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916 Diorio do Republica. J.' serie- X" 44- 1 de marco de 2012 Kl:\iIAU AU IUNUMA UU:l AyUKl::l Assembleia Legislativa Decreto Legislativo Regional n.· 7/2012/A Regime juridico da lnstalacao, exploracao e funcionamento dos empreendimentos turfsticos Conforme consagra 0 Programa do X Governo Regio- nal dos Acores, 0 desenvolvimento do sector do turismo deve ser norteado pela oportunidade de se promover 0 emprego, 0 crescimento convergente e 0 equil ibrio das contas externas, numa 16gicade respeito pela sustentabi- lidade do sector. Por isso, no ambito do reforco da sustentabilidade do sector do turismo e incremento da sua importancia na estrutura econornica da Regiao. 0 Governo Regional dos Acores tem promovido 0 apoio a unidades hoteleiras que qualifiquem a oferta da ilha onde se encontram e que va- lorizem a proposta do destino Acores, Acresce a essa dinamica que as melhores praticas para uma adrninistracao regional autonorna moderna e inclusiva impoem novas cxigencias e desafios, tanto aos interven- tores publicos como it iniciativa privada da Rcgiao, atra- ves da consequente responsabilizacao do ernpresario pela concretizacao do investimento. E neste enquadramento que 0 presente diploma visa regular e disciplinar a oferta de alojamento turistico na Rcgiao. Trata-se de uma iniciativa inovadora no ordenamento juridico regional regulador do sector do turismo, indo ao encontro das especificidades regionais, par forma a torna-lo mais eficaz, na prossecucao das politicas de desenvolvi- mento do alojamento turistico no arquipelago. Entre as principais preocupacoes destediploma destacam- -se as caracterfsticas dos empreendimentos de turismo no esparto rural e empreendimentos de turismo de natureza, bem como 0 nivel de intervencao da administracao regio-

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916 Diorio do Republica. J.' serie- X" 44- 1 de marco de 2012

Kl:\iIAU AU IUNUMA UU:l AyUKl::l

Assembleia Legislativa

Decreto Legislativo Regional n.· 7/2012/A

Regime juridico da lnstalacao, exploracao e funcionamentodos empreendimentos turfsticos

Con forme consagra 0 Programa do X Governo Regio­nal dos Acores, 0 desenvolvimento do sector do turismodeve ser norteado pela oportunidade de se promover 0

emprego, 0 crescimento convergente e 0 equil ibrio dascontas externas, numa 16gicade respeito pela sustentabi­lidade do sector.

Por isso, no ambito do reforco da sustentabilidade dosector do turismo e incremento da sua importancia naestrutura econornica da Regiao. 0 Governo Regional dosAcores tem promovido 0 apoio a unidades hoteleiras quequalifiquem a oferta da ilha onde se encontram e que va­lorizem a proposta do destino Acores,

Acresce a essa dinamica que as melhores praticas parauma adrninistracao regional autonorna moderna e inclusivaimpoem novas cxigencias e desafios, tanto aos interven­tores publicos como it iniciativa privada da Rcgiao, atra­ves da consequente responsabilizacao do ernpresario pelaconcretizacao do investimento.

Eneste enquadramento que 0 presente diploma visaregular e disciplinar a oferta de alojamento turistico naRcgiao.

Trata-se de uma iniciativa inovadora no ordenamentojuridico regional regulador do sector do turismo, indo aoencontro das especificidades regionais, par forma a torna-lomais eficaz, na prossecucao das politicas de desenvolvi­mento do alojamento turistico no arquipelago.

Entre asprincipais preocupacoes destediploma destacam­-se as caracterfsticas dos empreendimentos de turismo noesparto rural e empreendimentos de turismo de natureza,bem como 0 nivel de intervencao da administracao regio-

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Diorio do Republica. J. 'serie-X." 44- 1 de marco de 2012

nal nos procedimentos relativosas operacces urbanfsticasdos empreendimentos de turismo e a respetiva tutela paradeterminar a classificacao oficial dos empreendimentosturfsticos e gerir 0 sistema de gestae das capacidades rna­ximas da oferta de alojamento turistico nos Acores,

Assim, a Assembleia Legislativa da Regiao Aut6nomados Acores decreta, nos tenmos da alinea a) do n." 1 doartigo 227,° da Constituicao da Republica, do n." 1 doartigo 37,° e daalineac) do n." 2 do artigo 55,° do EstatutoPolitico-Administrativo da Regiao Aut6noma dos Acores,o scguinte:

CAPiTULO I

Disposicoes gerais

Artigo 1.0

Objeto

o presente diploma estabelece 0 regime juridico dainstalacao, exploracao e funcionamento dos empreendi­mentos turfsticos.

Artigo 2,°

Defini~oes

1 - Para efeitos do presente diploma, considera-se:

a) «Services de alojamento turistico» a oferta ao publicoem geral da locacao, por periodos inferiores a 30 dias, deum im6vel ou fracao deste, adequadamente mobilado eequipado para dormida;

h) «Empreendimentos turisticos» os estabelecimentosque se destinam a prestar services de alojamento turistico,mediante remuneracao, dispondo, para 0 seu funciona­mento, de um adequado conjunto de estruturas, equipa­mentos e servicos complementares, segundo as tipologiasprevistas no presente diploma;

c) «Alojamento local» a prestacao de services de aloja­menta turfstico em quartos no domicflio do locador, bemcomo em moradias, apartamentos ou estabelecimentos dehospedagem, com autorizacao de utilizacao habitacionale sem as requisitos indispcnsaveis asua integracao numadas tipologias de empreendimento turistico;

Ii) «Estabelecimentos hoteleiros» os empreendimentosturfsticos destinados a proporcionar alojamento turfsticoe outros services acess6rios ou de apoio, com ou sem for­necimento de refeicoes e vocacionados para uma locacaodiaria;

e) «Aldeamentos turisticos» os empreendimentos turfs­ticos constitufdospor um conjuntode instalacoes funcio­nalmente interdependentes com expressao arquitet6nicacoerente, situadas em espacos com continuidade territorial,aindaque atravessados por estradas ou caminhos munici­pais, linhas de agua e faixas de terreno afetas a funcoes deprotecao e conservacao de recursos naturais, destinados aproporcionar alojamento turfstico e servicos complemen­tares de apoio a turistas;

f) «Apartamentos turisticos» os empreendimentos turfs­ticos constitufdos por um conjunto coerente de unidadesde alojamento, mobiladas e equipadas, que se destinem aproporcionar alojamento turfstico e outros servicos com­plementares e de apoio a turistas;

g) «Conjuntos turisticos» os empreendimentos turisticosconstituidos por nucleos de instalacoes funcionalmenteinterdependentes, situados em espacos com continuidade

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territorial. ainda que atravessados por estradas ou cami­nhos municipais, linhas de agua e faixas de terreno afetasa funcoes de protecao e conservacao de recursos naturais,destinados a proporcionar alojamento turfstico e servicoscomplementares de apoio a turistas. sujeitos a umaadmi­nistracao comum de services partilhados e de equipamen­tos de utilizacao comum, que integrem pelo menos doisempreendimentos turisticos, sendo obrigatoriamente umdeles um estabelecimento hoteleiro de 5 ou 4 estrclas. umequipamento de animacao autonorno e umestabelecimentode restauracao;

h) «Empreendimentos de turismo de habitacao: os es­tabelecimentos de natureza familiar instalados em im6veisantigos particulares que, pelo seu valor arquitetonico. his­t6rico ou artistico, sejam representativos de umadetermi­nada epoca, nomeadamente palacios e solares, podendolocalizar-se em espacos rurais ou urbanos;

i) «Empreendimentos de turismo no espaco rural» osestabelecimentos que se destinam a prestar, em espacosrurais, servicos de alojamento a turistas, dispondo para 0

seu funcionamento de um adequado conjunto de instala­coes, estruturas, equipamentos e servicos complementares,tendo em vista a oferta de um produto turistico completoe diversificado no espaco rural;

j) «Espaco rural» os espacos com ligacao tradicionale significativa a agricultura ou ambiente e paisagem decarater vincadamente rural;

k) «Parques de campismo e de caravanismo» os em­preendimentos instalados em terrenos devidamente de­limitados e dotados de estruturas destinadas a penmitir ainstalacao detendas, reboques, caravanas ouautocaravanase demais material e equipamento necessaries apratica docampismo e do caravanismo;

I) «Empreendimentos turisticos em propriedade plural»aqueles que compreendem lotes e ou fracoes aut6nomasde um ou mais ediffcios;

m) «Normas de Execucao do POTRAA» as Normas deExecucao do Plano de Ordenamento Turistico da RegiaoAutonoma dos Acores (POTRAA), aprovadas pelo DecretoLegislativo Regional n." 38/2008/A, de 11 de agosto;

n) «Dotacao de camas» 0 nurnero maximo de camasde empreendimentos turisticos que podem ser instala­das e exploradas em cada ilha dos Acores nos termos doPOTRAA;

0) «Bolsa de camas» 0 numero de camas que pode seradicionado a dotacao de camas de cada ilha;

p) «Cativacao de camas» 0 ato administrativo do diretorregional competente em materia de turismo pelo qual umdeterminado numero de camas e afeto a um empreendi­menta turistico novo au existente, com a consequentealteracao da respetiva dotacao e ou bolsa de camas, con­ferindo ao promotor do projeto do empreendimento umdireito asua utilizacao exclusivamente para a execucaodo projeto apreciado;

q) «Projeto do ernpreendimento: 0 conjunto de pecasescritas e desenhadas respeitantes a um empreendimentoturistico, suscetiveis de ser admitidas e apreciadas emqualquer dos tipos de procedimento de controlo previo:

r) «Controlo previa» 0 conjunto de procedimentos ad­ministrativos regulados no RJU E e no presente diploma,com vista ao controlo previo de operacoes urbanfsticas;

s) «RJUE» a designacao abreviada do Regime Juridicoda Urbanizacao e Edificacao, 0 qual compreende as normasdo Decreto-Lei n." 555/99, de 16 de dezcmbro. alterado erepublicado pelo Decreto-Lei n." 26/20 I0, de 30 de rnarco ,

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alterado pela Lei n." 28/2010, de 2 de setembra, seus re­gulamentos, na respet iva aplicacao a Regiao Autonomados Acores,

2 - NaG se consideram empreendimentos turisticos,para efeitos do presente diploma, as instalacoes ou esta­belecimentos que, embora destinados a praporcionar alo­jamento turtstico, sejam explorados sem intuito lucrativoou para fins exclusivarnente de solidariedade social e cujafrequencia seja restrita a grupos limitados.

