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DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO MOTIVAÇÃO MOTIVAÇÃO

DIREITO ADMINISTRATIVO MOTIVAÇÃO. EVOLUÇÃO EVOLUÇÃO CONCEITOS CONCEITOS PRINCÍPIOS PRINCÍPIOS

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO

MOTIVAÇÃOMOTIVAÇÃO

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO

EVOLUÇÃOEVOLUÇÃO CONCEITOSCONCEITOS PRINCÍPIOSPRINCÍPIOS

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO

OBJETIVOS:OBJETIVOS: Ter uma noção sobre o surgimento Ter uma noção sobre o surgimento

do Direito Administrativo.do Direito Administrativo. Possibilitar a compreensão do Possibilitar a compreensão do

Conceito de Direito Administrativo.Conceito de Direito Administrativo. Conhecer os princípios básicos, a fim Conhecer os princípios básicos, a fim

de alicerçar o caminho em busca do de alicerçar o caminho em busca do aprendizado. aprendizado.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOEVOLUÇÃOEVOLUÇÃO

Ano de 1748 – Barão de MontesquieuAno de 1748 – Barão de Montesquieu Ano de 1800 – A França edita a Lei Ano de 1800 – A França edita a Lei

28 pluvioso.28 pluvioso. Ano de 1824 – Fim do período Ano de 1824 – Fim do período

Colonial e surgimento do Império.Colonial e surgimento do Império. Ano de 1851 – O Direito Ano de 1851 – O Direito

Administrativo é incluído na cadeira Administrativo é incluído na cadeira curricular da Facudade de São Paulo.curricular da Facudade de São Paulo.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOTEORIA DA SEPARAÇÃO DOS PODERESTEORIA DA SEPARAÇÃO DOS PODERES

CONCLUSÃO:CONCLUSÃO: Proíbe a concentração de todas as Proíbe a concentração de todas as

funções em uma estrutura funções em uma estrutura organizacional única;organizacional única;

Impossibilidade de separação Impossibilidade de separação absoluta de funções.absoluta de funções.

Adoção do princípio da interferência Adoção do princípio da interferência funcionalfuncional

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOTEORIA DA SEPARAÇÃO DOS PODERESTEORIA DA SEPARAÇÃO DOS PODERES

Quantos poderes existem no nosso Quantos poderes existem no nosso país?país?Marçal Justem Filho ensina que Marçal Justem Filho ensina que hodiernamente, pode-se considerar hodiernamente, pode-se considerar que, no mínimo, o MP e o TC são que, no mínimo, o MP e o TC são poderes que deveriam compor a poderes que deveriam compor a estrutura da tripartição dos poderes, estrutura da tripartição dos poderes, pois possuem funções próprias, pois possuem funções próprias, inconfundíveis e privativas.inconfundíveis e privativas.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOCONCEITOCONCEITO

CRITÉRIO

UNITÁRIO CONJUGADO

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO UNITÁRIO:UNITÁRIO:Legalista;Legalista;Poder Executivo;Poder Executivo;Relação Jurídica;Relação Jurídica;Serviço Público;Serviço Público;Teleológico / Teleológico /

FinalísticoFinalísticoNegativista.Negativista.

NEGATIVISTANEGATIVISTA

DA= AL+AJ+DA= AL+AJ+AAAA

DA= AL+AJ+AA – (AL+AJ)DA= AL+AJ+AA – (AL+AJ)

DA= AL + AJ + AA - AL - AJDA= AL + AJ + AA - AL - AJ

DA= DA= ALAL + AJ+ AJ + AA + AA - AL- AL – AJ– AJ

DA = AADA = AA

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO

CONJUGADO:CONJUGADO:

A junção de duas ou mais correntes A junção de duas ou mais correntes relativas ao critério unitário.relativas ao critério unitário.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO

Conceito Sugerido:Conceito Sugerido:

““O conjunto harmônico de princípios O conjunto harmônico de princípios jurídicosjurídicos que regem os órgãos, os que regem os órgãos, os agentes e as agentes e as atividades públicasatividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os imediatamente os fins desejado pelo fins desejado pelo Estado”Estado”

Hely Lopes Meirelles.Hely Lopes Meirelles.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO InovaçãoInovação

“O direito administrativo é o conjunto de normas jurídicas de direito público que disciplinam as atividades administrativas necessárias à realização dos direitos fundamentais (liberdade, igualdade e fraternidade) e a organização e o funcionamento das estruturas estatais e não estatais encarregadas de seu desempenho”Marçal Justen Filho.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO

PRINCÍPIOS:PRINCÍPIOS:

““São mandamentos nucleares de um São mandamentos nucleares de um sistema, seu verdadeiro alicerce, sistema, seu verdadeiro alicerce, disposição fundamental que se disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas, irradia sobre diferentes normas, compondo-lhes o espírito e servindo compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata de critério para sua exata compreensão”compreensão”

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO

Grupos de Princípio:Grupos de Princípio:

a) Onivalentes;a) Onivalentes;

b) Plurivalentes;b) Plurivalentes;

c) Monovalentes.c) Monovalentes.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO

Função do Princípio:Função do Princípio:

a) Positiva;a) Positiva;

b) Negativa.b) Negativa.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO

Grau de hierarquia do princípio.Grau de hierarquia do princípio.

““O princípio é norma de hierarquia O princípio é norma de hierarquia superior à das regras, pois determina superior à das regras, pois determina o sentido e o alcance desta, que não o sentido e o alcance desta, que não pode contrariá-lo, sob pena de pôr pode contrariá-lo, sob pena de pôr em risco a globalidade do em risco a globalidade do ordenamento jurídico” Carlos Ari ordenamento jurídico” Carlos Ari Sundfeld.Sundfeld.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO

Princípios Informativos do Direito Princípios Informativos do Direito AdministrativoAdministrativo

Legalidade, impessoalidade, moralidade, Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência,publicidade, eficiência,

Supremacia do interesse público, Supremacia do interesse público, indisponibilidade dos interesses públicos, indisponibilidade dos interesses públicos,

Continuidade, autotutela, especialidade, Continuidade, autotutela, especialidade, presunção de legitimidade, ampla defesa, presunção de legitimidade, ampla defesa, contraditório, proporcionalidade, contraditório, proporcionalidade, razoabilidade...razoabilidade...

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO

Princípio da LegalidadePrincípio da Legalidade

Lei 4.717/65, Art. 2º, parágrafo Lei 4.717/65, Art. 2º, parágrafo único, alínea c:único, alínea c:

““a ilegalidade do objeto ocorre a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo”.outro ato normativo”.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVODimensões do P. LegalidadeDimensões do P. Legalidade

Celso Antônio B MelloCelso Antônio B Mello““a Administração nada a Administração nada pode fazer senão o que a pode fazer senão o que a lei determina”.lei determina”.

Diógenes GasparineDiógenes Gasparine““só pode fazer o que a lei só pode fazer o que a lei autoriza e, ainda assim, autoriza e, ainda assim, quando e como autoriza”.quando e como autoriza”.

Odete Medauar:Odete Medauar: 01) a Administração pode realizar todas as medidas e atos 01) a Administração pode realizar todas as medidas e atos que não sejam contrários à lei;que não sejam contrários à lei;

02) a Administração só pode editar atos ou medidas que uma 02) a Administração só pode editar atos ou medidas que uma norma autoriza;norma autoriza;

03) somente são permitidos atos cujo conteúdo seja 03) somente são permitidos atos cujo conteúdo seja conforme um esquema abstrato fixado por norma legislativa;conforme um esquema abstrato fixado por norma legislativa;

04) a Administração só pode realizar atos ou medidas que a 04) a Administração só pode realizar atos ou medidas que a lei ordena fazer.lei ordena fazer.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOExceção ao P. da LegalidadeExceção ao P. da Legalidade

1)1) Medida Provisória;Medida Provisória;

2)2) Estado de Defesa;Estado de Defesa;

3)3) Estado de Sítio.Estado de Sítio.

