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  DIREITO ADMINISTRATIVO PARA ISS/BH – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORES: CYONIL, ELAINE E SANDRO 1 www.pontodosconcursos.com.br Aula– Responsabilidade Civil do Estado Olá, amigos, tudo bem? Prontos para a nossa aula? Hoje o assunto vai bombar!! Primeiro vamos ver a parte teórica e depois atacaremos questões de várias bancas de forma mais aprofundada. Após isso tem mais uma lista de questões do CESPE. Vamos nos divertir? Garra pessoal! Na presente aula, será trabalhado o item responsabilidade civil do Estado (ou da Administração ou Extracontratual, como preferem alguns). O assunto é um dos mais debatidos nos meios acadêmicos, em razão das inúmeras novidades e polêmicas que lhe dizem respeito. Ressalto que, apesar de apaixonante, o tema será abordado com a precisão de sempre, ou seja, dentro do que é necessário para que não percamos nenhum item em prova relacionado ao conteúdo. Neste tópico, serão vistos os seguintes assuntos: 10.1 – Evolução Doutrinária das Teorias de Responsabilidade Civil do Estado 10.2 – Responsabilidade Civil da Administração no Direito Brasileiro 10.3 – Responsabilidade Civil na Constituição Federal 10.4 – Responsabilidade Civil por Atos Legislativos 10.5 – Responsabilidade Civil por Atos Judiciais 10.6 – Responsabilidade Subjetiva 10.7 – Responsabilidade Civil por Danos Decorrentes de Obra Pública 10.8 – Ações de Reparação do Dano 10.9 – O Direito de Regresso da Administração Sem mais delongas, vamos à aula do dia.

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Aula– Responsabilidade Civil do Estado

Olá, amigos, tudo bem? Prontos para a nossa aula? Hoje oassunto vai bombar!! Primeiro vamos ver a parte teórica e depoisatacaremos questões de várias bancas de forma mais aprofundada.

Após isso tem mais uma lista de questões do CESPE. Vamos nosdivertir? Garra pessoal!

Na presente aula, será trabalhado o item responsabilidade civildo Estado (ou da Administração ou Extracontratual, como preferemalguns). O assunto é um dos mais debatidos nos meios acadêmicos,em razão das inúmeras novidades e polêmicas que lhe dizemrespeito. Ressalto que, apesar de apaixonante, o tema será abordadocom a precisão de sempre, ou seja, dentro do que é necessário paraque não percamos nenhum item em prova relacionado ao conteúdo.

Neste tópico, serão vistos os seguintes assuntos:10.1 – Evolução Doutrinária das Teorias de Responsabilidade Civil doEstado

10.2 – Responsabilidade Civil da Administração no Direito Brasileiro

10.3 – Responsabilidade Civil na Constituição Federal

10.4 – Responsabilidade Civil por Atos Legislativos

10.5 – Responsabilidade Civil por Atos Judiciais

10.6 – Responsabilidade Subjetiva

10.7 – Responsabilidade Civil por Danos Decorrentes de Obra Pública

10.8 – Ações de Reparação do Dano

10.9 – O Direito de Regresso da Administração

Sem mais delongas, vamos à aula do dia.

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10.1. Evolução Doutrinária das Teorias de ResponsabilidadeCivil do Estado

De forma geral, a responsabilização civil do Estadoencontra origem no Direito Civil, ramo do direito que,

originalmente, trata da matéria. Pela teoria daresponsab ilização civil do Estado, aquele que causa prejuízo aoutrem tem a obrigação de indenizar o dano patrimonialcausado por um fato lesivo.

Porém, diferentemente do que ocorre na relação entre osparticulares, a responsabilização do Estado constituimodalidade extracontratual, visto que não há um pacto, isto é,um contrato a sustentar o dever de reparar. Exatamente porisso o texto constitucional fala em particulares ( terceiros) emgeral (art. 37, §6º).

Sinteticamente, podem ser apontados com os elementosnecessários para a definição da responsabilidade civilextracontratual do Estado:

I) O ato ou fato lesivo causado pelo agente em decorrência deculpa em sentido amplo, a qual abrange o dolo (atointencional) e a culpa em sentido estrito, a qual, por sua vez,engloba a negligência, a imprudência e a imperícia;

II)  A ocorrência de um dano patrimonial (econômico) oumoral;

III)  O nexo de causalidade entre o dano havido e ocomportamento do agente, o que significa dizer ser necessárioque o dano efetivamente tenha decorrido, direta ouindiretamente, da ação ou omissão de agente público;

IV) A alteridade, no sentido de o prejuízo ter sido provocadopor outrem e não por culpa exclusiva do paciente.

Assim, a responsabilização civil da Administração Pública ocorrequando da existência de dano causado a alguém em face da condutade agente público (leia-se: na qualidade de agente público) – mais à

frente o assunto será detalhado.A doutrina ensina que a responsabilidade patrimonial

extracontratual do Estado como sendo aquela que gera a obrigaçãode reparar danos causados a terceiros em decorrência decomportamentos comissivos (ação) ou omissivos (inação), materiaisou jurídicos, lícitos ou ilícitos, imputáveis aos agentes públicos. Diferea responsabilidade civil das responsabilidades penal e administrativa.As três são independentes entre si, com sanções específicas a seremaplicadas em cada uma dessas esferas, quando for o caso.

Não há que se falar, necessariamente, de ação ilícita por partedo Estado para que este seja responsabilizado civilmente. Regra

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geral, haverá correlação: fato ilícito X responsabilização civil doEstado, conforme será visto no devido tempo. Mas, repita-se, nemsempre o ilícito estará presente. Por exemplo: Sean faz cirurgia deredução de estomago em hospital do Estado que, embora lícita,causa-lhe complicações. Apesar de lícita, nem por isso afasta a

responsabilidade do Estado. Maranhão faz operação para seembelezar, no entanto, o resultado continua o mesmo (feio que dói☺), ainda assim o Estado permanecerá responsável.

Pois bem. Superada essa rápida introdução para delinearmos oque se deve entender quanto à expressão “Responsabilidade Civil daAdministração Pública”, passemos à questão sobre a evoluçãohistórico-doutrinária.

O conceito e a fundamentação da responsabilidade civil doEstado são extremamente dinâmicos e não podem ser encarados, por

exemplo, à luz dos fundamentos jurídicos do século XIX. Diversas sãoas concepções doutrinárias a respeito da evolução do instituto oratratado, a qual se apresenta, resumidamente, indo dairresponsabilidade do Estado até a Teoria do Risco Integral, a qual,diga-se de passagem, não é adotada no direito brasileiro, em matériade Direito Administrativo, de acordo com as visões que o Cespe e aFCC têm do assunto, ressalto! Até o momento não vimos oentendimento da Esaf.

1ª Teoria: A irresponsabilidade do Estado

No princípio, o Estado não era responsabilizado pelos danoscausados por seus agentes. Valia, então, a máxima: The King can dono wrong (o rei não erra), ou, ainda, le roi ne peut mal faire (o reinão pode fazer mal – sem biquinho dos franceses ☺).

Adotada na época dos estados absolutistas, evidentemente talteoria caiu em desuso, dado o seu evidente caráter injusto, uma vezque o Estado, guardião do Direito que é (ou deveria ser), não poderiadeixar de ser responsabilizado pelos danos causados a terceiros.

Há quem diga que mesmo nos países em que se resistiu comintensidade ao abandono desta teoria (Inglaterra e EUA, até meados

do séc. XX), ela não mais se sustenta.Em recente prova da FCC, a banca usou o nome teoria

regalista (isso mesmo, de regalias) no lugar de teoria dairresponsabilidade. Além desse sinônimo, pode aparecer teoriafeudal para designar tal período.

Por incrível que possa parecer, o Estado Brasileiro nunca foiirresponsável!

2ª Teoria: A Responsabilidade com Culpa Civil do Estado(natureza subjetiva)

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Após a superação da teoria da irresponsabilidade do Estado,surge a teoria da responsabilidade com culpa civil do Estado. Pormeio dessa teoria, o Estado responderia apenas pelos prejuízosdecorrentes de seus atos de gestão, desprovidos de supremaciaestatal, praticados pelos seus agentes, não respondendo, contudo,

pelos atos de império (protegidos pela posição diferenciada do Estadona sociedade), regidos por normas de direito especial, exorbitantesdo direito comum.

A responsabilização do Estado durante esse período foi baseadana dupla personalidade do Estado, enquanto produtor de atos deimpério (PÚBLICO), irresponsável; já quando da prática de atos degestão (PRIVADO), responsável.

Pela teoria baseada na culpa civil (teoria civilista), o Estadoresponde pelos danos causados por seus agentes, ao praticarem atos

de gestão, porém, só no caso de culpa ou dolo. Ao particularprejudicado, além de individualizar o causador do dano (identificar,nominalmente, o funcionário do Estado), incumbiria demonstrar aexistência dos elementos de culpa em sentido amplo do agente, poresse motivo a doutrina afirma ser uma teoria de naturezasubjetiva, enfim, em que devem ser discutidos os aspectosintencionais (dolo) ou não-intencionais (culpa), com outras palavras,o particular prejudicado deveria discutir o que o agente pensou oudeixou de pensar.

Não há dúvida de que essa teoria é comparativamente melhor do

que a anterior (irresponsabilidade), contudo, os preceitos da Teoriada Responsabilidade com Culpa Civil são, por vezes, de difícilaplicação, em razão da impossibilidade de fazer separação entreatos de império ou de gestão do Estado ou, ainda, de o particularidentificar o agente público causador do dano e mais: de provarculpa ou dolo. Responda rápido: qual é o agente causador de umraio? De uma inundação? Com certeza não é o agente público, daí a fragilidade da teoria civilista em atribuir ao Estado aresponsabilidade por atos lesivos omissivos.

3ª Teoria: A Teoria da Culpa Administrativa ou CulpaAnôn ima (natureza subjetiva)

Esta teoria representa um estágio evolutivo da responsabilidade doEstado, hoje adotada pela maioria dos países do ocidente. Umafase de transição entre a teoria da culpa civilista (baseada nanecessidade de comprovação da culpa) para o risco administrativo(objetiva, pois que independe da necessidade de comprovação deculpa).

O principal acréscimo foi quanto à desnecessidade de se fazerdiferença entre os atos de império e os de gestão.

Independentemente de qual categoria de ato se tratasse (império ougestão), ocorrendo o prejuízo, o Estado responderia por este, desde

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que possuísse culpa quanto à situação, é dizer, o interessadopossuía o dever de provar a culpa do Estado , mesmo que nãofosse possível identificar o agente causador do prejuízo , talvezpor isso a doutrina majoritariamente aponta-a como de naturezasubjetiva (demonstração de culpa ou de dolo).

Dessa maneira, haja vista a desnecessidade de seindividualizar a conduta do agente, a doutrina reconheceu ateoria como de “culpa anônima ou da falta do serviço”, a faute deservice, na doutrina francesa, inspiradora da nossa.

Chamo atenção para o fato de que a falta do serviço podeconsumar-se de três modos diversos: inexistência, maufuncionamento, ou retardamento do serviço. Ressalto que osfundamentos dessa teoria ainda servem de subsídio pararesponsabilização do Estado em algumas situações, como na omissão

administrativa.4ª Teoria: Teoria do R isco Administrativo

De acordo com essa teoria, o Estado tem o dever de indenizar odano sofrido de forma injusta pelo particular, independente defalta do serviço ou de culpa dos agentes públicos. Existindo odano (o FATO do serviço e não a FALTA), o Estado tem a obrigaçãode indenizar.

A teoria do risco administrativo (inserida, em termosconstitucionais, desde a CF/ 1946) encontra fundamentos, em nossa

ordem jurídica atual, no §6º do art. 37 da CF/1988. Vejamos:As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privadoprestadoras de serviços públicos responderão pelos danos queseus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,assegurado o direito de regresso contra o responsável noscasos de dolo ou culpa.

O dispositivo será esmiuçado nas linhas a seguir, mas já épossível trazer duas importantes observações:

I) o risco administrativo não se aplica a todas as hipóteses em

que órgãos/entidades do Estado causem prejuízos a terceiros, mastão só nos casos em que a AÇÃO (não de omissão genérica) deuma PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO ESTATAL venha acausar dano a particulares;

II) as prestadoras de serviço público, independente de serementidades administrativas estatais ou não, submetem-se às regras deresponsabilização civil válidas para o Estado (com algumasressalvas).

As entidades assumem o RISCO da atividade estatal

(administrativa), em contrapartida aos rendimentos que auferirão emdecorrência da prestação dos serviços, em síntese: para todo

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 ‘bônus’ há um correspondente ‘ônus’ . Como exemplo: a teoria dorisco administrativo vale para concessionárias e permissionárias detransporte coletivo, enfim, retiram dos usuários seu ‘bônus’, logo,responderão objetivamente (assumirão o ‘ônus’) perante os seuspróprios usuários.

No entanto, na nova visão do STF, a responsabilidade objetivadas concessionárias deve ser estendida aos terceiros, afinal o textoconstitucional não separou, em nenhum instante, entre usuários outerceiros, ao contrário disso, fez destaque ao termo terceiros.

Ainda que a teoria do risco administrativo não exija que oparticular comprove a culpa da Administração, é possível que o PoderPúblico demonstre a culpa da vítima para excluir ou atenuar aindenização. Essa é a fundamental diferença com relação ao riscointegral, como veremos a seguir. Assim, permite-se que a

Administração possa comprovar a culpa do pretenso lesado no eventodanoso, de forma a eximir o erário, integral ou parcialmente, dodever de indenizar.

5ª Teoria: A Teoria do R isco Integral

O risco integral consiste em uma modalidade exacerbada(imoderada, não-razoável) da teoria risco administrativo. Namodalidade risco integral, a Administração fica obrigada a indenizaros prejuízos suportados por terceiros, ainda que resultantes de culpaexclusiva, de eventos da natureza, ou de fato exclusivo de terceiros.

O Estado funciona na qualidade de verdadeiro segurador universal.A maior parte da doutrina brasileira entende não ser aplicável orisco integral em nossa ordem jurídica, em razão do exagero contidoem sua construção conceitual. Essa, inclusive, é a posição tida porcorreta pelo Cespe e pela FCC, e que, claro, será acompanha nopresente trabalho.

Há parte da doutrina defensora de ser o acidente nuclearuma aplicação da teoria do risco integral. No entanto, a própriaLei de Acidente Nuclear afirma que o Estado não responderá emhavendo culpa exclusiva da vítima, evidência de que o

posicionamento do Cespe é, de fato, mais válido nos dias atuais.É verdade!? Não existem verdades absolutas, porém, duas das

principais bancas já trataram do tema, seguindo o posicionamento deque, em nosso país , não é adotado o risco integral.

Apesar das controvérsias doutrinárias, esta é a posição quedevemos levar para a prova. De fato, não há sentido jurídico algumem que o Estado assuma, integralmente, o dever de indenizaralguém que seja absolutamente culpado por eventual prejuízocausado a si mesmo.

A controvérsia doutrinária existente, como sobredito, é quantoaos acidentes nucleares. Há parte da doutrina que entende prevalecer

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a tese do risco integral. Um exemplo: imaginemos um servidorpúblico que tenha, em razão de seu cargo, a atribuição de transportarmaterial radiativo. Insatisfeito com a vida, o dito servidor resolve porfim a sua própria vida. Daí derrama garganta abaixo o produto quetransporta e acaba se suicidando. Pergunta-se: ainda assim, o Estado

estaria obrigado a indenizar a família?Deixando de lado outras informações, centrando na idéia de

culpa exclusiva da vítima, entendemos que não há responsabilidadedo Estado. Além disso, a “vítima” (o servidor suicida), ao fim, éculpada (e não vítima), uma vez que responsável, integralmente,pelo prejuízo causado a si. Então, ficamos assim para nossa prova:não se adota (e nunca se adotou) a teoria do risco integral noBrasil! 

Risco Administrativo

O art. 37, §6º, do texto constitucional é expresso em afirmarque a responsabilidade é aplicada independentemente de culpa oude dolo. Decorre disso o fato de o risco administrativo ser denatureza OBJETIVA.

Não vigora (e nunca vigorou) entre nós a teoria dairresponsabilidade. Mesmo na Constituição de 1824, tivemos aaplicação da teoria civilista, com a separação entre atos de império (oRei não erra, logo, o Estado não responde) e atos de gestão (oEstado responde como se particular fosse).

O dano, em si, é prejuízo, que pode ser material (prejuízomesmo) ou moral (o “preço da dor”, por assim dizer). Já o fato lesivodiz respeito à ação/omissão por parte do causador do dano. Por fim,o nexo de causalidade, que pode ser entendido como o liame (elo)entre a ação/omissão do Estado (ou de seus representantes, emalgumas situações) com o prejuízo causado, ou seja, o vínculo diretoentre as duas pontas para a responsabilidade civil: a ação e o dano.

Se tivermos algo que rompa com tal causalidade, estaria não-configurada a responsabilidade civil da Administração, em razão dorompimento da causalidade necessária para que o Estado passasse ater o papel de promover a indenização.

Acontece que, no ano de 2008, o STF alterou o posicionamento,estabelecendo que a responsabilidade do Estado só é devida quandoda atuação pelo agente, nessa qualidade (RE 363.423):

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. LESÃO CORPORAL.DISPARO DE ARMA DE FOGO PERTENCENTE À CORPORAÇÃO.POLICIAL MILITAR EM PERÍODO DE FOLGA. Caso em que opolicial autor do disparo não se encontrava na qualidade deagente público. Nessa contextura, não há que se falar de

responsabilidade civil do Estado. Recurso extraordinárioconhecido e provido.

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Responsabilidade Civil das Empresas Estatais

Vejamos o que estabelece o art. 37, §6º, da CF/1988:

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privadopres tadoras de serv iços púb l icos   responderão pelos danosque seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,assegurado o direito de regresso contra o responsável noscasos de dolo ou culpa.

As empresas governamentais têm dois campos de atuação. Oprimeiro é encontrado no art. 173 (intervenção do domínioeconômico, como é o caso do BB e da CEF). O segundo diz respeito àprestação de serviços públicos, com base no art. 175 da CF/1988(por exemplo: a Infraero e a ECT, típicas prestadoras de serviçospúblicos).

Assim, as empresas estatais, PRESTADORAS DE SERVIÇOSPÚBLICOS, podem responder de forma objetiva pelos danos causadosa terceiros. Isso ocorre porque o prestador de serviços públicos,como dito, assume o RISCO ADMINISTRATIVO da atividadedesempenhada, a qual é, em sua natureza, essencialmente pública(serviços públicos).

Já as interventoras do domínio econômico são regidas regrageral pela Legislação Civil, ou seja, quando da prática de atosdanosos, sua responsabilidade será regida pelo Código Civil (teoriacivilista – natureza subjetiva). A quem defenda que quandofornecedoras de serviços, será aplicado o Código do Consumidor,portanto, nesse caso, a responsabilidade será igualmente OBJETIVA,mas lembrem, não é com base na Constituição! 

Responsabilidade Subjetiva

A responsabilidade civil do Estado é objetiva na ação de seusagentes. Na omissão, não há que se falar de responsabilidade civilobjetiva do Estado, mas subjetiva,  baseada na necessidade de opotencial prejudicado comprovar que houvera ocorrido culpa porparte do agente da administração pública.

Assim, não vale para os casos de omissão Estatal a regra daresponsabilidade objetiva da Administração Pública, como regrageral. Este é o entendimento, tanto doutrinário, quanto

  jurisprudencial dominante. Vamos nos ater à jurisprudência dosTribunais Judiciais, sobretudo dos Superiores.

No STJ o tema já foi discutido em diversas oportunidades.Aquela Corte entende que, no caso da omissão Estatal, aresponsabilidade do Estado é subjetiva. Apenas para ilustrar, noRecurso Especial 602.102, de 2005, o STJ deixou registrado: 

...Em se tratando de ato omissivo, embora esteja a doutrinadividida entre as correntes dos adeptos da responsabilidade

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objetiva e aqueles que adotam a responsabilidade subjetiva,prevalece na jurisprudência a teoria subjetiva do ato omissivo,de modo a só ser possível indenização quando houver culpa dopreposto.

Notem que o STJ registrou que há (como quase tudo emdireito...) divergências doutrinárias significativas. Contudo, na jurisprudência, a questão é mais ou menos pacífica: na omissão, aresponsabilidade civil do Estado é do tipo subjetiva, tendo avítima o dever provar a culpa do agente da Administração (opreposto do Estado, no julgado do STJ) para que possa ter o direitode se indenizado.

A jurisprudência do STF é no mesmo sentido. Mais um exemplo,então (Recurso Extraordinário 369.820, de 2004):

Tratando-se dea to omiss ivo do poder púb l i co  

,a responsab i l i dade c i v i l po r t a l a to é sub je t i va  , pelo que

exige dolo ou culpa, esta numa de suas três vertentes, anegligência, a imperícia ou a imprudência, não sendo,entretanto, necessário individualizá-la, dado que pode seratribuída ao serviço público, de forma genérica, a falta doserviço. A falta do serviço — faute du service dos franceses —não dispensa o requisito da causalidade, vale dizer, do nexo decausalidade entre a ação omissiva atribuída ao poder público eo dano causado a terceiro. (os grifos não estão no original).

Assim, jurisprudencialmente, não resta dúvida: na omissão, aresponsabilidade do Estado é do tipo SUBJETIVA, baseando-se nanecessidade de comprovação de culpa do agente que atua em nomeda Administração Pública.

De outra banda, destaca-se a responsabilidade civil do Estadono que se refere às pessoas sob a custódia (o presidiário que sesuicida, por exemplo).

Conforme entendimentos jurisprudenciais, nestas situaçõeshaverá a responsabilidade objetiva do Estado, mesmo que o prejuízonão decorra de ação direta de um agente do Poder Público, este que,quando tiver o papel de garantidor da integridade de pessoas,responderá com base no §6º art. 37 da CF/1988.

Nesse instante, a cabeça do amigo concursando dá um nó!Como pode, no item anterior não foi falado que a responsabilidadeseria SUBJETIVA? É verdade, para chegarmos a conclusão quechegou o STJ e, recentemente, STF, temos de conhecer o significadode omissão genérica e omissão específica. Um exemplo extraídodo consagrado livro do autor Sérgio Cavalieri Filho elucida a distinção,vejamos:

Se um motorista embriagado atropela e mata pedestre queestava na beira da estrada, a Administração (entidade de

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trânsito) não poderá ser responsabilizada pelo fato de estaresse motorista ao volante sem condições. Isso seriaresponsabilizar a Administração por omissão genérica. Mas seesse motorista, momentos antes, passou por uma patrulharodoviária, teve o veículo parado, mas os policiais, por alguma

razão, deixaram-no prosseguir viagem, aí haverá omissãoespecífica que se erige em causa adequada do não-impedimento do resultado. Nesse segundo caso haveráresponsabilidade objetiva do Estado.

Assim, se a questão não contar nenhum tipo de historinha, oamigo concursando pode marcar, de cara, que a omissão é deNATUREZA SUBJETIVA, pois, nesse caso, como não é possívelverificar se há ou não dever de agir do Estado, está-se a falar daomissão genérica.

Agora, se houver um contexto, o amigo deve perceber se com aatuação do Estado o dano poderia ou não ser impedido, em casopositivo, haverá OMISSÃO ESPECÍFICA, sendo, assim, o caso deresponsabilidade OBJETIVA.

Portanto, salvo na ocorrência de algum fato inevitável eimprevisível (que não foi citado na questão), o Estado deveráresponder de forma objetiva, uma vez que era seu dever zelar pelaintegridade do preso. Apenas para ilustrar, vejamos, sinteticamente,o entendimento revelado pelo STF ao apreciar o RecursoExtraordinário 272.839:

"Morte de detento por colegas de carceragem. Indenização pordanos morais e materiais. Detento sob a cus tód ia do  

Estado.  Responsab i l idade ob je t iva . Teoria do RiscoAdministrativo. Configuração do nexo de causalidade em funçãodo dever constitucional de guarda (art. 5º, XLIX).Responsabilidade de reparar o dano que prevalece ainda quedemonstrada a ausência de culpa dos agentes públicos." (osgrifos não estão no original).

Assim, fica a lição: quanto às pessoas sob custódia do Estado

(presidiários e pessoas internadas em hospitais, estudantes deescolas municipais, por exemplo), a responsabilidade civil é do tipoobjetiva.

