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DINÂMICA DO DESMATAMENTO EM 2018 NO ESTADO ...sema.acre.gov.br/wp-content/uploads/sites/20/2020/06/...2020/03/17  · de desmatamento identificados em 215 cenas do satélite Landsat

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  • 2

    Governo do Estado do Acre Secretaria de Estado de Meio Ambiente

    Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental – Cigma

    DINÂMICA DO DESMATAMENTO EM 2018 NO ESTADO DO ACRE - PRODES

    Rio Branco – Acre

    2018

  • GOVERNO DO ESTADO DO ACRE Governador do Estado do Acre Gladson de Lima Cameli Vice-Governador do Estado do Acre Wherles Fernandes da Rocha Chefe da Casa Civil José Ribamar Trindade de Oliveira Procurador Geral do Estado João Paulo Setti Aguiar Secretário de Estado de Meio Ambiente Geraldo Israel de Nogueira Milani

    Secretário de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia Anderson Abreu de Lima

    Diretor-Presidente do Instituto de Meio Ambiente e Análises Climáticas do Acre André Luiz Pereira Hassem

    Direto-Presidente do Instituto de Mudanças Climáticas e Regularização de Serviços Ambientais Érico Maurício Pires Barboza

    Diretor-Presidente do Instituto de Terras do Acre Alirio Wanderley Neto Diretor-Presidente da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre Antônio Aurisérgio Sérgio de Menezes de Oliveira

    Equipe da Secretaria de Estado de Meio Ambiente Diretora executiva Vera Reis Brown Diretora administrativa Danielle Formiga Nogueira Coordenador Técnico Roger Daniel Recco Equipe Técnica da Unidade Central de Geoprocessamento do Estado do Acre -

    Antonio Marcos Costa da Silva Djallene Rebêlo de Araújo Elaine Lopes Marcelo José Silveira Lima Maria Alice Silva de Paula Valmira Domingos de Oliveira

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Mapa da Amazônia Legal ...................................................................................... 9

    Figura 2 - Plataforma TerraBrasilis ...................................................................................... 11

    Figura 3 - Modelo conceitual do trabalho ............................................................................. 12

    Figura 4 - Distribuição do desmatamento no estado do Acre - acumulado Prodes até 2018 .. 13

    Figura 5 – Distribuição do desmatamento no estado do Acre, no período de 2008 a 2018 .... 14

    Figura 6 - Distribuição percentual do desmatamento por regional em 2018 .......................... 16

    Figura 7 – Percentual de desmatamento acumulado até 2018, em relação extensão dos

    municípios ........................................................................................................................... 18

    Figura 8 - Percentual de desmatamento por município, em 2018 no estado Acre .................. 19

  • LISTA DE GRÁFICOS

    Gráfico 1- Incremento anual do desmatamento no estado do Acre de 2008 a 2018 ............... 14

    Gráfico 2 - Acumulado de desmatamento em hectares de 2008 a 2018 por Regional

    Administrativa ..................................................................................................................... 15

    Gráfico 3 - Distribuição do desmatamento acumulado por municípios até 2018 ................... 17

    Gráfico 4 - Distribuição do percentual desmatamento acumulado até 2018, por extensão dos

    municípios ........................................................................................................................... 17

    Gráfico 5: Distribuição do incremento do desmatamento por municípios em 2018 ............... 19

    Gráfico 6: Distribuição das maiores áreas de desmatamento nas classe fundiária acumulado

    2018 .................................................................................................................................... 21

    Gráfico 7: Distribuição das maiores áreas de desmatamento nas classes fundiárias em 2018 21

    Gráfico 8 - Projetos de assentamento com maior acumulado de desmatamento acumulado até

    2018 .................................................................................................................................... 22

    Gráfico 9 - Projetos de assentamento com maior desmatamento em 2018 ............................ 22

    Gráfico 10 - Área com maior acumulado de desmatamento até 2018 nas Unidades de

    Conservação ........................................................................................................................ 23

    Gráfico 11 - Área com maior desmatamento em 2018 nas Unidades de Conservação ........... 23

    Gráfico 12 - Terras Indígenas com maior área de Desmatamento acumulado até 2018 ......... 24

    Gráfico 13 - Terras Indígenas com maior área de Desmatamento em 2018........................... 24

  • LISTA DAS ABREVIATURAS E SIGLAS

    AC – Acre

    APA – Área de Proteção Ambiental

    CAR – Cadastro Ambiental Rural

    Floes – Floresta Estadual

    Funtac – Fundação de Tecnologia do Estado do Acre

    IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

    IMC – Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais

    Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

    Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

    Ipam – Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia

    Iteracre – Instituto de Terras do Acre -

    PA – Projeto de Assentamento

    PAD – Projeto de Assentamento Dirigido

    Parna – Parque nacional

    Prodes – Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia

    Resex – Reserva Extrativista

    Sema – Secretaria de Estado de Meio Ambiente

    TI – Terra Indígena

    UC – Unidade de Conservação

    Ucegeo – Unidade Central de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto

    ZEE – Zoneamento Ecológico-Econômico

  • SUMÁRIO

    LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................... 4

    LISTA DE GRÁFICOS ......................................................................................................... 5

    LISTA DAS ABREVIATURAS E SIGLAS .......................................................................... 6

    SUMÁRIO ............................................................................................................................ 7

    O ESTADO DO ACRE E O DESMATAMENTO ................................................................. 8

    1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 9

    2. MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................... 11

    3. RESULTADOS ............................................................................................................ 13

