Dimensionamento de Eixos

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  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

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    CAPTULO 5 - EIXOS E RVORES DE TRANSMISSO

    5.1 - Introduo

    Eixo um elemento mecnico rotativo ou estacionrio (condio esttica) de seco

    usualmente circular onde so montados outros elementos mecnicos de transmisso taiscomo: engrenagens, polias, ventiladores, rodas centradas, entre outros. Os eixos so

    suportados (apoiados) em mancais, de deslizamento ou rolamento, tendo seco quase

    sempre mssica e varivel, com rasgos de chavetas para fixao de componentes. A FIG. 1

    mostra uma iluminao de um eixo.

    FIGURA 1 Eixo.

    Os eixos so elementos solicitados a esforos de flexo, trao/compresso ou toro, que

    atuam individualmente de forma combinada. Para a segurana do sistema em que o eixo estinserido, este deve ser dimensionado para cargas estticas (parado ou com rotao muito

    baixa) ou dinmica (altas rotaes). Este dimensionamento leva em conta a resistncia do

    material de que foi confeccionado, comparam-se as tenses que atuam no mesmo com os

    limites de resistncia do material, estticos (Sy ou Su) ou dinmicos (Se fadiga).

    Em certos sistemas mecnicos, o nvel de deflexo do eixo pode constituir um parmetro

    crtico, devendo o eixo ser dimensionado usando a teoria de deflexo. Em outras palavras, a

    geometria do eixo deve ser definida para os limites aceitveis de deflexo, antes da anlisedas tenses/resistncias.

    5.2 - Materiais para eixos e rvores

    H uma grande variedade de materiais possveis para a fabricao de eixos e rvores. De

    acordo com o servio devem ter alta resistncia e baixa sensibilidade aos efeitos da

    concentrao de tenso.

    Para se obter, em um clculo, dimetros menores e grandes resistncias, pode-se usar aos-

    liga, em geral tratados termicamente. Estes aos, porm, tm a desvantagem de serem caros e

    de maior sensibilidade s concentraes de tenses. Alm disso, o dimetro muitas vezes

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    subordinado a certas deformaes admissveis, tornando o ao-liga contra-indicado, j que o

    problema no mais de resistncia.

    Os aos-carbono, de baixo e mdio teor, so muito usados na fabricao de eixos e rvores.

    Aos muito empregados so os seguintes: SAE 1015, 1020, 1025, 1030, 1040, 1045, 2340,

    2345, 3115, 3120, 3135, 3140, 4023, 4063, 4140, 4340, 4615, 4620 e 5140.Como vemos, uma grande variedade de material existe para a confeco de eixos e rvores. A

    seleo depender sempre das condies de servio, custo, usinabilidade e caractersticas

    especiais por ventura exigidas. um campo muito aberto em que o projetista deve procurar

    sempre maiores conhecimentos, pois, praticamente qualquer material ferroso, no-ferroso ou

    no metlico pode ser usado, por uma razo qualquer, na execuo de um eixo ou uma

    rvore.

    TABELA 1

    Caractersticas dos materiais para eixos

    Nmero

    SAE/AISI

    Condio Temperatura

    C

    Tenso de

    escoamento

    MPa

    Tenso de

    ruptura

    MPa

    Alongamento

    %

    Reduo de

    rea

    %

    Dureza

    Brinell

    1030 T&R

    T&R

    T&R

    T&R

    T&R

    Normalizado

    Recozido

    205

    315

    425

    540

    650

    925

    870

    848

    800

    731

    669

    586

    521

    430

    648

    621

    579

    517

    441

    345

    317

    17

    19

    23

    28

    32

    32

    35

    47

    53

    60

    65

    70

    61

    64

    495

    401

    302

    255

    207

    149

    137

    1040

    T&R

    T&R

    Q&T

    Normalizado

    Recozido

    205

    425

    650

    900

    790

    779

    758

    634

    590

    519

    593

    552

    434

    374

    353

    19

    21

    29

    28

    30

    48

    54

    65

    55

    57

    262

    241

    192

    170

    149

    1050

    T&R

    T&R

    T&R

    Normalizado

    Recozido

    205

    425

    650

    900

    790

    1120

    1090

    717

    748

    636

    807

    793

    538

    427

    365

    9

    13

    28

    20

    24

    27

    36

    65

    39

    40

    514

    444

    235

    217

    1871060 T&R

    T&R

    T&R

    Normalizado

    Recozido

    425

    540

    650

    900

    790

    1080

    965

    800

    776

    626

    765

    669

    524

    421

    372

    14

    17

    23

    18

    22

    41

    45

    54

    37

    38

    311

    277

    229

    229

    1791095 T&R 315 1260 813 10 30 375

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    3/31

    T&R

    T&R

    T&R

    Normalizado

    Recozido

    425

    540

    650

    900

    790

    1210

    1090

    896

    1010

    658

    772

    676

    552

    500

    380

    12

    15

    21

    9

    13

    32

    37

    47

    13

    21

    363

    321

    269

    293

    192

    1141 T&R T&R

    315540

    1460896

    1280765

    918

    3257

    415262

    4130 T&R

    T&R

    T&R

    T&R

    T&R

    Normalizado

    Recozido

    205

    315

    425

    540

    650

    870

    865

    1630

    1500

    1280

    1030

    814

    670

    560

    1460

    1380

    1190

    910

    703

    436

    361

    10

    11

    13

    17

    22

    25

    28

    41

    43

    49

    57

    64

    59

    56

    467

    435

    380

    315

    245

    197

    1564140

    4140

    T&R

    T&R

    T&R

    T&R

    T&R

    Normalizado

    Recozido

    205

    315

    425

    540

    650

    870

    815

    1770

    1550

    1250

    951

    758

    1020

    655

    1640

    1430

    1140

    834

    655

    655

    417

    8

    9

    13

    18

    22

    18

    26

    38

    43

    49

    58

    63

    47

    57

    510

    445

    370

    285

    230

    302

    1974340 T&R

    T&R

    T&RT&R

    315

    425

    540650

    1720

    1470

    1170965

    1590

    1360

    1080855

    10

    10

    1319

    40

    44

    5160

    486

    430

    360280

    Observao: T&R significa Temperado e Revenido.