Transcrevo, abaixo, trecho do Acórdão do STF, em que sefundamentou, originariamente, a responsabilidade por atos omissivos(natureza subjetiva):

Responsabilidade civil do Estado. Dano decorrente de assaltopor quadrilha de que fazia parte preso foragido vários mesesantes. - A responsabilidade do Estado, embora objetiva por

força do disposto no artigo 107 da Emenda Constitucional n.1/69 (e, atualmente, no parágrafo 6. do artigo 37 da Carta

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Magna), não dispensa, obviamente, o requisito, tambémobjetivo, do nexo de causalidade entre a ação ou a omissãoatribuída a seus agentes e o dano causado a terceiros. - Emnosso sistema jurídico, como resulta do disposto no artigo1.060 do Código Civil, a teoria adotada quanto ao nexo de

causalidade e a teoria do dano direto e imediato, tambémdenominada teoria da interrupção do nexo causal. Não obstanteaquele dispositivo da codificação civil diga respeito àimpropriamente denominada responsabilidade contratual,aplica-se ele também a responsabilidade extracontratual,inclusive a objetiva, até por ser aquela que, sem quaisquerconsiderações de ordem subjetiva, afasta os inconvenientes dasoutras duas teorias existentes: a da equivalência das condiçõese a da causalidade adequada. - No caso, em face dos fatos tidoscomo certos pelo acórdão recorrido, e com base nos quais

reconheceu ele o nexo de causalidade indispensável para oreconhecimento da responsabilidade objetiva constitucional, einequívoco que o nexo de causalidade inexiste, e, portanto, nãopode haver a incidência da responsabilidade prevista no artigo107 da Emenda Constitucional n. 1/69, a que corresponde oparágrafo 6. do artigo 37 da atual Constituição. Com efeito, odano decorrente do assalto por uma quadrilha de queparticipava um dos evadidos da prisão não foi o efeitonecessário da omissão da autoridade pública que o acórdãorecorrido teve como causa da fuga dele, mas resultou de

concausas, como a formação da quadrilha, e o assalto ocorridocerca de vinte e um meses após a evasão. Recursoextraordinário conhecido e provido. (RE 130764 - PR - Relator:Min. Moreira Alves, 1ª Turma, 02/05/199)

Esse é um caso em que não há nexo direto de causalidade(como pensa o STF), e, como já aprofundamos, não háresponsabilidade civil do Estado por nexo indireto de causalidade.

A história aqui é distinta da morte de presidiário (suicídio), issoporque, no caso do preso, houve um nexo direto de causalidade e, no

caso em tela (fugitivo e formação de quadrilha), ao se formarquadrilha para a prática de crimes, rompeu-se a causalidade, nãosendo razoável que o Estado respondesse por todos os atospraticados.

Responsabilidade das prestadoras de serviços públicos

Revimos que a regra da responsabilidade civil objetiva seestende ao prestador de serviços públicos, independente da naturezade sua personalidade ou se o prestador integra (ou não) aAdministração Pública. Isso se dá em razão de a entidade prestadora

de serviços públicos assumir o risco (administrativo) da atividadeprestada, a qual é, sublinhe-se, incumbência do Estado: o serviçopúblico.

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É fato que o serviço público é incumbência do Poder Público(art. 175 da CF/1988), o qual não necessariamente será seuprestador. De fato, a Constituição Federal dá a possibilidade dedelegação de serviços públicos, como já sabemos. Nesse caso (dedelegação), junto com o “bônus” do serviço a ser prestado (a tarifa a

ser cobrada dos usuários), a entidade que presta o serviço públicoassume o “ônus”, ou seja, o dever de responder por eventuais danoscausados aos USUÁRIOS. Vale para o delegatário do serviço as regrasque valem para o Estado: RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA NOCASO DE AÇÃO.

A responsabilidade civil é objetiva do concessionário do serviçocom relação aos USUÁRIOS do serviço. E o amigo se questiona: ecom relação aos terceiros, é também objetiva? A resposta é umsonoro SIM!

Os precedentes judiciais do STF que indicavam ser aresponsabilidade adstrita aos usuários estão ultrapassados. Nos diaisatuais, a responsabilidade objetiva aplica-se aos usuários e aosterceiros.

Responsabilidade Civil por Atos Legislativos e Judiciais

Falemos, um pouco, sobre a responsabilidade do Estado diantedo desempenho de outras atividades estatais (legislativas e

 jurisdicionais, por exemplo).

A tese doutrinária dominante é que o Estado é chamado a

responder (na órbita civil) pelos prejuízos causados a terceiros emrazão de ATOS ADMINISTRATIVOS. Todavia, no que diz respeito aosatos legislativos típicos do Estado (leis, de modo geral), a doutrina ea jurisprudência brasileiras têm admitido (por exceção) aresponsabilização do Estado em duas hipóteses:

-  Leis de efeitos concretos; e,

-  Leis inconstitucionais, desde que declaradas pelo STF.

Destaco, de plano, que, regra geral, os atos legislativos nãolevam à responsabilização do Estado. O Poder Legislativo, ao atuar

em sua função precípua de produzir o direito (função legislativa), ésoberano, tendo por limites apenas as restrições impostas pelaConstituição. Mas passemos a ver as hipóteses que podem levar àresponsabilização civil do Estado por atos legislativos.

Leis de efeitos concretos são aquelas que não possuemcaráter normativo, não detêm generalidade, impessoalidade, eabstração. São leis ditas exclusivamente formais, provindas doLegislativo, mas que possuem destinatários certos, determinados.

No caso de lei que lhe atinja, fica assegurado ao administrado,

então, o direito à reparação do prejuízo, configurando-se a

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responsabilidade da pessoa jurídica federativa da qual haja emanadoa norma.

A razão para que tais Leis determinem o dever de o Estadoarcar com os prejuízos causados ao particular é que tais instrumentos

(leis de efeitos concretos) são apenas FORMALMENTE Leis, mas,MATERIALMENTE, aproximam-se, bastante, de atos administrativos,proporcionando, portanto, os mesmos efeitos de atos desta natureza(administrativos).

Com relação às leis inconstitucionais, destaco que, emEstados de Direito, a premissa é de que as leis sejam editadas emconformidade com a constituição (presunção de constitucionalidadedas leis, paralela à presunção de legitimidade dos atosadministrativos).

O poder de criar o direito por parte do Estado, então, deverespeitar tal premissa exposta, cujo desrespeito poderá levar àresponsabilização do Estado, a qual dependerá da declaração deinconstitucionalidade da norma por parte do STF, tanto no controleconcentrado, como no difuso (não adentraremos esse assunto –controle de constitucionalidade - aqui, visto que é do DireitoConstitucional. Revisem em um bom livro, como o do Vicente Paulo eMarcelo Alexandrino ou do Pedro Lenza).

Vamos abordar agora um pouco de responsabilidade civil doEstado por outro ato típico do exercício de função: o jurisdicional.

A princípio, deixe-se claro que os atos que ora se tratam são os jurisdicionais típicos, praticados pelos magistrados no exercício desua função, tais como despachos, sentenças, e decisõesinterlocutórias, isso porque os atos administrativos praticados noâmbito da atividade judiciária sujeitam-se às regras deresponsabilização normais do Estado (do tipo objetivo, com base norisco administrativo).

Já os atos jurisdicionais típicos sujeitam-se a regraassemelhada à aplicada aos atos legislativos: inexistência deresponsabilidade por parte do Estado, regra geral. Esse é o

entendimento do STF, que, por exemplo, no RE 111.609, afirmou quenão incide a responsabilidade civil do Estado em relação a atos doPoder Judiciário, salvo nos casos expressos em lei.

Podem ser distinguidas, contudo, duas situações específicas quepodem levar à responsabilização do Estado por conta dos atos

  jurisdicionais: aqueles praticados pelo magistrado com intenção decausar prejuízo à parte ou a terceiro (conduta dolosa ou fraudulenta)e os praticados com erro (conduta culposa).

O Juiz poderá praticar atos jurisdicionais com o intuito

deliberado de causar prejuízo à parte. Por força do que dispõe o art.133 do Código de Processo Civil – CPC (que não cai, por enquanto,

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em concursos fiscais, de uma forma geral), o magistradoresponderá por perdas e danos quando, no exercício de suasatribuições, proceder dolosamente, inclusive com fraude, assim comoquando recusar, omitir ou retardar, sem motivo justo, providênciaque deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte. Nessas

situações, a responsabilidade é individual do juiz, a quem caberá odever de indenizar os prejuízos causados.

Com relação ao erro, a atual Carta Magna estabelece que oEstado indenizará o condenado por erros judiciários, assim como oque ficar preso além do tempo fixado na sentença. (CF, art. 5º,LXXV). Tal regra, observe-se, abrange a área criminal (penal),mas não a esfera cível, autorizando apenas a denominada revisãocriminal.

Nesses casos, o Estado poderá ser condenado a indenizar na

esfera cível a vítima do erro ocorrido na esfera penal. Resguarda-se,como não poderia deixar de ser, o direito de o Estado acionar emação regressiva o juiz causador do dano, o qual deverá, caso a caso,ressarcir o Poder Público pelos prejuízos arcados.

De qualquer forma, destaque-se que a regra geral continua aser a da inexistência de responsabilidade civil do Estado por atos

  jurisdicionais, a qual, contudo, ocorre quando das condenaçõesindevidas. Tal orientação está contida em diversos julgados do STF.

A título de exemplificação, destaca-se o RE 429.518/SC, de

2004, que trata de uma questão que tem se tornado muito comum:I. – A responsabilidade objetiva do Estado não se aplica aosatos dos juízes, a não ser nos casos expressamente declaradosem lei. Precedentes do S.T.F.

II. – Decreto judicial de prisão preventiva não se confunde como erro judiciário — C.F., art. 5º, LXXV — mesmo que o réu, aofinal da ação penal, venha a ser absolvido.

Assim, ainda que o acusado seja posteriormente absolvido, nãohá erro judiciário na prisão preventiva, desde que esta seja

adequadamente fundamentada, obedecendo aos pressupostos que aautorizam.

Interpretação diversa, de acordo com o STF, implicaria totalquebra do princípio do livre convencimento do juiz, afetando de modoirremediável sua segurança para apreciar e valorar provas.

Em síntese: a mera prisão preventiva não é suficiente paragerar a responsabilidade do Estado. Entretanto, em recente decisão(RE 505393), o STF imputou responsabilidade objetiva ao Estado,em face de revisão criminal, afinal de contas, nesse último caso, oacusado foi efetivamente condenado e, consoante o textoconstitucional, o Estado indenizará o condenado (na prisãopreventiva não há condenação!).

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A despeito do pré-falado, sabemos que a jurisprudência parecea biruta dos ventos. Em recente julgado (RE 385.943), o STF, depoisde afirmar que a prisão preventiva não gera direito a indenização, feza seguinte ressalva. Vejamos:

  “Responsabilidade civil objetiva do Estado (CF, art. 37, 6º).Decretação de prisão cautelar, que se reconheceu indevida,contra pessoa que foi submetida a investigação penal pelopoder público. Adoção dessa medida de privação da liberdadecontra quem não teve qualquer participação ou envolvimentocom o fato criminoso. Inadmissibilidade desse comportamentoimputável ao aparelho de estado. Perda do emprego comodireta conseqüência da indevida prisão preventiva. Inexistênciade causa excludente da responsabilidade civil do poder público”. 

Responsabilidade dos agentes e o Direito de Regresso da

AdministraçãoA obrigação de o Estado indenizar o particular independe de

culpa ou de dolo da Administração, visto que a responsabilidade éobjetiva.

Agora, o pagamento da indenização do Estado não fica degraça, de tal sorte que o agente público causador do dano deveráressarcir a Administração, desde que, nesse caso, tenha praticado oato com dolo ou com culpa. Por esse motivo, decorre que aresponsab ilidade do agente é sempre do tipo subjetiva.

A responsabilidade do servidor será sempre subjetiva,não se confundindo com a responsabilidade do Estado, que, emalguns casos (boa parte), responde de forma objetiva por eventuaisprejuízos causados à sociedade, de modo geral, nos termos do §6ºdo art. 37 da CF/1988.

Em termos de responsabilidade, já houve muita discussão arespeito de contra quem poderia (ou deveria) ser proposta a ação

  judicial cabível para que fosse promovida a indenização doprejudicado pela atuação estatal. Para fins de concurso público, aquestão já foi pacificada, conforme entendimento do STF (emespecial no Recurso Extraordinário – RE 327.904):

A ação de indenização há de ser promovida contra a pessoa jurídica causadora do dano e não contra o agente público, emsi, que só responderá perante a pessoa jurídica que fez areparação, mas mediante ação regressiva.

Alguns esclarecimentos.

Em primeiro lugar, ao lançar tal entendimento, o STF acaboucriando uma “garantia de mão dupla”:

I) com a ação judicial de indenização promovida contra aAdministração, fica (relativamente) protegido o prejudicado, já que,

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ao menos em tese, terá mais chance de ser indenizado, pois o Estadotem mais “força financeira” que o servidor (regra geral). Há, na visãoda Corte Constitucional, uma chance maior de indenização por partedo administrado; e,

II) protege-se, também, o servidor, o qual responderásomente perante a própria Administração, mediante ação regressiva,depois que esta promova a indenização do eventual prejudicado,conforme tem entendido a doutrina majoritária. Todavia, de acordocom a Lei, bastaria o trânsito em julgado da sentença judicialcondenatória contra a Administração para que esta intentasse aregressiva em desfavor do servidor.

Isso é ótimo para nós (servidores). Pensem conosco: imaginemvocê, um Auditor (se Deus quiser!) da Receita, do TCU, do INSS, doBACEN etc. Daí aplica um auto de infração contra determinada

empresa. O Secretário, então, não acata a proposta formulada. Atocontínuo, a empresa entra com um pedido judicial de indenizaçãocontra o Auditor, alegando “danos morais”, em razão do processoinstruído anteriormente. Imaginaram?

Então, lá vai você (servidor) responder judicialmente por talsituação... Muito provavelmente teriam (os auditores da Receita, porexemplo) problemas de conseguir sobreviver, em razão do sem-número de processos judiciais que (certamente) acabaríamos ter deresponder. Assim, muito bom o julgado do STF, traz aos servidoresde modo geral certa tranquilidade: se tivermos que responder

será somente mediante em decorrência da regressivaintentada pelo Estado.

Duas informações adicionais:

I) a necessidade de a ação judicial para que seja feita aindenização do prejudicado ser movida contra a AdministraçãoPública é outra decorrência do princípio da impessoalidade. De fato,quem responde é a PESSOA à qual se liga o agente, independentedeste estar agindo dentro ou fora dos limites de sua competência.Falta vontade ao Estado, é verdade, uma vez que, apesar da

existência real (em termos jurídicos), é entidade abstrata (não possuiexistência física). Mas, ainda que abstrata, o Estado é pessoa (ou oprestador de serviços públicos), que tem seus deveres eresponsabilidades. Pouco importa quem é o agente, uma vez que,ausentes outras informações, o Estado agiria daquela forma;

II) o julgado já destacado (RE 327.904) muda uma orientaçãoque até então orientava o STF: a de que seria possível o litisconsórciopassivo nas ações de indenização promovidas contra a Administração(quem está respondendo – veremos na questão abaixo). Hoje, peloentendimento consignado pelo STF, a ação de indenização deve ser

movida contra a pessoa jurídica causadora do dano e não mais contrao servidor, sequer com este sendo acionado em litisconsórcio.

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Vale a pena rápida transcrição de parte do voto do Ministrorelator do processo no STF. Vejamos:

À luz do dispositivo transcrito [o § 6º do art. 37 da CF/88) , aconclusão a que chego é única: somente as pessoas  

  ju r íd icas de d i re i to púb l ico , ou as pessoas ju r íd icas de  d i r e i t o p r i vado que p res tem se rv i ços púb l i cos , é que  

poderão responder , ob je t i vamen te , pe la r epa ração de  

danos a te rce i ros  (o comentário e o grifo são nossos).

Por mais que possamos criticar o assunto, essa é a posição quelevaremos para a prova: a ação judicial para fins de indenizaçãoem razão de prejuízos causados por aqueles citados no § 6º doart. 37 da CF/ 88 deverá ser intentada (somente) contra apessoa jurídica causadora do dano, não mais se admitindosequer o litisconsórc io passivo em tal situação.

O que entender por “litisconsórcio”? Se o amigo prestaratenção, a expressão quase autoexplicativa.

Litis: litígio, discussão, uma boa briga jurídica. Consórcio: emconjunto, somados. Quando se afirma “litisconsórcio” na questãolevanta-se a indagação se seria possível a impetração de ação

 judicial, pelo prejudicado, contra a pessoa jurídica causadora do danoconcomitantemente com o servidor que, efetivamente, agira porconta de atribuições públicas.

A partir do já exposto, isso não é possível, conforme

entendimentos recentes do STF.Para esta questão, partamos inicialmente do conceito de “lide”.

Da mesma forma, não cabe a denunciação da lide.Denunciação da lide!?

Lide é litígio, uma questão judicial a ser resolvida,normalmente, em processo dessa natureza (judicial). Nos processos

  judiciais que se refiram à responsabilidade civil objetiva tratada no§6º do art. 37 da CF/1988 figurarão no pólo passivo do processo(respondendo, sendo processado) a pessoa jurídica de direito público

ou prestador de serviço público, independente da natureza de suapersonalidade.

Como já revisto, não é possível a ação de reparaçãodiretamente contra o servidor/agente responsável direto pelo dano (éo que se extrai do já citado RE 327.904, julgado pelo STF).

  “Denunciar à lide” significa, de maneira simples, trazer paraum processo judicial alguém que pode (ou deve, em algumassituações) ser trazido.

Alguns autores entendem que a denunciação à lide doresponsável direto pelo dano (agente causador) seria obrigatória, emrazão de normas constantes do Código de Processo Civil. Todavia,

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essa não é a tese (majoritária) que devemos incorporar parafins de concurso público.

O entendimento que prevalece hoje, tanto doutrinário, quanto  jurisprudencial DOMINANTE (não é unânime, isso porque o STJ, por

exemplo, entende ser facultativa), é de que a denunciação da lidedo servidor é impertinente, já que amplia indevidamente os limitesobjetivos do processo judicial.

De fato, com o ingresso do causador do dano no processo,novos elementos teriam de ser analisados, em especial, a culpa oudolo do agente. Isso, certamente, causaria prejuízos processuais aoautor da ação, que teria de esperar (ainda mais!) para versolucionada a causa movida contra o Estado.

Interessante reforçar, ainda que não tão relevante para oDireito Administrativo, que a indenização a ser promovida pelo Estadocobrirá não só os prejuízos materiais causados ao lesado, mastambém a afronta (prejuízo) moral que lhe foi causada. Assim, pôs-sefim a uma longa discussão (doutrinária) anterior se as indenizações aserem pagas por eventuais causadores de danos a terceiros

  “cobririam” o dano moral, se não houvesse prejuízo material. Aresposta é positiva, frente à ordem constitucional atual.

Pela sua natureza, a regressiva transmite-se aosherdeiros/sucessores do agente causador do dano, os quais poderãoter de promover a reparação mesmo após a morte do agente. O

limite dado é o valor do patrimônio transferido a estesherdeiros/sucessores. Ainda em decorrência da natureza civil daação, esta poderá ser intentada após o término do vínculo entre oservidor e a Administração.

Por fim, é de se destacar que são imprescritíveis as açõesde ressarcimento movidas pelo Estado contra agentes, servidoresou não, os quais tenham incidido em práticas causadoras de prejuízosà fazenda pública. Os ilícitos prescreverão, mas não a ação deressarcimento, por força do § 5 º do art. 37 da CF/ 1988.

O amigo se questiona: isso não é uma penalidade de

caráter perpétuo? Não, vejamos. Responda rápido: os sucessoresrespondem pelas dívidas? Sim, até o valor do patrimôniotransferido. A Constituição autoriza que as penas passem dapessoa do apenado? Não, de acordo com o princípio daintranscedência penal.

Ora, as dívidas de valor são repassadas para os sucessores,logo não são penalidades, daí decorre serem imprescritíveis, afinal decontas, não são penas!

Acrescento que há doutrinadores defendendo o prazo

prescricional de três anos, como decorrência do Código Civil,

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portanto, fiquem atentos, não existem verdades absolutas emconcurso públicos.

Responsabilidade Civil por Danos Decorrentes de Obra Pública

Ainda que longe de pacificado o entendimento acerca do

assunto, pode-se apontar pelo menos duas situações distintas quantoà responsabilização do Estado, no que diz respeito a potenciaisprejuízos decorrentes de obras públicas.

Em um primeiro caso, estariam os danos provocados pela obraem si (só fato da obra). O dano resultante, nessa situação, pela obraem si, leva o Estado a responder de modo objetivo, independentede estar, ou não, na execução do empreendimento, dado que estãopresentes os elementos necessários à caracterização de tal tipo deresponsabilidade: a ação estatal (direta ou indireta, por intermédio deuma empreiteira contratada, por exemplo); o dano decorrente; e onexo de causalidade entre ambos.

Assim, pelo fato da obra (obra em si), a responsabilidade é daADMINISTRAÇÃO PÚBLICA quanto aos eventuais prejuízos causados aterceiros, independente de quem seja o executor da obra.

De outro lado, há situação em que o dano decorre da culpaexclusiva por parte do executor da obra, quando este for um terceiroalheio à estrutura estatal e que tenha recebido a incumbência delevar a efeito uma obra, em decorrência de contrato administrativo.

Nesses casos, caso haja problemas quanto à QUALIDADE DAOBRA, caberá ao empreiteiro (executor da obra) a responsabilidadesubjetiva  comum (do direito privado) pelos prejuízos causados. OEstado responde apenas de forma subsidiária, é dizer, suaresponsabilidade só estará configurada se o executor não promover areparação dos prejuízos que causou ao prejudicado. Nessa últimahipótese, caso o Poder Público, como dono da obra, venha a ressarciraquele que sofrera o prejuízo, poderá, com legitimidade, impetraração regressiva contra o particular que era responsável pelaexecução dos serviços.

Por fim, há possibilidade de que tanto o empreiteiro quanto oPoder Público terem contribuído para o fato que resultou em prejuízoao administrado. Nessas situações, ambos tem responsabilidade pelodano ocorrido, devendo arcar, de modo proporcional, com a eventualindenização devida.

Assim, o executor e o Poder Público poderão figurarconjuntamente no polo passivo de uma potencial ação judicialimpetrada pelo lesado. Enfim, há distinções entre situações quanto àresponsabilidade civil decorrente de obras públicas:

I)  Quanto ao fato da obra: responde objetivamente aAdministração Pública;

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II)  Quanto à qualidade da obra (uso de materiaisinadequados, por exemplo): responde subjetivamente oempreiteiro.

Excludentes de Responsabilidade

A doutrina é divergente quanto às causas de exclusão daresponsabilização civil do Estado, sobretudo no que diz respeito àdefinição de caso fortuito e força maior. As posições doutrinárias sãoabsolutamente confusas, o que, obviamente, não nos interessa parafins de concurso público. Assim, importa analisar o assunto de formaobjetiva, tendo em conta o pretendido neste curso – acertar asquestões na prova! 

Se o prejudicado, efetivamente, é o responsável integralmentepelo resultado danoso (culpa exclusiva da vítima), na realidade, não évítima, mas o próprio responsável, devendo, portanto, arcar com osprejuízos (materiais e morais) causados a si mesmo. A culpaexclusiva do paciente é causa excludente da responsabilidadeobjetiva do Estado.

Vejamos. João, servidor público, vem dirigindo, comcautela, viatura do Estado. Daí, um particular qualquer avançao sinal e se joga contra o carro. Será que o Estado teria o deverde indenizar essa “vítima”? 

Por razões óbvias, não, em razão da culpa exclusiva doprejudicado quanto ao resultado danoso observado. É nesse

sentido a jurisprudência dos Tribunais Superiores, que admitea pesquisa em torno da culpa da vítima para abrandar, oumesmo excluir, o dever de o Estado promover a indenizaçãodo prejudicado, no caso de culpa exclusiva deste.

A jurisprudência dos Tribunais Superiores (e doutrinariamentetambém) tem admitido a pesquisa em torno da culpa da vítima paraatenuar, e até mesmo excluir, o dever de o Estado indenizar oprejudicado, conforme o caso. Assim, se há culpa parcial (nãoexclusiva, concorrente) da vítima, isso reduzirá proporcionalmente oquantum devido pelo Estado a título de indenização, é aquilo que adoutrina chama de culpa concorrente.

Por exemplo: o STJ reconheceu culpa concorrente entreempresa ferroviária e a vítima, esta atropelada na linha férreadepois de utilizar passagem clandestina aberta no muro. Portanto,fica nítido o erro recíproco: a vítima porque ciente do ato ilícitocometido; a empresa porque não conservou o muro e sequerfiscalizou o trânsito de pedestres em área proibida.

