Dimensões Formais e Materiais Do Princípio Do Estado de Direito

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  • 8/19/2019 Dimensões Formais e Materiais Do Princípio Do Estado de Direito

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    Dimensões formais e materiais do Princípio do Estado deDireito• Juridicidade• Constitucionalidade•

    Direitos fundamentais• Divisão de poderes• Relevância jurídico-constitucional• Garantia da Administraão aut!noma local"# Juridicidade• $at%ria& procedimento&formaO princípio do Estado de Direito é, um princípio constitutivo, de naturezamaterial,procedimental e formal, que visa dar resposta ao conteúdo, extensão e modode

    proceder da actividade do Estado.• Distanciaão'diferenciaão As regras de direito estaelecem padr!es de conduta "direito o#ectivo$, masgarantem tamém uma distancia%ão e diferencia%ão do indivíduo, perante ospoderes púlicos, através do cat&logo de direitos, lierdades e garantiaspessoais.• Justia'um Estado de (usti%a , protegem)se os direitos, incluindo os das minorias, *&equidade na distriuí%ão de direitos e deveres fundamentais, igualdade nadistriuí%ão de ens e igualdade de oportunidades.(# Constitucionalidade

    • A ideia de Estado ConstitucionalO estado de direito é um estado constitucional. +ressup!e a existncia de umaconstituí%ão normativa estruturante de uma ordem #urídico)normativafundamental, dotada de supremacia.• )inculaão do le*islador + Constituíão As leis são origat-riamente feitas pelo -rgão, tm a forma e seguem oprocedimento, nos termos constitucionalmente fixados.• )inculaão de todos os actos do Estado + ConstituíãoExige, a conformidade intrínseca e formal de todos os actos dos poderespúlicos com a onstituí%ão• Princípio da reserva da Constituíão

     A reserva da onstituí%ão, significa que determinadas quest!es respeitantes aoestatuto #urídico do político, não devem ser reguladas por leis ordin&rias, massim pela constituí%ão. A reserva de constituí%ão, concretiza)se através de dois princípios/princípio da tipicidade constitucional de compet,nciasOs -rgãos do estado s- tm competncia para fazer aquilo que a constituí%ãol*es permite.princípio da constitucionalidade de restriões a direitos& lierdades e*arantias As restri%!es destes direitos devem ser feitas directamente pela constituí%ão ouatravés da lei, mediante autoriza%ão constitucional expressa e nos casosprevistos pela constituí%ão.• .ora normativa da Constituíão

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    0uando existe uma norma%ão #urídico)constitucional, ela não pode ser postergada, quaisquer que se#am os pretextos invocados/# 0istema de direitos fundamentais A 1epúlica +ortuguesa é um Estado de direito democr&tico aseado norespeito e na garantia de efectiva%ão dos direitos e lierdades fundamentais.

    1# Divisão de poderes• Dimensão positiva e dimensão ne*ativaO princípio da separa%ão de poderes, transporta duas dimens!escomplementares/- a separa%ão como divisão, controlo e limite do poder) dimensão ne*ativa2- a separa%ão como constitucionaliza%ão, ordena%ão e organiza%ão do poder doEstado, tendente a decis!es funcionalmente eficazes e materialmente #ustas)dimensão positiva2# Relevância jurídico-constitucional- Princípio jurídico-or*ani3at!rio

    'a perspectiva duma racionaliza%ão,estailiza%ão e delimita%ão do poder estadual, a separa%ão dos poderes é um princípio organizat-rio fundamental daconstituí%ão- Princípio normativo aut!nomoO princípio da separa%ão dos poderes pode funcionar como princípio normativoaut-nomo, invoc&vel na solu%ão de litígios #urídico)constitucionais- Princípio fundamentador de incompatiilidadesO entrela%amento pessoal de fun%!es executivas e parlamentares é evitadoatravés do princípio da incompatiilidade entre cargo "executivo$ e mandato" parlamentar$4# Garantia da Administraão aut!noma local A garantia da Administra%ão municipal aut-noma é um elemento constitutivo doestado de direito, estreitamente conexionada com o princípio democr&tico. Ademocracia descentralizada.Princípios Estruturantes do

