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DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM x DESAFIOS METODOLÓGICOS

Autora: Lisane Odete Rheinheimer1

Orientador: Dr. Douglas Roberto Borella2

Resumo

Este trabalho é resultado de estudos realizados no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, turma 2010/2012. O objetivo consistiu em propor sugestões de ações pedagógicas, aos professores das séries finais do ensino fundamental, das escolas públicas do estado do Paraná, contemplando uma abordagem inclusiva junto a alunos com dificuldades de aprendizagem. Este estudo pautou-se principalmente nos teóricos de: Vigotski (1998), Pain (1992) e Libâneo (1997). Nos pareceres de Vigotski (1998) buscamos aprofundar o conhecimento relacionado ao processo de desenvolvimento e de aprendizagem na vida escolar dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem. Tendo como ponto de partida a compreensão de como se estabelece o nível de desenvolvimento da criança na idade escolar, identificados por Vigotski como: real e proximal. Outro aspecto fundamental neste estudo é a dificuldade de aprendizagem, resultando no fracasso escolar, situação apresentada por aqueles alunos identificados como “normais”. Para Pain (1992), existem quatro fatores que atuam sobre os problemas de aprendizagem, sendo: os orgânicos, os específicos, os psicógenos e os ambientais. Podemos considerar o problema de aprendizagem como um sintoma, no sentido de que o não aprender não configura um quadro permanente, mas ingressa numa constelação peculiar de comportamento, nos quais se destaca como sinal de descompensação, ou seja, problemas de aprendizagem, não é o contrário de aprender, ela cumpre seu sintoma, mas com outros fatores que a permeiam (PAIN, 1992, p 28). Neste sentido, nos estudos de Libâneo (1997), encontramos o embasamento teórico a fim de propormos intervenções didáticas diferenciadas, contemplando uma abordagem inclusiva junto de alunos com dificuldades de aprendizagem. Necessitamos minimizar as dificuldades de aprendizagem, enfatizando a necessidade de repensarmos nossa prática pedagógica. Para o encaminhamento da pesquisa optamos pela elaboração de um questionário de cunho quantitativo e qualitativo aos professores, os quais tinham inseridos em suas salas de aula alunos com dificuldades de aprendizagem para posterior análise dos resultados, culminando com a elaboração de uma proposta didática no aperfeiçoamento de métodos, estratégias e meios de ensino para melhor atender estes alunos.

Palavras-chave: Metodologias; dificuldade-aprendizagem; diferenças.

1 Metodologia de Ensino, Ciências Biológicas, Colégio Estadual Eron Domingues EFMN.

2 Doutor em Educação Especial UFSCar, Graduado Educação Física - Unioeste, Professor.

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1 Introdução

Este estudo foi elaborado a partir da necessidade de aprimorarmos nossos

conhecimentos para melhor atendermos as especificidades dos alunos que

apresentam dificuldades de aprendizagem. Buscamos o embasamento para este

estudo nos achados de Libâneo (1997), tendo como eixo referencial os seguintes

apontamentos: ensino aprendizagem; dificuldade de aprendizagem e métodos de

ensino para facilitar o processo do aprender.

Quando nos referimos ao processo de ensino aprendizagem, devemos ter

clareza de dois momentos indissociáveis: o ensinar e o aprender. Relacionado a

estes, a forma como isto se processa.

Segundo Libâneo (1997) devemos entender o processo de ensino

aprendizagem como um conjunto de ações de professores e alunos, onde o ponto

de partida deve ser a leitura que o professor faz do conhecimento que o aluno traz

consigo, sendo caracterizado, principalmente, por desenvolvimento nas

transformações das capacidades intelectuais de seus alunos, na diversidade e na

qualidade de suas interações.

Vigotski, em sua obra Defectologia (apud ROSSETTO, 2009, p. 28) sustenta:

“todo ser humano, mesmo os portadores de deficiência, podem aprender; uma vez

que as leis de desenvolvimento são as mesmas para todas as crianças”.

Rossetto (2009, p. 33), corroborando com tal entendimento, fundamentados

na obra Defectologia de Vigotski, ressalta:

O nível de desenvolvimento atual (em algumas traduções aparece como real ou efetivo) e zona de desenvolvimento próximo (ou proximal). O primeiro diz respeito aos problemas que a criança resolve de forma independente, autônoma. O segundo se refere a problemas que a criança soluciona com a ajuda, com a colaboração do adulto ou de uma criança mais experiente.

Dando sequência neste pensar, é fundamental a necessidade de

esclarecimentos do significado de dificuldades de aprendizagem. Trata-se de alunos

com limitação na aprendizagem, enquanto forma de interação escolar, Pain, 1992.

Segundo Pain (1992, p. 28):

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A não aprendizagem não é o contrário de aprender, já que como sintoma está cumprindo uma função positiva tão integrativa como desta última, mas com outra disposição dos fatores que intervém. Podemos considerar o problema de aprendizagem como um sintoma, no sentido de que o não aprender não configura um quadro permanente, mas ingressa numa constelação peculiar de comportamento, nos quais se

destaca como sinal de descompensação.

Não entendendo os objetivos escolares, frequentemente o aluno é levado ao

fracasso escolar. Fracassos estes justificados normalmente pelos professores como:

imaturidade, problemas emocionais, falta de acompanhamento dos pais, entre

outros. Conforme os teóricos de Pain (1992) e Vigotski (1997) estes fatores

influenciam o processo de ensino aprendizagem, porém estes mesmos autores

justificam, que estas dificuldades de aprendizagem, podem ser minimizadas quando

o professor em suas aulas, fizer uso de diversas metodologias e estratégias

eficientes aproveitando o conhecimento e experiência do cotidiano do aluno, e a

partir daí fazer a construção do saber.

Conforme Libâneo (1997, p. 43):

O ensino contribui para a superação do fracasso escolar se os objetivos e conteúdos são acessíveis, socialmente significativos e assumidos pelos alunos, isto é, capazes de suscitar sua atividade e suas capacidades mentais, seu raciocínio, para que assimilem consciente e ativamente os conhecimentos.

As situações inerentes a escola, vivenciadas no dia a dia, de ordens

orgânicas, específicas, psicógenas e ambientais (PAIN, 1992), interferem

significativamente na sua produção escolar do aluno. E este sob influência externa

ao não acompanhar o ritmo de seus colegas, sente-se desmotivado, não ocorrendo

a apreensão do conhecimento. Para os professores que vivenciam no cotidiano

escolar as diversidades socioculturais, emocional dos alunos, fatores estes

identificados por Pain (1992, p 33) de ambientais, fica evidente a influência destes

fatores no processo de ensino aprendizagem. É notória a utopia da homogeneidade

presente no imaginário dos professores de modo geral. Em outras palavras, a turma

ideal para muitos professores é aquela em que os alunos apresentam o mesmo

ritmo e nível de aprendizagem e quando o aluno abandona, ou não aprende, ou

pouco se interessa pela escola, considera-se que são problemas pessoais dele,

descartando outros fatores como: condições socioeconômicas, desigualdade social

e responsabilidade da escola.

