41
Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Embed Size (px)

Citation preview

Page 2: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Um caso real para iniciarmos nossa conversa...

“Temos uma língua própria que revela uma cultura própria.”

Page 3: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Logo, devemos começar por reforçar a íntima relação entre

LINGUAGEM E CULTURA.

Page 4: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

?

Page 5: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos
Page 6: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Para que isso bem ocorra, é importante deixar claro

o que estamos tratando por “cultura”

e o que estamos chamando de “linguagem”,

para podermos estabelecer a relação entre elas.

Page 7: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos
Page 8: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos
Page 9: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos
Page 10: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos
Page 11: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos
Page 12: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Conceitos de cultura e de linguagem

O conceito mais comum e ao qual nos habituamos

Page 13: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

“Cultura é a coleção de comportamentos

aprendidos, recriados e passados

adiante, e que contribuem para nos diferenciar, cada vez

mais, das outras espécies de animais.”

Page 14: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Uma outra possibilidade de pensar a CULTURA...

Page 15: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

O homem é um animal amarrado a teias de significado que ele mesmo

teceu.(Max Weber)

Assumo a cultura como sendo essas

teias e a sua análise.Clifford Geertz

Page 16: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Portanto, mais do que buscar LEIS, esta compreensão da cultura permite

encontrar INTERPRETAÇÕES, SIGNIFICADOS.

Page 17: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Aqui, porém, consideraremos que as linguagens são formas de expressar

diferentes culturas.

Sabemos que, conceitualmente, linguagem é qualquer e todo

sistema de signos que serve de meio de comunicação de idéias ou

sentimentos através de signos convencionados (...)

Page 18: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Começam, assim, os nossos problemas no que se refere ao

cotidiano escolar...

?

Page 19: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Como conciliar PARTICULARIDADES

num espaço, por natureza, COLETIVO, como é o caso da escola?

Page 20: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Nós, nossas escolas, nossos alunos e famílias não fomos

formados para isso...

Page 21: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Na escola, diferentes culturas e linguagens convivem e elas podem ser tratadas sob a perspectiva do

confronto e do diálogo. Ambos estão presentes todo o

tempo e ambos são oportunidades de crescimento e aprendizagem.

Page 22: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Para isso, precisamos rever o modo como nos acostumamos a lidar

com as diferenças: conflitos geracionais, de gênero, família-

escola, etc. São conflitos de diferenças e, em grande parte, diferenças culturais, no sentido

que demos acima.

Page 23: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

CONFRONTOS CULTURAIS NO INTERIOR DA ESCOLA

Confrontos Geracionais

Confrontos de Classes

Confrontos de Gêneros

Confrontos Professor/Aluno

Confrontos Família/Escola

Page 24: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

EXPRESSAM CONFRONTOS ENTRE DIFERENTES MODOS DE VER O MUNDO E SE POSICIONAR NELE

Velhos

Jovens

Masculino

Feminino

Patrões

Empregados

Professor

Alunos

Família

Escola

Page 25: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Velhos Jovens

Masculino

Feminino

Patrões Empregados

Professor

Alunos

Família

Escola

Família

Masculino

Velhos

Jovens

Feminino

Professor

Patrões

Escola Empregados

Alunos

MESMOS PROJETOS

PROJETOS OPOSTOS

Page 26: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Para bem aproveitar o caráter educativo desses conflitos, nossa proposta é buscar, em primeiro

lugar, o que nos aproxima e o que nos afasta entre nós, dentro da

comunidade escolar,

Page 27: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

não sob a perspectiva do dualismo, das dicotomias, mas sob a perspectiva dos projetos:

quem tem PROJETOS SEMELHANTES, aos quais

devemos nos aliar e quem tem PROJETOS OPOSTOS, aos quais

devemos enfrentar.

Page 28: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Nesse processo, é fundamental compreender a língua do outro.

Provavelmente, ao fazer isso, descobriremos que muita coisa que entendíamos de um modo,

na verdade, significa outra coisa e nos aproxima mais do que nos

afasta.

Page 29: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Adriana Calcanhoto, Renato Russo, Moska,

Marina Lima, etc...

Um exemplo vivido em aula...

Page 30: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

De tudo que guardei pra ti o pedaço que vale de mimo pedaço do pedaço que guardei pra ti! (Pitty) Você quer um pedaço de mim? Você quer um pedaço de mim... (Britney Spears)

Page 31: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Do mesmo modo, muito do que dizemos também pode estar

significando outra coisa.

Page 32: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Três grandes perguntas, então, devem nos mobilizar, e trago

para elas alguns relatos de experiência, que devem ser vistos

como exemplos, e não como respostas. Cada um, na sua

realidade, deve construir a sua. E essas perguntas são:

Page 33: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

O que estão dizendo nossos alunos com as diferentes

linguagens que expressam suas diferentes culturas?

Page 34: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

O que estamos dizendo nós,

educadores, entre nós, aos nossos alunos e à comunidade escolar,

com as diferentes linguagens que

expressam nossas diferentes culturas?

Page 35: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos
Page 36: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Como o espaço e o tempo podem ser usados para transformar a escola na grande arena onde

ocorre cotidianamente, minuto a minuto, o diálogo crítico e

construtivo dessas linguagens que expressam essas diferentes

culturas?

Page 37: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos
Page 38: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

CONCLUSÃOA título de encerramento, fica aqui o

convite para nos lançarmos nessa aventura de lidar

com a LINGUAGEM e a CULTURA em nós e no outro, por uma outra via e com outro modo de olhar.

É preciso ter coragem e se lançar, pois, como nos afirma Peter Berger,

Page 39: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

A sociedade nos oferece cavernas quentes, razoavelmente confortáveis, onde podemos nos aconchegar a outros homens, batendo os tambores que encobrem os uivos das hienas na escuridão.

Êxtase é o ato de sair da caverna, sozinho, e contemplar a noite...

Page 40: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

Mas o Êxtase só interessa enquanto postura, modo de ver o mundo...

Na prática cotidiana da Escola, interessam as práticas coletivas,

quando, juntos, superamos o medo do novo e produzimos

conhecimento, competência e beleza...

Page 41: Diferentes Culturas e Linguagens na Escola: confrontos e diálogos

... porque fazer MAIS,MELHOR,

DIFERENTE,está na nossa natureza de

EDUCADORES.

E como a natureza do humano é a CULTURA, deve estar naquilo que SOMOS e FAZEMOS, transmitido

pela nossa LINGUAGEM.