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Inspetor de Polícia Direito Administrativo Prof. Mateus Silveira

Direito Administrativo Prof. Mateus Silveira · assim como outras infrações cuja prática te-nha repercussão interestadual ou interna- ... Secretaria da Justiça e da Segurança,

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Inspetor de Polícia

Direito Administrativo

Prof. Mateus Silveira

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Direito Administrativo

Professor Mateus Silveira

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Edital

DIREITO ADMINISTRATIVO: Lei estadual nº 7.366/80 (Estatuto dos Servidores da Polícia Civil). Organização básica da Polícia Civil (Lei estadual nº 10.994/1997).

BANCA: FDRH

CARGO: Inspetor de Polícia

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Sumário

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

LEI Nº 10.994, DE 18 DE AGOSTO DE 1997 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

LEI Nº 7.366, DE 29 DE MARÇO DE 1980 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

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Direito Administrativo

INTRODUÇÃO AO TEMA DA POLÍCIA CIVIL

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

CAPÍTULO IIIDA SEGURANÇA PÚBLICA

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da inco-lumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I – polícia federal;

II – polícia rodoviária federal;

III – polícia ferroviária federal;

IV – polícias civis;

V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.

§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, desti-na-se a: (“Caput” do parágrafo com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I – apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática te-nha repercussão interestadual ou interna-cional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;

II – prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contraban-do e o descaminho, sem prejuízo da ação

fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;

III – exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

IV – exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão per-manente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. (Parágrafo com reda-ção dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão per-manente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. (Parágrafo com reda-ção dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalva-da a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.

§ 5º Às polícias militares cabem a polícia os-tensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.

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§ 6º As polícias militares e corpos de bom-beiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territó-rios.

§ 7º A lei disciplinará a organização e o fun-cionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.

§ 8º Os Municípios poderão constituir guar-das municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art.

39. (Parágrafo acrescido pela Emenda Cons-titucional nº 19, de 1998)

§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolu-midade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:

I – compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras ati-vidades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana efi-ciente; e

II – compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos res-pectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. (Parágrafo acres-cido pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

TÍTULO IV

Da Ordem Pública

CAPÍTULO IDA SEGURANÇA PÚBLICA

Seção IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 124. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública, das prer-rogativas da cidadania, da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I – Brigada Militar;

II – Polícia Civil;

III – Instituto-Geral de Perícias. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 16/07/97) (Vide ADI nº 2827/STF)

IV – Corpo de Bombeiros Militar. (Incluí-do pela Emenda Constitucional nº 67, de 17/06/14)

Art. 125. A lei disciplinará a organização e o fun-cionamento dos órgãos responsáveis pela se-gurança pública, de maneira a assegurar-lhes a eficiência das atividades.

Parágrafo único. O Estado só poderá operar serviços de informações que se refiram ex-clusivamente ao que a lei defina como de-linqüência.

Art. 126. A sociedade participará, através dos Conselhos de Defesa e Segurança da Comunida-de, no encaminhamento e solução dos proble-mas atinentes à segurança pública, na forma da lei.

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Art. 127. O policial civil ou militar, o bombeiro militar, e os integrantes dos quadros dos servi-dores penitenciários e do Instituto-Geral de Pe-rícias, quando feridos em serviço, terão direito ao custeio integral, pelo Estado, das despesas médicas, hospitalares e de reabilitação para o exercício de atividades que lhes garantam a sub-sistência. (Redação dada pela Emenda Constitu-cional nº 67, de 17/06/14)

Parágrafo único. Lei Complementar dis-porá sobre a promoção extraordinária do servidor integrante dos quadros da Polícia Civil, do Instituto-Geral de Perícias e dos serviços penitenciários que morrer ou fi-car permanentemente inválido em virtude de lesão sofrida em serviço, bem como, na mesma situação, praticar ato de bravura. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 16/07/97) (Vide Lei Complementar nº 11.000/97) (Vide ADI nº 2827/STF)

Art. 128. Os Municípios poderão constituir:

I – guardas municipais destinadas à prote-ção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei;

II – serviços civis e auxiliares de combate ao fogo, de prevenção de incêndios e de ativi-dades de defesa civil.

Seção IIIDA POLÍCIA CIVIL

Art. 133. À Polícia Civil, dirigida pelo Chefe de Polícia, delegado de carreira da mais elevada classe, de livre escolha, nomeação e exoneração pelo Governador do Estado, incumbem, ressal-vada a competência da União, as funções de po-lícia judiciária e a apuração das infrações penais, exceto as militares.

Parágrafo único. São autoridades policiais os Delegados de Polícia de carreira, cargos privativos de bacharéis em Direito.

Art. 134. A organização, garantias, direitos e de-veres do pessoal da Polícia Civil serão definidos em lei complementar e terão por princípios a hierarquia e a disciplina.

Parágrafo único. O recrutamento, a seleção, a formação, o aperfeiçoamento e a especia-lização do pessoal da Polícia Civil competem à Academia de Polícia Civil.

Art. 135. São assegurados aos Delegados de Po-lícia de carreira vencimentos de conformidade com os arts. 135 e 241 da Constituição Federal.

LEGISLAÇÃO ADMINISTRATIVA ESTADUAL – RS

LEI Nº 10.994, DE 18 DE AGOSTO DE 1997(atualizada até a Lei nº 14.768, de 23 de novembro de 2015)

Estabelece organização básica da Polícia Civil, dispõe sobre sua regulamentação e dá outras providências.

Art. 1º A organização básica da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Segurança, reger-se-á segundo a presente Lei.

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 2º À Polícia Civil, instituição permanente do Estado, incumbe o exercício, com exclusividade, das funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.

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Art. 3º Constitui requisito básico para ingres-so aos cargos de Inspetor de Polícia e Escrivão de Polícia do Quadro de Pessoal da Polícia Ci-vil, o diploma de nível superior, sendo o cargo de Comissário de Polícia o final de carreira de ambas as categorias. (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

§ 1º O Comissário de Polícia poderá res-ponder pelo expediente administrativo de Delegacia de Polícia de lª categoria, sendo vedada a prática de atos privativos de Dele-gado de Polícia. (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

§ 2º Lei específica disporá sobre a gratifica-ção devida pela função disposta no § l°. (Re-dação dada pela Lei nº 12.102/04)

Art. 4º Compete à Polícia Civil:

I – exercer as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares;

II – determinar a realização de exames peri-ciais, providenciando a adoção de medidas cautelares, visando a colher e a resguardar indícios ou provas da ocorrência de infra-ções penais ou a assegurar a execução judi-cial;

III – praticar os atos necessários para asse-gurar a apuração de infrações penais, inclu-sive a representação e o cumprimento de mandado de prisão, a realização de diligên-cias requisitadas pelo Poder Judiciário ou pelo Ministério Público nos autos do inqué-rito policial e o fornecimento de informa-ções para a instrução processual;

IV – zelar pela ordem e segurança pública, promovendo ou participando de medidas de proteção à sociedade e ao indivíduo;

V – colaborar para a convivência harmôni-ca da sociedade, respeitando a dignidade da pessoa humana e protegendo os direitos coletivos e individuais;

VI – adotar as providências necessárias para evitar perigo ou lesões às pessoas e danos aos bens públicos ou particulares; e

VII – organizar, executar e manter serviços de registro, cadastro, controle e fiscalização de armas, munições e explosivos, e expedir licença para as respectivas aquisições e por-tes, na forma da legislação pertinente;

VIII – exercer outros encargos pertinentes ao melhor desempenho da ação policial. (Incluído pela Lei nº 12.102/04)

Art. 5º São símbolos oficiais da Polícia Civil: o Hino, a Bandeira, o Brasão, o Distintivo ou outro capaz de identificar o órgão, conforme modelos estabelecidos por ato do Chefe do Poder Execu-tivo.

Art. 6º Fica estabelecida a data de 3 (três) de dezembro como o dia da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, sendo patrono do órgão o Delegado de Polícia Plínio Brasil Milano.

Art. 7º São princípios da Polícia Civil: I – a uni-dade de procedimento; II – a hierarquia; e III – a disciplina.

Art. 8º O inquérito policial, presidido exclusiva-mente por Delegado de Polícia, é o instrumento investigatório que reúne a comprovação crono-lógica de diligências destinadas à apuração de infração penal, suas circunstâncias e autoria.

§ 1º Os atos de Polícia Judiciária e as di-ligências de investigação policial serão precedidas de Portaria ou Ordem de Ser-viço, respectivamente expedida pela Auto-ridade Policial. (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

§ 2º O Agente Policial responsável pelo cumprimento de diligência de investigação, após sua conclusão, total ou parcial, fará Relatório circunstanciado dos fatos. (Reda-ção dada pela Lei nº 12.102/04)

§ 3º A Portaria, a Ordem de Serviço e os Re-latórios respectivos, serão juntados ao fei-to policial correspondente. (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

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CAPÍTULO IIDA ORGANIZAÇÃO BÁSICA

Art. 9º A Polícia Civil tem a sua organização bási-ca institucionalizada nos seguintes órgãos:

I – órgãos de direção superior:

a) Chefe de Polícia;

b) Subchefe de Polícia; e

c) Corregedoria-Geral – COGEPOL.

II – órgãos de assistência e assessoramen-to, vinculados ao Chefe de Polícia: (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

a) Gabinete do Chefe de Polícia – GCP; (Re-dação dada pela Lei nº 12.102/04)

b) Gabinete de Inteligência e Assuntos Es-tratégicos – GIE; (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

III – órgãos colegiados:

a) Conselho de Administração Superior – CAS; e

b) Conselho Superior de Polícia – CSP.

IV – órgãos de execução regionalizada, vin-culados ao Chefe de Polícia:

a) Departamento de Polícia Metropolitana – DPM; e

b) Departamento de Polícia do Interior – DPI.

V – órgãos de execução especializada, vin-culados ao Chefe de Polícia:

a) Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa – DHPP –; (Redação dada pela Lei nº 14.273/13)

b) Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico – DENARC;

c) Departamento Estadual de Investigações Criminais – DEIC;

d) Departamento Estadual da Criança e do Adolescente – DECA; e

e) VETADO

VI – órgãos de execução direta, vinculados aos órgãos de execução regionalizada ou es-pecializada:

a) Delegacias de Polícia Regionais – DPR; (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

b) Delegacias de Polícia Especializada, Dele-gacias de Polícia Distritais – DPD e Delega-cias de Polícia – DP; e

c) Delegacias de Polícia de Pronto Atendi-mento – DPPA; (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

VII – órgãos de Apoio Administrativo e de Recursos Humanos, vinculados ao Chefe de Polícia:

a) Academia de Polícia Civil – ACADEPOL;

b) Departamento de Administração Policial – DAP;

c) Departamento de Tecnologia da Informa-ção Policial – DTIP. (Redação dada pela Lei nº 14.768/15)

§ 1º VETADO

§ 2º Os cargos de Subchefe de Polícia, Vice Presidente do Conselho Superior de Polícia, Corregedor-Geral de Polícia e Diretores dos Departamentos e da Academia de Polícia são privativos de Delegados de Polícia de classe final da carreira. (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

§ 3º As Divisões, Subdivisões, Serviços, Se-ções e órgãos do mesmo nível serão pre-vistos no regimento interno da Polícia Civil. (Incluído pela Lei nº 12.102/04)

Seção I DOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO SUPERIOR

Art. 10. Ao Chefe de Polícia, Delegado de Polícia da classe final da carreira, indicado pelo Secre-

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tário de Estado da Justiça e da Segurança e no-meado pelo Chefe do Poder Executivo, compete dirigir as atividades da Polícia Civil, bem como exercer a sua representação, e:

I – auxiliar, imediata e diretamente, o Secre-tário de Estado da Justiça e da Segurança;

II – planejar, padronizar, supervisionar, co-ordenar, executar, fiscalizar e controlar as atividades da Polícia Civil e zelar pela obser-vância de seus princípios;

III – avocar, excepcionalmente e com fun-damento, inquéritos policiais, para exame e redistribuição;

IV – apreciar em grau de recurso, o indefe-rimento de pedido de instauração de inqué-rito policial;

V – submeter ao Conselho de Administra-ção Superior e ao Conselho Superior de Po-lícia os assuntos que entender pertinentes;

VI – encaminhar ao Secretário de Estado da Justiça e da Segurança a proposta de orça-mento da Polícia Civil;

VII – decidir e firmar os atos de remoção de policiais civis, no âmbito da Polícia Civil;

VIII – propor atos de promoção e de demis-são de policiais civis, na forma da Lei;

IX – indicar ao Secretário de Estado da Jus-tiça e da Segurança os servidores da Polícia Civil para ocupar funções gratificadas ou cargos em comissão lotados na Polícia Civil; e

X – praticar os demais atos necessários à eficaz administração da Polícia Civil, nos ter-mos da legislação vigente.

