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e JOSÉLIA GOMES DE ARAÚJO SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO SERVIÇO SOCIAL O DIREITO A CONVIVÊNCIA FAMILIAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES INSTITUCIONALIZADOS

Direito a Convivência Familiar e comunitária de crianças e adolescentes Institucionalizados

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Fala da permanência de crianças e adolescentes que encontram-se institucionalizadas, onde existe uma morosidade da justiça na questão adoção, observando-se que algumas crianças chegam com dias de vida sem nenhum vínculo familiar ou extenso, permanecendo na instituição por mais de 24 meses.

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Garanhuns2014

eJOSÉLIA GOMES DE ARAÚJO

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOSERVIÇO SOCIAL

O DIREITO A CONVIVÊNCIA FAMILIAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES INSTITUCIONALIZADOS

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Garanhuns2014

O DIREITO A CONVIVÊNCIA FAMILIAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES INSTITUCIONALIZADOS

Projeto de Pesquisa curso Serviço Social... apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito avaliativo do Portfólio Individual 7º semestre.

JOSÉLIA GOMES DE ARAÚJO

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................3

2 DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA .............................................4

3 OBJETIVO GERAL..................................................................................................4

3.1 OBJETIVO ESPECÍFICO......................................................................................5

4 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................5

5 METODOLOGIA ......................................................................................................6

6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................6

7 CRONOGRAMA ......................................................................................................8

8 ORÇAMENTO ..........................................................................................................8

9 RESULTADOS ESPERADOS .................................................................................8

10 REFERÊNCIAS.......................................................................................................9

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1 INTRODUÇÃO

O projeto de pesquisa aqui apresentado vem falar do Tempo

de Permanência da criança e do adolescente que se encontra em instituições

de acolhimento. Os Abrigos ou Centros de Acolhimentos são instituições

responsáveis por zelar pela integridade física e emocional da criança e do

adolescente que tiveram seus direitos desatendidos ou violados, seja por uma

situação de abandono social, seja pelo risco pessoal a que foram expostos pela

negligência de seus responsáveis. Em sentido estrito "abrigo é uma medida de

proteção especial" prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, definida

como "provisória e excepcional" (ECA, art. 101, parágrafo único). Aqueles que

em casos extremos, necessitam permanecer afastados de suas famílias até

que as condições adequadas de convivência se restabeleçam, devem

encontrar nas instituições de abrigo um espaço de cuidado e proteção.

De acordo com Artigo 101 do Estatuto da Criança e do

Adolescente, “O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas

provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de transição para

reintegração familiar ou, não sendo esta possível, para colocação em família

substituta, não implicando privação de liberdade”. Conforme a Lei de Adoção n°

12.010/09, as maiores dificuldades em adotar uma criança ou adolescente é a

burocracia e a falta de estrutura nas varas da infância e da adolescência, com

a criação do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), ficou determinado que a

permanência da criança e do adolescente em abrigos seria de 02 anos, em

caso de esgotado todas a tentativas de reintegração familiar, este público

automaticamente entraria no cadastro, só permanecendo acolhido em caso de

não haver adoção. No entanto a realidade torna-se bem diferente, pois mesmo

avançando um pouco com o CNA, as crianças e adolescentes passam a maior

parte da infância em abrigos, onde os danos causados ao desenvolvimento

infantil em função dos efeitos causados pela falta da presença materna, leva a

criança a sofrer prejuízos graves em seu desenvolvimento cognitivo. Portanto

o tempo que permanecem em instituições tornam as crianças mais carentes

afetiva e psicologicamente. Neste caso, a criança e o adolescente ficam

privados de uma convivência familiar, e caso retornem as suas famílias, terão

uma grande dificuldade de convivência, pois o tempo passado na instituição faz

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com que os laços afetivos se fragilizem e aquelas referências familiares que

deveriam existir, desapareçam. Sabendo que uma vez quebrado esse laço

familiar e comunitário, as chances de uma convivência boa fica cada vez mais

difícil e desmotivada.

Palavras chaves: Convivência, abrigo, acolhimento e família.

2 DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

As instituições de acolhimento para crianças e adolescentes,

existem desde que o ECA começou a vigorar em 1990. O Centro de

Acolhimento de crianças e adolescentes – ABRAÇAR, fica na cidade de

Garanhuns – PE, atualmente residindo 38 (trinta e oito) acolhidos na idade de 0

(zero) a 18 (dezoito) anos incompletos. Pessoas vítimas de negligência e

violência entre outros fatores. O elemento problemático desse projeto se

refere a convivência familiar dos acolhidos , onde existe alguns que estão a

mais de 06 (seis) anos morando no abrigo. Segundo o CNA, o prazo máximo é

de dois anos, passando deste tempo em caso da justiça solicitar ou não haver

quem adote o acolhido. O objeto de estudo é a burocracia existente na Lei de

Adoção, e as justificativas expostas.

3 OBJETIVO GERAL

Questionar os aspectos que envolvem a morosidade judicial na

destituição de crianças e adolescentes.

