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INFLUENCIA DA ROTAÇAO NO COMPORTAMENTO DINÂMICO DE ROTORES FLEXÍVEIS Adhemar Castilho TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÔS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÃRIOS PARA A OBTEN- ÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CI~NCIAS (M.Sc.). Aprovada por: Jan Leon Scieszko (Presidente) Luiz Carlos Martins RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL .NOVEMBRO DE 1983

DINÂMICO DE ROTORES FLEXÍVEIS · Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitaste força, adversãrios, por causa dos teus para fazeres emudecer o inimigo e o vingador. Quando

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INFLUENCIA DA ROTAÇAO NO COMPORTAMENTO

DINÂMICO DE ROTORES FLEXÍVEIS

Adhemar Castilho

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS

DE PÔS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÃRIOS PARA A OBTEN­

ÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CI~NCIAS (M.Sc.).

Aprovada por:

Jan Leon Scieszko (Presidente)

Luiz Carlos Martins

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

.NOVEMBRO DE 1983

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CASTILHO, ADHEMAR

Influência da rotação no comportamento dinâmico de

rotores flexíveis, Rio de Janeiro, UFRJ/COPPE, 1983.

ix , 110 p. 29,7 cm (COPPE-UFRJ, M.Sc.,

Engenharia Mecânica, 1983).

Tese - Univ. Fed. Rio de Janeiro. COPPE.

1 - Roto.dinâmica I. COPPE/UFRJ II. Título (série).

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AGRADECIMENTOS

Desejo agradecer:

- A todos aqueles que contribuíram de alguma forma para a exe­

cução deste trabalho;

- Aos Engenheiros Reinaldo de Falcoe Irineu Soares pelo apoio

dado;

pela forma - Ao meu orientador, Professor Jan Leon Scieszko

eficiente com que conduziu sua tarefa, dando as diretrizes

para que idéias abstratas e desordenadas se convertessem nes

te trabalho;

Ao amigo Victor Prodonoff pela forma obstinada com que se e~

penhou, junto ao autor, em propiciar os meios que permitiram

a concretização desta tese;

- Ao amigo e incentivador Sérgio O.M.Portinho por ter criado e

sustentado o espaço dentro do qual se desenrolou esta tarefa.

Quero ainda fazer referência a um grande Rotor

que e nosso velho conhecido. Não foi projetado por nenhum ho-

mem, mas já vem operando há muitos anos, sem jamais ter neces­

sitado de qualquer manutençao ou reparo. Sua precisão em mui­

to excede a dos melhores relógios suíços.

O Rotor referido é o Planeta Terra e e sobre ele

que temos desenvolvido as nossas atividades vitais, dentro do

mais perfeito sincronismo, sem que nenhuma de suas leis tenha

sido quebrada ou sequer tenhamos ofuscado o brilho de sua su-

blime harmonia. Ao contrário, sua beleza se renova dia apos

dia, não obstante os pesados esforços que o homem vem desenvol

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iv

vendo no sentido de sua destruição.

Faço uso desta breve reflexão para sugerir ao

caro leitor uma pequena meditação acerca da existência de uma

inteligência superior, capaz de criar leis infinitamente gran-

diosas, que transcendem em muito a percepçao do homem, o qual,

por vezes, se julga maior do que DEUS.

t nesse espírito que dedico este trabalho a es­

te SER SUPREMO, por ter concedido a mim a honra de conhecer um

pouco mais de sua majestosa criação.

Ao SENHOR DEUS seja dada toda honra e toda

glória.

Neste instante faço minhas as palavras do

Davi, encontradas no Salmo oitavo das Sagradas Escrituras.

'1 Õ Senhor, Senhor nosso,

quão magnífico em toda a terra

e o teu nome:

pois· expuseste nos ceus a tua

majestade.

Da boca de pequeninos e crianças

de peito

suscitaste força,

adversãrios,

por causa dos teus

para fazeres emudecer o inimigo e

o vingador.

Quando contemplo os teus ceus,

obra dos teus dedos,

e a lua e as estrelas que estabeleceste,

que e o homem, que dele te lembres?

e o filho do homem, que o

visites?

a

Rei

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V

Fizeste-o, no entanto, por um pouco,

menor do que Deus,

e de glÔria e de honra o coroaste

Deste-lhe domínio sobre as obras

da tua mão,

e sob seus pes tudo lhe puseste:

ovelhas e bois, todos,

e também os animais do campo;

as aves do cêu e os peixes do mar,

e tudo o que percorre as sendas dos

mares.

Õ Senhor, Senhor nosso,

quão magnífico em toda a terra e o

teu nome:''

O autor

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V1

RESUMO

A finalidade deste trabalho ê mostrar a varia

çao das freqüências naturais de um rotor flexível, em função

da velocidade de rotação do mesmo, Dã-se ênfase ao papel de

sempenhado pela inêrcia de rotação e pelo efeito giroscÕpico.

Inicialmente faz-se uma análise de um modelo sim

plificado, com dois graus de liberdade, Apresenta-se, em se

guida, um modelo continuo, simulando o comportamento de um ro-

torem balanço, atravês de uma equaçao diferencial. o disco,

na extremidade, é introduzido nas condições de contorno.

Um terceiro modelo, contínuo e biapoiado, consi

dera o disco na própria equação diferencial do rotor, simulan­

do seus efeitos de inêrcia de rotação e efeito giroscÕpico.

Exemplos - . numericos comprovam a viabilidade do

mêtodo, fazendo-se ainda comparações entre os dois

modelos.

primeiros

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vii

ABSTRACT

The purpose of this work is to show the dependence

of the natural frequencies of a flexible rotor on its speed of

rotation. Emphasis is given to the rotatory inertia and the

giroscopic moment.

A simplified analysis is first made of a model

with two degrees of freedom. Then, a continuous cantilevered

system is simulated through a differential equation.

is considered as a boundary condition.

The disc

Finally a last continuous model considers the

disc in the differential equation, with its inertial and giroscopic

effects.

Numerical examples show the validity of the

method, comparing the discrete and continuous models.

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ÍNDICE

I - INTRODUÇÃO 1

II - CINEMÃTICA DE UM DISCO ROTATIVO ......•.. ........•.. 7

2.1 - PRECESSÃO E ROTAÇÃO ...•...•..•..•............ 7

2.2 - FREQÜÊNCIA NATURAL E VELOCIDADE CRÍTICA...... 9

2.3 - COORDENADAS GLOBAIS DE UM VOLANTE ..•......... 9

2.4 - ORIENTAÇÃO ANGULAR DE UM VOLANTE EM TERMOS DA

ELÁSTICA DO EIXO . . . . . . . • . • • • . • . . . . . . . . . . . . . . . 11

2 .5 - VELOCIDADES E ACELERAÇÕES ANGULARES DO DISCO . . 14

III - FREQÜÊNCIAS NATURAIS DE UM ROTOR EM BALANÇO, COM su~

PENSÃO ELÃSTICA - SISTEMA DISCRETO .•............... 19

3.1 - EQUAÇÕES BÁSICAS DE EQUILÍBRIO DINÂMICO DO

ROTOR .........................•.•............ 19

3.2 - EQUAÇÃO DE FREQÜÊNCIA ....•..............•.... 24

3.3 - ANÃLISE DAS CURVAS DE FREQÜÊNCIA ............. 26

IV - FREQÜÊNCIAS E MODOS NATURAIS DE UM ROTOR EM BALANÇO,

COM SUSPENSÃO ELÁSTICA - SISTEMA CONTÍNUO .........• 31

4.1 - EQUAÇÃO DIFERENCIAL DO MOVIMENTO ............. 32

4.2 - CARACTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO ..... 42

4. 3 - SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DIFERENCIAL DE MOVIMENTO . . 46

V FREQÜÊNCIAS E MODOS NATURAIS DE VIBRAÇÃO DE UM ROTOR

BIAPOIADO, COM DISCO INTERMEDIÁRIO - SISTEMA CONTÍNUO. . 5 7

5.1 - EQUAÇÃO DIFERENCIAL DE MOVIMENTO ..........•.. 57

5.2 - CONDIÇÕES DE CONTORNO ..................•..... 61

5. 3 - SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DIFERENCIAL DE MOVIMENTO . . 61

VI - EXEMPLOS NUMÉRICOS DOS TR1':S MODELOS E COMPARAÇÃO DOS

RESULTADOS OBTIDOS NO 19 E 29 MODELOS

6.1 - INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DE DIVERSOS PARÂMETROS

FÍSICOS E GEOMÉTRICOS NA FREQÜÊNCIA NATURAL -

71

MODELO DISCRETO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . 71

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6.2 - COMPARAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS DOS MODELOS

CONTÍNUO E DISCRETO

6.3 - INFLU!NCIA DA VARIAÇÃO DOS PARÂMETROS GEO­

MÉTRICOS NAS CURVAS DE FREQÜ!NCIA NATURAL DE

78

UM ROTOR EM BALANÇO - MODELO CONTÍNUO ........ 82

6.4 - INFLU!NCIA DA VARIAÇÃO DOS PARÂMETROS GEO­

MÉTRICOS NAS CURVAS DE FREQÜ!NCIA NATURAL DE

UM ROTOR BIAPOIADO - MODELO CONTÍNUO ......... 92

VII - CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . • . . . . • . . . . . . . • . . • . . . . . . . . . . . . • 100

VIII - BIBLIOGRAFIA .........•........•.................... 102

AP!NDICE A - PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES PULSO UNITÃRIO E

BINÃRIO UNITÃRIO

AP!NDICE B - TRANSFORMADAS DE LAPLACE USADAS NA SOLUÇÃO

105

DA ELÃSTICA DO ROTOR ......•...............•. 109

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I - INTRODUÇAO

Denominam-se rotores aos componentes das mâqui­

nas (e equipamentos) constituídos por um eixo rotativo sobre o

qual são montados discos. Como exemplo podemos citar os con

juntos: eixo-impelidor de uma bomba centrífuga, ou

centrífugo, eixo-disco-palhetas de uma turbina a gãs

compressor

As-

sim, os rotores sao componentes vitais de máquinas que desemp~

nham papel preponderante no desenvolvimento da economia, tais

como: as turbinas a gas, nos transportes; compressores cen

trifugas na indústria química e do petróleo; sopradores, na i~

dÚstria sideÍ-Úrgica e turbinas a vapor, na geraçao de ener

gia termo elêtrica.

O comportamento dinâmico dos rotores tem sido mo

tivo de atenção crescente, pelo fato de estarem sendo fabrica-

dos cada vez mais leves e com velocidades maiores. A determi-

nação das frequências e modos naturais de vibração de rotores

flexíveis (solução do movimento não excitado) estã,portanto, a

exigir simulação matemãtica que acompanhe o grau de. sofistica-

ção do seu desempenho. Devido ao alto custo das mãquinas que

os contêm, a anilise dinimica criteriosa se faz necessiria na

fase de projeto, com vistas a minimização dos riscos de inves­

timentos dos fabricantes.

Apresentaremos, a seguir, um breve panorama his

tórico do desenvolvimento deste assunto.

O primeiro trabalho em Rotodinâmica remonta a

mais de um siculo, sendo apresentado por Rankine (1J. Em 1894,

Rayleigh ( 2) apresentou um método aproximado para o cãlculo das

freqüências naturais de vigas. Este conceito foi implementado

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por Timoshenko (3), em 1916, que introduziu o efeito do ciza

lhamente transversal nas freqüências naturais. Jeffcot (4) e o

primeiro a apresentar o conceito de movimento de precessão do

eixo ("Whirl") tal como é conhecido hoje. No seu trabalho, o

equacionamento da elistica defórmada é definido em termos de

forças ortogonais que agem sobre o eixo como forças de inércia,

de resistência elistica à deformação, de desbalanceamento etc ....

Importante conclusão foi obtida por Southwell e Gough (s), que

verificaram a diminuição das freqüências naturais do rotor com

a aplicação do torque e empuxo axial constantes. A fase segui!':

te foi c ar ac ter i z ada p e 1 o grande desenvolvimento numérico: Ho 1 z e r

(6) desenvolve uma técnica numérica para solução do problema

de vibração torcional; Stodola (7) apresenta uma técnica itera

tiva que converge rapidamente para as freqüências naturais, b~

se dos atuais métodos matriciais; Myklestad e Prohl f 8) estende

o m~todo ·de Holzer is vigas e eixos rotativos, valendo-se do

grande auxilio do computador digital. A influência do efei-

to giroscÕpico nas freqüências naturais de rotores com grandes

discos é introduzida por Smith (9) e posteriormente

a sistemas com massas concentradas por Green (10).

se de desenvolvimento dos rotores, entra em cena a

estendida

Em nova fa

influência

da flexibilidade dos suportes: a resposta dinâmica lateral de

vigas sobre suportes flexíveis e amortecidos, sujeitas a soli­

citações harmônicas, encontra em Miller (11) o seu pioneiro, o

qual obtem a solução de regime pela extensão do método de Holzer­

Myklestad-Prohl (HMP). A combinação de massas distribuidas e con

centradas é aplicada por Urban (12) pela primeira vez. Mancais

não lineares são considerados por Tondl ( 13) e Billet ( 14). Em

1967, a resposta dinâmica proveniente do desbalanceamento e mos-

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trada por Lund e Orcutt [ 15). Com Eshleman e Eubanks ( 16) sao

combinadas causas básicas de influência na dinâmica de rotores,

tais como: torque axial, momento giroscópico, inércia de rota-

ção e cizalhamento transversal. Usando a técnica de elementos

finitos, Raul f 17), investiga a resposta dinâmica devido ao des

balanceamento, utilizando análise matricial.

Um equipamento rotativo típico é constituído de

vários componentes, tais como: eixo, discos, mancais de supor-

te, carcaça, fundação. Quando submetidos a distúrbios inter-

nos ou externos (forças e/ou deslocamentos), estes componentes

absorvem e dissipam energia. No rotor, a influência destes dis

túrbios se traduz em uma configuração de deslocamentos (curva

elástica), denominada de resposta dinâmica, a qual tem grande

importância no projeto de máquinas, uma vez que determina as

tensoes atuantes no rotor. A obtenção desta resposta tem sido

facilitada ultimamente pelo uso do computador, que tem possib!

litado o incremento da simulação de rotores reais.

