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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto DigitalPortfolios Plataforma Online de Portfólios Digitais Miguel Pedro Cunha Silva Licenciado em Design de Comunicação pela Escola Superior de Artes e Design Dissertação submetida para satisfação parcial dos requisitos do grau de mestre em Tecnologia Multimédia Dissertação realizada sob a supervisão do Professor Doutor João Paiva do Departamento de Química da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto Porto, Março de 2008

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

DigitalPortfolios Plataforma Online de Portfólios Digitais

Miguel Pedro Cunha Silva

Licenciado em Design de Comunicação pela Escola Superior de Artes e Design

Dissertação submetida para satisfação parcial dos requisitos do grau de mestre em

Tecnologia Multimédia

Dissertação realizada sob a supervisão do Professor Doutor João Paiva do Departamento de Química

da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

Porto, Março de 2008

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Agradecimentos

Agradeço a Deus pelas bênçãos que me tem dado ao longo da minha vida.

À Lídia, pelo carinho e ambiente de tranquilidade que me proporcionou durante este meu

trabalho.

Aos meus pais, por sempre me motivarem e apoiarem no meu percurso académico.

Ao meu orientador Professor João Paiva, pelo apoio e por ter sempre uma palavra

encorajadora para me dar.

Ao Professor Eurico Carrapatoso, pela disponibilidade e simpatia que sempre me

demonstrou.

Às Professoras Maria Teresa Stanislau Santos Leite e Maria Teresa Pinto de Almeida pela

ajuda na revisão dos textos.

Aos Engenheiros André Silva, Miguel Costa e Carlos Silva, pela ajuda e compreensão.

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Resumo

Após o aparecimento do conceito de e-Learning, diversos tipos de ferramentas foram criadas

com o intuito de promover uma melhoria e modernização do ensino e da aprendizagem. O

e-Portfolio, também conhecido por portfólio digital, foi uma das ferramentas que surgiu com

um grande potencial. O facto de servir como um elemento comprovador da aprendizagem

dos alunos, promovendo a reflexão e a auto-avaliação sobre os trabalhos realizados pelos

mesmos, contribui de forma significativa para a formação desses mesmos alunos.

A plataforma desenvolvida no âmbito desta dissertação teve como objectivo simplificar o

processo de criação do portfólio, de forma a permitir que qualquer pessoa, sem

conhecimentos de criação e edição de páginas Web, conseguisse construir o seu portfólio

digital de forma rápida e intuitiva. Sendo uma plataforma que funciona num ambiente Web,

pretende-se que esta seja acessível a um vasto número de utilizadores, em qualquer lugar

onde se encontrem.

Tendo como base o conceito de classificação do grau de privacidade do conteúdo

introduzido na plataforma, procurou-se colmatar a problemática do acesso público a todos

os conteúdos colocados na plataforma, sendo possibilitado ao autor do portfólio atribuir o

grau de acesso que pretende a cada conteúdo (só acessível ao próprio, a um pequeno grupo

ou a toda a comunidade). Procurou-se generalizar o acesso aos conteúdos classificados

como públicos, dando assim a conhecer os trabalhos realizados pelos alunos às entidades

empregadoras, para que, desta forma, estas possam ter uma melhor noção dos

conhecimentos e aptidões adquiridos pelo utilizador.

Para a elaboração deste projecto foi utilizada a framework .NET como base para o

desenvolvimento da aplicação, e a linguagem C# para a implementação do código a ser

executado no lado do servidor. Um estudo piloto junto de alguns potenciais utilizadores

forneceu resultados animadores e boas ideias e perspectivas para o desenvolvimento do

trabalho.

Palavras-chave:

Portfólios digitais, e-Portfolio, Internet, plataforma, online, multimédia, repositório, reflexão,

avaliação, educação.

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Abstract

After the emergence of the e-Learning concept, different kinds of tools were created in order

to promote the improvement and modernization of education and learning. The e-Portfolio,

also known as digital portfolio, was one of the tools that showed an enormous potential. The

fact that it can be used to assess students’ knowledge, promoting reflection and auto-

evaluation of the assignments carried out by them, contributes in a significant way to the

personal and educational development of those students.

The platform developed in the scope of this dissertation was aimed at simplifying the

portfolio creation process, so that anyone, without any knowledge of Web page creation and

editing, would be able to build his own digital portfolio in an intuitive and timely manner. As

a platform that works in an online environment, it has the objective of being accessible to a

large number of users, in any place they find themselves.

Taking into account the classification concept related to the privacy level of the content

inserted into the platform, the current project tried to solve the problem of unrestricted

access to all contents uploaded to the platform. The author of the portfolio is therefore

enabled to choose the level of access intended for each content (only accessible to himself,

to a small group or to all the community). The underlying intention is to broaden the access

to the content classified as public. This will allow the potential employers to get to know and

analyze the quality of the work carried out by students/users so that they can have a better

notion of the knowledge and know-how acquired.

This project was designed with the help of the .NET framework, used as a foundation for the

development of the application, and the C# language chosen for the implementation of the

code to be executed on the server. A pilot study carried out with some potential users

provided motivating results and good ideas and perspectives for the development of this

project.

Keywords:

Digital portfolios, e-Portfolio, Internet, platform, online, multimedia, repository, reflection,

evaluation, education.

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Índice 1. Introdução ................................................................................. 1

1.1. Motivação.................................................................................................3 1.2. Objectivos ................................................................................................4 1.3. Estrutura da dissertação ..........................................................................5

2. O Estado da Arte ........................................................................ 6 2.1. Portfólios digitais .....................................................................................7

2.1.1 Enquadramento..................................................................................... 7 2.1.2 Definição .............................................................................................. 7 2.1.3 Evolução............................................................................................... 8 2.1.4 Fundamentos e aplicações...................................................................... 9 2.1.5 Vantagens e desafios ............................................................................13

2.2. Implementação de portfólios digitais ....................................................14 2.3. Algumas plataformas existentes............................................................18

2.3.1 Open Source Portfolio ...........................................................................19 2.3.2 FolioTek...............................................................................................20

2.4. O futuro dos e-Portfolios........................................................................22

3. Tecnologias Web...................................................................... 25 3.1. Aplicações na Internet ...........................................................................26 3.2. Linguagens Web.....................................................................................27 3.3. Tecnologias de servidor .........................................................................31 3.4. Bases de dados.......................................................................................35

4. Especificação e interface.......................................................... 37 4.1. Requisitos ..............................................................................................38

4.1.1 Objectivos............................................................................................38 4.1.2 Perfis de utilizadores.............................................................................39 4.1.3 Requisitos funcionais ............................................................................39 4.1.4 Requisitos não funcionais ......................................................................44 4.1.5 Requisitos de hardware.........................................................................46

4.2. Interface ................................................................................................47 4.2.1 Identidade corporativa ..........................................................................47 4.2.2 Estrutura da interface ...........................................................................48 4.2.3 Design da interface...............................................................................52

5. Implementação........................................................................ 63 5.1. Arquitectura do sistema.........................................................................64 5.2. Bases de dados.......................................................................................66

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5.3. Lado do Cliente ......................................................................................73 5.4. Lado do servidor.....................................................................................77

5.4.1 Área pública.........................................................................................79 5.4.2 Área reservada.....................................................................................83

5.5. Breve estudo de impacto .......................................................................91

6. Conclusão................................................................................. 98

7. Referências ............................................................................ 101

8. Anexos ................................................................................... 106 8.1. Anexo A – Questionário do estudo de impacto ....................................107 8.2. Anexo B – Alguns comentários à plataforma.......................................109

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Índice de figuras Figura 1 - eFolio Minnesota - Plataforma institucional de portfólios digitais ........................12 Figura 2 - Ambiente de trabalho do editor HTML Macromedia Dreamweaver .....................15 Figura 3 - Níveis de desenvolvimento de um e-Portfolio em termos organizacionais ...........17 Figura 4 - Comparativo entre algumas das plataformas existentes....................................18 Figura 5 - Pormenor da plataforma Open Source Portfolio................................................19 Figura 6 - Pormenor da plataforma FolioTek ...................................................................21 Figura 7 - Funcionamento da tecnologia AJAX.................................................................30 Figura 8 - Marca criada para a plataforma DigitalPortfolios...............................................47 Figura 9 - Estrutura da página inicial..............................................................................49 Figura 10 - Estrutura da página inicial da área reservada.................................................51 Figura 11 - Página inicial da plataforma DP ....................................................................52 Figura 12 - Página de listagem dos portfólios..................................................................54 Figura 13 - Página do portfólio de um utilizador ..............................................................55 Figura 14 - Página inicial da área reservada....................................................................56 Figura 15 - Página de gestão de ficheiros .......................................................................57 Figura 16 - Página “o meu grupo”..................................................................................58 Figura 17 - Página do portfólio da área reservada ...........................................................59 Figura 18 - Página de projectos.....................................................................................60 Figura 19 - Página de “adicionar registo”........................................................................61 Figura 20 - Página “curriculum” .....................................................................................62 Figura 21 - Interacção básica de um sistema cliente/servidor...........................................64 Figura 22 - Arquitectura de três camadas .......................................................................65 Figura 23 - Estrutura da base de dados “digitalportfolios.mdf” .........................................68 Figura 24 - Internet Explorer Developer Toolbar .............................................................75 Figura 25 - Visual Web Developer 2005 Express Edition...................................................77 Figura 26 - Organização dos ficheiros e directórios da plataforma.....................................78 Figura 27 - Organização dos ficheiros e directórios da área reservada...............................84 Figura 28 - Profissões dos participantes .........................................................................92 Figura 29 - Utilização regular da Internet por parte dos participantes ...............................92 Figura 30 - Conhecimento do termo “portfólio digital/electrónico”.....................................93 Figura 31 - Participação na criação de um portfólio digital ...............................................93 Figura 32 - Conhecimento doutras plataformas ...............................................................94 Figura 33 - Importância dos portfólios digitais na educação .............................................94 Figura 34 - Classificação global da plataforma ................................................................95 Figura 35 - Classificação da interface gráfica da plataforma .............................................95 Figura 36 - Classificação da facilidade de utilização da plataforma ....................................96 Figura 37 - Browsers utilizados para o acesso à plataforma DP.........................................97

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Introdução

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1. Introdução

Desde o aparecimento das novas tecnologias que surgiu um interesse crescente pelo seu

aproveitamento no sentido de melhorar o ensino e a aprendizagem. Nos anos noventa, com

a evolução crescente dos computadores pessoais e o aparecimento da Internet, este

interesse ganha um novo impulso. A Internet é vista como uma nova oportunidade de

dinamizar o ensino à distância que teve um sucesso moderado quando tentou tirar partido

doutra tecnologia anterior, a televisão.

No início do século XXI surge o termo e-Learning que pode ser definido como o uso de

tecnologias da Internet, para colocar à disposição um conjunto de soluções que melhorem o

conhecimento e o desempenho. O e-Learning tem como base três critérios fundamentais.

Primeiramente, como funciona por rede, permite uma actualização, arquivamento, busca,

distribuição e partilha da informação de forma instantânea. Em segundo lugar, é distribuído

através de um computador com acesso á Internet standard. Por último, focaliza-se no

sentido lato da aprendizagem - soluções de aprendizagem que ultrapassam os paradigmas

de formação [Rosenberg, 00].

É neste contexto que começam a surgir diversas ferramentas que tentam promover uma

melhoria da aprendizagem, utilizando as novas tecnologias que ganham cada vez mais

predominância. Ferramentas como o Blackboard, o Moodle ou o WebCT começam aos

poucos a mudar a forma como os docentes interagem com os seus alunos, o modo como os

alunos interagem com a aprendizagem e como interagem uns com os outros. Além destes

ambientes denominados VLEs (Virtual Learning Environments) surge um outro tipo de

ferramenta educativa, os e-Portfolios.

Um e-Portfolio pode ser definido como uma colecção digitalizada de artefactos, incluindo

demonstrações, recursos e realizações que representam um indivíduo, grupo, ou instituição

[Lorenzo & Ittelson, 05]. Para a criação destes portfólios digitais na Internet podem ser

utilizadas ferramentas comuns de edição de páginas Web. No entanto, nem sempre estas

ferramentas são as mais indicadas para a elaboração desses portfólios. Estas podem ser

consideradas demasiadamente complexas por alguns utilizadores menos habituados ao

manuseamento das mesmas. O facto de, em certos casos, ser necessário que o utilizador

tenha alguns conhecimentos sobre determinadas tecnologias Web, pode também ser um

factor desmotivante para a utilização desse tipo de ferramentas.

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Introdução

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Atentos a estas necessidades, diversas entidades desenvolvem plataformas que tentam

facilitar a criação desses portfólios. Várias instituições educativas implementam as suas

próprias plataformas no sentido de promover a utilização dos e-Portfolios pelos seus alunos,

pretendendo assim que, através do seu uso, estes alunos se sintam motivados para a

reflexão e divulgação dos trabalhos por si realizados. No sentido de tentar colmatar a

necessidade das instituições escolares que não possuem esse tipo de plataformas, surgem

várias plataformas comerciais para a criação de portfólios digitais, e mais recentemente

algumas em open-source.

Com este panorama em horizonte, partiu-se para a construção da plataforma

DigitalPortfolios (DP). Tendo sido desenvolvida de raiz e inspirada por um projecto anterior

[Pereira & Paiva, 04], pretendeu-se que esta plataforma fosse munida duma interface

simplificada para, desta forma, facilitar em grande medida o acesso a um número vasto de

utilizadores. O conceito inovador da classificação do grau de privacidade de cada conteúdo

introduzido, foi um dos factores chave em que esta plataforma assentou.

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Introdução

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1.1. Motivação

Após o aparecimento do conceito de e-Learning, diversos tipos de ferramentas foram criadas

com o intuito de promover uma melhoria e modernização do ensino e da aprendizagem. O

e-Portfolio, também conhecido por portfólio digital, foi uma das ferramentas que surgiu com

um grande potencial. O facto de servir como um elemento comprovador da aprendizagem

dos alunos, promovendo a reflexão sobre os trabalhos realizados pelos mesmos, contribui de

forma significativa para a formação desses mesmos alunos. Consciente do potencial que

estas ferramentas permitem, nasce no panorama europeu a EIfEL, o Instituto Europeu para

o e-Learning, que dirige o consórcio “Europortfolio”, cuja missão é promover o uso dos e-

Portfolios na Europa. Em 2003 a EIfEL lança a campanha "ePortfolio for all" como um

objectivo para 2010. O principal objectivo da Campanha 2010 é que em 2010 todos os

cidadãos europeus tenham acesso a um e-Portfolio, dando-lhes a possibilidade de tirar

partido de todos os benefícios que um e-Portfolio pode trazer [EIfEL, 08].

Tornou-se então imperativo facilitar o processo de criação dos e-Portfolios, tendo surgido

diversas plataformas Web que procuravam atingir esse objectivo. Uma grande parte destas

são plataformas comerciais, mas há relativamente pouco tempo surgiram plataformas em

open-source. Além do facto destas plataformas serem maioritariamente desenvolvidas com

base na língua inglesa, algumas delas demonstravam uma complexidade a nível funcional e

visual. Tentando minimizar este facto, procurou-se neste trabalho criar uma plataforma que,

além de ser implementada em língua portuguesa, pudesse simplificar o processo de criação

do portfólio, de forma a permitir que qualquer pessoa conseguisse construir o seu portfólio

digital de forma rápida e intuitiva. Tendo como base o conceito de classificação do grau de

privacidade do conteúdo introduzido na plataforma, implementado numa ferramenta anterior

[Pereira & Paiva, 04], procurou-se colmatar a problemática do acesso público a todos os

conteúdos colocados na plataforma. Deste modo, o autor do portfólio pode atribuir o grau

de acesso que pretende a cada conteúdo individualmente.

Ao mesmo tempo que se pretendeu dar controlo de acesso dos conteúdos aos autores dos

e-Portfolios, procurou-se também generalizar o acesso aos conteúdos classificados como

públicos. Esta preocupação tem como objectivo dar a conhecer os trabalhos realizados pelos

alunos às entidades empregadoras, para que, desta forma, estas possam ter uma melhor

noção dos conhecimentos e aptidões adquiridos pelo aluno.

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Introdução

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1.2. Objectivos

O projecto relatado nesta dissertação tem como objectivo facilitar o processo de criação,

edição e divulgação de portfólios digitais, servindo eventualmente também como um

protótipo para adopção como ferramenta integrada no panorama académico português.

Sendo uma plataforma que funciona num ambiente Web, pretende-se que esta seja

acessível a um vasto número de utilizadores, em qualquer lugar que estes se encontrem. A

aplicação desenvolvida deverá permitir a criação de portfólios digitais na Internet, por

utilizadores que não possuam conhecimentos de criação e edição de páginas Web, devendo

para isso simplificar esse processo, tornando-o mais intuitivo e de rápida aprendizagem. Esta

aplicação deverá também permitir o acesso aos portfólios por utilizadores não registados,

para que desta forma os portfólios existentes adquiram uma projecção superior.

Deverá ser possível ao autor do portfólio, depois de registado, classificar individualmente os

conteúdos inseridos na plataforma, em níveis de privacidade.

A plataforma deverá promover a reflexão sobre os trabalhos inseridos, através da avaliação

qualitativa e quantitativa dos mesmos. Com o intuito de esclarecer o visitante dum portfólio

sobre o propósito de um determinado trabalho, deverá ser dada a possibilidade de associar

uma descrição a cada um dos conteúdos inseridos.

Pretende-se que a plataforma criada seja stand-alone, funcionando sem a necessidade de

estar integrada numa outra plataforma de ensino, permitindo assim que esta seja facilmente

adoptada e instalada por uma entidade educativa.

Tendo como intenção facilitar a actualização da plataforma em termos da sua

funcionalidade, e a adição de novas funcionalidades, procurou-se desenvolver a plataforma

tendo como base uma framework existente. Com este intuito foi utilizada a .NET Framework,

uma das frameworks mais populares no que respeita à criação de aplicações Web.

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Introdução

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1.3. Estrutura da dissertação

A presente dissertação, encontra-se organizada em seis capítulos distintos. No primeiro, é

feita uma introdução sobre os propósitos deste projecto, assim como os seus objectivos. No

capítulo segundo é abordada a temática dos portfólios digitais, com particular incidência nas

suas mais-valias e nas soluções existentes actualmente.

No terceiro capítulo são abordadas várias tecnologias Web disponíveis actualmente. É

analisada a temática das aplicações Web e o seu crescente papel no universo tecnológico.

Diferentes linguagens Web são examinadas, tanto utilizadas do lado cliente como do lado

servidor, tendo como objectivo aludir à importância de cada uma em particular aquando do

desenvolvimento de websites. Por último, são examinados dois dos sistemas de gestão de

base de dados relacionais mais utilizados.

No capítulo seguinte são descritos os requisitos da aplicação e o interface da mesma. Numa

primeira fase são expostas as funcionalidades que devem ser tornadas possíveis pela

plataforma. Segue-se uma análise à concepção do interface, desde a criação da identidade

corporativa, passando pela estrutura, culminando com a observação do design de algumas

das páginas que constituem a aplicação.

No quinto capítulo é abordado o desenvolvimento da plataforma. São indicadas as

ferramentas utilizadas para a sua implementação, os componentes escolhidos, assim como a

estruturação das bases de dados que alimentam o sistema. No final deste capítulo é

analisado o estudo de impacto efectuado junto de potenciais utilizadores.

Por fim são apresentadas as conclusões relativamente ao trabalho efectuado. Neste capítulo

são também abordadas algumas sugestões de trabalho futuro.

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O Estado da Arte

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2. O Estado da Arte

Desde o seu aparecimento no início da década de noventa, os portfólios digitais têm sido

alvo de grande debate, experimentação, investigação e análise, contribuindo assim para

uma evolução crescente e divulgação global desta nova ferramenta educativa. Tendo as

suas raízes nos portfólios denominados tradicionais, os portfólios digitais resultam da união

destes com as novas tecnologias da informação, imprimindo assim uma nova dimensão e

modernidade a um conceito clássico. O grande desenvolvimento que as novas tecnologias

estavam a ter na época e que ainda persiste nos nossos dias, tem contribuído em grande

medida para o progresso dos portfólios digitais, quer através de um aperfeiçoamento

técnico, quer através de um aumento significativo das funcionalidades associadas aos

mesmos.

Ao longo das páginas deste capítulo, pretende-se apresentar uma visão geral sobre os

portfólios digitais, assim como as suas implicações e aplicações. Primeiramente através

duma abordagem das noções base e conceitos desta nova realidade, passando pelos seus

fundamentos, considerações a ter em conta aquando da sua elaboração, culminando na

análise de algumas das plataformas mais utilizadas actualmente para a elaboração, gestão e

divulgação dos mesmos.

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O Estado da Arte

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2.1. Portfólios digitais

2.1.1 Enquadramento

O interesse crescente do sector da educação pelo potencial das novas tecnologias resultou

no aparecimento de diversas ferramentas educativas que têm vindo a mudar a forma como

a própria aprendizagem é feita. Além dos portfólios digitais, diversas ferramentas,

tipicamente relacionadas com o e-Learning, são disso um claro exemplo. De facto, a união

das novas tecnologias com a educação é considerada por muitos como a ansiada solução

para os problemas existentes actualmente neste sector.

Apesar de ser maioritariamente utilizada como uma ferramenta educativa pelos alunos, os

portfólios digitais têm um grande potencial também para educadores e instituições, na

medida em que incentivam uma organização e actualização constantes, culminando num

reconhecimento global quando divulgados através da Internet ou através de outro meio de

comunicação. Além das vantagens evidentes no universo educativo, os portfólios digitais

têm também um papel importante no meio empresarial. A visão geral dos conhecimentos e

capacidades do candidato que os portfólios digitais proporcionam, contribui para uma nova

forma do empregador obter informações relevantes sobre o mesmo. Desta forma, a

entidade empregadora pode ter uma melhor percepção das aptidões de um determinado

candidato através da análise de trabalhos realizados, não dependendo unicamente da

informação textual presente num Curriculum Vitae.

