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DINÂMICA DA VIOLÊNCIA HOMICIDA NAS REGIÕES METROPOLITANAS DE NATAL, RECIFE E MANAUS

Arnaldo Costa Gama (UFRN)Antônio Gelson de Oliveira Nascimento (UEA)Maria Edilene Pena Barboza (INPA)

Este trabalho tem financiamento Parcial da CAPES (portaria n.206/2018)

RESUMO

Este trabalho analisou qual a magnitude e a tendência de mortalidade por homicídio nas RMs de Natal, Recife e Manaus, no período de 1980 a 2014? O objetivo foi de estudar os homicídios nas RMs com foco nas taxas padronizadas de mortalidade por homicídios, utilizando um modelo ecológico exploratório desenvolvido para entendimento do fenômeno nessas RMs. Os dados, extraídos do SIM/MS são classificados na CID 09 e CID 10 e a população nos anos censitário 1980, 1991, 2000 e 2010, na contagem e estimativa populacional do banco de dados do IBGE. Os resultados mostraram que as TMH quase sempre estiveram acima da média Brasil. A RM de Natal apresentou maior variação da taxa entre todas as RMs, a menor foi na RM de Recife que ficou a baixo a do Brasil. O município de Recife concentra maior registro desses óbitos para o período e os homens jovens são as maiores vítimas. Foi possível observar os padrões e níveis de violência com base nas taxas de homicídios nas RMs. O fenômeno vem aumentando nas Regiões do Norte e Nordeste brasileiro, afetando grande parte da sociedade.

Palavras-chave:Região Metropolitana, Violência e Mortalidade; Taxa de Homicídios.

INTRODUÇÃO

A violência experimentada pela população brasileira tem se destacado como um dos principais desafios a ser enfrentado no país. A expressão máxima dessa violência, de todos os dias, recai sobre as mortes por causas externas, em que os homicídios ganham sua expressão mais perversa nos becos e vielas, ruas e avenidas dos aglomerados metropolitanos onde, na maioria das vezes, essas mortes são consumadas. As Regiões Metropolitanas Brasileiras, concentradoras de grandes contingentes populacionais e de enormes desigualdades intra-regionais, são as áreas mais afetadas pelo fenômeno dos homicídios, agravados pelas conflitualidades sociais, consequentemente marcadas pelo excesso de mortes de população jovem (BEATO, 2012; CERQUEIRA et al, 2017; NASCIMENTO et al, 2017).

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ÃO.No conjunto desses óbitos, ditos de causalidades externas intencionais, as mortes violentas por homicídios, são as maiores responsáveis

por essa epidemia de violência com relevância regional, nacional e internacional.

Alguns autores trazem para o debate discussões em torno da exclusão social (a violência teria em seu bojo um índice alto por conta da má distribuição de renda), uma consequência do efeito da pobreza, que afeta a classe baixa, ponto de vista questionado, mas que tem na sua essência um ponto de realidade para explicar tal fenômeno.

Os espaços metropolitanos favorecem os acontecimentos homicidas, tendo em vista que os atores se sociabilizam com as cidades, contribuindo para eventos de criminalidade, entre eles os homicídios. Neste sentido, a cidade, é o espaço da segregação moral, um campo amplo para a criminalidade (ZALUAR, 1994).

Nos apontamentos de Becker (1968) as questões econômicas têm seu papel importante, principalmente quando analisada a vivencia nos novos arranjos metropolitanos, nas faixas etárias de homens jovens, o que pode explica o crescimento da violência nessas idades específicas de 15 a 29 anos, mas não necessariamente, pode haver uma ligação, como a exemplo da instalação de empresas em determinado local, pode atrair inúmeras pessoas, mas não necessariamente pode aumentar a criminalidade (CERQUEIRA, 2017).

Muitas dessas mortes ocorridas nesses espaços urbanos estão ligadas ao tráfico de drogas e posse de armas de fogo, pela disputa pelo território, com envolvimento das organizações criminosas que se aproveitam da falta do poder do Estado para praticar diversos crimes violentos (NASCIMENTO, 2017).