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DIREITO DMINISTRATIVODIREITO DMINISTRATIVOLEGALIDADELEGALIDADE

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO – LEIS NºS 8.212/95 E RECURSO EM SENTIDO ESTRITO – LEIS NºS 8.212/95 E 7.492/86 – SENTENÇA QUE JULGOU EXTINTA A PUNIBILIDADE 7.492/86 – SENTENÇA QUE JULGOU EXTINTA A PUNIBILIDADE PELO PAGAMENTO DE DÍVIDA PREVIDENCIÁRIA APÓS O PELO PAGAMENTO DE DÍVIDA PREVIDENCIÁRIA APÓS O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA – MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1571-RECEBIMENTO DA DENÚNCIA – MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1571-6/97 – 1 – Sentença de primeiro grau que aplicou, por 6/97 – 1 – Sentença de primeiro grau que aplicou, por analogia, o artigo 7º, § 7º, da Medida Provisória nº 1571-6/97, analogia, o artigo 7º, § 7º, da Medida Provisória nº 1571-6/97, declarando extinta a punibilidade dos delitos atribuídos aos declarando extinta a punibilidade dos delitos atribuídos aos acusados, por falta de justa causa para o prosseguimento da acusados, por falta de justa causa para o prosseguimento da persecução penal. 2 – É entendimento doutrinário e persecução penal. 2 – É entendimento doutrinário e jurisprudencial que, não obstante o caráter inconstitucional jurisprudencial que, não obstante o caráter inconstitucional das disposições penais contidas em Medida Provisória, tendo das disposições penais contidas em Medida Provisória, tendo em vista o princípio da legalidade (art. 1º, C.P.), deve-se abrir em vista o princípio da legalidade (art. 1º, C.P.), deve-se abrir exceção quando for ela benéfica ao acusado. 3 – Entretanto, exceção quando for ela benéfica ao acusado. 3 – Entretanto, tal benefício só pode ser concedido com relação a dívidas tal benefício só pode ser concedido com relação a dívidas pagas ou parceladas até 20.11.1997, já que a citada edição pagas ou parceladas até 20.11.1997, já que a citada edição daquela Medida Provisória não mais contemplou a aludida daquela Medida Provisória não mais contemplou a aludida suspensão. 4 – Recurso da Justiça Pública a que se nega suspensão. 4 – Recurso da Justiça Pública a que se nega provimento. (TRF 3ª R. – RCr 920 – SP – (98.03.020262-6) – 1ª provimento. (TRF 3ª R. – RCr 920 – SP – (98.03.020262-6) – 1ª T. – Rel. Juiz Oliveira Lima – DJU 27.10.1998 – p. 372) JCP.1T. – Rel. Juiz Oliveira Lima – DJU 27.10.1998 – p. 372) JCP.1

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOP. da ImpessoalidadeP. da Impessoalidade

Dimensões:Dimensões:

a)a) Finalidade Pública (Hely Lopes);Finalidade Pública (Hely Lopes);

b)b) Teoria do Órgão (José Afonso da Teoria do Órgão (José Afonso da Silva);Silva);

c)c) Igualdade ou Isonomia (Celso Igualdade ou Isonomia (Celso Antônio).Antônio).

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOP. da ImpessoalidadeP. da Impessoalidade

116011982 – ADMINISTRATIVO – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – 116011982 – ADMINISTRATIVO – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – CONTRATAÇÃO DE ADVOGADO COM FUNÇÕES DE CONTRATAÇÃO DE ADVOGADO COM FUNÇÕES DE PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO – LICITAÇÃO – PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO – LICITAÇÃO – DESOBEDIÊNCIA AO PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE – 1. DESOBEDIÊNCIA AO PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE – 1. Contratação do ex-Procurador Geral, vencedor do certame. Contratação do ex-Procurador Geral, vencedor do certame. Transmudação do cargo de Procurador Geral em advogado Transmudação do cargo de Procurador Geral em advogado de confiança no afã de permitir ao profissional o exercício de confiança no afã de permitir ao profissional o exercício simultâneo da função pública e do munus privado da simultâneo da função pública e do munus privado da advocacia. 2. O princípio da impessoalidade obsta que advocacia. 2. O princípio da impessoalidade obsta que critérios subjetivos ou anti-isonômico influam na escolha critérios subjetivos ou anti-isonômico influam na escolha dos exercentes dos cargos públicos; máxime porque dos exercentes dos cargos públicos; máxime porque dispõem os órgãos da Administração, via de regra, dos dispõem os órgãos da Administração, via de regra, dos denominados cargos de confiança, de preenchimento denominados cargos de confiança, de preenchimento insindicável. 3. A impessoalidade opera-se pro populo, insindicável. 3. A impessoalidade opera-se pro populo, impedindo discriminações, e contra o administrador, ao impedindo discriminações, e contra o administrador, ao vedar-lhe a contratação dirigida intuito personae. (STJ – vedar-lhe a contratação dirigida intuito personae. (STJ – RESP 403981 – RO – 1ª T. – Rel. Min. Luiz Fux – DJU RESP 403981 – RO – 1ª T. – Rel. Min. Luiz Fux – DJU 28.10.2002) JCPC.469 JCPC.472 JCPC.458 JCCB.152528.10.2002) JCPC.469 JCPC.472 JCPC.458 JCCB.1525