    Fonte: SAE Handbook, Society of Automotive Engineers, Warrendale,,2000.

    5.3 - Carregamento esttico

    A determinao das dimenses de uma rvore muito simples quando sujeita somente a

    carregamento esttico, principalmente se comparado a quando se tem carregamento

    dinmico. E mesmo com carregamento dinmico, muitas vezes necessrio se ter uma boanoo das dimenses das peas para se ter um bom comeo dos problemas e por isto faz-se

    antes uma anlise como se o carregamento fosse esttico.

    5.3.1 - Carregamento esttico sujeito flexo, toro e esforo axial

    As tenses em um ponto na superfcie de uma rvore de dimetro (d), sujeita a flexo, toro

    e carregamento axial, so:

    23

    432

    d

    F

    d

    Mx

    +

    = (1)

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    4/31

    3

    16

    d

    Txy

    =

    (2)

    Onde a componente axial (F) de x pode ser positiva ou negativa. Ns observamos que h trs

    carregamentos. Momento (M), fora (F) e torque (T) aparecem na seo, contendo o ponto

    especfico na superfcie.Usando o crculo de Mohr, podemos mostrar que as 2 principais tenses no nulas so:

    ( )2

    1

    2

    2

    2

    +

    = xy

    xxba

    (3)

    Estas tenses podem ser combinadas de forma a obter a mxima tenso de cisalhamento (max)

    e a tenso de Von Mises (); dando em:

    =

    =

    2

    max

    ba ( )2

    1

    2

    2

    2

    +

    xy

    x

    (4)

    ( ) ( ) 21

    222

    1

    223' xyxbbaa +=+= (5)

    Substituindo as equaes (1) e (2) em (4) e (5) teremos:

    ( ) ( )[ ] 21

    22

    3max88

    2TDFM

    d++

    =

    (6)

    ( )[ ] 21

    22

    3488

    4' TdFM

    d

    ++

    =

    (7)

    Estas equaes nos permitem determinar max ou quando o dimetro (d) dado ou

    determinar o dimetro quando tivermos posse das tenses.

    Se a anlise ou projeto da rvore for baseada na teoria da mxima tenso de cisalhamento,

    ento max :

    n

    S

    n

    S ySyall

    ==2

    (8)

    As equaes (6) e (8) so teis para a determinao do fator de segurana (n), se o dimetro

    for conhecido, ou para determinar o dimetro se o coeficiente de segurana for conhecido.

    Uma anlise similar pode ser feita levando-se em conta a teoria da energia de distoro para

    falhas, onde a tenso de Von Mises :

    n

    Syall =' (9)

    5.3.2 - Carregamento esttico sujeito flexo e toro

    Em vrias aplicaes, a componente axial (F) das equaes (6) e (7) prxima de zero ou to

    pequena em relao s outras que pode ser desconsiderada. Da tero:

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    5/31

    2

    1

    22

    3max)(

    16TM

    d+

    =

    (10)

    ( )

    +

    = 2

    122

    334

    16' TM

    d (11)

    mais fcil resolver estas equaes para se encontrar o dimetro. Substituindo as equaes(8) e (9) temos:

    ( )3

    1

    2

    12232

    +

    = TMS

    nd

    y(12)

    Usando a teoria de mxima tenso de cisalhamento, se o dimetro for conhecido, calcula-se n

    da seguinte forma:

    ( )2

    122

    3

    321

    TMSdn y+

    =

    (13)

    Se usarmos como base a teoria de energia de distoro, teremos:

    ( )3

    1

    2

    122 34

    16

    +

    = TMS

    nd

    y(14)

    ( ) 21

    22

    334

    161TM

    Sdn y+

    =

    (15)

    Onde:n = fator de segurana. n = 1,5 a 2,0

    Sy = limite de escoamento do material

    M = momento Mximo no eixo

    T = torque mximo

    5.4 Exerccios resolvidos - carregamento esttico sujeito flexo e toro

    1. Qual o dimetro de um eixo mostrado na FIG. 2, feito de um ao AISI 1035

    laminado?

    FIGURA 2 Engrenagem no eixo.

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    6/31

    =

    =

    rpmn

    kWMotor

    NF

    1750

    73,3

    700

    I) Torque:

    n

    HT

    .

    .1030 3

    =, onde H=> Potncia em KW, tem-se:

    mNT

    T

    .35,20

    1750.

    73,3.1030 3

    =

    =

    II) Momento:

    mNM

    LFM

    .5,52

    2

    3,0.

    2

    700

    2.

    2

    =

    ==

    III) Material:

    Pela Tabela =>MPaSy 462=

    IV) Segurana:

    Usar n=2.

    V) Dimetro:

    ( )

    ( )mmd

    d

    TMSynd

    54,13

    35,205,5210462.