Cerqueira et al (2017) e seus amigos mostraram que o crescimento das mortes por homicídios tem impactado os homens jovens e estão concentrados nas regiões metropolitanas por conta da forte distribuição populacional nos processos migratórios diversos na metrópole e municípios que estão fortemente ligados nas zonas concêntricas.

Este trabalho procura analisar qual a magnitude e a tendência de mortalidade por homicídio da Região Metropolitana de Natal, Recife e Manaus?A análise compara os acontecimentos homicidas a Região Metropolitana de Natal, no período de 1980 a 2014.Para isso o trabalho apresenta os seguintes objetivos específicos: Descrever a distribuição das taxas brutas de homicídios padronizadas e não padronizadas nas três RMs para o período; Analisa as taxas de homicídios nas capitais Natal, Recife e Manaus, assim como nas faixas etárias específicas nasreferidas capitais para o mesmo período.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Estudos apontam que a violência urbana se apresenta como um dos problemas mais complexos enfrentados pela população nos aglomerados metropolitanos. Essa violência se apresenta como fato, detectada pelas ocorrências da criminalidade, que tem nos homicídios a face mais perversa da violência (BEATO, 2012, CERQUEIRA, 2017). Como compreender o alarmante índice de criminalidade nas regiões metropolitanas e seus efeitos na sociedade?

O início de partida para entendemos esses conflitos é preciso olhar para o papel das cidades nesses novos arranjos metropolitanos brasileiros. As cidades têm, nesse contexto, papel importante na regulação racional do estado e do exercício da cidadania. É a partir da relação entre a organização do território e a criminalidade violenta que é possível compreender os diversos eventos criminosos que deixam milhares de famílias órfãos (SOUZA; FRATTARI, 2013).

Tavares dos Santos (1999) aponta que a violência urbana está no recrudescimento das conflitualidades sociais contemporâneas, uma vez que, está mais presente no seio das comunidades, nas ações de milícias, do crime organizado das facções com destaque para o tráfico de drogas e o comércio ilegal de armas; pela difusão das armas de fogo, o que tem levado maior letalidade aos atos delitivos.

Essa violência também ocorre em municípios que estão conurbados com a metrópole, ou seja, a mortalidade é bastante dinâmica nos municípios brasileiros quando observadas as questões regionais. Apesar da transição epidemiológica que o Brasil passou no início do século XX, o cenário atual citadino apresenta diversos conflitos sociais os quais podem ter relação direta com o aumento da criminalidade violenta (TAVARES DOS SANTOS, 1999).

O mundo acompanha a crescente onda de violência que se espraia por meio das novas tecnologias de informação e comunicação nos aglomerados urbanos das grandes cidades e o homem está no centro desse fenômeno. Estudos recentes apontam que o fenômeno dos homicídios tem crescido a cada ano e que essa violência tem ceifado vidas, principalmente de homens jovens (NASCIMENTO et al, 2017, CERQUEIRA et al, 2017).

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ÃO.Outro fator determinante para o aumento do assassinato é a inclusão de armas de fogo no cenário brasileiro. A retirada dessas armas

de fogo poderia ter um efeito em médio prazo nesse contexto epidemiológico. De certo que as armas de fogo não são as causas primeiras da violência, mas, estas produzem um impacto muito maior, como nos homicídios múltiplos, a exemplo do dia 27 de janeiro de 2018, no bairro cajazeiras, na capital, Fortaleza, 14 pessoas foram assassinadas em uma casa de show, supostamente, por pertencerem a uma facção rival. A letalidade da arma de fogo é muito maior do que outros instrumentos de agressão (armas brancas, estoques, estiletes, etc.) e tem contribuído para o recrudescimento da letalidade (GAMA, 2018).

Alguns autores trabalham outras questões para o cometimento desses óbitos. Junior (2004) apresenta como fator a exclusão social (a violência teria em seu bojo um índice alto por conta da má distribuição de renda, uma consequência do efeito da pobreza, que afeta a classe baixa). Ideia equivocada, mas que não deixa de ser uma meia verdade, uma vez que somente a exclusão econômica sozinha não explica a questão da violência como um todo, como temos visto em diversos estudos sobre o tema.

