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Diocese de Santos - SP Círculos Bíblicos 5 2019

Diocese de Santos - SP · de discípulos missionários do Mestre Jesus. Todos devem levar a sua Bíblia para acompanhar as leituras. Antes de iniciar o encontro, defina quem será

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Diocese de Santos - SP

Círculos Bíblicos

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� Dicas IniciaisEsperamos que esses Círculos Bíblicos possam contribuir para a conversão pessoal

e pastoral em toda a nossa Diocese e nos ajudem a criar uma nova mentalidade que nos impulsione na execução do nosso Plano de Evangelização para os próximos quatro anos.

Quem deve fazer os Círculos Bíblicos?Todos devem fazer os Círculos Bíblicos. O maior número possível de pessoas

deve se reunir e fazer os Círculos Bíblicos. Ministros Extraordinários da Eucaristia, Catequistas, Juventude, Equipes de Nossa Senhora, Pastoral Familiar, Comunidades, enfim, todas as pastorais e todos os grupos que se reúnem em nossa paróquias.

Como fazer o Círculo Bíblico?Reúna um grupo. Pode ser em uma sala na Paróquia, ou na casa de um dos parti-

cipantes, em um lugar previamente preparado para esse fim. É importante que a sala esteja bem arrumada, tenha uma ambientação adequada, pois a organização do am-biente ajuda na oração e na reflexão. Coloque uma Bíblia e uma vela acesa sobre uma mesa no centro, pois é a partir da Palavra de Deus que devemos discernir e fazer as escolhas que vão nortear nosso testemunho pessoal e comunitário como comunidade de discípulos missionários do Mestre Jesus.

Todos devem levar a sua Bíblia para acompanhar as leituras. Antes de iniciar o encontro, defina quem será ANIMADOR, LEITOR 1, LEITOR 2,

LEITOR 3 e LEITOR 4. Defina quem fará a leitura bíblica. A Oração Inicial e a Oração Final para todos os encontros estão nas páginas 22 e 23 deste livreto.

Quanto ao tempoNão tenha pressa. Os Círculos terão duração de 45 minutos a 1 hora. Pode ser que

o assunto seja envolvente, porém, procure encerrar a celebração dentro deste tempo. Reserve um bom tempo para a A PARTILHA DA PALAVRA. Mas ter um horário para iniciar e para acabar é muito importante, pois dessa forma os participantes podem se organizar.

LEMBRE-SE: Antes de terminar o encontro, marcar a data para o próximo Círculo.

Marca-páginaUma sugestão: O CPP providencie um ‘marca-página’ para ser entregue na As-

sembleia de Pastoral Paroquial, com os seguintes dizeres: “Rezemos pela nossa As-sembleia Diocesana da Pastoral, que será realizada no dia 9 de novembro de 2019. “Diocese de Santos: 100 anos de história e missão”. “Lançai as redes” (Jo 21,6).

Este pequeno símbolo tem como objetivo inserir as comunidades no espírito das celebrações do Centenário de Criação da Diocese de Santos, a ser comemorado em julho de 2024.

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� APRESENTAÇÃO

“Evangelizadores com Espírito”! Assim o Papa Francisco resume o que move o discípulo de Jesus.

Estes Círculos Bíblicos apresenta-dos neste caderno desejam proporcionar um exercício de reflexão comunitária e aprofundamento para fortalecer a espiri-tualidade do cristão, chamado a ser sal da terra e luz do mundo.

Ao nos reunirmos em grupos para ouvir a Palavra de Deus, partilhá-la com os irmãos, e orar com a Palavra, o Espírito Santo estará fazendo a sua obra no cora-ção dos discípulos.

A Virgem Maria e nossos santos padroeiros continuem a nos inspirar na fé e intercedam por nós no caminho de san-tificação.

Dom Tarcísio Scaramussa, SDBBispo Diocesano de Santos

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Primeiro Encontro – Pilar da Palavra: Iniciação à Vida Cristã e Animação Bíblica da Vida e da Pastoral.

“Eles eram perseverantes no ensinamen-to dos ap óstolos”. (At 2,42 24,29).

� AcolhidaAnimador - Sejam bem-vindos! Esses Círcu-

los Bíblicos têm também por função preparar a Assembleia Paroquial e a Assembleia Diocesana. Lembremos de rezar e de pedir a Inspiração do Espírito Santo para a nossa caminhada de Igreja.

� Oração Inicial

� Canto Inicial

� Introdução ao TemaAnimador - Querido irmão, querida irmã, iniciamos hoje o nosso Primeiro Encon-

tro, do quinto caderno de Círculos Bíblicos. Este ano faremos as refl exões a parti r dos Quatro Pilares das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023, a saber: 1°) Pilar: a Palavra: Iniciação à Vida Cristã e Animação Bíblica da Vida e da Pastoral. 2°) Pilar: o Pão: Liturgia e Espiritualidade. 3°) Pilar: a Caridade: serviço à vida plena. 4°) Pilar: a Ação Missionária: estado permanente de Missão.

Nestes cinco encontros faremos o caminho de Jesus com os discípulos de Emaús. O Caminho dos Discípulos de Emaús com Jesus é um caminho catequéti co que se ini-

cia com as difi culdades da vida (“Por que estão tristes?”). Na sequência, entra a Palavra de Deus e fi naliza-se com a Eucaristi a. É um caminho catequéti co, em que temos como centro a Palavra de Deus na vida dos discípulos de Emaús e em nossa vida hoje. “No Caminho da experiên-cia de fé é Deus quem toma a iniciati va de comunicar seu desígnio salvífi co de amor. Todo esse processo de iniciação à vida cristã supõe um encontro pessoal e co-munitário com Jesus Cristo”(DGAE, 88). “A Comunidade eclesial é chamada a ser a iniciadora por excelência... Para a formação de discípulos missionários, a Iniciação à Vida Cristã deve ser assumida com decisão, coragem e

Emaús foi uma aldeia antiga, localizada aproximadamente 7 Km ao noroeste de Jerusalém. No tempo de Jesus, nos anos 30, a mesma foi destruída pela invasão Romana e converteu-se num vilarejo pequeno.

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criatividade”(DGAE, 89). Para tanto, a Igreja propõe um novo modelo catequético de Inspiração Catecumenal.

� Canto de Aclamação ao Evangelho

� Palavra de DeusLeitor - Leitura do Evangelho Segundo Lucas (Lc. 24, 13-27)Palavra da SalvaçãoTodos: Glória a Vós Senhor!

� Para refletir - Partilha da PalavraAnimador: Após ouvir a Palavra de Deus, vamos refletir sobre a vida dos dois dis-

cípulos de Emaús na volta para casa, abandonando a missão. Entendendo que “não basta ler ou estudar a Sagrada Escritura, pois a ‘inteligência das Escrituras’ exige, mais do que estudo, a intimidade com Cristo e na oração” (VD, n.86). Igualmente, é indispensável uma leitura orante comunitária, que evite ‘o risco de uma abordagem individualista ... mesmo porque a Palavra de Deus nos é dada para criar comunhão’” (DGAE, 91).

Leitor 1- O caminho. A vida. Ausência-Presença. “E conversavam sobre todos es-ses acontecimentos”. A viagem de volta: os dois discípulos pegam a mochila e vão embora sombrios e decepcionados, desiludidos e fracassados. Retornam para sua aldeia, chamada Emaús. As esperanças acabaram, o Messias, o libertador, foi crucifi-cado, o mataram. Fim do Projeto.