O objetivo do presente estudo é a determinação

analítica da influência da rotação do eixo nas

modos naturais de vibração de um rotor flexível.

freqüências e

Como canse-

qÜincia pretende-se a aquisiçio de conhecimentos téoricos e o

desenvolvimento de sentimento físico no comportamento dinâmico

de rotores submetidos a altas velocidades de rotação.

No desenvolvimento do trabalho sera apresentada

também a influência de vãrios parâmetros físicos e geométricos

no comportamento do rotor, tais como as molas de suspensao, com

primento e diâmetro do eixo, inércia dos discos, etc. Como pr~

duto final teremos programas de computador capazes de simular.

os rotores reais segundo diferentes graus de simplificação ma-

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temática.

Para atingir os objetivos descritos acima, sao

desenvolvidos e analisados três modelos físicos diferentes mos

trados nas Figuras 1, 2 e 3,

dificuldades.

apresentados em ordem crescente de ,

pÍtulo III.

O primeiro modelo, Figura 1, é analisado no Ca­

Apresenta uma abordagem simplificada, onde o mode

lo real é simulado por um modelo matemático discretizado, com

apenas dois graus de liberdade, conforme apresentado por Thomson

(1s), em 1977. O eixo possui elasticidade distribuída, sendo

a massa e o momento de inércia de mass·a concentrados na extre-

midade do rotor. A simulação é feita pela aplicação das leis

de Newton ao volante colocado na extremidade do rotor, submeti

do as forças elásticas de reação do eixo e as forças de inércia

que agem no disco. As freqüências naturais ficam caracteriza-

das pelo conjunto de pontos '

'6 X W (rotação x precessão) que

satisfazem à equaçao algébrica do 49 grau em relação a w.

O segundo modelo, Figura 2, analisado no Capit~

lo IV estuda o mesmo problema físico apresentado no Capítulo III,

soque agora o eixo possui massa distribuída, o que nao oco~

ria no modelo anterior. Determina-se a equaçao diferencial de

movimento, de um trecho infinitesimal do eixo, sendo que o di~

co é introduzido nas condições de contorno. A solução da equ~

ção diferencial conduz a um problema de auto-valores, do qual

se obtem curvas w = f(íl), (rotação x precessão).

O terceiro e Último modelo, Figura 3, cuja ana­

lise se encontra no Capítulo V, introduz um disco na expressao

da equação diferencial de movimento. O rotor é considerado bi-

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5

·-- --------'-~-

FIG. l -MODELO DISCRETO, EM 'BALAN~, COM 2 GRAUS DE LIBERDADE.

k tn, EI

·1

FIG. 2 -MODELO CONTÍNUO EM ,BALANÇX).

m 1 EI

t

FIG. 3 ,',;;,.

-MODELO CONTINUO BIAPOIADO.

-~

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apoiado, ou seja, deslocamentos e momentos fletores nulos nas

extremidades. Ainda neste caso estaremos preocupados com a de

terminação da curva elástica do eixo, obtida através da solu-

ção do problem_a de auto-valores. A grande vantagem deste mode

lo consiste na sua melhor semelhança com os rotores reais, po­

dendo-se incluir outros discos sem maiores dificuldades.

No Capítulo seguinte são apresentados alguns exe~

plos numéricos, que mostram a validade do método. São ainda

comparados os resultados do 19 e do 29 modelos o que permite a

visualização da influência exercida pela massa do eixo.

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II - CINEMÁTICA DE UM DISCO ROTATIVO

No presente capítulo serão apresentadas as expre~

soes das componentes da velocidade e aceleração angular de um

disco rotativo.

Estas expressoes serao usadas posteriormente na

caracterização do comportamento dinâmico de um disco de grande

massa ou de um elemento de comprimento infinitesimal do eixo.

2.1 - PRECESSÃO E ROTAÇÃO

Imaginemos inicialmente um rotor em balanço, do

tado dos movimentos angulares w e ri conforme indicado na

Figura (4). Tais movimentos podem ser originados, por

pelo desbalanceamento.

exemplo,

O primeiro movimento angular w, denominado de

precessao ("whirl"), e um movimento orbital que fica integral­

mente definido como: a velocidade angular de um plano definido

pela linha dos mancais LM e o centro de gravidade do disco

(G), girando em torno de LM.

O segundo movimento angular ri ' denominado de

rotaçao ("spin"), e a velocidade angular com que o eixo gira

em torno de sua linha de centros (LC). Dada a necessidade de

caracterizá-lo rigorosamente, podemos defini-lo, tendo ainda

em vista a Figura (4), como a velocidade angular relativa do dis

co, em relação ao sistema móvel X y z, descrito mais ã frente.

Na prâtica, pode ocorrer que as velocidades an-

gulares descritas ac1ma, sejam iguais ou não. Sendo iguais e~

taremos em presença de precessão síncrona.

precessao assíncrona.

Em caso contrário,

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1-

( ! ~• J .. X --- J ---

LM fZ!. ~ .LM

IZI ~ y 00

--e,.,. ......... , .. X

<'

FIG. 4 - MOVIMENTOS ANGULARES DE UM ROTOR. n - ROTAÇÃO w - PRECESSÃO

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9

2.2 - FREQÜÊNCIA NATURAL E VELOCIDADE CRÍTICA

Nos diversos modelos apresentados neste estudo, o

termo freqüência natural se refere à velocidade angular de pr~

cessao w, na qual o rotor se mantém em oscilação harmônica.

O movimento se processa unicamente sob a açao das forças e to~

ques de inércia e forças elásticas de restauraçao, sem nenhuma

açao de forças externas perturbadoras do equilíbrio, como oca

so do desbalanceamento. Será mostrado nos capítulos subseque~

tes que a freqüência natural depende da rotaçao n do eixo' sen

do, portanto, w = f(,l)

Historicamente, o termo velocidade crítica tem

sido usado para definir aquelas velocidades de rotação nas quais

se desenvolvem grandes deflexÕes no eixo. Tal definição, no

entanto, nao e precisa pois não caracteriza velocidades bem de

finidas. Velocidade crítica será aqui definida como aquela fre

qÜência natural em que a rotaçao coincide·com a precessao

~

s1.ncrona.

2.3 - COORDENADAS GLOBAIS DE UM VOLANTE

Para descrever a posiçao de um volante no espa­

ço, faremos uso de dois sistemas·de coordenadas, um fixo e um

móvel. Seja X Y Z um sistema fixo, global de coordenadas. Pa

ra o nosso rotor flexível, a origem deste sistema estarâ nor

malmente fixada a um mancal. O eixo Z é coincidente com a

linha de centro dos mancais, e o eixo Y normalmente vertical

enquanto o eixo X completa o triedro direto Figura (5).

O sistema móvel X lj z tem as seguintes caracte

rísticas:

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y

-1

.,. 'f..

~-----1 LM____V-0

_'< J ___ ... z

FIG.5.:... SIS'TÊMÁS DE COORDENADAS-:.

XYZ - SJSTÉMA FIXO, INERCIAL. , '

xyz . - SISTEMA MOVEL,SOLIDARIO AO PLANO DO DISCO.·

)

1\

j

.... o

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11

a) a origem pertence ao centro de gravidade do volante;

b) o eixo z e tangente i elástica do eixo flexivel do rotor;

c) o plano X lj coincide com o plano do disco, sendo que, na

posiçao de repouso, X e paralelo a X, e lf paralelo a Y.

Da definição acima, ve-se que o sistema X lf z

possuí todos os movimentos angulares do disco, a menos da rota

çao (íl) em torno do eixo z. Em outras palavras, possue os movimen-

tos de um disco montado em uma viga, com a mesma geometria que o rotor.

A posição genérica do disco no espaço, conside­

rado como corpo rígido, envolve três coordenadas cartesianas do

centro de massa (X, Y, Z) e três coordenadas generalizadas de

ângulos de orientação do volante em relação ao seu

das pelos ângulos de Euler <•. 8, $). Embora no

sejam necessários 6

nas 4 (X, Y, 8, $),

coordenadas, esta formulação

assumindo as simplificações

CG, defini

caso geral

usara ap~

seguintes:

a) o centro de massa se desloca em um plano parale_lo a X Y, não variando

a coordenada Z; b) devido i simetria radial do disco, não hã ne

cessidade de indicar a posição específica de um raio geométri­

co do mesmo. A primeira destas simplificações e perfeitamente

válida para o caso de pequenas deformações do eixo. A segunda

indica ser a orientação do volante a mesma do

X Y z, que es-tarâ permanentemente coincidindo

principais de ·in~rcia do volante.

sistema môvel

com·· os eixos

2.4 - ORIENTAÇÃO ANGULAR DO VOLANTE EM TERMOS DA ELÃSTICA DO

EIXO

Foi mostrado acima que a posiçao angular do vo­

lante pode ser descrita como sendo idêntica i posição do refe-

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12

rencial móvel x lj z.

Tomando, inicialmente, um sistema X0

lj0

z0

1 par~

lelo a X Y Z, e procedendo-se três rotações de seus eixos, po­

demos fazê-lo coincidir com uma posição qualquer genérica de

x lj z. As três rotaçoes referidas são definidas a seguir com

a ajuda da Figura (6).

1) Rotação do ângulo W em torno do eixo z , produzindo o si s­o

tema X' CJ' z'. (nesse problema W = O e x' y' z' = x lJ z ). o o o

2) Rotação do ângulo e em torno de

3) Rotação do·ângulo ~ em torno de

te o sistema X lj z.

li '·=-" d . d x" ,," z" ~o prouzino ~- ·

x'', produzindo finalmen-

Usando as funções descritiva~ da linha elistica

do eixo do rotor, Y = Y(Z, t) e X = X(Z, t) e os ângulos W, 8

e ~ como definidos acima, podemos dizer que, para pequenas deformações:

w = o (1)

. :lX( Z, t) e :,z (2)

... ílY(Z, t)

~ "' -ílZ

( 3)

A Última expressão (3), é aproximada e ji leva

em conta que o eixo sofre pequenas deformações (19). Cada seçao do eixo, ou do volante, pode ser de-

finida no espaço pelas quatro coordenadas: X( Z, t) , Y(Z, t),

S _ :lX(Z, t) - :,z e ~ "' :)Y(Z, t)

:,z sendo funções da distância z

a extremidade do eixo, e do tempo t.

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13

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é

..

FIG. 6 ANGULOS DE EULER.

--··-----

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14

2.5 - VELOCIDADES E ACELERAÇÕES ANGULARES DO DISCO

A velocidade angular absoluta ~o referencial

móvel X y z po_de ser escrita como:

(4)

Usando as equações (1), (2) e (3) no domínio das

pequenas deformações, fica-se com a seguinte expressão para a

velocidade angular do sistema movel

(5)

escrita no referencial dos eixos principais de inircia.

Nas expressoes acima

tores unitários do referencial X lj z.

ex, ey e -sao os ve-

Tendo em vista que o sistema movel X lj Z nao e

solidaria ao volante, a velocidade angular absoluta do mesmo e:

-V w

XlfZ

O momento cinético do volante tem as

componentes absolutas, escritas no referencial m~vel:

H Xlf Z V

= 1f •• w. e. 1 = x, lj ' z 1 1

• ax - í)Y - -H xyz - Id ãz ex + Id ãz e y + I Q ez p

onde:

(6)

seguintes

(7)

(8)

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15

H = vetor momento cinético do disco;

Id momento de inércia de massa, diametral, do volante;

IP= momento de inércia de massa, polar, do volante,

Tomando agora a derivada total do vetor momento

cinético H temos:

.,_ • H = H e

XlfZ X X

Sabendo ainda que

!.

ex

!. e

lf

!.

w xyz

X ex

w X e fj X/./Z

= W X e X!JZ Z

ax -- e + az x

• + H

!J e

(wx

(wx

. .,_ .! .! + H e + H ex + H eff + H e

lf z z X !J z z (9)

• ax -ex + w ef_f X ex = - w ez - ãz ez fj f lf

(10)

+ wlf efj) af -

e X e ff wx e ãz ez X z (11)

- w e + w.,, ex X lf ~

(12)

Substituindo as expres·soes (10), (11) e (12) em (9) tem-se:

Logo

+ I p

íl ax) az

Usando mais uma vez da simplificàção,

nas pequenas deformações do eixo, pode ser escrito,

(13)

baseado

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16

e " 1 X

ey " J

e z " k

sendo 1' J ' k os vetores unitários de X y z (referencial

!. !. !. cial), embora se saiba que ex " o, e y " o e e z " o .

Considerando ainda que a massa do volante

tribui apenas sobre o seu plano médio, paralelo às faces

lante considerado sem espessura), pode-se dizer que:

I p

Substituindo (14) e (15) em (13) diz-se:

(14)

iner-

se dis

(vo-

(15)

(16)

Como a derivada do momento cinético é igual ao

momento das forças externas relativamente ao seu centro de gr~

vidade, pode-se escrever

!.

H = l:M

pode-se entao concluir, observando que em (16)

. H

.!.

H

i = - \1 ( ~i - 2 íl .g)

j = rd < ax + zn az aY) az

(17)

(18)

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17

!. onde H i e

!. H j sao as componentes do somatório dos mo-

mentes aplicados ao volante nas direções X e Y.

As equaçoes (5) e (16) fornecem a velocida

de angular e a resultante dos momentos aplicados ao disco que

serio usadas nos capftulos seguintes. As componentes das velo

cidades e acelerações sio mostradas na Figura (7)

• - -. -

'

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y

o

o

X

18

/ oº

Wxr°',x

~· p, /'~ f/J 90° 18"0º 270º

______ ( __

z

z

( a )

VELOCIDADE w. = - ;)y dZ

----- ACELERAç:ÃO, oi., = - -1.i._ INÉRCIA DE ROTAç:ÃO dZ

-·- ACELERAç:ÃO, , oi., = ..íL EFEITO GIROSCOPICO

FIG. 7- ACELERACÕES NOS _PLANOS YZ e X Z

900

( b)

d)(

dl

. / I

.,,,/

w, = di< ;;)z

Jx d..y = --Jz

(a) Deslocamentos mdximos do eixo nos planos yr: e Xi!

defasadas de um quarto de ,período

(b) Curvas de velocidade e aceleração

90°

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19

III - FREQÜÊNCIAS NATURAIS DE UM ROTOR EM BALANÇO; COM SUSPEN­

SAO ELÁSTICA - SISTEMA DISCRETO

Neste capítulo é usado o modelo matemático sim­

plificado, sugerido por Thomson [1s), para solução do problema

físico apresentado na Figura (8-a). Através dele serão apresen­

tadas algumas id~ias ~ conceitos, inerentes aos fen3menos, que

ficam mais simples quando focalizadas por intermédio deste mo-

delo.

