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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR - UCSAL ESCOLA DE ENGENHARIA VITOR CERQUEIRA DONIM TABELAS PARA VERIFICAÇÃO DE PERFIS FORMADOS A FRIO SALVADOR – BA JULHO / 2009

Dimensionamento Perfis Formados a Frio

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR - UCSAL

ESCOLA DE ENGENHARIA

VITOR CERQUEIRA DONIM

TABELAS PARA VERIFICAÇÃO DE PERFIS FORMADOS A FRIO

SALVADOR – BA JULHO / 2009

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VITOR CERQUEIRA DONIM

TABELAS PARA VERIFICAÇÃO DE PERFIS FORMADOS A FRIO

Monografia apresentada ao Curso de

Engenharia Civil da Universidade Católica do

Salvador como requisito parcial para obtenção

do grau de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Jorge Fortes Filho

SALVADOR – BA JULHO / 2009

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RESUMO

Apresentam-se tabelas para perfis de aço formados a frio, funcionando como vigas

submetidas à flexão simples, úteis para pré-dimensionamento ou verificação expedita destes

perfis com seções transversais do tipo U simples, U enrijecido, I simples, I enrijecido e Caixa.

As tabelas foram elaboradas com a utilização do programa computacional DimPerfil,

fornecido pelo Centro Brasileiro de Construção em Aço (CBCA), e de acordo com as

prescrições das normas brasileiras: NBR6355:2003 – Perfis estruturais de aço formados a frio

– Padronização e NBR14762:2001 – Dimensionamento de estruturas de aço formados a frio –

Procedimento.

Palavras-chave: Perfis formados a frio. Vigas de aço. Verificação estrutural.

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ABSTRACT

Tables for cold-formed structural steel members are presented, working as beams submitted to

simple flexion, which are useful for previous or expeditious verification of these members

approaching single C-sections, lipped C-sections, single I-sections, lipped I-sections and Box-

sections. The tables were elaborated making use of a computer program provided by the

Brazilian Center of Steel Construction (CBCA) named DimPerfil, according to the following

Brazilian norms’ prescriptions: NBR6355:2003 – Perfis estruturais de aço formados a frio –

Padronização and NBR14762:2001 – Dimensionamento de estruturas de aço formados a frio

– Procedimento.

Key-words: Cold formed steel members. Steel beams. Structural verification.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 06

1 A RESPEITO DOS PERFIS FORMADOS A FRIO 07

1.1 Definição 07

1.2 Propriedades 08

1.3 Processo de fabricação 08

1.4 Padronização dos perfis formados a frio (NBR 6355:2003) 09

2 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL 12

2.1 Conceito de flambagem 13

2.2 Conceito de torção e empenamento 14

2.3 Modos de instabilidade 15

2.3.1 Flambagem local e o método das larguras efetivas 15

2.3.2 Flambagem por distorção e a influência dos enrijecedores 19

2.3.3 Flambagem lateral com torção 22

2.4 Cisalhamento 23

3 PRESCRIÇÕES DA NBR 14762:2001 25

3.1 Cálculo da largura efetiva 25

3.2 Cálculo do momento fletor resistente de cálculo 29

3.2.1 Início de escoamento da seção efetiva 29

3.2.2 Flambagem lateral com torção 29

3.2.3 Flambagem por distorção da seção transversal 31

3.3 Cálculo da força cortante de cálculo 32

3.4 Momento fletor e força cortante combinados 33

3.5 Cálculo dos deslocamentos 33

4 EXEMPLO PRÁTICO 35

4.1 Cálculo das larguras efetivas (Estado Limite Último) 35

4.2 Cálculo do módulo resistente elástico efetivo 38

4.3 Cálculo do momento resistente de cálculo 41

4.4 Verificação ao cortante 42

4.5 Momento fletor e força cortante combinados 42

4.6 Cálculos para o Estado Limite de Utilização 42

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5 ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS TABELAS 44

5.1 Diretrizes 44

5.2 Construção 46

5.3 Utilização e apresentação 49

6 ANÁLISE DOS DADOS 58

CONCLUSÃO 60

REFERÊNCIAS 61

Page 7: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

6

INTRODUÇÃO

O dimensionamento de perfis de aço formados a frio submetidos à flexão é complexo e

trabalhoso, devido a grande quantidade de cálculos e análises dos vários modos de

instabilidade a serem verificados.

Para auxiliar a estudantes de engenharia e projetistas, elaboraram-se tabelas de pré-

dimensionamento de perfis formados a frio submetidos à flexão simples contendo

informações a respeito da resistência, modo de colapso ou instabilidade, e os vão máximos de

cada perfil escolhido. Com o uso das tabelas, poderão ser feitas análises de perfis com seções

transversais diferentes de acordo com as condições pré-estabelecidas. As tabelas são úteis

também para facilitar a escolha rápida de perfis de modo a avaliar vigas de outros materiais,

confrontando, questões técnicas e econômicas.

Algumas tabelas de pré-dimensionamento de perfis formados a frio já foram elaboradas

(Rodrigues, 2006); porém, dedicado a residências construídas de acordo com uma concepção

estrutural particular: o Light Steel Framing (LSF), que utiliza painéis modulados constituídos

por perfis formados a frio. Para o uso destas tabelas, no caso de vigas de piso, os dados de

entrada são cargas distribuídas, espaçamento entre vigas e vãos máximos para se obter o perfil

desejado.

As tabelas apresentadas neste trabalho diferem das tabelas de Rodrigues (2006) por

abranger qualquer método construtivo que utilize perfis formados a frio, por haver cinco

opções no tipo de seção transversal e pela forma de entrada e saída dos dados da tabela, que

será visto posteriormente.

O programa de computador DimPerfil utilizado para a realização dos cálculos e

construção das tabelas deste trabalho foi elaborado especificamente para atender às

necessidades de Silva (2006) e é distribuído gratuitamente. A principal ferramenta do

programa é fazer cálculos de esforços resistentes. Os resultados são exibidos em forma de

gráficos, tabelas e relatórios detalhados que possibilitam o acompanhamento da memória de

cálculo de acordo com a NBR 14762:2001.

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7

1 A RESPEITO DOS PERFIS FORMADOS A FRIO

Os perfis formados a frio são elementos de aço que atendem bem às exigências da

industrialização e são cada vez mais empregados. São formados por chapas delgadas

(espessura de 1,2mm a 6,3mm) de aço que podem ser galvanizadas ou não e permitem

concepções estruturais esbeltas e eficientes para uso em edificações. As chapas extremamente

finas facilitam o processo de fabricação, manuseio, transporte e montagem dos perfis,

dispensando o uso de qualquer tipo de maquinaria pesada. Além disso, a maleabilidade das

chapas permite a fabricação de grande variedade de seções transversais.

A preferência das empresas no uso de perfis de aço formados a frio, tendência cada vez

mais marcante na área de estruturas metálicas, é devido à carência de perfis laminados no

mercado. Os perfis formados a frio são empregados usualmente em estruturas mais leves.

Assim, está ocorrendo uma intensificação do uso de perfis formados a frio em substituição aos

laminados de pequenas dimensões, bem como de perfis soldados, substituindo os laminados

de grandes dimensões.

O dimensionamento de estruturas compostas por perfis formados a frio requer alguns

cuidados, pois seu comportamento estrutural apresenta certas particularidades em relação aos

perfis laminados ou os soldados e às demais estruturas. Por sua baixa rigidez à torção, os

perfis podem apresentar problemas de instabilidade e deformações excessivas. Silva (2008)

afirma que o conhecimento dos esforços internos clássicos ensinados nos cursos de resistência

de materiais, não é suficiente para compreender o comportamento desse tipo de perfil. É

necessário compreender outros tipos de fenômenos, como empenamento.

Neste capítulo, serão apresentadas informações gerais sobre os perfis formados a frio,

propriedades, fabricação e as seções transversais normatizadas.

1.1 Definição

De acordo com a NBR 6355:2003 – Perfis estruturais de aço formados a frio –

Padronização (item 3.1.1), o perfil estrutural de aço formado a frio é definido como um “perfil

obtido por dobramento, em prensa dobradeira, de tiras cortadas de chapas ou bobinas, ou por

conformação contínua de matrizes rotativas, a partir de bobinas laminadas a frio ou a quente,

revestidas ou não, sendo ambas as operações realizadas com o aço em temperatura ambiente.”

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8

Toda parte constituinte de um perfil formado a frio (mesa, alma, enrijecedor, etc.) é definido,

pela norma, como elemento.

1.2 Propriedades

A NBR 14762:2001 – Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis

formados a frio – Procedimento recomenda o uso de aços com qualificação estrutural e que

possuam propriedades mecânicas adequadas para receber o trabalho a frio. O valor da relação

entre a resistência à ruptura e a resistência ao escoamento fu/fy deve ser maior do que 1,08,

condição que só não seria atendida em casos de pedidos excepcionais com especificações

personalizadas e, portanto, diferentes daquelas especificadas pelos fabricantes. Os aços sem

qualificação estrutural também são aceitos, desde que também possuam propriedades

mecânicas adequadas para receber o trabalho a frio, porém, no caso destes aços, não devem

ser adotados no projeto valores superiores a 180 MPa e 300 MPa para a resistência ao

escoamento e a resistência a ruptura, respectivamente. A NBR 6650:1986 – Chapas finas a

quente de aço-carbono para uso estrutural, que trata de chapas com espessuras de até 5,0 mm,

subdivide as chapas em cinco graus de acordo com os limites de escoamento que podem

variar de 210 MPa até 300 MPa e com os limites de ruptura que variam de 340 MPa a 490

MPa. Neste trabalho, optou-se por considerar a utilização de uma chapa de grau intermediário

com a resistência ao escoamento do aço igual a 250 MPa e a resistência a ruptura igual a 400

MPa e fu/fy = 1,6.

1.3 Processo de fabricação

Em estruturas de edificações, a matéria-prima comumente utilizada na fabricação de

perfis formados a frio é o aço zincado de alta resistência (ZAR). Esse aço recebe uma camada

de revestimento de zinco por um processo contínuo de imersão a quente, garantindo a

uniformidade na espessura do revestimento e conferindo ao aço uma elevada resistência à

corrosão. As siderúrgicas comercializam esse aço em forma de bobinas com espessuras que

variam de 1,2 a 16 mm e larguras entre 1.000 mm e 1.880 mm. As dimensões variam

conforme a especificação de cada fabricante.

Page 10: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

9

Existem dois tipos de processos de fabricação de perfis formados a fio, a saber:

perfilação e dobramento (vide figuras 1 e 2). O primeiro é considerado como contínuo e o

segundo como descontínuo. O processo, para os dois casos, consiste em preparar a chapa e

efetuar a conformação mecânica. A diferença básica entre os dois processos está no tipo de

equipamento utilizado e na produtividade alcançada em cada um. No Brasil, o processo por

dobramento, que utiliza um equipamento denominado dobradeira, é o mais utilizado. As

dobradeiras são prensas hidráulicas que realizam a conformação a frio das tiras em perfis nas

mais variadas formas de seção transversal. O comprimento do perfil, que é geralmente de 3 ou

6 metros, está limitado ao comprimento da prensa. Neste processo, após o corte, a tira é

submetida ao processo de conformação em um número de vezes igual à quantidade de dobras

da seção transversal, ou seja, para se obter um perfil com duas dobras ou arestas a tira deve

passar pela prensa duas vezes, o que interfere na produtividade do processo. A fabricação via

processo de perfilação é adequada à concepção em série e é realizada em mesa de roletes em

linha por meio de estágios de conformação. Esse processo permite maior liberdade nos

comprimentos dos perfis e maior capacidade de produção.

(a) (b)

Figura 1 – Conformação de perfis com perfiladeira (Fonte: http://www.casasprefabricadas.net/pt_001.htm)

Figura 2 – Conformação de perfis com prensa dobradeira (Fonte:

http://www.honoresas.com/moyens_prod/valajol/photo11.jpg)

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10

Segundo Moliterno (1989), “as propriedades mecânicas das seções obtidas de lâminas,

chapas e barras dobradas a frio são na maioria das vezes substancialmente diferentes daquelas

provenientes dos aços originais (virgens)”. Isto ocorre porque o processo de conformação a

frio das chapas finas altera as propriedades mecânicas do aço devido ao encruamento. Nesse

fenômeno, ocorre o carregamento até a zona plástica, descarregamento, e posterior

carregamento. Com isso, ocorre um aumento do limite de escoamento e da resistência à

tração, com conseqüente redução da ductilidade (propriedade física dos materiais de

apresentarem grandes deformações antes de se romperem). Esses efeitos podem se concentrar

nas regiões vizinhas aos cantos dobrados ou se distribuir ao longo dos elementos que

constituem a seção transversal do perfil, a depender do processo de conformação utilizado. A

norma apresenta um procedimento de cálculo (anexo B da NBR 14762:2001) para que esse

efeito seja considerado, substituindo a resistência ao escoamento do aço virgem (fy) por uma

resistência ao escoamento do aço modificada (fya).

1.4 Padronização dos perfis formados a frio (NBR 6355:2003)

A NBR 6355:2003 fixa os requisitos exigíveis dos perfis estruturais de aço formados a

frio, apresentando as séries comerciais e suas respectivas designações, as tolerâncias nas

formas e dimensões e as tabelas com dimensões, massa e propriedades geométricas de cada

seção da série comercial.

Para o cálculo das propriedades geométricas, a norma adota as seguintes hipóteses e

simplificações:

1. Seção transversal bruta e com espessura constante;

2. Raio interno de dobramento igual à espessura do perfil para espessuras menores

ou iguais a 6,30mm;

3. Todo material é considerado como concentrado na linha média da seção e os

elementos são tratados como linhas retas (parte plana) ou curvas (dobras),

exceto para o cálculo da constante de empenamento e da posição do centro de

torção onde as dobras são consideradas como cantos retos. Os valores assim

obtidos são multiplicados pela espessura, de maneira a obter as propriedades

geométricas de interesse;

4. Para todos os perfis, o eixo x é o eixo paralelo à mesa ou aba.

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11

A designação dos perfis é feita da seguinte forma: símbolo do perfil x dimensão dos

elementos (alma, mesa e enrijecedor, se houver, nesta ordem respectivamente) x espessura,

sendo todas as dimensões expressas em milímetros. Por exemplo, um perfil do tipo U simples,

com dimensões da alma de 90 mm, mesa de 40 mm e espessura de 2,25 mm é designado da

seguinte forma: U 90 x 40 x 2,25. A tabela 1 demonstra, de maneira simplificada, os tipos de

perfis padronizados pela NBR 6355:2003.

Tabela 1 – Perfis padronizados pela NBR (Fonte: NBR 6355:2003)

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2 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL

Neste capítulo expõem-se aspectos a respeito do funcionamento estrutural de perfis

formados a frio de uma maneira geral e depois de uma maneira mais específica para vigas

submetidas à flexão simples.

Tecnicamente, a maior desvantagem no uso de perfis formados a frio está na

susceptibilidade de ocorrência de um fenômeno denominado flambagem. Flambagem é um

fenômeno no qual uma estrutura cuja forma estava em equilíbrio estável passa a ficar com

equilíbrio instável. O maior risco de flambagem ocorre principalmente porque, como

mencionado anteriormente, os elementos individuais dos perfis têm espessuras usualmente

muito pequenas com relação à sua largura.