Art. 11. O Subchefe de Polícia, Delegado de Po-lícia da classe final da carreira, indicado pelo Secretário de Estado da Justiça e da Segurança, ouvido o Chefe de Polícia, e nomeado pelo Go-vernador do Estado, é o substituto do Chefe de Polícia em suas ausências e impedimentos even-tuais, competindo-lhe igualmente as funções de

assessorá-lo no cumprimento das atividades de direção da Polícia Civil.

Art. 12. A Corregedoria-Geral de Polícia exerce o controle interno da atividade policial, compe-tindo-lhe:

I – promover a apuração das infrações pe-nais e transgressões disciplinares atribuídas a servidores da Polícia Civil, podendo aplicar sanções administrativas correspondentes às transgressões disciplinares por ela apura-das; (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

II – proceder a inspeções administrativas nos órgãos da Polícia Civil;

III – realizar correições, em caráter perma-nente e extraordinário, nos procedimentos penais e administrativos de competência da Polícia Civil; e

IV – supervisionar e orientar os procedimen-tos de polícia judiciária, baixando provimen-tos e instruções visando ao aprimoramento dos serviços policiai, com manifestação pré-via do Conselho de Administração Superior e aprovado pelo Chefe de Polícia. (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

§ 1º Fica assegurada a legitimidade das au-toridades policiais lotadas nos mais diversos órgãos da Polícia Civil para conhecerem das infrações penais e disciplinares verificadas nas suas áreas de atuação, devendo apli-car, quando for o caso, penalidades de sua competência prevista no artigo 94 da Lei nº 7.366, de 29 de março de 1980. (Incluído pela Lei nº 12.102/04)

§ 2º Fica ressalvada, no que dispõe o pará-grafo anterior, a competência originária da Corregedoria-Geral de Polícia que poderá avocar o feito instaurado. (Incluído pela Lei nº 12.102/04)

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Seção II (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

DOS ÓRGÃOS DE ASSISTÊNCIA E ASSESSORAMENTO

(Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

Art. 13. Os Órgãos de Assistência e Assessora-mento exercem suas funções junto ao Chefe de Polícia, sendo que: (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

I – ao Gabinete do Chefe de Polícia compe-te prestar-lhe assessoramento e assistência em assuntos de administração interna, ser-viços de recepção e telecomunicações, ju-rídicos, de planejamento, técnico-policiais, de informações especiais, de comunicação social e relações comunitárias e institucio-nais; (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

II – ao Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos compete prestar assessora-mento aos órgãos operacionais em matéria de inteligência policial. (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

Seção III DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

Art. 14. O Conselho de Administração Superior é composto pelo Chefe de Polícia, que o presidi-rá, e pelos titulares de todos os Departamentos e órgãos do mesmo nível, tendo por competên-cia assessorar a Chefia de Polícia no exercício de suas atribuições, bem como deliberar sobre as-suntos que lhe forem encaminhados, especial-mente no que se refere a: (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

I – aprovar atos normativos que definam a atuação da Polícia Civil;

II – propor medidas de aprimoramento téc-nico, visando ao desenvolvimento e à efici-ência da Organização Policial Civil;

III – examinar e avaliar as propostas dos ór-gãos da Polícia Civil, em função dos planos e

programas de trabalho previstos para cada exercício financeiro;

IV – analisar e avaliar programas e projetos referentes ao efetivo policial, à aquisição de materiais e equipamentos e às obras civis;

V – opinar sobre proposições ao Poder Exe-cutivo referentes à criação, modificação ou extinção de cargos ou de órgãos na Polícia Civil; e

VI – zelar pelos princípios, funções, objeti-vos institucionais permanentes e pela dou-trina de procedimentos da Polícia Civil.

§ 1º O Conselho de Administração Superior aprovará regimento interno específico so-bre o funcionamento desse órgão colegia-do. (Incluído pela Lei nº 12.102/04)

§ 2º O quórum mínimo de reunião será de 2/3 (dois terços) de seus membros e das de-liberações serão expedidas resoluções assi-nadas pelo Presidente e secretário do Órgão Colegiado. (Incluído pela Lei nº 12.102/04)

Art. 15. O Conselho Superior de Polícia será constituído pelos seguintes membros e respec-tivos suplentes:

I – Chefe de Polícia, que o presidirá; (Reda-ção dada pela Lei nº 14.649/14)

II – 1 (um/uma) representante do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Bra-sil; (Redação dada pela Lei nº 14.649/14)

III – 1 (um/uma) representante da Procu-radoria-Geral do Estado; e (Redação dada pela Lei nº 14.649/14)

IV – 6 (seis) titulares de cargo de Delegado de Polícia de última classe. (Redação dada pela Lei nº 14.649/14)

§ 1º Nos seus impedimentos e ausências, o Presidente do Conselho será substituído pelo Vice-Presidente, indicado pelo Chefe de Polícia, ouvido o Secretário de Estado da Justiça e da Segurança e nomeado pelo Chefe do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

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§ 2.º Os membros, titulares e suplentes do Conselho, referidos nos incisos II a IV deste artigo, serão designados por ato da Chefia do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei nº 14.649/14)

§ 3°- VETADO (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

§ 4º O mandato do Vice-Presidente e dos Conselheiros, titulares e suplentes será de 2 (dois) anos, admitida a recondução. (Reda-ção dada pela Lei nº 12.102/04)

§ 5º O Conselho Superior de Polícia pode-rá se organizar em câmaras julgadoras, cuja constituição e funcionamento será disposto em regimento interno específico, aprovado pelo Plenário, desde que seja observado na sua composição e designação de Delegados de Polícia da classe final da carreira. (Reda-ção dada pela Lei nº 12.102/04)

§ 6º Os suplentes exercerão as mesmas atribuições dos titulares, quando ausentes, concorrendo em igualdade de condições na distribuição de expedientes. (Incluído pela Lei nº 12.102/04)

§ 7º Os Delegados de Polícia que tiverem ocupado função de Chefe de Polícia por pe-ríodo não inferior a 01 (um) ano, que ainda estejam no serviço ativo, terão lotação ex-clusiva no Conselho Superior de Polícia. (In-cluído pela Lei nº 12.102/04)

Art. 16. Compete ao Conselho Superior de Po-lícia:

I – pronunciar-se sobre matéria relevante concernente à função, princípios e condu-ta funcional ou particular de integrantes da Polícia Civil com reflexos no órgão;

II – deliberar sobre remoção de Delegado de Polícia, no interesse da disciplina, em grau de recurso;

III – determinar a instauração, providenciar na instrução e realizar o julgamento de pro-cessos administrativo-disciplinares em que

sejam acusados servidores da Polícia Civil, nos termos da legislação;

IV – determinar, fundamentalmente, o afas-tamento de servidor da Polícia Civil de suas atividades funcionais, sem perda de ven-cimentos, por ocasião da instauração do processo administrativo-disciplinar até sua conclusão diante de transgressão que, por sua natureza e configuração, o incompatibi-lize para a função pública, quando necessá-rio à salvaguarda do decoro policial ou do interesse público, devendo o servidor afas-tado prestar comunicação à autoridade pro-cessante sobre o endereço onde deverá ser encontrado para receber citação, intima-ções ou notificações, nos termos do artigo 328 do Código de Processo Penal; (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

V – preparar as listas para as promoções do policial civil, e para outras comendas, con-forme dispuser regulamento;

VI – deliberar sobre a indenização, promo-ção, ou pensão especial decorrente de en-fermidade ou morte em razão do serviço ou da função do servidor da Polícia Civil, incumbindo-lhe também o reconhecimento de acidente em serviço; (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

VII – deliberar sobre:

a) a prova de capacitação moral para ingres-so nos cursos de formação na Academia de Polícia Civil, com base no resultado da sindi-cância sobre a vida pregressa dos candida-tos e outros subsídios disponíveis; e

b) o cumprimento dos requisitos relativos ao estágio probatório dos servidores da Po-lícia Civil.

VIII – decidir sobre outros assuntos que lhe sejam submetidos, nos termos da legislação vigente;

IX – apurar, processar e julgar nas transgres-sões disciplinares dos Delegados de Polícia que sejam ou tenham sido seus membros,

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titulares e suplentes deste órgão. (Incluído pela Lei nº 12.102/04)

Parágrafo único. As decisões do Conselho Superior de Polícia serão aprovadas por maioria simples de votos e constarão de re-solução.

Seção IVDOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO

REGIONALIZADA

Art. 17. Os órgãos de execução regionalizada exercem suas funções no âmbito de sua respec-tiva região, sendo que:

I – ao Departamento de Polícia Metropoli-tana – DPM compete coordenar, fiscalizar e executar as atividades de polícia judiciária e de investigações de infrações penais na Ca-pital e nos municípios que integram a região metropolitana, sem prejuízo da competên-cia dos órgãos de execução especializados; e

II – ao Departamento de Polícia do Interior – DPI compete coordenar, fiscalizar e execu-tar as atividades de polícia judiciária e de in-vestigações de infrações penais no interior do Estado do Rio Grande do Sul, sem preju-ízo da competência dos órgãos de execução especializados.

Seção V DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO

ESPECIALIZADA

Art. 18. Os órgãos de execução especializada exercem suas funções em todo o território esta-dual, sendo que:

I – ao Departamento Estadual de Homicí-dios e Proteção à Pessoa – DHPP – compete orientar, coordenar, supervisionar, opera-cionalizar, em cooperação e concorrente-mente com outros órgãos da Polícia Civil, as atividades referentes à polícia judiciária e às investigações dos crimes dolosos contra a vida e pessoas desaparecidas, especialmen-te na apuração daqueles que demandem

investigação de maior complexidade, prati-cados em vários municípios ou relacionados com outros Estados, além da apuração dos delitos de trânsito e infrações correlatas; (Redação dada pela Lei nº 14.273/13)

II – ao Departamento Estadual de Investi-gações do Narcotráfico – DENARC compete coordenar, fiscalizar e executar, em coope-ração e concorrentemente com o Depar-tamento de Polícia Federal, as atividades referentes à polícia judiciária e às investiga-ções referentes aos delitos de tráfico e uso indevido de substâncias entorpecentes, ou que determinem dependência física ou psí-quica;

III – Ao Departamento Estadual de Investi-gações Criminais – DEIC – compete orien-tar, coordenar, supervisionar e executar, em cooperação e concorrentemente com outros órgãos da Polícia Civil, as atividades de polícia judiciária e de investigações, no território do Rio Grande do Sul, na apuração de infrações penais que demandem investi-gação especializada ou decorrente da ação de associações ou organizações criminosas, bandos ou quadrilhas, sem prejuízo das atri-buições de outros órgãos policiais especiali-zados. (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

IV – ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente – DECA compete coorde-nar, fiscalizar e executar as atividades de po-lícia judiciária e de investigações referentes às infrações penais onde a criança e o ado-lescente sejam infratores ou sujeitos pas-sivos de delitos, providenciando no auxílio e encaminhamento previstos na legislação própria e possibilitando o efetivo entrosa-mento entre os órgãos e entidades ligadas à proteção da criança e do adolescente; e

V – VETADO

Seção VI DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO DIRETA

Art. 19. As Delegacias Regionais de Polícia, Dele-gacias de Polícia Distritais, as Delegacias de Po-

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lícia, as Delegacias de Polícia Especializada e os Centros de Operações, serão instituídas por de-creto do Chefe do Poder Executivo, competindo--lhes, em sua área de atuação, a realização das atividades de polícia judiciária e de investigação criminal. Art. 19 – As Delegacias de Polícia Re-gionais, as Delegacias de Polícia Distritais, as De-legacias de Polícia, as Delegacias de Polícia Es-pecializadas e as Delegacias de Policia de Pronto Atendimento, serão instituídas por decreto do Chefe do Poder Executivo, competindolhes, em sua área de atuação, a realização das atividades de polícia judiciária e de investigação criminal. (Redação dada pela Lei nº 12.102/04)

Seção VII DOS ÓRGÃOS DE APOIO ADMINISTRATIVO E DE RECURSOS HUMANOS

Art. 20. Os órgãos de apoio administrativo e de recursos humanos tem por competência execu-tar as atividades referentes à administração de pessoal, material, finanças, obras civis, serviços complementares e capacitação dos recursos hu-manos.

