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Direito Administrativo: • Regime Jurídico dos Servidores Públicos Federais – Lei nº 8.112/90 e alterações posteriores. Pág. 1 • Lei nº 8.666/93 e alterações posteriores: Pág. 44 - Capítulo I – Das Disposições Gerais; Seção I – Dos Princípios, Arts. 1º, 2º, 3º, 4º e 5º; Seção II – Das Definições, Art. 6º; - Capítulo II – Da Licitação; Seção I – Das Modalidades, Limites e Dispensa - Arts. 20, 21, 22, 23, 24, 25 e 26. • Exercícios. Pág. 48
Lei nº 8.112, de 11/12/90
Dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União,
das Autarquias e das Fundações Públicas Federais.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis
da União, das Autarquias, inclusive as em regime especial, e das Fundações
Públicas Federais.
Comentário
A EC no 19 extinguiu o regime jurídico único dos servidores públicos,
substituindo-o pela obrigatoriedade da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios instituirem um Conselho de Política de
Administração e Remuneração de Pessoal.
As novas regras constitucionais visam à extinção do RJU e a isonomia
funcional (que nunca existiu) e o retorno ao sistema que vigorava na Cons-
tituição anterior, em função do qual poderia a Administração ter cargos
públicos e carreiras funcionais regidas por regimes jurídicos diversos (regi-
me estatutário, regime trabalhista - CLT e agora, também, pelo regime
especial ou de emprego), coordenando-se, obviamente, a natureza das
funções a serem exercidas.
LEI N° 9.962, DE 22/2/2000
Disciplina o regime de emprego público do pessoal da Administração federal direta, autárquica e fundacional, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1° O pessoal admitido para emprego público na Administração federal direta, autárquica e fundacional terá sua relação de trabalho regida pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n° 5.452, de 1° de maio de 1943, e legislação trabalhista correlata daquilo que a lei não dispuser em contrário. § 1° Leis específicas disporão sobre a criação dos empregos de que trata esta Lei no âmbito da Administração direta, artárquica e fundacional do Poder Executivo, bem como sobre a transformação dos atuais cargos em empregos. § 2° É vedado:
I - submeter ao regime de que trata esta Lei: a) (VETADO) b) cargos públicos de provimento em comissão; II - alcançar, nas leis a que se refere o § 1°, servidores regidos pela Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, às datas das respectivas publicações. § 3° Estende-se o disposto no § 2° à criação de empregos ou à transformação de cargos em empregos não abrangidas pelo § 1°. § 4° (VETADO) Art. 2° A contratação de pessoal para emprego público deverá ser precedida de concurso público de provas ou de provas e títulos, conforme a natureza e a complexidade do emprego. Art. 3° O contrato de trabalho por prazo indeterminado somente será rescindido por ato unilateral da Administração pública nas seguintes hipóteses: I - prática de falta grave, dentre as enumeradas no art. 482 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT; II - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; III - necessidade de redução de quadro de pessoal, por excesso de despesa, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 169 da Constituição Federal; IV - insuficiência de desempenho, apurada em procedimento no qual se assegurem pelo menos um recurso hierárquico dotado de efeito suspensivo, que será apreciado em trinta dias, e o prévio conhecimento dos padrões mínimos exigidos para continuidade da relação de emprego, obrigatoriamente estabelecidos de acordo com as peculiaridades das atividades exercidas. Parágrafo único. Excluem-se da obrigatoriedade dos procedimentos previstos no caput as contratações de pessoal decorrentes da autonomia de gestão de que trata o § 8° do art. 37 da Constituição Federal. Art. 4° Aplica-se às leis a que se refere o § 1° do art. 1° desta Lei o disposto no art. 246 da Constituição Federal. Art. 5° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 22 de fevereiro de 2000; 179° da Independência de 112° da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Martus Tavares
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público. Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros e aos estrangeiros na forma da lei, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
Comentário
Desde a promulgação da Emenda Constitucional n° 19, em 4/6/98, os
estrangeiros, na forma da lei, poderão ser investidos em cargos, empregos e
funções públicos.
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Essa Emenda seguiu a tendência iniciada pela EC n° 11/96, que facultou às
universidades e instituições de pesquisa científica admitir professores,
técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da Lei n° 9.515/97. Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.
TÍTULO II DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO,
REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO
CAPÍTULO I DO PROVIMENTO
Seção I
Disposições Gerais Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público: I - a nacionalidade brasileira;
Comentário
Aos brasileiros naturalizados e aos portugueses equiparados somente não
são acessíveís os cargos previstos no art. 12, parág. 3° da Constituição
Federal (Presidente e Vice-Presidente da República, Presidente da Câmara
dos Deputados, Presidente do Senado Federal, Ministro do STF, carreira
diplomática e oficiais das Forças Armadas e seus assentos no Conselho da
República.
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de 18 (dezoito) anos;
VI - aptidão física e mental.
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros
requisitos estabelecidos em lei.
§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se
inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições
sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais
pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no
concurso.
§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas
estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.
Comentário
A Lei n° 9.515, de 20/11/97, possibilita o provimento de cargos das
universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais
com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as
normas e os procedimentos do RJU.
Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da
autoridade competente de cada Poder. Art. 7º A investidura do cargo público ocorrerá com a posse. Art. 8º São formas de provimento de cargo público: I - nomeação; II - promoção; III e IV (Revogados); V - readaptação; VI - reversão; VII - aproveitamento; VIII - reintegração;
IX - recondução.
Comentário
Revogados os incisos III e IV, em face de terem sido declaradas
inconstitucionais essas formas de provimento pelo Supremo Tribunal
Federal (Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADIn no 837-4DF, DJ de
23/4/93 e Mandado de Segurança-MS no 22.148-8, DJ de 8/3/96).
Seção II
Da Nomeação Art. 9º A nomeação far-se-á: I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira; II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de con-fiança vagos. Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.
Comentário
Incluída a possibilidade de nomeação em comissão, também em caráter de
interinidade, exclusivamente para cargos vagos.
O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial pode ser
nomeado interinamente para outro cargo vago, hipótese em que a portaria
ou decreto de nomeação deverá prever expressamente que o exercício dar-
se-á sem prejuízo das atribuições do cargo que já ocupava e sem
acumulação de remuneração.
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de
provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de
provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o
prazo de validade.
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento
do servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei
que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública
Federal e seus regulamentos.
Comentário
Foram excluídas as formas ascensão e acesso, em face de terem sido
declaradas inconstitucionais.
Seção III
Do Concurso Público
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser
realizado em 2 (duas) etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento
do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao
pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio,
e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98
Art. 37. II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista
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em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; ...................................................................................................................................................... V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
Comentário
Passou a ser expressamente permitida a isenção de pagamento em situações
previstas em edital. O pagamento de inscrição, anteriormente previsto em
decreto, passou a constar da lei, com a condição de que seja indispensável
ao custeio do concurso.
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser
prorrogada uma única vez, por igual período.
§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização
serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em
jornal diário de grande circulação.
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em
concurso anterior com prazo de validade não expirado.
Seção IV
Da Posse e do Exercício
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual
deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os
direitos ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente,
por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação
do ato de provimento.
§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de
provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado
nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas a, b, d, e e f, IX e X do art.
102, o prazo será contado do término do impedimento. Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: I - por motivo de doença em pessoa da família; ...................................................................................................................................................... III - para o serviço militar; ...................................................................................................................................................... V - para capacitação; Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de: I - férias; ...................................................................................................................................................... IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído, conforme dispuser o regulamento, desde que tenha havido contribuição para qualquer regime da Previdência. ...................................................................................................................................................... VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; ...................................................................................................................................................... VIII - licença: a) à gestante, à adotante e à paternidade; b) para tratamento da própria saúde, até o limite de 24 (vinte e quatro) meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; ...................................................................................................................................................... d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; f) por convocação para o serviço militar;
IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica;
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
§ 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.
§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores
que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de
outro cargo, emprego ou função pública.
§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no
prazo previsto no § 1º deste artigo.
Comentário
Foi eliminada a prorrogação, garantindo maior celeridade à Administração
para a utilização da força de trabalho dos recém-nomeados.
Passaram a ser consideradas para os efeitos da postergação do início da
contagem do prazo, as licenças por motivo de doença em pessoa da família,
para o serviço militar e para capacitação, à gestante, à adotante e à
paternidade, para tratamento da própria saúde, por acidente em serviço,
bem assim os afastamentos em virtude de férias, programa de treinamento
regularmente instituído, júri, deslocamento para nova sede e participação
em competição desportiva nacional ou nomeação para integrar re-
presentação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme lei
específica.
Excluídas as expressões "acesso e ascensão", tendo em vista a declaração
de inconstitucionalidade. Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica
oficial.
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto
física e mentalmente para o exercício do cargo.
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público
ou da função de confiança.
§ 1º É de 15 (quinze) dias o prazo para o servidor empossado em cargo
público entrar em exercício, contados da data da posse.
§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato
de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos
prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18.
§ 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado
ou designado o servidor compete dar-lhe exercício.
§ 4º O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de
publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em
licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que
recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá
exceder a 30 (trinta) dias da publicação.
Comentário
Explicitado que o exercício é o efetivo desempenho das atribuições do
cargo público (cargo de provimento efetivo e em comissão) ou da função
de conlïança.
Foi reduzido para 15 dias, garantindo maior celeridade à Administração
para a utilização da força de trabalho dos recém-nomeados.
Foi explicitado que será tornado sem efeito o ato de designação para função
de confiança de servidor que não entrar em exercício nesse prazo.
O início do exercício de função passou a coincidir com a data de
publicação do ato de designação, sendo que continua não havendo posse
em funções, somente em cargos. Se o servidor estiver afastado legalmente,
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o exercício recairá no primeiro dia útil após o impedimento, que não poderá
exceder a trinta dias da data de designação.
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão
registrados no assentamento individual do servidor.
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão
competente os elementos necessários ao seu assentamento individual.
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado
no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato
que promover o servidor.
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de
ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício
provisório terá, no mínimo, 10 (dez) e, no máximo, 30 (trinta) dias de
prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo
desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo
necessário para o deslocamento para a nova sede.
§ 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado
legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir do
término do impedimento.
§ 2º É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput.
Comentário
Estabelecidos os limites mínimo e máximo de dez e trinta dias,
respectivamente, contados da publicação do ato, para o servidor ter
exercício em outro município, em razão de remoção, redistribuição,
requisição ou exercício provisório, ajustando-se o interesse da
Administração e as necessidades do servidor, bem como excluída a
transferência, por ter sido declarada inconstitucional.
Foi prevista a hipótese do servidor declinar dos prazos mínimo e máximo, a
fim de apresentar-se antes, quando assim o desejar.
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das
atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima
do trabalho semanal de 40 (quarenta) horas e observados os limites mínimo
e máximo de 6 (seis) horas e 8 (oito) horas diárias, respectivamente.
§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança
submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o
disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver
interesse da Administração.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica à duração de trabalho estabelecida
em leis especiais.
Comentário
Foi fixada a duração máxima de trabalho de 40 horas semanais, observados
os limites mínimo e máximo de 6 e 8 horas diárias, respectivamente.
A ressalva passou a constar de parágrafo específico, de acordo com a
duração de trabalho estabelecida em leis especiais.
A redação foi adequada para, em conjunto com a alteração do art. 120,
permitir o exercício concomitante de cargo em comissão com um dos
cargos efetivos que acumula licitamente.
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o cargo de
provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 36
(trinta e seis) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto
de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:
I - assiduidade;
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - produtividade;
V - responsabilidade.
§ 1º Periodicamente será submetida à homologação da autoridade
competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo
com os critérios estabelecidos em lei.
Comentário
Para os servidores que ingressarem no serviço público a partir de 5 de
junho de 1998, o estágio probatório é de 36 (trinta e seis) meses e não mais
de 24 meses.
§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se
estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto
no parágrafo único do art. 29. Art. 29. . Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro...
§ 3º O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de
provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento
no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão
ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento
em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, de
níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes.
§ 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as
licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96,
bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente de
aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal. Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: I - por motivo de doença em pessoa da família; II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; III - para o serviço militar; IV - para atividade política; ......................................................................................................................................................Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições: I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo; II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III - investido no mandato de vereador: a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar por sua remuneração. ......................................................................................................................................................Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal. ......................................................................................................................................................Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.
§ 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os
afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1º, 86 e 96, bem assim na
hipótese de participação em curso de formação e será retomado a partir do
término do impedimento.
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Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por junta médica oficial. ...................................................................................................................................................... Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. § 1º A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração. ...................................................................................................................................................... Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e à véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. ...................................................................................................................................................... Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.
Comentário
Passou a ser permitida a cessão para o exercício de cargo em comissão do
grupo DAS, de níveis 6, 5 e 4, e de natureza especial ou equivalentes,
inclusive em outros poderes ou esferas de governo, bem assim o exercício
de quaisquer cargos em comissão ou funções no próprio órgão ou entidade
em que estiver lotado o servidor
Também passou a ser permitida a concessão das seguintes licenças e
afastamentos: para participação em curso de formação, doença em pessoa
da família, afastamento do cônjuge ou companheiro, serviço militar,
atividade política, mandato eletivo, estudo ou missão no exterior e para
servir em organismo internacional.
Foi estabelecida, ainda, a suspensão do estágio, retomada a sua contagem a
partir do término do impedimento, nos casos de licenças por motivo de
doença em pessoa da família, afastamento do cônjuge ou companheiro, sem
remuneração, atividade política, para servir em organismo internacional e
na hipótese de participação em curso de formação.
Todas estas medidas disciplinam o estágio probatório em consonância com
a política de realização regular de concursos públicos para os quadros da
Administração.
Seção V
Da Estabilidade
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo
de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público após 3 anos
de efetivo exercício.
Comentário
Nos termos do art. 28 da EC no 19/98, ficou assegurado o prazo de 2 (dois)
anos de efetivo exercício para aquisição da estabilidade aos servidores em
estágio probatório à época da promulgação dessa Emenda (5/6/98), sem
prejuízo das avaliações especial e obrigatória previstas.
Art. 22. O servidor perderá o cargo em virtude de sentença judicial
transitada em julgado, de processo administrativo ou insuficiência de
desempenho, no qual lhe sejam assegurados o contraditório e a ampla
defesa.
Comentário
Em regra, os servidores estáveis somente poderão perder o cargo:
X em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
X mediante processo administrativo em que lhe sejam assegurados o
contraditório e a ampla defesa;
X na hipótese de insuficiência de desempenho;
X quando as Despesas Totais com Pessoal excederem a:
I - no caso da União: cinqüenta por cento da Receita Corrente Líquida;
II - no caso dos Estados, Distrito Federal e Municípios: sessenta por cento
da Receita Corrente Líquida.
Antes da exoneração dos servidores estáveis, a União, os Estados e os
Municípios adotarão as sefiuintes providências:
1°) redução em, pelo menos, 20% das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança;
2°) exoneração dos não-estáveis (aqueles admitidos na Administração
direta, autárquica e fundacional sem concurso público de provas ou provas
e títulos, após 5/10/83).
Poderá ser adotada a redução de jornada de trabalho, com adequação
proporcional dos vencimentos à jornada reduzida (LC n° 96 de 31/5/99).
A Constituição resguardou ao servidor estável que perder o cargo o direito
à indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
A exoneração de servidor público estável, por excesso de despesa, deverá
especificar o critério impessoal adotado para desligá-lo do respectivo cargo,
a ser escolhido entre:
I - menor tempo de serviço público;
II-maior remuneração;
III - menor idade.
O critério geral impessoal eleito poderá ser combinado com o critério
complementar do número de dependentes para fins de formação de uma
listagem de classificação (Lei n" 9.801, de 16 de junho de 1999).
Seção VI
Da Transferência
Art. 23. (Revogado em razão de declaração de inconstitucionalidade).
Seção VII
Da Readaptação
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposen-
tado.
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada
a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos
e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas
atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
Comentário
Foram acrescidos como requisitos o nível de escolaridade e a equivalência
de vencimentos, bem como, na hipótese de inexistência de cargo vago, que
o servidor exercerá as suas atribuições como excedente à lotação até o
surgimento de vaga, criando condições para que a Administração possa
6
aproveitar essa força de trabalho em outras atividades, evitando a
aposentadoria precoce.
Seção VIII Da Reversão
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou II - no interesse da administração, desde que: a) tenha solicitado a reversão; b) a aposentadoria tenha sido voluntária; c) estável quando na atividade; d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; e) haja cargo vago. § 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. § 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria. § 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. § 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria. § 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. § 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo." (NR) Art. 26. Revogado. Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.
Seção IX Da Reintegração
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. § 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, observando o disposto nos arts. 30 e 31. § 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização ou aprovei-tamento em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.
Seção X Da Recondução
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante. Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.
Seção XI Da Disponibilidade e do Aproveitamento
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á
mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e
vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
Art. 31. O Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o
imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a
ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública federal.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3º do art. 37, o servidor posto
em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão
central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal – SIPEC, até
o seu adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade.
Comentário
Foi acrescida a possibilidade de manter o servidor posto em disponibilidade
sob a responsabilidade do órgão central do SIPEC, até o seu
aproveitamento em outro órgão ou entidade.
Trata-se de importante instrumento de apoio ao processo de reforma do
Estado, que permite flexibilidade na organização e ajustamento da força de
trabalho de órgãos e entidades em processo de reorganização ou extinção.
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a
disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo
doença comprovada por junta médica oficial.
CAPÍTULO II DA VACÂNCIA
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:
I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
IV e V (Revogados.)
VI - readaptação;
VII - aposentadoria;
VIII - posse em outro cargo inacumulável;
IX - falecimento.
Comentário
Revogados os incisos IV e V, em razão da declaração de
inconstitucionalidade.
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de
ofício.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no
prazo estabelecido.
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de
confiança, dar-se-á:
I - a juízo da autoridade competente;
II - a pedido do próprio servidor.
Comentário
O caput passou a prever as hipóteses de exoneração de cargo e de dispensa
de função, independentemente da aprovação do sistema de carreiras.
CAPÍTULO III
DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO
Seção I
Da remoção
7
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por
modalidades de remoção:
I - de ofício, no interesse da Administração;
II - a pedido, a critério da Administração;
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da
Administração:
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, servidor público ou militar,
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente
que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
condicionada à comprovação por junta médica oficial;
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o
número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com
normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam
lotados.
Comentário
A redação foi alterada para melhor explicitar as diferentes modalidades de
remoção: de ofício, no interesse da Administração; a pedido, a critério da
Administração; e a pedido, para outra localidade, independentemente do
interesse da Administração.
A nova redação também prevê o processo seletivo segundo critérios
preestabelecidos pelo órgão ou entidade a que os servidores se vinculem,
nos casos em que a demanda de remoções, a pedido, para uma determinada
localidade, seja superior ao número de vagas existentes, garantindo, dessa
forma, igualdade de oportunidades para todos os interessados.
No caso de remoção a pedido para acompanhar cônjuge ou companheiro,
foi acrescida condição restritiva de que o respectivo cônjuge ou companhei-
ro também seja servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e Municípios, de maneira a
resguardar o interesse da Administração, permitindo um controle mais
acentuado na distribuição da força de trabalho.