Artigo 3.°

Reserva da exploraeao de alojamento turistico

as services de alojamento turistico so podem ser pres­tados em empreendimentos turisticos e no alojamentolocal.

Artigo 4.°

Alojamento local

1 - as estabelecimentos de alojamento local devemrespeitar as requisitos mfnimos de seguranca e higienedefinidos por portaria do membra do Governo Regionalresponsavel pela area do turismo.

2 - Apenas 0 alojamento local registado na direcaoregional competente em materia de turismo pode ser co­mercializado para fins de alojamento turistico, diretamentepor quem 0 explore ou atraves de agencias de viagens eturismo.

3 - as meios de alojamento a que se refere este artigodevem identificar-se como alojamento local, nao podendo,em caso algum, utilizar para 0 efeito expressoes como«turismo», «turistico», «rural» e ou «natureza», nem ou­tras que sejam proprias de um sistema de classificacao ouqualificacao oficiais ou com estas facilmente confundiveis.

CAPiTULO II

Empreendimentos furisticos

SEc<;:Ao I

Tipologias

Artigo 5.°

Tfpologias de empreendimentos turisticos

1 - as empreendimentos turisticos podem ser integra-dos num dos seguintes tipos:

a) Estabelecimentos hoteleiras;h) Aldeamentos turisticos;c) Apartamentos turisticos;Ii) Conjuntos turisticos;e) Empreendimentos de turismo de habitacao;f) Empreendimentos de turismo no espaco rural;g) Parques de campismo e de caravanismo.

2 - as requisitos especificos da instalacao, classifi­cacao e funcionamento de cada tipo de empreendimentoturistico referido no numero anterior sao definidos porportaria do membra do Governo Regional responsavelpela area do turismo.

Diorio do Republica. J.' serie- X" 44- 1 de marco de 2012

SEc<;:Ao II

Requisitos comuns

Artigo 6.°

Requisitos de localtzacao

1 - E interdita a instalacao de empreendimentos tu­risticos na praximidade de estruturas urbanas degradadasou de industrias, atividades ou locais perigosos, para aspessoas ou bens, insalubres. poluentes, ruidosos ou inc6­mod os, bem como em locais onde se preveja a instalacaode tais atividadesou estruturas. em instrumento de gestaeterritorial em vigor, ou onde nao existam ou nao estejamprevistas vias de acesso adequadas.

2 - Sempre que 0 tipo e dimensao do empreendimentoojustifiquem, deve estar garantida a proximidade suficientede services hospitalares ou de assistencia medica.

Artigo 7.°

lInidades de alojamento

1 - Unidade de alojamento e 0 espaco delimitado des­tinado ao uso exclusivo e privativo do utente do empre­endimento turfstico.

2 - As unidades de alojamento podem ser quartos,suites, apartamentos ou moradias, consoante 0 tipo deempreendimento turfstico.

3 - Emtodasas unidades de alojamento, os quartos ternuma ocupacao maxima de quatro pessoas, considerandourn maximo de tres camas fixas.

4 - Todos os empreendimentos turisticos, com excecaodos previstos nasalineas e) ej) do n." I do artigo 5.°,devemdispor de instalacoes, equipamentos e, pelo menos, de umaunidade de alojamento que penmitam a sua utilizacao porutentes com mobilidade condicionada.

Artigo 8.°

Capacidade

1 - A capacidade dos empreendimentos turisticos edeterminada pelo numero maximo de camas fixas e con­vertiveis instaladas nas unidades de alojamento.

2 - Nas unidades de alojamento podem ser instaladascamas convertfveis ou suplementares amoviveis. nos ter­mos a fixar na portaria mencionada no n." 2 do artigo 5.°

3 -A capacidade dos parques de campismo e de ca­ravanismo e detenminada pela area util destinada a cadautilizador, de acordo com 0 estabelecido na portaria pre­vista no n." 2 do artigo 5.°

Artigo 9.°

Equipamentos de uso comum

as requisitos dos equipamentos de uso comum queintegram os empreendimentos turisticos, com excecaodos requisitos de seguranca, sao definidos por portariado membra do Governo Regional responsavel pela areado turismo.

Artigo 10.°

Estabelecimentos comerciais ou de prestacao de services

Nos empreendimentos turisticos podem instalar-se esta­belecimentos comerciais ou de prestacao de servicos desdeque 0 seu numero e localizacao nao afetem a funcao e autilizacao das areas de uso comum.

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SEc<;:Ao III

Requisitos especificos

Artigo 11,°

Grupos de estabelecimentos hoteleiros

Os estabelecimentos hoteleiros podem ser classificadosnos seguintes grupos:

a) Hotels;h) Pousadas, quando instalados em imoveis classificados

como monumentos nacionais ou regionais, ou de interessepublico regional ou municipal, ou em edificios que, pelasua antiguidade, valor arquitetonico e historico, sejamrepresentativos de uma determinada epoca,

Artigo 12,°

Condi~oes de instala~ao

1 - Os estabelecimentos hoteleiros devem dispor, nominimo, de 10 unidades de alojamento.

2 - Os estabelecimentos hoteleiros podem ocupar umaparte independente de um edificio, constituida por pisoscompletos e contiguos, ou a totalidade de um ou maisediffcios inseridos num conjunto de espacos contiguos.apresentando expressao arquitetonica e caracteristicasfuncionais coerentes.

3 - Num mesmo edificio podem ser instalados estabe­lecimentos hoteleiros de diferentes categorias.

Artigo 13,°

Requisitos dos aldeamentos turisticos

1- Os edificios que integrem os aldeamentos turisticosnao podem exceder tres pisos, incluindo 0 res-do-chao, semprejuizo do disposto em instrumentos de gestae territorialaplicaveis ou alvaras de !oteamento validos e eficazes nostermos da lei, quando estes estipularem numero inferiorde pisos,

2 - Os aldeamentos turisticos devem dispor, no mi­nimo, de sete unidades de alojamento e, para alem dosrequisitos gerais de instalacao, das infraestruturas e equi­pamentos a regulamentar na portaria mencionada no n." 2do artigo 5,°

Artigo 14,°

Requisitos dos apartamentos turisticos

1 - Os apartamentos turisticos podem ocupar parte deum edificio, constituida por pisos completos e contiguos,e ou a totalidade de um ou mais ediffcios inseridos numespaco identificavel, apresentando expressao arquitet6nicae caracterfsticas funcionais coerentes.

2 - Os apartamentos turisticos devem dispor, no mi­nimo, de seis unidades de alojamento, salvo no caso deaproveitamento de construcoes existentes, situadas emnucleo urbano e cujo valor arquitetonico seja reconhecidopela direcao regional competente em materia de cultura,em que pode ser autorizado um numero inferior de uni­dades de alojamento, somente para empreendimentos de4 ou mais estrelas, mediante despacho do diretor regionalcompetente em materia de turismo.

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Artigo 15,°

Componentes dos conjuntos turisticos

1 - Consideram-se equipamentos de animacao auto-nomos dos conjuntos turisticos, nomeadamente:

a) Campos de golfe;h) Marinas, portos e docas de recreio;c) lnstalacoes de spa, balneoterapia e talassoterapia e

outras semelhantes;d) Hipodrornos e centros equestres;e) Casinos;f) Parques tematicos;g) Centros e escolas de mergulho.

2 - Um estabelecimento de restauracao pode ser parteintegrante de um dos empreendimentos turfsticos que in­tegram 0 conjunto turfstico.

3 - Sem prejuizo do disposto no n." 6 e no artigo 10,°,nos conjuntos turfsticos so podem instalar-se empreendi­mentos turfsticos.

4 - Podem ser instalados num conjunto turfstico em­preendimentos turfsticos de diferentes categorias.

5 - Quando instalados em conjuntos turisticos, os al­deamentos turfsticos consideram-se sempre situados emespacos com continuidade territorial.

6 - Podem instalar-se, em conjuntos turisticos, edifi­cios autonornos, de carater unifamiliar, des de que:

a) A exploracao turistica dessas unidades de alojamentoseja assegurada pela entidade exploradora de um dos em­preendimentos turfsticos do conj unto turfstico;

h) Sejam cumpridos os requisitos de instalacao e de ser­vice obrigatorios exigidos para as unidades de alojamentodos aldeamentos turisticos com a categoria de 4 estrelas,

Artigo 16,°

lInidades de alojamento dos empreendimentosde turismo de habitacao

Nos empreendimentos de turismo de habitacao, 0 nu­mero maximo de unidades de alojamento destinadas ahospedes e de 15,

Artigo 17,°

Empreendimentos de turismo no espaco rural

1 - Os empreendimentos de turismo no espaco ruralpodem ser classificados nos seguintes grupos:

a) Casas de campo;h) Agroturismo;c) Hoteis rurais;d) Alojamento rural,

2 - Os empreendimentos de turismo no espaco ruralprevistos no numero anterior, exceto a sua alinea d), devemintegrar-se nos locais onde se situam de modo a preservar,recuperar e valorizar 0 patrimonio arquitetonico, historico,natural e paisagfstico das respetivas regioes, atraves darecuperacao de construcces tradicionais cxistcntes. da suareconstrucao, reabilitacao ou da sua ampliacao, devendoser assegurada a sua integracao na envolvente.