Na abordagem discreta, que é aqui discutida, -s ao·

admitidas as seguin·tes simplifi.cações: o eixo contém rigidez

elástica, embora não possua massa; as extremidades possuem pe­

quenos trechos rígidos, simulando os comprimentos pertencentes

ao mancal e volante, Figura (8-b); o sistema é analisado com ap~

nas dois graus de liberdade X e 9, conforme a Figura (9); o

disco é considerado rígido e perfeitamente balanceado. Esta Úl

tima hipótese tem a finalidade de generalizar o estudo rotaçao

x precessão, uma vez que ·o desbalanceamento gera precessão sin

crona.

3.1 - EQUAÇÕES BÁSICAS DE EQUILÍBRIO DINÃMICO DO ROTOR

A análise dinâmica do rotor é feita através do

equilíbrio de uma viga com as seguintes condições de contorno:

(a) suspensão elástica linear e rotacional em uma extremidade

e (b) força e momento induzidos pelo disco. Como incógnitas são

consideradas a deflexão e a rotação da extremidade que contém

o disco.

O equilíbrio da viga conduz a seguinte -equaçao

matricial nas variáveis ( X, 9):

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20

r

K

(a)

Eloo

( b)

FIG.8 - ROTOR EM BALAN(j:0 COM SUSPENSÃO ELÁSTICA

' ( a ) MODELO FISICO.

( b) ELASTICIDADE DO EIXO .

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X

p

EI. \ X

z

" FIG. 9 ~ COORDENADAS E CARREGAMENTO NA EXTREMIDADE DO EIXO.

P,T - CARREGAMENTO DINÂMICO

x,e - COORDENADAS GENERALIZADAS. .. .

• --- - --

"' ,_..

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onde

22

X - deslocamento do CG do disco

e - ângulo de rotação do disco

P,~ - carregamento dinimico

(a) matriz de flexibilidade do eixo

(19)

a .. - coeficientes de influência da matriz de flexibilida-1J

dade do eixo.

Os coeficientes de influência a .. 1J

obtidos com

o auxílio da Figura (10), teêm os seguintes valores ( 18):

( l ª11 ª 12 l a =

ª21 ª22

J

(20)

9, 3 +

À 2 9, +

À 9, 2 1 12

ª 11 = 3EI + +k EI EI K

( 21)

9, 2 Q,). L ª 12

= ª:i.1 -- + TI + k 2EI (22)

9, 1 ª22 = - + EI k

( 2 3)

O carregamento imposto ã extremidade do eixo p~

lo disco tem duas naturezas: uma força de inércia centrífuga P

e um momento giroscópico T - -e suas expressoes sao:

p M w2 X (24)

T = I w2 (a " - 1) e d w ( 2 5)

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23

r L

-K

z o - -

i K

L2

k X

X

FIG.10- PARCELAS DO DESLOCAMENTO DO EIXO 00 ,DISCO

Xe - DEFORMAç;ÃO ELÁSTICA DO EIXO.

X - DEFORMA~ÃO TOTAL .

9 - ROTA~O TOTAL .

.e• x{ >.t 1 L olu = 3EI + EI + EI + K + T "'-

12 =: _ l

2

V, L °'2i = 2EI + EI +k

"' 22 : t + .....L... El . k

{ : } = '[ ot., «-1

2

] X { p } , oG.21. ot. 22 T

'

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sendo

íl - rotaçao do eixo

w - precessão do eixo

M - massa do disco

24

Id - momento de inircia diametral de massa do disco

a razao entre os momentos de inércia de massa, polar e

diametral.

Substituindo as equaçoes (24) e (25) na equaçao

matricial (19) e simplificando, chegamos ao sistema homogêneo

de. equaç;es nas variiveis X e e, mostrado a seguir

e e = o

(a f!. - 1) w

(a f!. - 1) - 1 w

Tal sistema teri como solução os valores

(o sistema estari permanentemente em repouso

(26)

X = O

quer que sejam os valores de rotação-íl e precessão-w), a me-

nos que íl e w sejam tais que anulem o valor do determinan-

te da matriz dos coeficientes de X e e.

Os pares de valores (íl, w) capazes de anular o

determinante referido, caracterizarão uma condição de equili-

brio, na qual o sistema sairi do repouso (X # O ou 8 # O), as­

sumindo uma configuração especifica de relação constante entre

X e 8.

3.2 - EQUAÇÃO DE FREQÜfNCIA

~ara generalizar o estudo, considerem-se os se­

guintes parâmetros adimensionais relacionados a seguir.

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F

s

D =

E =

w~ 11

íl ~ 11

a Id 22

a M 11

2 a

12

a a 11 12

25

adimensional de precessão (27-a)

adimensional de rotaçao (27-b) ·

adimensional de inércia (27-c)

adimensional elástico (27-d)

A introdução destes parâmetros na equaçao (26) for-

nece o novo sistema homogêneo

(F 2 - 1)

- ::: EDF2

(a j - 1) l r X _ J O t (nF2 (a ; 1) + 1 J J 1 e - l o j

(27)

a F2 12

Anulando o determinante da matriz apresentada na

equaçao (27) e explicitando a rotação adimensional, obtemos:

s F' + (D + 1) F' _ 1

D(E + 1) ~D~(E~-~1~) .. 1

a F (F 2 + ) E - 1

(28)

-A equaçao (28) e uma extensao daquela apresent~

da por Den Hartog (19) com os refinamentos seguintes: -suspensao

elástica, eixo rígido nas extremidades e relação mais geral en

tre os momentos de inércia de massa do disco a= IP/Id.

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26

3.3 - ANÁLISE DAS CURVAS DE FREQÜ~NCIA

A equaçao (28) fornece o conjunto de pontos (S, F)

capazes de anular o determinante da equação (27). Tais pontos

arranjados sob a forma de curva (S X F) caracterizam as fre-

qÜências naturais do eixo em função da variação da rotação, con

forme mostrado na Figura (11).

Por ser este modelo simplificado, com apenas dois

graus de 1 iberdade, a curva superior da Figura (11) apresenta uma

distorção muito grande, pois estã substituindo uma infinidade

de curvas de freqüência natural. A curva inferior, entretanto,

pode ser considerada como uma boa aproximação da primeira fre­

qüência natural.

Neste ponto pode-se visualizar o fen;meno defi-

nido como velocidade crítica, em capitulo anterior. Basta que

se imagine uma reta inclinada de

primeiro quadrante da Figura (11).

45°, a partir da origem e no

Tal reta terã a propriedade

de conter os pontos que possuam velocidade de rotação igual a

velocidade de precessão. Observando a Figura (12), vê-se que

as velocidades críticas são fornecidas pela interseção das cur

vas de freqüência natural com a reta-inclinada de

Den Hartog ( 20) apresenta considerações impor-

tantes para aquisição de sentimento físico dos fenômenos roto-

dinâmicos. Algumas destas cons·ideraç~es s~o transcritas abai

XO e cons·tituem casos particulares do

do.

3.3.1 - Massa do disco concentrada, I . = O d

modelo apresenta-

e portanto D =O.

Levando esta informação para equaçao (28), verifica-se

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r-

• ~ ~·-~~

27

F

. ----------- -----------

============-+o,-------• s ROTAçÃO E PRECESSÃO EM ROTA~ÃO E PRECESSÃO OIREÇÕES CONTRARIAS NA MESMA OIRE~O

( s < o) ( s > o )

.... .. -FIG.11- FREQUENCIAS NATURAIS EM FUN~AO

DA ROTA~ÃO 00 EIXO : •-"

ADIMENSIONAIS : F = w l ol,; M' ,. S = .n. ~ ctu M'

F

1 FIG. 12 - VELOCIDADES CRÍTICAS.

L ...

., 1

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28

que a mesma se reduz a F2 = 1 (20J. Por conseguinte

w = IK/M , que e um caso bastante conhecido do

de vibraç;es co~ um grau de liberdade.

estudo

3.3.2 - Inexistência de acoplamento elistico, E= O (u~a força

causari deflexão sem deformação angular enquanto um mo

menta flexiona o eixo sem que haja deslocamento). Exem

plo desta situação i o caso de um eixo biapoiado

um disco no centro.

Quando E+ O, a equaçao (28) transforma-se em

(F + 1) ( F - 1) (F 2 - aSF - l) = O

D

com

( 2 9)

Fazendo o acoplamento inercial igual a unidade, D= 1,

ch.ega-se à curva de rotação x precessão de caracterís­

ticas particulares, ver Figura (13).

D = 1 implica em dizer que o conjunto eixo-disco foi

projetado de forma a possuir a mesma freqüência natu­

ral de vibração para os seus dois modos naturais (para

' uma rotaçao nula, S =O).

3.3.3 - Influência da espessura do disco, Quando tal espessu-

ra cresce gradualmente, o comportamento do disco apro­

xima-se, inicialmente, ao de ~ma carga concentrada, pois

o efeito giroscÓpico vai sendo atenúado. Observando a

Figura (14) percebe-se que o crescimento da espessura do

disco di origem a um momento desestabilizador, que ten

de a afastar o disco de sua posição de equilíbrio. Ji

no caso de pequenas espessuras, observa-se que o efei-

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29

. -·· -·- _____ .., •

F

FIG. 13 ~ FREQÜÊNCIAS NATURAIS NO CASO DE . . . DESACOPLAMENTO ELASTICO : E=O, D= l.

1

. ( a ) ( b)

FIG. 14.-. ATUA~O DAS FORç:ÁS CENTRÍFUGAS NO DISCO.

(o)- DISCO SEM ESPESSURA: Corrige o posição inicial

( b) DISCO COM GRANDE ESPESSURA: Afasto do posição inici oi

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30

to do momento gerado a partir das forças centrífugas e

no sentido de restaurar o equilíbrio do sistema.

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31

IV - FREQÜÊNCIAS E MODOS NATURAIS DE UM ROTOR EM BALANÇO, COM

SUSPENSAO ELÁSTICA - SISTEMA CONTINUO

Tendo analisado, no capitulo anterior, um rotor

em balanço, segundo um modelo simplificado de apenas dois graus

de liberdade, estudaremos agora o mesmo problema físico, sob a

Ótica de uma modelação matemâtica mais exata. Trata-se da anã

lise do modelo apresentado na Figura (15), ou seja, de um rotor

em balanço, com um disco em uma extremidade e com suspensao elãs

tica na outra.

O modelo matemãtico, aqui referido, e obtido atra

ves do equacionamento do movimento de um elemento genérico de

eixo e posterior integração da equação diferencial de movimen­

to, objetivando a determinação da curva elãstica do eixo.

Na obtenção da equaçao diferencial do movimento

do rotor, as seguintes simplificações são feitas: a) O material

do eixo é homogêneo e isotropico, apresentando comportamento

elástico linear (aplica-se a lei de Hooke); b) São considera-

das apenas as deflexÕes laterais suficientemente pequenas para

que a teoria linear valha; c) O diâmetro do eixo e pequeno qua~

do comparado com o seu comprimento, de tal forma que a teoria

de viga de Euler-Bernoulli seja vãlida, estendida com a inclu­

são da inércia de rotação ( 21) (o cizalhamento transversal sera des

prezado); d) Seções planas permanecem planas apos deflexão; e) De-

formação inicial causada pelo peso proprio é desprezível;

curvas tensão x deformação em tração e compressão sao

f) As

idênti-

cas; g) O carregamento (forças e momentos) age no plano que co~

têm o centro de gravidade da seção transversal e em consequen­

cia as deformações também estarão contidas neste plano (carac-

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32

terística geométrica do eixo); h) O disco é rígido; i) O acopl~

menta do disco ao eixo se dá segundo um ângulo reto (não ocor-

redeformação angular no ponto de engastamento); j) O eixo e

balanceado, o centro geométrico coincide com o centro de grav!

dade em cada seção reta do eixo.

4.1 - EQUAÇÃO DIFERENCIAL DO MOVIMENTO

Consideremos um elemento de eixo, de comprimen-

to infinitesimal, dotado dos movimentos de rotaçao e precessao.

Sobre este elemento atuam forças elásticas provenientes das re~

çÕes de trechos adjacentes do eixo, conforme mostrado na Figu-

ra (16). O disco elementar estará em equilíbrio, dinâmico, sob

a ação das forças elásticas e de inércia, podendo este equilí­

brio ser retratado através das leis de Newton

do

ra

ta

fica

l: F

. l: T* - H

= ma*

d dt

-V ( TI W )

II tensor de inércia do corpo

w velocidade angular do corpo c

ã* aceleração do centro de gravidade

(30)

( 31)

T* torques atuantes relativamente ao centro de gravi-

dade (torque de inercia).

Como a curva elástica resultante da deformação

eixo gira com a velocidade de precessao, a mesma se-

analisada projetando-a em dois planos ortogonais. Des

forma, a posiçao no espaço, do elemento de .cota z '

definida pelo vetor 11 , o qual, e decomposto ve-

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33

J,EI 00

FIG.15- ROTOR EM BALAN~ COM SUSPENSÃO ELÁSTICA. . '

y

/

z

FIG.16 - CARREGAMENTO EXTERNO ATUANTE SOBRE

O ELEMENTO DE EIXO PLANO YZ..

~ --

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34

torialmente. (Ver Figura (17)).

n = X + Y (32)

Para efeito de obtenção das equações de equilí­

brio do elemento, no espaço, seri adotada a estratigia seguin­

te:

a) estabelecimento da equaçao diferencial do movimento confor­

me visto no plano Y Z (projeção do movimento no plano Y Z);

b) obtenção da equação diferencial do movimento projetada no

plano X Z. (Aplicando-se o operador complexo J -a equaçao

diferencial obtida no plano Y Z anterior, fornecendo auto-

mática e rapidamente a equaçao em X Z,

sua dedução);

sem necessidade de

c) composição do vetor espacial n pela soma de seus compone~

tes X e Y.

O operador J quando aplicado as coordenadas,

e definido pelas propriedades,

J X y (33)

-j y - X (34)

(baseando-se no fato de que para se ir do eixo X para o eixo

Y, basta uma rotação de 90° no sentido direto).