A análise não-linear de estabilidade tem como objetivo investigar os modos e as forças

críticas de flambagem de elementos estruturais suscetíveis a este fenômeno. Venanci (2005)

afirma que “o projeto estrutural de barras de aço formadas a frio é altamente dependente da

análise de estabilidade, especialmente para o caso de barras classificadas como de paredes

finas e de seção aberta, cujo comportamento de estabilidade deve ser obtido com precisão

para se obter resultados seguros nos procedimentos de dimensionamento.”

O tipo de instabilidade está condicionado às características geométricas dos perfis e às

condições de vínculos e carregamentos. Sendo assim, as normas relacionadas ao assunto

utilizam de métodos simplificados e interativos de cálculo, com o intuito de fornecer ao

engenheiro civil ferramentas que sejam práticas e apresentem um resultado satisfatório.

Outro fenômeno que interfere no comportamento dos perfis de seção aberta é a torção.

As peças submetidas à torção pura correspondem aos casos onde a única solicitação é o

momento torçor, um par de conjugados agindo em sentidos opostos. Segundo a Teoria da

Estabilidade Elástica citada, entre outros, por Timoshenko, uma barra com seção transversal

aberta poderá sofrer flexão e torção ao ser submetida a uma força de compressão atuante no

seu centro de gravidade. Para o caso de vigas submetidas à flexão simples considera-se que a

torção é ocasionada pela aplicação de cargas situadas fora do centro de torção ou centro de

cisalhamento da seção cuja definição encontra-se no item 2.2.

Neste capítulo serão abordados alguns conceitos básicos de flambagem, torção e

empenamento, além dos modos de instabilidade que regem o processo de verificação de perfis

formados a frio, com o intuito de propiciar o entendimento do comportamento estrutural

destes perfis.

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2.1 Conceito de flambagem

Os elementos esbeltos planos podem se tornar instáveis para tensões de valores

inferiores ao limite de escoamento do material (fase elástica), quando sujeitos à compressão,

cisalhamento, flexão, ou uma iteração entre os mesmos. Então, conforme afirma Timoshenko

(1878), em muitos casos, a ruptura de uma estrutura deve ser atribuída à instabilidade elástica

e não à falta de resistência por parte do material.

De acordo com a Teoria de Euler, a flambagem ocorre quando acontece uma alteração

na configuração de equilíbrio de uma estrutura, existindo uma forma reta e uma forma curva

para esta configuração. Isso significa que um elemento susceptível à flambagem pode

apresentar tanto uma forma reta em condição instável de equilíbrio como uma forma curva em

condição estável de equilíbrio. Por exemplo, considerando o caso de uma barra com a forma

de prisma vertical esbelto engastado na extremidade inferior, livre na superior, na qual atua

uma força normal de compressão. Se esta força for inferior a um determinado valor, a barra

permanece reta e sofre somente compressão axial, essa forma reta do equilíbrio elástico é

estável, isto é, se uma força lateral for aplicada e um pequeno deslocamento for produzido,

este deslocamento desaparece quando a força lateral for afastada e a barra torna-se novamente

reta. Incrementando gradualmente o valor da força axial, pode-se chegar a uma condição em

que a forma reta de equilíbrio torna-se instável, porém ainda indeformada. Uma pequena força

lateral ou a ocorrência de vibrações poderão produzir um deslocamento lateral que não

desaparecerá com a causa que o produziu. Leonhard Euler, importante matemático e físico

suíço, definiu a carga crítica de flambagem como a carga axial para a qual a forma reta, de

equilíbrio da barra, deixa de ser estável. Seu valor é calculado pelo emprego da equação

diferencial da linha elástica e não depende da resistência do material, mas somente, do

módulo de deformação longitudinal do material e das dimensões da barra.

Para a consideração da flambagem em estruturas em geral calcula-se o índice de

esbeltez da peça. Esse parâmetro estabelece a relação entre o comprimento de flambagem da

barra, que depende das suas condições de apoio, e o raio de giração mínimo. O raio de giração

mínimo, apesar de não ter significado físico, apresenta grande aplicação prática em questões

de Resistência dos Materiais ou para certos estudos comparativos. Em estruturas metálicas

que utilizam perfis laminados ou soldados, o índice de esbeltez limite estabelecido pelas

normas deve ter valor igual ou inferior a 200. No caso particular de perfis formados a frio,

utiliza-se um valor de índice de esbeltez reduzido, que será visto posteriormente.

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14

2.2 Conceito de torção e empenamento

A torção de uma seção é caracterizada por deslocamentos que ocorrem fora do seu

plano. Percebe-se que o estudo da Resistência dos Materiais considera o efeito da torção

aplicado em seções transversais circulares, pois estas permanecem planas e com sua forma

conservada durante a deformação. O mesmo não acontece para seções transversais diferentes

da circular. De acordo com Timoshenko (1878), o problema da torção de um eixo de seção

transversal retangular não é simples devido ao encurvamento da seção transversal durante a

torção.

O empenamento da seção transversal é provocado pelo efeito das tensões tangenciais,

devido aos diferentes alongamentos longitudinais das fibras. A presença do empenamento em

uma barra invalida as simplificações adotadas na Resistência dos Materiais, dentre as quais a

hipótese das seções permanecerem planas na configuração deformada da barra como no caso

da seção circular citada anteriormente. Quando a seção pode empenar livremente ocorre um

estado de cisalhamento puro e a torção é denominada livre ou de Saint-Venant. Todavia,

existem casos em que as condições são tais que obrigam uma ou mais seções transversais a

permanecerem planas, surgindo a questão de saber como um impedimento ao encurvamento

afeta a distribuição das tensões na seção. Na prática, este é o caso que mais ocorre em

estruturas onde a restrição ao empenamento provoca o surgimento de tensões normais e de

cisalhamento. Timoshenko (1878) afirma que para vigas com elementos de parede fina o

impedimento ao encurvamento das seções transversais durante a torção é acompanhado de

flexão das mesas. Os efeitos da restrição ao empenamento devem ser considerados tanto na

avaliação da instabilidade da barra quanto na análise de tensões que leva em consideração

duas parcelas: uma que se refere à torção de Saint-Venant, e outra associada ao efeito da

restrição ao empenamento.

A definição do centro de torção, nada mais é, do que o centro de rotação da seção

quando esta estiver submetida somente à torção. Em seções duplamente simétricas o centro de

torção coincide com o centro geométrico, enquanto que em seções com um único eixo de

simetria o centro de torção encontra-se sobre este eixo, mas afastado de certa distância (xc) do

centro de gravidade (figura 3). Se o carregamento aplicado em uma viga não passar pelo

centro de torção a viga estará submetida a torção, como é o caso dos perfis de seção aberta.

Page 16: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

15

Figura 3 – Posição do centro de torção em perfil de seção aberta do tipo Ue

2.3 Modos de instabilidade

Na compressão e na flexão existem até três modos de instabilidade possíveis: local,

global e interação entre os modos local e global, tornando o tratamento matemático e a

verificação dos esforços resistentes muito mais complexa. Os principais fenômenos que

caracterizam os modos de instabilidade para perfis formados a frio estão arrolados e

detalhados a seguir.

2.3.1 Flambagem local e o método das larguras efetivas

A flambagem local de chapa é caracterizada com o desenvolvimento de grandes

deformações fora do plano da chapa sem o deslocamento relativo das arestas (ver figura 4).

Em outras palavras, existe uma mudança da geometria da seção que se limita à rotações dos

elementos em tornos dos cantos dobrados.

Page 17: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

16

Figura 4 – Flambagem local de mesa em perfis U submetidos a ensaio de compressão centrada. (Fonte: www.scielo.br/img/revistas/rem/v61n3//a16fig8.jpg)

O comportamento de uma chapa, após a ocorrência da flambagem local, pode ser

exemplificado considerando uma placa, quadrada e esbelta, simplesmente apoiada nas quatro

bordas e sujeita a um esforço de compressão normal em dois lados opostos. O comportamento

das paredes de um perfil, com relação à flambagem local, é análogo ao comportamento de

placa isolada, em que os apoios são as junções das paredes do perfil.

Em perfis formados a frio, onde a dimensão longitudinal da chapa é muito maior do que

a transversal, admite-se que, ao se dividir a chapa em faixas, como um sistema de grelhas

(figura 5), as faixas ortogonais ao plano de aplicação da carga se comportam como apoios

elásticos distribuídos ao longo da chapa e, que tal comportamento contribui para aumentar a

rigidez à deformação das barras comprimidas.

Page 18: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

17

Figura 5 – Comportamento associado a grelha (Fonte: Silva, 2008).

Na consideração das instabilidades locais de chapas é feita uma previsão teórica e

simplificada, através de expressões diretas e calibradas empiricamente, em substituição a

análise não-linear. Venanci (2005) afirma que o método com maior aceitação, que é

amplamente empregado, é o Método das Larguras Efetivas. Esse método foi inicialmente

proposto por von Kármán e sua utilização é recomendada pela NBR14762:20001.

A distribuição de tensões ao longo da largura de um elemento apresenta um andamento

não-linear, caracterizado por valores baixos na parte central e pela ocorrência de tensões

máximas junto das bordas, como demonstra a figura 6, ao se incrementar a carga de

compressão. O conceito das larguras efetivas consiste, justamente, em substituir o diagrama

não-uniforme da distribuição das tensões ao longo da chapa por um diagrama uniforme de

tensões. Assume-se, então, que esse diagrama uniforme com valor igual às tensões das bordas

da chapa esteja aplicado em uma largura efetiva fictícia menor ou igual à largura total, a

depender do caso.

Page 19: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

18

Figura 6 – Distribuição de tensões ao longo de um elemento

A condição de contorno da chapa influencia na capacidade resistente da barra e, por

isso, também colabora para o cálculo da largura efetiva. De acordo com a NBR 14762:2001,

existem dois tipos de classificação dos elementos conforme suas vinculações: elemento AA –

elemento plano com as duas bordas vinculadas a outros elementos na direção longitudinal do

perfil, e elemento AL – elemento plano vinculado a outro elemento em apenas uma borda na

direção longitudinal do perfil como mostra a figura abaixo.

Figura 7 – Ilustração dos tipos de elementos componentes de perfis formados a frio. (Fonte: ABNT NBR 14762 – Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio –

Procedimento).

Page 20: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

19

O coeficiente de flambagem (k) é o fator inserido nas expressões para o cálculo das

larguras efetivas que quantifica as diversas condições de contorno e de carregamento das

chapas, sendo obtido por meio da Teoria da Estabilidade Elástica.

2.3.2 Flambagem por distorção e a influência dos enrijecedores

Na flambagem por distorção também ocorre alteração da geometria da seção decorrente

da rotação de um conjunto de elementos com menor rigidez em torno de outro (figura 8). Em

um perfil de seção do tipo U enrijecido, a mesa comprimida associada ao enrijecedor de borda

gira, quase como um corpo rígido, em torno da aresta entre a mesa e a alma, fazendo com que

haja translação da aresta entre a mesa e o enrijecedor, no plano normal à alma (figura 9a) ou

não (figura 9b), acompanhada da flexão fora plano da alma do perfil.

Figura 8 – Foto de perfil após flambagem por distorção (Fonte: Javaroni, 2007)

(a) (b)

Figura 9 – Instabilidade por distorção na flexão

Page 21: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

20

A base para obtenção da expressão analítica para o cálculo da força crítica de

instabilidade distorcional foram as equações formuladas por Timoshenko e Gere, e

posteriormente por Vlasov.

Segundo Chodraui (2003) o fenômeno da flambagem distorcional é especialmente

característico de perfis com enrijecedores de borda, sendo mais pronunciado no caso de aço

de elevada resistência mecânica. Perfis sem enrijecedores de borda não apresentam o modo

distorcional como crítico pois a instabilidade local é preponderante pelo fato do elemento

possuir apenas uma borda apoiada. Embora, a adição de enrijecedores de borda seja uma

solução prática e econômica para se elevar a resistência dos perfis quanto à instabilidade local

do elemento, o comportamento estrutural do perfil também é a alterado. De acordo com Silva

(2004), na ausência dos enrijecedores, os modos de instabilidade se resumem ao modo local e

global; porém, com o maior enrijecimento das seções transversais e a utilização de aço com

elevada resistência mecânica, o modo distorcional passa a ser uma possibilidade.

A função principal de um enrijecedor de borda é dar maior estabilidade ao elemento

enrijecido funcionando como um apoio contínuo. Todavia, conforme Silva (2008), “os

elementos com enrijecedores de borda não podem ser incondicionalmente considerados como

bi-apoiados”. Existem casos em que a rigidez do enrijecedor é insuficiente para que este se

comporte como um apoio adequado podendo, assim, comprometer a estabilidade do elemento

enrijecido. Analisa-se então a capacidade do enrijecedor em função da relação de sua rigidez

com a rigidez do elemento enrijecido que essencialmente pode ser representada pelo seu

momento de inércia ou ainda pela sua altura. Então, para uma dimensão do enrijecedor muito

pequena este é insuficiente para fazer o elemento enrijecido comportar-se com um elemento

bi-apoiado enquanto que para dimensões elevadas ele próprio pode se instabilizar. Segundo

Silva (2004), o gráfico apresentado na figura 10, que utiliza o parâmetro k, pode propiciar

uma melhor avaliação do comportamento do enrijecedor de borda estabelecendo a relação

entre larguras dos elementos.

Page 22: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

21

Figura 10 – Variação do parâmetro k do elemento enrijecido em função do enrijecedor de borda.

Desmond et. al., 1981 (apud Silva, 2004).

Observando-se as expressões 3.1 e 3.2 do item 3.1 deste trabalho, podemos concluir que

para valores maiores de k a largura efetiva do elemento também aumenta resultando num

melhor desempenho do mesmo. Analisando o gráfico da figura 10 pode-se afirmar que o valor

mais adequado para a relação d/b encontra-se entre 0,12 e 0,40. Como afirma Silva (2004),

dentro dessa faixa o enrijecedor é totalmente efetivo e, portanto, adequado. No caso de

ocorrência de instabilidade, esta acontece simultaneamente entre o enrijecedor e o elemento

enrijecido caracterizando a distorção da seção transversal.

Portanto, o enrijecedor de borda é classificado como adequado quando possui rigidez

maior ou igual àquela suficiente para fazer o elemento enrijecido comportar-se como um

elemento bi-apoiado, assim deve-se atentar para a relação entre a largura do enrijecedor e a

largura da mesa. Quando a relação é menor do que 0,12 o enrijecedor possui pouca rigidez à

flexão e não é suficiente para servir de apoio para a chapa, levando à flambagem local da

mesa.

Como no caso de flambagem local da chapa, o trecho susceptível ao fenômeno

encontra-se nas partes comprimidas da peça, que em vigas Ue, por exemplo, trata-se do

enrijecedor e da mesa superior e de parte da alma do perfil que está acima da linha neutra, se a

viga estiver submetida a um carregamento que provoque momento positivo, como mostrado

na figura 11.

Page 23: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

22

Figura 11 – Distribuição das tensões de tração e compressão em vigas Ue submetidas a flexão simples.