Por sua vez, Zaluar (1994) considera que associação entre criminalidade e pobreza é evidente quando analisados os condomínios populacionais “reservados” onde habitam os mais pobres. São nesses locais que se apresentam a miséria, a ausência do estado, o tráfico de drogas e de armas, disputa por território entre facções, etc. É o espaço da segregação moral, um campo propício para criminalidade:“mas que também existe vida; pais educam seus filhos; há comércio local e lazer, cidadãos que criam meios para sobrevivência, hábitos familiares diários que se apresentam na vida oprimida de classe”(ZALUAR, 1994. p.15). Classe que é apresentada como cena da miséria, vinculada ao crime ou ao criminoso, ou vinculando essas características a população mais pobre pela imprensa.

Nos apontamentos de Cerqueira et al (2014) entre as questões de analise estão as socioeconômicas (renda e desigualdade de renda), demográfica, de gênero, do sistema criminal, da efetivação dos órgãos do sistema de segurança, etc. questões que podem corroborar com o recrudescimento do fenômeno dos homicídios nas Regiões Metropolitanas Brasileiras.

Em algumas regiões do Brasil, as taxas de homicídios vêm apresentando tendência de queda, enquanto que em outras, apensar das despesas orçamentárias com segurança pública serem intensas, continuam aumentando. Os gastos em 2013 na área de segurança no Brasil estão no mesmo patamar com países da Europa (1,30%), França (1,38%). O Brasil apresentou (1,26%) percentil em relação ao Produto Interno Bruto, mas o que chama atenção é a taxa de homicídios (25,2 para cada 100 mil habitantes), Guatemala aparece em primeiro (39,9) (NASCIMENTO et al, 2017. p.41).

No período 2014 e 2015, entre os estados que mais investiram em segurança pública está Minas Gerais, São Paulo. Os dois estados correspondem a (47%) e (48%), respectivamente, de todas as despesas orçamentárias de cada um dos estados federados (NASCIMENTO et al, 2017. p.49).

O caso específico de São Paulo tem chamado a atenção por conta da redução das taxas de homicídios. No início da década de 1990 foi realizada implantação de políticas públicas na redução de homicídios na RMSP, tais como a implantação da Lei Seca, a Lei do Desarmamento, investimentos nas polícias, aumento do encarceramento, industrialização e urbanização das cidades próximas a cidade-sede (MELO, SCHNEIDER, 2007; FELTRAN, 2010).

As políticas de contenção dos crimes violentos foram direcionadas para: o controle de armas de fogo, em populações de grupos etários mais suscetíveis, às ações violentas, investimento no aparato policial para o combate aos crimes, como tecnologias, criação de delegacias especializadas, aumento das prisões, principalmente por envolvimento com o tráfico de drogas. Outro viés são as mudanças de ações de grupos criminosos dentro das prisões que têm contribuído para redução dos homicídios na grande São Paulo (GOERTIZEL; KUHN, 2009).

A violência manifesta na sua face mais perversa - os homicídios - se espalhou por todo o país, e não é uma exclusividade das grandes cidades ou das Regiões Metropolitanas. É hoje um problema nacional que traz o medo e sofrimento há tantas pessoas. Trata-se de um problema que precisa ser priorizado por meio de agenda específica a fim de se deixar de banalizar esses acontecimentos como vem ocorrendo na atualidade.

METODOLOGIA

O presente trabalho visa responder a seguinte pergunta: qual a magnitude e a tendência de mortalidade por homicídio nas RMs de Natal, Recife e Manaus, no período de 1980 a 2014? Analisando as taxas de mortalidade por homicídios nessas RMs e nas suas referidas capitais nos grupos quinquenais para o mesmo período.

Os dados de registro de óbitos foram extraídos da base de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM/MS), classificados na CID 09 e CID 10, nas categorias de acordo com o Quadro 1.

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ÃO.Quadro 1: Agrupamento das causas de mortalidade por agressões, segundo a classificação CID-9 e CID-10.