4.1.1 - RELAÇÃO ENTRE A CURVATURA E O MOMENTO FLETOR

Quando não se considera o cizalhamento e press~

poe-se curvatura plana, pode-se dizer que a curvatura do eixo

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35

ê integralmente provocada pelo momento fletor.

temática do raio de curvatura plana ê a seguinte

onde:

p

y' =

y"

portanto:

p =

raio de curvatura

3Y(Z, t) 3Z

3 2 Y(Z, t) 3z2

Para pequenas deformações do eixo

p = .1 yTí ou 1

p = y"

-A expressao ma

(35)

e

(36)

Da resistência dos materiais sabe-se que:

(p + h) d6 ,ro d e h E: =

p d6 p

s E E E h =

p

M J s h dA E I h 2 dA EI

(3 7) - -p p

onde "h." e a dimensão transversal da viga, ver Figura (18)

Substituindo ( 3 6) em (3 7) teremos

M E I Y" (38)

Neste trabalho valerá a seguinte -convençao dos

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36

w X

w X

-4:....._ __ ____;_ ___ .,.i,..._,.y y

. I - -FIG. 17 - COORDENADAS 00 CENTRO GEOMETRICO DA SEÇAO - ~

RETA 00 EIXO, EM FUN~AO DA DISTANCIA AXIAL Z.

y

;( _ FIBRAS POSITIVAS

FIBRAS NEGATIVAS (,.O+ h)de

FIG. 18 - GEOMETRIA DA CURVATURA PLANA 00 EIXO

SEÇ:ÕES PLANAS PERMANECEM PLANAS.

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37

sinais dos momentos:

a) no plano Y Z, o momento que traciona as fibras positivas

tera a seguinte relação entre a curvatura e o momento fletor.

Ver Figura (19)

( 39)

-b) para o plano X Z, aplicando o operador j a equaçao (39),

tem-s·e:

(40)

O operador j e usado para girar o referencial

de 90°.

4.1.2 - EQUAÇÃO VE EQUILfBRIO VO ELEMENTO VE EIXO

Considere um elemento infinitesimal de eixo, sub

metido a momentos fletores e a esforços cortantes conforme a

Figura (20).

-Aplicando a equaçao (31) tem~se:

. I:M H

onde

E~ s·omat6rio dos momentos externos

:. H derivada do momento cinético.

Conforme demonstrado no capítulo II, substituiu •

do-se H de acordo com a equação (16), tem-se:

ôY + I az p i + (I ax + I

d az P

. íl ôY)

ôZ j + Ok (16)

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38

-----·----y

2 dY

· M = -EI -­d22

z-

FIG.19- CONVENG:ÃO DOS MOMENiOS FLETORES NO PLANO XZ.

y

+--------------..z

FIG. 20- CARREGAMENTO EXTERNO ATUANTE SOBRE O ELEMENTO DE EIXO, PLANO YZ.

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39

onde

cial.

(i, J, k) são os vetores unitários do referencial iner-

Pode-se entao dizer que no plano Y Z

3Y I

~) l:MX = Id (- az + ......!!. íl i ( 41) Id az

para um elemento infinitesimal de eixo

Id m R2

dZ Ip/Id 2 ~

=

sendo;

m = massa por unidade de comprimento do eixo

R raio do eixo

O somatório dos momentos l:M, ê obtido com au-

xílio da Figura (20), considerando-se todos os momentos fleto­

res e o momento dos cortantes em relação ao CG do elemento de

eixo, No plano Y Z tem-se

Simplificando,

a~ az dZ

3Fy - F dZ - - dZ

Y az dZ T

= m R 2

( _ 3Y + 2íl 3X) -4~ az az

Explicitando o cortante Fy em função das coordenadas e do mo

menta fletor no plano

= a~ -- + az

m R2

4

.. . (3Y - 2íl clX) az az (42)

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40

-Utilizando a equaçao (30) diz-se que

E F m a*

e a partir da Figura (20) escreve-se a equaçao que falta para

completar o equilibrio do elemento de eixo, ou seja, a equação

de equilibrio das forças externas

Simplificando,

axial

-

= m dZ Y

= mY (43)

Derivando a equação (42) em relação a distância

=

a2M__ X m R 2

az"2 + -4-

-Substituindo nela as equaçoes (43) e (39) tem-se:

a'Y EI ôZ' + m Y

m R2

-4-2··

(a Y :lZ2 - (44)

que e a equaçao de movimento do eixo projetado no plano Y Z.

-Para obter-se a equaçao de movimento do eixo no

plano X z, basta que se gire o referencial de

aplicação do operador j

a'J Y •• EI + m J y az,

m R 2 ( Ô 2 j y - 2íl -4- az 2

9 O O atraves da ,

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a4 x ·· EI az4 - m X =

41

m R2

(- í32X

-4- clZ2

-e portanto, a equaçao diferencial do movimento escrita no pla-

no X Z e

m R2

-4- (45)

Compondo-se agora o movimento do eixo, pela so­

ma de seus vetores posição X e Y, teremos a posiçao do eixo

no espaço.

nida como

Para tanto utiliza-se a variivel complexa n defi

n X + i Y (32-a)

Multiplicando-se a equação (44) pelo imaginirio

i e somando com a equação (45) e substituindo (32-a) tem-se

34 m R2 cl 2n EI az~ + m n - -4- clZ; +

2 2° 2·0 ~ 2....!J.

i 4 clZ2 = o (46)

-que e a equaçao diferencial de movimento de um eixo no espaço.

Cada termo da equação acima tem a dimensão de

uma carga distribuída. Assim ( 23)

parcela associada a inércia de rotaçao;

2 2• 2 . 0 Iil R cl n

i 4 az2 parcela associada ao efeito giroscópio;

parcela de reaçao elistica;

m ii parcela associada a inércia de translação.

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42

4.1.3 - VETERMINAÇÃO VA RELAÇÃO ENTRE O CORTANTE E O MOMENTO

FLETOR

A relação entre o cortante e o momento fletor sur

ge naturalmente quando se escreve a equação de equilíbrio dos

momentos que atuam no elemento de eixo. Esta expressão, obti-

da na equação (42),

d~ --+ az

m R2

-4-

• <ª;,; - 2íl ax) az az (42)

e bastante utilizada no estudo de vigas, salvo a segunda pa~

cela que e relativa aos movimentos de rotação e -precessao do

eixo.

Será convencionado como positivo o cortante re-

presentado na Figura (21). A representação de um cortante ne-

gativo seri obtida pela inversão das setas da mesma Figura.

4.2 - CARACTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO

Tendo definido a equação diferencial, precisa­

mos agora determinar as expressões dos momentos e cortantes que

agem nas extremidades do eixo, quando o conjunto em estudo e

posto em movimento.

Como a solução da equação diferencial de movi­

mento dependeri do comportamento das extremidades do conjunto,

estabeleceremos as condições de contorno que completam a simu­

lação matemitica do modelo físico em estudo.

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43

4.2.1 - CONVIÇDES VE CONTORNO VA EXTREMIVAVE COM VOLANTE

Para obter o cortante na extremidade com disco,

usamos as equações (42) e (39).

o3Y m R2

EI oZ3 + -4-

.. . cªy - 2íl ax) az az (47)

Observando a Figura (22) vemos que Fy = - MY, logo

• - MY

33y m R2 (ºy - 2íl oX) EI az3 + -4- az az (48)

O cortante no plano X Z e obtido aplicando-se o

operador de rotaçao j, fornecendo

MX , 2

EI 3 X - ~ az3 4

.. . (3X + Zíl 3Y) az az (49)

-Multiplicando a equaçao (48) por - i e soman-

do com (49) tem-se:

M(X + iY) 33

m R2

( 3 ·· = EI az3 (x + iY) - -4- az ex + iY) - 2n a~ (ix - Y))

Substituindo a expressão n =X+ iY, temos fi-

nalmente o cortante na extremidade com disco.

Mii EI 33n _ m R

2 1 3/i _ 2 .íl 3n)

élz3 4 'az i az (50)

O momento fletor na extremidade com disco é obti-

do pela combinação das equações (39) e (41), com sinal trocado:

• - EI

02y = I (ºy - 2íl ax) az2 d az az (51)

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44

Aplicando o operador de rotaçao J, a

(51), surge a expressão do momento no plano X Z

..

-equaçao

EI ~;; = Id (- ~~ - 2Q ~~) (52)

-Multiplicando a equaçao (51) por -i e somando

com (52), teremos:

a2 n EI az2 = - I (aii - 2iQ an)

d az az

4.2.2 - CONVIÇOES VE CONTORNO NA EXTREMIVAVE COM MOLA

(53)

Novamente, para determinar o cortante (desta vez

na extremidade com mola), usamos as equações (42) e (39) que

combinadas fornecem a equação (47).

Observando a Figura (23) tem-se Fy = - KY

logo, considerando a curvatura negativa,

- KY EI d 3Y + m R

2 ( 3Y _ 2Q ax) az, -4- az az (54)

Aplicando o operador de rotaçao J, tem-se que

KX a' x m R2 ax ay

EI az, - -4- Caz + 2" az) (55)

- -Somando-se a equaçao (55) com a equaçao (54) mul

tiplicada por -i tem-se

- Kn a'n EI az, + m R

2 (aii _ 2 iQ dll) ~4~ az az

que reflete o cortante aplicado na extremidade Z = O.

(56)

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45

y

z

FIG. 21 - CONVEN~ÃO DO CORTANTE POSITIVO.

y

("FORÇA CENTR(FUGA)

,....,--.... - 21d.n ;; ( EFEITO GIROSCÓPICO)

~ · Id :~ ( INÉRCIA DE ROT~ç:ÃO)

z

FIG. 22 - CARREGAMENTO AP.LICADO A EXTREMIDADE DO EIXO PELO DISCO.

y

-KY -K9l

z FIG. 23- CARREGAMENTO QUE A MOLA APLICA A EXTREMIDADE DO EIXO.

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46

O momento fletor na extremidade com mola e obti

do pela aplicação da equação

- MX (traciona as fibras negativas)

Sendo o momento mostrado na Figura (23)

M · = - k<fl = X

k l! az -(conforme convençao adotada)

Substituindo acima, obtemos

oY k az

32y = - EI az2 (57)

Girando o referencial atravês do operador j obte

remos

ax - k az

do complexo n,

Compondo as coordenadas X e Y para obtenção

temos

an - k az

Resumindo, as condições de contorno do

-a) extremidade com disco - equaçoes (50) e (53);

b) extremidade com mola - equaçoes (56) e (58).

4.3 - SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DIFERENCIAL DE MOVIMENTO

(58)

-eixo sao:

A simulação do comportamento dinâmico de um ro­

tor flexível, conforme apresentado na Figura (15), consiste em

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47

resolver a equação diferencial

o (46)

condicionada as restrições impostas pelas características das

extremidades do eixo. No presente modelo físico, são

guintes as condições de contorno:

m R2

- Kn - -4-

- k dT) 1

ôZ Z=o

m R2

(ºii _ z•n :ln) 1 4 az 1

" az .

-I cílii_z·íldf])I d. az

1 az z=i

Z=o

Z= Q,

as se-

(56)

(58)

(50)

(53)

-Nas expressoes acima o deslocamento transversal do cen

tro da seção, e uma variãvel complexa e pode ser escrita como T) = T)(Z, t).

Em se tratando de vibração natural, supoe-se

solução n(Z, t) = F(Z) eiwt. O parâmetro w (velocidade de

precessão), aparece no processo de solução da equação diferen­

cial e representarã a velocidade de rotação do plano que con­

tem a linha elãstica.

4.3.1 - VETERMINAÇÃO VAS FREQÜtNCIAS NATURAIS VE VIBRAÇÃO

A solução desta equaçao diferencial, como vimos,

sera perseguida por mei~ da separaçio de variiveis.

T) iwt

F e onde F - F(Z)

Supondo

( 5 9)

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48

-as derivadas do deslocamento serao:

n iwF

n

iwt e

iwt e

iwt e , e te ...

-Substituindo as expressoes -acima nas equaçoes di

ferencial e de contorno e eliminando-se tambem

- mw2F + d 4F m R2

(w2 - 20.w) d 2F o EI dZ4 + -4- dZ2 =

d 3 F - KF +

m R2 (w2 - 20..w) dF

(Z O) EI dZ' -4- = dZ

El d 2F _ k dF (Z O) dZ 2 - dZ

d 3 F - mw2F - m R2

(w 2 - 2ílw) dF (Z El dZ' = -4- =

dZ

d 2F (w2 - 2ílw) dF) (Z 9-) El dZ2 Id = dZ

iwt e

9-)

vem:

(60)

(60a)

(60b)

(60c)

(60d)

Objetivando dar ao estudo uma maior abrangência,

adotemos a variável adimensional de posição "2 11, tal que

z z = 1 O < z < 1 ( 61)

Com esta mudança de variável, as derivadas de

F(Z) terão as seguintes expressoes:

dF dZ

dF dz dz dZ

1 12 F

"

1 dF 1 dz

1 1 F

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ondé,

d 3F = dZ3

d 4F =

dZ•

' dF F = -

dz

rencial sera:

1 r,

1 F

•v m F +

" . F

,v F

" F =

ou, abreviadamente

dz2

49

"' F = d 3 F dz3

" (w 2- 2ílw)F

•v F =

d4 F dz•

mw 2 .Q, • F EI

" F•v + aF - S4 F = o

e a equaçao dife

o

(62)

onde e s' sao valores adimensionais expressos por

m R 2 .Q, 2 (w2 2 ílw) a = -

4EI

s· m w2t• EI

Analogamente se a distância axial, adimens ional ,

for introduzida nas condições de contorno, ficamos com

'" Ki 3 F ET F + aF' (Z O) (62a)

" ki F = F (z O) (62b) EI

"' F - li 4 F aF (Z 1) (62c)

" F a F (z 1) (62d)

Sendo e -, s parâmetros adimensionais, relativos ao volan-

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te, cujas expressoes sao:

Ct

-4 s = Mw2 l', a

EI

50

Estamos diante de uma equaçao diferencial ordi­

nária linear de quarta ordem, com coeficientes constantes e sua

solução terá a forma

F(z) A sen EZ + B cos EZ + C senh oz + D cosh oz (63)

onde:

e: (64)

o = I ª I a2

- z + 4 + s4 (65)

Para que tenhamos uma melhor visao dos parame-

tros adimensionais e: e

seus valores.

a) e: = o sempre que Ct

pre que w 2íl

b) Os valores numéricos de

pendem dos parãmetros

prepositivos.

o façamos uma breve discussão sobre

O , o que ocorre por exemplo, sem-

e: e o para um certo sistema, de

e w sendo que E e o sao sem

Na Figura (24) apresenta-se os valores de E e

o nas extremidades de um diagrama íl x w arbitrariamente es-

colhido.