    3.1. Dinâmica do desmatamento no estado do Acre ......................................................... 13

    3.1.1. Extensão e Número de áreas de desmatamento no Acre ............................................. 15

    3.1.2. Desmatamento por Regional .................................................................................. 15

    3.1.3. Desmatamento acumulado até 2018 por Município ................................................ 16

    3.1.4. Desmatamento em 2018 por Município ................................................................. 18

    3.1.5. Desmatamento acumulado até 2018 por classe fundiária ........................................ 20

    4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 25

    REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 26

  • 8 Benjamin Constant, 856 – Centro - CEP. 69.900-062 - Rio Branco – Acre – Brasil

    Fone: +55 (68) 3224-3990 l 3224-7129 l 3224-8786 e (68) 3223-3447 E-mail: [email protected] l Homepage: www.sema.ac.gov.br

    APRESENTAÇÃO

    O ESTADO DO ACRE E O DESMATAMENTO

    O Governo do Acre tem trabalhado uma gestão ambiental compartilhada, para o

    desenvolvimento das ações de monitoramento, controle e fiscalização do desmatamento, das queimadas

    e incêndios florestais, com vistas ao cumprimento das metas estabelecidas nos Planos Estadual e

    Municipais de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas, com o objetivo principal de zerar

    o desmatamento ilegal.

    Para a redução do passivo florestal, conforme estabelecido no Código Florestal1, o Governo

    traçou estratégias a partir do Cadastro Ambiental Rural – CAR e da implementação do Plano de

    Regularização Ambiental – PRA, no sentido de promover o desenvolvimento socioeconômico,

    respeitando a legislação e conservando as florestas. Assim, são apoiados os Planos de Desenvolvimento

    Comunitário – PDC, os Planos de Gestão Territorial Indígena – PGTI, as Concessões Florestais e o

    Manejo Florestal Não Madeireiro nas florestas estaduais, tendo como referência o Zoneamento

    Ecológico-Econômico do Estado – ZEE.

    Através do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental – Cigma, que

    reúne a Unidade Central de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto do Estado do Acre – Ucegeo,

    a Unidade de Situação de Monitoramento Hidrometeorológico, Escritório Técnico de Gestão do

    Cadastro Ambiental Rural - CAR e do Programa de Regularização Ambiental - PRA e a Divisão de

    Geoprocessamento (DIGEO) do Licenciamento do Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC), é

    realizado o monitoramento da cobertura da terra, com foco no desmatamento, queimadas, além das

    condições hidrometeorológicas das principais bacias hidrográficas do estado.

    A Ucegeo tem realizado desde a sua criação2 o monitoramento das alterações da cobertura da

    terra, com ênfase no desmatamento e degradação por queimadas, para o território do estado do Acre.

    Acompanha o desmatamento com Imagens Landsat em uma série histórica como base o ano de 1988,

    utilizando imagens Sentinel para o monitoramento de cicatrizes de queimadas, além dos dados de

    suporte do Instituto de Pesquisas Espaciais – Inpe (Prodes e Deter B) e mais recentemente, dos dados

    do MAPBiomas.

    Este relatório tem como objetivo analisar a dinâmica do desmatamento no estado do Acre,

    no período florestal 2017/2018, utilizando os dados do Projeto de Monitoramento da Floresta

    Amazônica Brasileira por Satélite – Prodes (Inpe).

    1 Lei n° 12.651 de 2012 2 Decreto no 3.413 de 12 de setembro de 2008

  • 9 Benjamin Constant, 856 – Centro - CEP. 69.900-062 - Rio Branco – Acre – Brasil

    Fone: +55 (68) 3224-3990 l 3224-7129 l 3224-8786 e (68) 3223-3447 E-mail: [email protected] l Homepage: www.sema.ac.gov.br

    1. INTRODUÇÃO

    A Amazônia Legal é uma região política criada pelo governo brasileiro em 1953

    através da Lei n° 1.806, com o intuito de planejar e promover o desenvolvimento da região.

    Com uma área de aproximadamente 5.020.000 km2, compreendendo 61% de todo o território

    brasileiro, envolve nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima,

    Tocantins, Mato Grosso e parte do Maranhão (Figura 1), 771 municípios e cerca de 27 milhões

    de pessoas em 2018 (IBGE, 2018). Abrange todo o bioma Amazônia do Brasil, 20% do bioma

    Cerrado e parte do Pantanal matogrossense.

    Figura 1 - Mapa da Amazônia Legal

    Fonte: ESRI, 2017 e IBGE, 2015

    Inúmeras são as causas da variação das taxas de desmatamento, dentre as quais as

    correlacionadas com as questões econômicas e sociais (HOMMA, 2010), interligadas a fatores

    como o ciclo pecuária-desflorestamento-madeireira, preço das commodities agropecuárias,

    agricultura, conflitos sociais, grilagem de terras, pequena escala da atividade madeireira,

    queimadas e falta de infraestrutura regional (NEPSTAD et al., 2009; VIANA et al., 2007;

    KAIMOWITZ et al. 2004; KRUG, 2001; SCARCELLO e BIDONE; 2007; BARRETO et al.,

  • 10 Benjamin Constant, 856 – Centro - CEP. 69.900-062 - Rio Branco – Acre – Brasil

    Fone: +55 (68) 3224-3990 l 3224-7129 l 3224-8786 e (68) 3223-3447 E-mail: [email protected] l Homepage: www.sema.ac.gov.br

    2011; FERARNSIDE, 2001). Assim, elaborar estratégias e políticas que envolvam todos esses

    pontos é um grande desafio.