2.3.3 Flambagem lateral com torção

A flambagem lateral com torção é um modo de instabilidade global característico em

vigas submetidas à flexão simples e, como em todos os casos de instabilidade global, apenas

ocorrem os movimentos de corpo rígido, isto é, não existe alteração da geometria da seção

transversal. Para uma melhor compreensão desse fenômeno, analisa-se um modelo idealizado

por Silva (2006) onde o trecho comprimido da viga é isolado esquematicamente da parte

tracionada considerando-o como um pilar submetido a esforços de compressão, conforme

ilustração da figura 12. A região tracionada pode ser considerada como uma série de apoios

elásticos distribuídos ao longo do pilar que irá contribuir para a estabilidade da peça em torno

do eixo x. Como o pilar comprimido está apoiado ao longo de um dos seus lados, quando

ocorrer a perda de estabilidade, este tenderá a torcer e flambar lateralmente em torno do eixo

de menor inércia, que no caso se trata do eixo y. Dessa forma, tanto a rigidez à flexão em

torno do eixo y como a rigidez à torção irão definir a ocorrência, ou não, do fenômeno.

Page 24: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

23

Figura 12 – Trecho comprimido de uma viga submetida à flexão do tipo Ue

Figura 13 – Foto de flambagem lateral com torção (Fonte: Silva, 2004)

2.2.4 Cisalhamento

A força cortante, que em geral atua nas barras submetidas à flexão, dá origem a tensões

de cisalhamento. Essas tensões não se distribuem uniformemente pelos diversos pontos de

uma seção transversal considerada, embora a resultante desses esforços tangenciais coincida

com a força cortante atuante.

No caso dos perfis formados a frio, devido à pequena espessura das chapas, admite-se

com suficiente aproximação para os fins da prática, que toda força cortante seja absorvida

Page 25: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

24

pela alma da viga. Torna-se necessário, nesse caso, limitar as tensões atuantes uma vez que a

alma submetida aos esforços cisalhantes estará sujeita ao fenômeno da flambagem local.

Além dessa limitação, deve ser verificado o efeito associado das tensões normais devido ao

momento fletor com as tensões cisalhantes, a ser tratado nos itens 5.3 e 5.4.

Page 26: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

25

3 PRESCRIÇÕES DA NBR 14762:2001

A verificação da segurança estrutural dos perfis, pela ABNT NBR 14762:2001, é

fundamentada no método de segurança semi-probabilístico. Essa norma foi elaborada

considerando algumas prescrições, recomendações e procedimentos de normas internacionais

e brasileiras relacionadas ao tema. No método semi-probabilístico, devem ser obedecidos os

estados limites de utilização e últimos. No dimensionamento de estrutura, nenhum estado

limite aplicável deve ser excedido quando a estrutura for submetida a todas as combinações

apropriadas de ações. Assim, a verificação da estrutura é feita levando em consideração os

estados limites últimos e estados limites de utilização. Os estados limites últimos estão

relacionados com a segurança da estrutura sujeita às combinações mais desfavoráveis de

ações previstas em toda sua vida útil e os estados limites de utilização, sendo o mais

verificado o de deformações excessivas, estão relacionados com o desempenho da estrutura

sob condições normais de serviço.

3.1 Cálculo da largura efetiva

A NBR 14762:2001 estabelece que, para consideração da flambagem local de elementos

de perfis formados a frio, deve ser utilizado o método das larguras efetivas no cálculo da

resistência e das deformações. Para se determinar a largura efetiva de elementos que se

encontrem total ou parcialmente submetidos a tensões de compressão utiliza-se a equação

apresentada abaixo:

bef = b (1 – 0,22 / λp) / λp ≤ b (3.1)

Sendo:

b – largura do elemento sem considerar as dobras;

λp – índice de esbeltez reduzido do elemento.

No caso de elementos AL, onde existem tensões de compressão e tração utiliza-se, na

fórmula, em lugar da largura total do elemento, a largura da parte comprimida, designada bc.

O índice de esbeltez reduzido do elemento é definido como:

λp = b / t (3.2)f 0,95 (kE / σ)0,5

Page 27: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

26

Onde:

t – espessura do elemento;

k – coeficiente de flambagem local;

E – módulo de elasticidade do aço (205.000 MPa);

σ – tensão normal de compressão.

Para λp ≤ 0,673, não ocorre flambagem local e a largura efetiva é a própria largura do

elemento. A determinação da tensão normal de compressão é feita segundo um dos seguintes

procedimentos:

a) Estado limite último de escoamento da seção: Para cada elemento totalmente ou

parcialmente comprimido, σ é a máxima tensão de compressão, calculada para a seção

efetiva, que ocorre quando a seção atinge o escoamento. Se a máxima tensão for de tração, σ

pode ser calculada admitindo-se distribuição linear de tensões. A tensão efetiva, nesse caso,

deve ser determinada por aproximações sucessivas.

b) Estado limite último de flambagem da barra: Para barras submetidas à flexão, σ =

ρFLT . fy sendo ρFLT o fator de redução associado à flambagem lateral com torção conforme

item 3.2.2.

Para o cálculo do coeficiente de flambagem local k, é necessário calcular a relação entre

as tensões atuantes no elemento, ψ = σ2 / σ1, e proceder conforme os dois casos abaixo:

1) Elementos AA

k = 4 + 2(1 – ψ) + 2(1 – ψ)3 (3.3)

Caso a – Tensão uniforme de compressão com ψ = 1,0; k = 4,0

Caso b – Tensão não-uniforme de compressão com 0 ≤ ψ < 1,0

Caso c – Tensão não-uniforme de compressão e tração com -0,236 < ψ < 0

Caso d – Tensão não-uniforme de compressão e tração com ψ ≤ -0,236

σ1 σ1 σ1

σ σ2

(a) (b) σ2 σ2

(c) (d)

Page 28: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

27

2) Elementos AL

Caso a – Tensão uniforme de compressão com ψ = 1,0; k = 0,43

Caso b – Tensão não-uniforme de compressão com σ1 > σ2 e 0 ≤ ψ < 1,0

k = 0,578 / (ψ + 0,34) (3.4)

Caso c – Tensão não-uniforme de compressão e tração com -1,0 ≤ ψ < 0

k = 1,7 – 5ψ +17,1ψ2 (3.5)

Caso d – Tensão não-uniforme de compressão com σ1 < σ2 e -1,0 ≤ ψ ≤ 1,0

k = 0,57 – 0,21ψ + 0,07ψ2 (3.6)

σ1 σ1 σ2

σ σ2 σ1

(a) (b) σ2 (d)

(c)

A norma estabelece um procedimento de cálculo diferenciado nos casos em que o

elemento estiver uniformemente comprimido e com um enrijecedor intermediário ou de borda

(Ex.: Mesa de um perfil Ue). Porém, visando a aplicação dos perfis utilizados neste trabalho,

serão apresentadas as prescrições relativas aos elementos uniformemente comprimidos apenas

com enrijecedor de borda.

Para esses elementos, o cálculo da largura efetiva deve ser realizado considerando o

valor de referência do índice de esbeltez reduzido do elemento, dado por:

λp0 = b / t (3.7)f 0,623 (E / σ)0,5

Onde a tensão normal σ é obtida da mesma maneira como descrito anteriormente.

O cálculo das larguras efetivas de elementos uniformemente comprimidos com

enrijecedor de borda se dá segundo os seguintes procedimentos:

• Caso I: λp0 ≤ 0,673

Nesse caso torna-se desnecessário o uso de enrijecedor de borda e a largura efetiva

do elemento é igual à sua largura total.

• Caso II: 0,673 < λp0 < 2,03

Ia = 400t4 [0,49λp0 – 0,33]3 (3.8)

Page 29: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

28

Is = d3 t / 12 (3.9)

Aef = def t (3.10)

A largura efetiva, bef, deve ser calculada conforme a equação 3.1 e 3.2, considerando,

porém o coeficiente local de flambagem como descrito abaixo:

k = (Is / Ia)0,5 (ka – 0,43) + 0,43 ≤ ka (3.11)

ka = 5,25 – 5(D/b) ≤ 4,0; onde D/b ≤ 0,8 (3.12)

ds = (Is / Ia) def ≤ def (3.13)

As = (Is / Ia) Aef ≤ Aef (3.14)

Onde:

Ia – momento de inércia de referência do enrijecedor de borda;

Is – momento de inércia da seção bruta do enrijecedor em relação ao seu eixo

principal paralelo ao elemento a ser enrijecido;

t – espessura do enrijecedor de borda;

d – largura do enrijecedor de borda;

ka – parâmetro empregado no cálculo;

D – largura nominal do enrijecedor de borda;

def – largura efetiva do enrijecedor, conforme equação 3.1;

ds – largura efetiva reduzida do enrijecedor;

Aef – área efetiva do enrijecedor;

As – área reduzida do enrijecedor.

• Caso III: λp0 ≥ 2,03

Ia = [56λp0 + 5] t4 (3.15)

k = (Is / Ia)0,33 (ka – 0,43) + 0,43 ≤ ka (3.16)

Os demais parâmetros devem ser calculados conforme caso II.

Os procedimentos descritos para obtenção da largura efetiva também são utilizados no

cálculo das deformações. A única diferença está em se utilizar, para o cálculo do índice de

esbeltez reduzido do elemento, a tensão normal de compressão calculada com base nas

combinações de ações para os estados limites de utilização, designada σn.

Page 30: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

29

3.2 Cálculo do momento fletor resistente de cálculo (MRd)

O momento nominal máximo, resistido por uma barra, deve ser considerado como o

menor valor calculado entre:

• Momento de cálculo que causa escoamento da seção na fibra mais solicitada;

• Momento de cálculo referente à flambagem lateral com torção;

• Momento de cálculo referente à flambagem por distorção da seção transversal

quando aplicável.

O menor valor calculado deverá ser comparado com o momento solicitante de projeto.

3.2.1 Início de escoamento da seção efetiva

O momento fletor resistente de cálculo que determina o início de escoamento da seção

efetiva é calculado por:

MRd = Wef . fy / γ (γ = 1,1) (3.17)

Sendo:

Wef – módulo de resistência elástico da seção efetiva, calculado com base nas larguras

efetivas dos elementos, com σ calculada para o estado limite último de escoamento da seção

(σ = fy). Deve-se observar nessa verificação que o centro geométrico da seção efetiva não

coincide com o da seção bruta;

fy – resistência ao escoamento do aço;

γ – coeficiente de ponderação.

3.2.2 Flambagem lateral com torção

O momento fletor resistente de cálculo referente à flambagem com torção, tomando-se

um trecho compreendido entre seções contidas lateralmente, deve ser calculado por:

MRd = (ρFLT Wc,ef fy) / γ (γ = 1,1) (3.18)

Onde:

Wc,ef – módulo de resistência elástico da seção efetiva em relação à fibra comprimida,

calculado com base nas larguras efetivas dos elementos, adotando σ = ρFLT . fy.

Page 31: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

30

ρFLT – fator de redução determinado a partir do índice de esbeltez reduzido da barra,

calculado por:

λo = (Wc . fy / Me) (3.19)

Sendo:

Wc – módulo de resistência da seção bruta em relação a fibra comprimida;

Me – momento fletor de flambagem lateral com torção, que pode ser calculado pelas

seguintes expressões:

• Caso de barras com seção duplamente simétrica ou monossimétrica sujeitas à

flexão em torno do eixo de simetria (eixo x):

Me = Cb ro (Ney Net)0,5 (3.20)

• Caso de barras com seção fechada (caixão), sujeitas à flexão em torno do eixo x:

Me = Cb (Ney G It)0,5 (3.21)

Onde:

Ney = π2 E Iy (3.22) Ly

2

Net = 1 0 π2 E Cw + G It (3.23) ro

2 Lt2

ro = [ rx2 + ry

2 + xo2 + yo

2 ] 0,5 (3.24)

Sendo:

Ney – força normal de flambagem elástica por flexão em relação ao eixo principal x;

Net – força normal de flambagem elástica por torção;

ro – raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de torção;

G – módulo de elasticidade trasnversal do aço (0,385E);

It – momento de inércia à torção uniforme;

Ly – comprimento efetivo de flambagem por flexão em relação ao eixo x;

Lt – comprimento efetivo de flambagem por torção;

Cw – constante de empenamento da seção;

rx e ry – raios de giração da seção bruta em relação aos eixos principais;

xo e yo – coordenadas do centro de torção na direção dos eixos principais em relação ao

centróide da seção;

Page 32: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

31

Cb – coeficiente de equivalência de momento na flexão. De maneira aproximada, Cb

leva em consideração o tipo de carregamento aplicado à viga, que a favor da segurança pode

ser tomado igual a 1,0 ou calculado a partir da seguinte expressão:

Cb = 12,5 Mmax . (3.25) 2,5 Mmax + 3 MA + 4 MB + 3 MC

Onde:

Mmax – máximo valor do momento fletor solicitante de cálculo;

MA – valor do momento fletor solicitante de cálculo, em módulo, no 1º quarto do trecho

analisado;

MB – valor do momento fletor solicitante de cálculo, em módulo, no centro do trecho

analisado;

MC – valor do momento fletor solicitante de cálculo, em módulo, no 3º quarto do trecho

analisado.

Uma vez calculado o índice de esbeltez reduzido da barra, obtém-se o fator de redução a

partir de um dos seguintes casos:

• Se λo ≤ 0,6; ρFLT = 1,0

• Se 0,6 < λo < 1,336; ρFLT = 1,11(1 – 0,278 λo2)

• Se ≥ 1,336; ρFLT = 1 / λo2

3.2.3 Flambagem por distorção da seção transversal

Para as barras com seção transversal aberta sujeita à flambagem por distorção, o

momento fletor resistente de cálculo deve ser determinado pelas seguintes expressões:

MRd = Mdist / γ (γ = 1,1) (3.26)

• Se λdist < 1,414: Mdist = Wc . fy (1 – 0,25 λdist2)

• Se λdist ≥ 1,414: Mdist = Wc . fy / λdist2

λdist = (fy / σdist)0,5 (3.27)

Onde:

Mdist – momento fletor de flambagem por distorção;

λdist – índice de esbeltez reduzido referente à flambagem por distorção.

Page 33: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

32

A tensão convencional de flambagem, σdist, é calculada pela teoria da estabilidade

elástica, conforme anexo D da norma, item D.3, referente a seções do tipo U enrijecido

submetidas à flexão em relação ao eixo perpendicular à alma. Devido à quantidade excessiva

de expressões para o cálculo de σdist, esse procedimento não será exposto neste trabalho. Para

a determinação dessa tensão no exemplo prático do próximo capítulo será utilizado um

programa DimPerfil.

Com o intuito de simplificar o dimensionamento, a norma apresenta uma tabela, no seu

anexo D, com os valores mínimos da relação D/bw de seções do tipo Ue e Ze submetidas à

flexão para dispensar a verificação da flambagem por distorção. Portanto, nos casos em que a

relação apresentar valores maiores do que aqueles indicados na tabela, a flambagem por

distorção não é crítica e sua verificação pode ser dispensada.