3 - Sao casas de campo os imoveis situados em aglo­merados rurais ou espacos rurais e que se integrem, pelasua traca, materiais de construcao e demais caractetisticas.na arquitetura tipica local,

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4 - Quando cinco ou mais casas de campo se situemnum aglomerado rural, numa relacao de praximidade, esejam exploradas duma forma integrada, por uma unicacntidade. sao consideradas como «turismo de aldeia»,

5 - Sao empreendimentos de agroturismo as im6veissituados em exploracoes agricolas que permitam aos has­pedes 0 acompanhamento e conhecimento da atividadeagricola, ou a panicipacao nos trabalhos ai desenvolvidos,de acordo com as regras estabelecidas pelo seu respon­savel.

6 - Sao hoteis rurais os estabelecimentos hoteleirassituados em espacos ou aglomerados rurais que, pela suatraca arquitet6nica e materiais de construcao, respeitemas caracteristicas dominantes da localidade onde estaoimplantados.

7 - Nos empreendimentos previstos nas alineas a) eh) do n." 1, 0 numero maximo de unidades de alojamentodestinadas a haspedes e de 15.

8 - Nos hoteis rurais, admite-se a construcao de edi­ficios complementares, nos tenmos a fixar por portaria domembra do Governo Regional responsavel pela area doturismo.

9 - Quando urnempreendimento nao se mostre en qua­dravel em qualquer dos tipos de empreendimentos turisti­cos previstos no n." 1 do artigo 5.°, pode a direcao regionalcompetente em materia de turismo propor ao membrado Governo Regional responsavel pela area do turismoa classificacao de tal empreendimento como alojamentorural, quando se demonstre a sua adequada integracao napaisagem rural, a qualidade das instalacoes. bem comoo cumprimento de outros indicadores a estabelecer emportaria daquele membra do Governo Regional.

Artigo 18.°

Zona de proteeao

1 - as empreendimentos de turismo no espaco rurale os empreendimentos de turismo de habitacao, quandolocalizados ou a implantar fora de zonas urbanas ou urba­nizaveis, beneficiam duma zona de protecao definida porurnraio de 100 m, contado dos limites externos de qualqueredificio afeto a alojamento de hospedes,

2 - Na zona de protecao sao interditas as atividades quepossam afetar a tranquilidade e bem-estar dos hospedes,

Artigo 19.°

Parques de campismo e de caravanisrno

1 - as parques de campismo e de caravanismo podemser publicos ou privativos, consoante se destinem ao pu­blico em geral ou apenas aos associados ou beneficiariosdas respetivas entidades proprietarias ou exploradoras.

2 - as parques de campismo e de caravanismo po­dem destinar-se exclusivamente a instalacao de um tipoespecifico de equipamento, adotando a correspondentedesignacao.

3 - Nos parques de campismo e de caravanismo podemexistir instalacoes de carater complementar destinadas aalojamento desdequenao ultrapassem 25% daarea totaldoparque destinada aos campistas, nos termos a regulamentarna portaria previstano n." 2 do artigo 5.°

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CAPiTULO III

Turismo de natureza

Artigo 20.°

Turismo de natureza

Os empreendimentos turfsticos situados em areasclas­sificadas ou outras com val ores naturais, dispondo de umconjunto de instalacoes. estruturas, equipamentos e servi­cos complementares relacionados com a animacao ambien­tal, a visitacao de areas naturais, 0 des porto de natureza e ainterpretacao ambiental, podem obter a qualificacao oficialde «turismo de natureza», mediantedespachodo membrado Governo Regional competente em materia de turismo,com observancia dos criterios definidos porportaria con­junta dos membras do Governo Regional competentes emmateria de turismo e de ambiente.

CAPiTULO IV

Operacoes urbanisticas respeitantesa empreendimentos turisticos

SEc<;:Ao I

Ccrnpetencias adminislralivas

Artigo 21.°

Competencias da Admhustraeao Regional

I - Incumbe adirecao regional competente em materiade turismo a aplicacao das nonmas do presente diploma,relativamente aos empreendimentos turfsticos referidos non." 1 do artigo 5.°, bem como:

a) Intervir, nos tenmos da lei, na elaboracao de instru­mentos de gestae territorial;

h) Emitir parecer sobre as operacoes de loteamentoque envolvam empreendimentos tunsticos, limitado aarea destes, exceto quando tais operacoes se localizemem zona abrangida por plano de ponmenor em que tenhatido intervencao;

c) Aplicar 0 disposto no capitulo XI a cada pedido ouprojeto que thesejasubmetido, desde querelacionado comempreendimentos turfsticos;

d) Fixar a capacidade maxima, atribuir a classificacao eapravar 0 nome dos empreendimentos turfsticos.

2 - Ao parecer referido naalineah)do numero anterioraplica-se 0 disposto no artigo 27.°, com as necessariasadaptacoes.

Artigo 22.°

Competencias dos orgaos municipais

1 - Em materia de operacoes urbanfsticas relativas aempreendimentos turisticos, os orgaos municipais exercemas competencias atribuidas pelo RJUE, com as especifici­dades constantes do presente diploma.

2 - Compete aindaacamara municipal exercer as se­guintes cornpetencias especialmente previstas no presentediploma:

a) Fixar a capacidade maxima e atribuir a classificacaodos empreendimentos de turismo de habitacao;

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h) Fixar a capacidade maxima e atribuir a classificacaodos empreendimentos de turismo no esparto rural, comexcecao dos hoteis rurais;

c) Fixar a capacidade maxima e atribuir a classificacaodos parques de campismo e de caravanismo.

SEc<;:Ao II

Disposi~oes gerais

Artigo 23,°

Regime aplicavel

1 - Os procedimentos respeitantes a operacoes urba­nfsticas relacionadas com empreendimentos turfsticos saoregulados pelo RJUE, sem prejuizo das especificidadesconstantes do presente diploma e respetiva regulamentacao,

2 - 0 pedido de licenciamento e a apresentacao dacomunicacao previa de operacces urbanfsticas relativasainstalacao dos empreendimentos turfsticos deve ser ins­truido nos termos do RJUE e ainda com os elementosconstantes de portaria do membro do Governo Regionalresponsavel pela area do turismo, devendo 0 interessadoindicar no pedido 0 tipo de empreendimento, bem comoo nome e a classificacao pretendidos,

3 - Os projetos de arquitetura relativos a empreen­dimentos turisticos devem ser subscritos par arquitetoou por arquiteto em colaboracao com engenheiro civil,sen do aplicavel 0 disposto no artigo 10,° do RJUE, comas necessarias adaptacoes.

4 - Nos casas em que decorra em simultaneo a avaliacaoambiental de instrumento de gestae territorial e a avaliacaode impacte ambiental de projetos de empreendimentos turis­ticos enquadrados de forma detalhada naquele instrumento,pode realizar-se uma unica consulta publica, sem prejufzodo exercfcio das competencias pr6priasdas entidades inter­venientes.

Artigo 24,°

Estabelecimentos comerciais e de restauraeao e bebidas

1 - As disposicoes do presente diploma sobre opera­coes urbanfsticas relativas a empreendimentos turfsticossao aplicaveis aos estabelecimentos comerciais e de res­tauracao ou de bebidas que deles sejam partes integrantes,

2 - 0 disposto no nurnero anterior nao dispensa 0

cumprimento dos requisitos especfficos relativos a ins­talacoes e funcionamento previstos nas respetivas regu­lamentacoes,

3 - Em caso de aberturafaseada dos empreendimentos,sao emitidos titulos de abertura para cada parte autono­mizavel dos mesmos, nomeadamente estabelecimentosde restauracao ou de bebidas. os quais sao automatica­mente substituidos pelo alvara de autorizacao de utilizacaopara fins turfsticos ou pela comunicacao de abertura dosempreendimentos turisticos. logo que estes documentossejam emitidos.

Artigo 25,°

Comunicacees obrfgaterias

1 - Os municfpios devem comunicar a direcao re­gional competente em materia de turismo, no prazo decinco dias:

a) A admissao liminar de pedidos ou comunicacoes dospromotores dos projetos, de algum modo suscetiveis deafetar os atos referidos nos artigos 61,°, 62,° e 64,°;

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h) A prolacao de atos constitutivos de direitos ou ge­radores de expectativas j uridicas, no quadro do controloprevio de projetos de empreendimentos;

c) A rejeicao ou indeferimento de pretensces dos pro­motores dos projetos;

d) A revogacao, anulacao ou caducidade dos atos men­cionados na alinea h), por causas diversas da caducidadedo ato de cativacao de camas,

2 - A direcao regional competente em materia de tu­rismo deve comunicar aos municfpios respetivos a revo­gacao, anulacao e caducidade dos atos de cativacao decamas.

SEc<;:Ao III

lnstelacao deempreendimenlos lurislicos medianle a reelizacaodeoperacoes urbanislicas

Artigo 26,°

Pedklo de Informacao previa

1 - Qualquer interessado pode requerer a camaramunicipal inforrnacao previa sobre a possibilidade derealizar operacoes urbanfsticas relativas a empreendi­mento turistico e quais os respetivos condicionantesurbanfsticos.

2 - 0 pedido de informacao previa relativo a possi­bilidade de instalacao de um conjunto turistico abrangea totalidade dos empreendimentos, estabelecimentos eequipamentos que 0 integram.

