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“Direito a Educação – Marcos Legais da Educação Inclusiva, a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva e as Legislações vigentes” Edmarcius Carvalho Novaes V Seminário de Formação de Gestores e Educadores sobre o Programa de Educação Inclusiva: direito à diversidade Poços de Caldas 28 de junho de 2011

Direito a Educação - Marcos Legais da Educação Inclusiva, a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva e as Legislações vigentes

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Palestra ministrada pelo professor Edmarcius Carvalho Novaes, no V Seminário de Formação de Gestores e Educadores sobre o Programa de Educação Inclusiva: direito à diversidade - 28 de junho de 2011 em Poços de Caldas.

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“Direito a Educação – Marcos Legais da

Educação Inclusiva, a Política Nacional de

Educação Especial na perspectiva da Educação

Inclusiva e as Legislações vigentes”

Edmarcius Carvalho Novaes

V Seminário de Formação de Gestores e Educadores sobre o Programa de

Educação Inclusiva: direito à diversidade

Poços de Caldas – 28 de junho de 2011

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Edmarcius Carvalho Novaes

É Bacharel em Direito. Cursou disciplina isolada de Mestrado em Lingüística:Variações Lingüísticas em Libras na UFMG. Pós-graduando em Direito Público;Administração Pública e Gestão de Cidades; Educação e Inclusão: Libras; e emDocência para o Ensino Superior.

Gerente da CAAD - Coordenadoria de Apoio e Assistência à Pessoa comDeficiência de Governador Valadares

Palestrante sobre Direitos Humanos, Inclusão SocialDireitos das Pessoas com Deficiência, Libras,Educação Inclusiva.

Autor do livro: “SURDOS: Educação, Direito e Cidadania” (WAK Editora, 2010).

Autor do blog:www.edmarciuscarvalho.blogspot.com

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DIREITO EDUCACIONAL:

É um ramo do Direito Brasileiro, que segundo MOTTA (1997) pode ser enfocado por três perspectivas:

a) Conjunto de normas reguladoras dos relacionamentos entre partes envolvidas no processo de ensino-aprendizagem;b) A faculdade atribuída a todo ser humano e que se constitui na prerrogativa de aprender, de ensinar e de se aperfeiçoar; ec) O ramo da ciência jurídica especializado na área educacional.

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Conceito de Direito Educacional:

"Conjunto de normas, princípios, institutosjuspedagógicos, doutrinas e procedimentos, quedisciplinam as relações entre alunos e/ou responsáveis,professores, administradores, estabelecimento deensino e o poder público, enquanto envolvidosdiretamente ou indiretamente no processo de ensino-aprendizagem, bem como investiga as interfaces comoutros ramos da ciência jurídica e do conhecimento"(JOAQUIM, 2005)

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA:

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA

É uma ação política, cultural, social e pedagógica.Defende o direito de todos os alunos de estarem juntos,aprendendo e participando, sem nenhum tipo dediscriminação. Trata-se de um paradigmaeducacional que se fundamenta na concepção deDireitos Humanos, conjugando o entendimento deigualdade e de diferença como valores indissociáveis, eassim, avança para a equidade formal aocontextualizar as circunstâncias históricas daprodução da exclusão dentro e fora da escola.

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA:

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EDUCAÇÃO ESPECIAL: MARCOS HISTÓRICOS

1854 – Imperial Instituto dos Meninos Cegos(Instituto Benjamin Constant - IBC) 1857 – Instituto dos Surdos Mudos (InstitutoNacional da Educação de Surdos – INES) 1926 – Instituto Pestalozzi – Atendimento depessoas com deficiência mental 1945 – Atendimento educacional especializado àspessoas com superdotação na Sociedade Pestalozzi 1954 – Associação de Pais e Amigos dosExcepcionais – APAE

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA:

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Censo Escolar 2009:

56% de educandos com deficiênciaingressaram nas classes comuns do ensinoregular

Desses 56%, estão na esfera pública 71% e naesfera privada 29%.