Art. 21. À Academia de Polícia Civil – ACADE-POL, órgão responsável pela formação e desen-volvimento dos recursos humanos, compete:

I – promover concursos públicos e cursos de formação técnico-profissional, para provi-mento de cargos de carreiras da Polícia Civil;

II – realizar cursos de treinamento, de aper-feiçoamento e de especialização, objetivan-do a capacitação técnico-profissional dos servidores da Polícia Civil;

III – realizar estudos e pesquisas sobre a violência, objetivando subsidiar a formula-ção de políticas de defesa social e de trata-mento adequado à criminalidade;

IV – manter intercâmbio com a Academia Nacional de Polícia, congêneres estaduais e outras instituições de ensino e pesquisa, nacionais e estrangeiras, visando ao apri-moramento das atividades e dos métodos pedagógicos utilizados; e

V – produzir e difundir conhecimento de in-teresse policial.

Parágrafo único. A Academia de Polícia Civil disporá de um corpo docente selecionado entre profissionais de segurança pública e especialistas em áreas de interesse da Polí-cia Civil.

Art. 22. Ao Departamento de Administração Po-licial – DAP compete coordenar, executar e fis-calizar, no âmbito da Polícia Civil, as atividades referentes à administração de pessoal, material, transporte, orçamento, finanças, contabilidade, auditoria interna, serviços gerais e serviços de assistência social.

Art. 23. Ao Departamento de Tecnologia da In-formação Policial – DTIP – compete coordenar, planejar, executar e fiscalizar as atividades de informática e de comunicações dos órgãos da Polícia Civil, bem como prestar apoio técnico, distribuir e controlar os equipamentos perti-nentes às suas atribuições. (Redação dada pela Lei nº 14.768/15)

Art. 24. (REVOGADO pela Lei nº 14.768/15)

Art. 25. A titularidade de Departamentos, Divi-sões, Delegacias e Centros de Operações, na Po-lícia Civil, é privativa de Delegado de Polícia.

CAPÍTULO IIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 26. O regimento da Polícia Civil, editado por decreto do Chefe do Poder Executivo, estabele-cerá o detalhamento organizacional da Polícia Civil, observado o disposto nesta Lei. (Vide Lei nº 12.102/04)

Art. 27. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 28. Revogam-se as disposições em contrá-rio.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 18 de agos-to de 1997.

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LEI Nº 7.366, DE 29 DE MARÇO DE 1980(atualizada até a Lei Complementar nº 14.828, de 4 de janeiro de 2016)

Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores da Polí-cia Civil.

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei disciplina o regime jurídico dos servidores da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul.

Parágrafo único. Aplica-se aos servidores da Polícia Civil, em tudo o que não contrariar esta Lei, o Estatuto do Funcionário Público Civil do Estado e a legislação a ele comple-mentar.

Art. 2º São servidores da Polícia Civil:

I – os ocupantes dos cargos de que trata o artigo 1º da Lei nº 5.950, de 31 de de-zembro de 1969; (Vide Leis nos 8.182/86 e 8.402/87)

II – os ocupantes dos cargos do Quadro Ge-ral dos Funcionários Públicos, de lotação privativa na Polícia Civil.

Parágrafo único. Os funcionários públicos, lotados ou colocados à disposição da Polí-cia Civil, ficam submetidos ao regime deste Estatuto, para fins disciplinares e de estágio probatório.

CAPÍTULO II DO PROVIMENTO DOS CARGOS E

FUNÇÕES POLICIAIS

Seção IDA SELEÇÃO E FORMAÇÃO

Art. 4º ao Art. 7º foram revogados.

Art. 8º A Escola de Polícia, além dos cursos de formação, manterá outros para aperfeiçoamen-to técnico-profissional, dos servidores da Polícia Civil.

Parágrafo único. Mediante convênio com entidades públicas ou particulares, a Escola de Polícia poderá promover cursos extraor-dinários.

Seção II DA NOMEAÇÃO E POSSE

Art. 9º Os servidores nomeados deverão tomar posse no cargo no prazo de quinze (15) dias, contados da data da publicação do ato de no-meação no Diário Oficial.

Parágrafo único. Este prazo poderá ser prorrogado por quinze (15) dias, mediante fundamentado pedido do interessado e de-cisão do Superintendente dos Serviços Po-liciais, tornando-se a nomeação sem efeito se a posse não se der dentro do prazo ini-cial ou de sua prorrogação. (Vide Lei Com-plementar n° 14.828/16, que substituiu a expressão “Superintendente dos Serviços Policiais” por “Chefe de Polícia”)

Art. 10. A apresentação do diploma de Bacharel em Direito, devidamente registrado, é requisito para a posse no cargo de Delegado de Polícia.

Art. 11. A posse será solene, compreendendo, na primeira investidura, o Compromisso Policial, a assinatura da ata respectiva e a entrega de credenciais e de arma de uso pessoal.

§ 1º O ato de posse será presidido pelo Su-perintendente dos Serviços Policiais ou por autoridade policial especialmente designa-da. (Vide Lei Complementar n° 14.828/16, que substituiu a expressão “Superintenden-te dos Serviços Policiais” por “Chefe de Po-lícia”)

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§ 2º O Compromisso Policial, assumido pe-rante testemunhas, por ocasião da soleni-dade, é o seguinte: "PROMETO OBSERVAR E FAZER OBSERVAR RIGOROSA OBEDIÊNCIA ÀS LEIS, DESEMPENHAR MINHAS FUNÇÕES COM DESPRENDIMENTO E PROBIDADE, BEM COMO CONSIDERAR INERENTES À MI-NHA PESSOA A REPUTAÇÃO E HONORABI-LIDADE DA CORPORAÇÃO POLICIAL, A QUE AGORA PASSO A SERVIR".

Seção III DO EXERCÍCIO

Art. 12. O exercício do cargo terá início dentro de quinze (15) dias, contados da data da posse.

Parágrafo único. No interesse do serviço, o Superintendente dos Serviços Policiais po-derá determinar que o funcionário entre imediatamente no exercício do cargo. (Vide Lei Complementar n° 14.828/16, que subs-tituiu a expressão “Superintendente dos Serviços Policiais” por “Chefe de Polícia”)

Art. 13. Os funcionários integrantes das carrei-ras policiais terão exercício, em princípio, em unidade de trabalho no interior do Estado, en-quanto não concluírem o estágio probatório.

Art. 14. O Delegado de Polícia, da classe mais elevada na carreira, terá exercício em Órgão da Capital do Estado.

Seção IV DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 15. Os servidores nomeados em primeira investidura serão estáveis após o estágio proba-tório de setecentos e trinta (730) dias de efetivo exercício do cargo.

§ 1º Semestralmente, o responsável pela unidade de trabalho em que tiver exercício o servidor em estágio probatório, encami-nhará ao Conselho Superior de Polícia re-latório sucinto apreciando os requisitos de idoneidade moral, assiduidade, disciplina, dedicação ao serviço e eficiência.

§ 2º Sempre que ocorrer a movimentação do servidor para outra unidade de trabalho, independentemente de tempo será enca-minhado relatório, nos termos do parágrafo anterior.

§ 3º Recebidos os relatórios, o Conselho Superior de Polícia opinará em Resolução sobre o merecimento do estagiário, em re-lação a cada um dos requisitos, concluindo a favor ou contra a confirmação.

§ 4º Se a resolução for contrária à confirma-ção, será dada vista ao estagiário pelo prazo de cinco (5) dias, para defesa.

§ 5º Apresentada a defesa, o Conselho Su-perior de Polícia decidirá conclusivamente em Resolução, propondo a exoneração do estagiário que não satisfizer os requisitos do § 1º deste artigo; manifestando-se pela confirmação, esta não dependerá de qual-quer ato.

§ 6º Ao funcionário estável detentor de cargo de provimento efetivo, que dele se houver feito exonerar em razão de sua in-vestidura em estágio probatório na Polícia Civil, será garantido, se exonerado, o direito de retornar àquele cargo ou disponibilidade correspondente.

Seção V DOS CARGOS EM COMISSÃO E

FUNÇÕES GRATIFICADAS

Art. 16. O exercício de Cargos em Comissão e de Funções Gratificadas, nos Órgãos integrantes da respectiva estrutura, é privativo dos servidores da ativa da Polícia Civil, podendo, excepcional-mente, as funções de assessoramento serem exercidas por servidores inativos.

§ 1º VETADO

§ 2º VETADO

§ 3º VETADO

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CAPÍTULO IIIDAS REMOÇÕES E SUBSTITUIÇÕES

Art. 17. O funcionário policial poderá ser remo-vido:

I – a pedido;

II – "ex-officio", por conveniência do servi-ço;

III – por conveniência da disciplina.

§ 1º A remoção "a pedido" não dará direito a percepção de ajuda de custo.

§ 2º A remoção "ex-officio", salvo imperiosa necessidade do serviço, só poderá efetivar--se após um (1) ano de exercício em cada localidade.

Art. 18. O período de trânsito será computado como de efetivo serviço e terá duração de até quinze (15) dias, contados a partir da percepção da ajuda de custo, quando esta for devida, ou da publicação do ato, nos demais casos.

Parágrafo único. O prazo de que trata este artigo poderá ser prorrogado por quinze (15) dias, a critério do Superintendente da Polícia Civil.

Art. 19. Os Delegados de Polícia somente pode-rão ser removidos de um para outro município com observância da correspondente classifica-ção legal e regulamentar.

Parágrafo único. Excepcionalmente, a ad-ministração policial, atendendo à conveni-ência do serviço, poderá lotar Delegado de Polícia em Delegacia de classificação supe-rior.

Art. 20. O servidor policial que curse estabele-cimento regular de ensino, de segundo ou ter-ceiro grau, somente poderá ser removido para localidade onde exista educandário do mesmo nível, salvo por absoluta necessidade do serviço ou por imperativo disciplinar.

§ 1º O servidor em causa deverá fazer pro-va, semestralmente, de que se encontra

matriculado e frequentando um dos cursos referidos neste artigo.

§ 2º Não se estende o privilégio deste artigo ao servidor reprovado por dois semestres consecutivos.

§ 3º É vedada a remoção "ex-officio" de ser-vidor policial cursando a Escola de Polícia, se sua movimentação o impossibilitar de frequentar o curso em que estiver matricu-lado.

Art. 21. São competentes para remover:

a) o Secretário de Segurança Pública, nos órgãos que lhe são diretamente subordina-dos;

b) o Superintendente dos Serviços Policiais, nos órgãos da Polícia Civil. (Vide Lei Com-plementar n° 14.828/16, que substituiu a expressão “Superintendente dos Serviços Policiais” por “Chefe de Polícia”)

Art. 22. A substituição do titular de Delegacia de Polícia dar-se-á por Delegado de Polícia.

§ 1º Em caráter excepcional, Comissário, Inspetor ou Escrivão de Polícia poderá res-ponder pelo expediente de Delegacia de Po-lícia classificada em 1ª categoria.