3.3 Cálculo da força cortante de cálculo (VRd)

Como nas demais estruturas de aço, as tensões de cisalhamento na alma do perfil devem

ser verificadas. Uma chapa de aço sob esforços cisalhantes também está sujeita ao fenômeno

da flambagem local. Torna-se necessário, então, limitar as tensões atuantes nos casos com

chapas esbeltas. O cálculo da força cortante de projeto possui diferentes expressões a

depender da relação altura / largura da alma, que se divide em três intervalos conforme

apresentado a seguir:

• Se h/t ≤ 1,08(E.kv / fy)0,5

VRd = 0,6 . fy . h . t / γ (γ = 1,1) (3.28)

• Se 1,08(E.kv / fy)0,5 < h/t ≤ 1,4(E.kv / fy)

0,5

VRd = 0,65t2 . (kv . fy . E)0,5 / γ (γ = 1,1) (3.29)

• Se h/t > 1,4(E.kv / fy)0,5

VRd = [0,905E . kv . t3 / h] / γ (γ = 1,1) (3.30)

Onde:

kv - coeficiente de flmabagem local por cisalhamento;

h – altura da parte plana da alma.

O coeficiente de flambagem local por cisalhamento, kv, depende do uso, ou não, de

enrijecedores transversais nas seções dos apoios e nas seções intermediárias. Para o caso deste

Page 34: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

33

trabalho será considerado que as almas das vigas estarão sempre ligadas a outras vigas ou

pilares, dispensando o uso de enrijecedores ao longo da viga. O valor de kv estabelecido pela

norma para este caso é 5,34.

3.4 Momento fletor e força cortante combinados

O efeito associado das tensões normais devido ao momento fletor com as tensões

cisalhantes deve ser verificado em todas as barras com aplicação de carregamento transversal.

Para barras sem enrijecedores transversais de alma, o momento fletor solicitante de cálculo e a

força cortante solicitante de cálculo, devem satisfazer à seguinte expressão de iteração:

(MSd / M0,Rd)2 + (VSd / VRd)

2 ≤ 1,0 (3.31)

Sendo:

MSd – momento fletor solicitante de cálculo;

M0,Rd – momento fletor resistente de cálculo pelo escoamento da seção efetiva conforme

item 3.2.1;

VSd – força cortante solicitante de cálculo;

VRd – força cortante resistente de cálculo conforme item 3.3.

3.5 Cálculo dos deslocamentos

Para a verificação dos deslocamentos, deve-se levar em conta as combinações de ações

para o estado limite de utilização. Nessas combinações, são consideradas todas as ações

permanentes com seus valores integrais e as ações variáveis correspondentes a cada um dos

tipos de combinações com seus respectivos fatores de redução, conforme se encontra no item

5.3 da NBR 14762:2001. Usualmente, em edificações utilizam-se as combinações quase

permanentes de ações.

No anexo A da NBR14762:2001, encontra-se a apresentação de uma tabela com os

deslocamentos limites, recomendados para os casos mais freqüentes nas construções. Os

valores fornecidos são utilizados para verificação do estado limite de utilização da estrutura e

podem ser alterados em função do tipo e da finalidade da construção.

Page 35: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

34

Os valores estabelecidos pela norma podem não ser aplicados nos casos em que forem

estabelecidos limites específicos, para cada utilização, entre o cliente e o projetista. Mesmo

quanto houver conformidade com os valores limites de deslocamento, a norma ressalta a

necessidade de verificar possíveis estados limites em função de vibrações excessivas. Neste

trabalho, verifica-se apenas o estado limite de utilização de deslocamento, tratado no capítulo

5.

Page 36: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

35

4 EXEMPLO PRÁTICO

Neste capítulo far-se-á a verificação da seção transversal de uma viga bi-apoiada com

vão de 3,5m, perfil Ue 250 x 100 x 25 x 2,65, na qual atua um momento fletor solicitante de

cálculo em relação ao eixo x (vide figura 14) de 2000 kN.cm.

4.1 Cálculo das larguras efetivas (Estado Limite Último)

A largura b é o comprimento da parte reta do elemento, descontados os trechos curvos.

O raio interno de dobramento é igual à espessura da chapa, conforme figura 14.

Figura 14 – Largura nominal x largura da parte reta de um perfil

Portanto:

Para elementos AA � b = bw – 4t (alma) e b = bf – 4t (para mesas de perfis Ue);

Para elementos AL � b = bf – 2t (para mesas de perfis U simples) e d = D – 2t (para

enrijecedores de borda).

Page 37: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

36

• Enrijecedor de borda inferior

d = 2,5 – 2 x 0,265 = 1,97 cm

A favor da segurança, admite-se que a tensão na fibra média das mesas é a tensão

máxima do perfil (fy):

Figura 15 – Distribuição de tensões no enrijecedor de borda

Para os sinais de tensões, neste trabalho adotou-se o sinal negativo para esforço de

compressão e positivo para tração.

25 = σ1 = σ2 0 � σ1 = 24,20 kN/cm²; σ2 = 20,21 kN/cm² 12,3675 11,97 10

Nesta extremidade ocorre somente tração no elemento, então, def = d = 1,97 cm.

• Enrijecedor de borda superior

b = 1,97 ; σ1 = -24,20 kN/cm²; σ2 = -20,21 kN/cm²

ψ = σ2 / σ1 = 0,835 (Caso b item 3.1 deste trabalho para elementos AL ou tabela 5 da

NBR 14762:2001) � k = 0,499

λp = 1,97 / 0,265 = 0,381 0,95(0,499 x 20500 / 24,196)0,5

Como λp ≤ 0,673, def = d = 1,97 cm.

Page 38: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

37

• Mesa inferior

Somente tração no elemento. Então, bef = b = 10 – 4 x 0,265 = 8,94 cm.

• Mesa superior (elemento uniformemente comprimido com enrijecedor de

borda)

λp0 = 8,94 / 0,265 = 1,891 0,623(20500/25)0,5

– Caso II

Ia = 400 x 0,2654 (0,49 x 1,891 – 0,33)3 = 0,419 cm4

Is = 1,973 x 0,265 = 0,169 cm4 12

Is / Ia = 0,403

ka = 5,25 – 5(2,5 / 8,94) = 3,85 ≤ 4,0

D/b = 0,28 ≤ 0,8

k = (0,403)0,5 (3,85 – 0,43) + 0,43 = 2,60 ≤ ka

ds = 0,403 x 1,97 = 0,794 cm ≤ 1,97

Aef = 1,97 x 0,265 = 0,522 cm2

As = 0,403 x 0,522 = 0,211 cm2 ≤ 0,522

λp = 8,94 / 0,265 = 0,769 > 0,673 0,95(2,60 x 20500 / 25)0,5

bef = 8,94 (1 – 0,22 / 0,769) / 0,769 = 8,30 cm ≤ 8,94. Logo bef = 8,30 cm.

• Alma

σ1 = – 24,20 kN / cm2 ; σ2 = 24,20 kN / cm2

ψ = σ2 / σ1 = – 1,0 (Caso d item 5.1 para elementos AA)

k = 4 + 2(1+1) + 2(1+1)3 = 24

b = 25 – 4 x 0,265 = 23,94 cm

λp = 23,94 / 0,265 = 0,667 < 0,673; logo, bef = b = 23,94 cm 0,95(24 x 20500 / 24,20)0,5

Page 39: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

38

4.2 Cálculo do módulo resistente elástico efetivo

O módulo resistente elástico efetivo é calculado dividindo-se o momento de inércia da

seção efetiva pela distância da linha neutra da seção à fibra mais solicitada. A princípio, para

o cálculo das larguras efetivas, considerou-se que a linha neutra esteja localizada à meia altura

do perfil (12,5 cm), então será calculada a nova posição da linha neutra em função das

larguras efetivas calculadas. Esse procedimento é feito utilizando um método interativo de

cálculo, admitindo-se o resultado satisfatório quando seu valor não variar mais do que cinco

por cento do anterior. Para isso foi construída a tabela 2, apresentada a seguir com as larguras

efetivas (bef) de cada elemento, distância do centro geométrico de cada elemento até a fibra

mais comprimida (y) e o produto desses dois valores. A nova posição da linha neutra (ycg) é

obtida pela expressão 4.1. É importante observar que os cálculos aqui realizados podem

apresentar resultados com pequenas diferenças em relação ao programa DimPerfil, uma vez

que o programa substitui os trechos curvos dos perfis por dois segmentos de reta para o

cálculo das propriedades geométricas.

ycg = ∑ bef y (4.1)

∑ bef

Tabela 2 – Primeira iteração para o cálculo de ycg

Elemento bef (cm) y (cm) bef y (cm2)Alma 23,94 12,50 299,25

Mesa superior 8,30 0,13 1,10Mesa inferior 8,94 24,87 222,32

Enrijecedor de borda superior 0,80 0,93 0,74Enrijecedor de borda inferior 1,97 23,49 46,27

Canto superior esquerdo 0,62 0,28 0,17Canto superior direito 0,62 0,28 0,17

Canto inferior esquerdo 0,62 24,72 15,43Canto inferior direito 0,62 24,72 15,43

∑ 46,446 ∑ 600,875

Com os dados da tabela temos: ycg = 600,875 = 12,94 cm. 46,446

Como de 12,5 cm para 12,94 cm houve uma variação de 3,5% não é necessário

continuar o processo de iteração.

Page 40: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

39

O próximo passo é calcular o momento de inércia da seção efetiva. Para isto, pode-se

empregar o Método da Linha do Eixo Médio para facilitar os cálculos, já que a espessura ao

longo dos elementos do perfil é constante. Para esse método, utilizaram-se as figuras e

fórmulas abaixo, extraídas de Moliterno (1989), e que foram adaptadas para este trabalho.

(a) (b)

(c)

Figura 16 – Propriedades geométricas de linhas e curvas

Da figura 16a:

Ix” = bef3 + bef d1

2 (4.2) 12

Da figura 16b:

Ix” = bef d22 (4.3)

Page 41: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

40

Da figura 16c:

Rm = 1,5 t (4.5)

Lc = 1,57 Rm (4.6)

d3 = 0,637 Rm (4.7)

d4 = ycg – t (4.8)

Ix’ = 0,785 (Rm)3 (4.9)

Ix” = Ix’ + Lc (d4)2 (4.10)

– Cálculo do momento de inércia:

Alma � Ix’ = 23,943 = 1143,38 cm3

12

Mesa superior � d2 = 12,94 – 0,265 / 2 = 12,81 cm ; Ix” = 8,30 x (12,81)2 = 1361,47 cm3

Mesa inferior � d2 = 12,06 – 0,265 / 2 = 11,93 cm ; Ix” = 8,94 x (11,93)2 = 1271,85 cm3

Enrijecedor de borda superior � d1 = 12,94 – 0,265 / 2 – 1,97 / 2 = 11,82 cm

Ix’ = 0,793 + 0,79 x (11,82)2 = 111,02 cm3

12

Enrijecedor de borda inferior � d1 = 12,06 – 0,265 / 2 – 1,97 / 2 = 10,94 cm

Ix’ = 1,973 + 1,97 x (10,94)2 = 236,52 cm3

12

Cantos superiores � Rm = 1,5 x 0,265 = 0,3975 cm ; Lc = 1,57 x0,3975 = 0,624 cm ;

d3 = 0,637 x 0,3975 = 0,253 cm ; d4 = 12,94 – 0,265 = 12,675 cm ;

Ix” = [0,785 x (0,3975)3 + 0,624 x (12,675)2] x 2 = 200,60 cm3

Cantos inferiores � d4 = 12,06 – 0,265 = 11,795 cm ;

Ix” = [0,785 x (0,3975)3 + 0,624 x (11,795)2] x 2= 173,72 cm3

∑Ix” = 1143,38 + 1361,47 + 1271,85 + 111,02 + 236,52 + 200,60 + 173,72 =

4498,56 cm3

Multiplicando o resultado pela espessura do perfil temos: Ix,ef = 4498,56 x 0,265 =

1192,12 cm4

Então, pode-se calcular o módulo resistente elástico efetivo:

Wef = 1192,12 = 92,13 cm3 12,94

Page 42: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

41

4.3 Cálculo do momento resistente de cálculo

– Escoamento da seção efetiva

MRd = Wef fy / γ = 92,13 x 25 / 1,1 = 2093,86 kN cm

– Flambagem lateral com torção

Dados extraídos da NBR6355:2001 para perfil Ue 250 x 100 x 25 x 2,65:

rx = 9,91 cm ; ry = 3,64 cm ; xo = 7,29 cm ; yo = 0; It = 0,299 cm4; Iy = 169,21 cm4

Cw = 21574,59 cm6

ro = [(9,91)2 + (3,64)2 + (7,29)2]0,5 = 12,83 cm

Net = 1 0 π2 E Cw + G It = 1 0 π2 x 20500 x 21574,59 + 7892,5 x (0,3)

ro2 Lt

2 (12,83)2 (400)2

Net = 180,07 kN

Ney = π2 E Iy = π2 x 20500 x 169,21 = 213,97 kN Ly

2 (400)2

A favor da segurança, será considerado Cb = 1,0 conforme item 3.2.2.

Me = Cb ro (Ney Net)0,5 = 1,0 x 12,83 (213,97 x 180,07)0,5 = 2518,39 kN cm

λo = Wc fy / Me = 97,02 x 25 / 2518,39 = 0,963

Como 0,6 < λo < 1,336; ρFLT = 1,11(1 – 0,278 λo2) = 0,824

Efetuando os cálculos da seção efetiva para σ = ρFLT fy = 20,6 kN / cm2, teremos:

ycg = 12,5 cm; Ix,ef = 1236,26 cm4 e Wc,ef = 98,94 cm3

Logo:

MRd = ρFLT Wc,ef fy = 0,824 x 98,94 x 25 = 2038,16 kN cm

– Flambagem por distorção

σdist = 43,57 kN / cm² (Valor extraído do programa DimPerfil)

λdist = (25 / 43,57)0,5 = 0,757

Como λdist < 1,414: Mdist = 92,13 x 25 [1 – 0,25 x (0,7575)2] = 2078,02 kN cm

MRd = Mdist / γ = 2078,02 / 1,1 = 1889,11 kN cm

Comparando os valores dos momentos resistentes de cálculo obtidos, 2084 kN cm para

escoamento; 2038 kN cm para flambagem lateral com torção e 1889 kN cm para flambagem

por distorção, conclui-se que o menor momento resistente de cálculo ocorre para a flambagem

por distorção.

Page 43: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

42

4.4 Verificação ao cortante

h/t = 23,94 / 0,265 = 90,34

1,08 x (20500 x 5,34 / 25)0,5 = 71,47

1,4 (20500 x 5,34 / 25)0,5 = 92,64

Como 71,47 < h/t ≤ 92,64

VRd = 0,65t2 . (kv . fy . E)0,5 / γ = 0,65 x (0,265)2 (5,34 x 25 x 20500)0,5 / 1,1 = 68,71 kN

4.5 Momento fletor e força cortante combinados

VSd = 4 MSd / l = 4 x 2000 / 400 = 20 kN

(MSd / M0,Rd)2 + (VSd / VRd)

2 ≤ 1,0

(2000 / 2093,86)2 + (20 / 68,71)2 ≤ 1,0

0,997 ≤ 1,0

Com o resultado acima, embora próximo ao limite, verifica-se que a peça atende de

forma satisfatória e eficiente já que todos os coeficientes de segurança já foram aplicados.

