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Jean Cardoso Alves DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO ASFÁLTICO, E ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O MÉTODO MECANÍSCISTA E DNER. Palmas TO Novembro de 2017

DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO ASFÁLTICO, E ESTUDO

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Instrumentalização CientíficaENTRE O MÉTODO MECANÍSCISTA E DNER.
Palmas – TO
ENTRE O MÉTODO MECANÍSCISTA E DNER.
Trabalho de Conclusão de Curso TCC I elaborado e apresentado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).
Orientador: Prof. M.S.c. Edvaldo Alves dos Santos.
Palmas – TO
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO: PELO METODO MECANÍSTICO E DNER
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) I elaborado e apresentado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).
Orientador: Prof. M.Sc. Edvaldo Alves dos Santos.
Aprovado em: _____/_____/_______
BANCA EXAMINADORA
Orientador
____________________________________________________________
____________________________________________________________
Orientador
Palmas – TO
Marisa Ribeiro da Soares, que nunca mediu esforços para me
apoiar; aos amigos, meus professores e todos que
contribuíram para que isso acontecesse.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus está sempre ao meu lado e me guiado
até aqui, por ter me dado força, principalmente nos momentos que pensei em
desistir, Agradeço a minha família, pois através deles tive força para realizar esse
sonho, a minha namorada Marisa Ribeiro Soares, por estar sempre ali dando apoio,
carinho e amor.
A todos os professores do colegiado de engenharia Civil, que durante a
graduação contribuíram para a minha formação acadêmica e aos meus colegas e
amigos, em especial o Felipe Galvão Parente.
Agradeço a banca examinadora que com competência, ética e criticidade,
contribuíram para esse estudo.
Agradeço imensamente a meu orientador M.sc. Edivaldo Alves dos Santos
pela competência, paciência, pela sua atenção, disponibilidade, orientações e
sugestões que foram essenciais para a realização deste trabalho. Afirmo ainda, que
sem a sua orientação, seria impossível a conclusão desta pesquisa.
Meu muito obrigado a todos os envolvidos, essa vitória é nossa!
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 2-GRANULOMETRIA EM MM ................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
FIGURA 3 - CURVA GRANULOMÉTRICA ........................................................................................................................... 16
FIGURA 4 - CLASSIFICAÇÃO TBR (ANTIGO HRB) ............................................................................................................... 18
FIGURA 5 - CURVA DE COMPACTAÇÃO ............................................................................................................................ 20
FIGURA 6 - CLASSE DE VEÍCULOS .................................................................................................................................... 23
FIGURA 7 - SISTEMA DE VÁRIAS CAMADAS ...................................................................................................................... 24
FIGURA 8 - PAVIMENTO FLEXÍVEL .................................................................................................................................. 26
FIGURA 9 - PAVIMENTO RÍGIDO .................................................................................................................................... 26
FIGURA 10 - TERMINOLOGIA DOS REVESTIMENTO ............................................................................................................. 27
FIGURA 11 - CLASSIFICAÇÃO DOS REVESTIMENTOS ............................................................................................................ 28
FIGURA 12 - TERMINOLOGIA DAS BASES ......................................................................................................................... 29
FIGURA 13 - CLASSIFICAÇÃO DAS BASES E SUB-BASES FLEXIVEIS E SEMI-RIGIDAS ...................................................................... 30
FIGURA 14 - GRANULOMÉTRICA PARA BASE GRANULAR .................................................................................................... 32
FIGURA 15 - FATOR DE EQUIVALÊNCIA DE OPERAÇÃO ....................................................................................................... 33
FIGURA 16 - DETERMINAÇÃO DO FATOR DE OPERAÇÕES .................................................................................................... 34
FIGURA 17 - ESPESSURA MÍNIMA DE REVESTIMENTOS BETUMINOSO ................................................................................... 34
FIGURA 18 - COEFICIENTE DE EQUIVALÊNCIA ESTRUTURAL ................................................................................................. 35
FIGURA 19 - DETERMINAÇÃO DE CAMADAS DO PAVIMENTO ............................................................................................... 36
FIGURA 20 - FIGURA – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS GRANULARES ......................................................................................... 38
FIGURA 21 - FIGURA – IDENTIFICAÇÃO DO TIPO DOS SOLOS FINOS ....................................................................................... 39
FIGURA 22 - VE-COEFICIENTE ESTRUTURAL ..................................................................................................................... 41
FIGURA 23- CRONOGRAMA DO PROJETO DE PESQUISA. ...................................................................................................... 46
FIGURA 24-PLANILHA DE GASTOS. ................................................................................................................................. 47
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AASHO American Association of State Highway Officials
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
CBR California Bearing Ratio
FC Fator de carga
FE Fator de eixo
N Número de Eixo Padrão
IG Índice de grupo
ISC Índice Suporte Califórnia
IP Índice de plasticidade
LC Limite de contração
LL Limite de liquidez
LP Limite de plasticidade
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
TRB Transportation Research Board
VMD Volume médio diário
LISTA DE EQUAÇÕES
(5)VOLUME MEDIO DIÁRIO ......................................................................................................................................... 32
(9) ALTURA TOTAL ..................................................................................................................................................... 36
(11) ALTURA TOTAL PAVIMENTO RESILIENTE.................................................................................................................... 40
(13) ESPESSURA DO REVESTIMENTO BETUMINOSO ........................................................................................................... 40
(14) ESPESSURA DA CAMADA GRANULAR ........................................................................................................................ 40
SUMÁRIO
1.2 HIPÓTESES ........................................................................................................ 11
1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 11
2.1.1 Solos ................................................................................................................ 12
2.1.5 Índices Físicos .................................................................................................. 14
2.1.6.2 Classificação TRB (antigo HRB) ................................................................... 17
2.1.7 Consistência ..................................................................................................... 18
2.1.9 CBR OU ISC (Índice Suporte Califórnia) .......................................................... 20
2.2 Trafego de Veículos ............................................................................................ 21
2.2.1 Contagem de Veículos ..................................................................................... 22
2.3 PAVIMENTO ....................................................................................................... 23
2.4.1 Método DNER .................................................................................................. 31
2.4.2 Método da resiliência........................................................................................ 36
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 42
3.3 ENSAIOS. ........................................................................................................... 42
3.4 TRAFEGO ........................................................................................................... 44
3.4 DIMENSIOMENTO .............................................................................................. 45
4 CRONOGRAMA .................................................................................................... 46
5 ORÇAMENTO ........................................................................................................ 47
6 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 48
1 INTRODUÇÃO
O objetivo do dimensionamento de um pavimento é garantir que as cargas
aplicadas na via pelo número de eixo dos veículos, não irá causar algumas
patologias no pavimento como: trincamento exagerado devido a fadiga do
revestimento e avarias devido a trilha de roda, onde as camadas devem ser
dimensionadas afim de evitar esses efeitos, um dos maiores problemas na estrutura
do pavimento é devido ao número excessivo de veículos ou seja muitas repetições,
ou a estrutura estar sujeito a grandes carregamentos.