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MARCOS LEGAIS

1. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA

Art. 1° - Princípios fundamentais do EstadoDemocrático de Direito:

a) A cidadania (inciso II)

b) Dignidade da pessoa humana (inciso III)

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1. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA:DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

A COISIFICAÇÃO DO OUTRO

DURIG (alemão, 1956) apresenta a fórmula dohomem-objeto ao afirmar que a Dignidade da PessoaHumana poderia ser considerada atingida sempre quea pessoa concreta (o indivíduo) fosse rebaixada aobjeto, a mero instrumento, tratada como uma coisa,ou seja, fosse descaracterizada e desconsiderada comosujeito de direitos.

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1. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA:DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

SARLET (brasileiro, 2009, p. 34-35) conclui que, em ultimaanálise, “onde não houver respeito pela vida e pela integridadefísica e moral do ser humano, onde as condições mínimas parauma existência digna não forem asseguradas, onde não houverlimitação do poder, enfim, onde a liberdade e a autonomia, aigualdade (em direitos e dignidade) e os direitos fundamentaisnão forem reconhecidos e minimamente assegurados, nãohaverá espaço para a dignidade da pessoa humana e esta (apessoa), por sua vez, poderá não passar de mero objeto de arbítrioe injustiças”.

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1. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA:DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

MORAES (brasileira, 2003) em vistas à concretização do substratomaterial da Dignidade da Pessoa Humana aponta quatro princípiosjurídicos fundamentais (vinculados a um conjunto de direitosfundamentais) que corroboram para tal concretização, a saber:

a) da igualdade: que veda toda e qualquer discriminação arbitráriafundada nas qualidades da pessoa;

b) da liberdade: que assegura a autonomia ética, e, portanto, a capacidadepara a liberdade pessoal;

c) da integridade física e moral: inclui a garantia de um conjunto deprestações materiais que asseguram uma vida com dignidade;

d) da solidariedade: a garantia e promoção da coexistência humana, em

suas diversas manifestações.

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1. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA:DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

“a qualidade intrínseca e distintiva reconhecida em cada serhumano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideraçãopor parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido,um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurema pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante edesumano, como venham a lhe garantir as condiçõesexistenciais mínimas para uma vida saudável, além depropiciar e promover sua participação ativa e co-responsável nosdestinos da própria existência e da vida em comunhão com osdemais seres humanos.” (SARLET, 2009).

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1. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA:

Art. 3°, IV – Objetivo Fundamental da República Federativa doBrasil:

Direito a não discriminação e inclusão

“promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.

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1. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: DIREITO A NÃO DISCRIMINAÇÃO

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1. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA:DIREITO A EDUCAÇÃO

Art. 205 – Direito de todos e dever do Estado e da família, com acolaboração da sociedade, visa: desenvolvimento da pessoa,preparo para o exercício da cidadania, qualificação para otrabalho.

Art. 208, III – Dever do Estado a educação especial, por meio doatendimento educacional especializado – AEE,preferencialmente na rede regular

Art. 211 – Responsabilidade dos Estados, DF e Municípios.União função redistributiva e suplementar, com assistênciatécnica e financeira.

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2. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - ECA

LEI 8069/1990

Art. 54, inciso III - Reforça o dever do Estado de assegurar acriança e ao adolescente o AEE para alunos com deficiência,preferencialmente na rede regular de ensino.

Art. 55 - Afirma que os responsáveis são obrigados amatricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino

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DECLARAÇÃO MUNDIAL DE EDUCAÇÃO

PARA TODOS

(TAILANDIA – 1990)

Resultado da Conferência Mundial de Educação para Todos, naTailândia, em 1990.

Trouxe benefícios mais genéricos, porém que também acabarampor beneficiar também pessoas com deficiência

Garantir: a satisfação das necessidades básicas deaprendizagem, expansão do enfoque da educação para todos,universalização do acesso à educação, oferecimento de umambiente adequado para a aprendizagem.

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DECLARAÇÃO DE SALAMANCA

(ESPANHA - 1994)

A Declaração não tem poder legal em si mesmo. Ela oferece diretrizes para osEstados-Membros das Nações Unidas que podem ou ao incorporar em suaspolíticas públicas as orientações.

As escolas regulares com orientação inclusiva constituem os meios maiseficazes de combater atitudes discriminatórias e que alunos comnecessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, tendocomo principio orientador que as escolas deveriam acomodar todas ascrianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais,emocionais, lingüísticas ou outras.