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Diante disto, Libâneo (1997, p. 39), ressalta:

[...], o trabalho pedagógico na escola requer a sua adequação às condições social de origem, às características individuais e sócio-culturais e ao nível de rendimento escolar dos alunos. A democratização do ensino supõe o princípio da igualdade, mas junto com o seu complemento indispensável, o princípio da diversidade. Para que a igualdade seja real e não apenas formal, o ensino básico deve atender a diversificação da clientela, tanto social quanto individual.

Neste contexto, será que as práticas pedagógicas desenvolvidas na escola,

adotados pelos professores contemplam os alunos com dificuldades de

aprendizagem?

Quais as causas mais comuns que cercam as dificuldades de aprendizagem?

Quais as soluções a serem contempladas para contribuir com às práticas

pedagógicas do professor no que se trata de alunos com dificuldade de

aprendizagem?

Sendo assim, apresento o objetivo do referido estudo, que consiste em:

propor intervenções didáticas que contemplam uma abordagem inclusiva junto de

alunos com dificuldades de aprendizagem.

Isto posto, sentimo-nos limitados a acolher estes alunos em suas

especificidades, o que nos deixa em constantes inquietações.

Portanto, torna-se necessário, refletirmos, analisarmos, revermos e

aperfeiçoarmos práticas pedagógicas no processo ensino aprendizagem, com a

proposta de intervenções didáticas diferenciadas, contemplando uma abordagem

inclusiva junto a alunos com dificuldades de aprendizagem, por que, além da

reprovação e exclusão escolar ocorridos com estes alunos, ele pode estar a mercê

de uma sociedade onde a vida se torna banal, sem respeito, ética ou moral.

Acolher os alunos em suas especificidades tanto na área cognitiva, como

afetiva e social, certamente vem a ser um dos maiores desafios que permeiam os

espaços escolares a serem vencidos. Para isto, o que torna-se relevante é o

diferencial que cada professor pode adotar, que neste caso, falamos de práticas

pedagógicas.

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2 Caracterização da Pesquisa

O estudo que ora apresentamos, é resultado de uma coleta de dados,

constituído por uma série ordenada de perguntas quantitativas e qualitativa que

foram respondidas por escrito sem a presença do entrevistador (LAKATOS;

MARCONI, 1988, p 180). Questões qualitativas, também chamadas livres ou não

limitadas, permitem ao informante responder livremente usando linguagem própria e

emitir opiniões. Também apresentamos questões quantitativas, denominadas

fechadas ou dicôtomicas sendo elas limitadas ou de alternativas fixas.

Esta coleta de dados através do questionário de campo foi o primeiro passo

da investigação realizada . E os resultados obtidos são explicados a partir dos

apontamentos apresentados nos questionários e da participação dos professores na

aplicação do projeto no âmbito escolar.

A opção pelo estudo objetivo e descritivo se justifica, a partir da realidade que

os professores enfrentam diariamente com alunos que vivem este contexto de

dificuldades no aprender.

2.1 Local e participantes

A pesquisa foi realizada num colégio público estadual de médio porte,

localizado na região oeste paranaense, envolvendo os professores do Ensino

Fundamental, que têm inseridos em suas salas de aula alunos que apresentam

dificuldades de aprendizagem.

A primeira etapa do referido estudo contou com a participação de 11 dos 45

professores, que lecionam nas últimas séries do Ensino Fundamental, nos períodos

matutino e vespertino.

Os profissionais estão assim caracterizados:

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Professor Gênero Tempo de atuação

profissional

Formação acadêmica

Situação funcional

01 Feminino 23 anos Ed. Física *QPM

02 Feminino 27 anos Letras/ Português QPM

03 Feminino 09 anos Matemática QPM

04 Feminino 15 anos História QPM

05 Feminino 12 anos Química/Ciências *PSS

06 Feminino 10 anos Geografia QPM

07 Feminino 23 anos Arte QPM

08 Feminino 20 anos História/Geografia QPM

09 Feminino 11 anos Biologia/ Ciências QPM

10 Feminino 16 anos Matemática QPM

11 Feminino 18 anos História QPM

* QPM – Quadro Próprio do Magistério do Estado do Paraná. * PSS – Processo Seletivo Simplificado

2.2 Instrumentos

O questionário foi o ponto de partida para a pesquisa e está embasado nos

teóricos: Vigotski, (1998); Sara Pain (1992); e Libâneo, (1997), onde

respectivamente apresentam os conhecimentos acerca de: Aprendizagem,

Dificuldade de Aprendizagem e Estratégias, métodos e meios de ensino.

Para alcançarmos respostas satisfatórias das questões propostas na

pesquisa, utilizamos de um questionário escrito de forma objetiva; descritiva e

individualizada. Utilizamos o questionário como procedimento da coleta de

informações por que nos permite correções, esclarecimentos e adaptações que

garantem a captação imediata e clara da informação desejada, bem como dispor de

um tempo e hora mais favorável para a pessoa responder.

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2.3 Procedimentos

A elaboração e o desenvolvimento deste projeto, vieram ao encontro da

proposta da SEED3, que dispõe aos seus professores a oportunidade da

participação no Programa de Desenvolvimento Educacional que oferece estudos em

suas respectiva áreas, sendo esta a turma 2010/2012.

As três etapas previstas e desenvolvidas neste projeto foram elaboradas,

organizadas e mediadas por mim professora do ensino médio e fundamental, das

disciplinas de Biologia e Ciências, com 25 anos de atuação no magistério.

O desenvolvimento do projeto ocorreu em três etapas: 1º. Aplicação de um

questionário, 2º. A intervenção no colégio em que atuo como professora e, 3º. Como

tutora de um curso on-line.

2.3.1 1ª Etapa

A primeira etapa consistiu na apresentação do projeto “Dificuldades de

aprendizagem x Desafios metodológicos”, para o corpo docente, direção e equipe

pedagógica, do colégio em que atuo à 15 anos, por ocasião da semana pedagógica

realizada em julho de 2011, momento este, em que todos os professores do Estado

do Paraná foram convocados a se fazerem presentes em seus colégios de lotação.

A apresentação deste projeto no colégio de atuação foi consentida pela direção.

Nesta ocasião, após apresentação do projeto e informações da forma como

este seria desenvolvido, foi estendido o convite aos presentes a participarem,

inicialmente respondendo a um questionário e na sequência participariam da

intervenção pedagógica identificada como segunda etapa. Aos 22 que se

prontificaram em participar, foi entregue um questionário que deveria ser devolvido

no prazo de uma semana. Destes, 11 professores retornaram com o questionário

respondido.

