PORTOmomentos de rua

Diário Pessoal #4 Alexandre M. Ferreira

25 de março de 2013 .

A vida na cidade deve-se, essencialmente, aos movimentos das pessoas em torno daquilo que lhes é mais importante. Os seus passos tendem a seguir os caminhos que as levam de casa para o trabalho ou para a esco-la, a busca de bens de consumo que existem em lojas, mercados e super-mercados, a vontade de se divertirem com amigos ou, simplesmente, a procura de um monumento histórico, um lugar ao sol ou uma vista para o rio. Por outro lado, quem procura uma esmola ou uma recompensa pela sua música de rua sabe que tem de assentar onde os outros passam, vivendo em permanente dependência com os seus locais de partida e de chegada.

Paralelamente à mancha humana, constituída por habitantes locais e visitantes, passeiam-se os animais mais típicos do Porto, – os cães, os gatos vadios, os pombos e as gaivotas – compondo a constituição dos seres vivos animados com as suas formas, movimentos, cores e sons.

A períodos diferentes, nascem e morrem os edifícios, as estradas, os passeios e os meios de transporte que satisfazem (ou querem satisfazer) as nossas necessidades.

Assim funciona uma cidade, como um corpo vivo que se alimenta, que respira, que se fere e que chora, crescendo a pouco e pouco.De manhã acorda e quando o sol se põe adormece.

Alexandre M. Ferreira

Ficha Técnica:

Câmera Canon EOS 350DObjectiva Canon EF 50mm 1:1.8 II Objectiva Canon EFS 18-55mm 1:3.5-5.6 II

Alexandre M. Ferreira http://about.me/alexandremferreira