Este trabalho tem como finalidade uma avaliação do comportamento
estrutural do pavimento flexível analisado por dois métodos o método do
Departamento Nacional de Estrada e Rodagem (DNER) e o método Mecanicista ou
de Resiliência, e confrontar os resultados obtidos afim de obter a metodologia que
tem a melhor eficiência estrutural, apresentando o melhor desempenho dos matérias
nas camadas sob carregamentos devido o número de trafego.
Este estudo consiste basicamente em: introdução onde apresenta os
objetivos gerais, específicos, hipótese e justificativa, referencial teórico abordando
estudos e ensaios dos solos e identificação do tráfego de veículos,
dimensionamento do pavimento pelos dois método DNER e Resiliência, Metodologia
a ser seguida para obtenção dos resultados a serem avaliados, em seguida
cronograma e orçamento da pesquisa, e por último as referência bibliográficas
utilizadas para elabora o referencial teórico e auxiliar na metodologia.
A metodologia apresentada para este estudo são baseados em referencias de
outros autores, determinando o trecho de estudo e todos os procedimentos para
inspeção de campo, identificação da caixa de empréstimo, coleta das amostras no
local e elaboração dos ensaios. Todos os ensaios devem ser realizado no
laboratório, a determinação do número “N” será determinado de acordo com o trecho
escolhido para avaliação dos métodos. O dimensionamento será feito através dos
cálculos baseados no referencial teórico.
11
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA
Qual o melhor método a se aplicar no dimensionamento da pavimentação
asfáltica, método DNER ou método Mecanicista?
1.2 HIPÓTESES
Este estudo inicia da dedução que o melhor método a ser adotado é o
Mecanicista, pois tem um melhor desempenho estrutural, com CBR mínimo de 6% e
fração de silte no máximo 65%.
Por outro lado se o solo apresentar CBR menor que 5% e fração de silte
maior 65%, o melhor métodos a ser seguido é o método do DNER.
1.3 OBJETIVOS
Dimensionar e analisar a melhor metodologia de pavimentação asfáltica pelos
métodos do DNER e Mecanicista.
1.3.2 Objetivos Específicos
Classificar os solos quanto a sua granulometria Dimensionar um pavimento pelos métodos DNER e Mecanicista. Comparar estruturas e matérias entre os métodos estudados.
1.4 JUSTIFICATIVA
Avaliar o método que tem o melhor comportamento estrutural, pois o método
mecanicista se considera a deformação elástica nas camadas do pavimento e
ruptura no subleito por cisalhamento. Enquanto o DNER baseia-se no
dimensionamento por CBR, onde o objetivo principal é proteger o subleito, avaliando
a deformação plástica das camadas e do subleito da estrutura, que influencia no
dimensionamento de pavimento com grandes espessuras de solos granulares e com
alto grau de deformação que leva a formação de trilhas de roda.
12
2.1.1 Solos
De acordo com SENÇO (1997) solo é um material composto naturalmente de
partículas soltas e removíeis com diâmetros variáveis, consequência da alteração de
uma rocha mãe, devido a ações físicas, biológica e química. O solo por ser um
conjunto de grãos pode ser analisada suas propriedades individualmente por grãos
ou em conjunto, já que ele pode variar em seu estado natural ou já manuseado.
2.1.2 Origem dos Solos
Com a origem dos constituintes os solos podem ser separados em dois
grupos: solos residuais, que são quando as partículas das rocha intemperizada
permanecem no local degradação; solo transportado, são quando a as partículas de
rochas removidas por um agente qualquer para uma área diferente a de alteração
DNIT(2006).
2.1.3 Descrição dos Solos
Segundo o DINT(2006) os solos e rochas podem serem identificados por sua
textura, granulometria, consistência, plasticidade compacidade, outras
características que ajudam na identificação são: cor, forma dos grãos, estrutura,
cheiro, friabilidade, presença de outros materiais (materiais orgânicos, micas,
conchas, etc).
A identificação por textura é umas das características mais importantes do
solos, mesmo não sendo suficiente para identificar seu comportamento. E os solos
de granulação fina tem um comportamento diferente em relação aos solos de
granulação grossa com a presença de agua e submetido a uma carga qualquer, os
grãos grossos praticamente não são afetados.
Para dividir os solos o DNIT(2006) adota a granulometria seguindo as
seguintes frações de solos:
Pedregulho: a quantidade de solo que retida na peneira 2,00 mm (nº 10) que passa pela peneira de (3”):
13
Areia: a quantidade retida na peneira de 0,075mm de (nº 200) que passa pela peneira 2,00 -mm (nº 10): Areia grossa: quantidade que fica entre as peneiras de 2,00mm (nº 10) e 0,42mm (nº 40): Areia fina: quantidade que retida entre as peneiras de 0,42mm (nº 40) e 0,075mm (nº 200) Silte: quantidade que fica entres a peneiras de 0,075mm (nº200) e 0,005mm; Argila: quantidade que ficar abaixo de 0,005mm.
Os solos muito das vezes apresentam propriedades diferentes das citadas a
cima e que interfere diretamente no comportamento dos solos, que deve ser levada
em consideração além da analise granulométrica. Que se tem as seguintes
denominações DNIT (2006).
Areias e Pedregulhos: solos arenosos de granulometria grossa com geometria
cubica e arredondadas, são praticamente isento de coesão, comportamento pouco
varia com ação da agua.