Grupo de Causas CID-9 CID-101 - Agressão com arma de fogo

1.1 Homicídio1.2 Com intenção indeterminada 2 -

Demais agressões sem arma de fogo1.1 Homicídios1.2 Intervenção Legal

E965 E985

E960 a 964E966 a 969

X93 a X95 Y22 a Y24

X85 a X92 X96 a Y09

Fonte: Classificação Internacional de Doenças, 9ª e 10ª Revisão.

A população foi extraída da base de dados do Datasus, que é atualizada com informações do IBGE. Assim, foram buscados dados populacionais dos censos demográficos 1980, 1991, 2000 e 2010, assim como nas contagens populacionais nos anos de 1996 e 2007 e de 2011 a 2015 das estimativas populacionais.

As RMs foram ajustadas como se elas estivessem sido criadas desde o início do período, tendo em vista algumas RMs terem datas de criação diferenciadas.

As Taxas de Mortalidade por Homicídios (TMH), ajustadas trienalmente, foram padronizadas tomando como padrão a população do Brasil e a Taxa Bruta de Homicídio (TBM) e Taxa Específica de Homicídio (TEM) foi calculada por 100 000 habitantes (CARVALHO et al, 1998; AIDAR, 2003).

Para padronização direta das TBMs os dados foram agrupados por idade. As faixas etárias (0 a 80 anos) foram agregadas em grupos etários quinquenais e posteriormente, para análise, em cinco grandes grupos etários dos municípios de Natal, Recife e Manaus: 15 a 24 anos, 25 a 34 anos, 35 a 44 anos e 45 a 54 anos e 55 e mais de idade, classificados neste estudo como jovens, jovens-adultos, adultos-jovens e adultos, respectivamente.

Neste trabalho utilizou o modelo ecológico exploratório, tipo série temporal e analisou-se a evolução e tendência para as taxas padronizadas de mortalidade por homicídios e grupos específicos de idade.

DESCRIÇÃO DOS DADOS

O risco de mortalidade por homicídio observado no Brasil apresentou aumento de 130% no período de 1980 a 2014. O maior crescimento percentual foi observado na primeira década (82%) do período analisado, sendo que o crescimento da taxa de homicídios variou de 150% em Manaus, até 337% em Natal.

Tabela 1:Evolução das taxas padronizadas de mortalidade por violênciahomicida, em 3 Regiões Metropolitanas Brasileiras, 1980 – 2014.

Região MetropolitanaVariação da taxa de mortalidade por homicídio no período (%)

1980-1991 1991-2000 2000-2010 2010-2014 1980-2014Manaus/AM 69,94 -8,86 58,69 1,79 150,17

Natal/RN -16,12 39,38 136,33 58,23 337,17Recife/PE 127,30 57,89 -30,36 -21,43 96,36

Brasil 82,28 21,63 -0,81 4,88 130,64Fonte: Base de Dados do SIM/MS/DATASUS

A maior variação do primeiro período foi na RMF (127%),mantendo-se a frente no segundo período (57%). Para o terceiro e quarto período a RMN ficou na frente com a variação da taxa de mortalidade (136% e 58%), respectivamente. No período estudado (1980 a 2014) as RMs de Manaus e Natal ficaram com variação superior a do Brasil, Mas isso não quer dizer que elas são as mais violentas.

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ÃO.Figura 01: Taxa de Mortalidade por Homicídios, por 100 000 habitantes, padronizada por sexo, nas Regiões Metropolitanas de Natal, Recife e

Manaus, no período de 1980 a 2014.

Fonte: SIM/MS, DATASUS, IBGE.

A análise da evolução das taxas de mortalidade por homicídio, ocorrida nas três RMs, demonstra que o risco de morrer em Natal aumentou, consideravelmente. Em 1980 (13,44 óbitos por 100.000 habitantes) e 2014 (58,77óbitos por 100.000 habitantes) mais do que em outra RM, mas isso não significa que essa RM seja efetivamente a qual apresenta o maior risco de mortalidade por homicídio para o período.

