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    O l e g a d o h u m a n i t á r i o d e D i l m a - s e ud e s t r u i d o r d e m i t o s q u e a t o r m e n t a mpor Leandro Roque, quarta-feira, 27 de abril de 2016

     

    O governo Dilma Rousseff está morto.Porém, como ele ainda não foienterrado, é de bom tom fazer ummerecido panegírico ao cadáverinsepulto.

    Sim, há elogios a serem feitos.

    Se, de um lado, o governo Dilma foiassombrosamente eficiente em destruira economia brasileira, de outro, eletambém apresentou uma surpreendenteeficácia em destruir praticamente todosos mitos rotineiramentepropagandeados por economistaskeynesianos e desenvolvimentistascomo verdades incontestáveis.

    Tão logo seja sepultado o governo Dilma, keynesianos e desenvolvimentistas terão de caprichar na retórica e nopoder de persuasão para conseguir ludibriar pessoas que agora já estão vacinadas contra seus engodos.

    Eis os cinco grandes mitos keynesianos e desenvolvimentistas que foram aniquilados pelo governo Dilma.

    Primeiro mito: um pouquinho mais de leniência com a inflação gera maiscrescimento econômico

    Esse passou a ser o mantra desde que Guido Mantega substituiu Antônio Palocci no Ministério da Fazenda emmarço de 2006.

    Segundo os petistas da ala mais radical, Palocci e sua equipe econômica tinham uma "preocupação neurótica" com

    a inflação — o que exigia um orçamento mais equilibrado e taxas de juros mais altas —, e isso atrapalhava ocrescimento econômico.

    Consequentemente, se uma inflação um pouco mais alta — leia-se: acima da meta de 4,50% ao ano — fossetolerada, o crescimento econômico seria robusto.

    Esse lema foi levado ao paroxismo durante o governo Dilma. A inflação de preços não apenas jamais fechouqualquer ano dentro da meta de 4 ,50%, como também, e para piorar, se manteve frequentemente acima de6,50%, que é o teto da meta.

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    Gráfico 1: IPCA acumulado em 12 meses durante o governo Dilma (a partir de 2011). Na maior parte do tempo,

    acima de 6,50%, que é o teto da meta 

    Observe no gráfico que, a partir do início de 2013, 6% torna-se o piso não-oficial da carestia.

    Como consequência dessa leniência para com a inflação, os investimentos produtivos (Formação Bruta deCapital Fixo) entram em contração justamente a partir do segundo trimestre de 2013 — ano em que, valelembrar, a taxa SELIC teve o menor valor da sua história — e desabam a partir de 2014:

    Gráfico 2: evolução da formação bruta de capital fixo. Os investimentos estão em contração desde o segundo 

    trimestre de 2013 

    É fácil entender por que a inflação — ao contrário do que pregam os desenvolvimentistas — inibe osinvestimentos produtivos.

    Quando um empreendedor faz um investimento voltado para o longo prazo, o mínimo que ele tem de saber écomo será o poder de compra da moeda no futuro. Sem isso, se ele não tem ideia de quanto valerá a moeda láno futuro, ele não consegue estimar quais serão são custos e suas receitas. Consequentemente, nãoconseguirá nem sequer estimar se terá lucro ou prejuízo.

    Planejar para o longo prazo tendo em mente uma inflação futura de 3% ao ano é totalmente diferente de planejar

    tendo em mente uma inflação futura de 10% ao ano. Os tipos de investimentos que são lucrativos em cada umdesses cenários são totalmente distintos.

    Se você prevê uma inflação continuamente alta no futuro, então você irá se concentrar em projetos de curtoprazo; projetos que visam ao futuro mais imediato. Você não irá fabricar máquinas e equipamentos; não iráampliar suas instalações industriais. Você irá se dedicar a fabricar pirulitos e chicletes, que dão retorno maisimediato. Com inflação em alta, fazer investimento de longo prazo torna-se extremamente arriscado.

    No mais, nesse cenário, a maior preocupação de investidores e empreendedores passa a ser a de se protegerda perda do poder de compra da moeda. Torna-se mais sensato dedicar mais tempo especulando no mercadofinanceiro e comprando títulos do governo indexados pela inflação. Consequentemente, os investimentos caem.

    E aí o crescimento econômico vai junto.

    Gráfico 3: evolução do PIB (trimestre sobre o mesmo trimestre do ano anterior). Estamos em contração 

    crescente desde o segundo trimestre de 2014.

