Hercules Vice-Presidente: Janete de Sá Efetivos: Gildevan Fernandes, Glauber Coelho e Rodrigo Coelho. Suplentes: Luzia Toledo, Genivaldo Lievore, José Esmeraldo e José Carlos Elias. COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Presidente: Rodrigo Coelho Vice-Presidente: Paulo Roberto Efetivos: Aparecida Denadai. Suplentes: Claudio Vereza, Luiz Durão e Doutor Hércules. COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E PESCA, DE ABASTECIMENTO E DE REFORMA AGRÁRIA Presidente: Atayde Armani Vice-Presidente: Glauber Coelho Efetivos: Cacau Lorenzoni, Marcos Mansur e Rodrigo Coelho.

Suplentes: Dary Pagung, Jamir Malini, Gildevan Fernandes, José Carlos Elias e Genivaldo Lievore. COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA, ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E TOMADA DE CONTAS Presidente: Sérgio Borges Vice-Presidente: Atayde Armani Efetivos: Luzia Toledo, José Esmeraldo, Euclério Sampaio, Lúcia Dornelas e Dary Pagung. Suplentes: Jamir Malini, Paulo Roberto, Sandro Locutor, Gilsinho Lopes, Da Vitória, Rodrigo Coelho e Glauber Coelho. COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Presidente: Dary Pagung Vice-Presidente: Gilsinho Lopes Efetivos: Doutor Hercules e Aparecida Denadai. Suplentes: Jamir Malini, José Esmeraldo e Sandro Locutor. COMISSÃO DE SEGURANÇA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO Presidente: Gilsinho Lopes Vice-Presidente: Euclério Sampaio Efetivos: José Esmeraldo, Luiz Durão e Sandro Locutor. Suplentes: Da Vitória, Dary Pagung, Gildevan Fernandes, Jamir Malini e Cacau Lorenzoni. COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO Presidente: Lúcia Dornelas Vice-Presidente: Genivaldo Lievore Efetivos: Paulo Roberto. Suplentes: Dary Pagung, Marcelo Santos e Cacau Lorenzoni.

COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL, BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS Presidente: José Carlos Elias Vice-Presidente: Marcelo Santos Efetivos: Paulo Roberto Suplentes: Marcos Mansur, Sandro Locutor e Luzia Toledo.

COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA, DE DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA E DE LOGÍSTICA Presidente: Marcelo Santos Vice-Presidente: Atayde Armani Efetivos: Jamir Malini, Gilsinho Lopes e Euclério Sampaio. Suplentes: José Esmeraldo, Genivaldo Lievore, Dary Pagung, Luiz Durão e Sandro Locutor. COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS Presidente: Janete de Sá Vice-Presidente: Genivaldo Lievore Efetivos: Marcos Mansur. Suplentes: Marcelo Santos e Cacau Lorenzoni.

DEPUTADO CORREGEDOR: JOSÉ CARLOS ELIAS

DEPUTADO OUVIDOR: JOSÉ ESMERALDO

LIGUE OUVIDORIA: 3382-3846 / 3382-3845 / 0800-2839955 e-mail: [email protected]

Publicação Autorizada Atos do Presidente Atos Legislativos Atos Administrativos pág. 1 a 7 Atas das Sessões e das Reuniões Parlamentares pág. 7 a 104 Suplemento

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 1

ATOS ADMINISTRATIVOS

ATOS DA MESA DIRETORA

(*) ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - PODER LEGISLATIVO ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL DEMONSTRATIVO DA DESPESA COM PESSOAL ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

SETEMBRO/2012 A AGOSTO/2013

RGF - ANEXO I (LRF, art. 55, inciso I, alínea "a ") R$ 1,00

DESPESA COM PESSOAL

DESPESAS EXECUTADAS SETEMBRO/2012 A AGOSTO/2013

LIQUIDADAS (a)

INSCRITAS EM RESTOS A PAGAR NÃO

PROCESSADOS (b)

DESPESA BRUTA COM PESSOAL (I) 106.943.119,75 Pessoal Ativo 100.449.974,71 Pessoal Inativo e Pensionistas 6.493.145,04 - DESPESAS NÃO COMPUTADAS (§ 1º do art. 19 da LRF) (II)

191.123,37

Despesas de Exercícios Anteriores de período anterior ao da apuração

191.123,37

DESPESA LÍQUIDA COM PESSOAL (III) = (I-II)

106.751.996,38 -

DESPESA TOTAL COM PESSOAL - DTP (IV)= (IIIa + IIIb) 106.751.996,38

APURAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO LIMITE LEGAL VALOR

RECEITA CORRENTE LIQUIDA - RCL (V) 10.582.652.553,00 % da DESPESA TOTAL COM PESSOAL - DTP sobre a RCL (VI) = (IV/V)*100 1,01%

LIMITE MÁXIMO (incisos I, II e III do art. 20 da LRF) - 1,70% 179.905.093,40

LIMITE PRUDENCIAL (parágrafo único do art. 22 da LRF) - 1,615% 170.909.838,73

LIMITE DE ALERTA (inciso II do § 1º do Art. 59 da LRF) - 1,53% 161.914.584,06

FONTE: Sistema SIAFEM UNIDADE RESPONSÁVEL: Diretoria de Finanças Data da emissão: 27/set/2013 hora de emissão: 11h e 45m NOTAS: 1) Os dados da Receita Corrente Líquida foram fornecidos pela Secretaria de Estado da Fazenda em 26 de setembro de 2013. 2) Durante o exercício, somente as despesas liquidadas são consideradas executadas. No encerramento do exercício, as despesas não liquidadas inscritas em Restos a Pagar não processados são também consideradas executadas. Dessa forma, para maior transparência, as despesas executadas estão segregadas em: a) Despesas liquidadas, consideradas aquelas em que houve a entrega do material ou do serviço, nos termos do art. 63 da Lei 4.320/64; b) Despesas empenhadas, mas não liquidadas, inscritas em Restos a Pagar Não-Processados, consideradas liquidadas no encerramento do exercício, por força do inciso II do art.35 da Lei 4.320/64. 3) No grupo “Despesas não computadas” foi deduzido o valor de R$ 8.799,06 referente despesas de competência do período de Setembro a Dezembro/2012 contabilizadas em “Despesas de Exercícios Anteriores” em 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente

SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário OCTAVIO LUIZ ESPINDULA

Subdiretor-Geral Controle Interno

PAULO MARCOS LEMOS

Diretor-Geral JANAINA DO NASCIMENTO VALOIS

Diretora de Finanças

(*) Reproduzido por ter sido redigido com incorreção.

2 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

ATO Nº 1519 A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, e considerando o art. 6º da Resolução nº 3.187, de 15 de maio de 2012, publicada em 16 de maio de 2012, a qual regulamenta a concessão de assistência à saúde na forma de auxílio financeiro aos servidores da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, nos termos do art. 189 e 191 da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro 1994, resolve:

CONCEDER o auxílio saúde de que trata a Resolução nº 3.187/2012 aos servidores listados abaixo:

Nome Matrícula Cargo Situação Funcional Processo

Alvaro Muniz Neto

201674

Supervisor-Geral de

Gabinete de Representação

Parlamentar

Comissionado 132973

Anderson Soares Muniz

208120

Assistente de Gabinete de

Representação Parlamentar

Comissionado 133000

Arnaldo Loureiro da Silva

208348

Coordenador-Geral de

Gabinete de Representação

parlamentar

Comissionado 132978

Domingos Viana

Calheiros 208284 Assessor Sênior Comissionado 132960

Elisangela Nunes dos

Santos 208324

Técnico Legislativo

Sênior Efetivo 133007

Edson Nogueira de Souza

208296

Subcoordenador de Gabinete de Representação

Parlamentar

Comissionado 132760

Hudson de Souza

Carvalho 207359

Técnico Sênior de Gabinete de Representação

Parlamentar

Comissionado 133012

João Marin 16550 Diretor-Geral da Secretaria Inativo 131878

Renata Barcellos da Cunha Silveira

207715

Assistente de Gabinete de

Representação Parlamentar

Comissionado 132963

Rildo Renato Pereira

206004

Assistente de Gabinete de

Representação Parlamentar

Comissionado 132977

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 27 de setembro de 2013.

THEODRICO FERRAÇO Presidente

SOLANGE LUBE 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS 2º Secretário

ATOS DO DIRETOR-GERAL

PORTARIA Nº 743

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH resolve:

TRANSFERIR, as férias regulamentares

referentes ao exercício de 2013, marcadas anteriormente conforme Portaria nº 1757/2012, do servidor HELIOMAR FRANCISCO DA VITORIA, matrícula nº 205807, ocupante do cargo em comissão de Técnico Júnior de Gabinete de Representação Parlamentar, código TJGRP, para serem gozadas integralmente em época oportuna. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 26 de setembro de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 744

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

SUSPENDER, a partir de 26/09/2013, as férias regulamentares referentes ao exercício de 2013, marcadas anteriormente conforme Portaria nº 1757/2012, do servidor JOÃO CARLOS RAMPAZZO DAMICO, matrícula nº 207882, titular do cargo efetivo de Técnico Legislativo Sênior, código ETLS, do Quadro Permanente, reservando-lhe o direito de gozar os 06 (seis) dias restantes em época oportuna. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 26 de setembro de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 3

PORTARIA Nº 745

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

SUSPENDER, a partir de 23/09/2013, as férias regulamentares referentes ao exercício de 2013, marcadas anteriormente conforme Portaria nº 1757/2012, da servidora MAGNONETE MOURA LYRA, matrícula nº 16653, titular do cargo efetivo de Técnico Legislativo Sênior, código ETLS, do Quadro Permanente, reservando-lhe o direito de gozar os 16 (dezesseis) dias restantes em época oportuna. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 27 de setembro de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 746

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

SUSPENDER, a partir de 30/09/2013, as férias regulamentares referentes ao exercício de 2013, transferidas anteriormente conforme Portaria nº 318/2013, da servidora VALDENICE DE LIMA PAIVA, matrícula nº 207899, titular do cargo efetivo de Técnico Legislativo Sênior, código ETLS, do Quadro Permanente, e marcar os 11 (onze) dias restantes para o período de 02 a 12/01/2014. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 25 de setembro de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 747

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

MARCAR, as férias regulamentares referentes ao exercício de 2013, transferidas anteriormente conforme Portaria nº 340/2013, da servidora AMANDA GABRIEL DE OLIVEIRA KIFFER, matrícula nº 207998, titular do cargo efetivo de Técnico Legislativo Sênior, código ETLS, do Quadro Permanente, para o período de 18/11 a 17/12/2013. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 26 de setembro de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 748

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

MARCAR, as férias regulamentares referentes ao exercício de 2013, transferidas anteriormente conforme Portaria nº 350/2013, da servidora ELISANGELA CAMPOS RODRIGUES, matrícula nº 207963, titular do cargo efetivo de Técnico Legislativo Sênior, código ETLS, do Quadro Permanente, para o período de 07/10 a 05/11/2013. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 26 de setembro de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 749

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

MARCAR, as férias regulamentares referentes ao exercício de 2013, transferidas anteriormente conforme Portaria nº 241/2013, do

4 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

servidor FILIPE DE OLIVEIRA PASSOS, matrícula nº 207856, titular do cargo efetivo de Técnico Legislativo Sênior, código ETLS, do Quadro Permanente, para o período de 18/11 a 17/12/2013. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 26 de setembro de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 750

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve: TORNAR SEM EFEITO, a Portaria nº 709, publicada em 13/09/2013, e marcar os 21 (vinte e um) dias restantes das férias referentes ao exercício de 2013, suspensas anteriormente conforme Portaria 175/2013, da servidora CAMILA BRUNHARA BIAZATI, matrícula nº 207712, ocupante do cargo em comissão de Assessor Sênior da Secretaria, código ASS, para o período de 30/09 a 20/10/2013. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 27 de setembro de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 751

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve: CONCEDER, 15 (quinze) dias restantes do recesso proporcional, ao estagiário RAMIRO BIAZATTI ROCHA, matricula nº 001776, no período de 10 a 24/10/2013, de acordo com o art. 13, § 2º, da Lei nº 11.788, de 25/09/2008, publicada no DOU em 26/09/2008. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 27 de setembro de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

ATOS DO SUBDIRETOR-GERAL

ERRATA Na publicação do Resumo do Contrato nº 030/2013, firmado com a empresa ARTES PROMOÇÕES GRÁFICAS E ASSESSORIA LTDA, publicado no dia 27 de setembro de 2013:

ONDE SE LÊ: ... ELEMENTO DE DESPESA: 44.90.52 LEIA-SE: ... ELEMENTO DE DESPESA: 33.90.30

Secretaria da Assembleia Legislativa,em

27 de setembro de 2013.

OCTAVIO LUIZ ESPINDULA Subdiretor-Geral da Secretaria

RESUMO AO TERMO DE RESCISÃO AO CONTRATO Nº 008/2013

A Subdireção Geral da Secretaria - Supervisão do Setor de Contratos e Convênios da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo em atendimento ao que dispõe o artigo 61 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, torna pública a rescisão do Contrato, conforme descrito abaixo: CONTRATANTE: ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. CONTRATADA: SANTOS & MAYER COMERCIO DE EQUIPAMENTOS DE INFORMATICA LTDA ME. OBJETO: Fica rescindido o CONTRATO Nº 008/2013, cujo objeto a aquisição de DESKTOP ESPECIFICO PARA EDIÇÃO DE IMAGENS E VIDEOS - ILHAS DE EDIÇÃO PROFISSIONAIS para a edição dos programas produzidos pela Comunicação Social da ALES, com garantia “on-site” de 12 (doze) meses. VIGÊNCIA: Tem eficácia a partir da data de sua assinatura. PROCESSO: 121489

Secretaria da Assembleia Legislativa, em 27 de setembro de 2013.

OCTAVIO LUIZ ESPINDULA Subdiretor-Geral da Secretaria

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 5

SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

30 DE SETEMBRO (SEGUNDA-FEIRA) 9h30 - Reunião da Comissão de Infraestrutura Local: Plenário Rui Barbosa Pauta Especial: Presença da diretora-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES), Tereza Casotti, para prestar esclarecimentos sobre os contratos de emergência firmados de 2003 a 2013 e sobre a conduta dessa Autarquia com a Comissão. 11 horas - Reunião da Comissão de Segurança Local: Plenário Dirceu Cardoso 12h30 - Reunião da Comissão de Cultura Local: Plenário Rui Barbosa 13 horas - Reunião da Comissão de Turismo Local: Plenário Judith Leão Castello Ribeiro 13h30 - Reunião da Comissão de Finanças Local: Plenário Rui Barbosa 14 horas - Reunião da Comissão de Assistência Social Local: Plenário Judith Leão Castello Ribeiro Pauta Especial: Participação de representante do MPES para divulgar o Seminário “O Ministério Público e a Política de Assistência Social” 15 horas - Sessão Ordinária Local: Plenário Dirceu Cardoso 19 horas - Sessão Especial sobre o trabalho em favor da Doação de Órgãos no Espírito Santo Proponente: Deputado Doutor Hércules (PMDB) Local: Plenário Dirceu Cardoso 01 DE OUTUBRO (TERÇA-FEIRA) 7 às 19 horas - Exposição óleo sobre tela: Obras da Natureza (Até 18/10) Local: Galeria Francisco Schwarz 9 horas - Reunião Extraordinária da Comissão de Finanças: Arguição dos indicados ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Espírito Santo Local: Plenário Dirceu Cardoso 11 horas - Reunião da Comissão de Política Antidrogas

Local: Plenário Rui Barbosa Pauta Especial: Apresentação do Centro de Valorização da Vida - CVV, pelo coordenador Regional Voluntário Carlos Farone. 12h30 - Reunião da Comissão de Educação Local: Plenário Judith Leão Castello Ribeiro 13h30 - Reunião da Comissão de Justiça Local: Plenário Rui Barbosa 13h30 - Reunião da Comissão de Agricultura Local: Plenário Judith Leão Castello Ribeiro 14 às 17 horas - Cessão de Espaço: Reunião da Associação dos Professores Aposentados do ES Requerente: Deputada Luzia Toledo Local: Auditório Hermógenes Lima da Fonseca 15 horas - Sessão Ordinária Local: Plenário Dirceu Cardoso 02 DE OUTUBRO (QUARTA-FEIRA) 8 às 11 horas - Lançamento da campanha de valorização da Defensoria Pública - Adepes Local: Salão Nobre 9 horas - Sessão Ordinária Local: Plenário Dirceu Cardoso 13 horas - Reunião Extraordinária da Comissão de Finanças: Arguição dos indicados ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Espírito Santo Local: Plenário Dirceu Cardoso 14 horas - Audiência Pública da Comissão de Assistência Social Tema: A judicialização da Assistência Social Local: Auditório da Escola “Mariano Ferreira Nazaré”, município de Domingos Martins 18 horas - Audiência Pública da Comissão Parlamentar Ambientalista do Espírito Santo Tema: Competência Ambiental, Ações e Políticas dos Municípios quanto a Poluição Atmosférica. Local: Plenário Dirceu Cardoso

6 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

19h30 - Audiência Pública da Comissão de Meio Ambiente e da Comissão de Infraestrutura para discutir a instalação de tanques de estocagem de combustíveis e soda cáustica em Paul Local: Salão de Festas do Paulinho, Paul, Vila Velha 03 DE OUTUBRO (QUINTA-FEIRA) 10 horas - Visita técnica da Comissão de Infraestrutura: abrigos de ônibus Locais: Vila Velha - Serra - Cariacica 14 horas - Sessão Especial para discutir o importante papel do vereador como representante

do povo, fiscalizador e mediador junto ao Poder Executivo Proponente: Deputada Luzia Toledo (PMDB) Local: Plenário Dirceu Cardoso 17 às 19 horas - Cessão de Espaço: Palestra de divulgação da Lei n.° 9.307/96 Local: Auditório Hermógenes Lima da Fonseca -- Secretaria de Comunicação Social Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) www.al.es.gov.br www.facebook.com/parlamentocapixaba www.twitter.com/assembleia_es (27) 3382-3507 / 3382-3550

PROGRAMAÇÃO - SEGUNDA-FEIRA - 30.09.13 HORA OBSERVAÇÃO PROGRAMAS TEMA ENTREVISTADOS

07H00

REUNIÃO DA COMISSÃO DE AGRICULTURA

CONQUISTAS E DESAFIOS NA AGRICULTURA FAMILIAR DO ES

09H10 COMISSÃO PERMANENTE

INFRAESTRUTURA

10H10 REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA

CPI DA TELEFONIA

11H00 COMISSÃO PERMANENTE

AGRICULTURA

12H00 MUNICÍPIOS CAPIXABAS

BAIXO GUANDU DIVERSOS

12H30

ESPAÇO PARCERIA MPE - MP COM VOCÊ

FUNÇÕES E CARACTERÍSTICAS DA CORREGEDORIA GERAL DO MP/ES

DRA. MARIA DA PENHA SAUDINO, PROCURADORA DE JUSTIÇA

13H00

ASSEMBLEIA DO CAMPO

PRODUÇÃO DE AGUARDENTE DE QUALIDADE NO ES

JOSÉ MARCOS SOARES, REPRESENTANTE DOS PRODUTORES DE AGUARDENTE DO ES.

13H30

OPINIÃO TRABALHO ESCRAVO DJAILSON MARTINS ROCHA, PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

14H00 AGENDA SEMANA

14H15 BIOGRAFIA FRANCISCO

SATURNINO RODRIGUES DE BRITO

ANNA CLÁUDIA PEYNEAU, ARQUITETA E PROFESSORA UNIVERSITÁRIA

14H30 AÇÃO PARLAMENTAR ATIVIDADE PARLAMENTAR

CLÁUDIO VEREZA, DEPUTADO ESTADUAL

15H00 AO VIVO SESSÃO ORDINÁRIA REPERCUSSÃO

TRABALHOS DO LEGISLATIVO ESTADUAL

18H00

ES EM DEBATE OBESIDADE INFANTIL TATIELLY BONAN, PSICÓLOGA INFANTIL E GLAUCIA JUSTO, NUTRICIONISTA INFANTIL

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 7

18H30 UM DEDO DE PROSA PRODUÇÃO LITERÁRIA CAPIXABA

ESTILAQUE FERREIRA DOS SANTOS

19H00 AO VIVO

SESSÃO ESPECIAL SOBRE TRABALHO REALIZADO EM FAVOR DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS NO ESPÍRITO SANTO.

22H00 PANORAMA TELEJORNAL RESUMO DE SEGUNDA-FEIRA

22H15

ESPAÇO PARCERIA MPE - MP COM VOCÊ

FUNÇÕES E CARACTERÍSTICAS DA CORREGEDORIA GERAL DO MP/ES

DRA. MARIA DA PENHA SAUDINO, PROCURADORA DE JUSTIÇA

22H45

OPINIÃO TRABALHO ESCRAVO DJAILSON MARTINS ROCHA, PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

23H15 AÇÃO PARLAMENTAR

ATIVIDADE PARLAMENTAR

CLÁUDIO VEREZA, DEPUTADO ESTADUAL

23H45

ES EM DEBATE

OBESIDADE INFANTIL TATIELLY BONAN, PSICÓLOGA INFANTIL E GLAUCIA JUSTO, NUTRICIONISTA INFANTIL

00H15 ESPAÇO PARCEIRA TV CÂMARA - DOCUMENTÁRIOS

NIEMEYER, O TRAÇO E O TEMPO

DIVERSOS

ATAS DAS SESSÕES E DAS REUNIÕES PARLAMENTARES

OCTOGÉSIMA QUARTA SESSÃO

ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 17 DE SETEMBRO DE 2013.

(De acordo com o registrado no painel eletrônico, para ensejar o início da sessão, à hora regimental, comparecem os Senhores Deputados Dary Pagung, Doutor Hércules, Euclério Sampaio, Jamir Malini, José Esmeraldo, Luiz Durão, Marcelo Santos, Marcos Mansur e Rodrigo Coelho)

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a sessão. (Pausa)

(A convite do Presidente assume a 2.ª Secretaria o Senhor Deputado Doutor Hércules)

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Convido o Senhor Deputado Doutor Hércules a proceder à leitura de um versículo da Bíblia.

(O Senhor Deputado Doutor Hércules lê Salmos, 22:28)

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à leitura da ata da vigésima sétima sessão solene, realizada em 16 de setembro de 2013. (Pausa)

(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata)

(Comparece a Senhora Deputada Lúcia Dornellas)

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Aprovada a ata como lida. (Pausa) Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à

leitura da ata da octogésima terceira sessão ordinária, realizada em 16 de setembro de 2013. (Pausa)

(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata)

(Comparecem os Senhores Deputados Genivaldo Lievore, José Carlos Elias e Cacau Lorenzoni)

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - Aprovada a ata como lida. (Pausa)

Convido o Senhor Deputado Doutor Hércules a assumir a 1.ª Secretaria e a proceder à leitura do Expediente. (Pausa)

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO

DA EDUCAÇÃO

8 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

PRESIDÊNCIA Brasília, 02 de setembro de 2013. Senhor Presidente:

COMUNICADOS N.os 127104/2013, 127092/2013, 127093/2013, 127094/2013, 127095/2013, 127096/2013, 127097/2013, 127098/2013, 127099/2013, 127100/2013, 127101/2013, 127102/2013, 127103/2013.

Ao Ex. mo Sr. THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo NESTA

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - Ciente. Às Comissões de Educação e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

PREFEITURA MUNICIPAL DE PEDRO CANÁRIO

GABINETE DO PREFEITO

OFÍCIO N.º 117/2013 Assunto: “Declara situação de emergência financeira e administrativa no Município de Pedro Canário na forma que indica e dá outras providências”. Pedro Canário, 05 de setembro de 2013. Senhor Presidente: Com os fundamentos contidos no art. 74 XI, da Lei Orgânica deste Município e da Lei Federal nº 12.340/2010, premido pela grave situação desta Prefeitura, cuja despesa de pessoal supera o limite legal, decretei “situação de emergência”, conforme o Decreto de nº 300, de 03 de setembro de 2013, cuja cópia encaminho a Vossa Excelência que contém os fundamentos necessários ao início do processo. No ensejo, apresento a Vossa Excelência as minhas atenciosas saudações. Atenciosamente,

ANTÔNIO WILSON FIOROT Prefeito Municipal

Rua São Paulo, 220, Boa Vista - Pabx: (27) 3764-3600 - CNPJ 28.539.872/0001-41

CEP 29970-000 - Pedro Canário - ES Ao Ex. mo Sr. THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Ciente. Às Comissões de Ciência e Tecnologia e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

GOVERNO DO ESTADO DO ESTADO ESPÍRITO SANTO

SECRETARIA DA CULTURA

OFÍCIO N.º 427/2013 Vitória, 09 de setembro de 2013. Senhor Presidente: Em cumprimento ao disposto no § 2º do art. 116 da Lei nº 8.666/93, encaminhando, em anexo, o Resumo do Termo de Convênio nº 018/2013, firmado entre o Estado do Espírito Santo, por intermédio desta Secretaria de Estado da Cultura e a Associação Nacional para Inclusão Social através da Cultura, Música, Arte, Turismo e Meio Ambiente - Parceiros do Bem, registrado na Secretaria de Estado de Controle e Transparência sob nº. 10316 e nº 2013-00060.

Atenciosamente,

MAURÍCIO JOSÉ DA SILVA Secretário de Estado da Cultura

Rua Luiz Gonzales Alvarado, 51, Enseada do Suá - Vitória - ES - CEP 29.050-380 Tel.: (27) 3636-7100 -

Email: [email protected] - site: www.secult.es.gov.br

Ao Ex. mo Sr. THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo NESTA

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Ciente. Às Comissões de Cultura e de Finanças. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA PRESIDÊNCIA

OFÍCIO N.º 456/2013 Referência: Relatório de Atividades - 2º trimestre de 2013. Vitória, 12 de setembro de 2013.

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 9

Senhor Presidente: Considerando o disposto no parágrafo 4º do artigo 71 da Constituição Estadual, encaminhamos a Vossa Excelência, para apreciação dessa Augusta Casa de Leis, o Relatório de Atividades deste Tribunal de Contas, referente ao 2º trimestre de 2013.

Atenciosamente,

SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO Conselheiro Presidente

Rua José Alexandre Buaiz, 157 - Enseada do Suá - Vitória - ES - CEP 29.050-913 - Caixa Postal 246 Tel.: (27) 3334-7600 - Telefax: (27) 3345-1533 -

Home Page: http://www.tce.es.gov.br Ao Ex. mo Sr. THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo NESTA (Comparece o Senhor Deputado Freitas)

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Ciente. À Comissão de Finanças. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

GOVERNO DO ESTADO DO ESTADO ESPÍRITO SANTO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO GERÊNCIA DE CONTRATOS E CONVÊNIOS

OFÍCIO N.º 517/2013

Vitória, 11 de setembro de 2013. Senhor Presidente: Informamos a V. Ex.a que, em conformidade com o parágrafo 2º, do artigo 116, da Lei Federal nº 8.666/93, estamos encaminhando cópias xerográficas dos Convênios celebrados entre a Secretaria de Estado da Educação - SEDU e os municípios/entidades, conforme relação anexa.

Atenciosamente,

JOSIVALDO BARRETO DE ANDRADE Subsecretário de Estado de Administração e

Finanças Av. César Hilal, nº 1111, Santa Lúcia - Vitória - ES -

CEP 29.056-083 Tel.: (27) 3636-7682 - GECON

Ao Ex. mo Sr.

THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo NESTA

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Ciente. Às Comissões de Educação e de Finanças. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

OFÍCIO N.º 141/2013

Vitória, 17 de setembro de 2013. Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, no uso de sua prerrogativas regimentais, vem respeitosamente a V. Ex.ª justificar a sua ausência na 84.ª Sessão Ordinária, realizada no dia 17 de setembro de 2013, nos termos do § 6º do artigo 305 do Regimento Interno, tendo em vista que o mesmo estará participando com testemunha em favor do Ministério Público de Júri que acontece no município de Cachoeiro de Itapemirim.

Atenciosamente,

GILSINHO LOPES Deputado Estadual

Ao Ex. mo Sr. THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo NESTA

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Justificada a ausência. À Secretaria. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.º

218/2013, do Governador do Estado, encaminhando Projeto de Lei Complementar nº 049/2013, que cria Unidade Administrativa e Funções Gratificadas no âmbito do Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - IEMA. Publicada integralmente no DPL do dia 18 de setembro de 2013.

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania, de Proteção de Meio Ambiente e de Finanças.

10 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

PROJETO DE LEI N.º 293/2013

Declara de utilidade pública a Associação de Assistência Social “Projeto Vida”.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Associação de Assistência Social “Projeto Vida”, localizada no município de Vila Velha.

Art. 2º Esta Lei entra e vigor na data de sua

publicação. Sala das Sessões, 06 de setembro de 2013.

SÉRGIO BORGES Deputado Estadual - PMDB

Líder do Governo

JUSTIFICATIVA

A Associação de Assistência Social “Projeto Vida”, fundada em 10 de novembro de 1996, é uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, políticos, religiosos e partidários, com sua sede localizada na Rua cacaueiro, nº 18- Bairro Divino Espírito Santo, Vila Velha/ES. É uma entidade filantrópica e social, creches, asilos, albergues, centro de recuperação, sem fins lucrativos, tendo como finalidade a recuperação de pessoas dependentes de drogas, álcool, homossexuais e ex-presidiários para os integrarem à sociedade por meio de ensinamentos bíblicos, bem como desenvolver obras sociais que contribuam direta ou indiretamente para o bem-estar da sociedade carente e o combate às drogas. Conforme a documentação apresentada, Associação de Assistência Social “Projeto Vida”, tem como principal objetivo assistir às pessoas menos favorecidas, promovendo todo tipo de benefício social, moral, espiritual e educacional, na proporção dos recursos conseguidos pela Associação, pela disponibilidade de voluntários, pela homologação de parcerias públicas e privadas, podendo manter relações educacionais, relações de intercâmbio e de cooperação técnica com entidades nacionais e internacionais. A Associação tem cumprido seu papel social e cultural na restauração de vidas e famílias mediante

uma sociedade atual doente, com seus valores morais e sociais degenerados, os quais têm sido banalizados. A concessão do título declaratório de utilidade pública é de extrema importância para a Associação de Assistência Social “Projeto Vida”, pois somente com essa documentação pode viabilizar o desenvolvimento de seus trabalhos tornando-se principal parceiro junto ao Poder Executivo Estadual no desafio em minimizar os conflitos social e cultural e de comportamento do indivíduo junto ao meio em que vive através de interação social. Pelo exposto, contamos com o apoio de nossos pares à aprovação deste projeto.

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Publique-se. Às Comissões de Justiça e de Assistência Social, na forma do art. 276 do Regimento Interno.

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Pareceres n.os

304/2013, da Comissão de Justiça, pela constitucionalidade, legalidade e admissibilidade, 127/2013, da Comissão de Cidadania, 09/2013, da Comissão de Segurança e 52/2013, da Comissão de Finanças, todos pela aprovação, da Proposta de Emenda Constitucional n.o 12/2013, oriundo da Mensagem Governamental n.o 185/2013, que acrescenta ao artigo 128 da Constituição Estadual os §§ 3º, 4º, 5º e 6º, que dispõe sobre o desempenho da atividade de polícia judiciária aos Delegados de Polícia. Publicados integralmente no DPL do dia 18 de setembro de 2013.

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Publiquem-se. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

REQUERIMENTO N.º 314/2013 Senhor Presidente:

Venho, através do presente, encaminhar a V. Ex.ª Atestado médico referente ao dia 16 de setembro de 2013, justificando assim a minha ausência da Sessão Ordinária nestas datas.

Vitória, 16 de setembro de 2013.

APARECIDA DENADAI Deputada Estadual - PDT

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Defiro. À Secretaria para providenciar ato de licença. Estão presentes apenas quatorze Senhores

Deputados. Solicito aos Senhores Deputados que se

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 11

encontram nas imediações ou em seus gabinetes que compareçam ao Plenário e registrem presença nos terminais eletrônicos, já que estamos na iminência de entrar na parte do Expediente sujeito a deliberação. (Pausa)

Solicito o Senhor 1.º Secretário que continue a proceder à leitura do Expediente.

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 797/2013 Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, no uso de suas atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Governador do Estado do Espírito Santo a presente INDICAÇÃO da seguinte matéria: Que seja instalado uma COBERTURA na Quadra Poliesportiva da praça principal do Bairro São Francisco/Aracruz localizada na Avenida Brasil. Esta indicação ratifica o pedido do Vereador do Município de Aracruz Sr. Paulo Neri, e das lideranças locais das quais cito Sr. Sérgio Eduardo Vieira de Moura, Sr. Claudio Augusto, Sr. Fabiano Barros, Sra. Sandra Vescori a este Deputado Estadual.

Salas das Sessões, 13 de setembro de 2013.

JOSÉ ESMERALDO Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

A presente indicação é fruto de uma antiga

reivindicação dos moradores de São Francisco, Aracruz/ES e foi reivindicada a este Deputado no dia 31 de agosto de 2013 na sede da Associação Amigos e Moradores do Bairro São Francisco.

A quadra de Esporte em comento é a única opção de lazer dos moradores do entorno do bairro de São Francisco, e foi construída pela prefeitura de Aracruz, mas sem a devida cobertura, impossibilitando os seus moradores e frequentadores de utilizá-las para realização de jogos e participação de campeonatos em dias de sol muito forte e de chuva.

Desta forma, com a devida cobertura da quadra poliesportiva, além de propiciar o melhor aproveitamento para atividades de lazer à comunidade do bairro São Francisco, Aracruz/ES

Resta imperioso informar, que a reforma e a cobertura da mesma, proporcionará maior segurança e conforto a comunidade, uma vez que permitirá a plena realização de eventos, jogos e atividades recreativas, de maneira a assegurar a efetivação dos direitos sociais elencados na Carta Magna de nosso ordenamento jurídico.

Portanto, certo da sensibilidade e da atuação séria e responsável de Vossa Excelência frente ao Executivo deste Estado, agradeço a atenção ora dispensada a esta indicação e solicito o seu atendimento em caráter de urgência.

Aproveito para renovar meus protestos de estima e consideração.

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Em discussão a Indicação n.º 797/2013, que acaba de ser lida. (Pausa)

Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.

Em votação a Indicação n.º 797/2013. Adiada por falta de quorum. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 798/2013 Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, no uso de suas atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Governador do Estado do Espírito Santo a presente INDICAÇÃO da seguinte matéria: Que seja instalado REDE DE ESGOTO na rua Paraná localizada no Bairro Praia Grande/ Fundão. Esta indicação ratifica o pedido das lideranças locais das quais cito Sr. Antides Cordeiro da Cunha, Sr.Fabio Ushoa de Oliveira, Sr. Genivaldo Raimundo e Sra. Maria da Glória Silva a este Deputado Estadual.

Salas das Sessões, 13 de setembro de 2013.

JOSÉ ESMERALDO Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

A presente indicação é fruto de uma antiga

reivindicação dos moradores de Praia Grande/Fundão, repassada a este Deputado em reunião com lideranças locais que ressaltaram a

12 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

importância e urgência da instalação de rede de esgoto nas ruas Paraná, Bahia e Santa Catarina.

O saneamento básico constituído pelos serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos, coleta da drenagem pluvial, e coleta de lixo, é condição fundamental para a saúde pública. Ele está diretamente associado aos problemas de poluição e/ou contaminação dos recursos hídricos e do solo, pois a deficiência de saneamento básico gera a disposição inadequada de esgotos, contaminando, poluindo os rios e córregos, além de favorecer a proliferação de vetores de doenças (por exemplo, nos lixões).

Com o advento da Lei nº 11.445 de 2007, onde estão definidas as diretrizes nacionais para o saneamento básico, e considerando os dispositivos da própria lei, que trazem no seu conteúdo vários princípios fundamentais, dentre estes, a universalização do acesso, abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente, é urgente a aplicação destas diretrizes em consonância com o disposto na Nova Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, editada em 2010 e regulamentada recentemente.

O saneamento básico, além de um direito, é uma questão de saúde pública, pois a ausência de tratamento adequado importa na incidência de inúmeras doenças. A consequência direta e imediata é a dependência de tratamento na rede de saúde pública. Portanto, a medida ora sugerida importará em melhoria das condições de vida daqueles que habitam na comunidade.

Portanto, certo da sensibilidade e da atuação séria e responsável de Vossa Excelência frente ao Executivo deste Estado, agradeço a atenção ora dispensada a esta indicação e solicito o seu atendimento em caráter de urgência.

Aproveito para renovar meus protestos de estima e consideração.

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Em discussão a Indicação n.º 798/2013, que acaba de ser lida. (Pausa)

Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.

Em votação a Indicação n.º 798/2013. Adiada por falta de quorum. Continua a leitura do Expediente. (Comparece o Senhor Deputado Roberto Carlos) O SR. 1.º SECRETÁRIO - (DOUTOR

HÉRCULES) - Senhor Presidente, informo a V. Ex.ª que não há mais Expediente a ser lido.

Não havendo mais Expediente a ser lido, passa-se à fase das Comunicações.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Rodrigo Coelho.

O SR. RODRIGO COELHO - (Sem revisão do orador) - Senhor Deputado Luiz Durão, Presidente em exercício, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, assomamos a tribuna desta Casa de Leis para voltar a um debate que, com o apoio dos colegas Parlamentares, faremos ainda por algum tempo, buscando a efetividade de uma proposta que atenda aos municípios capixabas.

Senhor Deputado Luiz Durão, protocolamos hoje, com o apoio de dez Senhores Deputados, requerimento para formação de uma comissão especial, com o objetivo de tratar da distribuição de ICMS no Estado do Espírito Santo e do financiamento dos municípios capixabas em investimento e custeio.

Senhor Deputado Euclério Sampaio, fizemos isso porque, a partir da Lei Complementar n.º 63/1990, a distribuição do ICMS foi organizada em três quartos pelo valor adicionado fiscal acumulado nos municípios na relação de circulação de mercadorias, e vinte e cinco por cento por lei estadual. Nesses vinte e cinco por cento de lei estadual temos a distribuição regulamentada pela Portaria n.º 11/2011, editada pela Secretaria da Fazenda. Na distribuição são levados em consideração os seguintes critérios com os seguintes pesos: 1) A Área do Município, informado pelo Instituto de Desenvolvimento Agrícola e Florestal do Espírito Santo - IDAF, com peso 5; (cinco); Número de propriedades agrícolas do Município, informado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrícola - INCRA, com peso 7; (sete); Comercialização de Produtos Agrícolas e Hortifrutigranjeiros, informado através do verso da DOT, com peso 6 (seis); Gastos do Município com saúde e saneamento básico em relação a despesa total, informado pelo Tribunal de Contas do Estado, com peso 3 (três); Participação em Consórcio Intermunicipal de Saúde, informado pela Secretaria de Estado da Saúde, com peso 1 (um); Enquadramento como gestão mais avançada do Sistema Municipal de Saúde, conforme norma do SUS, informado pela Secretaria de Estado da Saúde, com peso 2,5 (dois vírgula cinco); Divisão igualitária de 0,5% (meio por cento) entre os 10 (dez) maiores classificados; pelo VA e que estejam enquadrados na condição de gestão mais avançada do Sistema Municipal de Saúde, conforme norma do SUS. Acontece que nos setenta e cinco por cento que são distribuídos a partir do valor agregado fiscal, apresentado na DOT pelas empresas dos municípios, temos uma distribuição muito desigual, sobretudo dos municípios produtores de petróleo porque além de ganharem em royalties também recebem o VAF. Então, a arrecadação desses municípios, o bolo na arrecadação de ICMS, é extremamente grande. E nos vinte e cinco por cento, apesar de não conseguirmos

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 13

recompensar ou equilibrar a distribuição por conta dos setenta e cinco por cento, precisamos criar mecanismos de compensação para que essa arrecadação não se torne tão desigual para os municípios não produtores. Algumas propostas deverão ser apresentadas. Senhor Deputado Marcelo Santos, temos uma defesa de levar em consideração território, população e IDH para que seja uma forma de rateio considerada porque está ficando insuportável para os municípios a ausência de arrecadação por conta de uma distribuição desigual. Ainda queremos falar do financiamento dos municípios por causa da nova composição do orçamento público a partir dos fundos. Temos o fundo de desenvolvimento, que é uma importante iniciativa do Estado, mas precisamos fortalecer os fundos de custeio porque os municípios capixabas não aguentam executar as políticas pelas quais são responsáveis sem ter efetivamente arrecadação em fundo de custeio. Ainda temos um debate para retirar o recurso dos fundos da folha de pagamento dos municípios para efeito da Lei de Responsabilidade Fiscal. São debates que precisamos fazer e sugerimos que sejam feitos nessa comissão. O Sr. Marcelo Santos - Senhor Deputado Rodrigo Coelho, inicialmente parabéns pelo debate profundo. A partir do momento que chegamos a esta Casa, fizemos um estudo profundo, na época não havia o fundo e muito menos a riqueza atual do petróleo, que é distribuída entre as cidades produtoras. V. Ex.ª tem toda razão, há de se fazer um estudo agora diante da ambiência do Estado que foi alterada naturalmente. Naquela época eram 5,7 bilhões de orçamento total do Estado, hoje passa da casa dos onze bilhões. Esse pode ser um critério interessante. Vale o registro de que o petróleo é um bem finito e sua arrecadação, compensação, também. Parabenizamos V. Ex.ª e achamos que tem toda razão, principalmente quando se trata de valor adicionado fiscal. O SR. RODRIGO COELHO - Muito obrigado, Senhor Deputado Marcelo Santos. Em momento oportuno retornaremos ao debate porque esse é um tema ao qual retornaremos várias vezes para debatê-lo. Muito obrigado. (Muito bem!) O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor Hércules.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, telespectadores da TV Assembleia, canal 12, e TV Educativa, canal 2, boa-tarde.

Hoje pela manhã assomamos a esta tribuna para sabatinar dois candidatos a conselheiro do

Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo. Foi um momento muito bom de abertura desta Casa, quebrando um tabu de muitos e muitos anos, aceitando candidaturas de pessoas que não são Deputados.

Registramos com satisfação que na data de ontem tivemos o lançamento do livro Viajantes da Nave Tempo da Senhora Jeanne Bilich, jornalista, escritora, cineasta e historiadora. S. S.ª lançou o livro e tomou posse na Academia Espírito-Santense de Letras. Foi um momento muito importante e estiveram presentes muitas pessoas da cultura capixaba e escritores.

O Senhor Francisco Aurélio Ribeiro também assumiu naquele momento a Presidência da Academia Espírito-Santense de Letras. Após três anos, o Senhor Gabriel Augusto de Mello Bittencourt deixou a Presidência. Estiveram presentes muitas pessoas ilustres como a Senhora Maria Alice Lindenberg, o professor Agesandro da Costa Pereira; o professor João Batista Herkenhoff; o Senhor Álvaro José da Silva, que foi o padrinho da Senhora Jeanne Bilich, o Senhor Milson Henriques; a Senhora Natércia Lopes, cantora lírica e a Senhora Glecy Coutinho, jornalista. Essas são algumas das pessoas de que nos lembramos no momento, mas havia muitas e muitas autoridades da área cultural do nosso Estado.

Hoje estivemos com o imortal Matusalém Dias de Moura que, apesar do nome, não tem a idade da Academia Espírito-Santense de Letras, que no dia 04 de setembro completou noventa e dois anos. Foi um momento muito importante da cultura capixaba. Não poderíamos deixar de mencionar a presença do Senhor Cacau Monjardim, nosso ícone e autor da frase: moqueca é capixaba, o resto é peixada, entre outras coisas que ele escreveu.

Assomamos a esta tribuna mais uma vez preocupados com algumas reportagens. Há uma reportagem do jornal A Tribuna da última sexta-feira e pedimos ao querido Alexandre Bonadiman Galveas que dê um take no jornal que diz: o único condenado é a vítima ou a família da vítima, pois a vítima já foi sepultada. Não vou perdoar nunca. Essas são palavras do pai que perdeu a mulher de vinte e nove anos e dois filhos, de três e treze anos. Continua a matança em nosso trânsito. Não veremos muita mudança enquanto não se rever a educação, enquanto os governos municipais, estaduais e federal não investirem na educação.

Outra matéria também de sexta-feira no jornal A Tribuna: doze mil crimes sem punição. Em alguns casos o processo aguarda há mais de dez anos por uma decisão. O delegado afirma que só a família da vítima é penalizada. Duas matérias do jornal A Tribuna

O delegado Fabiano Contarato estará nesta Casa segunda-feira conosco na sessão e começaremos uma luta, uma batalha de educação no trânsito para diminuir as vítimas do trânsito.

14 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

É preciso que o Governo Federal e os governos municipais e estaduais, ao invés de publicarem, gastando tanto com outro tipo de propaganda daquilo que têm que fazer, invistam muito mais na educação, conforme consta no Artigo 76 do Código de Trânsito Brasileiro. O povo não aguenta mais porque não se faz quase nada em relação à educação no trânsito. São políticas tímidas e o Governo precisa ser mais incisivo na questão da educação do 1.º, 2.º e 3.º graus. Obrigado. (Muito bem!)

(Comparecem os Senhores Deputados Atayde Armani, Da Vitória e Janete de Sá)

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Roberto Carlos. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO

CARLOS) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento e concedo a palavra ao Senhor Deputado Euclério Sampaio.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - (Sem

revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, profissionais de imprensa, telespectadores, servidores desta Casa presentes nas galerias, boa-tarde.

Até que o problema dos tanques seja resolvido, pediremos para colocarem no painel as fotos dos tanques em Paul durante nossos pronunciamentos. Independente de já ter ação civil pública, ninguém está fazendo nada para proibir isso.

O Sr. José Esmeraldo - Senhor Deputado

Euclério Sampaio, na verdade, isso não é um tanque, é uma bomba atômica que pode explodir a qualquer hora.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Vivemos

num Estado onde o poder econômico se sobrepõe à vida. A questão do pedágio é econômica; está tirando do cidadão aquilo que lhe pertence, que é o direito de ir e vir. O caso de Paul é muito grave porque estão mexendo com a vida. O tanque está ao lado das casas.

Esta Assembleia Legislativa precisa se posicionar energicamente, inclusive, convocando o titular da Pasta de Meio Ambiente porque temos que saber quem autorizou e quem foram os responsáveis, tendo em vista que já tivemos tragédias nas décadas passadas. Não queremos que o Estado do Espírito Santo continue no cenário nacional e internacional pelo descaso com a vida, como é o caso da segurança e da falta de leitos nos hospitais.

Bateremos nessa tecla até alguma autoridade tomar providência. Está escrito bem grande a licença de instalação, como vemos na foto, Iema - Gerência de Controle Ambiental, GCA/SL/N.º 81/2013.

Temos que ver todos os impactos, as audiências públicas, que dizem ter acontecido, mas não aconteceram. Todos querem ficar amigos do financiador de campanha, porém, como negociar com a vida e com o direito do cidadão? Precisamos de limites.

Falaremos sobre outro assunto. Como todo ser humano, tenho problemas e, ontem, precisei sair, ficando no Hospital Santa Rita até às 18h30min. Portanto, não participei da votação do Projeto de Lei n.º 272/2013, que autoriza o Poder Executivo a doar imóveis ao Município de Afonso Cláudio-ES. Sabemos que a emenda ao projeto foi rejeitada. É um direito de todos votar da maneira que quiser, mas é inadmissível alguém se manifestar como se fosse algo errado. Errado é alguém ter uma amizade por medo, esquecendo o juramento quando tomou posse nesta Casa.

Senhores Deputados, quantos projetos já votamos neste Parlamento com emendas que não versavam sobre o projeto? O Governo manda isso direto e votamos. Ser amigo é uma coisa, defender o ilícito é outra.

Vamos nos inteirar dessas questões para fazermos a nossa manifestação mais precisamente sobre as falas de ontem.

Este livro está ao lado da minha cama: A Ferro e Fogo. Oriento a leitura a todos porque conta parte da história de um governador ditador e biônico que fez mazelas nesta Estado deste Estado.

Indicamos as páginas 321 e 322, apesar de não termos começado a leitura deste livro. Mas o livro surpreenderá muitas pessoas. Há pessoas que defendem muito os amigos. E esse livro comprova que tipo de mazelas alguém é capaz de fazer para se beneficiar, com o dinheiro público, dinheiro do povo, seus amigos.

Quando ficamos sabendo sobre esse livro, há quatro anos, descobrimos que alguém havia comprado todos os exemplares de todas as bancas da Grande Vitória. Apesar disso, conseguimos com um amigo que havia comprado um exemplar. É muito interessante uma pessoa determinar a compra de todos os exemplares desse livro.

Lamentavelmente, assistirei à fala de cada Deputado Estadual realizada em relação ao projeto ontem, porque farei questão de ler as página 321 e 322. Os Senhores ficarão horrorizados com o que o Governador biônico é capaz de fazer: tirar do povo para dar a seus amigos.

Senhor Presidente, obrigado. (Muito bem!) (Comparece o Senhor Deputado Gildevan Fernandes)

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO

CARLOS) - Senhor Deputado Euclério Sampaio, temos uma audiência pública marcada no bairro de Paul. V. Ex.ª e os Senhores Deputados serão convidados.

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 15

Concedo a palavra ao Senhor Deputado José Esmeraldo.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - (Sem revisão

do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, telespectadores que nos assistem por meio da TV Educativa e TV Assembleia, canal 19.2, funcionários desta Casa de Leis, taquígrafos e pessoas que nos acompanham das galerias, como amigo dessa região de Vila Velha, assomamos a esta tribuna, para fazer uma saudação ao Senhor Deputado Euclério Sampaio.

O Senhor Deputado Euclério Sampaio trouxe fotos ao Plenário e, ao visualizá-las, fica perfeitamente constatado o que foi falado. E, observando o cilindro, pelo cálculo, não há menos de cinco milhões de litros.

Senhor Deputado Euclério Sampaio, cada tanque tem capacidade de, no mínimo, cinco milhões de litros de gasolina ou de soda cáustica. O que está porque é o que foi definido. E o pior de tudo, dentro de uma região de densidade populacional, o bairro de Paul.

Se houver uma explosão nesse local, não somente os moradores do bairro Paul, sofrerão as consequências, os moradores dos bairros Vila Dom João Batista, São Torquato ou Vila Garrido sofrerão as consequências também.

Certamente quem mora nessa região deve dormir sobressaltado, principalmente em época de chuvas e relâmpagos. Isso já aconteceu. E o pior de tudo, há uma pedreira próxima ao local, em que estão tirando os matacões e o granito. É um negócio absurdo, pois o granito, quando é explode, balança tudo.

Não consigo entender, um órgão como o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Iema, deveria ter responsabilidade com a população e não querer dizimá-la. Mas é isso o que vemos. Parece-nos que o Iema está querendo dizimar a população dos bairros de Paul, de Vila Garrido, de Vila Dom João Batista e de São Torquato. Isso está fora do vocabulário.

Não consigo entender como pode acontecer uma autorização de um profissional, entre aspas, para que nesse local, estejam instalados esses tanques.

Senhor Deputado Euclério Sampaio, deve haver alguma coisa por trás.

O Sr. Euclério Sampaio - Parabenizo V.

Ex.ª. Temos certeza de que o Município de Vila Velha e todo o Estado do Espírito Santo podem contar com a luta de V. Ex.ª, que tem sido brilhante nesta Casa de Leis.

Caso haja uma explosão ou um acidente, inúmeros bairros serão destruídos. V. Ex.ª entendeu? Mas o que nos deixa pasmo é a insensibilidade desses profissionais do meio ambiente do Estado. Quero acreditar que não há envolvimento, que a Prefeitura de Vila Velha não tenha liberado a licença, uma insensibilidade à vida humana. Nesses bairros há

pessoas decentes, honestas, trabalhadoras, que estão jogadas ao léu. Portanto, acho que os trinta Senhores Deputados desta Casa deveriam abraçar esta causa, como uma questão de humanidade, de respeito à vida. Coisa que não tem ocorrido pelos órgãos competentes. Acho que V. Ex.ª tem muita razão quando fala que há alguma coisa de errado. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Quantas bombas atômicas serão colocadas naquele local? Porque aquilo são bombas atômicas. É uma bomba de efeito retardado, porque quando explodir explodirá tudo junto. São dez? O Sr. Euclério Sampaio - Estão construindo dez, mas querem chegar a trinta. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Para aqueles bairros, podem ter certeza de que será pior do que a bomba de Hiroshima, porque em um raio de três quilômetros, digo isso porque sei, faço cálculos, varrerá tudo. São cinco milhões a doze milhões de litros de gasolina, de soda cáustica. Até a região do Município de Vitória vai balançar. Que os prédios estejam seguros... O Sr. Euclério Sampaio - Vai ver que é tão lucrativo quanto a Rodovia do Sol, não é? O pedágio da Terceira Ponte beneficia muita gente. De repente, com uma licença desta concedida, muita gente está sendo beneficiada. Lamentavelmente, é verdade! Porque ninguém em sã consciência autoriza uma tragédia anunciada como essa. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Acho que é porque estão com raiva do povo do Município de Vila Velha. Muito obrigado. (Muito bem!)

(Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Jamir Malini)

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO CARLOS) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Marcelo Santos. O SR. MARCELO SANTOS - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, dois temas importantes estão sendo debatidos nesta Casa, o primeiro, levantado pelo Senhor Deputado Rodrigo Coelho, que fala do estudo de redistribuição dos índices de participação de peso no ICMS, na competência do Estado. Outra questão importante é o debate dos TGL - Terminais de Granéis Líquidos, que estão sendo construídos com licença prévia no Município de Vila Velha, e que realmente assusta até quem não mora na região. Se para conseguirmos uma autorização para o funcionamento e a comercialização de botijas de gás, temos que manter a distância de qualquer tipo de

16 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

habitação, imagine o que é construir um terminal de granel líquido desses, com mais de cinquenta mil litros de combustíveis e de outros produtos corrosivos, que podem, naturalmente, gerar danos enormes à localização onde será construído? Dois temas importantes. O papel do Poder Legislativo, legislar, fiscalizar, e assim, Presidente, ad-hoc, Senhor Deputado Roberto Carlos, parabenizo o Governo Casagrande, o Governador do Estado, porque ontem tivemos a oportunidade de assistir não apenas à sanção da lei que criou o Fundo onde estiveram presentes dezenas de pessoas. Não apenas a alegria da sanção, Senhor Deputado Roberto Carlos, mas ver na face dos prefeitos, prefeitas, vereadores, lideres populares, a satisfação, das mãos do Governo do Estado, com a chancela desta Casa, promover um processo de desburocratização. Muita gente criticou este projeto, inclusive, muitos falaram que isso era um programa eleitoral, mas não é. As cidades passam por dificuldades enormes provocadas por uma política que não é eficiente. Para desonerar tem que ter muita responsabilidade e quem paga a conta no final são as cidades. Além de tudo, temos o prejuízo do Fundap, pois as cidades sofrem com a redução em suas finanças públicas. Os jornais têm divulgado amplamente os prejuízos que a cidade vem sofrendo, mas a partir de uma iniciativa do Governo do Estado, na figura do Governador Renato Casagrande, a quem presto as minhas homenagens e com a chancela do Poder Legislativo, que debateu, discutiu, apresentou emendas, corrigiu as distorções e aperfeiçoou o projeto que aprovamos para ser sancionado ontem, pelo Governo do Estado, que liberou duzentos milhões de reais para auxilio aos municípios capixabas. Destaco, Senhor Deputado Euclério Sampaio, o Município de Vila Velha que receberá desse fundo a quantia de treze milhões, oitocentos e sessenta e seis mil reais; o Município de Serra receberá treze milhões, setecentos e doze mil reais; o nosso Município de Cariacica, doze milhões, cento e onze mil reais; e o Município de Viana, três milhões, quinhentos e vinte e cinco mil reais. São recursos que ajudarão muito as cidades a executarem aquilo que se comprometeram diante da discussão de orçamente participativo, ou as necessidades que o próprio município detectou. Além disso, fará com que as finanças se equilibrem por conta da diminuição da receita. Ou seja, com a queda da receita dos municípios houve uma disparidade; naturalmente a questão dos funcionários ficou maior do que a receita. Assim, os gestores seriam incluídos na Lei de Responsabilidade Fiscal, e não serão mais, pelo menos a maioria deles, por conta desse repasse. Não é eleitoreiro, não é eleitoral, não é nada que crie o vínculo entre eleição 2014, mas sim sensatez, Senhor Deputado Euclério Sampaio.

Sensatez e agilidade, pois desburocratização, que já é matéria primeira em qualquer ação da iniciativa privada, deve também ser pautada no poder público.

Sendo assim, não poderemos deixar de registrar que o Governo do Estado sai na frente, porque teve a chancela do Poder Legislativo, que exerceu o seu papel, e deu esse resultado para que a sociedade capixaba pudesse hoje comemorar, pois os cofres municípios receberem mais de duzentos milhões de reais. (Muito bem!)

(Comparecem os Senhores Deputados Elcio Alvares, Glauber Coelho, Theodorico Ferraço e Solange Lube)

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO CARLOS) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Jamir Malini. (Pausa) Ausente, concedo-a ao Senhor Deputado Marcos Mansur. O SR. MARCOS MANSUR - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, servidores e colaboradores desta Casa, imprensa presente, nossos telespectadores e internautas, assomamos a esta tribuna para trazer a nossa preocupação com os moradores de uma rua da cidade de Alegre.

Nas introduções das nossas falas faço sempre um apelo, um pedido ao Senhor Governador Renato Casagrande em relação aos moradores da Rua Ruth Alice, localizada no Município de Alegre. No ano de 2010, os moradores tiveram suas casas perdidas - a rua acabou, o morro desceu, muita chuva, muita água - e a solução para esse problema vem se arrastando há três anos.