Seção II
Da Redistribuição
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo,
ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou
entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do
SIPEC, observados os seguintes preceitos:
I - interesse da administração;
II - equivalência de vencimentos;
III - manutenção da essência das atribuições do cargo;
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das
atividades;
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades
institucionais do órgão ou entidade.
§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da
força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de
reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade.
§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato
conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e entidades da
Administração Pública Federal envolvidos.
§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto
o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor
estável que não for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu
aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. Art. 31. O Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública federal.
§ 4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade
poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter
exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até seu adequado
aproveitamento.
Comentário
Foi introduzido novo conceito para permitir o deslocamento de cargos
vagos ou ocupados, detalhando preceitos para sua realização e possibilitan-
do ao servidor que não seja redistribuído ou posto em disponibilidade que
seja mantido sob a responsabilidade do órgão central do SIPEC, ou tenha
exercício provisório em outro órgão ou entidade, até seu adequado
aproveitamento, permitindo flexibilidade na organização e ajustamento da
força de trabalho de órgãos e entidades em processo de reorganização ou
extinção.
CAPÍTULO IV
DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia
e os ocupantes de cargo de natureza especial terão substitutos indicados no
regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo
dirigente máximo do órgão ou entidade.
§ 1º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do
cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os
de natureza especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regula-
mentares do titular e na vacância no cargo, hipóteses em que deverá optar
pela remuneração de um deles durante o respectivo período.
§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de
direção ou chefia ou de cargo de natureza especial, nos casos dos
afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a 30 (trinta) dias
consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que
excederem o referido período.
Comentário
Foi acrescido o cargo de natureza especial e explicitado que a autoridade
competente é o dirigente máximo do órgão ou entidade a que pertence o
servidor, bem como foi estabelecido que a substituição ocorrerá automática
e cumulativamente nos afastamentos ou impedimentos legais ou
regulamentares do titular, sem prejuízo do cargo que ocupa.
Também foi modificada a redação para contemplar a substituição no caso
de vacância de cargo, evitando-se quebra de continuidade no serviço.
A substituição passou a ser remunerada, se por tempo superior a 30 dias
consecutivos, paga somente na proporção dos dias que excederem esse
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período e, no caso de o substituto já ser ocupante de outro cargo ou função,
de acordo com a opção pela remuneração de um deles. Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nível de assessoria.
TÍTULO III DOS DIREITOS E VANTAGENS
CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.* Parágrafo único. Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, importância inferior ao salário mínimo. Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.*
§ 1º A remuneração do servidor investido em função ou cargo em comissão
será paga na forma prevista no art. 62. Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de natureza especial é devida retribuição pelo seu exercício. Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9º.
§ 2º O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade
diversa da de sua lotação receberá a remuneração de acordo com o
estabelecido no § 1º do art. 93. Art. 93. I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; § 1º Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos.
§ 3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter
permanente, é irredutível.
Comentário
É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público.
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de
remuneração ou subsídio, importância superior à soma dos valores
percebidos como subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal.
Parágrafo único. Excluem-se do teto as seguintes vantagens: décimo
terceiro salário, adicional de férias, hora-extra, salário-família, diárias,
ajuda de custo e transporte.
Comentário
Veda-se, portanto, qualquer gratificação adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie semelhante.
Art. 43. (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2/4/98.)
Comentário
Revogado, em razão da fixação do fator de até 25,641 para a relação entre a
maior e a menor remuneração dos servidores públicos (art. 18 da Lei 9.624,
de 2/4/98)
Art. 44. O servidor perderá:
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências
justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas
antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês
subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata.
Comentário
Foi acrescida a expressão "sem motivo justificado" para estabelecer que a
perda da remuneração só ocorre nessa hipótese de falta.
Foi eliminado o limite de 60 minutos e flexibilizada a compensação de
horários nos casos de atrasos, ausências justificadas e saídas antecipadas
até o mês subseqüente, com a anuência da chefia imediata, conjugando o
interesse da Administração e os imprevistos cotidianos.
Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de
força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo
assim consideradas como efetivo exercício.
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto
incidirá sobre a remuneração ou provento.
Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver
consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da
administração e com reposição de custos, na forma definida em
regulamento.
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ou ao pensionista e amortizadas em parcelas mensais cujos valores não excederão a dez por cento da remuneração ou provento. § 1o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única parcela. § 2o Aplicam-se as disposições deste artigo à reposição de valores recebidos em cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venham a ser revogadas ou rescindida. § 3o Nas hipóteses do parágrafo anterior, aplica-se o disposto no § 1o deste artigo sempre que o pagamento houver ocorrido por decisão judicial concedida e cassada no mês anterior ao da folha de pagamento em que ocorrerá a reposição." (NR)
Comentário
Foi estabelecido que os descontos seriam previamente comunicados ao
servidor, em valores atualizados até 30/6/94, sendo que, no caso de inde-
nização, a parcela não excederá a 10% da remuneração ou provento e, no
caso de reposição, a 25%; ou em uma única parcela, se o pagamento
indevido for no mês anterior. Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa." (NR)
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Comentário
Foi acrescida a hipótese de que o débito seja superior a cinco vezes a
remuneração do servidor.
Também foi incluída a obrigatoriedade da quitação de débito decorrente de
cassação ou revisão de liminar, de qualquer medida de caráter antecipatório
ou de sentença no prazo de 30 dias, contados da notificação, sob pena de
inscrição em dívida ativa.
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de
arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos
resultante de decisão judicial.
CAPÍTULO II
DAS VANTAGENS
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes
vantagens:
I - indenizações;
II - gratificações;
III - adicionais.
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para
qualquer efeito.
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou
provento, nos casos e condições indicados em lei.
Art. 50. Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor não serão
computados, nem acumulados, para efeito de concessão de quaisquer
outros acréscimos pecuniários ulteriores sob o mesmo título ou idêntico
fundamento.
Seção I
Das Indenizações
Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:
I - ajuda de custo;
II - diárias;
III - transporte.
IV - auxílio-moradia.(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos I a III do
art. 51, assim como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos
em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)
Subseção I
Da Ajuda de Custo
Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação
do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova
sede, com mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo
pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou
companheiro que detenha também a condição de servidor vier a ter
exercício na mesma sede.
Comentário
Foi introduzida vedação de pagamento duplo da ajuda de custo, a qualquer
tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha também a
condição de servidor vir a ter exercício na mesma localidade.
§ 1º Correm por conta da Administração as despesas de transporte do
servidor e de sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens
pessoais.
§ 2º À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda
de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1
(um) ano, contado do óbito.
Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor,
conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância
correspondente a 3 (três) meses.
Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do
cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.
Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor da
União, for nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio.
Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a ajuda de
custo será paga pelo órgão cessionário, quando cabível. Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando,
injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta)
dias.
Subseção II
Das Diárias
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual
ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará
jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas
extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme
dispuser em regulamento.
§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela
metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando
a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por
diárias.
§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência
permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias.
§ 3º Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da
mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião,
constituídas por municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em
áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição
e competência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se
estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as
diárias pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do
território nacional.
Comentário
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Foi alterado o caput para melhor explicitar a natureza e os fundamentos da
concessão de diárias, incluindo-se na lei a previsão legal de sua concessão
para os afastamentos para o exterior
A diária passou a ser devida pela metade, também na hipótese de a União
custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias,
evitando-se, assim, a duplicidade de gastos.
Foi introduzida, ainda, nova proibição, na hipótese de o deslocamento
ocorrer dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou
microrregião, constituídas por municípios limítrofes, ou em áreas de
controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e
competência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros seja considerada
estendida, exceto no caso de pernoite fora da sede, quando as diárias serão
pagas nos mesmos parâmetros fixados para os afastamentos dentro do
território nacional.
Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por
qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5
(cinco) dias.
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor
do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em
excesso, no prazo previsto no caput.
Subseção III
Da Indenização de Transporte*
Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar
despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução
de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme
se dispuser em regulamento. Subseção IV
Do Auxílio-Moradia (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses que antecederem a sua nomeação; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, em relação ao local de residência ou domicílio do servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse período; e (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo efetivo. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comissão relacionado no inciso V. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) Art. 60-C. O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a cinco anos dentro de cada período de oito anos, ainda que o servidor mude de cargo ou de Município de exercício do cargo. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) Parágrafo único. Transcorrido o prazo de cinco anos de concessão, o pagamento somente será retomado se observados, além do disposto no caput, os requisitos do caput do art. 60-B, não se aplicando, no caso, o parágrafo único do citado art. 60-B. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) Art. 60-D. O valor do auxílio-moradia é limitado a vinte e cinco por cento do valor do cargo em comissão ocupado pelo servidor e, em qualquer hipótese, não poderá ser superior ao auxílio-moradia recebido por Ministro de Estado. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Seção II
Das Gratificações e Adicionais
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão
deferidos aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e
adicionais:
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;
Comentário
O termo “gratificação” foi substituído pelo termo “retribuição” para
adequação à nova redação dada ao art. 62.
II - gratificação natalina;
III – revogado
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou pe-
nosas; V - adicional pela prestação de serviço extraordinário; VI - adicional noturno;
VII - adicional de férias; VIII - adicional ou prêmio de produtividade.
Subseção I Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, Chefia e Assessoramento
Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de
natureza especial é devida retribuição pelo seu exercício. Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em
comissão de que trata o inc. II do art. 9º. Art. 9º A nomeação far-se-á: ......................................................................................................................................................II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de con-fiança vagos. ......................................................................................................................................................
Comentário
Alterado para "retribuição" com a finalidade de dissociar o conceito de uma
gratificação estática pelo exercício de um cargo ou função de confiança ad
nutum, implementando novo conceito baseado na retribuição pecuniária
devida pelo seu exercício.
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Foram suprimidos os §§ 1o e 5o, tendo sido extinta a incorporação da
retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou assessoramento,
cargo de provimento em comissão ou de natureza especial. Foi mantida a
importância paga em razão da referida incorporação, a partir de 11/11/97,
como vantagem pessoal nominalmente identificada, sujeita exclusivamente
à atualização decorrente da revisão geral da remuneração dos servidores
públicos federais e asssegurado o direito à incorporação ou atualização de
parcela ao servidor que, nesta data, tiver cumprido os requisitos para a sua
concessão ou atualização.
Subseção II Da Gratificação Natalina
Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano. Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.
Art. 64. (Vetado.) Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração
do mês da exoneração. Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
Subseção III
Do Adicional por Tempo de Serviço
Art. 67. (Revogado pela MP nº 1.815, de 5/3/99.)
Comentário
Revogado, por se tratar de vantagem concedida ao servidor pela simples
implementação do tempo de serviço, ou seja, em razão da antigüidade, não
se observando nenhum critério de merecimento e, portanto, contrário ao
princípio de eficiência introduzido no art. 37 da Constituição Federal. Por
outro lado, a medida de extinção da vantagem foi adotada, também, com
vistas ao ajuste fiscal.
Subseção IV
Dos Adicionais de Insalubridade,
Periculosidade ou Atividades Penosas*
Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais
insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas
ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do
cargo efetivo.
§ 1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de
periculosidade deverá optar por um deles.
§ 2º O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a
eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.
Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de servidores em
operações ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto
durar a gestação ou lactação, das operações e locais previstos neste artigo,
exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não
perigoso.
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de
insalubridade e de periculosidade, serão observadas as situações
estabelecidas em legislação específica.
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos servidores em
exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida
o justifiquem, nos termos, condições e limites fixados em regulamento.
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com raio X ou
substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo
que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo
previsto na legislação própria.
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos
a exames médicos a cada seis meses.
Subseção V
Do Adicional por Serviço Extraordinário
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50%
(cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.
Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para atender a
situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2
(duas) horas por jornada.*
DECRETO Nº 948, DE 5 DE OUTUBRO DE 1993 Art. 1º O pagamento de adicional por serviço extraordinário previsto no art. 73, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, será efetuado juntamente com a remuneração do mês em que ocorrer este serviço. Art. 2º A execução do serviço extraordinário será previamente autorizada, pelo dirigente de Recursos Humanos do órgão ou entidade interessado a quem compete identificar a situação excepcional e temporária de que trata o art. 74, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Parágrafo único. A proposta do serviço extraordinário será acompanhada da relação nominal dos servidores que o executará. Art. 3º A duração do serviço extraordinário não excederá a 2 (duas) horas por jornada de trabalho, obedecidos os limites de 44 (quarenta e quatro) horas mensais e 90 (noventa) horas anuais, consecutivas ou não. Parágrafo único. O limite anual poderá ser acrescido de 44 (quarenta e quatro) horas mediante autorização da Secretaria da Administração Federal – SAF/PR, por solicitação do órgão ou entidade interessado.
Subseção VI
Do Adicional Noturno
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22
(vinte e duas) horas de um dia e cinco horas do dia seguinte, terá o valor-
hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) computando-se cada hora
como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos.
Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de
que trata este artigo incidirá sobre a remuneração prevista no art. 73.
Subseção VII
12
Do Adicional de Férias
Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por
ocasião de férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da
remuneração do período de férias. Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.
Subseção VIII Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em caráter eventual: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) II - participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) III - participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) § 1o Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo serão fixados em regulamento, observados os seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situação de excepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento básico da administração pública federal: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratando de atividade prevista no inciso I do caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de atividade prevista nos incisos II a IV do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) § 2o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somente será paga se as atividades referidas nos incisos do caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensação de carga horária quando desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do § 4o do art. 98 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) § 3o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
CAPÍTULO III
DAS FÉRIAS
Art. 77. O servidor fará jus a 30 (trinta) dias de férias, que podem ser
acumuladas, até o máximo de 2 (dois) períodos, no caso de necessidade do
serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze)
meses de exercício.
§ 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
§ 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim
requeridas pelo servidor, e no interesse da Administração Pública.
Comentário
Excluído do caput o termo “consecutivos”, passando a ser permitido o
parcelamento das férias em até três etapas, mediante requerimento do
servidor e no interesse da Administração.
Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 (dois)
dias antes do início do respectivo período, observando-se o disposto no § 1º
deste artigo.
§§ 1º e 2º (Revogados.)
§ 3º O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá
indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao
incompleto, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo
exercício, ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
§ 4º A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que
for publicado o ato exoneratório.
§ 5º Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor adicional
previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal quando da
utilização do primeiro período.
Comentário
Previsto o pagamento da indenização de férias ao servidor exonerado,
relativo ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na
proporção de 1/12 por mês de efetivo exercício ou fração superior a 14
dias, com base na remuneração do mês em que for publicado o ato
exoneratório.
Estabelecido que, em caso de parcelamento das férias, o servidor receberá o
adicional de férias quando da utilização do primeiro período.
Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com raio X ou
substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por
semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a
acumulação.
Parágrafo único. (Revogado.)
Comentário
Suprimido em conseqüência da revogação dos parágrafos 1o e 2o do art. 78,
que tratavam da faculdade de conversão de 1/3 das férias em abono
pecuniário e do respectivo cálculo.
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de
calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar
ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade
máxima do órgão ou entidade.
Comentário
Foi substituída a expressão “por motivo de superior interesse público” pela
“necessidade do serviço, declarada pela autoridade máxima do órgão ou
entidade”.
Parágrafo único. O restante do período interrompido será gozado de uma só
vez, observado o disposto no art. 77.
13
Art. 77. O servidor fará jus a 30 (trinta) dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de 2 (dois) períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
Comentário
Foi estabelecido que o restante das férias interrompidas será gozado de uma
só vez, de forma a resguardar ao servidor o direito à previsibilidade de seu
descanso anual.
CAPÍTULO IV
DAS LICENÇAS
Seção I
Disposições Gerais
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:
I - por motivo de doença em pessoa da família;
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
III - para o serviço militar;
IV - para atividade política;
V - para capacitação;
Comentário
Foi alterada para “licença para capacitação”, visando a possibilitar a
utilização do período de licença para o servidor investir na sua capacitação
profissional, no interesse da Administração.
VI - para trato de interesses particulares;
VII - para desempenho de mandato classista.
§ 1º A licença prevista no inciso I será precedida de exame por médico ou
junta médica oficial.
§ 2º (Revogado.)
§ 3º É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da
licença prevista no inciso I deste artigo.
Art. 82. A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra
da mesma espécie será considerada como prorrogação.
Seção II
Da Licença por Motivo de Doença
em Pessoa da Família
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do
cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e
enteado ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu
assentamento funcional, mediante comprovação por junta médica oficial.
§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for
indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do
cargo ou mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso
II do art. 44.
§ 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo
efetivo, até 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogada por até 30 (trinta) dias,
mediante parecer de junta médica oficial e, excedendo estes prazos, sem
remuneração, por até 90 (noventa) dias.
Comentário
Foi incluído o dependente que viva às expensas do servidor e conste dos
seus assentamentos funcionais e excluído o parente afim até o segundo grau
civil para a concessão da licença.
Foi acrescida como requisito para a concessão da licença a impossihilidade
de compensação de horário.
O prazo de remuneração da licença foi reduzido para 30 dias, podendo ser
prorrogado por até 30 dias, mediante parecer de junta médica oficial e,
excedendo estes prazos, sem remuneração por até 90 dias.
Seção III
Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge
Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar
cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território
nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos
Poderes Executivo e Legislativo.
§ 1º A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração.
§ 2º No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também
seja servidor público ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício
provisório em órgão ou entidade da Administração federal direta,
autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade
compatível com o seu cargo.
Comentário
Foi adequado o conceito de “lotação provisória” para “exercício
provisório” e acrescida a exigência de que o cônjuge ou companheiro
também seja servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e Municípios, para que se permita o
exercício provisório em órgão ou entidade da Administração federal direta,
autárquica ou fundacional, de qualquer Poder.
A alteração tem como finalidade harmonizar o princípio constitucional de
proteção à entidade familiar e o interesse da Administração.
Seção IV
Da Licença para o Serviço Militar
Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida
licença, na forma e condições previstas na legislação específica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta)
dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.
Seção V
Da Licença para Atividade Política
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o
período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como
14
candidato a cargo eletivo, e à véspera do registro de sua candidatura
perante a Justiça Eleitoral.
§ 1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha
suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento,
arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao
do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o 10º (décimo)
dia seguinte ao do pleito.
§ 2º A partir do registro da candidatura e até o 10º (décimo) dia seguinte ao
da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do
cargo efetivo, somente pelo período de 3 (três) meses.
Comentário
O prazo previsto para o afastamento, nesse caso, foi reduzido para até o 10o
dia seguinte ao do pleito.
Foi estabelecido o limite máximo de três meses para a concessão da licença
remunerada, compatibilizando-se o direito à percepção de "vencimentos" e
não de "remuneração" (Lei Complementar no 64, de 18/5/90).
Também foi reduzido o termo final da licença para o 10° dia seguinte ao da
eleição.
Seção VI
Da Licença para Capacitação
Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no
interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a
respectiva remuneração, por até 3 (três) meses, para participar de curso de
capacitação profissional.
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são
acumuláveis.
Comentário
Alterado o instituto para licença para capacitação, no interesse da
Administração, por até três meses, mantida a remuneração.
Foram preservados os períodos de licença-premio já adquiridos até
15/10/96, inclusive o período residual para a concessão da licença para
capacitação.
Os períodos desse tipo de licença não são acumuláveis.
Arts. 88 e 89. (Revogados.)
Art. 90. (Vetado.)