    2.32

    .32

    31

    21

    22

    6

    3

    1

    2122

    =

    +

    =

    +=

    2. Do exerccio anterior visto, tem-se:

    mmd 47,13

    2n

    462MPaS

    20,35N.mT

    52,5N.mM

    y

    =

    =

    =

    ==

    MPa5,551S

    462MPaS

    20,35N.mT

    52,5N.mM

    u

    y

    =

    =

    =

    =

    'd.Ke.Kf.SeKa.Kb.Kc.KSe =

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    7/31

    170,1MPaSe

    )10551,5.,5041)(1)(1)(05)(0,923)((0,78)(0,8Se

    1,0Kf

    1,0Ke

    1,0Kd

    1520MPa)0,923(SKc

    0,85Kb

    0,78Ka

    6

    u

    ==

    ===

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    8/31

    =xy tenso de toro (MPa)

    =M momento de flexo (N.mm)

    T = momento de toro (N.mm)

    d = dimetro dp eixo (mm)

    Segundo o critrio da ASME, momento M e T devem ser multiplicados por fatores de

    correo devido a choques e fadiga.

    22

    3.

    .

    .16TM

    d

    Td +=

    ( ) ( )223 ...

    .16TCMC

    d

    Ttmd +=

    Frmula da ASME

    (19)

    para dimetro de eixos baseado na teoria da mxima tenso cisalhante. Fatores Cm e Ct dados

    na tabela.

    5.6 - Eixos e rvores sujeitos fadiga

    Qualquer rvore girante que sofre momento de flexo e toro fixas est sujeita a uma

    inverso, reverso completa da tenso causada pelo giro da rvore, mas a tenso de

    cisalhamento permanecer a mesma.

    3

    32

    d

    Maxa

    =

    (20)3

    16

    d

    Tmxym

    =

    (21)

    onde:

    xa = Tenso de Amplitude Alternada

    xym = Tenso de Cisalhamento Constante

    Estas duas tenses podem ser manipuladas usando dois crculos de Mohr.

    Se estivermos usando a teoria de mxima teno de cisalhamento, teremos:

    aa = 2 (22) mm = 2 (23)

    Se estivermos usando a teoria da energia de distoro, teremos:xaa = (24) xymm = 3 (25)

    5.6.1 - Critrio de fadiga Goodman

    Para qualquer eixo carregado com um momento de flexo e toro fixa, estar submetido a

    uma flexo reversa provocando tenses alternadas e toro estacionria, provocando tenses

    mdias. Assim, tem-se:

    332

    dMaax

    = 316d

    Tmmxy

    = (26)

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    9/31

    Usando estas expresses e a equao da linha de Goodman:

    1=+u

    m

    e

    a

    SS

    (27)

    Pode-se obter, aps desenvolvimento analtico:

    3

    1

    2122

    32

    +

    =

    u

    m

    e

    a

    S

    T

    S

    Mnd

    (28)

    5.6.2 Critrio de fadiga - Soderberg

    Utilizando o teorema da mxima tenso cisalhante:

    3.

    .16

    d

    Txy

    =3.

    .32

    d

    Mx

    =

    Para qualquer plano fazendo um ngulo com o plano horizontal, tem-se:

    .2cos..

    .163d

    Tm = valor mdio

    .2..

    .163

    send

    Ma = (amplitude da componente alternativa)

    Por meio da geometria analtica, tem-se que:

    22

    3

    .16

    .

    +

    =

    sesy S

    M

    S

    T

    dn

    (29)

    3

    1

    2

    1

    22

    ..16

    +

    =

    sesy S

    M

    S

    Tnd

    (30)

    Para o critrio da mxima tenso cisalhante (usada):

    3

    1

    2

    1

    22

    ..32

    +

    =

    eyS

    M

    S

    Tnd

    (31)

    sendo que: xsx SS .5,0=

    =n Fator de segurana.

    =yS Tenso de escoamento.

    =eS Limite de resistncia fadiga.

    Para casos mais gerais usar equao:

    3

    1

    2

    1

    2222

    ..32

    +

    +

    +

    =

    y

    am

    e

    a

    y

    m

    e

    a

    S

    M

    S

    M

    S

    M

    S

    Tnd

    (32)

    onde:

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    10/31

    =aT Torque (amplitude)

    =mT Torque mdio

    =aM Momento (amplitude)

    =amM Momento mdio

    5.7 - Exerccios resolvidos - critrio de fadiga por Soderberg

    1. Um eixo usinado fabricado de um ao com Sut = 550 MPa. Calcular n.

    Dado: T = 6,0 KN

    500

    .1751

    FR =

    500

    .3251

    FR =

    =a tenso alternada

    2

    minmax =a = max

    a

    eSn

    =

    MPa

    c

    I

    Ma 100==

    mmNF

    LRM .420200.

    500

    .175.1 ===

    64

    . 4dI

    = onde:

    32

    . 3d

    c

    I = e

    2

    dc =

    c

    I

    MKFa .=

    eedcbae SKKKKKS .....=

    ue SS .504,0 =

    bua SaK .= a = 4,51 e b = -0,265

    847,0550.51,4 265,0 == aK

    841,062,7

    1133,0

    =

    =

    d

    Kb

    1== dc KK

    f

    eK

    K1

    =

    =f

    K 0857,0=d

    r 72,1=tK 428,1=d

    D

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    11/31

    ( ) 80,058,1)1.1 ==+= qKqK tf

    logo, 633,058,1

    1==eK

    logo,

    MPaSe 4,124=

    25,108,99

    4,124 ===a

    eSn

    2. A transmisso representada na figura movida por um motor eltrico, assncrono, de

    induo, trifsico, com potncia P= 3,7 kW e rotao n= 1140 rpm. Dimensionar o

    dimetro da rvore 2, sabendo-se que a rvore macia e o material utilizado possui

    Su = 700 MPa, Sy = 630 MPa e o fator de projeto 1,8, com as engrenagensenchavetadas no eixo (adotar Kf= 2,8). As engrenagens so cilndricas (ECDR) e

    possuem as seguintes caractersticas geomtricas:

    Z1= 23; Z2=49; Z3=28 e Z4= 47 dentes; m= 2,5 mm e ngulo de presso 20.