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOPrincípio da MoralidadePrincípio da Moralidade

MORAL

DIREITO

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO Quando a Moral administrativa é Quando a Moral administrativa é

quebrada?quebrada?

a)a) Quando o administrador gere mal o Quando o administrador gere mal o interesse público (Diogo de Figueiredo);interesse público (Diogo de Figueiredo);

b)b) Quando o administrador não age com Quando o administrador não age com lealdade e boa-fé (Celso Antônio);lealdade e boa-fé (Celso Antônio);

c)c) Quando ausente a figura do bom Quando ausente a figura do bom administrador (Hely Lopes);administrador (Hely Lopes);

d)d) Quando fere a moral comum (Francisco Quando fere a moral comum (Francisco Sobrinho).Sobrinho).

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOPUBLICIDADEPUBLICIDADE

““O governo do poder público em O governo do poder público em público” Bobbio.público” Bobbio.

A publicidade é elemento formativo do A publicidade é elemento formativo do ato?ato?

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOPUBLICIDADEPUBLICIDADE

Exceções:Exceções:

Segurança Nacional;Segurança Nacional;

Interesse Superior da Interesse Superior da Administração.Administração.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOEFICIÊNCIAEFICIÊNCIA

Conceito:Conceito:

É a busca constante de resultados É a busca constante de resultados práticos de agilidade, produtividade, práticos de agilidade, produtividade, continuidade, economicidade e continuidade, economicidade e desburocratização, a fim de não desburocratização, a fim de não desperdiçar o dinheiro público, desperdiçar o dinheiro público, buscando-se o lucro social.buscando-se o lucro social.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOEFICIÊNCIAEFICIÊNCIA

Planos de Eficiência (Onofre Alves)Planos de Eficiência (Onofre Alves)01) Individual;01) Individual;

02) atuação do órgão;02) atuação do órgão;

03) atuação das pessoas políticas;03) atuação das pessoas políticas;

04) global.04) global.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOEFICIÊNCIAEFICIÊNCIA

Constituição Federal.Constituição Federal.

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.virtude de concurso público.

§ 1º. O servidor público estável só perderá o cargo:§ 1º. O servidor público estável só perderá o cargo:

III - mediante procedimento de avaliação periódica de III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.ampla defesa.

§ 4º. Como condição para a aquisição da estabilidade, é § 4º. Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.comissão instituída para essa finalidade.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOEFICIÊNCIAEFICIÊNCIA

Constituição FederalConstituição FederalArt.37, Art.37, § 8º. A autonomia gerencial, orçamentária § 8º. A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a público, que tenha por objeto a fixação de fixação de metas de desempenho para o órgãometas de desempenho para o órgão ou ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:entidade, cabendo à lei dispor sobre:

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO

Constituição FederalConstituição Federal

Art. 37. A administração pública Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:e, também, ao seguinte:

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOSUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICOSUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO

Conceito:Conceito: Conseqüências da incidência do Conseqüências da incidência do

princípio:princípio:

a) privilégio;a) privilégio;

b) supremacia.b) supremacia.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOSUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICOSUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO

““O conjunto harmônico de O conjunto harmônico de princípios jurídicos que princípios jurídicos que regem os órgãos, os regem os órgãos, os agentes e as atividades agentes e as atividades públicas tendentes a públicas tendentes a realizar concreta, direta e realizar concreta, direta e imediatamente os fins imediatamente os fins desejado pelo Estado”desejado pelo Estado”

Hely Lopes Meirelles.Hely Lopes Meirelles.

“O direito administrativo é o conjunto de normas jurídicas de direito público que disciplinam as atividades administrativas necessárias à realização dos direitos fundamentais e a organização e o funcionamento das estruturas estatais e não estatais encarregadas de seu desempenho”Marçal Justen Filho.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOSUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICOSUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO

Questionamentos:Questionamentos:01) Os direitos fundamentais são 01) Os direitos fundamentais são

conseqüências do interesse público?conseqüências do interesse público?