O dinheiro está provisionado, a causa está ganha, o Governo concorda em indenizar esses moradores, mas os trâmites burocráticos estão agarrados em último grau. Por favor, Senhor Governador Renato Casagrande e todos os envolvidos, queremos chegar a esta tribuna para agradecer ao Governo essa conquista e esse gesto até de humanidade com relação aos moradores da Rua Ruth Alice, naquele Município do Sul Capixaba. Aproveitamos a oportunidade também de dizer que fizemos um requerimento de voto de congratulações à Cooabriel, Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel da Palha, pelos seus cinquenta anos de existência, comemorados no último final de semana. A Cooabriel é um motivo de orgulho para todo o Brasil, não só para nós do Estado do Espírito Santo, por ser a maior cooperativa de café conilon do mundo. Falamos como técnico, como engenheiro agrônomo e como professor de cafeicultura que essa cooperativa merece os nossos parabéns e o nosso respeito. Ficamos felizes de comemorar esta marca e de celebrar os cinquenta anos de existência da Cooabriel.

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 17

É importante colocar que a Cooabriel foi a responsável por iniciar as atividades comerciais do café conilon aqui no Estado num período muito difícil e com enorme insegurança vivida pelos produtores de café, devido à erradicação dos cafezais em todos os níveis de Governo, à época de Getúlio Vargas. E mesmo diante dessas dificuldades, dessas diversidades, os trinta e oito produtores, que são os fundadores da cooperativa, não se curvaram às dificuldades, pelo contrário, com muita luta e persistência, mantiveram-se firmes, unidos, alcançando o crescimento e o êxito que hoje é a Cooabriel que conhecemos.

Há cinquenta anos a Cooabriel começou com trinta e oito anos cooperados. Hoje, a empresa conta com quatro mil e quinhentos cooperados, razão pela qual é a maior cooperativa de conilon do mundo, motivo de orgulho para o Brasil, oferecendo serviço de comercialização e também de armazenagem do café conilon. Atua em todos os municípios, praticamente da região Norte e Noroeste do nosso Estado como também nos vários municípios do Sul da Bahia, garantindo uma produção de mais de um milhão de sacas de café por ano. Com o crescimento acelerado nos últimos anos, essa cooperativa está na quadragésima sétima posição no ranking das melhores empresas do Estado do Espírito Santo.

Encerrando nosso pronunciamento, manifestamos o nosso reconhecimento ao trabalho desenvolvido por todos os cooperados na pessoa do incansável do Senhor Antônio Joaquim de Souza Neto, Presidente da Cooabriel, pela capacidade empreendedora do cooperativismo no nosso Estado e nosso Brasil. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO CARLOS) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Freitas.

O SR. FREITAS - Senhor Presidente,

declino em favor do Senhor Deputado Roberto Carlos, pois, observamos que V. Ex.ª tem necessidade de falar. Falarei numa outra oportunidade.

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO

CARLOS) - Tendo S. Ex.ª declinado, passo a presidência dos trabalhos à Senhora Deputada Solange Lube, pois sou o próximo orador. (Pausa)

A SR.ª PRESIDENTA - (SOLANGE

LUBE) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento e concedo a palavra ao Senhor Deputado Roberto Carlos.

O SR. ROBERTO CARLOS - (Sem

revisão do orador) - Senhora Presidenta, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, agradecemos ao Senhor Deputado Freitas por ter declinado da palavra em nosso favor. Neste momento partiremos para a

segunda promessa que fiz na realização da audiência pública, no bairro Paul, com participação de mais de duzentos moradores das regiões da Guilhermina e Atalaia. A primeira foi de que traríamos ao debate à questão dos tanques de combustíveis para a Assembleia legislativa. O debate está instaurado com a adesão de demais parlamentares que são muito bem-vindos para se somar àquela população que, de forma alguma, aceitará a instalação, a licença de operação daqueles tanques.

A segunda promessa, faremos da tribuna desta Casa. O Iema não pode fornecer licença de operação para aqueles tanques de combustíveis e soda cáustica. Não pode e não irá conceder, porque se o fizer - já falamos desta tribuna e voltamos a repetir -, estará assinando um atestado de incompetência, ao mesmo tempo colocará em risco a vida de milhares de pessoas naquela região. Como repercuti em minha última fala desta tribuna, nasci em Paul e saí daquele bairro com quatorze anos de idade, mas me lembro como se fosse hoje, Senhor Deputado José Esmeraldo, de que lá tínhamos os tanques da Shell, no bairro São Torquato e tanque na região da Vale do Rio Doce, que tinha álcool e melaço, Senhor Deputado Genivaldo Lievore. Foram mais de cinco milhões de litros de álcool que vazaram, e isso, infelizmente, não está registrado nos livros de história do Estado do Espírito Santo.

Se Chernobyl representou um grande acidente nuclear, com grande repercussão na antiga União Soviética, mais especificamente em Kiev, imagina o vazamento de cinco milhões de litros de álcool no bairro Paul, na década de setenta. Trarei, na próxima sessão, as fotos, as imagens e as reportagens da época. Os cinco milhões de litros de álcool que vazaram dos tanques na década de setenta foi o maior impacto ambiental da Grande Vitória. Agora, estamos diante de uma tragédia anunciada com relação da questão dos tanques de combustíveis que não se concretizará, porque não permitiremos essa implantação. Primeiramente porque acabamos de protocolizar nesta Casa um pedido de audiência pública, onde estará presente o Senhor Gustavo Senna Miranda, Promotor de Justiça, que falará em nome do Ministério Público do Estado.

Vamos convidar membros do Iema para ir ao bairro Paul participar dessa audiência pública; convidar também o professor pesquisador de química da Ufes que falará do perigo que é instalar tanque de combustível a menos de dez metros da população. Então, aos Senhores Tonico Vanzeler e Paulo Henrique, às Senhoras Fátima e Geralda, a todos vocês que moram na região de Atalaia, o primeiro objetivo foi concretizado. A Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo neste momento está falando dos tanques de combustível. Agora iremos para o segundo e mais importante objetivo: travaremos uma luta que, com certeza, será vitoriosa. Assim, não teremos aquela bomba instalada

18 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

ao lado dos moradores do bairro Paul que sofreu durante décadas com o cardampe da Vale do Rio Doce, que durante a madrugada fazia um barulho infernal e não permitia que a população pudesse dormir. Encerro a nossa fala dizendo com muita tranquilidade: esses tanques não serão operados naquela região, porque a população não deixará. (Muito bem!) A SR.ª PRESIDENTA - (SOLANGE LUBE) - Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Glauber Coelho. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento para dar continuidade ao rito da sessão.

Concedo a palavra a Senhora Deputada Janete de Sá.

A SR.ª JANETE DE SÁ - (Sem revisão da

oradora) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, boa-tarde a todos e a todas presentes, só me resta um minuto para falar, mas faço questão de fazer coro com o Senhor Deputado Roberto Carlos, que é filho do bairro Paul. Temos um amor especial pela cidade onde nascemos, não é, Senhor Deputado Roberto Carlos? De fato aquele problema instalado no Bairro de Paul é diferente do que foi instalado no bairro de São Torquato, que apesar de estar muito próximo da população, era uma área cercada. Pelo que observamos querem implantar esses tanques de combustíveis no bairro Paul ao lado das casas. No bairro São Torquato não deixa de ter a sua gravidade, porque se houvesse um derramamento de combustível naquele local, pegaria os bairros São Torquato, Paul, aquela região toda. Quero aqui fazer coro e colocar-me junto aos Senhores Deputados Roberto Carlos, Euclério Sampaio, os Deputados que estão hoje morando em Vila Velha, para estarmos junto com a população discutindo esse problema junto ao Iema. Porque o Iema encrenca com os pequenos produtores rurais, mas em uma questão desta, de grande envergadura e que realmente traz risco de morte às pessoas, não tem o mesmo comportamento. E uma situação que deveria ser de fiscalização e de um rigor maior. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Findo o tempo destinado à fase das Comunicações, passa-se à

ORDEM DO DIA:

Votação adiada, com discussão única

encerrada, em regime de urgência, do Projeto de Lei n.o 272/2013, oriundo da Mensagem Governamental n.o 189/2013, que autoriza o Poder Executivo a doar imóveis ao Município de Afonso Cláudio-ES. Publicado no DPL do dia 04/09/2013. Pareceres orais

da Comissão de Justiça, pela constitucionalidade, da Comissão de Cidadania, pela aprovação, da Comissão de Infraestrutura, pela aprovação, com emenda, da Comissão de Finanças, pela aprovação, sem emenda e da Comissão de Justiça, pela inconstitucionalidade da emenda. (A votação da matéria será na forma do parecer da Comissão de Finanças).

Discussão única, em regime de urgência, do

Projeto de Lei Complementar n.o 45/2013, oriundo da Mensagem Governamental n.o 196/2013, que autoriza o Poder Executivo a realizar contratação temporária de pessoal, para atender às necessidades emergenciais do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - Iema. Publicado no DPL do dia 04/09/2013. Na Comissão de Justiça, o Deputado Marcelo Santos se prevaleceu do prazo regimental para relatar a matéria na Sessão Ordinária do dia 10/09/2013. (Prazo até o dia 17/09/2013). (COMISSÕES DE JUSTIÇA, DE CIDADANIA, DE MEIO AMBIENTE E DE FINANÇAS).

Discussão única, em regime de urgência, do

Projeto de Lei n.o 275/2013, oriundo da Mensagem Governamental n.o 194/2013, que altera o artigo 17 da Lei n.o 7.001/2001, que define as Taxas devidas ao Estado em razão do exercício regular do Poder de Polícia. Publicado no DPL do dia 04/09/2013. Na Comissão de Justiça, o Deputado Marcelo Santos se prevaleceu do prazo regimental para relatar a matéria na Sessão Ordinária do dia 11/09/2013. (Prazo até o dia 18/09/2013). (COMISSÕES DE JUSTIÇA, DE CIDADANIA, DE SEGURANÇA E DE FINANÇAS).

Discussão única, em regime de urgência, do

Projeto de Lei n.o 277/2013, oriundo Mensagem Governamental n.o 210/2013, que inclui entidades no Anexo V da Lei Orçamentária n.o 9.979, para a Secretaria de Estado de Esportes e Lazer. Publicado no DPL do dia 10/09/2013. (COMISSÃO DE FINANÇAS).

Discussão se houver recurso, na forma do

artigo 277, §§ 2.º a 5.º, do Regimento Interno, do Projeto de Lei n.o 334/2012, do Deputado Doutor Hércules, que declara de Utilidade Pública a Associação dos Deficientes da Grande São Pedro. Publicado no DPL do dia 20/11/2012. Pareceres n.os 91/2013, da Comissão de Justiça, pela constitucionalidade e legalidade, 03/2013, da Comissão de Assistência Social, pela aprovação, com emenda, e 316/2013, da Comissão de Justiça, pela constitucionalidade e legalidade da emenda. Lido no Expediente da Sessão Ordinária do dia 16/09/2013.

Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto

de Lei Complementar n.o 44/2013, oriundo da Mensagem Governamental n.o 195/2013, que

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 19

reorganiza os cargos e as respectivas carreiras da Faculdade de Música do Estado - Fames e dá outras providências. Publicado no DPL do dia 04/09/2013.

(Comparece a Senhora Deputada Luzia Toledo)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Votação adiada, com discussão única encerrada, em regime de urgência, do Projeto de Lei n.o 272/2013.

Em votação o Projeto de Lei n.º 272/2013, na forma do parecer da Comissão de Finanças.

Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam sentados. (Pausa)

Aprovado. À Secretaria para extração de autógrafos. Discussão única, em regime de urgência, do

Projeto de Lei Complementar n.o 45/2013. Concedo a palavra à Comissão de Justiça,

para que esta ofereça parecer oral ao projeto. O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(ELCIO ALVARES) - Convoco os membros da Comissão de Justiça, Senhores Deputados Marcelo Santos, Da Vitória, Atayde Armani e Lúcia Dornellas. (Pausa)

Consulto o relator, Senhor Deputado Marcelo Santos, se está apto a oferecer seu parecer.

O SR. MARCELO SANTOS - Não, Senhor

Presidente. Continuarei me prevalecendo do prazo regimental para oferecer parecer ao projeto.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(ELCIO ALVARES) - É regimental. Devolvo a palavra à Mesa. A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor

Presidente, pela ordem! Recorro da decisão de V. Ex.ª ao Projeto Lei n.º 291/2013, de minha autoria, lido em sessão anterior, para audiência do Plenário.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Defiro o pedido de recurso. À Comissão de Justiça para oferecer parecer

sobre o recurso. O SR. ROBERTO CARLOS - Senhor

Presidente, pela ordem! Registramos a presença, nas galerias desta Casa, do Senhor Paulo César, líder comunitário e Presidente do Movimento Comunitário de Paul, que tem uma luta muito importante contra a instalação dos tanques em Paul.

Parabenizamos S. S.ª e o convidamos, caso queira, a participar conosco desta sessão. Está convidado a vir para a sala vip.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Discussão única, em regime de urgência, do Projeto de Lei n.o 275/2013.

Concedo a palavra à Comissão de Justiça, para que esta ofereça parecer oral ao projeto.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(ELCIO ALVARES) - Convoco os membros da Comissão de Justiça, Senhores Deputados Marcelo Santos, Da Vitória, Atayde Armani e Lúcia Dornellas. (Pausa)

Consulto o relator, Senhor Deputado Marcelo Santos, se está apto a oferecer seu parecer.

O SR. MARCELO SANTOS - Não, Senhor

Presidente. Continuarei me prevalecendo do prazo regimental para oferecer parecer ao projeto.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(ELCIO ALVARES) - É regimental. Devolvo a palavra à Mesa.

(Comparece o Senhor Deputado Paulo Roberto) O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Discussão única, em regime de urgência, do Projeto de Lei n.o 277/2013.

Concedo a palavra à Comissão de Finanças, para que esta ofereça parecer oral ao projeto.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(ATAYDE ARMANI) - Senhor Presidente, na ausência do Presidente, Senhor Deputado Sérgio Borges, na forma regimental, assume a presidência da Comissão de Finanças e convoco seus membros, Senhores Deputados José Esmeraldo, Euclério Sampaio, Lúcia Dornellas, Glauber Coelho, Rodrigo Coelho e Paulo Roberto.

Avoco o projeto para relatar. (Pausa) Senhores membros da Comissão de Finanças,

relato pela aprovação do Projeto de Lei n.º 277/2013. (Muito bem!) (Pausa)

Em discussão o parecer. (Pausa)

O SR. MARCELO SANTOS - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(ATAYDE ARMANI) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Marcelo Santos.

O SR. MARCELO SANTOS - (Sem

revisão do orador) - Senhor Presidente e Senhores membros da Comissão de Finanças, o Projeto de Lei n.o 277/2013 inclui entidades aptas a receberem transferência a título de subvenções sociais, contribuições correntes e auxílios. É outro assunto que, às vezes, votamos a toque de caixa, à revelia e não damos a atenção devida. E aí, naturalmente, coisas tão simples denigrem o Poder Legislativo.

O que significa o Projeto de Lei n.º 277/2013? Significa que estamos incluindo entidades

20 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

para receberem recursos do Estado, para que possam promover ações em benefício da sociedade capixaba na área de esporte, com consequências sociais positivas enormes.

Entidades não tinham condições de receber recursos do Estado. Passaremos a fazer a leitura de quais entidades o Poder Legislativo está autorizando o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Esportes, a receber subvenção, receber recursos para promover atividades esportivas, eventos esportivos e com consequências enormes positivas na área social: Associação Salvamar de Assistência à Criança e ao Adolescente, Município de Guarapari; Associação Beneficente Dorcas - Abed, Município de Viana; Associação de Boxe do Estado do Espírito Santo, Município de Vila Velha; Associação dos Corredores do Espírito Santo, Município de Vitória.

A Comissão de Finanças relatou favoravelmente ao Projeto de Lei n.º 277/2013, que será votado pela comissão e, após, pelo Plenário. E temos certeza de que será aprovado. Mas, com a velocidade com que estava sendo votado, jamais seríamos lembrados de que autorizamos essas entidades a receberem subvenção do Estado. Aí, o papel do Poder Legislativo fica zero, mais uma vez! Apenas somos lembrados quando alguém comete um erro e toda a Casa paga por esse erro.

E aí, Senhor Deputado Elcio Alvares, V. Ex.ª que é um defensor do Poder Legislativo, e comungo com V. Ex.ª, esse é o papel do Parlamento: o Executivo pede autorização ao Legislativo, que chancela. Mas depois as entidades sequer dão a atenção devida àquele que de fato autorizou que recebessem os devidos repasses.

Precisamos registrar isso, pois é comum lermos nos jornais como é tratado o Poder Legislativo. É claro que existem as deferências, existe referência positiva, mas a maioria é negativa.

Exaltamos aqui a função principal deste Poder de legislar e de debater. Função, às vezes, criticada quando um Colega apresenta um projeto ou quando apresentamos uma emenda. Mas é nesta Casa de Leis que fazemos com que a democracia permaneça viva a cada instante. É nesta Casa de Leis que corrigimos de maneira possível as distorções em qualquer matéria apresentada pelos demais Poderes. É nesta Casa de Leis que tudo aquilo que é executado, que é feito no Governo do Estado e nos demais Poderes tem a chancela de cada um das Senhoras e dos Senhores Parlamentares.

Era isso que gostaríamos de discutir, já antecipando o nosso voto no Plenário que será favorável ao relator. (Muito bem!)

(Comparece o Senhor Deputado Claudio Vereza) O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Roberto Carlos. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO CARLOS) - Assumo a presidência dos trabalhos e devolvo a palavra à Comissão de Finanças.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO - (ATAYDE ARMANI) - Continua em discussão o parecer. (Pausa) O SR. JOSÉ ESMERALDO - Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo. O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO - (ATAYDE ARMANI) - Senhor Presidente e Senhores membros da Comissão de Finanças, o Projeto de Lei n.o 277/2013 inclui entidades no Anexo V da Lei Orçamentária n.o 9.979, de 15 de janeiro de 2013, para o fim que especifica. A fala do Senhor Deputado Marcelo Santos foi importante. Esta daqui é a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer. Este Projeto é importante. A única preocupação que tenho é que se trata da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, porque é uma Secretaria que não atende principalmente a este Deputado. Fui do PR e esta Secretaria nunca atendeu a este Deputado. Trata-se do Secretário Vandinho Leite. Esta Secretaria não atende, esta é que é a verdade! Sabemos que existem muitos Deputados que ligarão, mas a Secretaria não os atenderá. Colocando mais essa máquina na mão de S. Ex.a, o cara vai ganhar para Senador da República, Senhora Deputada Luzia Toledo.

V. Ex.a poderia fazer um aparte, mas V. Ex.a não faz porque não se... V. Ex.a é uma mulher inteligente. É isso daqui, Senhora Deputada Luzia Toledo: colocar a máquina na mão do homem. Andei pelo Interior do Estado e vi como é tudo quanto é campo de futebol. É impressionante: vai ser o Deputado Federal mais votado, Senhor Deputado Euclério Sampaio.

Seria bom que também os Senhores Deputados, não um, dois ou três Deputados, mas que todos os Senhores Deputados também fossem ouvidos, Senhora Deputada Luzia Toledo.

Isso daqui é uma máquina de fazer voto! O bichinho está deitando e rolando. É goela de pato! Tudo lá é na dificuldade, só não há dificuldade para aqueles em que S. Ex.a tem interesse.

Alguém já deve ter ligado. Liguem mesmo. Este Deputado não é nem frouxo, nem covarde. Quando tem que falar, fala aqui. Quando tem que falar, fala, fala na frente de S. Ex.ª. Assim é mole ganhar eleição, Senhora Deputada Lúcia Dornellas. Assim é mole ganhar a eleição, Senhor Deputado Euclério Sampaio. Senhor Deputado Atayde Armani, é muito fácil ganhar eleição assim. Joga tudo na mão do cara e os deputados, com algumas exceções, S. Ex.ª tem alguns amiguinhos nesta Casa. Tem, sabemos disso. Mas é brincadeira! V. Ex.ª tem alguma coisa a falar, Senhor Deputado Euclério Sampaio?

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 21

O Sr. Euclério Sampaio - Parabenizo V. Ex.ª, um homem de coragem e de fibra e não vou tirar o mérito da sua fala, porque V. Ex.ª tem razão naquilo que está falando, mas poucos têm a coragem de V. Ex.ª. Parabéns, Senhor Deputado José Esmeraldo. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Senhor Deputado Roberto Carlos, V. Ex.ª anda pelo Interior todo. V. Ex.ª é um cara que rala. Aqui é fácil. É muito fácil ganhar eleição desse jeito. Já falei: Governador Renato, é uma deslealdade para conosco da Assembleia Legislativa. É fácil ganhar eleição assim: vai lá e faz um campo de futebol e o prefeito está com S. Ex.ª. Aliás, os deputados federais que disputarão a reeleição que se cuidem, porque só tem oito vagas. Uma é de S. Ex.ª. O Sr. Euclério Sampaio - Sei que posso contar com V. Ex.ª na luta pelo povo do Estado do Espírito Santo. Fiz um decreto e vou protocolizá-lo agora, e convido os deputados que quiseram assinar, porque é uma luta dos trinta, sustando a licença ambiental que autorizou a instalação dos tanques de combustível em Vila Velha. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Quero ser o primeiro a assinar. Eu, V. Ex.ª e o Deputado Roberto Carlos, vamos assinar nós três. O Sr. Euclério Sampaio - Já convidei o Senhor Deputado Roberto Carlos e convido todos os deputados presentes. Sei que V. Ex.ª sempre foi o primeiro a assinar conosco. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Não tem esse negócio de moleza, não. Mas isso aqui machuca a gente. Eu ralo de domingo a domingo. Sinceramente, isso não é conversa fiada. Podem vir aqui às 18h de sexta-feira... Só saio daqui às 20h. É fácil. O projeto de lei veio, leva tudo para S. Ex.ª. S. Ex.ª vai chamar uns dois ou três deputados, e já sei até quem são, e fala: me ajuda lá. É isso aí. Sabido demais! Governador Renato, é muito sabido! Isso aqui os deputados desta Casa que têm medo de falar, não falam, têm medo, está todo mundo quietinho. Todo mundo está quieto. A verdade é essa. Não tem peito, não tem raça para vir aqui falar. Chega nesta tribuna e fala o que estou falando e V. Ex.as sabem que isso aqui é verdade. Mas ninguém quer se incompatibilizar. Mas aqueles que estão nos assistindo sabem perfeitamente quem é quem aqui dentro. Nesta Casa não tem menino, não. Fica aqui minha indignação. Vou votar favorável, mas tem que falar a verdade. Tem que chegar nesta tribuna e falar a verdade. S. Ex.ª atende a pouquinhos deputados. A uns três ou quatro, e o resto é resto. E somos da base do Governo e o Senhor Governador Renato sabe disso e não toma

providência, não, Renato? Tinha que tomar providência. É covardia encher o pote. (Muito bem)

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO - (ATAYDE ARMANI) - Continua em discussão o parecer. (Pausa)

O SR. GILDEVAN FERNANDES - Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO - (ATAYDE ARMANI) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Gildevan Fernandes.

O SR. GILDEVAN FERNANDES - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente e Senhores membros da Comissão Finanças, queremos primeiro chamar a atenção porque talvez esta seja a primeira oportunidade, o primeiro momento em que esta Casa pára para discutir um projeto que inclui entidades no rol daquelas que devem receber transferência a título de subvenção social.

Ressaltamos desta tribuna a qualidade do discurso, das palavras ditas pelo Senhor Deputado Marcelo Santos, destacando a importância do Poder Legislativo na realização de tantas obras, de tantas melhorias, de tantos benefícios que chegam aos municípios, que chegam à sociedade por meio das entidades organizadas e, muitas vezes, não se atém à ação, à participação positiva do Poder Legislativo. Ao destacar dessa forma, o Senhor Deputado Marcelo Santos fez uma palavra de valorização do Poder Legislativo que é muito importante mesmo.

Ouvimos atentamente as palavras do Senhor Deputado José Esmeraldo e S. Ex.ª deve ter suas razões de insatisfação. Acreditamos que, com a mediação do Senhor Deputado Atayde Armani, Líder do Governo, esses assuntos podem e devem ser corrigidos. Se algum Deputado desta Casa não é bem atendido, se não é respeitado por um Secretário de Estado, naturalmente precisa ser ouvido. Se há alguma falha de algum membro da equipe, precisa ser corrigida e cremos que essas falhas não estão no caráter e na conduta do Secretário Vandinho Leite. Se S. Ex.ª está bem destacado, bem cotado não é por acaso. Não queremos e não devemos discutir - ou pelo menos este Deputado não discutirá - as próximas eleições estaduais. Mas se há uma boa aceitação do nome de S. Ex.ª é graças a muito trabalho e a muita competência. O nosso conceito, com todo respeito a quem tem opinião diferente, é que o Senhor Vandinho Leite é um homem público que trabalha com muita eficiência e com muita democracia e sua ação passou a dar muito mais visibilidade à Secretaria de Estado de Esportes e Lazer. Por todos os cantos do Estado do Espírito Santo S. Ex.ª tem realmente marcas da sua gestão e diversas obras que nascem inicialmente da decisão política do Governador Renato Casagrande de levar esporte e

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lazer a diversas comunidades, inclusive com o propósito de diminuir a violência, partindo do princípio de que violência não é apenas uma questão de polícia, mas também de oportunidades de esporte, de lazer e de congraçamento entre as comunidades.

Fazemos um contraponto, com muito respeito às ponderações e às razões que tenham o Senhor Deputado José Esmeraldo. Mas fazemos um justo registro da competência e da qualidade do trabalho do Secretário Vandinho Leite que, além de um homem muito competente, é também muito abençoado.

Senhor Presidente, visitamos a referida Secretaria, apresentamos reivindicações e esse deve ser o nível de relacionamento com todos os Deputados. Fazemos um pedido ao Senhor Deputado Atayde Armani que faça a mediação nesse sentido para que todos os Deputados também tenham o mesmo nível de entendimento e de relação.

O Sr. Marcelo Santos - Só quero

acrescentar, como V. Ex.ª muito bem descreveu, que a minha fala foi para dizer a importância do Legislativo ao chancelar ações como essas encaminhadas pelo Executivo. Falo isso sem nenhum demérito para o Secretário Vandinho Leite para que não fique qualquer interpretação até porque S. Ex.ª foi meu colega e continua sendo. Registro que S. Ex.ª faz um excelente trabalho à frente da Secretaria de Estado de Esportes.

A minha manifestação é com relação à importância do Legislativo para os efeitos reais que irão acontecer a partir da sanção dessa lei porque passa pela Assembleia Legislativa que vai chancelar, ao final, quando ouvido o Plenário. Obrigado pelo aparte.

O SR. GILDEVAN FERNANDES - Senhor

Presidente, as entidades consignadas nesse projeto muito provavelmente foram reconhecidas de utilidade pública por iniciativa de outros Deputados. O Governador do Estado, Senhor Renato Casagrande, está encaminhando entidades que muitas vezes o próprio Secretário nem tem conhecimento diretamente. Porém, certamente algum Deputado desta Casa de Leis tem conhecimento do trabalho desenvolvido pelas entidades elencadas. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO - (ATAYDE ARMANI) - Continua em discussão o parecer. (Pausa)

O SR. FREITAS - Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO - (ATAYDE ARMANI) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Freitas.

O SR. FREITAS - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente e Senhores membros da

Comissão de Finanças, tomamos a liberdade de discutir também o Projeto de Lei n.º 277/2013, do Governador do Estado Renato Casagrande, que inclui entidades no Anexo V da Lei Orçamentária n.º 9.979 para a Secretaria de Estado de Esportes e Lazer, dada a acalorada discussão que toma conta do Plenário neste momento, em função dessa matéria. Se não nos falha a memória, durante o tempo em que estamos nesta Casa de Leis ainda não tínhamos visto um projeto de lei que incluísse entidades na lei orçamentaria, oriundos ou em função da Secretaria de Estado de Esportes. Vemos muito isso ocorrer para a Seades; mas não nos recordamos para a Secretaria de Esportes. Vemos isso acontecer, com muita frequência, para a Seades e para outras Secretarias. E agora quando vem inclusão para a Secretaria de Esportes vemos essa discussão.

Pode ter a pertinência, como disse com muita propriedade e com equilíbrio o Senhor Deputado Gildevan Fernandes, ou seja, pode ter os seus motivos. Fazemos nossas as palavras de S. Ex.ª de que é preciso ser sanadas no campo legal, se são de ordem pessoal. No entanto, achamos completamente pertinente e próprio inserir entidades na Lei Orçamentária.

Com certeza são entidades reconhecidas de utilidade pública estadual e são inseridas para poder receber o auxílio necessário do Poder Público e talvez esteja inscrita na Lei de Subvenção Social. Temos que reconhecer, do nosso ponto de vista, o trabalho extraordinário do Senhor Secretário Vandinho Leite, Deputado Estadual licenciado para assumir a Secretaria de Estado de Esportes e Lazer.

Com relação se está credenciado ou não, pensamos que só se pode contar com o voto quando ele é retirado da urna. Não dá para contar voto colocando-o na urna. O voto é uma representatividade de uma avaliação da sociedade de uma determinada pessoa, muitas vezes das suas ações e do histórico de caminhada da nossa vida. Muitas vezes ganhamos uma determinada eleição e depois não ganhamos outra eleição. Então, no momento em que somos avaliados é que se define o voto. Com relação à gestão da Secretária de Estado de Esportes. Para nós, é uma das melhores gestões dos vinte anos que estamos no Estado do Espírito Santo. Desafiadora. Qualquer gestão, ser ordenador de despesa hoje é um desafio grande. O Secretário Vandinho Leite foi questionado quando de sua nomeação para Secretaria de Estado de Esportes, mas aceitou o desafio, assumiu a secretaria e hoje é avaliado não pelo Governador Renato Casagrande, não pelo conjunto do Governo do Estado, mas pela sociedade capixaba como um dos secretários mais bem avaliados deste Governo, dada a organização, a capacidade de se relacionar, a articulação muito eficiente no Governo, com todos os municípios, com o Governo Federal. Vandinho Leite tem implementado uma velocidade e uma resolutividade pouco comum no âmbito de um Governo.

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É conhecer a necessidade da inclusão dessas entidades na lei orçamentária, é conhecer que o Governo Renato Casagrande tem feito todo esforço por meio de seus secretários, de todo o conjunto de Governo para atender cem por cento nossas emendas. Cada um de nós tem alocado emendas e acreditamos que com certa satisfação pelo atendimento delas. Reconhecemos que é alta a importância dessa matéria para o Governo do Estado do Espírito Santo. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO - (ATAYDE ARMANI) - Continua em discussão o parecer. (Pausa)

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(ATAYDE ARMANI) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Euclério Sampaio.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - (Sem

revisão do orador) - Senhor Presidente e Senhores membros da Comissão de Finanças, queremos nos manifestar sobre o Projeto de Lei n.º 277/2013. Entendemos perfeitamente a colocação do Senhor Deputado José Esmeraldo.

Sou amigo pessoal do Secretário Senhor Vandinho Leite, mas não tiro a razão do Senhor Deputado José Esmeraldo. Entendo a posição dos Senhores Deputados que me antecederam, Senhor Deputado Gildevan Fernandes, tenho compromisso com a verdade, assim como o Senhor Deputado José Esmeraldo.

Senhor Deputado Marcelo Santos, lamentavelmente o que o Senhor Deputado José Esmeraldo disse é o que está ocorrendo. Estamos em nosso terceiro mandato e sempre fomos tratados assim, não temos nem uma emenda nossa liberada. Há Deputado prometendo campo de futebol, quadra, e todo mês entrega campo de futebol.

Entendemos perfeitamente e o Senhor Deputado José Esmeraldo tem razão.

O Sr. José Esmeraldo - Senhor Deputado

Euclério Sampaio, saúdo V. Ex.ª. Não tinha dúvida alguma de que alguns Deputados assomariam a esta tribuna logo após minha decida para defender. Não tenho dúvida alguma. Conheço. Não sou menino, nem nasci ontem. Até mesmo porque esse pessoal é contemplado pela Secretaria. Esses Deputados são contemplados, então têm que assomar a esta tribuna para defendê-lo. Talvez consigam mais alguma coisa. Sei como é o jogo.

Sou favorável às entidades. Houve um Deputado que tentou macular, mas não tem bagagem nem moral para isso, não tem mesmo. Sou perfeitamente favorável à entidade. Não sou

favorável com a distribuição, é isso ai, com alguns poucos amigos nesta Casa, que o apoiarão inclusive na eleição para Deputado Federal, porque já me disseram.

Não vou me calar porque não sou frouxo nem covarde. Lamentavelmente são poucos os Deputados que têm peito. Calam-se. V. Ex.ª não.

Vamos votar a favor do projeto como sempre votamos, mas temos que nos posicionar. São poucos os Deputados contemplados por essa secretaria. Quando não gostam de um Deputado colocam todos os defeitos, mesmo que o projeto esteja correto. Colocam um japonês engenheiro para analisar o projeto e dar parecer contrário. Sou engenheiro, talvez os Senhores Deputados que me antecederam não entendam isso.

Senhor Deputado Euclério Sampaio, já sabia, tranquilo, que assomariam à tribuna e assomaram. Não tenho dúvida de que será mais um espaço aberto para açambarcar o saco de votos.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Obrigado,

Senhor Deputado José Esmeraldo. É o seguinte: cada Deputado desta Casa tem um milhão a um milhão e meio de recursos em emendas para disponibilizar para as entidades, sou o único que não tenho nada.

O Senhor José Esmeraldo quer dizer que a diferença é que o secretário Vandinho Leite, na secretaria de Esportes, não tem um milhão e sim trezentos, quatrocentos, quinhentos milhões e da mesma forma quem o estiver apoiando.

Senhores Deputados Genivaldo Lievore e Lúcia Dornellas, o Senhor Deputado José Esmeraldo é da base aliada e a fala de S. Ex.ª tem sustentação. Todos sabemos disso.

Entendo os Senhores Deputados que assomaram a esta tribuna, porque a partir do momento que fazemos certos compromissos temos que honrá-los e S. Ex.as precisam defender o governo.

Senhor Deputado Gildevam Fernandes, ninguém falou da capacidade do Secretário Senhor Vandinho Leite. S. Ex.ª é capaz, ninguém duvida disso. Não estamos falando sobre a capacidade nem sobre as entidades, mas sobre o modo como as coisas são feitas no Estado do Espírito Santo.

Trocarei uma nota de dez por duas de cinco: aqueles que recebem um telefonema e dizem amém, conseguem tudo. Não é mesmo, Senhor Deputado José Esmeraldo? Mas quem faz o que jurou nesta Casa é perseguido.

Senhora Deputada Lúcia Dornellas, é verdade. Parece engraçado, mas lamentavelmente é verdade. O partido de V. Ex.ª , há muitos anos, esteve do lado de lá, na luta pelo povo e, hoje, faz parte do governo e respeito isso, mas também não posso ser motivo de risos.

Com todo o respeito, Senhor Deputado Roberto Carlos, o PT já foi o partido mais combativo deste País, mas depois que se atrelou ao governo não está mais tão combativo na luta pelo povo.

24 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Com todo o respeito que tenho pelos Senhores Deputados Roberto Carlos, Rodrigo Coelho, Lúcia Dornellas, Genivaldo Lievore e Claudio Vereza. Não estou me referindo a V. Ex.as e sim ao sistema montado.

Lamentavelmente é o que ocorre. Recebi um notícia nesta data e já tenho o nome da pessoa. Trabalha no governo e o negócio é procurar as lideranças que apoiam, Deputados que não rezam a cartilha do governo, oferendo vantagens para mudarem. Não sei se a pessoa fala verdade, mas a diferença é que quem nos apoia, Senhores Deputados, é o povo e não pessoas que recebem benefícios. São pessoas que têm compromisso com nosso Estado. Fico tranquilo com isso.

Senhor Presidente, encerraremos para que o Projeto de Lei n.º 277/2013 seja votado. Senhor Deputado Freitas, em momento algum foi questionada a capacidade do Senhor Vandinho Leite, um secretário brilhante, mas sim a maneira como o governo elege seus candidatos do PSB. Essa é a questão.

Para este Deputado não fede nem cheira porque não sou da base aliada nem de oposição, sou independente. Ando com minhas pernas, preciso de Deus e do povo. Obrigado, Senhor Presidente. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(ATAYDE ARMANI) - Continua em discussão o parecer. (Pausa)

O SR. RODRIGO COELHO - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(ATAYDE ARMANI) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Rodrigo Coelho. O SR. RODRIGO COELHO - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente e Senhores membros da Comissão de Finanças, faremos duas abordagens sobre o Projeto de Lei n.º 277/2013. Primeiro, sugerimos que seja feito uma reflexão por parte do Governo e do nosso colega Vandinho Leite acerca das afirmativas proferidas pelo Senhor Deputado José Esmeraldo. Na nossa avaliação, perdoe-nos se estivermos errados, o Senhor Deputado José Esmeraldo se utilizou de um projeto para manifestar um comportamento da política vivenciada no dia a dia do Estado do Espírito Santo. Alguns prefeitos têm reclamação semelhante a do Senhor Deputado José Esmeraldo. É importante que não desqualifiquemos as afirmações e reflitamos sobre as mesmas porque podem contribuir com o modus operandi nas relações. Quando damos valor ao que é trazido num conteúdo mais exaltado, como o perfil do Senhor Deputado José Esmeraldo, podemos trazer

contribuições no conteúdo para que o Governo aperfeiçoe as relações. Não estamos dizendo que as relações são todas ruins, mas existe a necessidade de reflexão. Queremos validar o que é dito porque num debate não é preciso desqualificar todo o conteúdo de um ou de outro pelas posições diversas. A Sr.ª Lúcia Dornellas - Gostaria de dizer ao Senhor Deputado Euclério Sampaio que não estava rindo de S. Ex.ª, mas de outra situação. É muito importante quando o Secretário reúne duas qualidades: o político e o técnico. O Secretário Vandinho Leite reúne essas qualidades, mas o Senhor Deputado José Esmeraldo tem razão quando diz que a forma como o Secretário Vandinho Leite usa o político está errada. Queremos elogiar o trabalho do Secretário Vandinho Leite. Estávamos numa solenidade e dissemos ao Senhor Governador que considerava esse Secretário como um dos melhores do nosso Governo, pois tem muita competência política e técnica. Contudo, é preciso tratar o político com muito cuidado, principalmente, no que se refere aos Senhores Deputados. Temos várias emendas na Secretaria de Estado de Esportes e Lazer, mas nenhuma delas foi executada, desde o primeiro ano que estamos neste Poder Legislativo. Lamentamos muito que o Secretário Vandinho Leite, com toda a competência que tem, não trate os Parlamentares da forma como deveriam ser tratados. O SR. RODRIGO COELHO - Gostaríamos de nos ater à questão técnica do projeto. Fui Secretário de Estado e muitas vezes mandei para esta Casa projetos de lei como esse, incluindo entidades no quadro de subvenção para repassar recursos oriundos de emenda parlamentar. Em muitos momentos o Secretário não tem conhecimento e nem relação com as entidades encaminhadas. É por isso que dizemos sobre a reflexão pela simplicidade. Ressaltamos o que disse o Senhor Deputado Marcelo Santos. É simples, mas se o Poder Legislativo não aprovar, não há condições de se fazer o repasse para essas entidades. Defendemos a impessoalidade da subvenção das entidades incluídas. É uma tramitação simples, convencional, todos os Secretários fazem para atender o orçamento do Estado. Há entidades que apresentam importantes projetos. Gostaríamos de fazer esse registro. O Sr. Euclério Sampaio - Gostaríamos de registrar que vimos a Senhora Deputada Lúcia Dornellas sorrindo e achamos que fosse em relação ao nosso pronunciamento. Porém, S. Ex.ª disse que não tinha relação e queremos registrar o nosso pedido de desculpas a essa Senhora Deputada. Estávamos

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distantes e entendemos uma coisa, mas S. Ex.ª já esclareceu. Parabéns pela fala, Senhor Deputado Rodrigo Coelho. O SR. RODRIGO COELHO - Obrigado, Senhor Deputado Euclério Sampaio. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(ATAYDE ARMANI) - Aproveitamos a oportunidade para dizer que procuramos ser o mais democrático possível nesta Comissão e nesta Casa de Leis.

A Comissão de Finanças é presidida pelo Senhor Deputado Sérgio Borges que, infelizmente, está com pedido de licença, mas tenho certeza de que S. Ex.ª retornará o mais breve possível a esta Casa de Leis.

O Parlamento é isto: discussão. E aproveito a ocasião para fazer uma defesa do Governo Renato Casagrande, dizendo aos Senhores parlamentares, que o Senhor Governador, tanto quanto nós, Deputados Estaduais, às vezes, sente a falta de certos atendimentos, por parte de Secretários de Estado aos Parlamentares. Isso, certamente, é pedido. Mas, às vezes, fica no pedido.

O Governador Renato Casagrande, conforme vejo, nesse período de mais de um ano, em que estou na Vice-Liderança, nunca havia visto um homem tão aberto e propenso ao diálogo e aos atendimentos aos Parlamentares.

Isso foi visto durante a discussão da proposta de aumento para os funcionários desta Casa de Leis, ocasião em que o Senhor Governador colocou-se aberto e continua se colocando aberto. Assim, acho que os Senhores Deputados têm suas razões e, em determinadas situações, com esse ou aquele Secretário de Estado, quase todos os Senhores Deputados desta Casa de Leis têm uma pessoa do partido indicada no Governo. Inclusive, o próprio PDT tem um Secretário no Governo do Estado.

São reclamações em que, às vezes, há um fundo de procedência. Mas, também, não deixam o Governo de estar com os braços abertos para continuar havendo o diálogo. Em momento algum, vi o Senhor Governador, ao longo desses meses, discutir política. O Senhor Governador está preocupado com a questão de administrar o Estado do Espírito Santo. Para isso, S. Ex.ª precisa do apoio e do entendimento deste Poder, a Assembleia Legislativa, para que venha a construir um Espírito Santo melhor e dar ao povo deste Estado a confiança depositada em S. Ex.ª.

Continua em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. JOSÉ ESMERALDO - Com o

relator. O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Com o

relator.

A SR.ª LÚCIA DORNELLAS - Com o relator.

O SR. GLAUBER COELHO - Com o

relator. O SR. RODRIGO COELHO - Com o

relator. O SR. PAULO ROBERTO - Com o relator. O SR. ATAYDE ARMANI - Senhor

Presidente, o parecer foi aprovado à unanimidade pela Comissão de Finanças.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - Senhor Presidente, pela ordem! Voto sim ao Projeto de Lei n.º 277/2013 e nas subvenções. Mas não voto no procedimento do Secretário Vandinho Leite. Não voto nesse procedimento. Esse é o procedimento de S. Ex.ª desde o início, pois àqueles que são amigos, tudo; àqueles que não, nada. Inclusive, vários Prefeitos estão chateados e revoltados em função disso. E o Senhor Governador deve saber.

O SR. ATAYDE ARMANI - Devolvo o projeto à Mesa.

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO

CARLOS) - Em discussão o Projeto de Lei n.º 277/2013. (Pausa)

Não havendo oradores que queiram discuti-lo, declaro encerrada a discussão.

Em votação o Projeto de Lei n.º 277/2013. Os Senhores Deputados que o aprovam,

permaneçam sentados. (Pausa) Aprovado.

À Secretaria para extração de autógrafos.

(Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Cacau Lorenzoni)

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO CARLOS) - Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Glauber Coelho. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento para dar continuidade ao rito da sessão.

Discussão se houver recurso, na forma do artigo 277, §§ 2.º a 5.º, do Regimento Interno, do Projeto de Lei n.o 334/2012.

Não havendo recurso, a matéria segue à Comissão de Justiça para redação final.

Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Lei Complementar n.º 44/2013. Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-lo, declaro encerrada a discussão.

26 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O projeto segue à 2.ª sessão. O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor Presidente, pela ordem! Senhor Deputado Glauber Coelho, liderança do Sul, presidindo a sessão neste momento, a respeito do Projeto de Lei Complementar n.º 44/2013, da Faculdade de Música do Estado do Espírito Santo - Fames, fizemos um acordo no Colégio de Lideres, hoje, inclusive, com a presença do Sindilegis, de que amanhã, pela manhã, votaremos o regime de urgência desta matéria para que o projeto seja votado na sessão de segunda-feira, sem falta, sem prejuízo do projeto de plano de cargos e salários dos servidores desta Casa.

O Sindicato concordou. Há uma emergência na Fames para que essa matéria seja aprovada e que um concurso público seja realizado ainda neste ano, para repor o quadro de servidores daquela Instituição tão importante na cultura capixaba. Portanto, queria apenas informar a V. Ex.ª e ao Plenário esta questão.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Registrado. Importante colocação eminente Deputado Claudio Vereza. Finda a Ordem do Dia, passa-se à fase do Grande Expediente, dividido em duas partes: Lideranças Partidárias e Oradores Inscritos. Concedo a palavra ao Líder do PP, Senhor Deputado Cacau Lorenzoni. (Pausa) Ausente, concedo-a ao Líder do PSB, Senhor Deputado Freitas. O SR. FREITAS - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, assomamos novamente a esta tribuna no horário das Lideranças Partidárias para, em um primeiro momento, concluir a discussão de um tema que iniciamos ontem com relação às águas. Solicitamos aos Senhores colegas, Deputados e Deputadas, que se for possível, deem um pouquinho de atenção a essa reportagem exibida hoje, pela TV Gazeta, no Programa Bom Dia Espírito Santo, que versa sobre o tema que discuti ontem. Solicito à assessoria que passe o vídeo.

(É exibido o vídeo) O SR. FREITAS - Economizar água. Economizar o que não se tem, Senhor Deputado Gildevan Fernandes. Interessante que ontem abordamos esse tema. Já era matéria do jornal Tribuna do Cricaré, nosso diário regional do Município de São Mateus. E a TV Gazeta abordando um tema que não tínhamos conhecimento, pede para economizar a água que não temos. Isso era problema no Balneário de Guriri, problema histórico de longa data, pois para chegar ao Município de São Mateus primeiro o rio está ali no Balneário de Guriri, isso são treze quilômetros. E se lá na capitação de São Mateus ela está salinizada, imagine na foz no rio Mariricu, em Guriri.

O problema não é de Guriri, o problema passou a ser crônico do Município de São Mateus. Isso não é a primeira vez, têm pelo menos trinta dias que o Município de São Mateus não tem fornecimento de água. Na maré alta saliniza acima de duzentos e cinquenta PPM - porção de partículas por milhão -, mas a maré alta acontece duas vezes por dia, depois que a maré desce a salinização não para. Não temos água no Município de São Mateus, e isso não acontecia para a sede do município, acontecia somente para o Balneário de Guriri há proximadamente dez anos. É a terceira vez que na seca o Município de São Mateus é abatido com a mesma situação que o Balneário de Guriri. Fica a nossa situação de calamidade pública no Município de São Mateus, que hoje é de grande porte, o centro de serviços para o norte do Estado do Espírito Santo, pelo menos para quinze municípios do norte. Contudo, não temos condições de ter água potável em nossas casas pelo serviço público de qualidade. Não em função do sistema Saae, mas em função da falta de investimentos ao longo dos anos que a Prefeitura não teve, é óbvio, capacidade de fazer esses investimentos que são caros, como tratamento de água e saneamento básico. São investimentos caros que normalmente são auxiliados pelo Governo do Estado por meio da Cesan, ou pelo Governo Federal. Como o Município de São Mateus possui uma autarquia própria, o Saae, temos toda a dificuldade. Procuramos todos os meios, mas infelizmente o meio que conseguimos estabelecer, com muita vontade do Prefeito Amadeu Boroto buscando identificar no Brasil quem tinha um modelo viável, que tinha uma resposta célere, identificou que nos Estados de São Paulo e de Santa Catarina, em alguns municípios maiores, se utiliza o modelo de locação de ativos. E foi o prefeito fazer um estudo da viabilidade de se implantar esse modelo no Município de São Mateus; foi fazer um levantamento criterioso das condições que temos hoje de captação, de tratamento, de distribuição. E após um estudo muito completo foi elaborado e publicado um edital. Consegue identificar pelo menos seis consórcios que participaram dessa licitação, investimento alto, de mais de cem milhões de reais, para fazer outro ponto de coleta; pelo menos duas estações de tratamento, para tratar água das regiões do município, quase quarenta quilômetros de adutora para o município poder resolver um problema histórico.

Uma vez concluído o processo licitatório, por política pequena, por denuncismo, o Ministério Público entra no circuito e esse projeto vai parar no Tribunal de Contas. E o Tribunal de Contas, óbvio, para poder declarar legalidade do modelo fará uma série de estudos, porque é preciso que no Espírito Santo não tenha o modelo implantado.

Ficamos feliz que a relatoria desse processo caiu nas mãos do ex-deputado Rodrigo Chamoun, que conhece o tema, que foi por algum tempo

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servidor do Estado na Cesan e tratou e tem tratado desse tema com muito equilíbrio e muita transparência. Com muito critério convocou uma audiência pública fechada para palestrantes renomados, doutores, mestres desse tema, da qual tivemos oportunidade de participar. Mas, do ponto de vista da nossa participação, S. Ex.ª encontrou viabilidade para um parecer da aprovação e legalidade desse modelo para o Estado do Espírito Santo. E aí, é nesse sentido que, enquanto morador daquele município, representante do Norte e do Município de São Mateus na Assembleia legislativa, temos que clamar, com certa veemência, Conselheiro Rodrigo Chamoun e demais Conselheiros do Tribunal de Contas, em função de um município que está em calamidade pública.

Uma vez identificada a legalidade desse modelo de locação de ativos, que já está licitado e já tem vencedor, a assinatura do contrato com essa empresa para implementar esse serviço no Município de São Mateus prevê dois anos para conclusão das obras, que estão licitadas nesse edital. Em dois anos o Município de São Mateus terá resolvido cem por cento dos seus problemas de abastecimento de água. Então, não podemos imaginar para o Município de São Mateus outro caminho que não seja esse, do modelo de locação de ativos. E quando tem um número tão grande de participantes nessa licitação significa que, ao contrário da licitação da BR-262, é interessante para as duas partes.

O Município de São Mateus precisa urgentemente resolver o problema. Automaticamente esse consórcio identifica se tem condições de executar as obras. E se não as executar, o município não pagará nada por isso, pois só começará o pagamento a partir da entrega de cem por cento das obras, que no modelo de locação de ativos esse consórcio coloca todas as obras funcionando, implementadas, e manda esses ativos para o Município e São Mateus.

É o caminho que temos hoje para resolver o problema de São Mateus. E aí fica o nosso clamor diante do que vimos e, muito pior do que isso, diante do que estamos passando todos os dias no Município de São Mateus. E está publicado o decreto de emergência daquele município; há os testemunhos das pessoas que foram entrevistadas declarando que não temos condições de lavar as roupas, muito menos de poder ter o sagrado direito de tomar água potável. Quantas pessoas não têm condições de comprar água mineral e estão naquele Município sendo acometidos de doenças, como mostrou a entrevista, em função do alto teor de sal na água. Não temos outro caminho, temos que clamar pelo único caminho, pela nossa única saída hoje: a legalidade do modelo de locação de ativos nesse projeto que está dentro do Tribunal de Contas. E há dois anos está nesse órgão. Se há legalidade, precisa ser dada a sua legalidade. Do contrário, padeceremos, excluiremos um município do mapa do Estado do

Espírito Santo, porque não há mais esperança. É preciso que haja a prioridade máxima que o tema pede.

Um dos questionamentos enquanto estive membro efetivo da Comissão de Finanças desta Casa, e estive até sabatinando os últimos membros que foram para aquela corte, era discutir quase que com exclusividade a celeridade de temas que a sociedade clama. A apreciação de contas, um tema desse não pode e não tem como esperar. Os estudos foram feitos, a assessoria técnica falou, o Ministério Público de Contas falou, a audiência pública mostrou, agora precisamos que tenha um parecer, seja ele qual for. Se o município tiver que importar água, que importe, mas as nossas esperanças estão nesse processo que está tramitando no Tribunal de Contas.

Fica o meu clamor, com equilíbrio, com compreensão, sabendo do valor, da renovação positiva pela qual passou o nosso Tribunal de Contas e que continua tema nesta Casa, mas acreditando que a devida prioridade será dada, porque atenção foi a melhor possível, não temos dúvida. Fica o nosso agradecimento pela atenção e fica a nossa reivindicação pela prioridade, Senhor Conselheiro Rodrigo Chamon e Conselheiros do Tribunal de Contas. Muito obrigado. (Muito bem!) O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Findo o tempo destinado às Lideranças Partidárias, concedo a palavra ao Senhor Deputado Freitas, orador inscrito.

O SR. FREITAS - (Sem revisão do orador)

- Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, como há muito tempo nos abstivemos de falar na fase das Comunicações, em função do nosso querido colega Senhor Deputado Roberto Carlos, falaremos esses dez minutos sobre a alegria e a satisfação, enquanto deputado socialista, de poder contar, conviver e compartilhar nas fileiras do Partido Socialista Brasileiro com a figura ilustre do Senhor Deputado Glauber Coelho, que muito nos honra.

Devido à expectativa que tínhamos da filiação de V. Ex.ª, Senhor Deputado Glauber Coelho, nos quadros do PSB, fizemos um pronunciamento dando a V. Ex.ª as boas-vindas ao partido e estendendo um tapete vermelho antes mesmo da vossa filiação. Mas, dada certeza de que tinha todas as relações, toda a construção intensificada da possibilidade da filiação - que havia concluído com êxito - tivemos a satisfação de fazer aquele pronunciamento. Hoje comemoramos e parabenizamos V. Ex.ª. O partido o recebe no Município de Cachoeiro de Itapemirim, mas também o Estado do Espírito Santo o recebe de braços abertos. Temos convicção de que será um grande companheiro, determinado e comprometido com a causa, com as bandeiras, com os movimentos do Partido Socialista Brasileiro, um companheiro equilibrado, responsável. E aí a nossa satisfação em

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recebê-lo. Seja muito bem-vindo. Acreditamos muito que o seu sucesso será ainda maior. Já o é. Já tem muito êxito. Já tem um histórico muito bonito, muito bem aprovado pelo Estado do Espírito Santo, especialmente pelo Sul do Estado. E naquilo em que pudermos contribuir enquanto companheiros partidários para o seu êxito, para o seu sucesso, assim o estaremos fazendo.

Da mesma forma, comemoramos a filiação do Deputado Estadual licenciado à Secretaria de Esportes: Deputado Vandinho Leite. É uma satisfação recebê-lo no Partido Socialista Brasileiro. O PSB, juntamente com todos os admiradores e os amigos do Senhor Deputado Vandinho Leite fizeram uma grande festa na Serra na quarta-feira da semana passada para recebê-lo, para felicitá-lo por sua filiação nos quadros e nas fileiras do Partido Socialista Brasileiro. Merecida, muito merecida a festa para o Vandinho Leite, dada a qualidade, dada a grandeza do homem público comprometido com a ética, comprometido com políticas públicas inclusivas, comprometido com a legalidade, comprometido com o Estado do Espírito Santo. Vandinho Leite tem um histórico curto, mas muito bonito e muito bem avaliado.

Cheguei aqui junto com o Senhor Secretário Vandinho Leite na eleição de 2006, quando S. Ex.ª sai da Câmara de Vereadores da Serra e se elege Deputado Estadual com apenas vinte e oito anos de idade; já cumpria o segundo mandato de Vereador na Serra, e com vinte e oito anos de idade se elege Deputado Estadual no Estado do Espírito Santo, pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo. Uma votação expressiva, vinda, na sua grande maioria, do Município da Serra mostra a identificação que enquanto Vereador S. Ex.ª conquistou, enquanto homem público comprometido, enquanto uma base cristã, uma base familiar.

Uma votação expressiva; muito bem avaliado: chegou a esta Casa com aproximadamente quase vinte e cinco mil votos em 2006, e o que surpreendeu muito talvez a grande parte do Estado do Espírito Santo foi que depois de um mandato difícil, desafiador - encontramos nesta Casa no início de 2007 figuras testadas, experientes, pelas quais tínhamos deferência e referência no Estado, como o Doutor Elcio Alvares, Guerino Zanon, Paulo Foletto, César Colnago, Claudio Vereza etc. Uma Assembleia Legislativa renovada, e de líderes políticos reconhecidos neste Estado, era a Assembleia renovada com Deputados eleitos como Vandinho Leite, Freitas, Marcelo Coelho, Givaldo Vieira etc. - E Vandinho Leite surpreende, e na eleição de 2010 para sua reeleição S. Ex.ª dobra os votos: quase cinquenta mil votos, já para Deputado Estadual. E aí surpreende mais ainda quando aceita um desafio difícil de aceitar: é convidado para assumir uma Secretaria de Esportes.

É esse histórico de um político, um pequeno histórico, mas logrado de êxito, que o Partido

Socialista Brasileiro - PSB recebe, e recebe com alegria. Precisamos comemorar, e estou comemorando. Mas acho que ganha o Estado do Espírito Santo com quadros que enaltecem a política, e a política da qual não podemos abrir mão, aliás, a política necessária, a política da qual precisamos no dia a dia, a política da qual precisamos gostar e praticar. Ela precisa também ser renovada, e renovada sempre.

E é muito bom fazer esse pronunciamento, falando de política e falando desses quadros. Senhor Deputado Glauber Coelho, Senhor Vandinho Leite, nossa alegria em falarmos em nome do PSB capixaba. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado José Esmeraldo, orador inscrito.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - Senhor

Presidente, gostaria de permutar meu tempo, fazer uma troca, com a Senhora Deputada Luzia Toledo.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - É regimental. Concedo a palavra a Senhora Deputada Luzia

Toledo, oradora inscrita. A SR.ª LUZIA TOLEDO - (Sem revisão da

oradora) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, cumprimentamos de forma especial o Senhor Deputado José Esmeraldo que gentilmente trocou seu horário, considerando que tenho audiência agora na Procuradoria-Geral do Estado. Muito obrigada, Senhor Deputado José Esmeraldo.