4.6 Cálculos para o Estado Limite de Utilização

Os cálculos realizados para verificação do estado limite de utilização seguem o mesmo

procedimento descritos do item 4.1 ao 4.3, considerando-se, porém, o momento fletor de

utilização, que no caso do exercício é obtido dividindo-se o momento solicitante de projeto

pelo coeficiente de ponderação das ações, γ = 1,4 a favor da segurança, pois, a rigor, os

carregamentos variáveis são minorados pelos fatores de combinação e de utilização. Logo,

MSd = 2000 / (1,4) = 1430 kN cm. Como conseqüência, o valor da tensão máxima na linha

média da mesa será diferente da tensão de escoamento e deverá ser calculado. Assume-se

inicialmente a seção totalmente efetiva e que a linha neutra coincide com o centro de

gravidade da seção, y = bw / 2 – 0,5t = (25 / 2) – 0,5 (0,265) = 12,368 cm. Podemos agora

calcular a tensão de utilização na fibra média da mesa através da expressão 4.11. O valor do

momento de inércia foi extraído da tabela A.3 da NBR 6355:2001 em cm4.

Page 44: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

43

σuti = My / Ix (4.11)

σuti = 1430 (12,368) / 1255,39 = 14,09 kN / cm²

Com este valor da tensão calculam-se as larguras efetivas de cada elemento. Esses

cálculos não serão demonstrados por apresentarem o mesmo procedimento discutido no item

4.1 com a única diferença de se considerar a tensão na fibra média da mesa igual a σn no lugar

de fy, substituindo o índice de esbeltez reduzido do elemento (λp) por λpd. No caso deste

exercício, para a tensão de utilização, a seção permanece totalmente efetiva. Caso houvesse

diminuição da seção com o cálculo das larguras efetivas, dar-se-ia continuidade aos cálculos

de Ix,ef., Wx,ef, novo y e σuti. No programa DimPerfil, pôde-se notar que o fim destas iterações

de cálculo se deram ao apresentar uma diferença inferior a 0,05% no valor da tensão de

utilização.

A flecha produzida na viga é calculada pela expressão 5.1 apresentada no item 5.2 deste

trabalho:

Ymax. = 5qL4 0 384EI

Onde:

q. = 8M 0= 8(1430) / (400)2 = 0,0715 kN / cm = 7,15 kN / m L2

E = 205000 MPa = 20500 kN / cm2

Então:

Ymax. = 5(0,0715)(400)4 0= 0,93 cm 384 (20500) (1255,39)

Resultando numa relação da flecha pelo vão de 0,93 / 350 = 1 .0

373

Page 45: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

44

5 ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS TABELAS

No presente capítulo, além de se apresentar as decisões e diretrizes para a construção

das tabelas de pré-dimensionamento, informa-se como proceder para utilizar as tabelas.

É de suma importância ressaltar que a consulta e utilização das tabelas não substitui a

avaliação de profissionais capacitados e especializados, necessária para o dimensionamento e

projeto de estruturas em perfis formados a frio.

5.1 Diretrizes

A NBR 6355:2003 trata de seis perfis: cantoneira de abas iguais, U simples, U

enrijecido, Z enrijecido a 45º e Z enrijecido a 90º e o cartola. Para a escolha dos perfis a

serem estudados neste trabalho, deu-se prioridade na escolha de perfis com maior utilização

em vigas atualmente, que são os perfis do tipo U simples, U enrijecido e combinação destes.

O perfil do tipo cantoneira de abas iguais não foi escolhido por se tratar de um elemento

utilizado usualmente para acabamento, fixação ou até enrijecimento de alma de vigas, sendo

pouco utilizado isoladamente como perfil estrutural, a não se em treliças, principalmente

funcionando como viga. O perfil Z enrijecido, apesar de possuir resistências equivalentes às

do perfil U enrijecido, também foi descartado por ser dificilmente usado como viga, devido à

excentricidade existente entre o ponto de aplicação do carregamento e o ponto de apoio nas

almas do perfil. O momento indesejado gerado no apoio poderia ser resolvido com a

composição de dois perfis Z, porém a largura do apoio aumentaria desnecessariamente. O

perfil cartola, por fim, apesar de ser muito utilizado como apoio principal de telhas, as poucas

variações das seções padronizadas por norma não representam aumentos de resistência tão

significativos e por esse motivo não foi considerado. Fica-se assim com os perfis U simples e

U enrijecido, empregados em vigas, que apresentam várias vantagens, como disponibilidade

de ter as mesas distanciadas do centro de gravidade, isto é, da linha neutra, o que favorece a

eficiência do funcionamento como viga e, conseqüentemente, conduz a soluções mais

econômicas.

Estudaram-se, não apenas os perfis U simples e U enrijecido, mas também mais três

tipos com seções compostas por esses dois perfis, unidos das seguintes formas: (1) dois perfis

do tipo U simples formando um perfil I simples; (2) dois perfis do tipo U enrijecido unidos

pela alma formando um perfil I enrijecido; e (3) dois perfis do tipo U enrijecido unidos pelos

Page 46: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

45

enrijecedores formando um perfil do tipo caixão fechado. Todos os perfis estudados no

presente trabalho são apresentados na tabela 3 a seguir.

Tabela 3 – Perfis utilizados

A escolha das dimensões transversais foi feita a partir das tabelas fornecidas pela NBR

6355:2003, adotando-se as espessuras convencionais de mercado, que dependem das prensas

e perfiladeiras com seus respectivos limites de espessura para dobramento. Procurou-se

manter as dimensões da alma, mesa e espessura dos perfis U simples e U enrijecido iguais,

para efeito de comparação. Do total de doze espessuras padronizadas pela NBR 6355:2003:

1,20, 1,50, 2,00, 2,25, 2,65, 3,00, 3,35, 3,75, 4,25, 4,75, 6,30 e 8,00 mm, apenas três destas

não foram consideradas neste trabalho: 1,20, 3,75, e 8,00 mm com o intuito de reduzir o

volume de trabalho para a construção das tabelas e visando também a utilização de uma única

página para a exposição de cada tipo de seção transversal em tamanho legível. Utilizou-se a

espessura de 4,75mm em substituição à espessura de 6,30mm apenas para alguns casos de

Page 47: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

46

perfis com seção do tipo U e I enrijecido e Caixão por ser designada pela NBR 6355:2003

como a maior espessura para estes casos.

Deve-se observar que o procedimento para consideração do aumento da resistência do

aço, devido ao dobramento (tratado no item 1.3) não foi utilizado, pelos seguintes motivos:

• Ao não se considerar um possível incremento da resistência, os cálculos estarão a

favor da segurança;

• Na NBR 14762:2001 existe um requisito para tal procedimento que estabelece um

valor máximo do índice de esbeltez reduzido (λp). Dessa forma, o processo ficaria restrito

para seções com dimensões menores e espessuras elevadas.

5.2 Construção

Realizou-se o procedimento para obtenção dos dados do programa com a escolha do

perfil a ser verificado e obtenção dos valores de momentos fletores e força cortante resistentes

de cálculo. Os momentos referentes ao escoamento e à distorção e a força cortante de cálculo

foram calculados uma única vez por dependerem somente da seção transversal efetiva do

perfil. Já o momento referente à flambagem lateral com torção e o momento de inércia da

seção efetiva, por dependerem do vão teórico de flambagem, foram calculados mais de uma

vez para cada seção transversal, estabelecendo o comprimento do vão de 100 cm a 600 cm

variando a cada 50 cm.

Obtidos os resultados fornecidos pelo programa, estes foram transferidos para um

arquivo em Excel divido em três planilhas: duas planilhas auxiliares e uma planilha definitiva.

As duas planilhas auxiliares serviram como um banco de dados, sendo a primeira para

inserção dos dados extraídos do programa e a segunda para realização dos cálculos

necessários. Na segunda planilha, aplicou-se no momento fletor e na força cortante de cálculo

o coeficiente de ponderação igual a 1,1, como prescreve a NBR 14762:2001 nos itens 8.7.1.1

e 8.7.2. Ainda na segunda planilha, calcularam-se o carregamento uniformemente distribuído

(conforme expressão 5.1), cortante máximo (conforme expressão 5.2) e flecha, considerando

o momento solicitante como sendo o menor momento fletor resistente de cálculo, a viga como

bi-apoiada e o momento de inércia com sendo o da seção efetiva. Com a consideração de viga

bi-apoiada, a resolução da equação diferencial da linha elástica resulta na expressão 5.3,

utilizada no cálculo de flechas deste trabalho.

Page 48: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

47

Vale lembrar, que é possível utilizar as tabelas para qualquer tipo de vinculação dos

apoios, desde que seja feita a devida correlação entre as expressões de flecha em uma viga bi-

apoiada submetida a carregamento uniformemente distribuído e os outros casos. As

expressões de 5.4 a 5.7, por exemplo, representam os máximos deslocamentos para alguns

casos de acordo com o carregamento aplicado e com a vinculação do apoio. Para as

expressões 5.6 e 5.7, considerou-se que, a carga concentrada localiza-se, respectivamente, no

meio do vão e a uma distância dos apoios de 1/3 do vão.

M = q l2 , então: qd = 8 MRd e qs = qd (5.1) 8 l2 1,4

VSd = qd x l (5.2) 2

ymax. = 5qL4 0 (5.3) 384EI

ymax. = qL4 0 (5.4) 8EI

ymax. = qL4 0 (5.5) 192EI

ymax. = PL3 0 (5.6) 48EI

ymax. = PL3 (5.7) 324EI

Notou-se para o perfil de seção do tipo caixão fechado que uma elevada quantidade de

seções não atendeu à máxima flecha limite estabelecida. Para que não se perdesse tanta

informação com relação à este perfil, foi elaborada a tabela 6 diminuindo o valor do momento

resistente de cálculo para que se atendesse pelo menos aos maiores deslocamentos

correspondentes ao limite de L/250. Em outras palavras, na tabela 6, substituiu-se os valores

Page 49: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

48

da coluna de momento resistente de cálculo que não atenderam à flecha pelo valor de um

momento de cálculo inferior àquele que provoca o escoamento da peça, mas atende ao seu

estado limite de utilização.

A terceira e última planilha, que se refere às tabelas na forma apresentada aqui, as

definitivas, foi elaborada com fórmulas que verificam cada modo de ruptura e de estabilidade,

informando sobre o atendimento de cada modo quanto à segurança. Esta planilha destinava-se

apenas à interpretação dos resultados calculados pela segunda planilha auxiliar. A

interpretação foi feita para os três parâmetros demonstrados nas tabelas definitivas do

seguinte modo:

• Para o momento resistente de cálculo, foram comparados os valores calculados nas

três situações (escoamento, flambagem lateral e flambagem por distorção) e exibido o menor

dos três valores;

• Para o modo crítico de colapso ou instabilidade o mesmo procedimento foi

empregado, com a diferença de se acrescentar e priorizar a verificação ao cortante em relação

aos momentos. Nas tabelas, há colunas onde se informa o modo crítico no estado limite

último, empregando-se “E” para ruptura por escoamento da seção; “FL” para flambagem

lateral com torção; “FD” para flambagem por distorção da seção; e “C” para ruptura por

cisalhamento da seção;

• Para as flechas, estabeleceram-se os seguintes limites, em concordância com a NBR

14762:2001: L/250, que atende ao caso de terças suportando fechamentos sujeitos à fissuração

e / ou componentes sensíveis a deslocamentos excessivos; L/350 atendendo ao caso anterior, a

vigas de piso em geral e vigas de piso suportando acabamentos sujeitos à fissuração; e L/500

que atende a todos os casos anteriores e ao caso de vigas de piso suportando pilares. Com

estas diretrizes, apresenta-se o limite de flecha em função das comparações com a flecha real.

No caso em que a flecha exceder todos os casos citados, foi registrado o limite de flecha,

destacando-se essa situação com sombreamento da célula da planilha.

Com a construção das tabelas, observou-se uma diminuição considerável da resistência

de perfis com menor rigidez ao se aumentar o vão, devido ao fenômeno da flambagem lateral

com torção. Com esta constatação, decidiu-se verificar a significância dos valores

determinados e registrados nas tabelas para esses perfis. Por exemplo, ao se estabelecer a

consulta da tabela para a escolha de um perfil que será usado como caibro de um telhado, que

possui cargas relativamente pequenas, conclui-se que, caso o perfil não atenda a essa

condição, dificilmente este perfil poderá ser usado em qualquer outro tipo de aplicação.

Portanto, realizaram-se verificações considerando os seguintes dados: carga distribuída

Page 50: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

49

atuando no telhado de 700 N /m2, e espaçamento entre caibros de 50 cm. Multiplicando os

dois valores, temos a carga distribuída linear que atua sobre o caibro de 350 N /m. Com essa

carga e o vão do caibro é possível calcular o momento atuante como demonstra a expressão:

M = qL2 / 8; então para L = 6,0m, M = 350 (6)2 / 8 = 1.575 N m = 157,5 kN cm e o momento

MSd = 157,5 (1,4) = 220,5 kN cm. Conclui-se que, optando por utilizar o perfil em um telhado

como caibro e com as condições citadas, o momento resistente de cálculo do perfil tem que

ser maior ou igual a 220,5 kN cm. Durante a construção das tabelas, procedeu-se da mesma

forma para todos os vãos pré-estabelecidos e foi feita a comparação entre o momento

solicitante de cálculo e o momento resistente de projeto . Nos casos para a carga de 700 N/m2,

em que o momento solicitante excedeu o resistente, destacou-se a célula de momento

resistente com um sombreamento, significando que o perfil não atende a nenhum caso já que

não passou para a situação de caibro de telhado, considerada limite inferior de reisitência

neste trabalho. No caso calculado, por exemplo, para os perfis U 100 x 40 x t, somente o

perfil com espessura de 6,30 mm satisfez a condição.

Para os perfis da tabela 3, I 100 x 80 x 6,30 e I 150 x 120 x 6,30, destacou-se a célula de

designação do perfil com sombreamento e mantiveram-se as células referentes à verificação

estrutural em branco pelo fato de o programa utilizado não ter realizado os cálculos para o

momento fletor resistente de cálculo referente à flambagem lateral com torção, informando

que o perfil não é simétrico e que não consta procedimento de cálculo na NBR 14762:2001.

É importante comentar que, neste trabalho, considerou-se a viga submetida a um

momento solicitante igual ao momento máximo de cálculo resistido pelo perfil e que o

esforço cortante foi calculado a partir desse pressuposto. Por isso, é necessário ressaltar a

necessidade de se realizar as verificações do efeito de momento fletor combinado com a força

cortante de cálculo, conforme item 3.4, com os valores de esforços solicitantes reais de cada

caso particular, que pode ser igual ou inferior ao valor máximo resistido.

5.3 Utilização e apresentação

O projeto estrutural de uma edificação inicia-se com o lançamento da estrutura,

arbitrando-se um pré-dimensionamento. Na maioria das vezes, não há dimensionamento, mas

sim verificação. O papel do estruturalista está em interpretar os dados fornecidos pelos

programas de cálculo e buscar meios e soluções para sanar os possíveis problemas

identificados. Em estruturas de concreto armado, por exemplo, as seções transversais de

Page 51: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

50

pilares e vigas são pré-determinadas pelo estruturalista a partir dos projetos arquitetônicos. O

profissional dessa área se baseia tanto em recomendações normativas como na sua própria

experiência acadêmica e profissional.