    FIGURA 3 - Exerccio resolvido 1.

    Calculemos o torque na rvore 1

    1

    22

    ..3000

    Z

    Z

    n

    PMT

    =

    A potncia do motor - P = 3700 W

    Portanto,

    23

    49.

    1140

    3700.

    30002

    =TM mmNMT .030.662 =

    Esforos na transmisso:

    Fora tangencial (FT)

    Fora tangencial (no primeiro par)

    Dimetro primitivo

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    12/31

    2

    2

    0

    .2

    d

    MF

    T

    T =

    49.5,2. 202 == Zmd mmd 5,12220 =

    5,122

    660302xFT = NFT 078.1=

    Dimetro primitivo:

    28.5,2. 303 == Zmd mmd 7030 =

    70

    660302xFT = NFT 887.1=

    Fora radial no primeiro par

    20.tgFF TR =

    20.1078 tgFR = NFR 392

    =

    Fora radial no segundo par

    20.tgFF TR =

    20.1887 tgFR = NFR 687=

    Momento fletor

    Plano vertical

    100.392500.687.600

    0

    +==

    VB

    A

    R

    M

    NRVB

    638=

    687392

    0

    +=+

    =

    BVVA

    y

    RR

    F

    NRVA

    441=

    FIGURA 4 Foras cisalhantes, diagrama

    de momento fletor no plano vertical.

    400.392500.max = AVRM

    mmNM .700.63max =

    Plano Horizontal

    500.1887100.1078.600

    0

    ==

    HB

    A

    R

    M

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    13/31

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    14/31

    8,2=fK 357,0=eK

    '..... eedcbae SKKKKKS =

    8,352357,01191,0784,0 xxxxxSe=

    Clculo do dimetro pelo critrio de Goodman:

    3

    1

    2

    1

    22

    ..32

    +

    =

    Su

    Tm

    Se

    Mand

    3

    1

    2

    1

    22

    700

    66030

    86,84

    3,155215.

    8,1.32

    +

    =

    d mmd 15,32=

    5.8 Chavetas / pinos

    Chavetas e pinos so dispositivos mecnicos usados para fixar no eixo engrenagens, polias eoutros elementos de tal forma que o torque possa ser transmitido atravs dele. Os pinos so

    usados com duplo propsito, o de transmitir o torque e evitar deslocamento axial do

    componente montado no eixo. A figura abaixo ilustra estes dispositivos.

    FIGURA 6 Chavetas e Pinos.

    5.9 - Unio de eixos com cubosO cubo a parte central do elemento (polia, engrenagem etc.) onde realizado um rasgo para

    a fixao da chaveta.

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    15/31

    FIGURA 7 Unio de eixos com chavetas cbicas.

    A chaveta uma pea que vai ocupar o rasgo no eixo e no cubo, simultaneamente, fazendo a

    unio dos mesmos.

    Os principais tipos de chavetas, as mais usadas, so definidas por normas (padres). Estas

    chavetas so do tipo:

    Chaveta meia-lua (woodruff);

    Chaveta plana;

    Chaveta inclinada.

    A FIG. 8 mostra estas chavetas e a geometria, bem como a forma de usinagem do rasgo.

    Observar que os rasgos das chavetas meia-lua so usinados com fresa circular; e as chavetas

    planas e inclinadas, com fresa circular e de topo.Para exemplificar os padres de chavetas, tem-se:

    Unies por adaptao de forma.

    Unies por adaptao de forma com pretenso.

    Unies por atrito.

    Chaveta meia-lua.

    Chavetas planas e inclinadas.

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    16/31

    FIGURA 8 Tipos de Chavetas.

    5.10 - Dimensionamento de chavetasComo j foi visto anteriormente, as chavetas so tabeladas quanto sua seco. O

    dimensionamento da chaveta consiste em determinar o seu comprimento mnimo (L), como

    o caso das chavetas planas e inclinadas (as mais usadas).

    FIGURA 9 Dimensionamento das chavetas.

    As tenses que atuam nas chavetas so determinadas da seguinte forma:

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    17/31

    FIGURA 10 Tenses atuantes nas chavetas.

    Quando a chaveta acopla (une) um eixo e uma polia, a transmisso de potncia do eixo para a

    polia fora a chaveta de forma inclinada. Esta fora (F) tende a cisalhar (rasgar) a seo AA

    da chaveta. Logo:

    Lt

    F

    A

    F

    .== Modelo Matemtico (33)

    Comparando-se com o limite de resistncia cisalhante ao escoamento (Ssy) e para um fator de

    segurana n, tem-se:

    n

    S

    Lt

    F

    n

    S sysy

    == . (34)

    5.11 Exerccios resolvidos chavetas

    1. Um eixo de ao AISI 1018 (ABNT) trefilado a frio tem Ssy = 185MPa. Uma chaveta

    quadrada deve ser usada para acoplar um eixo de d = 40 mm e uma engrenagem, que

    transmitiro 22,38 KW a uma rotao de 1100 rpm. Usar fator de segurana n = 3,0.