Ainda entre as excludentes da responsabilidade civil do Estado,há o caso fortuito, definido por alguns doutrinadores como um

decorrente da manifestação da vontade humana. Todavia, há quemda doutrina que diga FORÇA MAIOR é que seria ato humano. Outros

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dizem ser o caso fortuito ou a força maior, conforme o caso, eventoda natureza. Enfim, a doutrina não chega à conclusão precisa quantoa um e outro.

Não é o presente trabalho o local ideal para essas discussões

doutrinárias. A intenção, creio, não é debater temas (apaixonantes,até) do direito, mas só marcar a “bolinha” no local correto. Então,  juntos, vamos aprender o que deve ser marcado nas provas, tendoem conta a posição doutrinária majoritária. Normalmente, a bancatem se utilizado da literatura da autora Maria Sylvia Di Pietro.

Para a referida autora, força maior é acontecimentoimprevisível, inevitável e estranho à vontade das partes, comocatástrofes naturais. Exemplos: uma tempestade, um terremoto,raios, “tsunamis” etc. Não sendo atribuível à Administração, não podeincidir a responsabilidade civil do Estado, pois não há nexo de

causalidade entre o dano e o comportamento da Administração.A Professora ilustra o caso fortuito como a situação em que o

dano decorre de ato humano. Indica, ainda, que se houve falha daAdministração (omissão desta), não ocorre a mesma exclusãoprevista para a força maior. Tem toda razão a autora, mas façamosalgumas observações, tendo em conta, agora, outro doutrinador depeso no país, José dos Santos Carvalho Filho.

Para este último autor, tanto o caso fortuito como a força maiorconstituem fatos imprevisíveis, não imputáveis à Administração. Daí,

entende desnecessária essa “bifurcação” entre eventos, naturais ouhumanos, que são imprevisíveis e que rompem a necessáriacausalidade entre a ação do Estado e o dano causado.

Rompido o nexo causal, não há que se falar em indenização.Muito bem, tanto o caso fortuito, quanto a força maior, podem levar àexclusão da responsabilidade civil do Estado.

Mas alerto para uma situação: é preciso, na prova (e naprática) analisar com atenção as variáveis lançadas pelo examinador,para chegarmos à conclusão se o Estado responde, ou não, porprejuízos causados no caso de eventos naturais ou decorrentes da

manifestação da vontade humana. Vejamos com exemplos.Inundação em uma cidade. Destruição de objetos, perda de

patrimônio, etc. De regra, não responde o Estado por tais prejuízos.Mas se este não tiver feito a adequada manutenção na rede deescoamento de águas? Responderá, claro, mas de forma subjetiva,em razão da omissão na prestação dos serviços, não em razão doevento natural em si. É isso mesmo: NA OMISSÃO DO ESTADO, ARESPONSABILIDADE DESTE PASSA A SER DO TIPO SUBJETIVA, OUSEJA, BASEADA NA NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE CULPAATRIBUÍVEL À OMISSÃO ESTATAL.

Agora atenção, a título de reforço do já comentado, o STF, por

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duas vezes, no ano passado reconheceu a responsabilidade doEstado por atos omissivos, porém, dentro do que a doutrinadenomina omissão específica.

O primeiro julgado foi em razão da fuga do preso do sistema

semi-aberto, sem que o Estado providenciasse a regressão para oregime fechado, ou seja, pelo fato de o Estado ter sido OMISSO, ofugitivo causou a morte de determinada família.

O outro julgado diz respeito ao suicídio provocado pordeterminado detento, nesse caso, o Estado, mais uma vez, deixou deagir (entenda: atos omissivos), sendo causa direta da morte dopresidiário.

Ah – na omissão estatal não há necessidade de “individuação” da culpa, ou seja, não é necessário que o prejudicado aponte foi esse  ‘cara’ aqui que me causou o prejuízo, em razão de sua omissão!Basta que o prejudicado comprove omissão culposa estatal, semimportar, a princípio, quem foi o agente omisso. Depois, mais àfrente, é que importará ao Estado identificar quem é o responsávelpela omissão, para que se possa apurar as devidas responsabilidades.Isso ocorrerá mediante uma ação específica, cabível, quando for ocaso: a regressiva.

Em uma greve de servidores públicos, fato não imputável aoEstado, mas decorrente, da vontade humana, tem que se analisar, damesma forma, em que medida caberia ao Estado tomar providências

para evitar eventuais prejuízos à sociedade em geral.Deve-se verificar, mais uma vez, se o Estado foi omisso. Nãoadotando as medidas necessárias, acabará sendo responsabilizado,ao menos parcialmente.

No que diz respeito ao fato exclusivo de terceiros, a posiçãoprevalecente (doutrinária e jurisprudencialmente) é de correspondertambém a excludente da responsabilidade civil da AdministraçãoPública. É o que ocorre, por exemplo, em assaltos nos ônibus. Se nãoficar caracterizada a omissão do prestador do serviço público (quenão precisa ser, necessariamente, o Estado), não há que se falar em

indenização de incumbência deste.Nesse caso, o próprio prestador é também prejudicado pelo

infortúnio deste evento tão comum (infelizmente) nos dias atuais.Apesar de cada vez mais e mais pessoas levantarem voz contra essatese (de que o prestador não responderia por assaltos realizados emcoletivos), é a posição que vale para fins de concurso público.

Todavia, deve-se analisar se houve omissão por parte doEstado (ou do prestador do serviço público) quanto a providências desua incumbência para evitar o prejuízo. Caso fique caracterizada a

omissão culposa, há direito de indenização por parte do prejudicado.Peço perdões por tantas citações doutrinárias neste item, mas foram

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necessárias...

Já ouviram falar das reações multitudinárias (das multidões)?Vejamos um exemplo e perceber se podem ou não provocar aresponsabilidade do Estado.

Em determinado domingo, houve o jogo entre duas grandestorcidas (Flamengo X Fluminense, ops...Flamengo X São Paulo),sendo que o Estado não disponibilizou no local qualquercontingente policial. Nesse caso, em havendo tumulto pós-jogo,em razão da derrota do São Paulo, com prejuízos a particulares, oEstado poderá (deverá) ser responsabilizado, não sendo o caso decontar a seu favor com a excludente caso fortuito.

Um segundo exemplo. A polícia militar foi convocada para evitaro arrombamento, a depredação, de estabelecimentos comerciais emMadureira (Rio de Janeiro), evitar o vulgo “rapa”. Houve odeslocamento de mil homens, contudo, cinquenta mil pessoasparticipavam do arrastão. Nesse caso, não se configuraresponsabilidade do Estado, afinal de contas, restou configurado ocaso fortuito, pois imprevisível e incontrolável a reaçãomultitudinária.

Pode-se dizer que todas as causas de exclusão deresponsabilidade civil do Estado têm um ponto comum: afastam onecessário nexo causal entre a ação do Estado e o prejuízo sofridopor alguém. Sem o “link” (nexo de causalidade) entre a ação do

Estado e prejuízo causado, não há que se falar em indenização (totalou parcialmente) a ser feita ao prejudicado.

Ficamos assim. São excludentes da responsabilidade civilobjetiva do Estado: a culpa exclusiva da vítima ou de terceiro,caso fortuito ou de força maior .

Prontos? Vamos treinar um pouco.

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RESPONSABILIDADE CIVI L DO ESTADO

EVOLUÇÃO

1)  (2006/FCC – OAB/SP) No campo da ResponsabilidadeExtracontratual do Estado, diz-se que este não se converte emSegurador Universal, visto que o direito brasileiro não adota a teoria:a) do Risco Administrativo.b) da Responsabilidade objetiva nos casos de nexo causal.c) do Risco Integral.d) da Responsabilidade subjetiva por condutas comissivas.

2)  (2007/Esaf – SEFAZ/CE) A teoria que responsabiliza o Estadopelos danos que seus agentes causarem a terceiros sem admitirqualquer excludente de responsabilidade em defesa do Estadodenomina-se teoria:a) objetiva.b) subjetiva.c) da falta do serviço.d) da irresponsabilidade.e) do risco integral.

Risco Administrativo

3)  (2005/NCE – Eletrobrás/Advogado) Quanto à responsabilidade civildo Poder Público, trata-se de:a) responsabilidade objetiva, devendo ser provada a culpa noexercício da atividade;b) responsabilidade subjetiva, devendo ser provada a falta doserviço;c) responsabilidade objetiva fundamentada na teoria do riscoadministrativo;d) responsabilidade subjetiva, devendo comprovar a culpa noexercício da atividade;e) irresponsabilidade da Administração quando decorrente de atos degestão. 

4)  (2007/Cespe – MP-AM – Promotor) José, morador de um bairroperiférico, foi recrutado informalmente, por policiais do posto policialpresente naquele bairro, para exercer, em cooperação à políciamilitar, atividades como diligências, rondas, plantões e vigilância depresos. Certo dia, durante um plantão, Antônio, esposo de Maria,

  julgando que José fosse amante de sua esposa, adentrou o postopolicial e desferiu um tiro em José, deixando-o paraplégico. Acerca da

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situação hipotética descrita acima e da responsabilidade civil doEstado, assinale a opção correta.a) Está configurada a responsabilidade civil do Estado pela falta doserviço, ou seja, a responsabilidade subjetiva, pois a administraçãopública tolerava a atividade ilegal exercida por José.

b) A responsabilidade civil do Estado, no caso, é a objetiva, pois foi oEstado que recrutou José e este ficou paraplégico em serviço.c) No caso concreto, não está configurado o nexo de causalidadenecessário à configuração da responsabilidade civil do Estado.d) Apenas a adoção da teoria do risco integral, adotada pela CF naatualidade, é capaz de gerar a responsabilização do Estado em casoscomo esse.e) Como a conduta danosa praticada contra José foi realizada poragente que não é servidor público, tal fato é motivo suficiente paraexcluir qualquer responsabilidade do Estado, não sendo necessário

indagar qualquer outro aspecto para solucionar a controvérsia.

5)  (2006/Esaf – Agente Executivo/SUSEP) A responsabilidadeobjetiva do Estado, como pessoa jurídica de direito público interno,compreende os danos causados a terceiros, até mesmo quando:a) haja culpa do paciente (quem sofreu o dano).b) não haja culpa do agente (quem causou o dano).c) não haja nexo causal (entre o fato e o dano).d) o fato danoso não seja atribuído ao Estado.e) o fato danoso seja causado, por ato doloso ou fraudulento do juiz,

no exercício de sua função.

6)  (2008/FGV - Senado Federal - Analista Legislativo-Administração)Em relação ao Estado, é correto afirmar que:a) o Estado só é civilmente responsável se a conduta decorrer deculpa ou dolo de seu agente.b) para que o Estado tenha o dever de indenizar o lesado, é precisoque o agente causador do dano seja servidor estatutário.c) o direito à indenização do Estado é assegurado ao lesado aindaque este tenha contribuído inteiramente para o resultado danoso.

d) a regra geral adotada no direito brasileiro é a da responsabilidadesubjetiva dos entes estatais.e) o Estado pode exercer seu direito de regresso somente quando seuagente se tiver conduzido com culpa ou dolo.

7)  (2008/FGV – SEFAZ/RJ - Fiscal de Rendas) Assinale a afirmativacorreta.a) O Estado responde objetivamente por dano causado a particularrelativamente a ato ilícito praticado por Fiscal de Renda.b) O Fiscal de Renda responde objetivamente pela autuação indevida

de particular.

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c) Em caso de dano causado a particular por erro de autuação, oFiscal de Renda será sumariamente demitido, independentemente deprocesso administrativo.d) Em caso de negligência no exercício das funções, o Fiscal de Rendaestá sujeito à pena de demissão.

e) A repreensão constitui ato público e oral do superior hierárquico doFiscal de Renda faltoso nos seus deveres funcionais.

Responsabilidade Civil das Empresas Estatais

8)  (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 10) A Caixa Econômica Federal, porser empresa pública exploradora de atividade econômica e integrar achamada administração indireta, responde de forma objetiva,conforme a Constituição Federal de 1988, pelos danos que seusservidores causarem a terceiro, no exercício de sua atividade.(Certo/Errado)

9)  (2005/Esaf – AFRFB) Assinale, entre as entidades abaixo, aquelaque não se submete à responsabilidade objetiva pelos danos queseus agentes, nessa qualidade, causem a terceiros.a) FUNASA – Fundação Nacional de Saúdeb) CAIXA ECONÔMICA FEDERALc) ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicaçõesd) REDE GLOBO DE TELEVISÃOe) TELEMAR

10)  (2005/Esaf – Juiz do Trabalho Substituto/TRT 7ª Região)Tratando-se de responsabilidade civil do Estado, assinale a afirmativafalsa.a) Empresas públicas podem se sujeitar à responsabilidade objetivaou subjetiva, dependendo de seu objeto social.b) A teoria francesa da “faute du service” é enquadrada comohipótese de responsabilidade objetiva.c) Pessoas jurídicas de direito privado, não integrantes daAdministração Pública, podem se sujeitar à responsabilidade objetiva.

d) A responsabilidade do Estado por omissão caracteriza-se como denatureza subjetiva.e) A responsabilidade civil por danos nucleares independe daexistência de culpa.

11)  (2006/Esaf – IRB/Brasil) A respeito da responsabilidade civil daAdministração Pública pode-se afirmar que respondem objetivamentepelos danos que seus agentes causarem a terceiros, exceto:a) as estatais que explorem atividade econômica.b) as agências reguladoras de serviços públicos.

c) as agências reguladoras de atividades econômicas.d) as concessionárias e permissionárias de serviço público.

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e) as fundações públicas, desde que possuam natureza jurídica dedireito privado.

Responsabilidade das prestadoras de serviços públicos

12)  (2008/Cespe – SEMAD/SE – Procurador) A responsabilidadecivil de concessionária de serviço público de transporte municipal éobjetiva apenas relativamente aos usuários do serviço.(Certo/Errado)

13)  (2004/Cespe – STJ – Analista Judiciário) As empresas estataisnão estão submetidas à responsabilização objetiva, pois adotamcritérios próprios em virtude da condição de prestadoras de serviçopúblico. (Certo/Errado)

14)  (2005/Esaf – Juiz do Trabalho Substituto/TRT 7ª Região)Assinale a opção correta.a) Para haver a responsabilidade civil do Estado é imprescindível que esteja patente o nexo de

causalidade, direto ou indireto, entre a ação ou a omissão atribuída a seus agentes e o dano causado a

terceiro.

b) O direito de regresso contra o agente público responsável por dano ensejador de responsabilidade civil

do Estado somente se dá em caso de comportamento doloso do agente, não se configurando na hipótese

de o servidor ter agido apenas com culpa em sentido estrito.

c) A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é

objetiva quer em relação aos usuários do serviço, quer em relação a pessoas outras que não ostentem a

condição de usuário.

d) Não existe responsabilidade civil do Estado por ato lícito.

e) Tratando-se de ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil do Estado por esse ato ésubjetiva, exigindo demonstração de dolo ou culpa em sentido estrito.

15)  (2008/Cespe – PGE/CE – Procurador – c/adaptações) Assinale aopção correta no que concerne à responsabilidade civil do Estado.a) Nos Estados absolutistas, negava-se a obrigação da administraçãopública de indenizar os prejuízos causados por seus agentes aosadministrados, com fundamento no entendimento de que o Estadonão podia causar males ou danos a quem quer que fosse (the kingcan do no wrong). Segundo a classificação da doutrina, a teoriaadotada nesse período era a teoria do risco integral.b) Perante o transportado, a responsabilidade da transportadora queexerça função pública sob concessão é contratual e subjetiva.c) A Constituição Federal de 1988 adotou o princípio daresponsabilidade civil subjetiva para as autarquias.d) De acordo com a teoria da responsabilidade objetiva, o Estadoresponde pelos danos causados por seus agentes a terceiros,independentemente da prova de culpa ou da demonstração do nexocausal.e) Uma sociedade de economia mista prestadora de serviço públicoresponderá por danos causados a usuários independentemente da

prova de culpa.

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Responsabilidade dos servidores e ação regressiva

16)  (2008/FGV – Senado/Técnico) Assinale a afirmativa incorreta.a) O lesado tem direito a ser indenizado pelo Estado por atos de seusagentes independentemente de ação culposa.b) O Estado pode exercer o direito de regresso contra seu servidorainda que este não tenha agido com dolo ou culpa.c) Se o dano foi causado exclusivamente por fenômenos da natureza,não haverá obrigação do Estado de indenizar o lesado.d) Se o dano é causado por ação dolosa, a indenização devida peloEstado não é necessariamente mais elevada do que nos casos deação culposa.e) O dever do Estado de indenizar o lesado ocorre até mesmo se oagente causador do dano não recebe remuneração pela funçãopública que exerce.

Excludentes de Responsabilidade

17)  (2004/Cespe – AGU) Na teoria do risco administrativo, háhipóteses em que, mesmo com a responsabilização objetiva, o Estadonão será passível de responsabilização. (Certo/Errado)

18)  (2007/Cespe – CPC Renato Chaves-PA/Téc. em Info) Sãocláusulas excludentes da responsabilidade civil objetiva do Estado aculpa exclusiva da vítima ou de terceiro, caso fortuito ou de forçamaior. (Certo/Errado)

19)  (2004/Esaf – MRE – Oficial de Chancelaria) É causa excludente,total ou parcial, da responsabilidade objetiva do Estado:a) dolo do agente.b) culpa do serviço.c) culpa da vítima.d) força maior ou caso fortuito.e) teoria da imprevisão.

20)  (2007/Esaf – PGDF) A respeito da Responsabilidade Civil doEstado, analise os itens a seguir:I. O Distrito Federal responde pelos danos que seus servidores, nessaqualidade, causarem a terceiro por culpa exclusiva da vítima;II. A responsabilidade civil do agente público, em face de açãoregressiva perante a Administração Pública, é objetiva;III. De acordo com recente decisão do Superior Tribunal de Justiça,reconheceu-se culpa exclusiva da vítima, que foi atropelada em linhaférrea, utilizando passagem clandestina aberta no muro semconservação e sem fiscalização da empresa ferroviária;

IV. Haverá responsabilidade civil objetiva do Estado, de acordo composicionamento do Superior Tribunal de Justiça, no caso de

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presidiário que se suicidou no estabelecimento prisional, tendo emvista que é dever do Estado proteger seus detentos, inclusive contrasi mesmo;V. Com referência à Responsabilidade do Estado por atos

  jurisdicionais, na jurisprudência brasileira, como regra, prevalece a

admissibilidade da responsabilidade civil, devendo a ação serproposta contra a Fazenda Estadual, a qual tem o direito de regressocontra o magistrado responsável, nos casos de dolo ou culpa.

A quantidade de itens corretos é igual a:a) 4 b) 2 c) 3 d) 1 e) 5

21)  (2007/Esaf – DF/Procurador) Em face da responsabilidadeextracontratual do Estado, dentro do sistema da ConstituiçãoRepublicana de 1988 e da formulação teórica adotada pelo DireitoAdministrativo pátrio, é correto afirmar que:

a) eventual alegação de força maior, por Procurador do DF, na defesaapresentada em ação de reparação de danos movida contra o DistritoFederal, é relevante para excluir a responsabilidade estatal apenas namedida em que pode comprovar a inexistência de nexo causal entrealguma atuação do Estado e o dano ocorrido.b) a ocorrência da denominada dupla causalidade (concausas) trazem seu bojo a exclusão da responsabilidade estatal.c) não tem sido admitida pela doutrina nem pela jurisprudência ahipótese de reconhecimento de surgimento da responsabilidadeestatal por atos danosos causados por multidões.

d) a aplicação da responsabilidade objetiva se satisfaz somente com ademonstração do nexo causal.e) a teoria da faute du service, segundo entendimento predominantena doutrina administrativista pátria, insere-se no campo daresponsabilidade extracontratual estatal objetiva, por aplicação daregra do §6º do art. 37 da CF/1988.

22)  (2007/FGV – TJ/PA - Juiz Substituto) Analise as afirmativas aseguir:I. Apesar de a Constituição Federal ditar que “o Estado indenizará o

condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além dotempo fixado na sentença”, a regra é a irresponsabilização do Estadopor atos de jurisdição.II. A Constituição Federal de 1988 adotou a Teoria daResponsabilidade Objetiva do Estado, teoria que se fundamenta norisco administrativo e que isenta o lesado de provar a culpa doagente estatal, bastando que este aponte o nexo causal entre o fatoadministrativo e o dano.III. A Teoria da Responsabilidade Objetiva do Estado não prevêexcludentes, por isso só se aplica às condutas ilícitas do Estado.

Assinale:a) se nenhuma afirmativa estiver correta.b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

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c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

23)  (2008/FGV - Polícia Civil/RJ - Inspetor da Polícia Civil-Amarela)

Na hipótese de automóvel que venha a cair em buraco, na viapública, gerando dano ao seu proprietário, o Poder Público deverá seracionado no prazo de:a) 1 ano.b) 2 anos.c) 3 anos.d) 4 anos.e) 5 anos.

VAMOS MARCAR O GABARITO!!

1 11 21  2 12 22  3 13 23  4   14  5 15  6 16  7 17  

8 18  9 19  10 20  

Agora é a hora de conferir o gabarito!!

1 C 11 A 21 A2 E 12 E 22 B3 C 13 E 23 C

4 C 14 C E  5 B 15 E6 E 16 B7 A 17 C8 E 18 C9 B 19 C10 B 20 D

QUESTÕES COMENTADAS

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RESPONSABILIDADE CIVI L DO ESTADO

EVOLUÇÃO

1) (2006/FCC – OAB/SP) No campo da ResponsabilidadeExtracontratual do Estado, diz-se que este não se converte em

Segurador Universal, visto que o direito brasileiro não adota a teoria:a) do Risco Administrativo.b) da Responsabilidade objetiva nos casos de nexo causal.c) do Risco Integral.d) da Responsabilidade subjetiva por condutas comissivas.

Comentários:O Direito Administrativo Brasileiro não adota o risco integral, no

sentido de o Estado responder em qualquer situação (como se fosseum segurador universal!), mesmo quando diante de excludentes deresponsabilidade.

Para os amigos mais curiosos, a Lei de Acidentes Nucleares dizexpressamente que o Estado não é responsável quando houver culpaexclusiva da vítima. Ora, essa é uma excludente; logo, como é quepoderia ser o acidente nuclear aplicação da teoria do risco integral?

Gabarito: alternativa C.

2)  (2007/Esaf – SEFAZ/CE) A teoria que responsabiliza o Estadopelos danos que seus agentes causarem a terceiros sem admitirqualquer excludente de responsabilidade em defesa do Estadodenomina-se teoria:a) objetiva.b) subjetiva.c) da falta do serviço.d) da irresponsabilidade.e) do risco integral.

Comentários:A banca Esaf foi mais temperada. Percebam pela leitura do

comando da questão que ela não nega ou afirma a existência da

aplicabilidade da teoria do risco integral, apenas solicita do candidatoo conhecimento de sua definição. Torço para que mantenha essepadrão, é mais prudente, tratando-se de concursos públicos, nosquais vidas são decididas.

Gabarito: alternativa E.

Risco Administrativo

3)  (2005/NCE – Eletrobrás/Advogado) Quanto à responsabilidade civil

do Poder Público, trata-se de:

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a) responsabilidade objetiva, devendo ser provada a culpa noexercício da atividade;b) responsabilidade subjetiva, devendo ser provada a falta doserviço;c) responsabilidade objetiva fundamentada na teoria do risco

administrativo;d) responsabilidade subjetiva, devendo comprovar a culpa noexercício da atividade;e) irresponsabilidade da Administração quando decorrente de atos degestão. 

Comentários:Sem perda de tempo, vamos direto ao exame dos quesitos.Alternativa A – INCORRETA. O art. 37, §6º, do texto

constitucional é expresso em afirmar que a responsabilidade éaplicada independentemente de culpa ou de dolo. Decorre disso

o fato de o risco administrativo ser de natureza OBJETIVA.Alternativa B – INCORRETA . A responsabilidade é de

natureza objetiva.Alternativa C – CORRETA. Como vocês estudaram, a

responsabilidade passou pela irresponsabilidade (o Estado nãoresponde), pela culpa civilista (o Estado responde se identificado oagente causador do dano e provar que agiu com dolo ou culpa), pelaculpa anônima ou faute du service (em que o Estado responde pelafalha do serviço), até o estágio atual do risco administrativo,previsto, inclusive, no art. 37, §6º, da CF/1988, logo, correto o

quesito.Alternativa D – INCORRETA. Idem item “B”.Alternativa E – INCORRETA. Não vigora (e nunca vigorou)

decorrente de atos de gestão, isso porque, nos dias atuais, sejamatos de império, sejam de gestão, o Estado permanece responsável.

Gabarito: alternativa C.