§ 2º VETADO

§ 3º VETADO

CAPÍTULO IV DOS DIREITOS

Seção I DOS DIREITOS EM GERAL

Art. 23. Além dos direitos conferidos pelo Esta-tuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado e demais diplomas legais, são assegurados aos servidores da Polícia Civil os seguintes:

I – promoções regulamentares, inclusive "post mortem", quando for o caso;

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II – prisão especial de conformidade com a lei federal, este Estatuto e demais disposi-ções pertinentes;

III – recompensas;

IV – porte de arma, mesmo na inatividade;

V – férias e licenças;

VI – aposentadoria, nos termos da Lei;

VII – assistência médico-hospitalar custea-da pelo Estado, quando acidentado ou aco-metido de doença adquirida em serviço ou em consequência dele;

VIII – assistência judiciária custeada pelo Es-tado, quando processado por ato praticado no exercício da função policial ou em razão dela, nos termos da lei;

IX – desempenho de cargos e funções cor-respondentes à condição hierárquica;

X – garantia ao uso de título em toda a sua plenitude, com as vantagens e prerrogativas a ele inerentes;

XI – uso de designações hierárquicas;

XII – estabilidade, nos termos da legislação em vigor;

XIII – percepção de remuneração e proven-tos na forma da Lei.

Parágrafo único. O direito assegurado no item VIII não se estende aos casos de crime contra o patrimônio público, a paz pública e a administração pública.

Seção IIDAS PROMOÇÕES

Art. 24. As promoções, regidas por regulamen-to próprio, processar-se-ão pelos critérios de antiguidade e merecimento, alternadamente, e dependerão do preenchimento dos requisitos estabelecidos naquele regulamento. (Redação dada pela Lei n° 11.492/00)

§ 1º O tempo de serviço na classe final de uma carreira policial será computado, para

fins de promoção por antiguidade, na classe inicial da carreira subsequente, se houver igualdade de padrões.

§ 2º O Regulamento de Promoções da Polí-cia Civil fixará o número de candidatos que poderão concorrer à promoção em cada classe, assim como as demais normas e con-dições de promoção.

Art. 25. As promoções são de competência privativa do Governador do Estado, que po-derá delegar essa atribuição, no todo ou em parte, ao Secretário de Estado da Segurança Pública.

Parágrafo único. Por interesse pessoal, o servidor policial concorrente à classe final da carreira, poderá recusar a promoção.

Art. 26. O servidor da Polícia Civil morto em ob-jeto de serviço, reconhecida essa circunstância pelo Conselho Superior de Polícia, será promo-vido "post mortem", nos termos do Regulamen-to de Promoções.

Parágrafo único. No caso deste artigo, se o servidor houver sido ocupante de cargo fi-nal de carreira, a pensão respectiva terá por base a remuneração correspondente, acres-cida da diferença entre a mesma e a do pa-drão imediatamente anterior.

Seção IIIDA PRISÃO ESPECIAL

Art. 27. O policial civil, ativo ou inativo, só pode-rá ser preso em flagrante delito ou nos demais casos previstos em lei, com comunicação incon-tinenti ao Superintendente dos Serviços Poli-ciais. (Vide Lei Complementar n° 14.828/16, que substituiu a expressão “Superintendente dos Serviços Policiais” por “Chefe de Polícia”)

§ 1º Em qualquer caso, o policial civil só po-derá ser conduzido por policial civil e, tra-tando-se de autoridade policial, a condução será feita por outra autoridade.

§ 2º Caberá ao Superintendente dos Servi-ços Policiais promover a responsabilidade

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de integrante de qualquer outra corporação que maltratar ou permitir que seja maltra-tado qualquer policial civil. (Vide Lei Com-plementar n° 14.828/16, que substituiu a expressão “Superintendente dos Serviços Policiais” por “Chefe de Polícia”)

Art. 28. Preso preventivamente, em flagrante ou em virtude de pronúncia, o policial, enquan-to não perder essa condição, permanecerá em prisão especial, durante o curso da ação penal e até que a sentença transite em julgado.

§ 1º O funcionário nas condições deste arti-go ficará recolhido a sala especial da repar-tição em que sirva, sob a responsabilidade de seu dirigente, sendo-lhe defeso exercer qualquer atividade funcional, ou sair da re-partição sem a expressa autorização do Juí-zo a cuja disposição se encontre.

§ 2º Publicado no Diário Oficial o decreto de demissão, será o ex-funcionário encaminha-do, desde logo, a estabelecimento penal, onde permanecerá em sala especial, sem qualquer contato com os demais presos não sujeitos ao mesmo regime e, uma vez con-denado, cumprirá a pena que lhe tenha sido imposta, nas condições previstas no pará-grafo seguinte.

§ 3º Transitada em julgado a sentença con-denatória, será o funcionário encaminhado a estabelecimento penal, onde cumprirá a pena em dependência isolada dos demais presos não abrangidos por esse regime, mas sujeito, como eles, ao mesmo sistema disciplinar e penitenciário.

Seção IVDAS RECOMPENSAS

Art. 29. As recompensas constituem reconheci-mento por bons serviços prestados pelo servi-dor e compreendem:

I – Medalha do Mérito Policial;

II – Medalha Tiradentes;

III – Medalha de Serviço Policial;

IV – Dispensa do Serviço, até dez (10) dias;

V – Citações e Louvores.

§ 1º A concessão das recompensas enume-radas nos itens I, II e III deste artigo obede-cerá às normas fixadas nas respectivas re-gulamentações.

§ 2º A concessão da recompensa citada no item IV deste artigo tem por finalidade pre-miar serviços extraordinários dos servidores policiais.

§ 3º As recompensas de que trata o item V serão conferidas pela prática de ato que mereça registro especial ou ultrapasse o cumprimento normal de atribuições ou se revista de relevância.

Art. 30. São competentes para conceder as re-compensas estabelecidas no artigo anterior:

I – nos casos dos itens I, II e III, as autori-dades indicadas na respectiva regulamenta-ção;

II – nos casos do item IV:

a) o Secretário da Segurança Pública e o Superintendente dos Serviços Policiais, até dez (10) dias; (Vide Lei Complementar n° 14.828/16, que substituiu a expressão “Su-perintendente dos Serviços Policiais” por “Chefe de Polícia”)

b) os Diretores de Departamento e Órgãos equivalentes, até sete (7) dias;

c) os Diretores de Divisão, Instituto e Dele-gacias Regionais, até cinco (5) dias;

d) os Titulares de Delegacias de Polícia ou Órgãos equivalentes, até três (3) dias;

III – nos casos do item V, as autoridades em geral.

Art. 31. As citações e louvores serão computa-dos para efeito de promoção, quando reconhe-cidos pelo Conselho Superior de Polícia, exceto os emitidos pelo Governador do Estado, Secre-tário da Segurança Pública e Superintendente

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dos Serviços Policiais, que serão obrigatoria-mente considerados. (Vide Lei Complementar n° 14.828/16, que substituiu a expressão “Su-perintendente dos Serviços Policiais” por “Chefe de Polícia”)

Seção VDO PORTE DE ARMA

Art. 32. O servidor da Polícia Civil tem direito a porte de arma, independente de autorização, mesmo na inatividade.

Parágrafo único. O Superintendente dos Serviços Policiais, "ad referendum" do Con-selho Superior de Polícia, mediante Sindi-cância ou Inquérito, poderá suspender o exercício do direito conferido neste artigo, relativamente ao servidor suspenso ou afas-tado de suas funções e ao policial inativo, cujo comportamento recomende essa me-dida. (Vide Lei Complementar n° 14.828/16, que substituiu a expressão “Superintenden-te dos Serviços Policiais” por “Chefe de Po-lícia”)

Seção VIDAS FÉRIAS E LICENÇAS

Art. 33. As férias e licenças serão concedidas na forma da lei.

§ 1º Por necessidade do serviço, a Adminis-tração Policial poderá interromper ou não conceder férias a seus servidores, cabendo--lhes, neste caso, acumulá-las para gozo no ano seguinte.

§ 2º Não será permitido acumular mais de dois (2) períodos de férias consecutivos.

Seção VIIDA APOSENTADORIA

Art. 34. A aposentadoria será concedida aos servidores da Polícia Civil, nos termos da lei.

Art. 35. O servidor da Polícia Civil será aposen-tado com proventos integrais, qualquer que seja

seu tempo de serviço, quando sua incapacidade for consequência de:

I – ferimento recebido na manutenção da ordem pública ou enfermidade contraída nessa situação ou que nela tenha sua causa eficiente;

II – acidentes em serviço;

III – doença, moléstia ou enfermidade ad-quirida com relação de causa e efeito a con-dições inerentes ao serviço policial;

IV – Tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia gra-ve, males de Addison e Parkinson, pênfigo, espondiloartrose anquilosante ou nefropa-tia grave;

V – outras causas previstas em lei.

Art. 36. O tempo de efetivo serviço policial pre-visto no artigo 26 e seus parágrafos, da Lei nº 1.752, de 23 de fevereiro de 1952, será compu-tado, até 15 de janeiro de 1971, com o acrésci-mo de que trata a Lei nº 3.387, de 7 de janei-ro de 1958, independentemente de o servidor possuir tempo para aposentadoria àquela data.

Art. 37. Ao Delegado de Polícia que tenha exer-cido o cargo de Superintendente dos Servi-ços Policiais como titular, fica assegurado, ao inativar-se, o direito de ter os respectivos pro-ventos fixados com a incorporação de todas as vantagens do cargo. (Vide Lei Complementar n° 14.828/16, que substituiu a expressão “Superin-tendente dos Serviços Policiais” por “Chefe de Polícia”)

Art. 38. Os proventos da aposentadoria serão revistos sempre que se modificarem os venci-mentos e vantagens dos servidores da Polícia Civil em atividade.

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CAPÍTULO V DA REMUNERAÇÃO

Seção I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 39. A remuneração do servidor da Polícia Civil compreende vencimentos, adicionais, gra-tificações, indenizações e outras vantagens.

Art. 40. A remuneração dos servidores inativos da Polícia Civil denomina-se proventos.

Seção IIDOS VENCIMENTOS

Art. 41. Os vencimentos do servidor da Polícia Civil serão constituídos de uma parte básica, acrescida de um percentual considerado como fator de valoração do respectivo nível.

§ 1º A parte básica a que se refere este ar-tigo corresponde ao quantitativo estabele-cido em lei, de acordo com o respectivo pa-drão.

§ 2º O fator de valoração do respectivo ní-vel, a título de risco de vida e saúde, nos ter-mos da Constituição Estadual, corresponde a 25% (vinte e cinco por cento), incidente sobre a parte básica, à qual se integra.

§ 3º O fator de valoração a que se refere o parágrafo 2º deste artigo, incide sobre o vencimento do cargo em comissão ou da função gratificada, eventualmente exercido pelo servidor da Polícia Civil, quando esse cargo ou função for lotado na Polícia Civil ou na Administração Superior da Secretaria da Segurança Pública, ou for de natureza poli-cial ou correlata. (Vide Lei n° 8.565/88)

Seção IIIDOS ADICIONAIS

Art. 42. É assegurada aos servidores da Polícia Civil a percepção dos seguintes adicionais: I – por quinquênio de serviço público estadual; II – de quinze e de vinte e cinco anos de serviço.

Art. 43. Os servidores de que trata esta Lei per-ceberão, por quinquênio de serviço público estadual, computado na forma prevista para a concessão das gratificações adicionais de 15% e de 25% (Lei nº 1.751, de 22 de fevereiro de 1952, art. 110, §§ 2º, 3º e 4º, art. 165), uma gra-tificação adicional de cinco por cento, até o má-ximo de sete quinquênios, que incidirá sobre os vencimentos do cargo exercido, qualquer que seja a forma de provimento.

Art. 44. A gratificação adicional de 15% ou de 25% a que fazem jus os servidores da Polícia Ci-vil, será concedida nos termos do Estatuto do Funcionário Público Civil do Estado e calcula-da sobre os vencimentos definidos no art. 41 e seus parágrafos, acrescidos dos quinquênios de que trata o artigo anterior, incidindo também sobre os vencimentos do cargo em comissão ou da função gratificada eventualmente exercidos pelo funcionário.