Todos: Ser discípulo missionário é fazer a experiência da presença de Deus vivo no meio do povo todos os dias.

Leitor 2 - “A Sagrada Escritura”. “Presença-Ausência”. “Conversavam no Cami-nho”. A chave da interpretação para a compreensão da vida e das Escrituras é o Se-nhor Ressuscitado. Ele anda ao nosso lado, como um estrangeiro ou desconhecido. Mas para reconhecê-Lo é preciso, antes, estar no caminho como discípulo, depois, deixar-se guiar por Ele na releitura da Palavra de Deus. “Iniciação à Vida Cristã e Pala-vra de Deus estão intimamente ligadas: uma não pode viver sem a outra” (DGAE, 88).

Todos: Ser discípulo missionário é fazer a experiência da presença de Deus vivo no meio do povo todos os dias.

Leitor 3 - “O Senhor está no meio de nós”. Como percebemos e sentimos a presen-ça do Cristo em nossa vida cristã?

Todos: Ser discípulo missionário é fazer a experiência da presença do

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Deus vivo no meio do povo todos os dias.

� Orando pela vidaAnimador - Encerrando este primeiro encontro do Círculo Bíblico, compreende-

mos que a Sagrada Escritura é a força no caminho do discípulo-missionário e também seu alimento. Faz arder o coração de amor por Deus e pelo irmão. Somos chamados a ser palavra de vida e de esperança, num mundo de tantas dificuldades.

Leitor 1 - Como os discípulos de Emaús, que a Iniciação à Vida Cristã nos leve ao encontro com Cristo, nas estradas da vida, como testemunhas do Ressuscitado, na busca do Reino de Deus.

Todos: “Tua palavra é lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho” (Sl119,105).

Leitor 2 - O encontro com o Cristo é o encontro com os que estão no caminho, nos casebres, nas calçadas, sem vida e esperança.

Todos - “Tua palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho”. (Sl119,105).

Leitor 3 - “Assumir o caminho da Iniciação à Vida Cristã, de inspiração catecume-nal, com a necessária reformulação da estrutura paroquial, catequética e litúrgica e com especial, à catequese para a recepção e vivência dos sacramentos com crianças, jovens e adultos (sacramento da Iniciação Cristã e demais)” (DGAE, 150).

Todos: “Tua palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho”. (Sl119,105).

� Oração final

� Canto final

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Segundo Encontro – Pilar do Pão: Liturgia e Espiritualidade

“Ele entrou para fi car com eles. Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a bênção, parti u-o e deu a eles. Neste

momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram” (Lc 24, 29-31)

� AcolhidaAnimador - Sejam todos bem vindos! Ao nos

reunirmos para fazer este Círculo Bíblico, esta-mos também preparando nossa Assembleia Pa-roquial e Diocesana. Na página 17 deste livrinho encontra-se o roteiro da Assembleia Paroquial. Podemos ir estudando este roteiro e nos prepa-rando para a Assembleia. Que o Espírito Santo inspire nossa caminhada de Igreja.

� Oração Inicial

� Canto Inicial

� Introdução ao TemaAnimador - Entre os primeiros cristãos, a experiência da Igreja na casa implicava

um conjunto de relações para além dos laços tradicionais... Garanti a um senso de pertença à família do povo de Deus. Existi a uma reciprocidade que se caracterizava pela solidariedade e acolhida de todos. O esti lo de vida do cristão não ti nha como fi nalidade o isolamento, mas a responsabilidade de favorecer um testemunho capaz de atrair a outras pessoas.

A credibilidade da comunidade se embasava no seu testemunho de comunhão, que se exprimia na fi delidade ao ensinamento dos apóstolos, na liturgia celebrada, na diaconia da caridade fraterna, na marti ria da fé e da esperança, comprometi das com a justi ça do Reino de Deus e na mistagogia da autênti ca vida cristã que se faz missão, profecia e serviço.

A comunidade eclesial, como casa, é sustentada pela oração. Na comunidade de fé culti va-se uma verdadeira vida de oração, enraizada na Palavra de Deus. Pela ora-ção coti diana, tomam consciência de que são colaboradores de Deus na missão e são impelidos a saírem ao encontro das pessoas e à práti ca da misericórdia.

A oração dos discípulos missionários de Jesus Cristo deve ser a expressão da espi-

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ritualidade do seu seguimento. Ser cristão é ter uma espiritualidade de um estilo de vida, é um abandono nas mãos de Deus.

Na pastoral, é preciso superar a ideia de que o agir já é uma forma de oração, que é importante no cotidiano pastoral, mas não substitui a vida de oração. Ao contrário, devem decorrer dela e a ela conduzir.

A espiritualidade cristã se traduz na busca da santidade, favorece e alimenta um jeito de ser Igreja: servidora, samaritana, pobre com os pobres. Os desafios dos nos-sos tempos são novos, mas a dor continua a mesma que sensibilizou e continua a impactar os santos e santas de todos os tempos.

A Igreja não é comunidade de perfeitos, mas dos pecadores perdoados e em bus-ca de perdão... A experiência do amor misericordioso de Deus, faz dos discípulos embaixadores da misericórdia... Missionários abertos ao diálogo, à acolhida, à com-preensão e à compaixão.

� Canto de Aclamação ao Evangelho

� Palavra de DeusLeitor - Leitura do Evangelho Segundo Lucas (Lc. 24, 30-32)

30Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles. 31Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reco-nheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”

Palavra da SalvaçãoTodos: Glória a Vós Senhor!

� Para refletir - Partilha da PalavraAnimador - Como percebo a minha primeira Igreja, a casa, a Igreja Domés-

tica? Sinto nela a vida de uma verdadeira comunidade de fé?A minha vida é sustentada pela oração? Tenho tempo forte de oração pes-

soal?Como vejo a minha segunda Igreja, a comunidade? Vejo-a servidora, sa-

maritana, pobre com os pobres?O que cada um de nós, como membros desta Casa, estamos colaborando

para que seja um lugar de perdão e misericórdia?

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� Orando pela vidaAnimador - “Entre os primeiros cristãos, a comunhão se expressava prin-

cipalmente na celebração da Eucaristia”. Que saibamos expressar a comu-nhão com todos, alimentando a esperança de um mundo novo, trilhando o caminho pascal, rezemos:

Todos: Senhor da vida, escutai-nos.Animador - “A mesa está no centro da celebração da fé cristã”. Que as nos-

sas comunidades vivam com alegria e amor a partilha fraterna, acolhendo, cuidando e exercendo o discipulado missionário como testemunhas do reino, rezemos:

Todos: Senhor da vida, escutai-nos.Animador - “A comunidade eclesial, como casa que nutre seus filhos, é

sustentada pela oração”. Que tenhamos espaços de silêncio e de oração, fu-gindo da tentação do ativismo, da vaidade, da ambição e do desejo de poder sustentando a espiritualidade do seguimento, rezemos.