    2d

    T

    F = => Fora na chaveta

    mmRd

    R 202

    40

    2===

    Como:n

    HT

    .

    .1030 3

    = , onde H=> Potncia em KW, tem-se:

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    18/31

    FIGURA 11 Aplicao de chaveta.

    mNTT .2,1941100.

    38,22.1030 3=

    =

    Logo:

    NFF 97131020

    2,1943

    =

    =

    Para a chaveta, temos:

    mmL

    L

    S

    n

    t

    FL

    n

    S

    Lt

    F

    sy

    sy

    7,1910185

    3.

    008,0

    9713

    ..

    .

    6

    =

    =

    =

    =

    Observar que o comprimento mnimo L = 19,7 mm como a geometria do cubo

    maior do que o dimetro do eixo, e como as chavetas tm o comprimento do cubo,

    pode-se dizer que o comprimento da chaveta a ser usada :

    mmL 40

    5.12 - Vibrao de eixos

    A FIG. 12 mostra um rotor consistindo de um grande disco de massa M montado em um

    eixo, na metade da distncia entre os mancais. A massa do eixo ser considerada desprezvel

    se comparada com M. Mesmo com um balanceamento de alto grau de preciso h, contudo,

    uma pequena excentricidade e do centro de massa g do disco, em relao ao eixo de rotao.

    Por causa da excentricidade, a fora centrfuga ocasionada pela rotao do eixo faz com que

    este sofra uma deflexo r. Visto pela extremidade do eixo como na FIG. 12, o centro O do

    disco parece estar girando em torno do eixo de rotao sobre uma circunferncia de raio r. A

    fora de inrcia causada por este movimento forado Fo = M(r + e) w2. Pela equao do

    equilbrio esttico,tem-se:

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    19/31

    2

    0

    ( ) 0

    F

    M r e w kr

    =

    + =

    (35)

    FIGURA 12 - Rotor com disco,Fonte: H.H.Mabie,Dinmica das Mquinas, p.547

    Para se determinar o raio r, pode-se apresentar a equao (35) da seguinte forma:

    ( )

    2

    2

    ewr

    k wM

    =

    (36)

    Quando a velocidade do eixo for igual a /k M , o denominador da equao (36) se anular

    e r atingir valores intoleravelmente grandes. A rotao do eixo assim defletido parece com

    uma viga em vibrao quando vista do lado onde somente se pode observar a projeo do

    movimento. Portanto, pode-se considerar /k M do eixo rotativo como a freqncia circular

    natural n da viga quando levada a vibrar naturalmente no seu primeiro modo de vibrao.

    Pode-se escrever a equao (36) na forma adimensional:

    2

    2

    ( / )

    1 ( / )

    n

    n

    w wr

    e w w=

    (37)

    Quando for igual a n = /k M ,tem-se a condio crtica de rotao, devido s amplitudes

    muito grandes da vibrao do eixo. Na condio crtica, chama-se de c e a velocidade de

    rotao do eixo em rotaes por minuto ser

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    20/31

    60 60

    2 2c c nn w w

    = =

    (38)

    onde n = /k M normalmente expresso em rad/s. Assim, nc a velocidade crtica em

    rotao por minuto, k est em Newtons por metro e M em quilogramas. Pode-se calcular a

    constante k da mola atravs da deflexo esttica est do eixo devido ao peso do rotor. Assim, k

    = Mg/est e quando substitudo na equao (38) a velocidade crtica ser expressa pela

    seguinte equao:

    130

    c

    est

    n

    =

    (39)

    .A velocidade crtica de um eixo com uma massa M situado no meio da viga pode ser

    calculada em termos das dimenses do eixo e do mdulo de elasticidade E do material do

    eixo.

    4

    346c

    Edn

    Pl=

    (40)

    De acordo com a equao (40), pode-se alterar o material e as dimenses do eixo, assim

    como o peso, de modo que a velocidade crtica n c seja superior ou inferior velocidade de

    projeto n na qual se deseja operar. Caso n/nc for menor do que 0,707 ou maior do que 1,414, r

    ser menor do que o dobro da excentricidade e. interessante observar que em velocidades

    muito acima da crtica (/n>>1,0), o valor de r/e = -1 e r = - e, indicando que o centro de

    massa de M estar no eixo de rotao. Neste caso a massa no estar oscilando, porm o eixo

    oscilar em torno do centro de massa de M.

    No caso da massa do eixo ser grande o bastante para no ser desprezada, e o eixo ter dimetro

    constante, deve-se somar massa M 50 por cento da massa m do eixo,determinando-se a

    freqncia circular natural.

    ( 0,5 )n

    k

    w M m=

    + (41)

    Conforme mostra a FIG. 12, supe-se que os mancais do eixo sejam rgidos. Em certos casos,

    pode-se considerar os mancais como elasticamente apoiados, e neste caso o est da equao

    (39) dever incluir a deflexo esttica dos apoios assim como a deflexo do eixo.

    5.13 - Freqncia natural e velocidade crtica

    Pode-se ter uma variedade muito grande de configuraes de rotores desde que sejam usadas

    diversas massas e diversos apoios, assim como eixos de dimetros variveis. Embora as

    curvas do fator de amplificao sejam difceis de serem obtidas matematicamente, as

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    21/31

    velocidades crticas dos eixos so determinadas com relativa facilidade atravs de clculos de

    freqncia natural.