02) Se a diretriz primeira da AP é a 02) Se a diretriz primeira da AP é a democracia e o respeito aos direitos democracia e o respeito aos direitos fundamentais - onde estará o fundamentais - onde estará o interesse público senão na fonte do interesse público senão na fonte do sistema democrático e dos direitos sistema democrático e dos direitos fundamentais?fundamentais?

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOINDISPONIBILIDADE DOS INTERESSES PÚBLICOSINDISPONIBILIDADE DOS INTERESSES PÚBLICOS

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – ENTE PÚBLICO – Em se tratando de LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – ENTE PÚBLICO – Em se tratando de pessoa jurídica de direito público, a questão da defesa da pessoa jurídica de direito público, a questão da defesa da boa fé processual também deve ser vista sob outros boa fé processual também deve ser vista sob outros enfoques, como os enfoques, como os

princípios da defesa dos interesses princípios da defesa dos interesses públicos, da indisponibilidade dos recursos públicos, da indisponibilidade dos recursos públicos, da defesa dos direitos dos públicos, da defesa dos direitos dos contribuintes, pelo que não é recomendável contribuintes, pelo que não é recomendável punir o ente público, ainda que apresente punir o ente público, ainda que apresente mecanismo de defesa julgado mecanismo de defesa julgado improcedente, improcedente, como é o caso dos embargos à execução em exame. Deve como é o caso dos embargos à execução em exame. Deve ser reformada a r. sentença recorrida, para excluir da ser reformada a r. sentença recorrida, para excluir da condenação a litigância de má-fé e as sanções pecuniárias condenação a litigância de má-fé e as sanções pecuniárias correspondentes. (TRT 8ª R. – AP 5826/2002 – 2ª T. – Relª correspondentes. (TRT 8ª R. – AP 5826/2002 – 2ª T. – Relª Juíza Elizabeth Fátima Martins Newman – J. 29.01.2003)Juíza Elizabeth Fátima Martins Newman – J. 29.01.2003)

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO EXECUÇÃO FISCAL – ADESÃO AO REFIS – HIPÓTESE EXECUÇÃO FISCAL – ADESÃO AO REFIS – HIPÓTESE

DE SUSPENSÃO DO FEITO, DESDE QUE GARANTIDO – DE SUSPENSÃO DO FEITO, DESDE QUE GARANTIDO – A simples adesão do contribuinte, ao Plano de A simples adesão do contribuinte, ao Plano de Recuperação Fiscal (REFIS), não pode vir, em Recuperação Fiscal (REFIS), não pode vir, em desfavor da Fazenda, que tem sua atuação assentada desfavor da Fazenda, que tem sua atuação assentada no no Princípio da Indisponibilidade dos Princípio da Indisponibilidade dos Interesses Públicos, e no Princípio da Interesses Públicos, e no Princípio da Soberania dos Interesses Públicos sobre Soberania dos Interesses Públicos sobre os Particularesos Particulares. Após a garantia do Juízo da . Após a garantia do Juízo da Execução Fiscal, pela constrição, cabe a suspensão Execução Fiscal, pela constrição, cabe a suspensão do feito, como conseqüência da opção do do feito, como conseqüência da opção do contribuinte, pela moratória individual. Sentença de contribuinte, pela moratória individual. Sentença de Extinção do feito, por perda do objeto, reformada. Extinção do feito, por perda do objeto, reformada. Remessa Oficial e Apelação da Exeqüente conhecidas Remessa Oficial e Apelação da Exeqüente conhecidas e providas. (TRF 4ª R. – AC 2000.04.01.109682-2 – RS e providas. (TRF 4ª R. – AC 2000.04.01.109682-2 – RS – 1ª T. – Relª Juíza Maria Isabel Pezzi Klein – DJU – 1ª T. – Relª Juíza Maria Isabel Pezzi Klein – DJU 26.09.2001 – p. 1436)26.09.2001 – p. 1436)