Todos: Senhor da vida, escutai-nos.Animador - “A espiritualidade cristã se traduz na busca da santidade, favo-

rece e alimenta um jeito de ser Igreja”. Que as nossas comunidades sejam modelo de entrega e de confiança a Deus, sendo servidora, samaritana e pobre com os pobres, colocando-se em saída e indo ao encontro do outro, rezemos:

Todos: Senhor da vida, escutai-nos.Animador - “Na experiência de fé da comunidade cristã, a piedade popular

há de ser valorizada na comunidade”. Que essa expressão popular continue atraindo pessoas as nossas comunidades para serem consoladas, amadas e enriquecidas pelo perdão e misericórdia do Senhor, rezemos:

Todos: Senhor da vida, escutai-nos.

� Oração final

� Canto final

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Terceiro Encontro - Pilar da Caridade: Serviço à Vida Plena

“Fica conosco, Senhor, p ois é tarde e o dia está terminando”. (Lc. 24,29)

� AcolhidaAnimador – Boas vindas! Nos reunimos para

celebrar juntos mais um Círculo Bíblico. Devemos lembrar que estes Círculos também nos prepa-ram para a Assembleia Paroquial e para a Assem-bleia Diocesana. Rezemos para que o Espirito Santo inspire nossa caminhada.

� Oração Inicial

� Canto Inicial

� Introdução ao TemaAnimador – Querido irmão, querida irmã, hoje iniciaremos nosso Terceiro En-

contro do Círculo Bíblico. Conti nuando nossa caminhada com Jesus e os discípulos de Emaús, buscaremos compreender que sentar à mesa com o Cristo e comungar do Seu Corpo e Sangue é comprometer-se seriamente em exercer a Caridade para com o próximo. Jesus “sempre se mostrou cheio de misericórdia pelos pequenos e pobres, pelos doentes e pecadores, colocando-se ao lado dos perseguidos e marginalizados”1. Igualmente, a Igreja nos suplica: “Dai-nos olhos para ver as neces-sidades e os sofrimentos dos nossos irmãos e irmãs; inspirai-nos palavras e ações para confortar os desanimados e oprimidos; fazei que, a exemplo de Cristo, e seguin-do o seu mandamento nos empenhemos lealmente no serviço a eles”2.

Recordemos que no iti nerário quaresmal a Igreja nos propôs a caminhada de uma conversão sobre as Políti cas Públicas em defesa do Bem Comum, pois anunciar o Evangelho da Paz é buscar a Justi ça e a Misericórdia segundo a vontade de Deus, aprendendo a fazer o bem, buscando o direito e a justi ça(Is 1,17).

� Canto de Aclamação ao Evangelho

1. MISSAL ROMANO. Oração Eucarísti ca VI-D: Jesus que passa fazendo o bem. 2. Idem.

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� Palavra de DeusLeitor – Leitura do Evangelho Segundo Lucas (Lc. 24,28-30)

Aproximando-se do povoado para onde iam, Jesus simulou que ia mais adian-te. Eles porém, insistiram, dizendo: “Permanece conosco, pois cai a tarde e o dia já declina”. Entrou então para ficar com eles. E, uma vez à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, depois partiu-o e deu-o a eles.

Palavra da SalvaçãoTodos: Glória a Vós Senhor!

� Para refletir - Partilha da PalavraAnimador: “(...) a Caridade se expressa no empenho e atuação política dos cris-

tãos e das comunidades eclesiais. “A caridade deve animar a existência inteira dos fiéis leigos e, consequentemente, também a sua atividade política vivida como ‘cari-dade social’.” (DCE, n.29 / DGAE n.107)

Leitor 1 – O “dia que declina” pode ser as situações de pecado que encontramos ao nosso redor. Num primeiro momento, o Senhor permanece conosco para “abrir nossos olhos” e enxergarmos essas situações. Que situações encontramos diaria-mente e que ferem a Caridade?

Leitor 2 – “À mesa com o Senhor”, somos chamados a ser testemunho vivo da Cari-dade nas nossas famílias, comunidades e Diocese. Sendo Igreja, como podemos nos empenhar diante das situações de miséria, desemprego, drogas, e tantas violência que nos afligem?

Leitor 3 – “As questões sociais, a defesa da vida e os desafios ecológicos da atual cultura urbana globalizada têm de ser enfrentados pelas nossas comunidades e tam-bém pelas Igrejas particulares (...)” (DGAE n. 104 ). Como comunidade, o que pode-mos realizar em relação à questão da corrupção e da degradação do meio ambiente?

Leitor 4 – E você? Tendo em vista que se senta à mesa com o Senhor e partilha da Palavra, que compromisso pode assumir para transformar sua família, a Igreja Doméstica, e ser presença do Cristo no seu lar?

� Orando pela vidaAnimador – Meditando a Palavra compreendemos que ser Igreja é ter um com-

promisso com os irmãos e irmãs, exercendo a Caridade não somente em palavras, mas, sobretudo com a Vida. Somos chamados a ser Igreja eucarística e não mera-mente ritualística.

Leitor 1 – Também como os Discípulos de Emaús, queremos nos sentar à mesa e assumir o compromisso profético de anunciar o Reino de Deus e denunciar tudo o

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que fere e mata a vida. Todos – Dai-nos olhos para ver as necessidades e os sofrimentos dos nossos

irmãos e irmãs. Leitor 2 – “Contemplar o Cristo sofredor na pessoa dos pobres significa compro-

meter-se com todos os que sofrem, buscando compreender as causas de seus flage-los, especialmente as que os jogam na exclusão. A ausência de sentido para a vida é fonte de grande sofrimento”(DGAE n. 110.).

Todos – Dai-nos olhos para ver as necessidades e os sofrimentos dos nossos irmãos e irmãs.

Leitor 3 – “A situação dos migrantes e refugiados preocupa a Igreja. Os fenômenos migratórios se desenvolvem pela busca de condições dignas de vida. Muitas vezes os migrantes saem à procura de possibilidades irreais e acabam desiludidos”(DGAE n. 111).

Todos – Dai-nos olhos para ver as necessidades e os sofrimentos dos nossos irmãos e irmãs.

� Oração final

� Canto final (Os Discípulos em Emaús)

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Quarto Encontro – Ação missionária: Batizados e enviados

“Então os dois contaram o que ti nham acontecido no cami-nho, como o ti nham reconhecido ao parti r o pão”. (Lc. 24,35).

� AcolhidaAnimador – Boas vindas! Chegamos ao últi mo

Círculo Bíblico. A parti r da página 17 está o “rotei-ro” da nossa Assembleia Paroquial. Vamos rezar e pedir a inspiração do Espírito Santo para que guie nossos corações nesta caminhada eclesial.

� Oração Inicial

� Canto Inicial

� Introdução ao TemaAnimador – Querido irmão, querida irmã, estamos iniciando o Quarto Encontro

do nosso Círculo Bíblico, com o tema da “Ação Missionária”, para nos ajudar a en-tender melhor e a discernir a vontade de Deus para nossa vida pessoal e comunitá-ria, através da sua Palavra. Que este encontro comunitário com a Palavra nos ajude também a responder com mais generosidade aos apelos que o Senhor vem fazendo à nossa Igreja no território da nossa Diocese, que compreende as nove cidades da Baixada Santi sta. São tantos desafi os e tão poucos os operários para esta messe!