Siltes: solos intermediários, sua reação tendo paras as dos solos arenosos ou
argilosos relativo a sua divisão granulométrica, usa-se conforme seu comportamento
silte arenoso ou silte argiloso.
Argilas: granulação fina, grãos lamelares, alongadas, e tubulares, seu
comportamento varia facilmente na presença de agua, é plástico, permite que se
faça várias formas de moldagem, dependendo do esforço na varia no volume. Sua
coesão dependo do teor de umidade, quanto menos úmida ela apresenta uma maior
coesão.
Silte Argilo-Arenoso - formado por uma grande quantidade de silte e uma parcela
de argila e em menor porção de areia.
Argilo Silto-arenosa: a argila predomina suas propriedades no conjunto.
Turfa: matérial com grande quantidade de fibras, sem plasticidade, encontra-se
próximo de matéria orgânica tem coloração marrom-escuro a preto.
Cascalho: material com grande quantidade de pedregulho, pode ser de origem:
fluvial, glacial, ou residual.
alteração das rochas gnáissicas ou graníticas.
14
Topsoil: material areno-siltoso, pode apresentar pouca ou nem quantidade de
argila, fica localizado nas camadas superficiais de terrenos com pouca declividade
ou em bacias hidrográficas nas partes mais baixa.
Massapê: material argiloso com plasticidade, expansibilidade e com alta contração.
2.1.4 Reconhecimento dos Solos
Para o DNIT(2006) o reconhecimento de solos com mais facilidade levando em
consideração o seu comportamento encontra-se alguns testes manuais disponíveis,
descartando qualquer instrumento de laboratório para auxiliar na identificação dos
solos, que são:
Teste visual: teste que possibilita diferenciar solos grossos de solos finos, onde observa visualmente o tamanho, coloração, forma, e formação mineralógica das partículas de solos. Teste de tato: o teste é basicamente pegar a amostra de solo apertar e esfregar entre os dedos, onde se determina que os solos ásperos são de comportamento arenosos, já os macios são argilosos. Teste de corte: pega uma a amostra de solo e corta com uma lamina e observa a área de corte: se polida ou lisa significa que o solo tem comportamento argiloso; se fosco ou rugosa, significa que o solo tem comportamento arenoso. Teste da dilatância: constitui-se em pegar uma pasta de solo úmida e colocar na palma da mão e sacudi-la leve e rapidamente batendo uma das mãos contra a outra. Ao amassar a amostra entre os dedos, aparecer agua na superfície da pasta e depois sumir, significa que o solos tem reação arenosa sensível e prontamente, por enquanto os de característica argilosa não reagem. Teste de resistência seca: pega uma amostra de solo seca e tenta fragmenta-la apertando com os dedos, se a resistência for grande significa que o solo de comportamento é argiloso, caso a resistência seja pequena significa que o solo tem comportamento arenoso.
2.1.5 Índices Físicos
Índices físicos é a relação do peso e volume do solo nas três fases: sólida,
gasosa, e liquida, esses matérias tem um espaço entre eles que podem estarem
preenchidos por agua ou ar. Fase liquida: é responsável pelo comportamento do
solo, quando apresenta agua junto com material que pode ser agua hidroscópica,
agua leve e agua de constituição. Fase gasosa: é basicamente formada pelo ar,
vapor e carbono. Fase solida: É formada por partículas de minerais sem presença
15
ou com me materiais orgânicas, esses índices são representados na figura 3, a
seguir DNIT(2006).
2.1.6 Granulometria
Conforme o DNIT (2006) a composição granulométrica permite a
determinação das porcentagens, em peso dos grãos constituídos em função de sua
dimensão na fase solida. O ensaio é feito passando a amostra de solos por várias
peneiras de malhas quadradas e com diâmetros padronizadas, assim cada peneira
retém uma quantidade de solo, isso para amostra de solos maiores que 0,075mm
(peneira de número nº 200 da ASTM). Abaixa na tabela representa as malhas de
peneiras mais usadas da ASTM nos laboratórios rodoviários.
Figura 2-Granulometria em mm
Fonte: DNIT(2006), pg.32.
Com os resultados dos ensaios de caracterização traça-se uma curva
relacionando a porcentagem de material que passa em peso, com a dimensão dos
grãos, onde analisa a forma da curva e define se os tipos de granulometrias são
uniforme, bem graduada ou mal graduada, conforme a figura abaixo.
Figura 2 - Curva Granulométrica
2.1.6.1 Índice de Grupo
Conforme DNIT (2006), é um dado numérico que deve estar entre 0 e 20, que
representa a plasticidade e graduação dos grãos. Conforme CAPUTO (1988), a o
índice de grupo é baseado nos limites de Atterberg do solo e na fração de material
fino que passa na peneira número 200. É calculado de acordo com a formula baixo
essa sendo empírica.
Onde:
a = fração do material que passa na peneira nº 200, subtraído 35 se a fração for
maior que 75, adota-se 75; se for inferior que 35, adota-se 35. o valor varia de (0 a
40).
b = fração do material que passa na peneira número 200, subtraído de 15. Se a
fração determinada nessa diferença for superior que 55, adota-se 55; se for inferior
que 15, adota-se 15. O valor varia de (0 a 40).
c = resultado do limite de liquidez subtraído de 40. Se o limite de liquidez for maior
que 60, adota-se 60; se for menor que 40, adota-se 40. O valor varia de varia de (0 a
20).
d = resultado do índice de plasticidade subtraído de 10. Se o índice de plasticidade
for superior que 30, adota-se 30; se for inferior que 10, adota-se 10. O valor varia de
(0 a 20).
2.1.6.2 Classificação TRB (antigo HRB)
Conforme o DNIT (2006), os solos são classificados por grupos e subgrupos,
de acordo com a sua granulometria, limites de consistências e o índice de grupo.
Conforme a tabela abaixo é mostrado à classificação TBR (antigo HRB).
18
Fonte: DNIT (2006), pg. 56.
2.1.7 Consistência
Segundo o DNER (2006) Possibilita a avaliação dos solos quanto a sua
plasticidade, onde é ensaiado solos argilosos com uma certa umidade, e analisa a
capacidade de ser moldado sem que varie seu volume, esses ensaios são
realizados objetivando determinar os limites de liquidez e o limite de plasticidade, o
estado do solo é classificado conforme sua umidade e o estado físico se dar o nome
de consistência.