Hoje fiz questão de falar, até não tem sido isso meu hábito nos últimos tempos. Hoje esta Casa viu um momento de cidadania, um momento pleno de cidadania, no momento em que abriu suas portas, como Casa do Povo, para sabatinar os candidatos ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas. Tivemos a Casa cheia não só de técnicos, muitos técnicos estiveram presentes, muitos candidatos que vieram para ver a primeira sabatina. Tivemos como primeiro sabatinado, nosso colega o Senhor Deputado Claudio Vereza. Depois tivemos a presença na nossa tribuna, também do candidato o Senhor Renato Martins.

Senhor Deputado José Esmeraldo, esta Casa que recebe tantas críticas, vejo cada vez mais surpreendermos a sociedade com atitudes positivas. Hoje, V. Ex.ª estava à Mesa e sabatinou os candidatos e tenho certeza do orgulho que V. Ex.ª sentiu em poder ver a Casa cheia e ao mesmo tempo sabatinando os candidatos por meio da Comissão de Finanças.

A mudança, a transformação, porque nós que temos três mandatos nesta Casa, sabemos perfeitamente bem, pois já sabatinamos muitos outros

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candidatos, inclusive conselheiros que hoje estão no Tribunal de Contas, que com certeza fazem diferença.

Mas, queremos ir além. Afinal de contas, o Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, como em todo o Brasil, é um órgão auxiliar das Assembleias Legislativas, como é o caso do Espírito Santo.

Precisamos realmente ver quem quer ir para o Tribunal de Contas, se tem a vocação de ser realmente um técnico, mas um técnico político. Porque esse Tribunal já analisou as contas de vários prefeitos, coitados, que não tinham conhecimento e não tinham - como ainda hoje não têm - uma banca de advogados. Hoje para a pessoa acertar, deve ter uma banca de advogados porque se não acaba errando, às vezes pela indução, às vezes pela pressa. A pessoa acaba assinando e está lá o processo de improbidade administrativa.

Parabenizamos a Mesa Diretora composta pelo Presidente Theodorico Ferraço, pela Senhora Deputada Solange Lube, pelo Senhor Deputado Roberto Carlos e pelo Vice-Presidente Glauber Coelho porque é sempre importante, não só para os trinta Deputados, mas também para os técnicos desta Casa de Leis, verem esta Casa aberta e sentindo que vamos sabatinar mais vinte pessoas que estão pleiteando o cargo de Conselheiro, é muito importante para esta Casa de Leis estar aberta para a sociedade.

Declaramos a nossa satisfação, a nossa alegria, a nossa emoção porque quanto mais pudermos dar transparência aos nossos atos, às nossas atitudes, ao nosso comportamento, melhor será para nós e para a sociedade que hoje, graças a Deus, está muito crítica. A sociedade hoje acompanha esta Casa de Leis, a sociedade sabe quem trabalha e quem não trabalha. A sociedade sabe quem, na verdade, vem para cá para fazer um trabalho que vá ao seu encontro, ao encontro do povo. É isso que estamos fazendo neste Parlamento.

Hoje demos duas demonstrações disso: uma foi a reunião, ao vivo, neste Plenário, da primeira sabatina e tivemos um orgulho muito grande de ver o Senhor Deputado Claudio Vereza, que abriu o debate, contar, com tanta profundidade, tanta história, tanto trabalho feito - S. Ex.a que é conhecido por toda a sociedade pela sua ligação com o social, o que era assim mesmo antes de ser Deputado. Enfim, é uma vida que foi explanada aqui hoje e nos dá muito orgulho ser colega de S. Ex.a e estar nesta Casa de Leis, porque faz uma diferença muito grande quem sempre mantém uma linha reta. Eu também mantenho. Falo isso porque sei da importância que é não sair do prumo. Quando a pessoa é advogada, não deve sair do prumo. Quando é professora, não deve sair do prumo. Assim é o Senhor Deputado Claudio Vereza: sempre com um comportamento retilíneo que como sua colega nos dá realmente alegria.

O Sr. Claudio Vereza - Senhora Deputada Luzia Toledo, colega de Comissão de Cultura e Comunicação Social desta Casa de Leis, agradeço a V. Ex.ª o carinho e as palavras para com este Deputado. Realmente na sabatina de hoje pela manhã expus minha vida, minha pessoa, o que sou, de maneira transparente. É isso que estou oferecendo aos colegas e ao Estado do Espírito Santo, como sempre fiz. Desta vez, oferecendo-me para outra trincheira, outra possibilidade, se for de bom alvitre para os colegas desta Casa de Leis essa escolha.

De tal forma, agradeço imensamente a V. Ex.ª o carinho demonstrado nesta tarde após aquela emocionante, para mim, arguição na Comissão de Finanças. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Agradecemos a V. Ex.ª a contribuição que dá a nossa fala.

Também tivemos a sabatina do Senhor Renato Martins, funcionário do Tribunal de Contas, que também postula o cargo de Conselheiro democraticamente. As perguntas de todos nós praticamente foram as mesmas. Tenho certeza de que o sonho que S. S.ª tanto falou pelo menos em parte já atingiu, pois esteve nesta Casa, hoje, sendo sabatinado com muita tranquilidade por todos nós. Em outra oportunidade falaremos das nossas conquistas porque nosso tempo acabou. Agradecemos ao Senhor Deputado José Esmeraldo a cessão do seu tempo para que pudéssemos falar primeiro. (Muito bem!) O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Rodrigo Coelho, orador inscrito. O SR. RODRIGO COELHO - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, com a permissão da Senhora Deputada Luzia Toledo, continuaremos o tema que S. Ex.ª começou falando da arguição que fizemos hoje aos candidatos a Conselheiro do Tribunal de Contas, primeiro dando à população capixaba o sentido das nossas intervenções. Fizemos intervenções tanto ao nosso colega, amigo querido e companheiro de partido, pessoa em quem acreditamos profundamente, o Senhor Deputado Claudio Vereza; e também ao Senhor Renato Martins. Questionamentos que nos dão condições de perceber que perfil de conselheiro encaminharemos para o Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo.

Essa é nossa função. Nós, no exercício da vida pública, temos um enorme desafio que diz respeito ao papel das instituições. Estamos nesta Casa para construir o papel e a defesa do Poder Legislativo. Precisamos sempre primar para que o Poder Executivo tenha o seu papel, que é mais claro para a população, mais definido, de execução; que o Poder Judiciário sempre exerça com qualidade seu

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papel, e quem está no Poder Judiciário também trabalha nessa direção.

Nesta Casa temos a oportunidade de votar nos candidatos a conselheiro do Tribunal de Contas. Para nós é importante perceber que perfil de conselheiro encaminharemos para lá. Não fizemos nenhuma pergunta que tratasse da letra da lei de forma fria porque a lei remete a inúmeras interpretações em determinados períodos. Então, é importante percebermos o que vai na compreensão das pessoas, no coração e na cabeça das pessoas, como elas compreendem as políticas públicas, como compreendem o papel do gestor, porque vão julgar as contas dos gestores e em muitos momentos percebemos uma facilitação, uma benevolência demasiada ou um exagero, uma rigidez exagerada no trato da avaliação das contas pelo sentimento comum. Temos percebido um novo Tribunal de Contas que tem trabalhado na direção do equilíbrio nessa análise, que é complexa, uma vez que se atua na prática com a vida cotidiana. Hoje ser gestor público é um desafio extraordinário.

Pude ter a experiência e ser ordenador de despesas. Você é chamado a tomar decisões a todos os momentos. E decisões muitas vezes difíceis, mas têm que ser tomadas naquele momento, porque muitas delas dizem respeito à vida das pessoas.

Então é importante que as pessoas que fazem essa avaliação tenham também a compreensão de que o ordenador de despesas vivencia esses momentos. A vivência, a prática de vida nesses mecanismos é importante para formular as decisões e formar opinião, pelo menos da parte deste Deputado, para a escolha do conselheiro do Tribunal de Contas.

Além disso, parabenizamos o colega, Senhor Deputado Claudio Vereza, pela tranquilidade, uma vez que está presente nesta sessão, pelo compromisso com as respostas.

Deixamos também nosso cumprimento, nosso abraço e nossa admiração. Senhor Deputado Claudio Vereza, V. Ex.ª nos orgulha a todos: os companheiros de partido e colegas Deputados desta Casa. Deixamos esse registro público acerca do nosso colega, Senhor Deputado Claudio Vereza a quem concedemos um aparte neste momento.

O Sr. Claudio Vereza - Caro colega, Senhor

Deputado Rodrigo Coelho, é com alegria que também agradecemos imensamente o carinho do colega, do companheiro V. Ex.ª que trouxe juventude para o Plenário; desta Casa; trouxe sangue novo, uma energia animadora para nós, os mais experientes. De tal forma que compartilhar com V. Ex.ª esse tempo nesta Casa tem sido um ânimo para este velho militante deste Plenário, já caminhando para o fim do sexto mandato.

E tendo palavras de apoio, de estímulo de V. Ex.ª, animo-me ainda mais para seguir firme nesse caminho que faço há quarenta e três anos, desde quando essa cadeirinha colocou suas rodas para fora

dos meios-fios, quando também pensava ser empecilhos para minha vida.

Lembro-me do primeiro convite que me fizeram para participar da Associação Pró-Melhoramentos de Aribiri. E falei: como é que vou enfrentar o meio-fio da rua? E as pessoas responderam: “A gente lhe ajuda”. Isso foi em1970. E nunca mais essas rodas pararam. Graças a Deus me levaram aonde quis e aonde pude ir.

Senhor Deputado Rodrigo Coelho, agradeço imensamente esse carinho que V. Ex.ª me dedica nesta tarde.

O SR. RODRIGO COELHO - Este

Deputado é quem agradece, Senhor Deputado Claudio Vereza, a oportunidade do aprendizado. Ao longo de seis mandatos, V. Ex.ª acumulou muito conhecimento e tem tido muita generosidade em dividir esses conhecimentos com este Deputado que inicia na atividade parlamentar com muito orgulho de pertencer à mesma bancada que V. Ex.ª.

Informamos aos colegas Senhores Deputados que iniciamos as reuniões de núcleos do nosso mandato participativo assim organizado: Reunimos o núcleo da Saúde, o núcleo da Educação e realizamos debates sobre as duas políticas.

E desta tribuna registramos, entre outras coisas, que amanhã, provavelmente, deverá ser lida indicação nesta Casa, indicando que o Governador Renato Casagrande tenha o cuidado e o carinho para construir uma nova unidade do CRE, do Município de Cachoeiro de Itapemirim. Porque o que já existe, apesar das inúmeras reformas, não comporta mais o volume de atendimentos das nossas irmãs e irmãos daquele município e do sul do Estado do Espírito Santo.

Senhor Deputado José Esmeraldo, as condições de trabalho para nossos servidores, apesar dos esforços do Governo, nesse tempo, reformando aquele prédio, não comporta, não dá conforto e nem condições que nossos servidores merecem. Também carecemos de mais serviços ofertados. Sabemos que existe, um planejamento do Governo do Estado, para abrir novas unidades, mas as que já existem merecem nossa atenção. Senhor Deputado Doutor Hércules, esse debate surgiu no Núcleo de Saúde do nosso mandato participativo, de modo que, encaminhamos uma indicação, que deverá ser lida no Expediente de amanhã, para que tenhamos um melhor atendimento, melhores serviços, condições de conforto e de preferência em uma nova área que tenha estacionamento e que receba as pessoas que vêm do Sul do Estado do Espírito Santo, conseguindo acomodá-las e atendê-las com a qualidade necessária dos serviços de saúde prestados naquela unidade. Fazemos nossa prestação de contas acerca do mandato participativo do qual falamos ao assomarmos à tribuna desta Casa de Leis.

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Já começamos a trazer os primeiros debates, entre outras coisas que foram discutidas no Núcleo de Saúde e de Educação, onde nos reunimos.

As matérias chegarão a esta Casa, oriundas da sugestão organizada em nosso mandato participativo pelas pessoas que represento no Município de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado e em todo o Estado do Espírito Santo. De antemão, agradeço a todas as pessoas que confiam em nosso trabalho e que se disponibilizam a se reunir conosco para debater políticas públicas no Estado do Espírito Santo. Muito obrigado a todos os Senhores Deputados e a todas as pessoas que contribuem com o nosso mandato. (Muito bem!) O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado José Esmeraldo, orador inscrito. O SR. JOSÉ ESMERALDO - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhores Deputados e Senhoras Deputadas, aliás, não há Senhora Deputada alguma presente. São 17h30min, e citarei o nome dos Senhores Deputados presentes para não haver confusão: estão presentes os Senhores Deputados Glauber Coelho, Doutor Hércules, Claudio Vereza, nosso amigo Rodrigo Coelho e este Deputado que está assomando a esta tribuna. Senhor Deputado Doutor Hércules, tenho muito orgulho de assomar à tribuna desta Casa de Leis para, em alto e bom som, falar da responsabilidade que tenho. V. Ex.ª, juntamente com este Senhor Deputado, chega a esta Assembleia Legislativa, todos os dias, às 14h30min.

A sessão começa às15h, mas chegamos às 14h30min, e ficamos presentes até às 18h. Não batemos ponto e vamos embora e a população está vendo. Chegará o dia do acerto de contas. Senhor Deputado Glauber Coelho, é importante que falemos isso.

São poucos os Senhores Deputados que ficam neste plenário das 14h30min às18h, mas eu e o Senhor Deputado Doutor Hércules ficamos. Não citarei mais ninguém.

Em primeiro lugar, saúdo as taquígrafas, os funcionários desta Casa de Leis, os profissionais da comunicação e todos aqueles que nos assistem. Que Deus ajude e abençoe todos os telespectadores da TV Educativa que nos assistem e os da TV Assembleia, canal 19.2, TV aberta.

Com certeza, os Senhores vão tirar suas conclusões porque são pessoas inteligentes e competentes. Chegará o dia! Chegará o dia e demagogo não terá vez nas próximas eleições. O povo está enjoado de ser passado para trás. Daqui para frente, depois dos movimentos, aos quais assisti e dos quais participei, digo que participei porque permaneci com toda minha equipe durante toda

movimentação que aconteceu nesta Casa por doze dias, e aprendi muito.

Não somos favorável ao vandalismo; não somos. Somos favorável ao respeito com as instituições, e as pessoas têm o direito e o dever de chegar e colocar para fora o que está na garganta. Os movimentos foram importantíssimos em todo o nosso País. Senhor Presidente, quero me reportar aos servidores do Ipem. Digo isso porque fui diretor-geral desse órgão, delegado do Inmetro. Dificilmente político passa pelo Ipem, que está situado à Av. Marechal Mascarenhas de Moraes. Nesse órgão há profissionais capacitados e competentes. Houve um concurso. Saí de lá como diretor-geral e deixei tudo delineado para que houvesse o concurso, que nunca houve em outro momento. Houve o concurso e passaram pessoas capacitadas, competentes, homens e mulheres. O Ipem está de parabéns porque seus funcionários são preparados. O Ipem é um órgão técnico, é importante dizer que o Ipem não tem um centavo sequer do Governo, tem vida própria. Quero me reportar à rapaziada, homens e mulheres, que passaram no concurso e que estão reivindicando o direito à periculosidade, porque lidam com cargas perigosas, lidam diretamente com as bombas de combustível.

Senhor Aminthas Loureiro Júnior, da Seger, entraram judicialmente com o pedido reivindicando o direito do que os fiscais do Ipem, do Estado de Minas Gerais têm em seus contracheques, o percentual de periculosidade. Se os funcionários do Ipem de Minas Gerais que sempre prestaram serviço em nosso Estado, têm em seu contracheque a periculosidade, pergunto ao Senhor Aminthas Loureiro Júnior. Por que os nossos funcionários, que passaram no concurso, são capacitados e competentes - também, adjunto adverbial de tempo -, não podem ter o mesmo direito, se executam as mesmas tarefas? Fica o pedido. Nosso pedido em função do direito líquido e certo dos que passaram no concurso e reivindicam seus direitos no Ipem - Instituto de Pesos e Medidas do nosso Estado. Não vamos tergiversar nesta Casa de Leis. Falo isso com muita satisfação. Estaremos sempre a favor, como sempre estivemos, do funcionalismo público, que muitas vezes não tem seus direitos. Fica a nossa solicitação. Tivemos a informação de que foi devolvido ao Ipem. Senhor Aminthas, V. Ex.ª é da Seger. Vamos ter mais respeito, porque o direito desses funcionários do Ipem é direito líquido e certo, é uma expressão chamada paridade. É inadmissível que os funcionários à disposição do órgão estadual oriundos de Minas Gerais tenham os direitos, com o qual concordamos plenamente, e os de nossa casa não tenham.

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Fica nossa fala. Estaremos juntos, tenham certeza. Estivemos juntos quando na discussão do Plano de Cargos e Salários, que defendemos nesta Casa, e não foi apenas o da categoria do Ipem, mas de todas as categorias oriundas do Poder Executivo. Defendemos da tribuna desta Assembleia, e não apenas dessa tribuna, mas dos bastidores também, defendendo o direito dos funcionários públicos. (Muito bem!) O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Doutor Hércules, pois sou o próximo orador inscrito. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento e concedo a palavra ao Senhor Deputado Glauber Coelho, orador inscrito.

O SR. GLAUBER COELHO - (Sem

revisão do orador) - Saudamos o Senhor Deputado Doutor Hércules no exercício da Presidência e os Senhores Deputados José Esmeraldo e Claudio Vereza; público que nos assiste das galerias, da mesma forma o que nos assiste em casa pela TV Assembleia e Educativa, e os internautas.

Senhor Presidente, há alguns assuntos que gostaríamos de abordar e destacar na tarde de hoje. Talvez o tempo seja nosso maior adversário, mas procuraremos ser, de certa forma, bem objetivo e econômico nas considerações. Em primeiro lugar, daremos um destaque especial à Cooperativa de Laticínios Selita, do Município de Cachoeiro de Itapemirim. No último sábado, pela manhã, tivemos a oportunidade de participar de um dia de campo promovido por essa cooperativa na comunidade de Menino Jesus, interior do Município de Muniz Freire. Esse dia de campo não foi uma surpresa, mas uma enorme satisfação pela estatística compartilhada e divulgada pela Cooperativa de Laticínios Selita, que identificaram e implantaram um sistema de trabalho de valorização do cooperado. Criaram uma blindagem no período de seca, que precisa ser visto com um olhar diferente pela Secretaria de Estado da Agricultura.

A Selita pode ser utilizada como modelo de gestão e de administração, pois atua com pastejo rotacionado diferenciado, com qualidade de capim diferenciada, calagem e adubação. Dentro dessa performance diferenciada, conseguiram ampliar e multiplicar, aproximadamente, em quinze por cento a produtividade de leite. Enquanto várias outras cooperativas enfrentam dificuldades, não encontram caminhos para ampliarem a produtividade com qualidade, a Cooperativa de Laticínios Selita implanta um programa chamado Selita 120, que já está dando resultados concretos não somente na produtividade leiteira daquela cooperativa, mas, consequentemente, há o aumento significativo da

renda dos cooperados. Por isso nos congratulamos e elogiamos essa postura. Senhor Deputado Doutor Hércules, V. Ex.ª conhece perfeitamente o presidente José Onofre Lopes, Zito, da Selita, um homem de conduta séria, ético, extremamente dedicado, honrado nos compromissos, conduzindo com destemor e brilhantismo essa cooperativa importante e fundamental não somente na fixação do produtor rural, mas na geração de emprego e renda da nossa região sul. Também queremos compartilhar uma indicação que fizemos ao Governo do Estado, pedindo que o mesmo implante um programa urgente para a redução e simplificação das taxas impostas aos agricultores pelo Idaf. Já falamos sobre esse assunto ao assomarmos a esta tribuna. Estamos retomando a fala, compartilhando uma preocupação que temos porque esses impostos, taxas, tributos, sufocam ainda mais o pequeno e o médio produtor rural.

Hoje, existem duzentas taxas impostas aos nossos produtores. A maioria dessas taxas é de pequeno valor e não alteraria praticamente em nada o volume de recursos arrecadados pelo Estado. De uma forma sensata e equilibrada, tranquilizaria, talvez seja a palavra ideal para esta oportunidade, e facilitaria uma condição financeira ainda maior para os nossos produtores. São pequenas taxas sem grande impacto no caixa do Estado, mas com enorme e profundo impacto no bolso do pequeno produtor rural. É por isso que reforçamos nosso pedido, em relação à nossa indicação feita ao Governo do Estado, para que o Governo possa analisá-la, com muito carinho.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Senhor Deputado, aproveito o momento simplesmente para fortalecer a afirmativa de V. Ex.ª com relação à Cooperativa de Laticínios Selita. Conheço muito bem a Cooperativa de Laticínios Selita. A Cooperativa Selita usa a frase, que falei na semana do Dia das Mães, sendo que essa Cooperativa pediu autorização para usar essa frase sempre. É preciso falar sobre o ICMS do leite. Sobre o leite produzido neste Estado não incide ICMS. Porém sobre o leite que vem de fora deste Estado também não incide ICMS. Em contrapartida, se o leite capixaba for comercializado fora deste Estado, deve pagar ICMS. É uma proteção, que se dá ao mercado deste Estado, mas que também é dada ao leite que vem de fora. E não há esse benefício ao leite capixaba, quando vendido fora deste Estado. É preciso que o Governo do Estado tome providências no sentido de taxar o leite, que vem de fora, para ser vendido no Estado do Espírito Santo. Parece que não há muita predisposição dos supermercadistas em abrir essa condição de proteger nossa indústria de leite e, naturalmente, prejudicando-a. Há, assim, uma concorrência desleal entre o leite, vindo de fora do Estado, com o leite,

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 33

produzido no Estado do Espírito Santo. Obrigado pelo aparte. O SR. GLAUBER COELHO - É importante, dentro dessa fala do eminente Deputado Doutor Hércules, fazermos o registro de que houve alguns avanços, Senhor Deputado, mediante uma atuação do Senhor Enio Bergoli, Secretário de Estado da Agricultura, algumas conquistas que obtivemos em relação à redução de ICMS para algumas categorias do leite. Mas precisamos avançar ainda mais.

Essa questão que V. Ex.ª aborda é preocupante, porque tem entrado, não apenas no Estado do Espírito Santo, mas no Brasil, leite produzido no Uruguai, na Argentina e no Paraguai, mais barato que o leite produzido internamente. Precisamos ter um olhar diferenciado, no que diz respeito à proteção, ao cuidado e à valorização das nossas cooperativas e do que é produzido.

Durante a manhã de hoje, na Comissão de Agricultura desta Casa de Leis, promovemos uma audiência pública, com a presença e a representatividade de diversos atores, que atuam de forma muito profissional, envolvente e dedicada, no que diz respeito à aquisição de produtos da agricultura familiar, obrigatórios, por lei federal, a serem distribuídos e vendidos, nas escolas da rede pública estadual e municipal.

O debate realizado durante a audiência pública foi muito profundo. Diversos Secretários Municipais de Agricultura, Vereadores e Presidentes de Sindicatos, de Associações e de Cooperativas estiveram presentes.

Saímos da audiência pública com uma pauta muito produtiva e gostaríamos de compartilhá-la com os nobres Deputados e com o público que nos assiste. Encontramos algumas dificuldades e obstáculos ao longo do debate realizado: problemas de logística deficiente, pouca capacidade de armazenamento, não há um preço de referência, várias entidades e vários municípios não participaram ainda e não cumpriram a lei federal, mas terão de cumpri-la, pois a lei deve ser cumprida.

O Senhor Deputado Rodrigo Coelho tem debatido e discutido muito esse assunto nesta tribuna.

Em nossa Comissão, nosso desejo e nosso intuito são trabalhar com orientação e diálogo, mas cobrando efetivamente para que esses municípios possam se adequar a essa legislação e, não temos dúvidas, pelo contrário, temos convicção de que estaremos valorizando ainda mais o pequeno produtor, o agricultor, que trabalha e se dedica por intermédio da agricultura familiar. Hoje mais de oitenta por cento das propriedades rurais são de agricultores familiares.

Senhor Presidente, assomaremos novamente a esta tribuna, em outra oportunidade, para dar continuidade, com informações sobre a audiência pública realizada, que promovemos na manhã de

hoje, quando discutimos, por intermédio da Comissão de Agricultura, o que foi extremamente benéfico e salutar para todos que participaram. Muito obrigado. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Findo o tempo destinado a presente sessão, vou encerrá-la. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, ordinária, dia 18 de setembro de 2013, para a qual designo

EXPEDIENTE: O que ocorrer. ORDEM DO DIA: discussão única, em

regime de urgência, do Projeto de Lei Complementar n.o 45/2013; discussão única, em regime de urgência, do Projeto de Lei n.o 275/2013; discussão em 1.º turno, da Proposta de Emenda Constitucional n.o12/2013 e discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de Lei Complementar n.o44/2013.

Está encerrada a sessão. Encerra-se a sessão às dezoito horas. *De acordo com o registrado no painel

eletrônico, deixaram de comparecer a presente sessão os Senhores Deputados Gilsinho Lopes, Sandro Locutor, e Sérgio Borges e a Senhora Deputada Aparecida Denadai.

OCTOGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 18 DE SETEMBRO DE 2013.

(De acordo com o registrado no painel eletrônico, para ensejar o início da sessão, à hora regimental, comparecem os Senhores Deputados Atayde Armani, Da Vitória, Doutor Hércules, Elcio Alvares, Euclério Sampaio, Gilsinho Lopes, Glauber Coelho, José Carlos Elias, José Esmeraldo e Theodorico Ferraço)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a sessão. (Pausa)

(A convite do Presidente assume a 2.ª Secretaria o Senhor Deputado Doutor Hércules)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Convido o Senhor Deputado Doutor Hércules a proceder à leitura de um versículo da Bíblia.

(O Senhor Deputado Doutor Hércules lê Salmos, 12:28)

34 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

(Comparece o Senhor Deputado Genivaldo Lievore)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à leitura da ata da octogésima quarta sessão ordinária, realizada em 17 de setembro de 2013. (Pausa)

(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Aprovada a ata como lida. (Pausa) Convido o Senhor Deputado Doutor Hércules

a assumir a 1.ª Secretaria e a proceder à leitura do Expediente. (Pausa)

(Comparecem os Senhores Deputados Jamir Malini e Roberto Carlos)

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

OFÍCIO N.º 873/2013

Vitória, 10 de setembro de 2013. Dos: Presidentes das Comissões de Saúde e Saneamento, Defesa da Cidadania e Direitos Humanos e Defesa do Consumidor. Senhor Presidente:

Servimo-nos do presente em informar a V. Exª. que os trabalhos das Comissões de Saúde e Saneamento, Defesa da Cidadania e Direitos Humanos e Defesa do Consumidor não ocorrerão em virtude do período das sabatinas para a escolha do novo Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado coincidir com os horários e dias das reuniões das Comissões.

Encerrando as sabatinas os trabalhos voltarão a sua rotina, ficando ressalvado que em caso de urgência haverá convocação de reunião da respectiva Comissão.

Sem mais para o momento, subscrevemo-nos,

DOUTOR HÉRCULES Presidente da Comissão de Saúde e Saneamento

GENIVALDO LIEVORE Presidente da Comissão da Cidadania e Direitos

Humanos DARY PAGUNG

Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor Ao Ex. mo Sr. THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito

Santo NESTA

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Ciente. À Secretaria para registrar e arquivar o processo.

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

EMENDA SUBSTITUTIVA N.º 01 /2013 AO PROJETO DE LEI N.º 282/2013

- Altera o Projeto de Lei nº 282/2013, de autoria do Deputado Luiz Durão, que passa a ter a seguinte redação:

PROJETO DE LEI N.º 282/2013

Regulamenta o gravame da cláusula de inalienabilidade das terras devolutas do Estado e revoga o inciso IV do artigo 31 da Lei nº 6.557, de 08.01.2001, e os §§ 1º e 2º do artigo 28 da Lei nº 9.769, de 26.12.2011.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º O gravame referente à cláusula de inalienabilidade das escrituras públicas, dos títulos de domínio e de concessão das terras devolutas do Estado, previsto no inciso IV do artigo 31 da Lei nº 6.557, de 08.01.2001, torna-se sem efeito em relação àqueles produtores rurais que, na vigência daquela Lei ou na vigência desta Lei, tenham iniciado ou concluído o processo de legitimação e, neste último caso, conste do título prazo de inalienabilidade de 10 (dez) anos.

Art. 3º Ficam revogados o inciso IV do

artigo 31 da Lei nº 6.557, de 08.01.2001, e os §§ 1º e 2º do artigo 28 da Lei nº 9.769, de 26.12.2011.”

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua

publicação. Sala das Sessões, 17 de setembro de 2013.

LUIZ DURÃO Deputado Estadual - PDT Vice-Presidente da ALES

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Junte-se ao Projeto de Lei n.º 282/2013. Continua a leitura do Expediente.

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 35

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

PROJETO DE LEI N.º 294/2013

“Proíbe veiculação de propaganda de serviços sexuais com crianças e adolescentes e dá outras providências.”

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º. É proibida a divulgação de anúncios nos veículos de comunicação sediados no Espírito Santo, que ofertem serviços de conteúdo sexual com crianças e adolescentes, popularmente conhecidos como “ofertas de mulheres ou homens de programa”, ou que façam apologia ao sexo com criança e adolescentes.

Art. 2º. A veiculação de anúncios de serviços de sexo, popularmente conhecidos como oferta de “programas”, quando lícita, somente será permitida mediante a identificação do contratante do serviço de propaganda.

§ 1º. Para fins do caput deste artigo,

considera-se contratante aquele que se responsabiliza pelo anúncio e pagamento ao veículo de comunicação ou agência de propaganda.

§ 2º. A identificação se fará mediante

assinatura de termo de responsabilidade pelo anúncio, com fornecimento de cópia de documento de identidade e comprovante de residência.

§ 3º. O veículo de comunicação fica obrigado

a manter, pelo prazo mínimo de 10 (dez) anos, as identificações de que trata este Art., sendo permitida a manutenção em meios digitais.

Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data de

sua publicação.

Sala das Sessões, 16 de setembro de 2013.

GILSINHO LOPES Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

A exemplo dos hotéis que mantém em seus

arquivos identificação dos hóspedes, se faz necessário que os veículos de comunicação de anúncios de “programas” sexuais mantenham arquivos de identificação daqueles que os contratam.

A identificação que se exige nesta lei não é da pessoa que está oferecendo o sexo, mas apenas de quem veicular o anúncio.

A questão é que muitos crimes, sobretudo contra crianças e adolescentes, são praticados mediante anúncios, sendo imperioso que as autoridades possuam condições de investigá-los.

Ademais, a lei visa proteger crianças e adolescentes. Sobretudo esses últimos, que vem sendo ofertados constantemente em programas de sexo, geralmente por rufiões. Os anúncios fazem apologia a “sexo com ninfetas”, “virgens”, “completando 18 aninhos”, em verdadeira apologia ao sexo com menores ou adolescentes.

Portanto, fique claro que este Projeto não invade a privacidade das pessoas maiores, que desejarem dispor dos seus corpos. Também não impede a liberdade de expressão ou de propaganda.

O que este Projeto vem coibir é a apologia aos “programas” ilegais, envolvendo crianças e adolescentes, a prática de crime contra a infância e juventude, e possibilitando às autoridades a investigação de crimes que forem praticados.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania, de Segurança e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

PROJETO DE LEI N.º 295/2013

Dispõe sobre a proibição de os estabelecimentos comerciais realizarem a conferência de mercadorias dos consumidores após efetivado o pagamento e liberação em seus caixas registradores.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º Torna proibido aos estabelecimentos comerciais, situados no âmbito do Estado do Espírito Santo, de submeterem os consumidores à conferência das mercadorias depois de efetivados, respectivamente, pagamento e liberação nos caixas registradores.

Art. 2º O desrespeito ao artigo 1º desta Lei é

infração às normas de defesa do consumidor, ficando o estabelecimento infrator sujeito às sanções

36 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

administrativas que lhe couber, presentes no parágrafo único e incisos do artigo 56, da Lei nº 8.078 de 11 de setembro de 1990, sem prejuízo das ações de natureza civil, penal e das definidas em normas específicas.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua

publicação. Sala das Sessões, 16 de setembro de 2013.

Luiz Durão

Deputado Estadual - PDT Vice-Presidente da ALES

JUSTIFICATIVA

O presente Projeto dispõe sobre a

proibição de os estabelecimentos comerciais realizarem a conferência de mercadorias dos consumidores após efetivados pagamento e liberação em seus caixas registradores tem como principal ideia a de coibir as constrangedoras e abusivas práticas que que vêm se sucedendo em certos estabelecimentos comerciais onde o consumidor após realizar o pagamento pelas mercadorias que adquiriu, deve passar por uma espécie de revista onde um funcionário do estabelecimento, após o consumidor ter passado pela caixa registradora e pago por suas mercadorias, realiza um conferência entre todas as mercadorias que se encontram dentro do carrinho e aquilo que consta sobre a nota fiscal. E, para tanto, se utiliza da desculpa de que o consumidor pode estar saindo sem algum produto que se encontra sobre a nota, que é medida que visa proteger o consumidor.

Portanto, por entender que essa atitude tem como finalidade a de somente envergonhar o consumidor que deve forçosamente se submeter a esse desconcertante controle é que peço o apoio de meus pares, dessa Egrégia Casa, a fim de que o presente Projeto possa lograr êxito, liberando os cidadãos do de nosso Estado dessa vergonhosa atitude ensejada por certos contribuintes, de modo que possam exercer o seu direito de ir e vir constitucionalmente garantido.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Publique- se. Após o cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às Comissões de Justiça, Defesa da Cidadania, Defesa do Consumidor e Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

REQUERIMENTO N.º 315/2013 Senhor Presidente:

Venho, através do presente, encaminhar a V. Ex.ª Atestado médico referente aos dias 17 à 20 de setembro de 2013, justificando assim a minha ausência da Sessão Ordinária nestas datas.

Vitória, 17 de setembro de 2013.

APARECIDA DENADAI Deputada Estadual - PDT

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Defiro. À Secretaria para providenciar ato de licença.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO DEPUTADO

REQUERIMENTO N.º 316/2013

Senhor Presidente:

O Deputado Marcelo Santos e demais

deputados abaixo assinados, com base no artigo 17, inciso XXXIV e § 2º do Regimento Interno, requerem a V. Ex.ª a necessária autorização para a formação de um grupo parlamentar de caráter suprapartidário, denominado FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DO SETOR DE BARES E RESTAURANTES, com o objetivo de debater, discutir, propor projetos, incentivar e apoiar as ações no Estado do Espírito Santo.

Sala das sessões, 11 de setembro de 2013.

MARCELO SANTOS

Deputado Estadual EUCLÉRIO SAMPAIO CACAU LORENZONI

DARY PAGUNG RODRIGO COELHO

GENIVALDO LIEVORE ROBERTO CARLOS

LUIZ DURÃO SOLANGE LUBE

GILSINHO LOPES THEODORICO FERRAÇO

MARCOS MANSUR DOUTOR HÉRCULES

JAMIR MALINI CLAUDIO VEREZA GLAUBER COELHO

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 37

JUSTIFICATIVA

A presente proposição visa estabelecer uma Frente Parlamentar representativa em Defesa do Setor - Bares e Restaurantes no Estado do Espírito Santo. Trata-se de entidade civil de interesse público, de natureza política suprapartidária e sem fins lucrativos, de âmbito nacional e duração indeterminada.

Seu desempenho orienta pelos princípios contidos na Constituição Brasileira e pelos ideais de fortalecimento da livre iniciativa e do empreendedorismo no Setor de Alimentação Fora do Lar.

Esta frente será composta por Deputados Estaduais, tendo por finalidade promover a integração harmoniosa entre a Assembleia Legislativa e o setor produtivo, capaz de estabelecer um ambiente legislativo favorável ao desenvolvimento desse importante segmento econômico.

É de suma importância que a mesma, acompanhe o processo legislativo na Assembleia Legislativa, em especial quanto aos aspectos da importância de todo o setor empresarial, dedicando-se direta e indiretamente em sua defesa e no interesse de seu desenvolvimento, com ênfase aos assuntos relacionados à produção, comércio e serviços que envolvem alimentos e bebidas, considerando especialmente os relacionados à Alimentação Fora do Lar, tanto no Executivo e no Judiciário, visando apoiar politicamente as posições dos setores envolvidos.

Com o seu desempenho, será possível promover a conscientização dos entes políticos e empresariais sobre a seriedade do setor, principalmente no que tange à criação de empregos. Portanto, será importante promover a integração dos setores produtivos, das entidades que legitimamente representam o setor, das organizações de trabalhadores, das entidades, da sociedade civil em geral e dos governos municipais e estaduais para o fomento de ações e a implementação de novas propostas.

No aspecto das proposituras, compete à frente acompanhar as matérias e os temas de interesse geral dos setores produtivos nos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, aconselhando iniciativas políticas julgadas pertinentes.

Destaque especial, como resultados dos trabalhos, deverá elaborar, inclusive, em articulação com os órgãos técnicos dos setores produtivos, pareceres, notas técnicas, informações e propostas de proposições legislativas.

Desta forma, conclamamos o apoio dos nobres parlamentares para a aprovação da presente propositura.

(Comparecem os Senhores Deputado Freitas e Gildevan Fernandes)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Defiro. À Secretaria para providenciar ato de criação da Frente Parlamentar.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º 317/2013

Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, no uso de suas

prerrogativas regimentais, requer a V. Exª que seja encaminhado PEDIDO DE INFORMAÇÃO à Secretaria de Estado de Saúde do Estado do Espirito Santo referentes aos seguintes questionamentos: 1) Qual valor repassado aos hospitais de Cachoeiro de Itapemirim; 2) Quais serviços são ofertados a população; 3) Quantos atendimentos são realizados e em quais modalidades.

Sala das Sessões, 16 de setembro de 2013.

RODRIGO COELHO Deputado Estadual - PT

JUSTIFICATIVA

O objetivo deste requerimento é dar resposta

aos questionamentos da população do município de Cachoeiro de Itapemirim que foram elencados a partir da reunião do Mandato Participativo no núcleo que discute as questões de saúde do município.

A presente propositura se justifica diante da relevância do bem maior que o ser humano possui que é a VIDA e diante do papel do Estado perante seus cidadãos e cidadãs, conforme prevê nossa Constituição Federal em seu Art. 6º “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.”

Como representante da região, tenho o compromisso de encaminhar as demandas locais a mim apresentadas, interceder para que os interesses da população sejam atendidos bem como informar às ações que o Governo vem realizado em prol da Região.

Sem mais para o momento, reitero meu apreço e distinta consideração, enquanto aguardo resposta ao requerimento apresentado.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Oficia-se.

38 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Passaremos, neste momento, à segunda parte do Expediente sujeito à deliberação. Convidamos os Senhores Deputados que se encontram em seus gabinetes que se dirijam ao plenário, pois precisaremos de quorum para deliberação das matérias.

O SR. ATAYDE ARMANI - Senhor

Presidente, pela ordem! Gostaria de reiterar o pedido de V. Ex.ª: que os Senhores Deputados que se encontram em seus gabinetes ou na sala ao lado, se fizessem presentes em plenário, pois temos um pedido de regime de urgência do Governo do Estado para ser votado, e faltam três Senhores Deputados para dar quorum para votação e aprovação do mesmo. Tenho certeza de que S. Ex.as devem estar chegando.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Em nome da Mesa Diretora, reforçamos o pedido do eminente Senhor Deputado Atayde Armani, líder do Governo, solicitando aos Senhores Deputados que se encontram próximos ao plenário que dirijam- se a este plenário, pois temos requerimentos importantes de regime de urgência para deliberarmos na manhã de hoje.

O SR. ATAYDE ARMANI - Senhor

Presidente, falta somente um parlamentar.

(Comparece o Senhor Deputado Rodrigo Coelho) O SR. GILSINHO LOPES - Senhor

Presidente, pela ordem! Hoje temos várias matérias a serem votadas, dentre elas uma Proposta de Emenda Constitucional dos delegados de polícia que os inclui na carreira jurídica do Estado.

O Senhor Deputado Rodrigo Coelho chegou, portanto há quorum e abstenho-me de continuar a minha fala.

O SR. ATAYDE ARMANI - Senhor

Deputado Gilsinho Lopes, muito obrigado. O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA LIDERANÇA DE GOVERNO

REQUERIMENTO DE URGÊNCIA N.º 134/2013 Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, Líder do

Governo nesta Casa, no uso de suas prerrogativas regimentais, requer a V. Ex.ª, após ouvido o Plenário, regime de urgência, para o Projeto de Lei

Complementar nº 44/2013, oriundo da Mensagem Governamental nº 195/2013, que reorganiza os cargos e as respectivas carreiras da Faculdade de Música do Espírito Santo - FAMES e dá outras providências.

Palácio Domingos Martins, 05 de setembro

de 2013.

SÉRGIO BORGES Deputado Estadual - PMDB

Líder do Governo O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Em votação o Requerimento de Urgência n.º 134/2013, que acaba de ser lido.

Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam sentados. (Pausa)

Aprovado. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA LIDERANÇA DE GOVERNO

REQUERIMENTO DE URGÊNCIA N.º 138/2013 Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, Líder do

Governo nesta Casa, no uso de suas prerrogativas regimentais, requer a V. Ex.ª, após ouvido o Plenário, regime de urgência, para o Projeto de Lei n.º 283/2013, oriundo da Mensagem Governamental n.º 214/2013, que cria Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI e Comissões Julgadoras de Defesa Prévia de Penalidades sobre a Habilitação no Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN/ES, e dá outras providências.

Palácio Domingos Martins, 13 de setembro

de 2013.

ATAYDE ARMANI Vice-Líder do Governo

(no exercício da Liderança) O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Em votação o Requerimento de Urgência nº 138/2013, que acaba de ser lido.

Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam sentados. (Pausa)

Aprovado. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 39

GABINETE DA LIDERANÇA DE GOVERNO

REQUERIMENTO DE URGÊNCIA N.º 139/2013 Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, Líder do

Governo nesta Casa, no uso de suas prerrogativas regimentais, requer a V. Ex.ª, após ouvido o Plenário, regime de urgência, para o Projeto de Lei n.º 276/2013, oriundo da Mensagem Governamental n.º 209/2013, que estabelece normas para utilização pública dos Parques Estaduais.

Palácio Domingos Martins, 13 de setembro

de 2013.

ATAYDE ARMANI Vice-Líder do Governo

(no exercício da Liderança) O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Em votação o Requerimento de Urgência n.º 139/2013, que acaba de ser lido.

Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam sentados. (Pausa)

Aprovado. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação nº

797/2013, do Deputado José Esmeraldo, ao Governador do Estado, para instalação uma cobertura na Quadra Poliesportiva da praça principal do Bairro São Francisco/Aracruz localizada na Avenida Brasil. Lida na 84.ª Sessão Ordinária, realizada dia 17 de setembro de 2013, e adiada a votação por falta de quorum.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 797/2013, lida em sessão anterior. (Pausa)

Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.

Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:Indicação nº

798/2013, do Deputado José Esmeraldo, ao Governador do Estado, para instalação rede de esgoto na Rua Paraná localizada no Bairro Praia Grande/Fundão. Lida na 84.ª Sessão Ordinária, realizada dia 17 de setembro de 2013, e adiada a votação por falta de quorum.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 798/2013, lida em sessão anterior. (Pausa)

Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.

Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 800/2013 Referência: Indicação ao Governador. Senhor Presidente: O Deputado Estadual Pr. Marcos Mansur, eleito pela legenda partidária do PSDB, com assento nesta Casa de Leis, no uso de suas atribuições regimentais, vem INDICAR através da Mesa Diretora desta Assembleia Legislativa, ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Espírito Santo, que seja feita a Disponibilização de Recursos ( R$ 50.000,00) para a Aquisição de Equipamentos para o Lar João XXIII, no Município de Cachoeiro de Itapemirim-ES.

Vitória, 16 de setembro de 2013.

MARCOS MANSUR Deputado Estadual - PSDB

JUSTIFICATIVA

O Lar João XXIII, atendendo às exigências

de adequações do Ministério Público e da Vigilância Sanitária, está necessitando adquirir novos equipamentos. E necessita de ajuda do poder público para poder atender dignamente os idosos internados no mesmo.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 800/2013, que acaba de ser lida. (Pausa)

Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.

Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 801/2013

40 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, no uso de suas atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a INDICAÇÃO da seguinte matéria: Aquisição de terreno para que seja Construída a E.E.E.F. “Coramara”, município de Cachoeiro de Itapemirim/ES.

Sala das Sessões, 16 de setembro de 2013.

RODRIGO COELHO Deputado Estadual – PT

JUSTIFICATIVA

Esta propositura objetiva indicar o local

(terreno), para que seja adquirido pela Secretaria estadual de educação - SEDU para construção da E.E.E.F. “Coramara”. O terreno ora indicado está localizado na avenida Francisco Cabral da Fonseca, bairro Coramara, município de Cachoeiro de Itapemirim/ES e pertencente à antiga empresa Cachita Mármores e Granitos.

O espaço indicado atende as exigências de tamanhos, lugar plano, ladeados de ruas de acesso direto ao bairro e de excelente localização, sendo de consenso entre os moradores representados por seus líderes comunitários.

Faz-se necessária visita ao local de uma equipe técnica da Secretaria Estadual de Educação para levantamento das informações pertinentes aos tramites burocráticos a serem adotados.

Ante o exposto, solicito o concurso dos Nobres Colegas e de V.Exa. à aprovação da presente Indicação.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 801/2013, que acaba de ser lida. (Pausa)

Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.

Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 802/2013

Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, no uso de suas atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a INDICAÇÃO da seguinte matéria: Construção de um prédio para atender os alunos da E.E.E.F. “Coramara”, localizada a Avenida Jorge Simão, nº 27, bairro Coramara, no município de Cachoeiro de Itapemirim/ES.

Sala das Sessões, 16 de setembro de 2013.

RODRIGO COELHO Deputado Estadual – PT

JUSTIFICATIVA

A presente proposição objetiva a construção

de novas instalações para atender os alunos da E.E.E.F. “Coramara”. O prédio atual não oferece acomodações adequadas para a execução das atividades escolares, os espaços são reduzidos não comportando a demanda de vagas necessárias para atender a região.

O novo prédio deverá contribuir para receber a demanda crescente de vagas devida a construção de um conjunto habitacional que está sendo construído na região.

Em recente visita o representante da Secretaria Estadual de Educação pode constatar a situação do prédio que leva risco a toda comunidade escolar, necessitando de intervenção URGENTE.

Ante o exposto, solicito o concurso dos Nobres Colegas e de V.Exa. à aprovação da presente proposição.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 802/2013, que acaba de ser lida. (Pausa)

Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.

Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 803/2013 Senhor Presidente:

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 41

O Deputado abaixo assinado, no uso de suas atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a INDICAÇÃO da seguinte matéria:

Construção de nova Unidade do Centro Regional de Especialidades no município de Cachoeiro do Itapemirim/ES.

Sala das Sessões, 16 de setembro de 2013.

RODRIGO COELHO Deputado Estadual - PT

JUSTIFICATIVA O objetivo desta Indicação é dar

encaminhamento a demanda apresentada a partir da reunião do Mandato Participativo, no núcleo que discute as questões de saúde do município, realizada no neste mês.

As alegações apontadas que motivam a presente proposição são:

a) A estrutura física está inadequada; b) Espaço que permita atendimento humanizado; c) As acomodações são insuficientes para receber os pacientes; d) Ampliação no local suficiente para receber o volume de atendimento exigido; e) Estacionamento suficiente.

Apresentamos a presente proposição

embasados no Art. 6º da nossa Constituição Federal que prevê que “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.”, que atribui ao Estado essa responsabilidade.

Ante o exposto, solicito o concurso dos Nobres Colegas e de V.Exa. à aprovação da presente proposição.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 803/2013, que acaba de ser lida. (Pausa)

Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.

Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 804/2013

Referência: Indicação ao Governador. Senhor Presidente: O Deputado Estadual Pr. Marcos Mansur, eleito pela legenda partidária do PSDB, com assento nesta Casa de Leis, no uso de suas atribuições regimentais, vem INDICAR através da Mesa Diretora desta Assembleia Legislativa, ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Espírito Santo, que seja feita a Instalação de uma Torre de Telefonia Móvel da Vivo, na localidade de Córrego São Bento, no Município de Cachoeiro de Itapemirim-ES.

Vitória, 16 de setembro de 2013.

MARCOS MANSUR Deputado Estadual - PSDB

JUSTIFICATIVA

Os moradores de Córrego São Bento, Cobiça,

Urtiga, Itabira, Santa Rosa e adjacências solicitam a instalação desta torre, pois, não há sinal de telefone móvel na região, ficando os mesmos totalmente isolados. Por não haver telefonia fixa na comunidade, a opção para comunicação e acesso à internet tem ser feito por telefonia móvel.

Obs: O terreno para instalação da torre já está disponibilizada, sem custo para a operadora, pela D. Laura, fazendeira da região. Quando os técnicos da Vivo forem vistoriar o local para a instalação é só ligar para o Sr. Eduardo ( Gerente da Fazenda ) 28 9882-8204.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 804/2013, que acaba de ser lida. (Pausa)

Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.

Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO - (DOUTOR

HÉRCULES) - Senhor Presidente, informo a V. Ex.ª que não há mais Expediente a ser lido.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Não havendo mais Expediente a ser lido, passa-se à fase das Comunicações.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado

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Euclério Sampaio. O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - (Sem

revisão do orador) - Senhor Presidente e Senhores Deputados, - ainda não há nenhuma Deputada presente - servidores da Casa, profissionais de imprensa, servidores nas galerias e todos os que nos assistem em seus lares, bom-dia!

Senhor Presidente, chamo a atenção de V. Ex.as para assistirem a um vídeo sobre as consequências do que ocorre com a explosão de tanques de combustíveis. Pode passar. (Pausa)

(O vídeo é exibido)

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Chamamos a atenção de V. Ex.as, pois no local exibido no vídeo havia quatro reservatórios, e menores do que os que estão sendo instalados na região da Grande Paul. Durante a filmagem, havia explodido apenas um, pois os outros ainda estavam para explodir. E o terreno era plano. Já imaginaram na descida, dez tanques sendo instalados, maiores, além dos que já estão instalados? Imaginaram a tragédia no Município de Vila Velha?

Senhores Deputados José Esmeraldo, Roberto Carlos e Doutor Hércules, não queremos, em momento nenhum, colocar o povo contra o Senhor Governador, mas apenas pedir a S. Ex.ª, em nome do povo do Município de Vila Velha e em nome desta Casa de Leis, dos trinta Deputados, que suspenda, imediatamente, essa autorização, essa licença do Iema, porque alguém deverá ser responsabilizado.

Demos entrada em um decreto, temos a simpatia da maioria dos Senhores Deputados, dos Senhores Deputados José Esmeraldo, Roberto Carlos, Doutor Hércules e outros, mas queríamos que o Senhor Governador suspendesse essa licença, porque esta Casa de Leis votará esse decreto. Queríamos que fosse algo dos trinta Deputados e que o Senhor Governador se sensibilizasse com o que está ocorrendo no Município de Vila Velha. O povo está apavorado na região.

No local exibido no vídeo, ocorreu em uma área plana uma tragédia com pouca coisa. Imaginem nessa ladeira, combustível descendo, lavando tudo, destruindo tudo! Isso é inadmissível! Terá proporções gigantescas nos bairros Paul, Vila Garrido, Ilha das Flores, Argolas, São Torquato, enfim, em toda a região.

E os tanques estão posicionados de frente para o Palácio Anchieta. Fatalmente não atingirá o palácio, mas, caso haja uma tragédia, assistirão de lá.

Repetimos: pedimos ao Senhor Governador, em nome do povo de Vila Velha e em nome desta Casa de Leis, que suspenda essa licença do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), porque, lidamos com a vida, a coisa mais sagrada. O pedágio mexe no bolso, mas nesse caso mexe com a vida.

Se há uma medida de urgência a ser tomada

neste Estado, chama-se suspensão dessa licença. Se existe alguma coisa urgente neste Estado, é suspender a continuidade dessa construção. Obrigado Senhor Presidente. (Muito bem!)

(Comparece a Senhora Deputada Lúcia Dornellas)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Roberto Carlos, para que eu possa fazer uso da palavra. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO

CARLOS) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento e concedo a palavra ao Senhor Deputado Glauber Coelho.

O SR. GLAUBER COELHO - (Sem

revisão do orador) - Saudamos o Senhor Deputado Roberto Carlos, que ora preside esta sessão ordinária, e cumprimentamos as Senhoras Deputadas, os Senhores Deputados e o público que assiste a esta sessão, por meio da TV Assembleia.

Senhor Presidente, daremos continuidade à nossa fala de ontem e reforçaremos o que falamos nesta Casa de Leis sobre a audiência Pública que a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo realizou na manhã de ontem, justamente para discutir sobre os alimentos produzidos pela agricultura familiar, adquiridos com recursos do Pnae, Programa Nacional de Alimentação Escolar, e do PAA, Programa de Aquisição de Alimentos, que movimentam, e muito, principalmente o comércio dos municípios do interior do Estado do Espírito Santo.

Para que os nobres Deputados e Deputadas tenham uma ideia, temos hoje mais de sessenta e sete mil estabelecimentos rurais - e o Senhor Deputado Atayde Armani pode se pronunciar com mais propriedade sobre o assunto porque preside a Comissão de Agricultura com profissionalismo, paixão e foco - que vivem da agricultura familiar. Em nosso Estado isto, geograficamente, significa que oitenta por cento das nossas propriedades rurais, propriedades interioranas, são de agricultores familiares, que pertencem à agricultura familiar.

Os recursos que serão investidos na aquisição desses alimentos, por intermédio da Secretaria de Estado de Educação, giram em torno de dezoito milhões de reais, ou seja, é recurso na veia do produtor e da produtora rural, daqueles que moram e criam seus filhos no interior e lá vivem com muita dificuldade. Essa é uma excepcional oportunidade de fixarmos o homem do campo onde ele vive; de melhorarmos ainda mais a qualidade de vida no campo, de abrirmos novos horizontes, novas possibilidades, novas alternativas para o produtor rural e de aumentarmos significativamente a sua renda. Realizamos a audiência pública com esse intuito e com esse foco.

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 43

Vale a pena ressaltar também que dentro da agricultura familiar vários segmentos já são beneficiados como, por exemplo, os segmentos da agroindústria, lacticínios, refrigerados, hortifrutigranjeiros. Porém, ali encontramos alguns obstáculos que podem e devem ser perfeitamente ultrapassados e vencidos.

Precisamos melhorar a logística de distribuição desses alimentos da agricultura familiar. Encontramos uma dificuldade que foi ali reverberada e compartilhada por todos aqueles que participaram, ou seja, pouca capacidade de armazenamento desses produtos. Não existe hoje em nosso Estado um preço mínimo de referência. É importante que tenhamos esse preço mínimo de referência para que mediante aquilo que o produtor rural produz dentro do seu custo não venha a perder, ou seja, tem que ter uma motivação para produzir e vender seu produto concomitantemente para os municípios e da mesma forma para o Estado.

Outro dado interessante é que alguns municípios do Estado do Espírito Santo ainda não aderiram à lei federal que obriga claramente que municípios e Estado possam adquirir no mínimo trinta por cento daquilo que as nossas crianças consomem nas escolas da rede pública municipal e estadual. Trinta por cento dos produtos têm que vir da agricultura familiar. Mas ainda existem alguns municípios do Estado que não aderiram. E isso é lei federal; a lei tem que ser cumprida! Estaremos recomendando isto. Estaremos sugerindo que os municípios possam urgentemente aderir a isso. Tenho certeza absoluta de que valorizaremos ainda mais o nosso produtor e a nossa produtora rural. Muito obrigado, Deputado! (Muito bem!) (Comparecem os Senhores Deputados Claudio Vereza e Marcelo Santos) O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO CARLOS) - Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Glauber Coelho. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento para dar continuidade ao rito da sessão.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor Hércules. O SR. DOUTOR HÉRCULES - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, telespectadores do canal 12, TV Assembleia, e do canal 02, TV Educativa, nosso bom-dia. Assomamos a esta tribuna mais uma vez para, variando um pouco o nosso discurso, falar sobre três assuntos: o primeiro assunto é saúde; o segundo é saúde; e o terceiro também é saúde. Porque saúde é a maior riqueza, o maior patrimônio que nós temos.

Precisamos sempre lembrar de que precisamos olhar melhor a Saúde, desde Brasília até os municípios. Hoje falaremos sobre implante coclear e mostraremos uma matéria publicada no jornal A Gazeta, com a seguinte manchete: Menina faz implante para ouvir, mas faltam baterias.