Conti nuando a caminhada com Jesus e os Discípulos de Emaús, vamos ver que “o modelo para a nossa ação é, e sempre será, a comunidade dos primeiros cristãos, perse-verantes na escuta dos apóstolos na comunhão fraterna, na parti lha do pão, nas orações e na missão (At 2,42;8,4). Trata-se de uma novidade sempre anti ga, mas, ao mesmo tem-po, tão atual, que nos permite ti rar do tesouro coisas novas e velhas (Mt 13,52). A comu-nidade é o esti lo de vida cristã que desejamos incansavelmente realizar; é testemunho do Evangelho encarnado na história, encravado nas realidades, comprometi do com as dores e lutas dos homens e das mulheres, dos jovens, das crianças e dos idosos do nosso país, expressão de uma realidade nova: o Reino de Deus” (DGAE, 125).

Vamos recordar também que a Igreja está nos propondo a vivência de um Mês Missionário Extraordinário, a ser vivido em outubro próximo, que tem como tema “Bati zados e enviados: a Igreja de Cristo em Missão no mundo”. Em outubro tam-bém acontece o Sínodo Especial para a Amazônia, em que a Igreja dedica atenção de mãe e mestra na busca de repostas urgentes para a realidade missionária daque-

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les povos e comunidades. Como cristãos, somos herdeiros dessa missão deixada a nós por Jesus para que, através do nosso testemunho de alegre vida fraterna, esse mundo tão marcado pelo desencanto, pela falta de esperança possa encontrar em nossas comunidades a casa sempre aberta para acolher a todos.

� Canto de Aclamação ao Evangelho

� Palavra de DeusLeitor – Leitura do Evangelho Segundo Lucas (Lc. 24,28-35)Palavra da SalvaçãoTodos: Glória a Vós Senhor!

� Para refletir - Partilha da PalavraAnimador: Os Discípulos de Emaús, que são o símbolo da Comunidade dos Dis-

cípulos Missionários, alimentados pelo Pão, pela Palavra, pela Caridade, não conse-guem guardar para si a extraordinária experiência que transformou a vida desiludida em esperança, o medo em ousadia, a descrença em anúncio. Imediatamente, voltam para Jerusalém para anunciar o que tinham acabado de testemunhar. O que posso dizer do meu compromisso missionário assumido no Batismo: estou em casa desa-nimada, com medo, sem entender o que o Senhor está me falando? Ou estou “no caminho” com meus irmãos, ouvindo as Escrituras, alimentando minha fé na partilha do Pão, na caridade fraterna, no anúncio e no testemunho alegre da Boa Nova que transformou a minha vida?

Leitor 1 – “Onde Jesus nos envia? Não há fronteiras, não há limites: envia a todos” (ChV, n. 177). Por isso, cada comunidade cristã deve se empenhar em ser toda ela, e para sempre, comunidade missionária. Quer dizer, não viver só para si, não guardar só para si a novidade transformadora da Boa Nova do Reino de Deus. Devemos fazer chegar esta Boa Notícia a todas as pessoas, onde quer que elas se encontrem.

Estamos sendo verdadeiras comunidades de discípulos missionários na Baixada Santista, preocupadas em fazer com que as pessoas ao nosso redor conheçam e ex-perimentem a alegria verdadeira do encontro com Cristo? Ou há muitos obstáculos no caminho que não nos deixam sair de dentro das nossas igrejas?

Leitor 2 – Para nos ajudar a viver a missão em todo tempo e lugar – ser missão no meio da sociedade – o Papa Francisco nos dá umas dicas: “Temos de ter a “iniciativa de procurar as pessoas necessitadas da alegria da fé; o envolvimento com sua vida diária e seus desafios, tocando nelas a carne sofredora de Cristo; o acompanhamen-to paciente em seu caminho de crescimento na fé; o reconhecimento dos frutos,

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mesmo que imperfeitos; a alegria e a festa em cada pequena vitória” (EG, n. 24). Que realidades ao nosso redor estão a exigir de nós uma atenção especial como

comunidade de cristãos? Quem são os mais necessitados, carentes de bens materiais ou de sentido de vida, que clamam por nossa ajuda?

� Orando pela vidaAnimador – “A Igreja no Brasil, em sua ação evangelizadora, assume o compromis-

so de formar comunidades que vivam como Casa da Palavra, do Pão, da Caridade e da Ação Missionária. Nelas, as pessoas, movidas pelo Amor da Trindade Santa, vivenciam e testemunham a comunhão fraterna, como em família, entre amigos, irmãos na fé, companheiros de jornada nas estradas da vida, peregrinando rumo à Pátria Definitiva. Enquanto casa, as comunidades que queremos são espaço do encontro, da ternura e da solidariedade, o lugar da família e têm suas portas abertas” (DGAE, 129).

Todos – Como discípulos do Mestre Jesus, assumimos o compromisso de formar comunidades que vivam como Casa da Palavra, do Pão, da Caridade e da Ação Missionária.

Leitor 1 – Senhor Jesus, vós nos ensinastes que Deus é Pai e, portanto, somos todos filhos. Ensina-nos a ser comunidades de portas sempre abertas, capazes de acolher incondicionalmente todo irmão e toda irmã, em qualquer situação que se encontre, para que este testemunho de fraternidade se torne um sinal profético em meio à nossa sociedade tão individualista e tão preconceituosa.

Todos – Como discípulos do Mestre Jesus, assumimos o compromisso de formar comunidades que vivam como Casa da Palavra, do Pão, da Caridade e da Ação Missionária.

Leitor 2 – Senhor Jesus, vós nos ensinastes que Deus, nosso Pai, é misericordioso. Ensina-nos a ser comunidades-oásis de misericórdia no deserto da história, casa de oração profunda, de celebração do encontro com o Mistério que restaura a grandeza e a dignidade da vida, lugar daqueles que cuidam uns dos outros. Que possamos dei-xar de lado “toda burocratização que afasta, toda aparência de empresa que presta serviços religiosos, para caminhar apressadamente no compromisso de se transfor-mar em lugar de encontro com Deus” (DGAE, 132).

Todos – Como discípulos do Mestre Jesus, assumimos o compromisso de formar comunidades que vivam como Casa da Palavra, do Pão, da Caridade e da Ação Missionária.

Leitor 3 – Senhor Jesus, vós nos ensinastes que gestos e palavras de afeto, carinho e ternura são os meios mais eficazes para chegar ao coração cansado e desesperan-çado, devolvendo-lhe o vigor que faz retomar o caminho. Ensina-nos a sermos comu-nidades afetuosas, capazes de desenvolver profundo amor pelos irmãos, partilhar a vida com sinceridade. “Em um mundo de violência e ódios crescentes ... e a destrui-

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ção como resposta aos problemas, [que sejamos] comunidades eclesiais missioná-rias, através de relacionamentos fraternos profundos, iluminados pelo Evangelho, e [locais] de reconciliação, perdão e resiliência” (DGAE, 137).

Todos – Como discípulos do Mestre Jesus, assumimos o compromisso de formar comunidades que vivam como Casa da Palavra, do Pão, da Caridade e da Ação Missionária.

Leitor 4 – “As famílias constituem-se como sujeito fundamental da ação missio-nária da Igreja, lugar da iniciação à vida cristã. Animados pela vida comunitária, nas diversas realidades eclesiais, podem assumir o compromisso de alargar o horizonte do seu lar, ampliando as dimensões do coração, para acolher os irmãos e irmãs e formar Igrejas domésticas naquele espírito da comunidade primitiva” (DGAE, 140).