Ainda exemplificando, no concreto armado, adota-se uma estimativa que a altura da

seção transversal de uma viga não deve ser menor do que dez por cento do vão total da

mesma. Ao fazer isso, o estruturalista melhora o desempenho da viga no estado limite de

utilização. Já em estruturas metálicas, essa percepção não é tão exata, principalmente pela

variedade na forma de seções transversais, por isso que a utilização de tabelas de pré-

dimensionamento torna-se tão convenientemente útil.

Com a elaboração das tabelas de dimensionamento do presente trabalho, procurou-se

manter padrões simples e objetivos para sua utilização. Observando a tabela, encontra-se na

parte superior o seu título que faz referência ao tipo da seção apresentada, as primeiras três

colunas à esquerda enumeram os perfis, definem sua designação com as respectivas

dimensões de cada seção e sua a massa em quilos por metro. Voltando para a parte superior

da tabela, têm-se os vãos teóricos das vigas em centímetros. Nas células de cruzamento, tem-

se o valor do vão com o perfil especificado, o momento resistente de cálculo em kN cm, o

modo crítico de colapso ou instabilidade e a flecha limite que é atendida.

Em alguns casos, em especial para concepções que exigem um maior nível de

compatibilização entre projetos, os projetos arquitetônicos e estruturais são elaborados

simultaneamente. Na maioria dos casos, porém, é necessário que o projeto arquitetônico

anteceda o estrutural. Em qualquer um dos casos, o engenheiro estruturalista já tem idéia de

como será o esqueleto estrutural da edificação, sendo possível definir facilmente os vãos das

vigas. Por esse motivo, nas tabelas deste trabalho o vão da viga é o primeiro e principal dado

de entrada na tabela.

Outro modo de empregar as tabelas é partir do momento fletor solicitante de cálculo

para escolher a seção do perfil que atende a este momento. Para o cálculo das solicitações é

preciso saber a finalidade de uso da edificação, que define as cargas acidentais da estrutura, e

saber, também, a disposição das paredes e os tipos de revestimentos, que somados ao peso

próprio da estrutura compõem as cargas permanentes. Com estas informações, são feitas as

combinações de ações para os estados limites e seleciona-se a mais desfavorável de todas. Por

questões de costume e talvez da influência dos Estados Unidos, na área de estruturas

metálicas, os estruturalistas utilizam os momentos como valor de referência no lugar de

carregamentos distribuídos. Para as vigas, basta calcular o carregamento uniforme distribuído

através da sua área de influência, na laje de piso ou telhado, e as possíveis cargas pontuais de

Page 52: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

51

parede para que se possa calcular o momento máximo que solicita a viga em função do seu

vão e condições de apoio.

Neste trabalho, a tabela fornece o máximo momento fletor resistente de projeto, sendo

assim, deve-se escolher um perfil que apresente momento resistente maior do que aquele que

está solicitando a viga. Esse procedimento é realizado da mesma maneira para todas as cinco

tabelas com os diferentes tipos de seção transversal, possibilitando a comparação entre estas.

A título de exemplo, considerando-se uma viga com vão de 4,00m e momento

solicitante de projeto igual a 1800 kN cm, encontram-se os seguintes perfis que atendem este

momento:

Quadro 1 – U 200 x 75 x 6,30 / U 250 x 100 x 4,25 / U 300 x 100 x 3,35;

Quadro 2 – Ue 200 x 75 x 30 x 6,30 / Ue 250 x 100 x 25 x 3,00;

Quadro 3 – I 200 x 150 x 3,35;

Quadro 4 – Ie 150 x 100 x 20 x 4,25 / Ie 200 x 150 x 20 x 2,25;

Quadro 5 – CX 150 x 100 x 20 x 3,00 / CX 200 x 150 x 20 x 2,00.

Como mencionado anteriormente, além de possibilitar a escolha da seção transversal do

perfil, a tabela fornece mais duas informações adicionais: o modo crítico de ruptura ou

instabilidade da viga, no caso em que o momento fletor solicitante é maior ou igual ao

momento fletor resistente, e a flecha, considerando o momento máximo resistente divido pelo

coeficiente de ponderação para combinações normais de ações permanentes de grande

variabilidade, que é igual a 1,4. Essas duas informações darão, ao estruturalista, melhores

condições para avaliar o funcionamento da viga. Além disso, nos casos em que houver

imposição arquitetônica limitando as dimensões do perfil ou a tabela não abranger a faixa

desejada, a informação de modo crítico permitirá a previsão de outra seção que não se

encontre na tabela ou a utilização de métodos construtivos que contribuam para o melhor

desempenho da viga, como o travamento lateral de vigas sujeitas às flambagem lateral com

torção para redução do vão teórico de flambagem.

Nas páginas que se seguem estão apresentadas as seis tabelas elaboradas.

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8

7

6

5

4

3

2

1

U 300 x 100 x 6,30

U 300 x 100 x 4,25

U 300 x 100 x 3,35

U 300 x 100 x 3,00

U 300 x 100 x 2,65

U 250 x 100 x 6,30

U 250 x 100 x 4,25

U 250 x 100 x 3,35

U 250 x 100 x 3,00

U 250 x 100 x 2,65

U 200 x 75 x 6,30

U 200 x 75 x 4,25

U 200 x 75 x 3,35

U 200 x 75 x 3,00

U 200 x 75 x 2,65

U 150 x 50 x 6,30

U 150 x 50 x 4,25

U 150 x 50 x 3,35

U 150 x 50 x 3,00

U 150 x 50 x 2,65

U 150 x 50 x 2,25

U 150 x 50 x 2,00

U 100 x 40 x 6,30

U 100 x 40 x 4,25

U 100 x 40 x 3,35

U 100 x 40 x 3,00

U 100 x 40 x 2,65

U 100 x 40 x 2,25

U 100 x 40 x 2,00

U 100 x 40 x 1,50

23,70

16,22

12,86

11,54

10,22

21,23

14,55

11,54

10,37

9,18

16,29

11,21

8,91

8,01

7,10

11,34

7,87

6,28

5,66

5,02

4,28

3,82

7,88

5,54

4,44

4,01

3,56

3,05

2,72

2,06

5730

3453

2532

2195

1872

4460

2661

1937

1673

1421

2773

1794

1314

1135

963

1370

977

770

671

572

462

396

647

458

367

331

290

234

200

136

MRd

E

Mod

o cr

ític

o

Flecha

5730

3453

2532

2195

1872

4460

2661

1937

1673

1421

2773

1789

1308

1130

958

1271

870

688

598

508

409

350

602

408

317

282

247

198

168

112

MRd

E

Mod

o cr

ític

o

Flecha

5707

3433

2517

2181

1860

4453

2649

1927

1664

1413

2594

1669

1216

1049

888

1156

752

577

506

426

339

288

558

359

266

230

194

155

128

81

MRd M

odo

crít

ico

L/250

Flecha

5421

3251

2379

2060

1755

4246

2515

1826

1575

1336

2393

1527

1104

949

801

1043

631

456

393

331

258

216

515

310

215

179

146

113

95

60

MRd M

odo

crít

ico

L/350

L/250

Flecha

5091

3034

2213

1914

1628

4013

2358

1704

1468

1243

2186

1368

974

832

698

931

512

353

300

251

200

166

473

263

174

144

116

89

74

47

MRd M

odo

crít

ico

L/350

L/350

Flecha

4726

2784

2019

1743

1480

3759

2179

1564

1344

1135

1977

1195

828

700

580

821

423

287

241

200

158

134

431

223

146

120

97

73

60

38

MRd M

odo

crít

ico

L/350

L/350

L/240

Flecha

4312

2504

1800

1547

1309

3489

1981

1407

1203

1011

1767

999

692

580

478

716

360

242

202

166

130

109

388

193

126

103

83

62

51

32

MRd M

odo

crít

ico

L/350

L/350

L/350

L/235

Flecha

3839

2195

1553

1329

1117

3165

1765

1231

1045

873

1559

843

591

494

405

631

315

209

174

142

110

92

347

171

111

91

73

54

44

27

MRd M

odo

crít

ico

L/350

L/350

L/350

L/230

Flecha

3354

1890

1326

1129

946

2835

1541

1061

896

745

1374

728

511

429

351

565

279

184

152

124

95

79

312

153

99

81

65

48

39

24

MRd M

odo

crít

ico

L/350

L/350

L/350

L/235

Flecha

2918

1649

1150

977

816

2510

1356

927

781

646

1228

640

444

378

309

511

251

165

136

110

84

69

284

139

90

73

58

43

35

21

MRd M

odo

crít

ico

L/350

L/350

L/350

L/235

Flecha

2576

1459

1012

858

715

2231

1210

822

690

570

1110

571

393

333

276

467

229

149

123

99

75

62

260

127

82

67

53

39

32

19

MRd M

odo

crít

ico

L/350

L/350

L/235

FlechaM

assa

(kg

/ m

)

OBS.: a) Momento resistente de cálculo em kN cm b) As células sombreadas de flecha não atendem ao limite mínimo de L/250 c) As cécluas sombreadas de momento informa que este é insuficiente para uma carga de 700 N / m² na cobertura

L/350

L/500

L/350

L/500

L/350

L/500

L/500 L/500

FL

L/500

L/500 L/500 L/500 L/500 L/500 L/500

FL FL

L/500 L/500 L/500

L/500L/500 L/500 L/500L/500

L/500

FL

L/500

L/500

L/500 L/500

L/500 L/500

L/350

L/500

L/350

L/500

L/350

L/500

L/500

L/500

L/500

L/250

L/350

L/500

L/350

L/500

L/500

L/500

L/500

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

L/500

L/500

L/350

L/500

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

L/500

L/500

L/500

L/500

FL

FL

FL

FLFL

FL

FL

FL

FL

L/500

L/350

L/500

L/500

L/500

L/500

FL

L/500

L/500

FL

FL

FLL/500

VÃO (cm)

450

L/500

L/500

FL

E

E

E

E

C

E

E

QUADRO 1 - PERFIL U SIMPLES - VALOR DO MOMENTO RESISTENTE DE CÁLCULO, INDICAÇÃO DO ESTADO LIMITE ÚLTIMO E FLECHA

Designação

Per

fil 100 150 200 250 500 550 600300 350 400

LEGENDA: CORTANTE = CFLAMBAGEM POR DISTORÇÃO = FDFLAMBAGEM LATERAL COM TORÇÃO = FLESCOAMENTO DA SEÇÃO EFETIVA = E

Page 54: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

53

30

29

28

27

26

25

24

23

22

21

20

19

18

17

16

15

14

13

12

11

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

Ue 300 x 100 x 25 x 4,75

Ue 300 x 100 x 25 x 4,25

Ue 300 x 100 x 25 x 3,35

Ue 300 x 100 x 25 x 3,00

Ue 300 x 100 x 25 x 2,65

Ue 250 x 100 x 25 x 4,75

Ue 250 x 100 x 25 x 4,25

Ue 250 x 100 x 25 x 3,35

Ue 250 x 100 x 25 x 3,00

Ue 250 x 100 x 25 x 2,65

Ue 200 x 75 x 30 x 6,30

Ue 200 x 75 x 25 x 4,25

Ue 200 x 75 x 25 x 3,35

Ue 200 x 75 x 25 x 3,00

Ue 200 x 75 x 25 x 2,65

Ue 200 x 75x 20 x 2,25

Ue 200 x 75x 20 x 2,00

Ue 150 x 60 x 20 x 4,75

Ue 150 x 60 x 20 x 4,25

Ue 150 x 60 x 20 x 3,35

Ue 150 x 60 x 20 x 3,00

Ue 150 x 60 x 20 x 2,65

Ue 150 x 60 x 20 x 2,25

Ue 150 x 60 x 20 x 2,00

Ue 100 x 40 x 17 x 3,35

Ue 100 x 40 x 17 x 3,00

Ue 100 x 40 x 17 x 2,65

Ue 100 x 40 x 17 x 2,25

Ue 100 x 40 x 17 x 2,00

Ue 100 x 40 x 17 x 1,50

19,34

17,42

13,88

12,49

11,08

17,48

15,75

12,57

11,31

10,04

18,23

12,08

9,68

8,72

7,75

6,63

5,92

10,39

9,41

7,57

6,84

6,09

5,21

4,66

5,05

4,58

4,09

3,52

3,15

2,40

5023

4543

3548

3165

2698

3678

3289

2562

2270

1972

3031

2084

1654

1480

1302

1050

919

1322

1200

966

870

770

653

577

423

385

345

297

265

199

MRd M

odo

críti

co

Flecha

5023

4543

3548

3165

2698

3678

3289

2562

2270

1972

3031

2084

1654

1480

1302

1050

919

1322

1200

966

870

770

653

577

397

361

324

280

251

193

MRd M

odo

críti

co

Flecha

5023

4543

3548

3165

2698

3678

3289

2562

2270

1972

3031

2084

1654

1480

1302

1050

919

1258

1144

928

841

752

648

577

350

314

278

237

211

160

MRd

E

FL

Mod

o cr

ítico

Flecha

4906

4441

3486

3109

2665

3678

3289

2562

2270

1972

2924

1996

1612

1458

1301

1050

919

1152

1040

834

752

670

575

515

301

265

230

190

166

120

MRd M

odo

críti

co

Flecha

4629

4189

3318

2953

2566

3651

3289

2562

2270

1972

2738

1830

1470

1327

1183

956

849

1041

930

730

653

577

491

437

252

216

182

146

125

88

MRd

FL

Mod

o cr

ítico

Flecha

4314

3901

3127

2774

2438

3418

3089

2470

2191

1925

2544

1650

1312

1180

1048

830

742

929

817

621

547

476

397

351

209

177

148

117

99

68

MRd M

odo

críti

co

Flecha

3965

3578

2870

2576

2255

3163

2851

2281

2042

1787

2346

1460

1139

1018

898

690

613

816

703

513

446

383

316

277

179

150

124

97

82

55

MRd M

odo

críti

co

Flecha

3587

3227

2575

2321

2056

2890

2593

2061

1854

1636

2146

1261

958

847

741

558

494

708

603

432

373

318

260

226

156

131

108

83

70

46

MRd M

odo

críti

co

Flecha

3184

1940

2255

2026

1798

2601

2320

1823

1634

1446

1945

1077

805

708

616

462

407

622

527

373

320

271

219

190

139

116

95

73

61

40

MRd M

odo

críti

co

Flecha

2765

2455

1920

1718

1520

2301

2032

1573

1401

1234

1748

935

690

604

522

390

3434

555

468

328

280

235

189

162

125

104

85

65

54

35

MRd M

odo

críti

co

L/350

Flecha

2391

2112

1639

1463

1291

2011

1763

1349

1198

1051

1567

826

602

545

451

336

294

502

421

292

248

207

165

141

114

94

77

59

48

31

MRd M

odo

críti

co

L/350

L/350

Flecha

Mas

sa (

kg /

m)

VÃO (cm)