Essa é uma luta que travamos desde o primeiro mandato. Há cerca de seis anos lutamos para que essas crianças surdas possam ouvir. Encontramos tantos obstáculos... Porque o rico compra o serviço médico, o serviço do hospital, ou aquele que consegue paga um plano de saúde. Alguns planos de saúde só exploram. E exploram principalmente o povo da saúde: o médico, o enfermeiro, o nutricionista, o psicólogo, a assistente social, o dentista, o fonoaudiólogo e outras especialidades ligadas à saúde. Não me recordo de todas e peço desculpas por isso. Não é possível continuar assim. Pedimos, agora, até à bancada do PT, aos Senhores Deputados Roberto Carlos, Claudio Vereza, Lúcia Dornellas e Rodrigo Coelho, que nos ajudem nessa causa, porque não é possível continuarmos mandando essas crianças para Campinas para que possam realizar o implante coclear se podemos realizá-lo aqui. Falta o quê? Falta determinação do Governo Federal com o Governo Estadual. Fazer um convênio para que essa cirurgia possa ser realizada aqui. Pode ser e é feita aqui. Existem algumas burocracias, ou burrocracias, que não dá para entender. Se fosse filho de deputado, de senador, do governador, do presidente, já estaria resolvido. Mas, o filho do pobre, a filha da Senhora Lourdilene Mozer, que está no jornal de hoje... Só estou citando o nome dela porque ela mesma deu essa reportagem e sugeriu essa pauta ao jornal A Gazeta. E o jornalista Elton Lyrio escreveu muito bem a matéria publicada na pauta do leitor. É preciso que o povo faça igualmente ao que ela fez: apelar para o bom senso das autoridades, dos políticos, dos administradores públicos, para acabarem com o sofrimento das pessoas. É preciso que aqui tenha um centro para manutenção desses equipamentos. Existe, também, alguma burrice na lei. Para a criança que não ouve, o acompanhante e a criança têm passe livre nos ônibus. A criança, ao colocar o implante e começar a ouvir, não tem mais o passe livre. Olha que burrice na lei. É preciso que o Governo do Estado também se mobilize nesse sentido. Esse é um tipo de lei que não é da iniciativa do Legislativo, desta Assembleia. Ficamos triste quando vemos isso.

O Senhor Governador já autorizou, um dia, no Himaba, na inauguração e entrega de leitos de UTI, que fossem feitas dez cirurgias. Falou que, de tanto pedirmos, não aguentava mais e autorizaria o Governo a pagar dez cirurgias. Mas é muito pouco, Senhor Governador. Sabemos do trabalho do

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secretário - está aqui a resposta da secretaria. Não somente o Senhor Secretário José Tadeu Marino, mas o subsecretário e toda a sua assessoria têm trabalhado muito nesse sentido. Mas é muito pouco.

Precisamos que o Governo Federal faça convênios com o SUS e que o SUS faça convênios com o Governo Estadual, para que se as cirurgias não forem realizadas em hospital próprio, do Governo, que sejam em hospital conveniado, uma OS, por exemplo, no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves. Não interessa onde será feito, interessa que a criança possa passar a ouvir. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Gilsinho Lopes. O SR. GILSINHO LOPES - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, estamos lendo no jornal A Tribuna, página 31, que o Senhor Governador Renato Casagrande quer mais prazo para os incentivos. Isso é um exemplo de que sempre estivemos presentes na tribuna e neste Parlamento, tentando contribuir com o Senhor Governador do Estado. Dissemos para todos os membros, inclusive, para o Senhor Secretário da Fazenda que todos os incentivos fiscais concedidos para atrair empresas para o Estado, que tivessem aprovação legislativa. Quando da prestação de contas do Senhor Maurício Duque, também falei sobre esse fato, porque desde o Governo passado, todos os incentivos fiscais estão sendo concedidos por decreto, o que é extremamente inconstitucional. Verificamos nesta Casa de Leis que esta semana, Senhor Deputado Roberto Carlos, no dia V. Ex.ª não estava, mas o Senhor Deputado Claudio Vereza, o Senhor Deputado Genivaldo Lievore e a Senhora Deputada Lúcia Dornellas se encontravam presentes na frente ambientalista e a Senhora Diane Rangel, Secretária de Meio Ambiente, disse que o Governo do Estado poderia dar incentivos para as poluidoras evitarem propelir partículas de ozônio e outras partículas nocivas à saúde. Criticamos muito isso e até colocamos no Youtube sobre essa nossa colocação. O Sr. Marcelo Santos - Senhor Deputado Gilsinho Lopes, gostaria que V. Ex.ª me concedesse um aparte, mas antes conclua sua manifestação. O SR. GILSINHO LOPES - No início do mandato, quando ganhamos a eleição, cheguei até ao Senhor Governador Renato Casagrande e disse a S. Ex.ª - juntamente com os Senhores Deputados José Esmeraldo, Glauber Coelho e Vandinho Leite, na residência oficial - que bateria exatamente nessa tecla, para que V. Ex.ª não incorresse em processos judiciais. Estava ali o exemplo. Já previa isso desde lá de trás. O Sr. Marcelo Santos - Senhor Deputado

Gilsinho Lopes, cumprimento V. Ex.ª. Concordo com V. Ex.ª, pois a autorização legislativa dá toda a segurança ao Governo do Estado em conceder benefícios fiscais às empresas capixabas, mas precisa de autorização legislativa, apenas isso. Gostaríamos de registrar sobre o que foi publicado nos jornais de hoje e desde o mês de junho vem sendo divulgado no Youtube, nas mídias sociais, enfim: Ministério Público vai ouvir mãe de aluno humilhado por professora. O aluno de uma escola, no Sul do Estado, foi humilhado no mês de junho e até hoje a Secretaria de Estado de Educação não adotou nenhuma providência, por meio do Senhor Secretário Klinger, que é um burocrata por si só, Senhor Deputado que exerce a função de Líder do Governo, na ausência do Líder Sérgio Borges, Atayde Armani. Chamo a atenção do Secretário Klinger Barbosa, que está equivocado. Até hoje a diretora da escola e essa professora, que fizeram esse mal a essa criança, não foram ouvidas pela Secretaria de Estado de Educação. A Secretaria de Estado de Educação teve a cara de pau de dizer que foi dado início na investigação do processo na Superintendência de Educação de Cachoeiro de Itapemirim. Em um assunto de tal relevância como esse, o Secretário deveria sair de sua cadeira burocrata e ir ao Município, onde ocorreu esse ato. S. Ex.ª mesmo dizer, em nome do Governo, que o Senhor Governador Renato Casagrande não admite essa lentidão, porque S. Ex.ª desburocratiza e não burocratiza, como é o caso da Sedu - ES, Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo, ações como essa. Queremos fazer um voto de repúdio ao Secretário Klinger Barbosa pela ineficiência e pela burocracia que emana daquela Secretaria de Estado da Educação, que não dá passos maiores, porque tem a sua frente um burocrata chamado Klinger Barbosa. O SR. GILSINHO LOPES - Senhor Deputado Marcelo Santos, agradeço o aparte de V. Ex.ª e corroboro com suas palavras, porque várias denúncias chegam à Comissão de Educação e fazemos os encaminhamentos necessários. Vamos in loco fazer a verificação e quando constatamos, repassamos para o Secretário e não obtivemos resposta. O Senhor Deputado Da Vitória, Presidente da Comissão, tem percorrido todo o Estado para verificar in loco as denúncias trazidas à Comissão, da qual somos Vice-Presidente. Fomos até verificar a questão de escolas construídas, e mal construídas, que já tinham o aval para iniciar as aulas. Então o Governador, que tem feito um excelente trabalho e investimento na área, tem que estar atento ao trabalho de alguns Secretários. (Muito bem!) (Comparece o Senhor Deputado Paulo Roberto) O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 45

Atayde Armani. O SR. ATAYDE ARMANI - (Sem revisão do orador) - Senhor Deputado Glauber Coelho, Presidente em exercício, nobre Deputado Roberto Carlos, que compõem a Mesa Diretora desta sessão, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, nos inscrevemos para informar, nesta tribuna, que o nosso Governador Renato Casagrande estará amanhã em Linhares, inaugurando uma escola naquela Cidade, a Escola Bartouvino Costa. Depois, irá ao Córrego Moacir, em Governador Lindenberg, para inaugurar a torre de telefonia móvel naquele distrito. Senhor Deputado Glauber Coelho, que está à frente da Comissão de Agricultura há vários meses, parabenizamos V. Ex.ª pelo merecimento e pelo trabalho que vem fazendo à frente daquela Comissão. Queremos dizer neste momento que a telefonia móvel rural é uma briga da Comissão de Agricultura há seis anos junto à Secretaria de Estado de Agricultura, com o então Secretário César Colnago, depois com o Secretário Ricardo Santos, e depois com o Secretário Enio Bergoli. Não foram medidos esforços por aquela Comissão, Senhor Deputado Glauber Coelho, para que o Governo do Estado assumisse a responsabilidade de serem instaladas essas torres de celular no distrito. As empresas que se beneficiaram com a privatização da telefonia neste País não o fizeram. E o Governo do Estado, hoje na pessoa do Governador Renato Casagrande, assumiu e já instalou nas dez primeiras comunidades, inclusive em São Jorge do Tiradentes, em Rio Bananal. Estará também, na sexta-feira, no Garrafão, em Santa Maria de Jetibá. Parabenizamos o Governo Renato Casagrande por ter tido a hombridade de assumir não apenas essas dez comunidades, pois no final da programação haverá quase duzentas comunidades com a telefonia móvel rural. Essa briga, Senhor Deputado Glauber Coelho, vem de longa data, tem sido travada pela Comissão de Agricultura há seis anos, porque era uma necessidade dessas comunidades do Interior. Não pudemos ir a São Jorge do Tiradentes, não iremos a Moacir amanhã e dificilmente estaremos em Santa Maria de Jetibá na sexta-feira, mas observamos hoje que várias pessoas se dizem o pai da criança. Observamos hoje que várias pessoas dizem que brigaram pela telefonia rural. Pessoas que não tinham nenhum interesse por essa matéria e por essa obra. Mas não queremos nos eximir de dizer que é bom que hoje façam isso, porque é sinal de que estão se preocupando com o produtor rural, com aquelas pessoas que vivem no Interior de nossos municípios. Não queremos ser a única voz do agricultor nesta Casa Legislativa. Muito pelo contrário: queremos ser mais uma voz junto com os colegas Parlamentares para os agricultores do Estado do Espírito Santo porque são pessoas que têm

necessidades. Vemos a união dos Deputados da Grande

Vitória que brigam em prol dos seus municípios e sentimos orgulho por isso porque é essa união que precisamos ter quando falamos do Interior do Estado. Este Deputado que vos fala, os Senhores Deputados Glauber Coelho, Da Vitória e tantos outros Deputados que representam o interior do Estado do Espírito Santo temos que nos unir no intuito de levarmos tudo aquilo que o homem do interior precisa, tais como: o programa Caminhos do Campo; condições melhores para a sua plantação; telefonia rural; energia para todos e tantas e tantas outras coisas.

Senhor Presidente, pedimos aos nossos colegas Deputados do Interior do Estado que continuemos na briga em prol das pessoas que têm mais necessidade na nossa agricultura e no campo. Muito obrigado. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado José Esmeraldo.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - (Sem revisão

do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, nossos taquígrafos, funcionários desta Casa de Leis, profissionais da Comunicação, aqueles que nos assistem por meio da TV Assembleia, canal aberto, 19.2, e por meio da TV Educativa, reportamo-nos a um assunto que nós, Deputados da Grande Vitória e adjacências, temos a responsabilidade de repercutir nesta Casa Leis. Dizemos isso porque tivemos uma votação e devemos ao povo do Município de Vila Velha. Não é fácil obter mais de seis mil votos num município como Vila Velha e somos agradecidos a esses moradores. Daremos a nossa contribuição, assim como outros deram, tais como os Senhores Deputados Euclério Sampaio e Roberto Carlos. Trabalharemos, com certeza, em prol daqueles moradores que estão em situação de risco. É importante falar isso. Os moradores de Argolas, Paul, Vila Batista, São Torquato estão correndo risco porque havendo uma explosão, ela será em série. Um depósito desses tem mais de cinco milhões de litros e são vários e vários.

Senhor Presidente, tivemos a oportunidade de ver uma matéria da rede Globo que mostrou um lugar onde houve uma explosão no plano horizontal. E aí é vertical, o plano é vertical. Na hora em que houver uma explosão, naturalmente o líquido descerá e varrerá tudo. As pessoas que moram naquela região estão sobressaltadas e é muito fácil de saber quem é o responsável, mas não é só o responsável. O que os moradores dessas regiões querem, precisam, necessitam e desejam é que seja demolido, isto é, é a demolição dessas bombas porque isso é uma bomba de efeito retardado. Cada tanque desses é uma bomba e o somatório dos tanques, com certeza, poderá gerar

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uma explosão que causará um desastre que talvez nunca tenha acontecido na história do Estado do Espírito Santo.

Por isso pedimos ao Senhor Renato Casagrande, Governador do Estado do Espírito Santo, que é um homem bem-intencionado. Mas sempre falamos que a assessoria de S. Ex.ª muitas vezes não corresponde porque quem autorizou isso não foi S. Ex.ª. Quem autorizou isso foi o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, IEMA. Chame esse indivíduo do IEMA, Senhor Governador Renato Casagrande, e achamos que S. Ex.ª tem que fazer isso logo, com urgência urgentíssima e procure saber o que aconteceu porque iremos convidá-lo para vir à Assembleia Legislativa. A Comissão de Infraestrutura, capitaneada pelo Senhor Deputado Marcelo Santos, juntamente com o nosso amigo que foi um dos que fizeram a denúncia, o Senhor Deputado Euclério Sampaio, o Senhor Deputado Roberto Carlos e este Deputado que vos fala, vamos chamá-lo para vir à Comissão de Infraestrutura. Queremos que parem o serviço, aliás já deveriam ter parado. Vamos fazer uma vistoria no local, podem ter certeza disso, e será na semana que vem. Se os Senhores Deputados não quiserem ir conosco, iremos sozinho. Subiremos ao morro para vermos se parou a construção dessas bombas porque os moradores de Argolas, de Paul, de Vila Batista e de São Torquato não merecem que estejam dentro de uma linha de ação, de destruição. É isso que estamos vendo. Antes que aconteça, corta-se a cabeça. Antes que o mal cresça, corte-se a cabeça. Trabalharemos nesse sentido e não é conversa fiada não. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Roberto Carlos. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO

CARLOS) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento para dar continuidade ao rito da sessão.

A Presidência registra, com satisfação, a presença nas galerias desta Casa, de dezoito alunos do Jovem Aprendiz da Escola Senac de Vitória que visitam este Poder, acompanhados da professora Priscila Laurentino Gonçalves Merçon, do Projeto Escolas na Assembleia. Nossas boas-vindas aos visitantes.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Da Vitória.

O SR. DA VITÓRIA - (Sem revisão do

orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, profissionais de imprensa, a sociedade capixaba que nos assiste pela TV Assembleia, os nossos alunos sejam todos bem-vindos, os que estão em nossas galerias da Assembleia Legislativa e profissionais que colaboram

com este Poder Legislativo. Senhor Deputado Gilsinho Lopes, Presidente

da Comissão de Segurança e Vice-Presidente da Comissão de Educação, mais uma vez nos colocamos à disposição de V. Ex.ª e do Senhor Deputado Marcelo Santos e nos somamos com V. Ex.as para que o respeito a este Poder, que representa a sociedade capixaba, possa cada vez mais estar apresentado à sociedade porque se não fizermos a fiscalização, a sociedade ficará desamparada.

Em relação à Educação pública estadual, como Presidente da Comissão de Educação, nos somamos a V. Ex.as , inclusive na semana passada informamos ao Senhor Klinger Barbosa Alves, Secretário de Educação, que estamos encaminhando uma denúncia com vários amigos e amigas do Município de Ponto Belo em relação à gestão de uma diretora escolar da Escola Pública Estadual de Ponto Belo, uma pessoa que demonstra não ter respeito não só pelos pais e pelos alunos, mas também pelos cidadãos da Cidade de Ponto Belo, inclusive trata a administração pública municipal com descaso e desrespeito. Então, V. Ex.ª tem toda razão e o nosso Secretário precisa cada vez mais entender esse processo de parceria do Governo do Estado com a nossa Assembleia Legislativa que existe para colaborar e contribuir.

Senhor Presidente, aproveitamos esse tempo que nos resta para fazer outro registro importante ao Governador Renato Casagrande: primeiramente agradecemos a S. Ex.ª a sensibilidade ao encaminhar o Secretário de Segurança, Senhor André de Albuquerque Garcia, e também o Secretário de Governo, o Senhor Tiago Hoffmann, ao HPM, Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que defende muito a Segurança Pública nesta Casa. Já faz tempo que devemos a essa instituição tão importante, que é o Hospital da Polícia Militar. Apesar de ser da Polícia Militar, esse hospital atende a toda a sociedade do Estado do Espírito Santo. Estaremos com os membros daquela Instituição importante, com os profissionais que salvam vidas para apresentar o trabalho do HPM nesta Casa. Precisamos reestruturar o HPM. Por anos e anos que se passaram, com a evolução do nosso Estado, o HPM precisa ser reformulado. Já tivemos uma contribuição do Governador Renato Casagrande no que tange ao quadro organizacional da Polícia Militar, que era necessário ser atualizado. O HPM participou timidamente com os oficiais da Polícia Militar.

Hoje, os praças e os oficiais administrativos precisam ser enquadrados dentro da atualidade e do que foi feito para os combatentes da Polícia Militar. Cada vez mais essa voz aumenta nesta Casa porque todos os deputados têm um carinho especial pelo HPM. Pedimos que todos recebam os amigos do HPM e da Banda da Polícia Militar em seus gabinetes, porque são duas instituições que nos deixam felizes.

Enquanto representantes, temos que dar o

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 47

nosso retorno. A Casa que chancela as ações do Governo. Precisamos pedir ao Senhor Governador que acelere esse processo. Já estamos defasados há anos. Precisamos resolver neste Governo. Já tivemos a reestruturação do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Militar. Urgentemente, precisamos também que o quadro organizacional do Hospital da Polícia Militar e da Banda da Polícia Militar chegue a esta Casa.

O Sr. Marcelo Santos - Cumprimentamos

V. Ex.ª e somamo-nos à sua manifestação. Mais uma vez complemento a minha fala

sobre o Secretário Klinger Marcos Barbosa Alves. O Ministério Público exerce o seu papel, mais uma vez também, de poder fiscalizador. Mas o Secretário deveria ter dado o exemplo que o Governador Renato Casagrande vem dando e assumir as responsabilidades do que faz.

Também gostaria de falar sobre as obras que estão sendo executadas pela Sedu, repassadas para a Secretaria de Transportes. Obras malfeitas. Estão pressionando as diretoras para que aprovem a obra. Elas não estão aprovando. Quero defendê-las e dizer que obras malfeitas serão fiscalizadas também pela Comissão de Infraestrutura.

Não vou admitir que um Secretário burocrata e um Subsecretário de Obras, façam o que bem entenderem na Sedu. É dinheiro público que será fiscalizado por este Poder, que tem poder para tal.

O SR. DA VITÓRIA - Não posso deixar de

fazer um registro, assim como fiz sobre a Polícia Militar.

Há um fato acontecendo na Companhia do Batalhão da Polícia ambiental, em Colatina. Um jovem capitão, que assumiu o comando, precisa entender que para ser um comandante de batalhão tem que ser tenente-coronel. S. S.ª pediu para um sargento, com vinte e cinco anos de polícia e com uma ficha exemplar, para sair do batalhão. Isso é inadmissível.

Coronel Edmilson dos Santos, Comandante-Geral da Polícia Militar e Comandante do Batalhão da Polícia Ambiental, procurem saber sobre esse rapaz e a sua conduta, principalmente se ele tem condições de fazer essa cobrança.

Não costumo fazer esses registros, mas um abuso desse tem que ser registrado. Vou requerer algumas ações que esse comandante está fazendo, porque irei responsabilizá-lo pela falta de respeito com profissionais que prestaram serviços há tantos anos à Polícia Militar. Muito obrigado. (Muito bem!)

(Comparecem os Senhores Deputados Marcos Mansur e Solange Lube)

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO

CARLOS) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Jamir Malini.

O SR. JAMIR MALINI - (Sem revisão do orador) - Nobre Presidente Roberto Carlos e demais deputados, os Senhores Deputados José Esmeraldo e Euclério Sampaio falaram sobre Paul. É triste deixar uma obra dessa chegar a esse ponto. Cabe a nós, da Comissão de Infraestrutura, abraçar essa causa. O grande problema dessa questão é que demoraram muito para se interessarem por essa situação.

O Senhor Deputado Marcelo Santos falou sobre as escolas que estão sendo construídas e reformadas.

Eu e os Senhores Deputados Roberto Carlos, Da Vitória, Gilsinho Lopes estivemos presentes na Escola Clóvis Borges Miguel, na Serra. Aconteceu isso que V. Ex.ª está contando. A diretora comunicou à Setop sobre os problemas ocorridos naquela escola. A empreiteira quis entregar a escola.

Só para V. Ex.ª ter noção do problema, em uma das bancadas da cozinha foram feitos dois furos para instalar a torneira. A empreiteira fez o buraco na parede e colocou a torneira. Não colocou na bancada. Deixou a bancada colocada no mesmo lugar com os dois furos.

Um absurdo isso! A empreiteira quis que a Diretora Claudete recebesse a escola daquele jeito; naturalmente, não recebeu. Isso gerou um constrangimento para ela, visto que um cidadão - que não me lembro o nome, da Setop disse que a diretora não agiu corretamente nessa questão, pois, teria de comunicar a Sedu por isso.

O Sr. Marcelo Santos - Sofreu a intervenção da Sedu ou da Setop? O SR. JAMIR MALINI - Da Setop. O Sr. Marcelo Santos - Da Setop. E na Sedu qual foi o procedimento?

O SR. JAMIR MALINI - A Sedu só foi informada, depois um pessoal da Sedu e da Setop foram fazer uma visita junto com os demais deputados que tomarão as medidas cabíveis. A alegação foi essa.

Bloqueou-se parte do dinheiro da empresa a fim de que seja ressarcida essa obra. Estamos acompanhando de perto.

Externando o que V. Ex.ª disse, realmente tem de ter uma fiscalização mais próxima dessas obras.

O Sr. Marcelo Santos - Parabenizo a V. Ex.ª

e me somo a sua manifestação com relação a isso. Fazemos parte da Comissão de Infraestrutura;

uma vez que a obra foi executada pela Secretaria de Estado dos Transportes temos condição de fiscalizar, como agente fiscalizadores que somos, em qualquer obra e em qualquer situação do Estado. Na Comissão de Infraestrutura podemos agir.

Publicamente dizemos que estaremos

48 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

convocando os responsáveis da Sedu e da Setop, com relação às obras de construção de escolas públicas estaduais no Estado do Espírito Santo. Faremos esse deferimento na segunda-feira. E V. Ex.ª, que naturalmente fez um relato sério, possamos tê-lo na Comissão de Infraestrutura, na segunda-feira. Muito obrigado.

O SR. JAMIR MALINI - Senhor Deputado

Marcelo Santos, muito obrigado. A Comissão de Infraestrutura também está

convidando a Cesan para dar explicações sobre os reparos asfálticos feitos, em especial, no bairro Vista da Serra, que está sendo um absurdo.

Concluindo, visto que o Senhor Deputado Roberto Carlos, parceiro no Município de Serra, quer fazer um pronunciamento. Deixaremos os três minutos para V. Ex.ª. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO

CARLOS) - Passo a presidência dos trabalhos à Senhora Deputada Solange Lube. (Pausa)

A SR.ª PRESIDENTA - (SOLANGE

LUBE) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento e concedo a palavra ao senhor Deputado Roberto Carlos.

O SR. ROBERTO CARLOS - (Sem

revisão do orador) - Senhora Presidenta, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. Senhor Deputado Jamir Malini, muito obrigado! V. Ex.ª parceiro, companheiro que teve a oportunidade de cerrar fileiras conosco na Câmara de Serra. A Assembleia Legislativa entrou de vez na questão dos tanques de combustível e soda cáustica em Paul. Importantíssimo. Importante porque na audiência pública em que estava presente, em Paul, os vereadores de Vila Velha reclamaram a presença dos demais Deputados da Assembleia Legislativa.

Já protocolizamos um pedido de audiência pública à Comissão Permanente de Meio Ambiente, já conversamos com o Presidente da Comissão, Senhor Deputado Gildevan Fernandes.

Realizaremos em Paul, uma audiência pública com a Comissão de Meio Ambiente junto com o Ministério Público e a comunidade da região; para que o Ministério Público, na figura do promotor Gustavo Senna Miranda, apresente à comunidade as medidas que estão sendo tomadas no âmbito da justiça, no sentido de não permitirmos a continuidade desse empreendimento extremamente nocivo e danoso para comunidade da grande Paul. Essa nossa audiência pública será precedida por uma visita à região do Atalaia; amanhã faremos uma visita a um projeto social em Paul e em seguida vamos com alguns moradores ao local da empresa, onde faremos uma vistoria e conversaremos com todos os moradores do entorno, para que possamos chegar para a audiência pública com elementos

concretos para que possamos tomar decisões. E que a sociedade, principalmente os moradores da região do Atalaia não venham ser lesados naquilo que têm de mais precioso, suas vidas.

Concluímos dizendo que Paul, principalmente a região do Atalaia e de Capuaba, com certeza bairro da Grande Vitória mais impactado com os empreendimentos na área portuária. Antigamente tinha-se a Prainha, que virou porto, o Areial, onde havia vários campos de futebol, e que virou retro área da Codesa, e agora, uma das mais belas vistas que os moradores do Morro do Atalaia tinham para a baía de Vitória foi ceifada com um empreendimento de licenciamento duvidoso. (Muito bem!) A SR.ª PRESIDENTA - (SOLANGE LUBE) - Findo o tempo destinado à fase das Comunicações, passa-se à

ORDEM DO DIA:

Discussão única, em regime de urgência, do Projeto de Lei Complementar n.o 45/2013, oriundo da Mensagem Governamental n.o 196/2013, que autoriza o Poder Executivo a realizar contratação temporária de pessoal, para atender às necessidades emergenciais do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - IEMA. Publicado no DPL do dia 04/09/2013. Na Comissão de Justiça, o Deputado Marcelo Santos se prevaleceu do prazo regimental para relatar a matéria na Sessão Ordinária do dia 10/09/2013. (Prazo até o dia 17/09/2013). (COMISSÕES DE JUSTIÇA, DE DEFESA DA CIDADANIA, DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE E DE FINANÇAS).

Discussão única, em regime de urgência, do

Projeto de Lei n.o 275/2013, oriundo da Mensagem Governamental n.o 194/2013, que altera o artigo 17 da Lei n.o 7.001/2001, que define as Taxas devidas ao Estado em razão do exercício regular do Poder de Polícia. Publicado no DPL do dia 04/09/2013. Na Comissão de Justiça, o Deputado Marcelo Santos se prevaleceu do prazo regimental para relatar a matéria na Sessão Ordinária do dia 11/09/2013. (Prazo até o dia 18/09/2013). (COMISSÕES DE JUSTIÇA, DE DEFESA DA CIDADANIA, DE SEGURANÇA E DE FINANÇAS).

Discussão em 1.º turno, da Proposta de

Emenda Constitucional n.o12/2013, oriundo da Mensagem Governamental n.o185/2013, que acrescenta ao artigo 128 da Constituição Estadual os §§ 3º, 4º, 5º e 6º, que dispõe sobre o desempenho da atividade de polícia judiciária aos Delegados de Polícia. Publicada no DPL do dia 04/09/2013. Pareceres n.os 304/2013, da Comissão de Justiça, pela constitucionalidade, legalidade e admissibilidade, 127/2013, da Comissão de Defesa da Cidadania,

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 49

09/2013, da Comissão de Segurança e 52/2013, da Comissão de Finanças, todos pela aprovação, publicados no DPL do dia 18/09/2013.

Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto

de Lei Complementar n.o 44/2013, oriundo da Mensagem Governamental n.o195/2013, que reorganiza os cargos e as respectivas carreiras da Faculdade de Música do Estado - FAMES e dá outras providências. Publicado no DPL do dia 04/09/2013.

A SR.ª PRESIDENTA - (SOLANGE LUBE) - Discussão única, em regime de urgência, do Projeto de Lei Complementar n.o45/2013.

Concedo a palavra à Comissão de Justiça, para que esta ofereça parecer oral ao projeto.

O SR. JAMIR MALINI - Senhora

Presidenta, pela ordem! Registro a presença, na galeria desta Casa, do nosso amigo Doutor Marcelo Nolasco e demais colegas delegados. Ficamos felizes com a presença dos senhores. Muito obrigado, Senhora Presidenta.

A SR.ª PRESIDENTA - (SOLANGE

LUBE) - Está feito o registro, Senhor Deputado Jamir Malini. Seja bem-vindo, Delegado Marcelo Nolasco. Sejam todos bem-vindos a esta Casa.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(ELCIO ALVARES) - Convoco os membros da Comissão de Justiça, Senhores Deputados Claudio Vereza, Da Vitória, Marcelo Santos, Atayde Armani, Gilsinho Lopes e Lúcia Dornellas. Senhora Presidenta, informo a V. Ex.ª que na sessão ordinária realizada dia 10 de setembro de 2013 o relator do projeto, Senhor Deputado Marcelo Santos, se prevaleceu do prazo regimental para relatar o projeto na Comissão de Justiça. Portanto, tinha prazo até o dia 17 de setembro de 2013.

Neste momento, S. Ex.ª quer formular outro requerimento. Portanto concederei a palavra ao Senhor Deputado Marcelo Santos. O SR. MARCELO SANTOS - Senhor Presidente, como relator da matéria, peço a V. Ex.ª que comunique à Presidência da Casa, uma vez que se trata de criação de mais cargos.

Peço ao Senhor Presidente, ouvido os membros desta Comissão e, logo após, a Mesa e o Plenário, para que baixemos de pauta o Projeto de Lei Complementar nº 45/2013. Na segunda-feira, já terei condição de anexar todas as informações necessárias para relatar a referida matéria. O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO - (ELCIO ALVARES) - O Senhores Deputados membros da Comissão de Justiça desejam se pronunciar sobre o pedido do Senhor Deputado Marcelo Santos? Como não há pronunciamento na Comissão

de Justiça, solicito à Senhora Presidenta que examine a questão, dentro do aspecto regimental, e dê a decisão, para que apreciemos o pedido feito pelo Senhor Deputado Marcelo Santos.

Portanto, Senhora presidenta, aguardo a orientação de V. Ex.ª, visto que o caso foge, à primeira vista, do entendimento regimental. Fica então nas mãos de V. Ex.ª a decisão sobre o pedido do Senhor Deputado Marcelo Santos. A SR.ª PRESIDENTA - (SOLANGE LUBE) - Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Theodorico Ferraço. (Pausa) O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento para dar continuidade ao rito da sessão. Senhor Deputado Elcio Alvares, Presidente da Comissão de Justiça, terei que submeter ao Plenário o pedido do Senhor Deputado Marcelo Santos, porque não posso prorrogar o prazo; posso baixar de pauta a matéria, para entrar em pauta na próxima segunda-feira.

Em votação o Requerimento do Senhor Deputado Marcelo Santos.

O SR. ATAYDE ARMANI - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para encaminhar votação na qualidade de Líder do Governo, em exercício.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Atayde Armani.

O SR. ATAYDE ARMANI - (Sem revisão

do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, gostaria de me opor ao pedido do Senhor Deputado Marcelo Santos, na Comissão de Justiça.

Como Líder do Governo, em exercício gostaria que o projeto fosse apreciado pela Comissão, mas entendo também que é um direito do Senhor Deputado fazer esse pedido; e se o Plenário decidir, com certeza entrará em pauta na segunda-feira.

V. Ex.ª sabe que temos n matérias do Governo do Estado em discussão; inclusive precisamos colocar em votação, na semana que vem a questão do veto, para que possamos dar andamento.

Quanto mais prolatamos as matérias, piores ficam os trabalhos desta Casa de Leis. Receberemos, daqui a poucos dias, o orçamento para o ano de 2014 e teremos que movimentar essa Casa de Leis para discutir esse orçamento, com essas matérias.

Sabemos que é uma matéria sobre contratação de pessoal, entendo a posição do Senhor Deputado Marcelo Santos e o pedido de S. Ex.ª e peço, encarecidamente, que reveja esse pedido. Mas se o Plenário, que é soberano, decidir que a votação

50 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

será na segunda-feira, votaremos na segunda-feira. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Senhor Deputado Atayde Armani, entendo o esclarecimento de V. Ex.ª, mas colocarei em votação e, caso o Plenário aprove, já determinarei que seja colocado em pauta na próxima segunda-feira, para não ter atraso.

O pedido tem a instrução de votar um projeto de lei que o Senhor Deputado Gilsinho Lopes tem interesse e preocupação, mas não prejudicará nenhuma matéria do Governo, porque já determino que na segunda-feira seja colocado em pauta novamente.

Em votação o Requerimento do Senhor Deputado Marcelo Santos.

Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam sentados. (Pausa)

Aprovado, contra o voto do Senhor Deputado Atayde Armani.

Discussão única, em regime de urgência, do

Projeto de Lei n.o 275/2013. Concedo a palavra à Comissão de Justiça,

para que esta ofereça parecer oral ao projeto. O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(ELCIO ALVARES) - Convoco os membros da Comissão de Justiça, Senhores Deputados Claudio Vereza, Da Vitória, Marcelo Santos, Atayde Armani, Gilsinho Lopes e Lúcia Dornellas.

Senhor Presidente, informo a V. Ex.ª que na sessão ordinária realizada dia 11 de setembro de 2013 o relator do projeto, Senhor Deputado Marcelo Santos, se prevaleceu do prazo regimental para relatar o projeto na Comissão de Justiça. Portanto, tem prazo até o dia 18 de setembro de 2013.

Consulto o relator, Senhor Deputado Marcelo Santos, se está apto a oferecer seu parecer.

O SR. MARCELO SANTOS - Não, Senhor

Presidente. Continuarei me prevalecendo do prazo regimental para oferecer parecer ao projeto.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(ELCIO ALVARES) - É regimental. Devolvo a palavra à Mesa. O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - O prazo é até hoje. Senhor Deputado Elcio Alvares, o prazo vencerá hoje, mas só na próxima sessão se dará como vencido.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(ELCIO ALVARES) - O prazo para relatar pode ser o do dia seguinte.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Segunda-feira.

Discussão em 1.º turno, da Proposta de Emenda Constitucional n.º 12/2013.

Em discussão. Não havendo oradores que queiram discuti-

lo, declaro encerrada a discussão. Em votação em 1.º turno a Proposta de

Emenda Constitucional n.º 12/2013. O SR. MARCELO SANTOS - Senhor

Presidente, pela ordem! Na ausência da Líder do PMDB, Senhora Deputada Luzia Toledo, na forma regimental, peço a palavra para encaminhar votação.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Marcelo Santos.

O SR. MARCELO SANTOS - (Sem

revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, na condição de vice-líder do PMDB, e hoje exercendo a função de Líder da maior Bancada desta Casa, recomendo o voto SIM, conforme orientação do Deputado, decano do PMDB, Doutor Hércules.

O Senhor Deputado Jamir Malini, na qualidade de Líder do PTN, faz coro com o nosso encaminhamento pelo voto SIM e pediu que informássemos ao Plenário. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Em votação, em 1.º turno, a Proposta de Emenda Constitucional n.º 12/2013.

A presente proposta exige votação nominal, que será realizada utilizando-se o painel eletrônico.

Os Senhores Deputados que forem favoráveis à proposta votarão SIM; os que forem contrários votarão NÃO.

Solicito aos Senhores Deputados que registrem o voto nos terminais eletrônicos. (Pausa) (Procede-se ao registro dos votos) (De acordo com o registrado no painel eletrônico, retira-se o Senhor Deputado Euclério Sampaio) (Votam SIM os Senhores Deputados Atayde Armani, Claudio Vereza, Da Vitória, Doutor Hércules, Elcio Alvares, Freitas, Genivaldo Lievore, Gildevan Fernandes, Gilsinho Lopes, Glauber Coelho, Jamir Malini, José Carlos Elias, José Esmeraldo, Lúcia Dornellas, Marcelo Santos, Marcos Mansur, Paulo Roberto, Roberto Carlos, Rodrigo Coelho e Solange Lube)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Votaram SIM vinte Senhores Deputados; uma abstenção do Presidente, regimentalmente impedido de votar.

Em consequência, fica aprovada, em 1.º turno, a Proposta de Emenda Constitucional n.º

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 51

12/2013. A proposta baixa de pauta para cumprir o

interstício regimental de duas sessões ordinárias, retornando à pauta após esse prazo para discussão e votação em 2.º turno.

Informo a todos que hoje, às 19h, teremos uma Sessão Solene em homenagem ao Dia do Administrador.

O Senhor José Maria Pimenta, conhecido por todos como Pimenta, apela a todos os Deputados para estarem presentes.

Está feito o convite, em nome da Mesa Diretora. O SR. GILSINHO LOPES - Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para justificação de voto.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Gilsinho Lopes. O SR. GILSINHO LOPES - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, queremos fazer alguns agradecimentos. Um agradecimento a V. Ex.ª, que estava no médico. Nós, preocupados com a questão do quorum, fizemos uma solicitação a V. Ex.ª, que desmarcou a consulta para presidir a sessão a fim de que tivéssemos o quorum necessário para votação da PEC n.º 12/2013.

Agradeço aos colegas Deputados a compreensão, porque a carreira de Delegado de Polícia necessita de uma atenção especial.

O Senhor Governador Renato Casagrande foi muito feliz, e o Senhor Deputado Atayde Armani, está de parabéns por ter apresentado essa proposta de emenda constitucional a pedido de um colega delegado, mas estava eivado de vício de iniciativa, e S. Ex.ª o retirou de pauta. Então, construímos a proposta com o sindicato, com os Senhores Deputados da Comissão de Segurança, e com os Senhores Deputados que têm uma aliança com alguns colegas delegados.

Tivemos o respeito e o aval do Senhor Governador Renato Casagrande para enviar esta mensagem para esta Casa.

Agradeço aos presidentes de comissão; ao Presidente da Comissão de Justiça, Senhor Deputado Elcio Alvares; ao Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania, Senhor Deputado Genivaldo Lievore; e a V. Ex.ª, Senhor Deputado Atayde Armani, que presidiu a Comissão de Finanças. Dessa forma, em tempo recorde conseguimos colocar esta votação para o Plenário. Algumas pessoas tentaram incluir emendas, mas, do jeito que o projeto veio, redondo do Governo, não cabiam emendas. Nós hoje estamos dando o primeiro passo; na próxima quarta-feira, a proposta deverá ser colocada em pauta novamente,

após as duas sessões, e iremos sim consagrar de fato e de direito essa vitória, que é da classe dos Delegados de Polícia, que fazem um trabalho brilhante pelo Estado do Espírito Santo e enaltecem o Governador com a responsabilidade que têm. Hoje contamos com a presença de vários Delegados de Polícia nesta Casa; com representantes do Sindicato dos Delegados de Polícia; com o nosso Chefe de Polícia em exercício, Doutor José Darcy Santos Arruda, que se encontra na Sala VIP.

Sendo assim, todos estão agradecidos aos trinta Senhores Deputados, inclusive àqueles que não puderam estar nesta sessão, como o Senhor Deputado Sandro Locutor, que faz parte da Comissão de Segurança e está com problemas de saúde; o Senhor Deputado Luiz Durão, também devido a problemas de saúde. Estaremos junto com V. Ex.as, Deputados Estaduais, para quaisquer votações.

Agradeço mais uma vez a V. Ex.ª a compreensão, Senhor Deputado Atayde Armani, Vice-Líder do Governo, por mais uma vez adiar aquelas votações para votar a PEC n.º 12/2013, pois o quorum poderia se expirar. V. Ex.ª, com a compreensão de sempre, com o carinho de sempre para com a categoria policial, está de parabéns, ao representar o Governador do Estado nesta Casa de Leis. Agradeço também a todos os membros da Comissão de Segurança, Senhores Deputados José Esmeraldo, Da Vitória, Jamir Malini, Luiz Durão, Sandro Locutor e Euclério Sampaio, o apoio. O Senhor Deputado Euclério Sampaio não está presente, mas votaria a favor desta proposta. S. Ex.ª sempre defendeu esta proposta mesmo representando as categorias de base. Mas teve que viajar e não pode estar presente. Faço este registro porque o Senhor Deputado Euclério Sampaio é um Parlamentar que defende as causas da segurança pública e as causas da Polícia Civil. Obrigado, Senhor Presidente. Parabéns aos Delegados de Polícia Civil. (Muito bem!) (Comparece a Senhora Deputada Luzia Toledo) O SR. ATAYDE ARMANI - Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para justificação de voto.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Atayde Armani e passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Roberto Carlos. (Pausa)

O SR. ATAYDE ARMANI - (Sem revisão

do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, acredito que o Senhor Deputado Gilsinho Lopes já disse tudo o que tinha de ser dito. Protocolei esta matéria mesmo sabendo que

52 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

havia vício de ofício, mas entrei para provocar uma situação na época, Senhor Deputado Gilsinho Lopes. O Senhor Governador vetou a matéria, a Procuradoria deu posição contrária à matéria, mas provocamos e hoje chegou nessa situação. Deixamos nosso agradecimento ao Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que depois de eleito não mediu esforços de encampar essa matéria e chegarmos aonde chegamos para convencer o Governador Renato Casagrande de enviar uma matéria para esta Casa. Deixamos nosso agradecimento a todos os Senhores Deputados e também ao Senhor Governador Renato Casagrande, que entendeu que seria de extrema necessidade e viável a aprovação dessa matéria em prol dos delegados do Estado do Espirito Santo. Deixamos esse agradecimento. Não queremos mérito nenhum disso, muito pelo contrário. Fizemos justiça a uma classe que merecia ter esse benefício. Então, obrigado a todos os Senhores Deputados e principalmente ao nosso Governador Renato Casagrande pelo entendimento, pelo reconhecimento de ter enviado a matéria a esta Casa.

A matéria foi aprovada em primeiro turno e, não temos dúvida nenhuma, quando do segundo turno a Casa aprovará também por unanimidade dos Deputados presentes. Não temos dúvida nenhuma a esse respeito. Obrigado. Que Deus nos ilumine e continuemos fazendo esse trabalho em prol não só dos delegados, mas também da população do Estado do Espírito Santo. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO CARLOS) - Reitero a presença nesta Casa dos Delegados e das Delegadas da nossa valorosa Polícia Civil.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para justificação de voto.

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO

CARLOS) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado José Esmeraldo.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - (Sem revisão

do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, esta Assembleia Legislativa, juntamente com o Governo do Estado, é importante falar isso, fez justiça aos Delegados de Polícia.

Foi uma luta que não foi fácil, um trabalho em conjunto dos Senhores Deputados e não poderíamos deixar de destacar a Comissão de Segurança, capitaneada pelo Senhor Deputado Gilsinho Lopes e os membros que dela fazem parte: os Senhores Deputados Luiz Durão, Euclério Sampaio, José Esmeraldo e outros.

A vinda desse projeto do Executivo para o Legislativo foi importante. É uma forma, inclusive,

de valorizarmos essa classe. A classe foi valorizada, porque merece todo o apoio no Estado do Espírito Santo, principalmente dos Senhores Deputados. Tivemos a honra e a satisfação de ser o relator da matéria na comissão de Segurança.

Queremos agradecer também ao Senhor Deputado Gilsinho Lopes, um batalhador. Tivemos várias vezes o Senhor delegado Adroaldo Lopes... Várias pessoas estavam junto ao Governo do Estado e o Senhor Governador está de parabéns. Isso já deveria ter sido feito há muito tempo. Não sabemos por que não foi feito em tempos passados. Mas, pelo menos, abriu-se o olho e deu-se esse passo importante.

Por isso queremos, nesta Casa de Leis, agradecer em nome dos delegados ao Governador Renato Casagrande. Muitas vezes criticamos, desta tribuna, os assessores do Governador Renato Casagrande e vamos continuar criticando. Quem vem só bater palma não quer melhoria no Estado. Tem muito rasga seda e não somos rasga seda.

Ficamos feliz porque essa classe realmente está no local em que deveria estar há muito tempo. Lamentavelmente os governos que passaram não pensaram nisso e o nosso Governador Renato Casagrande, com muita habilidade, com muita sensibilidade, com sua equipe autorizou esse procedimento tão importante para esta classe que luta, que batalha muitas vezes com dificuldades. Temos certeza absoluta de que este passo foi importante, e outros virão. (Muito bem!) O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO CARLOS) - Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Theodorico Ferraço. (Pausa) O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento para dar continuidade ao rito da sessão. Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de Lei Complementar n.º 44/2013. Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue à 3.ª sessão. Finda a Ordem do Dia, passa-se à fase do Grande Expediente, dividido em duas partes: Lideranças Partidárias e Oradores Inscritos. Concedo a palavra ao Líder do PRP, Senhor Deputado Dary Pagung (Pausa) Ausente, concedo-a ao Líder do PTB, Senhor Deputado José Carlos Elias (Pausa) O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Senhor Presidente, declino. O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 53

FERRAÇO) - Tendo S. Ex.ª declinado, concedo a palavra à Líder do PMN, Senhora Deputada Janete de Sá (Pausa) Ausente, concedo-a ao Líder do PSDB, Senhor Deputado Marcos Mansur. O SR. MARCOS MANSUR - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, amigos servidores desta Casa, imprensa presente, nossos queridos telespectadores, internautas e todos aqueles que acompanham e prestigiam os nossos trabalhos nesta Casa de Leis, nossa saudação. Com muita satisfação, utilizaremos este momento que temos para representarmos o Partido da Social-Democracia Brasileira, o PSDB, e colocarmos alguns pontos fundamentais para o nosso partido e para o próprio processo democrático da nação brasileira. Em primeiro lugar, falaremos da nossa importância, do valor, do peso que tem o PSDB na história moderna, na política moderna, na economia moderna deste País. Quando falamos da história recente, nos reportamos ao fato de que há pouco mais de vinte anos tínhamos neste País uma inflação galopante, que chegou à casa dos oitenta e cinco por cento ao mês. Oitenta e cinco por cento de inflação ao mês significa pegarmos uma nota de cem reais no dia 1.º do mês e quando chegarmos ao dia 30 do mês aquela nota, guardada em uma pasta ou carteira, não mais valer cem reais e valer apenas quinze reais. Temos a galhardia, a alegria e a satisfação de dizer que começou a ser construída a história do PSDB neste País quando uma equipe muito preparada, capitaneada pelo nosso eterno Presidente Fernando Henrique Cardoso, juntamente com outros grandes colaboradores da nação, colaboradores deste País, enfrentou esse gigante, enfrentou o monstro da inflação, e por meio de choques e tratamentos econômicos foi estabelecido e implantado, com muita batalha, com muita luta, com muita sabedoria, com muito preparo, com muita competência, com muita seriedade, com muita responsabilidade chegamos ao Plano Real. Uma moeda forte e respeitada, hoje, no mundo todo. O Real, hoje, é uma moeda respeitada. A economia do Brasil, hoje, é respeitada, porque fundamentos, colunas, bases econômicas foram estabelecidas pelo PSDB, principalmente na década de 90.

Temos a alegria e o prazer de poder subir a uma tribuna como essa e dizer que se o Brasil, hoje, tem a sua economia no trilho, as suas bases assentadas, tem o respeito na área econômica do mundo. É um país que é observado com excelentes olhos pelas grandes empresas produtoras do mundo, é um mercado consumidor, tanto de presente, quanto de excelente potencial de futuro. Temos de agradecer ao PSDB, pela brilhante trajetória e trabalho prestado a esta Nação, num passado recente.

Não teríamos nada do que exista hoje na nossa economia, e não haveria condições, se não

fosse a grande epopeia do PSDB, do Partido da Social Democracia Brasileira. É com orgulho que assomamos à tribuna desta Casa Legislativa para dizer da nossa brilhante participação. A participação desse partido, dessa agremiação política respeita e reconhecida no mundo. Os seus quadros políticos estão aí na Nação e são requisitados pelo Brasil inteiro para dar as palestras, para poder ensinar e contar dessa história, falar pelo mundo afora. Ficamos muito satisfeitos por esse reconhecimento em relação à questão do PSDB.

Trazemos outro assunto neste momento, enquanto Líder do PSDB nesta Casa Legislativa. Dizemos que hoje, quarta-feira, é um dia muito importante. Dia 18 de setembro de 2013, é um dia que ficará marcado na história desse país, porque logo mais à tarde estará o Brasil inteiro, a Nação inteira e por que não dizer até o mundo inteiro, com as suas televisões ligadas, assistindo ao vivo o voto minerva que dará a decisão sobre a questão dos embargos infringentes em relação aos réus do mensalão.

Fazemos uma reflexão, pois devemos observar e analisar a grande responsabilidade que tem aquele ministro do Supremo Tribunal Federal. Devemos analisar, e refletir também, porque esta é a hora e o momento do Supremo dizer para esta Nação, para este País, se é supremo mesmo. Estamos atentos como partidos, cidadãos, políticos, porque queremos ver se o Supremo realmente fará valer a sua supremacia.

Veremos se ele não se dobrará a poderes econômicos, a pressões de quem os indicou para que estejam ali ocupando aquelas cadeiras. O Brasil inteiro aguarda com grande expectativa, com grande ansiedade todo o desfecho dessa situação.

Queremos trazer esse pensamento, enquanto PSDB. Trazer essa reflexão, porque não tem como não citar, por exemplo, o nome de um José Dirceu, até para fazermos uma análise: será que o Supremo Tribunal Federal vai dar o mesmo tratamento ao José Dirceu como dá a um Zé Ninguém na rua? Processos que chegam, por exemplo, no Supremo Tribunal Federal, e que pessoas que nem direito e que nem conhecimento da Constituição têm, nem sabem o que é embargo infringente e outros embargos que a nossa Constituição tem? Será que aquele Tribunal supremo do nosso País vai dar o mesmo tratamento ao José Dirceu que dá ao Zé Ninguém da nossa Nação?

O Sr. Roberto Carlos - Evidentemente, que

não usaremos o aparte para polemizar com V. Ex.ª, até porque V. Ex.ª tem sido um Deputado que tem honrado esta Casa.

Apenas para dizer que, na primeira parte da fala de V. Ex.ª, compactuamos com o que disse. Somos daqueles que entendem que essa obra democrática realizada em nosso País, e que tem sido bem sucedida nos últimos anos, não é obra de um único partido. E, mesmo que tenhamos programas

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com divergência pontuais, entendemos a importância do Partido da Social Democracia Brasileira para o processo de redemocratização no período das Diretas Já, quando ainda estava no seio do antigo MDB, depois PMDB. Entendemos que o processo dos últimos anos no Brasil, da estabilidade econômica e dos avanços institucionais foram construídos por diversos partidos do campo popular e democrático; e queremos incluir o PSDB.

Apenas divergimos de V. Ex.ª em relação à decisão a ser tomada hoje pelo Ministro José Celso de Mello Filho. O que vai ser analisado hoje no Supremo Tribunal Federal, corte máxima do nosso País, é se se acata ou não o embargo infringente. Acatando, seis a cinco, instalar-se-á um novo julgamento. Que a sociedade brasileira compreenda que isso é o marco que muitos morreram para construir: o Estado Democrático de Direito. A decisão do Ministro José Celso de Mello Filho, em momento algum, traz instabilidade para a política e para a sociedade brasileira, até porque as instituições brasileiras, hoje, estão funcionando com autonomia, com independência e com plena democracia.

Agradeço e peço desculpas por ter me alongado.

O SR. MARCOS MANSUR - Senhor

Deputado Roberto Carlos, o aparte de V. Ex.ª sempre enriquece. Ainda mais da forma de alto nível como V. Ex.ª pontua. Ficamos envaidecidos de poder participar de um debate positivo como esse que V. Ex.ª pontua e aparteia.

Realmente, na história dessa democracia brasileira, tanto o PSDB, quanto o PT; tanto o Lula, quanto o Fernando Henrique subiram juntos nos palanques pedindo as Diretas Já. E temos muitas coisas em comum. Sempre dizemos que o PSDB é social; socialismo e democracia. Desta forma, temos muitos pontos em que convergimos e concordamos, ideologicamente falando. Então, ficamos muito felizes pelo reconhecimento de V. Ex.ª.

Em relação à questão do julgamento de hoje do Ministro José Celso de Mello Filho, V. Ex.ª também está acobertado de razão quando diz que é apenas um voto para que se revejam processos; parece que não são de todos, são de onze. Se acontecer o voto favorável ao embargo serão revistos e reavaliados os processos de onze pessoas.

A nossa questão, Senhor Deputado e colegas que estão presentes, telespectadores, é exatamente neste ponto: a Constituição Brasileira tem os seus meandros, assim como o Código Civil e o Código Penal. Infelizmente se fosse um cidadão comum, que não tem recursos, condições, dinheiro, um escritório de advocacia preparada; nem conheceria, nem saberia e nem teria acesso. Quando se fala em Supremo as pessoas tremem.

A questão é esta: como são pessoas eminentes, de renome e de destaque, poderiam ser também de outro partido. Estou fazendo até um

trocadilho. Zé Dirceu e Zé Ninguém. Poderia ser de outro partido. Estou colocando a diferença que está havendo em relação àquilo que acontece com um cidadão comum e com pessoas que têm recursos e condições. Cabe a nós, políticos, dar essa transparência para que toda a população conheça de fato e de verdade a nossa Constituição Federal. Muito obrigado. (Muito bem!) (Comparece a Senhora Deputada Janete de Sá) O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Findo o tempo destinado às Lideranças Partidárias, concedo a palavra ao Senhor Deputado Roberto Carlos, orador inscrito. O SR. ROBERTO CARLOS - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente Theodorico Ferraço, Senhora 1.ª Secretária Solange Lube, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, telespectadores da TV Assembleia e da TV Educativa, servidores desta Casa, tive apenas três minutos para falar na fase das Comunicações.

Quero fazer justiça à Câmara de Vereadores do Município de Vila Velha porque é fato que a licença de instalação dos tanques em Paul, fornecido pelo Iema, vem sendo questionado pela comunidade. Existe uma atuação anterior à atuação da Assembleia Legislativa por parte de alguns vereadores da Câmara Municipal de Vila Velha. Gostaria de fazer justiça, como sempre faço, porque é a forma que encontrei na minha vida pública de fazer política, nunca atropelando e nunca passando por cima de ninguém. Sempre reconheci quem deu a primeira foiçada para abrir a picada. Parabenizo o Vereador Anadelson Pereira, do PTN de Vila Velha, que realizou a audiência pública em Paul há duas semanas. Estive presente juntamente com mais de duzentos moradores de Paul, que estão aterrorizados com o iminente perigo se o Iema fornecer a licença de operação para aqueles tanques de combustível, que são uma verdadeira bomba de efeito retardado que poderá ser instalada ao lado das residências dos moradores do Morro do Atalaia. Estaremos no Atalaia amanhã em visita ao projeto social Dom Mauro. Dom Mauro foi um Bispo da Igreja Católica, irmão de um grande lutador social do Município de Serra, o Paulão, companheiro ferroviário. Dom Mauro morreu acidentado numa dessas rodovias do nosso Brasil. Tinha um papel muito importante na luta social e dá nome a um projeto social em Paul onde faremos essa visita. Senhor Deputado Claudio Vereza, onde estão os tanques havia a famosa pedrinha. O Senhor José Esmeraldo falou um dia desses que era um matacão, uma rocha granítica. Passamos ali e vimos que acabaram com essa rocha granítica. Passávamos a nossa adolescência conversando e olhando para a Baía de Vitória e é uma das vistas mais belas que

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temos dessa Baía. Essa empresa não só ceifou, roubou a nossa adolescência e juventude porque criou um paredão. Olhem o Muro de Berlim, Deputado Claudio Vereza! Quando o pessoal da Universidade de Dunker que esteve em Vitória, fez um seminário junto com a Prefeitura de Vitória e os urbanistas e arquitetos e constatou que tínhamos, provavelmente, uma das baías mais bonitas do mundo. Mostravam fotos e diziam que só tinha uma questão e a mostraram. Diziam que o nosso porto se apropria e rouba a bela vista que temos da Baía de Vitória. Começaram a mostrar fotos de diversos muros que têm ao longo dessa área portuária que impedem o cidadão, por exemplo, de Paul agora de ver a bela vista que tem a Baía de Vitória. Portanto, não é só o perigo iminente da instalação dos tanques, mas é também roubar um patrimônio imaterial que é a visão dessa Baía. O Sr. Claudio Vereza - Desculpe-me interromper o discurso emocionado de V. Ex.ª, Senhor Deputado Roberto Carlos, que se lembra do passado, mas aponta para os perigos do presente e do futuro. Não sei se V. Ex.ª sabe o porquê do bairro se chamar Atalaia. Leva esse nome porque naquele morro funcionava o serviço de controle de navios na Baía de Vitória. A bandeirinha do país do navio que iria entrar subia e descia, conforme aquela pessoa que ficava naquela casinha lá em cima, atuava. O SR. ROBERTO CARLOS - O Senhor Roberto morava em frente a minha casa e a gente chamava de sinal. Papai e mamãe diziam: Não quero ver vocês lá no sinal, não. E o Senhor Roberto quando me via próximo ao sinal, descia e dizia: Olha, o Roberto estava lá no sinal. O Sr. Claudio Vereza - Esse morro tinha de ser decretado como Patrimônio Cultural e Paisagístico do Município de Vila Velha e do Estado do Espírito Santo, pois além de ser bonito, tinha essa característica do Patrimônio Histórico do Porto de Vitória. Segundo: ontem na arguição usei uma frase: meninos eu vi. Eu vi, Senhor Deputado Roberto Carlos - V. Ex.ª também deve ter visto, embora seja mais jovem, pois quando eu era um garoto, V. Ex.ª devia ser um bebê - quando houve derramamento de álcool e vinhoto.

O SR. ROBERTO CARLOS - Foi na

década de 70. O Sr. Claudio Vereza - Houve

derramamento também de combustível na Baía de Vitória, porque naquela parte baixa, atrás do morro do Atalaia, havia grandes tanques de combustível, especialmente de vinhoto. O mau cheiro tomou conta da Grande Vitória inteira porque o derramamento foi violento.

O SR. ROBERTO CARLOS - Mais de cinco milhões de litros. O Sr. Claudio Vereza - Segundo: a matança de peixes que ocorreu na Baía de Vitória foi uma coisa incrível e isso há anos quando os tanques não eram tão em cima dos bairros como são agora.