Limite de Liquidez
Para o DNER-ME (122/94) o ensaio é realizado com o aparelho chamado de
Casagrande, é o teor de umidade presente para que o sulco de solo se fecha com
25 golpes, usando o solo que passa na malha de 0,42mm peneira de nº 40, e
determinada pela expressão abaixo que determina o limite de liquidez:
19
Limite de Plasticidade
É determinado pelo DNER-ME (082/94) pela quantidade de umidade em que
o solo começa a fraturar quando se esforça para molar um cilindro com diâmetro de
3mm e 10cm de comprimento
Índice de plasticidade
É a diferença entre limite de liquidez (LL) e limite de plasticidade (LP).
IP = LL-LP (1)
2.1.8 Compactação dos Solos
Senso (1997) entende que compactar o solo é reduzir os seus vazios
comprimindo mecanicamente o material, e obtenção de uma maior massa especifica
aparente do solo que estará resultando em aumentar sua resistência, fica mais
impermeável e diminui o recalque.
Para o DNIT (2006) compactação é o processo no qual aumenta a massa
especifica aparente do material, devido o emprego de tensão, vibração e impacto,
que fazem com que os grãos do material fiquem em contato mais próximos assim
reduzindo a quantidade de vazios e também o teor de umidade.
O desempenho ou as condições de rolamento de pavimento depende de uma
boa compactação durante a execução da obra, pois com uma boa compactação o
trafego em si não causara tanto efeito na estrutura, basicamente pode se afirmar
que uma boa compactação terá uma boa resistência ao cisalhamento e redução da
deformação DNIT(2006).
DNER-ME (129/94) apresenta compactação como, colocar uma amostra de
solo dentro de um cilindro padrão de 1000 cm³, colocando em 3 camadas golpeando
25 golpes com um soquete de 2,5kg caindo de uma altura de 30,5cm de altura,
repete-se o processo para as outras amostras de solos para poder traçar a curva de
compactação, com os valores repetidos traça a curva γs = f (h) onde encontrara
traçando o γs.máx e hot.
20
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.23.
2.1.9 CBR OU ISC (Índice Suporte Califórnia)
A determinação do valor do CBR - Califórnia Bearing Ratio é obtido dando
aos ensaios laboratoriais um tratamento estatístico. Também denominado de Índice
de Suporte Califórnia (ISC), consiste na determinação da relação percentual entre a
pressão necessária para se penetrar um pistão padronizado, em uma amostra de
solo devidamente preparada e a pressão para que o mesmo pistão penetre a
mesma profundidade, em uma amostra padrão de pedra britada (BRASIL, 1994).
Esse tratamento é feito através da distribuição “t” de Student, adequada para
amostragens pequenas, sendo que o seu nível de confiança é de 95% para a
determinação da capacidade de suporte de projeto.
O CBR é o que nos apresenta as características do solos a ser utilizado na
pavimentação, nos fornece dados dos matérias a expansão quando saturado, dados
de sua resistência saturado, é um dos métodos mais conhecidos e usados hoje
apesar de ser um procedimento empírico ele é utilizado no dimensionamento de
21
pavimentos flexíveis o ensaio basicamente se consiste em compactação do solo em
recipiente cilíndrico são necessário 3 cilindros DIVISOLO(2017)
A determinação do ISC basicamente é a relação entre a tensão para filtrar um
cilindro no corpo de prova de solo e para filtrar em brita padronizada.
O DNER-ME (049/94) revisada pelo DNIT(2014) segue o ensaio resumindo
basicamente como: compactar o solo em camadas em um recipiente cilíndrico, onde
cada camada recebe uma quantidade de golpes, feito isso retira a quantidade que
transborda o recipiente e determinada a umidade, depois compacta os demais
corpos de provas e a compactação, logo após colocar as amostras submersos no
período de quatro dias. Após o período determinado a utiliza-se uma prensa pra o
processo de penetração com uma determinada velocidade constante, finalizado o
processo utiliza a expressão abaixo para determinar o ISC.
= Tensao calculada ou tensao corrida
tensão padrao 100
2.2 Trafego de Veículos
O trafego tem influência decisiva no dimensionamento de um pavimento por
que é dimensionado em razão do número de eixo padrão o número N, ao longo do
tempo de vida útil de projeto COUTINHO (2011).
Balbo (2007) são analisados os veículos (ônibus e caminhões) que são os
comerciais e que interessam para determinação do pavimento enquanto os veículos
menores são desprezados por pouco influenciarem na danificação do pavimento.
O CONTRAN 62.127 (1998) determina uma carga total por unidades ou
combinações de 45 toneladas.
- 10 toneladas por eixo independentes.
- 17 toneladas quando os dois planos verticais espaço entre os planos verticais
tenham o centro da roda estivem entre 1,20m e 1,40m, para o conjunto de 2 eixos
tandem.
- 15 toneladas para conjunto 2 eixo não tandem, espaço entre os planos verticais
tenham o centro da roda estivem entre 1,20m e 1,40m.
- 25,5 toneladas quando estiverem 3 eixos, aplicados apenas em semi-reboque.
22
2.2.1 Contagem de Veículos
Segundo Balbo (2007), a melhor forma de se determinar o volume de veículos
que transitem em uma via a ser pavimentada é a contagem de campo, que se utiliza-
se muito em projetos de duplicações, recuperação de pavimentos, e melhoramentos.
E essa contagem volumétrica consiste no período de 7 dias sequenciais, com
duração de 24 horas por dia onde pode ser utilizado equipamentos automáticos ou
quantificação visual no próprio campo o que é indicado pelo DNER. É indicado que
não segue em feriados, finais de semana essa contagem, os veículos são
classificados conforme a figura 9.
O DNIT (2006), classifica veículos leves como: veículos populares
pequenos(sedan). E veículos comerciais leves: pick-ups medias e grandes, furgão
pequeno, van, veículos semi-leves: duplo eixo simples com até 10 toneladas,
médios: eixo duplo simples de 10 a 15 toneladas, semipesados: eixo duplo ou
simples tandem de 15 a 40 toneladas, articulados: reboques e semi-reboques de 15
a 45 toneladas).