    5.14 - Freqncia natural de eixos com diversas massas

    Em um eixo rotativo com diversas massas conforme mostra a FIG. 13a, pode-se determinar afreqncia circular natural n do eixo que, sem girar, vibra livremente, sem amortecimento,

    aps uma deflexo inicial no primeiro modo de vibrao.

    Considerando que o sistema vibratrio conservativo, a soma da energia potencial e da

    cintica constante em qualquer fase da vibrao. Na fase em que todas as massas esto

    simultaneamente nos mximos deslocamentos Y, a energia armazenada elasticamente no eixo

    igual energia potencial FY/2. Nesta fase, a energia cintica zero porque todos os

    pontos do sistema esto com velocidade zero. A energia potencial ser ento:1 1 2 2 ...2 2 2

    n nF YF Y F YEP= + + +(42)

    As foras F so as necessrias para a deflexo do eixo, como se fosse uma mola, at ficar

    com a conformao mostrada nesta fase. O produto fora-deslocamento determina energia

    potencial.

    Durante a vibrao, o eixo passa pela fase de repouso (no deformada) na qual a energia

    potencial zero, mas a energia cintica mxima porque as velocidades das massas somximas. Considerando que as massas tm movimento harmnico simples, a energia cintica

    do sistema ser ento dada pela equao (43).

    2 2

    2 2 2 2 2 2

    1 1 2 2 1 1 2 2... ...

    2 2

    n n

    n n n n

    w wEC M Y M Y M Y PY P Y P Y

    g = + + + = + + +

    (43)

    (a) Flexo dinmica

    d1

    d2

    d3

    W1 W2W3

    (b) Flexo esttica

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    22/31

    FIGURA 13 Flexo,conforme Mabie, Dinmica das Mquinas, pg.550

    Considerando que os deslocamentos Y da vibrao so proporcionais s deflexes da

    deformao esttica, ento

    1 2

    1 2

    ... n

    n

    YY Y

    = = =(44)

    A equao resultante que d a freqncia circular natural ser:

    [ ]1 1 2 222 2 2

    1 1 2 2

    ...

    ...

    n n

    n

    n n

    P P Pw g

    P P P

    + + +=

    + + +

    2

    2n

    Pw g

    P

    =

    (45)e a velocidade crtica pode-se determinar de nc = 60 n /2.

    A equao de Rayleigh, equao (45), uma expresso utilizada para determinar a freqncia

    natural fundamental de muitos tipos de rotores. As frmulas de deflexo de vigas, para

    inmeros casos, esto disponveis em livros-texto de resistncia dos materiais e em manuais.

    Pode-se aplicar o mtodo da rea do diagrama de momento fletor e outros, em casos gerais.

    Dispe tambm de mtodos grficos, para a determinao das deflexes estticas de rotores

    com eixos de dimetros variveis.Para incluso da massa do eixo nos clculos, deve-se dividi-lo em diversos comprimentos,

    cada um tratado como se fosse uma massa adicional.

    A equao (45) no estritamente uma avaliao exata da freqncia natural porque a curva

    das deflexes estticas no proporcional curva deflexes dinmicas, como foi

    considerado. Entretanto, o resultado obtido na equao somente um ou dois por cento

    superior freqncia natural verdadeira.. A deflexo dos apoios pode ter uma influncia

    maior sobre as velocidades crticas e devem ser acrescidas as deflexes do eixo.A freqncia natural dada pela equao (45) a fundamental, ou a mais baixa freqncia do

    sistema de massas. desejvel, portanto, se possvel, projetarem-se as dimenses de um eixo

    de tal modo que a velocidade crtica mais baixa seja superior velocidade de projeto.

    Quando o eixo se estende para fora dos mancais como na FIG. 14a, deve-se inverter os

    sentidos dos pesos como indica a FIG. 14b na determinao das deflexes estticas.

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    23/31

    (b)

    FIGURA 14 Freqncia natural da estrutura

    5.15 Exerccios resolvidos vibraes em eixos- Fonte: Mabie,H. Dinmica das

    Mquinas.

    1. Um rotor de compressor de 25 kg e um rotor de turbina de 15 kg so montados em um

    eixo de ao conforme mostra a FIG. 13a. O eixo deve operar velocidade prevista de

    10.000 rpm. Empregando a equao de Rayleigh (47), determine o dimetro do eixo

    mais leve que possa ser usado para que tenha uma velocidade crtica fundamental de

    12.000 rpm, com uma margem de segurana de 2.000 rpm.

    (d)

    FIGURA 15 Aplicao de vibraes em um eixo.Fonte: H.H.Mabie,Dinmica das Mquinas, p553.

    (a)

    (a)

    (b)

    (c)

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    24/31

    Conforme a FIG. 15b mostra, inverte-se a carga P2 a fim de se obter uma curva de deflexo

    com o formato do uma meia-onda simples. As FIG. 15c e 15d mostram a forma da viga

    deformada sob a ao de cada carga atuando independentemente, conduzindo assim a dois

    casos cuja frmula deflexo esttica mostrada a seguir encontra-se em livros-texto de

    resistncia dos materiais. Pelo mtodo da superposio, pode-se determinar as deflexes 1 e2:

    3 2

    1 21 1 1

    3 2

    48 16

    1 25 0, 50 15 0, 50 0, 25 0,12369

    48 16

    A A

    A A

    Pl P l a

    EI EI

    EI EI

    = + = + =

    = + =

    2 2

    1 22 2 2

    ( ) 0,322

    16 3A A A

    Pl a P a l a

    EI EI EI

    + = + = + =

    Usando-se a equao (47),

    2 1 1 2 2

    2 2 2 2

    1 1 2 2

    25 0,12369 15 0,332

    25 0,12369 15 0,332n A

    P Pw g gEI

    P P

    + + = = + +

    Para g= 9,81m/s e E= 2,1 x 1010 kg/m

    2 10

    10 2

    81,678 10

    0,012243 10

    n A

    A n

    w I

    I w

    =

    =

    Para nc= 12.000 rpm

    21260 rad/s

    60

    cn

    nw

    = =

    Portanto, o momento de inrcia necessrio do eixo :

    10 20, 012243 10 1260AI=

    Como IA= d4/64,

    4 -1064

    395973,4762 10Ad I= = 0,0793 79,9d m mm= =

    Deve-se usar um dimetro de 80 mm.