Senhor, vós quisestes nascer no seio de uma família para fazer morada entre nós. Nestes tempos, nossas famílias enfrentam duras batalhas, vindas de muitas frentes, que ameaçam a subsistência material, que afetam a saúde psicológica, que põem em risco o sentido da vida, do amor e da fraternidade. Ajuda-nos a ser famílias que se reúne para meditar a Palavra, rezar, partilhar o pão e a vida, casa sempre aberta para acolher a tua misericórdia que alarga o coração e nos leva ao encontro dos mais necessitados em nossa sociedade.

Todos – Como discípulos do Mestre Jesus, assumimos o compromisso de formar comunidades que vivam como Casa da Palavra, do Pão, da Caridade e da Ação Missionária.

� Oração Final

� Canto Final

Quero Ouvir Teu Apelo (Ir. Míria Kolling)

Quero ouvir teu apelo, Senhor, ao teu chamado de amor e responder.Na alegria te quero servir, e anunciar o teu reino de amor.E pelo mundo eu vou. Cantando o teu amor.Pois disponível estou para servir-te, Senhor.Dia a dia, tua graça me dás; nela se apoia o meu caminhar.Se estás ao meu lado, Senhor, o que, então, poderei eu temer?E pelo mundo eu vou. Cantando o teu amor.Pois disponível estou para servir-te, Senhor.

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Assembleia Paroquial de Pastoral 2019 (Roteiro)

� Ambientação (A Equipe de Acolhida já tenha preparado, an-

teriormente, o ambiente para a Assembleia, colo-cando em destaque um ambão com a Palavra de Deus, e outro ambiente com a vela, o documento das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023 – doc. 109 da CNBB, o Plano Diocesano de Evangelização da Diocese de Santos e outros elementos simbólicos que são importan-tes para a Comunidade).

� Canto Inicial

� Oração Inicial

� Acolhida(O Presidente da Assembleia dá as boas-vindas aos parti cipantes, explica a dinâ-

mica do encontro e são escolhidos os coordenadores e secretários dos grupos. Im-portante lembrar que o secretário fi cará responsável para colher as contribuições no Trabalho em Grupo e prover a síntese dessas contribuições. Cada paróquia deve enviar apenas uma síntese (com as respostas das 4 perguntas) para o Centro de Pastoral até o dia 9 de outubro, para o email: [email protected].

O Presidente da Assembleia apresenta o texto a seguir sobre as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, de D. Tarcísio Scaramussa,SDB, Bispo Diocesano de Santos).

� Texto para reflexão - As Novas DiretrizesAs Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), para o

quadriênio 2019 a 2023, indicam conti nuidade no caminho que a Igreja vem trilhan-do nos últi mos anos. Podemos falar em novas diretrizes porque destacam novos as-pectos e sensibilidades, como também representam um novo impulso no empenho missionário da Igreja.

Há algum tempo a Igreja vem percebendo transformações importantes no contex-to mundial. O Documento de Aparecida ressalta o processo globalizado de transfor-mação no mundo, e a nova realidade da urbanização que se afi rma como contexto

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social e cultural (cf. DAp. nn. 34 e 517). A Carta Apostólica de Bento XVI para o Ano da Fé (2011) reconhece que o Cristianismo não é mais o eixo articulador da cultura, que “profunda crise de fé atingiu muitas pessoas” ao romper-se “o tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados”, resultando na necessidade de “redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo” (Cf. PF, n. 2).

As novas diretrizes recordam ainda o grande desafio já indicado por Paulo VI na Exor-tação Apostólica sobre a Evangelização no Mundo Contemporâneo (1975): “Estratos da humanidade que se transformam: para a Igreja não se trata tanto de pregar o Evangelho a espaços geográficos cada vez mais vastos ou populações maiores em dimensões de massa, mas de chegar a atingir e como que a modificar pela força do Evangelho os crité-rios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em con-traste com a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação” (EN, n. 19).

À luz desse discernimento, o caminho proposto pelas novas diretrizes para evangelizar neste contexto marcado pela cultura urbana, com a qual precisamos dialogar, é o de promover e construir Comunidades Eclesiais Missionárias. O sentido de comunidade é ressaltado, também como forma para contrapor ao individualismo marcante desta cultura. Comunidade e missão são duas grandes referências que atravessam transversalmente todo o documento. O paradigma para a construção destas comunidades é a Casa, à semelhança das primeiras comunidades cristãs que se reuniam nas casas. “Casa, entendida como ‘lar’ para os seus habitantes, acentua as perspectivas pessoal, comunitária e social da evangelização, inserindo, no espírito da Laudato Sì, a perspectiva ambiental”, o cuidado com a casa comum.

Nestas comunidades eclesiais somos convidados a abraçar e vivenciar a missão “como escola de santidade” (Cf. DGAE, n. 4). Só será possível viver este paradigma com conversão pastoral.

As “urgências” das diretrizes anteriores transformam-se nestas novas diretrizes em “pilares”, como colunas que sustentavam a vida das primeiras comunidades que se reuniam nas casas, e “eram perseverantes no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42).

Os pilares foram assim constituídos:Palavra: iniciação à vida cristã e animação bíblicaPão: liturgia e espiritualidadeCaridade: serviço à vida plenaAção missionária: estado permanente de missão As novas diretrizes buscam a “energia escondida da Boa Nova, suscetível de impres-

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sionar profundamente a consciência dos homens”, colocando “a missão de Jesus no co-ração da Igreja” (Cf. DGAE, n. 9). Uma nova forma de expressar o Objetivo geral resume assim o caminho que a Igreja quer fazer para evangelizar no Brasil de hoje:

“Evangelizar no Brasil cada vez mais urbano, pelo anúncio da Palavra de Deus, formando discípulos e discípulas de Jesus Cristo, em comunidades eclesiais mis-sionárias, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, cuidando da casa comum e testemunhando o Reino de Deus rumo à plenitude”.

Este ano vamos traçar o novo Plano de Evangelização da Diocese. Como tem sido até aqui, as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil serão referência fundamental para o mesmo. Por isso, convido a todos para conhecerem profunda-mente este Documento, como iluminação para discernir o que o Espírito Santo quer de nossa Igreja neste momento.

D. Tarcísio Scaramussa,SDB, Bispo Diocesano de Santos

� Trabalho em GrupoSugestões de “Encaminhamentos práticos”OBS.: Para que as respostas sejam mais adequadas e estejam de acordo com o

que pede o Doc. 109, é importante que todos leiam, no Capítulo 4 – A Igreja em Mis-são, os “Encaminhamentos práticos” (ANEXO). Para melhor organização do trabalho, divide-se os participantes em 4 grupos e cada grupo fica responsável pela discussão e apresentação da síntese de um pilar.