3 Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná.

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2.3.2 2ª Etapa

A sequência deste estudo consistiu na elaboração de um plano de ação

denominado Intervenção Pedagógica, para o qual todos os professores participantes

da primeira etapa estariam sendo convidados.

No entanto, a intervenção contou com a presença de 9 dos 11 professores

que responderam ao questionário. Porém, a equipe pedagógica do curso de

Formação Docente do colégio em que está sendo desenvolvido este projeto,

entendeu que pela relevância do tema o convite deveria ser também estendido aos

alunos do último ano do curso de Formação de Docente à participarem da

intervenção das quais houve a participação de 16 alunas.

Este grupo esteve reunido 2 horas por semana, em 9 encontros presenciais.

Estes encontros ocorreram em uma das salas de aula do colégio, onde o referido

projeto foi desenvolvido.

Em cada encontro tivemos um momento lúdico, leituras de textos de autores

nos quais o referido projeto esta embasado, leituras de artigos que tratam a mesma

temática, e análises dos questionamentos concernente ao tema do projeto, que

serão discorridas na discussão dos dados.

Na sequência, são apresentadas as atividades pertinentes a cada encontro:

1º. Encontro da Intervenção:

Objetivo: Conhecer o projeto e sua relevância para o colégio em que esta

sendo desenvolvido.

Desenvolvimento: Uma atividade lúdica que consistiu em interpretar a

diversidade e peculiaridades de nossas salas de aulas, através de um slydes que

apresenta o seguinte título: toda sala tem – acessado em 11 de junho de 2012.

http://desafiosmate.blogspot.com.br/2010/11/tipos-de-alunos-na-sala-de-aula.html.

Também fizemos a apresentação do projeto “Dificuldade de aprendizagem x

Desafios Metodológicos”, destacando principalmente os objetivos e justificativa.

Proposta: Conforme relato dos participantes, estes projetos e estudos são

fundamentais, porque compartilham uma troca de experiência, e trazem informações

nem sempre possíveis de serem buscadas no cotidiano. A proposta apresentada

neste primeiro encontro, consistiu em primeiro lugar que devemos sensibilizarmos

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todo corpo docente do colégio, à olhar os alunos que apresentam dificuldade de

aprendizagem com um olhar mais sensível. Uma das formas pode ser através de

filmes, que relatam estas situações. A contribuição com sugestões de filmes que

desafiam o processo de aprendizagem foi ótima, por que permite ao professor ver e

sentir que ele também pode e deve fazer a diferença na vida do aluno. Relação dos

filmes sugeridos: Temple Gandin., Como estrelas no céu, O Guardião de Memórias,

O garoto selvagem, Mr. Holland – Adorável Professor, A escola da vida, Rain Man, O

enigma de Kasper Hauser, Simples Como Amar, Aprendiz de sonhador, O oitavo

dia, Uma Lição de Amor, Mentes que brilham, Benny & Joon,De porta em porta, Meu

pé esquerdo, A maçã, Gaby Uma Historia verdadeira, As Chaves de Casa, Quem

Falara Por Jonathan, Amor Verdadeiro (Riding the Bus with My Sister), Molly

Experimentando a vida

E que acima de tudo nossa preocupação como professores, deve estar

voltada a aprendizagem e não a números estatísticos governamentais.

2º. Encontro de Intervenção:

Objetivo: Entender como se processa a transmissão e assimilação ativa dos

conhecimentos.

Desenvolvimento: Apresentação da mensagem “Escola dos bichos “do

educador Dr. R. H. Reeves: acessado em 11 de Junho de 2012:hppt:www.contando

histórias.com.br/historias/2004109.php> e a reflexão desta com a escola que

construímos e queremos.

Nesta mesma oportunidade lemos e analisamos o texto de Vigotski “Trocas

positivas numa via de mão dupla” registrado na Revista Nova Escola, publicada em

23 junho de 2011. Também fizemos a leitura e debate do artigo “A importância da

motivação no processo de aprendizagem“ produção da especialista em Educação

Especial e Psicopedagogia Clinica/Institucional (http://espacoescolar.com.br/geral/a-

importancia-da-motivacao-no-processo-da-aprendizagem).

Proposta: Conforme relato dos participantes, para que o sucesso escolar

faça parte de nosso cotidiano é fundamental respeitarmos o ritmo e o tempo que

cada aluno tem para aprender. É importante que o professor ao repassar uma

atividade, esteja assegurado que o aluno entendeu, ou seja, dar tarefas claras,

compreensíveis e adequadas, à altura dos conhecimentos e da capacidade de

raciocínio dos alunos. Promover atividades em grupos distribuindo-os não conforme

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suas afinidades mas, permitindo a interação dos que dominam o conteúdo com os

que apresentam dificuldade. Estes apontamentos vem ao encontro dos teóricos de

Vigotski (1998), no se refere aprendizagem.

3º. Encontro de Intervenção:

Objetivos: Diagnosticar os principais fatores que permeiam as dificuldades de

aprendizagem Entender que a organização e produção eficiente da aula, são

evidenciadas pelas inter-relações.

Desenvolvimento: Assistimos ao vídeo da “História de Miguel“. Lemos e

analisamos o texto de Vigotski “Desafios impossíveis e outros erros“ registrado na

Revista Nova Escola, publicada em 23 junho de 2011.

Proposta: Os participantes propõem que as avaliações e atividades estejam

compreensíveis, com termos claros, e principalmente se apresentam diversidade de

formato das questões ou seja, questões com: múltiplas escolhas, de relacionar

colunas, questões abertas. Sendo importante averiguar se houve um aprendizado.

Cabe ao professor um olhar clínico se esse conteúdo vai ser ou é no momento

importante para a vida dele. Acompanhar de perto, ou individualmente o trabalho.

4º. Encontro de Intervenção:

Objetivo: Entendermos que devemos aproveitar todos os momentos, as

possibilidades educativas da matéria no sentido de formar atitudes e convicções.

Desenvolvimento: Iniciamos com a apresentação do texto Disbicicléticos por

Emilio Ruiz Rodriguez, Psicólogo da Fundação Down Cantabria, como a atividade

lúdica. O texto estudado neste encontro foi o artigo: Ser educador(a) É... (também)

socializar inquietações, autoras: Sandra Marisa Allebrandt-Padilha, Maria Júlia

Padilha Macagnan e Soraia Napoleão Freitas (http://coralx.ufsm.br/revce/

artigos_cad.htm).

Proposta: Primeiramente assegurarmos condições de trabalho.