4) (2007/Cespe – MP-AM – Promotor) José, morador de um bairroperiférico, foi recrutado informalmente, por policiais do posto policial

presente naquele bairro, para exercer, em cooperação à políciamilitar, atividades como diligências, rondas, plantões e vigilância depresos. Certo dia, durante um plantão, Antônio, esposo de Maria,

  julgando que José fosse amante de sua esposa, adentrou o postopolicial e desferiu um tiro em José, deixando-o paraplégico. Acerca dasituação hipotética descrita acima e da responsabilidade civil doEstado, assinale a opção correta.a) Está configurada a responsabilidade civil do Estado pela falta doserviço, ou seja, a responsabilidade subjetiva, pois a administraçãopública tolerava a atividade ilegal exercida por José.

b) A responsabilidade civil do Estado, no caso, é a objetiva, pois foi oEstado que recrutou José e este ficou paraplégico em serviço.

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c) No caso concreto, não está configurado o nexo de causalidadenecessário à configuração da responsabilidade civil do Estado.d) Apenas a adoção da teoria do risco integral, adotada pela CF naatualidade, é capaz de gerar a responsabilização do Estado em casoscomo esse.

e) Como a conduta danosa praticada contra José foi realizada poragente que não é servidor público, tal fato é motivo suficiente paraexcluir qualquer responsabilidade do Estado, não sendo necessárioindagar qualquer outro aspecto para solucionar a controvérsia.

Comentários:Notaram que a presente questão foi elaborada para uma prova

do Cespe? Pois é. Não é raro que nossa estimada instituição tambémfazer esse tipo de prova. Perceberam como a questão é um poucodiferente? Vamos “explorá-la”.

O dano, em si, é prejuízo, que pode ser material (prejuízo

mesmo) ou moral (o “preço da dor”, por assim dizer). Já o fato lesivodiz respeito à ação/omissão por parte do causador do dano. Por fim,o nexo de causalidade, que pode ser entendido como o liame (elo)entre a ação/omissão do Estado (ou de seus representantes, emalgumas situações) com o prejuízo causado, ou seja, o vínculo diretoentre as duas pontas para a responsabilidade civil: a ação e o dano.

Se tivermos algo que rompa com tal causalidade, estaria não-configurada a responsabilidade civil da Administração, em razão dorompimento da causalidade necessária para que o Estado passasse ater o papel de promover a indenização. Assim, sem dúvidas, o

gabarito da questão é a letra C. Passemos, então, a analisar os itens.Alternativa A – INCORRETA. Não há nada na questão queindique que houve anuência por parte de autoridades administrativasno que diga respeito ao recrutamento do Sr. José, uma vez que orecrutamento, pelo comando da questão, fora feito informalmente.Para que se configure a responsabilidade civil do estado pela falta doserviço (omissão), haveria de existir alguma informação na questãoque permitisse tal conclusão, o que não foi o caso.

Alternativa B – INCORRETA. Para que haja aresponsabilidade civil objetiva do Estado teria que ser verificada a

AÇÃO do Estado, o que não se deu. O que se percebe, na situaçãoexposta, é a OMISSÃO administrativa, sendo certo que, para queocorra a responsabilidade civil do Estado, teríamos que ter outrasinformações. Aguardem os comentários do item E, mais à frente.

Alternativa C – CORRETA. Conforme os comentários que já fizemos à questão

Alternativa D – INCORRETA. Claro que a adoção do riscointegral geraria a responsabilidade do Estado, uma vez que, em talhipótese, não teríamos excludente do dever de o Estado promover areparação do prejudicado. Contudo, não é apenas nesta hipótese que

ocorreria a responsabilização do Estado. Vejam o item a seguir paraque entendam de vez a razão da afirmativa.

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Alternativa E – INCORRETA. O fato de o fato danoso ter sidoproduzido por não servidor não é suficiente para excluir aResponsabilidade do Estado, até porque o texto constitucional, emseu art. 37, §6º, fala em atos danosos provocados por AGENTEPÚBLICO, ou seja, até os atos produzidos por particulares, no

exercício da função de mesário (transitória e sem remuneração), porexemplo, implicam (ou podem implicar) a responsabilidade doEstado.

Gabarito: alternativa C.

5)  (2006/Esaf – Agente Executivo/SUSEP) A responsabilidadeobjetiva do Estado, como pessoa jurídica de direito público interno,compreende os danos causados a terceiros, até mesmo quando:a) haja culpa do paciente (quem sofreu o dano).

b) não haja culpa do agente (quem causou o dano).c) não haja nexo causal (entre o fato e o dano).d) o fato danoso não seja atribuído ao Estado.e) o fato danoso seja causado, por ato doloso ou fraudulento do juiz,no exercício de sua função.

Comentários:Em frente, atrás vem gente! Vamos direto às análises.Alternativa A – INCORRETA. Embora aplicável o risco

administrativo entre nós, é fato que, em determinadas situações, oEstado não responderá pelos danos, ou seja, quando existirem

excludentes de responsabilidade, como é o caso da culpa do paciente(vítima), logo, incorreto o item, pois, em havendo culpa exclusiva davítima, o Estado não será responsabilizado.

Alternativa B – CORRETA . O art. 37, §6º, da CF/1988, é claroao estabelecer que a teoria do risco administrativo (de naturezaobjetiva) independe da demonstração de dolo ou de culpa. Comoutras palavras, seja o ato ilícito (com culpa ou dolo do agente) oulícito (porque independe de dolo ou culpa), o Estado seráresponsabilizado.

Alternativa C – INCORRETA. Vimos que para a aplicação do

Risco Administrativo faz-se necessário, além do dano e da ação, onexo de causalidade.Alternativa D – INCORRETA. Exatamente ao contrário, o fato

tem de ser atribuído ao Estado, sob pena de inexistir nexo causal e,portanto, não haver responsabilidade do Estado, como no caso daexcludente culpa exclusiva de terceiros.

Alternativa E – INCORRETA. Não é relevante, a título deresponsabilidade objetiva (veja o comando da questão), o fato de o

 juiz (agente público) ter agido ou não com dolo ou com fraude, comose depreende da leitura do art. 37, §6º, da CF/1988. O elemento

volitivo (a intenção) do agente só é importante quando da açãoregressiva do Estado, oportunidade que será discutida a presença de

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dolo ou de culpa ou, no caso do juiz, imputar ao agente aresponsabilidade pessoal pelo ato.

Gabarito: alternativa B.

6)  (2008/FGV – Senado Federal – Analista Legislativo-AdministraçãoEm relação ao Estado, é correto afirmar que:a) o Estado só é civilmente responsável se a conduta decorrer deculpa ou dolo de seu agente.b) para que o Estado tenha o dever de indenizar o lesado, é precisoque o agente causador do dano seja servidor estatutário.c) o direito à indenização do Estado é assegurado ao lesado aindaque este tenha contribuído inteiramente para o resultado danoso.d) a regra geral adotada no direito brasileiro é a da responsabilidadesubjetiva dos entes estatais.

e) o Estado pode exercer seu direito de regresso somente quando seuagente se tiver conduzido com culpa ou dolo.

Comentários:A revisão foi ou não válida? Vejamos.Alternativa A – INCORRETA. Vigora, entre nós, o risco

administrativo, em que o Estado será responsabilidade pelos atoscomissivos, independentemente de dolo ou de culpa dos agentes, daí a incorreção da alternativa.

Alternativa B – INCORRETA. O texto constitucional não falaem servidores, mas sim agentes, ou seja, conceito que engloba

qualquer pessoa física que, em caráter temporário ou permanente,com ou sem remuneração, desempenhe atividade pública, daí aincorreção da alternativa.

Alternativa C – INCORRETA. Será revisto, a seguir, que hásituações que afastam o dever de o Estado indenizar, são asexcludentes de responsabilidade, daí a incorreção da alternativa.

Alternativa D – INCORRETA. O risco administrativo é denatureza objetiva, pois o Estado responde independentemente dedolo ou de culpa, daí a incorreção da alternativa.

Alternativa E – CORRETA. Mais à frente, trabalharemos

melhor o conceito de ação de regresso. Antecipamos que é sempre denatureza subjetiva, ou seja, o Estado só pode se voltar contra seuagente, caso este tenha agido (ou não agido) com dolo ou com culpa,daí a correção da alternativa.

Gabarito: alternativa E.

7)  (2008/FGV – SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas) Assinale a afirmativacorreta.a) O Estado responde objetivamente por dano causado a particular

relativamente a ato ilícito praticado por Fiscal de Renda.b) O Fiscal de Renda responde objetivamente pela autuação indevidade particular.

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c) Em caso de dano causado a particular por erro de autuação, oFiscal de Renda será sumariamente demitido, independentemente deprocesso administrativo.d) Em caso de negligência no exercício das funções, o Fiscal de Rendaestá sujeito à pena de demissão.

e) A repreensão constitui ato público e oral do superior hierárquico doFiscal de Renda faltoso nos seus deveres funcionais.

Comentários:Vamos direto às análises.Alternativa A – CORRETA. A alternativa está correta, porém,

a redação poderia levar-nos ao erro. Primeiro: o Estado só respondepor atos ilícitos dos servidores? Segundo: o Fiscal de Renda agiu naqualidade de servidor? Vejamos.

O Estado responde tanto por atos lícitos como por atos ilícitos.A diferença é que, quando da prática de atos ilícitos, surge para o

Estado a ação regressiva contra o agente causador do dano. Aredação sugere que o Estado responderá se houver a prática de atosilícitos.

Para que o Estado seja responsabilizado, o ato ilícito deve tersido praticado pelo Fiscal de Renda, na qualidade de agentepúblico. Parece que o examinador esqueceu esse “pequeno” detalhe,deixando ao sabor do candidato inferir tais detalhes. Apesar dospesares, a questão não foi alterada, esse foi o gabarito oficial.

Alternativa B – INCORRETA. Servidores respondem sempreSUBJETIVAMENTE, ou seja, o Estado pode acioná-los

regressivamente, no entanto, devem ser comprovados o dolo ou aculpa.Alternativa C – INCORRETA. Que isso?! Sumariamente

demitidos?! Em épocas remotas, poderíamos até cogitar desse tipo deatitude (a denominada verdade sabida). Contudo, a convivência noEstado de Direito e Democrático afasta a existência de penalidadesnão antecedidas de contraditório e de ampla defesa, daí aincorreção da alternativa.

Alternativa D – INCORRETA. Esse modelo de questão émuito perigoso, porque exige do candidato grande jogo de cintura. A

negligência no Tribunal de Contas da União, na Receita Federal, e emoutros órgãos federais pode sim levar à demissão. Será que anegligência na Secretaria de Fazenda do RJ é mal menor?!Obviamente não.

Não é isso. Na verdade, a banca pensou em atos culposos depequena monta, sem gravidade, de baixo potencial ofensivo,portanto, não causadores de danos ao patrimônio econômico e moraldo Estado, e, por isso, insuscetíveis da aplicação de demissão. Abanca, no entanto, poderia ter sido mais um cadinho explícita no seutexto, não?!

Alternativa E – INCORRETA. As penalidades serão estudadasmais à frente. Antecipamos que a repreensão é escrita.

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Gabarito: alternativa A.

Responsabilidade Civil das Empresas Estatais

8)  (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 10) A Caixa Econômica Federal, porser empresa pública exploradora de atividade econômica e integrar achamada administração indireta, responde de forma objetiva,conforme a Constituição Federal de 1988, pelos danos que seusservidores causarem a terceiro, no exercício de sua atividade.(Certo/Errado)

Comentários:O tema ‘Responsabilidade do Estado’ é certo em qualquer prova

de concurso, especialmente em provas aplicadas pela FGV, sendo opresente item um dos mais queridos, isso porque exige doconcursando um conhecimento de todo o sistema do DireitoAdministrativo.

Vejamos o que estabelece o art. 37, §6º, da CF/1988:As pessoas jurídicas de direito público e as de direitoprivado pres tadoras de serv iços púb l icos  

responderão pelos danos que seus agentes, nessaqualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito deregresso contra o responsável nos casos de dolo ouculpa.

As empresas governamentais têm dois campos de atuação. Oprimeiro é encontrado no art. 173 (intervenção do domínioeconômico, como é o caso do BB e da CEF). O segundo diz respeito àprestação de serviços públicos, com base no art. 175 da CF/1988(por exemplo: a Infraero e a ECT, típicas prestadoras de serviçospúblicos).

Assim, as empresas estatais, PRESTADORAS DE SERVIÇOSPÚBLICOS, podem responder de forma objetiva pelos danos causadosa terceiros. Isso ocorre porque o prestador de serviços públicos,como dito, assume o RISCO ADMINISTRATIVO da atividadedesempenhada, a qual é, em sua natureza, essencialmente pública(serviços públicos).

Já as interventoras do domínio econômico são regidas regrageral pela Legislação Civil, ou seja, quando da prática de atosdanosos, sua responsabilidade será regida pelo Código Civil (teoriacivilista – natureza subjetiva). A quem defenda que quandofornecedoras de serviços, será aplicado o Código do Consumidor,portanto, nesse caso, a responsabilidade será igualmente OBJETIVA,mas lembrem-se, não é com base na Constituição! 

Tendo a explicação, concluímos pelo desacerto do quesito, dadoque a CEF, como interventora no domínio econômico, não prestaserviços públicos, não sendo o caso, portanto, de se lhe aplicar a

responsabilidade objetiva do Estado.

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Gabarito: ERRADO.

9)  (2005/Esaf – AFRFB) Assinale, entre as entidades abaixo, aquelaque não se submete à responsabilidade objetiva pelos danos queseus agentes, nessa qualidade, causem a terceiros.

a) FUNASA – Fundação Nacional de Saúdeb) CAIXA ECONÔMICA FEDERALc) ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicaçõesd) REDE GLOBO DE TELEVISÃOe) TELEMAR

Comentários:Questão de reforço. Se o amigo concursando acertou o quesito

anterior e entendeu as explicações, a questão, em análise, torna-sefácil.

A CEF responde regra geral SUBJETIVAMENTE, pois, entidades

empresariais seguem o Código Civil.Atenção: a responsabilidade objetiva do Estado não é aplicável.

Apesar disso, não podemos descartar a aplicação de outras normasde direito público a ela, é aquilo que a doutrina chama dederrogações, interferências parciais do Direito Público, como, porexemplo, o dever de licitar, o de fazer concurso público etc.

Gabarito: alternativa B.

10) (2005/Esaf – Juiz do Trabalho Substituto/TRT 7ª Região)

Tratando-se de responsabilidade civil do Estado, assinale a afirmativafalsa.a) Empresas públicas podem se sujeitar à responsabilidade objetivaou subjetiva, dependendo de seu objeto social.b) A teoria francesa da “faute du service” é enquadrada comohipótese de responsabilidade objetiva.c) Pessoas jurídicas de direito privado, não integrantes daAdministração Pública, podem se sujeitar à responsabilidade objetiva.d) A responsabilidade do Estado por omissão caracteriza-se como denatureza subjetiva.

e) A responsabilidade civil por danos nucleares independe daexistência de culpa.Comentários:Direto aos comentários.Alternativa A – CORRETA. Dentro do já comentado. As

empresas governamentais, ora prestam serviços públicos, oraintervêm no domínio econômico. No primeiro caso, submetem-se àresponsabilidade objetiva do Estado; no segundo, a regra do DireitoCivil (responsabilidade subjetiva, como regra), portanto, não háqualquer erro no item apresentado.

Alternativa B – INCORRETA. Ao estudarmos a evolução daresponsabilidade do Estado, observarmos que a responsabilidade emface da culpa anônima (“faute du service”) é de natureza

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subjetiva e não objetiva, como mencionado no item, daí decorre suaincorreção.

Alternativa C – CORRETA. É verdade que até mesmoconcessionárias prestadoras de serviços públicos podem estarsujeitas à responsabilidade própria do Estado, apesar de não

comporem a Administração Pública (direta ou indireta).Alternativa D – CORRETA. Mais à frente, o tema será

abordado com mais profundidade.Alternativa E – CORRETA. A responsabilidade por danos

nucleares é risco administrativo (não é integral!), logo, comodecorre do art. 37, §6º, da CF/1988, independentemente de doloe de culpa, o Estado será responsabilizado.

Gabarito: alternativa B.

11) (2006/Esaf – IRB/Brasil) A respeito da responsabilidade civil daAdministração Pública pode-se afirmar que respondem objetivamentepelos danos que seus agentes causarem a terceiros, exceto:a) as estatais que explorem atividade econômica.b) as agências reguladoras de serviços públicos.c) as agências reguladoras de atividades econômicas.d) as concessionárias e permissionárias de serviço público.e) as fundações públicas, desde que possuam natureza jurídica dedireito privado.

Comentários:

A questão, em análise, segue o modelo das anteriores. Asempresas estatais (governamentais) exploradoras de atividadeeconômica são regidas, predominantemente, por normas de DireitoPrivado. Exatamente pelo fato de não contarem com bônus, nãopodem ser obrigadas a arcar com o ônus, sob o fundamento daresponsab ilidade objetiva do Estado.

Tanto isso é verdade (que não contam com bônus) que oEstado não pode a elas atribuir benefícios isoladamente, sob pena deconcorrência desleal do setor. Vejamos o §2º do art. 173 daCF/1988:  “As empresas públicas e as sociedades de economia mista

não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setorprivado” .

Gabarito: alternativa A.

Responsabilidade das prestadoras de serviços públicos

12) (2008/Cespe – SEMAD/SE – Procurador) A responsabilidade civilde concessionária de serviço público de transporte municipal éobjetiva apenas relativamente aos usuários do serviço.

(Certo/Errado)

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Comentários:Com essa questão, entramos na questão peculiar da

responsabilidade civil dos PRESTADORES DE SERVIÇOS PÚBLICOS.Revimos que a regra da responsabilidade civil objetiva se

estende ao prestador de serviços públicos, independente da natureza

de sua personalidade ou se o prestador integra (ou não) aAdministração Pública. Isso se dá em razão de a entidade prestadorade serviços públicos assumir o risco (administrativo) da atividadeprestada, a qual é, sublinhe-se, incumbência do Estado: o serviçopúblico.

É fato que o serviço público é incumbência do Poder Público(art. 175 da CF/1988), o qual não necessariamente será seuprestador. De fato, a Constituição Federal dá a possibilidade dedelegação de serviços públicos, como já sabemos.

A responsabilidade civil é objetiva do concessionário do serviço

com relação aos USUÁRIOS do serviço. E o amigo se questiona: ecom relação aos terceiros, é também objetiva? A resposta é umsonoro SIM!

Cuidado! Recentemente, o STF alterou seu posicionamento,agora, a responsabilidade objetiva das concessionárias é regra deproteção tanto dos usuários como terceiros.

Gabarito: O gabarito, à época, era “certo”. No entanto, aconsiderar o novo precedente do STF, devemos alterar paraERRADO (é objetiva também para terceiros!). Gabarito ERRADO

13) (2004/Cespe – STJ – Analista Judiciário) As empresas estatais nãoestão submetidas à responsabilização objetiva, pois adotam critériospróprios em virtude da condição de prestadoras de serviço público.(Certo/Errado)

Comentários:As prestadoras de serviços respondem sim OBJETIVAMENTE,

isso está escrito literalmente no art. 37, §6º, da CF/1988.

Gabarito: ERRADO.14) (2005/Esaf – Juiz do Trabalho Substituto/TRT 7ª Região) Assinalea opção correta.a) Para haver a responsabilidade civil do Estado é imprescindível queesteja patente o nexo de causalidade, direto ou indireto, entre a açãoou a omissão atribuída a seus agentes e o dano causado a terceiro.b) O direito de regresso contra o agente público responsável por danoensejador de responsabilidade civil do Estado somente se dá em casode comportamento doloso do agente, não se configurando na

hipótese de o servidor ter agido apenas com culpa em sentido estrito.c) A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privadoprestadoras de serviço público é objetiva quer em relação aos

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usuários do serviço, quer em relação a pessoas outras que nãoostentem a condição de usuário.d) Não existe responsabilidade civil do Estado por ato lícito.e) Tratando-se de ato omissivo do poder público, a responsabilidadecivil do Estado por esse ato é subjetiva, exigindo demonstração de

dolo ou culpa em sentido estrito.Comentários:Já avançamos bastante na parte teórica, vamos direto aos

comentários, então.Alternativa A – INCORRETA . É fato que um dos itens da

responsabilização é a demonstração do nexo de causalidade, porém,na visão do STF, é necessário que seja DIRETO.

Alternativa B – INCORRETA. O art. 37, §6º, da CF/1988, falaem DOLO ou CULPA, logo, incorreto afirmar estar afastada a açãoregressiva em caso de culpa. Esse binômio (culpa e dolo) é chamado

pela doutrina de culpa em sentido amplo, por decorrência, a culpaisoladamente, por ser espécie, é denominada de culpa em sentidoestrito.

Alternativa C – CORRETA. Na época da prova a alternativaera correta. Hoje, devemos entender como CORRETA, haja vista aalteração do posicionamento do STF, o qual estendeu aresponsabilidade objetiva igualmente para terceiros.

Alternativa D – INCORRETA. O risco administrativo geradorde responsabilidade do Estado ocorre tanto por atos lícitos comoilícitos, logo, incorreto o quesito.

Alternativa E – CORRETA. Estudamos que a regra é que aomissão é geradora de responsabilidade subjetiva. 

Gabarito: alternativas C e E.

15) (2008/Cespe – PGE/CE – Procurador – c/adaptações) Assinale aopção correta no que concerne à responsabilidade civil do Estado.a) Nos Estados absolutistas, negava-se a obrigação da administraçãopública de indenizar os prejuízos causados por seus agentes aosadministrados, com fundamento no entendimento de que o Estado

não podia causar males ou danos a quem quer que fosse (the kingcan do no wrong). Segundo a classificação da doutrina, a teoriaadotada nesse período era a teoria do risco integral.b) Perante o transportado, a responsabilidade da transportadora queexerça função pública sob concessão é contratual e subjetiva.c) A Constituição Federal de 1988 adotou o princípio daresponsabilidade civil subjetiva para as autarquias.d) De acordo com a teoria da responsabilidade objetiva, o Estadoresponde pelos danos causados por seus agentes a terceiros,independentemente da prova de culpa ou da demonstração do nexo

causal.

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e) Uma sociedade de economia mista prestadora de serviço públicoresponderá por danos causados a usuários independentemente daprova de culpa.

Comentários:Mais um pouco de fixação. Vamos às análises.

Alternativa A – INCORRETA. O erro é a afirmação de se estardiante da teoria do risco integral. A definição apresentada é da Teoriada Irresponsabilidade, chamada também de Teoria Regalista/Feudal.

Alternativa B – INCORRETA . Perante os usuários(transportado) a responsabilidade é OBJETIVA, daí a incorreção doquesito.

Alternativa C – INCORRETA. A responsabilidade é OBJETIVA,afinal de contas, as autarquias são pessoas jurídicas de DireitoPúblico, sendo, portanto, aplicável o art. 37, §6º, da CF/1988.

Alternativa D – INCORRETA. A primeira parte está certinha,

isso porque é mesmo dispensável a demonstração de culpa. Agora,não é cabível dispensar o nexo de causalidade, daí decorre aincorreção do quesito.

Alternativa E – CORRETA. A depender da área de atuação, écorreto que as empresas governamentais possam mesmo responderobjetivamente, como é o caso do Metrô de São Paulo, sociedade deeconomia mista, prestadora de serviço público.

Gabarito: alternativa E.

Responsabilidade dos servidores e ação regressiva

16)  (2008/FGV – Senado/Técnico) Assinale a afirmativa incorreta.a) O lesado tem direito a ser indenizado pelo Estado por atos de seusagentes independentemente de ação culposa.b) O Estado pode exercer o direito de regresso contra seu servidorainda que este não tenha agido com dolo ou culpa.c) Se o dano foi causado exclusivamente por fenômenos da natureza,não haverá obrigação do Estado de indenizar o lesado.d) Se o dano é causado por ação dolosa, a indenização devida pelo

Estado não é necessariamente mais elevada do que nos casos deação culposa.e) O dever do Estado de indenizar o lesado ocorre até mesmo se oagente causador do dano não recebe remuneração pela funçãopública que exerce.

Comentários:Vamos aproveitar a questão para trabalharmos o conceito de

ação de regresso (ou regressiva).De pronto, lembramos que a responsabilidade do servidor

será sempre subjetiva, não se confundindo com a responsabilidade

do Estado, que, em alguns casos (boa parte), responde de formaobjetiva por eventuais prejuízos causados à sociedade, de modo

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geral, nos termos do §6º do art. 37 da CF/1988, daí a incorreçãoda alternativa B.

Avancemos. Respondam: poderia o particular acionardiretamente o agente estatal? 