    2. Os apoios do rotor do exemplo 1, FIG. 15a, foram considerados como rgidos.

    Determine a velocidade crtica do rotor do exemplo 1 se cada um dos apoios sofrer

    uma deflexo de 0,14/EIA sob um carregamento esttico. Use IA = 1,84 x 10-6 m4 e E =

    2,1 x 1010 kg/m2.

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    25/31

    Devido flexibilidade dos apoios, as cargas Pl e P2 tero uma deflexo adicional.

    Conforme indica a FIG. 16, sob o carregamento, o apoio da esquerda desloca-se para

    baixo e o da direita para cima. Como se pode ver, no h influncia sobre a deflexo

    da carga P1, porm o deslocamento de Pl aumenta de 0,28/EIA. Portanto as deflexes

    estticas totais so:

    1

    0,12369

    AEI = 2

    0,332 0, 28 0,612

    A A AEI EI EI = + =

    .

    Substituindo estes valores na equao (47),

    2 774602

    880,1 rad/s

    60 60(880) 8404 rpm

    2 2

    n

    n

    c n

    w

    w

    n w

    =

    =

    = = =

    5.16 - Eixos escalonados

    A equao (45) para velocidade crtica se aplica a eixos de rotores do tipo mostrado na FIG.

    15a, no qual o dimetro varia em degraus Entretanto, como IA varivel em tais casos, no

    se derivam com facilidade para as deflexes estticas. Pode-se usar um dos diversos mtodos

    grficos, tal como o seguinte:

    FIGURA 16 Eixos escalonados.

    Deve-se recordar da resistncia dos materiais, que para se determinar a deflexo esttica

    deve-se resolver a equao diferencial bsica:

    2

    2

    d

    dx A

    y M

    EI=

    (46)

    Nesta equao y a deflexo, M o momento fletor como funo de x, e IA o momento deinrcia da seo reta do eixo, como funo de x. Integrando-se duas vezes a equao (46),

    0,14

    AEI

    0,14

    AEI

    0,28AEI

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    26/31

    obtm-se a deflexo da viga. A primeira integrao conduz a dy/dx, inclinao da curva

    elstica da viga deformada. Alm disso, iniciando-se com as cargas da viga, necessitam-se de

    duas integraes para a obteno do diagrama do momento fletor. Assim, necessita-se de

    quatro integraes para se obterem as deflexes a partir do carregamento conhecido.

    Como o processo de integrao o somatrio de reas sob as curvas, pode-se empregar ummtodo grfico para um somatrio para vigas complexas que tm funes com numerosas

    descontinuidades. O mtodo grfico exige que as curvas sejam traadas em escala a fim de

    que as reas sob as curvas possam ser avaliadas atravs da medio de quadrados.

    A FIG. 17a mostra um rotor de ao com uma engrenagem de 89,0 N e um eixo de trs

    dimetros diferentes. Divide-se a viga em cinco partes, mostrando-se os pesos de cada parte

    no respectivo centro de gravidade. Uma delas inclui o peso da engrenagem. A FIG. 17a um

    diagrama de carregamento a partir do qual se pode determinar o diagrama de esforo cortantemostrado na FIG. 17b atravs de mtodos convencionais (a primeira integrao). Obtm-se o

    diagrama de momento fletor da FIG. 17c atravs das reas do diagrama de esforo cortante (a

    segunda integrao). Deve-se levar em conta o sinal de cada rea. Deve-se multiplicar as

    reas em milmetros quadrados pelo fator de converso apropriado obtido das escalas do

    diagrama de esforo cortante, afim de que

    as ordenadas do diagrama de momento

    fletor sejam em N/mm.

    (a)

    (b)

    (c)

    (d)

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    27/31

    (e)

    (f)

    FIGURA 17 Deflexes em um eixo de carregamento conhecido.,Fonte: Mabie,H. Dinmica das

    Mquinas,p.556.

    Aps as integraes ,transforma-se o diagrama de momento fletor no diagrama M/EIA,

    conforme exigido pela equao (46). Divide-se cada ordenada do diagrama de momento

    fletor pelo valor adequado de EIApara obteno das ordenadas M/EIA da FIG. 17d. Obtm-se

    as ordenadas da FIG. 17 e representando a inclinao dy/dx da elstica (terceira integrao)

    atravs das reas do diagrama M/EIA. As ordenadas traadas a partir do eixo x' so todas

    positivas. Entretanto, sabe-se do formato esperado da elstica que as inclinaes so

    negativas perto da extremidade da esquerda da viga, positivas na extremidade da direita e nas

    proximidades do meio da viga h uma inclinao nula. Assim, traa-se o eixo x escolhido

    arbitrariamente de tal modo que as reas negativas sejam aproximadamente iguais s

    positivas, na FIG. 17e. Faz-se a quarta integrao usando-se as reas da FIG. 17e para

    obteno das ordenadas da deflexo esttica y na FIG. 17f. As ordenadas da deflexo esttica

    so negativas porque as reas da curva dy/dx so negativas na extremidade da esquerda, onde

    se inicia a integrao.