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3. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL - LDB

LEI 9493/1996

Avanço: extensão da oferta da educação especial de zero a seisanos e a necessidade do professor estar preparado e com recursosadequados, de forma a compreender e atender à diversidade dosalunos.

Capítulo V – Educação Especial – Deve ser ofertadapreferencialmente na rede regular de ensino, e quandonecessário, deve haver apoio especializado.

Art. 59 – oferecimento de currículos, métodos, recursos eorganização especificas para os alunos com deficiência

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4. POLÍTICA NACIONAL PARA A INTEGRAÇÃO DA PESSOA

PORTADORA DE DEFICIÊNCIA

LEI N° 7.853/99

DECRETO N° 3.298/99

Educação especial como modalidade transversal a todos osníveis e modalidades de ensino, e a educação especialsuplementar ao ensino regular.

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5. PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - PNE

LEI N° 10.172/2001

No que diz respeito a Educação Especial, as diretrizesestabelecidas tinham por escopo o avanço, naquela década, deuma educação capaz de promover a produção de uma escolainclusiva, que garantisse o atendimento à diversidade humana

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6. CONVENÇÃO DE GUATEMALA (1999)

PROMULGADA PELO DECRETO N° 3.956/2001

Pessoas com deficiência têm os mesmos direitos humanos eliberdades fundamentais que as demais pessoas, definindodiscriminação com base na deficiência como toda diferenciaçãoou exclusão que possa impedir ou anular o exercício dos direitoshumanos e de suas liberdades fundamentais.

A partir desse Decreto não se pode mais impedir ou anular odireito à escolarização nas turmas comuns do ensino regular,pois caso contrário, estará configurando discriminação combase na deficiência.

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6. CONVENÇÃO DE GUATEMALA (1999)

PROMULGADA PELO DECRETO N° 3.956/2001

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7. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA

EDUCAÇÃO BASICA

RESOLUÇÃO CNE N° 1/2002

Instituições de ensino superior devem prever formação docentevoltada para a diversidade e que contemplem conhecimentossobre as especificidades dos alunos com necessidadeseducacionais especiais.

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8. LIBRAS

LEI N° 10.436/2002

Reconhece a Libras como meio legal de comunicação e expressãoda Comunidade Surda. Determina que o Poder Público e asempresas concessionárias de serviços públicos disponibilizemesse atendimento. Determina a disciplina de Libras nos cursosde formação de professores e de fonoaudiologia

DECRETO N° 5.626/2005

Formação e certificação do professor, instrutor etradutor/interprete de Libras, o ensino da LP como segundalíngua do surdos e educação bilíngüe no ensino regular.

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9. BRAILLE

PORTARIA N° 2.678/2002

Diretrizes e normas para uso, ensino, produção e difusão dosistema Braille em todas as modalidades de ensino

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9. BRAILLE

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10. POLÍTICA NACIONAL DE ACESSIBILIDADE

LEIS N° 10.048/00 e 10.098/00DECRETO N° 5.296/2004

Traz conseqüências práticas que induzem a uma mudança depostura na sociedade para a garantia da acessibilidade aspessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

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10. POLÍTICA NACIONAL DE ACESSIBILIDADE

AJUDAS TÉCNICAS

Próteses auditivas, visuais e físicas Órteses que favoreçam a adequação funcionalEquipamentos necessários para a terapia e reabilitação;Equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalho especialmentedesenhados ou adaptados para uso;Elementos de mobilidade, cuidado e higiene pessoal necessários parafacilitar a autonomia e a segurança; Elementos especiais para facilitar a comunicação, informação esinalização;Equipamentos e materiais pedagógicos especiais para educação,capacitação e recreação;Adaptações ambientes e outras que garantam o acesso, a melhoriafuncional e autonomia pessoal;

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DECLARAÇÃO MUNDIAL SOBRE

DEFICIÊNCIA MENTAL

(CANADÁ, 2004)

Congresso realizado pela Organização Pan-Americana de Saúde eOrganização Mundial da Saúde, que se posicionou pelo uso do termo“Deficiência Intelectual” e não “Deficiência Mental”, e reforçando, dentreoutros, o direito à educação inclusiva.