2.1.2 Definição

Tendo como antecessores os portfólios tradicionais, os portfólios digitais ou e-Portfolios

(termo como são mais conhecidos a nível internacional) derivam da união entre o conceito

clássico da tradicional pasta contendo uma amostra de trabalhos, com a valorização

proporcionada pelas novas tecnologias da informação. De seguida, é apresentada uma

definição para e-Portfolio de George Lorenzo e Jonh Ittelson:

“Um e-Portfolio é uma colecção digitalizada de artefactos, incluindo demonstrações,

recursos, e realizações que representam um indivíduo, grupo, comunidade, organização, ou

instituição. Esta colecção pode ser compreendida por texto, gráficos, ou elementos

multimédia arquivados num Web site ou noutro meio electrónico como um CD-ROM ou

DVD.“ [Lorenzo & Ittelson, 05]

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O Estado da Arte

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Como se pode constatar, esta definição alberga os elementos comuns constantes nos

portfólios tradicionais, mudando apenas os suportes em que estes são guardados. O

tradicional papel dá lugar aos suportes digitais, juntamente com a flexibilidade e capacidade

inerentes a estes. Convém no entanto ter em conta, que os portfólios digitais não devem ser

apenas um aglomerado de trabalhos realizados, mas ter uma forte componente educativa a

eles associada. Citando uma definição de portfólio elaborada por educadores da Northwest

Evaluation Association em 1990, Helen C. Barret no seu artigo “Electronic Portfolios, A

chapter in Educational Technology” apresenta a seguinte definição:

“Um portfólio é uma colecção de trabalhos de um estudante com um propósito que expõe os

seus esforços, progresso e realizações numa ou mais áreas. A colecção deve incluir a

participação do estudante na selecção de conteúdos, o critério de selecção, o critério para

julgar o mérito, e evidência da auto-reflexão do estudante.” [Barrett, 01]

Nesta definição, por sua vez, são introduzidos novos elementos que devem constar num

portfólio e que diferenciam os portfólios de meros repositórios, sendo um dos principais a

reflexão. A reflexão, a análise e a autocrítica por parte do aluno sobre os trabalhos

constantes no seu portfólio são essenciais, para que este se torne verdadeiramente

completo e proveitoso ao longo da sua aprendizagem, porventura tão importantes como os

projectos em si. Desta forma o portfólio não responde somente à questão “o que é que foi

desenvolvido?”, mas também à questão “qual o raciocínio por detrás desse

desenvolvimento?”. Essa reflexão é igualmente importante para o educador, tendo assim um

melhor conhecimento sobre a forma de pensar do aluno, podendo visualizar os alicerces do

seu raciocínio e ter uma noção mais clara sobre a sua evolução.

2.1.3 Evolução

A origem dos portfólios tradicionais tem sido um tema recorrente em diversos artigos e

seminários desde o aparecimento dos portfólios digitais, dado este ser um factor imperativo

para uma melhor percepção e compreensão sobre a versão moderna dos mesmos. Em

diversos escritos e eventos da área, tem sido um facto mais ou menos consensual de que os

portfólios digitais têm a sua origem nos portfólios artísticos. Estes eram normalmente

constituídos por trabalhos gráficos de artistas, ou mais recentemente, designers, que

conseguiam desta forma exibir as suas obras de uma forma visual, como demonstração das

suas capacidades artísticas. Tipicamente, tendo o papel como suporte, estes trabalhos eram

organizados em pastas com uma ordem cronológica, temática ou outra, sendo alvo de uma

selecção e actualização constantes. Sendo mais ou menos portáteis, estes eram divulgados

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O Estado da Arte

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para a apreciação de outros criadores, do público em geral ou até para serem objecto de

análise de um empregador aquando duma entrevista.

De facto, são vários os elementos comuns que os portfólios artísticos partilham com os

portfólios digitais. Não obstante essas semelhanças, os portfólios digitais podem ter tido

uma proveniência bastante anterior. Helen C. Barret na sua apresentação denominada

"Electronic Portfolios: Digital Stories of Deep Learning", que teve lugar no Illinois Council on

Continuing Higher Education (ICCHE) em Chicago [Barrett, 06a], introduz uma nova origem

para a noção de portfólio, citando o prefácio do livro "The Power of Portfolios" da autoria de

Elizabeth Hebert. Segundo Elizabeth Hebert, o primeiro conceito de portfólio surgiu quando

os pais começaram a recolher os trabalhos escolares dos seus filhos, guardando-os em

enormes caixas. Independentemente do tipo de trabalho ou exame presente nessas caixas,

essa reunião de elementos académicos representavam as competências e aptidões

adquiridas pelos seus filhos ao longo dos vários anos de estudo.

Com o aparecimento dos primeiros computadores pessoais em meados dos anos oitenta, os

portfólios, sustentados pelas novas tecnologias, adquirem um novo dinamismo e um

aumento significativo do seu potencial. Os seus conteúdos passam a ser digitalizados e

editados pelo autor, sendo facilmente arquivados e reproduzidos. O CD-ROM torna-se o

suporte digital por excelência devido à sua enorme capacidade, preço reduzido e grande

portabilidade. No entanto, o facto de este não ser actualizável, limita em grande medida

uma maior evolução dos portfólios digitais. Este constrangimento deixaria de ter significado

com o surgimento da Internet, ao permitir uma divulgação mundial de conteúdos, acessíveis

em qualquer lugar, e constantemente actualizáveis.

2.1.4 Fundamentos e aplicações

Após uma melhor percepção do que são os portfólios digitais e do modo como surgiram,

torna-se imperativo analisar de que forma é que estes podem ser constituídos. Como

referido anteriormente, é importante a consciencialização de que os portfólios digitais são

muito mais do que meros repositórios de trabalhos e informação. Gary Greenberg, director

executivo de IT Teaching and Research Initiatives e director do Collaboratory Project na

Northwestern University em Evanston, Illinois, no seu artigo denominado "The Digital

Convergence: Extending the Portfolio Model", demonstra esse facto:

“No entanto, apesar dos conteúdos poderem ser consultados na Web, o e-Portfolio não é

simplesmente uma página pessoal com hiperligações para exemplos de trabalhos. Como

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O Estado da Arte

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acréscimo, ao contrário de uma aplicação típica, como um processador de texto, um e-

Portfolio é uma aplicação de rede que proporciona ao autor funções administrativas para a

gestão e organização de trabalhos (ficheiros) criados em diferentes aplicações e para o

controle de quem pode visualizar e comentar o trabalho (acesso). Ao contrário de um

sistema de gestão de cursos, no qual os educadores gerem tarefas e materiais do interior da

framework de um determinado curso, os e-Portfolios são controlados pelo autor (estudante),

que gere o seu trabalho durante diversos cursos ao longo de uma carreira académica.”

[Greenberg, 04]

Conforme se pode constatar, existem dois conceitos centrais nestas afirmações que deverão

ser salientados. Por um lado, o conceito de rede, permitindo que um determinado portfólio

digital seja divulgado, comentado e alvo de análise por parte de educadores, colegas e

empregadores. Por outro, o conceito de plataforma, que, dotada de um conjunto amplo de

ferramentas, possibilite uma fácil edição, actualização e gestão de conteúdos por parte do

autor do portfólio.

Previamente a uma análise dos diferentes tipos de portfólios digitais que podem ser

desenvolvidos, é conveniente enumerar alguns dos vários elementos que podem constar nos

mesmos [Siemens, 04]:

• Informação pessoal;

• Historial educativo;

• Reconhecimento - prémios e certificados;

• Comentários de reflexão;

• Trabalhos de curso - Tarefas, projectos;

• Comentários do educador;

• Comentários do antigo empregador;

• Objectivos, planos;

• Valores e interesses pessoais

• Apresentações, artigos;

• Actividades pessoais - trabalho de voluntariado, desenvolvimento profissional;

• Todos os artefactos incluídos devem ter um propósito - deverão demonstrar uma

habilidade, um atributo e aprendizagem adquirida da experiência.

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Existem diversos objectivos e características que podem estar associados a um portfólio

digital. Segundo George Lorenzo e John Ittelson os portfólios têm seis funções primordiais

[Lorenzo & Ittelson, 05]:

• Planear programas educativos;

• Documentar conhecimento, capacidades, habilidades e aprendizagem;

• Registar desenvolvimento num programa;

• Procurar um emprego;

• Avaliar um curso;

• Monitorizar e avaliar o desempenho.

As características dos vários portfólios existentes contribuem para uma diferenciação entre

os diversos tipos que podem ser encontrados. Segundo os autores do referido artigo, os

portfólios digitais podem ser divididos em três grandes categorias: de estudantes, de ensino

e institucionais.

Portfólios digitais de estudantes

Cada vez mais utilizados no ensino, este tipo de portfólio é utilizado pelos educadores como

testemunho de competências necessárias para a obtenção de uma determinada certificação.

Utilizados em diversas áreas de ensino, são úteis para revelar competências dos alunos,

sendo também usados como um registo das experiências de aprendizagem. Em geral, os

portfólios digitais estão a contribuir para um estímulo do espírito crítico dos estudantes, para

um melhoramento das suas capacidades de escrita e comunicação multimédia, assim como

para o desenvolvimento dos conhecimentos informáticos e tecnológicos dos seus

utilizadores.

Portfólios digitais de ensino

Descendentes dos portfólios curriculares e de ensino em papel, os portfólios digitais de

ensino servem como documentação de competências e realizações para evolução na

carreira. São também utilizados para propósitos de reflexão e de aprendizagem, tornando as

práticas individuais de ensino públicas e, por conseguinte, acessíveis para uma

aprendizagem colectiva e de partilha de conhecimentos. Os educadores por vezes criam

portfólios digitais para apresentação e divulgação das suas realizações aos estudantes,

dentro ou fora das salas de aula. Estes tipos de portfólios de ensino podem ser uma

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colecção do trabalho educativo do educador e incluir nomeadamente a filosofia de ensino,

uma lista de disciplinas leccionadas, planos de aula e reconhecimento ou prémios

alcançados.

Portfólios digitais institucionais

Este tipo de portfólios digitais, relativamente novo, incorpora os dois tipos de portfólios

mencionados anteriormente, assim como portfólios digitais de um variado número de

programas e departamentos. Um portfólio digital institucional apresenta habitualmente uma

selecção de trabalhos, informação e análise que demonstre a sua responsabilidade

institucional e sirva como um veículo para reflexão, aprendizagem e melhoramento a nível

da instituição. Os portfólios podem incluir entrevistas captadas em vídeo ou em áudio,

fotografias, citações escritas e amostras de trabalhos. A complexidade inerente a este tipo

de portfólios tem contribuído para uma adopção lenta relativamente aos portfólios

mencionados anteriormente, no entanto continuam a evoluir na medida em que as

instituições são encorajadas a comprovar os seus resultados educativos. Na Figura 1 está

representada a plataforma institucional “eFolio Minnesota” pertencente a uma das várias

instituições existentes que oferecem aos seus utilizadores portfólios digitais vitalícios.

Figura 1 - eFolio Minnesota - Plataforma institucional de portfólios digitais

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2.1.5 Vantagens e desafios

São diversos os benefícios da utilização de portfólios digitais como parte integrante da

educação, quer por alunos, quer por professores. Entre as muitas vantagens existentes para

os alunos e educadores destacam-se as seguintes [Wiedmer, 98]:

Por parte do aluno:

• Maior aprofundamento no processo individual de selecção e concepção;

• Estímulo da reflexão nas decisões de selecção;

• Maior sentido de responsabilidade pessoal na aprendizagem;

• Motivação acrescida para a obtenção de resultados;

• Maior interesse na aprendizagem;

• Ajuda na percepção de crescimento pessoal.

Por parte do professor:

• Melhoria da autoconfiança;

• Maior intervenção académica;

• Redução da quantidade de papel utilizado e arquivado;

• Estímulo do profissionalismo e da colaboração;

• Resumo de experiências num produto compacto e portátil;

• Possibilidade de reflexão das filosofias e métodos de aprendizagem e ensino.

Apesar das vantagens evidentes que os portfólios digitais proporcionam, existem ainda

variados constrangimentos por resolver. Uma das principais preocupações inerentes à

utilização deste tipo de portfólios é, sem dúvida, a segurança. Tendo em conta que estes

contêm informação pessoal, acessível apenas ao seu autor, não deixam de estar susceptíveis

a uma tentativa de acesso não autorizada. Por outro lado existe ainda o receio de que certos

conteúdos possam ser utilizados ou reproduzidos sem autorização do seu autor. Esta

apreensão é aplicável quer em relação à utilização indevida por parte de visitantes, quer por

membros da mesma instituição educativa. O facto de ainda não existir um standard que

uniformize as várias plataformas existentes, a escassa divulgação junto das entidades

educativas e as limitações técnicas existentes em diversas instituições de ensino, são alguns

dos factores que constrangem a evolução dos portfólios digitais.

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2.2. Implementação de portfólios digitais

Previamente à utilização de portfólios digitais como um recurso educativo numa instituição

de ensino, deverá ser escolhido o melhor sistema de criação e gestão dos mesmos. Existem

tipicamente quatro abordagens que poderão ser utilizadas por parte dessas instituições para

a implementação de portfólios digitais [Lorenzo & Ittelson, 05]. Poderá ser desenvolvido

internamente um sistema de portfólios digitais à medida, ser utilizada uma plataforma open

source, um sistema de portfólios digitais comercial ou criar cada portfólio através da

utilização de ferramentas comuns de desenvolvimento. Cada uma destas abordagens tem

benefícios e desvantagens, que serão alvo de análise.

O desenvolvimento de um sistema de portfólios digitais à medida, numa instituição de

ensino, através de técnicos pertencentes à mesma, tem inúmeras vantagens: permite uma

personalização às necessidades específicas da instituição, não depende do pagamento de

licenças e possibilita à instituição deter os direitos de autor aquando da sua conclusão. No

entanto acarreta consigo alguns constrangimentos que deverão ser considerados: o elevado

custo de hardware e software, a grande quantidade de tempo, energia e conhecimentos

técnicos necessários aquando do seu desenvolvimento, assim como os gastos

imprescindíveis para a manutenção da plataforma.

A utilização de sistemas de portfólios digitais open source, desenvolvidos por comunidades

de indivíduos e instituições tem uma grande mais-valia em relação às restantes abordagens.

Dado serem sistemas não proprietários, não acarretam consigo nenhum custo inerente à

utilização dos mesmos. O facto de estarem em constante actualização também pode ser

considerada uma vantagem, na medida em que poderão ser implementados melhoramentos

e novas funcionalidades ao sistema. Existem, porém, custos associados ao suporte técnico

da mesma e o facto de depender exclusivamente de uma comunidade, pode ser um factor

de insegurança, nomeadamente no caso da iniciativa ser dissolvida e a comunidade de

desenvolvimento extinta.

No caso de ser usado um sistema de portfólios digitais comercial, este possui diversos

benefícios relativamente aos casos anteriores. Como o suporte técnico é prestado pela

equipa da empresa contratada, isto permite que os técnicos da instituição possam estar

disponíveis para projectos internos. Os sistemas desenvolvidos por um vasto número de

empresas possuem diversas funcionalidades e podem muitas vezes ser integrados com um

sistema de e-Learning existente, facilitando assim a gestão dos recursos tecnológicos e

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conteúdos digitais. Esta solução tem como principal desvantagem o seu custo associado,

podendo este aumentar com uma maior personalização.

Por último, existe ainda a possibilidade da criação dos portfólios digitais ser efectuada

através de ferramentas comuns de desenvolvimento, tipicamente editores HTML, como o

Macromedia Dreamweaver (Figura 2) e o Microsoft Front Page. A utilização deste tipo de

software possibilita uma criação de portfólios mais personalizada devido à liberdade que

proporciona. O facto do utilizador não depender de templates predefinidos com limitações a

nível de base de dados, é claramente uma das mais-valias relativamente a outro tipo de

abordagens. Outra das vantagens da utilização destas ferramentas é o facto do custo

associado às mesmas ser reduzido ou mesmo inexistente no caso das ferramentas usadas

serem freeware ou open source. Esta opção tem no entanto uma condicionante que é o

facto de exigir um sólido conhecimento técnico de código HTML e de tratamento de imagem,

dado o portfólio digital ser criado de raiz pelo seu autor e não através de templates como os

casos anteriores.

Figura 2 - Ambiente de trabalho do editor HTML Macromedia Dreamweaver

Conjugando os vários passos do processo de desenvolvimento multimédia com os do

processo de desenvolvimento de um portfólio, Helen C. Barret define as seguintes fases do

desenvolvimento de um portfólio digital [Barrett, 01]:

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Definição do contexto e objectivos do portfólio

Nesta primeira fase as principais tarefas consistem em identificar o contexto de avaliação e

os objectivos do portfólio.

O portfólio do desenvolvimento

Esta fase ocupa o maior espaço de tempo e envolve a selecção do software de

desenvolvimento apropriado para o contexto do portfólio e os recursos disponíveis.

O portfólio reflectivo

No portfólio formativo as reflexões ocorrem tipicamente como marcos significativos da

aprendizagem. As reflexões sobre o próprio trabalho são um requisito para que o autor

possa obter uma aprendizagem do processo.

O portfólio interligado

Até certo ponto esta fase é única no portfólio digital, dada a capacidade do software em

criar hiperligações entre documentos, quer localmente, quer na Internet. Nesta fase deve-se

proceder à inserção de hiperligações entre objectivos, resumos de trabalhos, rubricas e

reflexões, assim como de conteúdos multimédia e tabelas de conteúdos para estruturação

do portfólio.

O portfólio apresentável

Nesta fase o portfólio é guardado numa apresentação e meio de armazenamento

apropriados. Dependendo do tipo de portfólio, este deverá ser disponibilizado em cassete de

vídeo, CD-ROM, num servidor local ou na Internet. O portfólio deverá ser apresentado

perante uma audiência real ou virtual como realização dos objectivos representados.

Adjacente à criação de um portfólio digital está a sua eventual integração com uma

instituição, ou mesmo uma interoperabilidade com diversas entidades educativas. Na

Figura 3 estão presentes os diversos níveis de desenvolvimento de um portfólio digital em

termos organizacionais. À medida que os níveis aumentam, as preocupações ganham uma

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nova dimensão. A atenção sobre o estudante torna-se mais abrangente, passando a

englobar também os desafios de implementação na instituição e na indústria [Siemens, 04].

Figura 3 - Níveis de desenvolvimento de um e-Portfolio em termos organizacionais

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2.3. Algumas plataformas existentes

Apesar de existirem diversas ferramentas genéricas que podem ser utilizadas para a criação

de portfólios digitais tais como editores HTML, geradores de blogs e Content Management

Systems (CMS), estes não são criados de raiz com funcionalidades específicas para o

desenvolvimento dos mesmos. Por outro lado, as plataformas existentes criadas de raiz para

esse efeito são maioritariamente comerciais, limitando de certa forma um acesso

massificado às mesmas. A Figura 4 representa um comparativo de características de várias

plataformas existentes [Barrett, 06b].

Figura 4 - Comparativo entre algumas das plataformas existentes

Conforme se pode verificar, a única plataforma presente neste esquema desenvolvida

especificamente para a criação e edição de portfólios digitais que é abrangida pela licença

open source é a plataforma "O. S. Portfolio". Tendo em conta este facto e devido ao

conceito que serve de base a esta plataforma, a mesma será motivo de análise.

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2.3.1 Open Source Portfolio

Tendo sido desenvolvido sobre a "Sakai Framework", mencionada como a framework de

referência para o desenvolvimento de plataformas académicas, o projecto "Open Source

Portfolio" (Figura 5) teve o seu início em Janeiro de 2003, com o intuito de tornar

amplamente disponível o sistema de portfólios digitais da Universidade de Minnesota através

de software open source. A plataforma pretende apoiar actividades baseadas em portfólios

digitais através da disponibilização de um ambiente onde um utilizador, como autor de um

portfólio, está capacitado para exibir o seu trabalho. A esse utilizador são fornecidas

ferramentas que permitem: a recolha de conteúdos que melhor representem as suas

realizações pessoais, a sua aprendizagem ou o seu trabalho; a reflexão sobre esses

elementos e suas interligações; a concepção e criação de um portfólio que demonstre o

resultado da selecção prévia e a publicação do portfólio a uma audiência determinada.

Figura 5 - Pormenor da plataforma Open Source Portfolio

Além do facto das ferramentas estarem disponíveis para alunos e educadores, estas também

estão disponíveis para avaliadores, administradores e coordenadores CIG (Common Interest

Groups), providenciando estrutura e direcção aos autores de portfólios acerca do

desenvolvimento dos mesmos. O coordenador CIG é responsável pela gestão dos conteúdos

guardados para a utilização de um workshop CIG e de ferramentas utilizadas para a recolha

de informação dos participantes da CIG. A zona CIG representa uma área onde os membros

interagem e colaboram, servindo de repositório de conteúdos e de contextualização para a

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sua interacção. As ferramentas de análise de portfólios permitem a medição da eficácia e

dos resultados educativos, podendo estes serem avaliados ou comentados.

2.3.2 FolioTek

Na tentativa de uma melhor compreensão sobre as plataformas existentes e no sentido de

proporcionar um meio de comparação com uma plataforma open source, será alvo de

análise um sistema comercial, neste caso o sistema "FolioTek", da empresa LANIT

Consulting. Esta plataforma resulta de um projecto para a Universidade de Missouri no

sentido do desenvolvimento de três sistemas distintos de gestão de portfólios para três

programas escolares diferentes. Cada um desses programas tinha os seus próprios

requisitos específicos. As claras diferenças entre cada um dos programas dificultava a

criação de um sistema que abrangesse todas essas necessidades.

Com o intuito de solucionar esta questão, foi criado um único pacote de software munido de

uma infra-estrutura adaptativa. Esta plataforma final seria posteriormente configurada a

nível de terminologia de interface, relatórios de informação, organização e de medidas de

avaliação, através de uma entrevista de acordo com cada programa educacional.