As RMs de Natal, Recife e Manaus apresentam aumento na variação de suas taxas acima de 96%. As três RMs apresentam vulnerabilidade à morte por homicídio, sendo que a RM de Recife apresentou maior registro desde o início do período e atinge seu ponto máximo em 1999, com taxa de 70,45 óbitos por 100.000 habitantes para ambos os sexos. A RM de Natal a partir de 1987 apresenta crescimento na sua taxa de mortalidade (10,63 óbitos por 100 000 habitantes) alcançando o maior registro no final do período, em 2014 (58,77 óbitos por 100 000 habitantes). A RM de Manaus apresenta crescimento a partir da segunda metade da década de 1980, apresentando o ápice de registro em 2011 (45,56 óbitos por 100 000 habitantes), ver Anexo A.

Apesar do recrudescimento das taxas na RM de Recife até meados de 2000, foi a partir de 2011, que a população dos municípios da RM de Recife passou a conviver com menores taxas de mortalidades por homicídios até o final do período, atingindo 38,49 óbitos por 100 000 habitantes. A RM de Manaus apresenta uma leve queda a partir de 2012 até o final do período.

Quando observado as Taxas Específicas de Mortalidade (TEM) nas RMs para o sexo masculino, nos grupos etários de 15 a 29 anos, as Taxas de Mortalidade para esses grupos apresentou, significativamente, número elevado em todos os três arranjos metropolitanos. O destaque foi para a RM de Recife em 1999 (139 óbitos por 100 000 mil habitantes), a partir da metade da década de 2000 a TEM fica a cima da média Brasil. A maior TEM para o sexo feminino foi registrada na RM de Recife em 2001, com 8,63 óbitos por 100 000 habitantes, apesar das taxas serem baixas para o sexo feminino em relação ao masculino, houve crescimento nas taxas, o que não será apresentado neste trabalho, tendo em vista o maior registro ser para o sexo masculino, no entanto, é preciso olhar com mais cautela os registros de óbitos na categoria homicídios para o sexo feminino para esses arranjos metropolitanos.

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ÃO.Figura 02: Taxa de mortalidade por homicídios por 100000 habitantes, segundo o sexo masculino, RM de Manaus, Natal e Recife, período de 1980 - 2014.

Fonte: SIM/MS; confecção do autor.

A RM de Natal quase sempre esteve a baixo as taxas do Brasil. Foi a partir de 2006 que as taxas da RM de Natal ultrapassam a do Brasil, chegando atingir o maior registro no final do período (114 óbitos por 100 000 mil habitantes). A RM de Recife sempre esteve acima a do Brasil, atingindo seu ápice em 1999 (139 óbitos por 100 000 habitantes), no entanto, inicia tendência de queda a partir do ano seguinte até o final do período, mas com altas taxas em relação ao Brasil.

Registros de homicídios nas Capitais Natal, Recife e Manaus

As capitais brasileiras tem seu protagonismo no registro de ocorrências de crimes violentos, com destaque para as capitais da Região Norte e Nordeste do Brasil segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e IPEA 2017. O recrudescimento da violência homicida se reflete nessas capitais como veremos.

Figura 03: Taxa de mortalidade por homicídios por 100000 habitantes, para ambos os sexos, para os municípios de Manaus, Natal e Recife, período de 1980 - 2014.

Fonte: SIM/MS; confecção do autor.

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ÃO.As taxas de mortalidade por homicídios nas três capitais apresentam números elevados para o período. O que chama atenção são os números

de registros de óbitos por agressão, na categoria homicídios nas capitais em relação aos outros municípios da RM, uma vez que a metrópole ainda atrai grande parte da população, é o centro econômico e financeiro em relação aos municípios. A capital de Recife apresentou o maior registro em 1998, com 74,05 óbitos por 100 000 habitantes. Manaus (52,88 em 2011) e Natal no final do período (59,43 óbitos por 100 000 habitantes).

Quando observada as taxas de mortalidade para o sexo masculino e feminino as taxas são alarmantes.

Fonte: SIM/MS; confecção do autor. Fonte: SIM/MS; confecção do autor.