As respostas (cada paróquia envia apenas a síntese dos grupos) devem ser envia-das em arquivo digital para o Centro de Pastoral até o dia 9 de outubro, pelo email: [email protected]

Pilar da Palavra: Iniciação à vida cristã e animação bíblica da vida e da pastoral (DGAE 2019-2023, n. 144 a 159)

Para refletir“A Igreja funda-se sobre a Palavra de Deus, nasce e vive dela. (...) O Povo de Deus

encontrou sempre nela sua força e, também hoje, a comunidade eclesial cresce na escuta, na celebração e no estudo da Palavra de Deus” (VD, n. 3). Essa centralidade da Palavra na vida das comunidades cristãs é fundamental para a identificação e con-figuração com a “Palavra [que] se fez carne” (Jo 1,14). Por isso, a Sagrada Escritura precisa estar sempre presente nos encontros, nas celebrações e nas mais variadas reuniões. (DGAE 2019-2023, n. 146)

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Pergunta Leia os “Encaminhamentos práticos” para o Pilar 1 (n. 150 a 159): Como colocar

em prática esses encaminhamentos?

Pilar do pão: Liturgia e espiritualidade (DGAE 2019-2023, n. 160 a 170)

Para refletir“A Eucaristia e a Palavra são elementos essenciais e insubstituíveis para a vida cris-

tã. Para que a comunidade de fé seja casa aberta para todos, exercendo o acolhimen-to ativo, a dinâmica da saída como conatural à sua existência, ela precisa se nutrir do essencial, daquele “Pão da vida” (Jo 6,35) que revigora para a caminhada rumo ao Reino definitivo. A Liturgia é o coração da comunidade. Ela remete ao Mistério e, a partir deste, ao compromisso fraterno e missionário” (DGAE 2019-2023, n. 160)

Pergunta Leia os “Encaminhamentos práticos” para o Pilar 2 (164 a 170): Como colocar em

prática esses encaminhamentos?

Pilar da Caridade: a serviço da vida (DGAE 2019-2023, n. 171 a 185)

Para refletir“Em atenção à Palavra de Jesus e ao ensinamento da Igreja, especialmente sua

doutrina social, que iluminam os critérios éticos e morais, nossas comunidades de-vem ser defensoras da vida desde a fecundação até o seu fim natural. A via humana e tudo que dela decorre e com ela colabora, precisa ser objeto da nossa atenção e do nosso cuidado: do nascituro ao idoso, da casa comum ao emprego, saúde e edu-cação. O cuidado para com os direitos humanos, as políticas públicas que sustentam a sua aplicação, hão de estar no horizonte da ação dos discípulos de Jesus, chamados a realizar as obras de misericórdia, tanto em âmbito pessoal, quanto comunitário e social.” (DGAE 2019-2023, n. 171)

Pergunta Leia os “Encaminhamentos práticos” para o Pilar 3 (174 a 185): Como colocar em

prática esses encaminhamentos?

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Pilar da Ação Missionária: estado permanente de missão (DGAE 2019-2023, n. 186 a 202)

Para refletir““Onde Jesus nos envia?” Não há fronteiras, não há limites: envia a todos (ChV n.

177). Deve ser meta das comunidades cristãs consolidar a mentalidade missionária. A missão é o paradigma de toda a ação eclesial. Ela, então, precisa ser assumida dessa forma (EG n. 15). Por isso, o Papa Francisco apresenta um modelo missionário para os nossos tempos: a iniciativa de procurar as pessoas necessitadas da alegria da fé; o envolvimento com sua vida diária e seus desafios, tocando nelas a carne so-fredora de Cristo; o acompanhamento paciente em seu caminho de crescimento na fé; o reconhecimento dos frutos, mesmo que imperfeitos; a alegria e a festa em cada pequena vitória” (EG n. 24) (DGAE 2019-2023, n. 186)

Pergunta Leia os “Encaminhamentos práticos” para o Pilar 4 (189 a 202): Como colocar em

prática esses encaminhamentos?

� Intervalo (A critério da assembleia)

� PlenárioApresentação das respostas dos grupos e, se necessário, escolha de um ou mais

“encaminhamentos práticos’ a serem assumidos pela Assembleia para serem desen-volvidos na paróquia nos próximos anos.

� Oração final

� Canto final

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� Oração Inicial (para todos os encontros)Animador: Estamos aqui reunidos em nome do Pai, do Filho e do Es-

pírito Santo. Amém!

Invoquemos o Espírito Santo.

Todos: Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silen-ciosa e forte palavra inspiradora; fechado a todas as ambições mesquinhas; alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da santa Igreja.

Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do se-nhor Jesus.

Um coração grande e forte para amar todos, para servir a todos, para sofrer por todos!

Um coração grande e forte para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa!

Um coração grande e forte, constante até o sacrifício, quando for necessá-rio!

Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir humilde, fiel e virilmente, a vontade do Pai. Amém.

(São Paulo VI)

Animador: Estamos vivendo o Ano Vocacional na nossa Igreja no Brasil, que nos convida a nos colocarmos em atitude de profunda escuta junto ao Mestre Jesus, para que possamos conhecer mais e melhor os apelos que ele quer nos fazer, a cada um em particular, e a nós, como comunidade de discípulos mis-sionários. Por isso, rezemos:

Todos: Jesus, Mestre Divino, que chamastes os apóstolos a vos seguirem, continuais a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas e continuai a repetir o convite a muitos dos nossos jovens. Dai coragem às pessoas convidadas. Dai força para que vos sejam fiéis na missão de apósto-los, leigos, sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, para o bem do Povo de Deus e de toda a humanidade. Amém!

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� Oração Final (para todos os encontros)

Animador: Virgem e Mãe, Maria, vós que, movida pelo Espírito, acolhestes o Verbo da Vida na profundidade de vossa fé humilde, to-talmente entregue ao Eterno, ajudai-nos a dizer nosso “sim” perante a urgência de fazer ressoar a Boa Nova de teu Filho Jesus.

Todos: (Oração do Mês Missionário Extraordinário 2019)Pai Nosso,O Teu Filho unigênito Jesus Cristo,Ressuscitado de entre os mortos,Confiou aos seus discípulos:“Ide e fazei discípulos todos os povos”.Recordai-nos que, pelo batismo,Tornamo-nos participantes da missão da Igreja.Pelos dons do Espírito Santo, concedei-nos a GraçaDe sermos testemunhas do Evangelho,Corajosos e vigilantes,Para que a missão confiada à Igreja,Ainda longe de estar realizada,Encontre novas e eficazes expressõesQue levem vida e luz ao mundo.Ajudai-nos, Pai Santo,A fazer com que todos os povos Possam encontrar-se com o amorE a misericórdia de Jesus Cristo,Ele que é Deus convosco, e vive e reinaNa unidade do Espírito Santo,Agora e para sempre,Amém.

Expediente: Elaboração: Equipe de Assessoria Pastoral (EAP). Diagramação: Assessoria de Comunicação da Diocese de Santos - www.diocesedesantos.com.brwww.facebook.com/diocesedesantos /// [email protected] - (13) 3228-8888

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� ANEXO - Cap. 4 - A Igreja em Missão (Encaminhamentos práticos)

4.2.1. Pilar da Palavra: iniciação à vida cristã e animação bíblica da vida e da pastoral

Encaminhamentos práticos

150. Assumir o caminho de iniciação à vida cristã, de inspiração catecumenal, com a necessária reformulação da estrutura paroquial, catequética e litúrgica, com especial atenção à catequese para a recepção e vivência dos sacramentos com crianças, jovens e adultos (sacramentos da iniciação cristã e demais).

151. Revisar, a partir dos desafios do mundo urbano, o dinamismo das comunidades eclesiais missionárias, possibilitando que o anúncio de Jesus Cristo transforme pes-soas, famílias, ambientes, instituições e estruturas sociais.