Já houve muita discussão a respeito de contra quem poderia

(ou deveria) ser proposta a ação judicial cabível para que fossepromovida a indenização do prejudicado pela atuação estatal. Parafins de concurso público, a questão já foi pacificada, conformeentendimento do STF (em especial no Recurso Extraordinário – RE327.904):

A ação de indenização há de ser promovida contra a pessoa jurídica causadora do dano e não contra o agente público, emsi, que só responderá perante a pessoa jurídica que fez areparação, mas mediante ação regressiva.Alguns esclarecimentos.Em primeiro lugar, ao lançar tal entendimento, o STF acabou

criando uma “garantia de mão dupla”:I) com a ação judicial de indenização promovida contra a

Administração, fica (relativamente) protegido o prejudicado, já que,ao menos em tese, terá mais chance de ser indenizado, pois o Estadotem mais “força financeira” que o servidor (regra geral). Há, na visãoda Corte Constitucional, uma chance maior de indenização por partedo administrado; e,

II) protege-se, também, o servidor, o qual responderásomente perante a própria Administração, mediante ação regressiva,

depois de que esta promova a indenização do eventual prejudicado,conforme tem entendido a doutrina majoritária. Todavia, de acordocom a Lei, bastaria o trânsito em julgado da sentença judicialcondenatória contra a Administração para que esta intentasse aregressiva em desfavor do servidor.

Duas informações adicionais:I) a necessidade de a ação judicial para que seja feita a

indenização do prejudicado ser movida contra a AdministraçãoPública é outra decorrência do princípio da impessoalidade. De fato,quem responde é a PESSOA à qual se liga o agente, independente

deste estar agindo dentro ou fora dos limites de sua competência.Falta vontade ao Estado, é verdade, uma vez que, apesar daexistência real (em termos jurídicos), é entidade abstrata (não possuiexistência física). Mas, ainda que abstrata, o Estado é pessoa (ou oprestador de serviços públicos), que tem seus deveres eresponsabilidades. Pouco importa quem é o agente, uma vez que,ausentes outras informações, o Estado agiria daquela forma;

II) o julgado já destacado (RE 327.904) muda uma orientaçãoque até então orientava o STF: a de que seria possível o litisconsórciopassivo nas ações de indenização promovidas contra a Administração

(quem está respondendo – veremos na questão abaixo). Hoje, peloentendimento consignado pelo STF, a ação de indenização deve ser

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movida contra a pessoa jurídica causadora do dano e não mais contrao servidor, sequer com este sendo acionado em litisconsórcio.

Gabarito: alternativa B.

Excludentes de Responsabilidade

17) (2004/Cespe – AGU) Na teoria do risco administrativo, háhipóteses em que, mesmo com a responsabilização objetiva, o Estadonão será passível de responsabilização. (Certo/Errado)

Comentários:Essa questão nos serve para discutir as causas de exclusão do

dever de o Estado indenizar eventuais prejuízos (notem que aquestão fala em responsabilidade civil objetiva, ou seja, pela açãoestatal).

A doutrina é divergente quanto a essas causas de exclusão daresponsabilização civil do Estado, sobretudo no que diz respeito àdefinição de caso fortuito e força maior. As posições doutrinárias sãoabsolutamente confusas, o que, obviamente, não nos interessa parafins de concurso público. Assim, importa analisar a questão de formaobjetiva, tendo em conta o pretendido neste curso – acertar asquestões na prova! Vamos então às análises.

Se o prejudicado, efetivamente, é o responsável integralmentepelo resultado danoso (culpa exclusiva da vítima, como diz aquestão), na realidade, não é vítima, mas o próprio responsável,

devendo, portanto, arcar com os prejuízos (materiais e morais)causados a si mesmo. A culpa exclusiva do paciente é causaexcludente da responsabilidade objetiva do Estado, o que leva àincorreção do item.

A jurisprudência dos Tribunais Superiores (e doutrinariamentetambém) tem admitido a pesquisa em torno da culpa da vítima paraatenuar, e até mesmo excluir, o dever de o Estado indenizar oprejudicado, conforme o caso. Assim, se há culpa parcial (nãoexclusiva, concorrente) da vítima, isso reduzirá proporcionalmente oquantum devido pelo Estado a título de indenização, é aquilo que a

doutrina chama de culpa concorrente.Por exemplo: o STJ reconheceu culpa concorrente entreempresa ferroviária e a vítima, esta atropelada na linha férreadepois de utilizar passagem clandestina aberta no muro. Portanto,fica nítido o erro recíproco: a vítima porque ciente do ato ilícitocometido; a empresa porque não conservou o muro e sequerfiscalizou o trânsito de pedestres em área proibida.

Ainda entre as excludentes da responsabilidade civil do Estado,há o caso fortuito, definido por alguns doutrinadores como umadecorrência da manifestação da vontade humana. Todavia, há quem

da doutrina que diga FORÇA MAIOR é que seria ato humano. Outrosdizem ser o caso fortuito ou a força maior, conforme o caso, evento

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da natureza. Enfim, a doutrina não chega à conclusão precisa quantoa um e outro.

Não é o presente trabalho o local ideal para essas discussõesdoutrinárias. A intenção, cremos, não é debater temas (apaixonantes,até) do direito, mas só marcar a “bolinha” no local correto. Então,

  juntos, vamos aprender o que deve ser marcado nas provas, tendoem conta a posição doutrinária majoritária. Normalmente, a bancatem se utilizado da literatura da autora Maria Sylvia Di Pietro.

Para a referida autora, força maior é acontecimentoimprevisível, inevitável e estranho à vontade das partes, comocatástrofes naturais. Exemplos: uma tempestade, um terremoto,raios, “tsunamis” etc. Não sendo atribuível à Administração, não podeincidir a responsabilidade civil do Estado, pois não há nexo decausalidade entre o dano e o comportamento da Administração.

A Professora ilustra o caso fortuito como a situação em que o

dano decorre de ato humano. Indica, ainda, que se houve falha daAdministração (omissão desta), não ocorre a mesma exclusãoprevista para a força maior. Tem toda razão a autora, masfaçamos observações que justificam a posição da banca no item queestamos analisando, tendo em conta, agora, outro doutrinador depeso no país, José dos Santos Carvalho Filho.

Para este último autor, tanto o caso fortuito quanto a forçamaior constituem fatos imprevisíveis, não imputáveis àAdministração. Daí entende desnecessária essa “bifurcação” entreeventos, naturais ou humanos, que são imprevisíveis e que rompem

a necessária causalidade entre a ação do Estado (a questão fala emresponsabilidade objetiva, logo, ação estatal) e o dano causado.Rompido o nexo causal, não há que se falar em indenização.

Muito bem, correta a posição do autor e acatada pela banca: tanto ocaso fortuito, quanto a força maior, podem levar à exclusão daresponsabilidade civil do Estado.

Mas alertamos para uma situação: é preciso, na prova (e naprática) analisar com atenção as variáveis lançadas pelo examinadorna questão, para chegarmos à conclusão de que se o Estadoresponde, ou não, por prejuízos causados no caso de eventos

naturais ou decorrentes da manifestação da vontade humana.Vejamos com exemplos.Inundação em uma cidade. Destruição de objetos, perda de

patrimônio, etc. A princípio, não responde o Estado por tais prejuízos.Mas se este não tiver feito a adequada manutenção na rede deescoamento de águas? Responderá claro, mas de forma subjetiva,em razão da omissão na prestação dos serviços, não em razão doevento natural em si. É isso mesmo: NA OMISSÃO DO ESTADO, ARESPONSABILIDADE DESTE PASSA A SER DO TIPO SUBJETIVA, OUSEJA, BASEADA NA NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE CULPA

ATRIBUÍVEL À OMISSÃO ESTATAL.Agora atenção, a título de reforço do já comentado, o STF, porduas vezes, no ano passado reconheceu a responsabilidade do

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Estado por atos omissivos, porém, dentro do que a doutrinadenomina omissão específica.

O primeiro julgado foi em razão da fuga do preso do sistemasemi-aberto, sem que o Estado providenciasse a regressão para oregime fechado, ou seja, pelo fato de o Estado ter sido OMISSO, o

fugitivo causou a morte de determinada família.O outro julgado diz respeito ao suicídio provocado por

determinado detento, nesse caso, o Estado, mais uma vez, deixou deagir (entenda: atos omissivos), sendo causa direta da morte dopresidiário.

Ah – na omissão estatal não há necessidade de “individuação” da culpa, ou seja, não é necessário que o prejudicado aponte foi esse  ‘cara’ aqui que me causou o prejuízo, em razão de sua omissão!Basta que o prejudicado comprove omissão culposa estatal, semimportar, a princípio, quem foi o agente omisso. Depois, mais à

frente, é que importará ao Estado identificar quem é o responsávelpela omissão, para que se possam apurar as devidasresponsabilidades. Isso ocorrerá mediante uma ação específica,cabível, quando for o caso: a regressiva.

Em uma greve de servidores públicos, fato não imputávelao Estado, mas decorrente, da vontade humana, tem que se analisar,da mesma forma, em que medida caberia ao Estado tomarprovidências para evitar eventuais prejuízos à sociedade em geral.

Deve-se verificar, mais uma vez, se o Estado foi omisso. Nãoadotando as medidas necessárias, acabará sendo responsabilizado,

ao menos parcialmente.No que diz respeito ao fato exclusivo de terceiros, a posiçãoprevalecente (doutrinária e jurisprudencialmente) é de correspondertambém à excludente da responsabilidade civil da AdministraçãoPública. É o que ocorre, por exemplo, em assaltos nos ônibus. Se nãoficar caracterizada a omissão do prestador do serviço público (quenão precisa ser, necessariamente, o Estado), não há que se falar emindenização de incumbência deste.

Nesse caso, o próprio prestador é também prejudicado peloinfortúnio deste evento tão comum (infelizmente) nos dias atuais.

Apesar de cada vez mais e mais pessoas levantarem voz contra essatese (de que o prestador não responderia por assaltos realizados emcoletivos), é a posição que vale para fins de concurso público.

Todavia, deve-se analisar se houve omissão por parte doEstado (ou do prestador do serviço público) quanto a providências desua incumbência para evitar o prejuízo. Caso fique caracterizada aomissão culposa, há direito de indenização por parte do prejudicado.Pedimos perdão por tantas citações doutrinárias neste item, masforam necessárias...

Pode-se dizer que todas as causas de exclusão de

responsabilidade civil do Estado têm um ponto comum: afastam onecessário nexo causal entre a ação do Estado e o prejuízo sofridopor alguém. Sem o “link” (nexo de causalidade) entre a ação do

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Estado e prejuízo causado, não há que se falar em indenização (totalou parcialmente) a ser feita ao prejudicado.

Ficamos assim. São excludentes da responsabilidade civilobjetiva do Estado: a culpa exclusiva da vítima ou de terceiro,caso fortuito ou de força maior .

Gabarito: CERTO.

18) (2007/Cespe – CPC Renato Chaves-PA/Téc. em Info) Sãocláusulas excludentes da responsabilidade civil objetiva do Estado aculpa exclusiva da vítima ou de terceiro, caso fortuito ou de forçamaior. (Certo/Errado)

Comentários:A questão é simples, a partir do que foi dito: em determinadas

hipóteses, haverá casos em que o Estado será desonerado do dever

de indenizar o prejudicado. Exemplo disso: culpa exclusiva da  “vítima” (que na realidade passaria a ser culpado). Vejamos outrailustração.

João, servidor público, vem dirigindo, com cautela, viatura doEstado. Daí, um particular qualquer avança o sinal e se joga contra ocarro. Será que o Estado teria o dever de indenizar essa “vítima”?

Por razões óbvias, não, em razão da culpa exclusiva doprejudicado quanto ao resultado danoso observado. É nesse sentido a

  jurisprudência dos Tribunais Superiores, que admite a pesquisa emtorno da culpa da vítima para abrandar, ou mesmo excluir, o dever

de o Estado promover a indenização do prejudicado, no caso de culpaexclusiva deste.

Gabarito: CERTO.

19) (2004/Esaf – MRE – Oficial de Chancelaria) É causa excludente,total ou parcial, da responsabilidade objetiva do Estado:a) dolo do agente.b) culpa do serviço.c) culpa da vítima.

d) força maior ou caso fortuito.e) teoria da imprevisão.Comentários:Amigos, mais uma questão a título de reforço. Como vimos, se

a culpa for concorrente não haverá uma exclusão total daresponsabilidade do Estado, mas sim parcial. Daí a correção do item

 “C”.

Gabarito: alternativa C.

20) (2007/Esaf – PGDF) A respeito da Responsabilidade Civil doEstado, analise os itens a seguir:

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I. O Distrito Federal responde pelos danos que seus servidores, nessaqualidade, causarem a terceiro por culpa exclusiva da vítima;II. A responsabilidade civil do agente público, em face de açãoregressiva perante a Administração Pública, é objetiva;III. De acordo com recente decisão do Superior Tribunal de Justiça,

reconheceu-se culpa exclusiva da vítima, que foi atropelada em linhaférrea, utilizando passagem clandestina aberta no muro semconservação e sem fiscalização da empresa ferroviária;IV. Haverá responsabilidade civil objetiva do Estado, de acordo composicionamento do Superior Tribunal de Justiça, no caso depresidiário que se suicidou no estabelecimento prisional, tendo emvista que é dever do Estado proteger seus detentos, inclusive contrasi mesmo;V. Com referência à Responsabilidade do Estado por atos

  jurisdicionais, na jurisprudência brasileira, como regra, prevalece a

admissibilidade da responsabilidade civil, devendo a ação serproposta contra a Fazenda Estadual, a qual tem o direito de regressocontra o magistrado responsável, nos casos de dolo ou culpa.

A quantidade de itens corretos é igual a:a) 4 b) 2 c) 3 d) 1 e) 5

Comentários:Vamos direto às análises.Item I – INCORRETO. O erro é que não haverá

responsabilidade do Estado quando houver culpa exclusiva dopaciente (vítima).

Item II – INCORRETO. O agente responde sempre de formasubjetiva, logo, incorreto o item ao afirmar ser sua responsabilidadeobjetiva.

Item II I – INCORRETO. Não houve fiscalização pela empresa,logo, houve erro da empresa, no entanto, a vítima não é ingênua, porter usado passagem clandestina, logo, igualmente, errou. Com outraspalavras, houve erro de ambas as partes, sendo um caso, portanto,de culpa concorrente e não exclusiva.

Item IV – CORRETO. Já revisto ao longo do presente capítulo.Item V – INCORRETO. O erro é que a regra não é a

responsabilidade do Estado por atos jurisdicionais, exatamente aocontrário disso, o Estado é irresponsável.

Gabarito: alternativa D.

21) (2007/Esaf – DF/Procurador) Em face da responsabilidadeextracontratual do Estado, dentro do sistema da ConstituiçãoRepublicana de 1988 e da formulação teórica adotada pelo DireitoAdministrativo pátrio, é correto afirmar que:a) eventual alegação de força maior, por Procurador do DF, na defesa

apresentada em ação de reparação de danos movida contra o DistritoFederal, é relevante para excluir a responsabilidade estatal apenas na

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medida em que pode comprovar a inexistência de nexo causal entrealguma atuação do Estado e o dano ocorrido.b) a ocorrência da denominada dupla causalidade (concausas) trazem seu bojo a exclusão da responsabilidade estatal.c) não tem sido admitida pela doutrina nem pela jurisprudência a

hipótese de reconhecimento de surgimento da responsabilidadeestatal por atos danosos causados por multidões.d) a aplicação da responsabilidade objetiva se satisfaz somente com ademonstração do nexo causal.e) a teoria da faute du service, segundo entendimento predominantena doutrina administrativista pátria, insere-se no campo daresponsabilidade extracontratual estatal objetiva, por aplicação daregra do §6º do art. 37 da CF/1988.

Comentários:Vamos às análises.

Alternativa A – CORRETA . Está perfeito. De fato, é relevante,pois, tratando-se de culpa exclusiva da vítima, não só haveráatenuação da responsabilidade do Estado, como a exclusão porcompleto.

Alternativa B – INCORRETA. A teoria que vigora entre nós édo dano direto e imediato (ou da interrupção do nexo causal), detal sorte que o dano resulte diretamente de ação ou de omissão doEstado. Assim, não há, de uma forma geral, responsabilidade pelasconcausas (outras causas) sucessivas (pelo dano remoto, indireto).

O erro do quesito é que a dupla causalidade não traz,

necessariamente, em seu bojo, a exclusão da responsabilidade doEstado, isso porque se as concausas são dependentes (ourelativamente dependentes) entre si, é possível sim aresponsabilização do Estado. Agora, se as causas forem totalmenteindependentes, não há como imputar responsabilidade do Estado,como foi o caso do dano decorrente do assalto por uma quadrilha deque participava um fugitivo da prisão (RE 130764).

Um exemplo pode ser esclarecedor. O atropelamento detranseunte em passagem clandestina em linha férrea. Quais foramas concausas do atropelamento? A primeira delas foi o dolo ou

culpa, conforme o caso, do transeunte, ao fazer uso indevido dapassagem. A segunda foi a falta de manutenção/fiscalização peloPoder Público. Nesse caso, duas causas concorreram para o atolesivo, ou seja, houve concausas, no entanto, não haveráafastamento da responsabilidade do Estado, visto que, além davítima, o Estado concorreu para o evento, daí a incorreção doquesito.

Alternativa C – INCORRETA. As reações multitudinárias (dasmultidões) podem sim provocar a responsabilidade do Estado,embora, como regra, não seja o caso de se imputar

responsabilidade do Estado. Dois exemplos, para esclarecer o que sediz.

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Em determinado domingo, houve o jogo entre duas grandestorcidas (Flamengo X Fluminense, ops...Flamengo X São Paulo),sendo que o Estado não disponibilizou no local qualquercontingente policial. Nesse caso, em havendo tumulto pós-jogo,em razão da derrota do São Paulo, com prejuízos a particulares, o

Estado poderá (deverá) ser responsabilizado, não sendo o caso decontar a seu favor a excludente caso fortuito.

Um segundo exemplo. A polícia militar foi convocada para evitaro arrombamento, a depredação, de estabelecimentos comerciais emMadureira (Rio de Janeiro), evitar o vulgo “rapa”. Houve odeslocamento de mil homens, contudo, cinqüenta mil pessoasparticipavam do arrastão. Nesse caso, não se configuraresponsabilidade do Estado, afinal de contas, restou configurado ocaso fortuito, pois imprevisível e incontrolável a reaçãomultitudinária.

Alternativa D – INCORRETA. Os elementos para acaracterização da responsabilidade do Estado englobam, além donexo de causalidade, a ação e o resultado danoso, logo, incorreto oquesito.

Alternativa E – INCORRETA. Opa! Já vimos essa afirmativa,a culpa anônima é de natureza SUBJETIVA, e vivas à Esaf!

Gabarito: alternativa A.

22) (2007/FGV – TJ/PA - Juiz Substituto) Analise as afirmativas a

seguir:I. Apesar de a Constituição Federal ditar que “o Estado indenizará ocondenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além dotempo fixado na sentença”, a regra é a irresponsabilização do Estadopor atos de jurisdição.II. A Constituição Federal de 1988 adotou a Teoria daResponsabilidade Objetiva do Estado, teoria que se fundamenta norisco administrativo e que isenta o lesado de provar a culpa doagente estatal, bastando que este aponte o nexo causal entre o fatoadministrativo e o dano.

III. A Teoria da Responsabilidade Objetiva do Estado não prevêexcludentes, por isso só se aplica às condutas ilícitas do Estado.Assinale:a) se nenhuma afirmativa estiver correta.b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:Então, prontos? Vamos às análises.

Item I – CORRETO. Os atos jurisdicionais típicos sujeitam-sea regra assemelhada à aplicada aos atos legislativos: inexistênciade responsabilidade por parte do Estado, regra geral . Esse é o

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entendimento do STF, que, por exemplo, no RE 111.609, afirmou quenão incide a responsabilidade civil do Estado em relação a atos doPoder Judiciário, salvo nos casos expressos em lei.

Item II – CORRETO. Correto, porém, incompleto. O nexo decausalidade não é formado entre fato e dano, mas sim ato e dano.

Além disso, o nexo deve ser formado entre ato de agente público(nessa qualidade) e o dano por ele provocado.

Item III – INCORRETO. Não há previsão de excludentes?!Revimos que há, entre nós, a aplicação do risco administrativo e nãorisco integral, com outras palavras, o Estado responde objetivamentepelos atos lícitos e ilícitos, no entanto, há situações que podematenuar e até mesmo excluir sua responsabilidade, daí a incorreçãodo item.

Gabarito: alternativa B.

23)   (FGV - Polícia Civil/RJ - Inspetor da Polícia Civil-Amarela/2008)Na hipótese de automóvel que venha a cair em buraco, na viapública, gerando dano ao seu proprietário, o Poder Público deverá seracionado no prazo de:a) 1 ano.b) 2 anos.c) 3 anos.d) 4 anos.e) 5 anos.

Comentários:A banca FGV é verdadeiro camaleão, ou seja, adapta-se aomeio. Nesse contexto, a considerar a importância da jurisprudência, a FGV, nos últimos certames, tem cobrado, aindaque em mensagem subliminar, entendimentos das mais altas Cortes(STF e STJ), logo, atenção!

A presente questão é prova da mudança (ou adaptação) doenfoque estritamente doutrinário para o doutrinário-jurisprudencial.De acordo com o STJ, após o advento do CC/2002, o prazoprescricional de cinco anos cedeu espaço para os três anos, daí a

correção da alternativa C.Não se assustem! A alteração tem bastante lógica. Sabemosque a prescrição, no presente caso, conta em favor do Fisco, enfim,com o objetivo de favorecimento dos entes públicos.

Se a ordem jurídica sempre privilegiou a Fazenda Pública,estabelecendo prazo menor de prescrição da pretensão de terceiroscontra ela, prazo esse fixado em cinco anos pelo Decr. 20.910/32,raia ao absurdo admitir a manutenção desse mesmo prazo quando alei civil, que outrora apontava prazo bem superior àquele, reduzsignificativamente o período prescricional, no caso para três anos

(pretensão à reparação civil). (Por José dos Santos Carvalho Filho.Manual de Direito Administrativo. 22ª Ed. Rio de Janeiro: LumenJuris, 2009, p. 550).

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Gabarito: alternativa C.

Questões em Sequência – Agora é só CESPE!! 

Evolução Doutrinária das Teorias de Responsabilidade Civil doEstado

1)  (2010/CESPE – DPU – TÉCNICO ADM) A teoria dairresponsabilidade do Estado é aplicável no direito brasileiro.(Certo/Errado)

(2007/CESPE – Pref. de Vitória/Procurador) Quanto à evoluçãodoutrinária da responsabilidade civil da administração pública e àreparação do dano causado pelos agentes públicos, julgue os itens a

seguir.2)  A doutrina da culpa administrativa representa um estágio detransição entre a doutrina da responsabilidade civilística e a teseobjetiva do risco administrativo. (Certo/Errado)

3)  (2007 / CESPE - Procurador Municipal de Vitória) A teoria do riscointegral jamais foi acolhida em quaisquer das constituiçõesrepublicanas brasileiras. (Certo/Errado)

Marcelo, servidor público de um município, trabalhava comomotorista para a prefeitura. Certa vez, ao sair do pátio da prefeitura

para buscar o secretário de saúde em determinado local, imprimiumaior velocidade ao veículo e, sem querer, terminou por atropelarum colega, também motorista, que ficou gravemente ferido.Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itensseguintes.

4)  (2007/CESPE – PMVITÓRIA/Agente) Na situação apresentada,configuram-se os seguintes elementos: conduta, resultado danoso,nexo de causalidade e culpa. (Certo/Errado)

(2008/CESPE – DPG/CE) Considere que as seguintes situaçõeshipotéticas tenham ocorrido em determinada unidade da Federação.

I Em junho de 2007, durante rebelião em um presídio, Antônio, Josée Pedro, presos condenados por homicídio, fugiram por um túnelcavado sob a cama de um deles em um dos pavilhões de detenção.Um mês após a rebelião, um detento de nome Francisco foiassassinado por Otávio, outro preso, por vingança, em decorrência deluta pelo controle do tráfico de entorpecentes no referido prédio. Umano após a rebelião, José cometeu latrocínio nas proximidades dotribunal de justiça do estado, ocasião em que foi preso e reconduzidoao presídio. A vítima do latrocínio deixou viúva e dois filhos.

II Em 2007, na madrugada de um dia em que deveria ter retornadopara dormir no presídio, um preso submetido ao regime semi-aberto

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cometeu um estupro. Tal fato atraiu a atenção do Poder Judiciárioporque, comprovadamente, o preso, freqüentemente, deixava deretornar ao final do dia para recolhimento, situação essa que era deconhecimento da direção do presídio.