Parágrafo único. A concessão da gratifica-ção adicional de 25% fará cessar a gratifica-ção adicional de 15%.

Seção IVDAS GRATIFICAÇÕES

Art. 45. É assegurada aos servidores da Polícia Civil a percepção das seguintes gratificações:

I – de representação;

II – de professor;

III – de auxílio diferença de caixa;

IV – de participação em órgãos de delibera-ção coletiva, na forma da lei.

Art. 46. A gratificação de representação será concedida aos titulares de chefias superiores e de delegacias de polícia para custear os gas-tos de representação decorrentes do exercí-cio de suas funções. (Vide Leis nos 7.493/81 e 8.565/88)

Parágrafo único. A gratificação constante deste artigo será calculada sobre a parte básica dos vencimentos, acrescida do valor

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de que trata o parágrafo 2º do art. 41, nos seguintes termos:

I – 75% (setenta e cinco por cento) ao Supe-rintendente dos Serviços Policiais; (Vide Leis nos 8.182/86, 8.402/87 e 8.565/88) (Vide Lei Complementar n° 14.828/16, que subs-tituiu a expressão “Superintendente dos Serviços Policiais” por “Chefe de Polícia”)

II – 50% (cinquenta por cento) aos Direto-res de Departamento e órgãos do mesmo nível; (Vide Leis nos 8.182/86, 8.402/87 e 8.565/88)

III – 30% (trinta por cento) aos Diretores de Divisão e Delegados Regionais de Po-lícia. (Vide Leis nos 8.182/86, 8.402/87 e 8.565/88)

IV – 25% (vinte e cinco por cento) aos titu-lares de Delegacias de Polícia e órgãos do mesmo nível; (Redação dada pela Lei n° 7.668/82) (Vide Leis nos 8.182/86, 8.402/87 e 8.565/88)

V – VETADO

Art. 47. A gratificação de professor será devida, por aula efetivamente dada, aos professores da Escola de Polícia, nos seguintes termos:

I – Professores de curso de nível superior, 1/40 (um quarenta avos) da parte básica dos vencimentos do cargo de Delegado de Polícia de 2ª classe;

II – Professores de curso de nível médio, 1/40 (um quarenta avos) da parte básica dos vencimentos do cargo de Delegado de Polícia de 1ª classe;

III – Professores de curso de nível primário ou elementar, 1/40 (um quarenta avos) da parte básica dos vencimentos do cargo de Inspetor ou Escrivão de Polícia de 4ª classe.

§ 1º A gratificação de que trata este artigo é assegurada, no período de férias escolares, ao professor que tiver exercido as suas fun-ções por prazo não inferior a um semestre escolar, correspondendo seu valor à média

aritmética da gratificação mensal recebida durante o ano letivo.

§ 2º Será considerada como aula ministra-da aquela que não for dada por motivos alheios à vontade do professor.

Art. 48. As disposições do artigo anterior apli-cam-se àqueles que, policiais ou não, inclusive inativos, mediante designação regular, ministra-rem aulas nos cursos da Escola de Polícia.

Parágrafo único. A retribuição de que tra-ta o referido artigo, para os que não forem servidores da Polícia Civil, constitui honorá-rios, nos termos do art. 67, item VII, da Lei nº 1.751, de 22 de fevereiro de 1952.

Art. 49. O auxílio para diferença de caixa será pago ao servidor da Polícia Civil, no efetivo exer-cício das funções de Tesoureiro, na forma da lei.

Art. 50. A gratificação por participação em ór-gão de deliberação coletiva será paga na forma da lei correspondente.

Seção V DAS INDENIZAÇÕES

Art. 51. É assegurada aos servidores da Polícia Civil a percepção das seguintes indenizações:

I – ajuda de custo;

II – diárias;

III – transporte;

IV – alimentação.

Art. 52. Ajuda de custo é a indenização para o custeio de despesas de viagem, mudança de instalação, exceto a de transporte, concedida ao servidor da Polícia Civil, quando, por conveniên-cia do serviço, for nomeado, designado, remo-vido, transferido, matriculado em escolas, cen-tros de aperfeiçoamento, ou mandado servir ou estagiar em nova comissão ou, ainda, quando deslocado com órgão que tenha sido transferido de sede.

Parágrafo único. A indenização de que trata este artigo será paga antecipadamente pelo

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órgão competente, antes do embarque do servidor policial.

Art. 53. O valor da ajuda de custo corresponde-rá a:

I – um mês da parte básica dos respectivos vencimentos, quando o servidor policial não possuir dependentes;

II – dois meses da parte básica dos respec-tivos vencimentos, quando possuir depen-dentes;

III – metade da parte básica dos respectivos vencimentos, quando, possuindo depen-dentes, for removido por conveniência da disciplina.

Art. 54. Não perceberá ajuda de custo o servi-dor policial cuja movimentação se dê a pedido, ou que for desligado de curso ou escola por falta de aproveitamento ou trancamento voluntário da matrícula.

Art. 55. Na forma estipulada neste artigo, o ser-vidor policial restituirá a ajuda de custo recebi-da, se ocorrer um dos casos seguintes:

I – integralmente e de uma só vez, quando deixar de seguir destino;

II – a metade e de uma só vez, quando até três (3) meses após haver seguido para a sua sede, vier a ser licenciado ou exonerado a pedido;

III – a metade, mediante descontos suces-sivos da décima parte do todo, quando não seguir para a nova sede por motivo que in-depende de sua vontade.

§ 1º Não se enquadra nas disposições do in-ciso II deste artigo a licença para tratamento da própria saúde.

§ 2º O servidor policial que estiver sujeito a desconto para restituição da ajuda de custo, ao adquirir a outra ajuda de custo, liquidará integralmente o débito anterior, no ato do novo recebimento.

§ 3º No pagamento de ajuda de custo atra-sada, para efeito de cálculo do respectivo quantum, serão obedecidos os valores vi-gentes na oportunidade do ajuste de con-tas.

Art. 56. A ajuda de custo não será restituída pelo servidor policial ou seus herdeiros, quan-do:

I – após ter seguido destino for mandado regressar;

II – ocorrer seu falecimento antes de seguir para a nova sede.

Art. 57. A diária da viagem é a indenização des-tinada a atender as despesas de hospedagem e alimentação dos servidores da Polícia Civil, afas-tados de sua sede em objeto de serviço ou estu-dos, nos termos da legislação em vigor.

§ 1º A diária de viagem será paga incluin-do-se o dia da partida e o dia de retorno à sede.

§ 2º O valor da diária de viagem será esta-belecido em decreto do Poder Executivo e reajustado sempre que forem majoradas as diárias do pessoal civil do Estado, observan-do-se tabela específica para a Polícia Civil.

Art. 58. O servidor da Polícia Civil, nas movimen-tações em objeto de serviço, tem direito a trans-porte de domicílio a domicílio, por conta do Es-tado, para si e para seus dependentes, estando nele compreendidas passagens e bagagens.

Art. 59. O servidor da Polícia Civil da ativa terá direito ainda a transporte, por conta do Estado, quando se deslocar de sua sede, num dos se-guintes casos:

I – viajar no interesse da Justiça ou da disci-plina;

II – por participar de concurso para ingres-sar em escola, cursos ou centros de forma-ção, de especialização, de aperfeiçoamento ou de atualização, no interesse da Organiza-ção Policial;

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III – realizar outros deslocamentos neces-sários ao bom desempenho das funções de seu cargo;

IV – baixar em estabelecimento hospitalar ou deste der alta, em consequência de pres-crição médica ou ainda para submeter-se a inspeção de saúde.

Art. 60. O disposto nos artigos 51 e 59, aplica-se ao servidor da Polícia Civil inativo, quando con-vocado para o serviço ativo ou nomeado para exercer funções da ativa.

Art. 61. Os servidores da Polícia Civil terão direi-to à alimentação fornecida pelo Estado, quando de plantão ou prestando serviço extraordinário, na forma da lei.

Seção VIOUTRAS VANTAGENS

Art. 62. É assegurada aos servidores da Polícia Civil e seus familiares a percepção das seguintes vantagens:

I – abono familiar;

II – auxílio funerário;

III – pensão.

Art. 63. O abono familiar será pago aos servi-dores da Polícia Civil, nos termos da legislação própria.

Art. 64. O Estado assegurará sepultamento con-digno ao servidor da Polícia Civil.

Art. 65. O auxílio funerário é o quantitativo con-cedido para custear as despesas com o sepulta-mento de servidor da Polícia Civil.

§ 1º O auxílio de que trata este artigo equi-vale a duas vezes o valor da parte básica dos respectivos vencimentos do policial faleci-do.

§ 2º O auxílio será pago pelo Estado a quem de direito, independentemente de qualquer formalidade, exceto, a apresentação do atestado de óbito.

§ 3º Após a realização do sepultamento, não se tendo verificado a hipótese do pará-grafo anterior, deverá a pessoa que o cus-teou, mediante a apresentação do atestado de óbito e de comprovante hábil, solicitar o reembolso das despesas, não podendo o valor destas exceder ao limite estabelecido no parágrafo primeiro deste artigo.

Art. 66. Em situações especiais e a critério do Superintendente dos Serviços Policiais, poderá o Estado custear diretamente o sepultamento do servidor. (Vide Lei Complementar n° 14.828/16, que substituiu a expressão “Superintendente dos Serviços Policiais” por “Chefe de Polícia”)

Art. 67. Se as despesas com o sepultamento fo-rem inferiores ao valor do auxílio funerário, a di-ferença será entregue aos herdeiros legalmente habilitados.

Art. 68. Não sendo reclamado dentro de trinta dias, a contar da data do sepultamento, o reem-bolso das despesas de que trata o § 3º do art. 65, o auxílio funerário será pago aos herdeiros legalmente habilitados.

Art. 69. Cabe à Polícia Civil transladar o corpo do servidor para sua localidade de origem, quando justificadamente houver solicitação da família, ou, se for o caso, conceder transporte desta até o local do óbito ou do sepultamento.

Art. 70. A família do servidor morto em objeto de serviço terá direito a transporte para a loca-lidade do Estado em que fixar residência, desde que solicite no prazo de seis (06) meses a contar da data do óbito.

Art. 71. Os vencimentos e vantagens que o ser-vidor da Polícia Civil perceber em vida serão pa-gos integralmente aos respectivos beneficiários no caso de morte em objeto de serviço ou em decorrência da função.

Art. 72. Aos dependentes do servidor da Polícia Civil será assegurada a pensão estabelecida na legislação referente ao Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul.

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Parágrafo único. É permitida a percepção cumulativa da pensão com vencimentos, remuneração ou salário, proventos da apo-sentadoria ou disponibilidade.

Seção VII PRESCRIÇÕES DIVERSAS

Art. 73. Os proventos da aposentadoria dos ser-vidores da Polícia Civil, inclusive dos já inativos, serão constituídos dos vencimentos referidos no art. 41, acrescidos das gratificações adicio-nais, da parcela de que trata a Lei nº 7.137, de 16 de janeiro de 1978, e de outras vantagens in-corporáveis nos termos da lei.

§ 1º O servidor estadual, inclusive magistra-do, que ao se aposentar estiver lecionando na Escola de Polícia e o houver feito pelo período de 10 (dez) anos letivos, incorpora-rá aos respectivos proventos o valor corres-pondente à média aritmética da gratificação de professor ou dos honorários percebidos nos últimos vinte e quatro (24) meses, que será revisado sempre que houver aumento de vencimentos dos servidores da Polícia Ci-vil.

§ 2º As disposições do parágrafo anterior aplicam-se aos servidores que permaneçam lecionando e tenham implementado ou ve-nham a implementar o decênio exigido.

§ 3º Fica vedado o exercício do magistério remunerado, na Escola de Polícia, ao profes-sor beneficiado pelo disposto nos parágra-fos anteriores.

Art. 74. O servidor da Polícia Civil poderá auto-rizar desconto em folha para pagamentos de dí-vidas com entidades públicas e privadas, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) da respecti-va remuneração.

Art. 75. Os servidores de que trata o item II do artigo 2º desta Lei, até sua integração no Qua-dro dos servidores da Polícia Civil, continuam a perceber a remuneração a que fazem jus atual-mente, aplicando-se, no que couber, as disposi-ções deste Capítulo.