    Estado de Direito Portu*u,s• Princípio do Estado de Direito• Princípio do Estado Democr5tico• Princípio do Estado Amiental• Princípio do Estado Repulicano• Princípio do Estado 0ocial6 Princípio do Estado de Direito na Constituíão de "784Estado de direito % a9uele 9ue est5 sujeito ao direito& s! a*e atrav%s dodireito e 9ue positiva normas jurídicas informadas por ideias de direitoEstado de direito é aquele que tem como actua%ão, regras de direito, cria eprescreve formas e procedimentos de direito. O estado est& suordinado aodireito e o poder político est& vinculado ao direito

    princípio de Estado de DireitoPrincípios e su-princípios concreti3adores

    Princípios e su-princípios concreti3adores"# Princípio da le*alidade da administraão

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    (# Princípio da proporcionalidade ou da proíião do e:cesso/# Princípio da i*ualdade1# Princípio da responsailidade civil do estado2# Princípios da se*urana  jurídica e da protecão da confiana doscidadãos

    4# Princípio da protecão jurídica e das *arantias processuaisPrincípio da ;e*alidade da Administraão Assinala o tipo de rela%!es que devem existir entre o +oder 3egislativo e a Administra%ão e tem uma fun%ão de *ierarquiza%ão e de articula%ão das leis edos regulamentosO princípio da legalidade da administra%ão tem 4 su)princípiosconcretizadores/• Reserva da lei (A Assembleia da República tem matérias reservadas) A reserva pode ser/• Asoluta (entre outras, em matéria de liberdade, direitos e garantiasfundamentais)• Relativa ( nas matéria que não as de reserva absoluta, a Assembleia daRepública pode autorizar o Governo a legiferar)• Preced,ncia da lei (a lei é anterior ao regulamento)• Preval,ncia da lei ( a lei é superior ao regulamento) A prevalncia da lei tem ainda 4 su)princípios/•

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    'a proporcionalidade em sentido restrito, faz)se uma an&lise custo9enefícioentre meios e fins. A resposta 8 questão da necessidade tem que ser vista 8 luz destasexigncias/• Pessoal Deve)se limitar a restri%ão ao menor número possível de pessoas

    • $aterial A carga coactiva empregue, s- deve ser a estritamente necess&ria• Espacial O espa%o afectado pela restri%ão deve ser o menos amplo possível•

    .ins=;e*ítimos>Ade9uados?ecess5riosProporcionais=em sentido estrito>• Pessoal• Material

    • Espacial

    • Temporal

    Princípio da i*ualdade " Artigo :4;da 1+$:.

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    Os postulados da seguran%a #urídica e da protec%ão da confian%a dos cidadãossão exigíveis perante qualquer acto de qualquer poder "legislativo, executivo e #udicial$ Alguns dos requisitos fundamentais deste princípio/• E:i*,ncia de clare3a& precisão e determinailidade das leis

     As leis devem ser claras, precisas e determinadas, no sentido em que devemser elaoradas com clareza do ponto de vista da técnica legislativa• E:i*,ncia de pulicidade dos Actos do Estado As normas gerais e astractas, leis e decretos)lei, as senten%as do

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    ="> Decretar a validade e vigncia duma norma a partir duma data anterior 8data da sua entrada em vigor.=(> 3igar os efeitos #urídicos duma norma a situa%!es de facto existentes antesda sua entrada em vigor.="> fala)se em retroactividade em sentido restrito