    Dos dados das curvas a e f, calculam-se os seguintes valores:

    2

    2 6

    2

    c

    2,94 0,0385

    0,794 10

    865 rad/s

    60(865)n 8260 rpm

    2

    n

    n

    Py N mm Py mm

    Pyw g

    Py

    w

    = =

    = =

    =

    = =

    5.17 - Velocidades crticas de ordem superior

    Para rotores que tm eixos de dimetros variveis, como no item precedente, a determinaoda segunda velocidade crtica e das velocidades de ordem superior quanto flexo

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    28/31

    relativamente mais complexa do que o clculo da velocidade crtica fundamental da equao

    (45). O livro-texto de Timoshenko apresenta mtodos para rotores com tais eixos e para um

    nmero de rotores com eixos uniformes com e sem massas concentradas. No caso de vigas

    uniformes simplesmente apoiadas e vigas uniformes em balano para as quais a frmula

    seguinte (47) calcula as diversas freqncias naturais:

    3

    An n

    EI gw C

    Pl=

    (47)

    onde Cn o coeficiente que indica a n-sima freqncia natural P e o peso total da viga em

    kg, e / e o comprimento da viga em metros. O eixo de transmisso do automvel e eixo de

    bobina so exemplos de vigas uniformes simplesmente apoiadas, e as palhetas de

    compressores e de turbinas so exemplos aproximados de vigas uniformes em balano.

    5.18 - Eixos escalonados

    Quando o eixo tem os dimetros escalonados como o do rotor de dois discos mostrados na

    FIG. 18, a constante da mola torcional varivel. Pode-se determinar uma constante

    equivalente kt em funo das constantes individuais kl, k2, k3...Kn. Para molas em srie, o

    torque instantneo T em cada seo do eixo o mesmo. Entretanto, os ngulos de toro so

    diferentes. O ngulo total de toro t a soma de todos os ngulos individuais de toro.

    1 1 2 3

    1 2 3

    1 2 3

    ...

    ...

    1 1 1 1 1...

    1 1

    n

    t n

    t n

    t

    T T T T T

    k k k k k

    k k k k k

    k k

    = + + + += + + + +

    = + + + +

    = (48)

    Para o rotor com dois discos e com eixos de dimetro varivel, pode-se substituir kt,

    determinado pela equao (48).

    FIGURA 18 - Eixo e mancais. Fonte: Mabie, Dinmica das Mquinas, p.568.

    5.19 Exerccios propostos - dimensionamento de eixos

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    29/31

    1. O eixo da figura suporta uma engrenagem cilndrica de dentes retos para uma rotao

    de 315 rpm. O dimetro primitivo da engrenagem de 364 mm, t=310mm, t1=120 mm,

    t2=190 mm. Dimensione este eixo, calculando o valor de d. A engrenagem

    enchavetada no eixo. A carga total atuando no eixo de 15 KN.

    FIGURA 19 - Exerccio proposto 1.

    2. Um eixo fabricado com ao AISI 1137, laminado a frio, e usado em um cortador

    de grama. A potncia suprida ao eixo por uma correia plana polia A. Em B, uma

    corrente de rolos exerce uma fora vertical e em C uma correia trapezoidal tambmexerce uma fora vertical. Nas condies de operao a correia transmite 35 HP a 425

    rpm, das quais 25 HP so transmitidas ao cortador e 10 HP para o ventilador. As duas

    sees do eixo so unidas por um acoplamento flexvel em D e as polias so todas

    enchavetadas no eixo. Decida qual sero os dimetros dos eixos, utilizando a teoria de

    falhas de Von Mises e o critrio de Goodman.

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

    30/31

    FIGURA 20 - Exerccio proposto 2.

    3. Um eixo S de ao AISI 1137, laminado a frio, transmite potncia que recebe de um

    eixo W, que gira a 2000 rpm atravs de uma engrenagem E de 125 mm de dimetro

    engrenagem A de 375 mm de dimetro. A potncia transmitida de uma engrenagemC para a engrenagem G, que varia de 10 HP a 100 HP, retornando a 10 HP, durante

    uma rotao de do eixo S. O projeto leva em conta as tenses variveis e a teoria da

    mxima tenso cisalhante TMT|C e o critrio de Goodman. Para um fator de projeto

    n=1,8, calcule o dimetro do eixo, utilizando somente as cargas tangenciais motoras.

    FIGURA 21 - Exerccio proposto 3.

    4. Idntico ao anterior, exceto que as componentes radiais das engrenagens devem

    tambm ser consideradas, todas as engrenagens com ngulo de presso 20o.

    5. Idntico ao exerccio 4, exceto que a engrenagem G se posiciona em cima da

    engrenagem C.

    6. Um pequeno eixo fabricado com ao SAE1035, laminado a quente, recebe potncia de

    30 HP a 300 rpm, atravs de uma engrenagem de 300 mm de dimetro, sendo esta

    potncia transmitida a outro eixo atravs de um acoplamento flexvel. A engrenagem

    enchavetada no meio do eixo entre dois mancais, com ngulo de presso 20 o, fator de

    segurana n=1,5.

    (a) Desprezando a componente radial R da carga total W, determine o dimetro do

    eixo.

  • 7/28/2019 Dimensionamento de Eixos

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    (b) Considerando ambas componentes radiais e tangencial, determine o dimetro do

    eixo.

    FIGURA 22 - Exerccio proposto 6.