    As taxas anuais de desmatamento são publicadas pelo Instituto de Pesquisas Espaciais

    - Inpe, a partir do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento da Amazônia Legal – Prodes,

    cujo monitoramento obedece ao calendário florestal. De agosto de 2017 a julho de 2018 para a

    Amazônia Legal identificou-se uma taxa de desmatamento de 7.536 km2, representando um

    aumento de 8,5% no período. O estado do Acre teve um aumento de 73% no ano florestal

    2017/2018 comparado a 2016/2017 e uma redução de 39% de 2004 a 2018(Tabela 1).

    Tabela 1 - Taxas de desmatamento dos estados da Amazônia Legal de 2004 a 2018

    Ano/

    Estados AC AM AP MA MT PA RO RR TO AMZ

    LEGAL 2004 728 1.232 46 755 11.814 8.870 3.858 311 158 27.772 2005 592 775 33 922 7.145 5.899 3.244 133 271 19.014 2006 398 788 30 674 4.333 5.659 2.049 231 124 14.286 2007 184 610 39 631 2.678 5.526 1.611 309 63 11.651 2008 254 604 100 1.271 3.258 5.607 1.136 574 107 12.911 2009 167 405 70 828 1.049 4.281 482 121 61 7.464 2010 259 595 53 712 871 3.770 435 256 49 7.000 2011 280 502 66 396 1.120 3.008 865 141 40 6.418 2012 305 523 27 269 757 1.741 773 124 52 4.571 2013 221 583 23 403 1.139 2.346 932 170 74 5.891 2014 309 500 31 257 1.075 1.887 684 219 50 5.012 2015 264 712 25 209 1.601 2.153 1.030 156 57 6.207 2016 372 1.129 17 258 1.489 2.992 1.376 202 58 7.893 2017 257 1.001 24 265 1.561 2.433 1.243 132 31 6.947 2018 444 1.045 24 253 1.490 2.744 1.316 195 25 7.536

    Var. 2018-2017*

    73% 4% 0% -5% -5% 13% 6% 48% -19% 8%

    Var. 2018-2004*

    -39% -15% -48% -66% -87% -69% -66% -37% -84% -73%

    Fonte: Inpe/Prodes, 2019

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    2. MATERIAL E MÉTODOS

    Os dados geográficos de desmatamento para a Amazônia do Programa de

    Monitoramento do Desmatamento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite – Prodes,

    foram adquiridos do Instituto de Pesquisas Espaciais – Inpe (TerraBrasilis3), que possui uma

    plataforma para acesso, consulta, análise e disseminação dos dados geográficos gerados pelos

    projetos de monitoramento da vegetação (Figura 2).

    Figura 2 - Plataforma TerraBrasilis

    Fonte: Inpe/TerraBrasilis

    O Prodes realiza o monitoramento da cobertura da Amazônia Legal, classificando o

    desmatamento por corte raso, isto é, a remoção completa da cobertura florestal primária de

    áreas maiores que 6,25 hectares, utilizando imagens de satélite (INPE, 2019a).

    As taxas anuais para a Amazônia Legal do Prodes são estimadas a partir dos incrementos

    de desmatamento identificados em 215 cenas do satélite Landsat (INPE, 2019a). Em dezembro

    de cada ano é realizada uma primeira apresentação dos resultados, com estimativa, dos dados

    monitorados entre agosto de um ano e julho do ano subsequente e no primeiro semestre do ano

    seguinte são divulgados os dados consolidados.

    3 http://www.dpi.inpe.br/prodesdigital/dadosn/mosaicos/2018/

  • 12 Benjamin Constant, 856 – Centro - CEP. 69.900-062 - Rio Branco – Acre – Brasil

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    Os demais vetores utilizados como limites municipais, sedes municipais, situação

    fundiária, vias de acesso e hidrografia são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –

    IBGE4, do Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre, Fase II e da Agência Nacional de

    Águas – ANA.

    Os dados de cobertura da terra para a Amazônia Legal do Prodes apresentam as

    seguintes categorias: desmatamento, floresta, nuvem e resíduos. Neste trabalho foram utilizadas

    as classes que compõem o desmatamento apenas nas categorias de desmatamento e resíduo, na

    coluna Mainclass. Posteriormente foi realizada a intersecção dos polígonos de desmatamento

    com a base fundiária do Estado do Acre - ZEE II, conforme Figura 3.

    Figura 3 - Modelo conceitual do trabalho

    4 https://mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais/bases-cartograficas/malhas-digitais.html

    Aquisição de dados Prodes

    Seleção das Classes Desmatamento

    Base Municípios e

    Fundiária Intersecção

    Desmatamento por classe fundiária

    Desmatamento por municípios

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    3. RESULTADOS 3.1. Dinâmica do desmatamento no estado do Acre

    O desmatamento acumulado no estado do Acre até 2018, totalizou 2.288.909,9 ha,

    representando aproximadamente 14% da extensão territorial do Acre. De modo geral a

    distribuição do desmatamento no estado tem relação com a estrutura de ocupação territorial,

    concentrado principalmente no Sudeste acreano, ao redor dos centros urbanos e ao longo dos

    grandes rios e rodovias, com destaque para as rodovias federais, BR 364 e BR 317 (Figura 4).

    Estes eixos, em geral relacionam-se com o processo de escoamento da produção familiar nos

    projetos de assentamento e nas áreas discriminadas, estas últimas em fase de regularização

    fundiária pelo Instituto de Terras do Acre – Iteracre.

    Figura 4 - Distribuição do desmatamento no estado do Acre - acumulado Prodes até 2018

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018; UFAC/Sema,2019; IBGE 2015; ZEE Fase II, 2006; Ana, 2010

    O desmatamento de 2008 a 2018 apresentou 35.781 polígonos de desmatamento que

    somam 346.342,6 ha, com tamanho médio de 9,7 ha (desvio padrão de 8,5 ha), ocorrendo

    principalmente próximo a áreas já desmatadas e a BR 364 entre os municípios de Sena

    Madureira e Tarauacá (Figura 5).