    =(> fala)se em conexão retroactiva quanto a efeitos #urídicos?orma retroactiva "autntica$ A norma entrou *o#e em vigor, os seuspressupostos de facto e as respectivas consequncias #urídicas referem)se aactos do passado " efic&cia e tunc $?orma retrospectiva ou de "retroactividade inautntica$ - A norma entrou *o#eem vigor, os seus pressupostos de facto verificaram)se no passado, enquantoque a respectiva consequncia #urídica, vale apenas para o futuro " efic&cia e nunc $?orma prospectiva   A norma entrou *o#e em vigor e os pressupostos defacto e a respectiva consequncia #urídica, s- se vão verificar a partir de *o#eProíida#Arts# "F'/ e (7' " e '/

    Retroactividade 6ri*at!riaArt# (7'1Permitida##6utros casosRetroactividade Proíida, nos casos em que este#amos perante leis restritivasde direitos, lierdades e garantias ou normas de matéria penal, menosfavor&vel ao arguído e preceitos comunit&riosDe um modo geral, todas as normas que ten*am a ver com a criminaliza%ão daconduta, penaliza%ão de crimes, agravamento de penas, medidas deseguran%aindisput&veis, ou se#a as normas penais de conteúdo menos favor&vel aoarguídonão podem ser retroactivas

    Retroactividade ori*at!ria quando este#amos perante leis penais deconteúdomais favor&vel para o arguído. "Art;s =?; n;C e ==; n;4 da 1+$Princípio da protecão jurídica e das *arantias processuais+ilar fundamental do Estado de direitoO sentido nuclear da protec%ão #udicial dos direitos é esta/A *arantia dos direitos fundamentais& s! pode ser efectiva 9uando& nocaso de violaão destes& Houver uma instância independente 9uerestaelea a sua inte*ridade

    Do princípio do Estado de Direito, deduz)se a e:i*,ncia de um procedimento justoe ade9uado de acesso ao direito e de realiza%ão do direitoAs *arantias processuais e procedimentais"# Garantias de processo judicial(# Garantias de processo penal/# Garantias do procedimento administrativoGarantia da via judici5ria"# @mposião jurídico-constitucional ao le*islador (# .unão or*ani3at!ria-material/# Garantia de protecão jurídica1# Garantia dum processo judicial2# Criaão dum direito sujectivo

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    4# Protecão jurídica e princípio da constitucionalidade8# Princípio da responsailidade do Estado e princípio da compensaãodeprejuí3osAs *arantias processuais e procedimentais

    Garantias de processo judicialPatrocínio judici5rio =*# da defesa atrav%s de advo*ado suvencionado>#Garantia do processo e9uitativo =art#('1>P# do juí3 le*al =art#/('8>P# da audião =art#(F'">Garantias de processo judicial P#da i*ualdade processual das partes =arts#"/ e ('(>P# da conformaão do processo aos direitos fundamentais =art#/(>P# da fundamentaão dos actos judiciais =art#(2'">P# da le*alidade processual =art#/(>

    Garantias de processo penalGarantia do patrocínio judici5rioGarantia de audi,ncia do ar*uído =art#(F'">Proíião de triunais de e:cepão =art#(7'1>Proíião da dupla incriminaão =art#(7'2>

    Garantias de processo penal Princípio da notificaão das decisões penais =arts#(8'1 e (F'/>PrincípIo do contradit!rio =art#/('2>Direito de escolHer defensor =art#/('/>Assist,ncia ori*at!ria do advo*ado em certas fases do processo penalPrincípio da e:cepcionalidade da prisão preventiva =art#(F'(>Est5 a cHe*ar aHora da verdade

    Garantias do procedimento administrativoPrincípio da audião jurídica =(44'(>Princípio da informaão =art#(4F'">P# da fundamentaão dos actos administrativos lesivos de posiões jurídicas sujectivaGarantias do procedimento P#da conformaão do procedimento se*undo os direitos fundamentais=arts#(44'"&(48'1>Administrativo Princípio da oa f% =art#(44'(>

    Princípio do ar9uivo aerto =art#(4F'(>Direito de participaão do particular nos processos em 9ue esta interessadoPrincípio da imparcialidade da administraão =art#(44'(>

    Princípio da *arantia da via judici5ria@mposião jurídico-constitucional ao le*islador +retende assegurar uma defesa dos direitos com os meios e os métodos dumprocesso #urídicamente adequado. isa uma mel*or defini%ão #udici&rio)material das rela%!es entre o Estado e o cidadão e entre particulares

    .unão or*ani3at!rio-materialO contrapeso cl&ssico relativamente aos poderes executivo e legislativo é de

    facto o controlo #udicial, donde a defesa de direitos através dos triunaisrepresenta tamém uma decisão fundamental organizat-ria.