De tal forma, que este Deputado como da velha guarda resgatando tempos antigos, venho reafirmar a importância da luta que V. Ex.ª trouxe a esta Casa.

O SR. ROBERTO CARLOS - Senhor Deputado Claudio Vereza, V. Ex.ª só contribui com a minha fala. E tem mais: quem olha da Baía de Vitória, do lado de Vitória, enxergará uma construção que está tomada por matos. É um mirante onde a população de Paul assistia às famosas regatas que aconteciam na Baía de Vitória. Hoje, a população não tem acesso a esse Mirante; hoje, não sei se é uma área da Codesa, mas existe um muro que impede o acesso da população àquela região.

Falávamos na fase das Comunicações que a região do Atalaia, em Paul, foi a que mais perdeu área de lazer nos últimos anos. Roubaram esse patrimônio cultural e imaterial, à visão que tínhamos para a baía de Vitória.

Quando a Construtora Cobráulica construiu a linha férrea para a chegada desses tanques de álcool que o Senhor Deputado Claudio Vereza se referiu, foi necessário, Senhor Deputado Marcos Mansur, acabar com o Campinho, como chamávamos.

Depois vieram, atrás do Morro do Penedo, hoje quem passa na Avenida Beira Mar consegue enxergar, tanques de gás natural. Antigamente frequentávamos uma prainha ali, chamávamos de prainha. Acabaram com essa prainha.

Tínhamos também uma região. O Areal, na verdade um mangue, com mais de dez campos de futebol, onde o pessoal dos bairros de Ilha das Flores, Vila Batista, Paul, Argolas e São Torquato, jogavam futebol. Aquilo é uma retro área da Codesa. Acabaram com esses campinhos.

O Sr. Marcos Mansur - Senhor Deputado

Roberto Carlos, apesar de ser de Cachoeiro de Itapemirim, passava todas as minhas férias de final de ano e de meio de ano em Vitória e também brincava bastante de futebol nesses lugares de que V. Ex.ª está falando.

O SR. ROBERTO CARLOS - Posso dizer a

V. Ex.ª que fui o maior artilheiro da história do Areal, sem medo de mentir. Posso afirmar a V. Ex.ª que está registrado que fui um dos maiores artilheiros da história do Areal em Paul. Mesmo tendo saído de lá há mais de trinta anos.

O Sr. Marcos Mansur - É porque a geração

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de V. Ex.ª foi depois da minha. Na minha também fui artilheiro na região.

O SR. ROBERTO CARLOS - Encerro

emocionado porque quando falo do bairro Paul vem à memória várias cenas e imagens que me emocionam. Mas, com certeza, nós e os demais Senhores Deputados que abraçaram essa causa, a Assembleia Legislativa, não vamos permitir que essa atrocidade se firme e seja operada na região do Atalaia. (Muito bem!) (Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Jamir Malini)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor Hércules, orador inscrito.

Não deve ter nascido em Paul, porque nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, mas também é um lutador no seu município e, por certo, não está satisfeito com a iminente explosão.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - (Sem

revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, assomamos a esta tribuna, mais uma vez, para lembrar ao Senhor Deputado Roberto Carlos e também respondermos a um líder comunitário que fez um comentário não muito simpático e não muito fiel à nossa pessoa, mesmo porque não nos conhece, se conhecêssemos não o teria feito, já o respondemos, e apelo também à Câmara de Vila Velha, onde passamos vinte anos, sobre o comentário da ausência de alguns deputados.

Os Senhores Deputados Claudio Vereza, Janete de Sá, José Esmeraldo, Elcio Alvares e Aparecida Denadai não sabiam dessa audiência. Não vamos nos furtar a qualquer explicação, mesmo porque essa pessoa esteve na Comissão de Proteção ao Meio Ambiente quando fazíamos parte de sua composição.

Fomos tirado da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente com a chegada dos Deputados suplentes. mas fui encaminhado a essa comissão e depois disso não houve mais contato.

Deixamos a nossa preocupação e, nem por isso, nem pelas palavras escritas no e-mail, deixaremos de atender à luta da população, especialmente de Paul. Fazemos um apelo ao Senhor Deputado Roberto Carlos, nosso amigo, para quando for ao Município de Vila Velha. Sabemos que o Senhor Deputado tem sua militância política no Município de Serra e se formos a esse Município para realizar ou para participar de uma audiência, convidarei S. Ex.ª. Como aconteceu agora cedo com a Senhora Deputada Lúcia Dornellas, pois os integrantes do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) nos pediu uma reunião no Hospital Pedro Fontes. Na segunda-feira colocaram

caixas, queimaram pneus e falamos com a Senhora Deputada que não iríamos ao Município de Cariacica sem que falássemos com S. Ex.ª. O Senhor Deputado Roberto Carlos deve ter esquecido de nos convidar, mas, em outras oportunidades, pedimos que S. Ex.ª nos convide, pois, com certeza, estaremos presente. O Sr. Roberto Carlos - Senhor Deputado Doutor Hércules, peço desculpas, pois fui convidado por uma moradora, a Senhora Fátima, uma amiga de infância, que ligou para mim e me fez o convite. Evidentemente faremos nossa audiência pública e não somente V. Ex.ª será convidado, como passarei na casa de V. Ex.ª, para chegarmos a Paul juntos, porque será muito importante chegar ao lado de V. Ex.ª, que é muito mais importante do que eu no bairro. O SR. DOUTOR HÉRCULES - Agradeço a V. Ex.ª o aparte. Estou todo arrepiado e emocionado com a declaração de V. Ex.ª. Só não chorarei desta tribuna porque não é um local apropriado para isso. Mas quase chego às lágrimas com essa declaração. Muito obrigado. Com certeza estaremos no local. Assomamos a esta tribuna também, para falar sobre um assunto que foi uma conquista nossa, desde o mandato passado, ainda quando o Ex-Governador Paulo Hartung veio a esta Casa de Leis prestar contas. Naquela ocasião pedi ao Senhor Governador Paulo Hartung que estendesse a licença maternidade de cento e oitenta dias para as mães, funcionárias públicas. Já tinha elaborado essa lei no Município de Vila Velha, quando era vereador. Essa lei é muito antiga no Município e o primeiro vereador que a elaborou no Estado foi o então Vereador do Município de Vitória, José Carlos Lyrio Rocha, que apresentou esse projeto de lei, aprovado e sancionado pelo prefeito da época, que acredito que era o Senhor João Coser. Elaborei essa lei no Município de Vila Velha e o Prefeito Vasco Alves também sancionou. Pedimos ao Senhor Governador, que disse que não prometeria fazer, mas que faria um estudo e, de acordo com a viabilidade econômica, poderia fazer ou não. O Senhor Governador concedeu a licença de cento e oitenta dias para as funcionárias públicas efetivas. Reclamei, posteriormente, com o Senhor Governador da época, que não pôde atender todas, mas já fiz indicação ao Senhor Governador Renato Casagrande para que faça isso também, com as outras funcionárias. É preciso conceder a todas as funcionárias, comissionadas, de designação temporária, porque todas são mães precisam de uma licença de cento e oitenta dias, tempo mínimo que uma criança deve ser amamentada. A mãe que dá o peito, melhor ainda. Com

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certeza é uma vacina, é tranquilidade e afetividade que a mãe passa para o filho ou para a filha. A Mãe que amamenta, que dá o peito ao filho - e o português é este mesmo: o peito -não precisa nem dar água, só o peito, durante seis meses. A criança fica menos doente e tem uma vida melhor., melhor. Algumas vacinas poderão até ser, entre aspas, até dispensadas. Até hoje o Senhor Governador Renato Casagrande não estendeu essa licença de cento e oitenta dias para as mães, mas não precisa ser a mãe que pariu. O vocabulário parir é um vocabulário técnico. Muita gente pensa que pode ser uma palavra chula, mas não é. A Senhora Deputada Janete de Sá é enfermeira e sabe disso. Escrevemos a palavra parição na ficha da paciente. É parir mesmo! E não é um benefício só para a paciente que pari, mas também para aquela paciente que adota uma criança, que bota a criança em seu colo, em seu peito, para dar mamadeira; que fala, sussurra no ouvido da criança, que leva paz e tranquilidade para a criança. A mãe adotiva também tem que ter essa licença. Recebi um e-mail de uma policial militar que nos escreveu pedindo que essa licença seja estendida também a outros tipos de atividades do serviço público. Recebi o pedido e fiz a seguinte indicação: “Dar nova redação ao artigo 137 da Lei Complementar n.º 46, de 31/12/1994- Regime Jurídico Único dos servidores Públicos Civis do Estado do Espírito Santo - a fim de contemplar as servidoras públicas QUE SE TORNAREM MÃES ADOTIVAS e as servidoras ocupantes de cargos comissionados e designações temporárias, A TEREM DIREITO à Licença por Gestação, Lactação e Adoção, com DURAÇÃO DE 180 dias consecutivos.” Acredito que a policial militar que deu essa ideia não ficará melindrada, de forma alguma, se citarmos seu nome porque está fazendo um apelo para todas as mães. Agradeço então à policial militar Simone Rocha, que me enviou esse e-mail. E inspirado nele apresentamos mais uma vez esta indicação, apesar de já termos apresentado indicação de igual teor ao Governador Renato Casagrande. Senhora Simone Rocha, agora embarcamos na sua inspiração e estamos mais uma vez encaminhando a indicação. Quero pedir também às pessoas que estão em casa nos assistindo através da TV Educativa, canal 02, e TV Assembleia, canal 12, que façam isso também. Enviem para nosso e-mail suas indicações e sugestões porque estamos aqui para defender aqueles que não podem estar aqui.

É em nome dos senhores que desempenhamos o nosso mandato. Pedimos à policial militar Simone Rocha que nos envie mais ideias e sugestões para que possamos acatar. Querermos lembrar mais uma vez que,

segunda-feira, realizaremos uma Sessão Especial sobre a semana do trânsito, que começa hoje com a abertura. E na segunda-feira debateremos o tema na Sessão Especial.

O Senhor Fabiano Contarato esteve hoje, pela manhã, no Programa de Ana Maria Braga, da Rede Globo, falando sobre aquilo que tem falado em todo o Estado do Espírito Santo. Quero dizer também que a não ser que S. S.ª não queira, mas estamos torcendo e já levamos seu nome para ser candidato a Deputado Federal pelo PMDB para defender suas ideias em Brasília, porque nesta Casa de Leis podemos fazer muito pouco. Senhor Deputado José Esmeraldo, em Brasília com certeza o Senhor Fabiano Contarato mudará a posição de muito congressista que não sabe o que a população sofre ao ir ao IML, Instituto Médico Legal, reconhecer cadáveres de seus parentes assassinados por verdadeiros bandidos que pegam o carro, dirigem e matam nossos parentes.

Aguardamos o Senhor Fabiano Contarato para levá-lo para o PMDB para que seja candidato a Deputado Federal e vá para Brasília defender a missão que defende tão bem em nosso Estado. Obrigado, Senhor Presidente. (Muito bem!) O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Jamir Malini, orador inscrito. (Pausa) Ausente, concedo-a a Senhora Deputada Janete de Sá, oradora inscrita. A SR.ª JANETE DE SÁ - (Sem revisão da oradora) - Senhor Presidente Theodorico Ferraço, Senhor Deputado Roberto Carlos e Senhora Deputada Solange Lube, que fazem parte da nossa Mesa Diretora, falaremos hoje sobre a questão das obras na BR-262, sobre as quais um jornal de grande circulação no Estado afirma que o Estado ficará ilhado sem a duplicação da BR-262, por conta das empresas que não quiseram participar do certame para fazer as obras. Percebemos que isso se dá por causa de muitos erros, por muitos equívocos que existem no edital, e também por conta do preço exorbitante que nós, capixabas, teríamos que pagar de pedágio, tanto na BR-262 quanto na BR-101, que não é elevado dessa maneira, mas, especialmente, na BR-262. Temos um estudo feito por uma jovem estudante de dezesseis anos, moradora de Fundão, cujo nome é Raíza, que fez um levantamento dos acidentes ocorridos no trecho da BR-101 que passa pelo Estado do Espírito Santo, que é considerado o segundo trecho mais perigoso, em que mais acontecem acidentes no Brasil - só perde para a BR-381, que é formada, também, pela BR-262, que fica na parte de Minas Gerais. Fora a BR-381, que tem um trecho que cruza a BR-262, em Minas Gerais, a BR-101, na parte que atravessa o Espírito Santo, especialmente na região norte, é um dos trechos

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considerados pela Polícia Rodoviária Federal como um dos mais perigosos do Brasil. Somente no final de julho e início de agosto, dez pessoas morreram em acidentes entre o Município de Fundão e a localidade de Jacupemba, Município de Aracruz - aliás, uma pessoa que morreu naquele trecho foi um deputado desta Casa no período de 2004/2005, Senhor Edson Vargas, no trecho entre Jacupemba e Guaraná, Município de Aracruz. Esses dados divulgados são da Polícia Rodoviária Federal. Nos duzentos e dezoito dias, a média de acidentes foi de 13,2. Somados, são mil cento e oitenta e dois acidentes registrados na BR-262 entre Vitória e a divisa de Minas Gerais. São quase dezenove acidentes por dia.

Pelas estatísticas divulgadas pela Polícia Rodoviária Federal, no período de janeiro a julho deste ano, ocorreram duzentos e oitenta e dois acidentes neste trecho da BR-101. Num trecho de apenas quarenta quilômetros, entre o Município de João Neiva, que faz limite com o Município de Aracruz, e o Município de Fundão, que faz limite com o Município de Serra; morreram dezoito pessoas. Só nesse trecho, duzentos e dez acidentes ocorreram - exatamente nesse trecho. Segundo o Inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Senhor Wesley Graça Miranda, Chefe do Núcleo de Registro de Acidentes e Medicina Rodoviária, da 12a Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal, sediada em Vitória, a maior incidência de acidentes foi entre o km 210 e o km 235, entre os distritos de Ibiraçú e Timbuí, que ficam localizados no Município de Fundão; um trecho de apenas quinze quilômetros, mas um dos trechos que mais acontecem acidentes.

Ao se trafegar pela BR-101 é difícil não ver um acidente naquela rodovia. Eu mesma vi um acidente envolvendo três caminhões. Estava passando, viajando a serviço para o interior do Estado, para Ecoporanga, e me deparei, em Fundão, com três caminhões que bateram. Um foi engavetado, e todos os três motoristas dos caminhões morreram. Um morreu soterrado. Tentamos escavar, verificamos, inclusive, a pulsação através do pé, pois o motorista estava soterrado, uma vez que tinha areia em um dos caminhões. Na batida, a areia soterrou um motorista que infelizmente veio a óbito porque não tivemos condição de socorrê-lo ainda com vida. Quando o retiramos debaixo da areia, já estava, infelizmente, morto. Naquele quilômetro, dos duzentos e oitenta e dois acidentes, voltamos a dizer, duzentos e dois aconteceram entre Ibiraçu e Timbuí. Quem passa pelo local vê isso constantemente. Em média ocorre quase um acidente por dia. As causas de tantos acidentes, de acordo com o levantamento da Polícia Rodoviária Federal, são os buracos, as ondulações no asfalto, os excessos de velocidade, a falta de fiscalização no local, a falta de

sinalização, que é problema do Dnit - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes -, a falta de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, enfim, falta de sinalização e de recuperação das estradas - o Dnit faz essa parte -; também a falta de respeito aos demais motoristas e a imprudência. A imprudência do motorista tem causado ainda muitos acidentes.

Mas as ondulações, os buracos, a falta de fiscalização e a falta de sinalização têm agravado mais ainda essa situação, porque é o trecho em que mais acontecem acidentes. Isso não é uma coisa fantasiosa, são dados estatísticos frios que nos entristecem.

Fica o nosso reclame ao Dnit, e a nossa preocupação, porque quando se falou em duplicação da BR 262, falou-se que o Dnit faria sua parte. Mineiro não é bobo, não quer o Dnit fazendo a parte deles. Está sendo contratada uma empresa privada para fazer a parte de Minas Gerais, mas no Espírito Santo há essa discussão, frustrada até o momento, de que o Dnit demora muito para fazer a obra. Isso muito nos preocupa, porque as obras do Dnit são intermináveis, como acontece com a duplicação da estrada do Contorno de Cariacica, Cidade em que nascemos.

Há treze anos a estrada do contorno de Cariacica está em execução e a obra não termina. É um problema sério; causa um acidente atrás do outro, por causa do problema das obras e da falta de sinalização. As obras não terminam por serem tocadas pelo Dnit.

A preocupação do Governo Federal com obra tocada pelo Dnit é tão grande que até mesmo incluiu no edital, Senhor Deputado José Esmeraldo, para que a licitação fosse frustrada, deserta, que, em cinco anos, se o Dnit não fizer a obra, a empresa contratada para fazer o trecho de Minas Gerais faria a obra que corta o Estado do Espírito Santo sem haver um ajuste no contrato. Ora, quem vai querer uma bomba dessa, se todos sabem da história e não confiam em obra do Governo Federal, não confiam em obra tocada pelo Dnit?

Infelizmente, sabendo disso, nenhuma empresa quis se candidatar para assumir a BR 262, porque sabe que obra do Dnit é uma novela. Esse trecho poderia muito bem ser recuperado, enquanto não sai a duplicação, enquanto não é feita a obra, pois vidas estão sendo ceifadas, de pessoas ligadas a nós.

Senhor Deputado Gilsinho Lopes, uma delas trabalhava na Assembleia Legislativa, era Deputado como nós, o Ex-Deputado Edson Vargas, um lutador, um guerreiro brilhante, mas que perdeu a vida na BR 101, exatamente nesse trecho na região de Jacupemba. O Deputado vinha para uma sessão trabalhar conosco, mas perdeu a vida por conta desses problemas na estrada: topografia, alinhamento da curva; uma questão de engenharia, de topografia, de falta de sinalização, de falta de fiscalização e do excesso de velocidade dos motoristas.

Fica nesta Casa de Leis o nosso apelo às

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autoridades competentes. O Estado do Espírito Santo não pode ser condenado, nem as lideranças políticas, porque não aceitam pedágio alto. Passamos por essa discussão. Percebemos, depois que as coisas acontecem e há um contrato assinado, o quanto é difícil se quebrar um contrato devido o valor da multa.

O empresário ainda fica rindo da nossa cara, porque o Estado que poderia investir mais de quinhentos e oitenta milhões em educação, em saúde, em segurança, tem que pagar multa, a exemplo do caso da Terceira Ponte.

Por isso temos que ver a questão antes, bem antes que os fatos aconteçam. Um contrato malfeito, como o da Terceira Ponte, pode ser celebrado e os capixabas voltarem a ter problemas ficando enrolados. Contrato tem contorno jurídico; contrato tem problema; contrato é igual quando se compra uma casa, temos a escritura e, depois disso, ninguém pode tomá-la. Não se pode tomar uma casa se existe escritura registrada.

Então, fica o nosso apelo. É preciso, de fato, fazer a duplicação da BR 101 e da BR 262. O nosso Estado não pode, e nem ficará, ilhado. E não é culpa de nossas lideranças políticas, Senhor Deputado Theodorico Ferraço, reclamarem. O Senador Ricardo Ferraço é um dos que tem falado insistentemente no Senado Federal sobre esse descaso para com o Espírito Santo quando vêm obras federais para o Estado. Fica o nosso apelo e o nosso chamado à população para que se movimente no sentido de que a duplicação venha e não paguemos, os capixabas, esses valores milionários com pedágios para fortalecer o Estado de Minas Gerais. Chega de fortalecer o Estado de Minas Gerais. Precisamos é continuar fortalecendo o Estado do Espírito Santo. (Muito bem!) (Retiram-se momentaneamente os Senhores Deputados Freitas, Luzia Toledo e Rodrigo Coelho) O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Claudio Vereza, orador inscrito. O SR. CLAUDIO VEREZA - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, como o parlamento é o lugar de parlar, de falar, de debater, de se comunicar, normalmente uso este horário para repercutir temas importantes para a vida brasileira e capixaba. Desta feita, venho repercutir as questões internacionais. Desde cedo aprendi que os Estados Unidos da América se autodenominam a América, como se fossem os únicos da América; acham-se donos do mundo, acham-se fiscais do mundo, acham-se xerifes do mundo. Mas quem analisa as sociedades sabe que esse interesse imperialista, esse permanente controle do mundo, não tem outro objetivo senão o objetivo

econômico, porque é do econômico que deriva o político, e não o político que determina o econômico. Quem determina as ações é o fator econômico, sempre, já dizia um velho analista das sociedades. É o econômico que determina, é o bolso, por assim dizer, que determina nossas ações; são as condições objetivas, concretas e econômicas que determinam nosso pensamento, nossa ideologia, nossas ações. Os Estados Unidos estavam em plena crise, e continuam em crise econômica. Crise econômica, porque politicamente estavam no auge. Elegeram um negro, jovem, com boa fala, com boa imagem, como o Senhor Deputado Roberto Carlos; estavam com a bola toda, mas economicamente estavam no fundo do poço. E todo o império, quando está no fundo do poço, cria guerras. Porque é pela guerra que são buscadas as soluções econômicas, especialmente com a indústria bélica, que exige siderurgia, gera empregos. Para o sucesso de sua economia, o Governo dos Estados Unidos impôs uma espionagem criminosa, ilegal, que desrespeita todos os acordos internacionais, as convenções internacionais, atingindo inclusive a nossa dirigente maior, a Senhora Dilma Rousseff, Presidenta do Brasil; e depois, a segunda denúncia, a nossa maior empresa, a Petrobras. E isso para quê? Para grampear a nossa estratégia econômica e, por consequência, política.

Parabenizamos a firmeza da Senhora Presidenta Dilma Rousseff, que ontem fez o segundo Dia do Fico. Diante da falta de explicação, porque não há explicação do Presidente Barack Obama frente aos grampos internacionais promovidos por órgãos do governo de S. Ex.ª, a Senhora Presidenta Dilma Rousseff disse: Eu fico. Não vou aos Estados Unidos. Não vou a essa visita.

Isso é o mínimo que se tem que fazer, porque fatos como esses eram motivos até para declaração de guerra, nos velhos tempos. Mas com somos um país de paz, em primeiro lugar a Senhora Presidenta Dilma Rousseff disse: Eu fico. Não vou.

Nesta oportunidade, acrescentando a essa reflexão, abordamos também a quase guerra da Síria que os Estados Unidos querem impor ao mundo, numa artigo escrito pelo companheiro, o Senhor Emir Sader, sociólogo e escritor, que diz:

Quem ganha e quem perde com os acordos da Síria. Quando um não quer, dois não brigam. E quando nenhum quer briga, aí sim que não há briga. Por razões distintas, ninguém - salvo os opositores internos - queriam os bombardeios prometidos pelos EUA sobre a Síria. O governo sírio, pelos danos incalculáveis que os bombardeios - mesmo se prometidos como de curta duração e pouco alcance - poderia ter. A Rússia, porque colocaria um dilema difícil de responder e se envolver diretamente em um conflito com os EUA ou assisti-lo e se desmoralizar. Os EUA, porque o governo Obama não tinha apoio

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nem da Grã Bretanha, nem da ONU, nem do Congresso, nem da opinião publica e nem dos militares. Dois deslizes verbais condicionavam o conflito. O da “linha vermelha” de Obama, há um ano, marcando o limite do uso de armas de gás, que levaria os EUA a intervir, caso fosse ultrapassado. E a afirmação recente de John Kerry de que a única alternativa aos bombardeios seria se o governo da Síria submetesse seus armamentos de gás a uma inspeção internacional. O primeiro obrigava Obama a agir, senão se desmoralizaria, até porque seu governo, o da Grã Bretanha e o da França, embora não exibindo, diziam ter provas insofismáveis que esse tipo de armamento tinha sido utilizado pelo governo de Assad. Não havia, portanto, alternativa senão atacar, salvo que o faria sem apoios políticos mínimos. O segundo deslize foi tomado ao pé da letra pelo governo da Rússia, que imediatamente consultou o governo sírio e formulou as bases de um plano de paz. A proposta veio a calhar para o impasse em que se encontrava o governo Obama, e este aceitou, mesmo se tentando disfarçar o recuo, alegando que a proposta fora possível pelas suas ameaças de bombardeios. Mas, concretamente, não haveria punição à Síria, nem tentativa de dissuasão de que voltasse a usar as mesmas armas. Algumas bravatas continuaram a pairar nas declarações, para dissimular que os EUA recuavam de suas posições. Do acordo, todos saem contentes, menos os opositores internos, que contavam com o enfraquecimento do governo de Assad para tentar reverter uma situação de guerra em que claramente estão sendo derrotados. Alguns aliados da região - como a Turquia, a Arábia Saudita, o Kuait - também não viram com bons olhos, mas não têm autonomia para agir por conta própria, dependem em tudo do que façam os EUA. Das negociações sai fortalecida a Rússia - que aparece não apenas como o grande pacificador, como também como o grande operador diplomático, que tem diálogo com todos os agentes do conflito, especialmente Síria e EUA. Sai ganhando também o governo da Síria, que não apenas evita os bombardeios, como pode dar continuidade ao conflito interno, em que vai claramente levando vantagem. Sai fortalecido também o novo Papa, que se jogou numa campanha contra a guerra - incluindo denúncia da indústria bélica, que seria a grande vitoriosa de um novo conflito. O governo Obama sai chamuscado, não conseguiu gerar as condições políticas - internas e externas - para usar sua superioridade militar. As ambiguidades e contradições das declarações de Obama e Kerry demonstram como a vontade de exercer seu papel de “polícia do mundo” não conta

com simpatia nem no povo norte-americano, nem de seus tradicionais aliados.

Este é o artigo muito bem elaborado em

apenas uma página do companheiro Emir Sader, publicado ontem, às 13h30mim, no blog Carta Maior, blog de Emir Sader.

Agradeço, Senhor Presidente, por vê-lo publicado nos anais desta Casa.

Obrigado, Senhor Deputado Roberto Carlos, estamos juntos na luta de uma maneira geral, especialmente na luta de Paul. Obrigado.

Foi em Paul que fui morar quando cheguei de Minas Gerais, aos quatro anos de idade, para me transformar em um capixaba de verdade. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Só para colaborar com V. Ex.ª, neste momento, está depondo na Comissão de Relações Exteriores do Senado, a Presidenta da Petrobras. Acho que o Brasil, neste momento, está muito solidário com a Presidenta para mostrar que esse País tem que ser respeitado.

Parabéns pelo discurso de V. Ex.ª. Concedo a palavra ao Senhor Deputado

Freitas, orador inscrito. (Pausa) Ausente, concedo-a à Senhora Deputada

Luzia Toledo, oradora inscrita. (Pausa) Ausente, concedo-a ao Senhor Deputado

Rodrigo Coelho, orador inscrito. (Pausa) Ausente, concedo-a ao Senhor Deputados

José Esmeraldo, orador inscrito. O SR. JOSÉ ESMERALDO - (Sem revisão

do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, aqueles que nos assistem pela TV Assembleia, TV aberta, canal dezenove, nossas taquígrafas, funcionários desta Casa de Leis, aqueles que nos assistem pela TV Educativa, que tem prestado um bom trabalho a esta Casa, aqueles que nos assistem das galerias, como o Senhor José André Peres da Penha.

Senhor Deputado Doutor Hércules, ontem V. Ex.ª vacilou, não falou o nosso nome. E nós disputamos... Então, saudamos os Senhores Deputados Doutor Hércules, Gilsinho Lopes e Theodorico Ferraço, nosso Presidente, antigamente chamado de Ferraço aço e agora de Ferraço moledo.

Saudamos o nosso amigo e Deputado Estadual, decano, Senhor Deputado Claudio Vereza, que ontem se pronunciou muito bem, respondeu muito bem.

Tem mais Deputado em plenário? Só tem as taquígrafas e os funcionários que nos dão cobertura.

Senhor Presidente, queremos nos reportar a uma matéria que falamos muitas e muitas vezes na tribuna da Assembleia Legislativa. Uma situação difícil. Creio que já falei sobre isso em cem discursos. Falo

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muito sobre os rios e suas águas, que faltarão. Já começou a faltar. Recentemente, há duas semanas, fiz um discurso porque passei pela ponte de Colatina e vi só a areia do Rio Doce. As águas estão acabando. Não tem mais água no Rio Doce. No jornal A Tribuna, que faz um belo trabalho, diz: Nível de rio cai e Colatina vai ter que economizar água. Caiu de um metro para quinze centímetros. Molha o calcanhar. Que vergonha! Um rio federal, que nasce em Minas Gerais, na Serra da Mantiqueira, que tinha que estar protegido, mas não tem proteção nenhuma. Sempre disse que muitas vezes fazem discursos, mas não dão a solução. Sempre disse, em alto e bom som, que temos que preservar as nascentes. Se não houver nascente, não haverá água no rio porque os rios são abastecidos pelas nascentes.

O Governo de Minas Gerais deveria ter mais responsabilidade e por que não dizer também o do Espírito Santo? Por que não cadastrar? Já falei isso nesta tribuna dezenas e dezenas de vezes. Por que não cadastrar as nascentes e tê-las no GPS, para que as autoridades constituídas fiscalizassem? O que estão fazendo com as nascentes? Sem nascente não tem água no rio. Será que vou ter que ficar falando isso toda vez? Falei que faltará água na Grande Vitória. Isso não demorará nem seis anos, porque estão destruindo as nascentes.

Governador Renato; Governador de Minas, Anastasia, mandem cadastrar as nascentes para que os proprietários de terras, irresponsáveis, não destruam a mata nativa e consequentemente as nascentes. Já fiz esse apelo dezenas e dezenas de vezes. Parece-me que as autoridades irresponsáveis quando veem o deputado falando; que muitas vezes é mais competente do que quem está no comando; não dão ouvidos, deixam para lá. A coisa está acontecendo.

Temos visto o Rio Santa Maria. Jogam lixo, jogam tudo quanto é coisa ruim dentro do rio como se fosse um esgoto. O Rio Santa Maria é importantíssimo para o nosso Estado.

Falei muito do Rio Cricaré, de São Mateus. Agora, o povo está sentindo na pele a irresponsabilidade das autoridades que não tomaram providência antes que acontecesse. Aqui só se toma providência, só se fecha a porta depois que se é roubado. Essa é que é a verdade. Aqui no Estado e em todos os Estados. Está na cara Governadores, mandem uma equipe. Vejo comissão para tudo quanto é lado. Tudo quanto é lado tem comissão. Mas a comissão que deveria ser criada era a comissão de vistoria das nascentes. Quero fazer um pedido ao Governador Renato, engenheiro florestal, pois acredito ser o homem que tem também interesse, para que essa situação não fique mais complicada. Crie uma comissão Governador Renato, por que o órgão responsável não faz. Só quer tomar cafezinho! Está

dentro do gabinete, ninguém vai querer sair para subir o morro. A primeira coisa que falam é que lá tem cobra; lá tem cascavel; lá tem surucucu; lá tem bicho perigoso. Bicho perigoso é a água que vai faltar nas torneiras de Vila Velha, de Cariacica, de Serra, de Vitória, de Cachoeiro, Colatina já está faltando; São Mateus está faltando. Os governantes precisam ter responsabilidade e colocar pessoas para ouvir as falas dos Deputados, pois nesta Casa tem Deputado competente, tem Deputado que pode ser Governador, tem Deputado que pode ser prefeito. Essa é a realidade!

Falamos, falamos, falamos, e, agora começou a acontecer: Nível de rio cai e Colatina vai ter que economizar água. Estou falando isso há quanto tempo, aqui. Falo: Governador Renato, formalize uma comissão, mande fazer o levantamento das nascentes. Vamos proteger as nascentes, pois tem gente irresponsável que não quer saber. É mal orientada, vai lá derruba a mata nativa e a nascente morre, é menos uma quantidade de água que vai para o rio. Será que vocês não estão vendo isso? Será que terei de chegar aqui e falar mais um pouquinho pesado? Represento uma parcela da sociedade, e não deixarei a peteca cair.

É lamentável que tenhamos que ler em letras garrafais uma matéria que diz: Nível de rio cai e Colatina vai ter que economizar água. Peço ao cameraman para focalizar a matéria. É brincadeira! O povo de Colatina fica ao deus dará, porque as autoridades se preocuparam com o que não deveriam se preocupar: com coisas fúteis. Portanto, fica a nossa fala. Por último, dizemos que estamos juntos com os moradores de Paul que recorreram à Assembleia Legislativa e à Câmara de Vila Velha. Não vamos entrar para falar bonito e muito menos para tergiversar. Queremos a demolição desses tanques que, na verdade, são bombas de efeito retardado que podem dizimar toda aquela população ordeira e trabalhadora de Paul e adjacências. Citei Vila Batista, Paul e São Torquato, onde tenho parentes. Mas, independentemente de ter parentes ou não, a minha obrigação, o meu dever como Deputado, e sempre fui bem votado nessa região, é defender os interesses da sociedade. Essa é a minha obrigação e depois os moradores vejam quem é quem. O Sr. Claudio Vereza - Senhor Deputado José Esmeraldo, queria me referir à primeira parte do pronunciamento de V. Ex.ª apenas para registrar que há um projeto implantado na região do Rio Doce que pode ser, e é, modelo para atender a isso que V. Ex.ª está denunciando a partir da matéria publicada em jornal. É o Projeto Terra, dirigido pelo grande fotógrafo Sebastião Salgado, que tem um viveiro gigante na Cidade de Aimorés que atende a toda a Bacia do Rio Doce para reflorestar toda aquela região. Se os Governos adotarem esse projeto como

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modelo e implantarem outros viveiros em todo o vale do Rio Doce, V. Ex.ª terá atendida a sua demanda, que é a demanda de toda a Bacia do Rio Doce, que tem sua maior parte em Minas Gerais, mas tem grande parte no Espírito Santo. Parabéns, Senhor Deputado José Esmeraldo! O SR. JOSÉ ESMERALDO - Agradecemos ao Deputado Claudio Vereza o aparte. V. Ex.ª é um brilhante deputado que sempre traz para o nosso discurso elementos novos. Realmente é importante o viveiro. É importante que, a partir do momento em que fizermos o plantio, também cuidemos. Dizemos isso porque plantamos quatro mil árvores e as temos cadastradas em Cariacica árvores nativas. Temos pavor de eucalipto. Muita gente não fala isso. Eucalipto é um troço péssimo, destrói a terra e absorve por dia, Senhor Deputado Gilsinho Lopes, onze litros de água. Mas o preço é convidativo e em função disso muita gente não fala isso. Estamos vendo na região de Montanha um latifundiário que vai plantar eucalipto em toda a sua terra. Sinceramente, o Governo tinha que interferir e não deixar porque eles plantam eucalipto, mas destroem a mata nativa. O que dá sustentação à natureza, à água e à vida são as matas nativas. De eucalipto nem beija-flor gosta. É lamentável que isso aconteça. Só tem um bicho fedorento de um país, esquecemos o nome e não fazemos nem questão de lembrar, é o único animal que consegue viver dentro do eucalipto. Nem cobra passa dentro do eucalipto. Não é gambá, mas outro bicho. É lamentável termos que vir à tribuna desta Casa de Leis para falar isso. Mas o que acontecerá com um fazendeiro com não sabemos quantos mil hectares? Vai agora repassar tudo para a empresa plantar eucalipto porque dá dinheiro! O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Senhor Deputado José Esmeraldo, o bicho se chama coala, que fede mais do que o gambá do Senhor Deputado Doutor Hércules. O SR. JOSÉ ESMERALDO - É coala, parabéns Senhor Presidente. Agradecemos a V. Ex.ª a fala. É um nome tão nojento que não gostamos nem de pronunciar. Coala representa o amigo do eucalipto e este Deputado não é amigo de eucalipto porque ele destrói a natureza e seca tudo quanto é nascente. Se o eucalipto for plantado onde há uma nascente, com menos de dois anos puxa tudo, destrói tudo. Somos apaixonado pela água porque a água é vida e se não a tivermos nas nossas residências, ou em qualquer lugar, com certeza passaremos maus bocados. Agradecemos ao Presidente Theodorico Ferraço, nosso amigo, e também aos Senhores Deputados Gilsinho Lopes, Doutor Hércules e, por último, ao Senhor Deputado Claudio Vereza, grande Deputado petista, a presença. Quando o Senhor Deputado Claudio Vereza veio para a Assembleia Legislativa era mais radical, mas hoje é mais

tranquilo e nos ensina e nos orienta. (Muito bem!) O SR. GILSINHO LOPES - Senhor Presidente, pela ordem! O Senhor Deputado José Esmeraldo tem andado bastante, de Norte a Sul do Estado, pelas florestas, rios e rodovias. Quando S. Ex.ª fala contra o eucalipto é porque já estudou bastante sobre o assunto. Senhor Presidente, agradecemos a V. Ex.ª a deferência especial com a carreira jurídica dos delegados e ter vindo presidir esta sessão ordinária, a nosso pedido; e a todos os Senhores Deputados que estiveram presentes. É uma vitória da polícia e da sociedade. O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Senhor Deputado Gilsinho Lopes, fizemos a nossa obrigação. Realmente tivemos que vir correndo porque V. Ex.ª nos convocou para dar número e V. Ex.ª tem sido um defensor extraordinário da nossa Polícia do Estado do Espírito Santo. A Polícia Civil e a Polícia Militar do Estado são umas das mais brilhantes do País. É preciso olhar o lado bom dos nossos policiais e essa é uma homenagem que prestamos a todos eles. Senhor Deputado José Esmeraldo, não poderíamos encerrar esta sessão sem nos dirigir a V. Ex.ª sobre o discurso em defesa das águas, em defesa da vida. Recordamo-nos que há uns oitos anos, quando éramos Deputado Federal, tentamos buscar uma solução para a iminência da falta de água no Município de Vitória. Fizemos um apelo até de recursos extraordinários, se não nos enganamos, naquela época do DNOS - Departamento Nacional de Obras de Saneamento - dirigido pelo Ministério, em Brasília, pelo Doutor Mário Andreazza. Devíamos dar recurso para trazer a água do Rio Doce para salvar o Município de Vitória. E hoje até o Rio Doce está correndo perigo. V. Ex.ª faz um alerta ao Estado do Espírito Santo e ao Estado de Minas Gerais. Se nos permitir, embarcaremos nesse trabalho que V. Ex.ª, tão bem, pronunciou hoje em defesa das águas. Criemos nesta Casa de Leis, uma comissão especial para adotarmos o Rio Doce, para termos orgulho de dizer aos nossos filhos que a Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo também tem a obrigação de defender, não somente o Poder Executivo, o Governo do Estado, o Governo de Minas Gerais; temos que tomar alguma atitude. Portanto, lancemos a bandeira hoje e adotemos o Rio Doce para que seja realmente uma água sagrada, santa porque se o planeta continuar do jeito que está, não sabemos o destino que terá o Estado do Espírito Santo a partir do Norte. O Rio Itapemirim, por incrível que pareça, um rio quase do tamanho do Rio Doce também está na mesma situação.

Senhor Deputado Doutor Hércules, que também faz parte do nosso querido Itapemirim, já estamos com problemas. No município de Itapemirim estão tendo que mudar a captação da água e subir

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 63

mais duzentos metros porque está tendo dificuldades. Se não tomarmos uma atitude com as

nascentes, amanhã seremos responsabilizados pelos nossos filhos e netos. O aparte que o Senhor Deputado Claudio Vereza deu a V. Ex.ª somou esse esforço. Todos temos obrigação de tomar essa atitude. Eu pude estar presente.

Senhores Deputados José Esmeraldo, Doutor Hércules, Claudio Vereza e Gilsinho Lopes vamos nesta Casa recordar o pronunciamento de V. Ex. e dizer que adotaremos o Rio Doce e participaremos de uma comissão, e será a primeira providência que adotaremos junto ao Governo do Estado e ao governador de Minas Gerais porque as nascentes vêm daquele Estado. Tem que começar de lá. Se V. Ex.ªs

toparem a parada, assumiremos um compromisso. Sabemos que é difícil, mas alguém tem que

fazer alguma coisa! O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, pela ordem! A Cipe Rio Doce já existe e precisa ser revitalizada. A Cipe Rio Minas ES É uma Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Doce. São os parlamentares capixabas junto com os parlamentares mineiros em defesa da recuperação da Bacia do Rio Doce. Se não me engano, quem participa hoje é a Senhora Deputada Luzia Toledo.

A Cipe Rio Doce está um pouco amortecida nos últimos tempos. Propomos que revitalize a Cipe Rio Doce e - assim como o Senhor Deputado José Esmeraldo fez - tragamos esse debate para este Plenário para incrementarmos mais esse trabalho junto com os deputados mineiros. Essa é a proposta, Deputado.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - Senhor

Presidente, pela ordem! Agradeço ao Presidente Theodorico Ferraço e ao nosso amigo Deputado Claudio Vereza. A ideia é muito importante e não quero desmerecer ninguém, mas nunca acreditei nessa Cipe Rio Doce. É muita burocracia e onde tem burocracia não resolve o problema. Tem burocracia demais! Para fazer uma reunião tem que chamar lá e cá. Isso não resolve! Quando quer resolver, parte para cima.

É melhor menos gente! É melhor nós daqui mesmo! Mas tem Minas! Vamos lá também, independente! Deixa o pessoal, os deputados de Minas, para lá! Tenho três mandatos e ouço falar isso há tanto tempo e não resolveram nada. A cada dia que passa, só piora.

Penso que quem está na Cipe Rio Doce devia sair porque pegou mal! Pegou mal porque o Rio Doce está com quinze centímetros. Então não adiantou nada de Cipe Rio Doce. Não acredito em Cipe Rio doce. Acredito na ação! Em respeito ao Estado do Espirito Santo e sua jurisdição, quero acrescentar também o Rio Cricaré, Rio Santa Maria, Rio Itapemirim, de V. Ex.ª tão importante e o Rio Jucu.

Esses rios são fundamentais. O Rio Itapemirim, Rio Jucu, Rio Santa

Maria, Rio Doce e Rio Cricaré são importantes. Teríamos que trabalhar em cima disso. Temos que ter gente. Estou junto! Sou um cara que sobe morro. Não sou preguiçoso. Será que gente da Cipe Rio Doce subiu morro ou ficou dentro do Gabinete? Tem que subir! Tem que ir lá! Tem que ter sangue na veia e coragem para subir morro. Eu já subi o morro do Mochuara mais de cinquenta vezes e não é para qualquer um. Não! E com sede ainda! E não tenho medo de cobra não! Tranquilo. A primeira coisa que a Cipe tinha que fazer: cadastrar todas as nascentes. Vamos pegar as nascentes do Rio Doce, as do Rio Itapemirim, as de Santa Maria, as do Rio Jucú, e as do Rio Cricaré. Cadastrar as nascentes - aqui o senhor é dono, mas não pode mexer. Num raio de cem, duzentos metros é mata nativa. Tem que ser mata nativa. Estão plantando eucalipto onde tem nascente, Senhor Presidente Theodorico Ferraço. Lá, tem aquela cachoeira que vemos quando passamos pela BR 262. Aquela cachoeira linda. O volume de água ali era enorme. Os caras são tão diabólicos, demoníacos, capetas, que fizeram o seguinte: colocaram eucalipto na circunferência. Não tem comando, orientação. Se quiser plantar, planta; mas, não pode plantar aí.

É por isso que sempre falei no plano diretor rural. Não existe o plano diretor urbano? Você pode fazer prédio, fazer casa duplex, pode ter comércio, pode não ter comércio. Teria que ter isso. Vou ficar nessa linha. Vamos dar uma força, que é importante para evitar isso aí.

O Senhor Governador é engenheiro florestal. É um homem habilidoso, que tem sensibilidade.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - O Governo do Estado tem demonstrado interesse nisso.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - Mas está

faltando é a pessoa apresentar a resposta. É a mesma coisa com aqueles tanques de Paul. Sabe qual é a resposta que tem que dar? Autoriza demolir. Aí eu acredito. Vão demolir os tanques de Paul. Se deixar do jeito que está, daqui a pouco vão lá e enchem de gasolina, de soda cáustica.

É isso que tem que ser feito. É a solução do problema.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Obrigado, Senhor Deputado. Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a

presente sessão; antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, solene, hoje, às 19h, conforme requerimento da Mesa Diretora, aprovado em Plenário, em comemoração ao Dia do Administrador, para a qual designo Expediente: O que ocorrer e comunico que haverá sessão ordinária,

64 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

dia 23 de setembro de 2013, cuja Ordem do Dia é a seguinte: discussão única, em regime de urgência, do Projeto de Lei Complementar n.o 45/2013; discussão única, em regime de urgência, do Projeto de Lei n.o 275/2013; discussão única, em regime de urgência, do Projeto de Lei Complementar n.o 44/2013; discussão única, em regime de urgência, dos Projetos de Lei n.os 283/2013 e 276/2013; discussão prévia das Propostas de Emenda Constitucional n.os 07/2013 e 11/2013; discussão prévia do Projeto de Lei n.o 220/2013; discussão especial, em 1.ª sessão, dos Projetos de Lei Complementar n.os 47/2013 e 48/2013; discussão especial, em 1.ª sessão, dos Projetos de Lei n.os 60/2013 e 136/2013.

Está encerrada a sessão. Encerra-se a sessão às onze horas e

cinquenta e sete minutos. *De acordo com o registrado no painel

eletrônico, deixaram de comparecer a presente sessão os Senhores Deputados Cacau Lorenzoni, Dary Pagung, Luiz Durão, Sandro Locutor e Sérgio Borges e Senhora Deputada Aparecida Denadai.

VIGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO SOLENE DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 16 DE SETEMBRO DE 2013.

ÀS DEZENOVE HORAS E QUARENTA

E DOIS MINUTOS, O SENHOR DEPUTADO GLAUBER COELHO OCUPA A CADEIRA DA PRESIDÊNCIA.

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Senhoras e Senhores, Deputados presentes, telespectadores da TV Assembleia, boa-noite. É com satisfação que a Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo recebe todos para esta sessão solene, em homenagem aos 55 anos da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo. Neste momento, é convidado à Mesa o Senhor Deputado Glauber Coelho, 2.o Vice- Presidente da Assembleia Legislativa, que fará a abertura dos trabalhos, conforme é regimental. (Palmas) O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Cumprimento meus amigos; minhas amigas capixabas e os telespectadores que nos assistem pela TV Assembleia. É um prazer tê-los conosco. Invocando a proteção de Deus, declaro aberta esta sessão e procederei à leitura de um versículo da

palavra de Deus. Como é de praxe, solicito a todos os Senhores e Senhoras que fiquem de pé. (O Senhor Deputado Glauber Coelho lê Josué, 1:8) O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Dispenso a leitura da ata da sessão anterior e informo aos nobres Deputados e Deputadas e a todos aqueles que estão presentes que esta sessão é solene em homenagem aos 55 anos da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo - Findes, conforme requerimento de autoria da Mesa Diretora desta Casa de Leis, aprovado em plenário.

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido para compor a Mesa o Senhor Marcos Guerra, Presidente da Findes; o Senhor Guilherme Henrique Pereira, Presidente do Bandes e o Senhor José Eugênio Vieira, Diretor Superintendente do Sebrae do Espírito Santo. (Tomam assento à Mesa os referidos convidados) O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido todos para, de pé, ouvirmos a execução do Hino Nacional e o do Espírito Santo. (Pausa) (É executado o Hino Nacional e o do Espírito Santo)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Agradecemos a presença do Senhor Sérgio de Melo, Delegado de Polícia, representando o Chefe da Polícia Civil, Doutor Joel Lyrio Júnior; do Senhor Egídio Malanquini, Diretor do Centro de Atendimentos aos Sindicatos; do Senhor Benildo Denadai, Diretor Técnico do Sebrae; do Senhor José Afonso Coelho, Presidente do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim; da Senhora Solange Siqueira, Superintendente do Sesi e Diretora Regional do Senai; e do Senhor Marcelo Ferraz, Superintendente Corporativo da Findes.

Neste momento fará uso da palavra o Senhor Deputado Glauber Coelho, Vice-Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo e representante da Mesa Diretora nesta sessão.

O SR. GLAUBER COELHO - (Sem

revisão do orador) - Mais uma vez quero, com muita alegria, cumprimentar todos os senhores e senhoras.

Agradeço, em primeiro lugar, a Deus, a oportunidade de estarmos, mais uma vez, da tribuna desta Assembleia legislativa, desta Augusta Casa de Leis, participando de mais uma sessão solene, sessão esta que tem o intuito, o mister, de reconhecer publicamente a importância da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo. Faço isso representando a Mesa Diretora desta Casa, mais uma

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vez saudando a todos os senhores e as senhoras e os telespectadores da TV Assembleia.

Cumprimento o Doutor Marcos Guerra, Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo. É uma alegria poder revê-lo. Esta Casa o recebe e o acolhe de forma muito saudável e respeitosa. Cumprimento também o Doutor Guilherme Henrique Pereira, Presidente do Bandes, um amigo; obrigado pela presença. Cumprimento também o Senhor José Eugênio Vieira, Diretor-Superintendente do Sebrae, a quem parabenizo pelo trabalho que tem feito a frente dessa instituição tão importante para todos nós.

Há cinquenta e cinco anos, quando a economia do Espírito Santo era baseada na monocultura do café, nascia a Findes. No início, com poucos sindicatos filiados, começou seu papel de representar os anseios do empresariado da indústria, acreditando que sua existência traduzia-se num importante instrumento para o desenvolvimento econômico e social do Espírito Santo. O tempo decorrido até o momento atual comprova sua grandiosa parcela de contribuição para o progresso, para o crescimento, para a pujança que tem o nosso Estado. É a entidade máxima de representação patronal da indústria capixaba, contando com dezenas de sindicatos filiados que representam indústrias de diversos setores e dos mais variados portes, com significativa participação no PIB do Estado e que geram mais de duas centenas de milhares de postos de trabalho. As ações da Findes, ao longo de sua existência, têm contribuído para o fortalecimento do parque produtivo do Estado com influência altamente positiva na formulação da política industrial do Espírito Santo. É uma entidade sindical que cuida dos interesses institucionais dos industriais. Ela desenvolve e coordena estudos, pesquisas e projetos para orientar as ações de promoção industrial e novos investimentos no Estado. Seus Conselhos Técnicos discutem tendências e lançam diretrizes para ações de apoio e assessoria às indústrias e suas três delegacias regionais garantem a proximidade da entidade com o industrial nos polos industriais do Estado: Colatina, Linhares e Cachoeiro de Itapemirim. Conta com o Centro de Apoio aos Sindicatos, cujo objetivo principal é assessorar os atendimentos às demandas internas e externas dos sindicatos filiados, disponibilizando profissionais nas mais diversas áreas de atuação. O Sistema Findes é composto por sete entidades, que trabalham integradas objetivando o desenvolvimento industrial capixaba. Juntas, Findes - Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo; Cindes - Centro da Indústria do Espírito Santo; Sesi - Serviço Social da Indústria; Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial; IEL - Instituto Euvaldo Lodi; Ideies - Instituto de Desenvolvimento Industrial

do Espírito Santo; e IRI - Instituto Rota Imperial, promovem ações para garantir uma posição de destaque para o Estado nos níveis político, econômico e social. Assim, cada entidade está relacionada a um setor de interesse estratégico da indústria capixaba. Integrante do sistema, o Cindes é o articulador de movimentos que trazem à discussão assuntos de interesse da indústria e eventos para intercambio cultural. Cabe ao Senai a promoção e capacitação tecnológica das empresas, por meio de programas de assessoria técnica e tecnológica, e de formação profissional, qualificação e especialização de trabalhadores de todos os níveis. O Sesi contribui para o fortalecimento da responsabilidade social das indústrias. Para isso, desenvolve ações de promoção da saúde, educação, esporte, lazer e cultura, direcionadas aos trabalhadores e às comunidades em que estão inseridos.

A entidade atua também nas áreas de saúde ocupacional, segurança do trabalho e de proteção ao meio ambiente. O Sesi conta com doze centros de atividades distribuídos por todo o Estado do Espírito Santo.

Com relação à atuação do IEL, a este é reservado o papel de apoio ao aperfeiçoamento da gestão empresarial por meio de serviços de desenvolvimento de recursos humanos, integração e ações estratégicas, informação empresarial, gestão e tecnologia. Promove a capacitação empresarial e desenvolve projetos de incentivo ao empreendedorismo, contribuindo para a modernização e crescimento da indústria.

O Ideies, dentro do sistema, é a entidade responsável por apoiar a Findes nas áreas de defesa de interesses e de competitividade da indústria capixaba; apoia os Conselhos Superiores de Assessoria Técnica, as Câmaras Setoriais da Findes e os sindicatos que constituem a federação.

Finalmente, o Instituto Rota Imperial foi constituído para desenvolver o turismo e a economia dos municípios abrangidos pelo Projeto Rota Imperial. Recentemente, vale a pena destacar, foi inaugurada a primeira Agência de Treinamento Municipal, que passa a contar com os benefícios e programas de qualificação oferecidos pelo Sistema Findes.

A referida iniciativa visa qualificar os moradores da cidade e região para atenderem à demanda por mão de obra das grandes, médias e pequenas empresas que se instalam na área. A iniciativa é uma parceria da Federação das Indústrias que deve ser levada também a outros municípios do Interior do Espírito Santo. Diante da incontestável contribuição da Findes, juntamente com as demais entidades que compõem o Sistema, para o setor industrial do nosso Estado, com impacto altamente positivo no campo social, Senhor Presidente da Findes, temos a honra de

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representar a Mesa Diretora nesta sessão solene em homenagem aos cinquenta e cinco anos de história da Federação das Indústrias do nosso Estado. Esta Casa de Leis, ao longo dos últimos anos, tem sido palco de muitos debates, de muitas discussões, todas elas com um foco, com uma meta, com um objetivo: melhorar a qualidade de vida do cidadão e da cidadã capixaba. E a Findes, na forma que lhe é peculiar, tem dado a sua parcela, de forma ética, decente, organizada, planejada. Com essa parceria existente hoje entre a Federação das Indústrias do nosso Estado, o Governo do Estado do Espírito Santo e os setenta e oito municípios do nosso Estado, temos certeza e convicção de que faremos, Senhor Marcos Guerra, querido amigo Presidente da Findes, com que o nosso Estado continue na vanguarda, sendo um destaque em nível nacional pelas iniciativas, pelo protagonismo do povo capixaba. Quem não tem história não tem passado. Quem não teve passado dificilmente conseguiu pavimentar o seu caminho rumo ao presente. Quem não tiver visão a médio e a longo prazo, quem não trabalhar com planejamento estratégico, quem não tiver foco, quem não souber aonde quer chegar, de maneira alguma terá o presente a que todos aspiramos. Portanto, reverenciamos, dignificamos, exaltamos a Federação das Indústrias, assim como todos os ex-presidentes que serão homenageados e honrados na noite de hoje. Concluo a minha fala citando um pequeno trecho, um pequeno versículo da palavra de Deus, que diz o seguinte: Dê honra a quem tem honra. Hoje a Federação nos dá a oportunidade de honrar aqueles que deram a sua parcela de contribuição para chegarmos aonde chegamos. Viva o Espírito Santo, viva os cinquenta e cinco anos da Federação das Indústrias do nosso Estado! (Muito bem!) O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido para fazer uso da palavra o Senhor José Eugênio Vieira, Superintendente do Sebrae-ES. O SR. JOSÉ EUGÊNIO VIEIRA - (Sem revisão do orador) - Saudamos o Senhor Deputado Glauber Coelho, Vice-Presidente desta Casa, que preside esta sessão solene; o Senhor Guilherme Henrique Pereira, Presidente do Bandes, agora efetivado; o Senhor Marcos Guerra, Presidente da Findes; os Senhores Lucas Izoton, José Braulio Bassini, Fernando Vaz e Helcio Rezende Dias, Ex-Presidentes da Findes; os Senhores Diretores da Findes; e o Senhor Benildo Denadai, nosso companheiro de equipe. Senhoras e Senhores, a história da Findes faz parte da história do Espírito Santo. Nós que acompanhamos a história do Espírito Santo pudemos,

de perto, sentir o crescimento desta Instituição ao longo dos anos, ao longo de sua existência. Hoje existem sete entidades que compõem o grupo da Findes.

O Sebrae, num trabalho estreito com esta Instituição, vem procurando ampliar significativamente a sua participação no contexto desta Instituição. Poderíamos citar vários exemplos, mas não é o caso, porque a minha fala não estava nem prevista. Estou fazendo mais uma homenagem também a todos que vieram a esta solenidade. Mas darei destaque aos projetos integrados de sucesso que o Sebrae tem com a Findes: o projeto na área de moda, o Acaps Panshow, o Dia de Associar-se, a integração que tem com sindicatos.

O mais importante é ver nomes e homens ilustres da nossa sociedade, da nossa economia que perlustraram por esta Instituição. É muito orgulho ver a história da Federação e ver essas pessoas que obtiveram sucesso nos seus negócios industriais, hoje representadas por esses quatro ex-presidentes. Qualquer instituição que tenha pessoas do naipe de S. S.as se sente orgulhosa ao comemorar 55 anos.

Não é fácil para uma instituição como a Findes, hoje quando o setor industrial passa por crises provocadas por cenários diversos na economia mundial e na nossa economia brasileira e capixaba. Mas V. S.as têm conseguido romper esses caminhos, esses obstáculos, elevando cada vez mais esta Instituição, este setor no cenário que ele merece.

Senhor Presidente Marcos Guerra, é uma honra, um prazer, uma satisfação enorme não só como Superintendente do Sebrae, mas também como admirador que sou da pessoa de V. S.a, que passei a conhecer: empresário no Município de Colatina, depois como suplente de Senador e Senador. Uma pessoa que passei a admirar pelo seu caráter, pela forma com que tem conduzido esta Instituição.