450 500 550 600

QUADRO 2 - PERFIL U ENRIJECIDO - VALOR DO MOMENTO RESISTENTE DE CÁLCULO, INDICAÇÃO DO ESTADO LIMITE ÚLTIMO E FLECHA

Designação

Per

fil 100 150 200 250 300 350 400

L/500

L/500

L/500

L/350FL L/350

L/500FD

C C

L/500

L/500

L/500

L/500FD

FD

L/500

L/500

FL

FLL/350

C

FL

FL

FD

FD

FD

FL

L/500

L/350

FL

FL

FLL/350

L/350

L/500

L/500

L/350

FD

FLL/500

L/500FD

FL

FL

FD

FL

FLL/350

L/350 L/350

L/350 L/350

FL

FL

FL

L/500

L/350

L/500 L/500

L/350

L/350

L/500 FL

FL

L/350

L/500

L/500

FL

L/500

L/500

L/500

L/350

L/350

FL

FL

L/500

FL

L/500

L/350

L/350

FL FLL/350

L/500

L/350

L/500

L/500

L/500

L/500

L/350

FL

FL

L/500

L/500

L/350

L/500

L/350

L/500

L/350

L/350

FL

FL

L/350

FL

FL

FL

FL

L/500

FL

L/500

FL

FL

L/500

FL

FL

L/500 L/500FL

FD

FD

FD

C

FD

L/350

L/500

FL

FLAMBAGEM POR DISTORÇÃO = FD CORTANTE = C

OBS.: a) Momento resistente de cálculo em kN cm b) As células sombreadas de flecha não atendem ao limite mínimo de L/250 c) As cécluas sombreadas de momento informa que este é insuficiente para uma carga de 700 N / m² na cobertura

LEGENDA: ESCOAMENTO DA SEÇÃO EFETIVA = E FLAMBAGEM LATERAL COM TORÇÃO = FL

Page 55: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

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I 300 x 200 x 6,30

I 300 x 200 x 4,25

I 300 x 200 x 3,35

I 300 x 200 x 3,00

I 300 x 200 x 2,65

I 250 x 200 x 6,30

I 250 x 200 x 4,25

I 250 x 200 x 3,35

I 250 x 200 x 3,00

I 250 x 200 x 2,65

I 200 x 150 x 6,30

I 200 x 150 x 4,25

I 200 x 150 x 3,35

I 200 x 150 x 3,00

I 200 x 150 x 2,65

I 150 x 100 x 6,30 (d)

I 150 x 100 x 4,25

I 150 x 100 x 3,35

I 150 x 100 x 3,00

I 150 x 100 x 2,65

I 150 x 100 x 2,25

I 150 x 100 x 2,00

I 100 x 80 x 6,30 (d)

I 100 x 80 x 4,25

I 100 x 80 x 3,35

I 100 x 80 x 3,00

I 100 x 80 x 2,65

I 100 x 80 x 2,25

I 100 x 80 x 2,00

I 100 x 80 x 1,50

47,40

32,44

25,72

23,08

20,44

42,46

29,10

23,08

20,74

18,36

32,58

22,42

17,82

16,02

14,20

22,68

15,74

12,56

11,32

10,04

8,56

7,64

15,76

11,08

8,88

8,02

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6,10

5,44

4,12

11455

6905

5064

4390

3743

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5320

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MRd M

odo

críti

co

Flecha

11455

6905

5064

4390

3743

8914

5320

3873

3346

2842

5540

3587

2627

2270

1926

1894

1496

1302

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897

768

893

893

712

640

561

453

387

262

MRd M

odo

críti

co

Flecha

11455

6905

5064

4390

3743

8914

5320

3873

3346

2842

5540

3575

2614

2257

1915

1726

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809

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820

636

564

493

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224

MRd

E

Mod

o cr

ítico

L/350

L/250

Flecha

11455

6905

5064

4390

3743

8914

5320

3873

3346

2842

5281

3398

2478

2139

1812

1545

1190

1043

879

701

596

747

558

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177

MRd M

odo

críti

co

L/350

Flecha

11084

6656

4874

4223

3599

8718

5178

3763

3248

2757

4984

3194

2319

1997

1689

1357

1004

874

735

575

483

674

480

406

334

260

219

137

MRd M

odo

críti

co

L/500

L/500

Flecha

10608

6348

4640

4017

3421

8393

4964

3600

3105

2633

4675

2966

2136

1834

1546

1168

817

697

587

461

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603

405

335

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209

175

111

MRd M

odo

críti

co

L/500

Flecha

10084

5999

4373

3782

3217

8037

4723

3415

2942

2492

4359

2718

1933

1651

1384

989

675

571

477

381

318

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284

230

175

145

93

MRd M

odo

críti

co

L/350

L/500

Flecha

9516

5611

4074

3517

2986

7657

4457

3208

2759

2332

4039

2452

1711

1448

1204

854

575

483

400

316

269

469

302

247

199

150

123

79

MRd M

odo

críti

co

L/350

Flecha

8908

5186

3741

3222

2729

7256

4168

2981

2556

2155

3718

2174

1484

1249

1032

752

501

418

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269

228

419

269

219

175

131

108

68

MRd M

odo

críti

co

L/350

L/250

L/350

Flecha

8182

4724

3377

2897

2445

6816

3857

2732

2334

1960

3398

1868

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1092

900

672

443

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302

243

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379

242

197

157

117

95

59

MRd M

odo

críti

co

L/350

L/350

Flecha

7435

4232

2987

2552

2145

6318

3521

2463

2093

1750

3084

1644

1156

968

795

607

398

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268

207

173

346

220

179

142

106

86

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MRd M

odo

críti

co

L/350

L/350

FlechaM

assa

(kg

/ m

)

L/350

L/500

L/250

300 350

L/350

FLFL

L/500

L/350

L/350

L/500

L/250

L/350

L/350

L/500

L/250

L/500

L/250

L/350

L/500 L/500

L/500

L/350

L/500

FL FL

FL

L/350

L/500

L/250

L/350

L/350

L/250

L/350

400

FL FL

L/350

550 600

L/500

L/500

FL

L/250

L/350

L/500

FL

QUADRO 3 - PERFIL I SIMPLES - VALOR DO MOMENTO RESISTENTE DE CÁLCULO, INDICAÇÃO DO ESTADO LIMITE ÚLTIMO E FLECHA

Designação

Per

fil 100 150 200 250

VÃO (cm)

450 500

E

C

L/500E

E

E

E

E

E

L/500

L/500

FLL/500E

L/350

FL

FL

E

E

FL

L/500

L/500

L/500

L/500

L/500

L/500

L/500

L/350

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

FL

L/500 FL

FL

FL

FL

FL

FLL/350

L/350

L/500

L/250

L/350

L/500

L/500

L/500

L/500

FL

E

E

FL

L/500 L/500

L/500

L/350

L/500

L/350

L/350

L/350

L/500

L/500 L/350

FLL/500 L/500 L/500

FL

FLFL

FLAMBAGEM POR DISTORÇÃO = FD CORTANTE = C

L/350

L/500

L/350

L/500

FL

FL

OBS.: a) Momento resistente de projeto em kN cm b) As células sombreadas de flecha não atendem ao limite mínimo de L/250 c) As cécluas sombreadas de momento informa que este é insuficiente para uma carga de 700 N / m² na cobertura d) Perfil não calculado pelo programa

LEGENDA: ESCOAMENTO DA SEÇÃO EFETIVA = E FLAMBAGEM LATERAL COM TORÇÃO = FL

Page 56: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

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8

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4

3

2

1

Ie 300 x 200 x 25 x 4,75

Ie 300 x 200 x 25 x 4,25

Ie 300 x 200 x 25 x 3,35

Ie 300 x 200 x 25 x 3,00

Ie 300 x 200 x 25 x 2,65

Ie 250 x 200 x 25 x 4,75

Ie 250 x 200 x 25 x 4,25

Ie 250 x 200 x 25 x 3,35

Ie 250 x 200 x 25 x 3,00

Ie 250 x 200 x 25 x 2,65

Ie 200 x 150 x 30 x 6,30

Ie 200 x 150 x 25 x 4,25

Ie 200 x 150 x 25 x 3,35

Ie 200 x 150 x 25 x 3,00

Ie 200 x 150 x 25 x 2,65

Ie 200 x 150 x 20 x 2,25

Ie 200 x 150 x 20 x 2,00

Ie 150 x 120 x 20 x 4,75

Ie 150 x 120 x 20 x 4,25

Ie 150 x 120 x 20 x 3,35

Ie 150 x 120 x 20 x 3,00

Ie 150 x 120 x 20 x 2,65

Ie 150 x 120 x 20 x 2,25

Ie 150 x 120 x 20 x 2,00

Ie 100 x 80 x 17 x 3,35

Ie 100 x 80 x 17 x 3,00

Ie 100 x 80 x 17 x 2,65

Ie 100 x 80 x 17 x 2,25

Ie 100 x 80 x 17 x 2,00

Ie 100 x 80 x 17 x 1,50

38,68

34,84

27,76

24,98

22,16

34,96

31,50

25,14

22,62

20,08

36,46

24,16

19,36

17,44

15,50

13,26

11,84

20,78

18,82

15,14

13,68

12,18

10,42

9,32

10,10

9,16

8,18

7,04

6,30

3,80

10041

9802

7095

6328

5395

7351

6575

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MRd M

odo

críti

co

Flecha

10041

9802

7095

6328

5395

7351

6575

5123

4539

3944

4617

4164

3307

2959

2603

2100

1838

2639

2398

1931

1738

1540

1305

1154

844

768

689

593

530

399

MRd M

odo

críti

co

Flecha

10041

9802

7095

6328

5395

7351

6575

5123

4539

3944

4617

4164

3307

2959

2603

2100

1838

2639

2398

1931

1738

1540

1305

1154

803

730

655

566

510

392

MRd M

odo

críti

co

Flecha

10041

9802

7095

6328

5395

7351

6575

5123

4539

3944

4617

4164

3307

2959

2603

2100

1838

2639

2398

1931

1738

1540

1305

1154

735

663

590

506

453

346

MRd M

odo

críti

co

L/250

L/350

L/500

L/500

Flecha

10041

9802

7095

6328

5395

7351

6575

5123

4539

3944

4617

4164

3307

2959

2603

2100

1838

2433

2207

1786

1617

1445

1244

1116

665

593

521

440

390

292

MRd

FD

Mod

o cr

ítico

L/500

L/500

Flecha

9672

8757

6891

6145

5284

7351

6575

5123

4539

3944

4347

3941

3184

2881

2571

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1836

2274

2051

1643

1482

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1133

1015

594

521

449

370

322

233

MRd M

odo

críti

co

L/245

Flecha

9245

8369

6633

5906

5133

7351

6575

5123

4539

3944

4087

3695

2974

2687

2396

1936

1715

2111

1889

1763

1337

1184

1010

901

523

449

378

303

261

185

MRd M

odo

críti

co

L/500

L/240

Flecha

8773

7939

6350

5641

4959

7022

6353

5061

4498

3937

3811

3432

2745

2475

2203

1754

1570

1946

1723

1330

1182

1037

876

778

455

385

321

255

218

152

MRd M

odo

críti

co

L/350

L/350

Flecha

8261

7469

6007

5352

4698

6661

6019

4836

4289

3766

3524

3155

2498

2245

1992

1556

1390

1779

1555

1164

1022

885

738

650

400

337

279

220

186

128

MRd M

odo

críti

co

L/350

L/350

Flecha

7712

6962

5588

5044

4413

6276

5660

4535

4065

3559

3227

2866

2237

2000

1766

1341

1196

1613

1388

1010

879

756

626

549

358

300

247

193

163

110

MRd M

odo

críti

co

L/350

Flecha

7129

6420

5137

4633

4110

5871

5280

4212

3795

3338

2924

2569

1967

1745

1531

1144

1016

1452

1235

888

768

657

540

472

324

271

222

172

144

96

MRd M

odo

críti

co

L/350

L/250

Flecha

L/250

VÃO (cm)

450 500 550 600300 350 400

QUADRO 4 - PERFIL I ENRIJECIDO - VALOR DO MOMENTO RESISTENTE DE CÁLCULO, INDICAÇÃO DO ESTADO LIMITE ÚLTIMO E FLECHA

Designação

Per

fil 100 150 200 250

Mas

sa (

kg /

m)

L/500FD

FD

FL

FD

FD

FD L/350

L/500

L/500

FD

C

L/350

L/500

L/250 FL

FL

FD

FL

L/350

L/500

L/350

FD

FLL/500

FD

L/500

L/500

L/350

E

L/350

FL

FL

L/350 L/250 L/250

FL

FL

FL

FD

L/250

FL

FL

FL

L/195

FL

L/250 L/250 FL

L/350FL

FL

FL

FL

FL

L/250

L/350

L/230

L/350

L/250

L/350

L/350L/350

L/350

FLL/350

L/350

L/200

FL

FL

FL

FL

L/250

L/350

L/250

L/250

L/250

L/195

L/250 L/250 FL

FL

L/250

L/350

L/210

L/250

FD

FD

L/500

FD L/500

C

L/500

L/500

L/500

FD

OBS.: a) Momento resistente de cálculo em kN cm b) As células sombreadas de flecha não atendem ao limite mínimo de L/250 c) As cécluas sombreadas de momento informa que este é insuficiente para uma carga de 700 N / m² na cobertura

L/350 L/350

L/350 L/350FL

L/250

L/500 L/500

FD

C

E

CC

E

L/500

FD

L/250

L/250

L/350

L/250

FL

FD

FL

FL

FL

L/350

L/250

L/350

FL

L/250

L/350

FL

L/350

FL

CORTANTE = CLEGENDA: ESCOAMENTO DA SEÇÃO EFETIVA = E FLAMBAGEM LATERAL COM TORÇÃO = FL FLAMBAGEM POR DISTORÇÃO = FD

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9

8

7

6

5

4

3

2

1

Cx 300 x 200 x 25 x 4,75

Cx 300 x 200 x 25 x 4,25

Cx 300 x 200 x 25 x 3,35

Cx 300 x 200 x 25 x 3,00

Cx 300 x 200 x 25 x 2,65

Cx 250 x 200 x 25 x 6,30

Cx 250 x 200 x 25 x 4,25

Cx 250 x 200 x 25 x 3,35

Cx 250 x 200 x 25 x 3,00

Cx 250 x 200 x 25 x 2,65

Cx 200 x 150 x 30 x 4,75

Cx 200 x 150 x 25 x 4,25

Cx 200 x 150 x 25 x 3,35

Cx 200 x 150 x 25 x 3,00

Cx 200 x 150 x 25 x 2,65

Cx 200 x 150 x 20 x 2,25

Cx 200 x 150 x 20 x 2,00

Cx 150 x 120 x 20 x 4,75

Cx 150 x 120 x 20 x 4,25

Cx 150 x 120 x 20 x 3,35

Cx 150 x 120 x 20 x 3,00

Cx 150 x 120 x 20 x 2,65

Cx 150 x 120 x 20 x 2,25

Cx 150 x 120 x 20 x 2,00

Cx 100 x 80 x 17 x 3,35

Cx 100 x 80 x 17 x 3,00

Cx 100 x 80 x 17 x 2,65

Cx 100 x 80 x 17 x 2,25

Cx 100 x 80 x 17 x 2,00

Cx 100 x 80 x 17 x 1,50

38,68

34,84

27,76

24,98

22,16

34,96

31,50

25,14

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20,08

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13,26

11,84

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18,82

15,14

13,68

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10,42

9,32

10,10

9,16

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7,04

6,30

3,80

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

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MRd

C

Mod

o cr

ítico

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

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2010

2715

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2025

1838

1645

1418

1272

870

795

717

623

561

432

MRd

C

Mod

o cr

ítico

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

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2010

2715

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2025

1838

1645

1418

1272

870

795

717

623

561

432

MRd M

odo

críti

co

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

4221

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4370

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3201

2857

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2010

2715

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2025

1838

1645

1418

1272

870

795

717

623

561

432

MRd M

odo

críti

co

L/500

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

4221

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4370

3539

3201

2857

2320

2010

2715

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1838

1645

1418

1272

870

795

717

623

561

432

MRd M

odo

críti

co

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

4221

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2857

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2010

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1838

1645

1418

1272

870

795

717

623

561

432

MRd M

odo

críti

co

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

4221

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2857

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2010

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1838

1645

1418

1272

870

795

717

623

561

432

MRd M

odo

críti

co

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

4221

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3539

3201

2857

2320

2010

2715

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2025

1838

1645

1418

1272

870

795

717

623

561

432

MRd M

odo

críti

co

L/350

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

4221

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3201

2857

2320

2010

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1838

1645

1418

1272

870

795

717

623

561

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MRd M

odo

críti

co

L/245

L/250

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

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2010

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2025

1838

1645

1418

1272

870

795

717

623

561

432

MRd M

odo

críti

co

L/220

L/230

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

4221

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2010

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2025

1838

1645

1418

1272

870

795

717

623

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MRd M

odo

críti

co

L/200

L/210

Flecha

Mas

sa (

kg /

m)