Seção VII
Da Licença para Tratar
de Interesses Particulares
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor
ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório,
licenças para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de até 3 (três) anos
consecutivos, sem remuneração.
Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a
pedido do servidor ou no interesse do serviço.*
Comentário
Foi excluída a exigência de ser estável o servidor para a concessão de
licença, desde que não esteja em estado probatório, bem como alterado o
prazo de sua duração para até três anos consecutivos, sem remuneração.
Seção VIII
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista
Art. 92 É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para
o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de
classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade
fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou
administração em sociedade cooperativa constituída por servidores
públicos para prestar serviços a seus membros, observado o disposto na
alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em
regulamento e observados os seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº
11.094, de 2005) (Regulamento)
I - para entidades com até 5.000 associados, um servidor;
II - para entidades com 5.001 a 30.000 associados, dois servidores;
III - para entidades com mais de 30.000 associados, três servidores. Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de: ......................................................................................................................................................VIII - licença: ......................................................................................................................................................c) para o desempenho de mandato classista, exceto para efeito de promoção por merecimento;
§ 1º Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de
direção ou representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado.
§ 2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no
caso de reeleição, e por uma única vez.
Comentário
Foi alterada, passando a ser sem remuneração, na proporção de um servidor
para entidades com até 5.000 associados; dois servidores para entidades
com entre 5.001 a 30.000 associados; e três servidores para entidades com
mais de 30.000 associados, exigindo-se que a entidade interessada esteja
cadastrada no Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado-
MARE.
Foi assegurada a licença, com remuneração, já concedida em 15/10/96, até
o fim do respectivo mandato.
CAPÍTULO V DOS AFASTAMENTOS
Seção I
Do Afastamento para Servir a outro Órgão ou Entidade
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; II - em casos previstos em leis específicas. § 1º Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração
15
será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos.
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou sociedade de
economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela
remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo
acrescida de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade
cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou
entidade de origem. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)
§ 3º A cessão far-se-á mediante portaria publicada no Diário Oficial da
União.
§ 4º Mediante autorização expressa do Presidente da República, o servidor
do Poder Executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração
Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim
determinado e a prazo certo.
§ 5º Aplicam-se à União, em se tratando de empregado ou servidor por ela
requisitado, as regras previstas nos §§ 1º e 2º deste artigo, conforme
dispuser o regulamento, exceto quando se tratar de empresas públicas ou
sociedades de economia mista que recebam recursos financeiros do
Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento
de pessoal. § 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou servidor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) § 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de sociedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento de pessoal, independem das disposições contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o exercício do empregado cedido condicionado a autorização específica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupação de cargo em comissão ou função gratificada. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) § 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a finalidade de promover a composição da força de trabalho dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, poderá determinar a lotação ou o exercício de empregado ou servidor, independentemente da observância do constante no inciso I e nos §§ 1º e 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) (Vide Decreto nº 5.375, de 2005)
Seção II
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes
disposições:
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do
cargo;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de vereador:
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu
cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-
lhe facultado optar por sua remuneração.
§ 1º No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a
seguridade social como se em exercício estivesse.
§ 2º O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser
removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde
exerce o mandato.
Seção III
Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão
oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos
do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.
§ 1º A ausência não excederá quatro anos, e finda a missão ou estudo,
somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.
§ 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida
exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido
período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da
despesa havida com seu afastamento.
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira
diplomática.
§ 4º As hipóteses, condições e formas para a autorização de que trata este
artigo, inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão
disciplinadas em regulamento.
Comentário
Passou a ser prevista a edição de regulamento para esses fins, inclusive no
que se refere à remuneração do servidor durante esses afastamentos.
Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional
de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da
remuneração.
CAPÍTULO VI DAS CONCESSÕES
Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de:
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos,
enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.
Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição,
sem prejuízo do exercício do cargo.
§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de
horário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração
semanal do trabalho.
§ 2º Também será concedido horário especial ao servidor portador de
deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial,
independentemente de compensação de horário.
§ 3º As disposições do parágrafo anterior são extensivas ao servidor que
tenha cônjuge, filho ou dependente portador de deficiência física, exigindo-
se, porém, neste caso, compensação de horário na forma do inciso II do art.
44. Art. 44. O servidor perderá: ......................................................................................................................................................II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata.
Comentário
Foi substituída a palavra "repartição" pela expressão "órgão ou entidade
que tiver exercício" e incluída a possibilidade de se conceder horário es-
16
pecial, também ao servidor portador de deficiência fisica, desde que
comprovada a necessidade por junta médica oficial, sendo dispensada a
compensação de horário.
Incluída, ainda, a possibilidade de se conceder horário especial ao servidor
que tenha cônjuge, filho ou dependente portador de deficiência física,
exigindo-se, porém, neste caso, a compensação de horário. § 4o Será igualmente concedido horário especial, vinculado à compensação de horário na forma do inciso II do caput do art. 44 desta Lei, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do art. 76-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da
administração é assegurada, na localidade da nova residência ou na mais
próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época,
independentemente de vaga.
Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou com-
panheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia,
bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial.
CAPÍTULO VII
DO TEMPO DE SERVIÇO*
Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público
federal, inclusive o prestado às Forças Armadas.
Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias que serão con-
vertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco
dias.
Parágrafo único. (Revogado em razão de inconstitucionalidade – ADIn nº
609-6, DJ de 16/2/96).
Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são
considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de: Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; II - por 2 (dois) dias para se alistar como eleitor; III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de: a) casamento; b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.
I - férias;
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade
dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;
III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em
qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da
República;
IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído,
conforme dispuser o regulamento, desde que tenha havido contribuição
para qualquer regime da Previdência.
Comentário
Passou a existir previsão de edição de regulamento para essas situações.
Esse regulamento faz parte da Política Nacional de Capacitação do
Servidor.
V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do
Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento;
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento,
conforme dispuser o regulamento;
VIII - licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de 24 (vinte e quatro)
meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União,
em cargo de provimento efetivo;
Comentário
Serão considerados como de efetivo exercício os períodos cumulativos de
licença até o limite de 24 meses, ao longo do tempo de serviço prestado à
União, em cargo de provimento efetivo.
c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou
administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para
prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por
merecimento; (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento;
f) por convocação para o serviço militar;
IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, 10 (dez) e, no máximo, 30 (trinta) dias de prazo contado da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. § 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir do término do impedimento. § 2º É facultado ao servidor declinar do prazo estabelecido no caput.
X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para
integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior,
conforme disposto em lei específica;
XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil
participe ou com o qual coopere.
Comentário
Esse afastamento passou a ser considerado como de efetivo exercício.
Antes não era.
Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e
disponibilidade:
I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito
Federal;
II - a licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor,
com remuneração;
III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2º; Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e à véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. ......................................................................................................................................................§ 2º A partir do registro da candidatura e até o 10º (décimo) dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de 3 (três) meses.
17
IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal,
estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público
federal;
V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência
Social;
VI - o tempo de serviço relativo a tiro-de-guerra;
VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o
prazo a que se refere a alínea b do inc. VIII do art. 102. Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de: ...................................................................................................................................................... VIII - licença: ...................................................................................................................................................... b) para tratamento da própria saúde, até o limite de 24 (vinte e quatro) meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo;
Comentário
O período excedente aos 24 meses cumulativos, passa a ser considerado
apenas para a aposentadoria e disponibilidade.
§ 1º O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas
para nova aposentadoria, desde que tenha havido contribuição para
qualquer regime da Previdência.
§ 2º Será contado o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em
operações de guerra para efeito de aposentadoria, desde que tenha havido
contribuição para qualquer regime da Previdência.
§ 3º É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado
concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades
dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, Autarquia,
Fundação Pública, Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública.
CAPÍTULO VIII
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes
Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.
Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade competente para
decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver
imediatamente subordinado o requerente.
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver
expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que
tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco)
dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.
Art. 107. Caberá recurso:
I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver
expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala
ascendente, às demais autoridades.
§ 2º O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver
imediatamente subordinado o requerente.
Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de
recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo
interessado, da decisão recorrida.
Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da
autoridade competente.
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou
do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.
Art. 110. O direito de requerer prescreve:
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e
créditos resultantes das relações de trabalho;
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo
for fixado em lei.
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação
do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não
for publicado.
Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis,
interrompem a prescrição.
Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela
administração.
Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do
processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele
constituído.
Art. 114. A Administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo,
quando eivados de ilegalidade.
Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste
Capítulo, salvo motivo de força maior.
TÍTULO IV
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
Art. 116. São deveres do servidor:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
Comentário
Desempenhar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, isto é,
com eficiência, promovendo, com toda sua energia, o andamento do ser-
viço na sua totalidade, dando sempre o melhor de si, atendendo ao princípio
emergente da qualidade.
II - ser leal às instituições a que servir;
Comentário
Ter firmeza e constância consciente ao compromisso assumido e ao vínculo
que liga o servidor ao Estado, com respeito às leis e instituições e zelo
pelos interesses do Estado, identificando-se com eles. O servidor que atuar
18
contra os fins e objetivos legítimos da Administração incorre em
infidelidade funcional. Não é lealdade pessoal ao chefe e sim à instituição a
que serve. Consiste em “vestir a camisa da empresa”.
III - observar as normas legais e regulamentares;
Comentário
É dever do servidor conhecer as normas legais, as constitucionais e as
regulamentares para poder nortear sua conduta dentro da legalidade,
princípio constitucional, pelo qual o agente público só pode agir nos
parâmetros limítrofes que a lei estabelece. É seu dever conhecer, observar,
divulgar as normas e manter-se atualizado em relação a elas.
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
Comentário
O dever de obediência advém do poder hierárquico, típico da
Administração. Obediência que não deve ser absoluta, acatando somente as
ordens legais, emanadas pela autoridade competente, nos ditames da Lei.
Este inciso está estreitamente ligado ao anterior, visto que é o servidor
subalterno quem deve ter a clareza e o discernimento (sobre a legalidade da
ordem recebida), advindo este do conhecimento, pois quem conhece,
reconhece.
V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas,
ressalvadas as protegidas por sigilo;
Comentário
É direito constitucional o acesso a informações (art. 5o, XIV) e dever do
servidor fornecê-las com presteza, ressalvadas as protegidas por sigilo, por
exemplo: investigação policial, proposta de licitação (até sua abertura),
assuntos que envolvam segurança nacional, etc. b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
Comentário
Direito assegurado pela Constituição (art. 5o, XXXIV, b) a obtenção de tais
certidões (certidões negativas, que equivalem a um atestado de "nada
consta", ou a estar o usuário quite em relação ao órgão em questão).
LEI Nº 9.051, DE 18/5/95 Art. 1º. As certidões para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações, requeridas aos órgãos da administração centralizada ou autárquica, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às fundações públicas da União, Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, deverão ser expedidas no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, contados do registro do pedido no órgão expedidor.
Comentário
Nos requerimentos que objetivam a obtenção de certidões, deverão os
interessados fazer constar esclarecimentos relativos aos fins e razões do
pedido.
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;
Comentário
Atender prontamente, com preferência sobre qualquer outro serviço, às
requisições de papéis, documentos, informações ou providências que lhe
forem feitas pelas autoridades judiciárias ou administrativas, para defesa do
Estado, em juízo. VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que
tiver ciência em razão do cargo;
Comentário
É dever do servidor levar ao conhecimento da autoridade superior as
irregularidades de que tiver ciência, porque, se não o fizer, torna-se
conivente com elas, configurando condescendência criminosa e assumindo
a posição de responsável solidário, respondendo, na esfera cível,
administrativa e penal, ao que couber VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio
público;
Comentário
Todo o patrimônio público é adquirido com verba pública, isto é, com
dinheiro do povo, e o servidor, na qualidade de contribuinte, zelando pela
economia do material, contribui pela economia de verbas públicas e,
indiretamente, pelo que é seu.
Cabe lembrar da importância do cuidado com o local de trabalho como um
todo: a atenção na lida com máquinas e computadores; no final do expedi-
ente verificar se está tudo desligado e organizado; enfim, zelar pela boa
manutenção geral da repartição. VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
Comentário
É o dever de sigilo funcional. O servidor deve manter irrestrita reserva e
discrição sobre informação de que tomou conhecimento em razão do cargo,
cuja publicidade possa trazer danos quaisquer à Administração. Este
preceito deve ser rigorosamente observado. A simples revelação oral, em
caráter confidencial, a terceiro que de outro modo jamais ficaria
conhecendo o fato, ainda que não produza prejuízo algum, já configura
quebra e desrespeito ao sigilo funcional. IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
Comentário
O elemento ético deve estar sempre presente e nortear a conduta do
servidor, no exercício da função e fora dela, devendo ser impecável em
suas palavras, atitudes, costumes e apresentação pessoal, zelando pela
própria imagem e, igualmente, pelo prestígio da função pública. X - ser assíduo e pontual ao serviço;
Comentário
O servidor deve comparecer habitualmente ao local de trabalho,
observando fielmente o horário de início e término do expediente. Esse
preceito é um dos fatores que serão objeto de avaliação para o desempenho
do cargo durante o estágio probatório: não haver registro de ausências
injustificadas e comparecimento rigoroso nos horários de entrada e saída
estabelecidos.
19
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
Comentário
O servidor deve tratar as pessoas, o público e os colegas de trabalho com
educação e respeito, zelando pela harmonia do ambiente e bem-estar geral. XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
Comentário
Esse dever decorre do princípio constitucional da legalidade, que impõe ao
agente público agir nos limites e ditames da Lei, cabendo a quem souber de
ilegalidade, omissão ou abuso de poder, representar à autoridade
competente.
O abuso de poder (gênero) configura-se em duas espécies: excesso de
poder e desvio de finalidade. No excesso de poder, o agente, embora
competente, extrapola os limites das atribuições que a lei lhe confere,
exorbitando sua competência legal.
Já no desvio de finalidade, o agente público, embora atuando nos limites de
sua competência, procura fim diverso ao que seria legítimo, determinado
por lei ou pelo interesse público ou o bem comum, atentando contra o
princípio da impessoalidade. Ambas as situações invalidam o ato: o ato é
arbitrário, ilícito e nulo. Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será
encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior
àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla
defesa.
Comentário
A presunção de legitimidade é atributo inerente a todo ato administrativo, e
decorre do princípio constitucional da legalidade, pelo qual o administrador
público só pode agir estritamente de acordo com o que a lei autoriza,
distinto do administrador privado, que pode fazer tudo que não seja
contrário à Lei.
Por esse atributo, presume-se o ato administrativo verdadeiro e conforme o
Direito, autorizada sua imediata execução até ser sua legitimidade ques-
tionada e declarada sua invalidação (anulação ou revogação).
Como conseqüência do atributo da presunção de legitimidade está a
inversão e transferência do ônus da prova da invalidação do ato para quem
a invocou, isto é, o ônus da prova cabe ao alegante e a ele é assegurada
ampla defesa.
A representação deve ser encaminhada pela via hierárquica, ou seja, por
intermédio do chefe imediato (ainda que a representação seja contra ele) e
este a encaminhará, para apreciação, à autoridade superior àquela contra a
qual é formulada.
O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil lista os principais
deveres do servidor, são eles:
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou
emprego público de que seja titular;
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento,
pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações procras-
tinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de
atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições,
com o fim de evitar dano moral ao usuário;
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do
seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a
melhor e a mais vantajosa para o bem comum;
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial
da gestão dos bens, direitos e serviços de coletividade a seu cargo;
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços, aperfeiçoando o
processo de comunicação e contato com o público;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos
que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando
a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço
público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo,
nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social,
abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de
representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que
se funda o poder estatal;
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de
contratantes, interessados e outros que visem a obter quaisquer favores,
benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais
ou aéticas e denunciá-las;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências
específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua
ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em
todo o sistema;
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato
ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo
os métodos mais adequados à sua organização e distribuição;
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a
melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do
bem comum;
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao
exercício da função;
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a
legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções
superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com
critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem;
s) facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de
direito;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que
lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos
interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados
administrativos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou
autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que
observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação
expressa à lei;
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a
existência deste código de ética, estimulando o seu integral cumprimento.
XIII - declarar no ato da posse os bens e valores que compõem o seu
patrimônio privado (Lei nº 8.429/92).
Comentário
O servidor deve declarar no ato da posse, os bens móveis, imóveis e valores
monetários que compõem o seu patrimônio pessoal, comprometendo-se a
manter atualizado, anualmente, os valores respectivos (art. 13 da Lei no
8.429/92 e Lei no 8.730/93).
20
CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES
Art. 117. Ao servidor é proibido:
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do
chefe imediato;
Comentário
O servidor faz jus à remuneração referente ao efetivo exercício do serviço
e, para não desmerecê-la, é necessário que nele permaneça. Se, por motivo
imperioso, precisar ausentar-se, deve fazê-lo com prévia autorização do
chefe imediato. II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer
documento ou objeto da repartição;
Comentário
O normal é que documentos e objetos de trabalho permaneçam na
repartição, por questões de segurança e, ainda, por praticidade, uma vez
que é o local da lide diária. Mas, se houver a necessidade de retirá-los para
diligência externa, é possível fazê-lo mediante o preenchimento de um
termo de autorização, em várias vias, ficando cada qual com a respectiva
autoridade competente. III - recusar fé a documentos públicos;
Comentário
O servidor é dotado de fé pública. Ele não pode exigir que o usuário traga
documento autenticado em cartório. Mediante a apresentação do
documento original, o servidor tem o dever de dar fé, isto é, reconhecer
autenticidade, apondo na cópia registro de "confere com o original". IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo
ou execução de serviço;
Comentário
A impessoalidade, princípio constitucional, deve estar sempre presente. O
servidor, por razões pessoais ou motivos obscuros, não deve manifestar sua
vontade nem usar de artifícios para procrastinar, prejudicar
deliberadamente ou dificultar o andamento de documento ou processo, ou
ainda o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano
material ou moral. V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repar-
tição;
Comentário
Pelo princípio constitucional da isonomia segundo o qual "todos são iguais
perante a lei" (art. 5o), merecendo idêntico tratamento, sem distinção, seja
ela positiva ou negativa, que, de uma forma ou de outra é discriminatória.
Assim, não é compatível a manifestação ou considerações de apreço ou
desapreço em relação a superior ou colega no recinto da repartição. Em ou-
tras palavras, é condenável tanto a bajulação quanto a detração, insistimos,
no âmbito da repartição pública. Tal receita não impede, por exemplo, que
seja comemorado o aniversário do chefe num local neutro: churrascaria,
pizzaria, chácara, etc, visando à manutenção do espírito de equipe.
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei,
o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
Comentário
Essa falta é mais grave do que aparenta ser.
O exercício da função é intuito personae ou personalíssimo, isto é, somente
a pessoa do titular do cargo (ou seu substituto legal) é que pode, efeti-
vamente, realizar o exercício das atribuições funcionais. Sua não-
observância atenta frontalmente o princípio da legalidade.
Além disso, põe em risco a questão da segurança e do sigilo funcional.
Os casos previstos em lei dizem respeito aos atos de delegação, avocação
ou troca de plantão devidamente autorizadas pela autoridade competente. VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;
Comentário
A Constituição Federal, no art. 5°, XX, prevê a liberdade associativa
genericamente: "ninguém será compelido a associar-se ou a permanecer
associado"; ratificando tal direito de forma mais específica no caput do art.