Artigo 27,°

Consulta da direeao regional competente em materia de turismo

1 - Os pedidos de informacao previa, bem como osprojetos de arquitetura, de loteamento, de obras de urba­nizacao e de trabalhos de rernodelacao de terrenos, saosubmetidos a consulta obrigat6ria da direcao regionalcompetente em materia de turismo, sempre que estejamem causa operacoes urbanisticasrelacionadas com empreen­dimentos turfsticos.

2 - A camara municipal competente deve promover aconsulta, no prazo de cinco dias, contado da rececao dospedidos ou projetos mencionados no numero anterior.

3 - 0 parecer da direcao regional competente em ma­teria de turismo incide sobre:

a) A adequacao da obra ou do empreendimento turisticoprojetados ao fim pretendido;

h) 0 cumprimento das normas do presente diploma eseus regulamentos e do plano sectorial do ordenamentoturfstico regional;

c) A localizacao do empreendimento turistico, excetoquando a mesma esteja prevista em plano de urbaniza­cao, plano de pormenor ou licenca de loteamento emvigor.

4 - Em simultaneo com a emissao do seu parecer,sobre 0 pedido de informacao previa e sobre 0 projeto dearquitetura, a direcao regional competente em materia deturismo determina a correspondente cativacao de camas e,no segundo caso, tambem aprova 0 nome e classificacaoprovis6ria dos empreendimentos e fixa a respetiva capa­cidade maxima.

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5 - Sem prejuizo do disposto no artigo 62.°, a direcaoregional competente em materia de turismo deve comu­nicar 0 seu parecer acamara municipal e ao intcressado.no prazo de 30 dias, sem 0 que sera 0 mesmo consideradodesfavoravel,

6 - 0 parecer da direcao regional competente em ma­teria de turismo e vinculativo, quando desfavoravel, e,quando incida sobre projeto de arquitetura, deve observar­-se 0 seguintc:

a) 0 parecer deve estar suficientemente fundamen­tado;

h) Nos 10 dias uteis seguintes a rececao do parecer,o interessado tem a faculdade de se pronunciar sobre 0

mesmo, par escrito. presumindo-se, se nada disser, queace ita 0 parecer, facto que a direcao regional competenteem materia de turismo deve comunicar de imediato aca­mara municipal competente, que arquivara 0 respetivoprocesso;

c) No prazo de 10 dias, apos a rececao da pronuncia dointeressado, a direcao regional competente em materia deturismo analisa as razoes invocadas e decide definitiva­mente, informando a camara municipal;

d) Se, no mesmo prazo, 0 interessado comunicar queaceita 0 parecer e que, em conformidade. ira reformularo seu pedido ou projeto, dispora para 0 efeito dum prazoadicional de 60 dias, que a camara municipal competentepode prorrogar por mais 30 dias, havendo rnotivos pon­derosos que 0 justifiquem;

e) No prazo de cinco dias, a direcao regional competenteem materia de turismo informa a camara municipal do factomencionado na alfnea anterior;

f) Esgotado 0 prazo estabelecido na alinea d) sem queo interessado tenha reformulado 0 seu pedido ou projeto,junto da camara municipal cornpetente, considera-se quedesistiu da pretensao e procede-se ao arquivamento dorespetivo processo.

7 - Suspendem-se os prazos previstos nos artigos 16.°,n." 1,20.°, n." 3, 23.°, n." 1, e 36.°, n." 2, do RJUE, durantea audiencia previa e enquanto decorra 0 prazo previsto naalinea d) do numero anterior.

Arrigo 28.°

Operacees urbanisticas relativas a conjuntos turisticos

Sem prej uizo do disposto no n.° 2 do artigo 26.°, aentidade promotora do empreendimento pode optar porsubmeter conjuntamente a licenciamento ou cornunicacaoprevia as operacces urbanisticas referentes a totalidadedos componentes de um conjunto turlstico. ou, altema­tivamente, submeter tais operacoes a licenciamento oucornunicacao previa separadamente, relativamente a cadaum dos componentes ou a distintas fases de execucao.

Arrigo 29.°

Obras isentas de controlo municipal

Dependem de previa autorizacao da direcao regionalcompetente em materia de turismo as obras realizadas nosempreendimentos turfsticos referidos no n." 1 do artigo 5.°que, nos termos do RJUE, estejam isentas de licenca e naose encontrem sujeitas ao regime da comunicacao previa,desde que tenham por efeito a alteracao da classificacaoou da capacidade maxima do empreendimento.

Diorio do Republica. J.' serie- X" 44- 1 de marco de 2012

SEc<;:Ao IV

Autorizacao ou cornunicacao deutilizacao para fins turisticos

Artigo 30.°

Autortzaeao de utiliza~ao para fins turisticos e emissao de alvara

1 - 0 interessado requer a concessao da autorizacaode uti lizacao para fins turisticos, nos term os do artigo 62.°e seguintes do RJUE, com as especificidades previstas nopresente diploma.

2 - Sem prejuizo do disposto no numero seguinte, 0

pedido de concessao da autorizacao de utilizacao para finsturfsticos deve ser instrufdo com:

a) Termo de responsabilidade subscrito pelos autoresdo projeto de arquitetura das obras e pelo diretor de fisca­lizacao de obra, no qual atestam que 0 empreendimentorespeita 0 projeto aprovado e, sendo caso disso, que asalteracoes introduzidas no projeto se limitam as altera­coes isentas de licenca nos termos da alinea h) do n." 1do artigo 6.° do RJUE, juntando a memoria descritivarespetiva;

h) Termo de responsabilidade subscrito pelo autor doprojeto de seguranca contra incendios assegurando quea obra foi executada de acordo com 0 projeto aprovadoe, se for caso disso, que as alteracoes efetuadas estao emconformidade com as normas legais e regulamentares apli­caveis em materia de seguranca contra riscos de incendio,ou, em altemativa, comprovativo da inspecao realizada porentidades acreditadas nesta materia;

c) Termo de responsabilidade subscrito pelos autores dosprojetos de especialidades relativos a instalacoes eletricas,acusticas, energeticas e acessibilidades ou, em alterna­tiva, cornprovativo das inspecoes realizadas por entidadesacreditadas nestas materias. atestando a conformidade dasinstalacoes existentes.

3 - Quando nao tenham sido realizadas obras sujeitas acontrolo previa municipal, 0 pedido so ted. de ser instruidocom um levantamento do existente e com um projeto deseguranca contra incendios.

4 - 0 prazo para dcliberacao sobre a concessao deautorizacao de utilizacao para fins turfsticos e emissao dorespetivo alvara, cujo modele e aprovado por portaria domembro do Governo Regional competente em materia deturismo, e de 20 dias a contar da data de apresentacao dorequerimento, salvo quando haja lugar a vistoria refer idano numero seguinte.

5 - 0 presidente da camara deve determinar a rea­lizacao de vistoria, nos casos previstos no n." 3, no ar­tigo 64.°, n." 2, do RJUE e tambem a pedido da direcaoregional competente em materia de turismo, da qual deveser lavrado auto, a comunicar ao intcressado. no prazo decinco dias.

6 - No caso previsto no n." 3 e sem prejuizo do dis­posto no artigo 62.°, a direcao regional competente emmateria de turismo pode opor-se aemissao da autorizacaode util izacao para fins turisticos, nos 20 dias seguintes aconvocat6ria e com fundamento em algum dos motivosenunciados no n." 3 do artigo 27.°

7 - Concedida a autorizacao de utilizacao para finstunsticos, a emissao do respetivo alvara depende apenasdo pagamento previo, pelo requerente, da respetiva taxa.

8 - Os conjuntos turisticos dispoem de um unico alvarade autorizacao de utilizacao para fins turisticos, quando se

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tenha optado por submeter conjuntamente a licenciamentoou comunicacao previa as operacoes urbanisticas referentesa totalidade dos componentes de urn conjunto turistico.

9 - Em caso de opcao contraria aprevistano numeroanterior, cada empreendimento turistico. estabelecimentoe equipamento integrado em conjunto turistico deve disporde alvara de autorizacao de utilizacao proprio, de naturezaturfstica ou para outro tim, sem prejufzo de as interessadosdeverem promover a emissao do alvara de autorizacao deutilizacao do conjunto turistico, logo que todos os respe­tivos componentes estejam conclufdos.