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    por Ubiratan Jorge Iorio 

    O Livro Negro do Comunismo por Diversos Autores 

    As seis lições por Ludwig von Mises 

    A ética da liberdade por Murray N. Rothbard 

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    O governo Dilma, portanto, de maneira cirúrgica, exterminou empiricamente o mito de que mais inflação geramais crescimento econômico.

    Segundo mito: mais gastos governamentais geram mais crescimento econômico

    Este mito é um complemento ao primeiro. Enquanto Guido Mantega acreditava na inflação como impulsionadorado crescimento, Dilma era ela própria a apóstola dos gastos estatais como condutores da economia.

    Segundo ela, "despesa corrente é vida" e qualquer tentativa de limitar o crescimento dos gastos do governo é

    uma ideia "rudimentar".

    E assim ela o fez.

    Quando Dilma assumiu o governo, os gastos mensais  do governo federal eram de aproximadamente R$ 60bilhões. Em novembro do ano passado, já estavam em R$ 100 bilhões, um aumento de módicos 66%.

    Gráfico 4: evolução das despesas mensais do governo, excluindo juros (aquela disparada em dezembro de 2015 

    foi a quitação da dívida das pedaladas fiscais ; e a de setembro de 2010 foram as despesas com o Censo).

    Para quem acredita na tese de que uma elevação nos gastos do governo aciona o multiplicador keynesiano, que

    então aditiva o crescimento econômico, um aumento de 66% deveria ter feito a economia bombar. Mas ela, aocontrário, brochou.

    E a explicação também é simples.

    Em primeiro lugar, se o governo está gastando cada vez mais, isso significa que sua burocracia, suasregulamentações e seu quadro de funcionários estão inchando. O peso da burocracia estatal  está aumentando.E isso, por definição, leva a uma redução  da participação do setor privado na economia.

    Mais burocratas, mais burocracia e mais regulamentações não são exatamente estimulantes ao crescimentoeconômico. Com mais burocracia e com mais regulamentações onerosas, há menos facilidade para oempreendedorismo e, consequentemente, menos geração de riqueza.

    Isso, por si só, é totalmente contrário à ideia de estimular o crescimento econômico.

    Em segundo lugar, governo que gasta cada vez mais, acaba gastando mais do que recolhe em tributos. Issoimplica déficits orçamentários crescentes e endividamento acelerado.

    Gráfico 5: evolução do déficit orçamentário nominal do governo federal em porcentagem do PIB. Dilma elevou o 

    déficit de 2,4% do PIB para 10,4%.

    http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2186http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2371http://www.istoe.com.br/reportagens/14636_a+volta+do+fogo+amigo

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    Gráfico 6: evolução da dívida brutal do governo federal. Quando Dilma assumiu a dívida bruta era de R$ 2 

    trilhões. Hoje está em R$ 4 trilhões. (Aumento de 100%)

    Gráfico 7: evolução da dívida bruta do governo em relação ao PIB. Dilma a elevou de 51,77% para 66,23% do 

    PIB 

    Esse total descontrole da dívida levou a uma fuga dos investidores estrangeiros (receosos de o governo dar o

    calote), à perda dos três graus de investimentos concedidos pelas agências de classificação de risco, e a uma forte

    desvalorização cambial, o que ajudou a acelerar a aceleração da inflação de preços.

    Compare os gráficos 4, 5, 6 e 7 com o gráfico 3.

    E aí, o aumento dos gastos do governo ajudou no crescimento econômico?

    Outro mito que Dilma destroçou.

    Terceiro mito: déficits orçamentários ajudam a sair de recessões

    Esse é um corolário do segundo mito. Há keynesianos e desenvolvimentistas que até aceitam orçamentoequilibrado e gastos mais restritos durante períodos de crescimento econômico; porém, quando há recessão, aínão tem conversa: gastos e déficits devem ser elevados para aditivar a demanda agregada e com isso tirar aeconomia da recessão.

    Tudo o que foi dito acima sobre os gastos do governo se aplica ipsis litteris  também a este mito. Mas algunsadendos sobre os déficits são necessários.

    Em primeiro lugar, vale enfatizar que os déficits orçamentários do governo são financiados pela emissão detítulos do Tesouro, os quais são majoritariamente comprados pelos bancos por meio da criação de dinheiro. Déficits

    são, portanto, uma medida inerentemente inflacionária. E inflação de preços, como já comprovado, não estimula

    economia.