Fonte: DNER ME 269/94, norma rodoviária – pg.17.
2.3 PAVIMENTO
Pavimento é uma estrutura projetada sobre uma superfície terraplanada que
deve garantir tecnicamente e economicamente, aos esforços verticais devido o fluxo
de veículos e distribui-los, a melhor condição de conforto e segurança no rolamento,
resistir aos desgastes devido esforços horizontais. São camadas que se assenta
sobre uma área a qual tem a função de fundação da estrutura, chamada de subleito
(Senço 1997).
Fonte: Senço (1997, pg.7)
Compreende Balbo (2007), que antes de pavimenta uma via de circulação de
veículos deve enseja a melhoria para o trafego antes de tudo, criando uma
superfície mais regular garantindo melhor conforto do deslocamento de veículos,
com maior aderência na superfície garantindo mais segurança quando a pista estiver
úmida ou molhada, uma pista com menos ruídos devido a ação dos pneus garantido
conforto ambiental rural e urbano.
25
2.3.1 Classificação dos pavimentos
Os pavimentos podem ser classificados de três tipos, que são flexível, rígidos
e semi-rigidos:
Flexível – é o pavimento que sob carregamentos sofre deformação elástica
em todas as camadas de sua estrutura, e dissipa em parcela a carga
aproximadamente equivalente entre todas as camada (pavimentação asfáltica).
Semi-rigidos – são pavimentos com bases cimentadas por aglutinantes com
características cimentícias (solo cimento sobreposto por camada asfáltica).
Rígidos – revestimento que tem rigidez superior as demais camadas
inferiores, absorve quase todas as tensões gerada pela carga (pavimento com base
de comento).
2.3.2 Camadas da Pavimentação
O pavimento tem a função estrutural para receber e distribuir os esforços de
maneira alivia a pressões sobre as camadas inferiores que geralmente são menos
resistentes em alguns casos. Para que não ocorra processo de ruptura ou danos a
prematuros nas camadas, todas as peças devem trabalhar deformações compatíveis
com sua capacidade de carga. As camadas do pavimento tem mais de uma função,
que devem permitir as veículos condições adequadas de rolamento em diferentes
condições climáticas, as cargas são aplicadas por veículos e também pelo ambiente
geram tensões na estrutura onde dependera do comportamento mecânico de cada
camada (Balbo2007).
O pavimento é composto pelas camadas de: revestimento, base, sub-base,
reforço do subleito e subleito. Essas camadas varias de acordo com pavimento,
pode não ter sub-base e o reforço do subleito, mas são condições mínimas para que
seja considerado pavimentação, o revestimento nem que seja primário e o subleito,
as figura baixo ilustram as camadas de pavimentos flexíveis e rígidos.
26
Figura 7 - Pavimento Flexível
Fonte: Senço (1997, pg.16)
Perfil do pavimento flexível e representação das camadas que constitui o
pavimento que tem a função de receber e distribuir os esforços.
Figura 8 - Pavimento Rígido
Fonte: Senço (1997), pg.17
Perfil pavimento rígido e representação das camadas e placa de concreto que
compõe a estrutura do pavimento.
27
2.3.2.1 REVESTIMENTOS
É a camada que recebe diretamente as esforços do trafego, é a superfície de
rolamento, ou a capa do pavimento, tem a função de proporcionar um bom conforto
no rolamento, suportar os desgastes e deve ser no máximo impermeável para assim
permitir uma maior durabilidade a estrutura como um todo. O seu dimensionamento
é adotado: são usuais de 3 a 5cm para vias simples para dupla faixa de trafego e
duas mãos de direção: de 7,5 a 10 cm para auto estradas.
Revestimentos rígidos: os seus materiais são os mesmo que utilizados nas
bases rígidas, com os objetivos de resistir as tensões horizontais e dissipar tensões
verticais a camada de sub-base, é composto por concreto e pode ser armados ou
não, existe também os macadame de cimento e solo cimento.
Revestimentos flexíveis: são os betuminosos, compostos de betumes como
aglutinante, e os calçamentos que são: alvenaria poliédrica, paralelepípedos, blocos
de concretos.
Fonte: Senço (1997, pg.25)
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.98).
2.3.2.2 BASE
É a camada com a função resistir e distribuir as tensões geradas pelo trafego.
Bases rígidas:
Concreto de cimento é a mistura de cimento, areia, agregados e agua deve
seguir o projeto e os estudos para seu dimensionamento, pode ser armada ou não, e
somente a base é propriamente rígida.
Macadame de cimento sua base é composta de agregados graúdos com
diâmetro entre 50 a 90mm, os vazios entre os graúdos são preenchidos com
agregados mais finos misturados com cimento para ligação e travamento do
sistema.
Solo cimento é a dosagem de um determinado solo escolhido, agua e
cimento em proporções determinadas, depois da mistura é compactada seguindo as
condições exigidas para ser considerada como base de pavimento.
Bases flexíveis:
Base de solo estabilizado é uma camada de solo que satisfaz: limite de
liquidez, índice de plasticidade, granulometria seguindo as especificações de
normas, a estabilização pode ser natural ou artificial.
29
Base de macadame hidráulico é a substituição de assentamentos pedras
assentadas por camadas de agregados comprimidas, e para preencher os vazios
colocar pedras britadas com suporte da agua.
Base de brita graduada é a mais usual onde mistura agregado previamente
dosado incluindo o material de enchimento, agua e eventualmente o cimento.
Base de macadame betuminoso é uma suposição da camada de agregados
ligadas pela pintura dos matérias betuminoso.
Bases de paralelepípedo e de alvenaria poliédrica usa em estradas antigas
que com aumento da velocidade pelos veículos causa trepidações e alta sonoridade,
então é feito um reaproveitamento, recapeando o revestimento com materiais
betumes betuminosos onde o revestimento antigo se tornou base.
Figura 11 - Terminologia das bases
Fonte: Senço (1997, pg.25)
Figura 12 - Classificação das bases e sub-bases flexiveis e semi-rigidas
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.96).
2.3.2.3 SUB-BASE
É camada inferior a base e superior a regularização ou reforço do subleito, e o
seu material dever ter uma qualidade melhor que do material do reforço.