Este sistema possui vários benefícios para os seus utilizadores, primando pela facilidade de

utilização, contendo um interface que melhora a usabilidade, diminuindo a necessidade de

formação específica. Outro dos benefícios salientados é a optimização de tempo que

permite, através da coordenação da organização de documentos e da integração de

mensagens, tarefas e comentários com o correio electrónico.

O facto de não obrigar à aquisição de um servidor próprio da instituição torna acessível a

sua utilização e diminui a necessidade de apoio técnico. Os relatórios gerados pela

plataforma permitem uma análise aprofundada sobre a sua utilização e os questionários

contribuem para uma percepção da receptividade e satisfação por parte dos utilizadores.

Na Figura 6 é apresentada a interface da plataforma:

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Figura 6 - Pormenor da plataforma FolioTek

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2.4. O futuro dos e-Portfolios

A utilização dos portfólios digitais como auxílio à aprendizagem tem demonstrado diversas

vantagens, devido às suas características únicas. A organização que incute aos seus

utilizadores, juntamente com o facto de permitir a divulgação e partilha de trabalhos

resultantes das capacidades adquiridas pelos seus autores, contribui em grande parte para

um reconhecimento e subsequente estímulo educativo.

Com a crescente utilização das novas tecnologias dentro e fora das instituições escolares, os

estudantes e educadores têm adquirido novas apetências para a utilização de ferramentas e

plataformas digitais, facilitando deste modo a integração e adaptação dos portfólios digitais

nos estabelecimentos de ensino. A partilha constante de documentos, informação e

conteúdos é um resultado dessa facilidade e liberdade que as novas tecnologias permitem. É

determinante que essa distribuição colectiva se transforme cada vez mais numa partilha de

conhecimentos ordenada que contribua para um interesse comum e não se transforme

numa rotina despojada de objectivos.

É neste domínio que as plataformas de gestão de portfólios digitais podem ter um papel

preponderante. As suas ferramentas e funcionalidades, juntamente com uma interface

consistente e cuidada, são de grande auxílio no sentido de promover uma organização

ponderada sobre os conteúdos que são alvo de análise e divulgação. Contudo, um conjunto

de plataformas só por si não é suficiente para a criação, manutenção e evolução sustentada

de uma comunidade educativa que tira a totalidade dos proveitos e benefícios que os

portfólios digitais proporcionam. É necessário um estudo aprofundado sobre a publicação de

eventuais standards que tornem as plataformas comunicáveis e relacionáveis entre si.

Este facto ganha ainda mais relevância quando o tema de portfólios vitalícios é abordado, na

medida em que o estudante deve ter a possibilidade de editar e actualizar o seu portfólio

digital ao longo da vida, sem qualquer limitação a nível de compatibilidade de plataformas

ou software e independentemente da instituição educativa que frequenta. Deve, contudo,

existir a preocupação em criar um conjunto de standards e normas que não limitem

demasiado a liberdade associada aos portfólios digitais. Tais regras devem ser aplicadas com

moderação, para que não transformem a experiência educativa associada àqueles

demasiado restritiva e consequentemente desmotivante.

Não obstante as vantagens evidentes que os portfólios digitais possuem, existem ainda

alguns obstáculos que deverão ser colmatados para que a sua crescente utilização e

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divulgação possa ser uma realidade. A falta de divulgação e informação sobre o seu

potencial junto dos estabelecimentos de ensino a nível nacional e internacional, é um dos

pontos essenciais a ter em conta. O número ainda reduzido de plataformas open source

criadas especificamente para a gestão de portfólios digitais, em grande parte devido ao facto

de este ser um tema relativamente recente, torna difícil a implementação de um sistema

deste tipo nas instituições escolares. A falta de infra-estruturas tecnológicas que servem de

base a estes sistemas em certos estabelecimentos de ensino é também um factor que

dificulta a sua expansão, apesar do crescente investimento nesta área fazer antever um

futuro promissor.

Estas dificuldades tornam-se ainda mais evidentes no panorama nacional, principalmente

devido à escassa divulgação sobre este tema. Um grande número de casos em que os

portfólios digitais são abordados e inseridos no contexto educativo são a um nível inicial ou

mesmo experimental. Nestes casos a utilização de ferramentas comuns para a produção dos

portfólios digitais tem primazia, sendo que nos casos em que foram utilizadas plataformas

criadas para o efeito, estas encontravam-se ainda numa fase embrionária de

desenvolvimento.

As instituições educativas têm agora um papel essencial a desempenhar para que os

portfólios digitais possam ter uma ampla utilização e progresso. Ao serem utilizados desde o

início do percurso académico de um estudante, os portfólios digitais podem contribuir para

uma evolução construtiva e sustentada dos conhecimentos e aptidões que vão sendo

adquiridos, resultando em trabalhos que comprovam e demonstram essa aprendizagem. Ao

ser encorajado a concentrar, ordenar e reflectir sobre o trabalho desenvolvido, o educando

progride na sua carreira académica ciente dos seus conhecimentos actuais e objectivos

futuros.

Além das instituições educativas, é deveras importante que os educadores valorizem cada

vez mais os benefícios reais que a utilização de portfólios digitais pode trazer para os seus

educandos e para eles próprios. O agrupamento ordenado e organizado dos mais variados

conteúdos, o grau de partilha com outros utilizadores, juntamente com as funcionalidades

que possui, faz com que a sua utilização por parte dos professores seja de grande utilidade.

Assim como sucede com outras tecnologias educativas, está nas mãos de educadores,

educandos e instituições, o progresso e sucesso dos portfólios digitais, como parte

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integrante do meio académico, para que desta forma todo o seu potencial educativo possa

ser usufruído.

"Para existir aprendizagem com eficiência, os alunos têm que estar motivados. Para estarem

motivados, têm que estar interessados. Eles ficarão interessados quando estiverem

envolvidos em projectos com os quais se identifiquem em valores e objectivos de vida."

- Gus Tuberville - Presidente, William Penn College

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Tecnologias Web

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3. Tecnologias Web

O desenvolvimento de aplicações que possam funcionar pela Internet requer um

conhecimento de várias tecnologias e diversas linguagens de programação, que se

encontram em constante evolução. Novas tecnologias vão surgindo, introduzindo novas

maneiras de criar interactividade e dinamismo. Um constante acompanhamento e

conhecimento destas tecnologias por parte de um programador Web, torna-se imperativo,

de forma a criar a aplicação ideal para os objectivos que esta deve cumprir. A escolha das

tecnologias mais indicadas para atingir esses objectivos revela-se uma decisão que afecta

impreterivelmente o desenvolvimento e o resultado final de um projecto na Web.

Neste capítulo são abordadas algumas das principais tecnologias utilizadas no

desenvolvimento de aplicações Web. Uma grande parte destas, foram utilizadas na

elaboração da plataforma DP.

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Tecnologias Web

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3.1. Aplicações na Internet

Desde o aparecimento da Internet, surgiram aplicações que funcionavam sobre esta enorme

rede de informação. Aplicações como webmail, lojas de venda online, leilões online, blogs e

muitas outras, trouxeram novas funcionalidades à World Wide Web. Estas aplicações, ao

contrário das aplicações offline, baseadas em suportes ópticos como CDs ou DVDs,

permitiam uma actualização e publicação imediata de conteúdos. Esta característica é de

enorme importância para o projecto em causa, sendo uma das razões principais para a

adopção deste tipo de tecnologia como base para a plataforma DP.

O potencial deste tipo de aplicações suportadas pela Internet, continua em constante

crescimento. Ferramentas bastante completas e complexas que, era impensável funcionarem

alguns anos atrás sem algum tipo de instalação local, como processadores de texto e folhas

de cálculo, podem ser nos dias de hoje utilizadas através de um navegador Web comum.

Recentemente surgiu inclusive o conceito de Web Desktop, também denominado por

WebTop ou WebOS (Web Operating System), um ambiente de trabalho virtual na Internet,

funcionando através de um browser. Apesar deste tipo de sistemas não serem tão

completos como os sistemas operativos actuais, apresentam diversas vantagens, como o

facto de não ser necessária uma instalação no computador local do utilizador, não requerer

um computador de grande capacidade e não necessitar de actualizações constantes no lado

do cliente. Existem actualmente diversos WebOS em desenvolvimento com diferentes

interfaces e diferentes licenças, como o EyeOS, o DesktopTwo ou o YouOS.

Devido ao crescimento aperfeiçoamento e popularidade que as aplicações Web têm tido,

torna-se cada vez mais difícil distinguir a fronteira entre estas e as aplicações de desktop.

Surge o termo RIA (Rich Internet Applications), ou seja, aplicações Web que contêm

funcionalidades de aplicações de desktop, à medida que essas aplicações se tornam cada

vez mais parecidas com as suas congéneres de desktop. Atentas ao nível de crescimento

que a comunidade de programadores de aplicações na Internet alcança, as empresas

tecnológicas começam a lançar soluções que possibilitem tirar partido dos conhecimentos

adquiridos pelos programadores, permitindo que os mesmos possam aplicar esses

conhecimentos desenvolvendo também aplicações para desktop.

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Tecnologias Web

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3.2. Linguagens Web

HTML

A linguagem HTML, acrónimo para a expressão inglesa HyperText Markup Language, é uma

linguagem de marcas que serve de base para as páginas da Internet. Essas páginas

constituem documentos HTML, compostos por diversas marcas (tags), que organizadas

segundo determinadas regras, geram elementos que são posteriormente tratados e

apresentados pelos navegadores Web (Web browsers). Os documentos HTML, podem conter

hiperligações (links), permitindo desta forma, a navegação entre páginas de uma aplicação

Web. Apesar de já estar a ser estudada a versão 5 da linguagem HTML pelo World Wide

Web Consortium (W3C), actualmente a especificação HTML utilizada é a 4.01. O

desenvolvimento de aplicações Web utilizando HTML, poderá ser feito através da escrita de

código HTML num editor de texto vulgar. Existem contudo, diversos editores HTML que

facilitam esse desenvolvimento através de diversas ferramentas, assistentes e Snippets,

pequenos conjuntos de código que podem ser reutilizados pelo programador a qualquer

momento da programação. Os editores mais utilizados possuem um modo de edição

WYSIWYG, acrónimo para What You See Is What You Get, que permite a edição da página

com o aspecto final que esta terá no navegador Web, facilitando desta forma o

desenvolvimento de páginas Web a utilizadores com poucos conhecimentos de código

HTML.

DHTML

O DHTML, ou Dynamic HyperText Markup Language, é um termo que representa uma

junção de diferentes tecnologias, utilizadas para criar páginas de Internet interactivas e

animadas. O Dynamic HTML, tem como base documentos HTML, que juntamente com

Javascript, uma linguagem script executada no lado do cliente, e Cascading Style Sheets

(CSS), constituem páginas Web com maior interactividade. Através destas tecnologias, as

páginas Web outrora estáticas, tornam-se mais dinâmicas, permitindo uma maior e melhor

interacção com o utilizador. Além das tecnologias mencionadas anteriormente, O Document

Object Model (DOM) é também uma parte relevante do DHTML, na medida em que permite

que os scripts executados no lado do cliente possam aceder e actualizar o conteúdo da

página. Essa actualização dinâmica de conteúdos no lado do cliente, enriquece em grande

medida a experiência do utilizador, permitindo que este possa interagir com os vários

conteúdos, obtendo uma resposta visual imediata, sem que para isso a página tenha de ser

novamente processada pelo servidor, optimizando assim o tempo de resposta ao utilizador.

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Tecnologias Web

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As especificações do DOM publicadas pelo W3C encontram-se subdivididas em três níveis,

sendo suportadas de maneira diferente por navegadores Web distintos.

XML

O XML, acrónimo para eXtensible Markup Language, é uma linguagem de marcas, derivada

do SGML (Standard Generalized Markup Language), que permite ao utilizador definir as

próprias marcas. Uma linguagem de marcas pode ser considerada como um mecanismo

para identificar estruturas num documento. A especificação XML, define uma forma

estandardizada de adicionar as marcas a esses documentos. O XML tem vindo a ganhar um

papel predominante na forma de transmissão de dados através da Internet. Graças à sua

versatilidade e flexibilidade, tem sido cada vez mais utilizado, e é suportado por diversas

aplicações. Esta linguagem é recomendada pelo W3C, encontrando-se na sua versão 1.0.

XHTML

O XHTML, ou eXtensible HyperText Markup Language, resulta da união entre HTML e XML.

Os documentos XHTML, derivam de documentos HTML, estando sujeitos à sintaxe da

especificação XML. Apesar de ser considerado por muitos, o sucessor do HTML, a

recomendação do XHTML pelo W3C é distinta da recomendação do HTML dessa mesma

entidade. As alterações entre essas recomendações são diminutas, tendo como principal

objectivo, traduzir os documentos HTML de forma a estes ficarem em conformidade com a

linguagem XML.

CSS

As CSS, acrónimo para Cascading Style Sheets, são folhas de estilo que permitem controlar

o aspecto de elementos presentes em páginas HTML. Antes do seu aparecimento, a

formatação de conteúdos era definida em cada elemento HTML, tornando difícil a sua edição

e actualização. A formatação através de folhas de estilo revela-se bastante vantajosa,

permitindo especificar a formatação num documento separado do conteúdo alvo dessa

formatação. As CSS permitem também aplicar uma determinada formatação a todos os

elementos de um determinado tipo numa página HTML, contribuindo assim para uma maior

produtividade e facilidade de actualização. Apesar de já existirem estudos a serem

efectuados no sentido da publicação da recomendação CSS3, a versão mais compatível com

todos os navegadores Web é a CSS1. Isto deve-se ao facto de nem todos os browsers

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suportarem a totalidade dos parâmetros da especificação CSS2.1, que se encontra ainda em

versão de Candidate Recommendation.

JAVASCRIPT

O Javascript é uma linguagem de programação criada especificamente para a Internet,

executada no lado do cliente, com o propósito de trazer uma maior interactividade às

páginas Web. Esta linguagem foi definida como standard pela ECMA (European Computer

Manufacturers Association) e foi implementada pela Netscape e pela Microsoft nos seus

browsers, tendo esta última renomeado a sua implementação para JScript, no sentido de

evitar problemas legais.

Esta linguagem é uma das linguagens mais utilizadas na Internet, e é essencial para o

funcionamento de uma aplicação Web. Funcionalidades tão comuns como a alteração da cor

de um botão quando o cursor se desloca por cima do mesmo, a abertura de uma nova

janela do navegador Web, um aviso que é despoletado quando um utilizador efectua uma

determinada acção ou mesmo a validação de campos de um formulário preenchidos numa

página Web, são conseguidas através da utilização desta linguagem.

Uma das características do Javascript com maior potencial é o facto deste poder aceder aos

objectos do navegador Web. Torna-se assim imperativo, conhecer a fundo o DOM de cada

browser, para desta forma saber como interagir de forma conveniente com o mesmo. A

versão mais recente segundo a Mozilla Foundation é a 1.7, estando já em desenvolvimento a

versão 1.8, que será suportada aquando do lançamento da terceira versão do navegador

Web Firefox. A utilização de Javascript não está limitada apenas a aplicações Web. Esta

linguagem é também utilizada num variado números de aplicações de desktop. Aplicações

como Adobe Acrobat Reader, Yahoo! Widgets, Dreamweaver ou Photoshop são apenas

alguns dos exemplos.

AJAX

O AJAX, acrónimo para Asynchronous JavaScript and XML, é um termo utilizado para

designar um conjunto de tecnologias Web utilizadas para criar aplicações Web mais

interactivas e user-friendly. A sua mais-valia assenta no facto de permitir que pequenos

conjuntos de dados possam ser trocados com o servidor, actualizando o conteúdo

correspondente na página, sem que para isso seja necessário carregar novamente a página

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Tecnologias Web

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inteira no navegador Web, quando um utilizador efectua uma determinada acção. Como o

próprio nome indica, esta comunicação é assíncrona, o que significa que a troca da

informação com o servidor é efectuada em background, não interferindo desta forma com a

página actual. Isto contribui para uma melhor experiência de navegação e interactividade

entre a aplicação Web e o utilizador que a usa. Esta tecnologia ganhou um crescente

protagonismo à medida que começaram a surgir aplicações Web que, graças à riqueza da

interactividade que o AJAX permitia, tiveram cada vez maior popularidade. Websites como o

Gmail, Google Maps, Facebook, Flickr, entre outros, utilizam a tecnologia AJAX para

melhorarem a interacção com o utilizador. As aplicações Web que utilizavam este tipo de

tecnologia, foram posteriormente denominadas por aplicações Web 2.0, principalmente

aquelas que possuíam uma forte componente social. O termo Web 2.0 tornou-se famoso em

toda a comunidade da Internet, ficando associado a aplicações Web consideradas de nova

geração, devido à sua resposta e interactividade imediata com o utilizador.

Para conseguir uma comunicação em background entre o lado do servidor e do cliente, o

AJAX utiliza o objecto XMLHttpRequest. Este objecto, permite a transmissão de dados de

texto, tipicamente em formato XML, através dos seus métodos e propriedades. Tendo sido

primeiramente introduzido no browser Internet Explorer com o nome XMLHTTP, foi

posteriormente implementado nos restantes navegadores Web com o nome

XMLHttpRequest. A Figura 7 ilustra de que forma o objecto XMLHttpRequest é utilizado para

permitir a comunicação entre o lado do cliente e do servidor [Ort, 07].

Figura 7 - Funcionamento da tecnologia AJAX

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Tecnologias Web

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3.3. Tecnologias de servidor

PHP

O PHP, que significa Pré-Processador de Hipertexto, é a linguagem de programação de

servidor mais utilizada em desenvolvimento para a Web, sendo utilizada por mais de dois

milhões de programadores. O sucesso desta linguagem reside na sua simplicidade. Essa

simplicidade permite aumentar a produtividade, na medida em que não é necessário

escrever tanta quantidade de código quando comparado com outras linguagens. A sua

simplicidade permite também aos programadores aprender a linguagem rapidamente,

facilitando assim a sua adopção.

O PHP é interpretado e executado no lado do servidor, em diferentes plataformas como

Windows, Linux, Unix, e em diversos servidores Web, sendo o Apache HTTP Server e o

Internet Information Services (IIS) os mais comuns. O PHP encontra-se actualmente na

versão 5.2.5 e conta com uma vasta comunidade de centenas de programadores que

contribuem com milhares de linhas de código para o seu desenvolvimento. Esta linguagem

conta também com o apoio de grandes empresas como a IBM, a Oracle, MySQL, Intel e a

Red Hat. O PHP suporta diversas bases de dados incluindo o MySQL, PostgreSQL, Oracle,

Sybase, e bases de dados ODBC-compliant, sendo a primeira a mais comum.

A utilização desta linguagem para o desenvolvimento de aplicações Web apresenta algumas

vantagens, como as seguintes [Pereira & Poupa, 04]:

• Permite o desenvolvimento rápido de aplicações, dado ser uma linguagem

interpretada, não sendo necessário procedimentos de compilação;

• As aplicações criadas em PHP demonstram grande estabilidade;

• O PHP permite liberdade de escolha da plataforma servidora;

• Possui suporte parcial para programação orientada a objectos;

• Tem uma base extensa de programadores e soluções já implementadas.

Não obstante as vantagens que esta linguagem possui, a sua utilização acarreta algumas

desvantagens, entre as quais [Pereira & Poupa, 04]:

• Não é uma linguagem orientada a objectos de forma nativa;

• Possui um limite no número de linhas código que um programa em PHP deve

conter, não devendo ultrapassar as 300.000 linhas;

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Tecnologias Web

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• Pelo facto de ser uma linguagem interpretada, apresenta uma menor performance

do que o C ou o C++, não sendo por isso a mais indicada no caso da prioridade da

aplicação ser a rapidez.

ASP.NET

O ASP.NET é uma tecnologia desenvolvida pela Microsoft, sucessora da tecnologia ASP

(Active Server Pages). Consiste num ambiente baseado na tecnologia .NET para o

desenvolvimento de páginas Web dinâmicas e interactivas. O ASP.NET em rigor, não é uma

linguagem de programação, mas sim uma tecnologia executada no lado do servidor, que

pode ser implementada através da linguagem de programação VB.NET (Visual Basic .NET),

C# (C Sharp) ou qualquer outra linguagem CLS-compliant. Por ser uma linguagem orientada

a objectos, traz consigo os diversos benefícios que este tipo de programação permite. Tais

benefícios incluem o facto de se poder separar a lógica de negócio da interface, a

possibilidade de criar subclasses de classes existentes ou a reutilização de código

desenvolvido pelo programador ou por terceiros.

Uma das vantagens da tecnologia. NET é a sua framework, constituída por uma plataforma

runtime (CLR) e uma framework de programação contendo livrarias de classes, denominada

FCL (Framework Class Libraries). A plataforma CLR (Common Language Runtime) gere a

execução de programas compilados em .NET. Uma vez que o .NET permite a criação de

aplicações utilizando várias linguagens, em vez de estas serem compiladas pelo compilador

respectivo, a plataforma CLR traduz esse código para outra linguagem denominada MSIL

(Microsoft Intermediate Language), que posteriormente compila para código máquina

específico da plataforma onde está a correr. A framework de programação contém um

número vasto de classes à disposição do programador, que no seu conjunto ultrapassa as

dezenas de milhar. Essas classes facilitam o desenvolvimento de aplicações, incorporando

funções de leitura e escrita de ficheiros, criação de gráficos, interacção com bases de dados,

manipulação de documentos XML, entre outras. Esta framework encontra-se na sua versão

3.5, e está incluída em diversas versões do sistema operativo da Microsoft, nomeadamente

na mais recente, o Windows Vista.

A tecnologia ASP.NET apresenta diversas vantagens como:

• Separação entre a interface e a programação subjacente;

• O código compilado executa mais rapidamente que o interpretado;

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Tecnologias Web

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• Acesso às funcionalidades de debug do .NET;

• Facilidade de acesso a dados através do ADO.NET;

• Sendo suportada pela Microsoft, existem muitos recursos disponíveis, facilitando a

sua aprendizagem.