  • 14 Benjamin Constant, 856 – Centro - CEP. 69.900-062 - Rio Branco – Acre – Brasil

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    Figura 5 – Distribuição do desmatamento no estado do Acre, no período de 2008 a 2018

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018; UFAC/Sema,2019; IBGE 2015; ZEE Fase II, 2006; Ana, 2010

    Nos 10 anos analisados, o maior registro de desmatamento no período foi de 46.534

    hectares ocorridos no ano de 2018 e o segundo maior registro foi em 2015, com 46.409 ha

    desmatados. Já os anos com menores registros foram 2009 com 16 mil ha e 2013 com 20 mil

    ha (Gráfico 1).

    Gráfico 1- Incremento anual do desmatamento no estado do Acre de 2008 a 2018

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018.

    28.926

    16.174

    29.309 29.919 27.299

    20.497

    35.246

    46.409 40.521

    25.507

    46.534

    2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

    Hect

    ares

    Ano

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    3.1.1. Extensão e número de áreas de desmatamento no Acre

    De 2008 a 2018 foram analisados 35.781 polígonos desmatados representando

    346.342,6 ha. A classe de pequenos polígonos de desmatamento (aqueles com até 10 ha)

    indicadas na Tabela 2 correspondem a 170 mil hectares, com maior número de áreas

    desmatadas nos polígonos de tamanhos entre 6,1 a 10 hectares, correspondendo 57,5 %. Os

    desmatamentos na classe de médios polígonos (de 10,1 ha a 60 ha) apresentou 165 mil hectares

    de desmatamentos e a classe de grandes polígonos apresentou cerca de 106 hectares de

    desmatamento.

    Tabela 2 - Número de áreas/polígonos e extensão do desmatamento no estado do Acre, por tamanho de

    polígono – de 2008 a 2018

    Classes Tamanho dos polígonos Número de polígonos

    % de polígonos

    Área desmatada (ha)

    % desmatado

    1 Pequena ≤3 2.581 7,2 2.714,4 0,8 2 3,1 a 6 1.768 4,9 8.441,0 2,4 3 6,1 a 10 20.567 57,5 159.131,3 45,9 4 Média 10,1 a 60 10.763 30,1 165.380,0 47,8 5 Grande 60,1 a 200 97 0,3 8.902,4 2,6 6 >200 5 0,0 1.773,5 0,5

    Total 35.781 100,0 346.342,6 100,0 Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018.

    3.1.2. Desmatamento por Regional As regionais que apresentaram maior área desmatadas foram Baixo Acre, com mais de

    10 mil hectares e Purus com cerca de 7 mil hectares. Já a regional do Juruá apresentou a menor

    extensão de área desmatada, com cerca de 4 mil hectares (Gráfico 6).

    Gráfico 2 - Acumulado de desmatamento em hectares de 2008 a 2018 por Regional Administrativa

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018.

    Alto Acre Baixo Acre Juruá Purus Tarauacá

    /Envira

    6.503

    10.263

    4.344 7.377 8.351

  • 16 Benjamin Constant, 856 – Centro - CEP. 69.900-062 - Rio Branco – Acre – Brasil

    Fone: +55 (68) 3224-3990 l 3224-7129 l 3224-8786 e (68) 3223-3447 E-mail: [email protected] l Homepage: www.sema.ac.gov.br

    Em 2018 a regional Tarauacá/Envira destacou-se com 13.395,8 ha, representando 29%

    dos desmatamentos do estado (Figura 6), seguida pelas regionais do Baixo Acre (26%) e Purus

    (14%).

    Figura 6 - Distribuição percentual do desmatamento por regional em 2018

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018; UFAC/Sema,2019; IBGE 2015; ZEE Fase II, 2006; Ana, 2010

    3.1.3. Desmatamento acumulado até 2018 por Município

    A distribuição do acumulado de desmatamento até 2018, por município, indica que Rio

    Branco possui a maior área de florestas convertidas, com 274.422,2 ha, seguido por Sena

    Madureira (198.549,2 ha), Senador Guiomard (168.881,8 ha) e Feijó (162.190,8 ha). Os

    municípios isolados de Santa Rosa do Purus e Jordão são os que possuem menor área de

    desmatamento.

  • 17 Benjamin Constant, 856 – Centro - CEP. 69.900-062 - Rio Branco – Acre – Brasil

    Fone: +55 (68) 3224-3990 l 3224-7129 l 3224-8786 e (68) 3223-3447 E-mail: [email protected] l Homepage: www.sema.ac.gov.br

    Gráfico 3 - Distribuição do desmatamento acumulado por municípios até 2018

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018.

    Levando em consideração a extensão das áreas desmatadas em relação a área dos

    municípios, verifica-se maior criticidade em Senador Guiomard, com 85% da extensão

    territorial desmatada, Plácido de Castro (74,9%) e Acrelândia (65%).

    Gráfico 4 - Distribuição do percentual desmatamento acumulado até 2018, por extensão dos municípios

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018.

    Observando o percentual de desmatamento acumulado em relação a extensão do

    município, é no Vale do Acre, onde se localizam as bacias dos rios Acre e Abunã, que se

    encontram os municípios mais impactados por desmatamento. Os vetores de desmatamento

    nessa região estão relacionados principalmente a pecuária bovina, agricultura, e proximidade

    com as rodovias (Figura 7).