2.3.2.4 REFORÇO DO BUBLEITO
É camada que protege o subleito e complementa a sub-base, dever resistir e
distribuir esforços no subleito, onde as camadas superiores devem suportar todas as
cargas não transmitindo para o reforço, assim ele não se torna obrigatório na
estrutura do pavimento.
31
2.4.1 Método DNER
O dimensionamento pelo método tradicional do DNER usa o CBR como
parâmetro e o foco voltado para o subleito e as deformações permanentes, os
afundamentos de trilha roda é consequência da deformação elástica do subleito e
também das camadas, que pode ser desenvolvida no revestimento quando
projetado adequadamente (Mota, Medina 2006).
Segundo o DNIT (2006) esse método do DNER, tem como base estudos de
autoria de R.G. Alvin e W.L. Turnbll, C.R.Foster que Engenheiros do exército dos
E.E.U.U. E analises obtida na pista experimental da AASHTO.
A capacidade de suporte de carga do subleito e dos materiais que formam os
pavimentos é obtidas pelo CBR, realizando-se ensaios em corpo-de-prova
indeformados ou moldado em laboratório.
Todas as camadas do pavimento junto com subleito deve ser compactada de acordo
com as exigências de normas, e em nenhum situação o grau compactação calculada
estaticamente deve ser executada menor que 100% do que o indicado.
O matérias que constituem subleito devem apresentar um CBR ≥2%, expansão ≤
2% medida no CBR.
Especificação dos materiais que constitui a estrutura do pavimento
a) Reforço do subleito, materiais que tenham C.B.R. maior que do subleito (calculada com sobrecarga de 10lb).
b) Sub-base, materiais que tenham C.B.R. ≥20%, IG=0, e expansão ≤ 1% (calculada com sobrecarga de 10lb).
c) Base, matérias que tenham C.B.R ≥80% e expansão de 0,5% (calculada com sobrecarga de 10lb), índice de plasticidade ≤ 6% e Limite Liquidez ≤ 25%.
Pode utilizar matérias que tenham C.B.R≥ 60% para um N≤ 5x10^6, os matérias
para base granular tem que se enquadra na tabela granulométrica da imagem
abaixo.
32
Figura 13 - Granulométrica para Base Granular
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.143.
A porcentagem graúda deve conter um desgaste Los Angeles inferior ou igual a 50,
a porcentagem que passa na peneira nº 200 deve ser inferior a 2/3 da que passa na
peneira de nº 40.
2.4.1.1 Determinação do número (N)
É dimensionado em função de um numero de passagem por um eixo tomado
como padrão em um tempo de projeto escolhido, o fator de operação de eixo
simples e tandem, com cargas diferentes e eixo padrão é de carga de 8,2 toneladas
(18000lb).
2
(53)
Onde:
V1= volume médio diário no ano de abertura da via
P = período de projeto em anos
t= taxa de crescimento anual
Volume total de trafego
33
N = Vt x (FV). F.V = (F.E) x (F.C) (6)
F.E = critério que determina o número de veículo correspondente no trafego (fator de
eixo)
F.C = critério que indica a carga por eixo do trafego (fator de carga)
F.V = fator de veículos, F.V = (F.E) x (F.C).
Deve-se conhecer um quantificação do trafego para calcular o F.E, FC, F.V,
pois deve ter um volume total de trafego, para se ter o número de eixo e a carga de
todos eles, conforme a figura abaixo.
Figura 14 - Fator de Equivalência de Operação
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.144.
34
Com todos os pesos em mãos, determina o valor de equivalência, figura abaixo.
Figura 15 - Determinação do Fator de Operações
Fonte: DNIT(2006), pg.144.
Coluna 4, produto do valor colune 2 pelo da coluna 3, a soma da coluna 4 representa
(FC)X100, que é Equivalência =100*F.C, onde . = Equivalencia
100 .
2.4.1.2 Dimensionamento das Camadas
Revestimento
Essa camada é adotada pelo DNIT(2006), onde ela é responsável de proteger
a base dos esforços, adota-se uma espessura mínima para os revestimentos
betuminosos, conforme a figura abaixo.
Figura 16 - Espessura Mínima de Revestimentos Betuminoso
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.147.
35
Para dimensionar as demais camadas da estrutura é necessário adotar mais
um coeficiente que determina a equivalência estrutural para os diversos materiais
que constitui o pavimento, adotar conforme a figura abaixo, DNIT (2006).
Figura 17 - Coeficiente de Equivalência Estrutural
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.146.
O coeficiente de equivalência estrutural é utilizado nas inequações para determinação da
espessura da camada:
RKR+BKB+h20 KS +hn KRef ≥ Hm,
(8)
hn – reforço subleito
Para determinar a altura total do pavimento usa-se a expressão abaixo, onde o CBR, a ser
considerado é o CBR, da camada de apoio, camada inferior.
Ht = 77,67 . N 0,0482 . CBR -0,598 (9)
Figura 18 - Determinação de Camadas do Pavimento
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.149.
2.4.2 Método da resiliência
O método de dimensionamento da resiliência ou mecanístico-empírico (ME)
tem uma característica mais especifica, o método determinar e analisa o pavimento
de acordo com as suas solicitações, melhorando o seu comportamento estrutural e o
comportamento funcional, é muito importante nos dias de hoje onde cada vez mais
tem variação no trafego de veículo (COUTINHO 2011).
Esse método foi desenvolvido devido alguns fatores que são: ter ideia sobre a
mecânica das deflexões e tensões, ter conhecimento do comportamento físico e
mecânico dos solos, elaboração de ensaios dos matérias e estudos do trafego
(MONOSMITH,2004).
Segundo o DNER(1996) no Brasil até a década de 70 era usado para
dimensionamento de pavimentos o método do CBR, então perceberam que a
superfície rodoviária vinha apresentado alguns patologias prematura (fadiga da
estrutura) devido o constante volume de trafego imposto sobre a via. E então
37
adotaram o estudo de resiliência dos materiais, permitindo assim uma análise
estrutural do pavimento. Com essa metodologia é possível analisar e visualizar o
estado de tensão e deformação de uma estrutura de pavimento, onde as
deformações são elásticas de modo em que são recuperáveis.
Condições que atingem o comportamento do Modulo de Resiliência dos solos
(Granulares) DNER(1996).