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51

Os valores de E e o

do a fraca influência do admensional a

são bem próximos, devi­

na definição dos ar-

gumentos das funções base da solução da equação diferencial.

Dando prosseguimento ã solução da equação dife­

rencial, item 5.3, passaremos ã determinação das constantes de

integração.

-A partir da equaçao (63) pode-se obter as expre~

s Õ e s d e F ( z) , F ' ( z) , F 11 ( z) , F tt' ( z) e substituí-las nas equa-

-çoes (62a), (62b), (62c) e (62d), que sao as condições de con

torno relativas ao nosso problema.

xo:

Assim procedendo surge o sistema homogêno abai-

A (- E2 - UE)

A kl',E EI

+ BK.\J, 3

EI +

+

C(o 3 - ao)

e kl',o EI

+ (66)

+ D 8 2 = o (67)

A(- E3cos E+ B"sen E+ aE cos E)+ B(E 3sen E+ B"cos E- aE sen E)+ (68)

C(o 3 cosh o+ S"senh o+ ao cosh o)+ D(o 3senh o+ B"cosh o+aosenh o) =O

A(- E2 sen E + aE cos E) + B(- E2 cos E + UE sen E) +

(69)

C(o 2senh o - ão cosh o) + D(o 2cosh o - ão senh o) = O

Com relação a este Último sistema, convem obser

var que:

1) Estamos diante de um sistema de equações algébricas homogê-

a - ~ neo de 4- ordem (4 equaçoes e 4 incognitas) representado ma

tricialmente por (M){x} ={O}, onde · {x}1 ={ABC D} e {M} = ma

triz dos coeficientes

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52

2) Urna solução possível para o sistema e A= B e D O (sol.':!_

çao trivial) em que não hã flexão no eixo.

3) Para que a função F(z) tenha urna forma bem definida hã ne

cessidade de se impor um valor nulo ao determinante dos coe

ficientes de A, B, C e D no sistema homogêneo.

4) A matriz dos coeficientes fM) e formada por funções trans-

cendentais e seu determinante se anulará em um numero infi-

nito de valores de w (precessão), para cada valor do para-

metro íl (rotação) previamente fixado.

5) O sistema hornogêno em causa encontra-se apresentado na for­

ma matricial na equação (70).

Os valores de w que anulam o determinante sao

as freqüências naturais de vibração.

de-se como segue:

Para determiná-las proc~

1) Fixar um valor para o parâmetro íl (rotação)

2) Dã-se valores continuamente ao parâmetro w (precessão), atê

que DET [M) = O, ver Figura (25). Existe um numero infini

to de valores de w para cada íl capazes de anular o de

terminante [24). No presente trabalho selecionamos as

primeiras raízes somente.

três

3) Dã-se novo valor ã íl (rotação), repetindo-se a instrução (2).

Organiza-se entao uma tabela conforme mostrado esquematica-

mente na Figura (26).

Em forma compacta, apresenta-se abaixo a

çao matricial, envolvendo as constantes a determinar,

expressões dos parâmetros adiIDensionais utilizados.

equa-

com as

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1

1 1 1

E•S=O

-5000

2500

53

f,=6J57

&=S=o . .n.. 5000

FIG. 24 - VARIA~ÃO DOS PARÂMETROS E E l, .

DET [M(wl]

FIG. 25-ZEROS DA FUNç:ÃO DET.[M], CARACTERIZAM •• A

AS FREQUENCIAS NATURAIS .

.(1 w, w. -1000

·---·

·o

1000

•• A

· FIG.26- FREQUENCIAS NATURAIS (w), EM FUNG;ÃO DA ROTAç:ÃO.

- -

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- E:2 Kt 3 - aE:

EI

ktE: EI

- E:2

- E: 3cos E: + s 3 sen E: +

S4sen E: + S4cos E: -

aE: cos E: aE: sen E:

·2 - E: sen E: - - E2 cos E: +

aE: cos E: aE: sen E:

a =

a

E:

o

K Q, 3

El

kM EI

m R2Q,2 4EI

mw2,t•

EI

Relação

(w2 - 2ílw)

IdQ, 2 EI (w - 20.w)

/_ ~ + 2

/a2 4

+ s•

ktE: E!

54

ô3 - aô K Q, 3

1 rA> o EI

kM EI

1,2 B o

ô3cosh ô + ô3senh o + 1 -,

o + S4cosh ô + 1rr B senh

ao cosh ô ao senh o

o2senh O - ô2cosh ô -

lº D

ciô cosh ô ãô senh ô J

dos parâmetros adimensionais

4.3.2 - VETERMINAÇÃO VOS MOVOS NORMAIS VE VIBRAÇÃO

(70)

O modo natural de vibração e a linha elástica for

necida pela função

F(Z) A sen E:Z + B cos E:Z + C senh oz + D cosh oz (63)

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55

a qual, depende de um par (íl, w) que anule o determinante da ma

triz dos coeficientes, DET (MJ = O.

Resolver o sistema representado na equaçao (70)

para um conjunto (íl, w), tal que DET (M) = O, equivale a resol

ver o sistema abaixo.

onde a .. 1J

tes (MJ.

r a A + a B + a e + a D o 21 22 23 24

1 o

1 a A+ a B + a e + a D =

31 32 33 34

a A+ a B + a e + a D = o l 41 42 43 44

a .. (íl, w) sao elementos da matriz dos 1J

(71)

coefícien-

Para resolver o sistema homogêneo indeterminado

deve-se calcular, por exemplo, os valores de "B", "C" e 110 11, co

mo função de "A", escrevendo o sistema de equações abaixo.

a B + a e + a D - a A 22 23 24 21

a B + a e + a D - a A (72) 32 33 34 31

a B + a e + a D - a A 42 43 44 41

de B 6B

e te

D [\D

onde Pela regra Cramer temos: = = 7;, 6 6

os determinantes 6B , llc , [\D sao os seguintes:

- a A a a a - a A a 21 23 24 22 21 24

6 - a A a a llc a a A a 34 1 B 31 33 34 32 31

- a A a a a - a A ª441 41 43 44 42 41

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56

l\2 a - a A

1\2 a J

23 21 a 24 23

LiD = a a - a A e Li a a a 32 33 31 32 33 34

a a - a A a a a 42 43 41 42 43 44

Podemos escrever, simplificadamente, por

- (Li a ) • A 12

= (6 ct ) • A 1 3

= - (6 a ) . . A 14

onde Li a .. e o determinante de 3 !! ordem proveniente da elimi 1J

naçao da linha 1

Com

expressos como:

F (z) n

e da coluna j do DET ( M} .

esta notaçao, os modos naturais

Li a 12

""F:a li

cos EZ + Li a

13

""F:a li

senh Li a

oz - --1-4 cosh Li a 11

poderão

onde introduzimos o Índice n para representar o n-ésimo

tovetor da sirie infinita.

ser

(73)

au

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57

V - FREQÜÊNCIAS E MODOS NATURAIS DE YIBRAÇAO DE UM ROTOR BI­

APOIADO, COM DISCO INTERMEDIÂRIO - SISTEMA CONTÍNUO

5.1 - EQUAÇÃO DIFERENCIAL DO MOVIMENTO

O problema a ser analisado neste capítulo é apr~

sentado na Figura (27). Consta de um eixo uniforme biapoiado,

de massa e elasticidade distribuídas e com um disco rígido, de

espessura desprezível, localizado entre os apoios. Tal disco

conterá uma massa e um momento de inércia concentrados.

Serão adotadas todas as simplificações apresen­

tadas no início do capítulo IV, para efeito de determinação da

-equaçao diferencial de movimento.

Sem perda de generalidade, as condições de con-

-torno serao aquelas apresentadas para o rotor biapoiado de acor-

do com a Figura (27).

No capítulo IV vimos que a equação diferencial

era do tipo

a'n m R2 a2 11·· + EI -- + mn -az, 4 az2 2 2•

2"ílmR ~=O 1 4 az2 (46)

Observa-se, na presente simulação, que o disco

nao poderá ser considerado através das condições de contorno,

como o foi no capitulo anterior. Surge a necessidade de intr~

duzir o seu efeito na própria equação diferencial e integrá-la

para as condições de contorno impostas.

Para a consideração da massa e do momento de inêr

eia de massa concentrados, faremos uso de funções especiais: pu_!

se unitário (delta de Dirac) e binário unitário (doublé). Alg~

mas propriedades destas "funncÕes" estão relacionadas no apêndice A.

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t

~

M,Id ,Eioo

El mR2 , 4 . m

FIG.27 - ROTOR BIAPOIADO SOBRE MANCAIS. ' ' DISCO - MASSA E INERCIA CONCENTRAClAS, RIGIDO.

EIXO - MASSA E ELASTICIDADE DISTRIBUÍDAS.

V,

00

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Sejam m ( Z) s

59

e I ( Z) s

os novos valores de mas

sa e inircia de massa dis~ribuÍdas ao longo do eixo

m (Z) s

I ( Z) s

m + M o(Z - C)

m R 2

~4~ + Id o(Z - C)

-Nas equaçoes acima 11 m1' e a massa

(7 4)

(7 5)

(constante)

por unidade de comprimento do eixo, "MIi a massa concentrada

do disco, "m R 2

" -4- o momento de inircia diametral (constante) por

unidade de comprimento do eixo, "I" o momento de inércia concentrado, d

diametral, do disco e o(Z - C) uma "função" pulso unitário em Z = C.

Substituindo na equação (43) m por m (74) e s

na

-expressao (42) m R2

-4- por I (75) e seguindo o mesmo processo do s

capí-

tilo anterior, com a notaçao n =X+ iY, chegamos a seguinte expressão:

a ( cªii . an)J = ãz 1s ãz - Ziíl ãz (76)

Esta expressao i equivalente a equação (46) do capít~

lo anterior e corresponde a uma extensão da apresentada por Chivens [261.

bendo que

chamando de

m R2

-4-

Substituindo (74) e (75) -na equaçao (76) e sa-

e -nao variam com z podemos escrever:

. EI a 'n + m n + M o (Z - C) az 4 n (77)

o(z-c)) o

(aii . an) q<z) = az - 21n az, a derivada da expressao en-

tre colchetes sera igual a

Page 69: DINÂMICO DE ROTORES FLEXÍVEIS · Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitaste força, adversãrios, por causa dos teus para fazeres emudecer o inimigo e o vingador. Quando

60

(Z - C) l Q(C) o'(Z - C)

onde ó'(Z-C) e a ''função 1' binário unitário, obtida da deriva

ção da função pulso unitârio, ver apêndice A.

Levando este resultado ã equação (77) teremos a

-equaçao diferencial de movimento do conjunto rotor

34n EI az 4 + m n + M n o (Z - e)

- I (aii - 2Hl an) 1 o' (Z - C) d az az z=c

o (78)

Todos os termos da expressão acima têm a dimen­

sao de uma força por unidade de comprimento, a saber:

34n Er az4 força de reaçao elâstica

m n força centrífuga devida a precessão do eixo

M ii o (Z - C) força centrífuga devida a precessão do disco

inércia de rotação de um elemento de eixo

I aiil ó' (Z - C) - inércia de rotaçao do disco d 3 Z Z=C

m R2

4 efeito giroscópico devido ao elemento de eixo

I · . 2iíl anl 6' (Z - C) - efeito giroscÕpico devido ao disco d az z=c

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61

5.2 - CONDIÇÕES DE CONTORNO

Para o rotor biapoiado da Figura (27), sao nulos

os deslocamentos e os momentos fletores nas duas extremidades,

portanto:

11 (O) = o (79)

a211 az2 I z=o

= o (80)

11 (.Q,) o (81)

a 211 J

az2 z=t o (82)

5.3 - SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DIFERENCIAL DE MOVIMENTO

A curva elástica do rotor flexível se obtêm com

a solução da equação diferencial (78) sujeita às condições de

contorno (79) a (82).

Na pesquisa da solução da equaçao diferencial su

pomos a separação de variãveis, para o deslocamento

11=X+iY:

11(Z, t)

onde:

Q(Z) . iwt

e

complexo

(83)

Q ( Z) ê a curva elástica do eixo, podendo inclusive ser

da forma complexa Q(Z) = q (Z) + i q (Z) 1 2

w e a velocidade angular (precessão) do rotor

Introduzindo a separação de variáveis,

(83), na equação (78) e eliminando o termo comum iwt

e

equaçao

somos

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62

conduzidos a

d4

Q 2 EI dZ 4 - mw Q

(84)

+ I w2 dQ I o' (Z - C) - 2I ílw dQI o' (Z - C) O d dZ Z=C d dZ Z=C

Da mesma forma, também,neste capítulo, lançamos

mão da mudança de variável, equação (61)

z sendo o z I < z < 1

e c = I

Com a nova variável "z", as derivadas passam a

ser expressas por

dQ dZ

d2Q dZ2 =

d3Q dZ'

d"Q dZ4

dQ dz

~ Q" 9,2

dz dZ

~ Q"' .\', 3

~ qív 9,,

1 dQ I dz

=

e as "funç·Ões" pulso e douhlé unitário transformam-se em (vide

apêndice A).

o(Z - C)

o'(Z-C)

Reescrevendo a

variável e multiplicando por

1 * I o < z - c)

1 r,o'*(z-c)

-equaçao (84) apos a

9," EI chegamos a

mudança de

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63

mw 2 9," Q'V - Ü -

EI

Mw2 9, 3 * m R 2 9, 2 EI Q o (Z - c) + 4EI

" ( 6i2 - 2ílw) Q

(85)

' Q jz=c

'* o (z - c) o

A partir deste ponto omitiremos, por simplific~

çao , o as ter Í s t i e o li*" em e '* o (z-c).