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3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Mostrar as dificuldades encontradas no processo de

adoção;

Relatar que o tempo longe da família causa desajuste

emocional;

Descrever o percurso desde o acolhimento até a

suposta adoção ou reintegração.

4 JUSTIFICATIVA

A inquietação deste projeto veio desde o primeiro momento de

estágio, atualmente o Abrigo ABRAÇAR, acolhe 38 crianças e adolescentes,

estando com uma lotação acima do permitido por lei, público que durante o

determinado estágio percebeu-se um desenvolvimento, ou seja, alguns

acolhidos chegaram bebês, que foram abandonados não tendo em nenhuma

das buscas realizadas encontrada a família, porém ficam acolhidos sendo

tratados apenas como mais uma criança, perdendo durante o seu

desenvolvimento inicial a presença de qualquer família, seja natural, extensa

ou substituta. A intenção deste projeto é contribuir de uma forma precisa para a

fiscalização do processo de permanência dos acolhidos, levando em

consideração a história de cada criança e adolescente, buscando contribuir de

uma forma positiva através da informação e investigação. Não deixando que a

falta de profissionais na Vara da Infância e do Adolescente constitua mais um

entrave, pois assim o processo de adoção ficará mais lento ao ponto de ser

indeferido.

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5 METODOLOGIA

Esta pesquisa será bibliográfica querendo dizer: é um estudo e

análise de documentos de domínio científico tais como livros, enciclopédias,

periódicos, ensaios críticos, dicionários e artigos científicos”, além de uma

pesquisa na internet que “se constitui uma ferramenta indispensável à

humanidade para informações rápidas sobre os mais diversos assuntos”

(OLIVEIRA, 2010, p. 69).

6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1. Os autores GUEIROS e OLIVEIRA (2005), referem-se à

adoção como direito da criança, apontando a convivência em

família substituta em detrimento da preferência da convivência

na família de origem.

2. O autor DINIZ (2010,I, p. 67), Diz: O objetivo da adoção é

cumprir plenamente as reais necessidades da criança,

proporcionando-lhe uma família, onde ela se sinta acolhida,

protegida, segura e amada.

3. O autor SILVA (2004, P. 64), DIZ: As sequelas de um período

de institucionalização prolongado para crianças e adolescentes

já são por demais conhecidas e afetam da sociabilidade à

manutenção de vínculos afetivos na vida adulta (...) os danos

causados pela institucionalização serão maiores quanto maior

for o tempo de espera, que interfere não só na adaptação em

caso de retorno à família de origem, como nos casos de

inserção em família substituta.

4. O autor Paulo Nader (2006; p. 3), diz: Família consiste em uma

instituição social, composta por mais de uma pessoa física,

que se irmanam no propósito de desenvolver, entre si, a

solidariedade nos planos assistenciais e da convivência ou

simplesmente descendem uma da outra ou de um tronco

comum.

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5. O autor Silvio Rodrigues, (2007, p. 19 e p. 20), refere-se a

família em sentido genérico e biológico é o conjunto de

pessoas que descendem de tronco ancestral comum; em

senso estrito, a família se restringe ao grupo formado pelos

pais e filhos, e em sentido universal é considerada a célula

social por excelência.

6. A autora Fonseca C., (2004), afirma que com a insuficiência de

políticas públicas adequadas, o abrigo ainda funciona como

um “colégio interno” para crianças pobres, quando suas mães

vivenciam o esgotamento dos recursos financeiros e de sua

rede sócia de apoio.

7. A autora Matilde Luna, (2001: p.21), diz: o acolhimento familiar

é “a prática que leva a um sujeito, criança, adolescente ou

adulto a conviver como membro transitório ou definitivo de

outra família que não é a família na qual nasceu”.

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7 GRONOGRAMA

Etapas agosto setembro outubro novembro dezembroElaboração do projeto

X

Revisão de literatura

X X

Apresentação do projeto

X

Coleta de dados

X X

Conclusão e redação

X

Correção X

Entrega X

8 ORÇAMENTO

Todo o orçamento será custeado pelo pesquisador.

9 RESULTADOS ESPERADOS

Esse projeto visa alcançar os objetivos propostos, tentando

mostrar que as burocracias realmente existem, sendo uma das principais

dificuldades a carência de profissionais na Vara da Infância e apontando que a

convivência familiar faz parte do desenvolvimento humano, e sem essa

convivência a criança terá grandes problemas, ou seja, crescerá um cidadão

destituído de auto-estima dificultando a formação de sua personalidade.

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REFERÊNCIAS

Estatuto da Criança e do Adolescente ECA. Diário Oficial da União. Lei nº

8.069, de 13 de julho de 1190. Brasília, DF

BRASIL. Lei nº 12.010, de 03 de agosto de 2009. Casa Civil.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009//Lei/L12010.htm,

2009.

DIGIÁCOMO, M.J. (s/d). Breves considerações sobre a nova “Lei Nacional de

Adoção”. Retirado de http://www.mp.rs.gov.br/infancia/doutrina/id530.htm