Quantidade de repetições (N)
Dependendo do número de repetição da tensão, o modulo de resiliência pode
aumentar ou diminuir, onde depende de vários fatores do material como:
índice de vazios, densidade, saturação, e do número de tensão repetida.
Tempo de história da tensão
Todo solo deve ser ensaiado sob condições de cargas que serão aplicáveis
no pavimento, por que todo solo tem um comportamento de tensão não linear,
relacionado com a história e tempo de tensão. O mesmo solo pode ser
ensaiado com mais de uma tensão, para determinação do módulo de
resiliência em cada etapa, onde deve seguir as seguintes condições: O solo
tem que ser submetido a cargas variadas e repetidas similares com as
encontradas o pavimento, para excluir deformação permanente inicial
proporcionando condição de pré-adensamento: em materiais saturados
devem ser executados na condição drenada, evitando variação na pressão
neutra: a resiliência deve ser definida após as repetições mínimas acima da
qual ela estava constante.
Tempo e frequência de carga
É dimensionado relacionando a velocidade dos veículos e o pavimento no
ponto da resiliência, a frequência é relativa ao trafego da estrada de estudo.
Condições que atingem o comportamento do Modulo de Resiliência dos solos
(finos coesivos) DNER(1996).
Quantidade de repetições (N) e Tempo de história da tensão
Efeito característico de materiais arenosos reduzidos ou excluídos pelo pre´-
condicionamento que constitui em fases de carregamento e descargas.
Tempo e frequência de carga
38
Frequência de aplicação 20 a 60 por minuto, com tempo de 0,86 a 2,86
segundos umidade aproximada de ótima.
Umidade, massa especifica.
2.4.2.1 Classificação dos solos quanto a resiliência
Solos granulares
De acordo com a norma DNER 269/94 (1994) são considerados solos
granulares materiais que ficam 35% do peso retidos na peneira de malha de
0,075mm (nº 200), que são os: solos arenosos, pedregulhos, brita graduada, solo
brita etc.
O DNER (2006) apresentar a figura abaixo onde classifica o solo pelo seu
comportamento.
Fonte: DNER(1996), manual de pavimentação – pg.95.
39
GRUPO A – nível se resiliência elevado.
GRUPO B – nível de resiliência médio, K2≤0,50 – comportamento classifica bom, K2≥0,50 –
comportamento é relativo a espessura da camada e qualidade do subleito.
GRUPO C – nível baixo de resiliência.
Solos finos
De acordo com o DNER (1996) são considerados solos finos materiais que passam
de 35% do peso retidos na peneira de malha de 0,075mm (nº 200).
De acordo com a norma DNER 269/94 (1994) os solos finos são identificado por tipo
relacionando o CBR com o valor em porcentagem de silte, conforme a figura abaixo.
Figura 20 - Figura – Identificação do tipo dos Solos Finos
Fonte: norma DNER 269/94 (1994) – pg.8.
Classificação I – solos apresenta um bom comportamento estrutural quanto a resiliência
indicado como reforço subleito ou subleito.
Classificação II – solos com grau intermediário quanto a resiliência como subleito, indicado
para reforço do subleito.
Classificação III – solos que apresenta comportamento ruim, grau de resiliência elevado,
não aconselha o seu uso em camadas de pavimentos.
Expressão para encontrar o silte:
S= 100x P1
40
Dimensiona-se da seguinte forma: Com o CBR e o número N, calcula a espessura total da
estrutura de pavimento.
(115)
(12)
Espessura do revestimento betuminoso HCB (cm),
HCB = -5,737+807,961/D + 0,972xL1+4,101xL2 (13)
L1e L2, são constantes relacionadas com a resiliência do dimensionado para o subleito.
Camada tipo I: L1 = 0 L2 = 0
Camada tipo II: L1 = 1 L2 = 0
Camada tipo III: L1 = 0 L2 = 1
Calcular espessura da camada granular HCG com espessura máxima de 35cm (adotado
através de estudos da resiliência).
HCBxVE+HCG = Ht (14)
Determinação do coeficiente VE- revestimento betuminoso, é encontrado na figura abaixo
onde relaciona o tipo de subleito e o número N conforme a figura abaixo:
41
Fonte: norma DNER (1996) – pg.215.
Para o cálculo da sub-base e reforço com solos finos e classificados quanto a resiliência
CBR>20% usa-se a expressão:
= Htl1 − Htl2
0,70 . ≥ 30
Ht2 – espessura relacionada ao CBR do sub-base ou reforço.
42
3.1 ESCOLHA DO TRECHO
Será escolhido um trecho de uma TO próximo de palmas, com o estudo de
trafego já determinado, onde será analisado o comportamento de acordo com o
número de veículos identificados e será realizado os demais ensaios e estudos dos
solos no traçado de onde será dimensionado o pavimento.
3.2 IDENTIFICAÇÂO DAS CAIXAS DE EMPRÉSTIMOS
Para identificar as caixas de empréstimo primeiramente será cruzado traçado
geométrico do projeto com a carta geotécnica do local, onde será analisada afim de
identificar possíveis jazidas de acordo com o tipo de material daquela região com o
material que precisa para construção do pavimento. Com as jazidas definidas com
auxílio da carta geotécnica, é necessário de uma inspeção de campo no percurso do
traçado, localizando as possíveis jazidas definidas no cruzamento do traçado com a
carta geotécnica, na coleta do material deverá fazer alguns teste para identificar se o
material realmente tem características necessária para o dimensionamento, esses
testes servira como base para caracterização dos materiais em campo onde será
decido se o a jazida servira ou não como caixa de empréstimo.
Os testes são os seguintes: teste visual, teste de tato, teste de corte, teste da
dilatância e teste da resistência seca, auxiliando na caracterização do material que
precisara e ensaiar em laboratório, observando regiões de solos finos e grossos, e
quanto a sua coloração, forma e consistência (solos moles) visando as possíveis
camadas dos materiais, assim podendo descartar jazidas que não servem tais como:
solos com alta fração de materiais finos, solos muito úmidos, solos com
contaminação orgânica.