8°: "É livre a associação profissional ou sindical ...”; e, para não deixar
dúvidas, reafirma-o mais uma vez, no mesmo artigo, inciso V: "ninguém
será obrigado a filiar-se ou manter-se filiado a sindicato".
A filiação partidária e sindical é um direito do servidor e não uma
imposição legal. VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
Comentário
O servidor pode ter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou
parente até o segundo grau civil (pais, avós, filhos, netos e irmãos) apenas
em cargo efetivo, cuja investidura se dá mediante aprovação em concurso
público, sendo-lhes vedado ocupar cargo ou função de coniiança, de livre
nomeação e exoneração. IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
Comentário
"O princípio constitucional da impessoalidade, nada mais é que o clássico
princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador público que só prati-
que o ato para seu fim legal. E o fim legal é unicamente aquele que a norma
de Direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma
impessoal", nos evidencia H. L. Meirelles.
A satisfação do interesse público é, com primazia, o querer da
Administração. Mas, para a validade do ato, não basta que se almeje o
interesse coletivo. A finalidade precípua se manifesta no resultado definido
pelo efeito jurídico produzido pelo ato.
Assim, o servidor que valer-se do cargo para lograr proveito próprio ou de
terceiro incorre em improbidade administrativa que atenta contra princípio
da Administração Pública, do tipo abuso de poder por desvio de finalidade.
Praticar ato visando a fim proibido em lei ou regulamento ou diverso
daquele previsto na regra de competência constitui improbidade
administrativa punível com a pena máxima de demissão "a bem do serviço
público" e suspensão dos direito.s políticos de três a cinco anos (arts. 11 e
12, III, da Lei n° 8.429/92).
21
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada,
personificada ou não personificada, salvo a participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha,
direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros, e exercer o
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)
Comentário
Foi ressalvada a participação do servidor nos conselhos de administração e
fiscal de empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente,
detenha participação do capital social.
O servidor, em horário compatível, pode trabalhar em empresa privada. O
que o estatuto veda é a sua participação na gerência dos negócios, seja
como administrador, diretor, sócio-gerente ou simplesmente constando do
nome comercial da sociedade ou firma. O legislador entendeu que a prática
de atos de comércio e a prática de atos de administração são incompatíveis.
A proibição tem caráter pessoal. Nada obsta, portanto, do exercício do
comércio pela mulher do proibido. Provado que este serve do cônjuge para
obter vantagens em função de seu cargo sofrerá sanções administrativas,
civis ou criminais, conforme teor da infração.
Veja que a vedação estatutária excetua a possibilidade de o servidor possuir
um comércio na qualidade de acionista majoritário ou não cotista (com
99% das cotas) ou ainda comanditário, sendo este o capitalista que
responde apenas pela integralização das cotas subscritas, presta só capital e
não trabalho, não tem qualquer ingerência na administração da sociedade e
não se faz do constar da razão social. XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
Comentário
Ao servidor é proibido patrocinar (defender/pleitear) direta ou
indiretamente, direito alheio perante a Administração Pública, valendo-se
da qualidade de funcionário. Excepcionou-se os casos em que promova o
acompanhamento de procedimentos que tratam de benefícios assistenciais
ou previdenciários de parente até o segundo grau (pais, avós, filhos, netos e
irmãos), cônjuge ou companheiro.
Por este dispositivo o servidor não pode, por exemplo, reclamar, junto à
Administração Pública, um benefício previdenciário de tio ou um trabalhis-
ta de irmão. Porém, pode pleitear uma pensão alimentícia para a mãe ou
intermediar a petição de aposentadoria para o pai. XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie,
em razão de suas atribuições;
LEI Nº 8.429, DE 2/6/92
Prevê situações e estabelece instrumentos de responsabilização dos que tentarem lesar o erário. ..................................................................................................................................... Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, notadamente: I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse,
direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
Comentário
A Constituição Federal, art. 37, § 4o, já previa: "Os atos de improbidade
administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos (de 3 a 10
anos), a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível".
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro;
Comentário
Esta falta é de substancial seriedade, podendo, em razão do cargo que o
servidor ocupe, pôr em risco a soberania do Estado, e, se cometida em
tempo de guerra oficialmente declarada, a punição pode ser pena de morte.
(CF, art. 5o, XLV II, a). XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
Comentário
Usura é sinônimo de agiotagem, ou seja, especulação sobre fundos,
câmbios ou mercadorias, com o objetivo de obter lucro exagerado mediante
juros exorbitantes. XV - proceder de forma desidiosa;
Comentário
Ser negligente, indolente e preguiçoso. Agir com descaso e apatia, não
empregando a devida atenção, cuidado e eficiência na ação praticada. XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;
Comentário
Conforme esclarecimentos anteriores, o ato não pode desviar-se de sua
finalidade, que certamente tem como objetivo algum benefício público,
sendo incompatível com a utilização de pessoal ou recursos materiais da
repartição em serviços ou atividades particulares.
LEI Nº 8.429, DE 2/6/92 Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa, que causa lesão ao erário, qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres dos órgãos e entidades públicos. II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, sem a observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa,
exceto em situações de emergência e transitórias;
Comentário
Cargo público é um lugar na estrutura organizacional, criado por lei, com
atribuições a ele inerentes e com vencimentos próprios.
Assim, um servidor não pode determinar ou alterar as atribuições a serem
desempenhadas por outro a ele subordinado porque elas já são previstas,
excetuando-se situações de emergência e transitoriedade, onde todos devem
colaborar, no que for possível, para que as condições normais se reesta-
beleçam.
22
Perceba que não basta ser situação de urgência, há que ser de emergência, e
não só de emergência, requer transitoriedade. XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;
Comentário
O elemento ético deve nortear a conduta do servidor, dentro e fora do
exercício da função, devendo ele evitar quaisquer atitudes que atentem
contra o princípio da moralidade administrativa.
Além das atividades incompatíveis retratadas no inciso X (participar de
gerência ou administração de empresa privada de sociedade civil, ou exer-
cer comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário), a
CF/88, art. 37, XVI prevê a vedação da acumulação de cargos públicos: “XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários...: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico; c) a de dois cargos privativos de médico;”
Observação
Por cargo técnico ou científico, entende-se aquele que tenha como pré-
requisito para investidura a formação em 3o grau, isto é, nível superior.
A CF/88 traz outras duas exceções à vedação da acumulação de cargos
públicos:
Art. 38, III - investido no mandato de vereador, havendo compatibilidade
de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem
prejuízo da remuneração do cargo eletivo...
Art. 95, parágrafo único. Aos juízes é vedado: I - exercer, ainda que em
disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério.
A CF/88 explicita a acumulação remunerada de cargos públicos, deixando
em aberto sobre a acumulação não-remunerada.
Outras vedações são impostas ao servidor pelo Código de Ética, são elas:
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e
intluências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de
cidadãos que deles dependam;
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou
infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de
direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do
seu conhecimento para atendimento do seu mister;
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou
interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os
jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente
superiores ou inferiores;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda
financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de
qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o
mesmo fim;
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para
providências;
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em
serviços públicos;
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;
1) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer
documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu
serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a
honestidade ou a dignidade da pessoa humana;
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
empreendimentos de cunho duvidoso.
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.
Comentário
Foi incluída a proibição ao servidor de, quando convocado pela
Administração, com o objetivo de frustrar iniciativas de recadastramento,
recusar-se a apresentar documentos e informações cadastrais.
CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a
acumulação remunerada de cargos públicos.
§ 1º A proibição de acumular estende-se a empregos e funções em Autar-
quias, Fundações Públicas, Empresas Públicas, Sociedades de Economia
Mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos
Municípios, suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou
indiretamente pelo Poder Público.
§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à
comprovação da compatibilidade de horários.
§ 3º Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de
cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo
quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis
na atividade.*
Comentário
Passou a ser considerada acumulação proibida a percepção de vencimentos
de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, ressal-
vadas as hipóteses de acumulaçôes permitidas em atividade.
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão,
exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9º, nem ser remunerado
pela participação em órgão de deliberação coletiva.
Comentário
Passou a permitir a acumulação não remunerada de cargos em comissão. É
uma adequação de redação para compatibilizar o texto com o disposto no
parágrafo único do art. 9°.
Foi acrescido parágrafo único com previsão de possibilidade dessa
remuneração.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração
devida pela participação em conselhos de administração e fiscal das
empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e
controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União,
direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado o
que, a respeito, dispuser legislação específica.**
23
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular
licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento
em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na
hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício
de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades
envolvidos.
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo
exercício irregular de suas atribuições.
Comentário
Passou a permitir o exercício de um dos cargos efetivos concomitantemente
com o cargo em comissão, desde que haja compatibilidade de horário e lo-
cal, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades
envolvidos.
Desse modo, a Administração poderá contar com a força de trabalho, em
relação a pelo menos um cargo, dos servidores que estejam afastados de
seus efetivos, com remuneração, em razão de estarem exercendo cargo em
comissão.
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo,
doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será
liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que
assegurem a execução do débito pela via judicial.
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante
a Fazenda Pública, em ação regressiva.
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles
será executada, até o limite do valor da herança recebida.
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções
imputadas ao servidor, nessa qualidade.
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo
ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se,
sendo independentes entre si.
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no
caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
Art. 127. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a
gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço
público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes
funcionais.
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o
fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.
Comentário
Foi transportada a redação original do art. 140, que dispõe que o ato de
imposição de penalidade mencionará sempre o dispositivo legal e a causa
da sanção.
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de
proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância
de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que
não justifique imposição de penalidade mais grave. Art. 117. Ao servidor é proibido: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer do-cumento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado;
Comentário
Foi acrescida mais uma conduta do servidor sujeita à penalidade de
advertência – recusa de atualização de dados cadastrais quando solicitado –
em face da inclusão do inciso XIX ao art. 117.
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas
punidas com advertência e de violação das demais proibições que não
tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo exceder
de 90 (noventa) dias.
§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que,
injustificadamente, recusar-se a ser submetido à inspeção médica
determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade
uma vez cumprida a determinação.
§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de
suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por
cento) por dia de vencimento, ou remuneração, ficando o servidor obrigado
a permanecer em serviço.
24
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus
registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo
exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período,
praticado nova infração disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos
retroativos.
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - crime contra a Administração Pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 Prevê situações e estabelece instrumentos de responsabilização dos que tentarem lesar o Erário.
O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o Erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta Lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta Lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público, bem como daquelas para cuja criação ou custeio o Erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. Art. 4º Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. Art. 5º Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiros, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. Art. 6º No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. Art. 7º Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá à autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar o Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre os bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. Art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta Lei até o limite do valor da herança.
CAPÍTULO II DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE IMPORTAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, e notadamente: I – receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público; II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado; III - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades; IV - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei; VI - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público; VII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade; VIII - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza; IX - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; X - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei; XI - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art 1º desta Lei.
Dos Atos de Improbidade Administrativa
que Causam Prejuízo ao Erário Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao Erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei; II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das
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entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistenciais, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado; V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado; VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevi-damente; IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento; X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz repeito à conservação do patrimônio público; XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular; XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicita-mente; XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.
Dos Atos de Improbidade Administrativa que
Atentam Contra os Princípios da Administração Pública Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: I - praticar ato visando a fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência; II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; IV - negar publicidade aos atos oficiais; V - frustrar a licitude de concurso público; VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.
CAPÍTULO III DAS PENAS
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas, previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações: I - na hipótese do art. 9º, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos; II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de
cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta Lei, o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
CAPÍTULO IV DA DECLARAÇÃO DE BENS
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patri-mônio privado, a fim de ser arquivada no Serviço de Pessoal competente. § 1º A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizados no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico. § 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função. § 3º Será punido com a pena de demissão a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa. § 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2º deste artigo.
CAPÍTULO V DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E DO PROCESSO
JUDICIAL Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar a autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. § 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento. § 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta Lei. § 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processado na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares. Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade. Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo. Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ou à Procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agente
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ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público. § 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil. § 2º Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais. Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias de efetivação da medida cautelar. § 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput. § 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação do ressarcimento do patrimônio público. § 3º No caso da ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, a pessoa jurídica interessada integrará a lide na qualidade de litisconsorte, devendo suprir as omissões e falhas da inicial e apresentar ou indicar os meios de prova de que disponha. § 4º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação do dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.
CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES PENAIS
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário quando o autor da denúncia o sabe inocente. Pena: detenção de seis a dez meses e multa. Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materias, morais ou à imagem que houver provocado. Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual. Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta Lei independe: I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público; II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas. Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta Lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.
CAPÍTULO VII DA PRESCRIÇÃO
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nesta Lei podem ser propostas: I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança; II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima
defesa própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos de dilapidação do patrimônio nacional;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. Art. 117. IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; X - participar de gerência ou administração de empresa privada, sociedade civil, salvo a participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação do capital social, sendo-lhe vedado exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assisten-ciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos,
empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143
notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar
opção no prazo improrrogável de 10 (dez) dias, contados da data da ciência
e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua
apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar
se desenvolverá nas seguintes fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser
composta por dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria
e a materialidade da transgressão objeto da apuração;
II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório;
III - julgamento.
§ 1º A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo nome e
matrícula do servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos,
empregos ou funções públicas em situação de acumulação ilegal, dos
órgãos ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de
trabalho e do correspondente regime jurídico.
§ 2º A comissão lavrará, até 3 (três) dias após a publicação do ato que a
constituiu, termo de indiciação em que serão transcritas as informações de
que trata o parágrafo anterior, bem como promoverá a citação pessoal do
servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo
de 5 (cinco) dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do
processo na repartição, observado o disposto nos arts. 163 e 164.
§ 3º Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto
à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças
principais dos autos, opinará sobre a licitude da acumulação em exame,
indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade
instauradora, para julgamento.
§ 4º No prazo de 5 (cinco) dias, contados do recebimento do processo, a
autoridade julgadora proferirá a sua decisão, aplicando-se, quando for o
caso, o disposto no § 3º do art. 167.
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§ 5º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa
configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá, automaticamente,
em pedido de exoneração do outro cargo.
§ 6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a
pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou
disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em
regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de
vinculação serão comunicados.
§ 7º O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar
submetido ao rito sumário não excederá 30 (trinta) dias, contados da data
de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação
por até 15 (quinze) dias, quando as circunstâncias o exigirem.
§ 8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo,
observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as disposições
dos Títulos IV e V desta Lei.
Comentário
Foi instituído o procedimento sumário para apuração e regularização
imediata de acumulação ilegal.
A primeira fase do novo rito é a instauração, que deverá conter a indicação
de autoria, com o nome e matrícula do servidor e da materialidade com a
descrição completa da situação da acumulação proibida.
A segunda fase é denominada instrução sumária e compreende a
indiciação, lavrada pela comissão composta por dois servidores estáveis,
em até três dias após a sua constituição; a defesa, que deverá ser
apresentada no prazo de cinco dias; e o relatório.
A terceira e última fase é a do julgamento, que ocorrerá no prazo de cinco
dias, contados do recebimento do processo.
A boa-fé será configurada pela opção do servidor até o último dia de defesa
e será convertida automaticamente em pedido de exoneração.
Permanece a mesma regra para a comprovação de má-fé, hipótese em que a
pena cabível será aplicada aos cargos, empregos ou funções públicas em
regime de acumulação ilegal.
O prazo do rito sumário será de trinta dias, prorrogável até quinze, e serão
aplicados, subsidiariamente, os Títulos do Regime Disciplinar e do
Processo Administrativo Disciplinar.
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que
houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante
de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades
de suspensão e de demissão.
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a
exoneração efetuada nos termos do art. 35 será convertida em destituição
de cargo em comissão. Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança dar-se-á: I - a juízo da autoridade competente; II - a pedido do próprio servidor. Parágrafo único. O afastamento do servidor de função de direção, chefia e assessoramento dar-se-á: I - a pedido; II - mediante dispensa, nos casos de:
a) promoção; b) cumprimento de prazo exigido para rotatividade na função; c) por falta de exação no exercício de suas atribuições, segundo o resultado do processo de avaliação, conforme estabelecido em lei e regulamento; d) afastamento de que trata o art. 94.
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos
incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e
ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível. Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: IV - improbidade administrativa; VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; X - lesão aos cofres públicos de dilapidação do patrimônio nacional; XI - corrupção;
Art. 137. A demissão, ou a destituição de cargo em comissão por
infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para
nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. Art. 117. Ao servidor é proibido: IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor
que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do
art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: I - crime contra a Administração Pública;
IV - improbidade administrativa;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; X - lesão aos cofres públicos de dilapidação do patrimônio nacional; XI - corrupção;
Art. 138. Configura abandono do cargo a ausência intencional do servidor
ao serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem
causa justificada, por 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante o
período de 12 (doze) meses.
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual,
também será adotado o procedimento sumário a que se refere o art. 133,
observando-se especialmente que:
I - a indicação da materialidade dar-se-á:
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de
ausência intencional do servidor ao serviço superior a 30 (trinta) dias;
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao
serviço sem causa justificada, por período igual ou superior a 60 (sessenta)
dias interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses;
28
II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo
quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as
peças principais dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal, opinará,
na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao
serviço superior a 30 (trinta) dias e remeterá o processo à autoridade instau-
radora para julgamento.
Comentário
Foi instituído o procedimento sumário para apuração e regularização
imediata do abandono de cargo e da inassiduidade habitual.
A primeira fase do novo rito é a instauração, que deverá conter a indicação
de autoria, com o nome e matrícula do servidor e da materialidade que, no
caso de abandono, será a indicação precisa do período de ausência
intencional do servidor ao serviço por prazo superior a trinta dias e, na
hipótese de inassiduidade, a indicação dos dias de falta sem causa
justificada, por período igual ou superior a sessenta dias, interpoladamente,
durante o período de doze meses.
A segunda fase é denominada sumária e compreende a indiciação, lavrada
pela comissão composta por dois servidores estáveis, em até três dias após
a sua constituição; a defesa, que deverá ser apresentada no prazo de cinco
dias; e o relatório.
O relatório conclusivo quanto à inocência ou responsabilidade do servidor
resumirá as peças principais dos autos, indicará o respectivo dispositivo
legal, opinará, na hipótese de abandono, sobre a intencionalidade da
ausência e remeterá o processo à autoridade instauradora do julgamento.
A terceira e última fase é a do julgamento, que ocorrerá no prazo de cinco
dias, contados do recebimento do processo.
O prazo do rito sumário será de trinta dias, prorrogável até quinze, e serão
aplicados, subsidiariamente, os Títulos do Regime Disciplinar e do
Processo Administrativo Disciplinar.
Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder
Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República,
quando se tratar de demissão e cassação, de aposentadoria ou
disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão ou
entidade;
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior
àquelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão
superior a 30 (trinta) dias;
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos
regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de
até 30 (trinta) dias;
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de
destituição de cargo em comissão.
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação
de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou
conhecido.
§ 2º Os prazos de prescrição previstos em lei penal aplicam-se às infrações
disciplinares capituladas também como crime.
§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar
interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade
competente.
§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir
do dia em que cessar a interrupção.