    27

    4.4

    22

    ,2

    19

    8.5

    49

    ,2

    16

    8.8

    81

    ,8

    16

    2.1

    90

    ,8

    15

    7.9

    53

    ,7

    14

    5.5

    10

    ,7

    14

    2.1

    71

    ,8

    14

    1.6

    29

    ,6

    13

    1.1

    36

    ,8

    12

    5.6

    66

    ,4

    11

    7.5

    75

    ,1

    10

    4.3

    25

    ,5

    90

    .98

    4,1

    87

    .46

    4,0

    50

    .66

    0,4

    43

    .84

    2,7

    41

    .35

    8,7

    28

    .94

    4,2

    25

    .75

    0,2

    21

    .10

    0,4

    16

    .97

    6,0

    9.9

    09

    ,3

    Rio

    Bran

    co

    Sena

    Mad

    urei

    ra

    Sena

    dor G

    uiom

    ard

    Feijó

    Tara

    uacá

    Plác

    ido

    de C

    astr

    o

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    Xapu

    ri

    Port

    o Ac

    re

    Buja

    ri

    Acre

    lând

    ia

    Cruz

    eiro

    do

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    Capi

    xaba

    Epita

    ciolâ

    ndia

    Rodr

    igue

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    Sant

    a Ro

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    Hect

    ares

    85

    ,5

    74

    ,9

    65

    ,0

    53

    ,4

    52

    ,9

    50

    ,3

    41

    ,4

    36

    ,3

    31

    ,1

    26

    ,5

    16

    ,5

    11

    ,9

    7,8

    7,6

    7,1

    5,8

    5,8

    4,1

    3,3

    3,2

    3,1

    1,6

    Sena

    dor G

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    Acre

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    Capi

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    Buja

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    Mad

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    Feijó

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  • 18 Benjamin Constant, 856 – Centro - CEP. 69.900-062 - Rio Branco – Acre – Brasil

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    Figura 7 – Percentual de desmatamento acumulado até 2018, em relação extensão dos municípios

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018; UFAC/Sema,2019; IBGE 2015; ZEE Fase II, 2006; Ana, 2010

    3.1.4. Desmatamento em 2018 por Município

    A distribuição do desmatamento por município indica Feijó com maior área de

    desmatamento em 2018, com 8.100,5 ha, seguido por Sena Madureira com 5.318,8 ha, Manoel

    Urbano com 4.736,6 ha, Tarauacá com 4.608,9 ha e Rio Branco com 3.606,2 ha, conforme

  • 19 Benjamin Constant, 856 – Centro - CEP. 69.900-062 - Rio Branco – Acre – Brasil

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    Gráfico 5.

  • 20 Benjamin Constant, 856 – Centro - CEP. 69.900-062 - Rio Branco – Acre – Brasil

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    Gráfico 5: Distribuição do incremento do desmatamento por municípios em 2018

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018; ZEE Fase II, 2006

    Os municípios de Senador Guiomard e Acrelândia, bem como aqueles que compõem o

    Vale do Acre historicamente são municípios com os maiores percentuais de área desmatada,

    situação que se repete em 2018. No que se refere a expansão do desmatamento em relação a

    extensão territorial, os municípios Manoel Urbano, Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul e

    Rodrigues Alves também ganharam evidência em 2018 (Figura 8).

    Figura 8 - Percentual de desmatamento por município, em 2018 no estado Acre

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018; UFAC/Sema,2019; IBGE 2015; ZEE Fase II, 2006; Ana, 2010

    8.1

    00

    ,5

    5.3

    10

    ,8

    4.7

    36

    ,6

    4.6

    08

    ,9

    3.6

    06

    ,2

    2.5

    60

    ,3

    2.3

    52

    ,9

    2.3

    09

    ,7

    1.7

    45

    ,8

    1.5

    13

    ,9

    1.3

    62

    ,9

    1.2

    47

    ,9

    1.1

    40

    ,7

    1.0

    15

    ,1

    90

    8,8

    88

    0,9

    84

    9,7

    68

    3,1

    47

    3,6

    40

    4,9

    38

    1,5

    32

    5,3

    Feijó

    Sena

    Mad

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  • 21 Benjamin Constant, 856 – Centro - CEP. 69.900-062 - Rio Branco – Acre – Brasil

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    3.1.5. Desmatamento acumulado até 2018 por classe fundiária

    No Acre o corte e queima para a agricultura familiar, realizados anualmente, é o sistema

    que predomina em Projetos de Assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma

    Agrária – Incra, assim como em toda a Amazônia Legal. No Acre os projetos de assentamento

    representaram a classe fundiária que mais contribuiu com o desmatamento em 2018, com

    798.437 ha, representado 48,8% da área total dos assentamentos e 4,9% do desmatamento do

    estado (Tabela 3Erro! Fonte de referência não encontrada.). Na sequência, as propriedades

    particulares tiveram a cobertura da terra alterada em 699.595,95 ha, representando 22,5% da

    área total das propriedades particulares e 4,3% do desmatamento estadual, de modo geral.

    As Áreas Discriminadas apresentaram um desmatamento de 454.236,88 ha,

    equivalentes a 20,4% da área da categoria e 2,8% do desmatamento do estado. Com menores

    contribuições estão as Unidades de Conservação com 157.799,13 ha, representando 3,1% do

    território das UCs, e 1% do estado do Acre, enquanto nas Áreas sem Estudo Discriminatório

    ocorreu um desmatamento de 103.682,91 ha, 7% de sua área desmatada, correspondendo a

    menos de 1% do desmatamento do estado As Terras Indígenas e as Áreas Arrecadadas são as

    que menos contribuíram para o desmatamento no estado, com 0,2% e 0,3%, respectivamente,

    ao longo dos últimos 10 anos.

