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Material fornecido por ISO 31000 Comentada . Plano de Gestão de Riscos (PGR) Dicas práticas para elaboração passo a passo Consideramos muito importante que esse documento seja elaborado tendo a estrutura de uma instrução de trabalho ou de um procedimento documentado. Quando necessário faça referência a documentos anexos. O PGR deve ser revisado periodicamente em função das análises críticas e do próprio acompanhamento do Plano. As dicas a seguir são uma consolidação prática das diretrizes da ISO 31000:2009. Em vermelho coloquei exemplos de registros necessários para que a gestão de riscos possa ser aplicada. Eles podem estar todos consolidados em software, em uma planilha ou da forma que você considerar mais apropriada. 1 Descreva de forma objetiva e sucinta a justificativa para implementação do Plano de Gestão de Riscos (PGR). Essa etapa eu considero fundamental para você poder vender a ideia do PGR para os envolvidos numa etapa seguinte. Por exemplo: Vamos implementar um PGR tendo como objetivo garantir o resultado de vendas esperado no lançamento do nosso novo produto. Ou, Vamos implementar um PGR para aumentar a eficácia de nossos sistemas, buscando atingir sempre 99,5% de disponibilidade dos serviços prestados. Ou, Vamos implementar um PGR para melhorar o atendimento aos objetivos definidos em nosso Plano Estratégico 2015 2017. Ou, Vamos implementar um PGR em nossa unidade prestadora de serviços no projeto Refinaria Abreu e Lima na execução dos serviços de terraplanagem e pavimentação garantindo que o projeto seja feito dentro do prazo e do custo acordados no contrato. 2 Defina o escopo do Plano de Gestão de Riscos Veja exemplos: Projeto de revitalização do porto do Rio;

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Material fornecido por ISO 31000 Comentada.

Plano de Gestão de Riscos (PGR)

Dicas práticas para elaboração passo a passo

Consideramos muito importante que esse documento seja elaborado tendo a estrutura de

uma instrução de trabalho ou de um procedimento documentado.

Quando necessário faça referência a documentos anexos. O PGR deve ser revisado

periodicamente em função das análises críticas e do próprio acompanhamento do Plano.

As dicas a seguir são uma consolidação prática das diretrizes da ISO 31000:2009.

Em vermelho coloquei exemplos de registros necessários para que a gestão de riscos possa ser

aplicada. Eles podem estar todos consolidados em software, em uma planilha ou da forma

que você considerar mais apropriada.

1 – Descreva de forma objetiva e sucinta a justificativa para implementação do Plano de

Gestão de Riscos (PGR). Essa etapa eu considero fundamental para você poder vender a

ideia do PGR para os envolvidos numa etapa seguinte.

Por exemplo:

Vamos implementar um PGR tendo como objetivo garantir o resultado de vendas esperado no

lançamento do nosso novo produto.

Ou,

Vamos implementar um PGR para aumentar a eficácia de nossos sistemas, buscando atingir

sempre 99,5% de disponibilidade dos serviços prestados.

Ou,

Vamos implementar um PGR para melhorar o atendimento aos objetivos definidos em nosso

Plano Estratégico 2015 – 2017.

Ou,

Vamos implementar um PGR em nossa unidade prestadora de serviços no projeto Refinaria

Abreu e Lima na execução dos serviços de terraplanagem e pavimentação garantindo que o

projeto seja feito dentro do prazo e do custo acordados no contrato.

2 – Defina o escopo do Plano de Gestão de Riscos

Veja exemplos:

Projeto de revitalização do porto do Rio;

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Desenvolvimento do SIENA 2016;

Aplicado a toda organização;

Processos de fabricação, inspeção e expedição das famílias de produtos X, Y e Z;

Apenas para riscos estratégicos e financeiros da empresa;

Riscos ambientais na planta de Jundiaí – SP;

Riscos de SSO em todas as operações da organização;

3 – Defina quais são as partes interessadas que estarão relacionadas à gestão de riscos.

Neste momento descreva de forma objetiva as responsabilidades neste processo

relacionadas a:

a) Participar do processo de definição dos critérios de riscos e tomada de decisão;

b) Irão diretamente gerenciar o processo de gestão de riscos;

c) Serão impactados pelos riscos e precisam ser comunicados por treinamentos, alertas, sobre

procedimentos de segurança, por exemplo.

4 – Liste quais objetivos mensuráveis da organização estarão sendo considerados no

processo de gestão de riscos.