Comentários gerais acerca do Regime Disciplinar (Arts. 116 a 142)
Deveres do servidor
Para tentar explicar a peculiar posição do servidor perante o Estado e a
natureza da relação existente, é necessário extrapolar a noção de relação
empregatícia, e, sendo o ordenamento jurídico insuficiente para clarear a
essência dessa peculiaridade, faz-se mister recorrer ao ordenamento ético.
Portanto, é mais adequado dizer deveres do servidor público em lugar de
obrigações, pois assim evidencia o caráter preponderantemente ético
fundamentado em tal relação.
Os estatutos dos servidores públicos civis, nas diversas esferas de governo,
impõem uma série de deveres a seus agentes. Ao tratarem do tema, os
autores não sistematizam, apenas enumeram os diferentes deveres: leal-
dade, obediência, dever de conduta ética, sigilo funcional, assiduidade,
pontualidade, urbanidade e zelo.
Lealdade (ou fidelidade)
O agente público não é um autômato anônimo. É um ser humano, dotado
de liberdade, discernimento e princípios morais, empregando sua energia e
atenção no desempenho do cargo, com respeito integral às leis e insti-
tuições, sempre a serviço da causa pública, finalidade precípua de todo o
aparelhamento administrativo, identificando-se com os interesses do
Estado.
Acrescente-se a isso o comprometimento com o trabalho. O grau de
comprometimento profissional do servidor com o trabalho, com a
consecução das metas estabelecidas, com o conceito da instituição e da
Administração Pública como um todo. Enfim, comprometimento com a
missão do órgão ou entidade.
Obediência
Pelo poder hierárquico, próprio da Administração, estabelecem-se relações
de subordinação entre os servidores. O dever de obediência consiste na
obrigação em que se acha o servidor subalterno de acatar as ordens
emanadas do legítimo superior hierárquico, salvo as manifestamente
ilegais.
Por ordem legal entende-se a emanada da autoridade competente, em forma
adequada e com objetivos lícitos.
Acompanha a disciplina: observância sistemática aos regulamentos às
normas emanadas das autoridades competentes.
Conduta ética
O equilíbrio e sincronicidade entre a legalidade e a finalidade, na conduta
do servidor, é que consagram a moralidade do ato administrativo. O dever
de conduta ética decorre do princípio constitucional da moralidade
administrativa e impõe ao servidor a obrigação de observar, sempre, o
elemento ético, seja no exercício do cargo (ou função) ou fora dele, em sua
vida particular conduzir-se de maneira impecável, evitando qualquer
atitude que possa influir no prestígio da função pública.
Sigilo funcional
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Pelo dever de sigilo funcional impõem-se ao servidor reserva sobre assunto
e informações de que tomou conhecimento em razão do cargo e que por sua
natureza não podem ultrapassar os limites da esfera a que se destinam.
O dever de guardar sigilo deve ser observado não apenas durante o tempo
em que o servidor exercer efetivamente o cargo, mas também quando ele
não mais pertencer ao quadro do funcionalismo.
Assiduidade
O servidor deve ser assíduo, isto é, comparecer habitualmente ao local de
trabalho e desempenhar as funções e atribuições próprias do cargo que é
titular, em sua esfera de competência.
Assiduidade, responsabilidade, produtividade, capacïdade de iniciativa,
disciplina, quantidade de trabalho, comprometimento, tempestividade,
relacionamento e criatividade são alguns dos fatores avaliados, hoje, em
desempenho.
Pontualidade
O servidor deve ser pontual, isto é, observar rigorosamente o horário de
início e término do expediente da repartição e do interstício para refeição e
descanso, quando houver.
Urbanidade
O servidor que lida com o público, deve fazê-lo com solicitude, cortesia,
tolerância, atenção e disponibilidade; respeitando a capacidade e limitações
individuais dos usuários, sem qualquer espécie de distinção e conscientes
de sua posição de "servidor do público".
Igual postura deve o servidor demonstrar perante os colegas de trabalho,
mantendo sempre o esprit de corps. Urbanidade, relacionamento e
comunicação definem a cordialidade, a habilidade e a presteza do servidor
no atendimento às pessoas que demandam seus serviços.
Zelo
O dever de zelo, também conhecido como dever de diligência ou dever de
aplicação, pode ser definido como a meticulosidade no exercício da função;
a atenção e iniciativa para encontrar a solução mais adequada para questões
problemáticas emergentes no cotidiano do serviço, zelando pelos interesses
do Estado como o faria pelos seus interesses particulares.
O dever de zelo com a res publica caminha junto com o dever de
responsabilidade: grau de compromisso com o trabalho e com os riscos
decorrentes de seus atos.
Dever, no sentido genérico, significa "obrigação de fazer ou deixar de fazer
alguma coisa". É exatamente esse o sentido refletido na expressão "deveres
do servidor" a que se refere o art. 116 do RJU.
Acumulação de Cargos Públicos
Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação
remunerada de cargos públicos.
A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em
Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas, Sociedades de
Economia Mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios
e dos Municípios.
A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação
da compatibilidade de horários. O servidor não poderá exercer mais de um
cargo em comissão, nem ser remunerado pela participação em órgão de
deliberação coletiva.
O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois
cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão,
ficará afastado de ambos os cargos efetivos.
Verificada em processo disciplinar acumulação proibida e provada a boa-
fé, o servidor optará por um dos cargos.
Provada má-fé, perderá também o cargo que exercia há mais tempo e
restituirá o que tiver percebido indevidamente.
Na hipótese de provada a má-fé, sendo um dos cargos, emprego ou função
exercido em outro órgão ou entidade, a demissão lhe será comunicada.
Das responsabilidades
X Do servidor
O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício
irregular de suas atribuições.
O servidor responde civil por ato omissivo ou comissivo, doloso ou
culposo, praticado no desempenho do cargo ou função.
Ato omissivo: nasce de um não agir por parte do agente quando este tinha o
dever de agir.
Ato comissivo: é aquele resultante de um agir, de uma ação positiva por
parte do agente.
Ato doloso: é o ato praticado com plena consciência do dano a ser causado
e a nítida intenção de alcançar tal objetivo ou assumir o risco de produzi-lo.
Ato culposo: é o ato do agente caracterizado pela imprevisibilidade, pela
manifestação da falta do dever de cuidado em face das circunstâncias. São
modalidades da culpa:
a) imprudência: atitude em que o agente atua com precipitação, sem a
devida cautela;
b) negligência: quando o agente, podendo tomar as precauções exigidas
não o faz por displicência, inércia ou preguiça;
c) imperícia: é a inabilidade, a falta de conhecimentos técnicos para o
exercício do ofício.
A responsabilidade civil, em sua essência, pressupõe prejuízo patrimonial,
e visa à reparação material.
A responsabilidade civil do agente público é subjetiva, isto é, fica sujeita à
comprovação de dolo ou culpa.
Por outro lado, a Constituição adota, no tocante às entidades de direito
público, a responsabilidade objetiva, com base na teoria do risco
administrativo, onde responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros. Em ação regressiva, o servidor fica
obrigado a reparar os danos causados à Fazenda Pública. Esta obrigação de
repasse estende-se aos sucessores até o limite da herança recebida.
Concluída a infração como ilícito penal, a autoridade competente
encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, onde a autoridade
policial apurará a falta caracterizada na categoria de crimes contra a
Administração Pública.
As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo
independentes entre si.
A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de
absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
X Do Estado (ou da Administração)
Vale salientar que a responsabilidade civil do Estado, de acordo com a
teoria do risco administrativo, é juris tantum (relativa), de sorte que,
provada a culpa total ou parcial do lesado, exime-se a Administração, na
mesma escala, da obrigação de reparar o dano.
Penalidades Disciplinares Aplicadas ao Servidor Público
I - advertência;*
II - suspensão;*
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade
da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público,
as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação das seguintes
proibições constantes da lei:
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I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do
chefe imediato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer
documento ou objeto da repartição;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo
ou execução de serviço;
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da
repartição;
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei,
o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu
subordinado;
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação
profissional ou sindical, ou a partido político;
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança,
cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
A suspensão que não poderá exceder a 90 dias, será aplicada em caso de
reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das seguintes
proibições:
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa,
exceto em situações de emergência e transitórias;
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho.
Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que,
injustificadamente, recusar-se a ser submetido à inspeção médica
determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade
uma vez cumprida a determinação.
Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão
poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por
dia de vencimento, ou remuneração, ficando o servidor obrigado a
permanecer em serviço.
As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros
cancelados, após o decurso de três e cinco anos de efetivo exercício,
respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova
infração disciplinar.
O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.
A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - crime contra a Administração Pública;
....................................
Crimes contra a Administração Pública
A seguir estão relacionados os crimes que, praticados por servidor público
no exercício de seu cargo, constituem crimes contra a Administração
Pública, nos termos do Código Penal.
X Peculato
Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer
outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do
cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a 12 (doze) anos, e multa.
§ 1 ° Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo
a posse do dinheiro, valor ou bem, subtrai, ou concorre para que seja
subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
proporciona a qualidade de funcionário.
X Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento
Art. 314. Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a
guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, se o fato não constitui crime
mais grave.
X Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
Art. 315. Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da
estabelecida em lei:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
X Concussão
Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la; mas em razão dela, vantagem
indevida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
X Excesso de exação
§ 1° Se o funcionário exige imposto, taxa ou emolumento que sabe
indevido, ou quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou
gravoso, que a lei não autoriza:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.
§ 2° Se o funcionário desvia em proveito próprio ou de outrem, o que
recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
X Facilitação de contrabando ou descaminho
Art. 318. Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de
contrabando ou descaminho (art. 33):
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
X Prevaricação
Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidanente, ato de ofício, ou
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pesoal:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano; e multa.
X Condescendência criminosa
Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar
subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe
falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade
competente:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.
X Advocacia administrativa
Art. 321. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
Administração Pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
Parágrafo único. Se o interesse é ilegítimo:
Pena-detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, além da multa.
X Abandono de função
Art. 323. Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.
§ 1° Se do fato resulta prejuízo público:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
§ 2° Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira.
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
X Violação de sigilo funcional
Art. 325. Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva
permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa, se o fato não
constitui crime mais grave.
X Violação do sigilo de proposta de concorrência
Art. 326. Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública,
proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
31
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima
defesa própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos de dilapidação do patrimônio nacional;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em
detrimento da dignidade da função pública;
XIV - participar de gerência ou administração de empresa privada, de
sociedade civil, ou exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista,
cotista ou comanditário;
XV - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas,
salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
XVI - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
espécie, em razão de suas atribuições;
XVII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XVIII - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XIX - proceder de forma desidiosa;
XX - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou
atividades particulares;
XXI - recusa da prestação da declaração dos bens e valores patrimoniais;
(Lei n° 8.429/92)
XXII - ação de omissão que resulte em não recolhimento de tributos a
União (Lei n° 8.026/90);
XXIII - ação ou omissão que facilite a prática de crime contra a Fazenda
Pública (Lei n° 8.026/90).
Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver
praticado, na atividade, falta punível com a demissão.
A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo
efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de
suspensão e de demissão.
A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos enumerados
abaixo, implica a indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, sem
prejuízo da ação penal cabível.
a) improbidade administrativa punida na forma da Lei n° 8429 de 2/6/92;
b) aplicação irregular de dinheiros públicos;
c) lesão aos cofres públicos de dilapidação do patrimônio nacional;
d) corrupção.
A demissão ou a destituição de cargo em comissão por infringência dos
casos enumerados a seguir, incompatibiliza o ex-servidor para nova
investidura em cargo público federal, pelo prazo de cinco anos.
a) valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em
detrimento da dignidade da função pública;
b) atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas,
salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido
ou destituído do cargo em comissão por cometer:
I - crime contra a Administração Pública;
II - improbidade administrativa;
III - aplicação irregular de dinheiros públicos;
IV - lesão aos cofres públicos de dilapidação do patrimônio nacional;
V - corrupção.
Configura abandono do cargo a ausência intencional do servidor ao serviço
por mais de trinta dias consecutivos.
Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa
justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze
meses.
O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e
a causa da sanção disciplinar. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder
Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República,
quando se tratar de demissão e cassação, de aposentadoria ou disponibi-
lidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão ou entidade;
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia, imediatamente inferior
àquelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão
superior a trinta dias;
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos
regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de
até trinta dias;
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de
destituição de cargo em comissão.
A ação disciplinar prescreverá:
I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
II - em dois anos, quanto à suspensão;
III - em cento e oitenta dias quanto à advertência.
X O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou
conhecido.
X Os prazos de prescrição previstos em lei penal aplicam-se às infrações
disciplinares capituladas também como crime.
X A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar
interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade
competente.
X Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do
dia em que cessar a interrupção.
TÍTULO V
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço
público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante
sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado
ampla defesa. § 1o (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005) § 2o (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005)
§ 3º A apuração de que trata o caput, por solicitação da autoridade a que se
refere, poderá ser promovida por autoridade de órgão ou entidade diverso
daquele em que tenha ocorrido a irregularidade, mediante competência
específica para tal finalidade, delegada em caráter permanente ou
temporário pelo Presidente da República, pelos presidentes das Casas do
Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da
República, no âmbito do respectivo Poder, órgão ou entidade, preservadas
as competências para o julgamento que se seguir à apuração.
Comentário
Foi incluída a competência para o órgão central do SIPEC supervisionar e
fiscalizar o cumprimento, pela autoridade referida, da determinação cons-
tante do caput, bem como designar comissão na hipótese de sua omissão.
32
Foi incluída, ainda, a possibilidade de apuração de irregularidades no
serviço público, mediante solicitação da autoridade que detenha
competência específica para tal finalidade, por autoridade de órgão ou
entidade diversos daquele em que tenha ocorrido a irregularidade,
preservadas as competências para o julgamento.
Art. 144. As denúncias sobre irregularidade serão objeto de apuração,
desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam
formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração
disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada por falta de objeto.
Art. 145. Da sindicância poderá resultar:
I - arquivamento do processo; II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; III - instauração de processo disciplinar. Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior. Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.
CAPÍTULO II
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração. Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.
CAPÍTULO III
DO PROCESSO DISCIPLINAR Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido. Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente, observado o disposto no § 3º do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. § 1º A comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros. § 2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
Comentário
Foi acrescido que o presidente da comissão deverá ser ocupante de cargo
efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou
superior ao do indiciado.
Art. 150. A comissão exercerá suas atividades com independência e
imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou
exigido pelo interesse da Administração. Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comissões terão caráter
reservado. Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório; III - julgamento. Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. § 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final. § 2º As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.
Seção I Do Inquérito
Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito. Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da instrução. Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar. Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de de-poimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos. Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial. § 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. § 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial de perito. Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos. Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição. Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito. § 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.
33
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes. Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado, observados os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158. § 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles. § 2º O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las por intermédio do presidente da comissão. Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra. Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao processo principal, após a expedição do laudo pericial. Art. 161. Tipificada infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas. § 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição. § 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias. § 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis. § 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de duas testemunhas. Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado. Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para apresentar de-fesa. Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital. Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal. § 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa. § 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor como defensor dativo, que deverá ser ocupante do cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
Comentário
Foi adequada a redação para exigir que o defensor dativo seja ocupante de
cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou nível de escolaridade igual ou
superior ao do indiciado.
Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção. § 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor. § 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes. Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua instauração, para julgamento.
Seção II Do Julgamento
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão. § 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo. § 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição da pena mais grave. § 3º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às autoridades de que trata o inc. I do art. 141. Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação, de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão ou entidade; § 4º Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a autoridade instauradora do processo determinará o seu arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à prova dos autos.
Comentário
Foi permitido que a autoridade instauradora do processo determine o seu
arquivamento, se reconhecida a inocência do servidor, salvo se
flagrantemente contrária à prova dos autos. Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos. Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.
Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que
determinou a instauração do processo ou outra de hierarquia superior
declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a
constituição de outra comissão para instauração de novo processo.
§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.
§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o art.
142, § 2º, será responsabilizada na forma do Capítulo IV e do Título IV.
Art. 142. § 2º Os prazos de prescrição previstos em lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.
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Comentário
Foi substituída a expressão “autoridade julgadora” pela “autoridade que
determinou a instauração do processo ou outra de hierarquia superior”, a
fim de explicitar quem é a autoridade julgadora.
Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora
determinará o registro do fato nos assentamentos individuais do servidor.
Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo
disciplinar será remetido ao Ministério Público para instauração da ação
penal, ficando trasladado na repartição.
Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser
exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do
processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o parágrafo único, inc.
I, do art. 34, o ato será convertido em demissão, se for o caso.
Art. 34. Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias: I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição, na condição de testemunha, denunciado ou indiciado; II - aos membros da comissão e ao secretário, quando obrigados a deslocarem-se da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
Seção III Da Revisão do Processo
Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem em fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. § 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo. § 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador. Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente. Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário. Art. 177. O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente, que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar. Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade competente providenciará a constituição de comissão, na forma do art. 149. Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente, observado o disposto no § 3º do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. § 1º A comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros.
§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau. Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo originário. Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e a inquirição das testemunhas que arrolar. Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos. Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e procedimentos próprios da comissão do processo disciplinar. Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do art. 141. Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências. Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição de cargo em comissão, que será convertida em exoneração. Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.
Comentários gerais acerca do Processo Administrativo Disciplinar (Arts.
de l43 a l82)
A autoridade que, na sua jurisdição, tiver ciência de irregularidade no
serviço público, é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante
instauração de sindicância ou processo administrativo disciplinar, asse-
gurado ao acusado ampla defesa.
Os servidores que, em razão do cargo, tiverem conhecimento de
irregularidades no serviço público devem levá-las ao conhecimento da
autoridade superior para adoção das providências cabíveis.
Constitui crime de condescendência deixar o funcionário, por indulgência,
de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo
ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da
autoridade competente (CP, art. 320).
Das denúncias
As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que
sejam formuladas por escrito, contenham informações sobre o fato e sua
autoria e a identificação e o endereço do denunciante, confirmada a
autenticidade.
Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou
ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.
O processo administrativo disciplinar é o instrumento destinado a apurar
responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas
atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se
encontre investido.
O processo administrativo disciplinar (lato sensu) abrange a sindicância e o
processo administrativo disciplinar-PAD (stricto sensu).
Da sindicância
A sindicância, dependendo da gravidade da irregularidade e a critério da
autoridade instauradora, poderá ser conduzida por um sindicante ou por
uma comissão de dois ou três servidores de cargo de nível igual ou superior
ao do acusado.
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Aplicam-se à sindicância as disposições do processo administrativo
disciplinar relativos ao contraditório e ao direito à ampla defesa,
especialmente a citação do indiciado para apresentar defesa escrita, no
prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.
Do processo administrativo disciplinar - PAD (stricto sensu)
O PAD não tem por finalidade apenas apurar a culpabilidade do servidor
acusado de falta, mas, também, oferecer-lhe oportunidade de provar sua
inocência.
Da comissão de inquérito
A fase do PAD denominada inquérito administrativo, que compreende
instrução, defesa e relatório, será conduzida por comissão composta de três
servidores estáveis, de cargo de nível (superior, médio ou auxiliar) igual ou
superior ao do acusado, designados pela autoridade competente
(instauradora), que indicará dentre eles, o seu presidente.