    Adicionalmente, quando o governo pega dinheiro emprestado para financiar seus déficits, sobra menos créditodisponível para financiar empreendimentos produtivos. As pessoas e empresas preferem comprar títulos noTesouro Direto a comprar debêntures de empresas. Com menos crédito disponível, há menos investimentosprodutivos. E menos investimentos produtivos não ajudam na recuperação da economia.

    http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1943http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2018http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2184http://oglobo.globo.com/economia/aumenta-aversao-risco-de-investidores-estrangeiros-com-brasil-15247793

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    Por fim, um aumento dos déficits e do endividamento significa que o governo muito provavelmente aumentaráimpostos no futuro. Contas desarranjadas não duram por muito tempo. Se o orçamento do governo está umabagunça, o empreendedor sabe que o ajuste futuro muito provavelmente será via aumento de impostos. Semprechega o momento do rearranjo. E quando essa necessidade de ajuste fiscal se impõe, as medidas adotadas

     — alta de impostos e abolição de isenções — geram custos adicionais às empresas e mudam totalmente ocenário no qual elas basearam seus planos de investimentos.

    Empresas planejam a longo prazo. Investimentos produtivos são investimentos de longo prazo. Aumentos deimpostos geram custos adicionais no longo prazo e alteram totalmente o cenário no qual as empresasinicialmente basearam seus planos de investimentos. Como investir quando não se sabe nem como serão osimpostos no futuro?

    Elementos como previsibilidade, facilidade de empreender e custo tributário são cruciais. Mudanças abruptasque afetam a previsibilidade, que elevam a complexidade, que geram mais incertezas, e que aumentam o custoda tributação alteram todo o planejamento das empresas e inibem seus investimentos.

    Déficits, portanto, geram inflação, reduzem o crédito disponível para investimentos produtivos, e geramincertezas e imprevisibilidades quanto ao ambiente empreendedorial futuro. Carestia, crédito sugado pelogoverno, e possibilidade de aumentos de impostos são custos que alteram todo o planejamento das empresas.

    Nesse cenário, é quase impossível empreender, investir e gerar empregos de qualidade.

    Como isso pode ser bom para uma recuperação econômica?

    O gráfico abaixo mostra a evolução (ou regressão) da confiança dos empresários do setor industrial, que é justamente o que p laneja a mais longo prazo.

    Gráfico 8: evolução do índice de confiança do empresário do setor industrial 

    Se não está fácil para o grande industrial, imagine então para o pequeno empresário. Eis a evolução do seuíndice de confiança.

      Gráfico 9: evolução do índice de confiança do pequeno empresário 

    Com todas essas façanhas, como podem dizer que déficits ajudam a sair de recessão?

    Mais um mito que Dilma chacinou.

    Quarto mito: mais inflação ajuda a combater o desemprego

    Este talvez seja o mito favorito.

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    Durante as eleições, Dilma afirmou que "não combateria a inflação à custa do emprego", pois levar a inflação para

    a meta de 4,50% aumentaria o desemprego. Na mente dela, mais inflação diminui o desemprego, e menos inflação

    aumenta o desemprego.

    Dilma não queria nem mais inflação e nem mais desemprego. Produziu ambos.

    Os gráficos falam por si.

    Gráfico 10: IPCA acumulado em 12 meses a partir de 2012 

    Gráfico 11: evolução da taxa de desemprego mensurada pela PNAD. (Os dados disponíveis começam apenas 

    em 2012)

    Após todas as explicações anteriores, creio não haver qualquer motivo remanescente para crer que a inflação,que inibe investimentos produtivos e afeta o crescimento, possa gerar empregos.

    Acreditar que inflação estimula o emprego é o equivalente a dizer: "Puxa, ano que vem meu custo de vida estará10% maior. Exatamente por isso vou contratar uma faxineira, uma cozinheira, um motorista e um professorparticular para meus filhos".

    Tem lógica?

    Dilma, nossa heroína, colocou esse mito para hibernar.

    Quinto mito: desvalorização cambial estimula as indústrias e impulsionaexportações

    De todos, este é o mais espetacularmente refutado pela prática. As evidências empíricas são tão explicitamentecontrárias a ele, que é realmente espantoso ainda ver economistas que acreditam nesta falácia.

    http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/dilma-nao-quer-inflacao-na-meta-as-custas-de-desemprego

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    Segundo os desenvolvimentistas, uma desvalorização cambial gera dois efeitos benéficos para a economia: elaencarece os preços dos bens estrangeiros, o que reduz suas importações e diminui a concorrência sobre aindústria nacional; e faz com que os bens nacionais fiquem mais baratos para os estrangeiros, o que aumentariaas exportações.