Aproveitarmos o conhecimento que o aluno trás consigo. Desenvolvermos atitudes

de ajuda mútua não apenas para assegurar o clima de trabalho na classe, mas para

auxilio de aprendizagem. Sugestões rotatividade dos grupos de trabalho em sala, a

cada trabalho mudar os colegas. O professor deve evitar reações nervosas e

impacientes quando lança uma questão acerca do que esta ensinando e sim

estimular de forma positiva, incentivando a completarem o que foi perguntado.

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5º. Encontro de Intervenção:

Objetivo: Perceber como os fatores orgânicos, os específicos, os psicógenos

e os ambientais podem influenciar na aprendizagem.

Desenvolvimento: Neste encontro analisamos o enfoque sobre Dificuldade

de aprendizagem que Sara Pain apresenta em seu livro Diagnóstico e tratamentos

dos problemas de aprendizagem, 1992. A base do questionamento para este texto

foi o papel da escola frente às dificuldades de aprendizagem de seus alunos.

Proposta: Relato dos participantes da intervenção: Fatores do cotidiano do

aluno podem interferirem na aprendizagem escolar. Portanto, é preciso que os

educadores acreditem em novas posturas e que essas mudanças de fato passam a

permear o andamento de suas aulas, trazendo técnicas não milagrosas, mas

práticas que possam reanimar nosso educando para um modelo de aprendizagem.

Porque quando conseguimos mudar nossas posturas, poderemos melhorar o

desempenho de nossos alunos. As posturas consistem no respeito ao ritmo e tempo

de aprendizagem, diversidade de práticas metodológicas, ver o aluno como um ser

em construção de conhecimento.

Do 6º. ao 8º. Encontro de intervenção:

Objetivo: Compreender que o uso adequado e eficaz das práticas

pedagógicas asseguram com eficiência o processo de transmissão e assimilação de

conhecimentos.

Desenvolvimento: Do 6º. ao 8º encontro, os textos de estudos foram: A

relação objetivo – conteúdo – método, Condições prévias para a aprendizagem e

Desenvolvimento metodológicos, de Libâneo, encontrado em seu livro Didática,

1997.

Proposta: Para que se efetive a aprendizagem é importante o uso de

materiais de apoio, concretos, lúdicos, trabalhos em grupos, avaliações

diversificadas, jogos, atividades diversificadas, filmes, aulas mais dinâmicas,

eficientes, atividades extraclasse além do currículo bem estruturado.

9º. Encontro de Intervenção:

Objetivo: Compreender que fatores externos dos alunos, influenciam

diretamente na apropriação do conhecimento.

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Desenvolvimento: O estudo deste encontro esteve pautado no artigo de

Reinaldo Marquezam, Aprendizagem: explicações para as dificuldades.

(http://coralx.ufsm.br/revce/artigos_cad.htm.)

Proposta: O grupo da intervenção faz o seguinte relato: nesta situação estes

alunos necessitam de uma âncora que lhes mostre o rumo, que lhes ensine além do

conteúdo, a organização. Por exemplo: Ao solicitar um trabalho, explicar cada passo

do trabalho, o que você espera que ele pesquise, que ele saiba, limitar o número de

páginas, ou ainda explicar como elaborar uma introdução e uma conclusão.

Para superação dos fatores externos que interferem na aprendizagem

acreditamos que são necessárias tomadas de ações conjuntas Direção, equipe

pedagógica, professores e família. A família deve ser envolvida nas atividades

escolares, por que pais interessados pelas atividades dos filhos acabam estimulando

e valorizando o aprender. Como? Promover palestras sobre responsabilidade dos

pais frente à educação de seus filhos, e da responsabilidade escola frente ao

conhecimento. Ainda, criando espaços de reflexão para toda a comunidade escolar,

pensar na coletividade como alcançar o sucesso escolar.

2.3.3 3ª Etapa

A terceira e última etapa deste estudo, sucedeu-se após a intervenção

pedagógica. Tratou-se do curso oportunizado e estruturado pela SEED, denominado

de GTR4, porém organizado e mediado pelo autor deste projeto. Seu

desenvolvimento ocorreu via on-line e cada professor idealizador do projeto

PDE5/2010 foi tutor de 15 professores previamente inscritos, estes de várias partes

do estado. Nesta etapa, foram apresentados: o projeto, a produção didática e a

intervenção didática. Cada professor pôde mediante questionamentos previamente

elaborados pelo tutor, referente ao tema “Dificuldade de aprendizagem x Desafios

Metodológicos”, questionar e interagir com os colegas e o tutor trocando ideias,

experiências.

4 Grupo de Trabalho em Rede

5 Programa de Desenvolvimento Educacional

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O questionamento refere-se a como diagnosticar, solucionar ou minimizar os

problemas de dificuldade de aprendizagem enfrentados diariamente pelos

profissionais da educação na salas de aulas.

Dentre as pontuações citadas pelos professores participantes realçamos

algumas:

1. Primeiramente seria importante que houvesse uma compreensão das

dificuldades de aprendizagem tanto no nível escolar como familiar para

posteriormente em ações conjuntas, trabalhar e desenvolver maneiras que

proporcionassem uma melhor aprendizagem.

2. Identificar o aluno com dificuldade de aprendizagem, seria relativamente

fácil, mas entendem que existem inúmeros fatores envolvidos que

interferem no diagnóstico: professores que interpretam o ato de ensinar a

simples transmissão de conteúdo, a homogeneidade dos alunos no

aprender, falta de tempo para o professor estudar sobre dificuldades de

aprendizagem, falta de comprometimento dos alunos/pais, falta de limites

e de hierarquia familiar (“filho manda”), transmissão de valores..., ou seja,

envolve fatores pedagógicos, familiares, biológicos, psicológicos, sócio-

culturais e econômicos.

3. Entendo que deve ser observado as diversas situações de aprendizagem

propostas aos alunos para diagnosticar. É preciso fazer inúmeras e

diversificadas avaliações. E partir destas, planejar intervenções e

adaptações do currículo, de maneira que atendam as necessidades e

promovam a assimilação de novos conhecimentos.

4. Acredito que um dos caminhos para o sucesso da aprendizagem, consiste

em buscar novas estratégias de aprender e de ensinar. Como a utilização

constante de materiais concretos, uso de jogos, favorecimento de

situações lúdicas, criação de situações desafiantes, incentivo à

participação em atividades e eventos sociais, em parceria com a família e

a comunidade.

5. É comum ouvirmos professores justificando: “eu já tentei de tudo com esse

aluno, porém não consegui resultados”. Mas a verdade é que na maioria

das vezes não mudamos a forma de trabalhar ou não buscamos mudar

nossas metodologias para a aprendizagem acontecer. É preciso que os

educadores acreditem em novas posturas e que essas mudanças de fato

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interfiram no andamento de suas aulas, trazendo técnicas não milagrosas,

mas práticas que possam reanimar nosso educando para um modelo de

aprendizagem. Porque quando conseguimos mudar nossas posturas,

poderemos melhorar o desempenho de nossos alunos.