As exigências do art. 149 da Lei n° 8.112/90, entretanto, não autorizam
qualquer resultado interpretativo que conduza à nulidade do processo
disciplinar na hipótese de compor-se a comissão sem observar o princípio
da hierarquia que se assere existente nos quadros funcionais da
Administração Federal.
A portaria instauradora do PAD conterá o nome, cargo e matrícula do
servidor e especificará, de forma resumida e objetiva, as irregularidades a
ele imputadas, bem como determinará a apuração de outras infrações
conexas que emergirem no decorrer dos trabalhos.
Para compor a comissão de inquérito devem ser designados servidores do
órgão onde tenham ocorrido as irregularidades que devam ser apuradas,
exceto quando motivos relevantes recomendem a designação de servidores
de outros órgãos.
São circunstâncias configuradoras de suspeição para os membros da
comissão processante ou sindicante em relação ao envolvido ou
denunciante:
I - amizade íntima com ele ou parentes seus;
II - inimizade capital com ele ou parentes seus;
III - parentesco;
IV - tiver com o denunciante, quando tratar-se de pessoas estranhas ao
serviço público, compromissos pessoais ou comerciais como devedor ou
credor;
V - tiver amizade ou inimizade pessoal ou familiar mútua e recíproca com
o próprio advogado do indiciado ou com parentes seus; e
VI - tiver aplicado ao denunciante ou ao envolvido indiciado, enquanto seu
superior hierárquico, penalidades disciplinares decorrentes de sindicância
ou processo disciplinar.
São circunstâncias de impedimento para os componentes da comissão:
I - instabilidade no serviço público;
II - tiver como superior ou subordinado hierárquico do denunciante ou do
indiciado participado de sindicância ou de processo administrativo, na
qualidade de testemunha do denunciante, do indiciado ou da comissão
processante;
III - ter sofrido punição disciplinar;
IV - ter sido condenado em processo penal;
V - estar respondendo a processo criminal; e
VI - se encontrar envolvido em processo administivo disciplinar.
Devem ser adiadas as férias e licenças-prêmio por assiduidade e para tratar
de interesses particulares dos servidores designados para integrar comissão
de inquérito sendo permitida, por motivos justificados e a critério da
autoridade instauradora, a substituição de um ou de todos os seus
componentes.
Da instauração do PAD
A instauração do PAD se dará através da publicação da portaria baixada
pela autoridade competente, que designará seus integrantes e indicará.
dentre eles, o presidente da comissão de inquérito.
No caso de empregados requisitados ou cedidos por entidades da
Administração indireta, que não estejam sujeitos ao regime disciplinar da
Lei n° 8.112/90, o processo, após concluído, deverá ser remetido para os
referidos órgãos ou empresas para fins de adoção das providências cabíveis
de acordo com a respectiva legislação trabalhista.
Com a publicação da portaria instauradora do PAD decorrem os seguintes
efeitos:
I - interrupção da prescrição;
II - impossibilidade de exoneração a pedido e aposentadoria voluntária.
A instauração do PAD não impede que o acusado ou indiciado, no decorrer
do processo, seja exonerado, a pedido, de um cargo para ocupar outro da
mesma esfera de governo, desde que continue vinculado ao mesmo regime
disciplinar.
No Direito Administrativo disciplinar, desde a publicação da portaria
instauradora do processo, o servidor a quem se atribui as irregularidades
funcionais é denominado acusado ou imputado, passando à situação de
indiciado somente quando a comissão, ao encerrar a instrução, concluir,
com base nas provas constantes dos autos, pela responsabilização do
acusado, enquadrando-o num determinado tipo disciplinar.
Na hipótese de o PAD ter-se originado de sindicância, cujo relatório
conclua que a infração está capitulada como ilícito penal a autoridade
competente (instauradora) encaminhará cópia dos autos ao Ministério
Público, independentemente da imediata instauração do processo
disciplinar.
A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao
Tribunal de Contas da União da instauração de procedimento
administrativo para apurar a prática de atos de improbidade administrativa
de que trata a Lei n° 8.429/92, que importem em enriquecimento ilícito,
prejuízo ao Erário e atentem contra os princípios da Administração Pública.
Dos prazos
Os prazos do PAD serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do
começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o
primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expe-
diente.
Esgotados os 120 (cento e vinte) dias a que alude o art. 152 da Lei n°
8.112/90 (prorrogação), sem que o inquérito tenha sido concluído, designa-
se nova comissão para refazê-lo ou ultimá-lo, a qual poderá ser integrada
pelos mesmos servidores.
Da instrução
Durante a instrução, a comissão promoverá a tomada de depoimentos,
acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando à coleta de
provas, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a
permitir a completa elucidação dos fatos.
A comissão deve notificar pessoalmente o acusado sobre o processo
administrativo disciplinar contra ele instaurado, indicando o horário e local
de funcionamento da comissão, de modo a assegurar-lhe o direito de acom-
panhar o processo desde o início, pessoalmente ou por intermédio de
procurador legalmente constituído, arrolar e reinquirir testemunhas,
produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de
prova pericial, bem como requerer diligências ou perícias.
Da inquirição das testemunhas
As testemunhas serão intimadas a depor com, no mínimo, 24 horas de
antecedência, mediante mandado expedido pelo presidente da comissão,
com indicação do local, dia e hora para serem ouvidas, devendo a segunda
via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos.
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A intimação de testemunhas para depor deve:
I - sempre que possível, ser entregue direta e pessoalmente ao destinatário,
contra recibo lançado na cópia da mesma; e
II - ser individual, ainda que residam no mesmo local ou trabalhem na
mesma repartição ou seção.
As testemunhas serão inquiridas cada uma de per si, de modo que umas não
saibam nem ouçam os depoimentos das outras.
Não será permitido que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais,
salvo quando inseparáveis da narrativa do fato.
O presidente da comissão, antes de dar início à inquirição advertirá o
depoente de que se faltar com a verdade estará incurso em crime de falso
testemunho tipificado no art. 342 do Código Penal (CPP, art. 210), bem
como perguntará se encontra-se em algumas hipóteses de suspeição ou
impedimento previstas em lei, especialmente se é amigo íntimo ou inimigo
capital do acusado.
Se ficar comprovado no processo que alguma testemunha fez afirmação
falsa, calou ou negou a verdade, o presidente da comissão remeterá cópia
do depoimento à autoridade policial para a instauração de inquérito, com
vistas ao seu indiciamento no crime de falso testemunho (CPP art. 21 l ).
Na redução a termo do depoimento, o presidente da comissão deverá
cingir-se, tanto quanto possível, às expressões usadas pelas testemunhas,
reproduzindo fielmente as suas frases.
Se a testemunha servir em localidade distante de onde se acha instalada a
comissão, poderá ser ouvida por precatória, a fim de que sejam obtidas as
declarações necessárias com base no rol de perguntas adrede elabora
A expedição de precatória não suspenderá a instrução do inquérito (CPP,
art. 222, § 1°).
A comissão empregará, ao longo de toda a argüição, tom neutro, não lhe
sendo lícito usar de meios que reve1em coação, intimidação ou invectiva.
As perguntas devem ser formuladas com precisão e habilidade e, em certos
casos, contraditoriamente, para que se possa ajuizar da segurança das
alegações do depoente.
Do interrogatório do acusado
Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o
interrogatório do acusado.
Antes de iniciar o interrogat6rio, o presidente da comissão observará ao
acusado que, embora não esteja obrigado a responder às perguntas que lhe
forem formuladas, o seu silêncio poderá ser interpretado em prejuízo da
própria defesa.
O acusado será perguntado sobre o seu nome, número e tipo de documento
de identidade, CPF, naturalidade, estado civil, idade, filiação, residência,
profissão e lugar onde exercer a sua atividade, e, depois de cientificado da
acusação, será interrogado sobre os fatos e circunstâncias objeto do
inquérito administrativo e sobre a imputação que lhe é feita.
As respostas do acusado serão ditadas pelo presidente da comissão e
reduzidas a termo que, depois de lido pelo secretário ou por qualquer dos
membros da comissão, será rubricado em duas folhas e assinado pelo
presidente da comissão, pelos vogais, pelo secretário, pelo acusado e seu
procurador, se prescnrc
Da indiciação
Encerrada a colheita dos depoimentos, diligências, perícias, interrogatório
do acusado e demais providências julgadas necessárias, a comissão
instruirá o processo com uma exposição sucinta e precisa dos fatos
arrolados que indiciam o acusado como autor da irregularidade, que deverá
ser anexada à citação do mesmo para apresentar defesa escrita.
A indiciação, além de tipificar a infração disciplinar, indicando os
dispositivos legais infringidos, deverá especificar os fatos imputados ao
servidor e as respectivas provas, com indicação das folhas do processo
onde se encontram.
Da prorrogação do prazo
Se motivos justificados impedirem o término dos trabalhos no prazo
regulamentar de 60 (sessenta) dias, já incluído o prazo para apresentação da
defesa e de elaboração do relatório, o presidente poderá solicitar, mediante
ofício à autoridade instauradora e antes do término do prazo, a prorrogação
do mesmo por até 60 (sessenta) dias.
Da citação
Terminada a instrução do processo, o indiciado será citado por mandado
expedido pelo presidente da comissão de inquérito, que terá como anexo
cópia da indiciação, para apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista
do processo na repartição, pessoalmente ou por intermédio de seu
procurador.
A citação é pessoal e individual, devendo ser entregue diretamente ao
indiciado mediante recibo em cópia do original. No caso de recusa do
indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-
seá da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez
a citação, com a assinatura de duas testemunhas.
Da citação por edital
Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por
edital, publicado pelo menos uma vez no Diário Oficial da União e uma vez
em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio co-
nhecido, para apresentar a defesa:
I - verificando-se que o indiciado se oculta para não ser citado, a citação
far-se-á por edital;
II - havendo mais de um indiciado, a citação por edital será feita
coletivamente;
III - Na hipótese deste item, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a
partir da publicação do edital que ocorreu por último, no Diário Oficial da
União ou em jornal de grande circulação.
Da defesa
O prazo para defesa será de 10 (dez) dias. Havendo dois ou mais
indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.
O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, ou seja, por 20 (vinte)
ou 40 (quarenta) dias, se for um ou mais de um indiciado, respectivamente,
para diligências reputadas indispensáveis.
O indiciado poderá, mediante instrumento hábil, delegar poderes para
procurador efetuar sua defesa, desde que não seja funcionário público, face
aos impedimentos legais.
Da revelia
Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar
defesa no prazo legal.
A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o
prazo de 15 (quinze) dias para a defesa dativa se houver apenas um
indiciado, e de 20 (vinte) dias, quando houver dois ou mais indiciados.
Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo,
após solicitação do presidente da comissão, designará um servidor como
defensor dativo, ocupante de cargo efetivo de nível, padrão e classe igual
ou superior ao do indiciado.
Do relatório
Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde
resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se
baseou para formar sua convicção.
O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à
responsabilidade do servidor e informará se houve falta capitulada como
crime e se houve danos aos cofres públicos.
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Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o
dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias
agravantes ou atenuantes.
Do julgamento
No prazo de 20 (vinte) dias, contado do recebimento do processo, a
autoridade julgadora proferirá sua decisão.
O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às
provas dos autos.
A autoridade julgadora formará sua convicção pela livre apreciação das
provas, podendo solicitar, se julgar necessário, parecer fundamentado de
assessor ou de setor jurídico a respeito do processo.
Quando for verificada a ocorrência de prejuízo aos cofres públicos, a
autoridade instauradora expedirá ao órgão competente ofício encaminhando
cópia do relatório da comissão e do julgamcnto, para as providências
cabíveis com vistas ao ressarcimento do prejuízo à Fazenda Nacional e, se
for o caso, baixa dos bens da carga da repartição ou do responsável.
A ação civil por responsabilidade do servidor em razão de danos causados
ao Erário é imprescritível.
Da aplicação das penalidades
As penalidades disciplinares serão aplicadas:
I - pelo Presidente da República, quando se tratar de demissão e cassação
de aposentadoria ou disponibilidade do servidor;
II - pelo Ministro quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos
regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão até
30 (trinta) dias;
IV - pela autoridadc que houver feito a nomeação quando se tratar de
destituição de cargo em comissão. Havendo mais de um indiciado e
diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para
a imposição da pena mais grave, que também decidirá sobre os demais
indiciados.
Quando houver conveniência para o serviço e a critério da autoridade
julgadora, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na
base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de remuneração, ficando o ser-
vidor obrigado a permanecer em serviço.
Das nulidades
Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará
a nulidade total ou parcial do processo e ordenará a constituição de outra
comissão, para instauração de novo processo.
Eivam de nulidade absoluta os vícios:
I ) De competência:
a) instauração de processo por autoridade incompetente;
b) incompetência funcional dos membros da comissão; e
c) incompetência da autoridade julgadora;
II ) Relacionados com a composição da comissão:
a) composição com menos de 3 (três) membros, no caso de inquérito;
b) composição por servidores demissíveis ad nutum ou instáveis; e
c) comissão composta por seridores notória e declaradamente inimigos do
servidor acusado ou indiciado;
III ) Relativos à citação do indiciado:
a) falta de citação;
b) citação por edital de indiciado que se encontre preso;
c) citação por edital de indiciado que tenha endereço certo;
d) citação por edital de indiciado que se encontre asilado em país
estrangeiro;
e) citação por edital de servidor internado em estabelecimento hospitalar
para tratamento de saúde; e
f) citação, de pronto, por edital, quando inexiste no processo qualquer
indicação que traduza o empenho pela localização do indiciado;
IV ) Relacionados com o direito de defesa do acusado ou indiciado:
a) indeferimento, sem motivação, de perícia técnica solicitada pelo
acusado;
b) não-oitiva, sem motivação, de testemunha arrolada pelo acusado;
c) ausência de alegações escritas de defesa;
d) inexistência de notificação do servidor acusado para acompanhar os atos
apuratórios do processo, notadarnente a oitiva de testemunhas, que poderão
ser por ele inquiridas e reinquiridas;
e) indeferimento de pedido de certidão, sobre aspecto relevante, por parte
da Administração, interessada no processo;
f) negativa de vista dos autos do processo administrativo disciplinar ao
servidor indiciado, ao seu advogado legalmente constituído ou ao defensor
dativo; e
g) juntada de elementos probatórios aos autos após a apresentação da
defesa, sem abertura de novo prazo para a defesa;
V) Relacionados com o julgamento do processo:
a) julgamento com base em fatos ou alegativas inexistentes na peça de
indiciação;
b) julgamento feito de modo frontalmente contrário às provas existentes no
processo;
c) julgamento discordante das conclusões pactuais da comissão, quando as
provas dos autos não autorizam tal discrepância;
d) julgamento feito por autoridade administrativa que se tenha
revelado, em qualquer circunstância do cotidiano, como inimiga notória do
acusado ou indiciado;
e) falta dc.indicação do fato ensejador da sanção disciplinar; e
f) falta de capitulação da transgressão atribuída ao acusado ou indiciado.
Da extinção da punibilidade
Extingue-se a punibilidade (Código Penal, art. 107 e Lei n° 8.112/90):
I - pela aposentadoria ou morte do agente, no caso de advertência ou
suspensão;
II - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como infração;
III - pela prescrição, decadência ou perempção.
Da exoneração de servidor que responde a processo administrativo
disciplinar
I) O servidor que responder à sindicância ou PAD só poderá ser exonerado
a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o
cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
II ) A exoneração de servidor que responda a inquérito administrativo antes
de sua conclusão, em virtude de não ter sido aprovado em estágio
probatório, conforme determina o inc. I, do parágrafo único, do art. 34, da
Lei n° 8.112/90, será convertida em demissão, caso seja essa a penalidade a
ser-Ihe aplicada por ocasião do julgamento do processo.
Procedimento Sumário
A acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, abandono
de cargo (ausência intencional do servidor ao serviço superior a 30 dias), e
inassiduidade habitual (faltas injustificadas por período igual ou superior a
60 dias, são faltas graves puníveis com a demissão, apuradas em processo
38
administrativo disciplinar de rito sumário, desenvolvido nas seguintes
fases:
a) instrução sumária, compreendendo indiciação, defesa e relatório; e
b) julgamento pela autoridade instauradora que, no prazo de cinco dias,
contados do recebimento do processo, proferirá sua decisão.
A comissão do procedimento sumário, composta por dois servidores
estáveis, terá até 30 dias, contados da data da publicação do ato que a
constituir, para apresentar relatório conclusivo quanto à inocência ou à
responsabilidade do servidor. Este prazo admite prorrogação por até 15
dias, quando as circunstâncias assim exigirem.
Detectada, a qualquer tempo, a acumulação proibida de cargos ou emprego
(efetivo ou da inatividade), a autoridade competente (Presidente da
República, Presidentes das Casas Legislativas e dos Tribunais Federais e
Procurador-Geral da República) ou autoridade delegada do órgão ou
entidade em que tenha ocorrido a irregularidade notificará o servidor, por
intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo
improrrogável de 10 dias, contados da data da ciência.
A opção pelo servidor até o último dia de prazo para a defesa configurará
sua boa-fé, hipótese em que se converterá, automaticamente, em pedido de
exoneração do outro cargo.
Na hipótese de omissão, será instaurado o processo sumário e o servidor
indiciado será citado, pessoalmente ou por intermédio de sua chefia
imediata, no prazo de cinco dias, a apresentar defesa escrita.
Compete ao órgão central do SIPEC (Sistema de Pessoal Civil)
supervisionar e fiscalizar o cumprimento da aplicação ou omissão dos
procedimentos e penalidades previstas.
TÍTULO VI
DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR
CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 183. O Plano de Seguridade Social do Servidor será custeado com o produto da arrecadação de contribuições sociais obrigatórias dos servidores ativos dos poderes da União, das autarquias e das Fundações Públicas. § 1o O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja, simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na administração pública direta, autárquica e fundacional não terá direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social, com exceção da assistência à saúde. (Redação dada pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003) § 2o O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito à remuneração, inclusive para servir em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo ou com o qual coopere, ainda que contribua para regime de previdência social no exterior, terá suspenso o seu vínculo com o regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhes assistindo, neste período, os benefícios do mencionado regime de previdência. (Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003) § 3o Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais. (Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003) § 4o O recolhimento de que trata o § 3o deve ser efetuado até o segundo dia útil após a data do pagamento das remunerações dos servidores públicos, aplicando-se os procedimentos de cobrança e execução dos tributos federais quando não recolhidas na data de vencimento. (Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003)
Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam às seguintes finalidades: I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento e reclusão; II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; III - assistência à saúde. Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos termos e condições definidos em regulamento, observadas as disposições desta Lei. Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem: I - quanto ao servidor: a) aposentadoria; b) auxílio-maternidade; c) salário-família para o servidor de baixa renda; d) licença para tratamento de saúde; e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade; f) licença por acidente em serviço; g) assistência à saúde; h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias; II - quanto ao dependente: a) pensão vitalícia e temporária; b) auxílio-funeral; c) auxílio-reclusão para o servidor de baixa renda; e) assistência à saúde. § 1º As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas pelos órgãos ou entidades aos quais se encontram vinculados os servidores, observado o disposto nos arts. 189 e 224. Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado com observância do disposto no § 3º do art. 41, e revisto na mesma data e proporção, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade. Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria. Art. 224. As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no parágrafo único o art. 189.
§ 2º O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má-
fé, implicará devolução ao erário do total auferido, sem prejuízo da ação
penal cabível.