Justifica-se por:

a) A primeira razão tem a ver com o fenômeno propriamente dito. Ou seja, émais apropriado o termo intelectual por referir-se ao funcionamento dointelecto especificamente e não ao funcionamento da mente como um todo.b) A segunda razão consiste em podermos melhor distinguir entredeficiência mental e doença (ou transtorno) mental, dois termos que têm

gerado confusão há vários séculos.

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2005 – IMPLANTAÇÃO DOS NUCLEOS DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES /

SUPERDOTAÇÃO – NAAH/S nos Estados e DF.

2007 - PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO –REAFIRMADO PELA AGENDA

SOCIAL

Um dos eixos era a formação de professores para a educaçãoespecial, com implantação de salas de recursosmultifuncionais, a acessibilidade arquitetônica dos prédiosescolares, acesso e permanência de pessoas com deficiência naeducação superior e o monitoreamento do acesso a escola dosbeneficiários do BPC – Assistência Social.

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11. COMPROMISSO DE TODOS PELA EDUCAÇÃO

DECRETO N° 6.094/2007

Para implementar o PDE – Plano de Desenvolvimento daEducação, garantindo o acesso e permanência no ensino regulare o atendimento às necessidades educacionais especiais dosalunos, fortalecendo seu ingresso nas escolas públicas.

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POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

MEC 2008

Tal concepção defende o conhecimento e a convivência com a diferença. Apartir disto podem-se ultrapassar práticas rotuladoras, classificatórias daaprendizagem, produtoras de preconceitos historicamente construídos emrelação às pessoas com deficiência. Trabalha a escola comum em seusfundamentos e em suas práticas.

Visa apoiar as qualidades e necessidades de cada um e de todos os alunos daescola. Enfatiza a necessidade de pensar na heterogeneidade do alunadocomo uma questão normal do grupo/casse. Propõe um delineamentoeducativo onde os docentes podem utilizar os diferentes níveisinstrumentais e atitudinais como recursos intrapessoais e interpessoais que

beneficiem todos os alunos (SANCHEZ, 2005).

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POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

ENTENDIMENTO TEÓRICO

“Em geral, os locais segregados, são prejudiciais, pois alienam os alunos. Osalunos com deficiência recebem afinal, pouca educação útil para a vida real,e os alunos sem deficiência experimentam fundamentalmente umaeducação que valoriza pouco a diversidade, a cooperação e o respeito poraqueles que são diferentes. Em contraste, o ensino inclusivo proporciona àspessoas com deficiência a oportunidade de adquirir habilidades para otrabalho e para a vida em comunidade. Os alunos aprendem como atuar einteragir com seus pares, no mundo „real‟. Igualmente importante, seuspares e professores também aprendem como agir e interagir com eles”(STAINBACK, 1999, p. 25)

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POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

ALUNOS

a) Pessoas com deficiência: com impedimentos a longo prazo, de naturezafísica, mental ou sensorial que, em interação com diversas barreiras,podem ter restringida sua participação plena na escola e na sociedade.

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POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

ALUNOS

b) Alunos com transtornos globais de desenvolvimento (substitui o termocondutas típicas, da literatura médica): apresentam alterações qualitativasdas interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertorio deinteresses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se alunoscom autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil.

c) Alunos com altas habilidades/superdotação: demonstram potencialelevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas:intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além deapresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realizaçãode tarefas em áreas de seu interesse.

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POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

OBJETIVO

O acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência,transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotaçãonas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino para promoverrespostas às necessidades educacionais especiais, garantindo:

(...)

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POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

OBJETIVO

a) transversalidade da educação especial desde a educação infantil até aeducação superior;b) atendimento educacional especializado;c) continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino;d) formação de professores para o atendimento educacional especializado edemais professores da educação para a inclusão escolar;e) participação da família e da comunidade;f) acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários eequipamentos, nos transportes, na comunicação e informação, e;

g) articulação intersetorial na implementação das políticas públicas

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POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

DIRETRIZES

a) A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos osníveis, etapas e modalidades, realiza o AEE, disponibiliza os recursos eserviços e orienta quanto sua utilização no processo de ensino eaprendizagem nas turmas comuns do ensino regular.

b) As atividades do AEE são diferentes das realizadas na sala de aulacomum. Não substituem as aulas comuns, mas sim complementam e/ousuplementam a formação dos alunos, visando autonomia e independênciana escola e fora dela. Transforma-se em complemento da formação do alunocom deficiência, deixando de ser uma modalidade curricular em escolas eclasses especiais, de substituição do ensino comum.

c) As classes e escolas especiais transformam-se em salas de recursosmultifuncionais nas escolas regulares e centros de apoio.