    Tabela 3 - Desmatamento acumulado por classe fundiária até 2018

    Tipo/Categoria Área Total (ha) Desmatamento até 2018 (ha)

    % desmatamento até 2018 em

    relação a área da classe

    % desmatamento acumulado 2018

    em relação a área do Estado

    Projetos de Assentamento 1.635.945,00 798.437,00 48,8% 4,9% Propriedades Particulares 3.114.417,60 699.595,95 22,5% 4,3%

    Áreas Discriminadas 2.229.415,70 454.236,88 20,4% 2,8% Unidade de Conservação 5.167.966,60 157.799,13 3,1% 1,0%

    Áreas sem Estudo Discriminatório 1.474.934,20 103.682,91 7,0% 0,6% Áreas Arrecadadas 313.595,40 43.411,35 13,8% 0,3% Terras Indígenas 2.485.209,00 29.823,22 1,2% 0,2%

    Total 16.421.483,50 2.286.986,44 13,9% 13,9%

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018; ZEE Fase II, 2006

    As áreas particulares e as áreas discriminadas apresentaram a maior contribuição no

    desmatamento acumulado até 2018, com cerca de 679 mil e 454 mil hectares, seguido dos

  • 22 Benjamin Constant, 856 – Centro - CEP. 69.900-062 - Rio Branco – Acre – Brasil

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    Projetos de Assentamento Dirigidos, com 252,9 mil ha, as Áreas Não Discriminadas, com 103

    mil ha e a Reserva Extrativista Chico Mendes, com 59 mil ha (Gráfico 6).

    Gráfico 6: Distribuição das maiores áreas de desmatamento nas classe fundiária acumulado 2018

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018; ZEE Fase II, 2006

    Na distribuição das maiores áreas de desmatamentos por classe fundiária, 2018 conta

    com as áreas particulares com 10,8 mil ha desmatados, as áreas discriminadas com 10,2 mil ha

    de desmatamento e as áreas não discriminadas com 5 mil ha desmatados, consideradas as

    classes que mais contribuiram com o desmatamento no período. Das Unidades de Conservação

    de Uso Sustentável, a Reserva Extrativista Chico Mendes e a Floresta Estadual do Antimay

    também apresentaram valores expressivos de desmatamento, com 2,5 mil ha e 914 ha,

    respectivamente (Gráfico 7). Gráfico 7: Distribuição das maiores áreas de desmatamento nas classes fundiárias em 2018

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018; ZEE Fase II, 2006

    679.123,1

    454.236,9

    252.943,5

    103.331,8 59.555,8 46.580,0 45.935,3 38.051,4 30.005,1 26.685,7

    Propriedade

    Particular

    Discriminada P.A.D. Pedro

    Peixoto

    Não

    Discriminada

    Reserva

    Extrativista

    Chico Mendes

    P.A.D. Boa

    Esperança

    P.A.D. Humaitá P.A.D. Quixadá P.A.R. Mário

    Lobão

    P.A.D. Santa

    Luzia

    Hect

    ares

    10.828,6

    10.229,9

    5.047,1

    2.476,9

    2.073,1

    914,3

    881,4

    835,6

    754,9

    606,3

    - 2.000,0 4.000,0 6.000,0 8.000,0 10.000,0 12.000,0

    Propriedade Particular

    Discriminada

    Não Discriminada

    Reserva Extrativista Chico Mendes

    P.A.D. Pedro Peixoto

    Floresta Estadual do Antimary

    P.A.D. Boa Esperança

    P.A.E. Remanso

    áreas arrecadadas

    P.A. Berlim Recreio

    HECTARES

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    O Projeto de Assentamento com maior acumulado de desmatamento até 2018 foi o PAD

    Pedro Peixoto, com 252,9 mil hectares de desmatados, seguido pelo PAD Boa Esperança com

    46 mil hectares e PAD Humaitá com 45 mil hectares (Gráfico 8).

    Gráfico 8 - Projetos de assentamento com maior acumulado de desmatamento acumulado até 2018

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018; ZEE Fase II, 2006

    Em 2018 o PAD Pedro Peixoto também foi o projeto de assentamento que mais

    contribuiu para a conversão de áreas de florestas, com cerca de 2 mil ha de desmatamento,

    seguido do PAD Boa Esperança, com 881 ha e PAE Remanso, com 835 ha (Gráfico 9).

    Gráfico 9 - Projetos de assentamento com maior desmatamento em 2018

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018; ZEE Fase II, 2006

    O acumulado de desmatamento nas Unidades de Conservação até 2018 foi de

    157.799,13 ha, cerca de 3% das áreas destinadas a essa classe. A Resex Chico Mendes foi a UC

    que mais apresentou áreas de desmatamento - cerca de 59 mil ha, seguida da APA São Francisco

    com 20 mil ha e a Reserva Extrativista Alto Juruá com 15 mil ha de florestas convertidos

    (Gráfico 10).

    252.943,5

    46.580,0 45.935,3 38.051,4 30.005,1 26.685,7 18.053,4 16.127,6 14.583,2 13.855,6

    P.A.D. Pedro

    Peixoto

    P.A.D. Boa

    Esperança

    P.A.D.

    Humaitá

    P.A.D.

    Quixadá

    P.A.R. Mário

    Lobão

    P.A.D. Santa

    Luzia

    P.A.E. Santa

    Quitéria

    P.A. Figueira P.A. Gal.