Com referência aos fatos hipotéticos acima narrados e ao atualentendimento jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal (STF), julgue os itens subseqüentes.

5)  Os elementos que compõem a responsabilidade civil objetiva doEstado são: causalidade material, alteridade do dano, oficialidade daatividade causal e lesiva imputável a agente público e ausência decausa excludente de responsabilidade estatal. (Certo/Errado)

6)  No homicídio acontecido nas dependências da prisão, mencionadona situação I, em que Otávio matou Francisco, não háresponsabilidade objetiva do Estado porque se está diante de omissãodo poder público em cuidar da integridade física de um apenado.(Certo/Errado)

7)  Na situação II, não há responsabilização civil do Estado noestupro praticado pelo preso durante o descumprimento do regimesemi-aberto, uma vez que não há conexão entre a conduta estatal eo dano eventualmente acontecido. (Certo/Errado)

8)  Na situação I, a responsabilização civil de José pelo latrocíniocometido exclui a possibilidade de pretensão indenizatória contra oEstado. (Certo/Errado)

Risco Administrativo

Julgue os itens a seguir, a respeito da responsabilidade civil doEstado e da organização administrativa.

9)  (2010/Cespe – MS – Analista Técnico - Administrativo)Caracterizada a responsabilidade subjetiva do Estado, mediante aconjugação concomitante de três elementos - dano, negligênciaadministrativa e nexo de causalidade entre o evento danoso e ocomportamento ilícito do poder público -, é inafastável o direito àindenização ou reparação civil de quem suportou os prejuízos.

(Certo/Errado)10) (2010/Cespe  - MS - Analista Técnico - Administrativo )Consoante a teoria do risco administrativo, consagrada noordenamento jurídico brasileiro, a responsabilidade objetiva doEstado por danos causados aos administrados baseia-se na equânimerepartição dos prejuízos que o desempenho do serviço público impõea certos indivíduos, não suportados pelos demais. (Certo/Errado)

11) (2009/Cespe - TRE-MA - Técnico Judiciário - Área Administrativa)Para configurar-se a responsabilidade objetiva do Estado, basta

apenas a comprovação de dois pressupostos: o fato administrativo eo dano. (Certo/Errado)

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Com relação à responsabilidade civil do Estado, julgue os itens a seguir.

12) (2009/Cespe - TRE-MA - Técnico Judiciário - Área Administrativa)O fundamento da teoria da responsabilidade objetiva, trazida na CF eadotada atualmente no Brasil, é a teoria do risco administrativo.

(Certo/Errado)13) (2010/Cespe – UERN – TEC ADM) A responsabilidade civil nãodecorre de atos omissivos, e sim de atos comissivos praticados nodesempenho do cargo, função ou emprego que causem prejuízo aoerário público. (Certo/Errado)

14) (2010/Cespe – DPU – DEFENSOR PÚBLICO) A exemplo daresponsabilidade civil por ato ilícito em sentido estrito, o dever dereparar decorrente do abuso de direito depende da comprovação deter o indivíduo agido com culpa ou dolo. (Certo/Errado)

Quanto à responsabilidade civil da administração, julgue os itens.15) (2010/Cespe – DPU – TÉCNICO ADM) O nexo de causa e efeitonão constitui elemento a ser aferido na apuração de eventualresponsabilidade do Estado. (Certo/Errado)

16) (2010/Cespe – DPU – TÉCNICO ADM) O Brasil adotou a teoria daresponsabilidade subjetiva do Estado, segundo a qual a administraçãopública somente poderá reparar o prejuízo causado a terceiro serestar devidamente comprovada a culpa do agente público.(Certo/Errado)

17) (2009/Cespe – ANATEL – Técnico Administrativo – c/adaptações)No que tange à responsabilidade civil do Estado, o terceiroprejudicado não tem de provar se o agente causador do danoprocedeu com culpa ou dolo. Nesse caso, prevalece a doutrina dorisco administrativo, que isenta o prejudicado do ônus da prova,bastando-lhe comprovar, entre outros elementos, o dano.(Certo/Errado)

18) (2009/Cespe – TRE/MA – Técnico Judiciário) O fundamento dateoria da responsabilidade objetiva, trazida na CF e adotadaatualmente no Brasil, é a teoria do risco administrativo.

(Certo/Errado)19) (2009/Cespe – TRE/MA – Técnico Judiciário) Para configurar-se aresponsabilidade objetiva do Estado, basta apenas a comprovação dedois pressupostos: o fato administrativo e o dano. (Certo/Errado)

20) (2009/Cespe – CETURB – ADVOGADO) A teoria daresponsabilidade objetiva do Estado, adotada expressamente pelo CF,encontra fundamento no conceito de risco administrativo, razão pelaqual o denominado risco administrativo integral não encontraqualquer espaço de aplicação no ordenamento jurídico brasileiro.

(Certo/Errado)

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21) (2008/Cespe – DPG/CE) A teoria do risco administrativo estápresente no plano constitucional desde a Constituição de 1946 econfere fundamento doutrinário à responsabilização objetiva doEstado. (Certo/Errado)

Fábio e João, assaltantes de alta periculosidade, fugiram de umapenitenciária estadual e assaltaram a residência de uma família,causando-lhe danos materiais e morais. Demandado judicialmente, oEstado deixou de ser condenado, em primeiro grau, a indenizar afamília vítima da violência, pois o dano não teria decorrido direta eimediatamente de ação/omissão estatal.

A respeito dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.

22) (2010/Cespe – MPE-SE – PROMOTOR) A teoria sobre o nexocausal que inspirou o julgador a isentar o Estado de responsabilidadecivil foi a da interrupção do nexo causal. (Certo/Errado)

23) (2010/Cespe – MPE-SE – PROMOTOR) A teoria sobre o nexocausal que inspirou o julgador a isentar o Estado de responsabilidadecivil foi a da equivalência das causas. (Certo/Errado)

24) (2010/Cespe – MPE-SE – PROMOTOR) Na hipótese deresponsabilidade civil objetiva, como a descrita no enunciado, poucoimporta se a vítima do ato danoso agiu culposamente e concorreupara a sua ocorrência, uma vez que não se exige, no caso,comprovação de culpa para a imposição do dever de indenizar.(Certo/Errado)

25) (2010/Cespe – MPE-SE – PROMOTOR) A responsabilidade civil doEstado, na hipótese, decorre da incidência do CDC sobre as relaçõesentre o poder público e o administrado. (Certo/Errado)

26) (2010/Cespe – MPE-SE – PROMOTOR) Caso os assaltantes sejamcondenados criminalmente pelos atos cometidos contra a família emquestão, essa condenação fará coisa julgada no juízo cível e obrigaráo Estado ao ressarcimento dos danos, devendo ser reformado, pelotribunal de justiça, o entendimento inicial, do juízo singular, de quenão haveria dever de indenizar por parte do Estado. (Certo/Errado)

27) (2008/Cespe - TJ-DF - Analista Execução de Mandados) Nasituação em que um detento mate um outro que estava recolhido namesma carceragem, não há razão para se aventar a responsabilidadeobjetiva do Estado, pois o dever de guarda da administração públicanão chega a configurar a assunção do risco administrativo.(Certo/Errado)

Responsabilidade Civil das Empresas Estatais

28) (2009/Cespe – DPE – AL – DEFENSOR P) Com relação à regra daresponsabilidade objetiva do Estado, julgue o próximo item.

Essa regra não se aplica às entidades da administração indireta queexecutem atividade econômica de natureza privada. (Certo/Errado)

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29) (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 10) A Caixa Econômica Federal,por ser empresa pública exploradora de atividade econômica eintegrar a chamada administração indireta, responde de formaobjetiva, conforme a Constituição Federal de 1988, pelos danos queseus servidores causarem a terceiro, no exercício de sua atividade.

(Certo/Errado)Em relação à responsabilidade extracontratual do Estado, julgue ositens a seguir.

30) (2008/Cespe – TJSE – Juiz Substituto) A CF prevê aresponsabilidade objetiva da administração pública tanto na práticade atos omissivos como na realização de atos comissivos.(Certo/Errado)

31) (2008/Cespe – TJSE – Juiz Substituto) O STF entende não haverresponsabilização civil do Estado por ato omissivo quando um preso,foragido há vários meses, pratica crime doloso contra a vida, por nãohaver nexo de causalidade direto e imediato. (Certo/Errado)

32) (2008/Cespe – TJSE – Juiz Substituto) As concessionárias deserviço público, em razão de serem pessoas jurídicas de direitoprivado, não respondem objetivamente pelos atos que praticarem,tendo apenas responsabilização na modalidade subjetiva.(Certo/Errado)

33) (2008/Cespe – TJSE – Juiz Substituto) A administração nãoresponde civilmente por ato que houver praticado em estrita

observância ao princípio da legalidade. (Certo/Errado)34) (2008/Cespe – TJSE – Juiz Substituto) Nos atos de império, odireito brasileiro adota a teoria da irresponsabilidade civil do Estado.(Certo/Errado)

Responsabilidade Subjetiva

Julgue os itens a seguir, a respeito da responsabilidade civil doEstado e da organização administrativa.

35) (2010/Cespe – MS - Analista Técnico - Administrativo)A doutrina

dominante é no sentido de que se aplica a teoria da responsabilidadesubjetiva nos casos de ato comissivo estatal. (Certo/Errado)

36) (2008/Cespe - TJ-DF - Analista Execução de Mandados) No casode ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil daadministração pública ocorre na modalidade subjetiva. (Certo/Errado)

37) (2007/Cespe – OAB) Prevalece o entendimento de que, nos casosde omissão, a responsabilidade extracontratual do Estado é subjetiva,sendo necessário, por isso, perquirir acerca da culpa e do dolo.(Certo/Errado)

38) (2007/Cespe – Bombeiros/DF) Se o preso se suicida dentro dopresídio, reconhece-se a responsabilidade objetiva do Estado, que

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tem o dever de proteger os seus detentos, inclusive contra simesmos. (Certo/Errado)

39) (2008/CESPE – SGA/Advogado) Considere que um detento tenhasido morto por seus colegas de carceragem, dentro da cela de uma

delegacia de polícia do estado do Acre. Nessa situação, o Acreresponde pelos danos materiais e morais resultantes dessa morte,mesmo que reste demonstrada a ausência de culpa dos agentespúblicos responsáveis pela segurança dos presos. (Certo/Errado)

40) (2008/CESPE – TJDFT – Execução de Mandados) Na situação emque um detento mate um outro que estava recolhido na mesmacarceragem, não há razão para se aventar a responsabilidadeobjetiva do Estado, pois o dever de guarda da administração públicanão chega a configurar a assunção do risco administrativo.(Certo/Errado)

Responsabilidade das prestadoras de serviços públicos

41) (2009/Cespe - TRE-MA - Técnico Judiciário - Área Administrativa)As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviçospúblicos estão sujeitas à responsabilidade subjetiva comum.(Certo/Errado)

No que concerne à responsabilidade civil do Estado, julgue os itens aseguir.

42) (2010/Cespe – MPE-SE – PROMOTOR) Para efeito de

responsabilidade civil do Estado, considera-se agente o servidor que,em sua atuação, causar dano a terceiros. Exclui-se, assim, dessanoção as pessoas que não têm vínculo típico de trabalho com aadministração e os agentes colaboradores e sem remuneração.(Certo/Errado)

43) (2010/Cespe – DPU – TÉCNICO ADM) As empresas prestadorasde serviços públicos não respondem pelos prejuízos que seusagentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. Em tal hipótese, oressarcimento do terceiro prejudicado deve ser feito diretamente peloagente causador do dano. (Certo/Errado)

44) (2010/Cespe – AGU) A responsabilidade civil objetiva daconcessionária de serviço público alcança também não usuários doserviço por ela prestado. (Certo/Errado)

45) (2009/Cespe – CETURB – ADVOGADO) Segundo entendimentomais recente dos tribunais superiores, a concessionária de serviçopúblico responde objetivamente pelos danos causados tanto aousuário quanto ao não usuário, decorrentes da prestação de serviço.(Certo/Errado)

46) (2008/Cespe – SEMAD/SE – Procurador) A responsabilidade civil

de concessionária de serviço público de transporte municipal é

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objetiva apenas relativamente aos usuários do serviço.(Certo/Errado)

47) (2004/Cespe – STJ – Analista Judiciário) As empresas estatais nãoestão submetidas à responsabilização objetiva, pois adotam critérios

próprios em virtude da condição de prestadoras de serviço público.(Certo/Errado)

Responsabilidade Civil por Atos Legislativos e Judiciais

Julgue os seguintes itens, que versam sobre responsabilidade civil doEstado.

48) (CESPE/2010 – AGU) As ações de reparação de dano ajuizadascontra o Estado em decorrência de perseguição, tortura e prisão, pormotivos políticos, durante o Regime Militar não se sujeitam aqualquer prazo prescricional. (Certo/Errado)

49) (CESPE/2010 – DPU – TÉCNICO ADM) A reparação do dano, nahipótese de prejuízo causado a terceiros pela administração, pode serfeita tanto no âmbito administrativo quanto no judicial.(Certo/Errado)

Em cada um dos próximos itens, é apresentada uma situaçãohipotética a respeito da responsabilidade civil do Estado e do controle

 jurisdicional da administração pública, seguida de uma assertiva a ser julgada.

50) (CESPE/2010 – AGU) Pedro foi preso preventivamente, por meio

de decisão judicial devidamente fundamentada, mas depois absolvidopor se entender que ele não tivera nem poderia ter nenhumaparticipação no evento. No entanto, por causa da prisão cautelar,Pedro sofreu prejuízo econômico e moral. Nessa situação, conformeentendimento recente do STF, poderão ser indenizáveis os danosmoral e material sofridos. (Certo/Errado)

51) (2007/Cespe – TJ-TO/JUIZ) Segundo entendimento do STF, aodesempenho inconstitucional da função de legislador é aplicável aresponsabilidade civil do Estado. (Certo/Errado)

52) (2008/Cespe – DFTRANS – Cargo 4) A responsabilidade objetivado Estado não se aplica aos atos dos juízes, a não ser nos casos

expressamente declarados em lei. (Certo/Errado)

(2008/Cespe – PGE/ES – Procurador) José era presidente de empresapública estadual. Depois de prisão preventiva de estrepitosarepercussão na mídia nacional, viu-se denunciado por peculatoculposo por haver inserido, em conluio com empregado dodepartamento de pessoal, servidores fantasmas na folha depagamento da empresa. A sentença de primeiro grau o condenou asete meses de detenção, o que foi confirmado pelo tribunal de

 justiça, ali havendo o trânsito em julgado.

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Paralelamente, tramitava tomada de contas especial relativa aoepisódio e que, após meticulosa apuração, eximiu José de toda aresponsabilidade. A isso seguiu-se pedido de revisão criminal em queo tribunal de justiça o absolveu por negativa de autoria e não houverecurso das partes.

José propôs, então, ação de indenização pelo rito ordináriocontra o estado, decorrente não apenas do erro na condenaçãocriminal, mas também da prisão preventiva e da ação difamatória demembro do Ministério Público.

Diante da situação hipotética acima apresentada, julgue ositens que se seguem.

53) A responsabilidade civil pelo erro judiciário constitui garantiafundamental e será apurada com base na teoria objetiva.(Certo/Errado)

54) A mera prisão cautelar indevida, nos termos da atual  jurisprudência do STF, já é suficiente para gerar o direito àindenização. (Certo/Errado)

Responsabilidade dos agentes e o Direito de Regresso daAdministração

55) (CESPE - 2009 - TRE-MA - Técnico Judiciário - ÁreaAdministrativa) As ações de ressarcimento propostas pelo Estadocontra os seus agentes prescrevem no prazo de dez anos.

(Certo/Errado)56) (CESPE/2010 – MPE-SE – PROMOTOR) Direito de regresso é oassegurado ao Estado no sentido de dirigir sua pretensãoindenizatória contra o agente responsável pelo dano,independentemente de este ter agido com culpa ou dolo.(Certo/Errado)

57) (CESPE/2010 – AGU) Um procurador federal emitiu parecer emconsulta formulada por servidor público para subsidiar a decisão daautoridade competente. Nessa situação, se a decisão da autoridade,que seguiu as diretrizes apontadas pelo parecer, não for considerada

como a correta pelo TCU e, em consequência disso houver dano aopatrimônio público, então haverá responsabilidade civil pessoal doparecerista. (Certo/Errado)

58) (CESPE/2009 – CETURB – ADVOGADO) A responsabilização doEstado por danos decorrentes de condutas omissivas de seus agentesdepende, em regra, da demonstração de culpa. (Certo/Errado)

59) (CESPE/2009 – CETURB – ADVOGADO) Segundo entendimento doSTJ, em demanda na qual se discuta responsabilidade objetiva doEstado não se permite a denunciação à lide do agente causador do

dano, pois tal medida provocaria indevida demora no processo,

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esvaziando a própria previsão constitucional que afasta, em taiscasos, a discussão sobre a culpa. (Certo/Errado)

60) (2008/Cespe – SGA/AC) Os servidores públicos de uma autarquiado Acre respondem objetivamente pelos danos que, no exercício de

suas funções, causem culposamente a terceiros. (Certo/Errado)61) (2007/Cespe – OAB/Exame de Ordem) A vítima de dano causadopor ato comissivo deve ingressar com ação de indenização porresponsabilidade objetiva contra o servidor público que praticou oato. (Certo/Errado)

62) (2007/Cespe – TJ-TO/JUIZ) A ação de responsabilidade civilobjetiva por ato cometido por servidor público pode serlegitimamente proposta contra o Estado ou contra este e o respectivoservidor, em litisconsórcio passivo. (Certo/Errado)

A obrigação do Estado de indenizar o particular independe de culpada administração, visto que a responsabilidade é objetiva. O agentepúblico causador do dano deverá ressarcir a administração, desdeque comprovada a existência de culpa ou dolo do agente. Comrelação aos efeitos da ação regressiva do Estado contra o agentepúblico, julgue os seguintes itens.

63) (2008/Cespe – PGE/PB – Procurador) Os efeitos da açãoregressiva transmitem-se aos herdeiros e sucessores do agentepúblico culpado, respeitado o limite do valor do patrimôniotransferido. (Certo/Errado)

64) (2008/Cespe – PGE/PB – Procurador) A ação regressiva pode sermovida mesmo após terminado o vínculo entre o agente e aadministração pública. (Certo/Errado)

65) (2008/Cespe – PGE/PB – Procurador) A orientação dominante na jurisprudência e na doutrina é de ser cabível, em casos de reparaçãodo dano, a denunciação da lide pela administração a seus agentes.(Certo/Errado)

66) (2008/Cespe – DFTRANS – Cargo 4) As ações de ressarcimento aoerário, movidas pelo Estado contra agentes que tenham praticado

ilícitos dos quais decorram prejuízos aos cofres públicos, prescrevemem 5 anos. (Certo/Errado)

(2008/Cespe – MPE-RR – CARGO 1) Determinada autarquia doEstado, cuja finalidade é recuperar estradas em más condições deuso, realizava obras em trecho movimentado da rodovia, sendoobrigada a interditar uma das pistas. Em razão da má sinalizaçãoexistente nas proximidades da obra, um motorista alegou que oacidente com seu veículo foi causado pela imprudência dosresponsáveis pela obra e decidiu ingressar com ação de reparação dedanos junto ao Poder Judiciário.

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Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir, sobre aresponsabilidade civil do Estado.

67) Caso o Estado venha a ser condenado pelos danos causados aomotorista, terá direito de regresso contra os servidores responsáveis,

se restar demonstrado que eles agiram com dolo ou culpa.(Certo/Errado)

Responsabilidade Civil por Danos Decorrentes de Obra Pública

Uma empresa privada foi contratada pela União para construir umprédio, onde irá funcionar órgão público. No entanto, durante aexecução da obra, um andaime caiu sobre um carro estacionado nasimediações. Após a perícia, verificou-se que o servidor públicoresponsável pelo acompanhamento do contrato não estava no localna hora do acidente.

Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta àluz do instituto da responsabilidade civil do Estado.

68) (CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz ) A ação de reparaçãocivil, na hipótese, sob o fundamento da responsabilidade civil objetivada União, caberá diretamente contra a União e o servidor.(Certo/Errado)

69) (CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz ) Como se trata decontrato de obra pública, a responsabilidade civil será subjetiva e, emum primeiro momento, apenas da construtora contratada pela

execução da obra, sem que a conduta do servidor exclua ou reduzaessa responsabilidade. (Certo/Errado)

70) (CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz ) A denunciação doservidor à lide, pela União, é obrigatória, sob pena de perda dodireito de regresso. (Certo/Errado)

71) (2005/Cespe – Juiz Federal – 5ª R) Em obra pública, contratadapor empreitada global com empresa privada, desaparece aresponsabilidade objetiva da administração pública. Os danoscausados a terceiros, em razão da obra em si, são deresponsabilidade exclusiva da empresa contratada. (Certo/Errado)

(2008/Cespe – TCU – Cargo 1) A União firmou contrato de obrapública com a construtora Cimento Forte Ltda., visando construir umahidrelétrica em um grande rio do estado do Pará, obra essa quedurará cerca de 3 anos, de forma a diminuir o risco futuro de crise deenergia elétrica. Para tanto, utilizou-se da dispensa de licitação. Nostermos desse contrato de obra pública, todas as indenizações pordanos causados a terceiros em decorrência da obra seriamsuportadas pela construtora.

Com base nessa situação hipotética, julgue os itens subseqüentes.

72) Caso um terceiro sofra danos em decorrência da mencionadaobra, ele poderá ingressar com ação de reparação de danos

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diretamente contra a construtora com fundamento naresponsabilidade civil objetiva, na forma da Constituição.(Certo/Errado)

Excludentes de Responsabilidade

Considerando a responsabilidade civil da administração pública, julgue os itens que se seguem.

73) (CESPE - 2008 - TJ-DF - Analista Execução de Mandados)Considere-se que, em um acidente de trânsito, o condutor do veículoe a vítima sejam servidores públicos. Nessa situação, descabe aresponsabilização do Estado pelos danos causados, pois, apesar deestar definido na Constituição Federal que o Estado deve responderpelos danos causados por seus agentes a terceiro, não é possívelenquadrar servidor público em tal conceito. (Certo/Errado)

74) (CESPE/2009 – TRT 17 – ANALISTA) O Estado não respondecivilmente pelos danos causados por atos praticados poragrupamentos de pessoas ou multidões, por se tratar de atos deterceiros que caracterizam uma excludente de causalidade, salvoquando se verificar omissão do poder público em garantir aintegridade do patrimônio danificado, hipótese em que aresponsabilidade civil é subjetiva. (Certo/Errado)

75) (CESPE/2009 – TRE/MA – Técnico Judiciário) De acordo com aresponsabilidade objetiva consagrada na CF, mesmo na hipótese de opoder público comprovar a culpa exclusiva da vítima, ainda assim

persiste o dever de indenizá-la. (Certo/Errado)76) (2004/Cespe – AGU) Na teoria do risco administrativo, háhipóteses em que, mesmo com a responsabilização objetiva, o Estadonão será passível de responsabilização. (Certo/Errado)

77) (2007/Cespe – CPC Renato Chaves-PA/Téc. em Info) Sãocláusulas excludentes da responsabilidade civil objetiva do Estado aculpa exclusiva da vítima ou de terceiro, caso fortuito ou de forçamaior. (Certo/Errado)

78)  (2007/Cespe – OAB/Exame de Ordem) Não há responsabilidade

civil do Estado por dano causado pelo rompimento de uma adutora oude um cabo elétrico, mantidos pelo Estado em péssimas condições, jáque essa situação se insere no conceito de caso fortuito.(Certo/Errado)

79) (2008/CESPE – DFTRANS – Cargo 1) A responsabilidade civil daadministração pública implica a reparação de danos causados aterceiros em virtude da prestação de serviços públicos, mesmo emsituações de força maior ou nos casos em que se comprove a culpaexclusiva da vítima. (Certo/Errado)

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MARCA AGORA O GABARITO, PORÉM NÃO AO ACASO!