    Garantia de protecão jurídicaFundamental no princípio da aertura da via #udici&ria. 1efor%a o princípio daefectividade dos direitos fundamentais, proíindo a sua inefic&cia por falta demeios #udiciais. Esta protec%ão #urídica implica o controlo das quest!es de factoe das quest!es de direito suscitadas pelo processo, por forma a possiilitar uma decisão material do litígio, feita por um #uíz em termos #urídicamentevinculantes.

    Garantia dum processo judicial

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     A legitima%ão do +oder s- pode derivar do +ovo na medida em que este é otitular da 6oerania +opular e esta s- existe e é eficaz no Hmito duma ordemconstitucionalmmente informada pelos princípios da lierdade e i*ualdade. A onstituí%ão fornece os meios para determinar a relevHncia #urídico)políticadas decis!es e manifesta%!es da vontade do +ovo. "art.=; e :I; da 1+ $

    (# Princípio da representaão popular  A representa%ão popular, enquanto componente do +rincípio Democr&tico,assenta no exercício do poder constitucionalmente autorizado, feito em nomedo +ovo por -rgãos de soerania do Estado "representaão formal$. 6-quando os cidadãos se podem reencontrar nos actos dos seus representantes,se pode afirmar a existncia duma representaão material./# Princípio da democracia semidirectaO sistema que a par dos mecanismos de representa%ão, prev, a participa%ãodos cidadãos, c*amados a pronunciar)se directamente, a título vinculativo,através de referendo, sore situa%!es concretas, nos casos e nos termosprevistos na onstituí%ão e na lei. "art. ::G; 1+$

     As sucessivas revis!es da constituí%ão de :?>@, tm vindo a reailitar oprincípio da democracia semidirecta, por ser considerado como e9uilirador duma estrutura política ultra-representativa e ultra-partid5ria#:?=) consagrou)se o referendo local )consultas populares directas. "art.=4;$:??) introduziu)se o referendo político e legislativo "art.::=;$:??>) ariu)se 8 iniciativa dos cidadãos a possiilidade de desencadear omecanismoreferend&rio, a nível nacional, "arts.::G;9=, :@@;$ ou a nível local "art.=CI;$

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     A decisão de referendo pertence exclusivamente ao +residente da 1epúlica+orque ser& 7

    Efic5cia jurídicaO referendo tem efic&cia vinculativa, quando o número de votantes for superior 8 metade dos eleitores inscritos no recenseamento "art.::G;9::$

    Bniverso eleitoralO referendo tem o universo eleitoral das elei%!es para o +residente da1epúlicaReferendo re*ional1eferendo incidente sore quest!es de interesse específico regionalReferendo local1eferndo que tem por o#ecto quest!es de relevante interesse local, quedevam ser decididas pelos -rgãos aut&rquicos.1# Princípio da participaão;e =@4;$• Democrati3aão da Administraão PlicaDeliera%ão colegial, voto de selec%ão, participa%ão parit&ria dos funcion&rios,transparncia do processo administrativo e gestão participada."arts.?;,C;,@G;,@@;,>I;,>>;,=@4;, da 1+$• Democrati3aão e participaão na le*islaãoomo elemento vinculativo do acto legislativo2# Princípio democr5tico e direito de sufr5*io Através do direito de sufr&gio, legitima)se democr&ticamente a conversão davontade política em posi%ão de poder e domínio e estaelece)se a organiza%ãolegitimante de distriuí%ão dos poderes.O direito de voto é um direito estruturante do pr-prio princípio democr&tico eoprocedimento eleitoral #usto é da m&xima relevHncia para a garantia daautenticidade do sufr&gio.