10 - A instalacao dos empreendimentos turisticos podeser autorizada por fases, aplicando-se a cada uma delas 0

disposto na presente seccao,II - Sao definidos par portaria do membro do Governo

Regional competenteem materia de turismoas termos daatuacao da comissao prevista no artigo 65,° do RJUE,

Artigo 31 ,0

Comunicacao de abertura

1- Decorridos os prazos dos artigos 65. 0 ou 76.°, n." 4,do RJUE sem que a camara municipal competente tenhaproferido decisao, 0 interessado pode comunicar aqueleorgao a sua decisao de abrir ao publico, com conhecimentoa direcao regional competente em materia de turismo,entregando os seguintes elementos:

a) Termos de responsabilidade a que se referem as ali­neas a) a c) do n." 2 do artigo anterior, caso ainda naoten ham side entregues com 0 pedido ai referido;

h) Termo de responsabilidade subscrito pelo promotorda edi ficacao assegurando a idoneidade e corretas aces­sibilidades do edificio ou sua fracao autonoma para osfins a que se destina e que 0 mesmo respeita as normaslegais e regulamentares aplicaveis tendo em conta 0 usoe classificacao previstos;

c) Auto de vistoria de teor favoravel aabertura do es­tabelecimento elaborado pelas entidades que ten ham rea­lizado a vistoria prevista nos artigos 64,° e 65,° do RJUE,quando esta tenha ocorrido;

d) No caso de a vistoria ter imposto condicionantes.termo de responsabilidade assinado pelo responsavel dadirecao tecnica da obra assegurando que as mesmas foramrespeitadas,

2 - Quando nao tenham side realizadas obras sujei­tas a controlo previo municipal, a cornunicacao acamaramunicipal so tera de ser instrufda com urn termo de res­ponsabilidade subscrito pelo autor do projeto de segurancacontra incendios,

3 - No prazo de 30 dias a contar da rececao das comu­nicacoes previstas nos numeros antcriores, deve 0 pres i­dentedacamara municipal proceder aemissao do alvara deautorizacao de utilizacao para fins turisticos, 0 qual deveser notificado ao requerente no prazo de 8 dias,

4 - Decorrido 0 prazo referido no numero anterior,o interessado na obtencao de alvara de utilizacao parafins turfsticos pode recorrer ao mecanisme da intimacaojudicial para a pratica de ato legalmente devido, previstono artigo 112,° do RJUE,

5 - Caso se venha a verificar grave ou significativadesconformidade do empreendimento em funcionamentocom 0 projeto aprovado, 0 presidente da camara determinaa execucao das medidas de tutela da legalidade urbanisticaque sejam adequadas, sem prejuizo das demais sancoes

923

aplicaveis, e os subscritores dos termos de responsabili­dade a que se referem as alineas a) ad) do n." 1 respondemsolidariamente com a entidade exploradora do empreendi­mento, pelos danos causados porforca dadesconformidadeem causa.

Artigo 32,°

Titulo de abertura

Constitui titulovalido de abertura dosempreendimentosqualquer urn dos seguintes documentos:

a)Alvara de autorizacao de utilizacao para fins turisticosdo empreendimento;

h) Comprovativo da comunicacao de abertura previstano artigoanterior;

c) Requerimento de intimacao judicial para a praticade ato legalmente devido, nos termos do artigo 112,° doRJUE,

Artigo 33,°

Caducidade da autortzacao de utiliza~ao para fins turisticos

1 - A autorizacao de utilizacao para fins turisticoscaduca:

a) Se 0 empreendimento nao iniciar 0 seu funciona­mento no prazo de urn ana a contar da datada emissao doalvara de autorizacao de utilizacao para fins turfsticos oudo termo do prazo para a sua emissao;

b) Se 0 empreendimento se mantiver encerrado porperfodo superior a urn ano, salvo por motivo de obras;

c) Quando sejadada ao empreendimento umautilizacaodiferente da prevista no respetivo alvara;

d) Quando, por qualquer motivo, 0 empreendimentonao puder ser classificado ou manter a classificacao deempreendimento turfstico.

2 - Caducada a autorizacao de utilizacao para finsturisticos, 0 respetivo alvara e cassada e apreendido pelacamara municipal, a pedidodadirecao regional competenteem materia de turismo.

3 - A caducidade da autorizacao determina 0 encerra­mento do empreendimento, apos notificacao da respetivaentidade exploradora.

4 - Sem prejuizo do disposto nos numeros anteriorespodem ser adotadas as medidas de tutela de legalidadeurbanistica que se mostrem fundadamente adequadas, nostermos do RJUE,

CAPiTULO V

Classificacao

Artigo 34,°

No~ao e natureza

A classificacao destina-se a atribuir, confirmar ou alterara tipologia e a categoria dos empreendimentos turisticos.

Artigo 35,°

Categorias

1 - as empreendimentos turisticos referidos nas ali­neas a) a c) e g) do n." 1 do artigo 5,° classificam-se emcategorias, representadas por estrelas (1 a 5), atendendo a

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qualidade do service e das instalacoes. de acordo com osrequisitos a definir por portaria do membra do GovernoRegional responsavel pela area do turismo.

2 - Tais requisitos devem incidir, nomeadamente, sabre:

a) Caracteristicas das instalacoes e equipamentos;h) Service de rececao e portaria;c) Service de limpeza e lavandaria;Ii) Service de alimentacao e bebidas;e) Servicos complementares.

3 - A portaria a que se refere 0 n." 1 distingue entreas requisitos mfnimos e as requisitos opcionais, cujo 50­

matorio permite alcancar a pontuacao necessaria para aobtencao de determinada categoria.

Artigo 36.°

Classfficaeao dos empreendimentos turisticos

1 - A direcao regional competente em materia de tu­rismo determina a rcalizacao de uma auditoria de classi­ficacao do empreendimento turistico, no prazo de 60 diasa contar da data da emissao do alvara de autorizacao deutilizacao para fins turisticos ou da abertura do em pre­cndimento, nos termos dos n." 1 e 2 do artigo 31.0 ou daalinea c) do artigo 32.°

2 -Apos a real izacao da auditoria, 0 diretor regionalcompetente em materia de turismofixa a classificacao doempreendimento turfstico e atribui a correspondente placaidentificativa.

3 - Aclassificacao prevista no numero anterior e susce­tivel de recurso, fundamentado, para 0 membra do GovernoRegional responsavcl pela area do turismo, no prazo de10 dias a contar da respetivacomunicacao.

4 - A revisao das classificacoes realiza-se sempre quese verifique a alteracao dos respetivos pressupostos, ofi­ciosamente ou a pedido dos interessados.

5 - Em todos os empreendimentos turisticos e obriga­toria a afixacao, no exterior e junto a entrada principal, daplacaidentificativa darespetiva classificacao, cujo modeloe apravado pela portaria refer ida no artigo anterior.

Artigo 37.°

Taxa

Pela realizacao de auditorias de classificacao determi­nadas pela direcao regional competente em materia deturismo, e devida umataxa,nos termosa fixarporportariaconjuntados membras do Governo Regional responsaveispelas areas das financas e do turismo, destinada a suportaras despesas inerentes.

Artigo 38.°

Dispensa de requisitos

1 - a cumprimento de algum, ou alguns, dos requi­sitos exigidos para a atribuicao da classificacao pode serdispensado pela direcao regional competente em materiade turismo, quando 0 interessado demonstre que a sua ob­servancia e suscetivelde afetar as caracteristicas arquitet6­nicas ou estruturais dos edificios queestejamclassificadosa nivel nacional, regional ou local ou que possuam valorhistorico, arquitetonico. artfstico ou cultural.

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2 -A dispensa de requisitos pode tambem ser conce­dida a projetos reconhecidamente inovadores e valorizantesda oferta turistica.

3 - No caso dos conjuntos turisticos podem serdispen­sados alguns dos requisitos exigidos para as instalacoes eequipamentos quando 0 conjunto turfstico integrar urn oumais empreendimentos que disponham de tais instalacoese equipamentos e desde que os mesmos possam servirouser utilizados pelos utentes de todos os empreendimentosintegrados no conjunto.

CAPiTULO VI

Registo Regional de Empreendimentos Turisticos

Artigo 39.°

Registo Regional de Empreendimentos Turisticos

1 - A direcao regional competente em materia de tu­rismo disponibiliza no seu sitio na Internet 0 Registo Regio­nal dos Empreendimentos Turisticos (RRET), constituidopela relacao atualizada dos empreendimentos turisticosda Regiao. com titulo de abertura valido, da qual constao nome, classificacao, capacidade, localizacao e periodode funcionamento, bem como a identificacao da respetivaentidade exploradora.

2 - Quaisquer factos que constituam alteracao aoselementos constantes do registo devem ser comunicadospela entidade exploradora a direcao regional competenteem materia de turismo, no prazo de 10 dias sobre a suaverificacao,

3 - A caducidade da autorizacao de utilizacao parafins turisticos, nos termos do artigo 33.°, determina 0 can­celamento da inscricao do empreendimento turfstico noRRET.

CAPiTULO VII

Exploracao e funcionamento

Artigo 40.°

Nomes

1 - Os nomes dos empreendimentos turfsticos nao po­dem sugerir umatipologia, classificacao ou caracterfsticasque nao possuam.

2 - E interdita, na comercializacao de qualquer formade alojamento, a utilizacao de denorninacoes comerciais.simples ou compostas, que sejam de algum modo susce­tfveis de confusao com os tipos, grupos, classificacao ouqualificacao de empreendimentos turisticos previstos non." 1 do artigo 5.°

3 - as empreendimentos turisticos que disponhamdas infraestruturas e equipamentos proprios dos conjuntosturisticos podem,para fins comerciais, usar conjuntamentecom 0 nome a expressao resort.

Artigo 41.°

Exploraeao dos empreendimentos turisticos

1- Cada empreendimento turistico deve terumaunicaentidade responsavel pelo seu integral funcionamento enivel de servicos e pelo cumprimento das disposicoeslegais e regulamentares aplicaveis.

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2 - A entidade responsavel e designada pelo titulardo respetivo alvara de autorizacao de utilizacao para finsturfsticos.

3 - Nos conj untos turisticos, cada empreendimentoturfstico que 0 integre deve cumprir 0 disposto no n." 1e 0 funcionamento das instalacoes e dos equipamentose services de utilizacao comum obrigatorios, nos termosda classificacao atribuida e do titulo constitutivo, sao daresponsabilidade da entidade administradora do conjuntoturfstico.

4 - As entidades exploradoras de estabelecimentoscomerciais e de restauracao ou de bebidas, com titulo deabertura aut6nomo mas partilhando 0 mesmo edificio como empreendimento turistico, respondem diretamente pelocumprimento das disposicoes legais e regulamentares,

Artigo 42,°

Exploracao turistica das unidades de alojamento

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 46,°, as unida­des de alojamento estao em permanente regime de explo­racao turistica, devendo a entidade exploradora assumira exploracao continuada da totalidade das mesmas, aindaque ocupadas pelos respetivos proprietaries.