    Moreno Maia

    P.A. Berlim

    Recreio

    2.073,10

    881,39

    835,59

    606,32

    548,40

    452,08

    389,40

    386,85

    379,85

    372,63

    - 500,00 1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00

    P.A.D. Pedro Peixoto

    P.A.D. Boa Esperança

    P.A.E. Remanso

    P.A. Berlim Recreio

    P.A.E. Porto Dias

    P.A.D. Santa Luzia

    P.A.D. Quixadá

    P.A.F. Providência Capital

    P.A. São Pedro

    P.A. Paraná dos Mouras

    HECTARES

  • 24 Benjamin Constant, 856 – Centro - CEP. 69.900-062 - Rio Branco – Acre – Brasil

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    Gráfico 10 - Área com maior acumulado de desmatamento até 2018 nas Unidades de Conservação

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018; ZEE Fase II, 2006

    Analisando apenas para as áreas desmatadas em 2018 nas Unidades de Conservação,

    vê-se que a Reserva Extrativista Chico Mendes teve a maior área de floresta convertida, com

    2.476,9 ha, seguida da Floresta Estatal do Antimay, com 914,3 ha (Gráfico 11).

    Gráfico 11 - Área com maior desmatamento em 2018 nas Unidades de Conservação

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018; ZEE Fase II, 2006

    59.555,85

    20.479,80

    15.910,48 14.713,85 14.482,48 10.974,38

    6.519,15 4.727,69 4.639,08 3.901,07

    Reserva

    Extrativista

    Chico Mendes

    APA São

    Francisco

    Reserva

    Extrativista do

    Alto Jurua

    Parque

    Nacional da

    Serra do

    Divisor

    Floresta

    Estadual do

    Antimary

    Reserva

    Extrativista

    Cazumbá -

    Iracema

    Resex

    Riozinho da

    Liberdade

    Reserva

    Extrativista do

    Alto Tarauacá

    Floresta

    Estadual do

    Rio Gregório

    Floresta

    Estadual do

    Mogno

    2.476,9

    914,3

    487,2

    256,4

    208,6

    181,4

    120,2

    117,6

    95,0

    62,8

    - 500,0 1.000,0 1.500,0 2.000,0 2.500,0

    Reserva Extrativista Chico Mendes

    Floresta Estadual do Antimary

    Reserva Extrativista Cazumbá - Iracema

    Reserva Extrativista do Alto Jurua

    Floresta Estadual do Rio Gregório

    APA São Francisco

    Reserva Extrativista do Alto Tarauacá

    Floresta Estadual do Mogno

    Resex Riozinho da Liberdade

    Floresta Estadual do Rio Liberdade

    HECTARES

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    Os dados de desmatamento acumulado até 2018 demonstram que nas Terras Indígenas

    foram desmatados aproximadamente 29.823,22 ha, isto é 1,2% da extensão do conjunto de

    Terras Indígenas e 0,2% do estado do Acre.

    A Terra Indígena Kaxinawá do Seringal Curralinho - Campinas Katukina, foi a que mais

    apresentou áreas desmatadas (7.804 ha), seguido da Terra Indígena Nawa, com 3.472 ha e Terra

    Indígenas Alto Rio Purus 2.514 ha (Gráfico 12).

    Gráfico 12 - Terras Indígenas com maior área de Desmatamento acumulado até 2018

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018; ZEE Fase II, 2006

    Já em 2018 as áreas desmatadas nas Terras Indígenas concentraram-se na Terra

    Indígena Kaxinawá do Seringal Curralinho, com 500,8 ha, TI Manchineri do Guanabara - 34,8

    ha, TI Katukina/Kaxinawá - 29,4 ha, TI Arara do Igarapé Humaitá - 21,7 ha (Gráfico 13).

    Gráfico 13 - Terras Indígenas com maior área de Desmatamento em 2018

    Fonte: Inpe/Prodes/TerraBrasilis, 2018; ZEE Fase II, 2006

    7.804,0

    3.472,2 2.514,1

    1.971,7 1.952,7 1.907,5 1.713,3 1.617,1 1.233,9 1.211,5

    T.I. Kaxinawa do

    Seringal Curralinho

    T.I. Nawa T.I. Alto Rio Purus T.I. Nukini T.I. Kaxinawa da

    Praia Do Carapana

    T.I.

    Katukina/Kaxinawá

    T.I. Rio Gregorio T.I. Poyanawa T.I. Manchineri do

    Guanabara

    T.I. kaxinawa do

    Rio Jordão

    500,8

    34,8

    29,4

    21,7

    16,4

    15,8

    15,5

    15,0

    9,8

    9,0

    - 100,0 200,0 300,0 400,0 500,0 600,0

    T.I. Kaxinawa do Seringal Curralinho

    T.I. Manchineri do Guanabara

    T.I. Katukina/Kaxinawá

    T.I. Arara do Igarapé Humaita

    T.I. Kaxinawa da Praia Do Carapana

    T.I. Nukini

    T.I. Cabeceira do Rio Acre

    T.I. kaxinawa do Rio Jordão

    T.I. Xinane

    T.I. Rio Gregorio

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    4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desmatamento acumulado no estado do Acre até 2018 correspondeu a 14% do seu

    território, concentrado principalmente nos municípios que compõem a Regional do Baixo Acre.

    Os desmatamentos de 2018 ocorreram próximos a áreas antropizadas e ao longo da BR 364,

    entre os municípios de Sena Madureira e Tarauacá.

    Rio Branco, Sena Madureira e Senador Guiomard possuem a maior extensão de áreas

    desmatadas em todo o estado do Acre, mas os municípios de Senador Guiomard, Plácido de

    Castro e Acrelândia possuem o maior percentual de seus territórios desmatados, com 85,8%;

    74,9% e 65%, respectivamente.