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POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

DIRETRIZES

d) Tem inicio na educação infantil, onde são desenvolvidas as bases necessárias paraa construção do conhecimento e desenvolvimento global do aluno. O lúdico, o acessoàs formas diferenciadas de comunicação, os estímulos aos aspectos físicos,emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais favorecem as relações interpessoais, orespeito e valorização da criança.

e) Na educação superior, a EE se dá por meio de ações que promovam o acesso,permanência e participação dos alunos, por meio do planejamento e organização derecursos e serviços que promovam acessibilidade arquitetônica, comunicacional, nossistemas de informação, nos materiais didáticos e pedagógicos. Essa organizaçãodeve se dá desde o processo seletivo e no desenvolvimento de todas as atividadesdurante no curso, seja no ensino, na pesquisa e na extensão.

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POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

DIRETRIZES

f) Para alunos surdos, devido a diferença lingüística, orienta-se que o alunosurdo esteja com outros surdos em turmas comuns na escola regular, com aeducação bilíngüe (Língua Portuguesa/Libras), com o ensino da LínguaPortuguesa como segunda língua na modalidade escrita, os serviços dotradutor/intérprete de Libras e Língua Portuguesa e o ensino da Libras paraos demais alunos da escola.

g) O AEE é feito por intermédio da atuação de profissionais que ensinam aLibras, a Língua Portuguesa como segunda língua, que tenhamconhecimentos específicos do sistema Braille, do Soroban, da orientação emobilidade, das atividades de vida autônoma, da comunicação alternativa,do desenvolvimento dos processos mentais superiores, dos programas deenriquecimento curricular, da adequação e produção dos materiais didáticose pedagógicos, da utilização de recursos ópticos e não ópticos, da tecnologiaassistiva e outros.

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POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

DIRETRIZES

h) Avaliação pedagógica: uma ação pedagógica processual e formativa que analisa odesempenho do aluno em relação ao seu progresso individual, prevalecendo os aspectosqualitativos. Transforma-se o currículo para que seja mais flexível e dinâmico e nãomais uma adaptação curricular.

i) É papel dos sistemas de ensino organizar a educação especial na perspectiva daeducação inclusiva dispondo as funções de instrutor, tradutor/interprete de Libras eguias-intérprete, em como de monitor ou cuidador dos alunos com necessidades deapoio nas atividades de higiene, alimentação, locomoção, entre outras, que exijamauxilio constante no cotidiano escolar.

j) O professor deve ter como base na sua formação, inicial e continuada,conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área,bem como conhecimentos de gestão de sistema educacional inclusivo para assegurara intersetorialidade na implementação das políticas públicas.

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POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

DIRETRIZES

k) Os sistemas de ensino devem organizar as condições de acesso aosespaços, aos recursos pedagógicos e à comunicação que favoreçam a promoçãoda aprendizagem e a valorização das diferenças, de forma a atender asnecessidades educacionais de todos os alunos.

l) A acessibilidade deve ser assegurada mediante a eliminação de barreirasarquitetônicas, urbanísticas, na edificação – incluindo instalações,equipamentos e mobiliários – e nos transportes escolares, bem como asbarreias nas comunicações e informações.

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POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO

INCLUSIVA

EIXOS

a) Constituição de um arcabouço político e legal fundamentadona concepção de educação inclusiva;

b) institucionalização de uma política de financiamento para aoferta de recursos e serviços para a eliminação das barreiras noprocesso de escolarização

c) orientações pedagógicas para o desenvolvimento das práticaspedagógicas inclusivas.