CAPÍTULO II
DOS BENEFÍCIOS
Seção I
Da Aposentadoria
Art. 186. O servidor será aposentado:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave,
contagiosa ou incurável, especificada em lei, e proporcionais ao tempo de
contribuição nos demais casos;
39
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição;
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de
efetivo exercício no serviço público e cinco anos de cargo efetivo em que
se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) no caso de aposentadoria voluntária integral - sessenta anos de idade e
trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade
e trinta de contribuição, se mulher;
b) no caso de aposentadoria voluntária por idade - sessenta e cinco anos de
idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição.
§ 1º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se
refere o inciso I deste artigo: tuberculose ativa, alienação mental, esclerose
múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço
público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia
irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia
grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome
da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e outras que a lei indicar, com base
na medicina especializada.
§ 2º Nos casos de exercício de atividades consideradas insalubres ou perigosas, bem como nas hipóteses previstas no art. 71, a aposentadoria de
que trata o inciso III, a e b, observará o disposto em lei específica.
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e limites fixados em regulamento.
§ 3º Na hipótese do inciso I o servidor será submetido à junta médica
oficial, que atestará a invalidez quando caracterizada a incapacidade para o
desempenho das atribuições do cargo ou a impossibilidade de se aplicar o
disposto no art. 24.
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.
Art. 187. A aposentadoria compulsória será automática, e declarada por
ato, com vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir
a idade-limite de permanência no serviço ativo.
Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da
data de publicação do respectivo ato.
§ 1º A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para
tratamento de saúde, por período não excedente a 24 (vinte e quatro)
meses.
§ 2º Expirado o período de licença e não estando em condições de
reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor será aposentado.
§ 3º O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publi-
cação do ato da aposentadoria será considerado como de prorrogação da
licença.
Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado com observância do
disposto no § 3º do art. 41, e revisto na mesma data e proporção, sempre
que se modificar a remuneração dos servidores em atividade.
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
§ 3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível.
Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou
vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, inclusive
quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou função
em que se deu a aposentadoria.
Art. 190. O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de
contribuição, se acometido de qualquer das moléstias especificadas no art.
186, § 1º, passará a perceber provento integral. Art. 186. § 1º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo: tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina especializada.
Art. 191. Quando proporcional ao tempo de contribuição, o provento não
será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração da atividade.
Arts. 192 e 193. (Revogados.)
Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a gratificação natalina, até o
dia 20 (vinte) do mês de dezembro, em valor equivalente ao respectivo
provento, deduzido o adiantamento recebido.
Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de
operações bélicas, durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº
5.315, de 12 de setembro de 1967, será concedida aposentadoria com
provento integral, aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.
Comentário
O professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e
médio terá os requisitos de idade e de tempo de contribuição reduzidos em
cinco anos.
O professor e a professora universitários não mais terão direito à
aposentadoria aos trinta e vinte e cinco anos, respectivamente, de efetivo
exercício de magistério.
Para os servidores que tinham implementado as condições para
aposentadoria até a data da publicação da Emenda no 20/98, pelas regras
então vigentes, foi assegurado o direito adquirido.
Aos servidores que tenham sido investidos em cargo efetivo até 16 de
dezembro de 1998, foi facultada a opção para se aposentarem pelas regras
de transição, desde que cumpridos os seguintes requisitos,
cumulativamente:
X Para aposentadoria voluntária com proventos integrais:
1. tiver cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de
idade, se mulher;
2. tiver cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se dará a
aposentadoria;
3. contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a. trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; e
40
b. um período adicional de contribuição equivalente a vinte por cento do
tempo que, em 16 de dezembro de 1998, faltaria para atingir o limite de
tempo constante da alínea anterior.
X Para aposentadoria voluntária com proventos proporcionais:
1. tiver cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de
idade, se mulher;
2. tiver cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se dará a
aposentadoria;
3. contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a. trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e
b. um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento
do tempo que, em 16 de dezembro de 1998, faltaria para atingir o limite de
tempo constante acima.
O professor que tenha sido investido regularmente em cargo efetivo de
magistério até 16 de decembro de 1998 e que opte por aposentar-se nas
regras de transição terá o tempo de serviço exercido ato da publicação da
Emenda Constitucional no 20, de 1998, acrescido em dezessete por cento,
se homem, e vinte por cento, se mulher, desde que se aposente,
exclusivamente, com tempo de efetivo exercício das funções de magistério.
A partir de 17 de dezembro de 1998, foi alterado o enfoque de tempo de
serviço para tempo de contribuição para efeito de aposentadoria.
Os critérios de cálculo dos proventos de aposentadoria permanecem
inalterados, exceto no caso de aposentadoria voluntária com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição pelas regras de transição, que
corresponderão a setenta por cento do valor máximo dos proventos
integrais do servidor, acrescidos de cinco por cento desse valor por ano de
contribuição que supere a soma do tempo de contribuição de trinta anos, se
homem, e vinte e cinco anos se mulher, e do período adicional de contri-
buição de quarenta por cento, até atingir o limite de cem por cento.
Seção II Do Auxílio-Natalidade
Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de
nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor vencimento do
serviço público, inclusive no caso de natimorto.
§ 1º Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50%
(cinqüenta por cento), por nascituro.
§ 2º O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servidor público,
quando a parturiente não for servidora.
Seção III Do Salário-Família
Art. 197. O salário-família é devido ao servidor de baixa renda, por
dependente econômico.*
Parágrafo único. Consideram-se dependentes econômicos para efeitos de
percepção do salário-família:
I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados até 21
(vinte e um) anos de idade ou, se estudante até 24 (vinte e quatro) anos ou,
se inválido, de qualquer idade;
II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização judicial,
viver na companhia e às expensas do servidor, ou do inativo;
III - a mãe e o pai sem economia própria.
Art. 198. Não se configura a dependência econômica quando o beneficiário
do salário-família perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra
fonte, inclusive pensão ou provento de aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário mínimo. Art. 199. Quando pai e mãe forem servidores públicos e viverem em
comum, o salário-família será pago a um deles; quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a distribuição dos dependentes. Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padastro, a madastra e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes. Art. 200. O salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base para qualquer contribuição, inclusive para a Previdência Social. Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração não acarreta a suspensão do pagamento do salário-família.
Seção IV Da Licença para Tratamento de Saúde
Art. 202. Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Art. 203. Para licença até 30 (trinta) dias, a inspeção será feita por médico do setor de assistência do órgão de pessoal e, se por prazo superior, por junta médica oficial. § 1º Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.
§ 2º Inexistindo médico no órgão ou entidade no local onde se encontra ou tenha exercício em caráter permanente o servidor, e não se configurando nas hipóteses previstas nos parágrafos do art. 230, será aceito atestado passado por médico particular. § 3º No caso do parágrafo anterior, o atestado somente produzirá efeitos depois de homologado pelo setor médico do respectivo órgão ou entidade, ou pelas autoridades ou pessoas de que tratam os parágrafos do art. 230. § 4º O servidor que durante o mesmo exercício atingir o limite de trinta dias de licença para tratamento de saúde, consecutivos ou não, para a concessão de nova licença, independentemente do prazo de sua duração,
será submetido a inspeção por junta médica oficial.
Comentário
Foi previsto que, no mesmo exercício, se o servidor atingir o limite de 30
dias, consecutivos ou não, para a concessão de nova licença, independen-
temente do prazo de sua duração, será submetido a junta médica oficial.
Compatibilizando-se com as alterações promovidas no art. 230, §§ 2o e 3o,
passou a ser permitida a realização das inspeções, perícias ou avaliações
médicas de forma terceirizada mediante convênio ou contrato. Art. 204. Findo o prazo da licença, o servidor será submetido à nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da
licença ou pela aposentadoria.
Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou
natureza da doença, salvo quando se tratar de lesões produzidas por
acidente em serviço, doença profissional ou qualquer das doenças especifi-
cadas no art. 186, § 1º. Art. 186. § 1º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo: tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
41
paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina especializada. Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas ou funcio-nais será submetido à inspeção médica.
Seção V Da Licença à Gestante,
à Adotante e da Licença-Paternidade Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração. § 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês da gestação, salvo antecipação por prescrição médica. § 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto. § 3º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora
será submetida a exame médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício. § 4º No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado. Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à
licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos. Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de 6 (seis) meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora. Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada. Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais
de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.
Seção VI Da Licença por Acidente em Serviço
Art. 211. Será licenciado com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço.
Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido. Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano:
I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo;
II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.
Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos
públicos.
Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta médica oficial
constitui medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública.
Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.
Seção VII Da Pensão
Art. 215. Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão
mensal de valor correspondente ao da respectiva remuneração ou provento, a partir da data do óbito, observado o limite estabelecido no art. 42. Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração ou subsídio, importância superior à soma dos valores percebidos como subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. Parágrafo único. Excluem-se do teto as seguintes vantagens: décimo-terceiro salário, adicional de férias, hora-extra, salário-família, diárias, ajuda de custo e transporte. Art. 216. As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em vitalícias e
temporárias. § 1º A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanentes, que
somente se extinguem ou revertem com a morte de seus beneficiários.
§ 2º A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem se
extinguir ou reverter por motivo de morte, cessação de invalidez ou maioridade do beneficiário.
Art. 217. São beneficiários das pensões: I - vitalícia: a) o cônjuge;
b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão alimentícia;
c) o companheiro ou companheira designado que comprove união estável como entidade familiar;
d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor; e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a pessoa portadora de
deficiência, que vivam sob a dependência econômica do servidor;
II - temporária:
a) os filhos, ou enteados, até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez;
b) o menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade;
c) o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido, enquanto durar a
invalidez, que comprovem dependência econômica do servidor;
d) a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até
21 (vinte e um) anos, ou, se inválida, enquanto durar a invalidez.
§ 1º A concessão de pensão vitalícia aos beneficiários de que tratam as
alíneas a e c do inciso I deste artigo exclui desse direito os demais
beneficiários referidos nas alíneas d e e.
§ 2º A concessão da pensão temporária aos beneficiários de que tratam as
alíneas a e b do inciso II deste artigo exclui desse direito os demais
beneficiários referidos nas alíneas c e d.
Art. 218. A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão
vitalícia, exceto se existirem benefíciários da pensão temporária.
§ 1º Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o seu valor
será distribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados.
§ 2º Ocorrendo habilitação às pensões vitalícias e temporárias, metade do
valor caberá ao titular ou titulares de pensão vitalícia, sendo a outra metade,
em partes iguais, entre os titulares da pensão temporária.
§ 3º Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária, o valor integral
da pensão será rateado, em partes iguais, entre os que se habilitarem.
Art. 219. A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo
tão-somente as prestações exigíveis há mais de 5 (cinco) anos.
42
Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova posterior ou
habilitação tardia que implique exclusão de benefíciários ou redução de
pensão só produzirá efeitos a partir da data em que for oferecida.
Art. 220. Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de
crime doloso de que tenha resultado a morte do servidor.
Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte presumida ao
servidor, nos seguintes casos:
I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;
II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não
caracterizado como em serviço;
III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em
missão de segurança.
Parágrafo único. A pensão provisória será transformada em vitalícia ou
temporária, conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos de sua vigência,
ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que o
benefício será automaticamente cancelado.
Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiário:
I - o seu falecimento;
II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorra após a concessão da
pensão ao cônjuge; III - a cessão de invalidez, em se tratando de beneficiário inválido;
IV - a maioridade de filho, irmão, órfão ou pessoa designada, aos 21 (vinte e um) anos de idade;
V - a acumulação de pensão na forma do art. 225; VI - a renúncia expressa.
Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a respectiva
cota reverterá: I - da pensão vitalícia para os remanescentes desta pensão ou para os
titulares da pensão temporária, se não houver pensionista remanescente da pensão vitalícia;
II - da pensão temporária para os co-beneficiários ou, na falta destes, para o
beneficiário da pensão vitalícia.
Art. 224. As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e
na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no parágrafo único do art. 189. Art. 189. Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria. Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de mais de duas pensões.
Seção VIII
Do Auxílio-Funeral
Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ou aposentado, em valor equivalente a 1 (um) mês da remuneração ou provento. § 1º No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente em razão do cargo de maior remuneração. § 2º (Vetado.)
§ 3º O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito) horas por meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa da família que houver custeado o funeral. Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiros, este será indenizado, observado o disposto no artigo anterior. Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de transporte do corpo correrão à conta de recursos da União, autarquia ou fundação pública.
Seção IX
Do Auxílio-Reclusão
Art. 229. À família do servidor ativo de baixa renda é devido o auxílio-reclusão, nos seguintes valores:
I - dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de prisão, em
flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto
perdurar a prisão;
II - metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude de
condenação, por sentença definitiva, à pena que não determina a perda do
cargo.
§ 1º Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor terá direito à
integralização da remuneração, desde que absolvido.
§ 2º O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia imediato
àquele em que o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.
CAPÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua
família compreende assistência médica, hospitalar, odontológica,
psicológica e farmacêutica, terá como diretriz básica o implemento de
ações preventivas voltadas para a promoção da saúde e será prestada pelo
Sistema Único de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão ou entidade ao qual
estiver vinculado o servidor, ou mediante convênio ou contrato, ou ainda na
forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo
servidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos
ou seguros privados de assistência à saúde, na forma estabelecida em
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.302 de 2006)
§ 1º Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja exigida perícia,
avaliação ou inspeção médica, na ausência de médico ou junta médica
oficial, para a sua realização o órgão ou entidade celebrará, preferen-
cialmente, convênio com unidades de atendimento do sistema público de
saúde, entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade pública, ou
com o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.
§ 2º Na impossibilidade, devidamente justificada, da aplicação do disposto
no parágrafo anterior, o órgão ou entidade promoverá a contratação da
prestação de serviços por pessoa jurídica, que constituirá junta médica
especificamente para esses fins, indicando os nomes e especialidades dos
seus integrantes, com a comprovação de suas habilitações e de que não
estejam respondendo a processo disciplinar junto à entidade fiscalizadora
da profissão.
43
Comentário
Foi incluída, além dessas previsões, a de celebração de contrato.
Foi permitida a terceirização das perícias, avaliação ou inspeção médica, na
ausência de médico ou junta médica oficial, preferencialmente mediante
convênio com unidades de atendimento do sistema público de saúde,
entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade pública, ou com o
INSS. Na impossibilidade destas, devidamente justificada, poderá ser
contratada empresa privada que deverá destacar profissionais
especialmente para essas funções, comprovar suas habilitações, e os
mesmos não poderão estar sendo processados pela entidade fiscalizadora da
profissão.
§ 3o Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam a União e suas
entidades autárquicas e fundacionais autorizadas a: (Incluído pela Lei nº
11.302 de 2006)
I - celebrar convênios exclusivamente para a prestação de serviços de
assistência à saúde para os seus servidores ou empregados ativos,
aposentados, pensionistas, bem como para seus respectivos grupos
familiares definidos, com entidades de autogestão por elas patrocinadas por
meio de instrumentos jurídicos efetivamente celebrados e publicados até 12
de fevereiro de 2006 e que possuam autorização de funcionamento do
órgão regulador, sendo certo que os convênios celebrados depois dessa data
somente poderão sê-lo na forma da regulamentação específica sobre
patrocínio de autogestões, a ser publicada pelo mesmo órgão regulador, no
prazo de 180 (cento e oitenta) dias da vigência desta Lei, normas essas
também aplicáveis aos convênios existentes até 12 de fevereiro de 2006;
(Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei no 8.666, de 21 de
junho de 1993, operadoras de planos e seguros privados de assistência à
saúde que possuam autorização de funcionamento do órgão regulador;
(Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
III - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
§ 5o O valor do ressarcimento fica limitado ao total despendido pelo
servidor ou pensionista civil com plano ou seguro privado de assistência à
saúde. (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
CAPÍTULO IV
DO CUSTEIO
Art. 231. (Revogado.)
TÍTULO VII
CAPÍTULO ÚNICO
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE
EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO
Arts. de 232 a 235. (Revogados pela Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de
1993, que passou a dispor sobre o assunto.)
TÍTULO VIII
CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 236. O Dia do Servidor Público será comemorado a 28 (vinte e oito)
de outubro.
Art. 237. Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, os seguintes incentivos funcionais, além daqueles
já previstos nos respectivos planos de carreira:
I - prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que
favoreçam o aumento de produtividade e a redução dos custos opera-
cionais;
II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, condecoração e
elogio;
III - prêmios por produtividade.
Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos,
excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando
prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em
que não haja expediente.
Art. 239. Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política, o servidor não poderá ser privado de quaisquer dos seus direitos,
sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento
de seus deveres.
Art. 240. Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da
Constituição Federal, o direito à livre associação sindical, e os seguintes
direitos, entre outros, dela decorrentes:
a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como substituto processual;
b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até 1 (um) ano após o final do
mandato, exceto se a pedido;
c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for
filiado, o valor das mensalidades e contribuições definidas em assembléia-
geral da categoria;
d) de negociação coletiva;
e) de ajuizamento, individual e coletivamente, frente à Justiça do
Trabalho, nos termos da Constituição Federal.
Comentário
Revogadas as alíneas d e e (art. 18 da Lei nº 9.527/97), em face de terem
sido declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (ADIn nº
492-1-DF, DJ de 12/3/93).
Art. 241. Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos,
quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem do seu
assentamento individual.
Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge a companheira ou companheiro,
que comprove união estável como entidade familiar.
Art. 242. Para os fins desta lei, considera-se sede o município onde a
repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercício, em caráter
permanente.
TÍTULO IX
CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 243. Ficam submetidos ao Regime Jurídico instituído por esta lei, na
qualidade de servidores públicos, os servidores dos Poderes da União, dos
ex-Territórios, das autarquias inclusive as em regime especial, e das
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fundações públicas, regidos pela Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952 –
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, ou pela Consolidação
das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943, exceto os contratados por prazo determinado, cujos contratos não
poderão ser prorrogados após o vencimento do prazo de prorrogação.
§ 1º Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no regime instituído
por esta lei ficam transformados em cargos, na data de sua publicação.
§ 2º As funções de confiança exercidas por pessoas não integrantes de
tabela permanente do órgão ou entidade onde têm exercício ficam
transforma-
das em cargos em comissão, e mantidas enquanto não for implantado o
plano de cargos dos órgãos ou entidades na forma da lei.
§ 3º As Funções de Assessoramento Superior (FAS), exercidas por servidor
integrante de quadro ou tabela de pessoal, ficam extintas na data da
vigência desta Lei.
§ 4º (Vetado.)
§ 5º O Regime Jurídico desta Lei é extensivo aos serventuários da Justiça,
remunerados com recursos da União, no que couber.
§ 6º Os empregados dos servidores estrangeiros com estabilidade no
serviço público, enquanto não adquirirem a nacionalidade brasileira
passarão a integrar tabela em extinção, do respectivo órgão ou entidade,
sem prejuízo dos direitos inerentes aos planos de carreira aos quais se
encontrem vinculados os empregos.
§ 7º Os servidores públicos de que trata o caput deste artigo, não
amparados pelo art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitó-
rias, poderão, no interesse da Administração e conforme critérios estabe-
lecidos em regula-mento, ser exonerados mediante indenização de um mês
de remuneração por ano de efetivo exercício no serviço público federal.