Note-se que os coeficientes de (85) -sao todos

reais e, portanto, a função Q(z) é também real. Isto impli-

caem dizer que a curva elástica n(Z, t)

plano,

está contida em um

n (z, t) q (Z) CDS Wt + i q (Z) sen wt 1 1

pois todos os pontos do eixo estao igualmente defasados no tem

po.

Substituindo,na equação (85), os parâmetros adi

mensionais a, a, 8, B indicados na pág. 54, a -equaçao dife

rencial apresenta-se sob a seguinte forma compacta

tV 11 , 1

Q - S"Q - S"Q o(z - c) + a Q + ã Q jz=~ (z - c) = O ( 8 6)

a qual está sujeita às condições de contorno

Q (o) o (86a)

" Q (O) = o (86b)

Q (1) o ( 86 c)

" Q ( 1) o (86d)

Observamos, entao, que a equaçao (86) -nao e de

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64

solução imediata, como ocorre no caso da equação (62) do capí­

tulo IV, pois neste caso os coeficientes não sao constantes em

toda a extensao O < z < 1.

Tratando-se de uma equação diferencial ordinária

linear, a solução sera obtida com o auxílio da transformada de

Laplace, conforme sugerido por Nowacki (21).

A transformada de uma função G(z) e definida

como sendo

L {G(z)} Í e - 5z G(z) dz Jo

-G(5) G

Multiplicando-se cada termo da equaçao (86) por

e - 5 z dz · d d e integran o e o a oo passamos a ter

'V - 11 t t

L{Q } - S4 L{Q} - S4 L{Q ê(z - c)}+ aL{Q } + a L{Q ê (z - c)} o (87)

Aplicando a tabela de transformada de Laplace (2s) podemos escrever a equaçao algébrica da transformada de Q(z). (Vi:_

de apêndice B).

(5 4 + a 5 2 - S4 ) Q ' " Q (O) (S 3 + a S) + Q (O) (S 2 + a) + S Q (O)

Ili -cs ' + Q (0) + S4 Q(c) e - a Q (c) 5

Atendendo a que

(5 4 + a 5 2 - S4

)

onde

-cs e

(88)

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65

/_ . Ja2 •

o a + B4 = 2 + 4

A E = /'!2 + B4 2 + 4

A transformada de Q(z)

pela seguinte equação algébrica

finalmente e expressa

Q = ,,("""s 2,----_----,-º "'2 ),...1...,("'s-=-2-+-s""'2.,..) ( Q (o) ( s 2 + a s) + ' ''

Q (O) (S 2 + a) + S Q (O)

IH -cS f

+ Q (O) + S4Q(c) e - a Q (c) S e-cs J

Usando a identidade matemâtica

1 -----=ccc--=,--=,,---""""-" = (S2 - ô2) (S2 + s2)

Substituindo-se (90) -na equaçao (89), a

formada pode ser apresentada em uma f6rmula conveniente

sua posterior inversão

Q(S) = ( S 3

52 - ô2 S

3 + as ~5~2-+-s~2 S z - ô 2 as ] ~s~2-+-s-=-2 +

' ( s 2

+ Q (O) l 52 - 82 52 a

52 + s2 + 52 - ô2 52 ~ s2 J +

" [s2

s s s2 ] +

"' [s2

1 1 s2 J + + Q (O) - ,52 52 + Q (0) - ô2 52 +

( -cS -cS ' [ S e -cS S e -cS ) } B4Q(c) e

52e + s2) + l 52 - ,52 - - a Q (c) 52 - 02 - 52 + s2 J

(89)

(90)

trans-

para

(91)

Aplicando a tabela do apindice B, de transforma

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66

das de Laplace inversa, -a equaçao (91) e simplificando, a solu

ção Q(z) é obtida.

1 ( ) a (senh oz _ + 02 ô senh oz + E sen EZ + E2 + 02 iS

11 1 "' 1 há + Q (0) E2 + ô2(cosh ÔZ - cos EZ) + Q (0) (sen z - sen EZ)

-, 1 csenh ô(z - e) + S Q(c) E2 + ô2 Ô

sen

E2 + 02 Ô E

E(Z - e)) µ(z _ e) E

- a Q' (e) E2 ~ 02 (cosh ô(z - c) - cos E(Z - e)) µ(z - e)

Ob6(Utvaç,ãa: ô parâmetro adimensional

E parametro adimensional

µ(z-c) - 11 função" degrau unitário

(92)

-Para que a equaçao (92) possa ser escrita de for

ma mais compacta, definiremos as funções:

E 1 (senh ÔZ _ sen EZ) (93a) E2 + 62 Ô E

' 1 E F = 02 ( cosh liz - cos EZ) (93b) E2 +

F G 1 02 (ô senh ôz + E sen EZ) (93c) = E2 +

G' H 1

02 (o 2cosh liz + E2cos Ez) (93d) s2 +

H 1

02 (ô 3 senh liz - E3 sen EZ) (93e) E2 +

Substituindo (93a), (93b), (93c) e (93d) na equação (92) temos

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' " Q(Z) Q(O) (H(Z) + a F(z)) + Q (O) (G(z) + a E(z)) + Q (O) F(Z)

'" 1 + Q (O) E(z) + S4 Q(c) E(z - c) µ(z - c) - ã Q (c) F(z - c) µ(z - c)

A equação (94) é a forma mais geral da

elástica do eixo, para quaisquer condições de contorno.

(94)

curva

Conforme já foi predito anteriormente, ela e uma

curva plana, pois todos os seus termos são reais.

5.3.l - DETERMINAÇÃO DAS FREQUENCIAS NATURAIS DE VIBRAÇÃO

Para o cálculo das freqüências naturais, apli-

ca-se, a equação (94),as condições de contorno do problema em

-causa, que sao:

" " Q(O) Q(l) = o e Q (O) Q (1) = o

" Como Q(O) = O e Q (O) = O -a equaçao (94) sim-

plifica-se em:

f '" Q(z) = Q (O) (G(z) + a E(z)) + Q (O) E(z) + S4Q(c) E(z - c) µ(z:.. c)

(95) - .

- a Q (c) F(z - c) µ(z - c)

Para usar as condições de contorno em z = 1, pr!:_

cisamos das derivadas

' ' ,,, Q (z) = Q (O) (H(z) + a F(z)) + Q (O) F(z) + S4 Q(c) F(z - c) µ(z - c)

' (96)

- a Q (c) G(z - c) µ(z - c)

" Q (Z) 1 llf _

4 Q (O) (H' (z) - aG(z)) + Q (O) G(z) + S Q(c) G(z - c) µ(z - c)

(97)

' - a Q (c) H(z - c) µ(z - c)

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68

Substituindo nas -equaçoes (95) e (97) as condi-

" ções de contorno restantes Q(l) o ' Q (1) = O e escreveu-

' do os valores de Q(c) e Q (c) , montaremos o sistema homogi

neo abaixo

' "' -4 ' -Q (O)(G(l) + aE(l)) + Q (O) E(l)· + Q(c)S E(l- c)- Q (c) aF(l- c) = o

' ' "' + Q(c) S4 G(l - c) - Q •

(c) éiH(l -Q (O)(H (l)+aG(l)) + Q (O) G(l) c) o (98)

• "' Q (O) (G(c) + aE(c)) + Q (O) E(c) Q(c) .., o o

' '" • Q (O) (H(c) +aF(c))+ Q (O) F(c) + o Q (c) o

Escrevendo este sistema na forma matricial temos

G(l) +aE (1) E (1) S4 E(l-c) -aF(l-c) Q' (O) 1 o

H' (1) +aG(l) G(l) S4 G(l-c) -ãH(l-c) Q"' (O) o X < (99)

G(l) +aE(c) E(c) -1 o Q(c) o

H(c) +aF (c) F(c) o - 1 J

Q' (c) ºJ

que se constitue em um problema de autovalor. O sistema (99)

i homogineo de 4! ordem (4 equações e 4 inc6gnitas), e sua so

1 11 1 1

lução sera Q (O) = Q (O) = Q(c) = Q (c) = O (solução trivial), a

menos que o determinante da matriz dos coeficiente se anule.

A anulação do determinante estabelece uma equa­

ção de freqüincia. Para cada valor escolhido de íl (rotação)

existe um número infinito de valores de w (precessão) que an~

1am o determinante, formando o conjunto das freqüências natu-

rais. A equação de freqüincia será resolvida

usando o mesmo algoritmo do capítulo anterior.

numericamente,

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69

5.3.2 - DETERMINAÇÃO VOS MOVOS NORMAIS VE VIBRAÇÃO

A solução Q(Z) terá sua forma bem definida (pr~

blema de autovalor) quando o determinante obtido de ( 99) se anu

lar, ou seja,

Q(Z) ' '" - '+ = Q (O) (G(z) + aE(z)) + Q (O) E(z) + Q(c) S E(z - c) µ(z - c) -

(95) 1

- Q (c) a F(z - c) µ(z - c)

1 Ili 1

onde Q (o) ' Q (O) '

Q ( c) e Q (c) vem da solução do siste-

ma indeterminado abaixo, pela atribuição de um valor arbitrário

- incógnita a Q (O)

( Ili 1 1

a Q (O)+ a Q(c) + a Q (c) - a Q (O) 22 23 24 21

'" ' '

1 a Q (O)+ a Q(c) + a Q (e) - a Q (O)

32 33 34 31

'" ' ' .

a Q (O)+ a Q(c) + a Q (c) - a Q (O) l 42 43 44 41

No sistem acima a .. sao os termos da matriz de 1J

(9 9) • Aplicando a regra de Cramer temos

"' ' "' !S. Q (O) t, Q ( c) ' t, Q (c) Q (O) t,

Q ( c) t, e Q ( c) t,

' onde - a Q (O) a a 21 23 24

"' ' t, Q (O) - a Q (O) a a 31 33 34

' - a Q (O) a ª'+41 la a a 41 43 22 23 24

1 a a a 1 ª22

-a Q (O) a t, 32 33 3s 21 2'

t, Q(c) a -a Q (O) a a a a 32 3 1 3s 1 '2 s3 4'

' a - a Q (O) a .. J 42 41

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lª22 a

23

' t:, Q (c) a a 32 33

a a 42 43

Chamando de

70

' -a Q (O) 21

' -a Q (O) 31

-a Q (O) 41

(t:, a .. ) 1]

ao determinante de 3~ or-

dem obtido pela eliminação da linha i e da coluna j do de­

terminante principal, a expressão abaixo define o modo natural

de vibração do rotor flexível.

( t:, a t:, a Q (2) Q~ (0) l ( G(Z) + aE(z)) - t:,

12 E(Z) + 13 S4E(z - c) µ(z - e) n a t:, a

11 li

t:, a µ ( Z - e))

(100) 14 a F(Z - e) ~

11

onde introduzimos o Índice n para representar o n-~simo auto

vetor da série infinita.

'" t:, Q (O) - (t:, a ) 12

' t:, Q ( e)

' Q (O) t:, Q(c) (t:, a ) 1 3

' - (t:, a ) 14

Q (O)

' Q (O)

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71

VI - EXEMPLOS NUMERICOS DOS TRÊS MODELOS E COMPARAÇAO DOS RE­

SULTADOS OBTIDOS NO 19 E 29 MODELOS

6.1 - INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DE DIVERSOS PARÂMETROS FÍSICOS E

GEOMÉTRICOS NA FREQÜÊNCIA NATURAL - MODELO DISCRETO

O modelo físico tomado como base para adis­

cussao dos resultados tem as seguintes características:

ROTOR EM BALANÇO - SUSPENSÃO COM MOLAS

Diâmetro do eixo = 0,05 m

Espessura do disco 0,05 m

Diâmetro do disco 0,40 m

Comprimento do eixo flexível 0,975 m

Material do disco = aço

Inércia de flexão do eixo (EI) 0,307 kg*.m 2

Massa do disco = 49,01 kg

Inércia de massa diametral 0,50 kg .m 2

Inércia de massa polar 0,98 kg.m 2

6.1.1.- INFLUtNCIA VA VARIAÇÃO VA CONSTANTE VE MOLA LINEAR

Para bem acompanhar a variação apenas da mola li

near, o ei.xo e impedido de girar na extremidade, usando-se uma

mola de torçao suficientemente rígida, k = 10 9 kg*m/rd.

Observando-se a Figura (28) vemos que para valo­

res da constante de mola linear superiores a 10 8 kg*/m nao exís

te alteração sensível nos valores da 1~ freqüência natural, í~

to nos leva a acreditar que valores desta ordem, para a cons­

tante de mola linear, são suficientes para simular um engasta-

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72

Constantes de mola linear , Constante do mola de torç:ão ,

••• X X X

000

" " " *** ®®®

' K~ -RIGIDO

K = 10° kc;f /m

K = 107 kg'/m

K = 10º kg*/m

K = 105 kg*/m

K = 102 kt;{'/m

* *

*

* *

*

,-250 -200 -150 -100 -60

k = 109

kd'm /rd ( ~ ri'gido l

F

2

" * ,.

o eo 100 1so 200 250

FIG.28- INFLUÊNCIA DA CONSTANTE DE MOLA LINEAR NA l! FREQUÊNCIA NATURAL.

s

o

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73

mento rígido.

Quando a constante de mola cai a valores infe

riores a 10 2 kg*/m a curva de 1~ freqüência natural converge

rapidamente para o valor 1 do adimensional F (a mola linear

passa a comandar o movimento do 19 modo normal de vibração), no

toriamente quando a rotaçao e a precessao têm a mesma direção.

Percebemos também que o sistema deixa de sofrer a açao do efei

to giroscÕpico. Isto ocorre porque no 19 modo normal, quando

a suspensão é muito flexível, o conjunto assume movimento de

corpo rígido em translação e nao ocorre mudança de orientação

do eixo do volante. A extremidade comporta-se como livre.

Observando a Figura (29) vemos que,para valores

suficientemente altos da constante de mola linear,as curvas de

2~ freqüência natural se confundem e portanto passam a indepe~

der do valor desta constante.

Para valores da constante de mola próximos de

a .. ..... . zero, as curvas de 2- frequencia natural divergem,o que e um

comportamento inesperado, pois, tais curvas,tambêm deveriam se

superpor. Isto ocorre devido i limitação do modelo em repre-

sentar freqüências naturais acima da primeira.

Constante de mola linear pequena representa uma

extremidade livre quanto aos deslocamentos lineares.