O ASP.NET possui também algumas desvantagens:

• Pelo facto das aplicações desenvolvidas nesta tecnologia necessitarem da

framework para funcionar, obriga a sua instalação em versões do Windows que não

trazem a mesma por defeito;

• Devido ao facto de correr apenas em plataformas Windows, o alojamento de

websites criados em ASP.NET é muitas vezes mais dispendioso do que páginas Web

desenvolvidas noutras tecnologias como o PHP, que corre também em Linux;

• Apesar do grande potencial que esta tecnologia permite, a linguagem VB.NET e C#

pode ser considerada como de mais difícil aprendizagem quando comparada com

outras linguagens similares, como o PHP.

C#

O C# é uma linguagem orientada a objectos que corre sobre a plataforma .NET. Esta

linguagem é uma evolução da linguagem Microsoft C e Microsoft C++. O C# pode ser

utilizado para o desenvolvimento de aplicações de desktop tradicionais para Windows, XML

Web services, componentes, aplicações Web, aplicações com bases de dados, entre outras.

A versão mais recente desta linguagem é a versão 3, estando esta rapidamente a tornar-se

a linguagem dominante da programação em .NET.

Apesar de poder ser utilizado um qualquer editor de texto como o Notepad para criar

aplicações em C#, o software IDE (Integrated Development Environment) mais utilizado

pelos programadores C# é o Microsoft Visual Studio, dado este sistema conter diversos

recursos que facilitam o desenvolvimento.

Em seguida é apresentado um exemplo de código C#:

using System;

using System.Web;

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Tecnologias Web

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public partial class Default2 : System.Web.UI.Page

{

// Definição do texto

public string texto = "Olá Mundo!";

protected void Page_Load(object sender, EventArgs e)

{

// Mostra o texto na página

Response.Write(texto);

}

}

Exemplo de código C#

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Tecnologias Web

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3.4. Bases de dados

MY SQL

O MySQL é um sistema de gestão de bases de dados relacionais open source, originário da

Suécia, que usa a linguagem SQL (Structured Query Language). O MySQL inclui um servidor

SQL, programas de cliente para acesso ao servidor, ferramentas de administração e uma

interface de programação. Tendo sido distribuido na sua versão 3.11.1 em 1996 para as

plataformas Linux e Solaris, suporta actualmente diversas plataformas, como Windows, Mac

OS X, FreeBSD, entre outras. O MySQL existe em duas versões, a versão MySQL Community

Server e MySQL Enterprise. A primeira é indicada para utilizadores ou organizações que

pretendam fazer a manutenção as suas soluções, sendo a segunda ideal para negócios,

instituições do sector público e utilizadores que pretendam a confiança máxima em software

e serviços. A versão MySQL Community Server, embora sendo gratuita, não contém tantas

funcionalidades nem actualizações como a versão MySQL Enterprise, que oferece

funcionalidades acrescidas além de suporte técnico, mediante o pagamento de uma

anuidade. O MySQL teve um grande crescimento ao longo dos anos, tornando-se a base de

dados open source mais popular do mundo, sendo utilizada por grandes empresas

tecnológicas como a Yahoo!, Alcatel-Lucent, Google, Nokia, entre outras.

Algumas vantagens deste sistema:

• É uma das bases de dados mais rápidas existentes;

• É um sistema relativamente simples de usar, apesar da sua grande performance;

• Utiliza SQL, a linguagem utilizada pelos sistemas modernos de bases de dados;

• Possui uma grande conectividade, ao mesmo tempo que promove a segurança dos

dados. Essa segurança pode ser reforçada através do uso de ligações encriptadas;

• Tem grande portabilidade, suportando diversas plataformas e computadores, desde

computadores pessoais comuns, até servidores de grande capacidade.

SQL SERVER

O SQL Server é um sistema de gestão de bases de dados relacional desenvolvido pela

Microsoft. É um dos sistemas mais conceituados devido à sua robustez e grande

performance. O SQL Server é constituído por um conjunto de produtos e tecnologias que

culminam num sistema bastante completo. A forte integração que este sistema possui com o

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Tecnologias Web

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ambiente de desenvolvimento Visual Studio .NET, facilita em grande medida o

desenvolvimento de aplicações Web e de desktop suportadas por bases de dados. O SQL

Server é utilizado por várias empresas de renome mundial como a Hyundai, Nasdaq,

FujiFilm, Hilton e Barclays Capital. A versão actual do SQL Server é a versão SQL Server

2005, estando previsto o lançamento para breve da próxima versão, denominada SQL Server

2008.

O SQL Server 2005 apresenta diversas vantagens como:

• Grande nível de segurança de dados, através de encriptação de bases de dados,

configurações por defeito mais seguras, modelo de segurança melhorado;

• Integração de XML através do XML data type, permitindo o arquivo de fragmentos

ou documentos XML;

• Possui serviços que geram relatórios com informação diversa do sistema;

• A sua integração com o CLR permite o desenvolvimento de objectos de base de

dados em qualquer linguagem Microsoft .NET;

• Existem diversas edições deste sistema, possibilitando um vasto número de opções

de escolha ao programador ou instituição, conforme as suas necessidades.

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Especificação e interface

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4. Especificação e interface

Previamente ao desenvolvimento de uma aplicação Web, assim como doutro tipo de

aplicação, deverão ser definidos os requisitos que esta deve possuir. É necessário

compreender como a aplicação deve reagir perante as várias acções de que vai ser alvo. Na

primeira parte deste capítulo será abordada a especificação dos requisitos da plataforma DP.

A interface gráfica é sem dúvida um dos principais componentes de uma aplicação Web,

dado ser a face visível da aplicação para o utilizador. É aqui que a interacção entre o

utilizador e aplicação se desenrola, devendo esta ser a mais intuitiva e transparente possível,

causando o mínimo de interferência entre essa interacção. No final deste capítulo é

analisado o desenvolvimento da interface da plataforma DP. Numa primeira fase é

apresentada a identidade corporativa, seguido do design das páginas que constituem a

plataforma.

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Especificação e interface

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4.1. Requisitos

De forma a impedir que um projecto de software seja atrasado ou mesmo abandonado,

deverá ser reservado tempo para reunir e verificar os requisitos de software - documentação

que descreve o comportamento que é requerido do software, antes deste ser desenhado,

construído e testado [Stellman & Greene, 05]. Nas próximas páginas serão apresentados os

objectivos e perfis de utilizadores da plataforma, assim como os requisitos funcionais e não

funcionais da mesma.

4.1.1 Objectivos

No capítulo primeiro desta dissertação, foram apresentados os principais objectivos da

plataforma DP, tendo como objectivo fundamental, permitir a criação, edição e divulgação

de portfólios digitais na Internet. De seguida são apresentados os objectivos desta aplicação

de forma mais detalhada. A plataforma DP deverá permitir:

a) O acesso à plataforma através dum navegador Web;

b) Listar os portfólios inseridos na plataforma;

c) Consultar todos os portfólios existentes;

d) Aceder aos conteúdos de acesso público dos portfólios;

e) O registo e login na plataforma a qualquer visitante;

f) Criar, editar e publicar o portfólio digital dum utilizador registado;

g) Alterar os dados do utilizador, assim como o seu grau de privacidade;

h) Criar e editar um e-Portfolio, sem que para isso seja necessário um conhecimento

específico sobre criação e edição de páginas Web, por parte do utilizador;

i) Classificar todos os conteúdos introduzidos num portfólio, ao nível do seu grau de

privacidade;

j) Atribuir um título e descrição aos conteúdos inseridos na plataforma;

k) A definição dum grupo de utilizadores que terá acesso a conteúdos não visíveis ao

público em geral;

l) Criar, alterar e remover projectos, tarefas e comentários;

m) Inserir, alterar e apagar registos, que poderão conter em anexo um ficheiro ou link;

n) Aos registos inseridos, serem avaliados de forma qualitativa e quantitativa;

o) Colocar, alterar e apagar ficheiros ou links não associados a um registo;

p) A inserção e actualização de um Curriculum Vitae.

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Especificação e interface

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4.1.2 Perfis de utilizadores

Previamente à abordagem dos requisitos funcionais e não funcionais, deverão ser

identificados os perfis de utilizadores que irão usar a plataforma. Tipicamente os utilizadores

que utilizam a plataforma DP, poderão ser subdivididos em dois grandes grupos:

• Público geral – Este grupo representa todos os utilizadores que visitam a

plataforma mas que não chegam a registar-se. São utilizadores que tipicamente

pretendem visitar um determinado portfólio, ou que sem terem um portfólio

específico para visualizar, desejam conhecer os portfólios existentes. Alguns destes

utilizadores poderão ser cibernautas no geral, entidades empregadoras que

pretendem aceder a um determinado portfólio, ou mesmo visitantes conhecidos de

um utilizador que possui um portfólio no sistema.

• Alunos e docentes – Aqui estão englobados os principais utilizadores da

plataforma DP. Este grupo de utilizadores procura tirar total partido da plataforma,

com o intuito específico de desenvolver o seu próprio portfólio. Estes utilizadores

desejam registar-se na plataforma, organizar os seus projectos, inserir os seus

conteúdos, ter um contacto com todas, ou praticamente todas as funcionalidades à

sua disposição.

A aplicação foi desenvolvida tendo como público-alvo estes dois tipos de perfis. O primeiro

terá acesso à face visível da plataforma, estando disponível o acesso à área de gestão dos

portfólios apenas aos utilizadores registados, especificamente a utilizadores do segundo

grupo.

4.1.3 Requisitos funcionais

A plataforma deverá permitir o acesso à mesma através do browser Internet Explorer a

partir da sua versão 6.0. Esta poderá ser acedida por outros navegadores Web, como o

Firefox 2.0, no entanto, durante o desenvolvimento desta aplicação, o browser utilizado foi o

IE6. Esta escolha prende-se com o facto deste ser o navegador Web mais usado,

representando cerca de 79%, segundo os dados recentes abrangendo um número

significativo de utilizadores da Internet [TheCounter.com, 08].

Esta aplicação deve possibilitar uma navegação simples entre as várias páginas da mesma.

O menu de navegação deverá destacar visualmente o item do menu seleccionado. Deverá

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Especificação e interface

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ser possível a consulta dos portfólios existentes através da navegação no sistema, assim

como o acesso a um portfólio particular, através dum URL (Uniform Resource Locator),

indicado na área reservada.

Deverá ser apresentado ao visitante, quando este acede à plataforma, um componente que

permita um acesso rápido a um portfólio, de modo a despertar o seu interesse, e promover

desta forma um estímulo para a sua visualização. O número de portfólios registados na

plataforma também deverá ser apresentado. Um contacto com a entidade gestora da

plataforma deverá estar sempre presente ao longo de toda a plataforma, para que desta

forma o utilizador ou visitante possa facilmente entrar em contacto com a mesma.

A página de visualização de um portfólio deve apresentar os seguintes elementos: os dados

do autor, a área académica do portfólio, um link de acesso ao Curriculum Vitae do autor, o

título e descrição da introdução do portfólio, projectos que contêm tarefas com registos

inseridos, ficheiros e links do autor. Os conteúdos desta página variam consoante o grau de

acesso que o visitante tem aos mesmos. Deve ser dada através da navegação na página, a

possibilidade de visualização dos dados relativos aos conteúdos.

Aos visitantes deverá ser permitido efectuar o registo na plataforma, de modo a acederem à

área reservada, onde poderão criar e gerir o seu portfólio digital. Aquando do registo,

deverá ser exigido ao visitante o preenchimento dos seguintes campos: username, password

e e-mail. A plataforma não deverá efectuar o registo no caso de não terem sido introduzidos

todos os dados necessários. No caso de existir um username na plataforma igual ao

introduzido, o visitante deverá ser alertado e aconselhado a mudar o username e o registo

não deverá ser efectuado. Deverá ser exigida uma password com um mínimo de seis

caracteres. Após um registo efectuado com sucesso, deverá ser permitido ao utilizador

efectuar o login na plataforma. Além duma página específica de login, deverá estar sempre

presente um componente que permita ao utilizador efectuar o login, em qualquer página em

que este se encontre, de forma a facilitar e tornar mais imediato o acesso à área reservada.

O acesso à área de gestão dos e-Portfolios só deverá estar disponível a utilizadores que

tenham previamente efectuado o registo. Durante o processo de login, o acesso à área

reservada deverá ser vedado no caso de ser introduzido no campo username, um username

não existente, ou no campo da password, uma password que não corresponda ao username

introduzido. Nestes dois casos o utilizador deverá obter uma informação que lhe indique que

o login não foi conseguido, aconselhando-o a efectuar novamente o login.

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Especificação e interface

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No caso do utilizador aceder à área reservada da plataforma DP pela primeira vez, este

deverá ser encaminhado para a página “dados do portfólio”, onde deverá introduzir

obrigatoriamente o seu nome completo, de forma a identificar o seu portfólio, entre os

restantes. Ao utilizador deverá ser possível inserir uma introdução ao seu portfólio, assim

como escolher a área académica em que este se enquadra, devendo o primeiro ser opcional.

Esta página não deverá ser apresentada novamente ao utilizador, após o seu nome

completo ter ficado registado na plataforma, mesmo em futuros acessos.

Todas as páginas da área reservada deverão apresentar o username do utilizador que está a

aceder à mesma, e um botão que permita ao utilizador terminar a sua sessão, de forma a

não ser possível um acesso posterior por indivíduos não autorizados, que usem o mesmo

computador onde foi efectuado o login.

Esta área deverá ter um menu semelhante à área inicial da plataforma, acrescido de uma

nova secção onde deverão aparecer links adicionais, de acordo com a página onde o

utilizador se encontra. O menu deverá evidenciar os itens seleccionados.

Na página principal da área reservada deverá ser apresentada informação relativa ao

utilizador que se encontra actualmente em sessão, assim como informação sobre o último

projecto, tarefa, ficheiro e links inseridos ou actualizados pelo utilizador em sessões

anteriores. Na informação relativa ao utilizador deverá ser indicado o url directo ao portfólio

digital do utilizador, para que este possa ser facilmente divulgado. Deverá existir também

um link para a página de edição de dados. Nesta página o utilizador poderá completar ou

actualizar os seus dados, e definir o nível de acesso aos mesmos.

O utilizador deverá ter disponíveis três níveis de privacidade, cada um representado por uma

cor identificativa, para classificar o acesso aos dados do utilizador e a todos os conteúdos

inseridos na plataforma.

Os níveis deverão ser os seguintes:

• Público

o Acessível a todos os visitantes da plataforma, incluindo os não registados;

o Representado pela cor verde.

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Especificação e interface

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• Moderado

o Acessível aos utilizadores registados na plataforma pertencentes ao grupo

de utilizadores seleccionados pelo autor do portfólio;

o Representado pela cor amarela.

• Privado

o Acessível unicamente ao autor do portfólio;

o Representado pela cor vermelha.

Com o intuito de reforçar a compreensão de cada um dos níveis, deverá ser informado de

forma textual, qual o nível de acesso escolhido quando o utilizador selecciona uma

determinada cor.

Na página “meus ficheiros” o utilizador deve poder introduzir ficheiros que ficarão alojados

na plataforma. Nesta área deverá haver uma listagem dos ficheiros inseridos, contendo

informação relativa ao ficheiro, assim como ao seu nível de privacidade. Deverá ser possível

o acesso ao ficheiro, a edição dos dados de um ficheiro, e a sua remoção, se pretendido.

Esta página deverá também indicar o número de ficheiros introduzidos e o tamanho que

estes ocupam em disco. O espaço disponível para a inserção deverá ter um valor máximo,

em megabytes, devendo esta informação estar visível. Deverá existir um tamanho máximo

para cada ficheiro a ser inserido, contribuindo desta forma para uma optimização do espaço

reservado para os conteúdos da plataforma.

Dado a página “meus links” ser semelhante à página “meus ficheiros”, os requisitos desta

última são idênticos, exceptuando a obrigatoriedade das informações e limitações

relativamente ao espaço.

Na página denominada “o meu grupo”, o utilizador deve poder escolher quais os utilizadores

da plataforma que têm acesso aos conteúdos do seu portfólio classificados com o grau de

privacidade moderada, ou seja, de cor amarela. Nesta página deverá ser apresentada uma

listagem de todos os utilizadores registados na plataforma, devendo ser possível uma

navegação da mesma, para que a totalidade dos utilizadores possa ser visualizada. Deverá

também ser apresentada uma listagem dos utilizadores pertencentes ao grupo do utilizador

em sessão. Ao utilizador deve ser dada a possibilidade de adicionar ao seu grupo, um

utilizador seleccionado na listagem total de utilizadores da plataforma. Do mesmo modo,

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Especificação e interface

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deve ser possível a remoção dum utilizador do grupo. O número total de utilizadores

pertencentes ao grupo deverá ser apresentado.

A página intitulada “projectos” deverá listar os projectos previamente criados, assim como

permitir a criação de um novo projecto e a edição ou remoção dum projecto existente. Deve

ser possibilitada a visualização de um projecto após este ser seleccionado.

Após a selecção de um projecto, é apresentada a respectiva página, devendo esta conter a

informação relativa ao mesmo, assim como uma listagem de tarefas e comentários

associados ao projecto. Deverá ser possibilitada a criação, edição e remoção de tarefas e

comentários. A visualização de uma tarefa deverá ser possível após esta ter sido

seleccionada.

Na página de uma tarefa, esta deverá listar os registos associados à tarefa, apresentar a

informação relativa aos mesmos e indicar o nível de privacidade de cada um. Ao utilizador

deve ser possível nesta área, adicionar, visualizar, editar ou eliminar registos.

Quando um utilizador se encontra na página “adicionar registo”, além do título e da

descrição, o utilizador deverá poder anexar um ficheiro ou um link ao registo. Deverá

também ser possível atribuir um nível de privacidade a esse registo, assim como fazer uma

avaliação qualitativa e quantitativa do mesmo. Na página deverá ser indicada a tarefa à qual

o registo pertence.

A página “curriculum” deverá indicar se existe um currículo inserido. Deverá ser possível ao

utilizador aceder ao currículo existente ou adicionar um currículo em forma de ficheiro. Deve

também ser possibilitada a actualização do currículo no caso de já existir um adicionado.

Conforme possibilitado nos restantes conteúdos, o utilizador deverá poder definir um nível

de acesso ao seu Curriculum (verde, amarelo ou vermelho).

A área “portfólio” deverá apresentar o título e descrição da introdução do portfólio. Deverá

expor os projectos que possuem tarefas contendo registos com um nível de acesso

moderado ou público. Os ficheiros e links classificados com os níveis de acesso referidos

anteriormente, também deverão ser apresentados. Esta área deve ser dividida em três vistas

distintas:

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Especificação e interface

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• modo de edição – Nesta vista deverão ser visíveis os conteúdos com um nível de

acesso moderado e público, identificados pelas respectivas cores. Deverão também

constar links directos para as páginas de projectos, ficheiros, links, curriculum e de

dados do utilizador. Deve ser possibilitada a edição do título e descrição da

introdução do portfólio e informado o grau de acesso aos dados do utilizador.

• vista de grupo – Esta vista deverá apresentar os conteúdos com um nível de

acesso moderado e público.

• vista pública – Esta vista deverá apresentar apenas os conteúdos com um nível de

acesso público.

Deve ser dada a possibilidade de visualização dos dados relativos aos registos contidos nos

projectos, através da navegação na página. Esta possibilidade deverá ser também aplicada

aos ficheiros e links apresentados.

4.1.4 Requisitos não funcionais

Os requisitos não funcionais da plataforma DP encontram-se divididos em cinco partes

distintas: usabilidade, fiabilidade, desempenho, extensibilidade e segurança [McEwen, 04].

Usabilidade

Conforme referido nos objectivos da plataforma, pretende-se que esta possa ser usada por

utilizadores sem um conhecimento específico sobre criação e edição de páginas Web. Para

que este propósito seja atingido o sistema deverá ser de fácil aprendizagem. Os elementos

apresentados devem ser claros e a informação concisa. Pretende-se que a interface da

plataforma seja simples e intuitiva de forma a diminuir o tempo de aprendizagem necessário

por um utilizador, para usar todas as funcionalidades do sistema.

A navegação da plataforma deverá ser clara e permitir que o utilizador aceda rapidamente a

qualquer página da aplicação. Devem ser usados ícones que contribuam para uma melhor

compreensão das funcionalidades disponibilizadas pela plataforma.

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Especificação e interface

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Fiabilidade

Sendo um sistema que tem como base a Internet, pretende-se que o mesmo esteja sempre

acessível. Um visitante ou utilizador registado deverá ter acesso permanente à aplicação,

devendo para isso o servidor que aloja a aplicação, ter um uptime o mais elevado possível.

Desempenho

Pretende-se que a plataforma tenha um tempo de resposta curto, de forma ao utilizador

obter a informação que procura em tempo útil. Como se trata dum sistema onde vão ser

colocados e requisitados diversos conteúdos, podendo alguns destes ser ficheiros com um

tamanho razoável, é vital que um visitante possa acedê-los e o utilizador inseri-los, num

intervalo de tempo aceitável.

Extensibilidade

Desde o início procurou-se tornar este projecto passível de ser actualizado ou ampliado

através da implementação de novas funcionalidades. Esta foi uma das preocupações que

contribuiu para a escolha da framework .NET como base para o seu desenvolvimento. O

facto de ter sido usada a ferramenta “Visual Web Developer 2005 Express Edition” para o

seu desenvolvimento, assim como o sistema de gestão de base de dados “SQL Server 2005

Express Edition”, torna a sua actualização mais acessível, dado ambas poderem ser obtidas

gratuitamente no website da Microsoft. Diversos componentes de design integrados na IDE

foram utilizados, facilitando em grande medida a implementação de alterações desejadas.

Segurança

A segurança é um dos aspectos mais importantes da plataforma DP, dado esta conter dados

de utilizadores e conteúdos por estes inseridos. A aplicação deve conter um sistema de

autenticação de forma a permitir o acesso à área reservada apenas aos utilizadores

registados. Os utilizadores não registados só deverão ter acesso aos conteúdos de nível

público dos portfólios. Os conteúdos classificados com o nível moderado só deverão estar

visíveis aos utilizadores pertencentes ao grupo definido pelo autor do portfólio. Apenas o

autor do portfólio poderá aceder aos conteúdos classificados com o nível privado.