§ 8º Para fins de incidência do imposto de renda na fonte e na declaração de
rendimentos, serão considerados como indenizações isentas os pagamentos
efetuados a título de indenização prevista no parágrafo anterior.
§ 9º Os cargos vagos em decorrência da aplicação do disposto no § 7º
poderão ser extintos pelo Poder Executivo quando considerados desneces-
sários.
Comentário
Foi permitida a exoneração, no interesse da Administração, dos servidores
não-estáveis (art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias -
ADCT da Constituição da República), com direito à indenização de um
mês de remuneração por ano de efetivo exercício prestado à União, sem
incidência do imposto de renda na fonte, e estabelecido que os respectivos
cargos poderão ser extintos pelo Poder Executivo quando considerados
desnecessários.
Art. 244. Os adicionais por tempo de serviço, já concedidos aos servidores
abrangidos por esta Lei, ficam transformados em anuênio.
Art. 245. A licença especial disciplinada pelo art. 116 da Lei nº 1.711, de
1952, ou por outro diploma legal, fica transformada em licença-prêmio por
assiduidade, na forma prevista nos arts. 87 e 90.
Art. 246. (Vetado.)
Art. 247. Para efeito do disposto no Título VI desta Lei, haverá ajuste de
contas com a Previdência Social, correspondente ao período de
contribuição por parte dos servidores celetistas abrangidos pelo art. 243.
Comentário
Substituída a expressão “§ 2o do art. 231” por “Título VI desta Lei”, em
razão de o referido parágrafo ter sido vetado.
Art. 248. As pensões estatutárias, concedidas até a vigência desta lei,
passam a ser mantidas pelo órgão ou entidade de origem do servidor.
Art. 249. Até a edição da lei prevista no § 1º do art. 231, os servidores
abrangidos por esta Lei contribuirão na forma e nos percentuais atualmente
estabelecidos para o servidor civil da União, conforme regulamento
próprio.
Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a satisfazer, dentro de 1
(um) ano, as condições necessárias para a aposentadoria nos termos do
inciso II do art. 184 do antigo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da
União, Lei n° 1.711, de 28 de outubro de 1952, aposentar-se-á com a
vantagem prevista naquele dispositivo. (Mantido pelo Congresso Nacional)
Art. 251. (Revogado.)
Comentário
Passaram a ser submetidos ao RJU os servidores do BACEN, tendo em
vista que o Banco Central do Brasil é uma autarquia, em regime especial.
Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos
financeiros a partir do primeiro dia do mês subseqüente.
Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e
respectiva legislação complementar, bem como as demais disposições em
contrário. Brasília, em 11 de dezembro de 1990, 169º da Independência e 102º da República.
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993
Mensagem de veto
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Capítulo I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção I Dos Princípios
Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Art. 2o As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública,
45
quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada. Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. § 1o É vedado aos agentes públicos: I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato; II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991. § 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: I - produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital nacional; II - produzidos no País; III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) § 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura. § 4º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 4o Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou entidades a que se refere o art. 1º têm direito público subjetivo à fiel observância do pertinente procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos. Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública. Art. 5o Todos os valores, preços e custos utilizados nas licitações terão como expressão monetária a moeda corrente nacional, ressalvado o disposto no art. 42 desta Lei, devendo cada unidade da Administração, no pagamento das obrigações relativas ao fornecimento de bens, locações, realização de obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo quando presentes relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa da autoridade competente, devidamente publicada. § 1o Os créditos a que se refere este artigo terão seus valores corrigidos por critérios previstos no ato convocatório e que lhes preservem o valor. § 2o A correção de que trata o parágrafo anterior cujo pagamento será feito junto com o principal, correrá à conta das mesmas dotações orçamentárias que atenderam aos créditos a que se referem. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 3o Observados o disposto no caput, os pagamentos decorrentes de despesas cujos valores não ultrapassem o limite de que trata o inciso II do art. 24, sem prejuízo do que dispõe seu parágrafo único, deverão ser efetuados no prazo de até 5 (cinco) dias úteis, contados da apresentação da fatura. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
Seção II Das Definições
Art. 6o Para os fins desta Lei, considera-se: I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta; II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais; III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente; IV - Alienação - toda transferência de domínio de bens a terceiros; V - Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite estabelecido na alínea "c" do inciso I do art. 23 desta Lei; VI - Seguro-Garantia - o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações assumidas por empresas em licitações e contratos; VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios; VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total; b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas; c) (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais; e) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada; IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos: a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza; b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem; c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso; f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados; X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT; XI - Administração Pública - a administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive as entidades com personalidade jurídica de direito privado sob controle do poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas; XII - Administração - órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a Administração Pública opera e atua concretamente;
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XIII - Imprensa Oficial - veículo oficial de divulgação da Administração Pública, sendo para a União o Diário Oficial da União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, o que for definido nas respectivas leis; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) XIV - Contratante - é o órgão ou entidade signatária do instrumento contratual; XV - Contratado - a pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a Administração Pública; XVI - Comissão - comissão, permanente ou especial, criada pela Administração com a função de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de licitantes.
Capítulo II Da Licitação
Seção I Das Modalidadades, Limites e Dispensa
Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado. Parágrafo único. O disposto neste artigo não impedirá a habilitação de interessados residentes ou sediados em outros locais. Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 1o O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessados poderão ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a licitação. § 2o O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será: I - quarenta e cinco dias para: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) a) concurso; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço"; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) II - trinta dias para: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) a) concorrência, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso anterior; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço"; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) III - quinze dias para a tomada de preços, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso anterior, ou leilão; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) IV - cinco dias úteis para convite. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 3o Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão contados a partir da última publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 4o Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inqüestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas. Art. 22. São modalidades de licitação:
I - concorrência; II - tomada de preços; III - convite; IV - concurso; V - leilão. § 1o Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. § 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. § 3o Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas. § 4o Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias. § 5o Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 6o Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 7o Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite. § 8o É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo. § 9o Na hipótese do parágrafo 2o deste artigo, a administração somente poderá exigir do licitante não cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que comprovem habilitação compatível com o objeto da licitação, nos termos do edital. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação: I - para obras e serviços de engenharia: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) c) concorrência - acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reias); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais). (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) § 1o As obras, serviços e compras efetuadas pela administração serão divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à amplicação da competitiivdade, sem perda da economia de escala. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
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§ 2o Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação distinta, preservada a modalidade pertinente para a execução do objeto em licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 3o A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 4o Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência. § 5o É vedada a utilização da modalidade "convite" ou "tomada de preços", conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de "tomada de preços" ou "concorrência", respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 6o As organizações industriais da Administração Federal direta, em face de suas peculiaridades, obedecerão aos limites estabelecidos no inciso I deste artigo também para suas compras e serviços em geral, desde que para a aquisição de materiais aplicados exclusivamente na manutenção, reparo ou fabricação de meios operacionais bélicos pertencentes à União. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) § 7o Na compra de bens de natureza divisível e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida a cotação de quantidade inferior à demandada na licitação, com vistas a ampliação da competitividade, podendo o edital fixar quantitativo mínimo para preservar a economia de escala. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) § 8o No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos valores mencionados no caput deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por maior número. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) Art. 24. É dispensável a licitação: I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas; VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento; VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a
situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços; VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em conseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido; XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no preço do dia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos;(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder Público; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade. XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico;(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" do incico II do art. 23 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Admininistração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) XXI - Para a aquisição de bens destinados exclusivamente a pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela CAPES, FINEP, CNPq ou outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim específico. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado,
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segundo as normas da legislação específica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida. (Incluído pela Lei nº 10.973, de 2004) XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública. (Redação dada pela Lei nº 11.445, de 2007). XXVIII - (Vide Medida Provisória nº 352, de 2007) Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005) Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes; II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação; III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. § 1o Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato. § 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005) Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos: I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso;
II - razão da escolha do fornecedor ou executante; III - justificativa do preço. IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
SIMULADO DIREITO ADMINISTRATIVO
LEI No. 8.112/90 REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA
UNIÃO 01. Marque a alternativa incorreta: a) As atribuições de um cargo público não podem justificar a exigência de outros requisitos básicos para investidura em cargo público fora dos já estabelecidos na Lei 8112/90. b) A Lei 8112/90 institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais. c) Para os efeitos da Lei 8112/90, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público. d) Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. 02. Marque a alternativa incorreta: a) Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. b) É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei c) São os únicos requisitos exigidos para investidura em cargo público, a nacionalidade brasileira, o gozo doa direitos políticos e a quitação com as obrigações militares e eleitorais. d) Promoção, reversão, aproveitamento são algumas das formas de provimento em cargo público. 03. Marque a alternativa incorreta: a) As atribuições exigidas para investidura em cargo público não podem justificar a exigência de outros requisitos básicos estabelecidos em lei. b) São requisitos básicos para investidura em cargo público dentre outros, o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo, a idade mínima de dezoito anos e aptidão física e mental c) O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada poder. d) A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. 04. Marque a alternativa incorreta: a) Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. b) No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. c) Será tomado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no § 1° do art. 13 da Lei 8112/90. d) A posse em cargo público não dependerá de prévia inspeção médica oficial, que poderá ser efetuada, posteriormente a critério da autoridade competente. 05. São formas de provimento de cargo público, dentre outras: a) nomeação, reversão e posse b) promoção, aproveitamento e investidura c) reintegração, reversão e readaptação d) readaptação, recondução e exercício 06. Marque a alternativa mais completa de acordo com o texto da Lei 8112/90: "A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo
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depende de prévia habilitação em concurso público ........................... obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade”. a) de provas b) de provas e títulos c) de provas ou de provas e títulos d) de títulos 07. Sobre a readaptação", marque a alternativa incorreta: a) Readaptação é a investidura do servidor em cargo e atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. b) Se julgado capaz para o serviço público o readaptando será aposentado. c) A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitadas as exigências legais. d) A readaptação é uma das formas de provimento de cargo público. 07. Marque a alternativa incorreta sobre a readaptação: a) A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial com ressarcimento de todas as vantagens. b) Na hipótese de a cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade c) Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, com direito a indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade. d) A posse poderá dar-se mediante procuração específica. 08. Marque a alternativa incorreta: a) O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. b) O órgão central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da administração pública federal. c) Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial. d) Reversão é o retomo do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado. 10. Marque a alternativa incorreta: a) A recondução decorrerá de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou de reintegração do anterior ocupante. b) Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor reconduzido será aproveitado em outro c) A vacância do cargo público decorrerá sempre da primeira nomeação do servidor. d) A recondução é considerada uma das formas de provimento de cargo público. 11. Marque a alternativa incorreta: a) O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder. b) A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. c) Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. d) É de 30 dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data do ato de provimento. 12. Marque a alternativa incorreta: a) Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo de 60 dias, contados da data da posse. b) À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor, compete dar-Ihe exercício. c) O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor. d) Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento individual. 13. Marque a alternativa incorreta: a) O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança é submetido
ao regime de integral dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração. b) O disposto na alternativa (a) desta questão, se aplica à duração de trabalho estabelecida em leis especiais. c) Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo. d) O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado observado o art.29, parágrafo único da Lei 8112/90. 14. Marque a alternativa incorreta: a) Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser a lei ou regulamento do sistema de carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do art. 20 da Lei 8112/90; b) O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável. Reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29 da Lei 8112/90. c) O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 5 (cinco) anos de efetivo exercício. d) O servidor estável poderá perder o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual Ihe seja assegurada ampla defesa. 15. Quanto à reversão, marque a alternativa incorreta: a) Reversão é o retomo à atividade de servidor aposentado por invalidez. quando, por junta médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos da aposentadoria. b) A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. c) Encontrando-se provido o cargo, o servidor revertido exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência da vaga. d) Poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade, desde que sua aposentadoria não se dê por invalidez. 16. Todos os itens abaixo são requisitos básicos para investidura em cargo público, excetuando-se: a) a nacionalidade brasileira b) o gozo de direitos políticos c) a idade mínima de dezesseis anos d) aptidão física e mental 17. O texto de Lei 8112/90 dispõe que o concurso público terá validade de: a) 2 anos, podendo ser prorrogada uma única vez, por igual período. b) 2 anos, não cabendo prorrogação para tal prazo c) até 2 anos, prorrogável a critério da autoridade competente d) até 2 anos podendo ser prorrogada uma única vez, por igual período 18. A nomeação far-se-á: I - em caráter efetivo quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo. II - em comissão inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos. III - em caráter efetivo quando se tratar de cargo de carreira. a) apenas a I e a II estão corretas b) apenas a I e a III estão corretas c) apenas a II e a Ill estão corretas d) todas as alternativas estão corretas 19. A Lei 8112/90 textualmente dispõe que: I - A investidura em carga pública ocorrerá com a nomeação. II - O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.
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III - A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetive depende de habilitação em concurso público do tipo "provas” obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade. a) a I e II estão incorretas b) a II e III estão incorretas c) a I e III estão incorretas d) todas estão incorretas 20. Sobre concurso público pode-se dizer: I - O concurso público terá validade de 2 (dois) anos, podendo ser prorrogada uma única vez, por igual período. II - O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação. III - Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validada não expirado. a) a I e II estão incorretas b) a II e III estão corretas c) a I e III estão incorretas d) todas estão incorretas 21. Marque a alternativa incorreta: a) A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício. b) A exoneração de ofício dar-se-á quando não satisfeitas as condições do estágio probatório, ou quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido. c) A exoneração de cargo em comissão dar-se-á a juízo da autoridade competente, ou a pedido do próprio servidor. d) O afastamento do servidor de função de direção dar-se-á exclusivamente a pedido. 22. São formas de provimento de cargo público: I - exoneração, promoção e reversão II - demissão, nomeação e readaptação III - falecimento, reintegração e recondução a) a I e II estão corretas b) a II e III estão corretas c) a I e III estão corretas d) todas estão incorretas 23. Marque a alternativa que responde a questão: I - Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo de 30 dias contados da sua publicação. II - Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 10% (dez por cento) das vagas oferecidas no concurso. III - Em se tratando de servidor em licença, ou afastado por qualquer outro motivo legal, o prazo será contado do término do impedimento. a) a I e II estão incorretas b) a II e IIl estão incorretas c) a I e III estão corretas d) todas estão incorretas 24. Quanto ao "exercício do cargo público" pode-se dizer: I - É o efetivo desempenho das atribuições do cargo. II - É de 60 (sessenta) dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse. III - Será exonerado o servidor e do que não entrar em exercício no prazo de sessenta dias contados da data da posse. a) a I e II estão incorretas b) a II e III estão incorretas c) a I e III estão incorretas d) todas estão incorretas 25. A Lei 8112/90 dispõe que: I - A reversão será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida. II - A readaptação far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua
transformação. III- Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 anos de idade. a) a I e II estão incorretas b) a II e III estão incorretas c) a I e III estão incorretas d) todas estão incorretas 26. Quanto ao direito de petição, marque a alternativa incorreta: a) A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração. b) Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído. c) A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade. d) São fatais e prorrogáveis os prazos estabelecidos no capítulo referente ao Direito de Petição, não se admitindo nenhum tipo de ressalva. 27. Quanto ao direito de petição do servidor, marque a alternativa incorreta: a) É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. b) O requerimento será dirigido a autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente. c) Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão podendo ser renovado uma única vez. d) O requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias. 28. Quanto ao "recurso" a ser impetrado por servidor, marque a alternativa incorreta: a) Caberá recurso do indeferimento do pedido de reconsideração. b) Não caberá recurso das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. c) O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades. d) O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente. 29. Quanto ao "pedido de reconsideração” e o recurso a ser impetrado por servidor, marque a alternativa incorreta: a) O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 60 (sessenta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. b) O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo a juízo da autoridade competente. c) Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado. d) A administração deverá rever seus atos. a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade. 30. Marque a alternativa incorreta: a) O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para nova aposentadoria b) Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operações de guerra. c) Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade: o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal. d) Contar-se-á apenas para efeito de disponibilidade a licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor, com remuneração. 31. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade: a) o tempo de serviço relativo a tiro de guerra b) a licença para atividade política (no caso do art. 86. § 2°) c) o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, posterior ao ingresso no serviço público federal d) o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social
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32. São considerados de efetivo exercício os afastamentos em virtude: a) da licença prêmio por assiduidade. b) da licença de desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento. c) de participação em júri e outros serviços obrigatórios por lei. d) de missão ou estudo no exterior quando autorizado, conforme dispuser o regulamento. 33. Marque a alternativa incorreta: a) Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo. b) Não será exigida do servidor estudante a compensação de horário na repartição, não necessitando respeitar a duração semanal do trabalho. c) Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é segurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente de vaga. d) Estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial, o disposto na alternativa (c) desta questão. 34. Todos os afastamentos abaixo são considerados como de efetivo exercício, exceto: a) férias b) exercício de cargo em comissão ou equivalente apenas em órgão ou entidade dos Poderes da União. c) Exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República. d) Participação em programa de treinamento regularmente instituído, conforme dispuser o regulamento. 35. Marque a alternativa incorreta: a) A ausência do servidor para estudo ou missão no exterior não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência. b) Ao servidor beneficiado pelo afastamento para estudo ou missão no exterior não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido o período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento. c) O disposto na alternativa "b" se aplica aos servidores de carreira diplomática. d) O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com a qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração. 36. Sobre o afastamento para exercício de mandato eletivo é incorreto afirmar: a) No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade social como se em exercício estivesse. b) O servidor investido em mandato, eletivo ou classista poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato. c) Tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, o servidor ficará afastado do cargo. d) Investido no mandato de Prefeito, o servidor será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. 37. A Lei 8112/90, dispõe que: I - No afastamento previsto no inciso I do art. 93 para exercício de cargo em comissão ou função de confiança, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário, quando cabível. II - O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo de 48 horas. III - O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, em alguns poucos casos, é redutível. a) a I e II estão incorretas b) a II e III estão incorretas c) a I e III estão incorretas
d) todas estão incorretas 38. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições: a) tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo, sendo-Ihe facultado optar pela sua remuneração b) investido no mandato de prefeito, não será afastado do cargo, sendo-Ihe facultado optar pela sua remuneração. c) investido no mandato de vereador, havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo. d) investido no mandato de vereador, não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, não percebendo as vantagens a ele inerente, em nenhuma hipótese. 39. O servidor poderá ser cedido: I - para exercício de cargo em comissão apenas dos Poderes da União. II - em casos previstos em leis específicas. III - para exercício de função de confiança unicamente nos Poderes dos Municípios. a) a I e II estão incorretas b) a I e III estão incorretas c) a II e III estão corretas d) todas estão corretas 40. A Lei 8112/90 dispõe que: I - O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 1% (um por cento) por ano de serviço público efetivo, incidente sobre o vencimento (art. 40). II - O servidor fará jus ao adicional por tempo de serviço a partir do mês em que completar o anuênio. III - Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, importância inferior a dois salários mínimos a) a I e II estão corretas b) a II e III estão corretas c) a I e III estão incorretas d) todas estão incorretas GABARITO 01. A 02. C 03. A 04. D 05. C 06. C 07. B 08. C 09. D 10. C 11. D 12. A 13. B 14. C 15. D 16. C 17. D 18. D 19. C 20. B 21. D 22. D 23. C 24. B 25. A 26. D 27. C 28. B 29. A 30. D 31. C 32. D
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33. B 34. B 35. C 36. B 37. B 38. A 39. B 40. D