6.1.2 - INFLUENCIAVA VARIAÇÃO VA CONSTANTE VE MOLA VE TORÇÃO

Em consonância com o caso anterior, fazemos ri-

gida a mola linear, i.e., K = 10 9 kg*/m.

Observando a Figura (30) vemos que para valores

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Constantes de mola linear , Constante da mola de tarç:ão ,

• • • Koo -RÍGIDO

K 8 * X X X = 10 kg/m F

k = * 10° kgm/rd

( -~ r/gido )

o o o K = 10• kg /m

AAA K = 103 kg/m

o

o

-1.00 -ao -eo -40 -20 o 20 .,40 ··60 80 100

FIG. 29 - INFLUÊNCIA DA éoNSTANTE DE MOLA LINEAR NA 2! FREQUÊNCIA NATURAL .

s

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Cons1ontes de mola de to~o ,

••• x·x x

*** 000

" " "

k., -RIGIDO k = 105 kgm/rd

k = 103 kgm/rd

k = 10 2 kgm/rd · .. *

k = 0,1 kgm/rd

10

5

-500 -400 -500 -200 ·100 0

F

Constante do mola linear ,

K' = 109 kg*/m

*

X X

*

* *

( :;: rígido )

* *

X

100 200 500 400 500

FIG .. 30 - INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DA CONSTANTE DE MOLA DE TORÇ;ÃO NA l! FREQÜÊNCIA NATURAL .

o

* ,

s •

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76

da constante de mola de torçao superiores a 10 5 kg*.m/rd, as

curvas de primeira freqüincia natural independem do valor des-

ta cons·tante. Logo,valores desta ordem são suficientes para

simular um engastamento rígido quanto ãs rotações de sua extre

midade.

A medida que o valor da constante de mola de

torçao vai diminuindo, observamos que cresce acentuadamente a

influincia do efeito giroscÕpico (a mola armazena cada vez me­

nos energia e a reaçao à variaçao angular do conjunto vai sen­

do progressivamente transferida para o volante).

Para valores suficientemente pequenos desta con~

cante de mola, as curvas de primeira freqÜincia natural conver

gem, o que jã era esperado, pois pequenos valores desta cons-

cante se aproximarão de um apoio rotulado (livre para girar).

Analisando a Figura (31) percebemos que parava

lares suficientemente altos da constante de mola de torçao as

curvas de 2ª freqüência natural convergem, o que jâ era um re­

sultado esperado (simula um engastamento rigido quanto ã rota-

ção da extremidade).

Entretanto,para pequenos valores desta constan-

te,taís curvas divergem de forma acentuada. O resultado espe-

rado também era a acumulação destas curvas, pois, baixos v~

lares da constante de mola simulam apoios rotulados, configur~

ção física bem definida e portanto de resposta Única. Esta dis

torção estã ocorrendo porque os adí.mens-ionais de rotaçao

S = íl~ e de precessão 11

F = w~ não são adequados para li

permitir comparação de resultados onde ocorram alterações na

elasticidade do sistema ou em sua massa.

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77

Constantes de mola de to,.:ão ,

••• k = - RÍGIDO X X X k = 105 l<gm/rd o o o k = 10• kgm/rd

• • • k . = 10' kgm/rd F

'

]5() •.

o

o

o

X X X

-100 -80 -60 -40 -20 o

~ -20

Constante do mola 'linear ,

K = l09 kg*/m

( ~ rígido )

o

40 60 80 100 s

FIG. 31 - INFLUENCIA DA VARIAç;Ao DA CONSTANTE DE MOLA DE TORç;ÃO NA 2! FREQÜÊNCIA NATURAL.

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78

6.1.3 - INFLUÊNCIA VA VARIAÇÃO VA ESPESSURA VO VISCO NAS CUR

VAS VE FREQÜÊNCIA NATURAL - SUSPENSÃO R[GIVA

A Figura (32) mostra que o crescimento da espe~

sura do disco leva a maiores valores da curva adimensional de

a ··- . 1- frequencia natural.

Entretanto o comportamento esperado seria que

a ··- . os valores· da 1- frequenc1a natural diminuíssem com este cres-

cimento. Mais uma vez constatamos aqui uma distorção provoca-

da pela inadequação dos adimensionais empregados.

Analisando a Figura (33) vemos que quando aro-

taçao e a precessão têm o mesmo sentido, a curva adimensional

de 2~ freqüência natural assume valores ligeiramente inferia-

res quando cresce a espessura do disco, a partir de determina­

da velocidade de rotação.

6.2 - COMPARAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS DOS MODELOS CONTÍNUO EDIS

GRETO

Neste item apresentamos, através da formulação

contínua, o mesmo problema físico mostrado no item 6.1. Altera

mos a cada rodada do computador a massa distribuída do eixo

(variando a densidade sem modificar a rigidez), até que ames-

ma possa ser considerada desprezível. Neste ponto comparamos

as curvas de freqüência natural obtidas do modelo contínuo com

aquelas obtidas da modelação discreta.

A Figura (34) mostra que a 1~ freqüência natural

fornecida pelo modelo discreto é uma boa aproximação do resul­

tado obtido na solução do mesmo problema pelo método contínuo.

Notamos ainda que a alteração da densidade do eixo modifica li

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~ ','7JJ,J

Espessuras da disco·,

• • • " = 0,04m X X X )1. = 0,08m o o o )1. = 0,12 m AAA )1. = 0,16 m

,.A< )-.

A

õ.O X•

A o X •

-250 -200 -150 c-100

79

F

2

00

A

X

" o

• X

1-

A

o

A•

X

o,

"" •

-•o o 50

AO

x•

Suspensão r(gida , ( engastamen1o )

k::;;, 00 . K ~ oo

A

A o X

AO X • •

>.00 '50 200 200

A

o

FIG. 32 - INFLUÊNCIA DA VARIA~O DA ESPESSURA DO DISCO NA l! FREQÜÊNCIA NATURAL -

s

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Espessuras do disco•

• • • X =. 0,04 m xxx X= 0,08m 0 0 0 X = -0,12 m

o X

1 1 1 -100 -80 60

• 1

-40

80

F

150

100

50

o o

OX -~i O X •

1 ·20 o

o

• X

o •

o

• X

1 20

X

1

Suspensão rígida • ( engastamento.)

k .;; co K ~ co

ox o

1 1 40 60 80 100

FIG. 33- INFLUÊNCIA DA VARIAç;Ão DA ESPESSURA DO DISCO NA 2! FREQÜÊNCIA NATURAL.

• s

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--·- .. -

-·-·- Modelo discreto Modelo contínuo

massa m = kg /m linear

81

25

15

-300 -200 -100 · 0

m=lO

w (rpm)

ma2,5

m=0.,;01'

100 200 'ºº •oo . "•oo ·.n ( rpm)

· FIG. 34 - l'! FREQÜÊNCIA NATURAL COMPARAÇÃO,ENTREOS . ' . ,

MODELOS DISCRETO.E CONTINUO PARA VARIAS DISTRI -BUl~ES DE MASSA DO EIXO.

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geiramente a ··- • a curva de 1- frequencia natural. Quanto menor a

densidade do eixo, mais o resultado se afasta da modelação discre­

ta, na qual o eixo é.dotado de rigidez elástica sem contudo possuir massa,

(isto ocorre porque a massa total do rotor nao foi mantida constante),

Através da Figura (35) vemos que as curvas de

2~ freqüência natural obtidas da formulação discreta e da for­

mulação contínua {para uma densidade desprezível do eixo) coin

cidem com uma suficiente aproximação).

Podemos ainda observar que ã medida que a densi

dade do eixo cresce, perseguindo o seu valor real, a curva de

zê freqüência natural obtida do modelo contínuo cai de forma

acentuada, notoriamente,na regiao onde a rotaçao e a precessao

t;m o mesmo _sentido.

Concluímos que o modelo discreto so representa

bem o comportamento da 1~ freqüência natural. A massa do eixo

é decisiva na simulação da 2~ freqüência natural. O modelo dis

ereto só fornece bons resultados para eixos relativamente le

ves quando comparados com o· disco.

6.3 - INFLUENCIA DA VARIAÇÃO DOS PARÂMETROS GEOM~TRICOS NAS CUR

VAS DE FREQÜENCIA NATURAL DE UM ROTOR EM BALANÇO -MODELO

CONTÍNUO

6.3.1 - INFLUÊNCIA VA VARIAÇÃO VO VIÃMETRO VO VISCO - SUSPENSÃO

RTGIVA

As curvas (36), (37) e (38), relativas a

2.ê e 3~· freqüências naturais, respectivamente, mostram que exis

te uma forte influência do diâmetro nas curvas de freqüência

natural.

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--·-·-- Modelo discreto

Modelo contínuo

mosso m = kg /m linear

·-~ .. ?m,I

83

1500

-1000 -eoo - eoo - 400 - 200 o

w(rpm)

m=0,01

m=2,5

m=5

m=lO

200 600 eoo = .n (rpm)

FIG.35 - ~ FREQÜÊNCIA NATURAL : COMPARAÇ:ÃO,ENTREOS MODELOS DISCRETO E CONTÍNUO PARA VÁRIAS DISTRI -;BUICOES OE MASSA DO EIXO.

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PRECESSÃO ASSINCRONA

D=0,2m

D=0,3m

D=0,5m

84

w ( rpm),

-J.000 -800 -600 -400 -200 o 200 400

PRECESSÃO SINCRONA

600 800 1000 .!l(rpm)

FIG. 36 - l! FREQÜÊNCIA NATURAL : VARIA~ÃO DO DIÂMETRO

DO DISCO - ROTOR EM BALANç;O.

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85

,

e.., ( rpm)

PRECESSÃO SINCRONA

D=0,2 m

D=O,::Sm ----

D=0,5 m ------

-l.000 -soo -soo -.400 -200 o 200

PRECESSÃO ASSINCRONA

400 600 800 1000

.. ~ - ..

.fl. (rpm)

FIG.37- 2!FREQUENCIA NATURAL: VARIAÇAODODIAMETRO

DO DISCO - ROTOR EM BALANi;:c>.

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PRECESSÃO ASSINCRONA

D=0,2m

D=D,3m

D,=0,5m

86

w (rpm)

- 1000 -800 -600 - 400 -200 o 200 400

PRECESSÃO SINCRONA

600 800 1000 .n (rpm)

FIG. 38 - 3! FREQÜÊNCIA NATURAL : VARIAÇÃO DO DIÂMETRO

DO DISCO - ROTOR EM BALÁNÇO.

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87

O crescimento do diâmetro aumenta a massa do dis

coe em consequência cai o valor da freqüência natural, para

uma velocidade de rotação nula.

O aumento do diâmetro provoca ainda um fortale-

cimento da atuação do efeito giroscopico. Isto pode ser perc~

bido,em todas as curvas de freqüência natural apresentadas, p~

la acentuada diferença das freqüências nas precessÕes s1ncro-

.. nas e assincronas.

Poderemos ainda observar nas Figuras (36), (37)

e (38) as curvas de 19, 29 e 39 modos normais, respectivamente,

desenhadas para uma rotaçao íl = 1000 rpm.

6.3.2 - INFLUÊNCIA VA VARIAÇÃO VO COMPRIMENTO VO EIXO

Observando as Figuras (39), (40) e (41) relati­

vas a 1~, 2~ e 3~ freqüências naturais, respectivamente, vemos

que a diminuição do comprimento do eixo enrigece o

o que e um resultado esperado, aumentando as freqüên-

cias naturais.

Um enrigecimento de igual natureza pode ser co~

seguido pelo aumento do diâmetro do eixo, permanecendo constante o

seu comprimento. Note-se que um ou outro caso equivale a aumen

tara relação (rigidez do eixo)/(massa do disco).

6.3.3 - MOVOS NORMAIS VE VIBRAÇÃO

Na Figura (42) podemos observar a forma que a

elástica as·sume nos três primeiros modos normais de vibração P!.

ra dois valores distintos da velocidade de rotação, tais que:

íl = - 1000 rpm e 1000 rpm.

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w{ rpm)

60 L=0,5m

40

L=lm

L=2m

-1000 -800 -soo -400 -200 O 200 400 600 800 J.000

.n. (rpm)

FIG. 39 - l! FREQÜÊNCIA NATURAL : VARIA~ÃO DO ,COMPRIMENTO

DO EIXO - ROTOR EM BALANç::O.

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89

w( rpm)

L::: 0,5m

L=lm

L=2m

-woo -eoo - 600 -400 -200 o 200 800 800 1000 ( ) .n. rpm

FIG. 40 - 2! FREQÜÊNCIA NATURAL : VARIACÃO DO COMPRIMENTO

DO EIXO - ROTOR. EM BALANÇ::0.

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90

L=0,5m

w(rpm)

L=lm

1000

:

500

L=2m

-lOOO -800 -600 -400 -200 o zoo 600 800 1000 . .n (rpm)

FIG.41- 3'? FREQÜÊNCIA NATURAL: VARIA~O D0COMPR1MEN10

DO EIXO - ROIDR EM BALANi;:o.

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- -1.0

.8

.6

.4

.2

o.o ~ '7ml

1.0

.a

.6

.4

.2

o.o

1.0

.a

.6

.4

.2

o.o ~

91

--

l! MODO NORMAL

2!MODO NORMAL -

3!MODO NORMAL

FIG .. 42- VARIAç:ÃO DOS MODOS NORMAIS DE VIBRAf;ÃO COM ROTAç:ÃO .Cl . -~

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92

6. 4 - INFLUE'.NCIA DA VARIAÇÃO DOS PARÂMETROS GEOM!i:TRICOS NAS CUR­

VAS DE FREQÜE'.NCIA NATURAL DE UM ROTOR BIAPOIADO - MODELO

CONTÍNUO

6.4.1 - INFLUÊNCIA VA VARIAÇÃO VO VIÃMETRO VO VISCO NAS CURVAS

VE FREQÜÊNCIA NATURAL

O modelo físico tomado como base para a discus­

sao dos resultados, tem as seguintes características:

ROTOR BIAPOIAVO COM APOIOS ROTULAVOS

Diâmetro do eixo

Comprimento do eixo

Disco localizado no centro do ei~o

Material do eixo

0,05 m

1,0 m

aço

Pelas Figuras (43), (44) e (45) vemos que a 1~

a ....... . . . ..... . e a 3- frequencias naturais sofrem pouca influencia do efeito

giroscópico. Isto ocorre porque no 19 e 39 modos normais de

vibração, o disco, localizado no meio do eixo, nao sofre mudan

ça de direção em seu eixo de rotação. Já nas curvas de 2~ fre

quencia natural percebemos que o aumento do diâmetro _do disco

acentua a atuaçao do efeito giroscópico, pois no 29 modo nor­

mal o disco sofre mudança de orientação.