L/195

L/500

L/350

L/500

L/500

E

L/250

L/245

L/250

L/215

OBS.: a) Momento resistente de cálculo em kN cm b) As células sombreadas de flecha não atendem ao limite mínimo de L/250 c) As cécluas sombreadas de momento informa que este é insuficiente para uma carga de 700 N / m² na cobertura

LEGENDA: ESCOAMENTO DA SEÇÃO EFETIVA = E FLAMBAGEM LATERAL COM TORÇÃO = FL FLAMBAGEM POR DISTORÇÃO = FD CORTANTE = C

C

E

L/250

E

E

EL/500

E

E L/500

C L/500

E

L/145

L/95

L/250 L/250E

E

E

E

L/160

L/105

L/350 L/350

L/350

E

E E

L/350

L/175

L/115

E

E

E

L/235

L/500

L/500 L/250

E

E

L/235 L/195

L/500

E

E E

E

L/220

L/145

L/250

L/250

L/130

L/195

L/350

EL/350

E

E

E

E

E

E

L/350

L/250 L/250

E

E

EL/500

L/500 E

L/250 E

E E

E

E

E

L/350L/500

L/350

L/350

L/500

L/500

E

L/500

L/500E

E

E

E

E

QUADRO 5 - PERFIL CAIXA - VALOR DO MOMENTO RESISTENTE DE CÁLCULO, INDICAÇÃO DO ESTADO LIMITE ÚLTIMO E FLECHA

Designação

Per

fil 100 150 200 250

VÃO (cm)

450 500 550 600300 350 400

E

E

E

EL/165

E

E

L/250

L/350

L/500

Page 58: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

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13

12

11

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

Cx 300 x 200 x 25 x 4,75

Cx 300 x 200 x 25 x 4,25

Cx 300 x 200 x 25 x 3,35

Cx 300 x 200 x 25 x 3,00

Cx 300 x 200 x 25 x 2,65

Cx 250 x 200 x 25 x 4,75

Cx 250 x 200 x 25 x 4,25

Cx 250 x 200 x 25 x 3,35

Cx 250 x 200 x 25 x 3,00

Cx 250 x 200 x 25 x 2,65

Cx 200 x 150 x 30 x 6,30

Cx 200 x 150 x 25 x 4,25

Cx 200 x 150 x 25 x 3,35

Cx 200 x 150 x 25 x 3,00

Cx 200 x 150 x 25 x 2,65

Cx 200 x 150 x 20 x 2,25

Cx 200 x 150 x 20 x 2,00

Cx 150 x 120 x 20 x 4,75

Cx 150 x 120 x 20 x 4,25

Cx 150 x 120 x 20 x 3,35

Cx 150 x 120 x 20 x 3,00

Cx 150 x 120 x 20 x 2,65

Cx 150 x 120 x 20 x 2,25

Cx 150 x 120 x 20 x 2,00

Cx 100 x 80 x 17 x 3,35

Cx 100 x 80 x 17 x 3,00

Cx 100 x 80 x 17 x 2,65

Cx 100 x 80 x 17 x 2,25

Cx 100 x 80 x 17 x 2,00

Cx 100 x 80 x 17 x 1,50

38,68

34,84

27,76

24,98

22,16

34,96

31,50

25,14

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15,50

13,26

11,84

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18,82

15,14

13,68

12,18

10,42

9,32

10,10

9,16

8,18

7,04

6,30

3,80

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

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795

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561

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MRd

C

Mod

o cr

ítico

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

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1838

1645

1418

1272

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795

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MRd

C

Mod

o cr

ítico

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

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1838

1645

1418

1272

870

795

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MRd M

odo

críti

co

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

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2857

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2010

2715

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2025

1838

1645

1418

1272

814

747

676

589

533

412

MRd M

odo

críti

co

L/500

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

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2857

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2010

2715

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2025

1838

1645

1418

1272

678

622

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491

444

344

MRd M

odo

críti

co

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

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2320

2010

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2479

2025

1838

1645

1418

1272

581

534

483

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380

295

MRd M

odo

críti

co

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

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2010

2389

2189

1800

1637

1468

1270

1140

509

467

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368

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MRd M

odo

críti

co

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

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2010

2124

1946

1600

1455

1305

1128

1014

452

415

376

327

296

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MRd M

odo

críti

co

L/350

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

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5853

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2734

2276

2010

1911

1752

1440

1310

1175

1015

913

407

374

338

295

266

206

MRd M

odo

críti

co

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7860

7116

5565

4964

4221

5322

3771

3068

2779

2485

2068

1842

1738

1592

1308

1191

1068

923

830

370

340

307

268

242

187

MRd M

odo

críti

co

Flecha

10037

9079

7094

6327

5394

7788

7066

5565

4964

4221

4879

3457

2812

2549

2278

1895

1688

1594

1460

1200

1092

979

845

760

340

310

280

240

222

172

MRd M

odo

críti

co

Flecha

Mas

sa (

kg /

m)

300 350 400

VÃO (cm)

450 500 550 600

E

E

E

QUADRO 6 - PERFIL CAIXA - VALOR DO MOMENTO RESISTENTE DE CÁLCULO, INDICAÇÃO DO ESTADO LIMITE ÚLTIMO E FLECHA

Designação

Per

fil 100 150 200 250

E L/350

L/500

L/500

E

E

E

EL/250L/250 E

E E

E

E

E

L/350

L/350L/350

E

E

E

E

L/500

L/250 L/250

E

L/250

L/350

E

E

E

E

L/250

L/250

L/250

L/250

L/250

L/250

L/350

E

E L/250

L/250

L/500

L/500 L/250

E

E

L/250 L/250

L/500

L/250

E

E

E

L/250

E

L/350 L/350

L/350

E

E

L/350E

E

L/250

C L/500

L/250

L/250

L/250 L/250E

L/250 E

E

OBS.: a) Momento resistente de cálculo em kN cm b) As células sombreadas de flecha não atendem ao limite mínimo de L/250 c) As cécluas sombreadas de momento informa que este é insuficiente para uma carga de 700 N / m² na cobertura

C

E

E

E

EL/500

E

E L/500

L/500 L/350L/500

L/500

L/500E

E E L/500 E

E

EL/500

L/350

L/500

E EL/500

L/250L/250

LEGENDA: ESCOAMENTO DA SEÇÃO EFETIVA = E FLAMBAGEM LATERAL COM TORÇÃO = FL FLAMBAGEM POR DISTORÇÃO = FD CORTANTE = C

L/250EL/250

Page 59: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

58

6 ANÁLISE DOS DADOS

A partir dos resultados fornecidos pelas tabelas, é possível analisar não só o

funcionamento de cada seção transversal individualmente, mas de que forma o

comportamento das seções é alterado à medida que se aumenta os vãos e a rigidez da viga e

como é possível comparar as soluções possíveis, utilizando-se os dados contidos em uma

tabela ou comparando-se os dados de várias tabelas.

Para a análise da flecha, basta compreender-se que ela varia diretamente com a carga

aplicada e com o vão da viga elevado a terceira ou quarta potência e, inversamente, com a

rigidez da seção transversal. Ao se analisar as tabelas, nota-se que as flechas realmente

aumentam com os vãos e diminuem com o aumento da rigidez, isto se não considerarmos a

carga aplicada. Quando ocorre um aumento de resistência, com conseqüente aumento de

carga, que pode ser aplicada na peça, têm-se situações interessantes. Por exemplo, na tabela 3

o perfil I 150 x 120 x 2,65 para um vão de 3,5m atende a um limite de flecha de l/500,

enquanto que o perfil I 200 x 150 x 2,65 que possui a mesma espessura do anterior, porém

com maior rigidez, para este vão atende a um limite de flecha menor, de l/350, isto é a flecha

do segundo perfil com rigidez maior é maior do que a flecha do primeiro. Isso ocorre por quê,

neste caso, o aumento de rigidez da viga resulta num aumento considerável da resistência, que

implica em aumento considerável do carregamento máximo possível a se aplicar na viga,

aumentando-se portanto a flecha.

No caso de perfis de seção fechada (tabela 5), o comportamento das flechas torna-se

peculiar em relação ao que ocorreu nas demais tabelas, pois na tabela 5 o aumento dos vãos

sempre acarretou flechas excessivas em uma quantidade razoável (em torno de 30% das

ocorrências) desses perfis, quando nas outras tabelas isto atingia no máximo 4%. Isto é devido

a que, nos perfis de seção fechada, a ruptura se dá por escoamento e não por quaisquer modos

de instabilidade, tendo-se, assim, uma maior eficiência da seção transversal do perfil,

resultando em que o carregamento aplicado tenha grande influência no valor da flecha.

Analisando a tabela 1 de perfis U simples, é possível notar que, na grande maioria dos

casos, o modo de instabilidade predominante é o de flambagem lateral com torção. Por se

tratar um perfil de seção aberta, esse comportamento já era esperado. Nesta tabela, a ruptura

teórica por escoamento ocorre somente para as peças com menor momento de inércia e maior

espessura e para os vãos de 1,00m e 1,50m. A razão deste comportamento é devido à

tendência do valor da resistência à flambagem lateral ser igual ao valor da resistência ao

escoamento para vãos menores e ser menor à medida que se aumenta o vão.

Page 60: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

59

Esse comportamento se repete na tabela 2 para perfis U enrijecidos, surgindo, porém, o

fenômeno da flambagem por distorção que ocorre antes da flambagem lateral para vãos

menores e apresenta uma tendência de surgimento para vãos maiores a medida que o

momento de inércia da seção é incrementado. Pode-se sustentar a afirmação que a flambagem

por distorção é um fenômeno característico de perfis com enrijecedor de borda conforme foi

discutido no item 2.3.2, ao observar que, de fato, esse tipo de instabilidade só aparece nos

quadros para perfis do tipo U e I enrijecidos.

Para a tabela 3 de perfis I simples, a flambagem lateral com torção continua

predominante e os modos de colapso chegam a acontecer para vãos de no máximo 2,50m nos

perfis mais rígidos. Analisando as expressões 3.18 a 3.24 pode-se afirmar que o momento

resistente de cálculo referente à flambagem lateral com torção diminui proporcionalmente

com o fator de redução (ρFLT) e para esse fator ser menor o momento fletor de flambagem

lateral com torção (Me) também deve ter valor inferior. Como este momento depende

diretamente das forças normais de flambagem elástica e do raio de giração polar, chega-se a

conclusão que, de fato, a ocorrência do fenômeno da flambagem lateral com torção aumenta

para vãos menores e seções transversais de menor inércia.

O perfil I enrijecido (tabela 4) se comporta de maneira análoga ao U enrijecido com um

aumento na ocorrência da instabilidade distorcional, isso acontece devido ao aumento da

forma da seção transversal e ao enrijecimento das bordas.

Com relação a análise dos momentos resistentes, verificou-se o incremento da

resistências em duas comparações distintas. A primeira comparação foi feita entre perfis de

uma mesma tabela e de mesma seção transversal aumentando-se a espessura. Nesta

comparação observou-se que de maneira geral os acréscimos mais acentuados de resistência

se deram na variação da espessura de 1,50mm para 2,00mm (média entre 45% e 60% para

perfis U, Ue e I; e 30% para perfis Ie e Cx), de 3,35mm para 4,25mm (média de 40%) e de

4,25mm para 6,30mm (média de 70%) para perfis sem enrijecedor de borda, para os demais

os acréscimos ficaram em torno de 15% e 25%. A segunda comparação foi feita entre as

tabelas 1 e 2 levando em consideração o enrijecimento da mesa dos perfis U simples,

constatando-se que o perfil U 150 x 50 x t apresentou altos acréscimos sendo mais acentuados

para os vãos intermediários e para perfis com menor espessura como, por exemplo, para o

perfil U 150 x 50 x 2,00 quando acrescentou-se o enrijecedor de borda utilizando o perfil Ue

150 x 60 x 20 x 2,00 a resistência aumentou 163%.

Page 61: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

60

CONCLUSÃO

Neste trabalho foram apresentados os fundamentos teóricos para uma breve

compreensão a respeito do que são os perfis formados a frio, as particularidades do seu

comportamento estrutural, as prescrições e recomendações normativas a respeito do seu

dimensionamento, um exemplo prático, e tabelas de pré-dimensionamento para vigas

submetidas à flexão simples, principal objetivo deste.

Constatou-se a real utilidade das tabelas, que podem ser mais uma ferramenta de

trabalho e estudo no dia-a-dia de profissionais e estudantes.

Analisando-se os resultados das tabelas, pode-se constatar a susceptibilidade dos perfis

de seção aberta ao fenômeno da flambagem lateral com torção, devido à elevada ocorrência

deste na maioria dos casos mesmo para vãos relativamente pequenos, decorrente da

característica peculiar destes perfis estarem sujeitos a esforços aplicados fora do centro de

torção da seção transversal.

A escolha por fornecer dados referentes à flecha também se mostrou muito útil, dando

maior relevância aos demais dados demonstrados.

Os perfis de seção composta como já se sabia, são mais rígidos do que os perfis de

seção simples e têm maior capacidade resistente evidentemente, entretanto, essa maior

capacidade tornou o modo de colapso referente ao escoamento da peça predominante e os

altos valores de resistência tornaram os deslocamentos mais elevados.

Apesar das vantagens e facilidades proporcionadas pelas tabelas, é importante comentar

a respeito das suas limitações, principalmente por não abranger todos os tipos de solicitações

como: tração, compressão centrada e flexo-compressão. As verificações de momento fletor e

força cortante combinados não foram feitas pelo fato de não haver coerência em se realizar

esses cálculos sem a informação precisa dos esforços que solicitam a viga e por essa

verificação resultar em conclusões consideravelmente divergentes ao se comparar condições

de vínculo no apoio e tipo de carregamentos diferentes ao que se estabeleceu neste trabalho.

Pelos motivos citados, portanto, seria de grande interesse a continuidade na elaboração destas

tabelas que dariam aos engenheiros e estudantes uma maior e mais completa quantidade de

informações.

Page 62: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

61

REFERÊNCIAS

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Page 63: Dimensionamento Perfis Formados a Frio

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