    Como efeito colateral, as importações mais caras fariam com que a população nacional passasse a consumirmais produtos produzidos nacionalmente, o que aumentaria duplamente as vendas das indústrias nacionais.

    A teoria acaba aí. Agora vem a prática para desmoralizá-la.

    Em primeiro lugar, os efeitos de uma desvalorização não podem ser completamente isolados do resto daeconomia. Uma moeda desvalorizada significa, por definição , uma moeda que perdeu poder de compra. E uma

    moeda com menos poder de compra significa preços mais altos e renda menor para a população. E rendamenor significa que a demanda por bens de consumo diminui. E isso, também por definição, irá afetar todo osetor industrial e atacadista. Afeta toda a cadeia produtiva, que entra em contração e gera o efeito contrário aoimaginado pelos desenvolvimentistas.

    Portanto, uma moeda desvalorizada não pode, ao contrário do que afirmam os desenvolvimentistas, estimular oconsumo interno e impulsionar as indústrias nacionais.

    Mas há outra encrenca.

    No mundo globalizado em que vivemos, vários exportadores são também grandes importadores . Para fabricar,com qualidade, seus bens exportáveis, eles têm de importar  máquinas e matérias-primas de várias partes domundo. E elas também têm de comprar, continuamente, peças de reposição.

    Se a desvalorização da moeda fizer com que os custos de produção aumentem — e irão aumentar —, então o

    exportador não mais terá nenhuma vantagem competitiva no mercado internacional.

    Portanto, uma desvalorização afeta a demanda interna pelos bens industriais e afeta também os custos deprodução da indústria. Difícil imaginar uma combinação pior.

    Como exemplo, a própria indústria automobilística veio a público admitir que a desvalorização cambial — aocontrário do que pregam os economistas desenvolvimentistas — não apenas está encarecendo a produção, como

    também está gerando incertezas para o setor.

    A seguir, a evolução do câmbio, das exportações e da produção industrial durante os últimos 13 anos:

    Gráfico 12: evolução do preço do dólar em reais desde janeiro de 2003 

    https://www.youtube.com/watch?v=3FtLGHOJKN4

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    Gráfico 13: evolução das exportações 

    Gráfico 14: evolução da produção da Indústria de Transformação (linha vermelha), da Indústria de Bens de 

    Capital (linha azul), e da Indústria de Bens de Consumo Duráveis (linha verde)

    Como mostra a empiria — que apenas comprova a teoria —, a desindustrialização no Brasil chegou ao auge justamente no per íodo em que a moeda mais se desvalorizou . A desindustrialização está ocorrendo é justamente agora, quando temos uma moeda fraca, inflação alta e, para completar , as maiores tarifas

    protecionistas da história do real.

    Exatamente ao contrário do que defendem os economistas desenvolvimentistas, é justamente quando o câmbioestá se apreciando (como ocorreu de 2003 a 2008, e de 2010 a 2011) que as exportações aumentam e aindústria se expande. E é justamente quando o câmbio se desvaloriza (2009, e 2012 em diante), que asexportações caem e a indústria encolhe.

    Neste mito em específico, a dupla Dilma e Lula nos forneceu uma aula completa.

    Conclusão

    Aumento de gastos, aumento da inflação, aumento dos déficits e desvalorização do câmbio. Tudo isso feitosimultaneamente. E gerando contração dos investimentos, disparada do desemprego, desindustrialização,queda das exportações, recessão e encolhimento de todos os setores da economia. Exatamente o contrário do

    http://exame.abril.com.br/economia/noticias/as-10-economias-mais-fechadas-do-mundo-o-brasil-lidera

  • 8/16/2019 DILMA falácia www_mises_org_br_Article_aspx_id=2394

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    que os desenvolvimentistas falaram que iria ocorrer.

    Mas não deixe seu fígado afetar seu discernimento. Embora seja, disparada, a pior presidente da história doreal, não podemos negar a Dilma o estupendo mérito de ter destruído cinco mitos que tantos infortúniostrouxeram à humanidade. Se cuidarmos bem de seu legado, novas desgraças econômicas poderão serevitadas.

    Por esse serviço homérico, e por esse inestimável legado à humanidade, Dilma merece louvores.

    Obrigado, querida.

    Leandro Roque é o editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

    109 comentários

    Instituto Ludwig von Mises Brasil

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