    Os projetos de Assentamentos foram a classe fundiária que mais contribuiu com os

    desmatamentos no estado do Acre, seguidos das Propriedades Particulares. O desmatamento

    ocorreu em 60% das pequenas propriedades inscritas no Cadastro Ambiental Rural – CAR.

    As Terras Indígenas e as Unidades de Conservação no estado do Acre foram as classes

    fundiárias que menos contribuiram com o desmatamento no período. Dentro da categoria de

    Unidades de Conservação, a Resex Chico Mendes e a Floresta Estadual do Antimay foram as

    que mais contribuíram para o desmatamento

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    Estado do Acre. Zoneamento Ecológico-Econômico: Desflorestamento e queimadas no Acre –

    Análise de tendências recentes. Rio Branco: Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio

    Ambiente, Volume 2, 2000.

    ACRE. Governo do Estado do Acre. Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico do

    Estado do Acre. Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre Fase II: Documento Síntese – Escala

    1:250.000, Rio Branco: SEMA, 2006. 356p.

    ACRE. Decreto Nº 3.413 de 12 de setembro de 2008. Cria a unidade Central de Geoprocessamento

    e Sensoriamento Remoto do Estado do Acre – Ucegeo e Regulamenta o seu funcionamento.

    Diário Oficial do Estado do Acre, Rio Branco, AC 15 de set. 2008. Nº 9.888. Publicado do D.O.E. em

    15/09/2008.

    ACRE - Governo do Estado do Acre (no prelo). Revisão da Dinâmica do Desmatamento no Estado

    do Acre: Análise Temporal de 23 Anos (Período de 1988 a 2010). Rio Branco: (Ucegeo -

    Funtac/Sema), 2011. (Não publicado).

    LAURANCE, W.F., COCHRANE, M.A., BERGEN, S., FEARNSIDE, P.M., DELAMONICA, P.,

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    populacao.html. Acessado em setembro de 2019.

    IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Indicadores Sociais. Disponível em:

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    regional para a Amazônia Legal. Cad. Saúde Pública [online]. 2007, vol.23, suppl.2 [cited 2019-10-

    14],pp.S117-S131. Available from: . ISSN 0102-311X. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-

    311X2007001400002.

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    Ambiente/ Secretaria de Coordenação da Amazônia. Causas e dinâmica do desmatamento na

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    ECOLÓGICA, 2007, Anais... Fortaleza, 2007.

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    BOWMAN, M., CATTANEO, A., RODRIGUES, H., SCHWARTZMAN, S.,MCGRATH, D. G.,

    STICKLER, C.M., LUBOWSKI, R., PIRIS-CABEZAS, P., RIVERO, S., ALENCAR, A.,

    ALMEIDA,O. & STELLA, O. (2009) The end of deforestation in the Brazilian Amazon. Science 326:

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    HOMMA, A. Política agrícola ou política ambiental para resolver os problemas da Amazônia?1,2.

    Revista Política Agrícola. Ano XIX – No 99 1 – Jan./Fev./Mar. 2010. Disponível em:

    https://seer.sede.embrapa.br/index.php/RPA/article/view/339/285.

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    Suplementar 1- Incremento de Desmatamento 2018

    Município Extensão Territorial (ha)

    IBGE, 2018

    Desmatamento

    Acumulado até 2018

    Desmatamento em

    2018

    % de Dematamento

    Acumulado até 2018

    % de

    desmatamento em

    2018

    % de desmatamento

    acumulado até 2018 por

    município

    Acrelândia 180.795 117.575,1 2.309,7 65,0 1,28 5,1%

    Assis Brasil 497.422 28.944,2 908,8 5,8 0,18 1,3%

    Brasiléia 391.652 142.171,8 2.352,9 36,3 0,60 6,2%

    Bujari 303.486 125.666,4 1.513,9 41,4 0,50 5,5%

    Capixaba 170.259 90.984,1 1.140,7 53,4 0,67 4,0%

    Cruzeiro do Sul 877.942 104.325,5 1.745,8 11,9 0,20 4,6%

    Epitaciolândia 165.478 87.464,0 849,7 52,9 0,51 3,8%

    Feijó 2.797.552 162.190,8 8.100,5 5,8 0,29 7,1%

    Jordão 535.732 16.976,0 683,1 3,2 0,13 0,7%

    Mâncio Lima 545.261 41.358,7 381,5 7,6 0,07 1,8%

    Manoel Urbano 1.063.326 43.842,7 4.736,6 4,1 0,45 1,9%

    Marechal Thaumaturgo 819.179 25.750,2 404,9 3,1 0,05 1,1%

    Plácido de Castro 194.326 145.510,7 1.247,9 74,9 0,64 6,4%

    Porto Acre 260.485 131.136,8 1.362,9 50,3 0,52 5,7%

    Porto Walter 644.387 21.100,4 473,6 3,3 0,07 0,9%

    Rio Branco 883.560 274.422,2 3.606,2 31,1 0,41 12,0%

    Rodrigues Alves 307.697 50.660,4 1.015,1 16,5 0,33 2,2%

    Santa Rosa do Purus 614.562 9.909,3 325,3 1,6 0,05 0,4%

    Senador Guiomard 232.144 198.549,2 5.310,8 85,5 2,29 8,7%

    Sena Madureira 2.375.311 168.881,8 880,9 7,1 0,04 7,4%

    Tarauacá 2.017.107 157.953,7 4.608,9 7,8 0,23 6,9%

    Xapuri 534.747 141.629,6 2.560,3 26,5 0,48 6,2%

    TOTAL 16.412.410,54 2.287.003,5 46.520,1 13,9 0,28 100,0%

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