2 - A entidade exploradora deve assegurar que as uni­dades de alojamento permanecem a todo 0 tempo mobi­ladas e equipadas, em plenas condicoes de serem locadaspara alojamento a turistas, e que nelas sao prestados osservicos obrigatorios inerentes acategoria atribuida aoempreendimento turfstico.

3 - Quando a propriedade e a exploracao turistica naopertencam amesma entidade ou quando 0 empreendimentose encontre em regime de propriedade plural, a entidadeexploradora deve obter de todos os proprietaries urn titulojuridico que a habilite a exploracao da totalidade das uni­dades de alojamento,

4 - 0 titulo referido no numero anterior deve prever ostermos da exploracao turistica das unidades de alojamento,a participacao dos proprietaries nos resultados da explo­racao da unidade de alojamento, bern como as condicoesda utilizacao desta pelo respetivo proprietario.

5 - Os proprietarios das unidades de alojamento,quando ocupem as mesmas, podem usufruir dos servicesobrigat6rios inerentes a categoria do empreendimento,

6 - As unidades de alojamento previstas no n." 3 naopodem ser exploradas diretamente pelos seus proprietaries,nem podem ser objeto de contratos que comprometam 0

usa turfstico das mesmas, designadamente contratos dearrendamento ou constituicao de direitos de uso e habi­tacao,

Artigo 43,°

Deveres da entidade exploradora

Sao deveres da entidade exploradora:

a) Publicitar os precos de todos os services oferecidos,de forma bem vislvel. na rececao e mante-los sempre adisposicao dos utentes, nomeadamente nas unidades dealojamento;

h) lnformar os utentes sobre as condicoes de prestacaodos services e precos, previamente arespetiva contrata­cao;

c) Manter em born estado de funcionamento todas asinstalacoes, equipamentos e services do empreendimento,incluindo as unidades de alojamento, efetuando as obras

925

de conservacao ou de melhoramento necessarias para con­servar a respetiva classificacao;

d) Facilitar as autoridades competentes 0 acesso aoernpreendimento, 0 exame de documentos. livros e regis­tos, diretamente relacionados com a atividade turistica, eprestar todas as demais informacoes por elas solicitadas,no mesmo ambito;

e) Cumprir as normas legais, regulamentares e contra­tuais relativas a exploracao e administracao do empreen­dimento turfstico.

Artigo 44,°

Responsabilidade operacional

1 - Em todos os empreendimentos turisticos devehaver urn responsavel, nomeado pela entidade explora­dora, a quem cabe zelar pelo seu funcionamento e nivelde service.

2 - A responsabilidade operacional cabe a urn fun­cionario habilitado ao exercicio da profissao de diretorde hotel, no caso dos empreendimentos turisticos commais de 80 unidades de alojamento ou classificados com5 estrelas,

Artigo 45,°

Acesso aos empreendimentos turisticos

1 - E livre 0 acesso aos empreendimentos turisticos,salvo 0 disposto nos numeros seguintes.

2 - Pode ser recusado 0 aces so ou a permanencia nosempreendimentos turfsticos a quem perturbe 0 seu fun­cionamento normal.

3 - 0 disposto no n." 1 nao prejudica, desde que de­vidamente publicitadas:

a) A possibilidade de afetacao total ou parcial dos em­preendimentos turfsticos autilizacao exclusiva por asso­ciados ou beneficiarios das entidades proprietarias ou daentidade exploradora;

h) A reserva temporaria de parte ou da totalidade doempreendimento turfstico.

4 - A entidade exploradora dos empreendimentos tu­risticos pode reservar para os utentes neles alojados eseus acompanhantes 0 acesso e a utilizacao dos services,equipamentos e instalacoes do ernpreendimento.

5 - As normas de funcionamento e de aces so ao em­preendimento devem ser devidamente publicitadas pelaentidade exploradora.

Artigo 46,°

Pertodo de funcionamento

1 - Sem prejuizo de disposicao legal ou contratual,nomeadamente no tocante a atribuicao de utilidade turis­tica ou de financiamentos publicos, os empreendimentosturfsticos podem estabelecer livremente os seus perfodosde funcionamento.

2 - 0 periodo de funcionamento dos empreendimentosturisticos deve ser devidamente publicitado e afixado emlocal visivel ao publico do exterior do empreendimento,

3 - Os perfodos de encerramento devem ser comuni­cados as autoridades fiscalizadoras e a direcao regionalcompetente em materia de turismo, com 60 dias de ante­ccdencia, salvo caso de forca maior.

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Artigo 47.°

Sinais normalizados

Nas inforrnacoes de carater geral relativas aos empreen­dimentos turfsticos e aos services que neles sao oferecidosdevem ser usados as sinais normalizados constantes detabela a aprovar por portaria do membro do Governo Re­gional responsavel pela area do turismo.

Artigo 48.°

Uno de reclamacees

1 - Os empreendimentos turisticos devem dispor delivro de reclarnacoes, nos termos e condicoes estabelecidosna legislacao vigente.

2 - 0 original da folha de reclamacao deve ser enviadoa lnspecao Regional do Turismo.

CAPiTULO VIII

Propriedade plural em empreendimentos turisticos

Artigo 49.°

lInidades de alojamento

As unidades de alojamento dos empreendimentos tu­rfsticos podem constituir-se como fracoes aut6nomas nostermos da lei geral.

Artigo 50.°

Regime aplicavel

As relacoes entre os proprietaries dos empreendimentosturisticos em propriedade plural e aplicavel 0 disposto nopresente diploma e, subsidiariamente, 0 regime da pro­priedade horizontal.

CAPiTULO IX

Declaracao de interesse para 0 turismo

Artigo 51.°

Declaracao de interesse para 0 turismo

1 - A direcao regional competente em materia de tu­rismo, a requerimento dos interessados ou da camara muni­cipal, pode declarar de interesse para 0 turismo, nos termosa estabelecer em portariado membra do Governo Regionalresponsavel pela area do turismo, os estabelecimentos,iniciativas, projetos ou atividades de fndole economica.cultural, ambiental e de animacao que, pela sua locali­zacao e caracteristicas. complementem outras atividadesou empreendimentos turisticos, ou constituam motivo deatracao turfstica das areas em que se encontram.

2 - A declaracao de interesse para 0 turismo pode serretirada oficiosamcnte, quando deixarem de se verificaros pressupostos que determinaram a sua atribuicao, semprejuizo do dire ito de audicao previa dos interessados.

3 - A declaracao de interesse para 0 turismo e rele­vante, nomeadamente, para efeitos da deterrninacao daelegibilidade das candidaturas aos sistemas de incentivosao investimento privado no turismo, nacionais e regionais,nos termos dos respetivos regimes.

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CAPiTULO X

Fiscalizacao e sancoes

Artigo 52.°

Competencias de flscalizacao e Instrucao de processes

1 - Sem prejufzo das cornpetencias das camaras muni­cipais previstas no RJUE, compete a lnspecao Regional doTurismo fiscalizar 0 cumprimento do disposto no presentediploma e seus regulamentos, berncomo instruiros respe­tivos processos, incluindo em materia de publici dade.

2 - A fiscalizacao dos meios de alojamento local e ainstrucao dos respetivos processos compete igualmente alnspecao Regional do Turismo.

Artigo 53.°

Contraordenacues

1 - Constituem contraordenacoes:

a) A oferta de servicos de alojamento turistico sem ti­tulo valido;

h) 0 incumprimento, pelo alojamento local, dos requi­sitos mfnimos previstos no n." L do registo previsto non." 2 e das regras de identificacao estabelecidas pelo n." 3,todos do artigo 4.°;

c) 0 incumprimento da ocupacao maxima dos quartos,prevista no n." 3 do artigo 7.°, bern como das normas, aestabelecer na portaria referida no n." 2 do artigo 5.°, emmateria de identificacao. seguranca no acesso, insonori­zacao e vaos para 0 exterior das unidades de alojamento;

d) 0 desrespeito da capacidade maxima da unidade dealojamento ou do numero maximo de camas convertfveisou suplementares amoviveis que nela podem ser instaladas,tal como previsto nos n." 1 e 2 do artigo 8.°;

e) 0 incumprimento dos requisitos dos equipamentosde uso comum, definidos ao abrigo do artigo 9.°;

f) 0 desrespeito pela area maxima prevista para insta­lacoes de carater complementar destinadas a alojamento,tal como estabelecido no n." 3 do artigo 19.°;

g) 0 desrespeito da capacidade maxima dos em pre­endimentos turisticos, fixada oficialmente ao abrigo daalinea d) do n." 1 do artigo 21.°;

h)A realizacao de obras isentas de controlo municipal,em violacao do disposto no artigo 29.° ou da autorizacaoaf prevista;

i) A nao afixacao no exterior da placa identificativada classificacao do empreendimento turistico, tal comoprevisto no n." 5 do artigo 36.°;

j) A ostentacao, em edificio que nao esteja afeto a em­preendimento turistico, de placa oficial identificativa daclassificacao de empreendimento turfstico;

k) A omissao, no prazo legal, da cornunicacao de fac­tos relevantes para 0 RRET, de acordo com 0 n.° 2 doartigo 39.°;

I) A violacao do disposto no artigo 40.°, em materia deidcntificacao dos empreendimentos turisticos ou de deno­minacoes comerciais de qualquer forma de alojamento;

m) A omissao do nome e classificacao dos empreendi­mentos turisticos na respetiva publicidade, documentacaocomercial e merchandising dos empreendimentos turisticosou a sugestao de classificacoes ou caracterfsticas que 0

empreendimento nao possua;n) 0 desrespeito pela regra da unidade de gestao prevista

no n." 1 do artigo 41.°;