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Especificação e interface

46

4.1.5 Requisitos de hardware

A plataforma DP necessita de estar alojada num servidor de ambiente Windows para o seu

funcionamento, que por sua vez deve ter uma ligação à Internet. O servidor deverá ter os

seguintes requisitos mínimos para que o sistema de gestão de dados possa funcionar

correctamente [SQL Express, 05]:

• Processador de 1GHz, ou superior;

• Framework .NET 2.0;

• Sistema operativo Windows Server 2003 com Service Pack 1 ou superior;

• 192 MB de memória RAM ou superior, sendo recomendado 512 MB ou superior;

• Aproximadamente 350 MB de espaço em disco disponível para a instalação

recomendada;

• Monitor e placa gráfica Super VGA (1024x768) ou resolução superior;

• Rato Microsoft ou dispositivo compatível;

• Microsoft Internet Explorer 6.0 SP1 ou superior.

O servidor deve ter instalado o “SQL Server 2005 Express Edition” assim como a framework

Microsoft ASP.NET 2.0 AJAX Extensions 1.0.

O espaço em disco reservado para a plataforma DP depende do número máximo de

portfólios que se pretendem alojar. Dado a plataforma disponibilizar para cada portfólio

10MB de espaço para a colocação de ficheiros, 10MB para a colocação de anexos de registos

e 2MB para o currículo, serão necessários cerca de 2,2GB no caso de se permitir o registo de

cem utilizadores.

Para usar a plataforma DP, um utilizador precisa apenas dum computador com ligação à

Internet e um navegador Web. Idealmente este deverá utilizar um computador com o

sistema operativo Windows, uma velocidade mínima de 2Mb de acesso Internet e o browser

Internet Explorer 6.0 ou versão superior.

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Especificação e interface

47

4.2. Interface

Previamente à abordagem da estruturação da interface é importante conhecer a identidade

corporativa que foi criada para o projecto em si. Esta foi desenvolvida antecipadamente à

interface, para que desde logo fosse definida a tendência visual a aplicar à plataforma. De

forma permitir uma melhor compreensão da interface desenvolvida, aconselha-se a

manipulação da plataforma disponível em http://www.digital-portfolios.com.

4.2.1 Identidade corporativa

O primeiro elemento gráfico da identidade corporativa a ser criado foi a marca (Figura 8).

Esta deveria traduzir visualmente a filosofia que caracteriza a plataforma, através da

conjugação da marca, do nome da plataforma e da designação. Foi decidido desde cedo que

a designação “Plataforma Online de Portfólios Digitais” deveria fazer parte da marca de

modo a explicitar e definir claramente o projecto, contribuindo também para um maior

equilíbrio visual, na medida em que compensa o peso que a marca gera na parte esquerda.

Figura 8 - Marca criada para a plataforma DigitalPortfolios

Numa primeira fase da criação da marca, foi escolhido o tipo de letra e as cores que iriam

fazer parte da mesma. O tipo de letra utilizado foi “Arial”, que sendo um tipo de letra não

serifado traduz uma representação de modernidade. O espaço entre caracteres foi reduzido

de forma a tornar o texto mais elegante, conferindo também uma certa diferenciação a um

tipo de letra bastante usado. O facto de estar a negrito torna o texto mais denso, permitindo

também uma maior área para ser preenchida pelas cores utilizadas.

As cores escolhidas reflectem a imagem actual e apelativa que se pretendia que a

plataforma tivesse. A cor azul escura transmite sobriedade, equilíbrio e harmonia, enquanto

que a cor verde intensa traduz dinamismo, vivacidade e uma certa jovialidade. Esta

combinação paradoxal de cores resulta numa complementaridade visual que representa a

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Especificação e interface

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versatilidade e flexibilidade da plataforma. A cor cinzenta escolhida para a designação

confere neutralidade à mesma, desviando a atenção sobre si própria, evidenciando assim a

marca e o texto da plataforma.

Pretendia-se que o símbolo da marca da plataforma ilustrasse de certo modo o conceito por

detrás dos portfólios digitais, mas de uma maneira conceptual, não obrigatoriamente

figurativa. Assim sendo, a primeira letra de cada palavra do nome da plataforma foi utilizada

para ilustrar esse conceito. A letra maiúscula (D) simboliza a pasta arquivadora e

organizadora dos conteúdos, ou portfólios, sendo estes identificados pela letra minúscula

(p). A utilização das letras na sua forma capitalizada e não capitalizada tem a ver com uma

maior coerência e harmonia da forma estética gerada pela junção das mesmas.

Os efeitos visuais colocados posteriormente, ou seja, o brilho subtil nas letras e a ligeira

sombra projectada por baixo do símbolo e das letras, contribuem para uma

tridimensionalidade que confere um aspecto de modernidade, ao mesmo tempo que

evidenciam a marca relativamente aos restantes elementos da plataforma, quando esta se

encontra integrada na mesma. A simplicidade que caracteriza a marca possui vários

benefícios que facilitam a aplicação da mesma em diversos suportes. Essa simplicidade

permite que a marca na sua versão em negativo ou a preto e branco sejam utilizadas sem

que a mesma perca a sua identidade e legibilidade. A sua aplicação sobre fundos de cor é

assim também facilitada devido a este mesmo facto.

4.2.2 Estrutura da interface

Após a definição da marca da plataforma e do esquema cromático principal, procedeu-se à

elaboração da estrutura da mesma. No processo de criação do design de uma interface,

deverão ser seguidos os seguintes princípios orientadores [Rees & White, 01]:

• Consistência

o Os nomes dos menus e palavras escolhidas para as acções devem ter um

significado único, sem gerar ambiguidade;

o Todas as acções executadas pelo utilizador devem ser reversíveis;

o As excepções deverão ser devidamente marcadas, por vezes através do uso

de um aviso ou alerta.

• Simplicidade

o Não deverão existir elementos supérfluos;

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Especificação e interface

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o Devem ser utilizadas representações facilmente identificáveis pelo utilizador;

o Deve ser requerido o mínimo de input por parte do utilizador;

o Os conceitos importantes devem ser particularmente claros.

• Contexto

o É vital que em todas as fases da interacção seja apresentada ao utilizador

informação contextual assim como informação prioritária necessária para

essa interacção;

o A interacção deve aparecer como uma sequência facilmente identificável e

em vistas de interface distintas.

Devido ao facto desta plataforma permitir a colocação de vários conteúdos, a simplicidade

da interface é uma condição imperativa, de forma a não contribuir para um excesso de

informação visual para o utilizador. O conteúdo e a manipulação do mesmo devem ser o

centro da atenção do utilizador, devendo a interface ter um papel neutro e contribuir para

um fácil e rápido acesso a esse conteúdo. A facilidade de utilização é também um factor

imperativo que a interface deve promover, não só devido à enorme quantidade de

informação com a qual o utilizador tem de interagir, mas também devido a um dos

objectivos principais que esta plataforma pretende atingir. Esse objectivo resume-se a uma

maior acessibilidade por parte da plataforma ao maior número de utilizadores, com uma

faixa etária o mais abrangente possível. Tendo como base este objectivo, foi elaborada a

seguinte estrutura para a página inicial:

Figura 9 - Estrutura da página inicial

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Especificação e interface

50

Como se pode constatar na Figura 9, na parte superior encontra-se a marca (1), a área de

login (2) e o menu principal (3). Este último foi aí colocado com o intuito de facilitar e

evidenciar a navegação, ao mesmo tempo que liberta a parte lateral esquerda para

eventuais submenus. De forma a tornar a página inicial mais apelativa ao visitante que

acede à mesma pela primeira vez, foi reservado um espaço para a colocação de uma

imagem ou animação (4) que não só contribuísse para um maior impacto visual, mas

também informasse o utilizador de algumas das vantagens ou características da plataforma.

A área lateral direita permite a colocação de um módulo que estimule o visitante a conhecer

alguns dos portfólios existentes (5), através da apresentação aleatória de um dos vários

portfólios de utilizadores registados. Na parte inferior da página, existe um espaço para a

colocação de um texto (7), incluindo o título respectivo (6) para elucidar o visitante que

acede à plataforma pela primeira vez, do significado e benefícios dos portfólios digitais. Por

último, no rodapé (8) encontra-se presente informação relativa à identificação do projecto,

incluindo ainda o e-mail geral da plataforma, permitindo assim um acesso rápido para uma

comunicação do visitante com a entidade gestora da plataforma. Ao longo das restantes

páginas da plataforma, o topo e o rodapé mantêm-se sempre presentes, enquanto que o

conteúdo da parte central varia, consoante a página que o utilizador visita.

A estrutura elaborada está condicionada por um factor de extrema importância, a resolução

do ecrã, facto que deve estar sempre presente no desenvolvimento de aplicações Web.

Segundo os dados estatísticos mais recentes, as resoluções de ecrã mais usadas por um

número significativo de utilizadores da Internet é a de 1024x768 pixéis, com uma

percentagem de 48%. Em segundo lugar encontra-se a resolução de 1280x1024 pixéis, com

28%, seguindo-se a resolução de 800x600 pixéis, com 9% de utilizadores [TheCounter.com,

08]. Segundo estes dados e citando a personalidade mais importante no que diz respeito à

temática da usabilidade, o Dr. Jakob Nielsen, os websites devem ser optimizados para

1024x768 pixéis. Na sua coluna na Internet, denominada Alertbox, o Dr. Jakob Nielsen

esclarece que essa optimização significa que a página deverá estar no seu melhor em

termos visuais e funcionais, no formato mais usado [Nielsen, 06].

Tendo estes dados em atenção, a estrutura da plataforma DP foi concebida com uma

largura máxima de 760 pixéis, permitindo que esta seja visualizada sem problemas em ecrãs

com uma resolução de 1024x768 pixéis, ao mesmo tempo que impede que seja apresentada

uma barra de scroll horizontal em ecrãs com uma resolução de 800x600 pixéis. Apesar da

percentagem estimada de ecrãs com uma resolução de 800x600 pixéis ser de apenas 9%,

esta resolução foi considerada dado esta plataforma poder vir a ser utilizada em escolas que

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Especificação e interface

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possam estar apetrechadas com computadores munidos de ecrãs, que só permitam esta

resolução. Quando visualizada num ecrã com a resolução mais utilizada, de 1024x768 pixéis,

a plataforma revela de forma mais significativa o seu fundo acinzentado, contribuindo para

uma maior harmonia visual, enquadrando o conteúdo principal no centro da atenção do

utilizador. Em páginas com um maior conteúdo, a barra de scroll vertical poderá aparecer,

sem contudo comprometer a navegação principal da plataforma, já que ela foi colocada de

forma intencional no topo da página, tendo deste modo uma grande acessibilidade em

qualquer resolução de ecrã.

Posteriormente à estruturação da página inicial da plataforma, que iria servir de base a

todas as páginas da mesma, procedeu-se à definição da estrutura da página inicial da área

reservada. Esta área só está acessível a utilizadores registados na plataforma, sendo neste

local que os utilizadores poderão inserir, editar e organizar os conteúdos, que irão fazer

parte do seu portfólio digital. A estrutura da página inicial desta área, apesar de semelhante

à estrutura da página inicial da plataforma, contém algumas diferenças que merecem ser

analisadas. Na Figura 10 é apresentada a estrutura da página inicial da área reservada:

Figura 10 - Estrutura da página inicial da área reservada

Como se encontra elucidado na figura, o topo desta página é praticamente idêntico ao topo

da página inicial da plataforma, com a excepção do acréscimo de uma nova área por baixo

do menu principal (1), funcionando como um submenu, dado que poderá conter links

adicionais consoante o item do menu seleccionado. O facto do menu e submenu estarem

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Especificação e interface

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sempre presentes ao longo das várias páginas é de grande importância, permitindo assim

que o utilizador possa navegar facilmente e rapidamente para a página que pretende

aceder. A parte central da página encontra-se subdividida em duas partes, contendo na

parte lateral esquerda (2) informação adicional, ficando a área lateral direita (3) reservada

para o conteúdo da página respectiva.

4.2.3 Design da interface

Após o delinear da estrutura base, foi elaborado o design global da interface. Este não só

deveria assentar na estrutura definida, como também seguir a identidade corporativa

concebida de forma a resultar numa coerência visual ao longo de todas as páginas da

plataforma. Houve também a preocupação de organizar os vários elementos da interface de

forma a evidenciar aqueles que estão associados a funcionalidades mais relevantes,

colocando em menor destaque os restantes. Ao longo das páginas seguintes, é abordado o

design da interface das páginas mais relevantes da aplicação.

Página inicial

Na Figura 11 é apresentada a página inicial da plataforma após a aplicação do design da

interface:

Figura 11 - Página inicial da plataforma DP

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Especificação e interface

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Como se pode constatar, as cores principais que caracterizam a identidade corporativa,

estão presentes em diversos elementos, sendo ainda acrescentadas novas cores, que são

utilizadas como complemento das principais. No menu principal, a utilização do azul-escuro e

do verde intenso contribuem para dar ênfase a este componente essencial da navegação. A

opção seleccionada possui um rectângulo azul de cantos arredondados e o texto em

negativo de forma a evidenciar-se em relação às opções restantes do menu. No lado

esquerdo podemos encontrar uma imagem que funciona como um banner introdutório na

medida em que informa o visitante das mais-valias que a plataforma oferece. A imagem

escolhida enquadra-se perfeitamente no conceito da plataforma, dado conter vários

elementos que podem ser associados aos portfólios digitais, como o computador, o livro e

uma estudante em reflexão ou análise deste último.

Os restantes elementos são munidos de cores menos intensas, como o fundo azul claro da

área de login e da área do portfólio aleatório, ou a cor cinza escuro do texto constante na

parte inferior. Dado ser um dos elementos mais utilizados, a área de login torna-se mais

evidente e acessível ao utilizador, ao ser colocada no topo direito da página. A informação

que aparece por baixo da área do portfólio aleatório, indicando o número de portfólios

registados, foi colocada de forma a provocar um maior interesse no visitante, que se

pretende crescente à medida que a plataforma vai aumentando em número de utilizadores

registados.

O fundo cinza em torno das páginas da plataforma contribui para uma maior harmonia, sem

retirar a atenção sobre o mais importante, ou seja, o conteúdo. Os botões contendo um

efeito tridimensional chamam a atenção do utilizador, da mesma forma que o fundo verde

intenso do rodapé confere-lhe um forte destaque.

Página portfólios

Na página de portfólios (Figura 12), um visitante tem acesso à listagem de todos os

portfólios registados na plataforma. No topo da página é apresentada a área de filtragem

que, de início, não possui nenhum filtro aplicado de forma a listar todos os portfólios. Esta

filtragem foi inserida de modo a que o visitante tenha a possibilidade de filtrar os portfólios

apresentados pela área que mais lhe interessa. A ordenação da listagem por defeito é

alfabética, de forma a permitir um acesso rápido a um portfólio de um utilizador específico,

podendo ser reordenada por área e data de criação do portfólio. O nome de cada autor que

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Especificação e interface

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aparece na listagem constitui um link directo ao portfólio respectivo, sendo apresentado um

excerto da descrição da introdução do portfólio de forma a ilustrar um pouco do mesmo.

Figura 12 - Página de listagem dos portfólios

Foi colocado um fundo claro em cada item da listagem de maneira a providenciar uma maior

separação entre eles. No fundo da página existe uma paginação numérica, permitindo que

um visitante possa aceder rapidamente a uma página específica da listagem.

Página do portfólio

A página do portfólio apresenta os conteúdos de um portfólio criado por um utilizador

registado na plataforma. À semelhança das outras páginas, a parte superior da página

contém a marca da plataforma DP e a área de login. A marca não só identifica a plataforma,

como também permite a um visitante conhecer melhor a aplicação através de um acesso

directo para a página inicial da mesma. A área de login foi mantida nesta página de forma a

possibilitar que um utilizador pertencente ao grupo do autor do portfólio, possa efectuar o

seu login, tendo assim acesso aos conteúdos com um nível de privacidade moderado.

Na parte lateral esquerda da página são mostrados os dados do autor do portfólio, a área a

que o portfólio pertence, e o link para o currículo do autor. À direita, é apresentada a

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Especificação e interface

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introdução do portfólio e a listagem dos conteúdos pertencentes ao portfólio. Na Figura 13

encontra-se a interface da página do portfólio.

Figura 13 - Página do portfólio de um utilizador

Página inicial da área reservada

Na página inicial da área reservada (Figura 14), pretendeu-se manter uma coerência visual

com a página inicial da plataforma. Foram, no entanto, introduzidas algumas diferenças

subtis a nível gráfico, cujo propósito é causar uma distinção relativamente à área não

reservada, para que, desta forma, o utilizador tenha a percepção que se encontra numa

área distinta.

Uma das alterações notórias é o aspecto do menu principal, que agora possui uma barra

inferior onde são mostrados links adicionais. A forma em si do menu mudou, estando cada

item circunscrito por um rectângulo com os cantos superiores arredondados, fazendo

lembrar os separadores que podem ser encontrados em alguns arquivadores.

Foi criado um destaque visual no elemento seleccionado do menu, através da alteração da

cor de fundo para verde. Da mesma forma, quando o utilizador selecciona um determinado

item do submenu, este adquire a cor branca, de forma a evidenciar-se em relação aos

restantes itens. O destaque visual dado ao elemento seleccionado é de extrema importância,

na medida em que informa o utilizador de maneira rápida e intuitiva, em que área ou

subárea este se encontra.

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Especificação e interface

56

Figura 14 - Página inicial da área reservada

A área lateral esquerda da página contém informação relativa ao utilizador, um url directo

para o seu portfólio e um link para a página de edição dos dados. Nessa página o utilizador

poderá inserir ou actualizar os seus dados, e mudar o grau de acesso aos mesmos. O fundo

azul claro desta área lateral, contribui para uma maior distinção entre a mesma e o

conteúdo, situado à direita. A informação mostrada à direita, é relativa aos conteúdos mais

recentes inseridos e actualizados pelo utilizador. Ao contrário do conteúdo presente na área

não reservada, este encontra-se mais estruturado. Os elementos que mais contribuem para

essa mesma estruturação são as barras horizontais, que através do seu fundo em gradiente

de cinza para branco, criam uma separação entre a informação apresentada. A utilização de

ícones, não serve apenas um propósito estético, mas também um objectivo de elucidar o

utilizador do tipo de informação a eles associada.

Página de ficheiros

Esta página (Figura 15) possui uma estrutura central que serve de base para outras páginas

da aplicação, sendo constituída por três área distintas:

• Área lateral esquerda – Nesta área é apresentada informação relativa à página

actual.

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Especificação e interface

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• Área superior direita – Nesta área constam os campos necessários para a

inserção de um novo conteúdo. Esta área nem sempre está presente em todas as

páginas, dado que em certas circunstâncias é disponibilizada uma página completa

para esse efeito. Este caso acontece em situações particulares em que o conteúdo a

inserir é extenso ou requer o preenchimento de vários campos.

• Área inferior direita – Nesta área é apresentada a listagem dos conteúdos

inseridos pelo utilizador. O ícone existente representa o tipo de conteúdo inserido.

O título funciona como um link para a visualização do conteúdo, além de o

identificar. São também apresentados três ícones com propósitos distintos.

O primeiro ícone permite a edição dos dados associados ao conteúdo assim como a

sua substituição. O segundo ícone permite a remoção desse conteúdo, enquanto

que o terceiro ícone ilustra o nível de privacidade atribuído ao mesmo.

Figura 15 - Página de gestão de ficheiros

Nesta página, na parte lateral esquerda, é mostrado o número de ficheiros inseridos, o

espaço ocupado pelos mesmos e o espaço total disponível. Com o intuito de elucidar melhor

o utilizador da relação entre o espaço ocupado e o espaço por ocupar, foi implementada

uma barra que varia de tamanho conforme vão sendo adicionados e eliminados ficheiros.

Esta representação visual contribui para uma melhor identificação do espaço disponível, que

o utilizador dispõe para os ficheiros que pretende inserir.

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Especificação e interface

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Na área reservada para a inserção do ficheiro, além dos campos “título” e “descrição”, existe

um campo para a classificação do nível de privacidade do ficheiro, e um campo que permite

ao utilizador escolher o ficheiro do seu computador a ser inserido. Na listagem dos ficheiros

inseridos, com o objectivo de elucidar o utilizador, foi colocada a informação do tamanho do

ficheiro adicionado.

Página de links

A página que permite a inserção de links é no geral semelhante à página de ficheiros, com

excepção de alguns elementos, nomeadamente a informação relativa ao espaço ocupado,

que, neste caso, não se encontra presente por não ser aplicável a este tipo de conteúdo.

Página de grupo

Nesta página o utilizador pode gerir os utilizadores que pertencem ao seu grupo, ou seja, os

utilizadores que têm acesso aos conteúdos classificados com um nível de privacidade

moderada. É-lhe apresentada uma lista contendo os nomes de todos os utilizadores

registados na plataforma, podendo o utilizador seleccionar o nome que pretende adicionar

ao seu grupo. O utilizador pode repetir esta operação o número de vezes necessárias de

forma a incluir todos os utilizadores pretendidos. Na Figura 16 é mostrada a interface desta

página.

Figura 16 - Página “o meu grupo”

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Especificação e interface

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Ao serem acrescentados utilizadores ao grupo, estes são agrupados numa listagem, onde é

dada a possibilidade de remoção de um utilizador previamente adicionado.

Página do portfólio

À medida que o utilizador vai inserindo conteúdos na plataforma e classificando-os quanto

ao seu nível de privacidade, estes vão sendo disponibilizados automaticamente no seu

portfólio. Esta página (Figura 17) foi criada com o intuito de providenciar ao autor do

portfólio uma pré-visualização do mesmo. Existem três modos de visualização associados a

esta página: “modo de edição”, “vista de grupo” e “vista pública”. No primeiro, são

mostrados os dados e conteúdos classificados com o nível moderado e público. O seu grau

de privacidade, ilustrado pela cor que representa o nível respectivo, é apresentado próximo

do conteúdo correspondente.