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOCONTINUIDADECONTINUIDADE

16155658 – AGRAVO REGIMENTAL CONTRA 16155658 – AGRAVO REGIMENTAL CONTRA LIMINAR QUE DETERMINOU A EMPRESA LIMINAR QUE DETERMINOU A EMPRESA CONCESSIONÁRIA A CONTINUAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA A CONTINUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE FORNECIMENTO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA – CONSUMIDOR, IN CASU, O ENERGIA ELÉTRICA – CONSUMIDOR, IN CASU, O MUNICÍPIO QUE REPASSA A ENERGIA RECEBIDA MUNICÍPIO QUE REPASSA A ENERGIA RECEBIDA AOS USUÁRIOS DE SERVIÇOS ESSÊNCIAIS – AOS USUÁRIOS DE SERVIÇOS ESSÊNCIAIS – Consoante jurisprudência iterativa do E. STJ. A Consoante jurisprudência iterativa do E. STJ. A energia é um bem essencial à população, energia é um bem essencial à população, constituindo-se serviço público indispensável, constituindo-se serviço público indispensável, subordinado ao princípio da continuidade de sua subordinado ao princípio da continuidade de sua prestação, pelo que se torna impossível a sua prestação, pelo que se torna impossível a sua interrupção. (STJ – AGRMC . 3982 – AC – 1ª T. – interrupção. (STJ – AGRMC . 3982 – AC – 1ª T. – Rel. Min. Luiz Fux – DJU 25.03.2002)Rel. Min. Luiz Fux – DJU 25.03.2002)

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOCONTINUIDADECONTINUIDADE

133041190 – PROCESSO CIVIL – AGRAVO DE 133041190 – PROCESSO CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – SERVIÇOS DE TELEFONIA INSTRUMENTO – SERVIÇOS DE TELEFONIA CORTADOS – 18ª CIRCUNSCRIÇÃO MILTAR DE CORTADOS – 18ª CIRCUNSCRIÇÃO MILTAR DE SERVIÇO MILITAR, EM ILHÉUS – PRINCÍPIO DA SERVIÇO MILITAR, EM ILHÉUS – PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS – É deveras lastimável que a União Federal não – É deveras lastimável que a União Federal não honre seus compromissos. É partidária do lema honre seus compromissos. É partidária do lema dos maus pagadores: "Devo, não nego, pagarei dos maus pagadores: "Devo, não nego, pagarei quando puder" ou "pagarei quando bem quando puder" ou "pagarei quando bem entender". Mas, os serviços administrativos, na entender". Mas, os serviços administrativos, na hipótese, serviços de telefonia, não podem ser hipótese, serviços de telefonia, não podem ser suspensos, tendo em vista que prejudicado é o suspensos, tendo em vista que prejudicado é o cidadão. É o princípio da continuidade. (TRF 1ª R. cidadão. É o princípio da continuidade. (TRF 1ª R. – AG 01000269810 – BA – 2ª T. – Rel. Des. Fed. – AG 01000269810 – BA – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Tourinho Neto – DJU 16.12.2002 – p. 88)Tourinho Neto – DJU 16.12.2002 – p. 88)

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOCONTINUIDADECONTINUIDADE

Conclusão:Conclusão:exige a permanência das atividades exige a permanência das atividades administrativas, não permitindo a administrativas, não permitindo a interrupção das atividades do interrupção das atividades do Estado, pois o interesse da Estado, pois o interesse da coletividade não pode ser coletividade não pode ser prejudicado.prejudicado.

““Os serviços públicos não podem Os serviços públicos não podem parar, porque não param os anseios parar, porque não param os anseios da coletividade” Diógenes Gasparine.da coletividade” Diógenes Gasparine.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOAUTOTUTELAAUTOTUTELA

SÚMULA 473 (STF) - A administração SÚMULA 473 (STF) - A administração pode anular seus próprios atos, pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.os casos, a apreciação judicial.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOPRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADEPRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE

133038536 – EXECUÇÃO FISCAL – COMPROVAÇÃO DO DIREITO DE 133038536 – EXECUÇÃO FISCAL – COMPROVAÇÃO DO DIREITO DE DEFESA ADMINISTRATIVA – DESNECESSIDADE – PRESUNÇÃO DE DEFESA ADMINISTRATIVA – DESNECESSIDADE – PRESUNÇÃO DE CERTEZA E LIQUIDEZ DA CDA – 1. Não se tem por CERTEZA E LIQUIDEZ DA CDA – 1. Não se tem por desfundamentada a decisão que, apesar de concisa, externa os desfundamentada a decisão que, apesar de concisa, externa os fundamentos ensejadores do não conhecimento do recurso. 2. A fundamentos ensejadores do não conhecimento do recurso. 2. A comprovação do direito de defesa do executado na esfera comprovação do direito de defesa do executado na esfera administrativa não se insere no rol previsto no art. 2º, §§ 5º e 6º administrativa não se insere no rol previsto no art. 2º, §§ 5º e 6º da Lei nº 6.830/80, não sendo, portanto, elemento obrigatório de da Lei nº 6.830/80, não sendo, portanto, elemento obrigatório de constituição da Certidão da Dívida Ativa. 3. A inscrição da dívida constituição da Certidão da Dívida Ativa. 3. A inscrição da dívida ativa constitui-se num ato de controle administrativo da ativa constitui-se num ato de controle administrativo da legalidade, com vistas a apurar a liquidez e certeza do crédito, legalidade, com vistas a apurar a liquidez e certeza do crédito, bem assim a certificar o esgotamento das oportunidades bem assim a certificar o esgotamento das oportunidades administrativas disponibilizadas ao contribuinte, destinadas à administrativas disponibilizadas ao contribuinte, destinadas à discussão do lançamento. 4. discussão do lançamento. 4. A presunção de legitimidadeA presunção de legitimidade atribuída à CDA harmoniza-se com a própria finalidade do regime atribuída à CDA harmoniza-se com a própria finalidade do regime instituído pela Lei nº 6.830/80, que é justamente conferir instituído pela Lei nº 6.830/80, que é justamente conferir celeridade à cobrança de créditos devidos à Administração. 5. celeridade à cobrança de créditos devidos à Administração. 5. Apelação provida. Remessa prejudicada. (TRF 1ª R. – AC Apelação provida. Remessa prejudicada. (TRF 1ª R. – AC 38000179874 – MG – 6ª T. – Relª Desª Fed. Maria do Carmo 38000179874 – MG – 6ª T. – Relª Desª Fed. Maria do Carmo Cardoso – DJU 04.12.2002 – p. 30) JLEF.2 JLEF.2.5 Cardoso – DJU 04.12.2002 – p. 30) JLEF.2 JLEF.2.5

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOESPECIALIDADEESPECIALIDADE

Constituição FederalConstituição Federal

Art.37, inciso XIX - somente por lei Art.37, inciso XIX - somente por lei específica poderá ser criada específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua último caso, definir as áreas de sua atuação;atuação;

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOESPECIALIDADEESPECIALIDADE

Cobra das entidades estatais o Cobra das entidades estatais o cumprimento dos objetivos para os cumprimento dos objetivos para os quais foram constituídas, não quais foram constituídas, não permitido o abandono, a alteração ou permitido o abandono, a alteração ou a modificação desses objetivos.a modificação desses objetivos.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOAMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIOAMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO

Constituição FederalConstituição Federal

Art. 5º, inciso LV - aos litigantes, em Art. 5º, inciso LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;ela inerentes;