3.3 ENSAIOS.
Com as caixas de empréstimo já determinadas, serão realizados ensaios com
objetivos de classificar os matérias das caixas de empréstimo que será utilizada nas
camadas do pavimento e classificar os matérias que formam o subleito, que
acontecera da seguinte forma: serão coletadas em campo amostras das jazidas
definidas e amostras junto ao traçado onde será dimensionado o pavimento para
43
classificação do subleito seguindo as especificações da NBR-6457 (2016), As
amostras deformadas serão coletadas utilizando uma picareta e uma pá, e levadas
para o laboratório onde serão realizados os seguintes ensaios:
a) Granulometria através de malhas de peneiras NBR 7181(1984) b) Limite de Plasticidade NBR (7180:2016) c) Limite de Liquidez NBR 6459 (2016) d) Compactação NBR 7182 (2016) e) ISC ou CBR DNIT172(2016) f) Expansibilidade em solos lateríticos
3.3.1 COLETA DAS AMOSTRAS
Para coleta de matérias seguindo o DNER (1996) para analises do subleito
serão feitos furos nas bordas e no eixo da via com espaçamento máximo de 100 a
200 metros entre furos com profundidade de 0,60m a 1,00m e deve reduzir a
distância entre furo se o solo variar muito isso para os ensaios de caracterização e
compactação, será colocado uma estaca em cada furo e numera-las para fins de
identificação, as amostras serão da mesma forma identificadas com etiquetas, cada
camada de solo será medida sua profundidade inicial e final. As amostras que serão
ensaiadas para o CBR, deve ser coletadas a cada 200m, podendo reduzir a
distância caso o solo variar muito, e coletar quantidade suficiente para moldar três
corpos de provas.
Para coleta das amostras da caixa de empréstimo serão feitas da seguinte
forma: delimitar a área da possível existência do material, faz-se uma malha de furos
para coleta do material com distância de 30 metros de lado, cada camada será
coletada uma amostra para ensaios citados acima, anotando a espessura de
mudança de cada camada e etiquetadas, os furos identificados e estaqueados, caso
exista camada com mais de 1m de espessura, será realizado os ensaios acima
citado para cada metro de profundidade da camada, os ensaio de ISC os corpos de
provas serão os mesmos que os usados para compactação conforme o DNER
(1996).
Depois de coletado o material e levadas para o laboratório, o resultados de
acordo com o DNER, deve ser apresentados em um quadro de resultado de
ensaios, onde é apresentado separadamente a classificação do solos e as análises
Mde granulometria em porcentagens, LL, LP, ISC, IG, expansão (ISC), com base
44
nos ensaios e coletas de dados em campo e identificação dos furos deve apresentar
os resultados com um traçado do perfil longitudinal e calcular o volume para cada
tipo de material encontrado, obedecendo as quantidades mínimas de material
reconhecido por quilômetros, que são as seguintes:
Reforço do subleito ou regularização - 2 500m3
Sub-base - 2 000m3
Base - 2 000m3
Os resultados de inspeção e sondagens serão apresentados nas seguintes
indicações abaixo:
Quadro-resumo dos Resultados dos Ensaios (ANEXO 2)
Análise Estatística dos Resultados (ANEXO 3)
Planta de Situação das Ocorrência (ANEXO 4)
Perfis de Sondagem Típicos (ANEXO 5)
Perfil Longitudinal (ANEXO 6)
3.4 TRAFEGO
Será escolhido um trecho de uma via com o fluxo de veículo já identificado,
com o trafego já obtido, serão estudados e analisados os esforços devido o fluxo de
veículos e calculados de forma distribuir essas cargas entre as camadas
assentadas.
Para determinação do número “N” baseado no DNIT (2006), será encontrado
o volume médio diário, fator de carga e fator de eixo, assim chegando no número
“N”.
45
Com as amostras já ensaiadas o dimensionamento será realizado pelo
método do DNER conforme o item 2.4.1 e método Mecanicista conforme o item
2.4.2, o número “N” será calculado conforme o fluxo de veículo da via. Após o
cálculo do número “N” será conhecido a espessura do revestimento utilizando o
número “N” conforme a figura nº17. A formula nº 8 e 9 e figura nº 19 representam
como será classificadas as camadas e calculada as espessuras da base e sub-base,
onde será necessário o conhecimento do CBR da camada inferior de cada camada,
o CBR é encontrado utilizando a formula nº 4, deve-se respeitar a espessura mínima
de 15cm e o CBR mínimo de 60% e para sub-base de 20% conforme o
DNER(2006).
No método mecanicista com o CBR calculado deve encontrar a fração de silte
no solo através da formula nº 10 e relacionar o CBR com a fração de silte conforme
a figura nº21 para assim classificar o solo quanto ao comportamento estrutural a
resiliência para que possa determinar os materiais para cada camada do pavimento.
Com material determinado quanto a resiliência, através da formula nº 11 encontra a
espessura total. Encontra a deflexão através da formula nº12, seguindo o máximo
admissível de 0,01m, para que assim encontra-se a espessura do revestimento
betuminoso HCB, pela formula nº 13. Partindo para o cálculo da camada granular
respeitando a espessura máxima de 35cm adotado através de estudos da resiliência
usando a formula nº 14, para o cálculo da sub-base e reforço do subleito pela
resiliência com CBR>20% usar a formula nº15. Os resultados serão apresentados
atreves de planilhas e quadros onde algumas são apresentadas em anexo.
46
ETAPAS
2017 2018
JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN
Escolha do tema X
X X X
Elaboração do Projeto
Análise dos Dados X X X X X
Redação do trabalho X X X
Revisão e redação final
X
X
X X
6 REFERÊNCIAS
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1997. 746 p.
rodoviaria. São Paulo,SP: Dner, 1994. 17 p.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Org.). Manual de Pavimentação. 3. ed.
Rio de Janeiro, Rj: Engesur Ltda, 2006. 274 p. (II).
RIO DE JANEIRO. DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADA E RODAGEM. Manual de
Pavimentação. 2. ed. Rio de Janeiro: Dner / Abnt, 1996. 320 p. (I).
BALBO, Jose Tadeu. Pavimentação Asfaltica: materiais, projetos e restaurações. São
Paulo,sp: Oficina de Textos, 2007. 555 p
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Tráfego. 1. ed. Rio de Janeiro, Rj: Engesur Ltda, 2006. 384 p. (I).
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