Figura 17 - Página do portfólio da área reservada

Nesta página são apresentados também diversos links que dão um acesso rápido à edição

dos dados desses conteúdos. É nesta desta página que o autor do portfólio acede à edição

do título e descrição da introdução do mesmo. Na vista de grupo, o autor do portfólio tem a

percepção de como o seu portfólio irá ser visualizado por utilizadores pertencentes ao seu

grupo, na medida em que são mostrados os dados e conteúdos de nível moderado e

público. Na vista pública são apresentados apenas os dados e conteúdos de nível público,

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Especificação e interface

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dando ao autor do portfólio uma percepção de como o seu portfólio será visionado por

utilizadores não pertencentes ao seu grupo.

Página de projectos

Na página de projectos (Figura 18) estão presentes os projectos criados pelo utilizador.

Antes de um utilizador poder inserir um registo, ao qual pode ser associado um anexo, uma

avaliação qualitativa e quantitativa, este deverá criar uma tarefa e um projecto associado a

esse registo. Deste modo induz-se o utilizador não só a organizar os conteúdos inseridos,

mas também a efectuar uma reflexão sobre os mesmos através dos comentários que podem

ser adicionados aos projectos existentes.

Figura 18 - Página de projectos

À semelhança das listagens presentes noutras páginas, a listagem dos projectos inseridos

possui um ícone identificativo, um link que permite visualizar o projecto e dois ícones que

permitem a edição ou remoção do projecto respectivo. As páginas interiores de um projecto

onde são listadas as tarefas, comentários e registos associados a esse projecto, não serão

alvo de análise, dado serem similares ao nível da interface.

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Especificação e interface

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Página de criação de um novo registo

Nesta página (Figura 19) é dada a possibilidade ao utilizador de inserir um registo no seu

portfólio. A estrutura de base desta página é análoga a outras páginas existentes na

plataforma que permitem a inserção de conteúdos, merecendo esta em particular uma

análise mais detalhada devido aos campos específicos que possui.

Figura 19 - Página de “adicionar registo”

Na área informativa, localizada na zona lateral esquerda, é indicada a tarefa à qual o actual

registo vai ser associado. Na área da direita, além dos campos que permitem ao utilizador

definir um título e uma descrição para o registo, é dada a possibilidade de anexar um

ficheiro ou um link a esse mesmo registo. Para permitir a escolha do tipo de anexo a ser

inserido, foram colocados dois radio buttons que ao serem seleccionados, mudam o campo

localizado à sua direita, em conformidade com o tipo seleccionado. Além do campo que

permite a definição do grau de privacidade para o registo, existe um campo que permite ao

utilizador a inserção de uma avaliação qualitativa. A avaliação quantitativa é efectuada

através de um componente, que possibilita a escolha de um valor para a avaliação. Existem

cinco valores diferentes, que variam desde o “Mau” até ao “Muito Bom”.

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Especificação e interface

62

Página de inserção e actualização do currículo

Esta página (Figura 20) é no seu global, similar à página de ficheiros, apresentando apenas

algumas diferenças em relação a esta última. A área reservada para a inserção e

actualização do currículo, contém dois campos: o campo que permite a procura do ficheiro a

inserir, e o campo que permite seleccionar o grau de privacidade a atribuir a esse ficheiro. O

título da página muda de “adicionar curriculum” para “actualizar curriculum” consoante

exista ou não um currículo inserido, de forma a providenciar um maior esclarecimento ao

utilizador.

Figura 20 - Página “curriculum”

Após a inserção de um currículo, este é apresentado na zona inferior. A data de inserção ou

última actualização do currículo é mostrada, assim como o seu grau de privacidade. O

utilizador poderá actualizar o seu currículo clicando no ícone de edição, ou removê-lo

accionando o ícone “Eliminar Curriculum”.

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Implementação

63

5. Implementação

Ao longo das páginas seguintes serão abordadas em detalhe as diversas tecnologias que

sustentam a plataforma DP e toda a parte técnica relativa ao desenvolvimento da mesma.

Na parte inicial será exposta a arquitectura da plataforma e as diferentes camadas que

compõem a aplicação. Seguidamente será analisada cada uma dessas camadas, ao nível da

programação, assim como as ferramentas e os componentes utilizados durante o

desenvolvimento.

Para a elaboração deste projecto foi utilizada a framework .NET como base para o

desenvolvimento da aplicação, e a linguagem C# para a implementação do código a ser

executado no lado do servidor. Esta escolha prende-se não só devido a motivos de ordem

pessoal e profissional, mas também devido às inúmeras vantagens que estas tecnologias

possuem. Entre os diversos benefícios que foram alvo de análise no capítulo terceiro desta

dissertação, destaca-se o facto destas tecnologias facilitarem em grande medida a

actualização da plataforma.

No final deste capítulo serão apresentados e analisados alguns dados de um pequeno estudo

de impacto, o qual foi efectuado de forma a testar o comportamento e funcionalidade geral

da plataforma DP junto de diferentes grupos de utilizadores.

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Implementação

64

5.1. Arquitectura do sistema

A plataforma assenta numa arquitectura típica de modelo cliente/servidor. Vários clientes

fazem correr a aplicação de diferentes computadores, sendo responsabilidade do servidor

alojar o sistema de gestão de base de dados e os ficheiros da aplicação, conforme

demonstrado na Figura 21 [MacDonald, 03]:

Figura 21 - Interacção básica de um sistema cliente/servidor

Quando um cliente acede à plataforma DP através dum computador ligado à Internet, o

servidor processa os ficheiros da aplicação, comunicando com o sistema de base de dados,

que retorna a informação que posteriormente é apresentada ao utilizador. Durante este

processo a framework .NET tem um papel fundamental.

Quando um browser pede uma página a um servidor Web (neste caso o IIS dado se tratar

de um ambiente Windows), o servidor irá primeiramente verificar se o pedido é de uma

página HTML, ou seja, contendo a extensão .html. Se for esse o caso, o pedido é

completado através da requisição do ficheiro directamente ao sistema operativo, sendo

depois enviado ao cliente (browser). No entanto, no caso da página solicitada ser uma

página ASP.NET, contendo a extensão .aspx, o IIS passará o pedido ao ASP.NET runtime,

que faz parte da framework .NET, processando a aplicação e enviando o output ao cliente

[Lee, 05].

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Implementação

65

Ao nível do software, a arquitectura assenta num modelo muito utilizado em aplicações

Web, o modelo de três camadas (three-tier). Este padrão de design de software constitui um

melhoramento fundamental em relação a outros padrões assentes na arquitectura

cliente/servidor, tendo como princípio o conceito que códigos diferentes executam tarefas

diferentes. O facto da lógica da aplicação ser separada em camadas diferentes, facilita em

grande medida a reutilização e actualização do código, assim como o teste de unidades

individuais de funcionalidade da aplicação. Na Figura 22 é ilustrado este modelo de

arquitectura [MacDonald, 03]:

Figura 22 - Arquitectura de três camadas

A camada da apresentação gere as tarefas relacionadas com a interface do utilizador. Nesta

camada é comum ser utilizado algum tipo de validação inicial, de forma a evitar que haja

uma comunicação com o servidor sempre que, por exemplo, a informação introduzida pelo

utilizador seja incorrecta. A camada da lógica de negócio, gere processos específicos da

aplicação. Aqui estão presentes a grande maioria das regras da plataforma. Esta camada é

responsável por tratar os dados enviados pelo utilizador, comunicar com a base de dados, e

enviar novos dados ao cliente. Por último, a camada da base de dados, insere, apaga,

actualiza e devolve registos das bases de dados da aplicação [MacDonald, 03].

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Implementação

66

5.2. Bases de dados

A plataforma DP é alimentada por duas bases de dados SQL Server 2005 Express Edition. A

escolha desta tecnologia deve-se a variados motivos. As bases de dados SQL Server são

bastante utilizadas em ambientes Web e contêm diversos benefícios mencionados em

detalhe no terceiro capítulo. O facto de ter sido escolhida a versão Express Edition deve-se

principalmente ao facto desta ser uma versão que pode ser obtida e utilizada gratuitamente.

Apesar desta edição não conter tantas funcionalidades como a versão “Standard” ou

“Enterprise” (ambas versões pagas), adequa-se perfeitamente ao cenário a que esta

plataforma se aplica. Não obstante ser uma versão que é disponibilizada gratuitamente, a

edição “Express” apresenta várias funcionalidades que contribuem para a construção de uma

aplicação Web completa e robusta. Algumas das mais-valias do SQL Server 2005 Express

Edition são [SQL Express, 05]:

• Fácil de instalar;

• Fácil de usar e gerir;

• Funcionalidades avançadas de base de dados;

• Segurança reforçada;

• Utilização gratuita;

• Suporte de XML;

• Integração profunda com o Visual Studio 2005;

• Escalabilidade e performance;

As bases de dados geridas pelo SQL Server 2005 Express Edition, são do modelo relacional.

Este modelo de base de dados é o mais utilizado actualmente e permite uma resposta rápida

e fácil a pesquisas (queries) efectuadas à mesma. Estas bases de dados são constituídas por

relações, vulgarmente conhecidas como tabelas. As tabelas são constituídas por colunas e

linhas. Cada coluna tem um nome único, e contém um tipo diferente de dados. Cada linha

consiste num conjunto de valores que correspondem às colunas. Os valores têm que

obrigatoriamente ser do tipo de dados (datatype) especificado pela coluna.

De forma a identificar cada registo inserido numa determinada tabela, uma das colunas é

reservada de forma a conter os valores que permitem essa identificação. Essa coluna é

denominada por chave primária (primary key), sendo os valores inseridos tipicamente

números. Em muitos casos, essa numeração é feita automaticamente, incrementando de

valor à medida que vão sendo inseridos novos registos na tabela. Dado as bases de dados

serem constituídas por múltiplas tabelas, normalmente é utilizada uma chave (key) como

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Implementação

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referência entre uma tabela e outra. O termo utilizado para essa relação é foreign key,

representando uma relação entre dados de tabelas diferentes. Existem três tipos de relações

numa base de dados relacional: um-para-um, um-para-muitos e muitos-para-muitos

[Thomson & Welling, 03].

As duas bases de dados que alimentam a plataforma estão situadas no directório

“App_Data”. A primeira, nomeada de “aspnetdb.mdf”, foi criada automaticamente pela

ferramenta Visual Studio aquando da utilização dos serviços “ASP.NET membership services”

e respectivos controlos. Estes serviços providenciam uma framework para a gestão de

contas de utilizadores, facilitando assim a sua implementação. A framework é composta pela

“Membership class” contendo métodos que podem ser usados para criar, eliminar,

actualizar, listar e autenticar utilizadores [Mitchell, 05].

A base de dados citada anteriormente, existe para permitir essa mesma gestão. Entre as

várias tabelas que contém, destacam-se as tabelas “aspnet_Users”, que como o próprio

nome indica contêm os registos dos utilizadores, e a “aspnet_Membership”, que contém os

dados introduzidos pelos utilizadores aquando do registo na aplicação. Quando um utilizador

se regista na plataforma, o serviço de gestão de utilizadores .NET, gera um identificador que

permite identificar o utilizador registado. Esse identificador é único, e corresponde a um

valor do tipo GUID (Globally Unique Identifier).

Um GUID é constituído por uma sequência de dígitos hexadecimais, que neste caso em

particular serve para identificar um utilizador específico. Essa sequência é gerada de forma a

garantir que não haja outro utilizador com o mesmo identificador, de forma a não

comprometer o funcionamento da plataforma. O identificador gerado para cada utilizador, é

amplamente utilizado pela plataforma. Sempre que, por exemplo, seja necessário identificar

um utilizador quando este pretende aceder a um determinado conteúdo protegido, o

identificador é utilizado pela aplicação no sentido de autorizar ou vedar esse mesmo acesso.

Enquanto que a base de dados “aspnetdb.mdf” permite a gestão de utilizadores, a segunda

base de dados, nomeada “digitalportfolios.mdf”, é a base de dados principal, na medida em

que contém as tabelas que sustentam as funcionalidades da plataforma no seu todo. De

forma a implementar todas as funcionalidades que a plataforma deveria conter, foram

criadas doze tabelas, cada uma com um propósito específico.

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Implementação

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Na Figura 23 são mostradas as tabelas criadas e a relação entre elas. Seguidamente será

analisada cada uma das tabelas em maior detalhe.

Figura 23 - Estrutura da base de dados “digitalportfolios.mdf”

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Implementação

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UTILIZADORES

A tabela “UTILIZADORES” tem como primary key o identificador do utilizador, contendo dois

campos adicionais que permitem saber se o utilizador em causa se encontra activo e

validado. Um utilizador só é considerado activo, quando após efectuar o login na plataforma

pela primeira vez, preencher os campos obrigatórios que constam na página “dados do

portfólio”. Só a partir desse momento é que é criado o seu portfólio, ficando o mesmo

acessível ao exterior. O campo “validado”, apesar de não ser utilizado actualmente pela

plataforma, foi criado de forma a permitir uma validação manual de um utilizador. Isto

poderá ser de grande utilidade no caso do administrador da plataforma desejar ter sobre ela

um maior controlo, limitando o acesso da mesma a utilizadores prevaricadores.

AREAS

Esta tabela contém as várias áreas às quais um portfólio pode ser associado. A primary key

desta tabela é o identificador da área. O facto de cada uma delas ser identificada por um

número sequencial em vez do seu nome, permite que este último seja actualizado em todos

os locais da plataforma, evitando assim discrepâncias com nomes de áreas já introduzidas.

PORTFOLIOS

A tabela “PORTFOLIOS” é uma das mais importantes para o funcionamento do sistema. Esta

tabela contém a relação entre um utilizador e o respectivo portfólio, sendo o número

identificador do portfólio a sua primary key. Fazem parte desta tabela alguns campos

adicionais que permitem classificar o portfólio segundo a área seleccionada pelo utilizador,

atribuir um título e uma descrição para a introdução do mesmo e guardar a data e hora de

criação do portfólio. O campo que contém a área à qual o portfólio pertence é

particularmente útil na página de portfólios da plataforma, possibilitando a filtragem dos

portfólios listados por área. Os registos da data e hora da criação do portfólio são utilizados

também nessa mesma página, permitindo a ordenação dos portfólios por data de criação.

DADOS

Nesta tabela estão presentes os dados pessoais dos utilizadores registados. A primary key

desta tabela é o identificador do utilizador, contendo ainda diversos campos onde são

guardados os dados inseridos. Além dos campos que guardam os dados relativos à morada,

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Implementação

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contactos e instituição à qual o utilizador pertence, existe o campo “acesso”, que permite

classificar os dados quanto ao seu grau de privacidade.

GRUPOS

Esta tabela possibilita a inserção de utilizadores registados na plataforma no grupo do autor

do portfólio, assim como a sua remoção. Ao inserir utilizadores no seu grupo, o autor do

portfólio autoriza-os a aceder aos conteúdos classificados com o nível “moderado”. A tabela

é constituída por três colunas: “id_relacao”, “id_utilizador” e “id_utilizador_grupo”. A

primeira coluna é a primary key, e representa uma relação entre dois utilizadores. O

identificador do autor do portfólio é guardado no campo “id_utilizador”, enquanto que o

identificador do utilizador pertencente ao grupo do primeiro é guardado no campo

“id_utilizador_grupo”. Desta forma, possibilita-se a existência de vários utilizadores

associados a um autor.

FICHEIROS

Nesta tabela ficam guardados todos os dados relativos aos ficheiros inseridos por um

determinado utilizador. O campo “id_ficheiro”, que é a primary key desta tabela, permite

identificar o ficheiro inserido. De forma a associar um utilizador a um ficheiro, foi adicionado

o campo “id_utilizador”. Os campos “titulo” e “descricao” permitem adicionar um título e

uma descrição ao ficheiro introduzido, enquanto que o campo “src” (source), contém o

nome do ficheiro inserido e respectiva extensão. O campo “tamanho” permite apresentar ao

utilizador o tamanho que cada ficheiro inserido ocupa. O campo “data_hora”, que armazena

a data e a hora de inserção do ficheiro, é utilizado na ordenação da listagem dos ficheiros,

apresentando os ficheiros mais recentes em primeiro lugar. Como noutras tabelas onde é

importante permitir ao utilizador o controlo de acesso a um determinado conteúdo, também

aqui foi adicionado o campo “acesso”, que contém o grau de privacidade do ficheiro

correspondente.

LINKS

A tabela “LINKS” é em tudo semelhante à tabela “FICHEIROS”, com a excepção dos campos

“id_link” e “url”. O primeiro campo, que é também a primary key desta tabela, identifica o

link inserido pelo utilizador na plataforma. O segundo campo guarda o url do link, ou seja, o

seu endereço Web.

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PROJECTOS

Esta tabela contém os dados relativos aos projectos criados pelos autores dos portfólios. A

criação de projectos contribui para uma melhor organização dos conteúdos que um autor

pretende inserir no seu portfólio. A coluna “id_projecto” identifica cada projecto através de

um número e constitui a primary key desta tabela. O campo “id_portfolio” permite uma

relação do projecto com o portfólio respectivo; os campos “titulo” e “descrição” permitem

associar um título e respectiva descrição ao projecto. Como acontece nas tabelas

“FICHEIROS” e “LINKS”, o campo “data_hora” também está presente nesta tabela. Além

deste ser utilizado na ordenação da listagem dos projectos, onde os mais recentes se

encontram em primeiro lugar, é igualmente usado na página inicial da área reservada, onde

é apresentado o último projecto criado ou actualizado.

COMENTARIOS

A tabela “COMENTARIOS” armazena os comentários inseridos pelo utilizador do portfólio,

que ficam associados a um projecto existente. O campo “id_comentario” constitui a primary

key da tabela e serve para identificar cada comentário. O campo “id_projecto” permite a

associação de um comentário com o projecto respectivo. O título, a descrição, a data e a

hora de criação de um comentário, ficam registados nos campos correspondentes.

TAREFAS

Esta tabela tem uma organização semelhante à tabela “PROJECTOS”, sendo a sua primary

key representada pelo campo “id_tarefa”. Ao contrário da tabela “PROJECTOS” que tem uma

associação com a tabela “PORTFÓLIOS”, esta tabela está associada à tabela “PROJECTOS”,

dado um projecto poder conter várias tarefas.

REGISTOS

A tabela “REGISTOS”, à semelhança da tabela “PORTFOLIOS”, é uma das mais importantes

da plataforma DP, pois é aqui que ficam guardados os dados relativos aos trabalhos dos

utilizadores. Não obstante o autor de um portfólio poder inserir os seus trabalhos na área de

ficheiros ou links, e atribuir-lhes um título e uma descrição, somente ao inserir um registo

será possível fazer uma avaliação qualitativa e quantitativa dos mesmos. A primary key

desta tabela é a coluna “id_registo”, que identifica cada um dos registos. O campo

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Implementação

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“id_tarefa” permite associar cada registo a uma determinada tarefa. Conforme existem

noutras tabelas, também aqui estão presentes os campos “título” e “descrição”, de modo a

permitir a atribuição de um título e descrição a um registo. Devido à opção que é dada ao

utilizador, de poder anexar um ficheiro ou um link a um registo, foram adicionados os

campos “anexo” e “url” de forma a permitir essa mesma associação. No campo

“avaliacao_quant” é armazenada a avaliação quantitativa que um utilizador efectua a um

registo, enquanto que no campo “avaliacao_qual” é guardada a avaliação qualitativa. No

campo “data_hora” fica armazenada a data e hora de criação do registo, ou da última

actualização no caso deste ter sido editado posteriormente à sua inserção. Como os

conteúdos inseridos nos registos podem ser acedidos por visitantes da plataforma, é dada a

possibilidade ao utilizador de classificar o grau de acesso de cada registo. De forma a

possibilitar essa classificação, o nível de privacidade atribuído pelo autor do portfólio a um

registo é armazenado no campo “acesso”.

CURRICULOS

Esta tabela é constituída por quatro colunas. O campo “id_utilizador”, sendo a primary key,

serve como identificador para cada currículo. O campo “src” contém o nome e respectiva

extensão do ficheiro respeitante ao currículo inserido pelo utilizador. O nível de privacidade

atribuído ao currículo de um utilizador fica registado no campo “anexo”, enquanto que a

data e a hora da sua inserção ou última actualização, ficam armazenadas no campo

“data_hora”. A informação relativa à data e hora da última actualização do currículo é

apresentada na página “curriculum”, de forma a elucidar o utilizador da versão do currículo

actualmente inserido no seu portfólio.

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Implementação

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5.3. Lado do Cliente

A implementação no lado do cliente refere-se tipicamente à parte do código da aplicação

que é executado no computador do utilizador, neste caso em particular, no browser do

utilizador, visto tratar-se duma aplicação Web. Nestas páginas será abordada a

implementação dos códigos HTML, CSS e Javascript. Os componentes AJAX utilizados

aquando do desenvolvimento, apesar de terem implicações no lado do cliente, serão

analisados em detalhe no ponto 5.4, dado estes serem geridos no lado do servidor.

Para o desenvolvimento do código da plataforma DP foi utilizada o IDE “Visual Web

Developer 2005 Express Edition”. Esta ferramenta baseada no IDE Visual Studio 2005, o IDE

mais usado por programadores C# e VB.NET (Visual Basic .NET), foi concebida para a

criação de aplicações Web em particular. Esta versão é disponibilizada gratuitamente,

facilitando assim o desenvolvimento de eventuais actualizações. Apesar de não conter

funcionalidades avançadas que só estão disponíveis na edição “Standard” ou “Professional”,

a edição “Express” é uma ferramenta bastante completa, eficaz e facilitadora do

desenvolvimento. Em seguida são apresentados alguns dos benefícios que esta ferramenta

possui, particularmente úteis aquando do desenvolvimento do código executado no lado do

cliente [MSDN1, 08]:

• WYSIWYG – Este tipo de edição facilita em grande medida o desenvolvimento de

HTML, permitindo a edição da página com o aspecto final que esta terá no browser;

• IntelliSense - Esta funcionalidade providencia um conjunto de opções durante a

programação de código tornando as referências da linguagem facilmente acessíveis

[MSDN2, 08].