152. A apresentação de Jesus Cristo necessita ser cada vez mais explicitada, não podendo mais ser considerada como tranquila e vinculada aos mecanismos de inicia-ção sociocultural. Daí a importância da iniciação à vida cristã, a ser disponibilizada pela Igreja, tantas vezes quantas forem necessárias, inclusive para quem já tenha recebido os três sacramentos da iniciação cristã.

153. A comunicação e o anúncio da pessoa de Jesus Cristo não podem ser apenas teóricos. É indispensável possibilitar experiências concretas da vida eclesial a partir da dimensão de relacionamento fraterno (At 2,4- 5), diante de um contexto de forte indivi-dualização e consumo, inclusive do religioso.

154. Incentivar iniciativas ecumênicas de encontros fraternos e de formação bíblica em nossas comunidades.

155. Universalizar o acesso à Sagrada Escritura, assumindo-a como alma da missão (DV, n. 21). Cada pessoa não só deve ter uma Bíblia, como deve ser ajudada pela co-munidade a fazer dela fonte de estudo, oração, celebração e ação.

156. Priorizar pequenas comunidades eclesiais, ao redor da Bíblia, como fruto imedia-to da visitação missionária. Para tanto, é fundamental a formação de lideranças leigas que possam coordenar, com espírito de mobilização e de oração, essas comunidades.

157. Assumir a leitura orante da Palavra como o método por excelência para o contato, pessoal e comunitário, com a Sagrada Escritura.

158. Implantar centros de estudo sobre a Palavra de Deus em todas as realidades da vida eclesial, contando com o suporte dos cursos de teologia, dos seminários, das faculdades e universidades católicas.

159. Utilizar o potencial das redes sociais, desenvolver e difundir aplicativos, para que a Palavra alcance todas as pessoas em todas as situações.

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4.2.2. Pilar do Pão: liturgia e espiritualidadeEncaminhamentos práticos

164. Resgatar a centralidade do domingo como Dia do Senhor por meio da participa-ção na Missa Dominical ou, faltando essa, na Celebração da Palavra. Somente situa-ções excepcionais podem justificar a ausência nesse momento central da vivência da fé cristã. A assembleia eucarística é considerada “alma do domingo” (DD, n. 34 e cap. 3) e, não sem razão, entre os mandamentos da lei de Deus, está a guarda do Domingo e dos dias Santos e, razão pela qual, entre os mandamentos da Igreja, encontra-se o dever da participação na celebração eucarística nesse dia (CIgC, n.202; CIC, cân. 1246-1248).

165. Onde efetivamente não for possível celebrar a Eucaristia, realizam-se celebra-ções da Palavra de Deus, com os diáconos permanentes ou com ministros leigos devi-damente formados e instituídos. Importa que a comunidade não deixe de se reunir para celebrar o Dia do Senhor e os momentos importantes, tanto de alegria, quanto de dor e de esperança. Para tal, seja conhecido e valorizado o recente documento 108 da CNBB: Ministério e celebração da Palavra.

166. Incentivar a piedade popular, historicamente construída e enraizada, como cami-nho de aprofundamento da fé e não apenas realidade meramente, cultural ou folclórica. A fé simples e encarnada deve ser acolhida e iluminada pela Palavra de Deus e orien-tações da Igreja. Assim, garante-se não apenas a identidade católica, como também se evita sucumbir diante das pressões mercadológicas, com a criação artificial de de-voções.

167. Valorizar o canto litúrgico, o espaço sagrado e tudo que diz respeito ao belo como serviço à vida espiritual. Nesse sentido, incentive-se a comunhão entre as pastorais da Liturgia, da Catequese, da Cultura e da Arte Sacra.

168. Respeitar o ano litúrgico nas suas especificidades, tanto no conteúdo quanto na forma. Deve-se tomar grande cuidado com celebrações peculiares realizadas para atender necessidades e interesses individuais, sem relação alguma com o tempo li-túrgico em que ocorrem e que, por vezes, desfocam a importância da centralidade do Domingo e da participação na comunidade paroquial.

169. Zelar pela qualidade da homilia, cuidando para que a vida litúrgica lance raízes profundas na existência e na vida comunitária e social. “A homilia é o ponto de compa-ração para avaliar a proximidade e a capacidade de encontro de um Pastor com o seu povo. De fato, sabemos que os fiéis lhe dão muita importância; e, muitas vezes, tanto eles como os próprios ministros ordenados sofrem: uns a ouvir e os outros a pregar. É triste que assim seja” (EG, n. 35). 170. Reconhecer que o trabalho dos meios de comunicação social de inspiração católica é um dom de Deus para a Igreja no Brasil. Suas transmissões, sobretudo das missas, atingem um enorme contingente de fiéis que não podem ir às igrejas. Pela influência que exercem nas comunidades locais e por sua importância para a catequese e evangelização, que as missas televisionadas e transmitidas pelo rádio e pela internet, estejam em conformidade com as normas li-túrgicas e as orientações aprovadas e já divulgadas pela CNBB. A revisão das práticas litúrgicas, considerando a teologia e a eclesiologia do Concílio Vaticano II, poderá favo-recer um grande passo para a evangelização no Brasil. Que os responsáveis acolham

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o acompanhamento e a assessoria das Comissões Episcopais para a Liturgia e para a Comunicação, em vista da construção conjunta de uma linguagem litúrgica que garanta a unidade na diversidade.

4.2.3. Pilar da caridade: a serviço da vidaEncaminhamentos práticos

174. Promover a solidariedade com os sofredores nas grandes cidades como sinal privilegiado a interpelar e a permitir o diálogo com a mentalidade urbana. Enquanto a cidade tende ao individualismo que acaba por excluir, a vivência do Evangelho necessi-ta explicitamente gerar experiências de solidariedade e inclusão. Junto aos que sofrem, especialmente os que sequer têm direito à sobrevivência, a Igreja é chamada a repro-duzir a imagem do Bom Samaritano (Lc 10,25-37).

175. Priorizar as ações com as famílias e com os jovens, como resposta concreta aos sínodos da família (2014 e 2015) e da juventude (2018), para que, sustentados e animados pela comunidade de fé, possam ser sal e luz, mantendo viva a esperança do Reino. A ação pastoral junto às famílias e aos jovens deve estar presente em todas as comunidades, abrindo-se espaços para diferentes formas de vivência da mesma fé.

176. Aguçar a atenção às inúmeras (DAP, n. 65 e 402) e novas formas de sofrimento e exclusão, nem sempre acolhidas pela ação caritativa e sociotransformadora até então desenvolvida. É preciso ousar ainda mais e transformar o acolhimento e a fraternidade da vida de comunidade em apoio para a resiliência e o encontro de novos rumos para a vida.

177. Integrar o contato com a Palavra de Deus, lida pessoalmente e em comunidade, com os desafios que brotam do sofrimento humano, partilhando as experiências vividas. A partir da Palavra de Deus, os discípulos missionários são estimulados a compreender e enfrentar esta realidade como um desafio à vivência da fé, pois, em cada irmão que sofre, é o Senhor sofrendo nele.