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12. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

DECRETO N° 6.571/2008

Conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicosorganizados institucionalmente, prestado de formacomplementar ou suplementar à formação os alunos no ensinoregular (...) deve integrar a proposta pedagógica da escola,envolver a participação da família e ser realizado em articulaçãocom as demais políticas públicas.

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12. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

OBJETIVOS

a) Prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regulardos alunos atendidos;

b) garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensinoregular;

c) fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos queeliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem;

d) assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis deensino.

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12. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

COMPETÊNCIAS

É papel da União prestar apoio técnico e financeiro para os sistemas públicosde ensino dos Estados, DF e dos Municípios, com o escopo de ampliar oatendimento educacional especializado para o público atendimento na redepública de ensino regular.

Também é de sua competência disciplinar os requisitos, as demandas e osprocedimentos para tal apoio, bem como a realização do acompanhamento e omonitoreamento do acesso à escola por parte dos beneficiários do BPC,juntamente com o MS, MDS e SDH-PR.

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12. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

ATRIBUIÇÕES DO MEC

a) Implantar salas de recursos multifuncionais, entendidas como ambientesdotados de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicospara a oferta do AEE;

b) formação continuada dos professores para o AEE;

c) formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola para aeducação inclusiva;

d) adequação arquitetônica de prédios escolares para acessibilidade;

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12. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

ATRIBUIÇÕES DO MEC

e) elaboração, produção e distribuição de recursos educacionais para aacessibilidade, incluindo livros didáticos e paradidáticos em braile, áudio eLibras, laptops com sintetizador de voz, softwares para comunicaçãoalternativa e outras ajudas técnicas que possibilitam o acesso ao currículo;

f) estruturar núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educaçãosuperior, com o objetivo de eliminar barreiras físicas, de comunicação e deinformação que restringem a participação e o desenvolvimento acadêmico esocial de alunos com deficiência.

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12. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

A EXECUÇÃO

Pode ser ofertado pelos sistemas públicos de ensino ou pelasinstituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas semfins lucrativos, com atuação exclusiva na educação especial,conveniadas com o poder executivo competente, dependendo daaprovação do projeto pedagógico.

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13. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

DECRETO N° 6.949/2009 (status de emenda constitucional)

Tal convenção foi realizada pela Organização das NaçõesUnidas, em 30 de março de 2007, com o seguinte objetivo:

Promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo detodos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todasas pessoas com deficiência e promover o respeito pela suadignidade inerente.

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13. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

CONCEITO DE DEFICIÊNCIA COMO MODELO SOCIAL

Desloca a idéia de limitação presente na pessoa para a suainteração com o ambiente ao definir as pessoas com deficiênciacomo “aquelas que têm impedimento de natureza física,intelectual ou sensorial, os quais em interação com diversasbarreiras podem obstruir sua participação plena e efetiva nasociedade com as demais pessoas” (Art. 1°).

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13. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

CONCEITO DE DISCRIMINAÇÃO EM RAZÃO DA DEFICIÊNCIA

Qualquer diferenciação, exclusão ou restrição baseada emdeficiência, com o propósito ou efeito de impedir ouimpossibilitar o reconhecimento, o desfrute ou o exercício, emigualdade de oportunidades com as demais pessoas, de todosdos direitos humanos e liberdades fundamentais nos âmbitospolítico, econômico, social, cultural, civil ou qualquer outro.Abrange todas as formas de discriminação, inclusive de

adaptação razoável.

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13. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

PRINCÍPIOS

a) o respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual, inclusive aliberdade de fazer as próprias escolhas, e a independência das pessoas.b) a não-discriminação.c) a plena e efetiva participação e inclusão na sociedade.d) o respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência comoparte da diversidade humana e da humanidade.e) a igualdade de oportunidades.f) a acessibilidade.g) a igualdade entre o homem e a mulher.h) o respeito pelo desenvolvimento das capacidades das crianças comdeficiência e pelo direito das crianças com deficiência de preservar suaidentidade.