• Layout consistente – A utilização de master pages, themes e skins promovem e

facilitam a consistência da estrutura e aspecto geral entre páginas;

• Componentes – Diversos componentes estão à disposição do programador,

podendo ser arrastados directamente para a página, facilitando assim a sua

integração na aplicação.

De forma a montar a página de acordo com a estrutura definida previamente, foram

utilizadas várias tabelas HTML. No interior dessas tabelas foram inseridos os vários

elementos que compõem a página Web, nomeadamente texto, imagens, botões e input

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Implementação

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fields. Tendo como objectivo esclarecer o utilizador sobre o significado dos vários ícones

presentes na plataforma, foi implementado um código HTML que revela uma tooltip, ou seja,

uma pequena legenda informativa, quando o cursor é mantido sobre o ícone durante algum

tempo.

Vários estilos CSS foram criados de modo a formatar os elementos inseridos nas páginas de

acordo com o design previamente definido. A utilização de CSS traz consigo diversas

vantagens, nomeadamente o facto de permitir que o mesmo estilo possa ser aplicado a

vários elementos, evitando assim a especificação de um estilo em cada um dos elementos

individualmente.

De entre as diversas propriedades definidas destacam-se a utilização do tipo de letra “Arial”

para o texto constante na plataforma e o uso da propriedade hover nos elementos do tipo

link. A escolha do tipo de letra “Arial” deve-se ao facto desta ser a fonte utilizada na marca

da plataforma DP e devido à elegância que esta imprime na aplicação em geral. A

propriedade hover dos links afecta o estilo dos mesmos quando o cursor passa sobre eles.

Neste caso em particular, foi especificado que os elementos do tipo link deveriam ficar

sublinhados quando o cursor passar sobre eles, voltando ao seu estilo normal quando o

cursor se desvia destes. Este comportamento foi implementado de forma a evidenciar os

links de entre os vários textos existentes, simplificando assim a percepção dos mesmos por

parte do utilizador.

Foi utilizada uma ferramenta adicional que facilita o desenvolvimento no lado do cliente

denominada “IE Developer Toolbar”. Esta é integrada no browser Internet Explorer e

permite ao programador analisar em detalhe cada elemento da página.

Ao seleccionar um elemento da página através desta ferramenta, o programador tem acesso

às propriedades e ao estilo aplicado ao mesmo. Na Figura 24 é apresentada a “IE Developer

Toolbar”.

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Implementação

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Figura 24 - Internet Explorer Developer Toolbar

Além da informação dos elementos, esta ferramenta proporciona ao programador um

conjunto de funcionalidades bastante úteis, entre as quais se destacam as seguintes:

• Outline – Apresenta os contornos das tabelas e divs de forma a ilustrar visualmente

a sua estrutura;

• Color picker - Permite seleccionar e obter o valor hexadecimal de uma qualquer

cor presente na página;

• Ruler - Régua que indica a distância em pixéis entre dois pontos definidos pelo

programador;

• Atributos – Permite a adição e remoção de atributos em tempo real, possibilitando

ao programador a visualização do efeito causado por essas alterações.

Ao nível da programação Javascript, apesar desta ser executada no lado do cliente, a maior

parte desta programação foi inserida no código relativo ao lado do servidor. Isto deve-se ao

facto de muito do código Javascript ser gerado pelo .NET, nomeadamente no que diz

respeito à integração do AJAX. Apesar deste facto, em certas situações é necessário

implementar código Javascript específico de modo a atingir certos objectivos, como no caso

seguinte.

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Implementação

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Nas páginas relativas à inserção e edição de um registo, houve a necessidade de criar uma

função específica em Javascript de forma a mudar o input field que é mostrado ao utilizador

quando este alterna entre os dois tipos de anexos disponíveis.

O código Javascript dessa função é mostrado de seguida:

<script language="javascript" type="text/javascript">

function mudaRadioDiv() {

if (document.getElementById

('ctl00_ContentPlaceHolder1_rbAnexar_0').checked==true) {

// ficheiro seleccionado

document.getElementById('divLink').style.display='none';

document.getElementById('divFicheiro').style.display='';

} else {

// link seleccionado

document.getElementById('divFicheiro').

style.display='none';

document.getElementById('divLink').style.display='';

}

}

</script>

Função Javascript usada na inserção e edição de um registo

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5.4. Lado do servidor

Conforme mencionado previamente, para o desenvolvimento do código da plataforma DP foi

utilizada a ferramenta “Visual Web Developer 2005 Express Edition”. Foram referidas

algumas das vantagens que esta ferramenta traz ao desenvolvimento de código executado

no lado do cliente, sendo de seguida apresentados alguns dos benefícios que a sua

utilização acarreta para o desenvolvimento de código executado no servidor [MSDN1, 08]:

• Edição de código - Coloração da sintaxe e IntelliSense;

• Debugging - Debugger que ajuda a encontrar erros na aplicação;

• Controlos - Conjunto extensivo de ASP.NET Web server controls que incorporam

muita da funcionalidade necessária para a criação de websites;

• Acesso a dados - Suporte para a apresentação e edição de dados nas páginas

Web;

• Servidor Web - Inclui um servidor Web local para testes, não sendo necessária a

instalação do IIS.

Na Figura 25 é apresentado o ambiente do “Visual Web Developer 2005 Express Edition”.

Figura 25 - Visual Web Developer 2005 Express Edition

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Após a montagem das páginas iniciais da plataforma em código HTML, foram criados e

definidos os directórios necessários para o funcionamento da aplicação. Posteriormente à

estruturação dos directórios criados, foram elaboradas as restantes páginas em HTML,

sendo estas relativas à área reservada. Na Figura 26 é apresentada a organização dos

ficheiros e directórios que constituem a plataforma DP.

Figura 26 - Organização dos ficheiros e directórios da plataforma

Na raiz estão presentes os ficheiros relativos às páginas da plataforma que estão acessíveis

aos visitantes. Associado a cada ficheiro com a extensão .aspx, contendo maioritariamente

código HTML, encontra-se um ficheiro com a extensão .aspx.cs, onde está presente a

grande maioria do código de servidor. Esta separação, entre o código da parte da

apresentação e da parte da lógica, é denominada por Code-behind. Este modelo, utilizado

no desenvolvimento de aplicações ASP.NET, traz consigo diversas vantagens,

nomeadamente o facto de facilitar a leitura e manutenção do código [Raja, 00].

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No interior do directório “admin” estão situados os ficheiros respeitantes à área reservada. A

organização dos ficheiros e directórios constantes na área reservada será alvo de análise

mais à frente neste capítulo. No directório “App_Data” estão situadas as bases de dados,

enquanto que no directório “App_Themes” estão contidos os ficheiros relacionados com o

aspecto visual da plataforma, como as imagens e o ficheiro “StyleSheet.css” que contém os

estilos CSS.

5.4.1 Área pública

Este ponto irá incidir sobre a análise dos componentes utilizados e à programação efectuada

aquando da implementação da área da plataforma acessível ao público.

Navegação

Tendo em atenção a estrutura bem definida das páginas que constituem a plataforma, e as

áreas que se mantêm fixas ao longo da navegação entre essas mesmas páginas, foi criada

uma master page para a aplicação. Uma master page, providencia a partilha de HTML,

controlos e código que podem ser usados como um template para todas as páginas de um

website [Liberty, 04]. O seu funcionamento é conseguido através da criação de páginas

HTML com zonas editáveis. Estas zonas editáveis são denominadas de content placeholders

e representam as partes do template que serão personalizadas individualmente para cada

página. A zona exterior aos content placeholders são idênticas entre todas as páginas que

usam a master page [English, 07].

A master page da área pública da plataforma DP é constituída pela base da página, estando

presente o topo, o menu e o rodapé da mesma. A zona content placeholder da master page

foi colocada na zona central da página, dado ser nesta área que os conteúdos mudam ao

longo das várias páginas existentes na aplicação.

A zona do menu teve uma programação específica para que o item seleccionado do menu

tivesse um aspecto diferente dos restantes. Para se conseguir esta funcionalidade, foi criada

uma variável intitulada “paginaActual” no código de servidor da master page, que contém o

nome da página actual e respectiva extensão. De seguida é apresentada a parte do código

C# da página “MasterPage.master.cs” que obtém essa informação:

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Implementação

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public string paginaActual;

...

void Page_Init(Object sender, EventArgs e) {

paginaActual = Request.Url.Segments[Request.Url.Segments.Length -

1].ToString();

...

Variável que contém o nome e extensão da página actual

Após a obtenção do nome da página actual, foi inserida uma condição em cada elemento do

menu que mostra o item do menu relativo à página actual com um aspecto diferente dos

restantes. Esta funcionalidade também foi utilizada aquando da programação da área

reservada, tendo sido criada uma master page diferente para essa área.

Tema gráfico

De modo a facilitar uma eventual actualização da plataforma DP para o suporte de

templates adicionais, podendo ser inclusive escolhidos pelo utilizador da plataforma, foi

utilizada a funcionalidade ASP.NET Themes. Um theme, ou tema, consiste numa colecção de

propriedades de configurações que permitem ao programador definir o aspecto das páginas

e controlos, aplicando a consistência do aspecto ao longo das páginas de uma aplicação

Web, ou de várias aplicações Web num servidor. Um tema é constituído por skins, folhas de

estilo (CSS), imagens e outros recursos. Os temas são definidos em directórios especiais do

website ou servidor Web [MSDN3, 08]. O tema utilizado na plataforma DP, intitulado

“Geral”, está situado no directório “App_Themes”, contendo um ficheiro CSS e um directório

com imagens utilizadas na aplicação, ambos localizados no interior do directório com o nome

do tema criado.

Registo e autenticação

Para a implementação do registo de utilizadores e respectiva autenticação para acesso à

área reservada, foram utilizados os serviços “ASP.NET membership services” e respectivos

controlos. Na página de registo de um novo utilizador, foi utilizado o controlo

CreateUserWizard, que permite a um visitante da plataforma criar um login para aceder à

área reservada, após a inserção dos dados requeridos. Foram efectuadas alterações às

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Implementação

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configurações pré-definidas do componente conforme o pretendido para a plataforma, e o

seu template adaptado, de modo a que o seu aspecto fique de acordo com a restante

imagem da aplicação. O acesso à área reservada dos utilizadores foi limitado através da

utilização da ferramenta ASP.NET Web Site Administration Tool, que permite configurar as

regras de acesso à aplicação através de uma interface simples.

Além do controlo CreateUserWizard, foram utilizados controlos de segurança adicionais na

plataforma. Os controlos Login, LoginView e LoginStatus foram usados em diversas

situações, relacionadas especificamente com o login na área reservada do website. O

controlo Login foi empregue na página de login, possibilitando o acesso à área reservada a

um utilizador registado após a inserção do seu user name e password, ambos criados

previamente aquando do registo na aplicação.

De forma a permitir o login de um utilizador em qualquer página da área pública, foi

utilizado o componente LoginView. Este foi inserido na master page, de forma a estar

presente ao longo do website, e contém uma particularidade que o distingue dos restantes

controlos. O controlo LoginView, conforme o nome sugere, muda de vista consoante o

utilizador se encontra autenticado ou não. No caso de um utilizador não estar autenticado,

ou seja, não ter efectuado o login na plataforma, o controlo apresenta os campos

necessários para efectuar a sua autenticação. No caso do utilizador estar autenticado, é-lhe

mostrada uma vista diferente, contendo o seu nome de utilizador e um botão que lhe

permite terminar a sessão.

Visualização dos portfólios

Para a listagem e filtragem dos portfólios existentes na plataforma, foram utilizados dois

controlos ASP.NET. O primeiro, o controlo DropDownList, utilizado na área de filtragem dos

portfólios, permite a um utilizador escolher um dos vários itens contidos no mesmo. Após ser

inserido na página, durante o desenvolvimento do código do servidor, este componente

permite ao programador alterações várias das suas propriedades, facilitando em grande

medida a sua integração com dados alimentados por uma base de dados, atendendo a que

esta configuração pode ser efectuada através do próprio controlo.

A listagem dos portfólios presente na página “portfólios” é conseguida através do segundo

controlo, o controlo GridView. Este componente é dos mais completos no que diz respeito à

apresentação de dados numa página Web. Tendo em conta a tarefa recorrente em

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Implementação

82

desenvolvimento de software, que é a apresentação tabular de dados, o ASP.NET

providencia vários controlos para a apresentação de dados numa grelha, nomeadamente o

controlo GridView. Através deste controlo, os dados recebidos de diferentes tipos de data

sources, como bases de dados, podem ser listados editados ou eliminados. [MSDN4, 08].

Como o objectivo na página de portfólios era a listagem dos portfólios existentes, algumas

das funcionalidades do controlo foram desactivadas aquando da sua configuração,

nomeadamente a função de edição e eliminação dos itens listados. Outras funcionalidades

foram mantidas, como é o caso da ordenação dos resultados e da paginação, ambos

extremamente úteis para o utilizador, em particular quando este procura um portfólio

específico.

Relativamente à página do portfólio, que mostra os conteúdos de um portfólio específico,

esta foi criada com o intuito de ser a base para a apresentação de todos os portfólios. Dado

a estrutura de base dos portfólios ser igual, mudando apenas os conteúdos apresentados, a

página usada para a sua apresentação é a mesma, independentemente do portfólio a

mostrar. De forma a identificar qual o conteúdo a ser apresentado, a página recebe por

query string, o número identificador do portfólio. Este número corresponde ao número que é

atribuído ao portfólio, quando um utilizador completa o seu registo na página que é

mostrada na primeira vez que este acede à área reservada, introduzindo o seu nome e

seleccionando a área à qual o portfólio vai ser associado.

O facto de existir um número associado a cada portfólio é um factor facilitador na

programação relativa à área do portfólio aleatório, presente na página inicial da plataforma.

Sempre que a página inicial é acedida, um número aleatório é gerado, sendo

obrigatoriamente inferior ou igual ao número total de portfólios registados na plataforma até

aquele momento. Quando um visitante clica no link “Visitar portfólio”, é reencaminhado para

a página “Portfolio.aspx”, que recebe por query string o número do portfólio que foi gerado

aleatoriamente na página inicial, apresentando o conteúdo respectivo. De seguida é

apresentado o código C# desenvolvido que permite o funcionamento da área do portfólio

aleatório:

// TableAdapter PORTFOLIOS

dpdatasetTableAdapters.PORTFOLIOSTableAdapter taport = new

dpdatasetTableAdapters.PORTFOLIOSTableAdapter();

// TableAdapter DADOS

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Implementação

83

dpdatasetTableAdapters.DADOSTableAdapter tadado = new

dpdatasetTableAdapters.DADOSTableAdapter();

// TableAdapter AREAS

dpdatasetTableAdapters.AREASTableAdapter taarea = new

dpdatasetTableAdapters.AREASTableAdapter();

protected void Page_Load(object sender, EventArgs e)

{

int numeroPort =

Int32.Parse(taport.NumberPortfolios().ToString());

Random randNum = new Random();

int numAleatorio = randNum.Next(numeroPort)+1;

lbNomeUtilizador.Text = tadado.GetDataByUser(new

Guid(taport.GetDataById(numAleatorio).Rows[0]["id_utilizador"]

.ToString())).Rows[0]["nome"].ToString();

lbAreaPort.Text =

taarea.GetDataBy(Int32.Parse(taport.GetDataById(numAleatorio)

.Rows[0]["id_area"].ToString())).Rows[0]["area"].ToString();

if (numeroPort > 1) {

lbPortfoliosOnline.Text = numeroPort.ToString() + "

portfólios registados!";

}

verPortfolio.NavigateUrl = "Portfolio.aspx?id=" +

numAleatorio;

}

Código C# relativo à área “portfólio aleatório”

5.4.2 Área reservada

Todas as páginas, directórios e ficheiros relativos à área reservada estão situados dentro do

directório “admin”. Na Figura 27 é apresentada a organização dos ficheiros e directórios da

área reservada.

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Implementação

84

Figura 27 - Organização dos ficheiros e directórios da área reservada

Na raiz estão presentes os ficheiros relativos às páginas, enquanto que no interior do

directório “portfólios” estão armazenados os ficheiros inseridos pelos autores dos portfólios.

Para cada portfólio registado existe um directório respectivo, identificado pelo número do

portfólio. Dentro de cada um desses directórios existem dois directórios denominados

“ficheiros” e “registos”.

Um dos principais componentes utilizados para a interacção da lógica com a base de dados

em ASP.NET é o DataSet. Um DataSet é uma representação residente na memória, que

providencia um modelo de programação relacional consistente independentemente da fonte

dos dados que contém. Um DataSet representa um conjunto de dados completo, incluindo

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Implementação

85

as tabelas, ordem, restrições, assim como as relações entre as tabelas. Para a representação

das tabelas num DataSet são utilizados objectos do tipo DataTable.

Uma DataTable representa uma tabela de dados relacionais em memória [MSDN5, 08]. De

modo a inserir informação de uma base de dados nas tabelas de um DataSet, pode ser

utilizado um DataAdapter ou um TableAdapter. O DataAdapter utiliza o objecto Connection

da framework .NET para se ligar à data source, e usa os objectos do tipo Command para

receber dados e fazer corresponder as alterações efectuadas a essa data source [MSDN6,

08].

Semelhantemente aos DataAdapters, os TableAdapters, além da funcionalidade standard

dos primeiros, possuem uma funcionalidade adicional bastante útil, que é o facto de

poderem conter múltiplas queries à base de dados. Um TableAdapter funciona da seguinte

forma: Primeiramente liga-se à base de dados, executa queries, e retorna uma nova

DataTable preenchida com informação ou preenche uma DataTable existente com essa

informação. Os TableAdapters também podem ser utilizados para o retorno de informação

actualizada da aplicação para a base de dados. [MSDN7, 08].

Na plataforma DP, o ficheiro correspondente à DataSet está situado dentro do directório

“App_Code” e contém uma DataTable e um TableAdapter para cada tabela existente na

base de dados “digitalportfolios”. Cada um dos TableAdapters existentes contém queries,

que executam a selecção, inserção, remoção ou actualização de informação da base de

dados. De forma a permitir a ligação entre os dados retornados por um TableAdapter e os

controlos Web integrados nas páginas da aplicação, foi utilizado o controlo

ObjectDataSource.

Criação do portfólio

Quando um utilizador acede pela primeira vez à área reservada, após um registo efectuado

com sucesso, é-lhe apresentada a página “dados do portfólio”. Só depois do utilizador

introduzir o seu nome e seleccionar a área à qual o portfólio vai ser associado é que o seu

portfólio é criado. Quando o utilizador clica no botão “Continuar”, a plataforma insere os

dados do utilizador, cria um novo registo na tabela “PORTFOLIOS” e cria os directórios

necessários.

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Implementação

86

É criado um primeiro directório nomeado com o número identificativo do portfólio, contendo

no seu interior dois directórios denominados “ficheiros” e “registos”. Na raiz do primeiro

directório fica armazenado o ficheiro correspondente ao currículo do utilizador. Dentro do

directório “ficheiros” serão colocados os ficheiros inseridos pelo utilizador, enquanto que no

directório “registos” serão colocados os ficheiros correspondentes aos anexos dos registos

criados por esse mesmo utilizador. Esta organização foi estabelecida com o intuito de

facilitar o acesso aos ficheiros e a obtenção da informação relativa ao espaço por estes

ocupado.

Inserção de ficheiros

Para possibilitar a inserção de ficheiros na plataforma, foi utilizado o controlo FileUpload.

Este controlo possibilita o envio de ficheiros do computador do utilizador para o servidor

onde a plataforma está alojada. O controlo apresenta ao utilizador uma caixa de texto onde

este pode introduzir a localização do ficheiro que pretende enviar para o servidor. O controlo

também apresenta um botão que, quando pressionado, abre uma caixa de diálogo [MSDN8,

08]. Através desta caixa de diálogo, o utilizador pode procurar e seleccionar o ficheiro que

pretende enviar para o servidor, de uma forma mais visual.

Ao ser enviado para o servidor, o ficheiro é colocado no local respectivo, sempre dentro do

directório do portfólio correspondente. No caso de se tratar do ficheiro relativo ao currículo

do utilizador, este é colocado na raiz. No caso de ser um ficheiro introduzido através da área

“meus ficheiros”, o ficheiro é colocado no directório “ficheiros”. Se por sua vez, for um

ficheiro inserido como anexo a um registo, então este é colocado dentro do directório

“registos”.

Tendo em atenção que plataforma tem um limite de espaço, onde quer que esta seja

alojada, foi implementada uma limitação de tamanho ao ficheiro inserido, e de espaço

ocupado pela totalidade dos ficheiros inseridos. Cada ficheiro enviado para o servidor não

poderá ultrapassar os 2MB, sendo o utilizador avisado se o ficheiro a ser enviado tiver um

tamanho superior. A cada utilizador é permitido enviar para o servidor um número indefinido

de ficheiros e anexos de registos que este pretender, desde que o espaço total ocupado não

ultrapasse os 20MB. Esse espaço corresponde a um limite de 10MB para o directório

“ficheiros” e de 10MB para o directório “registos”.

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Implementação

87

Assim, como na limitação do tamanho, o utilizador é avisado se ao inserir um ficheiro a

totalidade do espaço disponível estiver ocupado. Como o ficheiro relativo ao currículo do

utilizador é colocado na raiz do directório correspondente ao seu portfólio, o espaço ocupado

por este não interfere com o espaço reservado para os outros ficheiros.

Organização dos conteúdos

Para a listagem dos conteúdos inseridos na plataforma DP, foi utilizado o controlo Repeater.

Este controlo é um dos Web controls mais versáteis, permitindo uma grande personalização.