A população masculina da capital de Recife foi exposta a maior risco de mortalidade até em 1998 com a taxa de 150 óbitos por 100 000 habitantes, no ano seguinte, apresenta tendência de queda, mas com os dados ainda elevados no final do período 64,62. As capitais de Manaus e Natal apresentam momentos cíclicos nas taxas, a partir da década de 2000 as duas capitais apresentam crescimento das taxas. Em 2011, Manaus registrou 101,87 óbitos por 100 000 habitantes, enquanto que Natal apresentou no final do período 116,96 óbitos por 100 000 habitantes. Para o sexo feminino o maior registro, para o período, entre as capitais, Recife, apresentou o maior registro em 2005, com a taxa de 9,09 óbitos por 100 000 habitantes.

ANÁLISE DOS HOMICÍDIOS, EM GRUPOS ETÁRIOS, NAS TRÊS REGIÕES METROPOLITANAS

As taxas de mortalidade por homicídios observadas entre os homens jovens e jovens-adultos (15 a 24, 25 a 34 anos) possuem níveis elevados nas três RMs. A RM de Recife apresenta o maior registro em 1999 (639,71 óbitos por 100 000 habitantes).

Figura 4: Taxa de mortalidade por homicídios por 100000 habitantes, sexo masculino, nas cidades de Natal, Manaus e Recife, período de 1980 - 2014.

Figura 5: Taxa de mortalidade por homicídios por 100 000 habitantes, sexo feminino, nas cidades de Natal, Manaus e Recife, período de 1980 - 2014.

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ÃO.Figura 6: Taxa Específica de Mortalidade ajustada, nas RMs de Natal, Recife e Manaus, por 100 000 habitantes, segundo o sexo masculino e

feminino, por grupo de idade, no período de 1980 a 2014.

Fonte: SIM/MS; confecção do autor.

A Região Metropolitana de Natal foi a que apresentou tendência de crescimento no período, para os homens jovens, alcançando o maior registro entre as três RMs em 2014 (627,33 óbitos por 100 000 habitantes). Apesar de momentos cíclicos das taxas, os dados apresentam crescimento continuo a partir de 1985 até o final do período. Podemos considerar dois momentos importantes para a RMN, o primeiro, com início em 1984 (63,09 óbitos por 100 000 habitantes) até o ano 2000 (129,91 óbitos por 100 000 habitantes) aumento de 48,57% nas taxas. Em um segundo momento, de 2001 até 2014 as taxas continuam a crescer exponencialmente, ultrapassando as RMs de Recife e Manaus, sendo a RMN apresentando a maior taxa de mortalidade entre elas 627 óbitos por 100 000 habitantes. A RM de Manaus se destaca nas taxas no período de 1987 (107,20 óbitos por 100 000 habitantes) até o ano 1999 (251,42), posteriormente, apresenta momentos cíclicos, volta a crescer de 2003 a até 2011 (361,15 óbitos por 100 000 habitantes), mas ficando atrás das RMs de Natal e Recife até o final do período.

Os jovens-adultos das RMN apresentam taxas elevadas (376 óbitos por 100 000 habitantes em 2014),a RMM, em 2011, apresentou a taxa (329 óbitos por 100 000 habitantes), mas a RMR, em 1999, apresenta a maior taxa (535 óbitos por 100 000 habitantes) entre as três regiões metropolitanas analisadas no período.

As outras faixas etárias apresentaram registros menores em relação aos jovens e jovens-adultos, mas estas devem ser analisadas com maior cuidado, assim como as demais, tendo em vista o ambiente urbano e a complexidade de conflitos na metrópole.

CONCLUSÕES

Este trabalho procurou analisar a evolução e distribuição da mortalidade por causas externas, na categoria homicídios, em três regiões metropolitanas brasileiras (Natal, Recife e Manaus) comparativamente a RM de Natal, no período de 1980 a 2014. Alguns autores mostram que a questão da violência, refletida nos homicídios, tem crescido a cada ano, ceifando vidas de homens e mulheres em idade ativa de trabalho que poderiam contribuir com a sociedade (ADORNO, 2002; NASCIMENTO, 2011) e este estudo, apresenta dados, sobre o fenômeno.