Repito, é com esses nomes, com essas pessoas, cada um no seu momento oportuno, que se engrandece uma instituição. Parabenizo toda a equipe.

Senhor Deputado Glauber Coelho, parabéns por V. Ex.a ter se lembrado de comemorar nesta noite de hoje uma data tão importante para todos os industriais e para a Federação. Um braço a todos! (Palmas)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Neste momento, fará uso da palavra o Professor Guilherme Henrique Pereira, Diretor-Presidente do Bandes. O SR. GUILHERME HENRIQUE PEREIRA - Minha saudação especial ao Senhor Deputado Glauber Coelho, que preside esta sessão solene; ao nosso Presidente atual da Findes, que em nome de todos os industriais capixabas recebe esta homenagem tão importante. A Assembleia Legislativa está de parabéns de ter se lembrado de

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marcar esta solenidade. Saúdo o Senhor José Eugênio Vieira, Presidente do Sebrae.

Cumprimento com um carinho muito especial todos os Presidentes da Findes que estão presentes. Quer dizer, a importância e a força da Findes já se percebe aqui. Todos os Presidentes vivos estão presentes. O Senhor Sérgio Rogério de Castro está no exterior, mas sua esposa e filho o estão representando. Portanto todos os Presidentes vivos estão presentes. A minha lembrança também saudosa aos dois Presidentes que não estão mais entre nós: Jones dos Santos Neves e Américo Buaiz - duas figuras que tiveram grande relevância no início da história da Federação. (Palmas). Ao pensar nos cinquenta e cinco anos da Findes fui obrigado a me lembrar também um pouco da minha história. A Findes completa cinquenta e cinco anos de idade e estou completando quarenta e três anos de atividade profissional como economista. Portanto, alegre com a história da Findes, mas também um pouquinho triste de me lembrar ou de me colocar na posição de testemunha ocular da história. Comecei minha vida profissional no Bandes, que também faz quarenta e seis anos de existência. Na verdade, sou testemunha ocular de três histórias que se entrelaçam. Acho que se entrelaçaram de forma muito evidente e com resultados muito significativos para a sociedade capixaba e para todos os que vivem no Estado do Espírito Santo. Ao iniciar o meu trabalho no Bandes como economista recém-formado, lembro-me perfeitamente que falávamos da indústria capixaba e etc. Mas, francamente, tinham pouquíssimas unidades. Haviam muitos inscritos que comparados com as indústrias de hoje, talvez não fosse nem considerados como piso suficiente para ter a força que tiveram na constituição da Federação e dos Sindicatos, naquela época. Eram empresas bem pequenas, algumas indústrias bastante rudimentares, etc. O papel do Bandes, que naquela época recebeu a missão de promover a industrialização do Estado do Espírito Santo, era a missão de promover o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo e muitos começaram suas indústrias nessa época, e a Findes teve um papel importante naquele momento de estimular e cobrar do Governo do Estado a instalação de uma política industrial. Acredito que talvez dos Estados, com exceção de São Paulo e Minas Gerais que são casos diferentes de tamanho muito maior e tal, acho que entre os demais Estados talvez o Espírito Santo tenha sido aquele que tenha montado uma política estadual, quer dizer, uma política de governo subnacional mais exitosa deste País. Lembremo-nos da campanha para constituição do Funres - Fundo de Recuperação Econômica do Estado do Espírito Santo; da campanha da constituição do Centro Industrial de Vitória, Civit, que fica na Serra, coisas de capixaba; e

tantas outras campanhas importantes que constituíram essa política de desenvolvimento estadual que consideramos bastante exitosa. Não me alongarei muito porque a festa não é minha. Como disse também o Superintendente do Sebrae, não tinha previsão de fazer esta fala, mas fiquei muito feliz em terem me concedido a palavra para fazer o registro da importância e da força da Findes. Continuamos a luta ao longo deste tempo. Para encerrar, chamamos a atenção que talvez estejamos vivendo neste momento um cenário que a Federação, - talvez sempre continua tendo importância, mas talvez agora continua tendo importância semelhante ao que teve na instalação do processo de industrialização do Estado do Espírito Santo. Referimo-nos ao fato de que vivemos em uma época de que chamamos de economia do conhecimento, onde a produção de todos os setores sejam eles chamados de indústrias tradicionais, atividades tradicionais, sejam lá quais forem;, devem crescer e se expandir pela incorporação de conhecimento, pela inovação, pelo desenvolvimento tecnológico, etc. É por esta razão também que o Governador Renato Casagrande lançou no ano passado a sua nova política de desenvolvimento que ficou com a sigla Proedes e tem como norte principal o aumento da competitividade. Para fazermos competitividade temos que incorporar conhecimento, fazer inovação e assim por diante.

Resumidamente, creio que estabelecer essa cultura da inovação, gerar capacidade, formar recursos humanos para este novo momento, para esta nova fase em que deve entrar a industrialização do Espírito Santo, não é mais fazer indústrias, pois já existem indústrias importantes, mas é de fazer novas indústrias ou de revitalizar as indústrias existentes pela incorporação de conhecimento. Essa também é outra fase importante no processo de desenvolvimento do Espírito Santo que certamente os novos condutores da Federação das Indústrias terão esse desafio pela frente, de contribuir e ajudar a sociedade capixaba a construir esses novos modelos de desenvolvimento que devemos construir daqui para frente. Parabéns principalmente ao nosso Presidente, Senhor Marcos Guerra, que receberá homenagem nesta noite. Muito obrigado e boa-noite. (Muito bem!) O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido para fazer uso da palavra o Senhor Marcos Guerra, Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo. O SR, MARCOS GUERRA - (Sem revisão do orador) - Boa-noite a todos. Cumprimento o Deputado Glauber Coelho que também tem uma ligação muito grande com a indústria, a quem peço licença para cumprimentar seu pai, o Senhor José Afonso Coelho, que foi Delegado de Cachoeiro de Itapemirim na mesma época em que fui Delegado de

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Colatina e conversávamos muito sobre interiorização já naquela época; o Senhor Guilherme Henrique Pereira, Presidente do Bandes, a quem agradeço pelas parcerias do Bandes junto ao Sistema Findes; o Senhor José Eugênio Vieira que, juntamente, com os Senhores Benildo Denadai e Ruy Dias de Souza também são parceiros da Federação das Indústrias em todos os momentos.

Todos os projetos que estamos fazendo em prol de uma indústria melhor e mais competitiva, a interiorização da indústria, o associativismo, o Sebrae sempre está junto conosco, então, em nome da Findes e de todo o industrial capixaba aproveitar e agradecer novamente Senhor José Eugênio Vieira o apoio que tem nos dado. Cumprimento o Senhor Egídio Malanquini, Diretor do Ideies/Cas; o nosso Executivo do Sistema Findes e autoridades já anunciadas.

Deixei o nome dos ex-presidentes para falar por último ... na hora que o Senhor Guilherme Henrique Pereira falou dos Senhores Américo Buaiz e do Jones dos Santos Neves todos bateram palmas e realmente eles merecem palmas porque falar da Federação das Indústrias, falar dos cinquenta e cinco anos da Findes é impossível não falar o nome do Senhor Américo Buaiz. Ele, lá atrás - não era da minha época - deixou um legado muito grande dentro da Federação das Indústrias, na Fecomércio, enfim, em todas as entidade por onde passou deixou uma história muito bonita para ser contada. O Senhor Jones dos Santos Neves também, outro que não está entre nós, com quem tive uma relação maior com ele foi um empresário, um Presidente de Federação, um político que sempre defendeu muito a indústria nacional quando era deputado, quando participava na CNI. Então, são duas pessoas que realmente merecem nosso maior carinho e recordação.

A Federação das Indústrias, Senhor Deputado Glauber Coelho, passou por oito grandes Presidentes. Falar dos cinquenta e cinco anos da Findes, precisamos e V. Ex.ª falou sobre as entidades que temos, Sesi, Senai, e IEL, voltadas para a educação profissional e básica e para a formação de empreendedores, Ideies, nosso instituto de inteligência do Sistema Findes, Cindes, que congrega os empresários, e, recentemente, o IRI, Instituto Rota Imperial que nasceu na gestão do Presidente Lucas Izoton, entidade que realmente está fazendo a diferença na região das montanhas capixabas. Recentemente demarcamos todo o percurso da rota imperial, um trabalho fantástico em parceria com o Governo do Estado. É uma entidade que realmente está trabalhando, de agora para a frente, em projetos ambiciosos, de vender o Estado do Espírito Santo, principalmente as montanhas, de forma robusta para o Brasil. Quero falar também dos Senhores Oswaldo Vieira Marques, terceiro Presidente da Findes, seu filho Álvaro Marques que está presente e Hélcio Rezende Dias, que está até hoje na Federação das

Indústrias, conosco. Hoje mesmo, Presidente Senhor Lucas Izoton, estávamos aprovando o estatuto do Cindes, trabalhado praticamente pelo ex-presidente Hélcio Rezende Dias. Nos reunimos, final de semana levei o estatuto para casa e li: cem por cento aprovado. Mais uma vez o Senhor presta um excelente serviço à Federação das Indústrias. O Senhor Sérgio Rogério de Castro que está na Colômbia. Conversei com ele hoje e com o Léo de Castro. Estão presentes o Senhor Sérgio Souza Rogério de Castro e sua esposa Ana Maria para o representarem. O Senhor Sérgio Rogério de Castro começou a interiorização das ações da Findes, com os Conselhos Regionais, envolvendo os empresários. Aí sim, das três regionais, à época erem Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e Linhares, hoje somos oito regionais: Colatina, Cachoeiro de Itapemirim, Linhares, Aracruz, São Mateus, Nova Venécia, Anchieta e Venda Nova do Imigrante. São oito regionais, principais polos industriais do Estado. O Senhor José Braulio Bassini, de quem tive a satisfação de ser um de seus Vice-Presidentes, que à época me colocou como delegado em Colatina. Tenho uma admiração muito grande por S. S.ª pelo trabalho que desenvolveu dentro da Federação das Indústrias. Naquele momento, juntamente com o Senhor Fernando Vaz, V. S.ª, Senhor José Braulio Bassini lançou o Prodfor, e trouxe as grandes empresas para a Federação das Indústrias e começaram com o grande projeto o Prodfor. Faltavam fornecedores qualificados dentro do Estado e V. S.ª junto com algumas grandes empresas, começaram a trazer para a federação capacitação para o seu pessoal, e essas empresas começaram a participar dos grandes projetos do Estado do Espírito Santo. Digo isso com muito orgulho porque nos dois grandes projetos do Estado, a 8.ª Usina da Vale e a 4.ª Usina da Samarco, mais de sessenta por cento dos fornecedores são capixabas. Isso, Senhor José Braulio Bassini, a Federação das Indústrias Capixaba deve ao seu governo e depois ao do Senhor Fernando Vaz, que deu continuidade e fez um excelente trabalho. O Senhor Lucas Izoton, oitavo Presidente, democratizou a casa, trouxe para a federação pessoal mais jovem, deu uma renovada na equipe, começou a delegar muitas ações. Naquela época, é bom falarmos, a Federação começou a receber mais recursos. Investiu mais, mas começou a recebe mais recursos. Recordamo-nos que no mandato dos Ex-Presidentes José Braulio Bassini e Fernando Vaz, que acompanhamos, os recursos eram bem menores. E o Senhor Lucas Izoton realmente soube, à época, aplicar os recursos. Investiu muito. Criou o Centro Integrado de Aracruz, investiu em Linhares, em Colatina, em vários municípios. Então, Senhor Lucas Izoton, a indústria realmente deve muito a V. S.ª, não só pelo trabalho que realizou no Estado do Espírito Santo, já que também vendeu a Federação das

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Indústrias do Estado do Espírito Santo para o Brasil, para a CNI. V. S.ª fez um excelente trabalho em prol da indústria capixaba. Logo após veio o Senhor Marcos Guerra. Assumi a Federação com desafios de fortalecer as instituições, os sindicatos. Presidi e criei o sindicato do setor, criei uma associação importante em Colatina. Meus sonhos maiores na Federação das Indústrias são três ou quatro, mas um deles, Senhor Egídio Malanquini, é o fortalecimento do associativismo. Precisamos, realmente, ter entidades fortes no Estado, que representem, de fato, os setores. Digo isso porque faço questão, na Federação das Indústrias, de ouvir o industrial. Entendo que estou na Federação das Indústrias para servir o industrial capixaba. Por isso digo que precisamos, realmente, ter entidades fortes. Em nossa gestão na Federação das Indústrias, Senhor Deputado Glauber Coelho, temos alguns pontos que priorizamos. São setenta e uma ações. Mas a educação está em primeiro lugar. Em uma conversa rápida, podemos dizer que a indústria capixaba está decrescendo. Estamos com 14,7% negativos de crescimento, se comparado com o ano passado. Quanto à indústria geral, são 7,8%. Mas o ponto que mais nos chama a atenção, que mais nos preocupa, é o custo da mão de obra capixaba, que tem crescido muito. O custo da mão de obra capixaba, com base em junho, cresceu 18,6%. É um alerta, e nós do Senai, do Sesi, do IEL, estamos trabalhando duramente para combater isso. Só conseguiremos realmente reduzir o nosso custo de mão de obra tendo um estoque de profissionais no mercado. É onde entra a Federação das Indústrias, por intermédio do Sesi, do Senai e do IEL. Temos investimentos previstos, como o de um Centro Integrado novo em Anchieta, uma escola do Senai em Cachoeiro de Itapemirim, ampliando ainda mais o complexo Sesi/Senai de Linhares, investimentos em Colatina, Aracruz. Estamos preparando urgente urgentíssima as nossas agências de treinamento. É um projeto novo na Federação das Indústrias formar mão de obra para o Estado, temos pressa e nosso projeto da agência de treinamento é nada mais, nada menos que fazer mais por menos. Um simples exemplo é o do Sambão do Povo. O Sambão do Povo, uma obra maravilhosa, ficava dez meses do ano parado, e funcionava somente por dois meses, janeiro e fevereiro, durante o carnaval. Montamos uma agência de treinamento em parceria com o Senhor Prefeito Luciano Rezende, e temos quase mil alunos se formando em cursos profissionalizantes.

Temos agência de treinamento no Município de Ibiraçu. Temos na Escola Pedreira, no Município de Vila Pavão. Temos em Barra de São Francisco. Temos um núcleo integrado no Município de Nova Venécia, que vai começar grande. Temos a Escola Móvel no Município de Governador Lindenberg, sobre a qual estava conversando há pouco com V.

Ex.a, Senhor Deputado Glauber Coelho. Esta Escola é um projeto inovador. Uma vai para o Sul e outra para o Norte.

Mas o que queremos realmente, Senhor Deputado Glauber Coelho, é fazer agência de treinamento, porque ela fica no município, é da sociedade. Dessa forma começamos a trabalhar a formação de mão de obra dentro da necessidade de cada região.

Para V. S.as terem ideia, o conceito de região tem dado muito certo. A Federação das Indústrias tem ouvido os industriais que estão chegando ao Estado. Darei um simples exemplo: a Jurong vai montar um estaleiro no Município de Aracruz. Conversamos com a equipe da Jurong e com o seu Presidente, Senhor Martin Cheah. Estamos trabalhando no entorno de Aracruz. Estamos trabalhando uma agência de treinamento em Ibiraçu. Abriremos nos Municípios de Fundão, João Neiva, e no Distrito de Praia Grande. Com isso conseguiremos fornecer mão de obra para os grandes projetos e reduzir custos também. Muitas vezes quando chega uma indústria grande ao município, isso acaba inflacionando a mão de obra. Então, se trabalharmos no entorno da região, conseguiremos realmente manter ou melhorar a competitividade da indústria capixaba. São trabalhos que estamos fazendo dentro da Federação.

Estamos fazendo um trabalho de interiorização, mas uma interiorização sadia. Às vezes, as pessoas pensam que fazer interiorização, Senhor Deputado Glauber Coelho, é ir para o interior. Na nossa interiorização, estamos indo para o interior, sim, mas estamos interiorizando a Grande Vitória também.

Muitas vezes, temos um centro integrado. Estamos com um projeto adiantado aqui. Quero dar um simples exemplo: no Município de Serra, temos, no bairro Civit, uma grande escola. Estamos com um projeto adiantado para abrir agências em Serra Sede, em Jacaraípe, em Portal da Serra, em Feu Rosa. Com isso, Senhor Deputado Glauber Coelho, conseguiremos interiorizar as nossas ações com um custo muito baixo e com a qualidade dos serviços que estamos oferecendo dentro do nosso centro integrado. Estamos indo aonde existem pessoas para serem qualificadas.

Dessa forma, não só o Senhor Marcos Guerra, mas toda a diretoria e os executivos do sistema Findes passamos a contribuir para a indústria capixaba de forma relevante, tornando o nosso Estado ainda mais competitivo.

Vale lembrar também que o governo do Governador Renato Casagrande tem nos apoiado bastante. Conversamos sobre projetos, contratos de competitividade. A relação da Findes com os poderes constituídos é muito boa.

A Federação das Indústrias, graças aos oito presidentes que por lá passaram, construiu um nome de respeito, ao longo desses 55 anos, não só para a

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indústria capixaba, mas para todo o Estado do Espírito Santo.

Mais uma vez, Senhor Deputado Glauber Coelho, agradeço em nome dos industriais capixabas a homenagem. V. Ex.a pode estar certo de que aquela Casa estará sempre à disposição de V. Ex.as para os seus projetos. Já conversei com vários Senhores Deputados, que às vezes levam projeto para nós. V. Ex.a também já levou alguns de agência de treinamento. Estamos realmente lá para servir os capixabas. Muito obrigado. Boa-noite a todos. (Muito bem!) (Palmas) O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Neste momento acontece o ato de grande importância desta sessão. O Senhor Deputado Glauber Coelho, Vice-Presidente da Assembleia Legislativa, juntamente com o Senhor Marcos Guerra, Presidente da Findes procederão à entrega da Comenda da Ordem do Mérito Loren Reno aos homenageados. Instituída pela Resolução 1.370 a Comenda da Ordem do Mérito Loren Reno é conferida a todos aqueles que se destacarem em atividades educacionais, parlamentares, industriais, empresariais e artísticas. A Comenda da Ordem do Mérito Loren Reno será entregue aos Ex-Presidentes da Findes. Convido o Senhor Álvaro Marques para receber, em nome do Senhor Oswaldo Vieira Marques, Presidente da Findes no período de 1977 a 1983, de acordo com a Resolução n.º 3.413, a comenda Ordem do Mérito Loren Reno, das mãos do Senhor Deputado Glauber Coelho e do Senhor Marcos Guerra, e nesse ínterim procederei à leitura do currículo de S.S.ª (Pausa) O Senhor Oswaldo Vieira Marques é Empresário da Indústria Gráfica e fundador do Sindicato das Indústrias Gráficas do Espírito Santo, Siges, com forte atuação em prol das micro e pequenas indústrias. Aumentou de quatorze para vinte e um, o número de sindicatos filiados. Promoveu grandes obras estruturais em todas as unidades do Sesi e Senai. Construiu as unidades do Sesi no Civit e no Centro de Vitória. Promoveu a aquisição do que é hoje o Edifício Findes, inaugurado na passagem do cargo para Hélcio Rezende Dias, em 1983, integrando todas as entidades do Sistema Findes em um só endereço. (Procede-se à entrega da Comenda) O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Hélcio Rezende Dias, Presidente da Findes no período de 1873 a 1989, para de acordo com a Resolução n.º 3.412 receber a comenda Ordem do Mérito Loren Reno, das mãos do Senhor Deputado Glauber Coelho e do Senhor Marcos Guerra, e nesse ínterim procederei à leitura do currículo de S.S.ª (Pausa)

O Senhor Hélcio Rezende Dias é Empresário de Panificação. Inaugurou oficialmente o Edifício Findes em 12 de setembro de 1983, quando foi empossado no cargo de Presidente. Com forte atuação em prol do associativismo, inclusive, promovendo maior aproximação dos Sindicatos dentro do Sistema Findes. Promoveu ampla modernização de todas as unidades do Senai; a criação da Escola de Panificação de Vitória, do Centro de Formação Profissional de Colatina, do Centro Integrado Sesi/Senai de Araças, Vila Velha, e do Cetec, Beira Mar. Desenvolveu parceria com o Japão, para estruturação e aquisição de know-how dessa unidade; promoveu ainda amplo fortalecimento do Ideies e do IEL, maior aproximação com as entidades acadêmicas; grande salto na promoção das atividades sócio-culturais do Sesi por todo o Espírito Santo. Criou o Sesi Saúde do centro de Vitória. (Procede-se à entrega da Comenda)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Sérgio Souza Rogério de Castro, para receber, em nome do Senhor Sergio Rogério de Castro, Presidente da Findes no período de 1989 a 1982, de acordo com a Resolução n.º 3.457, a Comenda Ordem do Mérito Loren Reno, das mãos do Senhor Deputado Glauber Coelho e do Senhor Marcos Guerra, e nesse ínterim procederei à leitura do currículo de S.S.ª (Pausa) O Senhor Sergio Rogério de Castro é Empresário da Indústria do Plástico. Promoveu a atuação de uma Diretoria mais presente nas decisões da entidade. Iniciou a integração das entidades do Sistema Findes - Sesi, Senai, Iel, Ideies, Cindes. Promoveu a criação de Conselhos Temáticos, de Delegacias Regionais, hoje Diretorias Regionais; a conclusão das obras do Centro Integrado Sesi/Senai de Araças, Vila Velha; a ampla divulgação das potencialidades do Espírito Santo em eventos e viagens internacionais e o fortalecimento do Ideies. (Procede-se à entrega da Comenda) O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o Senhor José Braulio Bassini, Presidente da Findes no período de 1992 a 2.000, para de acordo com a Resolução n.º 3.415, receber a Comenda Ordem do Mérito Loren Reno, das mãos do Senhor Deputado Glauber Coelho e do Senhor Marcos Guerra, e nesse ínterim procederei à leitura do currículo de S.S.ª (Pausa) O Senhor José Braulio Bassini é Empresário da indústria do Vestuário. Hoje, atuante no setor de papel e celulose. Participou da comemoração dos 50 anos do Senai; promoveu o fortalecimento das micro e pequenas indústrias; a maior aproximação de grandes indústrias como Vale, Aracruz, CST e Samarco com o Sistema Findes; a criação do Prodfor; a reestruturação do Cindes; a criação do anuário 150

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Maiores Empresas do Espírito Santo, em 1997, hoje 200 Maiores. Avanço na integração das entidades do Sistema Findes; grandes eventos de negócios; seminários de nível nacional e internacional, culminando com a vinda do então Presidente da república, Fernando Henrique Cardoso e do seu Ministro da Previdência Social, Antônio Britto e a venda de missões empresariais ou diplomáticas de vários países, como, Bélgica, Espanha, Rússia e Holanda, visando desenvolver negócios no Espírito Santo. (Procede-se à entrega da Comenda) O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Fernando Vaz, Presidente da Findes no período de 2.000 a 2004, para de acordo com a Resolução n.º 3.416, receber a Comenda Ordem do Mérito Loren Reno, das mãos do Senhor Deputado Glauber Coelho e do Senhor Marcos Guerra, e nesse ínterim procederei à leitura do currículo de S.S.ª (Pausa) O Senhor Fernando Vaz é Empresário da Indústria do Plástico. Criou a Agenda da Indústria Capixaba, com entrega de propostas a candidatos ao Governo do Estado. Promoveu a criação do Balcão Ambiental da Findes; ampliou a base de fornecedores do Prodfor de 35 para 111 empresas fornecedoras; promoveu ainda a filiação da Findes na Onip - Organização Nacional da Indústria do petróleo; o lançamento da Primeira Agenda Legislativa da Indústria Capixaba e o começo das primeiras políticas de desenvolvimento sustentável. (Procede-se à entrega da Comenda) O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Lucas Izoton Vieira, Presidente da Findes no período de 2004 a 2011, para de acordo com a Resolução n.º 3.414, receber a comenda Ordem do Mérito Loren Reno, das mãos do Senhor Deputado Glauber Coelho e do Senhor Marcos Guerra, e nesse ínterim procederei à leitura do currículo de S.S.ª (Pausa)

O Senhor Lucas Izoton Vieira foi Presidente da Findes de 2004 a 2011, é empresário da indústria do vestuário e da construção civil; promoveu a retomada da Revista Indústria Capixaba; ampliou de cinco para oito diretorias regionais da Findes; promoveu a criação do Mapa Estratégico da Indústria Capixaba; a criação do IRI - Instituto Rota Imperial; o lançamento do livro 50 anos da Findes; a Exposição 200 anos da Indústria Brasileira; a criação de programas de capacitação de gestores e funcionários do Sistema Findes e estruturação completa das Câmaras Setoriais e Conselhos Temáticos.

(Procede-se à entrega da comenda) O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Hélcio Rezende Dias para fazer uso da palavra, em nome de todos os homenageados desta noite. O SR. HÉLCIO REZENDE DIAS - (Sem revisão do orador) - Senhor Deputado Glauber Coelho; Senhor Marcos Guerra, presidente da Findes; Senhor Guilherme Henrique Pereira; Senhor José Eugênio Vieira, nosso amigo; ex-presidentes, agora presidentes-eméritos da Findes; companheiros da Findes; Senhoras e Senhores, 55 anos da Findes e eu com cinquenta dois anos de Federação.

Quando em 1958 o Senhor Américo Buaiz fundou a Findes, eu já era diretor do meu Sindicato de Panificação. Então, posso dizer que acompanhei toda a trajetória da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo. Quero dizer que a Federação não era esse monstro, essa grandeza que é hoje; começou muito pequenininha.

Éramos cinco sindicatos. Aquela reunião tradicional de todo mês, o Senhor Américo Buaiz, um político extraordinário, e ali vieram os demais presidentes: Jones dos Santos Neves, que deu um impulso muito grande no Sistema; e os demais presidentes que vieram após, Oswaldo Vieira Marques, eu, Sérgio Rogério de Castro, José Braulino Bassini, Fernando Vaz e Lucas Izoton Vieira. Fizemos o que foi possível. Todos se dedicaram com extrema competência, cada um deu de si toda sua inteligência, toda sua vontade e todo seu tempo porque também, Marcos Guerra, não tem como ser de outra maneira.

Quando as empresas querem crescer, logicamente, a dedicação é total. E os nossos ex-presidentes-eméritos, graças a Deus, agora estão junto com o Papa, conseguiram que a Federação chegasse a esse ponto. Portanto, não fui autorizado por eles, mas em nome deles, fui convidado para agradecer a esta Casa e ao Senhor Deputado Glauber Coelho o convite e dizer da enorme satisfação de sermos homenageados pela Assembleia Legislativa.

Senhor Deputado Glauber Coelho, esta é a terceira vez que sou homenageado nesta Casa, de forma que agradeço, profundamente, a V. Ex.ª, a homenagem. Muito obrigado, companheiros. (Muito bem!)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Fará uso da palavra o Senhor Deputado Glauber Coelho para o encerramento da presente sessão.

Informo a todos que logo após o encerramento desta sessão será servido um coquetel no Salão Nobre desta Casa de Leis, oferecido pela Findes.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Agradecemos, mais uma vez, penhoradamente, a todos a presença nesta Casa, representando a Findes - Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo.

72 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Agradecemos à Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo a oportunidade que nos dá, neste momento, de fazer uma singela homenagem, porém, para nós, Parlamentares desta Casa, é uma homenagem importante. É importante reconhecer publicamente aquilo que a Federação representa para o nosso Estado, para todos os Poderes, mas de uma forma muito peculiar, muito especial, para esta augusta Casa de Leis. Muito obrigado. Tenha certeza, Presidente Marcos Guerra, de que esta Casa de Leis nunca se furtará à responsabilidade de continuar mantendo e firmando parcerias saudáveis com essa Instituição, da qual reconhecemos o valor, a pujança, a credibilidade e a importância para o Estado do Espírito Santo. Esta Casa tem feito muitas homenagens, justas, diga-se de passagem, a sindicatos e instituições, mas é importante reconhecermos o valor da classe empresarial do nosso Estado. E esta Casa o faz na noite de hoje. Mais uma vez coloco a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa à inteira disposição da findes para discutirmos qualquer tipo de assunto inerente ao setor comercial e industrial do nosso Estado. Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a presente sessão. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, ordinária, dia 17 de setembro de 2013, para a qual designo

EXPEDIENTE: O que ocorrer. ORDEM DO DIA: anunciada na octogésima

terceira sessão ordinária, realizada dia 16 de setembro de 2013.

Está encerrada a sessão.

Encerra-se a sessão às vinte horas e

quarenta e seis minutos.

COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA, ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E TOMADA DE CONTAS. DÉCIMA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA, DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 18 DE SETEMBRO DE 2013.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Havendo número legal, invocando a proteção de Deus, declaro abertos os trabalhos desta Comissão.

Boa-tarde a todos. É com muito prazer que abrimos a segunda reunião extraordinária da Comissão de Finanças para a sabatina dos candidatos a Conselheiro do Tribunal de Contas.

Informo que o Senhor Deputado Sandro

Locutor está licenciado para tratamento de saúde e a Senhora Deputada Luzia Toledo não comparecerá, tendo em vista compromissos agendados anteriormente com o Senhor Governador do Estado, no Distrito de Conceição de Muqui, Município de Mimoso do Sul.

Convido a Senhora Secretária a proceder à leitura da ata da reunião anterior. (Pausa)

(A Senhora Secretária procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Em discussão a ata. (Pausa)

Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. JAMIR MALINI - Favorável. A SR.ª LÚCIA DORNELLAS - Favorável. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Favorável. O SR. DA VITÓRIA - Favorável. SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI)

- Quero dizer que além da presença dos deputados efetivos da Comissão, tem hoje a presença do Senhor Deputado Da Vitória, suplente, que no momento é membro efetivo e o Senhor Deputado Doutor Hércules que também nos honra com sua presença. Inclusive, ontem, S. Ex.ª disse que acompanhará todas as sessões. É um prazer imenso a participação do Senhor Deputado Doutor Hércules. Acaba de chegar o Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que é membro efetivo da Comissão e colherei o seu voto. Como vota o Senhor Deputado Gilsinho na votação da ata da reunião anterior? O SR. GILSINHO LOPES - Como lida.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Ata aprovada como lida.

Passa-se à Ordem do Dia Na Ordem do Dia encontra-se o requerimento do Senhor Carlos Roberto Bianchi, solicitando transferência da data de sua arguição, devido o falecimento de sua mãe. A Presidência propõe que o candidato seja arguido na próxima terça-feira. Em discussão o requerimento. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. JOSÉ ESMERALDO - Pela aprovação. A SR.ª LÚCIA DORNELLAS - Concordo.

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 73

O SR. JAMIR MALINI - Acompanho. O SR. DA VITÓRIA - A favor. O SR. GILSINHO LOPES - Acompanho.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Aprovado o requerimento à unanimidade. O candidato fica previamente convocado para a próxima terça-feira às 09h, neste Plenário.

Devido à justificativa confirmada de que o Tribunal de Justiça não emitiu, em tempo hábil, a certidão de um dos candidatos, razão pela qual o tal documento foi recebido por esta Presidência na reunião anterior a esta Comissão e, considerando os princípios da impessoalidade, da razoabilidade e eficiência, apresento para deliberação o Edital n.º 03/2013 de reabertura de prazo, por cinco dias úteis, para que todos os candidatos possam complementar as suas respectivas documentações. Ressalto que a presente inovação do prazo não mais possibilitará prorrogação ou renovação, portanto, sendo definitivo.

Convido para fazer parte da Mesa o Senhor Deputado Elcio Alvares e também o Senhor Deputado Freitas.

Tal edital possui os seguintes termos:

Edital 03/2013 Por meio do presente edital, ficam os Parlamentares que indicaram nomes para ocuparem o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, conforme ofício CPTC n.º 301/2013, bem como os indicados, notificados para apresentarem os documentos não entregues em consonância com os termos e relação de documentos arrolados no edital anterior, publicado no Diário Oficial do Estado e no Diário do Poder Legislativo no dia 28 de agosto de 2013, junto ao Protocolo da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, no prazo máximo de 05( cinco) dias úteis contados a partir da publicação deste edital, observado o horário de funcionamento do referido setor de protocolo. Ficam notificados, também, de que o prazo acima aludido não será mais prorrogado e que os documentos faltantes deverão estar de acordo com a Legislação respectiva e regulamentos das entidades de representação de classe e de Órgãos Públicos, assim devendo os mesmos serem complementados independentemente da relação indicada no edital publicado no Diário Oficial do Estado e no Diário do Poder Legislativo no dia 28 de agosto do corrente ano. Por decisão unânime dos membros da Comissão de Finanças, Economia, Orçamento, Fiscalização, Controle e Tomada de Contas, em Reunião Extraordinária realizada nesta data. Vitória, 18 de setembro de 2012. Deputado Atayde Armani, Presidente da Comissão

de Finanças em exercício.

Em discussão o Edital n.º 03/2013, de prorrogação da entrega de documentos. Estamos concedendo mais uma oportunidade aos candidatos, pois houve candidato que ainda não entregou a sua documentação no prazo legal, que venceu no último dia 11. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. JOSÉ ESMERALDO - Pela aprovação.

A SR.ª LÚCIA DORNELLAS - Pela

aprovação. O SR. JAMIR MALINI - Pela aprovação. O SR. DA VITÓRIA - Pela aprovação. O SR. GILSINHO LOPES - Pela

aprovação. O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Aprovado o Edital n.º 03/2013 à unanimidade. Conforme as normas do Edital n.º 02/2013, concedo a palavra ao Senhor Deputado Dary Pagung, candidato, pelo prazo de dez minutos, prorrogáveis por até dez minutos. Informo que os Senhores Deputados que desejam fazer perguntas, que deverão se inscrever junto à secretaria da Comissão de Finanças. Daremos prioridade aos membros da Comissão. Registro a presença dos candidatos: Senhora Marilene Alves Ferreira, funcionária do Tribunal de Contas; Senhora Márcia Jaccoud Freitas, auditora do Tribunal de Contas; Senhor Carlos Roberto Bianchi, auditor de Controle Externo; Senhor Rodrigo da Rocha Rodrigues, procurador do IPAJM; Senhor Walcir Gonçalves da Silva, contador do Instituto de Obras Públicas. Registro também a presença dos convidados: Senhora Thais Carvalho, auditora de Controle Externo do Tribunal de Contas; Senhor Heron Gomes de Oliveira, funcionário do Tribunal de Contas; Senhora Luciana Tozato, esposa do Senhor Deputado Da Vitória. Concedo a palavra ao Senhor Dary Alves Pagung. O SR. DARY ALVES PAGUNG - Cumprimento a todos, primeiramente ao Senhor Presidente Atayde Armani e aos Senhores Deputados, Doutor Hércules, Lucia Dornellas, Jamir Malini, Gilsinho Lopes e Elcio Alvares. Cumprimento também os candidatos presentes neste momento; imprensa; funcionários e todos os aqueles que nos acompanham por meio da TV Assembleia.

74 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

É muito gratificante estar nesta tribuna hoje, mas antes agradeço a Deus e a minha família por terem me guiado no caminho do bem. Nasci no distrito de Vila Nova do Bananal, Município de Baixo Guandu, filho de pequenos produtores rurais. Como em toda família humilde, muitas vezes ajudei meus pais no sustento da nossa família, com muita luta e dedicação.

Formei-me em Direito e pós graduei-me em Direito Público. Ingressei na vida política para fazer a diferença. Conquistei dois mandatos de vereador no meu Município de Baixo Guandu e logo após fui conduzido à Assembleia Legislativa. Chegando a esta Casa não perdi os valores que sempre acreditei e tenho desempenhado no meu mandato de Deputado Estadual com muita responsabilidade. No primeiro mandato apoiei o ex-governador Paulo Hartung na reconstrução do Estado do Espírito Santo.

Tive a honra de ter participado da Comissão de Justiça e ser o 1.º Secretário da Mesa Diretora, tendo como Presidente nosso querido amigo Elcio Alvares. Ali aprendi muito com sua experiência de vida. Não vou aqui falar de seu currículo, que todos já conhecem, mas destaco seu comprometimento, sua integridade e sua luta em favor dos capixabas.

Já no segundo mandato, permaneço firme na Base Aliada do Governador Renato Casagrande, com compromisso de garantir a permanência e a continuidade da estabilidade política, da governabilidade e do desenvolvimento do nosso Espírito Santo. E é exatamente em nome desse compromisso que me ponho hoje, aqui, para ser sabatinado por V. Ex.as.

Estamos vivenciando uma drástica mudança nos valores e paradigmas da nossa sociedade que, cada vez mais, clama e exige por transparência e retidão de conduta de seus representantes e órgãos públicos.

Conforme nos ensina a eminente Ministra Cármem Lúcia, Presidente do Tribunal Superior Eleitoral: O sonho do povo brasileiro é a democracia plena e eficiente.

O Tribunal de Contas está investido de poder de penetração nas unidades administrativas do Legislativo, do Executivo, do Judiciário e das demais entidades da administração direta, incluídas as fundações e sociedade instituídas pelo Estado e pelos Municípios, inclusive para a verificação da execução de contratos, além de qualquer pessoa física ou jurídica, ainda que privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre recursos, bens e valores públicos ou pelos quais o Estado ou os municípios respondam ou que, em nome destes, assuma obrigações de natureza pecuniária.

A função do Tribunal de Contas surge com a necessidade de contribuir com o controle permanente à gestão governamental e à obrigação democrática de observar se o Governo seguiu os objetivos predeterminados em lei.

É claro que não basta o controle da

legitimidade das despesas e receitas para o fim pretendido. Deve também o Tribunal dispor de competência para avaliar a eficácia dos atos administrativos a fim de formar o que se espera da execução de projetos determinados em assembleia popular, ou seja, assegurar-se da ótima utilização das verbas públicas, não apenas quanto a sua legitimidade.

O interesse crescente por uma gestão administrativa mais eficaz advém da crise provocada por grandes déficits orçamentários, quanto se aumentam as despesas e se reduzem as receitas.

Podemos citar a atual situação em que se encontra o Estado, que sofreu um duro golpe em suas receitas com o fim do Fundap e na iminência de sofrer outro impacto caso o Supremo Tribunal Federal decida manter o projeto aprovado no Congresso Nacional, que muda a divisão dos royalties de petróleo.

Cito o exemplo de gestão positiva que foi o processo de reconstrução do Estado a partir do ano de 2003, o Governo teve atuação relevante no equacionamento das dívidas contratuais e flutuantes de curto prazo, na equalização do sistema previdenciário, com a implantação dos fundos financeiros, na negociação da dívida antecipada dos royalties do petróleo e no controle da execução financeira e orçamentária dos recursos de caixa do tesouro, que permitiu ao Estado a obtenção de sucessivo superávits fiscais, possibilitando a formação de uma margem de investimento de mais de um bilhão/ano. A dívida flutuante, ou seja, a dívida financeira líquida em 2002 era da ordem de um bilhão a dívida flutuante, ou seja, a dívida financeira líquida, em 2002, era da ordem de um bilhão e duzentos milhões de reais, composta de: trezentos milhões de despesas realizadas sem empenho, e de novecentos milhões de restos a pagar sem disponibilidade financeira para cobertura - dentre esses, quatrocentos e oitenta e três milhões de folhas de pagamentos de pessoal vencidas. O momento era drástico, visto que o montante dessa dívida representava cerca de sessenta por cento da receita líquida disponível no ano de 2002, cujo total foi de dois bilhões de reais. Essa situação foi decorrente de sucessivos déficits orçamentários anuais, nos quais montante de duzentos e trinta e quatro milhões, em 2000; cento e oitenta milhões em, 2001; e trezentos e trinta e um milhões, em 2002. Por que citei esses dados, Senhora Deputada Lúcia Dornellas e Senhores Deputados? Para mostrar que o Estado do Espírito Santo estava em colapso e se fosse uma empresa privada estaria em estado de falência. Passados onze anos, atualmente o Estado enquadra-se em todos os limites estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal, e apresenta resultados orçamentários superavitários, conforme relatórios do exercício de 2012. Uma das principais contribuições da transição da composição de insuficiência, para a

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de suficiência financeira do Estado, constituiu em ampliar plenamente os critérios estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Como o Estado passa por fortes ameaças em suas finanças, vale ressaltar que foi de vital importância a iniciativa do Senhor Governador Renato Casagrande de sancionar no mês de fevereiro o projeto de lei complementar aprovado por esta Casa, que instituiu a gerência de controle do endividamento público e das metas fiscais na estrutura do tesouro estadual, fundamental para o processo de otimização e de sustentabilidade da dívida pública, agregando conhecimento e inteligência ao objeto de sua atuação. Assim, os recursos econômicos escassos poderão ser otimizados, para que se atinjam os traçados para uma política voltada ao atendimento do interesse público.

Pois bem, como todos sabem o Tribunal de Contas é um órgão de controle, conforme dispõem os artigos 70 a 75 da Constituição Estadual. Na sua competência destaco que se utiliza de critérios programáticos de controle por meio de auditorias, verificando a economia, a eficácia e a eficiência para a implantação e na execução de projetos que dependem de recursos públicos. O sistema integrado de controle estabelecido deve ser eficiente para que sejam obtidos dados capazes de formar o desempenho da gestão pública em tempo hábil, para que o controle seja preventivo e não apenas punitivo, sendo uma das minhas maiores bandeiras. Reconhecidamente é melhor para a saúde do erário que o controle seja feito de forma prévia, pois o controle que ocorre a posteriori não consegue evitar a lesão, restando apenas a consequência da punição. Senhor Presidente, gostaria que V. Ex.ª prorrogasse para... O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - O prazo de V. Ex.ª já está prorrogado por mais dez minutos, conforme disse no início da minha fala.

Concedo a palavra a V. Ex.ª, por mais dez minutos. O SR. DARY ALVES PAGUNG - Obrigado, Senhor Presidente.

Acredito que a ação de prevenção seja mais eficaz que a ação punitiva. Para viabilizar esse papel orientador, considero importantíssima a aprovação do novo Regimento Interno do Tribunal de Contas, Resolução n.º 261, de 2003, que sem sombra de dúvidas trouxe uma forma eficiente de controle prévio, que orienta o gestor público, evitando que seja realizado o gasto de forma ilegal; evitando, em consequência, a punição, e garantindo o atingimento do maior objetivo do tribunal, qual seja: a preservação do erário.

Ainda na linha das renovações, cito a Lei Complementar Estadual n.º 621/2012, onde defendi e

relatei a sua aprovação nesta Casa de Leis. Sabendo da importância de ampliar as definições de atuação e competência do Tribunal de Contas do Estado, destaco ainda, em seu Título V, importante mecanismo incluído nesta Lei, que são as medidas cautelares, antes não aplicadas neste Tribunal. Assim, ou no curso de qualquer processo o Tribunal poderá, de ofício ou mediante provocação, com ou sem oitiva da parte, determinar medidas cautelares sempre que presentes o fundado receio de grave lesão ao erário, ou ao direito alheio, e risco de eficácia da decisão de mérito. Tal prática denota ato de precaução ou um ato de prevenção.

Dentre outras medidas cautelares previstas em sua Lei Orgânica, o Tribunal de Contas, como dispõe o artigo 377, e incisos do Regimento Interno, poderá determinar medidas a evitar lesão ao erário ou ao interesse público. Desta forma, pela inclusão deste mecanismo importantíssimo, o Tribunal poderá exercer o seu papel amplamente.

Não posso deixar de discorrer sobre a Lei Complementar Federal n.º 101/2000, que surgiu como mecanismo de condicionamento das ações dos governantes aos limites de sua capacidade de investimentos e endividamento, bem como de prevenção de déficit fiscal e descontrole financeiro.

A Lei de Responsabilidade Fiscal foi idealizada e sancionada como instrumento de regulamentação do artigo 163 da Constituição Federal (Capítulo II - Das Finanças Públicas) e, sobretudo, de sedimentação dos procedimentos de gestão fiscal responsável e de transparência na condução dos negócios da administração pública.

Mais do que o normativo legal, a Lei de Responsabilidade Fiscal nasceu como um código de conduta gerencial pública, traçando linhas balizadoras para os gastos públicos, assim como o planejamento, arrecadação, viabilização de recursos financeiros necessários a sua realização. É considerado um importante marco nas finanças públicas no País, inaugurando uma nova era de responsabilidade fiscal para o gestor público.

Relembro ainda a Lei n.º 8.666/1993, e destaco o seu artigo 3.º, que trata dos princípios da licitação, que é condição sine qua non para coibir a corrupção, quando da realização de certame licitatório buscou-se enfatizar os princípios da licitação como pressupostos essenciais para o administrador combater a corrupção no âmbito do poder público.

Vale ressaltar que, para o aprimoramento da gestão fiscal, os instrumentos legais de planejamento definidos na Lei de Responsabilidade Fiscal devem estar interligados aos instrumentos gerenciais de planejamento.

Nos casos de despesa com pessoal, ao disciplinar o limite, a Lei de Responsabilidade Fiscal, em seus artigos 18 a 23, deu cumprimento ao artigo 169 da Constituição Federal, o qual prevê que a despesa com pessoal ativo e inativo não poderá

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exceder os limites estabelecidos em lei complementar. Além disso, a referida lei inovou repartindo a responsabilidade dos gastos com pessoal pelos diversos Poderes. Dessa forma, os limites de pessoal ficarão divididos, conforme o Artigo 19, sendo cinquenta por cento para a União e sessenta por cento para os Estados e Municípios.

Outra inovação introduzida pela Lei, foram os limites prudenciais e de alerta. Conforme o artigo 22, se a despesa com pessoal exceder o limite prudencial (95% do limite legal), são vedados ao Poder ou órgão a concessão de aumento ou adequação de remuneração a qualquer título, ressalvada revisão geral anual da remuneração, a criação de cargo, emprego ou função, a alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa, o provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título e a contratação de hora extra.

Destaco, ainda, que o artigo 59 prevê que os Tribunais de Contas alertarão os Poderes quando constatarem que as despesas com pessoal excedeu noventa por cento do limite legal previsto, que é o chamado de limite de alerta, exercendo assim a função preventiva.

Para operacionalizar seu escopo, a Lei de Responsabilidade Fiscal apoiou-se sobre quatro pilares cada vez mais cobrados pela sociedade: o planejamento, a transparência, o controle e a responsabilidade.

É notável o sincretismo entre todas as inovações trazidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal e os momentos importantes que estamos vivenciando em nosso Estado. Toda a preocupação com a atual crise ganha relevo, considerando que à medida que aumenta o grau de conscientização da população, torna-se maior a pressão para que os recursos procedentes dos contribuintes sejam bem utilizados pelos administradores públicos, fazendo-se ainda mais necessário o trabalho das estruturas de controle e a prática das auditorias de gestão, para assim darmos respostas à população que vem incessantemente em busca do fim da corrupção em todo o Brasil.

Adianto meus compromissos, caso o Plenário aprove a indicação do meu nome, me empenhando na busca das metas da eficiência, da eficácia e da economicidade, juntamente com outros princípios e, principalmente, o da moralidade para que possa exigir dos jurisdicionados a mesma conduta.

Venho com intuito de contribuir no brilhante trabalho demonstrado pelos nobres conselheiros no aprimoramento do funcionamento daquela Corte.

Não é fácil a missão, mas é possível. Quero contribuir e acredito que venho me preparando durante minha vida, e hoje me sinto motivado para novos desafios. Nesse exercício, manterei meu perfil de respeitar a todos, ter paciência para buscar a verdade e a humildade de reconhecer as minhas limitações.

Por fim, vejo o Tribunal de Contas como indutor que busca a melhoria dos gastos públicos e garantidor da efetividade das políticas públicas para melhorar, enfim, a qualidade de vida da população, reduzir as desigualdades, fazer jus ao que está na Carta Magna para cumprir os objetivos a que o Estado e a sociedade se propõem. Muito obrigado, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Obrigado, Senhor Dary Alves Pagung. Antes de conceder a palavra às pessoas

inscritas para a sabatina, registro a presença do Senhor Marco Antônio da Silva, Auditor do Tribunal de Contas, substituto do conselheiro que também é candidato, Senhor Renato Ferraz Martins, Auditor do Tribunal de Contas, que foi sabatinado ontem; o Sirloé Moraes Júnior, empresário do Município de Vila Velha; e o Senhor Deputado Claudio Vereza, que foi também ontem sabatinado e nos honra com sua presença. Agradeço ao Senhor Deputado Dary Pagung, que já está em seu devido local. Concedo a palavra ao Senhor Deputado José Esmeraldo, primeiro inscrito para sabatinar o candidato, para fazer três perguntas, com duração de dois minutos cada, tendo o candidato também o tempo de dois minutos para responder a cada pergunta. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Saúdo a Mesa na pessoa do Senhor Deputado Atayde Armani, Presidente em exercício da Comissão de Finanças; e os Senhores Deputados Gilsinho Lopes, Lúcia Dornellas; Doutor Hércules, Elcio Alvares; nosso colega de Parlamento Dary Pagung, o Senhor Deputado Claudio Vereza, que ontem foi sabatinado e todos os presentes. É importante a presença dos Senhores e das Senhoras neste sodalício. Senhor Deputado Dary Pagung, primeiro parabenizo pela sua fala bem redigida. A primeira pergunta que faço a V. Ex.a é a seguinte: o que são prestação de contas e contas anuais? O SR. DARY PAGUNG - Senhor Deputado José Esmeraldo, se permitisse, gostaria que V. Ex.a

fizesse as três perguntas, eu anotaria e iria respondendo.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - Gostaria de ir fazendo uma de cada vez e V. Ex.a vai respondendo, como fiz com os outros para não mudar a linha de ação. O SR. DARY PAGUNG - Então, repita a pergunta, por favor. O SR. JOSÉ ESMERALDO - O que são prestação de contas e contas anuais? O SR. DARY PAGUNG - Parabenizo V.

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Ex.a pela pergunta. Agradeço primeiramente ao Senhor Deputado Claudio Vereza por estar aqui também na minha sabatina. Eu estive ontem junto com o Senhor Renato Ferraz Martins. Senhor Deputado José Esmeraldo, temos as prestações de contas anuais de... Para ser específico, eu não... O SR. JOSÉ ESMERALDO - Repetirei para V. Ex.a as duas perguntas: o que são prestação de contas e contas anuais? São duas perguntas em uma só. O SR. DARY PAGUNG - Relativo ao Tribunal de Contas, temos a prestação de contas dos Poderes. Os Presidentes de Câmaras prestam contas anuais ao Tribunal; também os outros Poderes: a Assembleia Legislativa e o Governo do Estado no Tribunal de Contas. Não sei se é esta prestação de contas que V. Ex.a está querendo que eu responda. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Senhor Deputado Dary Pagung, como estou fazendo a pergunta, não vou interferir. Deixo V. Ex.a à vontade para responder do jeito que achar que deve ser respondida. O SR. DARY PAGUNG - Este é o meu pensamento, Senhor Deputado José Esmeraldo: a prestação de contas junto ao Tribunal de Contas é no final do mandato das Mesas Diretoras tanto as Câmaras Municipais, a Assembleia Legislativa e o Governo do Estado apresentam as contas anuais perante o Tribunal e o Tribunal tem sessenta dias para analisar as contas do Governo do Estado, no caso do Governador, e vinte e quatro meses para analisar as contas dos chefes dos poderes municipais, no caso os Prefeitos municipais. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Segunda pergunta: o que é improbidade administrativa? V. Ex.ª em seu pronunciamento deu uma boa definição. O SR. DARY ALVES PAGUNG - Taxativo? O SR. JOSÉ ESMERALDO - Sim. O SR. DARY ALVES PAGUNG - V. Ex.ª me lembra até do decreto 201 que rege sobre prefeitos e vereadores, na época, antes até da Lei de Responsabilidade Fiscal. Improbidade administrativa são todos aqueles atos que o gestor público não está atento e fere principalmente os princípios que regem a Constituição Federal no artigo 37, o princípio da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da eficiência e da publicidade.

Então, acredito que improbidade administrativa é quando o gestor público, o ordenador de despesa não cumpre as Constituições

Federal e Estadual e nem as leis ordinárias. No meu ponto de vista o mau gestor público paga pela improbidade administrativa que caso venha a ocorrer. O Ministério Público entra com algum tipo de ação de improbidade administrativa e nesse sentido, se for condenado, se o Judiciário o condenar, ele fica vários anos inelegível e daí por diante pode devolver recursos públicos.

Então, improbidade administrativa no meu ponto de vista é aquilo que afronta as leis vigentes no nosso País.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - V. Ex.ª poderia citar o número da lei de improbidade administrativa? O SR. DARY ALVES PAGUNG - É a 7492, salvo juízo. O SR. JOSÉ ESMERALDO - A última pergunta que vou fazer, é importante que V. Ex.ª preste atenção, porque às vezes V. Ex.ª pode trocar os números e não é interessante que troque. O que vem a ser fundo? O SR. DARY ALVES PAGUNG - Depende da interpretação. Existem vários fundos. Um exemplo: nós nesta Casa de Leis no Governo Paulo Hartung criamos o Fundo das Desigualdades Regionais. Acabamos agora de aprovar o fundo que estávamos chamando de Fundo a Fundo e, agora, Fundo Cidades.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - Estou me referindo a Fundo na administração pública.

O SR. DARY ALVES PAGUNG - Mas não

deixa de ser Fundo na administração pública. Gostaria que V. Ex.ª fosse mais claro na pergunta.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - Minha

pergunta é exatamente essa, com clareza. O SR. DARY ALVES PAGUNG - Está

meio subjetiva. O SR. JOSÉ ESMERALDO - O que vem a

ser Fundo na administração pública? O SR. DARY ALVES PAGUNG - V. Ex.ª

está falando daqueles recursos que já estão destinados na Constituição, já é constitucional, a União destina vinte e cinco por cento dos recursos para a área da Educação; no caso Estado, quinze por cento para a área da Saúde e doze por cento para os municípios?

O SR. JOSÉ ESMERALDO - Os Fundos

podem ser fundo municipal, não posso acrescentar se não daqui a pouco vou responder a pergunta para V. Ex.ª E não fiz isso para ninguém, e nem vou fazer.

78 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Se V. Ex.ª quiser que te dê um tempo, te dou.

O SR. DARY ALVES PAGUNG - Estou

tentando entender a pergunta de V. Ex.ª, Senhor Deputado José Esmeraldo.

A Constituição... O SR. JOSÉ ESMERALDO - Então, farei

outra pergunta já que V. Ex.ª não entendeu essa. O PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) -

Senhor Deputado José Esmeraldo, V. Ex.ª tinha que fazer três perguntas. Já foram feitas as três perguntas. E não quero ser desigual.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - Senhor

Presidente Atayde Armani, V. Ex.ª não está sendo desigual. V. Ex.ª tomou comprimido, hoje? Não, não é? Aqui não tem negócio de desigualdade com este Deputado.

O PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) -

Senhor Deputado José Esmeraldo, V. Ex.ª já fez as três perguntas que foram determinadas a ser feitas. Então, V. Ex.ª retira a palavra desigual. Quero dizer que V. Ex.ª já fez as três pergunta aprovadas por esta Comissão e divulgado em edital.

O SR. DARY ALVES PAGUNG - Senhor

Presidente Atayde Armani, só lamento que, na pergunta do Senhor Deputado José Esmeraldo, estou aqui com a maior tranquilidade de responder todas as perguntas. Mas gostaria que fosse mais...

O SR. JOSÉ ESMERALDO - Senhor Dary

Alves Pagung, estou me referindo a Fundo na administração pública. É a isso que estou me referindo: o que é Fundo na administração pública. Essa que é a pergunta.

O SR. DARY ALVES PAGUNG - Aquilo

que respondi para V. Ex.ª, Senhor Deputado José Esmeraldo. Acredito que a Constituição Federal, se for falar em recursos públicos, o Fundo é esse. A União tem...

Esse Fundo ao qual V. Ex.ª se refere está na Lei de Responsabilidade Fiscal?

O SR. JOSÉ ESMERALDO - Sim. O SR. DARY ALVES PAGUNG -

Cinquenta por cento a União gasta com pessoal, sessenta por cento com os municípios e sessenta por cento com o Estado. Na Saúde, o Estado tem por obrigação gastar vinte e cinco por cento; doze por cento, os municípios quinze por cento. E a União, como ainda a PEC 29 ainda não está muito clara, mas a Presidenta Dilma Rousseff acabou de sancionar uma Lei garantindo setenta e cinco por cento para a Educação e vinte e cinco por cento para a Saúde

agora nos recursos do pré-sal. O PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) -

Agradecemos ao Senhor Deputado José Esmeraldo. Agradeço a compreensão de V. Ex.ª.

O SR. DARY ALVES PAGUNG - Senhor

Presidente Atayde Armani, só para corrigir, estou folheando um material, que a Lei de Improbidade que o Senhor Deputado José Esmeraldo me pediu o número, é a Lei n.° 8429; não é o n.° 8.492. Queria pedir desculpas ao Senhor Deputado José Esmeraldo.

O PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) -

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Jamir Malini. O SR. JAMIR MALINI - Boa tarde ao

Presidente Atayde Armani; a todos os Senhores Deputados Lúcia Dornellas, Gilsinho Lopes, Elcio Alvares, José Esmeraldo, Doutor Hércules e o Senhor Deputado Dary Pagung, hoje sabatinado, às demais pessoas que nos assistem, aos demais candidatos e o Senhor Deputado Claudio Vereza.