CAPÍTULO VI DA HIERARQUIA POLICIAL

Art. 76. A Polícia Civil é uma organização basea-da na hierarquia e na disciplina.

Art. 77. A hierarquia dos funcionários policiais fica assim constituída:

a) Autoridades Policiais: – Delegados de Po-lícia.

b) Agentes da Autoridade: – Comissário de Polícia e Comissário de Diversões Públicas; – Inspetor e Escrivão de Polícia, Inspetor de Diversões Públicas e Radiotelegrafista Poli-cial; – Investigador e Mecânico de Polícia.

§ 1º Os funcionários policiais de padrão su-perior têm precedência hierárquica sobre os de padrão inferior, quando exercem fun-ções no mesmo órgão ou prestem serviços em conjunto, situação em que prevalecerá a superioridade do mais antigo na igualdade de padrões.

§ 2º Fora dos casos previstos no parágrafo anterior, a hierarquia é apenas de ordem disciplinar, devendo os superiores, entre-tanto, serem tratados pelos subordinados com a devida deferência.

§ 3º Dentro da mesma classe na carreira, a hierarquia da função prevalecerá sobre a do cargo.

§ 4º Na designação para as funções de che-fia, observar-se-á a ordem de precedência hierárquica de que trata este artigo.

Art. 78. A hierarquia entre os servidores referi-dos no inciso II do art. 2º desta Lei, se estabele-ce em razão do padrão de vencimentos.

Art. 79. Nos serviços em que intervier o traba-lho de equipe, os funcionários de que trata o artigo anterior ficam subordinados à autoridade policial competente.

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CAPÍTULO VII DOS DEVERES E DAS NORMAS

DISCIPLINARES

Seção IDOS DEVERES

Art. 80. Além dos deveres comuns aos servido-res públicos em geral, correspondem aos servi-dores da Polícia Civil mais os seguintes:

I – ter conhecimento das atribuições fun-cionais e desempenhá-las com eficiência e dedicação;

II – evitar ocorrências desprimorosas ao bom nome e prestígio da organização poli-cial;

III – manter conduta pública e privada com-patível com a dignidade da função policial;

IV – frequentar, com assiduidade, para fins de aperfeiçoamento e atualização de co-nhecimentos profissionais, cursos institu-ídos pela Escola de Polícia, em que esteja matriculado;

V – portar arma adequada à função;

VI – trajar-se e apresentar-se de forma con-digna com a função;

VII – atender prontamente às convocações superiores para o desempenho de missões policiais, mesmo em período de descanso;

VIII – dispensar aos superiores tratamento respeitoso, compatível com a dignidade de seus cargos;

IX – observar e desenvolver o espírito de corporação, que deve ser comum a todos os policiais civis.

Seção IIDAS TRANSGRESSÕES

Art. 81. Constituem transgressões disciplinares:

I – interpor ou traficar influências alheias à Polícia, para solicitar acessos, remoções, transferências ou comissionamentos;

II – dar informações inexatas, alterar ou desfigurar a verdade;

III – usar indevidamente os bens da reparti-ção, sob a sua guarda ou não;

IV – veicular notícias sobre serviços ou tare-fas em desenvolvimento, ou realizadas pela repartição, ou contribuir para que sejam divulgadas ou, ainda, conceder entrevistas sobre os mesmos, sem autorização da auto-ridade competente;

V – ceder ou emprestar insígnia ou carteira de identidade funcional;

VI – deixar, sem justa causa, de saldar dívi-das legítimas ou de pagar com regularidade pensões a que esteja obrigado por decisão judicial;

VII – manter relações de amizade ou exibir--se em público, habitualmente, com pes-soas de má reputação, exceto em razão do serviço;

VIII – indicar ou insinuar nomes de advoga-dos para assistir pessoas que se encontram respondendo a processo, inquérito policial ou cujas atividades sejam objeto de ação policial;

IX – deixar, sem justa causa, de submeter-se a inspeção médica determinada por lei ou por autoridade competente;

X – esquivar-se, sem motivo justificado, de exame pericial a que deva submeter-se, quando envolvido em infração penal ou es-tatutária;

XI – faltar, permutar ou chegar atrasado ao serviço, sem causa justificável;

XII – deixar de comunicar com antecedên-cia à autoridade a que estiver subordinado a impossibilidade de comparecer à reparti-ção, salvo justo motivo;

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XIII – afastar-se do município no qual exerce sua atividade, sem expressa autorização su-perior, salvo por imperiosa necessidade do serviço;

XIV – ingerir bebidas alcoólicas em serviço;

XV – valer-se do cargo com o fim ostensivo ou velado de obter proveito de natureza político-partidária, para si ou para outrem;

XVI – simular doença para esquivar-se do cumprimento do dever;

XVII – agir, no exercício da função, com dis-plicência ou negligência;

XVIII – intitular-se funcionário ou represen-tante de repartição ou unidade de trabalho a que não pertença, sem estar expressa-mente autorizado a tal;

XIX – espancar, torturar ou maltratar preso ou detido sob sua guarda ou usar de violên-cia desnecessária no exercício da função po-licial;

XX – deixar de concluir nos prazos legais sem motivo justo, inquéritos policiais, sin-dicâncias, processos sumários ou processos administrativo-disciplinares;

XXI – fornecer identidade funcional ou qual-quer tipo de credencial policial a quem não exercer cargo policial, cuja forma de investi-dura esteja regulada neste Estatuto;

XXII – deixar de tratar superiores hierárqui-cos, pares, subordinados, advogados, par-tes, testemunhas, servidores da Justiça e o povo em geral com a deferência e a urbani-dade devidas;

XXIII – exercitar atividades particulares para cujo desempenho sejam necessários conta-tos com repartições policiais e que com elas tenham qualquer relação ou vinculação;

XXIV – constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer repartição pública, salvo para tratar de inte-resse legítimo de parente até 2º grau;

XXV – utilizar-se do anonimato ou apresen-tar parte, queixa ou representação infunda-da, maliciosamente, contra superior hierár-quico ou colega;

XXVI – agir com deslealdade no exercício da função; indispor funcionários contra su-periores hierárquicos ou provocar, velada ou ostensivamente, animosidade entre os mesmos;

XXVII – utilizar, ceder ou permitir que ou-trem use objetos arrecadados, recolhidos ou apreendidos pela Polícia, salvo os casos previstos em lei ou regulamento;

XXVIII – portar-se de modo inconveniente em lugar público ou acessível ao público;

XXIX – esquivar-se, mesmo no período de folga, de atender ocorrência policial ou, sem justo motivo, abandonar o serviço ou tarefa de que for incumbido;

XXX – emitir conceitos desfavoráveis a su-periores hierárquicos ou às autoridades constituídas do País ou das nações que mantenham relações diplomáticas com o Brasil, ou criticá-los com o intuito de ofen-der-lhes a dignidade e reputação;

XXXI – cometer a pessoa estranhas à Orga-nização Policial, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargos próprios ou da competência de seus subordinados;

XXXII – desrespeitar ou procrastinar o cum-primento de ordem de superior hierárquico ou de decisão judicial;

XXXIII – provocar a paralisação, total ou parcial, de tarefa ou serviço policial, ou dela participar;

XXXIV – coagir subordinados com objetivos político-partidários;

XXXV – eximir-se, por covardia, do cumpri-mento do dever policial;

XXXVI – abandonar o cargo, sem justa cau-sa, ausentando-se da repartição por mais de trinta (30) dias consecutivos;

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XXXVII – ausentar-se do serviço, sem causa justificável, por mais de sessenta (60) dias, intercaladamente, durante um (1) ano;

XXXVIII – praticar ato definido como infra-ção penal que, por sua natureza e configu-ração, o incompatibilize para o exercício da função policial;

XXXIX – exercer atividades particulares que afetem a presunção de imparcialidade, ou que sejam social ou moralmente nocivas à dignidade do cargo;

XL – receber, exigir ou solicitar propinas, ou auferir vantagens e proveitos pessoais de qualquer espécie e sob qualquer pretexto, em razão da função ou cargo;

XLI – lesar os cofres públicos ou dilapidar o patrimônio estadual;

XLII – praticar insubordinação grave contra superior hierárquico;

XLIII – praticar ato degradante ou ser con-vencido de incontinência pública e escanda-losa.

Parágrafo único. Na violação do disposto nos itens I e IX do art. 80, de outros precei-tos estatutários ou ordens de serviço, para os quais não exista penalidade especifica-mente prevista, poderá ser aplicada uma das penas cominadas nos incisos I a V do art. 83 deste Estatuto, cabendo à autorida-de classificar a infração cometida e graduar a pena correspondente.

Art. 82. As transgressões disciplinares classifi-cam-se em:

I – leves;

II – médias;

III – graves.

§ 1º São de natureza leve as transgressões enumeradas no art. 81, incisos I a XIII.

§ 2º São de natureza média as transgressões enumeradas no art. 81, incisos XIV a XXII.

§ 3º São de natureza grave as transgressões enumeradas no art. 81, incisos XXIII a XLIII.

Seção IIIDAS PENAS DISCIPLINARES

Art. 83. São penas disciplinares: (Vide Lei Com-plementar nº 10.981/97)

I – advertência;

II – repreensão;

III – remoção por conveniência da discipli-na;

V – suspensão;

VI – demissão;

VII – demissão a bem do serviço público;

VIII – cassação de aposentadoria ou dispo-nibilidade.

§ 1.º A pena prevista no inciso III poderá ser imposta com um dos incisos II e V. (Redação dada pela Lei Complementar nº 14.828/16)

§ 2º A aplicação de penalidades pelas trans-gressões disciplinares constantes desta Lei, não exime o funcionário da obrigação de in-denizar os prejuízos causados ao Estado.

Art. 84. Na aplicação das penas disciplinares se-rão considerados:

I – repercussão do fato;

II – danos ao serviço público, decorrentes da transgressão;

III – causas de justificação;

IV – circunstâncias atenuantes;

V – circunstâncias agravantes.

§ 1º São causas de justificação:

a) motivo de força maior;

b) ter sido cometida a transgressão na práti-ca de ação meritória, no interesse do servi-ço, da ordem ou da segurança pública;

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c) ter sido cometida a transgressão em le-gítima defesa própria ou de terceiro, em obediência a ordem superior não manifes-tamente ilegal, em estrito cumprimento do dever legal ou quando, pelas circunstâncias, não for exigível outra conduta.

§ 2º São circunstâncias atenuantes:

a) boa conduta funcional;

b) relevância dos serviços prestados;

c) ter sido cometida a transgressão em de-fesa de legítimos direitos próprios ou de terceiros, ou para evitar mal maior;

d) ter a ação sido cometida no interesse da Organização Policial ou em defesa de seu bom nome.

§ 3º São circunstâncias agravantes:

a) má conduta funcional;

b) prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões;

c) reincidência;

d) ser praticada a transgressão em conluio com duas ou mais pessoas, durante a exe-cução do serviço, em presença de subordi-nados ou em público;

e) ter sido praticada a transgressão com premeditação ou com abuso de autoridade hierárquica ou funcional.

§ 4º Não haverá punição quando, no jul-gamento da transgressão, for reconhecida qualquer causa de justificação.

§ 5º As punições aplicadas a Delegado de Polícia serão publicadas em boletim reser-vado, vedada sua divulgação ao público e entre subalternos, exceto as das penas dos incisos VI a VIII do art. 83.

Art. 85. A pena de advertência será aplicada re-servada, pessoal e verbalmente, nos casos de falta leve, não constando dos assentamentos funcionais.

Art. 86. A pena de repreensão será aplicada, por escrito, nos casos de falta leve.