6. O professor deve fazer uma leitura do aluno procurando averiguar seus

potenciais, seus conhecimentos e suas habilidades, para assim ter um

ponto de partida, colocá-lo nas primeiras carteiras, diferenciando a

cobrança de conteúdos registrados conforme as limitações presentes no

aluno. É importante que o aluno adquira algum conhecimento mínimo

possível de cada aula, porém mesmo de forma oral ou até mesmo se este

se pode visualizá-lo ou contextualizá-lo em vida real.

Todos os comentários apontam para a necessidade de visualizarmos nossos

alunos com olhos de águia, ou seja, a de olharmos além do que ele demonstra. Para

que o sucesso escolar faça parte de nosso cotidiano é fundamental respeitarmos o

ritmo e o tempo que cada criança tem para aprender, bem como incorporarmos esse

método, pois caso contrário, não estaremos respeitando suas diferenças.

3 Apresentação e Discussão dos Dados

Apresentaremos em primeiro plano as analises das questões propostas no

questionário aplicado anteriormente a intervenção pedagógica, confrontando-as com

os autores nos quais está fundamentado o projeto.

A primeira questão do questionário buscou saber qual o conhecimento do

professor sobre os estudos de Vigotski, autor da teoria da existência de dois níveis

de desenvolvimento infantil, processo este que permite a apreensão do

conhecimento.

Dos 11 professores participantes, 5 disseram ter tido dificuldades no

entendimento e na aplicabilidade dos teóricos de Vigotski; 4 pouco conhecem dos

teóricos e 2 tiveram facilidade de entendimento e de aplicabilidade em suas práticas

escolares.

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Segundo pareceres dos teóricos de Vigotski (1998), que foi o primeiro a

identificar os dois níveis de desenvolvimento infantil, ou seja, o nível real

compreende a capacidade daquilo que a criança consegue entender e realizar

sozinha, já o nível proximal consiste na distância entre o que já se sabe e o que se

pode saber com alguma assistência, aí que reside o segundo nível de

desenvolvimento apregoado por Vigotski e batizado por ele de proximal.

Estudos apresentados na Revista Nova escola de 24 de jul. 2011, cita: no

Brasil, ainda são poucos os que dominam teorias como a da zona próxima. “Os

professores até sabem que o conceito existe, mas não conseguem colocá-lo em

prática”. Se estivesse vivo, o conselho do psicólogo bielorrusso para esses

educadores talvez fosse óbvio: interação e troca de experiências com aqueles que

sabem mais, exatamente como se deve fazer com as crianças.

Segundo os participantes do encontro de intervenção, relatam que para o ato

de aprender é necessário uma interação entre quem ensina e quem aprende, tendo

como princípio clareza do que se quer, e como se quer e o que se espera do

conteúdo que esta sendo repassado.

Dos 11 professores que responderam ao questionário 7 relataram dificuldade

inicial de compreensão e aplicabilidade dos fundamentos de Vigotski, no que tange o

processo de ensino aprendizagem.

O desconhecimento de como a aprendizagem se processo ao alunado,

contribui para a permanência do fracasso escolar por que é fundamental que se

tenha uma clareza dos níveis de conhecimento que permeiam a aprendizagem.

Devemos ser sabedores de que atividades, tarefas, trabalhos, propostos aos alunos

sejam desafiadores, instigantes, com possibilidades de desenvolvê-los com auxilio

de colegas e não impossíveis de serem realizados sozinhos.

A segunda questão em pauta instigou sobre a dificuldade de aprendizagem, a

qual está fundamentada nos teóricos de Sara Pain (1992). Foi proposto aos

professores destacarem até quatro alternativas do total de 11 opções, que

consideram de maior relevância na interferência da aprendizagem de seus alunos.

Os fatores mais pontuados foram: alunos com baixa estima, descompromisso

familiar com a educação, indisciplina em sala de aula e metodologias inadequadas.

Ao serem questionados acerca das Dificuldades de Aprendizagem de seus

alunos, os professores indicaram entre as opções, as que consideram influenciar

diretamente sua prática escolar.

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Fatores indicados que influenciam na aprendizagem escolar:

Gráfico 1 - Fatores que influenciam no processo ensino aprendizagem.

Estas dificuldades de aprendizagem se remetem a situações que a criança se

encontra, e que interferem significativamente no rendimento escolar. Ao não

acompanhar o ritmo de seus colegas ou as normas da escola, somados a

indiferença dos pais, sente-se desmotivados, fragilizados emocionalmente, fatores

que levam a baixo estima e indisciplina e, sobretudo, quando a metodologia

empregada é inadequada, o fracasso escolar certamente estará ali instalado.

Segundo o fator indiferença dos pais no processo de aprendizagem de seus

filhos, citados pelos professores como fator que contribui para o não aprender, Pain

(1992, p. 20), destaca que:

Podemos considerar o problema de aprendizagem como um sintoma, no sentido de que o não-aprender não configura um quadro permanente, mas ingressa numa constelação peculiar de comportamentos, nos quais se destaca como sinal de descompensação.

Segundo a autora Sara Pain (1992), é que a maioria das crianças que

conserva o carinho dos pais gratifica-os com a aprendizagem, enquanto outras a

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única maneira de contar com o carinho é precisamente o de não aprender. Portanto,

é fundamental levar em consideração no diagnóstico de um problema de

aprendizagem os seguintes fatores: orgânicos, específicos, psicógenos e

ambientais.

Os pareceres apresentados na obra de Pain (1992), a respeito dos fatores

externos que interferem no processo da aprendizagem dos alunos, confirmam os

apontamentos citados pelos professores. Principalmente a questão familiar, que

envolve postura, ética e responsabilidade. Os alunos considerados passivos,

revoltados, agressivos, imaturos, lentos e limitados na aprendizagem, normalmente

são oriundos de famílias problemáticas, instáveis, desorganizadas, e isto reflete no

aluno, e consequentemente resultam em reprovação. Nesta situação estes alunos

necessitam de uma âncora que lhes mostre o rumo, que lhes ensine além do

conteúdo, a organização.

Portanto, para superação dos fatores externos que interferem na

aprendizagem, urge a necessidade de maior comprometimento dos professores, em

todas as atividades escolares, não apenas na sua aula, na sua sala.

A aprendizagem não pode ser fragmentada, ou priorizando uma ou outra

disciplina. O grupo que participou da intervenção relata que durante o ano ações em

conjunto podem ser tomadas, sendo primordial o envolvimento da família nas

atividades escolares, por que pais interessados pelas atividades dos filhos acabam

estimulando e valorizando o aprender. Outra possibilidade da participação do pais

na escola pode ser, em palestras sobre responsabilidade dos pais frente à educação

de seus filhos, e da responsabilidade da escola frente ao conhecimento. Ainda, a

escola na representação de direção e equipe pedagógica, criar espaços de reflexão

para toda a comunidade escolar, pensar na coletividade como alcançar o sucesso

escolar.