Exemplo: o prazo de entrega de um contrato ou o custo de um projeto. Os indicadores

definidos em um planejamento estratégico ou estabelecidos para monitorar um sistema de

gestão da qualidade podem ser exemplos de objetivos mensuráveis já estabelecidos e que

podem estar sujeitos a incertezas, crie uma lista.

5 - Estabeleça objetivos mensuráveis para monitorar a eficácia da gestão de riscos.

Exemplos:

a) – Percentual de execução do plano de tratamentos a riscos;

b) - [Economia com prevenção ou mitigação de resultados negativos em eventos indesejados]

– [Investimentos em tratamentos dos riscos] = Resultado Financeiro da Gestão de Riscos *

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* não considera aspectos qualitativos, por exemplo, redução da poluição e melhoria da

qualidade de vida no ambiente de trabalho proporcionada por um ambiente mais seguro.

c) Redução do número de acidentes de trabalho: [número de acidentes do trabalho depois da

GR] comparado com [número de acidentes do trabalho antes da GR];

d) Considerar também os indicadores estabelecidos no item (4), ou seja, os indicadores do

próprio painel de objetivos organizacionais.

For 1: Mapa de indicadores organizacionais e gestão de riscos.

6 – Definição dos Critérios de Riscos

Através de uma consulta as partes interessadas e a legislação em vigor, defina então os

critérios de riscos.

Você pode usar as explicações que demos neste ambiente para elaborar sua matriz de critérios

de riscos.

FOR 2: Matriz de Risco.

7 – Implementação do Risk Assessment (identificando, analisando e avaliando riscos)

Estabeleça cronogramas de treinamentos para aqueles responsáveis que ainda não dominam

as ferramentas de risk assessment que serão aplicadas.

Nesta etapa você pode utilizar as considerações que demos no item 5.4 deste ambiente.

É importante que nesta etapa as responsabilidades por este processo de avaliação de riscos já

estejam definidas e que o responsável possa ter acesso às equipes multidisciplinares para

realizar a identificação, análise e avaliação dos riscos para cada conjunto de tipos de riscos.

É importante que essa informação seja registrada de forma consolidada e de preferência em

formato eletrônico.

FOR 3: Planilha de Risk Assessment

8 – Estabelecendo planos de tratamento de riscos

Considere as recomendações sugeridas neste ambiente para o estabelecimento do plano de

tratamento de riscos.

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FOR 4: Planos de Tratamento (5W2H);

9 – Gestão de Eventos

Ao iniciar na Gestão de Riscos, uma organização pode ter poucos eventos registrados, não ter

uma base de dados ou qualquer outra fonte de informação.

Para melhoria da eficácia da gestão de riscos é importante que tais eventos sejam

sistematicamente registrados para gerar histórico.

Exemplos: furtos, acidentes, casos fortuitos, variações elevadas em preços de commodities,

cancelamento de contratos, situações políticas adversas, reivindicações, processos judiciais,

etc.

FOR 5: Registro de eventos indesejados.

10 – Monitoramento e Análise Crítica

Mensalmente aproveite as reuniões de análise crítica do Sistema de Gestão ou do

Planejamento estratégico para apresentar os indicadores da gestão de riscos e realizar uma

análise crítica para a estrutura e o processo de gestão de riscos.

Analisar se o plano de tratamento está sendo eficazmente implementado e apontar para

mudanças, se necessárias, para o processo de gestão de riscos.

Os objetivos estão sendo atingidos?

Os objetivos da gestão de riscos estão sendo atingidos e a mesma se mostra eficaz?

Os planos de tratamento estão sendo implementados e sendo eficazes ?

Os recursos são suficientes para gerenciar riscos?

FOR 6: Relatório de análise crítica.

11 – Revisão do documento PGR

O contexto interno e externo está sempre em constante mudança. O escopo pode ser

alterado, os objetivos podem mudar, as responsabilidades poderão ser alteradas, novas

metodologias e recursos poderão estar disponíveis, etc.

A análise crítica é um momento para decidir se há ou não necessidades para mudanças no

PGR.

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Uma dica fundamental é Integrar o PGR a gestão estratégica da empresa.

Considerações finais

Considero ideal que o PGR seja desenvolvido no formato de um procedimento, conforme

citamos nas recomendações de elaboração do PGR, eu considero que com 6 formulários

anexos você gerenciará as principais informações relativas aos riscos.