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0) 0 desrespeito pelo regime de exploracao turistica empermanencia e de exploracao continuada das unidades dealojamento do empreendimento turistico, tal como pre­visto nos n." 1 e 2 do artigo 42,°, e a falta de celebracaode contrato de exploracao com os proprietarios ou a faltade previsao no referido contrato dos termos da exploracaoturistica das unidades de alojamento, da participacao dosproprietarios nos resultados da exploracao das unidadesde alojamento e das condicoes da utilizacao destas pelosrespetivos proprietaries. tal como previsto nos n." 3 e 4do preceito citado;

p) A exploracao das unidades de alojamento pelos res­petivos proprietaries ou a celebracao de contratos quecomprometam 0 usa turfstico das mesmas, em violacaodo disposto no n." 6 do artigo 42,°;

q) A violacao pela entidade exploradora dos deveresprevistos nas alineas a) a c) do artigo 43,°;

r) A violacao do dever de colaboracao com as autori­dades fiscalizadoras, previsto na alinea d) do artigo 43,°;

s) A inexistencia dum responsavel operacional peloempreendimento turfstico ou a atribuicao dessa funcao aquem nao esteja habilitado ao exercicio da profissao dediretor de hotel, em violacao do disposto nos n." 1 e 2 doartigo 44,°;

t) A oposicao ao livre acesso aos empreendimentos tuns­ticos ou a falta de publicitacao das regras de funcionamentoe acesso ao empreendimento, em violacao do disposto noartigo 45,°;

u) 0 encerramento de um empreendimento turlstico.sem comunicacao atempada as autoridades fiscalizadorase adirecao regional competente em materia de turismo,contra 0 disposto no n." 3 do artigo 46,°;

v) A ornissao da publicitacao do periodo de funciona­mento, nos termos do n." 2 do artigo 46,°;

w) A nao uti lizacao de sinais normalizados previstosno artigo 47,°;

x) As faltas grosseiras ou reiteradas no atendimento dosclientes ou na apresentacao do pessoal de service.

2 - Para efeitos da alinea x) do numero anterior,consideram-se reiteradas as faltas que, sendo da mesmanatureza, comprovadamente ocorram mais de tres vezes,num periodo de dois anos,

3 - As contraordenacoes previstas nas alineas i), k),m), n), q), u), v), w) e x) do n." 1 sao punidas com coimade € 100 a € 500, no caso de pessoa singular, e de € 1000a € 5000, no caso de pessoa coletiva,

4 -As contraordenacoes previstas nas alineas h), c),e), fl, h), j), I), s) e t) do n." 1 sao punidas com coima de€ 500 a € 2500, no caso de pessoa singular, e de € 5000 a€ 25 000, no caso de pessoa coletiva,

5 - As contraordenacoes previstas nas alineas a), d),g), 0), p) e r) do n." 1 sao punidas com coima de € 2500a € 3700, no caso de pessoa singular, e de € 25 000 a€ 44 500, no caso de pessoa coletiva,

Artigo 54,°

Sancoes acesserias

1 - Em funcao da gravidade e da reiteracao das con­traordenacoes previstas no artigo anterior, bem como daculpa do agente, podem ser aplicadas as seguintes sancoesacessorias:

a) Apreensao do material atraves do qual se praticoua infracao;

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h) Suspensao. por um periodo ate dois anos, do exerci­cio da atividade diretamente relacionada com a infracaopraticada;

c) Encerramento, pelo prazo maximo de dois anos, doempreendimento ou das instalacoes onde estejam a serprestados servicos de alojamento turistico semtitulo valido;

d) Privacao, por um prazo maximo de do is anos, dodireito a subsidios ou beneficios outorgados por entidadeou service publico,

2 - Quando for aplicada a sancao acess6ria de encerra­mento, 0 alvara, quando exista, e cassada e apreendido pelacamara municipal, oficiosamente ou a pedido da lnspecaoRegional do Turismo,

Artigo 55,°

Limites da colma em casu de tentativa e de negligencia

A tentativa e a ncgligcncia sao puniveis, sendo os limi­tes mfnimos e maximos das coimas aplicaveis reduzidospara metade.

Artigo 56,°

Competenc!a sancionaterta

A aplicacao das coimas e das sancoes acess6rias pre­vistas no presente diploma compete ao inspetor regionaldo Turismo,

Artigo 57,°

Produto das coimas

o produto das coimas reverte para a Regiao Aut6nomados Acores,

Artigo 58,°

Embargo e demolieao

Sem prejuizo das competencias atribuidas por lei a ou­tras entidades, competeao presidente da camara municipalembargar e ordenar a demolicao de obras realizadas emviolacao do disposto no presente diploma e seus regula­rnentos, por sua iniciativa ou mediante comunicacao dadirecao regional competente em materia de turismoou dalnspecao Regional do Turismo,

Artigo 59,°

lnterdieao de utiliza~ao

A Inspecao Regional do Turismo e competente paradeterminar a interdicao temporaria do funcionamento dosempreendimentos turisticos, nasuatotalidade ou em parte,quando a falta de cumprimento das disposicoes legaisaplicaveis puserem causa a seguranca dos utilizadores oua saude publica, sem prejuizo das cornpetencias atribuidaspor lei a outras entidades,

CAPiTULO Xl

Sistema de gestao das capacidades maximasda oferta de alojamento turistico

Artigo 60,°

Ambito

o disposto no presente capitulo aplica-se a todos osempreendimentos turisticos, exceto parques de cam pismo

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sem as instalacoes complementares referidas no n." 3 doartigo 19.°

Artigo 61.°

Cativacao de camas

1 - 0 ato de cativacao de camas inc ide somente sobrepedidos ou projetos que impliquem a criacao de unida­des de alojamento, e de carater vinculativo e, consoanteas casas, e articulado com 0 parecer a que se reporta 0

artigo 27.0 au com as procedimentos regulados nos arti­gos 29.° e 30.°

2 - A cativacao de camas opera segundo as criteriosqualitativos e cronol6gicos desenvolvidos no artigo se­guinte.

3 - Nao sao considerados, para efeitos do dispostono presente artigo, os projetos ou pedidos que a direcaoregional competente em materia de turismo considere in­suficientemente instruidos, nos termos legais e regula­mentares aplicaveis.

4 - No ato de cativacao, podem ser consideradas, porproposta do promotor do projeto do empreendimento, ascamas a abater em empreendimentos turfsticos com tftulode abertura valido,

Artigo 62.°

Faseamento e ordenacao dos pedidos

1 - Para efeitos do disposto no n." 1 do artigo anterior,os pedidos ou projetos recebidos pela direcao regionalcompetente em materia de turismo sao agrupados e pro­cessados de acordo com a seguinte hierarquizacao. parordem de classes

a) Classe A - Projetos de Interesse Regional (PIR);h) Classe B - os que contemplem uma das seguintes

valencias au fatores:

i) Clara vocacao para 0 turismo de lazer, com previsaode areas especificas para 0 efeito;

ii) Orientacao para 0 contacto com a natureza;iii) Forte componentede animacao turistica, em termos

a definir por portaria do membro do Governo competenteem materia de turismo;

iv) Forte componente ternatica, nomeadamente quanta aaspetos especificos da cultura ou da agricultura acoriana;

v) Empreendimentos integrados, nos termosdaalinea h)do artigo 5.' das Normas de Execucao do POTRAA, nomea­damente os que devam ser implantados em espacos de usoespecial - areas turfsticas previstas em plano municipalde ordenamento do territ6rio eficaz;

vi) Empreendimentos associados a equipamentos ouinfraestruturas de interesse regional e de utilizacao coletivaou publica, nomeadamente campos de golfe, portos derecreio ou complexos desportivos;

vii) Proposta de abate de unidades de alojamento emempreendimentos turisticos com titulosde abertura validose situados na mesma ilha, de valor igual ou superior aonumero de unidades de alojamento a criar;

c) Classe C - projetos ou pedidos remanescentes.

2 - No caso de igualdade de circunstancias dos projetosclassificados nos termos do numero anterior, aplicam-se,succssivamcnte, as seguintes regras de prccedencia:

a) Dentro de cada classe, os projetos ou pedidos saohierarquizados pela classificacao previsivel ou atual dosempreendimentos em causa;

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h) Dentro da mesma classificacao. atende-se ao numerode valencias contempladas nos empreendimentos;

c) Finalmente, atende-se aordem cronol6gica da datade entrega dos projetos ou pedidos na direcao regionalcompetente em materia de turismo.

3 - Em caso de indeferimento da cativacao de camas,por insuficiencia da dotacao ou bolsa de camas respetiva,o projeto em causa transita para as fases seguintes, ateque a cativacao seja viavel ou 0 promotor comunique asua desistencia,

Artigo 63.°

Caducidade

1-A cativacao de camas caduca se:

a) 0 promotor do projeto nao iniciar 0 procedimento decontrolo previo municipal, ate um ana ap6s a notificacaoda informacao previa favoravel;

h) Nao for emitida a licenca de obras ou admit ida acomunicacao previa, no ana seguinte ao infcio dos respe­tivos procedimentos;

c) 0 infcio da obra nao se verificar, durante 0 ana se­guinteaprcducao dos atos mencionadosnaalfneaanteriorou aemissao da autorizacao previstano artigo29.°;

d) A obra nao for concluida e emitido urn titulo valido deabertura doempreendimento, nos termos doartigo 32.°,nostres anosseguintes aproducao dosatosmencionados naali­nea h), ou aemissao da autorizacao prevista no artigo 29.°;

e) Nao for emitido um titulo valido de abertura doernpreendimento, no caso previsto no n." 3 do artigo 30.°,nos 270 dias seguintes ao inicio do respetivo procedi­mento;

f) A aprovacao do projeto de arquitetura, a licenca deobra, a admissao da comunicacao previaou a autorizacaoprevistano artigo 29.° caducarem ou forem revogadas ouanuladas, nos termos da lei.