Serei bem curto e rápido nessas questões porque acho que cada um que se inscreveu serei curto e rápido nessas questões porque acredito que cada um inscrito para o cargo preencheu todos os quesitos necessários. A sabatina ocorre mais para que o povo conheça quem são os candidatos que representarão a nós e ao povo no Tribunal de Contas do Estado. Pergunto ao Senhor Dary Alves Pagung o que entende por Lei de Responsabilidade Fiscal. O SR. DARY ALVES PAGUNG - Agradeço ao Senhor Deputado Jamir Malini. A Lei de Responsabilidade Fiscal foi aprovada e sancionada em nosso País no ano de 2000. Antes da Comissão de Finanças aprovar o tempo, eu falaria um pouco mais sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal e citaria também o exemplo da União Europeia. Se a União Europeia tivesse implantado a nossa Lei de Responsabilidade Fiscal em países como Portugal, Espanha e Bélgica, como tantos outros, hoje, aqueles países não estariam quebrados, tal como está acontecendo atualmente. A nossa Lei de Responsabilidade Fiscal vem para melhorar a gestão pública e colocar limite nos gestores públicos, como Prefeitos, Governadores e Presidentes da República. Isso foi muito importante. V. Ex.ª prestou atenção que a Lei de Responsabilidade Fiscal colocou vários limites que o ordenador de despesas não pode ultrapassar. Quando um município ou estado ultrapassa o limite, o Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, entre outros tribunais, tem a obrigação de fazer um alerta aos gestores públicos.

A Lei de Responsabilidade Fiscal no nosso País foi benéfica, importante e precisamos avançar ainda mais para que possamos, realmente, controlar as finanças públicas. Acredito que a Lei de Responsabilidade Fiscal, de 2000, veio para ajudar

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 79

muito o nosso País. O SR. JAMIR MALINI - Muito obrigado. Senhor Presidente, declinarei do resto das

perguntas. Obrigado. O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Obrigado, Senhor Deputado Jamir Malini.

O Senhor Deputado Gilsinho Lopes inverteu a vez com a Senhora Deputada Lúcia Dornellas.

Concedo a palavra a Senhora Deputada Lúcia Dornellas.

A SR.ª LÚCIA DORNELLAS - Boa-tarde a

todos os presentes. Saúdo o Senhor Presidente e o Senhor Dary Alves Pagung, nosso candidato. Parabenizo-o pela apresentação inicial.

Senhor Presidente, farei apenas uma pergunta.

Senhor Dary Alves Pagung, sabemos que os estágios das despesas públicas são: fixação, empenho, liquidação e pagamento. Ao final de cada ano ficam nas contas públicas os restos a pagar. O que são restos a pagar?

O SR. DARY ALVES PAGUNG - Senhora

Deputada Lúcia Dornellas, as despesas são aquelas empenhadas, mas não pagas. É quando o gestor público deixa no orçamento de um ano, mas fica no orçamento o resto a pagar. Isso quer dizer: as que não são pagas até o dia 31 de dezembro. Distinguindo assim as processadas. O resto a pagar, somente falta o pagamento; não processada, falta liquidação e o pagamento. Está empenhada, mas falta liquidação e pagamento, o empenho.

A SR.ª LÚCIA DORNELLAS - Estou

satisfeita com a resposta. Agradeço Senhor Presidente. Ficarei apenas

em uma pergunta. O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Obrigada, Senhora Deputada Lúcia Dornellas.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Gilsinho Lopes.

O SR. GILSINHO LOPES - Boa-tarde,

Senhor Presidente e membros da Comissão de Finanças. Cumprimento o Senhor Deputado Claudio Vereza, que ontem foi sabatinado. O Senhor Renato Ferraz Martins também se encontra presente, foram sabatinados, não pude comparecer devido a uma convocação do Tribunal do Júri, em Cachoeiro de Itapemirim, para ser testemunha de Plenário. Cumprimento o Senhor Dary Alves Pagung e as Senhoras Marilene Alves Pereira e Tânia Maria Pires e Pinto, presentes para serem sabatinadas. O Senhor Carlos Roberto Bianchi teve que se ausentar em decorrência de problemas familiares.

Cumprimento todos os presentes. Senhor Dary, tenho respeito por V. Ex.ª pela humildade que sempre pautou, pela sinceridade que carreou durante os dois anos e oito meses que estamos juntos nesta Casa. Neste momento, quero fazer três perguntas a V.Ex.ª. A primeira: qual a sua visão sobre as atividades fiscalizadoras do Tribunal de Contas? Tenho informação de que a fiscalização é feita de forma rotineira, por amostragem. O senhor acha possível tornar tal fiscalização ainda mais efetiva, rigorosa e universal? Posso repetir. Qual a sua visão sobre as atividades fiscalizadoras do Tribunal de Contas? As informações são que a fiscalização é feita de forma rotineira, por amostragem. O senhor acha possível tornar tal fiscalização ainda mais efetiva, rigorosa e universal? Ou seja, estou perguntando que, se eleito for para Conselheiro, tem como contribuir para tornar a fiscalização efetiva, rigorosa e universal. Porque o TCU já orienta o Congresso Nacional e dá informações antecipadas. O SR. DARY ALVES PAGUNG - Senhor Deputado Gilsinho Lopes, agradeço muito suas palavras, a recíproca é verdadeira. Hoje o Tribunal de Contas tem jurisdição em todo o Estado do Espírito Santo, nos setenta e oito municípios, municípios menores e maiores; de maior e de menor porte; tem também por obrigação a fiscalização de empresas públicas, Governo do Estado, dentre outros órgãos que estão em sua competência. Vejo que o Tribunal de Contas, por amostragem, como V. Ex.ª está falando, chega a algumas câmeras municipais ou prefeituras e pega alguns processos para fiscalizar. Senhor Deputado Gilsinho Lopes, acredito ser humanamente impossível fiscalizar todos os processos, tanto licitatórios quanto atos, processos administrativos. Acredito que, para fiscalizar todos os processos, o Tribunal de Contas deveria contratar muito mais servidores. Acredito que em forma de amostragem há condições, sim, de fiscalizar.

Senhor Deputado Gilsinho Lopes, defendo, além da amostragem, que o Tribunal de Contas tenha que - e tenho certeza de que faz - analisar todas as denúncias que chegam a ele. Acredito muito que aqueles processos que estão em municípios do interior ou na Grande Vitória, se tiverem algo errado, de ilegal, acredito que um vereador ou a própria sociedade civil organizada, nesta Casa, Deputados, servidores, fazendo a denúncia, o Tribunal de Contas tem por obrigação fiscalizar, passar pente fino no processo em que haja denúncia.

O SR. GILSINHO LOPES - Qual a

importância das medidas cautelares adotadas pelo Tribunal de Contas?

O SR. DARY ALVES PAGUNG - Senhor Deputado Gilsinho Lopes, as medidas cautelares vêm justamente para ajudar na prevenção. Precisamos

80 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

trabalhar muito na prevenção e não só na punição. Tenho a convicção de que as medidas

cautelares, que foram aprovadas nesta Casa de Leis na Lei Orgânica do Tribunal de Contas e no Regimento Interno daquela Corte, ajudam a melhorar a gestão pública.

Quando houver alguma denúncia de fato ou ato errado que chegue ao Tribunal de Contas, acredito que aquela Corte, com a medida cautelar, terá o poder de preservar o erário público. Hoje as medidas cautelares são um avanço muito grande; esta Casa de Leis aprovou e estão contidas no Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo.

O SR. GILSINHO LOPES - Senhor Dary

Alves Pagung, hoje estamos vivendo na era da internet e a transparência é a tônica do momento. Todos têm acesso às informações, mas o Tribunal de Contas têm deixado muito a desejar pela morosidade na apreciação dos processos de vários municípios, alguns, casuisticamente, por interesses próprios de alguns conselheiros.

V. Ex.ª, se eleito conselheiro, dará celeridade aos processos e agirá de acordo com a Constituição?

O SR. DARY ALVES PAGUNG - Senhor

Deputado Gilsinho Lopes, não tenho conhecimento de quantos processos estão parados naquela Corte.

Esta Casa de Leis aprovou uma emenda na Constituição Estadual dando prazo de vinte e quatro meses para o Tribunal de Contas julgar as contas dos prefeitos. Também consta na Constituição e na Lei Orgânica daquela Corte o prazo de sessenta dias para julgar as contas do Governador do Estado.

Caso o Plenário vote em meu nome para ser conselheiro do Tribunal de Contas, com certeza trabalharemos para dar agilidade, pois não há condições, principalmente com o advento da Lei da Ficha Limpa, de o ordenador de despesas esperar cinco, seis, dez anos para que seu nome fique limpo, até mesmo para futuras eleições. Nosso papel, caso vá para o Tribunal de Contas, será trabalhar vinte e quatro horas para dar celeridade aos processos que estão parados.

E sobre a transparência, hoje é uma obrigação. A Constituição Federal em seu art. 37 tem o Princípio da Publicidade. O Poder Público tem o dever e a obrigação de dar publicidade a seus atos. O Tribunal de Contas não pode ficar à parte desse princípio.

Senhor Deputado Gilsinho Lopes, foi divulgado na imprensa local que o Senhor Sebastião Carlos Ranna de Macedo, Presidente do Tribunal de Contas, está agilizando todos os processos daquela Corte, fazendo um diário oficial on line. Isso é importante.

Caso eu vá para aquela Corte, procurarei dar mais agilidade àqueles processos.

O SR. GILSINHO LOPES - Senhor

Presidente, estamos satisfeito com as respostas. Agradecemos a V. Ex.ª. Continuaremos para a sabatina dos demais candidatos.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Senhor Deputado Gilsinho Lopes, muito obrigado.

O SR. DARY ALVES PAGUNG -

Agradeço ao Senhor Presidente Atayde Armani e ao Senhor Deputado Gilsinho Lopes, as perguntas.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Terminando as perguntas dos Senhores Deputados membros efetivos da Comissão de Finanças, concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor Hércules, membro suplente.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - Senhor

Presidente Atayde Armani, aproveitaremos a oportunidade para registrar a presença, nas galerias da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, de alunos da Escola Estadual Bartouvino Costa, do Município de Linhares, terra de V. Ex.ª, acompanhados do Senhor Jansen Gusmão Salles, que tem conduzido tão bem a Escola do Legislativo.

Nossas boas-vindas aos visitantes. Pedimos que os alunos levem o nosso abraço para aquela terra maravilhosa.

Estamos assomando a esta tribuna, mais uma vez, com muita alegria. Temos três, quatro candidatos que são Parlamentares e, ao todo, vinte e dois candidatos. Seria bom que tivéssemos muito mais.

Este ano, perdemos a votação para abrir... Não precisaria de nenhum Deputado, partido ou Mesa Diretora para indicar alguém que deseja concorrer a uma vaga no Tribunal de Contas. Mais cedo ou mais tarde, com certeza, teremos essa abertura.

Primeira pergunta: Como intensificar as auditorias prévias a fim de que as eventuais irregularidades praticadas sejam evitadas no sentido de impedir prejuízo ao erário? É preciso evitar que a irregularidade aconteça. Seria importante um trabalho muito eficaz e auditorias prévias para não dar prejuízo ao erário público, ao ordenador de despesa e à população. Como o candidato Dary Alves Pagung pode nos ensinar o caminho para fiscalizar melhor o dinheiro público?

O SR. DARY ALVES PAGUNG - Senhor

Deputado Doutor Hércules, o Tribunal de Contas tem diversas auditorias. Até gostaria de falar que é importante implementar mais a auditoria operacional.

Temos que ver muito a forma legal, moral. Mas também o Tribunal de Contas tem que ver muito a eficiência. É preciso saber se determinada obra - um calçamento, uma ponte, um posto de saúde ou um hospital - teve o dinheiro público bem gasto e se essa obra foi bem feita.

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 81

Acredito que o Tribunal de Contas precisa muito acompanhar passo a passo o gasto do dinheiro público porque é um dinheiro do cidadão, do contribuinte.

Senhor Deputado Doutor Hércules, quero ter uma maior tranquilidade. Se for escolhido por esta Casa para ir para o Tribunal de Contas, trabalharei muito no princípio da eficiência para que possamos levar realmente àqueles que precisam porque são os donos: o povo. Isso para que possam ter um bem com todos os princípios desde a sua implantação, desde a sua legalidade, até o término da obra.

Não sei se respondi a pergunta de V. Ex.ª, mas acredito que precisamos implantar o princípio da eficiência, que foi o último princípio colocado na Constituição Federal.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - Obrigado. Candidato Dary Alves Pagung, há previsão

legal para o uso de medidas cautelares no Tribunal de Contas? Se sim, aponte a importância dessas medidas.

O SR. DARY ALVES PAGUNG - Senhor

Deputado Doutor Hércules, na minha fala citei que esta Casa aprovou a Lei Complementar n.º 621, de 08 de março de 2012. Eu tive o privilégio de ser o relator.

O Senhor Deputado Elcio Alvares, Presidente da Comissão de Justiça, na época, deu-me a incumbência de relatar a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Espírito Santo. E está nessa lei a prevenção de medidas cautelares.

Gostaria de dizer para V. Ex.ª que é um avanço. Um avanço porque o Tribunal de Contas, detectando algum dano ao erário público, pode suspender, por meio de medidas cautelares, algum tipo de licitação, contrato ou algum ato que vai gerar despesa e vai gerar algum problema na administração pública. Para mim foi um avanço muito grande as medidas cautelares interpostas tanto na Lei Orgânica do Tribunal de Contas quanto na Resolução do Regimento Interno daquela Corte.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - Muito

obrigado, candidato. Continuo reclamando do tempo muito exíguo e, na verdade, o ideal seria que tivéssemos uma tarde inteira para sabatinar um candidato, porque é muito pouco tempo. Não terei tempo de perguntar o que gostaria. Mas eu gostaria de sonhar um dia de ver um Conselheiro que não fosse Deputado. Gostaria de ver, ainda, um dia, um Conselheiro totalmente técnico.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Senhor Deputado ... O SR. DOUTOR HÉRCULES - Com o

máximo de respeito a todos os meus Pares. Mas a finalidade do nosso projeto de lei de aceitar

inscrições de dezoito candidatos de fora ... O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI)- Senhor Deputado, peço a compreensão de V. Ex.ª. Estamos saindo do nosso foco que é a sabatina dos candidatos. Tenho certeza de que V. Ex.ª tem as sessões da Assembleia Legislativa para se pronunciar como já se pronunciou. Gostaria de ter a compreensão de V. Ex.ª, com todo o respeito que tenho por V. Ex.ª. Comungo com a ideia de V. Ex.ª, mas hoje, estamos simplesmente nesta reunião para realizar a sabatina dos candidatos. Agradeço a compreensão de V. Ex.ª.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - A verdade,

às vezes, incomoda. O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Não. Não incomoda. O SR. DOUTOR HÉRCULES - Vou

continuar lutando por isso. O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Senhor Deputado, obrigado. O SR. GILSINHO LOPES - Senhor

Presidente, pela ordem! O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Obrigado. Gostaria de ... O SR. DOUTOR HÉRCULES -

Reapresento meu projeto ano que vem. Farei a pergunta, já que V. Ex.ª não quer que eu reveja ...

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Tudo bem. Foi dado tempo a V. Ex.ª para formular três perguntas ao candidato.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - Fiz duas

perguntas. Farei a terceira pergunta. O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Tudo bem. A terceira pergunta. Antes disso, Senhor Deputado Doutor

Hércules, registro a presença dos alunos da Escola Estadual Bartolvino Costa, do Município de Linhares que, neste momento, estão se retirando das galerias. Recebi agora o comunicado. O Senhor Governador estará amanhã na Escola Estadual Bartolvino Costa, inaugurando a reforma da escola e da quadra.

Parabenizo os professores Antônio Cesar Machado da Silva e Lair Costa, presentes a esta reunião, participando do projeto Escolas no Legislativo. Muito obrigado. V. S.as e os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a Assembleia Legislativa. Devolvo a palavra ao Senhor Deputado Doutor Hércules.

82 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O SR. DOUTOR HÉRCULES - Muito obrigado. Já tinha registrado a presença.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Agradeço a V. Ex.ª. O SR. DOUTOR HÉRCULES - É bom que

V. Ex.ª reforce, porque é da terra de V. Ex.ª, uma terra maravilhosa. Mas acho que, desde que não cause nenhuma ofensa a nenhum candidato, posso usar o meu tempo desejado, falar o que penso desde que não prejudique nenhum candidato e que eu faça as perguntas no final do meu tempo. Foi assim que fiz à primeira.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Senhor Deputado Doutor Hércules, cedemos tempo para três perguntas, por dois minutos cada. V. Ex.ª estava usando o tempo para tecer uma opinião, a qual respeito muito. O tempo que foi cedido a V. Ex.ª... Temos um tempo para iniciar e terminar a sessão. Já iniciamos com atraso. Quem dera que eu tivesse a tarde toda e a noite toda. Ficaria com o maior prazer para fazer perguntas aos candidatos, mas foi determinado esse tempo em editais, certo? E cedi tempo a V. Ex.ª por seis minutos, dois minutos, a cada pergunta, e na resposta do candidato a mesma coisa. Portanto, peço a compreensão de V. Ex.ª. É a única coisa que estou pedindo. O SR. DOUTOR HÉRCULES - Muito bem! Então, quero dizer para V. Ex.ª, com todo o respeito, com a máxima vênia, que farei o meu comentário dentro dos meus dois minutos, conforme tenho feito. Aí eu tenho a liberdade para as minhas palavras e vou fazer as perguntas. Agora, não posso ficar preso só às perguntas, tenho de fazer comentários. Não consigo, candidato Dary Alves Pagung, ver que um político possa fazer um julgamento sem isenção partidária ou de tendência se ele for político, se ele for um técnico. Pergunto a V. Ex.ª se o político tem essa isenção. O SR. DARY ALVES PAGUNG - Senhor Deputado Doutor Hércules, na verdade V. Ex.ª tem toda razão, um político não pode julgar as contas de outro político. Isso é taxativo! A partir do momento que a Casa, a Assembleia Legislativa ou o Congresso Nacional também indique um membro para o TCU, a primeira coisa, quando se está revestido no mandato, é desfiliar-se do partido político. No momento que esta Casa votar num Deputado - está aqui, eu, como candidato -, os Senhores Deputados Claudio Vereza, Paulo Roberto e Sérgio Borges. Temos, por obrigação, de antes de tomar posse no Tribunal de Contas, desfiliar dos partidos. Hoje, eu pertenço ao PRP, mas se esta Casa me levar para o Tribunal de Contas, vou desfiliar do

partido. Outra coisa, Senhor Deputado Doutor Hércules, V. Ex.ª está brigando, com toda a razão, de levar um técnico. Eu me considero político, mas também me considero técnico. Saí do interior de Baixo Guandu, estudei, fiz faculdade, fiz o curso de Direito, pós graduei-me em Direito Público. Hoje o povo do Espírito Santo me deu dois mandatos de Deputado Estadual. Não é porque tenho dois mandatos, Senhor Deputado Gilsinho Lopes e demais Deputados, que não sou um técnico. Quero dizer para V.Ex.ª que estou tranquilo. Tenho uma isenção. Considero que a minha vida é pautada pela ética, é pautada por todos os princípios que norteiam a Constituição Estadual, Federal e as leis. O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Muito obrigado! O tempo acabou. O SR. DARY ALVES PAGUNG - Ok! Agradeço ao Senhor Deputado Doutor Hércules. O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Agradeço ao Senhor Deputado Doutor Hércules e ao Senhor Dary Alves Pagung. O SR. DOUTOR HÉRCULES - Querem que eu cale a boca... O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Não quero não, Senhor Deputado Doutor Hércules. Muito pelo contrário, sou uma pessoa extremamente democrática. Considero-me até democrático demais. Agora, gosto das coisas corretas, certas, de cumprir o meu dever. Disse, desde o início, quando aceitei presidir esta Comissão que seria ímpar. Não serei par nesta Comissão, serei ímpar. Vou continuar mantendo a minha posição doa a quem doer. Não tenham dúvidas disso. Temos ainda dois Deputados para serem sabatinados, os Senhores Deputados Sérgio Borges e Paulo Roberto. O tratamento será igual ao que já dei aos candidatos até agora, e assim serão tratados os membros da Comissão, porque isso tenho que respeitar. Pergunto aos membros da Comissão se têm alguma consideração final fazer. Caso não tenham, passarei para as considerações finais ao candidato Senhor Dary Alves Pagung, por três minutos. (Pausa) Senhor Deputado Gilsinho Lopes? (Pausa) Não? Ninguém? Senhores Deputados José Esmeraldo, Lúcia Dornellas e Jamir Malini? (Pausa) Não? Então, concedo a palavra ao candidato Senhor Dary Alves Pagung, para as considerações finais, por três minutos. Torno a repetir: gostaria que o tempo fosse respeitado porque temos inscritos ainda e convocados três candidatos para serem ouvidos no prazo de três horas, com a prorrogação de uma hora. Essa é a

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 83

compreensão que peço. O SR. DARY ALVES PAGUNG - Obrigado, Senhor Presidente Atayde Armani. Agradeço a V. Ex.ª por ser ímpar para os vinte e dois candidatos, debatendo a vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas.

Agradeço aos Senhores Deputados Doutor Hércules, José Esmeraldo, Lúcia Dornellas, Jamir Malini, Gilsinho Lopes e Elcio Alvares. Como já disse antes, nasci no distrito de Vila Nova do Bananal, Município de Baixo Gaundu. Às vezes não sou conhecido muito em todo o Estado do Espírito Santo, mas trago comigo aquilo que é de mais puro de um ser humano que é a humildade, é respeitar as pessoas, e não será diferente se eu for conduzido para o Tribunal de Contas. Respeitarei as pessoas, trabalharei em prol da sociedade capixaba e zelarei pela coisa pública. Senhor Presidente Atayde Armani, obrigado por tudo. Estar nesta Casa hoje, já no segundo mandato de Deputado Estadual, é um milagre de Deus. Agradeço todos os dias, pois de onde vim, de uma família humilde, estar nesta Casa hoje para mim é muito importante. Deus abençoe que este Plenário, os Senhores Deputados e Senhoras Deputadas, me introduzam junto à Corte do Tribunal de Contas, isso será um milagre ainda maior. De pronto agradeço a todos os Senhores Deputados e a todos os senhores que acompanharam esta sabatina. Agradeço de coração.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Suspenderemos os trabalhos da reunião para continuarmos a sabatina ouvindo a próxima candidata, Senhora Marilene Alves Ferreira.

Está suspensa a reunião. (Pausa)

(A reunião é suspensa às 14h43min e reaberta às 14h51min) O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Reabrimos a sessão desta Comissão de Finanças para a sabatina dos candidatos ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas. Concedo a palavra a Senhora Marilene Alves Ferreira, candidata, por dez minutos e prorrogáveis por mais dez minutos. A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - Excelentíssimo Senhor Presidente da Comissão de Finanças desta Casa de Leis Deputado Atayde Armani, cumprimentando V. Ex.ª dou por satisfeitas as exigências protocolares, estendendo aos demais Deputados esses cumprimentos. Senhores cidadãos, o meu cordial boa-tarde; minha filha Taíres D’ávila Ferreira, aqui presente, querida, que eu amo tanto e ensino os valores de ser um verdadeiro cidadão. Amo-te muito, filha! Divagando quanto à importância deste

momento, lembrei-me da época em que recolhi restos de feira na Rua Cinco, no Bairro Itacibá, no Município de Cariacica - curral eleitoral do Deputado Marcelo Santos - para prover o meu próprio sustento e o sustento dos meus irmãos. Em especial, hoje Subtenente da PM no Norte do Estado do Espírito Santo, no Município de Barra de São Francisco, e professor universitário no Município de Nova Venécia, Romildo Ferreira, o caçula, que comigo compartilhou essa experiência, da qual não me envergonho. Antes de tudo, permitam-me uma citação do nosso imortal Rui Barbosa, criador do Tribunal de Contas, quando disse, abre aspas: pouco se me importa que a zêmula claudique, o que me apraz é acicatá-la, fecha aspas. Então, até hoje no Estado brasileiro a sociedade, em detrimento dos interesses particularistas daqueles que se encontram no poder, tem sido a própria zêmula, como mostraremos no tempo que nos foi destinado para falar. Pois bem, devo dizer que me lembrei da época em que fui empregada doméstica, no lar do Jornalista Pedro Maia, e de muitas lembranças que o tempo não me permite compartilhar com os cidadãos, que hoje vivem as mazela, fruto dos desvios de recursos públicos, que deveriam ser alocados na saúde, na educação, na segurança pública, setores esses principais dentro da estrutura governamental.

As leis orçamentárias em alguns momentos inclusive destinam um tratamento diferenciado para esses setores, porquanto são eles fundamentais para que os cidadãos tenham um mínimo de garantia de sobrevivência compatível com o princípio da dignidade humana.

Mas, na prática, na condição de advogada criminalista, tenho convivido de perto com o sofrimento daqueles que vivem no limite ou abaixo da linha de pobreza. Isso me incomoda. Por tal razão, deixo a comodidade própria de um Estado hipócrita para participar de um processo que tem apenas o condão de legitimar, por razões políticas, uma escolha que já está feita. Todos sabem disso. Como popularmente se diz: ou se executa o plano A, ou o plano B, ou o plano C, e talvez quem sabe, Senhor Deputado Claudio Vereza, o plano D. E, ao final, nós, candidatos cidadãos, apenas teremos contribuído para abrir um debate que nem era para existir, vez que a Constituição Federal é clara, objetiva, ao dizer que o cargo de Conselheiro pode ser pleiteado por brasileiro que preencha os requisitos do artigo 74. Nada mais!

O que há, de fato, é a ausência de vontade política, volto a dizer: em detrimento dos interesses particularistas. E a zêmula, ou seja, a mula - a sociedade - continua sendo açoitada sem nenhum pudor por este Estado ausente e hipócrita.

O Executivo, como todos sabem, é quem fica sentado sobre os cofres públicos. É ele, o Executivo, quem fica com um pedaço maior do bolo chamado orçamento. Mas esse Executivo tem as contas

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julgadas de fato, não pelo Tribunal de Contas, mas sim por esta Casa. Essa é a moeda de troca. Os recursos públicos, os cargos públicos enfim, a coisa pública é barganhada debaixo do nosso nariz, e nada podemos fazer. Porque a subserviência do Legislativo, o sistema corrupto que mudou o sentido dos valores mais sagrados, reduzindo-os minimamente a nada, não nos permite. Estamos acorrentados, açoitados, humilhados como se estivéssemos em um procedimento típico de presídio, quando colocam os prisioneiros na chamada fila a passo de ganso. É humilhante. Esse sistema que alimenta o nepotismo, direito ou indireto, humilha o cidadão, que do mesmo modo que eu no passado, ainda criança, recolhe restos de feira para alimentar a família, enquanto alguns privilegiados parentes de primeiro grau de Deputados, Procuradores, Desembargadores, Juízes, Conselheiros, ingressam em cargos comissionados nas diversas instituições públicas, cargos esses que também são barganhados em nome do poder. Essa também é a moeda de troca.

Penso que essa cultura, entre aspas, deve mudar. Precisamos buscar mudanças, não apenas para fazer valer os nossos direitos como candidatos, mas os direitos de todos os cidadãos que são diariamente impedidos de ter uma vida digna, compatível com aquilo que a nossa Constituição, lei maior, estabelece: que tenham, de fato, acesso à justiça; que tenham, de fato, acesso à saúde, à educação e à segurança pública; que se, de um lado é direito de todos nós, do outro é dever do Estado. Este mesmo Estado que, hipocritamente, diz que tais direitos estão disponíveis para todos de forma igualitária.

Com relação a esta sabatina, estive na manhã de ontem aqui neste Plenário, e pude observar que ao candidato Deputado foram formuladas perguntas do tipo que se faz no prezinho; enquanto ao candidato Renato Ferraz Martins, em especial o Senhor Deputado José Esmeraldo buscou justamente as exceções da lei, para colocar o respeitável e corajoso candidato, em saia justa, ferindo brutalmente o princípio da igualdade, da isonomia. De fato, quem ou qual dos deputados desta Casa sabe de cor e salteado, todas as normas jurídicas? Ninguém! Afinal, não precisamos e nem devemos decorar leis. Temos que ter um conhecimento geral e outras qualidades e experiências adquiridas ao longo da vida, para ter o discernimento necessário para aplicar a norma no caso concreto. Não é preciso decorar! Decoreba é coisa de quem não sabe pensar. Fazer justiça, fiscalizar para que os recursos públicos que escoam, quer para atender à sua finalidade precípua que esteja voltada para os interesses da nossa sociedade, quer para alimentar o ralo da corrupção, não exige decoreba, Deputado; exige sim capacidade de cognição, de entendimento, de ponderação, em especial quando nos encontramos em situação em que os próprios princípios se conflitam. É quando

lançamos mão dos chamados subprincípios, como o da razoabilidade, por exemplo, para preservar os valores que o Constituinte originário desejou trazer para o mundo jurídico, para o Estado, para a sociedade.

Por isso, Senhores, se observarem as sabatinas anteriores, quando apenas um candidato deputado era ouvido proforma, naturalmente, nada de conhecimento técnico era exigido deles. Limitaram-se a agradecer pela escolha; limitaram-se a discorrer sobre uma política que usa as mesmas máscaras tão criticadas nas recentes manifestações públicas. Quem pode criticar? Esta Casa? O Executivo? Deixem as próprias máscaras caírem para que tenham legitimidade para agredir o povo, ofender o cidadão, que não tem emprego digno, que não tem um plano de carreira digno, como acontece recentemente nesta Casa. Porquanto o Executivo que não... Peço-lhe mais dez minutos, Presidente!

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - O tempo da Senhora está prorrogado por mais dez minutos, pois em minha fala disse dez minutos com direito a mais dez minutos. Está prorrogado por mais dez minutos.

A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA -

Tirem suas máscaras! Deixem-nas cair para que tenham legitimidade para agredir o povo, ofender o cidadão que não tem um emprego digno, que não tem um plano de carreira digno, como acontece recentemente nesta Casa, porquanto o Executivo, que não possui competência para imiscuir-se nos assuntos dessa natureza, vetou o Plano de Carreira dos servidores efetivos do Legislativo e a Casa disse apenas: Sim, Excelentíssimo Governador! Isso porque os seus parentes e apadrinhados exercem, na maioria, cargos comissionados. Os cidadãos, diferentes dos parentes de alguns dos parlamentares desta Casa - e se tiverem dúvidas, darei os nomes - não têm acesso a cargos comissionados. Digo isso porquanto não possuo nenhum vínculo político, não possuo nenhum compromisso com deputados, nem com conselheiros, nem com desembargadores, nem com procuradores, quer no MP Estadual, quer desta Casa. O meu único vínculo é com a verdade, é com a justiça e com a sociedade.

Por esta razão, em nome dessa verdade, eu vislumbro que é, no mínimo, moral arguir a suspeição do Deputado José Esmeraldo para participar desta sabatina e da escolha do Conselheiro que preencherá essa vaga, uma vez que a sua filha Letícia de Freitas é cargo comissionado, mais especificamente Inspetora no Tribunal de Contas. Quero arguir também a suspeição do ausente Deputado Marcelo Santos, uma vez que também o seu irmão Anderson Márcio Coutinho Santos também ocupa cargo comissionado no Tribunal de Contas, cujo cargo de inspetor será extinto em dezembro próximo, ou seja, há interesse particular que fere o

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princípio da moralidade; se não fere o princípio da legalidade, no mínimo fere o princípio da moralidade, que está no Artigo 37 da nossa Constituição Federal.

Caso este meu pedido de suspeição não seja aceito pela Mesa, já antecipo que buscarei guarida junto ao Judiciário com relação à participação destes dois Deputados neste processo de escolha no preenchimento desta vaga. Obrigada, Presidente.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Agradeço à candidata Marilene Alves Ferreira e a parabenizo pela sua participação e pela sua fala. Não posso acatar o pedido da Senhora, mas coloco em apreciação deste Colegiado porque o Senhor Deputado Marcelo Santos foi eleito pelo povo para ser membro deste Poder Legislativo. Não tenho o direito de cassá-lo, a não ser que o Plenário desta Casa o casse, é seu direito ser Deputado nesta Assembleia Legislativa e tem direito inclusive a voto, não na Comissão de Finanças, mas no Plenário desta Casa para eleição do Conselheiro. A Senhora deve oficializar esse pedido à Mesa Diretora deste Poder.

Quanto ao Senhor Deputado José Esmeraldo, é um membro também eleito deste Poder Legislativo e eleito pela maioria desta Casa para fazer parte da Comissão de Finanças, da qual é membro titular. Não estou acatando o pedido da candidata. Mas, se a Senhora achar por bem, deve recorrer ao Poder Judiciário. É um direito da Senhora. Não tenho o poder para fazer a aceitação desse pedido, até porque quem elege um membro da Comissão de Finanças ou de Saúde ou de Segurança ou de Justiça ou de qualquer Comissão desta Casa é o Plenário da Assembleia Legislativa. Foi o Plenário desta Casa que elegeu os Deputados para serem membros desta Comissão. Não tenho como acatar um pedido para que se expulse esse ou aquele membro da Comissão ou desta Casa. Então, não acato o pedido da Senhora. Acho que tem todo o direito de recorrer à Mesa Diretora desta Casa ou ao Poder Judiciário porque este não é o fórum adequado para que a Senhora faça tal pedido e, sim, à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo. Concedo a palavra ao Senhor Deputado José Esmeraldo, inscrito para fazer três perguntas, com dois minutos para cada pergunta, e a candidata terá dois minutos também para responder ao Deputado. O SR. JOSÉ ESMERALDO - O objeto de eu estar aqui é exatamente cumprir aquilo que determina a legislação. Fomos votados realmente na Comissão de Finanças como membro efetivo e é uma honra ser membro efetivo. Quanto à minha filha, que trabalha no Tribunal de Contas, realmente ela trabalha no Tribunal de Contas há quinze anos e é uma excelente funcionária. Não sei por que uma Senhora tem tanto ódio no coração, igual a essa que está aqui do lado. Estou na Assembleia Legislativa há muito tempo, mas nunca vi tanta agressão nesta Assembleia há

muito tempo. Mas nunca vi tanta agressão, quanta agressão que uma senhora dessa traz dentro do seu coração. Primeiro fala o nome da filha, ótimo, maravilha e chega aqui e agride todo mundo; agride o Deputado José Esmeraldo, agrediu todos os deputados. Não sei qual é o objeto principal desta Senhora. Não vou me alongar, porque meu objeto principal é fazer as perguntas e as farei. Inclusive, dentro da fala dessa senhora ela atrapalha outras pessoas do Tribunal de Contas que já foram inclusive sabatinados aqui. Primeira pergunta: O que é isenção de caráter não geral? A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - Deputado José Esmeraldo, com todo respeito, gostaria de dizer que não trago ódio no meu coração, apenas trago um sentimento que vem das ruas. Tenho uma filha adolescente que cuido muito para que ela tenha a noção exata da moralidade, para que ela tenha a exata noção do que é decência. Se a situação da filha do Senhor, como de outras pessoas naquele Tribunal... O SR. JOSÉ ESMERALDO - Não vou aceitar essa Senhora ficar dizendo liberdade aqui. Fiz a pergunta e a Senhora responde dentro da pergunta. Se não quiser responder, tudo bem. É problema da Senhora. A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - O Senhor me ofendeu. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Porque a Senhora me ofendeu primeiro. A Senhora ofendeu toda esta Casa de Leis. A verdade é essa. A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - Dizer a verdade não é ofender. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Se a Senhora tem problema, é problema da Senhora. Comigo, não, minha Senhora. Está com a pessoa errada. Não existe nenhum político mais correto do que eu. E não cabe à Senhora vir aqui para me fazer pergunta. Sou eu que estou fazendo pergunta. A Senhora tem que responder dentro da pergunta. A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - Não tenho não, deputado., O SR. JOSÉ ESMERALDO - Não vou ficar aqui tergiversando com a Senhora. Se a Senhora quiser responder, responda. A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - Não tenho que responder. Só exijo que tenha comigo o mesmo respeito que tenho pelo Senhor. O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Doutora Marilene, quero que a Senhora

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se atenha à pergunta. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Outra pergunta: há mais algumas hipóteses de não aplicação da lei de responsabilidade em caso de renúncia de receita? A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - Volto a dizer, Deputado, o Senhor não conhece a Lei de Responsabilidade Fiscal. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Quem não conhece é a Senhora que está tergiversando... A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - O Senhor não conhece a PPA, a LOA... O SR. JOSÉ ESMERALDO - A Senhora entrou pela porta dos fundos. A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - O Senhor não tem condições de estar sabatinando nenhum candidato. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Senhor presidente, V. Ex.ª terá que interferir, porque não vou ficar ouvindo conversa de uma pessoa dessa, aqui, não, que tem ódio no coração.

A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - Não tenho ódio.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - A Senhora

tem. A Senhora é folgada. Ainda digo mais, a Senhora falou muita coisa aqui...

A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA -

O senhor está me ofendendo.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - A Senhora falou muita coisa aqui, só estou aguentando a Senhora por questão de... não estou aqui para ficar ouvindo conversa da Senhora. Estou aqui cumprindo minha parte como deputado. Não vou fazer mais nenhuma pergunta porque... a Senhora não sabe resolver porque é incompetente. Quem é o ordenador de despesa? Vai responder?

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Está suspensa a reunião.

(A reunião é suspensa às 15h14min e reaberta às 15h19min)

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Está reaberta a sessão. Senhora Marilene Alves Ferreira, com todo

respeito, gostaria que esse assunto fosse encerrado nesta Comissão, e nos atermos às perguntas e às respostas. Pedi a tranquilidade do Senhor Deputado José Esmeraldo. A Senhora falou o que quis, ouviu o

que não quis. Sinto muito, não é essa nossa intenção. Que V.S.ª me perdoe se estou errado.

Concedo a palavra à Senhora Deputada Lúcia Dornellas para se ater às perguntas que S. Ex.ª tem a fazer a candidata, Senhora Marilene Alves Ferreira.

A SR.ª LÚCIA DORNELLAS - Saúdo a Senhora Marilene Alves Ferreira, que está nesta sabatina hoje sendo arguida e saúdo a sua filha, que com certeza ficou com vergonha quando a Senhora a citou, bem como as minhas filhas ficam com vergonha em público ao serem citadas. Que esta sabatina seja um exemplo para sua filha.

Quero apenas corrigi-la, quando a Senhora se refere ao Município de Cariacica como curral eleitoral. O mais correto seria reduto eleitoral. E se assim fosse o reduto do Senhor Deputado Marcelo Santo, informo-a que o Município de Cariacica possui cinco Senhores Deputados nesta Casa, o que me orgulha muito, pois é a cidade com o maior número de Senhores Deputados. Tem ainda os que nasceram no Município, mas não moram mais na cidade, porém com reduto eleitoral no Município de Cariacica, o que muito nos honra.

Não é apenas um reduto. Fui a Senhora Deputada mais bem votada do Município de Cariacica. Há muito que é apenas reduto eleitoral, e não curral eleitoral do Senhor Deputado Marcelo Santos.

Qualquer um de nós, cidadão ou Deputado, tem direito a concorrer a esta vaga, assim como os vinte e dois candidatos que se inscreveram, os quatro Senhores Deputados merecem o mesmo respeito. A política já esta sendo desmoralizada demais por alguns, para que seja desmoralizada nesta Casa de Leis. Acredito que assim como a Senhora, os demais quatro Senhores Deputados têm o direito de concorrer a esta vaga e merecem tanto respeito quanto a Senhora.

Inclusive, disse à Senhora que fiz a mesma pergunta para os Senhores Renato Ferraz Martins e Claudio Vereza. Portanto, com isonomia, farei à Senhora a mesma pergunta que fiz ao Senhor Dary Alves Pagung.

Sabemos que os estágios das despesas públicas são: fixação, empenho, liquidação e pagamento. Ao final de cada ano como ficam as contas públicas? O que são restos a pagar?

A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA -

Primeiramente, parabenizo V. Ex.ª pela brilhante pergunta.

Restos a pagar são aquelas despesas que não foram pagas no decorrer do exercício; foram empenhadas, mas não foram efetivamente pagas. É necessário transferir essas despesas, ou esses recursos propriamente ditos, que já estão reservados a essas despesas, para o exercício seguinte, uma vez que temos, por vezes, serviços de natureza continuada. Esses serviços ultrapassam o exercício financeiro que é considerado de 1.º de janeiro a 31 de dezembro, por

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essa razão há necessidade de fazer a transferência e de alocar esses recursos na conta orçamentaria chamada restos a pagar.

A SR.ª LÚCIA DORNELLAS - Muito bem,

Senhora Marilene Alves Ferreira. A Senhora respondeu à pergunta com brilhantismo, o qual poderia ter sido utilizado nos vinte minutos ao invés de fazer acusações. Essa técnica que a Senhora tem conhecimento, pelo que vi em seu currículo, e pela resposta da pergunta poderiam ser utilizados pela Senhora nos vinte minutos para falar por que quer ir para o Tribunal de Contas, ao invés de vir a esta Casa dizer que todos os políticos são iguais.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Obrigada, Senhora Deputada Lúcia Dornellas.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Gilsinho Lopes.

O SR. GILSINHO LOPES - Senhor

Presidente, já cumprimentei todos anteriormente. Preliminarmente, faço uma colocação de que

não sei se houve uma preparação da candidata, Senhora Marilene Alves Ferreira, para nos agredir nesta Casa. Não sei qual a motivação para falar do Senhor Deputado Marcelo Santos que sequer é membro desta Comissão que está fazendo a sabatina.

Não sei por que falar do Senhor Deputado José Esmeraldo, de subserviência. O Senhor Deputado José Esmeraldo é um aguerrido Senhor Deputado que vota contra que vota contra o Governo em favor da sociedade, haja vista o projeto de decreto legislativo sobre o pedágio. Fomos questionados pelo Governo e votamos contra, inclusive o Senhor Deputado José Esmeraldo. Como o Senhor Deputado José Esmeraldo fez uma pergunta, o mais correto seria a resposta, e a resposta que V. S.ª deu foi que era uma pergunta de jardim de infância. Ora, a senhora está aqui para ser sabatinada, avaliada e queremos o mesmo critério, o mesmo respeito com todos os candidatos. Trabalhar nessa linha, linha de decência, de respeito. Cair a máscara... Não tenho máscara, venho para esta Casa e cumpro minhas obrigações. O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Senhor Deputado Gilsinho Lopes... O SR. GILSINHO LOPES - Senhor Presidente, ainda estou dentro do meu período. São dois minutos para cada pergunta, mais dois e mais dois. Estou fazendo minha colocação. Farei uma pergunta, mas meus seis minutos vou usá-los. Obrigado, Senhor Presidente. Venho a esta Casa, cumpro meus horários, participo de várias Comissões. V. S.ª não falou de minha pessoa, mas atingiu o conjunto de Deputados. E neste caso tenho que fazer a defesa dos colegas Deputados, porque estamos nesta Casa exatamente

para decidir, como bem disse o Senhor Deputado Doutor Hércules, que colocou que gostaria de ver um candidato técnico, mas já temos três candidatos técnicos, o Sérgio Aboudib, Sebastião Carlos Ranna e Domingos Tauffner. Todos eleitos e não foram Deputados. Gostaria e estamos dando a oportunidade, são vinte e dois candidatos. Estamos trabalhando em clima de tranquilidade, de decência, de respeitabilidade, e esta Casa merece ser respeitada. Farei uma única pergunta a V.S.ª para que me responda. Pergunta simples. Darei a oportunidade de V. S.ª responder. O que é ordenador de despesa? A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - Ordenador de despesa é todo indivíduo que administra, que de alguma forma emprega, gerencia recursos públicos, quer eventualmente, quer rotineiramente. Temos exemplo, inclusive, não é somente no serviço público que o indivíduo ordena despesa. Ordenar vem da palavra dar ordem, pague-se, porque está tudo correto. É responsável fiscal, civil e criminalmente falando quando dá ordem para que se execute alguma despesa, que tem que obedecer naturalmente uma determinada ordem. Ou seja, tem que obedecer se deve passar por um processo de licitação, deve ser licitada; deve ser feita a reserva orçamentária, depois empenhada, liquidada e paga. Quando é paga, o ordenador de despesa é quem está mandando pagar essa despesa, responderá por essa ordem que deu.

O SR. GILSINHO LOPES - Segunda pergunta, qual é a base legal do sistema de registro de preço?

A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA -

Temos a lei 135, salvo engano, que é a que trouxe a participação das microempresas, que tem algumas vantagens em relação aos demais licitantes. Não me recordo do número da norma que trouxe o registro de preços.

O SR. GILSINHO LOPES - Decreto n.º 3.931/01, alterado pelo Decreto n.º 4.342/02. A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - Certo. É um instrumento fantástico que tem dado agilidade nos processos licitatórios dentro da Administração Pública, porém, no dia a dia, percebo que essa questão do registro de preços deve sofrer algumas adequações porque, na realidade, na prática, encontramos certas dificuldades. Tanto no registro de preços quanto no pregão eletrônico ou qualquer processo licitatório, mas os maiores problemas que encontramos são, em regra, em relação ao registro de preços e ao pregão eletrônico, exemplo disso é que existem pessoas que não se deslocam de casa, no caso do pregão eletrônico, por exemplo, e participam de pregões eletrônicos pelo simples fato de participar, mas não adquirem os produtos. Somente adquirirão

88 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

caso vençam o certame. O SR. GILSINHO LOPES - Senhor Presidente, estou satisfeito com as respostas. Gostaria de agradecer a V. s.ª as respostas. Simplesmente, esse é o nosso objetivo. O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Senhor Deputado Gilsinho Lopes, muito obrigado.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Jamir Malini. O SR. JAMIR MALINI - Boa tarde a todos que nos assistem, à Senhora Marilene Alves Ferreira, nossa candidata. Não comentaremos o episódio anterior e seremos bem sucintos, como disseram os Senhores Deputados Gilsinho Lopes e Lúcia Dornellas. Queria que a Senhora Marilene Alves Ferreira me respondesse uma coisa simples: por que a Senhora quer ser conselheira do Tribunal de Contas do Espírito Santo?

A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - Sou servidora pública há trinta e quatro anos e acho mais que justo que seja conselheira. Naquele Tribunal só há homens. Embora eu já tenha cinquenta e quatro anos de idade ainda me considero uma mulher bonita e capaz.

Acredito que uma mulher seria muito bem-vinda para levar um pouco de sensibilidade e melhorar algumas questões que os homens não estão habituados a administrarem. Não é verdade?

Querendo ou não, vemos que no STF já está cheio de mulheres e em outros lugares também. Já tivemos conselheiras no Tribunal de Contas, mas me parece que agora virou um Clube do Bolinha. Gostaria que V. Ex.ª não levasse isso como uma ofensa, mas, enfim, trabalho naquele Tribunal e sempre vesti a camisa do Tribunal de Contas. Sou uma ferrenha combatente da corrupção. Trago em meu coração a bandeira do Tribunal de Contas.

Se vislumbrasse a mínima possibilidade de ser escolhida, já disse para os colegas que iria vestida de zebra para a posse, porque realmente não tenho nenhuma possibilidade de ser escolhida, mas quero participar e continuarei dando minha parcela como servidora daquela Casa. Casa que respeito e amo. Tenho profundo respeito por todos os servidores e por toda a Corte. Muito obrigada pela pergunta.

O SR. JAMIR MALINI - Para encerrar,

farei uma pergunta bem fácil e de conhecimento de V. S.ª sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal. Quais são as principais regras da Lei de Responsabilidade Fiscal?

A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA -

A Lei de Responsabilidade Fiscal, em síntese, se finca, traz como eixo, tem como eixo o PPA, a LDO

e a LOA. Mas, na verdade, a Lei de Responsabilidade

Fiscal veio para sanar, para dirimir algumas questões que não foram definidas na Lei n.º 4320/64. E, com o advento da Constituição de 1988, foi estabelecido que as leis orçamentárias fossem reguladas por lei complementar.

Por essa razão, surgiu a Lei n.º 101, em 2000, salvo engano, justamente para preencher essa lacuna da Lei n.º 4320/64 e para regular determinados assuntos não regulados pela Lei n.º 4320/64.

A Lei n.º 4320/64, embora lei ordinária, possui status de lei complementar justamente porque não havia uma lei complementar que colocasse de forma mais detalhada, como a Lei de Responsabilidade Fiscal faz, como seria o comportamento do gestor público, quais os limites do gestor público. É uma lei que sofre críticas por algumas correntes, mas também sofre elogios por outras.

O SR. JAMIR MALINI - Obrigado,

Senhora Marilene Alves Ferreira. Senhor Deputado Atayde Armani, gostaria de

deixar somente um esclarecimento para que as pessoas participem mais do Poder Legislativo a fim de, realmente, conhecerem o que acontece neste Poder. Às vezes, criticamos o Tribunal, criticamos o MP e não sabemos o que acontece nesses órgãos. Há pessoas que criticam o Poder Legislativo, porém, não sabem o que acontece neste local.

Não é o caso da Senhora Marilene Alves Ferreira, mas tenho falado isso para a população. Senhor Presidente, muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Obrigado, Senhor Deputado Jamir Malini.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor Hércules.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - Candidata

Marilene Alves Ferreira, acho que, com todo o respeito, com a máxima vênia, esta oportunidade que V. S.ª está tendo nunca ocorreu; candidato de fora nunca veio. Estamos diante de um momento de abertura desta Assembleia Legislativa e é uma oportunidade ímpar para V. S.ª se lembrar.

Mas, na verdade, V. S.ª não se lembrou e disse no debate da FDV, era o único Deputado presente, e quero lembrar aos Senhores Deputados que fui o único Parlamentar que na reunião com o Senhor Governador disse ser contra o veto. V. S.ª não podia estar lá, porque não é deputada, mas falei que era contra o veto dos servidores. Então, não é da forma como V. S.ª colocou. Mas naquela noite, disse que não precisava de nenhum deputado, Mesa Diretora ou partido político encaminhar o requerimento do candidato. Porém, no dia 21 de junho, V. S.ª protocolizou nesta Casa de Leis um requerimento à Mesa Diretora para estar aqui. A

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Mesa Diretora, naturalmente, permitiu a presença de V. S.ª nesta oportunidade.

Com relação à saúde pública, assim como em outras áreas prioritárias, há previsão na LOA e no PPA de metas a serem alcançadas. No caso da saúde, a Senhora entende que é dever do Tribunal de Contas fiscalizar se a quantidade de leitos nos hospitais é suficiente para o número de habitantes? Por que não fiscalizar?

A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - Pelo que tenho da Lei de Responsabilidade Fiscal, faço um link com o princípio da eficiência. Ainda que a Lei de Responsabilidade Fiscal não seja clara, com relação a isso, ela dá prioridade à saúde, educação e segurança pública, quando estabelece algumas exceções. Especialmente quando estabelece a possibilidade de se utilizar determinados recursos na saúde e na educação, ainda que não sejam os recursos normalmente, em regra, usados em outras áreas, como, por exemplo, custeio de despesa com pessoal.

Qual é a segunda pergunta? Se o Tribunal de Contas tem obrigação de fiscalizar, se os leitos...?

O SR. DOUTOR HÉRCULES - O número

de leitos por habitante. A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA -

Sim. O Tribunal de Contas pode não ter, eticamente falando, essa responsabilidade. Mas moralmente tem, por conta do princípio da eficiência, introduzido pela Emenda Constitucional n.° 19, salvo engano. E, para que essa fiscalização seja, de fato, eficiente e eficaz, deve, naturalmente, fazer esse tipo de ..., Ainda que não haja previsão legal, sinto que, moralmente, deve fazer essa fiscalização.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - Muito

obrigado. Candidata Doutora Marilene, a Senhora usou

um termo bastante chulo que agrediu não só o Poder Legislativo, a um Colega de Assembleia Legislativa, mas também o povo, dizendo curral. Então aquelas pessoas são animais: boi, vaca, cavalo, mula, égua? Realmente acho que o termo foi bastante impróprio e não viemos a esta reunião para discutir isso. Viemos para discutir a abertura desta Casa para que técnicos viessem discutir a sua capacidade para ser Conselheiro do Tribunal de Contas.

Se não bastasse defender o Poder Legislativo e um Colega, inclusive do meu partido, estou defendendo o povo do Município de Cariacica, que não aceita ser chamado de animal. Curral nunca! Como a Senhora Deputada Lúcia Dornellas disse: Pode ser um reduto. Curral, não! O povo do Município de Cariacica não merece isso.

A pergunta é a seguinte: De que forma a Senhora vê a questão de concessão de incentivos fiscais? A Senhora acredita que essa política...tais benefícios ao Estado e ao Poder Público ou não?

A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - Depende. Depende da forma como é feita. O benefício fiscal, se feito em conformidade e nos limites da lei e, se revertido, inclusive, para a saúde, para a educação, penso que é algo que existe, é uma possibilidade que existe dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal também, mas tudo em determinados limites. Acho altamente positivo os incentivos fiscais, desde que isso seja feito com muita seriedade e em conformidade com a lei.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - Muito

obrigado. Faço agora a próxima pergunta, infelizmente, a última, dessa sabatina. É o seguinte: Primeiro, dizer do meu colega Senhor Deputado José Esmeraldo, Deputado combativo; sempre foi um Deputado sério. O fato de ter uma pessoa no Tribunal de Contas não o impede, assim como outro Deputado, de fazer parte desta sabatina, a não ser por uma determinação judicial. Caso contrário, não vejo nada de mal. O Senhor Deputado José Esmeraldo tem sido um Deputado combativo, coerente, lutador, tem sido um Deputado sério. Acho que não é nenhum pecado. Não tenho nenhum parente no Governo do Estado, nas Prefeituras dos Municípios de Vila Velha ou Cariacica. Meu sobrenome é Silveira, mas é um Silveira bastante pobre do Município de Cachoeiro de Itapemirim. Não é Silveira rico não! Faço essa justificativa defendendo o Senhor Deputado José Esmeraldo das acusações que foram feitas a sua pessoa e a sua família. A pergunta é a seguinte: Quais as sanções que o Tribunal de Contas pode aplicar aos Ordenadores de Despesas? Qual a natureza jurídica dessas sanções e quais as consequências para o Gestor Público?

A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - Inicialmente, temos a questão do emprego de recursos com pessoal. Quando cada Ordenador de Despesas do Tribunal de Contas chega a noventa e cinco por cento do limite do uso de recursos com pessoal, que chamamos de limite prudencial, e tem o limite ainda de noventa por cento, chamado Alerta. Dentro do limite prudencial, por exemplo, o Tribunal de Contas não aplica nenhuma sanção, ou não faz nada mais a não ser prestar uma orientação. Mas depois do Alerta, aí sim, não o Tribunal de Contas, mas a própria lei já estabelece que o ente que ultrapassar esse limite, fica impedido em relação ao recebimento, por exemplo, de repasses de recursos financeiros, fica impedido de contrair dividas a título de investimento em capital. O Tribunal de Contas, em si, não aplica sanção direta ao Ordenador de Despesas nesses casos. Só aplica essas sanções - se é que vemos como sanções-, como multa, por exemplo, quando no julgamento das contas dos Ordenadores de Despesas... O SR. DOUTOR HÉRCULES - Muito

90 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

obrigado. Agradeço a atenção de V. S.ª e dizer, mais uma vez, Senhor Presidente, que os candidatos que não são Deputados, são técnicos, que aproveitem bem a abertura desta Casa, podendo ouvir candidatos técnicos e com bastante equilíbrio. Que sejam todos bem recebidos nesta Casa. O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Obrigado, Senhor Deputado Doutor Hércules. Tinha feito um compromisso comigo mesmo que não faria perguntas a nenhum candidato, mas pela tranquilidade, pela competência, até pela capacidade, gostaria de fazer uma pergunta a Doutora Marilene Alves Ferreira. Como é o processo de escolha dos Conselheiros do Tribunal de Contas? A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - Está previsto no Regimento Interno, que foi mudado recentemente, aprovada a Lei n.º 621, salvo engano, teve alguém até citou, acho que de março de 2012. O processo é feito de acordo com o artigo...Ele é feito...(Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE ARMANI) - Artigo 74 da Constituição Estadual.

A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA -

Artigo 74? Acho que não entendi a pergunta. O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Repetirei a pergunta. Como é o processo de escolha para ser Conselheiro do Tribunal de Contas?

A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA -

Entendi agora. Artigo 74. Uma vaga é preenchida pela Assembleia Legislativa alternativamente e outra vaga é destinada para o quinto constitucional. No somatório total, na verdade, serão quatro vagas de livre escolha da Assembleia Legislativa e duas vagas do Governador - sendo uma de livre escolha e outra vaga que, naturalmente, preencherá o quinto constitucional.

Essa é a resposta que o senhor...foi essa pergunta que senhor fez? É com relação a isso?

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Corrijo V. S.ª, pois só fiz essa pergunta para explanar melhor o discurso que a senhora fez sobre a classe política.

A Emenda Constitucional n.° 38/02 reformulou o artigo 74 da Constituição Estadual do nosso Estado, que diz:

Art. 74 ... § 2º Os Conselheiros do Tribunal de Contas serão escolhidos obedecendo-se a seguinte proporção: I - 03 (três) de escolha do Governador do Estado, com aprovação da Assembleia Legislativa,

observando a condição de: a) 01 (um) de livre indicação, com aprovação da Assembleia Legislativa;

Livre indicação do Governador do Estado

dentre qualquer cidadão que S. Ex.ª queira indicar, desde que respeite o artigo 74 da nossa Constituição: ter mais de 35 anos, menos de 65 anos, improbidade e essas coisas todas. Está tudo escrito no artigo 74.

b) 02 (dois) alternadamente dentre Auditores e Membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento, e recebida as indicações o Governador do Estado, indicará um que submeterá à aprovação da Assembleia Legislativa. II - 04 (quatro) escolhidos pela Assembleia Legislativa;

Isso é o que determina a nossa Constituição

do Estado, Senhora Marilene. Data vênia, com todo o respeito que tenho a V. S.ª, minha esposa também é uma funcionária pública, concursada, há 22 anos prestou concurso público. Tenho o maior respeito por funcionário público. Minha esposa ganha mil e poucos reais por mês, mil e seiscentos com as vantagens que tem, por mês. Cumpre o seu horário de serviço... Tenho orgulho de ela ser funcionária pública no Município de Linhares. Tenho o maior respeito.