Ao analisarmos a questão respondida pelos professores no que diz respeito à

meios, métodos e princípios de ensino que permeiam seu trabalho em sala de aula,

interpretamos que 100% deles entendem que meios de ensino são: todos os

recursos materiais utilizados pelo professor e pelos alunos para que se processe o

ensinar e o aprender. Segundo Libâneo (1997, p 173), é imprescindível que o

professor domine com segurança os meios de ensino, observando o momento mais

adequado para usá-lo para o êxito de suas aulas.

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Ao serem questionados a respeito dos métodos de ensino utilizados em suas

aulas, analisamos que 05 dos 11 professores que responderam ao questionário,

entendem que a metodologia surge da própria prática. Outros 03 professores

acrescentam que além da prática, a criatividade, a formação, as especializações, e o

cotidiano e que lhes subsidiam para criar o melhor método a ser utilizado.

No entanto, 01 professor justifica que seu método de ensino

preferencialmente é a pesquisa, pois através da metodologia do projeto, da

investigação, ocorre a continuidade de conteúdo. O que vem de encontro com

Libâneo (1997, p 149) quando afirma que as características dos métodos de ensino:

estão orientados para os objetivos; implicam uma sucessão planejada e

sistematizada de ações, tanto do professor quanto dos alunos.

Entretanto, temos 02 professores que tem por método de ensino fazer uma

introdução explicativa, ou ainda utilizam uma imagem ou realizam a leitura de um

texto de revista ou jornal, para fomentar o debate, o que possibilita fazer um

levantamento sobre o que aluno já sabe sobre o tema, para então desenvolver e

aprofundar o assunto. Sendo através de atividades, exercícios, produção de textos,

cartazes, maquetes e outros reforçar e agregar conhecimentos.

Estes conceitos elencados pelos professores vem ao encontro de (LIBÂNEO,

1997, p.150), quando diz: “O professor, ao dirigir e estimular o processo de ensino

em função da aprendizagem dos alunos, utiliza intencionalmente um conjunto de

ações, passos, condições externas e procedimentos, a que chamamos métodos de

ensino”. Complementa dizendo: “No trabalho docente, o professor seleciona e

organiza vários métodos de ensino e vários procedimentos didáticos em função das

características de cada matéria [...]” (LIBÂNEO, 1997, p.160).

Após as leituras e debates dos pareceres de Libâneo (1997), no que tange

práticas pedagógicas, temos a convicção que ao serem entendidas adotadas pelo

professor, encaminham certamente a aprendizagem para o sucesso ou se fizerem

uso inadequadas destas práticas pedagógicas podem gerar o fracasso.

Na certeza de que cada aluno aprende de um jeito e em seu ritmo,

precisamos dedicar-nos mais a soluções de problemas, na formação de conceitos,

desenvolvermos atitudes investigadoras, proporcionarmos atividades que estimulem

todos os sentidos, o ver, sentir e fazer. É um saber didático que corresponde ao

entendimento da dinâmica do trabalho pedagógico, ou seja, os conhecimentos

relativos às formas de organização e realização da atividade educativa no âmbito da

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relação educador – educando. São os procedimentos técnicos-metodológicos, a

dinâmica do trabalho. Implica no saber fazer.

A respeito dos princípios de ensino que fundamentam as práticas

pedagógicas escolares, tivemos por parte dos 11 professores os seguintes

apontamentos:

1. Dentre eles 4 descreveram que seus trabalhos escolares estão

fundamentado nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (DCEs).

2. Anotamos que 04 afirmam que suas práticas escolares partem de um

levantamento de informações que permitem diagnosticar a dificuldade

específica, para então buscar embasamento e adequação dos materiais.

3. Somente 01 relata que seus meios de ensino estão pautados no

desenvolver da sensibilidade e a competência, para observar no educando

o processo de resolução de situação – analisando o problema de forma

crítica, respeitando os diferentes ritmos de aprendizagem de seus alunos.

4. Em meio a eles 01 relata que seus princípios de ensino estão

fundamentados através da resolução de problemas científicos e

sistemáticos. Com o aperfeiçoamento das novas tecnologias.

5. Apenas 01 descreve que seus princípio de ensino estão fundamentados

nos teóricos de Piaget.

Segundo Libâneo (1997, p.155)

Os princípios do ensino se expressam nos fundamentos teóricos de orientação do trabalho docente. Os princípios do ensino levam em conta a natureza da prática educativa escolar numa determinada sociedade, as características do processo de conhecimento, as peculiaridades metodológicas das matérias e suas manifestações concretas na prática docente, as relações entre ensino e desenvolvimento dos alunos, as peculiaridades psicológicas de aprendizagem e desenvolvimento conforme idades.

Esta diversidade de respostas, confrontando com os pareceres de Libâneo

(1997) referente ao conhecimento sobre os princípios de ensino citadas pelos

participantes, retratam uma falta de clareza, porém não se configura que na prática

em sala de aula atuem de forma errada. Na prática os princípios de ensino vem

abarcado do uso do conhecimento científico, e sistematizado, organizado, dosado

de acordo com o nível de conhecimento e na capacidade de entendimento do aluno.

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Também destacado por Rosseto (2009) ao fazer uma relação entre o

desenvolvimento, e aprendizagem, sob o ponto de vista de Vigotski (apud

ROSSETTO, 2009, p.34) destaca:

[...] que o bom ensino é aquele que trabalha com a zona de desenvolvimento próximo, uma vez que ensinar uma criança a fazer o que já é capaz de realizar sozinha é tão infrutífero quanto tentar ensinar-lhe aquilo que, no momento, ela ainda não possui capacidade de aprender.

O conteúdo deve ser apresentado pelo professor com clareza, com domínio,

pautado em uma fundamentação teórica/metodológica consistente.

A sequência do questionamento proposto, teve em vista a relação entre

sentir-se preparado ou não, para desempenhar o papel de professor junto a alunos

que apresentam dificuldades na aprendizagem, bem como, a posição da escola de

atuação do professor frente a estes alunos. Dos 11 professores que responderam ao

questionário 8 não se sentem preparados para o desempenho deste trabalho,

justificando que esta demanda escolar exige capacitações, salas de aulas com

menor número de alunos, para que se possa fazer um trabalho respeitando as

peculiaridades e especificidades de todos.

Estes professores deixam claro que mesmo sentindo-se não preparados, não

ignoram ou deixam de atendê-los, mas que o trabalho com certeza seria mais

eficiente com um número menor de alunos por turma.

Os 3 professores que afirmarem estarem preparados a trabalhar com alunos

que apresentam dificuldades de aprendizagem, explicaram que os anos de

experiência são os aliados, e o alicerce para esta segurança que sentem em

desempenharem seu papel como educadores de alunos que necessitam de

atendimento diferenciado.