1 (C) (E) (SR) 29 (C) (E) (SR) 57 (C) (E) (SR)

2 (C) (E) (SR) 30 (C) (E) (SR) 58 (C) (E) (SR)

3 (C) (E) (SR) 31 (C) (E) (SR) 59 (C) (E) (SR)

4 (C) (E) (SR) 32 (C) (E) (SR) 60 (C) (E) (SR)

5 (C) (E) (SR) 33 (C) (E) (SR) 61 (C) (E) (SR)

6 (C) (E) (SR) 34 (C) (E) (SR) 62 (C) (E) (SR)

7 (C) (E) (SR) 35 (C) (E) (SR) 63 (C) (E) (SR)

8 (C) (E) (SR) 36 (C) (E) (SR) 64 (C) (E) (SR)

9 (C) (E) (SR) 37 (C) (E) (SR) 65 (C) (E) (SR)

10 (C) (E) (SR) 38 (C) (E) (SR) 66 (C) (E) (SR)

11 (C) (E) (SR) 39 (C) (E) (SR) 67 (C) (E) (SR)

12 (C) (E) (SR) 40 (C) (E) (SR) 68 (C) (E) (SR)

13 (C) (E) (SR) 41 (C) (E) (SR) 69 (C) (E) (SR)

14 (C) (E) (SR) 42 (C) (E) (SR) 70 (C) (E) (SR)

15 (C) (E) (SR) 43 (C) (E) (SR) 71 (C) (E) (SR)

16 (C) (E) (SR) 44 (C) (E) (SR) 72 (C) (E) (SR)

17 (C) (E) (SR) 45 (C) (E) (SR) 73 (C) (E) (SR)

18 (C) (E) (SR) 46 (C) (E) (SR) 74 (C) (E) (SR)

19 (C) (E) (SR) 47 (C) (E) (SR) 75 (C) (E) (SR)

20 (C) (E) (SR) 48 (C) (E) (SR) 76 (C) (E) (SR)

21 (C) (E) (SR) 49 (C) (E) (SR) 77 (C) (E) (SR)

22 (C) (E) (SR) 50 (C) (E) (SR) 78 (C) (E) (SR)

23 (C) (E) (SR) 51 (C) (E) (SR) 79 (C) (E) (SR)

24 (C) (E) (SR) 52 (C) (E) (SR)

25 (C) (E) (SR) 53 (C) (E) (SR)

26 (C) (E) (SR) 54 (C) (E) (SR)

27 (C) (E) (SR) 55 (C) (E) (SR)

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CONFIRA O DESEMPENHO

1 (C) (E) (SR) 29 (C) (E) (SR) 57 (C) (E) (SR)

2 (C) (E) (SR) 30 (C) (E) (SR) 58 (C) (E) (SR)

3 (C) (E) (SR) 31 (C) (E) (SR) 59 (C) (E) (SR)

4 (C) (E) (SR) 32 (C) (E) (SR) 60 (C) (E) (SR)

5 (C) (E) (SR) 33 (C) (E) (SR) 61 (C) (E) (SR)

6 (C) (E) (SR) 34 (C) (E) (SR) 62 (C) (E) (SR)

7 (C) (E) (SR) 35 (C) (E) (SR) 63 (C) (E) (SR)

8 (C) (E) (SR) 36 (C) (E) (SR) 64 (C) (E) (SR)

9 (C) (E) (SR) 37 (C) (E) (SR) 65 (C) (E) (SR)

10 (C) (E) (SR) 38 (C) (E) (SR) 66 (C) (E) (SR)

11 (C) (E) (SR) 39 (C) (E) (SR) 67 (C) (E) (SR)

12 (C) (E) (SR) 40 (C) (E) (SR) 68 (C) (E) (SR)

13 (C) (E) (SR) 41 (C) (E) (SR) 69 (C) (E) (SR)

14 (C) (E) (SR) 42 (C) (E) (SR) 70 (C) (E) (SR)

15 (C) (E) (SR) 43 (C) (E) (SR) 71 (C) (E) (SR)

16 (C) (E) (SR) 44 (C) (E) (SR) 72 (C) (E) (SR)

17 (C) (E) (SR) 45 (C) (E) (SR) 73 (C) (E) (SR)

18 (C) (E) (SR) 46 (C) (E) (SR) 74 (C) (E) (SR)

19 (C) (E) (SR) 47 (C) (E) (SR) 75 (C) (E) (SR)

20 (C) (E) (SR) 48 (C) (E) (SR) 76 (C) (E) (SR)

21 (C) (E) (SR) 49 (C) (E) (SR) 77 (C) (E) (SR)

22 (C) (E) (SR) 50 (C) (E) (SR) 78 (C) (E) (SR)

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24 (C) (E) (SR) 52 (C) (E) (SR)

25 (C) (E) (SR) 53 (C) (E) (SR)

26 (C) (E) (SR) 54 (C) (E) (SR)

27 (C) (E) (SR) 55 (C) (E) (SR)

28 (C) (E) (SR) 56 (C) (E) (SR)

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TIRA-TEIMA – QUESTÕES COMENTADAS

1)  (2010/CESPE – DPU – TÉCNICO ADM) A teoria dairresponsabilidade do Estado é aplicável no direito brasileiro.

(Certo/Errado)Comentários:

Das teorias aplicáveis, a do risco integral nunca foi aplicada nodireito administrativo brasileiro. Esse é o entendimento do Cespe edeve ser seguido, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

(2007/CESPE – Pref. de Vitória/Procurador) Quanto à evoluçãodoutrinária da responsabilidade civil da administração pública e àreparação do dano causado pelos agentes públicos, julgue os itens aseguir.2)  A doutrina da culpa administrativa representa um estágio detransição entre a doutrina da responsabilidade civilística e a teseobjetiva do risco administrativo. (Certo/Errado)

Comentários:

A primeira das teorias de natureza publicística foi a da culpaanônima ou faute du service. Essa teoria é chamada também deculpa administrativa. Como disse a organizadora, foi uma transiçãoentre a teoria civilista e o risco administrativo, daí a correção daalternativa.

Gabarito: CERTO.

3)  (2007 / CESPE - Procurador Municipal de Vitória) A teoria do riscointegral jamais foi acolhida em quaisquer das constituiçõesrepublicanas brasileiras. (Certo/Errado)

Comentários:

É verdade: o risco integral nunca foi acolhida em qualquer dasconstituições republicadas, daí a correção da alternativa.

Gabarito: CERTO.Marcelo, servidor público de um município, trabalhava comomotorista para a prefeitura. Certa vez, ao sair do pátio da prefeiturapara buscar o secretário de saúde em determinado local, imprimiumaior velocidade ao veículo e, sem querer, terminou por atropelarum colega, também motorista, que ficou gravemente ferido.Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itensseguintes.

4)  (2007/CESPE – PMVITÓRIA/Agente) Na situação apresentada,

configuram-se os seguintes elementos: conduta, resultado danoso,nexo de causalidade e culpa. (Certo/Errado)

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Comentários:

O item está perfeito. Só um detalhe, o elemento culpa não écondição sine qua non para a imputação da responsabilidade doEstado, afinal esta é, regra geral, de natureza objetiva.

Gabarito: CERTO.(2008/CESPE – DPG/CE) Considere que as seguintes situaçõeshipotéticas tenham ocorrido em determinada unidade da Federação.

I Em junho de 2007, durante rebelião em um presídio, Antônio, Josée Pedro, presos condenados por homicídio, fugiram por um túnelcavado sob a cama de um deles em um dos pavilhões de detenção.Um mês após a rebelião, um detento de nome Francisco foiassassinado por Otávio, outro preso, por vingança, em decorrência deluta pelo controle do tráfico de entorpecentes no referido prédio. Um

ano após a rebelião, José cometeu latrocínio nas proximidades dotribunal de justiça do estado, ocasião em que foi preso e reconduzidoao presídio. A vítima do latrocínio deixou viúva e dois filhos.

II Em 2007, na madrugada de um dia em que deveria ter retornadopara dormir no presídio, um preso submetido ao regime semi-abertocometeu um estupro. Tal fato atraiu a atenção do Poder Judiciárioporque, comprovadamente, o preso, freqüentemente, deixava deretornar ao final do dia para recolhimento, situação essa que era deconhecimento da direção do presídio.

Com referência aos fatos hipotéticos acima narrados e ao atualentendimento jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal (STF),

 julgue os itens subseqüentes.

5)  Os elementos que compõem a responsabilidade civil objetiva doEstado são: causalidade material, alteridade do dano, oficialidade daatividade causal e lesiva imputável a agente público e ausência decausa excludente de responsabilidade estatal. (Certo/Errado)

Comentários:

Dispensa comentários, está perfeito.

Gabarito: CERTO.6)  No homicídio acontecido nas dependências da prisão, mencionadona situação I, em que Otávio matou Francisco, não háresponsabilidade objetiva do Estado porque se está diante de omissãodo poder público em cuidar da integridade física de um apenado.(Certo/Errado)

Comentários:

O Estado responde por ter se omitido em seu dever de guarda,daí a incorreção da alternativa.

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Gabarito: ERRADO.

7)  Na situação II, não há responsabilização civil do Estado noestupro praticado pelo preso durante o descumprimento do regimesemi-aberto, uma vez que não há conexão entre a conduta estatal e

o dano eventualmente acontecido. (Certo/Errado)Comentários:

Não há conexão?! Se o Estado tivesse regredido o regime, opreso passaria para o regime fechado e, assim, não haveria oresultado danoso, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

8)  Na situação I, a responsabilização civil de José pelo latrocíniocometido exclui a possibilidade de pretensão indenizatória contra oEstado. (Certo/Errado)

Comentários:

Nesse caso, não há nexo direto de causalidade, porém não seafasta a responsabilização do Estado em caráter subjetivo, daí aincorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

Risco Administrativo

Julgue os itens a seguir, a respeito da responsabilidade civil doEstado e da organização administrativa.

9)  (2010/Cespe – MS – Analista Técnico - Administrativo)Caracterizada a responsabilidade subjetiva do Estado, mediante aconjugação concomitante de três elementos - dano, negligênciaadministrativa e nexo de causalidade entre o evento danoso e ocomportamento ilícito do poder público -, é inafastável o direito àindenização ou reparação civil de quem suportou os prejuízos.(Certo/Errado)

Comentários:

E viva ao Cespe! A responsabilidade subjetiva do Estado podeser capitulada, em havendo: dano, negligência (ato ilícito) e o nexode causalidade, daí a correção da alternativa. A responsabilidadesubjetiva do Estado é sempre decorrente de ato ilícito.

Gabarito: CERTO.

10) (2010/Cespe  - MS - Analista Técnico - Administrativo )Consoante a teoria do risco administrativo, consagrada noordenamento jurídico brasileiro, a responsabilidade objetiva doEstado por danos causados aos administrados baseia-se na equânimerepartição dos prejuízos que o desempenho do serviço público impõe

a certos indivíduos, não suportados pelos demais. (Certo/Errado)Comentários:

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O Estado responde objetivamente perante terceiros, enfim, asações do Estado podem lesionar a qualquer do povo, razão pela qualse impõe a repartição dos prejuízos por toda a sociedade, daí acorreção da alternativa.

Gabarito: CERTO.11) (2009/Cespe - TRE-MA - Técnico Judiciário - Área Administrativa)Para configurar-se a responsabilidade objetiva do Estado, bastaapenas a comprovação de dois pressupostos: o fato administrativo eo dano. (Certo/Errado)

Comentários:

Basta fato e dano? E o nexo de causalidade?! Daí a incorreçãoda alternativa.

Gabarito: ERRADO.

Com relação à responsabilidade civil do Estado, julgue os itens aseguir.

12) (2009/Cespe - TRE-MA - Técnico Judiciário - Área Administrativa)O fundamento da teoria da responsabilidade objetiva, trazida na CF eadotada atualmente no Brasil, é a teoria do risco administrativo.(Certo/Errado)

Comentários:

Dispensa maiores comentários. Para os atos comissivos, a

responsabilidade do Estado é fundada no risco administrativo.Gabarito: CERTO.

13) (2010/Cespe – UERN – TEC ADM) A responsabilidade civil nãodecorre de atos omissivos, e sim de atos comissivos praticados nodesempenho do cargo, função ou emprego que causem prejuízo aoerário público. (Certo/Errado)

Comentários:

A responsabilidade do Estado tanto pode decorrer de atosomissivos como comissivos. Acontece que, na prática de atos

comissivos, haverá responsabilidade objetiva, e, atos omissivos,responsabilidade subjetiva, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

14) (2010/Cespe – DPU – DEFENSOR PÚBLICO) A exemplo daresponsabilidade civil por ato ilícito em sentido estrito, o dever dereparar decorrente do abuso de direito depende da comprovação deter o indivíduo agido com culpa ou dolo. (Certo/Errado)

Comentários:

O abuso de direito é ato viciado por parte da autoridadepública, logo a responsabilidade será do Estado, e, como vimos, este

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responde por atos ilícitos e lícitos, pouco importando a existência dedolo ou de culpa, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

Quanto à responsabilidade civil da administração, julgue os itens.

15) (2010/Cespe – DPU – TÉCNICO ADM) O nexo de causa e efeitonão constitui elemento a ser aferido na apuração de eventualresponsabilidade do Estado. (Certo/Errado)

Comentários:

Escandalosamente incorreto. Como revimos, além do dano e daação, há necessidade de liame de causalidade entre o ato dano e aconduta, o que a doutrina chama de nexo de causalidade.

Gabarito: ERRADO.

16) (2010/Cespe – DPU – TÉCNICO ADM) O Brasil adotou a teoria daresponsabilidade subjetiva do Estado, segundo a qual a administraçãopública somente poderá reparar o prejuízo causado a terceiro serestar devidamente comprovada a culpa do agente público.(Certo/Errado)

Comentários:

Opa! Teoria Subjetiva?!?! Se a banca mencionasseexpressamente por atos omissivos, não tenho dúvida de que aresposta estaria correta, no entanto, como sabemos, a regra é o risco

administrativo, este de natureza OBJETIVA, daí a incorreção daalternativa.

Gabarito: ERRADO.

17) (2009/Cespe – ANATEL – Técnico Administrativo – c/adaptações)No que tange à responsabilidade civil do Estado, o terceiroprejudicado não tem de provar se o agente causador do danoprocedeu com culpa ou dolo. Nesse caso, prevalece a doutrina dorisco administrativo, que isenta o prejudicado do ônus da prova,bastando-lhe comprovar, entre outros elementos, o dano.(Certo/Errado)

Comentários:

  “Entre outros elementos”. Essa expressão não fez parte dotexto originário da organizadora. Fiz pequena adaptação, porque aquestão foi anulada, em sua origem. Agora, a questão está perfeita,porque o dano é um dos elementos da responsabilidade civil, masnão é, obviamente, o único, daí a correção da alternativa .

Gabarito: CERTO.

18) (2009/Cespe – TRE/MA – Técnico Judiciário) O fundamento da

teoria da responsabilidade objetiva, trazida na CF e adotada

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atualmente no Brasil, é a teoria do risco administrativo.(Certo/Errado)

Comentários:

Dispensa maiores comentários. O risco administrativo, de

natureza objetiva, tem fundamento expresso no texto constitucional.Gabarito: CERTO.

19) (2009/Cespe – TRE/MA – Técnico Judiciário) Para configurar-se aresponsabilidade objetiva do Estado, basta apenas a comprovação dedois pressupostos: o fato administrativo e o dano. (Certo/Errado)

Comentários:

Opa! Nada se cria, tudo se transforma. E viva a Lavoisier! Alémdo fato e do dano, há necessidade de nexo de causalidade, daí a

incorreção da alternativa.Gabarito: ERRADO.

20) (2009/Cespe – CETURB – ADVOGADO) A teoria daresponsabilidade objetiva do Estado, adotada expressamente pelo CF,encontra fundamento no conceito de risco administrativo, razão pelaqual o denominado risco administrativo integral não encontraqualquer espaço de aplicação no ordenamento jurídico brasileiro.(Certo/Errado)

Comentários:

Excelente! Para não dizer incrível. O risco integral não encontraqualquer espaço? Bom, no Direito Administrativo, vimos que não háaplicabilidade. No entanto, no Direito Ambiental, há quem defenda(com unhas e dentes) a aplicabilidade. O próprio Cespe, em prova deDireito Ambiental, aplicou a tese do risco integral. O erro do quesito,portanto, é falar que o risco integral não tem qualquer espaço noORDENAMENTO JURÍDICO.

Gabarito: ERRADO.

21) (2008/Cespe – DPG/CE) A teoria do risco administrativo está

presente no plano constitucional desde a Constituição de 1946 econfere fundamento doutrinário à responsabilização objetiva doEstado. (Certo/Errado)

Comentários:

Eita maldade! Exigiu-se do cãodidato o conhecimento daorigem do risco administrativo entre nós. Como revimos, foi naCF/1946, daí a correção da alternativa.

Gabarito: CERTO.

Fábio e João, assaltantes de alta periculosidade, fugiram de uma

penitenciária estadual e assaltaram a residência de uma família,causando-lhe danos materiais e morais. Demandado judicialmente, o

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Estado deixou de ser condenado, em primeiro grau, a indenizar afamília vítima da violência, pois o dano não teria decorrido direta eimediatamente de ação/omissão estatal.

A respeito dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.

22) (2010/Cespe – MPE-SE – PROMOTOR) A teoria sobre o nexocausal que inspirou o julgador a isentar o Estado de responsabilidadecivil foi a da interrupção do nexo causal. (Certo/Errado)

Comentários:

Perfeito. A teoria da causalidade adequada ou da interrupção donexo causal. Ressalto que não adotamos a teoria da equivalência dascondições.

Gabarito: CERTO.

23) (2010/Cespe – MPE-SE – PROMOTOR) A teoria sobre o nexocausal que inspirou o julgador a isentar o Estado de responsabilidade

civil foi a da equivalência das causas. (Certo/Errado)

Comentários:

Fixação. Essa teoria não ampara o risco administrativo, daí aincorreção .

Gabarito: ERRADO.

24) (2010/Cespe – MPE-SE – PROMOTOR) Na hipótese deresponsabilidade civil objetiva, como a descrita no enunciado, pouco

importa se a vítima do ato danoso agiu culposamente e concorreupara a sua ocorrência, uma vez que não se exige, no caso,comprovação de culpa para a imposição do dever de indenizar.(Certo/Errado)

Comentários:

Opa! Se a culpa for exclusiva da vítima ou se concorreu para oilícito, a responsabilidade do Estado poderá ser excluída ou atenuada,respectivamente, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

25) (2010/Cespe – MPE-SE – PROMOTOR) A responsabilidade civil doEstado, na hipótese, decorre da incidência do CDC sobre as relaçõesentre o poder público e o administrado. (Certo/Errado)

Comentários:

Código do Consumidor (CDC)? A banca parece, por vezes, serchegada a psicotrópicos! O texto constitucional traz definida a regrada responsabilidade objetiva, sendo desnecessário os indivíduossocorrerem-se ao CDC. E mais: no presente caso, não estamos diantede qualquer relação de consumo.

Gabarito: ERRADO.

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26) (2010/Cespe – MPE-SE – PROMOTOR) Caso os assaltantes sejamcondenados criminalmente pelos atos cometidos contra a família emquestão, essa condenação fará coisa julgada no juízo cível e obrigaráo Estado ao ressarcimento dos danos, devendo ser reformado, pelotribunal de justiça, o entendimento inicial, do juízo singular, de que

não haveria dever de indenizar por parte do Estado. (Certo/Errado)Comentários:

Peço que os amigos releiam o seguinte trecho:

Responsabilidade civil do Estado. Dano decorrente de assaltopor quadrilha de que fazia parte preso foragido vários mesesantes. - A responsabilidade do Estado, embora objetiva porforça do disposto no artigo 107 da Emenda Constitucional n.1/69 (e, atualmente, no parágrafo 6. do artigo 37 da CartaMagna), não dispensa, obviamente, o requisito, tambémobjetivo, do nexo de causalidade entre a ação ou a omissãoatribuída a seus agentes e o dano causado a terceiros. - Emnosso sistema jurídico, como resulta do disposto no artigo1.060 do Código Civil, a teoria adotada quanto ao nexo decausalidade e a teoria do dano direto e imediato, tambémdenominada teoria da interrupção do nexo causal. Não obstanteaquele dispositivo da codificação civil diga respeito àimpropriamente denominada responsabilidade contratual,aplica-se ele também a responsabilidade extracontratual,inclusive a objetiva, até por ser aquela que, sem quaisquer

considerações de ordem subjetiva, afasta os inconvenientes dasoutras duas teorias existentes: a da equivalência das condiçõese a da causalidade adequada. - No caso, em face dos fatos tidoscomo certos pelo acórdão recorrido, e com base nos quaisreconheceu ele o nexo de causalidade indispensável para oreconhecimento da responsabilidade objetiva constitucional, einequívoco que o nexo de causalidade inexiste, e, portanto, nãopode haver a incidência da responsabilidade prevista no artigo107 da Emenda Constitucional n. 1/69, a que corresponde oparágrafo 6. do artigo 37 da atual Constituição. Com efeito, o

dano decorrente do assalto por uma quadrilha de queparticipava um dos evadidos da prisão não foi o efeitonecessário da omissão da autoridade pública que o acórdãorecorrido teve como causa da fuga dele, mas resultou deconcausas, como a formação da quadrilha, e o assalto ocorridocerca de vinte e um meses após a evasão. Recursoextraordinário conhecido e provido. (RE 130764 - PR - Relator:Min. Moreira Alves, 1ª Turma, 02/05/199)

Então? O Estado tem o dever de indenizar? Obviamente não,daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

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27) (2008/Cespe - TJ-DF - Analista Execução de Mandados) Nasituação em que um detento mate outro que estava recolhido namesma carceragem, não há razão para se aventar a responsabilidadeobjetiva do Estado, pois o dever de guarda da administração públicanão chega a configurar a assunção do risco administrativo.

(Certo/Errado)Comentários:

Recurso Extraordinário 272.839:

"Morte de detento por colegas de carceragem. Indenização pordanos morais e materiais. Detento sob a cus tód ia do  

Estado.  Responsab i l idade ob je t iva . Teoria do RiscoAdministrativo. Configuração do nexo de causalidade em funçãodo dever constitucional de guarda (art. 5º, XLIX).Responsabilidade de reparar o dano que prevalece ainda quedemonstrada a ausência de culpa dos agentes públicos." (osgrifos não estão no original).

Assim, fica a lição: quanto às pessoas sob custódia do Estado(presidiários e pessoas internadas em hospitais, estudantes deescolas municipais, por exemplo), a responsabilidade civil é do tipoobjetiva, daí a incorreção.

Gabarito: ERRADO.

Responsabilidade Civil das Empresas Estatais

28) (2009/Cespe – DPE – AL – DEFENSOR P) Com relação à regra daresponsabilidade objetiva do Estado, julgue o próximo item.

Essa regra não se aplica às entidades da administração indireta queexecutem atividade econômica de natureza privada. (Certo/Errado)

Comentários:

A responsabilidade é objetiva para as pessoas de direito públicoe as de direito privado, neste caso, desde que prestadoras deserviços públicos. Se a atividade é econômica, o regime é privado,logo regido pelo CC/2002, daí a correção da alternativa.

Gabarito: CERTO.

29) (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 10) A Caixa Econômica Federal, porser empresa pública exploradora de atividade econômica e integrar achamada administração indireta, responde de forma objetiva,conforme a Constituição Federal de 1988, pelos danos que seusservidores causarem a terceiro, no exercício de sua atividade.(Certo/Errado)

Comentários:

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Fixação. Empresas interventoras não respondem objetivamenteconforme o texto constitucional. Se cabível, pode ser aplicada aresponsabilidade objetiva do CDC.

Gabarito: ERRADO.

Em relação à responsabilidade extracontratual do Estado, julgue ositens a seguir.

30) (2008/Cespe – TJSE – Juiz Substituto) A CF prevê aresponsabilidade objetiva da administração pública tanto na práticade atos omissivos como na realização de atos comissivos.(Certo/Errado)

Comentários:

Atos omissivos?! A responsabilidade é subjetiva, daí aincorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

31) (2008/Cespe – TJSE – Juiz Substituto) O STF entende não haverresponsabilização civil do Estado por ato omissivo quando um preso,foragido há vários meses, pratica crime doloso contra a vida, por nãohaver nexo de causalidade direto e imediato. (Certo/Errado)

Comentários:

Fixação. Reveja a questão 26.

Gabarito: CERTO.

32) (2008/Cespe – TJSE – Juiz Substituto) As concessionárias deserviço público, em razão de serem pessoas jurídicas de direitoprivado, não respondem objetivamente pelos atos que praticarem,tendo apenas responsabilização na modalidade subjetiva.(Certo/Errado)

Comentários:

Escandalosamente incorreto. Fixação. As prestadoras deserviços públicos respondem objetivamente perante seus usuários eterceiros.

Gabarito: ERRADO.

33) (2008/Cespe – TJSE – Juiz Substituto) A administração nãoresponde civilmente por ato que houver praticado em estritaobservância ao princípio da legalidade. (Certo/Errado)

Comentários:

A responsabilidade objetiva do Estado independe de dolo ou deculpa, ou seja, independe da prática de ato ilícito. Assim, mesmo atoslícitos podem gerar responsabilidade do Estado.

Gabarito: ERRADO.