    6 sufra*io deve ser& *eral& i*ual& directo& secreto e peri!dico6 sufr5*io deve ser• Geral K todos os cidadãos com capacidade eleitoral tm direito a voto• ;ivre K a origatoriedade de votar é inconstitucional•

    @*ual K todos os votos tm o mesmo valor de resultado, o mesmo peso• Directo K entre o voto expresso e o resultado da vota%ão não *& media%ão

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    • 0ecreto K garantir ao eleitor a forma%ão do seu voto sem qualquer coac%ão• Peri!dico K a periodicidade das elei%!es permite renovar os representantes• Lnico K o eleitor s- vota uma vez

    4# Princípio democr5tico e sistema eleitoral

     A discussão do sistema eleitoral, centra)se nas vantagens e desvantagens dosdois grandes sistemas/

    0istema proporcional e sistema maiorit5rio0istema proporcional Aquele que favorece um i*ual valor de resultado, isto é, os votos valem amesma coisa quando se trata de converter votos em mandatos. =IL dos votosvalem aproximadamente =IL dos mandatos.'o entanto dada a pulveriza%ão do leque partid&rio, a formaão de *overnosest5veis % prolem5tica# Este modelo est& ligado ao tipo de democraciaparticipativa6 sistema eleitoral proporcional % o sistema adoptado formalmente pela ConstituíãoPortu*uesa0istema maiorit5rioEste é o sistema ingls. O país est& dividido em círculos eleitoraisuninominais& istoé, cada círculo eleitoral elege apenas um deputado. Este sistema favorece oi-partidarismo, pois em cada círculo é eleito aquele candidato que tiver maisvotos.6e um dos partidos concurrentes gan*ar em todos os círculos eleitorais apenaspor um voto de diferen%a, em votos ter& uma vit-ria tangencial, mas emmandatos conquistados ter& uma vit-ria a :IIL.

    Este sistema tem a vantagem de permitir a cria%ão de maiorias, a forma%ão degovernos est&veis e de oposi%!es fortes

    Princípio da i*ualdade eleitoral "todos os votos tm o mesmo peso$5 um princípio de direito constitucional formal, não foi deixado 8 lierdade deconforma%ão do legislador 6 sistema proporcional % um elemento constitutivo do princípiodemocr5tico6 sistema eleitoral proporcional % um dos limites materiais daconstituíão A onstituí%ão optou concretamente por uma das f!rmulas deproporcionalidade relativamente 8s elei%!es para a Assemleia da 1epúlica,o m%todo de Mondt# "art.:C?;9:$. A lei, nos outros casos de elei%ão de -rgãoscolegiais, est& vinculada ao sistema proporcional, mas tem lierdade deescol*a do método a utilizar para a conversão de votos em mandatos'a onstituí%ão da 1epúlica +ortuguesa, prev)se a possiilidade de trsespécies de círculos eleitorais/Círculos plurinominais ) destinam)se a possiilitar a apresenta%ão de listasloqueadas de natureza partid&ria e a funcionar como círculos eleitorais deapuramentoCírculos uninominais   "utilizados soretudo no sistema maiorit&rio$ menos

    clara é esta categoria, pois a onstituí%ão continua a eleger o sistema derepresenta%ão proporcional, como sistema estruturante do sistema político)constitucional

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    Círculo nacional ) coíncidente com um círculo que aran#a todo o territ-rionacional, a fim de fazer eleger num círculo nacional os candidatospolíticamente mais representativos

    8# Princípio Democr5tico e sistema partid5rio•

    O pluralismo partid5rio é um elemento constitutivo do princípio democr&ticoe da pr-pria ordem constitucional "arts.=;, :I;9= e G:;$• O pluralismo partid5rio constitui um limite material de revisão daonstituí%ão•  A onstituí%ão de :?>@ eleva os partidos a realidade constitucional e adireitoformal constitucional