2 - A caducidade da cativacao de camas tem os se­guintes efeitos:

a) A reposicao da respetiva dotacao ou bolsa de camas;h)A caducidade detodos os atosconstitutivos de direitos

ou geradores de expectativasjurfdicas que, relativamenteao projeto de empreendimento, tenham side proferidos noambito do respetivo controlo previo:

c)A caducidade dos procedimentos em curso que visema obtencao de titulos de abertura dos empreendimentos.

3 - Pormotivos excccionais. devidamente fundamen­tados, 0 Conselho do Governo Regional pode suspender,temporariamente, por resolucao, a caducidade dos atosde cativacao de camas relativos a projetos das classes Ae B.

Artigo 64.°

Projetos faseados

I - A cativacao de camas abrange atotalidade dasfasesdo projeto de empreendimento quando, simultaneamente,o promotor apresente, a tempode serconsiderada no respe­tivo procedimento de controlo previo, peladirecao regionalcompetente em materia de turismo, uma calendarizacaodo infcio e conclusao de cada fase e esta seja aprovadapor aquele orgao,

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2 - Sao rejeitadas as calendarizacoes que detenninemum prazo de conclusao da totalidade das fases superior acinco anos continuos, sem prejufzo de prorrogacces ex­cecionais ate um maximo de cinco, com a duracao de umana cada, por despacho do membro do Govemo Regionalresponsavel pela area do turismo,

3 - as prazos estabelecidos nas alineas a) a e) do n." 1do artigo anterior aplicam-se somente a primeira fase doprojeto; para as fases seguintes valem os prazos especifi­camente calendarizados para 0 arranque e conclusao dasobras e para a emissao dos titulos de abertura de cada fasedo empreendimento,

4 - Na falta duma calendarizacao de fases aprovada,nos termos do n." 1, a cativacao de camas e garantidasomente para a primeira fase da execucao dos projetosdos empreendimentos, observando-se 0 seguinte, quantoas outras fases:

a) a promotor deve requerer a direcao regional compe­tente em materiade turismo a respetiva cativacao de camas,com 30 dias de antecedencia relativamente a data previstapara 0 arranque das obras ou para 0 inicio do procedimentopara obtencao de titulo de abertura, con soante os casos;

h) A eficacia dos atos constitutivos de direitos ou ge­radores de expectativas juridicas que, relativamente aoprojeto de empreendimento, tenham side proferidos noambito do respetivo controlo previo fica condicionada acativacao de camas suficientes;

c) as prazos estabelecidos nas alineas c) a e) do n." 1do artigo anterior contam-se des de a notificacao do ato decativacao de camas.

Artigo 65,°

Revogaeao ou anulaeao

A revogacao ou anulacao da cativacao de camas tern asefeitos estatuidos no n." 2 do artigo 63,opara a caducidadedaquele ato administrativo,

Artigo 66,°

Viola~ao ou omissao de cativacao de camas

A pratica dos atos referidos no artigo 68,odo RJUE, emviolacao ou com amissae de ate de cativacao de camaslegalmente obrigat6rio, e equiparada aos factos previstosna respetivaalfneac) e tern as efeitos af cominados.

Artigo 67,°

Publicidade eletrenica

A direcao regional competente em materia de turismoassegura a publicidade permanente e atualizada, em pa­gina eletr6nica, da evolucao das varias dotacoes e bolsasde camas, bem como das listas, por ilha, dos projetos deempreendimentos queaguardam cativacao de camas,orde­nados em conformidade com 0 artigo 62,oe com indicacaodo numero de camas inerente a cada um.

CAPiTULO XII

Disposicoes finais e transit6rias

Artigo 68,°

Empreendimentos existentes

I - 0 presente diploma e seus regulamentos aplicam-seaos empreendimentos turfsticos existentes adata da sua

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entrada em vigor, sem prejufzo do disposto nos numerosseguintes.

2 - Apos a realizacao de auditorias de classificacao, adirecao regional competente em materia de turismo pro­cede oficiosamente a conversao das classificacoes dosempreendimentos turisticos e dos empreendimentos deturismo no espaco rural cxistcntes. nos termos da portariamencionadano n." 2 do artigo 5.°

3 - No ambitoda conversao referida no numero ante­rior e a pedido dos interessados, a direcao regional compe­tente em materia de turismo especifica quais as alteracoesa realizar nos empreendimentos, com vista a uma deter­minada classificacao, e fixa 0 prazo para a sua conclu­sao, que nao pode exceder dois anos, incluindo eventuaisprorrogacoes, durante 0 qual os empreendimentos podemmanter as classificacoes primitivas.

4 - A classificacao dos empreendimentos turisticos edosempreendimentos deturismo no espaco rural existentespode ser convertida para grupos ou categorias iguais ouequiparaveis aos primitivos, em derrogacao das nonnas daportaria mencionadano n.° 2 do artigo 5.°, quando os inte­ressados demonstrem e a direcao regional competenteemmateria deturismo reconheca que,para 0 efeito pretendido,a plena aplicacao daquelas nonnas implicaria a realizacaode obras suscetiveis de comprometer a rendibilidade doernpreendimento.

5 - Caso os empreendimentos referidos no n." 2 naopossam manter a classificacao de empreendimento turfs­tico, nos termos do presente diploma e seus regulamentos,sao reconvertidos em modalidades de alojamento local,mantendo-se validos os respetivos titulos de abertura, an­terioresareconversao, ateasua substituicao poralvara deautorizacao de utilizacao para fins habitacionais, a pedidodos interessados ou na sequencia de obras de ampliacao,reconstrucao ou alteracao.

6 - as titulos de abertura de empreendimentos turis­ticos e de empreendimentos de turismo no espaco ruralemitidos ateadata daentrada em vigordo presente diplomarnantern a suavalidade, so sendosubstituidos peloalvara deautorizacao de utilizacao para fins turfsticos na sequenciadas obras de ampliacao, reconstrucao ou alteracao,

7 - as empreendimentos turisticos em propriedadeplural existentes a data da entrada em vigor do presentediploma mantem 0 regime de exploracao turistica previstona legislacao vigente aquando do respetivo licenciarnento,salvo se, por decisao unanime de todos os seus proprieta­rios, se optar pelo regime de exploracao turistica previstoneste diploma,

8 - as estabelecimentos de hospedagem licenciadospelas camaras municipais ao abrigo dos respetivos regu­lamentos convertem-se automaticamente em estabeleci­mentos de alojamento local,

Artigo 69,°

Processes pendentes

1 - Consideram-se pendentes os processos relativos aoperacces de loteamento, pedidos de informacao previa epedidos de licenciamento de operacoes urbanisticas quetenham por objeto empreendimentos turisticos, bem comoos relativos asua classificacao.

2 - Com excecao das informacoes previas, as auto­rizacoes, licencas e outros atos proferidos nos processospendentes referidos no numero anterior caducam ao fimde um ano, apos a primeira prorrogacao a que tenham

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direito, aplicando-se-lhes 0 regime previsto no presentediploma.

3 - As entidades exploradoras dos empreendimentosturisticos em propriedade plural cujos processos se en­contram pendentes it data da entrada em vigor do presentediploma podem optar por aplicar 0 regime constante docapitulo VIII do presente diploma ou 0 regime de exploracaoaplicavel it data do inicio do procedimento.

4 - Os proprietaries ou exploradores de empreen­dimentos turfsticos ou de empreendimentos de turismono espaco rural que demonstrem ter concluido, it data daentrada em vigor do presente diploma, as respetivas ope­racoes urbanisticas, de acordo com a lei aplicavel, podemoptar pela aplicacao do direito anteriormente vigente, emmateria de classificacao dos respetivos empreendimentos,caso em que a direcao regional competenteem materia deturismoprocedera arespetivareconversao, nos termos doartigo anterior, dais anos ap6s a classificacao inicial.

Artigo 70.°

Direitos adquiridos

o disposto no artigo 18.° nao prejudica direitos de ter­ceiros adquiridos ate it data da aprovacao do projeto dearquitetura do empreendimento turfstico ou da respetivaautorizacao de utilizacao para fins turfsticos nem se aplicaquando, it data do inicio do procedimento de controlo pre­via municipal, respeitante ao mesmo ernpreendimento, jaestivessem previstas ou fossem previsiveis, nomeadamenteem funcao dos instrumentos de gestao territorial aplicaveis,as atividades a realizar na sua vizinhanca,

Artigo 71.°

Norma revogaterta

Sao revogados:

a) 0 Decreto Legislativo Regional n." 24/87/A, de 4 dedezembro;

b) 0 Decreto Legislativo Regional n." 14/99/A, de 19de abril;

c) 0 Decreto Legislativo Regional n." 34/2004/A, de27 de agosto;

Ii) 0 Decreto Regulamentar Regional n." 28/80/A, de3 de julho.

Artigo 72.°

Vigencia

o presente diploma entra em vigor no dia seguinte it pu­blicacao da regulamentacao prevista no n." 2 do artigo 5.°,a qual devera ser aprovada ate 60 dias apes a publicacaodeste diploma.

Aprovado pelaAssembleia Legislativa da Regiao Au­tonoma dos Acores, na Horta, em 24 de janeiro de 2012.

o Presidente da Assembleia Legislativa, Francisco Ma­nuel Coelho Lopes Cabral.

Assinado em Angra do Heroismo em 17 de fevereirode 2012.

Publique-se.

o Representante da Republica para a Regiao Autonornados Acores, Pedro Manuel dos Reis Alves Caterino.

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