Nós Deputados demos a maior abertura nessa oportunidade. A briga do Senhor Deputado Doutor Hércules... Faço justiça a S. Ex.ª por esse afã que tem para que a escolha do conselheiro venha da sociedade. Mas nós, em uma atitude da Mesa Diretora, até certo ponto em desrespeito ao que está na Constituição, liberamos para que qualquer cidadão, indicado pelos Deputados, tivesse o direito de se candidatar a Conselheiro do Tribunal de Contas, Senhor Deputado Claudio Vereza, e é o que está acontecendo.

A senhora está aqui hoje porque esta Assembleia Legislativa teve a hombridade, a pedido do Senhor Deputado Doutor Hércules, de abrir inconstitucionalmente. Não há abertura para se fazer isso, porque o correto é emendar nossa Constituição, mudar a Emenda Constitucional n.° 38 para fazer o que estamos fazendo aqui hoje. Mas estamos fazendo mesmo assim. Esse reconhecimento que gostaria que a senhora tivesse. Quero pedir, se me excedi em resposta a V. S.ª, mas fiz um juramento quando assumi meu mandato de Deputado Estadual de defender este Poder Legislativo, como V. S.ª, com muito orgulho e com muita ênfase, falou em defesa do Tribunal de Contas. Concedo a palavra à Senhora Marilene Alves Ferreira para suas considerações finais, por três minutos.

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 91

A SR.ª MARILENE ALVES FERREIRA - Primeiramente gostaria de pedir desculpas a esta Casa caso tenham...por que percebo que, de fato, ficaram ofendidos com algumas “verdades”, porque não existe verdade absoluta. Assim, de certa forma, talvez, eu não tenha tido tempo suficiente para poder fazer uma fala que separasse o joio do trigo e acabei generalizando. Com relação a Cariacica, amo Cariacica. Morei em cima do mangue de Cariacica. Passei minha infância onde para ir ao toalete tínhamos que ficar espantando aqueles caranguejinhos porque ou fazia uma coisa ou outra porque os caranguejinhos ficavam subindo. Amo Cariacica. Cariacica é minha cidade, do meu coração, embora eu seja de Serra hoje.

Tenho grande respeito pelo Deputado Marcelo Santos, inclusive pelo irmão de S. Ex.ª, somos amigos; entendeu? Mas, de alguma forma, quando falei todas essas coisas e quando me referi a curral eleitoral talvez eu tenha, de fato, me excedido, mas estava me referindo não a Cariacica, não a Vitória, estava me referindo ao Brasil como um todo.

Estamos vivendo um momento que parece, lembra um pouco aquela época do coronelismo. Chamo inclusive de coronelismo contemporâneo, mas isso não é aqui, Vitória, Cariacica, Serra, é o Brasil, é o nosso Brasil brasileiro e nós somos povo, somos cidadãos.

Quem está aqui hoje não é a servidora do Tribunal de Contas, quem está aqui hoje é a cidadã que quer ver este Estado ir à frente, que quer ver esta Casa cada vez mais respeitada. Quem está aqui hoje é a cidadã que quer ver valer os direitos daqueles que também precisam desta Casa.

É isso que gostaria que todos entendessem e, novamente, peço desculpas por ter excedido nesse sentido. No demais, mantenho o que disse porque quando fiz essa fala fiz pensando no Brasil como um todo, não no Espírito Santo somente.

Desculpa, Presidente. Eu amo sua cidade, Linhares, e vivo ali naquela cidade linda.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Não tenha dúvida de que saio daqui com o coração aberto, sem nenhum rancor da Doutora Marilene Alves Ferreira, muito pelo contrário, tentei por todos os motivos dar condição para que terminasse essa segunda parte, que foi maravilhosa, que mostrou que tem capacidade, está a altura, tem conhecimento de causa.

Até entendo que foi mal conduzido - não sei se alguém ajudou - a questão do pronunciamento. Mas, em momento nenhum a senhora precisa pedir desculpas. A mim não, em momento nenhum a senhora me atingiu. Atingiu o Poder, acho que a Senhora citou o nome de dois deputados, a essas pessoas que acho que a Senhora deva... A mim não. Sinceramente, estou tranquilo. Obrigado. Eu poderia suspender a reunião por cinco

minutos para chamar a próxima candidata, mas tenho informações de que a Senhora Tania Maria Pires e Pinho não se encontra presente. Foi tentada a comunicação com esta Senhora ontem e hoje e já foi procurada no Plenário.

Mas convoco neste momento a Senhora Tania Maria Pires e Pinho, se estiver presente... A assessoria está me pedindo para suspender esta reunião por cinco minutos, e assim o farei.

Suspenderemos os trabalhos da reunião pelo prazo de cinco a dez minutos para que a Senhora Tania Maria Pires e Pinho compareça ao Plenário desta Casa de Leis.

Está suspensa a reunião. (Pausa)

(A reunião é suspensa às 16h01min e reaberta às 16h09min)

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Há quorum para reabertura dos trabalhos.

Está reaberta a reunião. Faço novamente o pregão da Senhora Tânia

Maria Pires e Pinho, se S. S.ª encontra-se presente neste Plenário. (Pausa)

Como não temos mais pessoas convocadas para o dia de hoje convoco, a partir deste momento, todos os candidatos para que compareçam, sendo que, na ausência de qualquer um deles o próximo, na sequência, será chamado para arguição.

Estamos perdendo hoje um prazo de adiantar o processo por ter convocado três candidatos, e terem faltado dois. Porque o Senhor Dary Alves Pagung foi convocado da sessão anterior, mas foi sabatinado hoje.

O Edital n.º 02/2013 diz:

(...) Ficam ainda intimados (as) os (as) indicados (as) de que serão chamados (as) para a devida arguição, segundo a ordem cronológica de inscrição, conforme relação abaixo. Na arguição serão ouvidos (as) tantos (as) quantos (as) indicados (as) o período de cada reunião permitir, seguindo a sequência de tais arguições na reunião subsequente (...)

Por isso, convocamos todos para a próxima

reunião, que será na próxima terça-feira, às 9h, neste Plenário.

Gostaria de saber se há algum Deputado que quer fazer suas considerações finais. (Pausa)

O SR. GILSINHO LOPES - Senhor

Presidente, pela ordem! Na segunda-feira ou na terça-feira?

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Perdão. É na terça-feira. O SR. GILSINHO LOPES - Gostaria de

registrar que não estarei nesta Casa, às 9h. Irei a

92 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Fortaleza para uma audiência no Ministério da Justiça, e só voltarei na terça-feira à tarde. Portanto, na terça-feira não estarei presente. Gostaria que V. Ex.ª convocasse um membro suplente, para que não perdêssemos o espaço e o time. Peço dispensa, porque na terça-feira não estarei aqui, só chegarei à tarde. Tenho uma justificativa.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Senhor Deputado Gilsinho Lopes, está justificada a ausência de V. Ex.ª. Temos membros suplentes, que com certeza a Comissão convocará quantos forem preciso para que tenhamos número legal para a abertura da reunião.

O SR. GILSINHO LOPES - Apenas

comunicando a V. Ex.ª para que os trabalhos não sejam prejudicados.

O SR. PRESIDENTE - (ATAYDE

ARMANI) - Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a presente reunião. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, extraordinária, dia 24 de setembro de 2013, às 9h, para a qual designo

EXPEDIENTE: O que ocorrer.

Está encerrada a reunião.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO. DÉCIMA NONA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 13 DE AGOSTO DE 2013.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Havendo número legal, invocando a proteção de Deus, declaro abertos os trabalhos desta Comissão.

Temos quatro atas para serem lidas. Solicito ao Senhor Secretário que proceda à leitura abreviada das mesmas. Convoco a atenção dos Senhores Deputados, pois ficamos com a pauta sobrecarregada. Quando o projeto demandar uma maior discussão, óbvio que iremos fazê-la, mas nos projetos de menos monta, aqueles que estamos mais acostumados, tentaremos ser o mais rápido possível a fim de votar os projetos constantes da pauta da reunião de hoje.

Convido o Senhor Secretário a proceder à leitura das atas da décima oitava reunião ordinária, realizada dia 25 de junho de 2013; da sétima reunião extraordinária, realizada dia 24 de junho de 2013; da oitava reunião extraordinária, realizada dia 17 de julho de 2013; e da nona reunião extraordinária, realizada dia 06 de agosto de 2013. (Pausa) (O Senhor Secretário procede à leitura das atas)

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Enquanto aguardamos o quorum para votação das atas, solicito ao Senhor Secretário que proceda à leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê: EXPEDIENTE:

CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS: OF. N.º 235/2013 /GDJLT - da Exma. Sr.ª Deputada Luzia Toledo, justificando ausência na reunião Ordinária, desta Comissão do dia 18 de junho do corrente ano. OF. N.º 160/2013 /GDSLT - do Exmo. Sr. Deputada Sandro Locutor, justificando ausência na reunião Ordinária, desta Comissão do dia 02 de julho do corrente ano. PROPOSIÇÕES RECEBIDAS: PROJETO DE LEI 113/13 - Redação Final AUTOR: Deputado Marcelo Santos EMENTA: Altera o artigo 1º da Lei Ordinária 9.172/2009, que instituiu o Dia do Rotariano. PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL 05/13 - Admissibilidade AUTOR: Deputado Roberto Carlos EMENTA: Assegura aos candidatos recém-eleitos para os cargos de Governador do Estado e Prefeito Municipal o direito de obter acesso às informações sobre a respectiva administração, por meio da instituição de equipe de transição democrática de governo. PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL 09/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Gildevan Fernandes EMENTA: Acrescenta art. 166-A a Constituição Estadual, que assegura a internação de usuários de substâncias que geram dependência física e psíquica. PROJETO DE LEI 172/12 - Análise de Emenda AUTOR: Deputado Gilsinho Lopes EMENTA: Dispõe sobre a responsabilidade no fornecimento de bebidas alcoólicas. PROJETO DE LEI 139/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Luiz Durão EMENTA: Dispõe sobre a obrigatoriedade de informar os valores de venda ou de aluguel dos bens móveis e imóveis que estejam anunciados nos jornais, tablóides, revistas, periódicos e em outros meios de divulgação, no âmbito do Estado. PROJETO DE LEI 161/13 - Análise Técnica AUTORA: Deputada Solange Lube EMENTA: Assegura condições de acessibilidade às

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 93

pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida na utilização dos serviços de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros e dá outras providências. PROJETO DE LEI 200/13 - Despacho Denegatório AUTOR: Deputado José Esmeraldo EMENTA: Determina a apresentação da certidão de nascimento do recém-nascido para que seja autorizada sua saída da Maternidade ou Hospitais, e dá outras providências. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 62/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Euclério Sampaio EMENTA: Concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Rev. Carlos Antônio Pereira. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 64/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Marcos Mansur EMENTA: Concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Pr. Edson Itaboraí Fernandes Guimarães. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 65/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Marcos Mansur EMENTA: Concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Pr. Edson Luís de Souza. PROJETO DE RESOLUÇÃO 07/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Doutor Hércules EMENTA: Altera os incisos do art. 248 da Resolução n.º 2.700/2009, que dispõe sobre candidatura de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. PROJETO DE RESOLUÇÃO 13/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Sandro Locutor EMENTA: Modifica a redação do artigo 225 da Resolução n.º 2.700/2009, que trata de Regime de Urgência. PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS SENHORES DEPUTADOS: Deputado José Carlos Elias - Redação Final ao Projeto de Lei n.º: 113/13; Mensagem de Veto n.º: 146/13, Projeto de Lei n.º: 175/13 e 207/13. Deputado Claudio Vereza - Mensagens de Veto n.os: 147/13, 148/13 e 154/13, Proposta de Emenda Constitucional n.º: 09/13, Projeto de Lei n.º: 172/12, Projetos de Decreto Legislativo n.os: 62/13, 64/13 e 65/13. Deputado Da Vitória - Mensagem de Veto n.º:

153/13 e 156/13, Proposta de Emenda Constitucional n.º: 05/13, Projeto de Lei n.º: 139/13, 180/13, Projeto de Decreto Legislativo n.º: 70/13, Projeto de Resolução n.º: 15/13. Deputada Luzia Toledo - Mensagem de Veto n.º: 155/13, Projetos de Lei n.os: 161/13, 163/13, 200/13 e 216/13. Deputado Marcelo Santos - Projeto de Lei n.º: 218/13, Projetos de Decreto Legislativo n.os: 67/13 e 68/13. Deputado Sandro Locutor - Projeto de Lei n.º: 140/13, 206/13, 222/13, Projeto de Resolução n.º: 07/13. PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS: PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL n.º 06/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado José Carlos Elias EMENTA: Altera o art. 121 da Constituição Estadual, para assegurar ao Ministério Público e Contas autonomia funcional e administrativa. PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA: Mensagens de Veto n.os: 146/13, 147/13, 148/13, 153/13, 154/13 e 155/13.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Ainda estamos aguardando a composição do quorum. Precisamos da presença de quatro Senhores Deputados para votar as atas.

Solicito à Secretaria que facilite aos Senhores Deputados acelerar a vinda a este Plenário; inclusive um falou comigo que estava vindo para cá, e não veio. Precisamos de número porque hoje, inclusive, temos uma pauta com mais de trinta projetos. Se não conseguirmos votar tudo hoje, completaremos na próxima sessão. Vamos aguardar. Tenho a impressão de que todos confirmaram presença.

A Senhora Deputada Luzia Toledo tem alguma comunicação importante a fazer?

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Senhor

Presidente, Deputado Elcio Alvares; Senhor Deputado José Carlos Elias. Cumprimento os funcionários desta Comissão, com muito prazer, e também quem nos acompanha da galeria.

Na verdade comentaria hoje um dos assuntos mais importantes, que tanto a mídia nacional quanto a mídia estadual têm dado com muita frequência; e esta Comissão tem contribuído de forma decisiva para o combate à violência contra a mulher.

Acho que o fato de termos uma Comissão Especial, que é presidida por mim; de termos o Fórum de Políticas Públicas para a Mulher; e de esta Casa ter sediado a reunião na qual a Senadora Ana Rita entregou o relatório final da CPMI da Mulher, esta Casa cresce. Foi um trabalho exaustivo, um

94 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

trabalho com quatorze audiências públicas, me parece, todas com a presença da OAB, do Judiciário. E aqui não foi diferente. O Judiciário esteve presente por meio de seu Presidente, Senhor Desembargador Pedro Valls Feu Rosa; e o Senhor Deputado Claudio Vereza, que é Vice-Presidente nesta Comissão, e o Senhor Deputado Marcelo Santos. Não pude estar presente porque estava acompanhando o Senhor Governador Renato Casagrande ao Município de São José dos Calçados.

Consideramos muito importante essa apresentação, pois às vezes essas CPMIs não chegam à conclusão. Quando chegam a uma conclusão, que tem um relatório, tem uma base para analisar o que está faltando e praticamente ela repete todas as nossas correspondências que enviamos aos nossos governantes, é prova que há uma grande conexão.

Registro na Comissão de Justiça que esse importante trabalho, apresentado no Plenário Dirceu Cardoso com essas importantes figuras que mencionei anteriormente. Ficamos muito felizes com nosso trabalho porque, realmente, as pendências e sugestões que S. Ex.ª oferece ao Poder Executivo são as mesmas que o fórum tem dado ao longo de sete anos.

Fazemos esse comentário e parabeniza-la pelo bonito trabalho, tendo visitado todo o Brasil, em um momento em que realmente a violência contra a mulher é assustador. Impressiona-nos o número de perdas por violência doméstica, ou seja, violência sofrida sob o mesmo teto. E o Estado do Espírito Santo, infelizmente está em primeiro lugar no Brasil.

Ficamos tristes, mas não tem faltado trabalho de todos os órgãos nessa direção. O Senhor Pedro Valls Feu Rosa, Presidente do Tribunal de Justiça, juntamente com a Senhora Hermínia Azoury, Juíza, apresentam um projeto concreto que é o botão do pânico, o qual já foi acionado por seis mulheres que foram salvas e teve repercussão nacional em todos os telejornais.

Então, Senhor Presidente, aproveitamos o momento, porque é tão difícil termos um tempo para nossa fala, porque ao começar a fala o tempo já acaba, como diz o Senhor Deputado José Esmeraldo.

Agradecemos a V. Ex.ª que nos oportunizou para tratar de um assunto tão importante e que diz respeito à Comissão de Justiça, a tolerância de V. Ex.ª e a do Senhor Deputado José Carlos Elias, por terem nos ouvido a respeito desse assunto.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão as atas. (Pausa) Encerrada. Em votação. (Pausa) Aprovadas as atas como lidas. Registramos com muita alegria a presença do

Senhor Deputado Da Vitória. Também o Senhor Deputado Gilsinho Lopes tem nos honrado sobremodo e já passa a ser o titular efetivo e afetivo.

Passaremos à Ordem do Dia. Concedo a palavra ao Senhor Deputado José

Carlos Elias para relatar.

O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Senhor Presidente e Senhores membros da Comissão, o Projeto de Lei n.º 150/2013, da Senhora Deputada Aparecida Denadai, institui a Semana de Conscientização, Prevenção e Combate à Verminose no Estado e dá outras providências.

Senhor Presidente, esse projeto foi debatido nesta Comissão e foi pedido vistas. A Comissão e a relatoria entenderam, de todas as formas, que o Projeto de Lei n.º 150/2013 é inconstitucional. Por isso, nosso parecer é pela manutenção do despacho denegatório do Excelentíssimo Senhor Presidente da Mesa Diretora.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada.

Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator.

O SR. DA VITÓRIA - Com o relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Estamos com mais de trinta projetos na pauta. Os projetos de discussão evidente terão prioridade, mas nos projetos que pudermos votar com celeridade, apelo para que o façamos, para que nesta reunião avancemos na pauta. Continua com a palavra o Senhor Deputado José Carlos Elias. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Passamos a relatar a redação final ao Projeto de Lei n.º 113/2013, de autoria do Senhor Deputado Marcelo Santos. Nosso parecer é pela sua aprovação. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator.

O SR. DA VITÓRIA - Com o relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade.

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 95

Continua com a palavra o Senhor Deputado José Carlos Elias. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 168/2013, de autoria da Senhora Deputada Lúcia Dornellas, decreta feriado estadual o dia destinado a Nossa Senhora da Penha. A Comissão reunida e esta relatoria são pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei n.º 168/2013. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Gostaria de discuti-lo. Uma vez votamos um projeto do Senhor Deputado Sérgio Borges. Entendemos na ocasião, por meio de um parecer que provocou uma discussão bastante racional, que o projeto seria recusado. Este é um projeto bastante delicado, porque Nossa Senhora da Penha tem, por parte dos capixabas, um culto extraordinário. Mas nesta Comissão temos que nos ater ao dispositivo legal. E já temos tantos feriados e dias santos, que mais um dia santo reflete. Desta vez achei interessante. Ninguém do setor mais atingido com a existência não compareceu. Praticamente o Senhor Deputado José Carlos Elias, que está sendo o relator, não deve ter tido ninguém. Eu também, como Presidente da Comissão de Justiça, me lembro de que da outra vez, quando o projeto entrou na pauta, várias entidades argumentaram, trouxeram parecer, mas neste caso o projeto está correndo com certa tranquilidade. Continua em discussão o parecer. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Sem formar raciocínio de valor ainda, vou conceder a palavra à nobre Deputada Luzia Toledo e veremos, então, o debate entre os cinco colegas.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Vou acompanhar o raciocínio de V. Ex.ª. E ainda tem mais, porque na época o voto foi pela inconstitucionalidade devido a uma Lei Federal, que proíbe essa possibilidade de legislar sobre o assunto.

Lembro-me de que o Senhor Deputado Sérgio Borges ficou muito chateado. É muito difícil ter, numa Casa, dois pesos e duas medidas. Então, peço vistas e vou anexar o projeto do Senhor Deputado Sérgio Borges, para ver porque a Procuradoria teve duas opiniões diferentes.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Este assunto é importante e devemos debater para formar um juízo inicial que nos

permitirá um raciocínio definitivo. Continua em discussão o parecer. O SR. GILSINHO LOPES - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Gilsinho Lopes. O SR. GILSINHO LOPES - Senhor Presidente, quando a Senhora Deputada Luzia Toledo falou que... O Senhor Deputado Sérgio Borges apresentou esse projeto por duas vezes. Pesquisamos porque somos demandados, várias pessoas nos procuram e só pode ser feriado se for data magna, certo? Não sabemos qual foi o entendimento da Procuradoria nesse caso, mas entendemos que é inconstitucional. Sou católico e várias pessoas me procuram. Mas se fosse prosperar o projeto de autoria da Senhora Deputada Lúcia Dornellas, teria que prosperar o projeto de autoria do Senhor Deputado Sérgio Borges que, por duas vezes, apresentou e por duas vezes teve parecer por inconstitucionalidade pela Procuradoria desta Casa. Por isso ontem falamos sobre a questão do magistrado que tem a prevenção. Mas nos projetos que já temos entendimento, o procurador que deu o parecer não fica vinculado; mas se tivesse vinculado o entendimento seria o mesmo, como nesse caso. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Senhor Deputado Gilsinho Lopes, sou evangélico. Esse é um assunto que coloco com muita racionalidade. Admiro a manifestação de fé em Nossa Senhora da Penha. Geralmente meus irmãos não usam dizer Nossa Senhora da Penha, mas falam Senhora da Penha. Quero dizer o seguinte: o assunto nesta Comissão tem uma projeção, inclusive no rendimento da indústria. Lembro-me de que um dos pareceres conclusivos do nosso debate veio da Federação das Indústrias mostrando no que resultava mais um feriado, mais um dia santo. Acho que os dias santos já estão todos consagrados dentro do calendário católico e no calendário das próprias empresas. V. Ex.ª abordou o tema. Nossa Senhora da Penha é a Padroeira do Estado do Espírito Santo, inquestionavelmente. Vamos fazer um dia de feriado em homenagem ao santo tal, são vários santos e isso abriria um precedente muito sério. É apenas minha modesta colaboração para o debate. Realmente a lei federal deve estipular e gostaria... Mas estamos no assunto que é delicado e merece atenção. Não sei se a Senhora Deputada Luzia Toledo gostaria de pedir vista para debatermos com maior amplitude, inclusive remontando a leitura dos pareceres. Perdão, Senhora Deputada Luzia Toledo, V.

96 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Ex.ª já pediu vista, inclusive reservo-me a uma leitura mais acurada dos outros projetos. Passamos ao próximo projeto da pauta e concedo a palavra o Senhor Deputado José Carlos Elias para relatar. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - O Projeto de Lei n.º 175/2013, de autoria da Senhora Deputada Luzia Toledo, determina a instalação de equipamentos de proteção nas pontes e viadutos do Estado. Senhor Presidente, lerei o relatório porque não li o anterior e às vezes pensam que demos o parecer aleatório, sem fundamentação. Infelizmente, demanda tempo. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Todos os pareceres estão por escrito. Diga-se de passagem, temos elogiado a Procuradoria que tem feito um trabalho muito bom. Obviamente o deputado tem o direito de dar sua opinião, que é superior a tudo. Se o deputado entender que o projeto é constitucional, tudo bem. Mas, nesse caso, se o Senhor Deputado José Carlos Elias tiver a convicção, vale como complementaridade ao seu entendimento o parecer que está dentro dos autos. Então, Deputado José Carlos Elias, se V. Ex.ª entender, é questão de entendimento próprio. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Após examinar o Projeto de Lei n.° 175/2013, a comissão jurídica da Comissão de Justiça o coloca como inconstitucional porque, embasado em várias legislações, diz que o projeto não tem fundamento para que determine a instalação de equipamentos nas pontes e viadutos situados no Estado. Diz o art. nº 61: Art. 61, §1º, "b" e "c", da Constituição Federal e art. 63, parágrafo único, III e VI, da Constituição Estadual, a competência para iniciativa de Leis que disponham sobre organização administrativa e pessoal da administração dos servidores públicos municipais e criação, estruturação e atribuições de suas secretarias é, respectivamente, privativa do presidente da república e do governador do estado, e por simetria, no caso do município, privativa do prefeito (...)

A partir disso, explica-se como não pode ser

a obrigatoriedade. Se algum Deputado quiser explanar, pois o parecer é bastante amplo; a comissão foi de acordo com a parte jurídica dizendo que o parecer é pela inconstitucionalidade.

O SR. PRESIDENTE - (ÉLCIO

ALVARES) - O relator opina pela inconstitucionalidade.

Faço o registro de que esse parecer, a exemplo dos demais, está muito bem fundamentado.

Essa é uma característica agora dos projetos submetidos à Justiça e há uma discussão no Plenário muito séria entre os nossos procuradores daqui e os procuradores de lá, que são os da Procuradoria do Estado. Mas faço esse registro: o gabarito dos nossos pareceres não faz feio diante de uma realidade jurídica que temos que trabalhar em favor da nossa causa. Os nossos procuradores estão fazendo um trabalho digno e que nos estadeia. O Senhor Deputado faz o relato tranquilo porque, além de judiciosos, os pareceres são bastante alentados no caso, por exemplo, que já vi nesta reunião e temos várias citações de julgado.

Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator.

O SR. DA VITÓRIA - Com o relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Sou autora,

portanto voto contra o parecer do relator. Contudo, vi que realmente tem um parecer robusto que foi estudado.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - A posição de V. Ex.ª é digna e eu, com todas as homenagens à ilustre autora, acompanho o relator.

Aprovado o parecer contra um voto. Continua com a palavra o Senhor Deputado

José Carlos Elias. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - O Projeto

de Lei n.° 207/2013, de autoria do Senhor Deputado Doutor Hércules, trata da implantação do controle eletrônico de atestado eletrônico emitidos nos hospitais públicos e na rede conveniada de saúde pública. Esse projeto recebeu um despacho denegatório da Mesa Diretora. Voltando a esta Comissão e, analisando junto à assessoria jurídica, na forma do artigo 41, inciso I e art. 143, parágrafo único, todos do Regimento Interno desta Casa, a Comissão de Justiça é pela rejeição do despacho denegatório do Projeto de Lei nº 207/2013, de autoria do Deputado Doutor Hércules, e, por consequência, pela regular tramitação da proposição legislativa.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - O despacho denegatório da Presidência foi mencionado com artigos que levaram o Senhor Presidente a fazer isso. Obviamente passou pela Procuradoria, como sabemos, e chegou ao Senhor Presidente que despachou. Mas a nossa Procuradoria, a posteriori, entendeu que o despacho não tem sustentação. O SR. GILSINHO LOPES - Senhor

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 97

Presidente, pela ordem! Não necessariamente tenha passado pela Procuradoria. Às vezes alguns membros da Mesa Diretora; às vezes servidor da Secretaria-Geral da Mesa dá esse despacho. Nem sempre passa pela Procuradoria prima facie. Tenho dito isso, porque vi projetos meus, sobre os quais recorri à Comissão de Justiça, que foi dado o parecer pelos Procuradores desta Casa, e estes foram contrários ao entendimento do despacho denegatório. Quando o Procurador emitir parecer pela rejeição do despacho denegatório, seguirei a Procuradoria. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Quero apenas dar uma contribuição ao debate nesta Comissão: quando no exercício da Presidência, competiu a mim examinar ou não o seguimento dos projetos, tive o cuidado de ter um Procurador. Aquele volume imenso de trabalho na Presidência e o Procurador sempre opinava. Depois, também, eu lia o despacho, se era dado tal artigo, verificava, e se tivesse procedência, admitia. Há um conflito em que a Procuradoria se opõe ao despacho denegatório. Tenho uma tradição nesta Comissão de Justiça; sempre acompanho a Presidência com seu despacho denegatório, mas o parecer da Procuradoria... Acabei de exaltar o trabalho dos Senhores Procuradores, e, ai ficamos dentro de uma situação...

Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator.

O SR. DA VITÓRIA - Com o relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - A Presidência pede vista.

Lerei esse projeto com muita atenção e com muito carinho e, na próxima sessão, devolverei o projeto com meu ponto de vista. Continua com a palavra o Senhor Deputado José Carlos Elias.

O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Projeto de

Lei n.º 210/2013, de autoria do Governador do Estado do Espírito Santo, que dá nova denominação à Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Alto Laje, Distrito de Itaimbé - Município de Itaguaçu-ES.

Senhor Presidente, nosso parecer é pela sua constitucionalidade.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Interessante, é o Senhor Governador quem está encaminhando, quando geralmente são os deputados que fazem a denominação.

Para quem faz política no Distrito de Itaimbé,

o Senhor Fabiano Francisco Tomasini, deve ser um personagem realmente da história daquele Distrito. O Senhor Deputado Gilsinho Lopes, por um acaso, tem conhecimento sobre o assunto?

O SR. GILSINHO LOPES - Tenho. Estou

vendo que no projeto está escrito Distrito de Itamimbé e o correto é Itaimbé, Itaguaçu. Passei por aquele Distrito, tem uma obra de Colatina até Itaimbé. Hoje, o Senhor Deputado Da Vitória vai querer denominar o trecho dessa obra. V. Ex.ª está liberado para nomeá-la. Viu, Senhor Deputado Da Vitória?

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. DA VITÓRIA - Com o relator. Gostaria de deixar registrado nos anais desta

Casa, principalmente porque é no Distrito de Itaimbé, que agora ficará mais perto do Município de Colatina com aquele asfalto bonito, o qual o Senhor Deputado Gilsinho Lopes fez o registro nesta Comissão. Evitaremos até passar pelo Município de Baixo-Guandu, que é uma cidade querida, pois será apenas trinta e nove quilômetros até o Bairro Luiz Iglesias, famoso acampamento.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Feito o registro, por não poder deixar de ser, já que é um Município em que o Senhor Deputado Da Vitória tem inteira intimidade.

A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

José Carlos Elias. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Projeto de

Decreto Legislativo n.º 66/2013, de autoria do Senhor Deputado Claudio Vereza, que concede o título de Cidadã Espírito-Santense à Senhora Ana Carolina Gonçalves de Oliveira.

O nosso parecer é pela sua constitucionalidade.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator. O SR. DA VITÓRIA - Com o relator.

98 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. O Senhor Deputado Claudio Vereza está

ausente. É até de se estranhar, porque S. Ex.ª é muito assíduo. Portanto o próximo relator é o Senhor Deputado Da Vitória, a quem concedo a palavra.

O SR. DA VITÓRIA - Nobre Presidente... O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Começamos com um veto, não é, Deputado?

O SR. DA VITÓRIA - Senhor Presidente, temos em mãos vários projetos para submetê-los à apreciação dos Senhores. Vou procurar ser bem objetivo e rápido para ver se conseguimos relatar esses projetos na data de hoje.

Mensagem de Veto n.º 156/2013, de autoria do Governador do Estado.

Em apertada síntese, a presente Mensagem de Veto Total aposto ao Projeto de Lei n.º 283/2012, de autoria do Senhor Deputado Luiz Durão, que se transformou em Autógrafo de Lei n.º 103/2013 que Dispõe a obrigatoriedade de instalar dispositivos de segurança que visem salvaguardar a vida dos consumidores usuários de piscinas nas entidades que oferecem esses serviços no Estado.

O projeto é formalmente inconstitucional, pois se trata de matéria de interesse local, ou seja, de competência legislativa suplementar municipal, conforme art. 30, § 2.º, da Constituição Federal de 1988. O veto total do Governador se due com fulcro nos artigos 66, § 2.º, e 91, IV da Constituição Estadual.

O parecer da Comissão é pela manutenção do veto total aposto pelo Governador, por intermédio da Mensagem de Veto n.º 156/2013.

O SR. GILSINHO LOPES - Da Comissão,

Senhor Presidente? O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. O SR. DA VITÓRIA - Senhor Presidente, o

meu voto é para que a Comissão seja pela manutenção do veto total. Será discutido, e peço a V. Ex.ª que seja pela manutenção do veto total.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - O parecer é favorável ao veto. O SR. DA VITÓRIA - Faça com que

realmente a Comissão seja pela manutenção do veto

total. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator.

O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o relator.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. E, diga-se de passagem, é um assunto que todos os dias está passando por esta Comissão, obras municipais.

Continua com a palavra o Senhor Deputado Da Vitória. Este é um projeto interessante, Senhor Deputado Da Vitória. A Proposta de Emenda Constitucional n.º 05/2013. V. Ex.ª, como sempre, deve ter feito uma avaliação.

O SR. DA VITÓRIA - Proposta de Emenda

Constitucional n.º 05/2013, de autoria do Senhor Deputado Roberto Carlos e outros. Senhor Presidente, fizemos um resumo, para ser rápido e objetivo.

Em apertada síntese, a Proposta de Emenda Constitucional n.º 05/2013 sugere a inclusão do inciso XII no artigo 23 e acrescenta os artigos 25-A e 85-A à Constituição Estadual, assegurando aos candidatos recém-eleitos para os cargos de Governador do Estado e de Prefeito Municipal o direito de obter acesso às informações sobre a respectiva administração, por meio da instituição de equipe de transição democrática de Governo.

A princípio, há de salientar que a presente proposta não apresenta matéria de aplicação positiva imediata, ou seja: deve aguardar a normatização de dispositivos do Regimento Interno e do Tribunal de Contas do Estado (norma de eficácia Limitada). Em análise aprofundada, trata-se de matéria constitucional de eficácia limitada, visando a supremacia do interesse público (coletivos, difusos e sociais).

Em análise, entende-se que a presente Proposta não traz nenhum ponto contraditório aos preceitos constitucionais federais e estaduais. Assim, consagrando-se como material e formalmente constitucional.

Outrossim, não há oposição, sobre a matéria em questão, na doutrina ou na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça ou no Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Desta forma, a sugestão apontada é modificar a

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 99

redação do § 1.º do art. 85-A referente ao art. 3.º da Proposta de Emenda n.º 05/2013, com a seguinte Emenda Modificativa:

Art. 3.º (...) Art. 85-A (...) §1.º A instituição da equipe de transição democrática de governo, prevista no caput deste artigo, será disciplinada por lei estadual específica, cuja inexistência não constituirá óbice, em qualquer hipótese, ao acesso às informações por todos aqueles que sejam credenciados pelo governador recém-eleito. A espécie normativa proposta está em conformidade com a Constituição Estadual, bem como com o Regimento Interno. Da mesma forma, a Proposta de Emenda Constitucional em questão não viola os ditames do regime inicial de tramitação da matéria, de quorum para aprovação, de processo de votação a ser utilizado. Não caracteriza desvio ou excesso do Poder Legislativo, não ataca os direitos fundamentais nem direitos humanos. Nenhuma cláusula pétrea ao princípio da isonomia, do direito adquirido, do ato jurídico perfeito ou da coisa julgada. Bem como, respeita a juridicidade, legalidade, técnica legislativa e demais formalidades previstas no regimento interno.

Portanto, relato, Senhor Deputado Gilsinho Lopes e demais Senhores Deputados, pela constitucionalidade, admissibilidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da presente proposta, desde que seja feita a emenda modificativa na redação da PEC n.º 05/2013.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada.

Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade.

O Senhor Deputado Claudio Vereza não está presente e tenho em mãos três Projetos de Decreto legislativo, todos concessivos de títulos. Já foram examinados e estão regulares. Por isso passarei a relatá-los.

Senhores membros da Comissão de Justiça, o Projeto de Decreto legislativo n.º 62/2013, concede título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Carlos Antônio Pereira. Relato pela sua aprovação.

Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator. O SR. DA VITÓRIA - Com o relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Aprovado o parecer à unanimidade. (Pausa)

Projeto de Decreto Legislativo n.º 64/2013, de autoria do Senhor Deputado Marcos Mansur, que concede título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Edson Itaboraí Fernandes Guimarães. Foram examinados os documentos, que se encontram de acordo com a norma legal. Relato pela sua aprovação.

Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator. O SR. DA VITÓRIA - Com o relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Aprovado o parecer à unanimidade. Projeto de Decreto Legislativo n.º 65/2013,

de autoria do Senhor Deputado Marcos Mansur, concede título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Edson Luís de Souza. Foram examinados os documentos que se encontram de acordo com a norma legal. Relato pela aprovação.

Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator. O SR. DA VITÓRIA - Com o relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

100 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

ALVARES) - Aprovado o parecer à unanimidade. Devolvo a palavra ao Senhor Deputado Da

Vitória para relatar as matérias que tem em mãos. Pedi, com a máxima venia, a interrupção, porque precisávamos relatar esses projetos.

O SR. DA VITÓRIA - Senhor Presidente,

em mãos a Proposta de Emenda Constitucional n.º 08/2013 de autoria do Senhor Deputado Rodrigo Coelho. Trata-se de emenda à Constituição Estadual no âmbito da assistência social que diz:

(...) propõe a garantia do investimento de 5% (cinco por cento) da receita orçamentária do Estado em programas, políticas e projetos sociais.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa

em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o art. 120 do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009) proferiu o despacho da fl. 02, no qual admitiu a tramitação da proposição entendendo, a priori, inexistir manifesta inconstitucionalidade e realizou encaminhamento para Parecer.

Em análise do relator entende-se pela inconstitucionalidade formal e material da presente proposta, na forma da redação apresentada. Haja vista que a Emenda apresenta vício de iniciativa do Poder Legislativo ao tratar de receita orçamentária do Estado, cuja competência de legislar sobre tal assunto é do Poder Executivo, isto é, ataca diretamente o inciso III, do Art.165 da Carta Magna. Ressalta-se que, em atual entendimento do STF o vício de iniciativa é insanável, mesmo que a presente Proposta de Emenda Constitucional venha a ser aprovada e sancionada. Desta forma, a sugestão apontada é modificar a redação da Proposta de Emenda Constitucional em foco, constando da possibilidade do Estado vincular percentual a ser destinado a programas de apoio à inclusão e promoção social de sua receita tributária líquida.

Dialogamos preliminarmente com o Senhor Deputado Rodrigo Coelho, autor da Proposta, que também está em sintonia e aceitou nossa emenda modificativa.

Portanto, a emenda modificativa ao Art. 1.º da Proposta de Emenda Constitucional n.º 08/2013 de autoria do Senhor Deputado Rodrigo Coelho e outros, passa a ter a seguinte redação: EMENDA MODIFICATIVA: O Art. 1º da Proposta de Emenda Constitucional 08/2013 de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Rodrigo Coelho e Outros, passa a ter a seguinte redação: Art. 1º O artigo 167 da Constituição Estadual passa a vigorar acrescido de parágrafo, com a seguinte redação: “Art. 167. (...) (...) § 1º (...) (...)

§ 2º É facultado ao Governo do Estado aplicar até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida no fomento da política, programas e projetos de desenvolvimento socioassistencial, nos termos do que dispuser as leis previstas no artigo 150 desta Constituição, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: I - despesas com pessoal e encargos sociais; II - serviço da dívida; III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados. Senhor Presidente, esta é a emenda. Nosso parecer é pela constitucionalidade e admissibilidade da presente proposta, com a emenda modificativa. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Gostaria de discuti-lo. Senhor Deputado Da Vitória, me parece que no fundo o projeto é autorizativo e estamos tomando uma posição aqui, agora, não permitindo projeto autorizativo, porque isso é facultado ao Estado.

Nós, nesta Comissão, temos que seguir uma linha: ou é ou não é no caso de facultar. E me parece também que esse sistema de vincular percentuais ao orçamento tem sido, até certo ponto, repelido dentro do âmbito congressual. Apenas estou trazendo um adminículo e gostaria, prazerosamente, de acompanhar V. Ex.ª. Mas faço, porque me pareceu, ouvindo sem maior profundidade, que este projeto embute uma autorização, no momento que é facultado ao Estado. No momento que você faculta, autoriza. O SR. DA VITÓRIA - Na realidade o deputado está propondo emendar a Constituição, propondo essa faculdade de até cinco por cento para o Governo do Estado investir em projetos sociais. Relatei pela constitucionalidade e legalidade e submeto o parecer a V. Ex.ªs, porque antes, da maneira como foi feito, estava sendo obrigado na emenda à Constituição.

Então, no entendimento da Procuradoria e nosso, o parecer seria pela inconstitucionalidade. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Não coloco maior óbice, mesmo porque, confesso, não fiz uma leitura mais demorada. Continua em discussão o parecer. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado José Carlos Elias.

O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Acho que

nessa questão de facultar ao Estado, ele hoje pode

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 101

investir cinco, dez, quinze por cento. Isso não está obrigatório e continua com a hipótese de que já é permitido por lei o Estado aplicar na educação, na saúde ou em qualquer setor da administração pública.

Logicamente que esta é uma Proposta de Emenda Constitucional que acredito não trará fundamento nenhum, embora eu seja de acordo com o parecer do relator. Na verdade o Estado vai continuar a fazer como vem fazendo, porque não está obrigando, está facultando. Então a iniciativa se torna inócua.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Continua em discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Acompanho o voto do relator, mas o termo facultativo... Aprovado o parecer à unanimidade. Devolvo a palavra ao Senhor Deputado Da Vitória. O SR. DA VITÓRIA - Projeto de Lei n.º 139/2013, de autoria do Senhor Deputado Luiz Durão, que dispõe sobre a obrigatoriedade de jornais, tabloides, revistas, periódicos e outros meios de divulgação exibirem os valores de venda ou de aluguel de bens móveis e imóveis anunciados em seus classificados. A.1 - Competência legislativa para dispor sobre a matéria e competência de iniciativa Verifica-se inicialmente a competência legislativa Estadual para deflagrar o presente procedimento, por se tratar de matéria relacionada a direito do consumidor, matéria de competência concorrente dos Estados, do Distrito Federal e da União; não caracterizando inconstitucionalidade por vício de iniciativa (...) Em suma, a proposição em foco aborda matéria de competência suplementar do Poder Legislativo. Sugiro à Comissão que acate o voto do relator pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 139/2013, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Luiz Durão, com fundamento no art. 24, inciso VIII, da Constituição da República, artigo 63 da Constituição Estadual, na legislação

infraconstitucional pertinente, especialmente no Código de Defesa do Consumidor. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o relator.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - A presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. O SR. GILSINHO LOPES - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço vênia a V. Ex.ª e aos membros desta Comissão para me ausentar, pois tenho que ir ao Tribunal de Justiça.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Apenas lamentamos pela sua ausência. Temos o quorum mínimo de quatro Senhores

Deputados, mas são quatro membros de grande merecimento, inclusive eu.

Devolvo a palavra ao Senhor Deputado Da Vitória.

O SR. DA VITÓRIA - Nosso parecer é pela

rejeição do Despacho Denegatório do Presidente da Mesa Diretora ao Projeto de Lei n.° 176/2013. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Quem é o responsável pela fixação dessas placas? O SR. DA VITÓRIA - Senhor Presidente, lerei o relatório que é auxiliado pela nossa Procuradoria: (...) E considerando que o momento do presente processo legislativo, em fase de recurso à Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, restringe-se à análise do mesmo e encontra-se vinculado a fundamentação aludida pelo Ilmo. Senhor Presidente da Mesa Diretora, só resta cabível a conclusão pelo deferimento do recurso ora apresentado e a consequente reforma da decisão do Ilmo. Senhor Presidente da Mesa Diretora. Pode-se concluir, assim, que o Projeto de Lei nº 176/2013 não viola o artigo 63, parágrafo único, incisos III e VI, da Constituição Estadual, razão pela qual se mostra necessária a reforma do despacho

102 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

denegatório do Excelentíssimo Senhor Presidente da Mesa Diretora e deferimento do recurso ora apresentado, devendo seguir, o projeto de lei, sua tramitação regular nesta Casa de Leis, sugerindo aos membros desta Comissão a adoção do seguinte (...) (...) a obrigação de fixar placas ou cartazes informativos sobre a possibilidade do pedido de reconhecimento de paternidade ser iniciado em qualquer cartório de registro civil está muito longe de violar desarrazoadamente o princípio da separação de poderes. (...)

Senhor Presidente, a obrigação, em nosso entendimento, é dos próprios cartórios, que ficam obrigado a afixar placas ou cartazes informativos sobre a possibilidade do pedido de reconhecimento de paternidade ser iniciado em qualquer cartório de registro civil.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Traremos uma contribuição ligeira: acho que o despacho denegatório tem procedência, porque obrigar o cartório a dizer: neste local, pode-se iniciar um processo de reconhecimento de paternidade... Têm vários aspectos do código que mereceriam uma tabuleta também, a exemplo dessa citada.

Achei estranho, mas obviamente V. Ex.ª tem sido judicioso na leitura dos pareceres e na formulação do ponto de vista de V. Ex.ª e adotou um entendimento no qual, obviamente, a Comissão de Justiça, através de seus maiores, poderá determinar um rumo a esse processo.

Colocarei uma dúvida, mas não votarei contra. Colocarei uma dúvida, porque achei estranho. E tenho uma norma que já estadeei para nesta Comissão: geralmente acompanho o despacho denegatório, porque parto do princípio de quando estava Presidência era muito escrupuloso em conceder o despacho denegatório. É o meu comentário.

Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. MARCELO SANTOS - Com o

relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, como não acompanhei o debate e prefiro não votar.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator, deixando claro um ponto de interrogação.

Meu juízo ainda não está muito alicerçado, porque o despacho denegatório é forte. Mas, o Senhor Deputado Da Vitória tem mostrado através dos seus pareceres que as matérias são todas muito bem estudadas.

Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Da Vitória. O SR. DA VITÓRIA - Senhor Presidente, a

manifestação da Procuradoria desta Casa é sempre muito importante para formular o nosso voto.

Cumprimentamos o Senhor Deputado Marcelo Santos, que acaba de chegar a esta Comissão.

O A Proposta de Projeto de Resolução n.º 15/2013, de autoria do Senhor Deputado Marcelo Santos, objetiva dar nova redação aos artigos 3.° e 5.° da Resolução n.° 2.395, de 19/07/13, que institui o Certificado-Inclusão e o Selo-Inclusão no âmbito da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo.

Senhor Presidente, uma contribuição muito ampla, também, da nossa Procuradoria, aqui no nosso voto.

Vou ler a justificativa ao projeto e parabenizo o Senhor Deputado Marcelo Santos.

JUSTIFICATIVA As alterações que hora se propõe neste Projeto de Resolução tem por objetivo adequar a Resolução 2395/2007 no tocante a forma de concessão do Certificado-Inclusão e o Selo-Inclusão. A Comissão de Infraestrutura, de Desenvolvimento Urbano e Regional, de Mobilidade Urbana e de Logística ao fiscalizar e fomentar o debate de temas pertinentes à infraestrutura, principalmente no que tange a acessibilidade para portadores de necessidades especiais, tem ligação direta e o mérito para homenagear aqueles que adequam suas edificações, bem como aqueles que treinam seus funcionários, eliminando as barreiras arquitetônicas e sociais, a fim de garantir o acesso às pessoas com deficiência e idosas. Desta forma, entendemos serem necessárias às alterações propostas no presente projeto, tendo em vista que dentre as atribuições da Comissão de Infraestrutura cabe propor e executar eventos e pesquisas que contribuam para a melhoria da prestação dos serviços públicos de infraestrutura, de logística, de transportes, de mobilidade urbana e de desenvolvimento urbano e regional. Neste sentido, conclamamos aos nossos pares que se manifestem favoráveis à aprovação desta importante medida.

Essa é a justificativa do Projeto de Resolução

n.º 15/2013, que dá nova redação ao Projeto de Resolução n.° 2.395, de 19/07/2007, que institui o Certificado-Inclusão e o Selo-Inclusão no âmbito da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo. O Deputado Marcelo Santos propõe que:

Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 Diário do Poder Legislativo - 103

Art. 1.º - O art. 3º da Resolução nº 2.395, de 19/09/2007, passa a vigorar com a seguinte alteração: “Art. 3º O Certificado-Inclusão e o Selo-Inclusão serão concedidos pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, por indicação da Comissão de Infraestrutura, de Desenvolvimento Urbano e Regional, de Mobilidade Urbana e de Logística, podendo a mesma também solicitar ao Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, ao Conselho Estadual do Idoso e ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Espírito Santo - CREA-ES para apresentarem sugestões, que após serem apreciadas pela Comissão citada e aprovada, também serão agraciados nas seguintes graduações.” (...)

Aí S. Ex.ª cita as graduações, que estão no projeto anterior. E o art. 2.º diz: Art. 2º - O art. 5º da Resolução nº 2.395, de 19/09/2007, passa a vigorar com a seguinte alteração: “O Certificado-Inclusão e o Selo-Inclusão serão entregues, em Sessão Solene ou Especial, preferencialmente no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência - 3 de dezembro - ou em data oportuna.”

Então, esses são os dois artigos que S. Ex.ª propõe fazer alteração, incluindo o Crea.

Senhor Presidente, parabenizando o Senhor Deputado Marcelo Santos, nosso parecer é pela constitucionalidade, legalidade e boa técnica legislativa do projeto.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES)

- Em discussão o parecer. (Pausa) O SR. MARCELO SANTOS - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES)

- Concedo a palavra ao Senhor Deputado Marcelo Santos.

O SR. MARCELO SANTOS - Na verdade,

quem apresentou este Projeto foi o Senhor Deputado Claudio Vereza. E vou registrar aqui o porquê da ideia de aprimorar o Projeto.

Ao sair de um restaurante deparei-me com uma pessoa portadora de deficiência, cadeirante, dizendo que criou o hábito de almoçar naquele restaurante porque aquele foi um dos primeiros restaurantes a garantir aos deficientes o acesso ao restaurante, que antes era por uma escada. E o dono do restaurante, que estava ao seu lado, disse: Inclusive fui homenageado por conta disso. E me levou para ver a placa. Conversarmos alguma coisa sobre essa questão, e surgiu a ideia de dar uma contribuição ao projeto que o Senhor Deputado Claudio Vereza à época apresentou. Inclusive startamos uma ação na Comissão de Infraestrutura, paralisada por conta do recesso e reiniciada agora, que é fiscalizar os prédios públicos. Primeiramente os prédios públicos para garantir que estejam dentro das normas

estabelecidas no País, porque se o Poder Público não der o exemplo não poderá cobrar de ninguém.

Queremos em parceria com os órgãos fiscalizadores e outros, além da Assembleia Legislativa, contribuir com quem principalmente necessita de acessibilidade.

Cumprimentamos o autor da matéria, Senhor Deputado Claudio Vereza. Muito nos honra poder aprimorar a matéria ora relatada pelo Senhor Deputado Da Vitória.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES)

- Continua em discussão o parecer. (Pausa) O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES)

- Concedo a palavra ao Senhor Deputado Senhor Deputado Claudio Vereza.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Apenas

parabenizarmos o Senhor Deputado Marcelo Santos, tendo em vista a matéria em análise, aperfeiçoando nossa iniciativa de algum tempo atrás, em 2007, que realmente teve, salvo engano, apenas uma certificação, uma vez apenas, durante um ano.

Também tenho o hábito de ir somente àquele restaurante. Acredito que V. Ex.ª está se referindo ao Galetinho de Vitória, não é? O Restaurante Galetinho, do Município de Vitória, foi todo construído com sanitários; acessibilidade em todos os locais, além de ter um excelente cardápio. Muito bom! É um pouquinho caro, mas corresponde à qualidade do alimento e às facilidades que as pessoas, de maneira geral, encontram.

Parabéns, Senhor Deputado Marcelo Santos. Gostei que V. Ex.ª incluiu o Crea, que pode contribuir ainda mais com o esse tipo de certificação.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES)

- Continua em discussão o parecer. (Pausa) A SR.ª LUZIA TOLEDO- Senhor Presidente,

pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES)

- Concedo a palavra à Senhora Deputada Luzia Toledo. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Cumprimentamos

os Senhores Deputados Marcelo Santos e Claudio Vereza, pois o projeto é muito importante. Hoje não se admite mais nenhuma construção sem acessibilidade. Quem não o fez, terá que fazer, porque não é possível essa situação.

Lembro-me, Senhor Presidente, que fui a uma festa da Telebrás e levei um cadeirante do Estado do Espírito Santo, não me lembro do nome, mas é bem conhecido do Senhor Deputado Claudio Vereza, arrumei as acomodações em Brasília, pois seria um dos homenageados. Quando chegamos à escadaria da Telebrás, até chegar ao andar onde estavam os elevadores - era uma imensa escadaria - já estavam presentes vários seguranças para carrega-lo. Eu disse: Não acredito! Como pode homenagear um segmento, já

104 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 30 de setembro de 2013

tendo um pessoal escalado para levá-lo pela escada, dois ou três seguranças. Fiquei tão horrorizada, não me recordo do nome, pois faz muito tempo, era Senadora à época. Lembro-me que era uma pessoa muito pesada. É um cidadão do Município de Vila Velha, até fabricava cadeira de rodas. Foi um sacrifício para levá-lo até lá em cima. Então, isso tem que acabar.

Parabenizamos o Senhor Deputado Marcelo Santos por ter aprimorado a iniciativa do Senhor Deputado Claudio Vereza. Hoje saímos felizes com esse projeto.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES)

- Continua em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. MARCELO SANTOS - Com o relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES)

- A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Estamos terminando a reunião, mas ainda

temos dois títulos de Cidadania, salvo engano. Peço vênia à Senhora Deputada Luzia Toledo, para solicitar ao Senhor Deputado Marcelo Santos que relate apenas o nome e se o projeto se encontra regular para votarmos.

Continua com a palavra o Senhor Deputado Marcelo Santos.

O SR. MARCELO SANTOS - Senhor

Presidente, o Projeto de Lei n.º 118/2013, atende a todos os pré-requisitos que o Regimento Interno desta Casa, por meio da resolução que normatizou, enfim se esquadra, declara de utilidade pública a Associação dos Produtores Rurais de Meia Légua - Aprumel, situada no Município de Santa Leopoldina/ES. Nosso parecer é pela sua constitucionalidade e legalidade. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - A presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado Marcelo Santos. O SR. MARCELO SANTOS - Projeto de

Decreto Legislativo n.º 68/2013, que concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Nilmário de Miranda. O projeto atende a todos os pré-requisitos estabelecidos pelo Regimento Interno e pelas normas deste Poder. Nosso parecer é pela sua constitucionalidade.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - A presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado Marcelo Santos.

O SR. MARCELO SANTOS - Projeto de Decreto Legislativo n.º 67/2013, de autoria do Senhor Deputado Jamir Malini, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Marcos dos Santos. O projeto atende a todas as normas estabelecidas por este Poder. Nosso parecer é pela sua constitucionalidade.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - A presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Informo que na próxima Ordem do Dia recomendarei ao Senhor Secretário que dê preferência de relato aos Senhores Deputados que não tiveram oportunidade de fazê-lo nesta reunião, liderando a Senhora Deputada Luzia Toledo, que seria a próxima relatora. Findo o tempo destinado à presente reunião, pelo que vou encerrá-la. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, ordinária, para a qual designo EXPEDIENTE: O que ocorrer.

Está encerrada a reunião.

HORÁRIO E LOCAL DAS REUNIÕES ORDINÁRIAS DAS COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E

REDAÇÃO Dia: terça-feira Horário: 13h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA,

ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E TOMADA DE CONTAS

Dia: segunda-feira Horário: 13h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA, DE

DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA

E DE LOGÍSTICA Dia: segunda-feira Horário: 9h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”.

COMISSÃO DE SEGURANÇA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

Dia: segunda-feira Horário: 10h30m Local: Plenário “Dirceu Cardoso”.

COMISSÃO DE CULTURA E DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Dia: segunda-feira Horário: 12h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO

Dia: segunda-feira Horário: 13h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”. COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO Dia: terça-feira Horário: 9h Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA

E DOS DIREITOS HUMANOS Dia: terça-feira Horário: 10h Local: Plenário “Rui Barbosa”.

COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS

Dia: terça-feira Horário: 11h Local: Plenário “Rui Barbosa”.

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Dia: terça-feira Horário: 10h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE

Dia: terça-feira Horário: 11h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

Dia: terça-feira Horário: 12h30m Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E

PESCA, DE ABASTECIMENTO E DE REFORMA AGRÁRIA

Dia: terça-feira Horário: 13h30 Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”. COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA,

INOVAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL, BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO

PROFISSIONAL E PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS

Dia: segunda-feira Horário: 14h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL Dia: segunda-feira Horário: 14h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Estado do Espírito Santo

SECRETARIA GERAL

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral

CARLOS EDUARDO CASA GRANDE Secretário-Geral da Mesa

JULIO CESAR BASSINI CHAMUN Procurador-Geral

MARCELO BOZIO MONTEIRO Secretário de Comunicação Social

RAULINO GONÇALVES FILHO Chefe de Gabinete da Presidência

OCTAVIO LUIZ ESPINDULA Subdiretor-Geral

PAULO DA SILVA MARTINS Subprocurador-Geral

DIRETORIAS LEGISLATIVAS

MARCELO SIANO LIMA Diretor das Comissões Parlamentares

MARCUS FARDIN DE AGUIAR Diretor de Processo Legislativo

RICARDO WAGNER VIANA PEREIRA

Diretor de Redação

JOÃO PAULO CASTIGLIONI HELAL Diretor da Procuradoria

FABIANO BUROCK FREICHO

Diretor de Recursos Humanos

MARILUCE SALAZAR BOGHI Diretor de Taquigrafia Parlamentar

JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA DE SOUZA JÚNIOR

Diretor de Tecnologia da Informação

ADRIANA DOS SANTOS FERREIRA FRANCO RIBEIRO Diretor de Documentação e Informação

JORGE ANTÔNIO FERREIRA DE SOUZA

Diretor da Consultoria Temática

WILSON TEIXEIRA GAMA Diretor de Infraestrutura e Logística

LUIS CARLOS GIUBERTI

Diretor de Segurança Legislativa

JANAINA DO NASCIMENTO VALOIS Diretora de Finanças