Sob o ponto de vista da escola como um todo, estar preparada para o

trabalho com alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, 7 dos 11

professores entendem que se for considerado como preparo, os programas

oferecidos pela Secretaria Estadual de Educação, as aulas em contra turno e salas

de apoio que a escola dispõe, então sim, a escola está parcialmente preparada.

Após leituras e análises sobre dificuldades de aprendizagem, o grupo que

participou da intervenção, descreve o fracasso escolar como sendo um dos maiores

desafios a serem vencidos pela escola, e que este, está diretamente ligado as

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dificuldades de aprendizagem, então a escola deveria ter em seu quadro escolar,

junto a equipe pedagógica outros profissionais que auxiliassem no atendimento

pessoal com alunos, sendo eles: psicopedagogos e psicólogos.

Concluem expondo que a escola realmente será de qualidade e preparada

quando respeitar os estilos e ritmos de aprendizagem de cada aluno.

Intercedendo, entendemos que a escola e os professores só se sentirão

seguros a exercerem seu papel frente a alunos com dificuldades de aprendizagem,

quando o estado prover uma real valorização do profissional da educação, ainda

quando ocorrer uma melhoria nas políticas públicas, bem como uma valorização da

educação de modo a constituir-se em instrumento de cidadania. E que o professor

tenha ciência de que como pessoa também não está pronta e precisa sempre

aprender para que seu ensino possa se renovar sempre. Que em sua prática a

preocupação em como se aprende, seja mais do que como se ensina.

Principalmente não termos medo de tentar, ousar em atividades, aulas e

avaliações diferenciadas. Os anos experiência profissional nos ensinaram que

medidas aparentemente simples, como aulas diversificadas, motivadas, e acima de

tudo respeitosas, podem fazer uma grande diferença na aprendizagem do aluno.

4 Conclusão

Após leituras e estudos do tema proposto Dificuldade de aprendizagem x

Desafios metodológicos, podemos dizer que as dificuldades de aprendizagem, que

levam ao fracasso escolar, resultam de uma junção de fatores, entre eles

destacamos: governo em todas as esferas, família, educadores não preparados.

Salas de aulas superlotadas, onde cada aluno com suas peculiaridades e

diversidades, dificultam o trabalho de qualquer profissional da educação, e somados

a estes, também temos em sala alunos que apresentam dificuldades de

aprendizagem, vindos de um quadro neurológico. Querer atender a todos dentro da

atual conjuntura, com o número elevado de alunos em sala tem sido uma utopia.

Urge o estado rever o limite máximo de alunos por sala, como também estar

incorporando em seus quadros de funcionários educacionais os profissionais

auxiliares ao trabalho pedagógico, que é o caso de psicólogos ou psicopedagogos.

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Por que lidarmos sozinhos com estas diversidades e peculiaridades, sem termos

uma capacitação ou formação nos deixa no mínimo desconfortáveis.

A família deve ser um dos eixos de sustentação da vida escolar do alunado,

porém quando esta, não é alicerçada em caráter, respeito, disciplina e

responsabilidade, cai o rendimento na aquisição do conhecimento, por que o

professor passa a assumir além do repasse de conhecimento, a responsabilidade de

educar.

Portanto, na busca de caminhos para melhor atender alunos com dificuldades

de aprendizagem, cabe ao professor inicialmente diagnosticar quais os principais

fatores que permeiam as dificuldades de aprendizagem na sala de aula e relaciona-

las. Partindo destas informações criar práticas pedagógicas que venham ao

encontro das necessidades de seus alunos, de forma a atender cada um no seu

ritmo de aprendizagem.

O professor deve fazer uso de práticas ensino que levem o aluno a apropriar-

se de conhecimentos novos. Para que se efetive a aprendizagem é importante o uso

de materiais de apoio, concretos, lúdicos, trabalhos em grupos, avaliações

diversificadas, jogos, atividades diversificadas, aulas mais dinâmicas, eficientes,

atividades extraclasse além do currículo bem estruturado.

A motivação é outro eixo fundamental no processo de ensino aprendizagem.

O professor deve descobrir estratégias desafiadoras que motivem seus alunos a

aprenderem. Não há aprendizagem sem motivação, o aluno quando motivado, se

dedica, busca, interage às atividades propostas. O papel da motivação é garantir ao

aluno a condição de aprender a pensar, a sentir e a agir. Sobretudo, aulas

motivadoras, permitem o professor organizar, mediar e propor situações de

construção do conhecimento, desenvolvendo a aprendizagem do aluno respeitando

as diferenças no que refere ritmo e tempo.

Especialmente ao buscar novos métodos de ensino, devemos planejá-los

muito bem, observando atentamente se o aluno tem maturidade para a

compreensão deste novo processo proposto, bem como é importante a

diferenciação da avaliação. Não cobrar o conhecimento como dos outros alunos,

sendo importante averiguar se houve sim um aprendizado. Cabe ao professor um

olhar clínico se esse conteúdo vai ser ou é no momento importante para a vida dele.

É preciso que os educadores acreditem em novas posturas e que essas

mudanças de fato interfiram no andamento de suas aulas, trazendo técnicas não

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milagrosas, mas práticas que possam reanimar nosso educando para um modelo de

aprendizagem. Porque quando conseguimos mudar nossas posturas, poderemos

melhorar o desempenho de nossos alunos.

Sendo assim, o professor está diante de um grande desafio e para isso é

necessário uma mudança de atitude, até porque, o profissional que ama sua

profissão não vai apenas ensinar os conteúdos, mas vai instruir formar, educar,

informar, dialogar, discutir e respeitar os momentos de cada criança, seus limites e

seus avanços.

Devemos entender que não é somente uma metodologia, motivação ou

estratégias que abrangerá uma turma toda, mas sim um método que você acredite e

possa repassa-lo com cuidado e de forma diversificada, entendendo que seu público

é heterogêneo, mas com anseios iguais, é que são necessário mais do que uma

prática para um mesmo conteúdo.

O desafio de que é possível revertermos um quadro de fracasso escolar ou

pelo menos minimiza-lo foi lançado ao longo de todo o processo de intervenção. O

projeto pode ser comparado como sementes lançadas na terra, que para

germinarem precisam de água e de luminosidade, não sendo diferentes das

sementes os professores que participarem deste projeto necessitam da formação

continuada e constantemente estarem revendo suas práticas escolares,

confrontando-as com as sugestões de propostas idealizadas por eles no decorrer da

intervenção pedagógica. .

Basta desejar, realizar com afeto e acreditar que a escola é muito mais que

transmitir conhecimentos.

Acredite sempre e será possível fazer algo mesmo sem ser especialista, em

favor do seu aluno com dificuldades de aprendizagem.