Podemos ainda dizer que para velocidades de ro­

taçao iguais a zero, o aumento do diâmetro do disco baixa ova

lorde todas as freqüências naturais.

Podemos ainda observar nas Figuras (43), (44) e

(45) as curvas de 19, 29 e 39 modos normais de vibração,

pectivamente desenhados para a rotação íl = 500 rpm.

res-

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93

D

w ( rpm)

D=0,2m

100

D=0,3m

D=0,4m

50

-1000 -eoo -eoo .400 -200 o

200 400 soo 800 1000 n=(rpm)

FIG. 43 - l! FREQÜÊNCIA NATURAL : VARIAÇÃO DO DIÂMETRO

00 DISCO - ROTOR BIAPOIADO.

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94

w( rpm)

D=0,2m

D=0,3m

D:::0,4m

-1000 -eco -soo - 400 -200 o 200 400 600 800 1000 ) .n =(rpm

FIG.44- ~ FREQÜÊNCIA NATURAL: VARIA~ODó DIÂMETRO

DO DISCO - R01DR BIAPOIADO.

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95

e., ( rpm~

'

1500

1000

-1000 -eoo -eoo -400 -200 o zoo

D

L----- D=0,2m

400 eoo

D=0,3m D=0,4m

'\

800 1000 n. =(rpm)

FIG. 45 - 3!! FREQÜÊNCIA NATURAL VARIAç;Ão DO DIÂMETRO

DO DISCO - ROTOR !BIAPOIADO . •

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96

6.4.2 - INFLUÊNCIA VA VARIAÇÃO VAPOSIÇÃO VO VISCO NAS

VE FREQÜÊNCIA NATURAL

CURVAS

Imaginemos um rotor biapoiado de característi-

cas físicas e geométricas semelhantes as apresentadas no item

6.4.1.

Façamos variar a posiçao do disco ao longo do

eixo.

A Figura (46) mostra que as a .......

curvas de 1- freque~

eia natural acusam uma perda de rigidez do sistema quando o dis

co •e desloca de uma extremidade para o centro (rotação e pre-

cessão no mesmo sentido). O efeito giroscópico se faz mais pr~

sente para o disco próximo a extremidade do eixo, onde a

gente e máxima; ao contrário, no centro a tangente é nula.

tan-

A Figura (47) mostra que para as 2ª1' freqüências

naturais o fenômeno se processa de forma inversa, o conjunto

fica mais rígido à medida que se caminha para o centro.

A Figura (48) mostra como evoluem as curvas de

freqü·ência natural para o terceiro modo normal de Vibração, qua!:

do variamos a posição do disco.

Observando ainda as Figuras (46), (47) e (48) pod~

remos ver como variam as curvas elásticas do rotor, para o 19,

29 e·39 modos normais, respectivamente, quando alteramos a po-

siçao do disco.

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97

w (rpm)

300

C= O 3"3

C=05

-1000 o 1000 n(rpm)

FIG.46-1!! FREQÜÊNCIA NATURAL : VARIAÇÃO DA POSICÃO DO DISCO. - ROTOR BIAPOIADO.

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98

- ::-...... - -·· -·-· ---~- .-, __......... ... ..._ l

w( rpml

1500'

-1000 o 1000 .n.(rpm)

' 1 ... 1FIG.47 - 2! FREQUl;NCIA NATURAL VARIA~O DA POSl~ÃO 00 DISCO

- ROTOR BIAPOIADO.

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99

. . ----· ,-.·- .,.. -.,.. ·---..

w(rpm)

1500

'

500

-1000 o 1000 n(rpm)

FIG.48- 3! FREQÜÊNCIA NATURAL VARIAÇÃO DA POSIÇÃO DO DISCO.

- ROTOR BIAPOIADO.

. ---- ,- L---·----

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100

VII - CONCLUSAO

Para efeitos práticos, o coeficiente de mola p~

de permanecer entre 2 limites{ superior e inferior. Existem va

lares da constante. de mola linear acima dos quais o sistema se

comporta como rigidamente engastado. O mesmo ocorre para val~

res suficientemente altos da mola de torçao.

ficientemente baixos das constantes de mola

ção o sistema se comporta como livre.

Para valores su-

linear e de tor-

O modelo discreto com dois graus de liberdade,

apresentado no capitulo III, fornece um bom resultado quando

estamos interessados nos valores da 1! freqüincia natural. A

massa do eixo é decisiva para se obter uma boa simulação da se

gunda freqüincia natural. O modelo discreto, portanto, só da-

ra bons resultados no cálculo da segunda freqüincia natural p~

ra eixos suficientemente leves.

Os modelos apresentados nos capitulas IV e V -

modelos contínuos - mostraram-se adequados, uma vez que sua ca

pacidade de simulação dos parimetros fisicos e

ampla.

geométricos e

Quando se aumenta o diimetro do disco,

ter dois tipos de comportamento do rotor: a) quando o

podemos

efeito

giroscÕpico não for mandatório, o aumento do disco só adiciona

massa ao s·istema e as freqüências naturais diminuem em toda a

faixa de rotaçao estudada; b) onde o efeito giroscopico for pr~

ponderante, as freqüências naturais aumentam, na faixa de pre­

cessao síncrona.

Aumentando-se o comprimento do eixo, percebemos

que o s-istema fica mais flexível, ocasionando menores freq~ên-

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101

cias de vibração.

No caso do rotor biapoiado, vemos que a altera­

çao da posiçao relativa do disco, no eixo, leva ao enrigecime~

to do sistema, sempre que o efeito jirosc6pico se torna impor­

tante. O sistema se opora a mudanças de orientação do eixo p~

lar do disco.

Em resumo podemos assegurar que as freqüências

naturais de vibração de um conjunto rotor são sensíveis a va­

riações da rotaçao e da geometria do conjunto.

Possíveis extensoes deste trabalho podem 1n-

cluir:

1) apoio elásticos para o rotor com disco em posição

diária;

2) consideração da espessura do disco;

3) rotor com trechos de diâmetros diferentes;

interme-

4) coeficientes de mola linear e de torção diferentes nos dois

planos;

5) simulação por elemento finito, para termo de comparaçao com

os presentes resultados.

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102

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I - Criticai speeds and response of flexible rotor

systems. New York, ASME, S. d.

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104

24 - SOUTHWORTH, R.W. & DELEEVM, S.L. Digital eomputation and

nume~ieal methods. New York, Me Graw - Hill Book Co.,

1965. 508 p.

25 - YU CHEN. Vibrations: theoretical methods. Keaeling, Addison -

Wesley Publ. Co., 1966. 285 p.

26 - CHIVENS, D.R. The natural frequeneies and eritieal speeds

of a rotating, flexible shaft-disk system. Tempe, AZ,

Arizona Sta te Univ., 1973. 154 p. (Ph.D. Thesis).

27 - NOWACKI, W. Dynamies of elastie systems. London, Chapman

& Hall Ltd., 1963. 396 p.

28 - SPIEGEL, M.R. Shaum's Outline of theory and problems of

Laplace transforms. New York, Me Graw - Hill Book Co.,

1965. 261 p. (Shaum's Outline series).

29 - HILDEBRAND, F.B. Advaneed ealculus for applieations. Englewood

Cliffs, N. J., Prentiee-Hall, 1965. 646 p.

30 - CARSLAW, H.S. & JEAGER, J.C. Operational methods in applied

mathematies. New York, Dover Publ., 1947. Cap. 11.

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APÊNDICE A

PROPRIEVAVES VAS FUNÇVES PULSO UNITÃRIO E BINÃRIO UNITÃRIO

No capítulo V usamos as funções pulso e binário

-para introduzir o disco diretamente na equaçao diferencial do

rotor. Relacionamos abaixo algumas definições e propriedades

destas funções ( 29), (30 J. ver Figuras (A.l) e (A.2).

1. Fu.nçã.o deg,tau u.nLtâ.'1Á.o:

2 •

U. ( X) {

l,

o'

Funçã.o pul-0 o

{" Ô (X) = l E

+oo

X > 0

X < 0

u. nLt âtr.i o

o > X

o < X

Loo ô(x) dX = 1

(delta.

> E

< E

de Vi1wec) :

definida no limite, quando E~ O.

3. Ve'1Á.vada da "6u.nção" degtr.au. u.nitâtr.io:

u'(x) = ô{x).

4. T1tan-0lação da ''Junção'' pu.l-00 unitãtr.io:

r:;· Ô (X - tc) = l-: Q>X>Q+E:

} Hmc+O c<x<ec+s

(A. 1)

(A. 2)

(A. 3)

(A.4)

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f czr,

.1... -E

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(a)

-o+~---~..LL.Ju.~.1...+_€-----1_~ z

f ( Z) (b)

-+-----.L-------1~ z

f 'i> •

-r-r-r-

(e)

z l

- , - ,, FIG. (A-1) -REPRESENTA~O GEOMETRICA DA' FUNç:AO PULSO UNITARIO.

(a) - GERA~O DE AJN~ÃO ·puLSO,., DIMENSIONAL.

( b) - FUNÇ>ÃO PULSO

( C ) - GERAÇ>ÃO DA FUNÇ>ÃO PUI..SO, , ADIMENSIONAL.

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f (Z)

.l. e2 t

-4----.IWI'' ,+6

f (Z)

e a:+2e:

1

' 1

~ ( z-c)

107

(a)

z

( b)

1----...l-..------... z

f<a> (2 _l_ ---·­

€2

c+e1.e

(e)

-.

_ _r_L_·--·-·-· e2 .

FIG. (A.2.j- REPRESENTAç:ÃO GEOMÉTRICA DA FUN(i:ÃO BINÁRIO UNITÁRIO.

( O ) - GERAÇÃO OE FUNÇÃO BINÁRIO, DIMENSIONAL.

( b ) - FU Nl:ÃO BINÁRIO.

( C ) - GERAÇÃO DA FUNl'ÂO BINÁRIO, AOMENSIONAL.

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5. Integnal envolvendo a ''6unção'' pul1.io ünltânla:

f 6 ( X) • o (X - C.) dX ,í(c.).

6. "Função" blnânia unltânia:

o o > J( > 2E

n(x) 1 o < = J(

E2 < E lim E + o

1 < ~

E J( < 2E

7. Venivada da ",ítrnção" pu.l1.io unltâ,tio:

ô'(x) = n(x)

8. Tnanalaçãa da "&unção" blnânla unitãnia:

n (x - e) =

0 C. > J( > C. + 2E

1 ~

1 -~

C. < X < C + E

e+ s < x <e+ 2s

lim E+ O

(A. 5)

(A. 6)

(A. 7)

(A.8)

9. Ve,tlvada de wn p1wdu.to envolvendo a "6unçãa" puL:,a u.nltânla:

d: [F(X) . o(X - e) J = F(c) • 6' (X - e).

10. Angu.mento adlmen1.ilanal da "6unçãa" pul1.i a unltânla:

o(x - C) = { o*<x - e)

onde X

J( = 1 e

e = 1

11, Angumento adlmen1.ilanal da "&unção" blnâ,tlo u.nitãnlo:

o'(X- C) 1 ,.

= IT 6' "(:x - e) onde X X=1 e = e

1

(A. 9)

(A.10)

(A.11)

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APÊNDICE B

TRANSFORMAVAS VE LAPLACE USAVAS NA SOLUÇÃO VA ELÁSTICA VO ROTOR

-A equaçao diferencial do rotor com disco interme

diário, -equaçao (86) do capítulo V, foi resolvida pela aplica-

çao da Transformada de Laplace. A transformada da equação ( 87)

tem o seguinte aspecto,

S4 Q - S 3Q(O) - s 2 Q' (O) - SQ"(O) - Q'" (O) - S4 Q - S4 Q(ec)

+ a(S 2 Q - SQ(O) - Q' (O)) + ã :~1ec S -c.S

e = O

onde Q = L{Q}

-ecs e

(A.12)

-Para obter a equaçao (A. 12) foram usadas as se-

guintes propriedades:

a)

b)

4

L {d Q} = S4 Q - S 3Q(O) - S2 Q' (O) - SQ"(O) - Q"'(O) dz 4

L {Q o(z-ec)} = L {Q(c.) o(z-c.)} = Q(ec) L {o(z-ec)}

d2Q c) L {d

22} = S2Q - SQ(O) - Q'(O)

Q (e.) -ecs

e

d) L{dQ o'(z-ec)}= L{dQj o'(z-ec)}= dQ.I L{o'(z-c.)}= dQI Se-"8 dz dzj dz dz

e. e. Q

(A.13)

(A.14)

(A.15)

(A.16)

Para a transformada inversa de Laplace da equa­

ção (91), capítulo V, faz-se uso das expressões abaixo:

a)

b)

senh ot 8

sen E:t E

(A. 1 7)

(A. 18)

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-1 5 e) L {52 Í5 2} = cosh ot (A.19)

-1 5 E:2} (A.20) d) L {52 = cos E:t

+

e) -1 52

L {52 - o) -1

L {l + 52 02 - 82} o(t) + o senh ot (A.21)

-1 52 -1 E: 2 E: 2} f) L {52 + E:) L {l - 52 = o(t) - E: sen E:t (A.22)

+

-1 5 3 -1 o2S o'(t) + 82 cosh ot g) L {52 - 02} = L {5 + 52 - 82} = (A.23)

-1 53 c:2}

-1 E:2S o'(t) - E: 2 cos Et h) L {52 +

L {S - 52 + c:2} (A.24)

-cs senh o(t - e) x u ( t - e) -1 e (A.25) i) L {52 ., 8) = 8

-cs E(t - e) -1 e sen (A.26) j ) L {S2 + E) = x u(t - e) E

-cs .Q,) -1 { S e } cosh o(t - e) x u(t - e) (A.27) L 52 - 82

-cs m)

-1 S e cos E(t - e) x u(t - e) (A. 2 8) L {52 + f:2} =

Ob.1, e.Jz.vaç.ão:

o(t) função pulso unitário

O patâmetro adimensional