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13. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

DIREITO À EDUCAÇÃO - ARTIGO 24

Visando a igualdade de oportunidades, sem discriminações, os Estados-Partes devem assegurar um sistema de educação inclusiva em todos osníveis de ensino, com os seguintes objetivos:

a) o pleno desenvolvimento do potencial humano e do senso de dignidade eauto-estima, além do fortalecimento pelos direitos humanos, pelas liberdadesfundamentais e pela diversidade humana;

b) o máximo desenvolvimento possível da personalidade e dos talentos e dacriatividade das pessoas com deficiência, assim como de suas habilidadesfísicas e intelectuais;

c) a participação efetiva das pessoas com deficiência em uma sociedade livre.

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13. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

OBRIGAÇÕES DOS ESTADOS-PARTES

a) garantir que as pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório, sob alegação de deficiência;b) garantir que as pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensinofundamental inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade de condiçõescom as demais pessoas da comunidade em que vivem;c) garantir adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuaissejam providenciadas;d) garantir que as pessoas com deficiência recebam o apoio necessário, noâmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetivaeducação;e) garantir que medidas de apoio individualizadas e efetivas sejamadotadas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico esocial, de acordo com a meta de inclusão plena.

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13. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

MEDIDAS PELOS ESTADOS-PARTES

a) Facilitar o aprendizado do Braille, escrita alternativa, modos, meios eformatos de comunicação aumentativa e alternativa, e habilidades deorientação e mobilidade, além de facilitação do apoio e aconselhamento depares;b) Facilitar o aprendizado da língua de sinais e promoção da identidadelingüística da comunidade surda;c) Garantir que a educação de pessoas, em particular crianças cegas,surdocegas e surdas, seja ministrada nas línguas e nos modos e meios decomunicação mais adequados ao individuo e em ambientes que favoreçamao máximo seu desenvolvimento acadêmico e social.d) Assegurar às pessoas com deficiência o acesso ao ensino superior emgeral, treinamento profissional de acordo com sua vocação, educação paraadultos e formação continuada, sem discriminação e em igualdade decondições, e para tanto, assegurar a provisão de adaptações razoáveis parapessoas com deficiência.

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14. DIRETRIZES OPERACIONAIS PARA O AEE NA EDUCAÇÃO BÁSICA, NA MODALIDADE

EDUCAÇÃO ESPECIAL

RESOLUÇÃO N° 4/2009 – CNE

Art. 13. São atribuições do professor:

I – identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursospedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando asnecessidades específicas dos alunos público-alvo da EducaçãoEspecial;II – elaborar e executar plano de Atendimento EducacionalEspecializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidadedos recursos pedagógicos e de acessibilidade;

(...)

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14. DIRETRIZES OPERACIONAIS PARA O AEE NA EDUCAÇÃO BÁSICA, NA MODALIDADE

EDUCAÇÃO ESPECIAL

Art. 13. São atribuições do professor:

III – organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala derecursos multifuncionais;IV – acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursospedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular,bem como em outros ambientes da escola;V – estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração deestratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade;

(...)

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14. DIRETRIZES OPERACIONAIS PARA O AEE NA EDUCAÇÃO BÁSICA, NA MODALIDADE

EDUCAÇÃO ESPECIAL

Art. 13. São atribuições do professor:

VI – orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e deacessibilidade utilizados pelo aluno;VII – ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidadesfuncionais dos alunos, promovendo autonomia e participação;VIII – estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum,visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e deacessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nasatividades escolares

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14. REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DO TRADUTOR-INTÉRPRETE DE LIBRAS

LEI Nº 12.319, DE 1º DE SETEMBRO DE 2010

Estabelece a competência do profissional, a formaçãonecessária, as atribuições e aspectos éticos.

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CONCLUSÃO

“Devemos lutar pela igualdade sempre que a diferença nos inferioriza mas, devemos

lutar pela diferença sempre que a igualdade nos descaracteriza”.

(Boaventura de Sousa Santos)

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CONCLUSÃO

"Toda pessoa nasce com um potencial e tem direito de desenvolvê-lo. Para desenvolver o seu potencial as

pessoas precisam de oportunidades. O que uma pessoa se torna ao longo da vida depende de duas coisas: as

oportunidades que tem e as escolhas que fez. Além de ter oportunidades as pessoas precisam ser preparadas

para fazer escolhas."

(Paradigma do Desenvolvimento Humano do Programa

das Nações Unidas para o Desenvolvimento)

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EDMARCIUS CARVALHO

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