Art. 87. A pena de remoção por conveniência da disciplina será aplicada, em casos que reco-mendem tal providência, por ato do Secretário da Segurança Pública ou do Superintendente dos Serviços Policiais, mediante proposta fun-damentada dos respectivos Diretores de Depar-tamento ou de órgãos do mesmo nível. (Vide Lei Complementar n° 14.828/16, que substituiu a expressão “Superintendente dos Serviços Poli-ciais” por “Chefe de Polícia”)

Art. 88. (REVOGADO pela Lei Complementar nº 14.828/16)

Art. 89. A pena de suspensão, que não excederá a noventa (90) dias, acarretará a perda dos di-reitos e da remuneração decorrentes do exercí-cio do cargo e será aplicada:

I – de trinta e um (31) a noventa (90) dias, nos casos de falta grave;

II – de onze (11) a trinta (30) dias, nos casos de falta média;

III – de um (1) a dez (10) dias, nos casos de falta leve.

Parágrafo único. Quando houver conveni-ência para o serviço, a pena de suspensão poderá ser convertida em multa, obrigan-do-se, neste caso, o servidor a permanecer no exercício do cargo, com direito à percep-ção de dois terços (2/3) da respectiva remu-neração.

Art. 90. A pena de demissão poderá ser aplicada pela prática das transgressões previstas nos in-cisos XXXIII a XLIII do artigo 81 desta Lei.

Art. 91. Em função da gravidade da falta, a de-missão poderá ser aplicada com a cláusula "a bem do serviço público" a qual constará sempre de ato demissório e se verificará com funda-mento nos incisos XXXVIII a XLIII do art. 81.

Art. 92. O ato de demissão mencionará sempre a causa da penalidade e seu enquadramento le-gal.

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Art. 93. A aposentadoria ou a disponibilidade poderá ser cassada, mediante processo admi-nistrativo-disciplinar, por proposta do Conselho Superior de Polícia, em virtude de ato praticado quando ainda em atividade ou disponibilidade, nos casos em que esta Lei comina pena de de-missão.

Art. 94. Para aplicação das penas do art. 83, são competentes:

I – o Governador do Estado, em qualquer caso;

II – o Secretário da Segurança Pública e o Chefe de Polícia, nas penalidades dos inci-sos I, II, III e V, em relação a todos os servi-dores; (Redação dada pela Lei Complemen-tar nº 14.828/16)

III – o Conselho Superior de Polícia, em rela-ção a todos os servidores, no caso dos inci-sos I, II, III e V, podendo propor a aplicação das penas dos incisos VI, VII e VIII; (Redação dada pela Lei Complementar nº 14.828/16)

IV – o Corregedor-Geral de Polícia, nas pe-nalidades dos incisos I, II e V em relação aos servidores submetidos à investigação por aquele órgão, podendo propor a aplicação da pena do inciso III; (Redação dada pela Lei Complementar nº 14.828/16)

V – os Diretores de Departamento e órgãos do mesmo nível, nos casos dos incisos I, II e V, em relação aos servidores que lhe forem subordinados, desde que a pena referida no inciso V não exceda a 45 (quarenta e cinco) dias, podendo propor a aplicação da pena do inciso III; (Redação dada pela Lei Com-plementar nº 14.828/16)

VI – os Diretores de Divisão e de órgãos de mesmo nível, no caso dos incisos I, II, e V em relação a seus subordinados, desde que a pena do inciso V não exceda a 31 (trinta e um) dias, podendo propor a aplicação da pena do inciso III; (Redação dada pela Lei Complementar nº 14.828/16)

VII – os titulares de Delegacias de Polícia e órgãos de mesmo nível, no caso dos incisos I, II e V, em relação a seus subordinados, desde que a pena do inciso V não exceda a 30 (trinta) dias, podendo propor a aplicação da pena do inciso III. (Redação dada pela Lei Complementar nº 14.828/16)

Parágrafo único. Será responsabilizada a autoridade que devolver, indevidamente, o conhecimento do fato ao nível hierárquico superior, quando tiver competência legal para exercer o poder disciplinar.

Art. 95. A aplicação das penas referidas no ar-tigo 83 deste Estatuto prescreve nos seguintes prazos:

I – em 12 (doze) meses, as de advertência e repreensão; (Redação dada pela Lei Com-plementar nº 14.828/16)

II – em 24 (vinte e quatro) meses, as de sus-pensão e de remoção por conveniência da disciplina; (Redação dada pela Lei Comple-mentar nº 14.828/16)

III – em 5 (cinco) anos, as de demissão, de-missão a bem do serviço público e cassação da aposentadoria; (Redação dada pela Lei Complementar nº 14.828/16)

IV – aplicam-se à pena de multa os mesmos prazos da pena comutada. (Redação dada pela Lei Complementar nº 14.828/16)

§ 1º A data do conhecimento do fato por su-perior hierárquico constitui o termo inicial dos prazos de que trata este artigo.

§ 2º Quando as faltas constituírem, tam-bém, fato delituoso, a prescrição será regu-lada pela lei penal.

§ 3º A prescrição será objeto de: (Redação dada pela Lei Complementar nº 14.828/16)

I – interrupção, recomeçando o prazo a cor-rer por inteiro, a partir: (Redação dada pela Lei Complementar nº 14.828/16)

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a) da instauração do processo administra-tivo-disciplinar; e (Redação dada pela Lei Complementar nº 14.828/16)

b) da emissão do relatório pela autoridade processante; (Redação dada pela Lei Com-plementar nº 14.828/16)

II – suspensão, continuando o prazo a cor-rer, no seu restante: (Redação dada pela Lei Complementar nº 14.828/16)

a) enquanto não resolvida, em outro pro-cesso de qualquer natureza, questão de que dependa o reconhecimento da transgres-são; e (Redação dada pela Lei Complemen-tar nº 14.828/16)

b) a partir da instauração de sindicância até a publicação do ato de decisão final pela au-toridade competente. (Redação dada pela Lei Complementar nº 14.828/16)

Art. 96. A execução das penas previstas no art. 83 prescreve: (Redação dada pela Lei Comple-mentar nº 14.828/16)

I – em 1 (um) ano, no caso de advertência, repreensão, remoção por conveniência da disciplina, suspensão ou multa; (Redação dada pela Lei Complementar nº 14.828/16)

II – em 2 (dois) anos, no caso de demissão, demissão a bem do serviço público, cassa-ção de aposentadoria ou disponibilidade. (Redação dada pela Lei Complementar nº 14.828/16)

Parágrafo único. Fica suspensa a prescri-ção da execução das penalidades aplicadas aos servidores cujo vínculo jurídico já tenha sido extinto em face de anterior aplicação de sanção. (Redação dada pela Lei Comple-mentar nº 14.828/16)

Seção IVDA APURAÇÃO DAS TRANSGRESSÕES

Art. 97. As transgressões disciplinares serão apuradas através de sindicância, inquérito poli-cial ou processo administrativo-disciplinar. (Vide Lei Complementar n° 10.981/97)

Parágrafo único. Serão obrigatoriamen-te encaminhadas ao Conselho Superior de Polícia as sindicâncias e inquéritos policiais que ensejarem, em tese, a instauração de processo administrativo-disciplinar.

Subseção IDA SINDICÂNCIA

Art. 98. A autoridade policial ou diretor de ór-gão administrativo, técnico ou especializado, que tiver ciência de irregularidade cometida por servidor da Polícia Civil, é obrigada a promover sua apuração, por meios sumários, no prazo máximo de sete (07) dias, ou comunicar à au-toridade competente, dentro de vinte e quatro (24) horas, a fim de não se tornar conivente.

§ 1º Poderá ser afastado preventivamente das funções, sem prejuízo dos vencimentos e até completa apuração dos fatos, o fun-cionário ao qual for imputada falta que, por sua natureza, recomende tal providência.

§ 2º O funcionário afastado preventivamen-te das funções, poderá ter retidas a arma e respectiva carteira de identidade funcional, a juízo da autoridade ou órgão que ordenar a medida.

§ 3º A sindicância concluída conterá relató-rio que especifique:

a) data e modo por que a autoridade teve ciência da irregularidade;

b) versão do fato em todas as suas circuns-tâncias;

c) indícios e elementos de prova apurados;

d) depoimento do servidor sindicado;

e) conclusões finais e enquadramento legal, quando for o caso.

§ 4º O julgamento da sindicância ou sua remessa à autoridade competente, deve-rá ocorrer no prazo máximo de cinco (5) dias. Art. 99 – A sindicância para apuração de irregularidade cometida por servidor da Polícia Civil realizar-se-á também por deter-

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minação do Governador do Estado ou do Secretário de Estado da Segurança Pública, ou do Superintendente dos Serviços Poli-ciais, ou ainda por deliberação do Conselho Superior de Polícia, que poderão determi-nar o afastamento preventivo do servidor ao qual for imputada falta que por sua na-tureza recomende tal providência. (Vide Lei Complementar n° 14.828/16, que substituiu a expressão “Superintendente dos Serviços Policiais” por “Chefe de Polícia”)

Subseção IIDO INQUÉRITO POLICIAL

Art. 100. Se a falta imputada ao servidor cons-tituir, também, infração penal, será imediata-mente comunicada à autoridade competente, para instauração de inquérito policial.

Subseção IIIDO PROCESSO ADMINISTRATIVO-

-DISCIPLINAR

Art. 101. O processo administrativo-disciplinar será instaurado por determinação do Gover-nador do Estado, do Secretário da Segurança Pública, ou deliberação do Conselho Superior de Polícia, para apurar responsabilidade de ser-vidor, sempre que a imputação, verificada por meio de sindicância ou inquérito, possa impor-tar na aplicação das penas previstas nos incisos VI, VII e VIII do artigo 83 desta Lei.

Parágrafo único. A resolução que instaurar processo administrativo-disciplinar conte-rá a narração sucinta do fato, com todas as suas circunstâncias, o enquadramento esta-tutário da transgressão e será instruída pela sindicância ou inquérito que lhe der origem.

Art. 102. O processo administrativo-disciplinar será preparado por membro do Conselho Su-perior de Polícia ou por autoridade processante designada em portaria do Presidente do Órgão.

Art. 103. A autoridade processante, que será Delegado de Polícia, não poderá ter hierarquia inferior à do acusado, nem a este estar ligada por qualquer vínculo de subordinação, e incum-

bir-se-á do processo desde a citação até o rela-tório final.

Parágrafo único. Servirá de secretário um servidor policial escolhido pela autoridade processante e designado pelo Superinten-dente dos Serviços Policiais. (Vide Lei Com-plementar n° 14.828/16, que substituiu a expressão “Superintendente dos Serviços Policiais” por “Chefe de Polícia”)

Art. 104. A autoridade processante e o secretá-rio respectivo ficarão vinculados ao processo, podendo ser dispensados de outros serviços até a remessa dos autos ao Conselho.

Art. 105. A autoridade processante terá todas as atribuições e competências deferidas pelo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Es-tado ao Presidente e aos membros das Comis-sões de processo administrativo, ressalvadas as de competência privativa do Conselho Superior de Polícia.

Art. 106. A suspensão preventiva do servidor imputado poderá ser ordenada, fundamentada-mente, até sessenta dias, pelo Governador do Estado, pelo Secretário de Estado da Segurança Pública, pelo Superintendente dos Serviços Po-liciais e pelo Conselho Superior de Polícia, "ex--officio" ou a pedido da autoridade processan-te, sempre que convier para a averiguação das faltas imputadas. (Vide Lei Complementar n° 14.828/16, que substituiu a expressão “Superin-tendente dos Serviços Policiais” por “Chefe de Polícia”)

§ 1º O prazo de que trata o artigo poderá ser prorrogado por trinta dias no máximo.

§ 2º Durante o período de suspensão pre-ventiva, o funcionário perderá um terço da remuneração.

§ 3º Findo o prazo estabelecido neste artigo ou de sua prorrogação, cessarão os efeitos da suspensão preventiva, ainda que o pro-cesso administrativo-disciplinar não esteja concluído.

Art. 107. O funcionário terá direito:

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I – à diferença de remuneração e à conta-gem do tempo de serviço relativo ao perío-do de suspensão preventiva, se do processo não resultar punição ou quando esta se li-mitar a penas que não impliquem perda de vencimentos;

II – à diferença de remuneração e à conta-gem do tempo de serviço correspondente ao período de afastamento excedente do prazo da suspensão efetivamente aplicada.