    Partidos políticos6ão associa%!es de direito privado, elementos funcionais da ordemconstitucional, que tm uma funão de mediaão política& que se traduz pela

    organiza%ão e expressão da vontade popular "art.:I;9=$, participa%ão nos-rgãos representativos "art.::C;9:$, e influncia na forma%ão do governo"art.:>;9:$

    Partidos políticos e lierdade;ierdade e:terna3ierdade de funda%ão de partidos políticos e lierdade de actua%ão partid&ria"art.G:;$.A constituíão portu*uesa proíe a formaão de partidos racistas e as or*ani3aões de ideolo*iafascista

    ;ierdade interna A revisão de :??> veio estaelecer a origa%ão da conformidade daorganiza%ão interna dos partidos, 8s regras &sicas inerentes ao princípiodemocratico, defendendo a ideia de que a democracia de partido postula ademocracia nos partidos

    Princípio da socialidadePrincípio da democracia econ!mica social e cultural"# Democracia econ!mica social e cultural

    5 um o#ectivo a realizar com dimensão escatol-gica e impositivo)constitucional "art.?;9d$

    (# 6 direito como instrumento de conformaão socialEste princípio imp!e tarefas de conforma%ão, transforma%ão e moderniza%ãodas estruturas econ-micas e sociais ao Estado, de forma a promover aigualdade entre os portugueses. "arts. ?;9d$, :;9a$ e $.

    /# 6 princípio do não retrocesso socialEste princípio aponta para a proíi%ão do retrocesso social, ou da evolu%ãoreaccion&ria.

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    1# 6 princípio da democracia econ!mica social e cultural como elementode interpretaãoEste é um elemento essencial na forma de interpreta%ão conforme 8onstituí%ão, de considera%ão origat-ria para a Administra%ão, o legislador eos triunais.

    2# @mposião da democracia econ!mica social e culturalO princípio #ustifica a interven%ão econ-mica constitutiva e concretizadora doEstado. 'ão se exclui o princípio da susidiaridade, mas este não pode ser invocado para impor a excepcionalidade das interven%!es púlicas.

    4# 6 princípio como fundamento de pretensões jurídicasEste princípio, não pode ser conceido como um princípio sem conteúdo. Oscidadãospodem suscitar a inconstitucionalidade por omissão no caso de/6 9ue % um partido N

     Aritrariedade inactiva do legislador "art.=4;$• +articulares situa%!es de necessidade

    8# Princípio da democracia econ!mica& social e cultural& como limite darevisão constitucionalEste é o princípio contra a revisão constitucional. "art.=;$

    0u-princípios concreti3adores do p# da democraciaecon!mica e social Constituíão econ!micaon#unto de disposi%!es constitucionais que dizem respeito 8 conforma%ão

    fundamental da ordem da economiaConstituíão do traalHo5 o con#unto dos preceitos constitucionais que se reconduzem a normas degarantia de acesso ao traal*o "art.G4;$ e o con#unto das normas queconsagram os direitos de interven%ão democratica dos traal*adores "art.GC;9:,GG;9=d$, G@;9=$e c$ $.

    Constituíão socialon#unto de direitos e principios de natureza social formalmente plasmados naonstituí%ão, que engloa os princípios fundamentais do Mdireito socialN

    a$ Direitos 6ociais "arts.@4; a >=;$$ +rincípio da Democracia 6ocial "arts.:;,?;9d,:4;,:;9a99d, ?@;9c$

    Constituíão culturalDireito 8 educa%ão e 8 cultura, direito ao ensino e ao desporto, garantia doacesso de todos os cidadãos 8 fruí%ão e cria%ão cultural. "arts.>4;9=94,>C;9:94a94d$

    Princípio da i*ualdade5 simultHneamente um princípio de igualdade de Estado de Direito e umprincípio de igualdade de democracia econ-mica e social