O controlo Repeater efectua uma função que a grande maioria dos programadores necessita

aquando do desenvolvimento dos seus projectos. Em diversos casos é necessário apresentar

registos de uma base de dados, sendo muitas vezes usado um FOR loop, escrevendo o

código HTML de forma a que os registos sejam apresentados numa tabela. Através do uso

do Repeater control, este processo pode ser bastante automatizado [Lee, 03]. O aspecto do

Repeater pode ser modificado através do uso de templates, que definem o seu layout.

Existem cinco templates que podem ser usados para esse efeito [Horan, 03]:

• ItemTemplate - Este template deve ser usado para elementos que são

apresentados em cada linha (row) de dados;

• AlternatingItemTemplate - Este template é indicado para elementos que são

apresentados alternadamente a cada linha de dados. Um dos exemplos em que este

template é bastante usado é quando se pretende alternar a cor de fundo entre

registos;

• HeaderTemplate - Este template é relativo aos elementos que são mostrados

antes da secção ItemTemplate;

• FooterTemplate - Este template deve ser usado em elementos que são mostrados

após a secção ItemTemplate;

• SeparatorTemplate - Este template deve ser usado para elementos apresentados

entre cada linha. Um dos casos em que este template é muito utilizado é para a

colocação de linhas entre registos.

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Implementação

88

Classificação dos conteúdos

A funcionalidade de classificação dos conteúdos introduzidos na plataforma DP é

provavelmente a mais importante. Para a classificação do nível de privacidade foi

implementada uma programação específica, dada a especificidade que o elemento possui.

Quando uma página que permite alterar as definições de acesso a um conteúdo é acedida

pela primeira vez, a variável ViewState["estadoAcesso"] obtém o valor “verde” (acesso

público), dado que é a cor seleccionada por defeito. Sempre que o utilizador selecciona

outro nível de acesso, ou seja, outra cor, o valor da mesma variável é actualizado para o

nome da cor escolhida. Acompanhando a alteração do valor da variável, as imagens relativas

a cada cor são actualizadas em conformidade, mudando as imagens relativas às outras cores

para imagens neutras. Da mesma forma, o texto que esclarece o tipo de acesso também é

actualizado.

De forma a actualizar todos os elementos relativos ao nível de privacidade sem que para isso

a página tenha que ser totalmente carregada, diminuindo a experiência interactiva com o

utilizador, foi utilizada a framework Microsoft ASP.NET 2.0 AJAX Extensions 1.0. Esta

framework contém vários controlos que possibilitam uma interactividade mais imediata,

através do uso da tecnologia AJAX, sem obrigar ao carregamento da página inteira. O

controlo usado para actualizar apenas a parte da página relativa à classificação do acesso,

foi o UpdatePanel.

Além da framework AJAX, foi também utilizado o controlo Rating da ASP.NET AJAX Control

Toolkit. Este toolkit é um projecto de código partilhado, desenvolvido sobre a framework.

Resultando da união entre a Microsoft e a comunidade ASP.NET AJAX, este toolkit

providencia diversos controlos que podem ser utilizados para criar experiências Web

interactivas [ASP.NET Ajax, 08].

O controlo Rating foi usado para a avaliação quantitativa de um registo. Através da

utilização deste controlo o utilizador pode seleccionar o nível de avaliação que pretende

atribuir ao seu registo, de forma bastante interactiva. Como acontece com a definição do

acesso, este controlo também é actualizado sem obrigar ao carregamento de toda a página.

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Implementação

89

Acesso aos conteúdos

Sempre que um utilizador acede à página do portfólio, a aplicação verifica se o utilizador

tem permissão para aceder aos conteúdos classificados com o nível de privacidade

moderado, no caso de pertencer ao grupo do autor do portfólio, ou se apenas poderá

aceder aos conteúdos de acesso público.

O controlo de acesso a um conteúdo é de extrema importância, nomeadamente aquando do

download de ficheiros inseridos pelo autor. O ficheiro “Download.aspx”, localizado na raiz da

plataforma, tem como função fornecer o ficheiro solicitado. O ficheiro “Download.aspx.cs” a

ele associado, contém a implementação do código que faz essa verificação, como se pode

constatar no seguinte excerto:

...

if (Request.QueryString["p"] != null)

{

idPortfolio = Int32.Parse(Request.QueryString["p"]);

if (Request.QueryString["f"] != null)

{

// FICHEIRO

idFicheiro = Int32.Parse(Request.QueryString["f"]);

Guid idUtilizadorF = new

Guid(tafich.GetDataByFile(idFicheiro).Rows[0]["id_utilizador"].ToString());

if

(tafich.GetDataByFile(idFicheiro).Rows[0]["acesso"].ToString() ==

"vermelho")

{

// Acesso vermelho

Page.Response.Redirect("Default.aspx");

}

else if

(tafich.GetDataByFile(idFicheiro).Rows[0]["acesso"].ToString() ==

"amarelo")

{

// Acesso amarelo

if (Page.User.Identity.IsAuthenticated == false)

{

// Sem autenticação

Page.Response.Redirect("Default.aspx");

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Implementação

90

}

else

{

// Com autenticação

Guid idVisitanteF = new

Guid(Membership.GetUser().ProviderUserKey.ToString());

if (tagrup.GetDataByUsers(idUtilizadorF,

idVisitanteF).Count == 0)

{

// Visitante não pertence ao grupo

if (idVisitanteF != idUtilizadorF)

{

// Não é o utilizador do portfólio

Page.Response.Redirect("Default.aspx");

}

}

}

}

Response.AppendHeader("content-disposition", "attachment;

filename=" + tafich.GetDataByFile(idFicheiro).Rows[0]["src"].ToString());

Response.WriteFile(Server.MapPath("~/admin/portfolios/" +

idPortfolio + "/ficheiros/" +

tafich.GetDataByFile(idFicheiro).Rows[0]["src"].ToString()));

Response.End();

}

...

Excerto de código C# do ficheiro “Download.aspx.cs”

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Implementação

91

5.5. Breve estudo de impacto

Com o intuito de obter um feedback relativamente à plataforma, foi realizado um pequeno

estudo de impacto junto de potenciais utilizadores. A plataforma DP foi alojada num servidor

contendo os requisitos técnicos adequados, sendo posteriormente acedida através do

seguinte endereço Web, adquirido para este efeito: http://www.digital-portfolios.com.

Desta forma, foi dada a possibilidade a várias pessoas de terem um primeiro contacto com a

plataforma, criarem o seu portfólio digital online, e experimentarem todas as funcionalidades

implementadas.

Com o objectivo de recolher os pareceres e comentários relativamente à temática dos

portfólios digitais no geral, e à plataforma DigitalPortfolios em particular, foi criado um breve

questionário online. De forma a estimular a participação no respectivo questionário, e tendo

em conta as várias solicitações de que as pessoas geralmente são alvo, procurou-se elaborar

um questionário conciso, contendo um número de perguntas relativamente reduzido, na sua

maioria de escolha múltipla, minimizando assim o tempo necessário para a sua realização.

Devido ao facto de algumas das perguntas presentes no questionário pressuporem um

contacto com a plataforma, foi também criada uma página online, contendo um roteiro de

navegação, de forma a facilitar esse primeiro contacto. O roteiro de navegação, ilustrado

com diversos screenshots exemplificativos das acções propostas, demonstrava os passos

necessários para a criação de um portfólio digital, utilizando as funcionalidades da

plataforma DP.

Após a divulgação do endereço Web da plataforma e do respectivo questionário online junto

de vários potenciais utilizadores, foram obtidas 21 respostas. Nas páginas seguintes são

expostos os gráficos elaborados a partir dos dados recolhidos e analisados os resultados

obtidos. Tirando partido das estatísticas geradas pelo servidor onde foi alojada a plataforma,

será igualmente alvo de análise, a informação relativa aos browsers Web mais usados pelos

utilizadores que acederam à plataforma. Esta informação revela-se de extrema importância,

no sentido de validar a primazia que foi dada ao browser Internet Explorer, como o principal

navegador Web utilizado aquando do desenvolvimento da plataforma DP.

Na Figura 28, encontra-se o gráfico que ilustra as profissões dos participantes do

questionário.

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Implementação

92

Figura 28 - Profissões dos participantes

Como se pode constatar, houve uma maior participação por parte de professores, na sua

grande maioria professores do ensino secundário, seguido de estudantes de mestrado. De

realçar, o facto dos professores terem sido aqueles que mais contribuíram com comentários

e recomendações de funcionalidades a implementar na plataforma.

Figura 29 - Utilização regular da Internet por parte dos participantes

O gráfico constante na Figura 29 evidencia que a grande maioria dos participantes do

questionário utiliza a Internet regularmente. Esta evidência é de grande importância, dado

que a plataforma funciona inteiramente através da Internet. Não obstante o facto de ser um

objectivo essencial da plataforma DP permitir a utilizadores sem conhecimentos de

desenvolvimento de páginas Web, criar o seu portfólio, esses utilizadores deverão,

idealmente, ter experiência no uso da Internet.

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Implementação

93

Figura 30 - Conhecimento do termo “portfólio digital/electrónico”

Os resultados presentes na Figura 30 demonstram que a maior parte dos participantes está

familiarizado com a temática dos portfólios digitais, ou que tem pelo menos alguma noção

do seu significado. Existe, no entanto, uma percentagem considerável de participantes que

não conhecia o termo em causa. Os participantes que não conheciam este termo pertencem

aos três grandes grupos de profissões, havendo uma maior incidência no ensino secundário,

no caso dos professores, e ao nível de mestrado, no caso dos estudantes.

Figura 31 - Participação na criação de um portfólio digital

Como se pode constatar na Figura 31, apesar de grande parte dos participantes ter algum

tipo de conhecimento sobre portfólios digitais, a maioria destes nunca participou na sua

elaboração. Isto demonstra que existe ainda um grande caminho a percorrer para que seja

explorado todo o potencial dos portfólios digitais. Este facto ganha ainda mais relevância

tendo em conta que a maioria dos participantes são professores.

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Implementação

94

Figura 32 - Conhecimento doutras plataformas

Em consonância com os resultados ilustrados na figura anterior, os dados constantes na

Figura 32 demonstram que a maioria dos participantes não tiveram contacto com uma

plataforma semelhante à que foi desenvolvida. Não obstante este facto, o número

considerável daqueles que conhecem outras plataformas, demonstra que existe um interesse

por este tipo de ferramentas.

Figura 33 - Importância dos portfólios digitais na educação

O gráfico da Figura 33 demonstra que existe uma opinião praticamente consensual

relativamente à importância que os portfólios digitais podem ter na educação. Estes dados

vêm confirmar o facto de que existe uma consciencialização global da potencialidade que

este tipo de ferramenta possui no meio académico, quer ao nível dos docentes, quer ao

nível dos estudantes.

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Implementação

95

Figura 34 - Classificação global da plataforma

Como se pode verificar na Figura 34, a maior parte dos participantes consideraram a

plataforma DP no seu global bastante positiva. As classificações menos elevadas por alguns

dos participantes prendem-se pelo facto de não existir uma percepção da interligação entre

os vários elementos, e da estrutura da plataforma ser considerada um pouco rígida. Os

aspectos mais realçados pelos participantes que atribuíram uma classificação elevada, são a

sua simplicidade, interface e facilidade de utilização.

Figura 35 - Classificação da interface gráfica da plataforma

Os resultados ilustrados no gráfico da Figura 35 demonstram que houve uma classificação

muito positiva da interface gráfica da plataforma DP. O visual da aplicação assim como a sua

interface, foram os aspectos mais citados entre os vários comentários positivos efectuados

pelos participantes do questionário.

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Implementação

96

Figura 36 - Classificação da facilidade de utilização da plataforma

De forma semelhante aos resultados constantes no gráfico anterior, a Figura 36 ilustra que

todos os participantes consideram que a plataforma é de fácil utilização. Este facto revela-se

de grande importância, dado que a facilidade de utilização é um dos objectivos principais da

plataforma, tendo sido alvo de uma particular atenção.

Em relação aos comentários, constatou-se que um pouco mais de metade dos participantes

colocou observações acerca da plataforma. Uma grande percentagem destes salienta o facto

da aplicação ser bastante user-friendly. Foi mencionado que a plataforma DP poderá ser um

bom contributo para o desenvolvimento de competências na área das TIC, tendo existido

inclusive o interesse em saber se esta seria futuramente disponibilizada. O melhoramento

relativamente à compreensão da relação entre os vários componentes, assim como à

interligação entre os portfólios dos restantes utilizadores, foram alguns dos reparos

efectuados.

Praticamente metade dos participantes colocou recomendações a introduzir na plataforma

DP. Entre as várias sugestões destacam-se o acréscimo de áreas aquando do registo, assim

como orientação na construção do portfólio e do currículo. Algumas das recomendações

efectuadas serão abordadas no capítulo final desta dissertação.

Com o intuito de identificar os browsers mais utilizados para o acesso à plataforma

disponibilizada online, durante o período reservado para as respostas ao questionário, foram

examinadas as estatísticas geradas pelo servidor onde esta foi alojada. Os dados recolhidos

são ilustrados na figura seguinte.

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Implementação

97

Figura 37 - Browsers utilizados para o acesso à plataforma DP

Como se pode constatar na Figura 37, o navegador Web mais utilizado foi o Internet

Explorer, destacando-se relativamente ao browser Firefox. Este facto vem comprovar que a

prioridade dada ao Internet Explorer como browser principal aquando do desenvolvimento

da plataforma foi uma opção positiva. Não obstante a dominância do Internet Explorer,

idealmente, a plataforma deverá ter um comportamento correcto e idêntico no maior

número possível de browsers.

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Conclusão

98

6. Conclusão

Ao longo desta dissertação estão mencionadas as decisões tomadas e as acções efectuadas

para o desenvolvimento de uma plataforma que permitisse a qualquer pessoa criar o seu

portfólio digital online. Após a sua concretização, considera-se que os objectivos propostos

para a plataforma foram alcançados. Este facto torna-se mais evidente ao analisar as

opiniões muito positivas dos utilizadores que tiveram um contacto inicial com a mesma, que

servem de encorajamento no sentido da sua evolução.

Previamente à estruturação da aplicação, foi analisada em detalhe a temática dos portfólios

digitais, assim como plataformas similares existentes. Tendo em conta a complexidade que

caracteriza algumas destas aplicações, e ferramentas online associadas ao e-Learning,

procurou-se criar uma plataforma que fosse simples de manusear, proporcionando as

funcionalidades necessárias que permitissem a criação de um portfólio de uma forma eficaz

e intuitiva.

Foi dada uma especial atenção à interface gráfica da plataforma DP de forma a tornar o seu

manuseamento perceptível ao utilizador, independentemente deste ter tido ou não contacto

com plataformas similares. O layout foi criado de forma a permitir uma fácil navegação e

interacção com os vários elementos disponíveis, existindo uma coerência visual e estrutural

ao longo das várias páginas que constituem a aplicação. Houve uma preocupação em

evidenciar e simplificar a classificação do acesso aos conteúdos que são inseridos pelo

utilizador no seu portfólio, dado este ser um dos aspectos principais da plataforma.

Em relação à escolha das tecnologias Web utilizadas, nomeadamente da framework

ASP.NET como base para o desenvolvimento da aplicação, considera-se que a decisão foi

positiva, na medida em que permitiu um desenvolvimento célere e eficaz da plataforma. A

utilização dos vários componentes disponíveis, assim como da framework AJAX associada à

mesma, permitiu a implementação de funcionalidades que resultam numa experiência mais

interactiva e user-friendly para o utilizador.

Após a disponibilização da plataforma DP online, foi dada a possibilidade de interacção com

a mesma junto de potenciais utilizadores, designadamente professores e estudantes.

Posteriormente a este primeiro contacto, foi dada a oportunidade aos participantes de

responderem a um questionário que foi criado de forma a obter um feedback relativamente

à sua opinião sobre a aplicação. De uma forma geral as observações foram animadoras e

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Conclusão

99

entre as várias considerações que foram expostas, destaca-se a apreciação muito positiva

que foi dada à facilidade de utilização da plataforma. Este facto vem de encontro ao

objectivo inicial de facilitar a criação de um portfólio digital a um número alargado de

utilizadores, particularmente àqueles que não possuem um conhecimento aprofundado sobre

criação de páginas Web.

A plataforma desenvolvida, não obstante ser uma versão inicial, apresenta desde já um

grande potencial como ferramenta dinamizadora do processo ensino/aprendizagem. Além

das diversas mais valias que possui, o facto de ter sido desenvolvida em português, facilita a

sua implementação nos vários níveis do meio académico. Esta poderá inclusive ser encarada

como um forte contributo para o projecto de portfólios digitais da Universidade do Porto.

Este projecto tem como objectivo incentivar docentes e alunos a utilizar portfólios digitais

como uma ferramenta que visa promover a autonomia, interactividade e integração de

vários elementos, apresentando-se como um estímulo à auto-avaliação, à avaliação entre

pares e à avaliação externa dos professores. Como se pode constatar na página dedicada a

este projecto, a construção de um portfólio digital é também considerada como uma

possibilidade de dar resposta à iniciativa da Comissão Europeia, que lançou o desafio

“Europass” de forma a favorecer a mobilidade na Europa [UP, 07].

Em relação às funcionalidades futuras que poderão ser implementadas na plataforma DP,

existem diversas que poderiam contribuir para um melhoramento global da aplicação.

Algumas destas sugestões foram indicadas pelos participantes no breve estudo de impacto

que decorreu. Uma das primeiras recomendações foi aumentar o número de áreas que um

utilizador pode escolher aquando do registo da plataforma, de forma a permitir que este

possa escolher a área que mais se adequa à sua carreira académica ou profissional.

A possibilidade de ser colocada uma fotografia associada a cada utilizador poderá ser um

elemento interessante a constar no portfólio digital do mesmo. Deverá contudo, ser

permitido ao utilizador classificar o nível de acesso à fotografia inserida, para que este possa

ter controlo sobre a visualização da mesma. De forma a facilitar o processo de construção de

um portfólio e do currículo a este associado, poderão ser introduzidos diversos elementos ou

conteúdos na aplicação, que possam servir como orientação aos utilizadores durante esse

percurso.

Outro dos factores que poderá contribuir para o aperfeiçoamento na plataforma DP é o de

permitir uma maior interacção comunitária entre os vários utilizadores. A possibilidade dos

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Conclusão

100

utilizadores analisarem e comentarem os restantes portfólios, seria positiva, na medida em

que potencia o melhoramento constante por parte dos utilizadores registados.

Há várias formas de atingir esse objectivo, podendo ser, por exemplo, a criação de um

sistema de mensagens internas exclusivo dos utilizadores registados. Através deste sistema

um utilizador poderia comentar os trabalhos presentes nos portfólios digitais dos outros

utilizadores, de uma forma imediata.

Tendo em conta que o número de portfólios registados na plataforma vai crescendo,

podendo atingir um número elevado, seria útil a implementação de um sistema de pesquisa

por palavra-chave de forma a facilitar o acesso rápido a um portfólio específico. Este sistema

poderia ser também implementado internamente, na área de administração do portfólio,

dado o número de conteúdos associados a cada portfólio ser também crescente. Desta

forma um autor poderia encontrar mais facilmente um determinado conteúdo introduzido

anteriormente.

De forma a permitir uma gestão global da plataforma, seria proveitoso introduzir uma nova

área reservada a um novo tipo de utilizador, o utilizador administrador. Através desta área

seria dada ao administrador a possibilidade de gerir os utilizadores da plataforma, assim

como editar as várias definições da mesma.

Uma área reservada que permitisse a gestão dos utilizadores registados seria algo de grande

importância a ser implementado, devido à necessidade que existe em regular

comportamentos incorrectos. No caso de um determinado utilizador infringir as regras de

utilização da plataforma, ou colocar conteúdos inadequados no seu portfólio, este poderia

ser suspenso, ou mesmo eliminado da plataforma através desta área de gestão.

Entre as várias configurações da plataforma que poderiam estar disponíveis para edição

nesta área, destacam-se o espaço máximo de disco reservado para cada utilizador, o

tamanho máximo permitido para cada ficheiro inserido, as áreas disponíveis para selecção

aquando do registo e o número máximo de utilizadores que se podem registar na

plataforma.

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Anexos

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8. Anexos

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Anexos

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8.1. Anexo A – Questionário do estudo de impacto

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Anexos

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Anexos

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8.2. Anexo B – Alguns comentários à plataforma

"Continuem, estão no bom caminho."

Germano Martins - Professor do ensino básico - 8/2/2008

"Está fantástico para utilizar em muitas situações e actividades. Simples e eficiente.

Parabéns!"

Manuel Martins - Software Developer - 8/2/2008

"Parece-me uma ferramenta muito boa para utilização em sala de aula, com certeza vou

indicar para meus colegas professores. Parabéns pelo projecto! Acredito que tem tudo para

ser um sucesso!"

João Batista - Professor universitário - 8/2/2008

"Não tenho absolutamente nenhum comentário negativo. Como é o primeiro contacto que

tenho com uma plataforma do género não tenho termo de comparação, de qualquer

maneira, parece-me que a interface está bastante bem arrumada o que permite uma

navegação fácil e agradável. Até um leigo na matéria pode criar um portefólio sem qualquer

dificuldade."

José Matos - Professor do ensino secundário - 8/2/2008

"Parece-me muito boa. Gostaria de saber se será futuramente disponibilizada. Vou

recomendar a visita da página a dois colegas que trabalham habitualmente com portfolio

digital (básico e secundário)."

Ana Roque - Professora do ensino básico - 9/2/2008

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Anexos

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"Parabéns pela ideia, penso tratar-se de um importante contributo para o desenvolvimento

de competências na área das TIC, e dessa forma, constituir-se-á como dinamizador de

trabalho multidisciplinar. Por outro lado, enquanto dispositivo facilitador da organização do

desempenho profissional - e não só - torna-se um facilitador da reflexão acerca do percurso

individual do autor."

Jacinta Moreira - Professora do ensino secundário

9/2/2008

"Está muito bem estruturada, visualmente agradável e parece ser user-friendly."

Teresa Almeida - Professora do ensino secundário

15/2/2008