Art. 108. O processo administrativo-disciplinar será iniciado dentro do prazo improrrogável de dez (10) dias, a contar do recebimento da por-taria pela autoridade processante, e concluído no prazo de sessenta (60) dias, após seu início, podendo este ser prorrogado por sessenta (60) dias a juízo do Conselho, sempre que circuns-tâncias ou motivos ponderáveis justificarem a medida.

Art. 109. A marcha do processo administrativo--disciplinar, no que lhe for aplicável, será a mes-ma prescrita pelo Estatuto dos Funcionários Pú-blicos Civis do Estado.

Art. 110. Autuadas a resolução de instauração e demais peças que a instruírem inclusive cópia dos assentamentos funcionais do acusado, a au-toridade processante designará dia, hora e local para a audiência inicial.

§ 1º O acusado será citado para ser interro-gado e se ver processar.

§ 2º No instrumento de citação deverá constar, além dos requisitos de que trata o parágrafo único do artigo 101, o direito de constituir defensor e de produzir provas em geral, bem como o dia, hora e local da audi-ência inicial.

§ 3º O acusado será citado pessoalmente, com a antecedência mínima de quarenta e oito (48) horas.

§ 4º Achando-se ausente do lugar da audi-ência será o acusado citado por via postal, em carta registrada com aviso do recebi-

mento, juntados aos autos os respectivos comprovantes.

§ 5º Não encontrado o acusado e esgotadas as providências para sua localização, a cita-ção se fará por edital com prazo de quinze (15) dias, inserido por três (3) vezes no ór-gão oficial, contando o prazo da data da pri-meira publicação, e certificadas nos autos as providências adotadas.

§ 6º Não comparecendo o acusado, apesar de regularmente citado, prosseguirá o pro-cesso à sua revelia, com defensor nomeado pela autoridade processante, remetendo--se certidão ao Conselho Superior de Polícia para os efeitos legais.

Art. 111. No local, dia e hora determinados a au-toridade ouvirá as declarações do denunciante e da vítima, se houver, e interrogará o acusado, observando o disposto no Código de Processo Penal, passando à inquirição das testemunhas indicadas por aqueles e das arroladas pela auto-ridade processante, se possível no mesmo dia.

§ 1º Na audiência de interrogatório o acusa-do indicará seu defensor ou, se não quiser ou não puder fazê-lo, a autoridade proces-sante lhe designará defensor dativo.

§ 2º A qualquer tempo a autoridade proces-sante poderá proceder a interrogatório do acusado.

§ 3º O defensor do acusado não poderá in-tervir ou influir de qualquer modo no seu interrogatório.

Art. 112. Logo após o interrogatório, a autorida-de processante concederá ao acusado o prazo de três (3) dias para, em defesa prévia, requerer diligências, produzir provas e arrolar testemu-nhas.

§ 1º Tratando-se de documentos que se en-contrem em repartição pública, a requeri-mento do acusado ou de seu defensor, a au-toridade processante fará a requisição dos mesmos e determinará a sua juntada aos autos, em qualquer época.

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§ 2º O prazo deste artigo poderá ser prorro-gado por dois (2) dias, a juízo da autoridade processante, se invocado motivo justo.

Art. 113. A autoridade processante ordenará de ofício, a realização de qualquer diligência neces-sária ao esclarecimento dos fatos.

§ 1º A autoridade processante conhecerá de imputações novas contra o acusado, ou mesmo contra outro servidor, representado obrigatoriamente ao Conselho Superior de Polícia para os fins devidos, ou para adita-mento à resolução, se for o caso.

§ 2º Ao acusado será facultado produzir provas, se surgirem novos elementos de acusação.

Art. 114. Encerrada a instrução, o acusado, por seu defensor, terá vista dos autos, na forma da lei, pelo prazo de dez (10) dias, para apresentar alegações finais.

Art. 115. Findo o prazo do artigo anterior, a au-toridade processante encaminhará o processo ao Presidente do Conselho, no prazo de cinco (5) dias, com relatório circunstanciado, de que conste: os fatos objeto do processo, diligências realizadas, elementos de prova colhidos, razões de defesa e conclusões com enquadramento le-gal do acusado.

Parágrafo único. Antes de encaminhar o processo ao conhecimento do Conselho Su-perior de Polícia, a autoridade processante notificará o acusado ou o seu defensor dan-do-lhe conhecimento das conclusões finais do relatório.

Art. 116. Nos casos omissos nesta Lei e no Es-tatuto dos Funcionários Públicos Civis do Esta-do, serão aplicados dispositivos do Regimento Interno do Tribunal de Justiça e do Código de Processo Penal.

Parágrafo único. Ao Conselho Superior de Polícia caberá deliberar sobre os demais in-cidentes processuais que surgirem.

Art. 117. Se o preparo do processo estiver a car-go de um dos membros do Conselho Superior de Polícia, a ele cumprirá relatá-lo em plenário.

Art. 118. Recebidos os autos da autoridade pro-cessante, o Presidente do Conselho Superior de Polícia designará um de seus membros para relatá-lo em plenário.

Art. 119. O Conselheiro Relator apreciará, com referência a cada acusado, separadamente, os fatos que lhe foram imputados, as provas colhi-das no processo, os elementos e alegações de defesa, e os incidentes relevantes, elaborando parecer fundamentado que conclua pela absol-vição ou punição, com a indicação, neste caso, da pena que couber, devolvendo os autos, na sessão seguinte, à Presidência.

§ 1º O Presidente do Conselho, observada a distribuição, designará revisor do feito que o fará concluso, na sessão seguinte, à Pre-sidência, com vistas ao Relator, para julga-mento.

§ 2º Quando decidir pela absolvição, os au-tos do processo serão arquivados na Secre-taria do Órgão.

§ 3º Quando for proposta a aplicação de qualquer das penas previstas nos incisos VI, VII e VIII do artigo 83, o processo, acompa-nhado da respectiva Resolução, será enca-minhado ao Governador do Estado.

§ 4º No caso do parágrafo anterior, poderá o Conselho ordenar o afastamento preven-tivo do acusado, nas mesmas condições dos parágrafos 1º e 2º do artigo 98, até decisão final do Governador do Estado.

§ 5º O defensor do acusado será intimado para a sessão de julgamento, quando, que-rendo, poderá produzir sustentação oral, na forma disposta no Código de Processo Pe-nal.

Art. 120. O Conselho Superior de Polícia provi-denciará para que, paralelamente ao processo administrativo-disciplinar, seja instaurado in-quérito policial, se das irregularidades imputa-

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das ao acusado resultarem indícios ou provas de responsabilidade criminal.

Parágrafo único. As autoridades encarrega-das do processo administrativo-disciplinar e do inquérito policial deverão auxiliar-se mu-tuamente, sempre que necessário.

Seção VDO REGISTRO E CANCELAMENTO

DE NOTAS

Art. 121. As penas impostas aos servidores se-rão anotadas nos respectivos assentamentos, exceção feita da mencionada no inciso I do arti-go 83, desta Lei.

Art. 122. O cancelamento das anotações refe-ridas no artigo anterior, processar-se-á "ex-offi-cio", se o servidor não tiver sofrido nova puni-ção, observados os seguintes prazos:

I – dois (2) anos, no caso dos incisos II e III, do artigo 83;

II – quatro (4) anos, no caso dos incisos IV e V, do artigo 83, desde que a suspensão não exceda a trinta (30) dias;

III – cinco (5) anos, quando a suspensão ex-ceder a trinta (30) dias.

§ 1º O termo inicial do prazo a que se refe-re este artigo, recairá no dia imediato ao do cumprimento da pena.

§ 2º Nas suspensões paralelas, sucessivas ou simultâneas, a apuração do prazo far-se--á pela soma das mesmas e sua contagem terá início no dia imediato ao cumprimento da última delas.

CAPÍTULO VIII DO CONSELHO SUPERIOR DE POLÍCIA

Art. 123. O Conselho Superior de Policia, Órgão integrante da estrutura da Polícia Civil, terá a se-guinte constituição: (REVOGADO pela Lei Com-plementar nº 14.828/16)

Art. 124. Compete ao Conselho Superior de Po-lícia determinar a instauração, providenciar na instrução e realizar o julgamento de processos administrativo-disciplinares em que sejam acu-sados servidores da Polícia Civil, além de outras atribuições nos termos da legislação. (Redação dada pela Lei Complementar nº 14.828/16)

Art. 125. Perde automaticamente o mandato de Conselheiro o que faltar a três sessões plenárias consecutivas ou a dez intercaladas, sem justifi-cativa, por ano de exercício.

CAPÍTULO IX DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E

TRANSITÓRIAS

Art. 126. A situação do servidor da Polícia Civil matriculado em estabelecimento de ensino su-perior federal ou reconhecido reger-se-á pelas normas aplicáveis aos funcionários civis em ge-ral (Lei nº 2.586, de 28 de dezembro de 1954).

Art. 127. O servidor da Polícia Civil, salvo em caso de imperiosa necessidade de serviço, so-mente poderá afastar-se do Estado quando autorizado pelo Superintendente dos Serviços Policiais. (Vide Lei Complementar n° 14.828/16, que substituiu a expressão “Superintendente dos Serviços Policiais” por “Chefe de Polícia”)

Parágrafo único. Em férias ou licença, o afastamento do servidor independe de au-torização, devendo comunicar a seu chefe imediato onde será encontrado.

Art. 128. A função policial é considerada emi-nentemente técnica.

Art. 129. O cargo de Delegado de Polícia é clas-sificado em nível superior, para todos os efeitos legais.

Art. 130. O dia 21 de abril será consagrado ao Patrono da Polícia Civil, Alferes Joaquim José da Silva Xavier, "O Tiradentes", devendo ser assina-lado por solenidades próprias.

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Art. 131. Até que sejam submetidos a novo re-gime, fica assegurada aos que atualmente são servidores da Polícia Civil, assim considerados pelo artigo 2º, inciso II, da Lei nº 6.194, de 15 de janeiro de 1971, com a redação dada pelo artigo 18, da Lei nº 6.835, de 16 de dezembro de 1974, enquanto permanecerem em exercício na Secretaria da Segurança Pública, a percepção das vantagens a que tem direito, especialmente aquelas referidas pelo artigo 96 da Lei nº 6.194, de 15 de janeiro de 1971, alterado pelo parágra-fo único do artigo 3º, da Lei nº 6.665, de 16 de abril de 1974; Lei nº 7.009, de 6 de outubro de 1976; artigo 77 da Lei nº 6.194, de 15 de janei-ro de 1971, com a redação dada pelo artigo 46 desta Lei.

Parágrafo único. VETADO

Art. 132. As disposições do artigo anterior, re-lativas às vantagens, aplicam-se aos titulares das funções de assessoramento, previstas pelo artigo 49, da Lei nº 4.937, de 22 de fevereiro de 1965, lotadas na Secretaria da Segurança Públi-ca.

Art. 133. Permanecem em vigor as normas da Lei Estadual nº 2.558, de 20 de dezembro de 1954, com a redação dada pela Lei nº 4.024, de 10 de dezembro de 1960.

Art. 134. Continuam em vigor as disposições re-ferentes ao recrutamento interno de Investiga-dores para os cursos de formação de Inspetores e Escrivães da Escola de Polícia, observada a exi-gência do artigo 4º, § 1º, item II, desta Lei.

Parágrafo único. Aos atuais ocupantes do cargo de Investigador de Polícia fica asse-gurado o direito a que se refere este arti-go, até 31 de dezembro de 1981, mediante apresentação de certificado de conclusão do primeiro (1º) grau.

Art. 135. Os dependentes do servidor da Polícia Civil estável, em caso de demissão, perceberão uma pensão proporcional ao tempo de serviço prestado ao Estado, nunca inferior a um salá-rio mínimo regional, durante os cento e oitenta dias (180) seguintes à demissão.

Art. 136. Fica plenamente ressalvada a legalida-de do provimento em Cargos em Comissão dos atuais servidores policiais inativos, investidos em funções que não sejam de assessoramento (art. 16).

Art. 137. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 29 de mar-ço de 1980.