Principalmente o professor deve estudar, buscar conhecimentos sobre

dificuldade de aprendizagem, não apresentando receio aos desafios.

Referências

A ESCOLA dos bichos. Disponível em: <http://www.contandohistorias. com.br/historias/2004109.php>. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1997.

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LIMA, Sandra Vaz. A importância da motivação no processo da aprendizagem. Espaço Escolar, 09 fev. 2011. Disponível em: <http://espacoescolar.com.br/geral/a-importancia-da-motivacao-no-processo-da-aprendizagem>. MARQUEZAN, Reinoldo. Aprendizagem: explicações para as dificuldades. Revista de Educação Especial, Santa Maria, n. 27, 2005. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/revce/ceesp/2006/01/a11.htm>. Acesso em: 15 mar. 2011. MONTOAN, Maria Teresa Egler. O direito de ser diferente na escola. In: RODRIGUES, David (org.). Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006. PAGANOTTI, Ivan. Vygotsky e o conceito de zona de desenvolvimento proximal. Nova Escola, São Paulo, n. 242, maio 2011. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/vygotsky-conceito-zona-desenvolvimento-proximal-629243.shtml?page=1>. PAIN, Sara. Diagnóstico e tratamentos dos problemas de aprendizagem. Trad. Anna Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. ROSSETTO, E. Sujeitos com deficiência no ensino superior: vozes e significados. 2009. Tese (Doutorado em Educação) – UFRGS, Porto Alegre, 2009. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/21375/000736922. pdf?sequence=1>. STAINBACK, S; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Trad. Magda França Lopes. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. VIGOTSKII, L. S.; LEONTIEV, A.; LURIA, A. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 5. ed. São Paulo: Ícone, 1994. VIGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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APÊNDICE

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE TOLEDO

Professor PDE: Lisane Odete Rheinheimer

Área PDE: Educação Especial

NRE: Toledo - Pr

Professor Orientador IES: Professor Doutor Douglas Roberto Borella

IES vinculada: Unioeste – Universidade Estadual do Oeste do Paraná – campus

Marechal Cândido Rondon

Escola de Implementação: Colégio Estadual Eron Domingues

Público objeto da intervenção: Professores das últimas séries do Ensino

Fundamental, do Colégio Estadual Eron

Domingues.

Caro Professor ( a)

Estou desenvolvendo o Projeto do PDE, com o tema: Dificuldade de

Aprendizagem, fundamentado em pareceres de Vigotski (1998), o qual permite

aprofundar o conhecimento relacionado ao processo de desenvolvimento e de

aprendizagem na vida escolar dos alunos.

Neste trabalho também será pontuado os quatro fatores que atuam sobre os

problemas de aprendizagem, sob o ponto de vista de Pain (1992) sendo: os

orgânicos, os específicos, os psicógenos e os ambientais.

Por fim, nos estudos de Libâneo (1997), buscamos o embasamento teórico a

fim de propormos intervenções didáticas diferenciadas, contemplando uma

abordagem inclusiva junto de alunos com dificuldades de aprendizagem.

Ao responder as questões a seguir, você estará colaborando com a minha

Produção Didática de Trabalho de pesquisa do PDE. Neste questionário não há

necessidade de identificação do professor colaborador, e afirmo que serão

respeitadas as respostas do questionário no desenvolver da produção didática, e

artigo final, bem como não será nominado ou vinculado professores às situações

levantadas no questionário.

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Fico à sua disposição para ampliar as informações que julgar necessárias, e

no aguardo do retorno da entrevista.

Atenciosamente.

__________________________________

Lisane Odete Rheinheimer

QUESTIONÁRIO

01 – Formação e instituição da Formação: _________________________________

02 – Disciplina que leciona: _____________________________________________

03 – Tempo de atuação no magistério:_____________________________________

04 – Situação funcional- Vínculo: QPM ___ PSS___

05 – Não há um estudante igual a outro. As habilidades individuais são distintas, o

que significa também que cada criança avança em seu próprio ritmo. À primeira

vista, ter como missão lidar com tantas individualidades pode parecer um pesadelo.

Nas primeiras décadas do século 20, o psicólogo bielorrusso Lev Vygotsky (1896-

1934) já defendia o convívio em sala de aula de crianças mais adiantadas com

aquelas que ainda precisam de apoio para dar seus primeiros passos. Autor de mais

de 200 trabalhos sobre Psicologia, Educação e Ciências Sociais, ele propõe a

existência de dois níveis de desenvolvimento infantil (o real e o proximal).

Em relação aos trabalhos ou estudos de Vigotski, você:

( ) Tive certa facilidade de entendimento e aplicabilidade;

( ) Demorou a entender, mas consegui;

( ) Não entendi até hoje;

( ) Conheço pouco a respeito de seus trabalhos.

( ) Desconheço os trabalhos ou seus conceitos.

06 – Das diversas teorias ou conceitos sobre acerca da Dificuldade de

Aprendizagem, assinale até no máximo 3 alternativas que você diagnostica em sua

prática escolar.

( ) alunos com baixo-estima,

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( ) Fatores de ordem orgânicas: saúde física deficiente, falta de integridade

neurológica, alimentação inadequada, deficiências glandulares...

( ) Pobreza; alunos pobres tem dificuldades de aprendizagem.

( ) Fatores de ordem específicas ( hereditária ou culturalmente pautada);

( ) Descompromisso familiar com a educação;

( ) Metodologias inadequadas;

( ) Fatores ambientais (considerando: moradia, bairro, escola, influência dos

meios de comunicação.

( ) Indisciplina em sala de aula;

( ) Alunos desprovidos de valores éticos e morais.

( ) falta de apoio da direção e equipe pedagógica ao professor.

( ) outros ____________________________________________________

07 – Libâneo ao tratar do processo de ensino Aprendizagem, utiliza-se de: meios,

métodos e princípios básicos de ensino, onde:

- Meios de ensino: são designados todos os materiais utilizados pelo

professor e pelos alunos para organização e condução metódica do processo de

ensino e aprendizagem.

- métodos de ensino: São ações do professor pelas quais se organizam as

atividades de ensino e dos alunos para atingir os objetivos do trabalho docente em

relação a um conteúdo específico.

- Princípios básicos de ensino: são os aspectos gerais do processo de ensino

que expressam os fundamentos teóricos de orientação do trabalho docente.

Resumidamente: identifique os meios, métodos e princípios de ensino, que

permeiam seu trabalho em sala de aula com alunos que apresentam dificuldade de

aprendizagem?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

08- Você professor (a) e ou sua escola está preparada para trabalhar

favoravelmente as dificuldades de aprendizagem dos alunos?

Você: ( ) sim ( ) não

Sua escola: ( ) sim ( ) não

Justifique sua resposta. ________________________________________________

___________________________________________________________________