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ÃO.O estudo mostra, passados 34 anos, que a configuração da mortalidade por homicídio alterou as configurações das RMs. Nos primeiros 26

anos a RMN manteve as taxas a baixo da média nacional e a partir de 2006 a população passou a conviver com a escalada da violência interpessoal, ultrapassando a média Brasil, chegando a limites muito altos, forçando a atenção emergente dos governos estaduais construírem medidas para o enfrentamento do fenômeno dos homicídios que afligem toda a sociedade, com destaque para os municípios que integram as RMN.

As Taxas Brutas de Mortalidade atingiram índices alarmantes nas três RMs apresentadas, considerando o período analisado (1980 a 2014). O que se observou foi um maior registro em municípios que sofrem a influência da metrópole, configurando a teoria da interiorização dos homicídios apresentado por Waiselfich (2016) e Cerqueira et al(2017).A interiorização desses homicídios ocorre por diversos processos sociodemográficos e o fenômeno tem se tornado comum a todos os municípios, com destaque para as cidades pólos.

São nas três capitais (Natal, Recife e Manaus) que a população tem sido exposta a maior concentração de crimes de homicídios intencionais, como os homicídios. A Região Metropolitana de Natal apresentou crescimento constante nas taxas de mortalidade, chegando ao final do período com a maior taxa entre as três RMs analisadas. Esse crescimento vertiginoso da violência homicida, principalmente, na capital Natal, tem ligação com as políticas de gestão da segurança pública, principalmente, para a contenção do fenômeno dos homicídios que tem chegado às cidades do Norte e Nordeste com maior intensidade, como podemos observar nos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/MS).

A RM de Recife foi a que apresentou maior registro nas taxas de mortalidade por homicídios no período, mas apresentou queda nas suas taxas nos últimos 15 anos, fruto de investimentos no aparato policial, em treinamento e qualificação e na mudança de postura em sua política de segurança pública, unindo esforços com outras secretarias de Estados e da implantação do programa Pacto Pela Vida1. Mesmo com todasas iniciativas, as taxas ainda são elevadas, ficando a cima da média Brasil.

A RM de Manaus apresentou dois momentos de recrudescimento de suas taxas. O que pode observar, nos últimos três anos do período, foi a implementação das políticas de contenção para redução da criminalidade, como roubos, furtos, e no caso deste trabalho dos homicídios. Houve uma redução dos números com a implementação do Programa “Ronda no Bairro2”, mas posteriormente no final do período as taxas voltaram a crescer fruto da falta de continuação da política pública, por conta de questões políticas.

Nos últimos 15 anos do período há um aumento da violência e aparentemente, uma diminuição das garantias individuais, com destaque para o direito a vida, a cidadania, onde os poderes constituídos deixaram de atuar na prevenção do combate ao malefício do homicídio, considerada a face mais perniciosa da violência, na pós- modernidade.

A pesar dos esforços dos entes federados na contenção dos homicídios, não se vê efetivamente a diminuição desses acontecimentos homicidas, apesar de as três RMs apresentarem características distintas uma das outras.

As políticas públicas para conter tal fenômeno não são contínuas, o que possibilita o aumento dos crimes, que são perpetrados por meio de uso de arma de fogo, tráfico de drogas, briga entre gangues rivais pelo território, capitaneados por homens jovens, em idade ativa de trabalho e que pertencem, na sua maioria, a organizações criminosas. Organizações que a cada ano vem se estruturando e ganhado contornos nacionais e internacionais em ambientes metropolitanos. Apesar da crise financeira que os Estados passam, o que se observa é a falta de iniciativas de uma política de Estado que possa dialogar com os entes federados (União, Estado e Município) de forma continua, assim como a inclusão das secretárias de Estados de governo para que chegue ao cidadão, não só políticas de segurança, mas de emprego e renda, de saneamento, educação, entre outros.