178. Desenvolver grupos de apoio às vítimas da violência, nas suas mais variadas for-mas, de modo especial as agredidas pela dependência química, as que perderam entes queridos em razão da violência ostensiva e as que se veem tentadas a retirar a própria vida e a de inocentes que estão por nascer, bem como todos os atentados contra a vida.

179. Encorajar o laicato a continuar o empenho apostólico, inspirado na Doutrina So-cial da Igreja, pela transformação da realidade a partir do engajamento consciente em todas as realidades temporais: política partidária, pastorais sociais, mundo da educa-ção, conselhos de direitos, elaboração e acompanhamento de políticas públicas (CNBB, Doc. 107), o cuidado da natureza e todo o planeta, nossa Casa Comum. Continuar apoiando a organização do conselho do laicato nos níveis nacional, regional e local.

180. Contribuir para o resgate do espaço público da cidade como ágora e foro, lugar de encontro, convivência, deliberação e inclusão dos “não citadinos”, “meios citadinos” ou “resíduos urbanos”, de modo que se garanta para todos o direito de ser cidade (EG, n. 74-75).

181. Inserir na lista de prioridades das comunidades de fé o cuidado para com a Casa Comum, em sintonia com o magistério social do Papa Francisco. Na medida da necessi-dade, implantar a Pastoral da Ecologia, sob a égide da Ecologia Integral, que comporte

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um novo modo de estar e viver no mundo. 182. Apoiar e incentivar as pastorais da mobilidade humana em todas as esferas da

Igreja, com presença junto a migrantes, refugiados, grupos nômades (ciganos, povo do mar, circenses e rodoviários) e turistas entre outros. Em um mundo que está todo em movimento, a questão migratória deve ser encarada com ânimo renovado.

183. Assumir como prioridade a promoção da paz com a superação da violência em todas as suas formas. É fundamental reconhecer que os conflitos não se resolvem sim-plesmente com o acesso e o uso das armas. É preciso promover a justiça restaurativa como via para a prevenção e a diminuição do agravamento de conflitos.

184. Ser a voz dos que clamam por vida digna. A comunidade, Casa da Caridade a serviço da vida, não pode abdicar desta preocupação e desta responsabilidade. Terra, trabalho e teto são as três palavras chave, expressão das preocupações centrais do Papa Francisco com a situação dos excluídos do mundo contemporâneo.

185. Firmar e fortalecer, a partir da identidade cristã, as iniciativas de diálogo ecumê-nico e inter-religioso, empenhados na defesa dos direitos humanos e na promoção de uma cultura de paz e “caminhar decididamente para formas comuns de anúncio, de serviço e de testemunho” (EG, n. 246).

4.2.4. Pilar da Ação Missionária: estado permanente de missãoEncaminhamentos práticos

189. Investir em comunidades que se auto compreendam como missionárias, em es-tado permanente de missão, indo além de uma pastoral de manutenção e se abrindo a uma autêntica conversão pastoral (DAp, n. 366 e 370). Novos lugares, novos horários, linguagem renovada e pastoral adequada às novas demandas da população são algu-mas características das respostas esperadas.

190. Acompanhar de perto a realidade urbana com a criação de observatórios ou or-ganismos semelhantes que percebam os ritmos de vida das cidades, suas tendências e alterações.

191. Desenvolver os projetos de visitas missionárias a áreas e ambientes mais distan-ciados da vida da Igreja. Estabelecer um cronograma de visitas, de modo que se possa acompanhar o amadurecimento das pessoas e estimular a formação de novas comu-nidades, sempre alicerçadas na Palavra, no Pão e na Caridade. Evitar realizar visitas únicas ou pontuais, destinadas apenas a apresentar a realidade eclesial já existente.

192. Favorecer a missão e a comunhão pastoral entre as Igrejas que atuam nas gran-des metrópoles brasileiras. Estabelecer caminhos para a troca de experiência, reunindo bispos, mas também agentes de pastoral que lidam especialmente com os aspectos mais desafiadores.

193. Dinamizar ainda mais as ações ad gentes com o intercâmbio além-fronteiras de discípulos e o revigoramento da experiência das Igrejas-Irmãs. Precisamos fortalecer a consciência missionária de tal modo que a missão ad gentes seja aprofundada, assumi-da e fortalecida nas Igrejas particulares e também em nível regional e nacional por meio

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de gestos concretos como oração, ajuda financeira, envio de missionários e atenção especial aos que retornam.

194. Considerar uma prioridade pastoral histórica o investimento de tempo energia e recursos com os jovens. Formar acompanhadores de jovens, promover missões juvenis em vista da renovação de experiências de fé e de projetos vocacionais e abrir espaços para que os jovens criem novas formas de missão, por exemplo, nas redes sociais (ChV, n. 240, 241 e 246).

195. Investir na presença nos Meios de Comunicação Social, especialmente nas redes sociais, deve ser um constante desafio aceito pelas comunidades e vivenciado de modo testemunhal e missionário. As redes sociais “constituem uma extraordinária oportuni-dade de diálogo, encontro e intercâmbio entre as pessoas. A web e as redes sociais criaram uma nova maneira de comunicar-se”. Como ponto de partida para falar sobre Jesus Cristo, elas devem apresentar a vida e o sentimento de pessoas e comunidades cristãs que, diante das intolerâncias e da ausência de fraternidade, sejam uma luz para todos que as acessem.

196. Valorizar, urgentemente, como espaços missionários os hospitais, as escolas e as universidades, o mundo da cultura e das ciências, os presídios e outros lugares de detenção. Em espaços assim, a presença fraterna e orante é o ponto de partida para o anúncio e a formação de comunidades.

197. Priorizar a pessoa como objetivo da ação missionária. A Cultura do Encontro deve ser o pano de fundo para a missão permanente. Percursos de acompanhamento espiritual, que contemplem cada pessoa na sua individualidade, buscando sair da lógica das massas para entrar na dinâmica do Mestre, que se põe a caminho para estar com os desanimados discípulos que voltavam para Emaús (Lc 24, 13-35), escutando suas angústias e oferecendo-lhes a luz da Palavra e da Eucaristia, são também caminhos de uma autêntica missão.

198. Implantar e aperfeiçoar os Conselhos Missionários em todos os níveis (paróquia, diocese e regional) deve ser uma meta perseguida por toda a Igreja no Brasil. Esses Conselhos sejam animadores e articuladores da acolhida e presença do espírito mis-sionário em nossas comunidades por meio da programação, execução e revisão das ações missionárias (RM, n. 84).

199. “Promover as Pontifícias Obras Missionárias, organismo oficial da Igreja Católica, que trabalha para intensificar a animação, formação e cooperação missionária e tem como objetivo ‘promover o espírito missionário universal do Povo de Deus’”.

200. Acolher e concretizar as prioridades e projetos do Programa Missionário Nacional: formação, animação missionária, missão ad gentes e compromisso social e profético.

201. Olhar a Amazônia como um dom de Deus e, por isso mesmo, como uma res-ponsabilidade para todos os brasileiros, mais imediata para os que lá se encontram, na certeza, porém, de que somos todos corresponsáveis.

202. Valorizar a dimensão mariana e outras formas de piedade popular na evangeli-zação e missionariedade da Igreja, considerando que Maria foi a primeira missionária, que animou os discípulos na comunidade primitiva, com sua presença, fé e esperança.

(Fonte: DGAE 2019-2023 - Doc. 109 CNBB)