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34) (2008/Cespe – TJSE – Juiz Substituto) Nos atos de império, odireito brasileiro adota a teoria da irresponsabilidade civil do Estado.(Certo/Errado)

Comentários:

O poder de polícia é ato de império? Sim, indiscutivelmente. Seo Estado, ao interditar um estabelecimento, utilizar-se de forçaimoderada, cabe indenização ao particular? Sim, daí a incorreçãoda alternativa.

Gabarito: ERRADO.

Responsabilidade Subjetiva

Julgue os itens a seguir, a respeito da responsabilidade civil doEstado e da organização administrativa.

35) (2010/Cespe – MS - Analista Técnico - Administrativo) A doutrinadominante é no sentido de que se aplica a teoria da responsabilidadesubjetiva nos casos de ato comissivo estatal. (Certo/Errado)

Comentários:

Para os atos comissivos, a responsabilidade é objetiva.

Gabarito: ERRADO.

36) (2008/Cespe - TJ-DF - Analista Execução de Mandados) No casode ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil daadministração pública ocorre na modalidade subjetiva. (Certo/Errado)

Comentários:

Perfeito. Dispensa maiores comentários.

Gabarito: CERTO.

37) (2007/Cespe – OAB) Prevalece o entendimento de que, nos casosde omissão, a responsabilidade extracontratual do Estado é subjetiva,sendo necessário, por isso, perquirir acerca da culpa e do dolo.(Certo/Errado)

Comentários:

Questão de fixação. Atos omissivos geram a responsabilidadesubjetiva.

Gabarito: CERTO.

38) (2007/Cespe – Bombeiros/DF) Se o preso se suicida dentro dopresídio, reconhece-se a responsabilidade objetiva do Estado, quetem o dever de proteger os seus detentos, inclusive contra simesmos. (Certo/Errado)

Comentários:

Questão de fixação. Revejam a questão 27.Gabarito: CERTO.

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39) (2008/CESPE – SGA/Advogado) Considere que um detento tenhasido morto por seus colegas de carceragem, dentro da cela de umadelegacia de polícia do estado do Acre. Nessa situação, o Acreresponde pelos danos materiais e morais resultantes dessa morte,mesmo que reste demonstrada a ausência de culpa dos agentes

públicos responsáveis pela segurança dos presos. (Certo/Errado)Comentários:

Fixação.

Gabarito: CERTO.

40) (2008/CESPE – TJDFT – Execução de Mandados) Na situação emque um detento mate outro que estava recolhido na mesmacarceragem, não há razão para se aventar a responsabilidadeobjetiva do Estado, pois o dever de guarda da administração pública

não chega a configurar a assunção do risco administrativo.(Certo/Errado)

Comentários:

Treinar-treinar, até fixar! Prometo que não falo mais sobremorte de presidiário.

Gabarito: ERRADO.

Responsabilidade das prestadoras de serviços públicos

41) (2009/Cespe - TRE-MA - Técnico Judiciário - Área Administrativa)

As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviçospúblicos estão sujeitas à responsabilidade subjetiva comum.(Certo/Errado)

Comentários:

Opa! A responsabilidade das prestadoras de serviços públicos éde natureza objetiva, exorbitante da comum, daí a incorreção.

Gabarito: ERRADO.

No que concerne à responsabilidade civil do Estado, julgue os itens aseguir.

42) (2010/Cespe – MPE-SE – PROMOTOR) Para efeito deresponsabilidade civil do Estado, considera-se agente o servidor que,em sua atuação, causar dano a terceiros. Exclui-se, assim, dessanoção as pessoas que não têm vínculo típico de trabalho com aadministração e os agentes colaboradores e sem remuneração.(Certo/Errado)

Comentários:

A votação vem aí! Lanlan, ao se dirigir para votar no (moto)Serra, é atingida com a mesa (na cabeça) pelo mesário. Por incrívelque possa parecer, a cabeça de nossa heroína quebrou (levemente).Pergunto: pode acionar o Estado, sabendo que a conduta advém de

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mesário, agente que atua temporariamente e sem remuneração?Felizmente sim, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

43) (2010/Cespe – DPU – TÉCNICO ADM) As empresas prestadoras

de serviços públicos não respondem pelos prejuízos que seusagentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. Em tal hipótese, oressarcimento do terceiro prejudicado deve ser feito diretamente peloagente causador do dano. (Certo/Errado)

Comentários:

Pode parar! As prestadoras respondem objetivamente.

Gabarito: ERRADO.

44) (2010/Cespe – AGU) A responsabilidade civil objetiva da

concessionária de serviço público alcança também não usuários doserviço por ela prestado. (Certo/Errado)

Comentários:

De acordo com o STF, a responsabilidade objetiva alcançatambém aqueles que não ostentem o qualificativo de usuários.

Gabarito: CERTO.

45) (2009/Cespe – CETURB – ADVOGADO) Segundo entendimentomais recente dos tribunais superiores, a concessionária de serviçopúblico responde objetivamente pelos danos causados tanto ao

usuário quanto ao não usuário, decorrentes da prestação de serviço.(Certo/Errado)

Comentários:

O STF entendia que a responsabilidade protegia apenas osusuários. Mas, como revimos, houve uma inversão jurisprudencial.Agora, tanto terceiros como usuários acham-se albergados pelaresponsabilidade objetiva.

Gabarito: CERTO.

46) (2008/Cespe – SEMAD/SE – Procurador) A responsabilidade civilde concessionária de serviço público de transporte municipal éobjetiva apenas relativamente aos usuários do serviço.(Certo/Errado)

Comentários:

Fixação. Dispensáveis outros comentários.

Gabarito: ERRADO.

47) (2004/Cespe – STJ – Analista Judiciário) As empresas estatais nãoestão submetidas à responsabilização objetiva, pois adotam critérios

próprios em virtude da condição de prestadoras de serviço público.(Certo/Errado)

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Comentários:

Juro que não falo mais sobre isso! E não fica com raiva, viu! Sea estatal é prestadora de serviço público, sua responsabilidade éobjetiva.

Gabarito: ERRADO.Responsabilidade Civil por Atos Legislativos e Judiciais

Julgue os seguintes itens, que versam sobre responsabilidade civil doEstado.

48) (CESPE/2010 – AGU) As ações de reparação de dano ajuizadascontra o Estado em decorrência de perseguição, tortura e prisão, pormotivos políticos, durante o Regime Militar não se sujeitam aqualquer prazo prescricional. (Certo/Errado)

Comentários:Esse é o entendimento do STJ. As violações dos direitos

fundamentais, por decorrerem do princípio da dignidade da pessoahumana, podem ser corrigidos a qualquer tempo, ou seja, são açõesimprescritíveis, daí a correção da alternativa.

Gabarito: CERTO.

49) (CESPE/2010 – DPU – TÉCNICO ADM) A reparação do dano, nahipótese de prejuízo causado a terceiros pela administração, pode serfeita tanto no âmbito administrativo quanto no judicial.

(Certo/Errado)Comentários:

Não há qualquer vedação de a Administração indenizar oparticular administrativamente. Não precisa aguardar a ação naJustiça transitar em julgado para, conforme o caso, inscrever a dívidano (célere) sistema de precatórios.

Gabarito: CERTO.

Em cada um dos próximos itens, é apresentada uma situaçãohipotética a respeito da responsabilidade civil do Estado e do controle

 jurisdicional da administração pública, seguida de uma assertiva a ser julgada.

50) (CESPE/2010 – AGU) Pedro foi preso preventivamente, por meiode decisão judicial devidamente fundamentada, mas depois absolvidopor se entender que ele não tivera nem poderia ter nenhumaparticipação no evento. No entanto, por causa da prisão cautelar,Pedro sofreu prejuízo econômico e moral. Nessa situação, conformeentendimento recente do STF, poderão ser indenizáveis os danosmoral e material sofridos. (Certo/Errado)

Comentários:

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Estava passeando pelo site do ponto dos concursos e adivinha oque encontrei? Um excelente comentário do amigo Leandro Cadenas,que, abaixo, transcrevo:

Em regra, a prisão preventiva não gera direito a indenização.

Contudo, a depender da situação concreta, os danos sofridospoderão ser indenizáveis, conforme já teve oportunidade dedecidir o STF, no bojo do RE-AgR 385.943/SP, DJ 19/02/2010.Tal julgado, que fundamentou o questionamento do certame,restou assim ementado: “Responsabilidade civil objetiva doEstado (CF, art. 37, 6º). Decretação de prisão cautelar, que sereconheceu indevida, contra pessoa que foi submetida ainvestigação penal pelo poder público. Adoção dessa medida deprivação da liberdade contra quem não teve qualquerparticipação ou envolvimento com o fato criminoso.Inadmissibilidade desse comportamento imputável ao aparelhode estado. Perda do emprego como direta conseqüência daindevida prisão preventiva. Inexistência de causa excludente daresponsabilidade civil do poder público”.

Gabarito: CERTO.

51) (2007/Cespe – TJ-TO/JUIZ) Segundo entendimento do STF, aodesempenho inconstitucional da função de legislador é aplicável aresponsabilidade civil do Estado. (Certo/Errado)

Comentários:

Só em determinadas situações o Estado será responsabilizado,lembram? Atos concretos e desempenho inconstitucional, daí acorreção da alternativa.

Gabarito: CERTO.

52) (2008/Cespe – DFTRANS – Cargo 4) A responsabilidade objetivado Estado não se aplica aos atos dos juízes, a não ser nos casosexpressamente declarados em lei. (Certo/Errado)

Comentários:

A título de reforço, destaca-se o RE 429.518/SC, de 2004:

I. – A responsabilidade objetiva do Estado não se aplica aosatos dos juízes, a não ser nos casos expressamente declaradosem lei. Precedentes do S.T.F.

II. – Decreto judicial de prisão preventiva não se confunde como erro judiciário — C.F., art. 5º, LXXV — mesmo que o réu, aofinal da ação penal, venha a ser absolvido.

Gabarito: CERTO.

(2008/Cespe – PGE/ES – Procurador) José era presidente de empresa

pública estadual. Depois de prisão preventiva de estrepitosarepercussão na mídia nacional, viu-se denunciado por peculato

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culposo por haver inserido, em conluio com empregado dodepartamento de pessoal, servidores fantasmas na folha depagamento da empresa. A sentença de primeiro grau o condenou asete meses de detenção, o que foi confirmado pelo tribunal de

 justiça, ali havendo o trânsito em julgado.

Paralelamente, tramitava tomada de contas especial relativa aoepisódio e que, após meticulosa apuração, eximiu José de toda aresponsabilidade. A isso seguiu-se pedido de revisão criminal em queo tribunal de justiça o absolveu por negativa de autoria e não houverecurso das partes.

José propôs, então, ação de indenização pelo rito ordináriocontra o estado, decorrente não apenas do erro na condenaçãocriminal, mas também da prisão preventiva e da ação difamatória demembro do Ministério Público.

Diante da situação hipotética acima apresentada, julgue ositens que se seguem.

53) A responsabilidade civil pelo erro judiciário constitui garantiafundamental e será apurada com base na teoria objetiva.(Certo/Errado)

Comentários:

Vide questão anterior. Fixação.

Gabarito: CERTO.

54) A mera prisão cautelar indevida, nos termos da atual  jurisprudência do STF, já é suficiente para gerar o direito àindenização. (Certo/Errado)

Comentários:

Opa. A mera prisão cautelar pode ou não gerarresponsabilidade, tudo depende do caso concreto, daí a incorreção daalternativa.

Gabarito: ERRADO.

Responsabilidade dos agentes e o Direito de Regresso daAdministração

55) (CESPE - 2009 - TRE-MA - Técnico Judiciário - ÁreaAdministrativa) As ações de ressarcimento propostas pelo Estadocontra os seus agentes prescrevem no prazo de dez anos.(Certo/Errado)

Comentários:

As ações de ressarcimento são imprescritíveis, daí aincorreção .

Gabarito: ERRADO.

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56) (CESPE/2010 – MPE-SE – PROMOTOR) Direito de regresso é oassegurado ao Estado no sentido de dirigir sua pretensãoindenizatória contra o agente responsável pelo dano,independentemente de este ter agido com culpa ou dolo.(Certo/Errado)

Comentários:

A ação regressiva é de natureza subjetiva, ou seja, o Estado sópode se voltar contra o agente público se este tiver agido com doloou culpa.

Gabarito: ERRADO.

57) (CESPE/2010 – AGU) Um procurador federal emitiu parecer emconsulta formulada por servidor público para subsidiar a decisão daautoridade competente. Nessa situação, se a decisão da autoridade,

que seguiu as diretrizes apontadas pelo parecer, não for consideradacomo a correta pelo TCU e, em consequência disso houver dano aopatrimônio público, então haverá responsabilidade civil pessoal doparecerista. (Certo/Errado)

Comentários:

Mais uma questão do Leandro. Podem me chamar depreguiçoso, vai! ☺ Te tanto falar da Lei de Lavoisier, estoucomeçando a copiar as coisas. Vejamos:

Haverá direito de regresso contra o responsável apenas nos

casos de dolo ou culpa, ou seja, apenas diante daresponsabilidade subjetiva (CF/88, art. 37, § 6º). Não édiferente a conclusão no que pertine à emissão de parecer.Para o STF, “é lícito concluir que é abusiva a responsabilizaçãodo parecerista à luz de uma alargada relação de causalidadeentre seu parecer e o ato administrativo do qual tenharesultado dano ao erário. Salvo demonstração de culpa ou errogrosseiro, submetida às instâncias administrativo-disciplinaresou jurisdicionais próprias, não cabe a responsabilização doadvogado público pelo conteúdo de seu parecer de natureza

meramente opinativa” (MS 24.631/DF, DJ 01/02/2008).Gabarito: ERRADO.

58) (CESPE/2009 – CETURB – ADVOGADO) A responsabilização doEstado por danos decorrentes de condutas omissivas de seus agentesdepende, em regra, da demonstração de culpa. (Certo/Errado)

Comentários:

Para os atos omissivos, a responsabilidade do Estado é denatureza subjetiva, logo há a necessidade de comprovação de dolo oude culpa.

Gabarito: CERTO.

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59) (CESPE/2009 – CETURB – ADVOGADO) Segundo entendimento doSTJ, em demanda na qual se discuta responsabilidade objetiva doEstado não se permite a denunciação à lide do agente causador dodano, pois tal medida provocaria indevida demora no processo,esvaziando a própria previsão constitucional que afasta, em tais

casos, a discussão sobre a culpa. (Certo/Errado)Comentários:

Cyonistra esta questão! Para a doutrina dominante e para oSTF, não cabe, de fato, a denunciação da lide, no entanto, para oSTF, a denunciação é facultativa, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

60) (2008/Cespe – SGA/AC) Os servidores públicos de uma autarquiado Acre respondem objetivamente pelos danos que, no exercício de

suas funções, causem culposamente a terceiros. (Certo/Errado)Comentários:

Servidores públicos respondem sempre (e sempre)subjetivamente. A responsabilidade civil dos agentes decorre de atoscomissivos ou omissivos, dolosos ou culposos, enfim,responsab ilidade de natureza subjetiva.

Gabarito: ERRADO.

61) (2007/Cespe – OAB/Exame de Ordem) A vítima de dano causadopor ato comissivo deve ingressar com ação de indenização por

responsabilidade objetiva contra o servidor público que praticou oato. (Certo/Errado)

Comentários:

Revimos que a ação deve ser manejada diretamente contra oEstado, sendo do Estado a prerrogativa de acionar o servidor na açãode regresso, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

62) (2007/Cespe – TJ-TO/JUIZ) A ação de responsabilidade civil

objetiva por ato cometido por servidor público pode serlegitimamente proposta contra o Estado ou contra este e o respectivoservidor, em litisconsórcio passivo. (Certo/Errado)

Comentários:

Fixação. Não cabe acionar o servidor e sequer o servidorconjuntamente com o Estado, em litisconsórcio.

Gabarito: ERRADO.

A obrigação do Estado de indenizar o particular independe deculpa da administração, visto que a responsabilidade é objetiva. O

agente público causador do dano deverá ressarcir a administração,desde que comprovada a existência de culpa ou dolo do agente. Com

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relação aos efeitos da ação regressiva do Estado contra o agentepúblico, julgue os seguintes itens.

63) (2008/Cespe – PGE/PB – Procurador) Os efeitos da açãoregressiva transmitem-se aos herdeiros e sucessores do agente

público culpado, respeitado o limite do valor do patrimôniotransferido. (Certo/Errado)

Comentários:

Os sucessores só respondem pelas dívidas e, ainda assim, até olimite da herança transferida, daí a correção.

Gabarito: CERTO.

64) (2008/Cespe – PGE/PB – Procurador) A ação regressiva pode sermovida mesmo após terminado o vínculo entre o agente e aadministração pública. (Certo/Errado)

Comentários:

É o ideal. Destaco, no entanto, que não é possível o descontocoercitivo em folha de pagamento, ok.

Gabarito: CERTO.

65) (2008/Cespe – PGE/PB – Procurador) A orientação dominante na jurisprudência e na doutrina é de ser cabível, em casos de reparaçãodo dano, a denunciação da lide pela administração a seus agentes.(Certo/Errado)

Comentários:A orientação dominante é a do STF e da doutrina, enfim, aquela

que não admite a denunciação. O STJ é solitário na defesa dafacultatividade da denunciação da lide.

Gabarito: ERRADO.

66) (2008/Cespe – DFTRANS – Cargo 4) As ações de ressarcimento aoerário, movidas pelo Estado contra agentes que tenham praticadoilícitos dos quais decorram prejuízos aos cofres públicos, prescrevemem 5 anos. (Certo/Errado)

Comentários:

Fixação. As ações são imprescritíveis.

Gabarito: ERRADO.

(2008/Cespe – MPE-RR – CARGO 1) Determinada autarquia doEstado, cuja finalidade é recuperar estradas em más condições deuso, realizava obras em trecho movimentado da rodovia, sendoobrigada a interditar uma das pistas. Em razão da má sinalizaçãoexistente nas proximidades da obra, um motorista alegou que o

acidente com seu veículo foi causado pela imprudência dosresponsáveis pela obra e decidiu ingressar com ação de reparação dedanos junto ao Poder Judiciário.

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Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir, sobre aresponsabilidade civil do Estado.

67) Caso o Estado venha a ser condenado pelos danos causados aomotorista, terá direito de regresso contra os servidores responsáveis,

se restar demonstrado que eles agiram com dolo ou culpa.(Certo/Errado)

Comentários:

Fixação. A ação de regresso ou regressiva é sempre denatureza subjetiva.

Gabarito: CERTO.

Responsabilidade Civil por Danos Decorrentes de Obra Pública

Uma empresa privada foi contratada pela União para construir um

prédio, onde irá funcionar órgão público. No entanto, durante aexecução da obra, um andaime caiu sobre um carro estacionado nasimediações. Após a perícia, verificou-se que o servidor públicoresponsável pelo acompanhamento do contrato não estava no localna hora do acidente.

Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta àluz do instituto da responsabilidade civil do Estado.

68) (CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz ) A ação de reparaçãocivil, na hipótese, sob o fundamento da responsabilidade civil objetivada União, caberá diretamente contra a União e o servidor.(Certo/Errado)

Comentários:

Contra o servidor? De novo! Só diretamente contra a União, secabível fosse.

Gabarito: ERRADO.

69) (CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz ) Como se trata decontrato de obra pública, a responsabilidade civil será subjetiva e, emum primeiro momento, apenas da construtora contratada pela

execução da obra, sem que a conduta do servidor exclua ou reduzaessa responsabilidade. (Certo/Errado)

Comentários:

Perfeito. A responsabilidade primária é da construtora.

Gabarito: CERTO.

70) (CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz ) A denunciação doservidor à lide, pela União, é obrigatória, sob pena de perda dodireito de regresso. (Certo/Errado)

Comentários:

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Se a União fosse acionada diretamente, não caberia adenunciação da lide, daí a incorreção.

Gabarito: ERRADO.

71) (2005/Cespe – Juiz Federal – 5ª R) Em obra pública, contratada

por empreitada global com empresa privada, desaparece aresponsabilidade objetiva da administração pública. Os danoscausados a terceiros, em razão da obra em si, são deresponsabilidade exclusiva da empresa contratada. (Certo/Errado)

Comentários:

Pela qualidade, a responsabilidade é da contratada. Agora, pelofato (obra em si), o Estado é quem deve responder diretamente, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

(2008/Cespe – TCU – Cargo 1) A União firmou contrato de obrapública com a construtora Cimento Forte Ltda., visando construir umahidrelétrica em um grande rio do estado do Pará, obra essa quedurará cerca de 3 anos, de forma a diminuir o risco futuro de crise deenergia elétrica. Para tanto, utilizou-se da dispensa de licitação. Nostermos desse contrato de obra pública, todas as indenizações pordanos causados a terceiros em decorrência da obra seriamsuportadas pela construtora.

Com base nessa situação hipotética, julgue os itens subseqüentes.

72) Caso um terceiro sofra danos em decorrência da mencionadaobra, ele poderá ingressar com ação de reparação de danosdiretamente contra a construtora com fundamento naresponsabilidade civil objetiva, na forma da Constituição.(Certo/Errado)

Comentários:

O Estado não pode, entende o STJ, transferir suaresponsabilidade para terceiros, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

Excludentes de Responsabilidade

Considerando a responsabilidade civil da administração pública, julgue os itens que se seguem.

73) (CESPE - 2008 - TJ-DF - Analista Execução de Mandados)Considere-se que, em um acidente de trânsito, o condutor do veículoe a vítima sejam servidores públicos. Nessa situação, descabe aresponsabilização do Estado pelos danos causados, pois, apesar deestar definido na Constituição Federal que o Estado deve responder

pelos danos causados por seus agentes a terceiro, não é possívelenquadrar servidor público em tal conceito. (Certo/Errado)

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Comentários:

Coitado do servidor! O servidor que, em serviço, for lesionado,pode sim ser indenizado, daí a incorreção.

Gabarito: ERRADO.

74) (CESPE/2009 – TRT 17 – ANALISTA) O Estado não respondecivilmente pelos danos causados por atos praticados poragrupamentos de pessoas ou multidões, por se tratar de atos deterceiros que caracterizam uma excludente de causalidade, salvoquando se verificar omissão do poder público em garantir aintegridade do patrimônio danificado, hipótese em que aresponsabilidade civil é subjetiva. (Certo/Errado)

Comentários:

Não responde?! Lembram do exemplo do jogo do Flamengo?

Então, o Estado, a priori, não responde pelos danos, salvo se verificarque a omissão foi relevante.

Gabarito: CERTO.

75) (CESPE/2009 – TRE/MA – Técnico Judiciário) De acordo com aresponsabilidade objetiva consagrada na CF, mesmo na hipótese de opoder público comprovar a culpa exclusiva da vítima, ainda assimpersiste o dever de indenizá-la. (Certo/Errado)

Comentários:

Nem pensar! Não vigora entre nós o risco integral. Quando daculpa exclusiva da vítima, a responsabilidade resta afastada.

Gabarito: ERRADO.

76) (2004/Cespe – AGU) Na teoria do risco administrativo, háhipóteses em que, mesmo com a responsabilização objetiva, o Estadonão será passível de responsabilização. (Certo/Errado)

Comentários:

São as excludentes de responsabilidade, daí a correção.

Gabarito: CERTO.

77) (2007/Cespe – CPC Renato Chaves-PA/Téc. em Info) Sãocláusulas excludentes da responsabilidade civil objetiva do Estado aculpa exclusiva da vítima ou de terceiro, caso fortuito ou de forçamaior. (Certo/Errado)

Comentários:

A banca só faz listar as excludentes, daí a correção.

Gabarito: CERTO.

78) (2007/Cespe – OAB/Exame de Ordem) Não há responsabilidadecivil do Estado por dano causado pelo rompimento de uma adutora oude um cabo elétrico, mantidos pelo Estado em péssimas condições, já

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que essa situação se insere no conceito de caso fortuito.(Certo/Errado)

Comentários:

Vimos que o caso fortuito pode ou não ser uma excludente de

responsabilidade. O ponto chave da questão é a expressão “mantidospelo Estado em péssimas condições”, logo, nesse caso concreto, nãohaverá isenção de responsabilidade do Estado.

Gabarito: ERRADO.

79) (2008/CESPE – DFTRANS – Cargo 1) A responsabilidade civil daadministração pública implica a reparação de danos causados aterceiros em virtude da prestação de serviços públicos, mesmo emsituações de força maior ou nos casos em que se comprove a culpaexclusiva da vítima. (Certo/Errado)

Comentários:Não haverá responsabilidade do Estado, porque diante de

excludentes de responsabilidade.

Gabarito: ERRADO.

Ficamos por aqui pessoal!!

Bons estudos e abs a todos,

CSL