Com base nas Taxas de Mortalidade por Homicídios padronizadas, no período de 1980 a 2014, foi possível identificar a evolução e tendência das taxas nas três regiões metropolitanas. Nas três RMs o diferencial de sexo e idade, para os registros de homicídios, estão concentrados entre os homens de idades jovens e com maior registro nos municípios-sede. Este estudo também buscou preencher uma lacuna, no campo do conhecimento dos acontecimentos de mortes letais, na categoria homicídios nas capitais de Natal, Recife e Manaus.

1 O “Pacto Pela Vida” (PPV) programa da segurança pública para redução dos crimes contra a vida, combate ao uso de drogas, trabalho com famílias em situação de risco de vulnerabilidade social e reinserção de jovens em áreas integradas de segurança pública no Estado de Pernambuco.2 O “Programa Ronda no Bairro” foi implementado em 2011 pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas por conta dos altos índices de criminalidade em Manaus, com foco no policiamento comunitário objetivando provocar um aumento na sensação de segurança junto à comunidade, além de buscar uma legitimação da polícia junto à comu-nidade. O Programa foi sendo desmantelado ao logo dos anos por questões políticas.

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ÃO.ANEXO A

Taxa de mortalidade por homicídios padronizadas, nas Regiões Metropolitanas de Natal, Recife e Manaus, período de 1980 a 2014.

Fonte: SIM/MS, confecção do autor.

Nota: Todas as taxas foram padronizadas pelo método direto, tomando como padrão a estrutura etária do Brasil.

Para os cálculos das taxas foram adotadas as seguintes premissas:

Os dados brutos de óbitos foram extraídos da base de dados do SIM/DATASUS, classificadas de acordo com a CID 9 e 10.

Como as taxas foram calculadas por grupos etários é dada a existência de óbitos com idade ignorada. Foi necessária a distribuição dos óbitos com idades ignoradas.

Para isso foi feita uma decomposição do total de óbitos para em seguida se fazer a distribuição pro-rata destes óbitos de idades ignoradas.

Os dados de população foram extraídos das estatísticas demográficas do DATASUS que são provenientes do IBGE.

Para a população foram utilizados dados básicos do IBGE, nos anos censitários 1980, 1991, 2000 e 2010 e das contagens populacionais de 1996, e 2007 a partir de 2011 a 2015

foram utilizadas as estimativas populacionais disponibilizadas também na plataforma do DataSus, atualizado pelos dados do IBGE.

ANEXO B1

Taxa Bruta de mortalidade por homicídios, ambos os sexos, média trienal, padronizadas das regiões metropolitanas de Natal, Recife e Manaus, período de 1980 a 2014.

ANEXO B2

Taxa Bruta de Mortalidade por homicídios, sexo masculino, média trienal, padronizadas das regiões metropolitanas de Natal, Recife e Manaus,período de 1980 a 2014.

ANEXO B3

Taxa Bruta de Mortalidade por homicídios, sexo feminino, média trienal, padronizadas das regiões metropolitanas de Natal, Recife e Manaus,período de 1980 a 2014.

Fonte:SIM/MS.

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ÃO.ANEXO C1

Taxa Bruta de Mortalidade por homicídios, ambos os sexos, média trienal, municípios de Natal, Recife e Manaus, período de 1980 a 2014.

ANEXO C2

Taxa Bruta de Mortalidade por homicídios, sexo masculino, média trienal, municípios de Natal, Recife e Manaus, período de 1980 a 2014.

ANEXO C3

Taxa Bruta de Mortalidade por homicídios, sexo feminino, média trienal, municípios de Natal, Recife e Manaus, período de 1980 a 2014.

Fonte:SIM/MS.

ANEXO D1

Taxa Específica de Mortalidade, grupo etário quinquenal, sexo masculino, RM de Manaus, período de 1980 a 2014.

ANEXO D2

Taxa Específica de Mortalidade, grupo etário quinquenal, sexo masculino RM de Natal, período de 1980 a 2014.

ANEXO D3

Taxa Específica de Mortalidade, grupo etário quinquenal, sexo masculino RM de Recife, período de 1980 a 2014.

Fonte:SIM/MS.