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOAMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIOAMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL – MANDADO DE SEGURANÇA – ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL – MANDADO DE SEGURANÇA – POLICIAL MILITAR – LICENCIAMENTO EX-OFFICIO – INOBSERVÂNCIA POLICIAL MILITAR – LICENCIAMENTO EX-OFFICIO – INOBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO – AOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO – CERCEAMENTO DE DEFESA – SEGURANÇA CONCEDIDA – DECISÃO CERCEAMENTO DE DEFESA – SEGURANÇA CONCEDIDA – DECISÃO UNÂNIME – Atualmente, a Constituição Federal exige, em processos UNÂNIME – Atualmente, a Constituição Federal exige, em processos administrativos ou judiciais contenciosos, a obediência a 02 (dois) administrativos ou judiciais contenciosos, a obediência a 02 (dois) princípios, quais sejam, o princípio da ampla defesa e o princípio do princípios, quais sejam, o princípio da ampla defesa e o princípio do contraditório, materializados na bilateralidade da audiência. A nossa contraditório, materializados na bilateralidade da audiência. A nossa Carta Magna elegeu tais princípios como imperativos, inserindo-os Carta Magna elegeu tais princípios como imperativos, inserindo-os dentre os direitos e garantias fundamentais (Título II), afastando, dentre os direitos e garantias fundamentais (Título II), afastando, inclusive, qualquer possibilidade de excepcioná-los por força de inclusive, qualquer possibilidade de excepcioná-los por força de legislação ordinária, ou de aboli-los mediante proposta de Emenda legislação ordinária, ou de aboli-los mediante proposta de Emenda Constitucional (art. 60, § 4°, IV, da CF/88). Não há, pois, em termos Constitucional (art. 60, § 4°, IV, da CF/88). Não há, pois, em termos constitucionais, procedimento válido se não existir igualdade entre as constitucionais, procedimento válido se não existir igualdade entre as partes, o devido processo legal e a possibilidade da ampla defesa. Ato partes, o devido processo legal e a possibilidade da ampla defesa. Ato de licenciamento sem que o Comando tenha instaurado processo de licenciamento sem que o Comando tenha instaurado processo sumário de sindicância ou processo administrativo disciplinar, em que sumário de sindicância ou processo administrativo disciplinar, em que se facultasse ao acusado o direito de defesa. A inexistência desse ato se facultasse ao acusado o direito de defesa. A inexistência desse ato preparatório, que deve servir de base para o ato de licenciamento, preparatório, que deve servir de base para o ato de licenciamento, acarreta a nulidade do mesmo. Concessão da segurança. Decisão acarreta a nulidade do mesmo. Concessão da segurança. Decisão unânime." (TJPE – MS 60547-6 – Rel. Des. Jones Figueirêdo – DJPE unânime." (TJPE – MS 60547-6 – Rel. Des. Jones Figueirêdo – DJPE 26.03.2002 – p. 57).26.03.2002 – p. 57).

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVOPROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADEPROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE

Odete Medauar adota o entendimento de Odete Medauar adota o entendimento de que os princípios da proporcionalidade e que os princípios da proporcionalidade e razoabilidade são englobados em um único razoabilidade são englobados em um único núcleo, ou seja, a proporcionalidade cobra núcleo, ou seja, a proporcionalidade cobra da Administração que seus atos sejam da Administração que seus atos sejam praticados na medida exata para atender ao praticados na medida exata para atender ao interesse público, segundo a coerência interesse público, segundo a coerência lógica.lógica.Proporcionalidade > amplitude ou Proporcionalidade > amplitude ou intensidade nas medidas adotadas.intensidade nas medidas adotadas.Razoabilidade > coerência lógica nas Razoabilidade > coerência lógica nas decisões e medidas administrativas.decisões e medidas administrativas.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO

Qual a melhor forma de solucionar Qual a melhor forma de solucionar questões que apresentam conflitos questões que apresentam conflitos de princípios?de princípios?

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVODIGNIDADE HUMANADIGNIDADE HUMANA

Constituição FederalConstituição Federal

Art. 1º. A República Federativa do Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:como fundamentos:

III - a dignidade da pessoa humana;III - a dignidade da pessoa humana;

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVODIGNIDADE HUMANADIGNIDADE HUMANA

Dupla Concepção (Alexandre de Dupla Concepção (Alexandre de Moraes)Moraes)

1)1) Um direito individual protetivo;Um direito individual protetivo;

2)2) Um dever de tratamento igualitário Um dever de tratamento igualitário dos próprios semelhantes.dos próprios semelhantes.

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVODIGNIDADE HUMANADIGNIDADE HUMANA

Importância desse princípio.Importância desse princípio.

““Todo sistema jurídico desenvolve-se a Todo sistema jurídico desenvolve-se a partir do princípio da dignidade da partir do princípio da dignidade da pessoa humana; somente adquire pessoa humana; somente adquire sentido e se torna compreensível em sentido e se torna compreensível em virtude dele. Ele não apenas está virtude dele. Ele não apenas está acima dos demais princípios, está acima dos demais princípios, está antes deles”.(Marçal Filho)antes deles”.(Marçal Filho)

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DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVODIGNIDADE HUMANADIGNIDADE HUMANA

Os romanos adotavam a concepção Os romanos adotavam a concepção desse fundamento, através de três desse fundamento, através de três princípios:princípios:

1)1) Viver honestamente;Viver honestamente;

2)2) Não prejudicar ninguém;Não prejudicar ninguém;

3)3) Dê a cada um o que lhe é devido.Dê a cada um o que lhe é devido.